COMPRE E AJUDE R$ 3,90 CRIANÇAS, JOVENS E IDOSOS DE 15 ONGS:
A VIDA É FEITA DE HISTÓRIAS. QUAL É A SUA?
...E MAIS 13 INSTITUIÇÕES QUE APOIAM A TERCEIRA IDADE NA SUA REGIÃO E EM TODO O BRASIL
#03
ITAMAR
TERCEIRA EDIÇÃO
TRABALHANDO COMO VIGILANTE, CONSEGUIU UM FEITO INCRÍVEL
A revista que muda o mundo e a sua vida!
SABRINA
APÓS UM GRAVE ACIDENTE, ELA TREINA PARA AS OLIMPÍADAS
CLAUDIA
O ADEUS AO EMPREGO ABRIU AS PORTAS PARA UMA NOVA VIDA
+33 HISTÓRIAS
DE VIDA REAIS QUE INSPIRAM SUA
FELICIDADE #03
ago/set 2015
Salvador Benevides, 62 anos, página 15
RENASCI DUAS VEZES E DECIDI VIRAR O JOGO!
VENDA EXCLUSIVA DROGASIL
LER MUDA O MUNDO
BANCADOBEM.COM.BR
E
EU VENCI
UMA FATALIDADE PODE, DE REPENTE, NOS LANÇAR AO FUNDO DO POÇO. MAS, MUITAS VEZES, TAMBÉM SERVE PARA REPENSARMOS A VIDA QUE LEVAMOS. CONHEÇA CINCO PESSOAS QUE, DEPOIS DE UM BAQUE, CONSEGUIRAM FAZER A FELICIDADE RENASCER AINDA MAIS FRONDOSA H E L A I N E M A RT I N S E R A FA E L A CA RVA L H O NIK NEVES
CRIS GUERRA 44 ANOS Publicitária e escritora
“ENCONTREI NAS PALAVRAS A MELHOR MANEIRA DE COLOCAR A TRISTEZA NO SEU DEVIDO LUGAR.”
Quanto tempo vai demorar para eu morrer também? Esse passou a ser um pensamento recorrente depois da manhã de 17 de janeiro de 2007, quando encontrei o Gui, meu marido, morto no chão da nossa casa. Faltavam dois meses para nascer o nosso único filho. Depois de viver um amor daqueles cinematográficos, de repente, me vi na horrível situação de ter que conviver com sentimentos tão opostos: o luto e o nascimento. A sensação era de que tínhamos perdido tudo o que sonhávamos e que, logo, também chegaria a minha hora. Mas eu não tinha como não seguir em frente e encontrei nas palavras o meio de ir colocando a tristeza no seu devido lugar. Assim surgiu o blog Para Francisco, onde me propus a construir para o nosso filho as memórias do pai, que ele nunca conheceria pessoalmente. À medida que escrevia, enxergava melhor as coisas. O blog acabou sendo editado em livro em novembro de 2008 e, em janeiro de 2012, publiquei o último post, que marcava o fim do meu luto. A dor virou cicatriz, me casei novamente, separei, vivi outros relacionamentos que não deram certo, mas, enfim, serviram para me mostrar que eu podia amar de novo. Hoje, o Francisco é o meu maior companheiro e sinto que, por intermédio dele, eu e o Gui seguimos vivendo o nosso amor.”
A G O S T O / S E T E M B R O < T O D O S < 13
© Foto: Leo Drummond / Nitro
Belo Horizonte (MG)
M
MEU PEQUENO DICIONÁRIO
ENTRE OS MUROS
DA ESCOLA Perguntamos a crianças de 5 a 10 anos de uma escola do Distrito Federal* como eles definiriam algumas palavras relacionadas ao universo da escola. Veja só no que deu: ROMY AIKAWA
Alfabetização “Quando uma pessoa sabe o alfabeto direitinho e fala muito rápido.” (Milena)
GABRIEL SÃO MARCOS / EDITORA MOL
Gramática “É tipo um segundo português.” (Kaique)
Uniforme “Roupas usadas para identificar que estudamos na escola.” (Lucas)
Matemática
“São roupas das escolas do Brasil.” (Matheus S.)
