compre e ajude r$ 3,95 crianças, jovens e idosos dAs ongs
A VIDA é FEITA DE HISTóRIAS. QUAL é A SUA?
...e mais 13 instituições
Mais de
que apoiam a TERCEIRA IDADE
R$ 1,7 milahdãoo arrecad
para doação!
Simone, aos 45 anos,
reaprendeu
a apreciar sua beleza
pág. 13
ionilton uniu os vizinhos
e revolucionou seu bairro
pág. 22
aurelina
e suas amigas
se divertem vencendo o
preconceito
pág. 28
E mais:
receitas curiosidades
passatempos #12
fev/mar 2017 venda exclusiva drogasil
Edith Ranzini, engenheira, 70 anos – pág. 32
há 45 anos, ajudei O BRASIL A ENTRAR NA ERA digital
assine já:
bancadobem.com.br
E
EU VENCI
r a fa e l a ca rva l h o
caco neves
Quando somos mais novos, tudo é intenso, dramático. Sofremos por insegurança e ansiedade. Mas, com o tempo, os problemas vão deixando de ser novidade e nos tornamos mais confiantes e serenos. Conheça histórias que celebram essa experiência demasiadamente humana: o amadurecimento
12 > T O d o s > F e v e r e i r o / M a r ç o
Eu era conhecida por ser a menina bonita e esbelta da turma de amigos. Mas, aos 22 anos, depois de ter duas filhas e engordar 30 quilos, comecei a detestar minha aparência. Com a autoestima em crise, tentei de tudo para emagrecer: ficava dias inteiros me alimentando apenas de café com leite, usava cintas térmicas para transpirar e desinchar e tomava comprimidos inibidores de apetite. Cheguei a ingerir o triplo da dosagem
Simone Silveira, 49 anos, estudante, de Belém. Após décadas lutando contra o próprio corpo, ela enxergou sua beleza. recomendada. Relutei contra meu corpo por muito tempo. Até que, aos 45 anos, tive uma hepatite medicamentosa, causada pelo consumo excessivo de comprimidos para perder peso. Só então percebi que não estava respeitando meu organismo. Entendi que é impossível ser jovem para sempre. Aceitei as transformações causadas pelo envelhecimento e aprendi a me considerar bonita como sou.
Em outras palavras, optei por não sofrer. Não preciso me esconder em roupas largas nem passar fome – afinal, não é meu peso o que faz as pessoas gostarem ou não de mim. Hoje, sei que sou mais do que números – de anos vividos, de quilos na balança, de fios de cabelo brancos. Eu escolhi parar de me medir dessas formas. O mais importante, hoje, é gostar da pessoa que eu me tornei. E sabe que eu adoro o meu sorriso enrugado?”
F e v e r e i r o / M a r ç o < T O d o s < 13
© Foto: Lyna Oikawa
“Hoje, sei que sou mais do que números – de anos vividos, de quilos na balança, de fios de cabelo brancos”
M
MEU PEQUENO DICIONÁRIO
Por que a galinha
at r av e s sou a rua? Al e s s a n d r a g o e s Al v e s
Fizemos essa clássica pergunta a crianças de até 10 anos, para que elas soltassem a imaginação. Divirta-se com as respostas, que revelam toda a espontaneidade e criatividade típicas dos pequenos!
Da n i e l ca rva l h o
Para ajudar os idosos.
Para desovar.
Henrique, 8 anos
Leonardo, 8 anos
Porque ela ia levar os filhinhos dela para o parque que ficava do outro lado. Pedro, 6 anos
Para ir ao supermercado comprar milho. Pedro, 9 anos
Porque o seu ovo caiu no esgoto.
Porque ela queria comer tacos. Leo, 6 anos
Porque estava brincando de pega-pega com os carros.
Maria Clara, 10 anos
Marina, 9 anos
Para chegar até o forno.
Porque ela quis experimentar.
