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A VIDA é FEITA DE HISTóRIAS. QUAL é A SUA?
...e mais 13 instituições que apoiam a TERCEIRA IDADE
Mais de
R$ 1 milhão
Isabelle
arrecadados para doação!
e seus vizinhos
transformaram um terreno baldio em horta pág. 22
joão foi à abertura do maracanã em 1950 e conta o que sentiu pág. 32
pedro inspirou-se
em um amigo e perdeu mais de 60 quilos pág. 18
E mais:
sopas deliciosas
animais incríveis
faça você mesmo
passatempos
#09
ago/set 2016
Joice Berth, 40 anos – pág. 13
virei porta-voz da causa em que acredito
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E
EU VENCI
Tem horas em que a gente vê alguém fazendo algo e pensa: “É isso!”. se temos a sorte de nos relacionar com pessoas assim, Ganhamos confiança, vontade de ser melhores, disposição para construir aquilo em que acreditamos. Conheça histórias de quem passou por essa experiência e mudou de vida graças à força da admiração R a fa e l a Ca rva l h o
12 > T O d o s > a g o s t o / s e t e m b r o
pa o l a S a l i by
“Graças à Djamila, milito por uma causa que sempre foi valiosa para mim, mas que eu nunca soube que poderia representar”
Eu não sabia que tinha voz. É que nós, negros, crescemos silenciados, sem saber que passamos por dificuldades semelhantes, e somos desencorajados a falar sobre elas. E como não estamos representados na mídia, acreditamos por muito tempo que devemos ficar calados. Eu me sentia assim até conhecer o trabalho da Djamila, lendo sua coluna na revista CartaCapital. Negra e feminista, ela me fez perceber que eu tinha, sim, muito
a dizer. Eu e meus quatro filhos nos sentimos representados e ajudados por ela, que se tornou uma referência de ativismo na nossa família. Em 2015, em um evento, tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, e criamos proximidade imediata. Fortalecida e inspirada, decidi escrever um texto sobre feminismo, maternidade e opressão, e o publiquei em um blog. Achei que seria algo pontual, mas fui incentivada pela Djamila a continuar
me expressando. Acabei me tornando colunista de um site, o Justificando, onde escrevo sobre feminismo negro. Graças a ela, milito por uma causa que sempre foi valiosa para mim, mas que eu nunca soube que poderia representar. E não há nada mais gratificante do que receber mensagens de pessoas que se sentem contempladas pelo que eu digo. Percebo agora que eu posso ser a Djamila de outras mulheres negras que também precisam de voz.”
© Foto: Julia Rodrigues Maquiagem: Cassiano Assman
Joice Berth (à direita), 40 anos, de São Paulo, sentiu-se fortalecida ao ler os textos de Djamila Ribeiro, 35 anos, e tornou-se, ela também, porta-voz do feminismo negro.
M
MEU PEQUENO DICIONÁRIO
prato cheio de
imaginação Sabe aquelas frases inesperadas e divertidas que só as crianças falam? Confira uma seleção de curiosos relatos infantis sobre o universo da comida! G i ova n a F e i x
c ata r i n a b es s e l
Cecília estava comendo seu biscoito favorito, com muita vontade. Seu pai passou e pegou um. Ela ficou olhando, preocupada. Então o pai voltou e pegou outro. Ela reagiu: – Papai, não come muito senão você vai passar mal!
Prima: – Por que você gosta do Kaká? Ele é tão sem sal! Gabriela: – Ué, mas ele não é comida...
A avó de Alice fez suco de limão. Avó: – Já coei o suco! Alice: – Eu queria suco de limão, e não de "jacoei"...
20 > T O d o s > a g o s t o / s e t e m b r o
Tirar o Caio da cama era bem difícil. Até que seus pais descobriram o ponto fraco do garoto: basta dizer que, se ele não se levantar, eles vão dar seu café da manhã para o porteiro. Em questão de segundos o menino está de pé!
Maria Julia ama vegetais. Sempre que alguém fala bem dos cachinhos do cabelo dela na rua, ela responde: – É porque eu como muito tomate e couve-flor! A mãe de Harini já tinha ensinado: não dá pra ficar comprando toda hora os doces expostos na fila do caixa do mercado, porque não são saudáveis. Mas ela insistiu, justificando: – Mamãe, eu sou "fomilona" mas não "engordeço" porque não como porcarias!
Prima: – A gente tem que comer verdinhos para ficar forte! Nino: – Tá bom, prima! Quando eu tiver 5 anos eu já vou estar grande, aí posso ficar forte. Mas só com 5 anos, está bem? O almoço é servido e a salada tem tomatescereja. Miguel pergunta: – Papai, isso é tomate de codorna?
Valentina: – Eu não vou comer tomate seco, não! Eu só gosto do molhado!
