Português 6° Ano- Manual do professor

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Coleção

LIVRO DO PROFESSOR

Bei jo e prêm xtremo, m io e eu meu cas ti go extre , batismo m e naqu a-unção, ele i n s ta por q nte u não m e, feliz, eu orri co nti go? Olav o Bil ac

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Coleção

Obra concebida e produzida pela Editora Grafset

1ª edição João Pessoa, 2018

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Copyright © 2018 Título original da obra: Coleção Mais Saber Atividades Língua Portuguesa - Livro do Professor 1ª edição / João Pessoa, 2018

EDITORA GRAFSET LTDA Rua Hortêncio Ribeiro de Luna, 2001-A-Distrito Industrial CEP 58081-400 - João Pessoa - PB - Brasil Telefone: (83) 3533-4550 - Fax: (83) 3533-4550 CNPJ 03.242.250/0001-26 - Inscrição Estadual 16.125.109-9 www.editoragrafset.com.br editora@editoragrafset.com.br

Gerente editorial Rodrigo da Silva Gonçalves Editora Simone Bandeira Editora assistente Luísa Félix Assistente editorial Janaína Ferreira Nádia Larissa Pontes Revisora Kamila Katrine de Freitas Colaboradora Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra Gerente de produção gráfica Daniella Alves Projeto gráfico e diagramação Felipe Headley Pesquisa iconográfica Anderson Figueiredo Banco de imagens Shutterstock

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Coleção mais saber atividades: língua portuguesa: livro do professor / obra concebida e produzida pela Editora Grafset. -- 1. ed. -- João Pessoa, PB: Editora Grafset, 2018. -- (Coleção mais saber) ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN ISBN

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1. Português (Ensino fundamental) I. Título. II. Série. 19-23383 19-23384 19-23385 19-23386 19-23538

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CDD-372.6

Na tentativa de cumprir todas as regulamentações determinadas pela legislação, realizamos todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das imagens e textos contidos nesta obra. No entanto, caso tenha havido alguma omissão involuntária, a Editora Grafset se compromete em corrigi-la na primeira oportunidade.

Índices para catálogo sistemático: 1. Português: Ensino fundamental 372.6 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

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DIALOGANDO... Prezado professor, prezada professora, A Coleção Mais Saber Atividades é um instrumento de mediação que você dispõe para o processo de ensino e aprendizagem. Ensinar requer mais que competências e habilidades docentes, requer, também, os meios adequados para o alcance dessa finalidade. A Coleção Mais Saber Atividades está concebida como um material complementar, que muito poderá ser útil no seu dia a dia. A sala de aula é lugar de diversidade. Cada estudante tem seu próprio jeito de aprender, seu tempo, seu ritmo, suas curiosidades e necessidades de aprendizagens. Uns mais rápidos, outros mais lentos. Muitos vão acumulando déficits de aprendizagem ao longo do processo e vão se deparando com muitas dificuldades para progredir no ensino. O processo educativo torna-se, assim, penoso para esses estudantes. E também para os docentes. Para um público diversificado, se faz necessário um material didático que ajude o(a) professor(a) a dar conta dessa diversidade, dessa heterogeneidade. O uso da Coleção permitirá que você possa selecionar as atividades mais adequadas ao nível de sua turma, considerando, obviamente, os seus objetivos didático-pedagógicos para cada aula. Portanto, permite romper a linearidade do processo formativo, personalizando mais as atividades em função das necessidades de cada aluno e respeitando o processo de desenvolvimento cognitivo, sendo o(a) aluno(a) sujeito da sua aprendizagem. Essas são as palavras-chave deste novo modelo de material didático complementar. O seu uso na sala de aula enseja uma permanente dialética avaliação/intervenção/superação como motores para fazer avançar a aprendizagem escolar. Com efeito, a avaliação, na atualidade, tornou-se uma constante na educação brasileira. Tanto a avaliação da aprendizagem, aquela que você, professor(a), procede em sala de aula; mas, também, as avaliações externas, notadamente as do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que tem como objetivo diagnosticar a educação brasileira, e que referenciam o trabalho dos Sistemas de Ensino.

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Cabe ao professor(a) conhecer os resultados da avaliação do seu sistema educativo, da sua escola, do seu ano de ensino, do seu componente curricular. O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) torna-se, assim, o ponto de partida, o lugar a partir de onde o(a) professor(a) desenhará a sua proposta de ensino. É também ponto de chegada, na medida em que a melhoria desse resultado, a melhoria da aprendizagem se configura como sua meta. Nesse sentido, a avaliação externa subsidia o seu planejamento e a sua intervenção pedagógica. Professor, professora, é considerando esse tripé que você fará um bom uso da Coleção Mais Saber Atividades:

Nível de aprendizagem dos seus estudantes

Seus objetivos didático-pedagógicos

Resultado das avaliações externas do seu Sistema de Ensino/Escola

A Editora Grafset quer ser o seu parceiro nesse processo de ensinar e aprender, colocando a sua disposição uma Coleção com atividades diversificadas a serem desenvolvidas na área de Língua Portuguesa. A orientação ao docente quanto a sua prática pedagógica é uma das principais estratégias desta Coleção, de modo a garantir o passo a passo do trabalho em sala de aula. Não há maior prazer para um professor(a) que poder participar do progresso dos seus alunos(as). Faça um bom trabalho com a Coleção. Você tem toda uma experiência, tem o seu jeito próprio de ensinar. Valorize-o. Também pode inovar, criar, buscar fazer diferente. O que importa é que o(a) aluno(a) aprenda, desenvolva a criticidade e a reflexividade, encontre sentido no que está estudando, esteja motivado, sinta-se desafiado a aprender mais, a seguir estudando ao longo da vida. Vamos querer conhecer, posteriormente, as suas narrativas de ensinar e de promover a garantia do direito a aprender. Vamos continuar dialogando sobre estes e outros temas. Sucesso na sua prática!