“São continhas, números.” (Hevellyn)
Aula
“Hora de aprender a fazer contas.” (Eduarda)
“Uma hora muito boa para estudar.” (Anna Clara)
Livro
“É o aprendizado das pessoas a respeito de tudo.” (Isabely) “Aprender coisas.” (Raíssa)
“É para receber a historinha que a professora dá na escola.” (Isadora)
Professor
Férias
“É uma pessoa que ensina as crianças e os adultos.” (Jennifer)
“É quando não tem aula e não tem coisas pra fazer.” (Amanda)
“Ensina o que devemos fazer.” (Gabriella P.)
20 > T O D O S > A G O S T O / S E T E M B R O
“Um objeto usado para aprender.” (Lucas C.) “Serve para ler, ficar inteligente e saber coisas novas.” (Gabriela L.)
Vestibular
“É a prova que faz a gente entrar na faculdade.” (Matheus L.)
Prova “Coisa difícil demais da criança fazer.” (Isabely) Uma coisa que a gente não pode olhar a de ninguém em uma sala de aula.” (Jennifer)
Educação Física
“É um negócio para ver se você sabe.” (Camyle)
“Quando o professor dá atividades ao ar livre pra gente ficar saudável.” (Celina)
“Dor de cabeça.” (Lucas)
História “São contos especiais sobre o Brasil.” (Gabriella P.) “É o conhecimento das coisas da vida e do ser humano.” (Isabely)
* AUTORES DAS DEFINIÇÕES DESTA SEÇÃO: Todos eles são alunos Centro de Ensino Menino Maluquinho, em Sobradinho (DF)
Recreio
AMANDA ROZA MAIA
KAIQUE PERSCH
ANNA CLARA CAVALCANTI
LUCAS CARDOSO
CAMYLE MARQUES
LUCAS DE SOUZA
CELINA CRISTINA TOLENTINA SALES
MANUELA MARTINS
EDUARDA PANTALEÃO
MATHEUS LEÃO
GABRIELA LAGUARDIA
MATHEUS SABÓIA
GABRIELLA PEREIRA
MILENA CRISTINA TOLENTINA SALES
GIOVANA DONNA
PABLO DOMINGUES
HEVELLYN ALVES
PEDRO BARBIERI
ISABELY MARIA ALVES DE CARVALHO
PEDRO REYNALD
ISADORA DAS GRAÇAS ALVES DE CARVALHO
RAÍSSA LOPES FALCÃO
5 ANOS
“É para se divertir com os colegas.” (Giovana)
8 ANOS
“Diversão!” (Lucas de S.)
7 ANOS
“Uma hora para brincar.” (Manuela)
9 ANOS
“Parte legal do dia.” (Pedro R.)
8 ANOS 8 ANOS
10 ANOS 7 ANOS
3 ANOS
Lanche
Boletim
“É a parte gostosa do dia.” (Pedro R.)
“É o papel que a gente leva para casa no fim do ano.” (Pablo)
“É bom para crescer e ter energia.” (Rhuan)
“São notas ruins e boas.” (Isabely)
8 ANOS
5 ANOS
JENNIFER SÁ 7 ANOS
10 ANOS 10 ANOS 10 ANOS 7 ANOS 7 ANOS 7 ANOS
5 ANOS 7 ANOS 7 ANOS
10 ANOS 7 ANOS
RHUAN PABLO 7 ANOS
Você tem um filho ou neto bastante criativo? Gostaria que ele participasse desta seção? Então envie um e-mail para a redação (todos@editoramol.com.br) indicando o seu pequeno poeta e entraremos em contato.
