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A VIDA é FEITA DE HISTóRIAS. QUAL é A SUA?
...e mais 13 instituições que apoiam a TERCEIRA IDADE na sua região e em todo o Brasil
#02 segunda edição Mude o mundo e a sua vida lendo!
HENRIQUE
DESCOBRIU sua PAIXÃO DEPOIS DE um grave acidente
CAROLINA
ajudou um jovem carente a reinventar o seu futuro
vanilda
juntou 25 mil livros e criou uma biblioteca na periferia
+20
HISTÓRIAS
INspiradoraS
de gente como você #02
jun/jul 2015
Orchídea di Bernardi Puglia, 87 anos, página 15
Há 52 anos me dedico a ajudar o próximo
venda exclusiva drogasil
LER MUDA O MUNDO
bancadobem.com.br
E
EU VENCI
quem
se importa? Encarar as dificuldades da vida demanda coragem.
O que dizer então de alguém que se dispõe a embarcar
nos desafios de outras pessoas? Conheça as histórias inspiradoras de cinco pessoas que escolheram colocar mais atos de solidariedade na sua trajetória Helaine Martins
12 > T O d o s > j u n h o / j u l h o
Suely Moreira Walton 63 anos Professora
“HOJE TENHO UMA FAMÍLIA FORMADA LITERALMENTE PELO MEU SANGUE.”
Em março de 1992, depois de um ano e quatro meses de luta contra a leucemia, perdi meu irmão mais novo. O transplante de medula óssea, naquela época, só ocorria em caso de haver um doador compatível na família, e nós, infelizmente, éramos incompatíveis. Em dezembro daquele mesmo ano, foi criado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que instituiu a doação voluntária entre pessoas sem nenhum grau de parentesco. Assim que soube, não tive dúvidas: cadastrei-me, mesmo sem muitas expectativas; afinal, a chance de compatibilidade é de apenas um caso a cada 100 mil pessoas sem nenhum parentesco. Três anos depois, para minha surpresa, recebi uma ligação do Redome, dizendo que minha medula era provavelmente compatível com a de uma criança. Novos exames confirmaram a compatibilidade. Lembrei-me do meu irmão e agradeci pela chance de poder salvar outra vida. O transplante – o primeiro com doação de medula óssea não aparentada no Brasil – foi um sucesso! Até hoje me emociono ao me lembrar do que senti ao sair do hospital: doar a vida me deu uma sensação semelhante à de ser mãe. Não imaginava que, anos depois, a alegria se repetiria. Em 2000, fui convocada para uma nova doação a um desconhecido. Foi o único caso de dupla doação no Brasil até hoje! E, novamente, a operação foi bemsucedida. Doando aprendi a ajudar não só pela necessidade, mas pelo amor.”
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© Fotos: Julia Rodrigues; Assistente de foto: Bruna Duarte; Beleza: Joana Rubinstein
Santos (SP)
M
MEU PEQUENO DICIONÁRIO
Compromisso “É quando as pessoas trabalham em escritório.” (Ana Carolina)
Poupança
Impostos
“É uma barriga gorda.” (Guilherme)
“Quando seu dinheiro tá acabando e você tem que pagar muito.” (Manuela)
“É grana.” (Laís)
“Uma loja de postes.” (Guilherme)
papo ADUL Visitamos uma escolinha em São Paulo e pedimos a crianças de 3 a 6 anos* que explicassem o que significam algumas palavras que, volta e meia, pintam nas conversas dos seus pais
Responsabilidade “É responder.” (Júlia T.) • “É obedecer.” (Enzo) “A pessoa que tem muita experiência.” (Cauã) “Você saber o que tem que fazer.” (Laís)
Profissionalismo
Salário
“Pessoas que cortam madeira, jogam futebol...” (Cauã) “É um professor.” (Thiago)
Carreira “Uma coisa que a pessoa sonhou.” (Fernanda)
“É um dinheiro.” (Gabriella)
Romantismo “Um homem encontra uma moça e eles vão jantar juntos.” (Manuela) “É quando você fica bonito.” (Anna Beatriz) “É quando uma pessoa fica indo atrás da outra.” (Luisa)
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“Quando vai no banco com o cheque e ganha dinheiro.” (Manuela) “É quando você fica rico.” (Guilherme)
de TO
Cidadania “Uma cidade grande.” (Bernardo)
Fidelidade “Meu cachorro é fiel.” (Felipe)
“A mamãe é uma cidadã porque jogou a garrafa que estava na água da praia no lixo.” (Valentina)
Política “É pular!” (Daniel) “É a votação da Dilma e do Aécio.” (Julia D.)