A Editora

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A COLEÇÃO MAIS SABER ATIVIDADES A Coleção Mais Saber Atividades se configura como um suporte pedagógico aos professores e aos alunos no processo de ensino e aprendizagem, ampliando e enriquecendo as possibilidades de uma dinâmica de trabalho diferenciada, de modo a favorecer a aquisição de competências e habilidades necessárias relativamente a cada ano escolar – do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, na área de Língua Portuguesa e Matemática, bem como a garantia da qualidade do ensino com consequente elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

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Especificamente, com relação aos anos iniciais, objetiva-se: • Aprofundar, de forma prática, lúdica e sequenciada, a cada ano, o domínio das competências e habilidades fundamentais a serem construídas pelos alunos, ao longo das aulas oferecidas pelos professores. • Apoiar os(as) professores(as) na tarefa de avaliação do processo de aprendizagem, propondo a reflexão e a apropriação de conhecimentos através de atividades desenvolvidas pelos alunos com o acompanhamento e apoio do professor. • Apoiar os alunos nas avaliações externas, notadamente a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), a ser aplicada no final do ciclo da alfabetização, e a Prova Brasil, a ser aplicada no 5º ano. Cabe ressaltar que nesta Coleção o processo alfabetizador é entendido como um contínuum, que acompanha todos os anos iniciais do Ensino Fundamental, na perspectiva do letramento, o que implica a contextualização do material didático a fim de que favoreça uma aprendizagem significativa. O processo alfabetizador não é compreendido de forma homogênea e linear, sua orientação está voltada para o favorecimento de práticas que reconheçam a heterogeneidade e a diversidade de níveis dentro de um mesmo grupo de alunos (sala de aula). Especificamente, com relação aos anos finais, além dos previstos para os anos iniciais, objetiva-se: • Ampliar e diversificar as atividades didáticas em consonância com os descritores constantes na Prova Brasil, de modo a reforçar os conteúdos e as competências que se ensinam e se aprendem na escola, potencializando a orientação docente e a construção do pensamento autônomo e crítico por parte do aluno. A Coleção está organizada a partir dos descritores das matrizes curriculares de referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), tanto das matrizes do Ensino Fundamental – a de 5º ano e a de 9º ano – como da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). Logo no início do livro, você contará com uma matriz de descritores. Perceba, nas atividades propostas, a indicação do número do descritor e o eixo temático de referência. Isso é muito importante, pois ajudará a situar a que conteúdo/competência aquela questão está referida. Você verá que é um livro de atividades, para a realização de exercícios práticos. Ao planejar a sua aula, recomendamos que você selecione atividades a serem trabalhadas durante a semana. Importante poder aplicar as atividades, trabalhar a sua compreensão, bem como as possíveis dúvidas, e proceder à avaliação, numa mesma aula. A escolha das questões deve considerar os seus objetivos didático-pedagógicos, enquanto autor e autônomo no processo da docência. Deve considerar, também, o nível de aprendizagem da sua turma. Identifique os diferentes níveis de aprendizagem, planeje o progresso na aprendizagem dos alunos considerando essa diversidade. Veja que você pode selecionar diferentes questões em função do nível da sua turma. Ou pode selecionar as mesmas questões para toda a turma, ou organizar em duplas para responderem as atividades, sempre mesclando os níveis. A seleção das atividades é um ato dotado de intencionalidade, defina as suas, planeje, avalie, replaneje.

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É um livro de atividades práticas, mas como teoria e prática não se dissociam, a análise das respostas a cada questão, permitirá que você verifique o nível de conhecimento da sua turma e possa, se necessário, retomar a explicação teórica do tema em discussão. Não adianta avançar, se boa parte da turma não está compreendendo. Melhor ir mais lento e aprofundar um pouco mais. Nesse movimento se tece a dialética avaliação – intervenção – superação/melhoria. O livro está desenhado de modo a favorecer a contextualização dos temas estudados. A referência à vida cotidiana é muito importante, de modo que ajude os alunos não apenas a se apropriarem dos conhecimentos escolares, mas a saberem deles fazerem uso na sua vida cotidiana. Extrapolar a memorização e centrar nos significados das aprendizagens como instrumento para melhor compreender e explicar o mundo, bem como nele intervir no sentido científico e no sentido da cidadania.

AS AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS, VOCÊ − PROFESSOR, PROFESSORA − E A COLEÇÃO MAIS SABER ATIVIDADES O Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB – é composto, segundo o INEP, órgão responsável pela sua realização, por um conjunto de avaliações externas em larga escala que permitem realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do estudante, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino ofertado. São provas e questionários que são aplicados periodicamente. Para efeitos deste material, destacamos dois: a) a Prova Brasil, que é aplicada aos alunos do 5º e 9º anos, nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, e b) também, a Avaliação Nacional de Alfabetização – ANA –, que é aplicada no 3º ano do Ensino Fundamental (devendo passar a ser no 2º ano). A organização destas avaliações está pautada por um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades, descritas em matrizes, que indicam o currículo em que os alunos serão avaliados. Essas matrizes estão organizadas a partir de descritores – que são o detalhamento de uma competência ou habilidade, que deve ser mobilizada pelo aluno para responder cada questão prevista no processo avaliativo. As médias de desempenho da Prova Brasil aliadas à taxa de desempenho escolar (aprovação) vão formar o IDEB -Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Pelo IDEB é possível acompanhar o progresso da educação básica com vistas ao desenvolvimento de ações de correção de distorções e debilidades identificadas, bem como ao atingimento da melhoria da qualidade da educação - pretende-se alcançar a média 6, no ano 2022 – que concorram para a redução das desigualdades existentes no contexto educacional brasileiro. O resultado do IDEB é apresentado por meio de uma escala utilizada para situar o aprendizado escolar nas competências de leitura e interpretação e na resolução de problemas matemáticos. Para ajudar na compreensão, os resultados foram organizados por algumas Instituições de apoio à educação dessa forma:

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NÍVEL DE PROFICIÊNCIA

RESULTADO ESPERADO

Avançado

Aprendizado além da expectativa. Recomenda-se para os alunos neste nível atividades desafiadoras.