A G O S T O / S E T E M B R O < T O D O S < 21
T
TESTEMUNHA OCULAR
O procurador Antônio Neiva, 54 anos, era um jovem roqueiro na primeira edição do Rock in Rio
A N TÔ N I O EST E VA M N E I VA ( E M D E P O I M E N TO A H E L A I N E M A RT I N S ) MAURICIO PLANEL
EU FUI AO PRIMEIRO
ROCK IN RIO
EM 1985, O CEARENSE ANTÔNIO CRUZOU O PAÍS, SE INSTALOU NA CIDADE DO ROCK CONSTRUÍDA NOS RINCÕES DA CIDADE MARAVILHOSA E DELIROU COM A NATA DA MÚSICA POP DA ÉPOCA
Era agosto de 1984. Eu, um menino de 20 e poucos anos, estava assistindo TV em casa quando tive uma surpresa: o ator Kadu Moliterno anunciava um tal de Rock in Rio, um megafestival de música que seria realizado no Rio de Janeiro. Antes mesmo de saber quais eram as atrações musicais – quando soube, não acreditava que aquilo tudo podia ser verdade! –, a data, o local exato, o preço dos
A 1ª EDIÇÃO
do Rock in Rio foi realizada em janeiro de 1985, recebendo quase
[
1,4
A CIDADE DO ROCK ocupava uma área de
[
250 MIL m2
em Jacarepaguá, bairro na zona oeste do Rio de Janeiro. ISSO EQUIVALE A
© Foto: Filipe Acácio
34
MILHÃO DE PESSOAS
(quatro vezes mais do que Woodstock)
CAMPOS DE FUTEBOL
O PALCO DE
5 MIL m2
– o maior do mundo até então –
RECEBEU
com público máximo de
SHOWS
MIL PESSOAS
52
470
NO DIA DO HISTÓRICO SHOW DO QUEEN
ingressos... exclamei para mim mesmo, em voz alta: “Eu vou!”. A expectativa era enorme e só aumentava conforme eu recebia notícias da construção da Cidade do Rock, os astros confirmados, enfim, era como se estivesse surgindo o Woodstock (o lendário festival de 1969, em Nova York) dos trópicos! Em novembro, os ingressos foram colocados à venda no extinto Banco Nacional e logo garanti os meus. Chegou janeiro de 1985 e voei para o Rio. Fiquei hospedado na casa de uma tia em Niterói ROCK IN ....... e levava mais de duas horas e meia De lá para cá, já se para chegar no distante bairro de sucederam 15 edições do Rock in Rio – 16, Jacarepaguá. Mas era só pisar na tal com a que rola agora Cidade do Rock para esquecer da em setembro na Cidade Maravilhosa. distância e entrar no clima do fesApesar do nome do tival. Isso significava ter uma carga festival, apenas seis edições ocorreram extra de paciência para encarar a no Brasil. multidão e buscar uma brechinha Outras seis foram em para conseguir passar em uma das Portugal, três 20 catracas que atendiam milhana Espanha e uma nos EUA. res de pessoas. Lá dentro, não
A G O S T O / S E T E M B R O < T O D O S < 23
Q
QUEM VOCÊ PENSA QUE É?
HELAINE MARTINS
PAU L O J O S É R O S S I
JORNADA
dupla CONHEÇA A HISTÓRIA DE UM TÍPICO SOBREVIVENTE BRASILEIRO – ORIGEM HUMILDE, VIDA CHEIA DE LIMITAÇÕES E MUITOS BICOS – QUE SURPREENDEU O ÓBVIO E REINVENTOU O SEU DESTINO
V
ocê já deve ter ouvido essa história em algum lugar: nascido em uma família humilde, cresceu em meio a dificuldades, dividindo-se entre a vontade de frequentar os bancos da escola e a necessidade de trabalhar para ajudar na renda da família. Essa é a sinopse da vida de milhões de brasileiros, inclusive de José Itamar Sales, 46 anos, morador de Campina Grande (PB), dono de um sorriso simpático e de fala mansa típica dos tímidos. Filho de um borracheiro analfabeto e de uma dona de casa, foi lavador de carros, engraxate,
28 > T O D O S > A G O S T O / S E T E M B R O
jardineiro e feirante. Diante de tantos obstáculos, já se achava sortudo por ter sido o único entre cinco irmãos a ter conseguido, com muito esforço, concluir o ensino médio. “Meus pais não enxergavam grandes possibilidades no meu futuro, e eu, muito menos”, conta. Até aí, nada de diferente do típico sobrevivente brasileiro, que acaba se acostumando com uma vida de muito trabalho, pouco estudo, nenhum sonho e simplesmente uma luta para viver um dia após o outro. Mas José Itamar não quis se acostumar e buscou um caminho diferente.