Guilherme, 10 anos, e Pedro, 9 anos
Luiza, 8 anos
20 > T O d o s > f e v e r e i r o / m a r ç o
Porque ela queria estar do outro lado da rua. Bibiana, 8 anos
Para casar com o galo e depois pegar um avião que caiu no meio do mar. Mas eles sobreviveram e tiveram 1.000.000.000.000.000.000 de filhos. Miguel, 10 anos
Para pegar o gato. João Carlos, 10 anos
Para ver seus filhos depois de uma viagem. Ester, 7 anos
Para encontrar o namorado e viajar com ele. Isabela, 8 anos
Porque ela era louca. Diego, 8 anos
Porque não havia carros circulando, então ela aproveitou a situação. Matheus, 10 anos
Porque os carros estavam parados. Larissa, 10 anos
Para chegar do outro lado.
Porque ela foi buscar os seus pintinhos na escola. Luísa, 10 anos
Alice, 6 anos, e Pedro, 8 anos
Para ir na loja. Matheus, 8 anos
Porque ela estava numa corrida de galinhas e estava prestes a ganhar um troféu de ouro muito grande escrito "galinha vencedora". Maitê, 10 anos
Porque o ninho dela estava do outro lado. Giulia, 6 anos
As crianças que participaram desta matéria são alunas da escola Projeto, de Porto Alegre. Agradecemos aos estudantes e à equipe da instituição pela colaboração! Se você é diretor ou professor de uma escola infantil e quiser participar da próxima edição (ou se tem crianças criativas na família), escreva pra gente: todos@editoramol.com.br.
f e v e r e i r o / m a r ç o < T O d o s < 21
T
testemunha ocular
Edith Ranzini, de 70 anos, é professora e pesquisadora da Escola Politécnica da USP, em São Paulo. Ela participou da criação de um computador pioneiro no país, em 1972, o Patinho Feio
Ajudei o Brasil a entrar na
era digital E d i t h R a n z i n i , e m d e p o i m e n t o a Ér i c a G e o r g i n o
A engenheira Edith Ranzini participou da criação de um dos primeiros computadores Brasileiros, em 1972. Batizado de Patinho Feio, ele foi o passo inaugural da indústria nacional de informática, abrindo ao país as portas do universo digital
O Patinho Feio Acionado por chaves e botões, não tinha tela, teclado nem mouse. Sua memória era de apenas 4 kbytes
Podia receber, processar, armazenar e imprimir informações. Na sua
inauguração, imprimiu um
© Foto: Julia Rodrigues
mapa estilizado de São Paulo
Pesava cerca de
100 quilos e tinha
1 metro de altura, 1 metro de comprimento e 80 centímetros de profundidade
Seu principal mérito foi formar profissionais especializados, que impulsionaram a indústria nacional de informática
caco neves
os 360 calouros aprovados em 1965 no vestibular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), um dos mais prestigiados centros de formação de engenheiros do país, apenas 12 eram mulheres. Entre elas estava Edith Ranzini, então com 18 anos. Logo após se formar, ela ingressaria em um grupo ainda mais seleto: a equipe responsável pela criação de um dos primeiros computadores brasileiros, o pontapé inicial da indústria nacional de informática. A iniciativa foi concebida como trabalho de conclusão de uma disciplina de pós-graduação da Poli. A matéria era ministrada pelo professor estadunidense Glen Langdon, profissional licenciado da IBM, empresa pioneira no mundo no ramo de processamento de dados. Já graduada, Edith cursava o mestrado em Engenharia de Sistemas quando se enfronhou no projeto. “Dos 20 estudiosos envolvidos, incluindo alunos, pesquisadores e professores, com idades entre 18 e 24 anos, quatro eram mulheres. O líder da equipe, Antonio Hélio Guerra Vieira, acreditava que a multiplicidade de olhares só poderia somar à pesquisa em curso”, lembra. A empreitada foi estimulada por um chamamento público feito pela Marinha. Naquela época, início dos anos 1970, os militares queriam automatizar seus navios de guerra com tecnologia nacional – afinal, os computadores comandavam a artilharia, setor mais estratégico das embarcações. Uma das instituições candidatas era a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que batizou sua proposta de Cisne Branco. Como contraponto ao nome pomposo da equipe concorrente, a turma da USP decidiu chamar seu projeto de Patinho Feio. O romantismo dava o tom da rotina. “Se por um lado tínhamos afinco e paixão de sobra, por outro faltavam meios para realizar o projeto”, relata Edith. Responsável pela