Proficiente

Os alunos neste nível encontram-se preparados para continuar os estudos. Recomenda-se atividades de aprofundamento.

Básico

Os alunos neste nível precisam melhorar. Sugere-se atividades de reforço.

Insuficiente

Os alunos neste nível apresentaram pouquíssimo aprendizado. É necessária a recuperação de conteúdo.

Importante acompanhar o resultado do seu Sistema de Ensino (Municipal, Estadual ou Privado). Esse resultado é a expressão das práticas docentes e gestoras, englobando diferentes aspectos da prática pedagógica em sala de aula, da organização do sistema, da condição dos estudantes. Cabe a(o) professor(a) conhecer essas matrizes e sincronizar o seu planejamento em função dessas aprendizagens que são consideradas nas avaliações externas. Obviamente que a prática docente não se esgota nesse conteúdo, pois a formação do estudante-cidadão é muito mais ampla. Também não se pode incorrer na tentação de focar apenas nesses conteúdos de forma tecnicista e mecânica. Mas, há de se reconhecer a centralidade desses conhecimentos na formação do(a) estudante brasileiro, na atualidade. Por isso, conheça as matrizes de referência e planeje suas ações. Vamos todos e todas juntos(as) rumo à garantia do direito à educação.

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LÍNGUA PORTUGUESA − OS DESCRITORES DAS MATRIZES DE REFERÊNCIA A Matriz de Referência da Avalição Nacional da Alfabetização – ANA – encontra-se contemplada na Coleção Mais Saber Atividades, nos livros do 1º, 2º e 3º anos. Para tanto, construiu-se um elenco de atividades que contemplam as habilidades de alfabetização e letramento, principalmente por compreendermos que tais processos têm suas especificidades e são interdependentes. Nessa conjuntura, a alfabetização, em uma perspectiva de letramento, alude ao domínio do sistema alfabético de escrita, o início do domínio da norma ortográfica, o aprendizado progressivo da escrita e a leitura de textos de diferentes gêneros, além da compreensão das funções que a escrita cumpre na sociedade. EIXO ESTRUTURANTE

HABILIDADE

ESPECIFICAÇÕES DAS HABILIDADES

H1. Ler palavras com estrutura silábica canônica

CV

H2. Ler palavras com estrutura silábica não canônica

CCV, CVC, VC, VC; VV, CCVC, entre outras.

H3. Reconhecer a finalidade do texto

H4. Localizar informações explícitas em textos

Exemplos de suporte: Cartazes, listas de telefone, guias de programação infantil, pequenos anúncios, reportagens de jornais infantis, textos informativos.

H5. Compreender os sentidos de palavras e expressões em textos

Exemplos de suporte: Textos literários (contos, histórias, pequenas crônicas), pequenas reportagens.

H6. Realizar inferências a partir da leitura de textos verbais

Exemplos de suporte:Textos literários ( contos, histórias), artigos de revista infantil, reportagens de suplementos infantis.

H7. Realizar inferências a partir da leitura de textos que articulem a linguagem verbal e não-verbal

Exemplos de suporte: Pequenas tirinhas próximas do universo infantil, quadrinhos de uma página, primeira página de jornais ou suplementos infantis, piadas, etc.

H8. Identificar o assunto de um texto

Exemplos de suporte: Pequenas reportagens, textos informativos.

H9. Estabelecer relações entre partes de um texto marcadas por conectores

Tempo, causa e consequência, finalidade. Exemplos de suporte: Contos, histórias, reportagens, textos informativos.

LEITURA

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Para os livros do 4º e 5º anos, a Coleção Mais saber segue a metodologia do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Em cada atividade será trabalhada um descritor, ou o detalhamento de uma habilidade cognitiva (em termos de grau de complexidade), que está sempre associada a um conteúdo que o (a) aluno (a) deve conhecer e dominar na etapa de ensino em análise. Esses descritores, em nossa coleção, assim como na Prova Brasil, são explorados da forma mais detalhada possível, permitindo-se a mensuração por meio de aspectos que podem ser observados na aprendizagem e no progresso de cada aluno (a). Cada tópico (Língua Portuguesa) ou tema reúne um grupo de descritores que visam o desenvolvimento de um conjunto de habilidades e a avaliação de diferentes competências dos(as) alunos(a). A seguir, a matriz de referência que embasa as atividades a serem trabalhas na Coleção Mais Saber Atividades:

TÓPICO I − PROCEDIMENTO DE LEITURA DESCRITORES

4º / 5º EF

Localizar informações explícitas em um texto

D1

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

D3

Inferir uma informação implícita em um texto

D4

Identificar o tema de um texto

D6

Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

D11

Neste tópico, são abordadas competências básicas que serão demonstradas por meio de habilidades como: localizar informações explícitas e inferir as implícitas em um texto. As informações implícitas exigem maior habilidade para que possam ser inferidas, visto exigirem do leitor que ele extrapole o texto e reconheça o que não está textualmente registrado, e sim subentendido ou pressuposto. Os textos nem sempre apresentam uma linguagem literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer novos sentidos atribuídos às palavras em uma produção textual. Além disso, para a compreensão do que é conotativo e simbólico, é preciso identificar não apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor um conhecimento de mundo. A tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o sentido global do texto. É relevante ressaltar que, além de localizar informações explícitas, inferir informações implícitas e identificar o tema de um texto, neste tópico, deve-se também distinguir os fatos apresentados da opinião acerca desses fatos em textos narrativos e argumentativos. Reconhecer essa diferença é essencial para que o aluno possa tornar-se mais crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que lhe é dada pelo autor do texto.