Maria Julia chegou em casa contando sobre o projeto de alimentação saudável de que estava participando na escola: – Mamãe, hoje plantamos um Adriano! (Era um agrião!)
Quando Theo foi alfabetizado, tudo virou treino de leitura. Com uma caixinha de chá na mão, ele disse: – Chá Mate Leão! Pensou um pouquinho e, assustado, perguntou: – Mãe! Eles matam leão para fazer chá?
Cecília: – Os camaleões não são parte da natureza! Mãe: – Por que não? Cecília: – Eles comem joaninhas! Mãe: – Na natureza é assim. Um bichinho é alimento do outro. Se ele não comer, vai morrer de fome. Cecília: – Que folgado! Por que ele não pede um sanduíche?
Mãe: – João, hoje a mamãe tem que sair. Sua tia vai cuidar de você, tá? João (tentando convencer a mãe a ficar): – Mas, mamãe, ela não cozinha bem... Mãe: – Que é isso, João? Claro que sim! João: – Não. Ela não cozinha com carinho...
Eduardo não gostava de cenoura. Um dia, durante a refeição, tentou jogar, escondido, um pedacinho debaixo da mesa. A mãe logo percebeu: – Que coisa feia! O papai do céu está vendo! E ele: – Tá vendo nada! O telhado me tampa!
Pedro engoliu a comida sem mastigar e declarou: – Engoli igual avestruz!
Camila: – Mamãe, não acredito mais no mundo! Esperei, esperei, esperei e, depois de tomar a sopa do Popeye, não fiquei mais forte coisa nenhuma! A propaganda me enganou!
Alice Oliveira, 4 anos, Santo André (SP) São Paulo
Camila Marques, então com 6 anos, Rio Claro (SP)
Cecília Balsamão, 6 anos, Ribeirão das Neves (MG)
Lilla Lehmann, 5 anos, São Paulo Lucas Jorge, 6 anos, São Paulo Lucca Pereira, 2 anos,
São José dos Campos (SP)
Maria Julia Mello, 2 anos, Goiânia
Miguel Oliveira, então com 4 anos, Belo Horizonte
Eduardo Balsamão, 9 anos, Ribeirão das Neves (MG)
Nino de Aguiar, então
Gabriela Louro, então com
Pedro Nogueira, 2 anos,
6 anos, São Paulo
Pedro estava jantando. Sua mãe colocou uma colher de comida ainda quente na boca dele. Ele engoliu e disse: – Ai, queimou até meu coração!
Lucas: – Mãe, quero virar vegetariano. Mãe: – Mas, Lucas, o que você vai comer? Lucas: – Nutella!
ESTES SÃO OS AUTORES DAS FRASES DESTA SEÇÃO:
Caio Nogueira, 7 anos,
Amiguinha: – O que será que foi a primeira coisa que Branca de Neve fez quando acordou? Lilla: – Eu acho que ela deve ter cuspido um pedação de maçã!
A Lucca tem dois priminhos: a Clara e o Nicolas. Um dia, comendo ovo com seu pai, perguntou: – Papai, como chama essa parte branca? Pai: – Clara, filha. Lucca: – Ah, então a parte amarela se chama Nicolas?
com 4 anos, São Paulo São Paulo
Harini Zornig, 3 anos, Curitiba
Theo Baldin, 5 anos, São Paulo
João Lethbridge, 3 anos,
Valentina Fernandes,
São Paulo
5 anos, Pirassununga (SP)
Você tem um filho ou neto bastante criativo? Gostaria que ele participasse desta seção? Então envie um e-mail para a redação (todos@editoramol.com.br) indicando o seu pequeno poeta e entraremos em contato.
a g o s t o / s e t e m b r o < T O d o s < 21
T
testemunha ocular
João Máximo, de 81 anos, do Rio de Janeiro, viveu em 17 de junho de 1950, na inauguração do Maracanã, um dos grandes acontecimentos da sua vida
Fui ao
João Máximo (em depoimento a Érica Georgino)
caco neves
MARACANÃ
no dia da inauguração
Palco da cerimônia de abertura da Olimpíada de 2016, o Maracanã foi inaugurado em 17 de junho de 1950, com a pompa de um monumento nacional. O jornalista João Máximo, de 81 anos, então um garoto louco por futebol, estava lá naquele dia
Sempre morei na Vila Isabel. Lá, no final dos anos 1940, era programa de garoto pobre sair da escola no sábado e, antes de jogar a tradicional pelada, assistir à construção do Maracanã, nas redondezas do bairro. Havia bastante discussão sobre a obra – muita gente dizia que o dinheiro deveria ir para escolas ou hospitais, algo muito parecido com as polêmicas que vemos hoje. Já eu, nos meus 15 anos, via naquilo uma afirmação de brasilidade, sentia como se estivesse presenciando algo muito importante...