R O M Y AI K A W A t h i ag o fag u n d es
* Autores das definições desta seção: (Todos os pequenos autores aqui listados são alunos da escola Bebê & Companhia Berçário e Educação Básica, em São Paulo)
Ana Carolina Sandrez Andrei
júlia taufer
ana beatriz botter
Laís BRissac calçade
Bernardo Miguel Nunes de oliveira
Leonardo cestari spada
cauã nogueira da cunha
luisa zeppelini reple
daniel nasser kahn
luna bracaioli poletto
enzo canezim de marcantonio
manuela ahlgrimm dos reis santos
4 anos 5 anos
4 anos 5 anos
4 anos 4 anos
felipe magalhães amadei
Herança “É um dinossauro.” (Rodrigo) “Quando a pessoa vai morrer, deixa a casa para a mamãe cuidar.” (Manuela) “É quando ganha dinheiro.” (Marina)
Cultura “É dançar.” (Teresa) “É uma estátua.” (Giulia) “Uma pessoa que vai na televisão e fala no jornal.” (Manuela) “Eu acho que é ler.” (Luna)
3 anos
6 anos
4 anos 6 anos 6 anos 5 anos
marina gonzalez de oliveira
5 anos
6 anos
fernanda bernal de francesco
rodrigo viñas
gabriella francisco lima
teresa de sena manso xexeo
giulia conte silva
thiago santos oliveira
guilherme lopes fernandes
valentina cardin de moura neves
5 anos
3 anos
4 anos 5 anos
3 anos
6 anos 6 anos 6 anos
julia abreu dias dahdal 6 anos
Você tem um filho ou neto bastante criativo? Gostaria que ele participasse desta seção? Então envie um e-mail para a redação (todos@editoramol.com.br) indicando o seu pequeno poeta e entraremos em contato.
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T
testemunha ocular
Osmar Baptista Silva, 75 anos, tirou f茅rias em 1963 s贸 para assistir ao Pan no Brasil Osmar Baptista Silva, 75 anos, tirou f茅rias em 1963 s贸 para assistir ao Pan no Brasil
O s m a r B a p t i s ta S i lva ( e m d e p o i m e n t o a R a fa e l a C a r va l h o ) guilherme lepca
eu assisti ao
Panamericano
de são paulo!
Em 1963, Osmar vivenciou o espírito olímpico. De arquibancada em arquibancada, ele torceu pelo Brasil na maior competição das Américas
© Fotos: 1 Lucas Mauá/Editora MOL (Osmar) 2 Centro Pró-Memória Hans Nobiling/Pinheiros
Eu tinha 23 anos e praticava natação pelo Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo (SP). Por isso, acompanhei bem de perto a empolgação dos atletas e associados do clube quando soubemos que a cidade sediaria os Jogos Panamericanos de 1963. Foi a primeira vez que o Brasil recebeu um evento desse porte, por isso a ansiedade era imensa! Naquela época, o pai da minha namorada era um dos diretores do clube e me deu um dos melhores
A 1ª edição
dos Jogos Panamericanos foi realizada em 1951, em Buenos Aires (capital argentina), e contou com a participação de:
21
países
2.513 atletas
Nos Jogos de 1963, em São Paulo, o Brasil ficou na colocação geral, com:
2ª
52
medalhas
[ 14 [ ouroS
141 medalhas, foi o que faturamos na última edição dos Jogos, em 2011, na cidade mexicana de Guadalajara, O número nos levou à terceira colocação geral.
presentes que eu já recebi na vida: uma credencial com acesso irrestrito a todas as competições do Pan. Para tirar o máximo proveito, pedi 15 dias de férias no trabalho, só para assistir às competições. Naquele tempo, dava para se deslocar tranquilamente por São Paulo e presenciar competições de várias modalidades em um mesmo dia. Precisamente no dia 27 de agosto, a contagem regressiva acabou, e a ansiedade virou êxtase. Começaram os Jogos, e eu, claro, estava lá no Estádio do Pacaembu para acompanhar a cerimônia de abertura. As arquibancadas estavam lotadas! Foi tudo maravilhoso: o hasteamento da bandeira olímpica seguido de uma revoada de centenas de pássaros, a entrada das delegações, o juramento dos atletas, a BRASIL NO PAN execução do hino nacional... LemDas 16 edições ocorridas até hoje bro-me até hoje do José Telles da (sem contar a de Toronto, realizado agora em julho), o Brasil sediou duas: Conceição, meu colega do PinheiSão Paulo em 1963 e Rio de Janeiro ros, carregando a tocha para acenem 2007. Nas 16 edições, nossos atletas faturaram 1.066 medalhas. der a pira panamericana.