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TÓPICO II − IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO DESCRITORES

4º / 5º EF

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

D5

Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

D9

Este tópico requer dos alunos duas competências básicas, a saber: a interpretação de textos que conjugam duas linguagens – a verbal e a não-verbal – e o reconhecimento da finalidade do texto por meio da identificação dos diferentes gêneros textuais. Para o desenvolvimento dessas competências, tanto o texto escrito quanto as imagens que o acompanham são importantes, na medida em que propiciam ao leitor relacionar informações e engajar-se em diferentes atividades de construção de significados.

TÓPICO III − RELAÇÃO ENTRE TEXTOS DESCRITORES

4º / 5º EF

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido

D15

Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva em relação às diferentes ideias relativas ao mesmo tema encontradas em um ou em diferentes textos, ou seja, ideias que se cruzam no interior dos textos lidos, ou aquelas encontradas em textos diferentes, mas que tratam do mesmo tema. Assim, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve. As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre outros. É importante evidenciar que, nos itens relacionados a este tema, ocorre muitas vezes um diálogo entre os textos, quando, por exemplo, um autor satiriza outro.

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TÓPICO IV − COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO DESCRITORES

4º / 5º EF

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto

D2

Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

D7

Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos de um texto

D8

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc

D12

A competência indicada neste tópico vai exigir do aluno habilidades que o levem a identificar a linha de coerência do texto. A coerência e a coesão ocorrem nos diversos tipos de texto. Cada um tem estrutura própria, por isso, os mecanismos de coerência e de coesão também vão se manifestar de forma diferente. A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do assunto do texto. Os descritores que compõem este tópico exigem que o leitor compreenda o texto não como um simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.

TÓPICO V − RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO DESCRITORES

4º / 5º EF

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

D13

Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações

D14

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados. Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, entre outros. Os poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.

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Vale destacar que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o texto, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa em que se apresentam.

TÓPICO VI − VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DESCRITORES

4ªº / 5º EF

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um tetxo

D10

Que a língua não é um sistema invariável e uniforme já sabemos, embora, nem sempre, aceitemos facilmente esse caráter de mutabilidade das línguas como um processo natural e inerentemente válido. Qualquer atividade de interação verbal envolve situações e sujeitos diversificados, marcados por especificidades individuais e coletivas, que, naturalmente, vão manifestar-se no modo de falar, no padrão de escolha das palavras e das estruturas gramaticais. Perceber tais variações como um processo natural das línguas é desenvolver a capacidade de perceber como legítima a atitude do sujeito de recorrer a variações de usos para adequar-se às condições particulares de cada situação. Numa perspectiva bem mais ampla, recorrer a variações representa o reconhecimento da língua como manifestação das diversidades culturais; representa, ainda, o respeito pelo estatuto de igualdade de todos os cidadãos frente ao exercício da faculdade da linguagem. Para os livros 6º, 7º, 8º e 9º anos, a Matriz de Referência é a seguinte:

TÓPICO I − PROCEDIMENTO DE LEITURA DESCRITORES

8º / 9º EF

Localizar informações explícitas em um texto

D1

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

D3

Inferir uma informação implícita em um texto

D4

Identificar o tema de um texto

D6

Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

D14

Este tópico agrega um conjunto de descritores que indicam as habilidades linguísticas necessárias à leitura de textos de gêneros variados. O leitor competente deve saber localizar informações explícitas e fazer inferências sobre informações que extrapolam o texto. Deve identificar a ideia central de um texto, ou seja, apreender o sentido global 13

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do texto e fazer abstrações a respeito dele. Deve, também, perceber a intenção do autor, saber ler as entrelinhas e fazer a distinção entre opinião e fato. Deve, ainda, saber o sentido de uma palavra ou expressão, pela inferência contextual.

TÓPICO II − IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO DESCRITORES

8º / 9º EF

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

D5

Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

D12

Este tópico é composto de dois descritores. O descritor 5 indica habilidades linguísticas necessárias à interpretação de textos que conjugam as linguagens verbal e não-verbal ou com auxílio de material gráfico diverso. O descritor 12 exige do leitor conhecimento de gêneros textuais variados para que possa reconhecer a função social dos textos.

TÓPICO III − RELAÇÃO ENTRE TEXTOS DESCRITORES

8º / 9º EF

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido

D20

Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou mesmo tema

D21

Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos diferentes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia. Assim, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identificar posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema. As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre outros. 14

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É importante evidenciarmos que, nos itens relacionados a este tema, ocorre muitas vezes um diálogo entre os textos, quando, por exemplo, um autor satiriza outro. Este tópico contempla dois descritores: o D20 e o D21.

TÓPICO IV − COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO DESCRITORES

8º / 9º EF

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto

D2

Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

D10

Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos de um texto

D11

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc

D15

A competência indicada neste tópico vai exigir do aluno habilidades que o levem a identificar a linha de coerência do texto. A coerência e a coesão ocorrem nos diversos tipos de texto. Cada tipo de texto tem uma estrutura própria, por isso, os mecanismos de coerência e de coesão também vão se manifestar de forma diferente, conforme se trate de um texto narrativo, descritivo ou dissertativo-argumentativo.