Posso dizer que 17 de junho de 1950, dia de inauguração do Maracanã, foi um grande acontecimento na minha vida. Era um sábado, o céu estava bonito. Fui com meus amigos, a pé, como sempre. Mas, dessa vez, vestindo calça comprida e camisa esporte. Quem morava longe chegava de bonde, o meio de transporte mais barato da época, onde sempre cabia mais um. A entrada começou às 12h, com o público cruzando os portões tranquilamente. Lembro-me de observar muitas crianças, mulheres e idosos na multidão. Naquela época, era incomum que essas pessoas fossem ao futebol, pois até então os estádios apresentavam uma estrutura muito precária, sem conforto algum, e as arquiO Maracanã foi construído em menos de dois anos. bancadas acabavam preenchidas só por Custou o equivalente a R$ 200 milhões homens, que assistiam em pé às partidas. A inauguração teve acesso gratuito, mas, O jogo inaugural Os paulistas O nome do estádio foi um amistoso entre é inspirado na ave apesar da curiosidade geral, o estádio não venceram por 3 a 1. as seleções juvenis maracanã-guaçu, O primeiro gol lotou. Acho que as pessoas tinham medo, e carioca e paulista foi do carioca Didi, que seria cujos bandos dominavam (havia um campeonato de não era à toa: estávamos vivendo uma situa área da obra bicampeão mundial seleções estaduais na época) ação inédita com a abertura de um projeto tão grandioso. Pairava muita desconfiança estádio foi batizado como Jornalista Mário Filho, sobre as obras. De fato, pude reparar que Em 1966 oem homenagem a um de seus grandes incentivadores armações de madeira temporárias ainda
© Foto: Anna Fischer
Origens de um colosso
a g o s t o / s e t e m b r o < T O d o s < 33
R
Receitas de família
FE STIVAL DE
sopas Mil sabores condensados num caldo deliciosamente fumegante: o que pode ser melhor no inverno? Confira quatro ideias para se aquecer – e uma para inovar
Romy Aikawa
elisa correa
Janaina Resende / Estúdio Fuê
© Produção de objetos: Janaina Resende / Estúdio Fuê
a
sopa é uma das boas ideias mais antigas da humanidade. Surgiu provavelmente ainda na pré-história, quando nossos antepassados descobriram que, ao colocar a carne da caça imersa na água, perto do fogo, ela ficava mais macia e saborosa. Desde então, inúmeras experiências foram feitas, de modo que hoje é difícil pensar em um ingrediente que não fique bem nesse tipo de preparo. Por ser um prato tão reconfortante, afastando a tensão das noites frias, aquecendo e relaxando o corpo de dentro para fora, as sopas também costumam estar relacionadas a memórias afetivas que nos enchem de prazer ao serem resgatadas. Além disso, ao misturar muitos ingredientes, oferecem um banquete de nutrientes, ajudando o corpo a vencer gripes, resfriados e outras ameaças do inverno. Sopas, em geral, também são fáceis e práticas de fazer, têm versões para todo tipo de gosto e podem ser servidas como entrada, prato principal e até mesmo sobremesa (isso mesmo: veja na página 47). Quem resiste? Conheça algumas dessas delícias e faça a sua hoje mesmo! ADORARÍAMOS CONHECER SUAS RECEITAS E HISTÓRIAS DE AMOR PELA CULINÁRIA. CONTE-NOS TUDO PELO E-MAIL todos@editoramol.com.br 42 > TO d o s > a g o s t o / s e t e m b r o
Minestrone clássico
Cheia de cores, a versão tradicional desta sopa de origem italiana é feita com macarrão, feijão e vários outros legumes
Daniele Cristina de Oliveira 38 anos, Uberlândia (MG) Sopas aquecem meu coração. Acho que é porque nasci no inverno, e minha mãe sempre foi de preparar esse tipo de prato. Uma que amo é o minestrone. Esse sopão italiano não tem uma receita única, para seguir ao pé da letra, porque depende dos legumes que você tiver disponíveis. Quando faço, às vezes uso feijão, outras, arroz. Refogo bem a carne para deixar aquela borrinha na panela antes de adicionar água e outros ingredientes – isso dá uma cor especial ao caldo.
Faça seu caldo QUAL TIPO?
Cozinhe 500 g de músculo com meia cebola, dois talos de salsão, uma cenoura em pedaços e dois litros de água por 3 horas em fogo baixo. Coe e use o líquido!
Você pode usar qualquer feijão cozido que tenha à mão. Os tipos branco, carioca, jalo, bolinha e roxo ficam excelentes em sopas!