D
f e v e r e i r o / m a r ç o < T O d o s < 33
R
Receitas de família
gostinho de
verão
Maionese apimentada Descasque um pimentão vermelho, tire as sementes e bata no processador com 1 xícara de maionese, uma pitada de pimenta calabresa e sal a gosto
Dias quentes e preguiçosos pedem receitas sem muita cerimônia – mas repletas de sabor. Confira ideias para se deliciar nessas férias Romy Aikawa
alex silva
© Produção culinária: Silvia Marques; produção de objetos: Ellen Annora
N
as férias de verão, toda refeição ganha ares de festa. Sem a rigidez da rotina, ninguém tem hora para começar nem para terminar de comer. O clima é de família reunida, amigos por perto, crianças famintas de tanto gastar energia por aí. Até o lugar em que matamos a fome foge da mesmice: pode ser na beira da praia ou da piscina, no meio do camping, ao lado da cachoeira, debaixo de uma árvore frondosa, na cozinha da tia, na casa da vó, no apartamento da madrinha... Com mais tempo, podemos testar novas receitas e variações sem pressa. Com a turma reunida, cada um contribui com uma dica. E até os pequenos podem participar, aprendendo noções de culinária e absorvendo o valor da alimentação caseira. Do petisco à sobremesa, o que melhor combina com os dias quentes da temporada são as receitas leves, refrescantes e sem muita complicação na hora de cozinhar. Foi pensando assim que preparamos a seleção a seguir. Delicie-se tornando suas férias de verão ainda mais saborosas!
ADORARÍAMOS CONHECER SUAS RECEITAS E HISTÓRIAS DE AMOR PELA CULINÁRIA. CONTE-NOS TUDO PELO E-MAIL todos@editoramol.com.br 42 > T O d o s > f e v e r e i r o / m a r ç o
Andrea Lima, 52 anos, Rio de Janeiro Quando eu era pequena, passava as férias de verão em Cabo Frio e comia muitos frutos do mar. Por isso, lula à dorê me lembra das brincadeiras na praia com meus primos, dias de sol, liberdade. Empano com farinha de rosca ou de trigo com ervas e frito em óleo bem quente, por uns dois minutinhos – assim não fica borrachuda. Outro cuidado que tomo é cortá-la em anéis finos e não colocar muitos de uma vez na frigideira, senão a temperatura do óleo baixa e a lula encharca.
molho de ervas Bata no liquidificador 1/2 xícara de ervas frescas (salsinha, coentro, hortelã...), 1/2 xícara de maionese e 1 colherinha de água fria
Lula à dorê Sele uma aliança com o sol: anéis dourados, crocantes e macios, levando a brisa do mar direto para o seu paladar
Ingredientes 1 kg de lulas inteiras médias limpas 4 xícaras de amido de milho 3 ovos 500 ml de cerveja 2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo 3 litros de óleo de girassol sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo 01 Corte as lulas em anéis de 0,5 cm de largura e tempere com sal e pimenta. Forre uma assadeira grande com papel toalha e espalhe os anéis, para retirar o excesso de umidade. 02 Em um recipiente, junte o amido de milho com os ovos, a cerveja, sal e pimenta e misture bem. A massa fica cremosa, como a de panqueca – mas lembre-se de mexer quando for usar, para misturar novamente o amido de milho, que se acumula no fundo. 03 Encha um prato fundo até a metade com farinha de trigo. Em uma panela grande e funda, despeje o óleo e aqueça-o até ficar bem quente, mas sem soltar fumaça (por volta de 180 oC). Enquanto isso, certifique-se de que as lulas estejam secas e passe seis anéis na farinha, tirando o excesso. Mergulhe-os na mistura para empanar, retire um por um com um garfo, escorra o excesso e frite
Também pode Usando a mesma massa de empanar, frite iscas de peixe. Abrótea e pescada branca são boas opções, mas qualquer variedade fica deliciosa
imediatamente. 04 Quando os anéis estiverem levemente dourados, retire-os com uma escumadeira e coloque-os sobre papel toalha para escorrer por um minuto. Sirva imediatamente. Repita a operação com o restante da lula.
f e v e r e i r o / m a r ç o < T O d o s < 43