TÓPICO V − RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO DESCRITORES

8º / 9º EF

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

D16

Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações

D17

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

D18

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ ou morfossintáticos

D19

Do ponto de vista linguístico, os sentidos expressos em um texto resultam do uso de certos recursos gramaticais ou lexicais. Ou seja, os efeitos de sentido conseguidos (como o da ironia, ou do humor, por exemplo), decorrem de como se explora a polissemia de uma expressão, de como se inverte a ordem em que as coisas são ditas, para citar apenas esses dois recursos. Na verdade, as escolhas linguísticas respondem à intenção do interlocutor de produzir certos efeitos de sentido. Nesse quadro, situam-se os quatro descritores seguintes: 16, 17, 18 e 19. 15

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TÓPICO VI − VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DESCRITORES

8º / 9º EF

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um tetxo

D13

Este tópico expõe o descritor 13, que avalia a habilidade do aluno de perceber as marcas linguísticas identificadoras do locutor e do interlocutor, assim como situações de interlocução do texto e as possíveis variações da fala. A competência estabelecida no Tópico IV é bastante relevante para a compreensão do texto, pois trata dos elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão. Partindo de uma visão sócio-histórica da educação, é razoável caracterizar o processo de ensino e aprendizagem como um conjunto de ações e estratégias que devem encaminhar o(a) aluno(a), seja individual ou coletivamente, a apropriar-se de conhecimentos, competências e habilidades propostos por matriz de referência curricular. Vale aqui ressaltar que, os descritores não contemplam todos os objetivos de ensino, mas apenas aqueles considerados relevantes e plausíveis de serem mensurados em uma prova para, com isso, obter informações que forneçam uma visão real do ensino de uma escola ou rede de educação. Esses descritores são agrupados por temas que relacionam um conjunto de objetivos educacionais. A Coleção Mais Saber Atividades está organizada em torno destes descritores, de modo a colaborar nas práticas pedagógicas docentes e gestoras convergentes para a melhoria da qualidade da educação. O seu estudo e análise cuidadosa muito contribuirá para a construção de planejamento docente adequado e promotor da melhoria do desempenho escolar no IDEB. Boa sorte!

Referências: Brasil. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. 200 p.: il.

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Coleção

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1ª edição João Pessoa, 2018

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Copyright © 2018 Título original da obra: Coleção Mais Saber Atividades Língua Portuguesa - Livro 6 1ª edição / João Pessoa, 2018

EDITORA GRAFSET LTDA Rua Hortêncio Ribeiro de Luna, 2001-A-Distrito Industrial CEP 58081-400 - João Pessoa - PB - Brasil Telefone: (83) 3533-4550 - Fax: (83) 3533-4550 CNPJ 03.242.250/0001-26 - Inscrição Estadual 16.125.109-9 www.editoragrafset.com.br editora@editoragrafset.com.br

Gerente editorial Rodrigo da Silva Gonçalves Editora Simone Bandeira Editora assistente Luísa Félix Assistente editorial Janaína Ferreira Nádia Larissa Pontes Revisores Afonso Horácio Leite Kamila Katrine de Freitas Gerente de produção gráfica Daniella Alves Projeto gráfico e diagramação Felipe Headley Ilustrador Lelo Alves Pesquisa iconográfica Anderson Figueiredo Banco de imagens Shutterstock

Elaboração dos Originais: FLÁVIA GONÇALVES CALAÇA DE SOUZA

Especialista em Educação Especial e Inclusiva - UNINTER Mestre e Doutoranda em Linguística - UFPB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Souza, Flávia Gonçalves Calaça de Coleção mais saber atividades: língua portuguesa: aluno: 6º ano / Flávia Gonçalves Calaça de Souza; [ilustrador Lelo Alves]; obra concebida e produzida pela Editora Grafset. -- 1. ed. -João Pessoa, PB: Editora Grafset, 2018. -- (Coleção mais saber) ISBN 978-85-7951-421-0 1. Atividades e exercícios (Ensino fundamental) 2. Português (Ensino fundamental) I. Alves, Lelo. II. Título. III. Série. 18-19845

CDD-372.6

Na tentativa de cumprir todas as regulamentações determinadas pela legislação, realizamos todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das imagens e textos contidos nesta obra. No entanto, caso tenha havido alguma omissão involuntária, a Editora Grafset se compromete em corrigi-la na primeira oportunidade.

Índices para catálogo sistemático: 1. Português: Ensino fundamental 372.6 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

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APRESENTAÇÃO Olá, aluno e aluna! Este é o seu livro de Língua Portuguesa da Coleção Mais Saber – Atividades. Ele foi planejado com muita dedicação, pensando nas suas práticas em sala de aula e nos seus momentos de estudo, seja sozinho ou com os seus colegas. Nele, você encontrará muitas atividades relacionadas às situações do dia a dia, nas quais a linguagem é fundamental nas suas relações de comunicação, seja por meio da leitura dos mais diversos gêneros textuais, seja na produção escrita ou da expressão de forma oral. Essas habilidades são necessárias na sociedade onde você vive. Com este livro, você terá a oportunidade de aprimorar os seus conhecimentos acerca desta disciplina, contribuindo para a construção de suas habilidades e competências fundamentais durante sua vida escolar e para sua formação como cidadão atuante na sociedade. É por meio da linguagem que existimos e atuamos nos mais diversos grupos em que participamos. Esperamos que este livro seja um instrumento eficaz, contribuindo para a sua formação integral. Bons estudos! A Editora

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Descritores de Língua Portuguesa Descritores do Tópico I – Procedimentos de Leitura D1

Localizar informações explícitas em um texto.

D3

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4

Inferir uma informação implícita em um texto.

D6

Identificar o tema de um texto.

D14

Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Descritores do Tópico II – Implicações do suporte, do gênero e /ou enunciador na compreensão do texto D5

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

D12

Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Descritores do Tópico III - Relação entre textos D20

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

D21

Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

Descritores do Tópico IV – Coerência e coesão no processamento do texto D2

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D7

Identificar a tese de um texto.