Ingredientes 4 fatias de bacon picadas em
-do-reino a gosto queijo parmesão
estiver pronto, jogue o vinho tinto e
ralado e pão italiano para servir
deixe ferver. Adicione a abobrinha, o
tirinhas 2 cebolas roxas bem picadas
repolho, os tomates, o feijão e refogue rapidamente, misturando com delica-
2 cenouras sem casca em cubinhos
Modo de preparo 01 Em uma panela, adicione duas co-
2 talos de aipo (salsão) em cubinhos
lheres (de sopa) de azeite e refogue em
a panela, aumente o fogo e deixe ferver.
1 bulbo de erva-doce em cubinhos
fogo baixo o bacon, a cebola, o alho, a
Adicione o macarrão e cozinhe por 1 mi-
2 abobrinhas com casca 300 g de
cenoura, o aipo e a erva-doce, por cerca
nuto a menos do que tempo indicado na
repolho 800 g de tomates italianos
de 15 minutos, até que tudo esteja macio,
embalagem. 04 Se preciso, adicione
125 ml de vinho tinto seco 400 g
mas não dourado. 02 Corte a abobri-
mais caldo ou água fervente. Acerte o
de feijão-fradinho cozido e escorrido
nha pelo comprimento, descarte as se-
sal e a pimenta, apague o fogo e mistu-
1 litro de caldo de carne 100 g de
mentes e pique-a em cubinhos. Fatie o
re as folhas de manjericão, rasgando-as
2 dentes de alho bem picados
deza. Adicione o caldo de carne, tampe
macarrão tipo ave-maria folhas de
repolho fininho. Tire a pele e as semen-
com as mãos. Sirva com o parmesão, o
1/2 maço de manjericão fresco azeite
tes dos tomates e pique-os em cubinhos.
manjericão reservado, um fio de azeite e
de oliva extravirgem sal e pimenta-
Reserve tudo. 03 Quando o refogado
fatias de pão para raspar o prato. a g o s t o / s e t e m b r o < TO d o s < 43
muito obrigado Conheça quem você está ajudando
eles vão longe! Eder e Jullie tiveram suas vidas transformadas pelas ONGs Obra do Berço e Turma do Bem. Ao comprar a TODOS, você permite que novas histórias como essas aconteçam G i o v a n a F e i x
Eder teve uma infância simples na periferia de São Paulo, no Capão Redondo. Para não se afastar da família, ele segue morando lá, mas agora em uma situação bem diferente: tem casa e carro próprios e ocupa um cargo de confiança em uma multinacional. Sua guinada começou aos 15 anos, quando um amigo lhe falou sobre a Obra do Berço. Entre 2006 e 2008, graças à entidade, Eder estudou inglês e gestão de negócios. Também participou do programa Escritório Escola, no qual foi estimulado a traçar metas de vida. “O pessoal me apelidou de Filho da Obra, porque aproveitei todas as oportunidades que eles me deram”, lembra. Impulsionado pela ONG, Eder formou-se em Administração e chegou a fazer um intercâmbio no Canadá. Orgulhoso de suas conquistas, ele reconhece a importância de quem o ajudou a chegar lá: “A Obra do Berço foi fundamental na minha vida. Se eu tiver um filho, vou matriculá-lo lá com certeza!”. É possível colaborar ainda mais com a Obra do Berço fazendo doações, sendo voluntário e visitando a instituição. Saiba mais em: WWW.obradoberco.org.br
50 > T O d o s > a g o s t o / s e t e m b r o
Jullie Santos, de 23 anos, de São Paulo, recebeu tratamento gratuito da Turma do Bem. Estudante de Odontologia, ela quer virar voluntária da rede A relação de Jullie com a Turma do Bem começou há mais de dez anos. Ela estava na sétima série do ensino fundamental quando foi selecionada em uma triagem da ONG para receber tratamento odontológico gratuito. Com a ajuda da entidade, ela curou cáries e colocou aparelho. Assim, além de ficar mais saudável, ganhou autoestima: “Eu era muito tímida antes”, lembra. Quem conversa com ela hoje, facilmente percebe que esse acanhamento deixou de existir. Mais do que isso, a Turma do Bem inspirou Jullie a descobrir sua vocação. A jovem fez um curso técnico de auxiliar em saúde bucal, oferecido gratuitamente pela ONG, e já trabalha nessa função há seis anos. Paralelamente, faz faculdade de Odontologia. Quando se formar, já está decidida: vai se tornar uma Dentista do Bem, para poder transformar a vida de outras pessoas, assim como aconteceu com ela. Você pode patrocinar o tratamento odontológico completo de uma criança ou jovem atendido pela Turma do Bem. Saiba mais em: WWW.turmadobem.org.br
© Fotos: Déborah Moreno / Editora MOL
Eder Gustavo Ribeiro, de 25 anos, de São Paulo, fez vários cursos na Obra do Berço e hoje ocupa um cargo de confiança em uma multinacional