JOSÉ ITAMAR SALES, 46 ANOS, DE CAMPINA GRANDE (PB), VIGILANTE HÁ MAIS DE 20 ANOS NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA PARAÍBA (UEPB), REALIZOU UM GRANDE SONHO EM 2015. O QUE VOCÊ ACHA QUE ELE FEZ?
A | Construiu sua própria casa
B | Viu nascer sua primeira neta
C | Concluiu o doutorado
MUITO OBRIGADO Conheça quem você está ajudando
QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ
Há quatro anos, Raimunda Pedreira Alves não conseguia imaginar que um dia voltaria a ser feliz. Mergulhada em um quadro depressivo, ela mal saía de casa, sentindo-se cada vez mais impotente para buscar trabalho e sequer recorrer a um médico. Seus filhos sofriam ao vê-la definhar. “Meu caçula, Vinícius, chorava muito, mas eu não tinha forças.” Foi quando a filha mais velha, Amanda, que já havia feito um curso em uma unidade da Obra do Berço, resolveu pedir auxílio psicológico para Raimunda. “Durante três anos, os profissionais vinham aqui na minha casa. Tentavam me animar, explicavam a importância de fazer um tratamento.” Na Obra do Berço, além de acompanhamento médico, ela também teve a chance de se capacitar para a função de cuidadora de idosos, o que lhe rendeu um emprego. Hoje, aos 50 anos, Raimunda se sente vitoriosa, porque conseguiu voltar a ter uma vida ativa e próxima dos filhos. É possível colaborar ainda mais com a Obra do Berço fazendo doações, sendo voluntário e visitando a instituição. Saiba mais em: WWW.OBRADOBERCO.ORG.BR
50 > T O D O S > A G O S T O / S E T E M B R O
Quando se mudaram da pequena Pocrane (MG) para São Paulo, os pais de Marcos Lima Rodrigues, de 18 anos, buscavam uma vida melhor. Eles seguem batalhando, mas, para Marcos, a vida na nova cidade já rendeu frutos preciosos. Ele é um dos milhares de jovens atendidos pelos dentistas da Turma do Bem e, há três anos, recebe tratamento odontológico gratuitamente. Marcos nasceu com um problema genético que impedia a formação dos seus dentes permanentes e tinha vergonha da falta deles, já que alguns dentes de leite já tinham caído. “Sou atendido até duas vezes por mês, em uma infraestrutura que não existe na minha cidade natal e, mesmo se tivesse, nunca poderíamos pagar.” Mesmo antes de encerrar o tratamento, ele já sente uma mudança considerável na sua aparência, o que lhe deu autoestima para sorrir. “Me sinto mais confiante para conversar com os clientes do supermercado onde trabalho.” Você pode patrocinar o tratamento odontológico completo de uma criança ou jovem atendido pela Turma do Bem. Saiba mais em: WWW.TURMADOBEM.ORG.BR
© Fotos: Déborah Moreno/Editora MOL
Raimunda e Marcos mudaram seus destinos com a ajuda das ONGs beneficiadas pela revista TODOS. Eles, e tantos outros, resgataram a autoestima graças a você!