D8

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

D9

Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

D10

Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

D11

Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

D15

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

Descritores do Tópico V – Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido D16

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

D17

Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras anotações.

D18

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

D19

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

D13

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Descritores do Tópico VI - Variação Linguística

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LÍNGUA PORTUGUESA MAIS_SABER_Livro_6_PORTUGUÊS_MIOLO.indd 5

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TEXTO 1

Professor(a), o poema traz o saudosismo da infância, no qual o eu-lírico conceitua o mar, o céu, o mundo e a vida. Antes de encaminhar a atividade, suscite uma discussão, perguntando sobre o que os alunos acharam do poema; faça perguntas sobre partes do texto como, por exemplo, o que eles entenderam por “o mar é – lago sereno” e, assim, sucessivamente. Finalizada a discussão, incentive os alunos a criarem seus próprios conceitos para mar, céu, mundo e vida. Escreva no quadro alguns dos conceitos dados, depois distribua dicionários para que eles consultem o significado real dessas palavras e comparem com os conceitos criados por eles para identificarem a diferença entre sentido real e figurado que as palavras podem assumir.

MEUS OITO ANOS Cassimiro de Abreu

Oh! Que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! — Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é — lago sereno, O céu — um manto azulado, O mundo — um sonho dourado, A vida — um hino d’amor! [...] Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! — Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras A sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais! Disponível em: www.pensador.com/frase/MjAwODg3/ Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TI • D1 O eu-lírico ou eu-poético sente falta da a) infância.

c) velhice.

b) adolescência.

d) juventude.

2. TI • D4 Por que o eu-lírico ou eu-poético tem saudades dessa época? Porque podia aproveitar a vida, que era mais tranquila e mais prazerosa.

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3. TI • D3 No verso “Naquelas tardes fagueiras”, a palavra em destaque pode ser substituída, mantendo o mesmo sentido por a) bagunçadas.

b) cansativas.

c) confusas.

d) prazerosas.

4. TV • D17 O travessão costuma ser utilizado para indicar a fala de um personagem em textos. Releia a segunda estrofe do poema: os travessões foram utilizados com qual intuito? Para susbtituir os dois pontos ao introduzir uma explicação.

5. Você lembra da vida que tinha aos oito anos? Comente sobre algo especial para você dessa época. Resposta pessoal.

TEXTO 2

Professor(a), sabemos que essa é uma geração tecnológica; assim, pode ser que alguns dos alunos não tenham vivenciado as brincadeiras citadas no texto. Dessa forma, faça questionamentos a fim de sondar os alunos a esse respeito. Se a resposta for afirmativa, ou seja, já brincaram ou brincam, peça que contem como são realizadas as brincadeiras e se eles mesmos fabricam os brinquedos; caso a resposta seja não, pergunte se eles têm interesse em conhecer algumas das brincadeiras e proponha que eles fabriquem o brinquedo e usufruam da própria criação.

MEUS TEMPOS DE CRIANÇA Pulávamos os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias de fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas, gostosas mangas, mangas-espada, mangas-rosa e manguitos, esses quase sempre os mais saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para driblar e grandes irregularidades no terreno para contornar. Usávamos “bolas de meia”, preparadas por nós mesmos com papel de jornal compactado e colocado dentro de uma meia de mulher, mas já começávamos a usar bola de borracha e as “bolas de pito”, que eram bolas de couro, com pito para fora e que tínhamos o cuidado de envergar para dentro, para evitar arranhaduras. Gostosas, memoráveis tardes que se prolongavam até a noitinha, parando-se apenas quando não havia mais sol e quando não podíamos mais ignorar os gritos que vinham de nossa casa, para tomar banho, mudar de roupa e ir jantar. As mesmas misteriosas ordens faziam-nos começar a desengavetar nossos times de botão para a temporada que iria iniciar. Os botões eram polidos e engraxados. Descobríamos, nos botões das capas e dos jaquetões e, também, nas tampas dos remédios, promissores craques. Nossos pais começavam a estranhar, sem encontrar qualquer explicação para o fato, o desaparecimento das tampas dos xaropes e dos botões das roupas. Esses craques em potencial, novos valores que surgiam, eram devidamente preparados e passávamos dias a lixá-los e, para lhes dar mais peso e maior aderência à mesa, a enchê-los com parafina derretida. Trabalho que levava às vezes algumas semanas, os novos craques sendo testados exaustivamente até que nos déssemos por satisfeitos e os considerássemos prontos e aprovados para as grandes competições pela frente. 7

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Os botões de chifre, preparados pelos presos da Casa de Detenção, onde íamos comprá-los, começavam, pela sua robustez e pela potência de seus chutes, a ganhar nossa preferência. Não gostávamos, porém, daqueles botões que vinham do Sul, de plástico, todos iguais, diferençando-se uns dos outros apenas pelas “camisas” que traziam coladas sobre si, com as cores dos clubes cariocas. Preferíamos, nós mesmos, pregar as cores do nosso time preferido, no meu caso o Santa Cruz. Cada botão ganhava seu nome, Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca... botões que já não tenho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo. Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas alegrias me deu, com suas arrancadas para o campo adversário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado? Preferíamos usar as bolas de farinha, arredondadas cuidadosamente na palma da mão e que permitiam um bom controle, correndo menos que as de miolo de pão e não tanto quanto as de borracha. Dentro daquelas regras que adotávamos e que permitiam que continuássemos a jogar enquanto não perdêssemos o controle da bola, éramos obrigados, quando nos sentíamos em condições de tentar o chute a gol, a avisar o adversário: “Defenda-se!”, dando tempo a que posicionasse melhor o seu goleiro e puxasse, para junto dele, os beques, geralmente bem altos, com a finalidade de dificultar o chute rasteiro. As partidas eram irradiadas por um de nós, ao estilo de José Renato, o famoso locutor esportivo da PRA-8, e os gols, quando convertidos, eram gritados histericamente, incomodando toda a vizinhança. PARAÍSO, Rostand. Antes que o tempo apague... 2ªed. Recife: Editora Comunicante, 1996.