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Q
QUEM VOCÊ PENSA QUE É?
N at h a l i a L av i g n e
a nn a f i s c h e r
contra a
maré
Henrique escapou da morte aos 18 anos, mas perdeu parte dos movimentos das pernas. Em vez de passar a vida remoendo a tragédia, ele descobriu uma nova paixão e, por meio dela, faz a diferença na vida de outras pessoas
O
dia 3 de dezembro de 1997, uma quartafeira, seria inevitavelmente trágico para o carioca Henrique Saraiva. Naquela noite, o Flamengo, seu time do coração, foi massacrado pelo arquirrival Vasco da Gama. Goleada de 4 a 1, com direito a três gols e um show de bola do atacante Edmundo, do Vasco. Essa teria sido a tragédia da noite, caso algo pior não tivesse se apropriado do destino de Henrique, então um jovem de 18 anos. Por volta das 20h30, pedalando em direção à casa de um amigo, onde assistiriam ao jogo,
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ele foi abordado violentamente por assaltantes e terminou o dia com uma bala alojada na coluna, mais especificamente entre as vértebras L3 e L4. Levado às pressas ao centro cirúrgico, Henrique escapou da morte, mas não sem sequelas: o tiro acabou comprometendo o movimento de suas pernas. “Descobri depois que esse dia, 3 de dezembro, é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência”, lembra Henrique, hoje aos 35 anos de idade, ainda morador da Cidade Maravilhosa e,claro, torcedor do Flamengo.
HENRIQUE SARAIVA, 35 anos, morador do Rio de Janeiro, teve a mobilidade comprometida por um tiro disparado em um assalto. Depois do acidente, ele aprendeu a fazer algo que mudou sua vida. O que você acha que ele fez? A Estudou direito e virou juiz
B Criou um negócio e ficou milionário
C Aprendeu a surfar e fundou uma ONG
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muito obrigado Conheça quem você está ajudando
MINHA VIDA MUDOU
Sabe aquele ditado “O que não nos destrói, nos fortalece”? A vida de Elizabeth Vieira, 36 anos, levaria esse título se estivesse em um livro. Até o nascimento do filho, Davi, hoje com 3 anos, a tristeza fazia parte da sua rotina. “Meu marido gastava tudo em drogas e bebidas, eu passava fome, vivia oprimida e angustiada. Cheguei ao fundo do poço, sem ânimo para acreditar em um futuro melhor.” Mas, junto com Davi, Elizabeth viu nascer uma força inesperada, que, quando o menino completou 6 meses, explodiu como um vulcão. Ela decidiu que era a hora de vencer! Separou-se, foi morar com os pais e, no ano passado, procurou uma das unidades da Obra do Berço. “Ali eu me senti acolhida e amparada, como uma filha. Eles me ajudaram a encontrar uma creche para o Davi e eu pude, enfim, trabalhar.” Elizabeth fez as pazes com a vida. Tranquila e feliz, quer voltar a estudar e, nas horas vagas, só pensa em encher o filho de carinho. É possível colaborar ainda mais com a Obra do Berço fazendo doações, sendo voluntário e visitando a instituição. Saiba mais em: WWW.obradoberco.org.br
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O estudante Weverton Oliveira Cabral, 20 anos, é um rapaz alegre, de riso fácil. Quem o conhece logo pensa: aí está um cara de bem com a vida! Estão certíssimos. O que ninguém imagina é que nem sempre sua vida foi assim. “Aos 12 anos, durante uma brincadeira, meu irmão quebrou meus dentes da frente. A partir daquele dia, me transformei. Com vergonha de abrir a boca, me afastei dos meus amigos e meu desempenho escolar despencou”, lembra. Foram dois anos de solidão e insegurança, até que foi selecionado para fazer um tratamento com uma dentista voluntária da Turma do Bem. “Passei por várias consultas e até cirurgia, mas valeu a pena.” Recuperando o sorrisão, Weverton retomou a autoestima para buscar os seus sonhos. “Entrei na faculdade de engenharia, conquistei um estágio bacana e voltei a ser brincalhão, como era antes.” Seu objetivo agora é trabalhar ajudando outras pessoas a recuperar a alegria, como fizeram com ele. Você pode patrocinar o tratamento odontológico completo de uma criança ou jovem atendido pela Turma do Bem. Saiba mais em: WWW.turmadobem.org.br
© Fotos: Lucas Mauá/Editora MOL
Elizabeth e Weverton são dois dos milhares de beneficiados pelas ONGs que você apoia ao comprar a revista TODOS. Conheça suas histórias e comemore!