1. O que você imaginou e sentiu quando leu o texto? Resposta pessoal.

2. TI • D4 No texto, o narrador conta algumas situações que aconteceram a) com outras pessoas.

c) com outras crianças.

b) na infância dele.

d) com os pais dele.

3. TII • D12 O texto que você acabou de ler trata-se de uma “memória literária”. A partir da sua análise, qual a finalidade desse gênero textual? Narrar fatos e acontecimentos que ocorreram no passado, tanto reais quanto imaginários.

4. TIV • D2 No trecho “As mesmas misteriosas ordens [...]”, que ordens são essas? O trecho remete ao que foi dito no parágrafo anterior: “os gritos que vinham de nossa casa”. Dessa maneira, são os pais chamando as crianças para voltarem para casa.

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5. TI • D11 Por que os pais começaram a estranhar o desaparecimento de tampas de xarope e botões das roupas? O que aconteceu com esses objetos? As crianças pegavam as peças para formar os craques de futebol de botão.

6. TI • D3 No trecho “[...] desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo”, qual o motivo do narrador utilizar a palavra “misteriosamente”? 1º Porque não conseguiam encontrar explicações para esse fato. 2º Os botões foram sendo esquecidos aos poucos e não se sabe qual foi o motivo do desparecimento de cada um.

PRODUÇÃO TEXTUAL Memórias são textos produzidos para relembrar o passado vivido ou imaginado. Para isso, as palavras devem ser escolhidas com cuidado, no intuito de dar ação à narrativa e conduzir o leitor por situações reais ou imaginárias. Essas narrativas têm como ponto de partida experiências vividas pelo autor no passado, contadas como são lembradas no presente. Agora é sua vez! Escreva um texto que remeta a alguma situação que você já vivenciou. Pense em alguma situação feliz, engraçada, alguma brincadeira com seus amigos ou com sua família. Esse texto será suas memórias e conservará uma época da sua vida! Professor, a partir da leitura e da análise do gênero memória, pode ser iniciado o processo de produção das memórias dos alunos. Lembre-se de indicar os elementos narrativos que devem fazer parte da produção: foco narrativo em primeira pessoa, narrador-personagem, verbos no passado, tempo e espaço. Atente para a reescrita, etapa de revisão importante desse processo. Após isso, os estudantes podem apresentar em voz alta para a turma e/ou expor e divulgar as produções na escola. Para aproveitar as tecnologias digitais, os estudantes podem gravar as memórias literárias que escreveram e divulgar nas redes sociais.

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TEXTO 3

Professor(a), o gênero tirinha nos traz a possibilidade de trabalhar as linguagens verbal e não verbal. Peça que observem os elementos de cada quadrinho, as expressões dos personagens, pois vão ajudar a interpretar a mensagem que o autor quer transmitir.

Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, 12 mar. 2017.

1. TV • D16 Na tirinha, o quadrinho que possui efeito de ironia é o a) 1º quadrinho.

b) 2º quadrinho.

c) 3º quadrinho.

d) 4º quadrinho.

2. TII • D5 De acordo com a tirinha, a) todos os super-heróis estão dispostos a combater o crime. b) apenas um super-herói está disposto a combater o crime. c) nenhum super-herói deseja combater o crime. d) apenas um super-herói não deseja combater o crime.

TEXTO 4

Professor(a), relembre que as fábulas trazem animais como personagens e são utilizadas sempre com uma conotação moralista. Discuta com os alunos a moral da história, depois peça que eles falem sobre outras ações que podem gerar uma boa ação como retribuição.

O LEÃO E O RATINHO Esopo

Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora. Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva. Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão. Moral da história: Uma boa ação ganha outra. Disponível em: www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=10 Acesso em: 30 mar. 2017.

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1. TIV • D11 Segundo o texto, qual a causa de o ratinho ter auxiliado o leão quando este estava preso na rede dos caçadores? O ratinho auxiliou o leão porque ele poupou sua vida em uma ocasião passada.

2. TI • D3 Na parte do texto “Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore.” é viável substituir a palavra sublinhada por a) tranquilo.

b) estendido.

c) descansado.

d) amarrado.

3. TI • D4 Qual o sentimento gerado no leão de acordo com a moral da história? a) Gratidão.

TEXTO 5

b) Dúvida.

c) Raiva.

d) Euforia.

Professor(a), antes de ler o texto, trabalhe o título, aproveite que já é uma pergunta para saber quais são as hipóteses levantadas pelos alunos sobre o ronco da barriga.

Por que a barriga ronca quando estamos com fome? Em mais um capítulo da série Ciência Explica, entenda por que o estômago faz barulho quando estamos com fome. Os roncos são decorrentes de contrações que acontecem no estômago e no intestino delgado para proporcionar o transporte de alimentos e líquidos. A questão é que, quando há pouco alimento em seu interior, tornam-se mais frequentes as bolhas de ar, causando os ruídos. Disponível em: www.cartaeducacao.com.br/reportagens/por-que-a-barriga-ronca-quando-estamos-com-fome Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TI • D1 Como o texto define os roncos? Os roncos são decorrentes de contrações que acontecem no estômago e no intestino delgado para proporcionar o transporte de alimentos e líquidos.

2. TIV • D11 De acordo com o texto, por que nossa barriga ronca? Porque na presença de pouco alimento tornam-se mais frequentes as bolhas de ar, causando os ruídos.

3. TIV • D15 No fragmento “A questão é que, quando há pouco alimento em seu interior, tornam-se mais frequentes as bolhas de ar, causando os ruídos”, a palavra sublinhada é um advérbio de a) negação.

c) lugar.

b) tempo.

d) quantidade. 11

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TEXTO 6

Professor(a), lembre aos alunos que o gênero sinopse possui a função de contextualizar brevemente um livro, um filme etc., dando apenas um “aperitivo”, sem, contudo, entrar em detalhes. Pergunte aos alunos se conhecem a história, se leram o livro, se assistiram ao filme. Fale que o filme é uma adaptação do livro.

Sinopse do filme A Cabana Depois que sua filha é assassinada durante uma viagem em família, Mack Phillips entra em depressão profunda e passa a questionar todas suas crenças. Em meio a uma crise de fé, ele recebe uma carta misteriosa ordenando que ele vá até a cabana na qual o corpo da sua filha foi encontrado. Apesar de suas dúvidas, Mack segue para o meio da mata do Oregon onde encontra três pessoas enigmáticas que mudarão para sempre a sua vida. Disponível em: www.cafecomfilme.com.br/filmes/a-cabana Acesso em: 01 set. 2017.

1. TV • D11 De acordo com o texto, podemos afirmar que o personagem protagonista está emocionalmente doente? Por quê? Sim, pois ele entra em depressão profunda após o assassinato de sua filha.

2. TI • D1 Onde Mack Phillips encontra os três personagens enigmáticos? Mack Phillips encontra os personagens no meio da mata do Oregon.

3. TV • D18 No trecho “Mack segue para o meio da mata do Oregon onde encontra três pessoas enigmáticas que mudarão para sempre a sua vida,” a palavra sublinhada pode ser substituída, sem perder o sentido, por a) misteriosas.

c) especiais.

b) simples.

d) depressivas.

4. TIV • D15 Em “Depois que sua filha é assassinada durante uma viagem em família, Mack Phillips entra em depressão profunda e passa a questionar todas suas crenças.”, os termos sublinhados são advérbio de a) modo.

c) tempo.

b) lugar.

d) dúvida.

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TEXTO 7

Professor(a), antes de ler o texto, pergunte se os alunos sabem o que é um enigma, lembre-os que em nossa cultura temos o “O que é, o que é”, que se parece muito com os enigmas. Se possível, leve alguns exemplos para eles tentarem decifrar. Professor(a), o gênero conto trata de histórias tipicamente representadas por personagens fantásticos do folclore como fadas, bruxas etc. A história também apresenta magias e encantamentos. Os contos são, sobretudo utilizados para relatar histórias de origens na tradição europeia, tendo, nos últimos séculos, se relacionado em parte à literatura infantil. Assim, retomando o texto, pergunte aos alunos se eles conseguiram identificar algum personagem fantástico nesse conto e algumas passagens que representam magias ou encantamentos.

Irmãos Grimm Era uma vez um príncipe que sentiu desejo de sair pelo mundo e não levou junto consigo senão um criado fiel. Um dia, ele cavalgava em uma grande floresta e, quando escureceu, vendo que não havia por ali nenhuma hospedaria, ficou sem saber onde passaria a noite. Então avistou uma moça que se dirigia a um casebre e, quando ele chegou mais perto, viu que a moça era jovem e bonita. Iniciou a conversa com estas palavras: “Cara moça, será que eu e meu criado podemos encontrar abrigo nesta casa por esta noite?” - “Claro,” disse a moça, com voz triste. “Mas eu não aconselho; não entrem ali!” - “Por que não?” perguntou o príncipe. A moça disse suspirando: - “Minha madrasta pratica artes maléficas e não simpatiza com estranhos.” Então ele compreendeu que tinha chegado à casa de uma feiticeira, mas, como estava escuro e ele não poderia prosseguir viagem nem tinha medo, entrou. A velha estava sentada em uma poltrona junto à lareira e examinou os estranhos com seus olhos vermelhos. “Boa noite!” murmurou ela, fingindo cordialidade. “Acomodem-se e descansem.” Depois soprou o carvão sobre o qual, em uma grande panela, estava cozinhando alguma coisa. A filha avisou-os de que tomassem cuidado para nada comer e também nada beber naquela casa, pois a velha preparava bebidas maléficas. Dormiram tranquilamente até o raiar do dia. Quando se preparavam para a partida e o príncipe já estava sentado em seu cavalo, a velha disse: “Espere um momento, desejo fazer um brinde à sua partida.” Enquanto ela foi buscar a bebida, o príncipe partiu a cavalo e o criado, que tinha de prender sua sela, ficou sozinho, quando eis que a feiticeira volta com a bebida. “Leve-a a seu patrão,” disse ela, mas naquele momento o copo quebrou e o veneno derramou sobre o cavalo, e era tão poderoso que o animal morreu na hora. O criado correu até seu patrão e contou-lhe o que tinha acontecido, mas não queria deixar para trás sua sela e correu de volta para pegá-la. Mas, quando chegou junto ao cavalo morto, um corvo já estava sentado sobre ele e o devorava. “Quem sabe se hoje encontraremos algo melhor?” disse o criado. Matou o corvo e levou-o consigo. Percorreram a floresta o dia todo, mas não conseguiram sair dela. Ao cair da noite, toparam com uma hospedaria e nela entraram. O criado deu ao dono o corvo, a fim de que ele o preparasse para o jantar. Eles, porém, tinham ido parar num covil de assassinos; com a escuridão, chegaram doze bandidos e sentiram vontade de matar e roubar os estranhos. Mas, antes disso, sentaram-se à mesa, e o dono da hospedaria e a feiticeira se uniram a eles. Comeram juntos um prato de sopa na qual se tinha picado a carne do corvo. Mal tinham engolido alguns bocados e caíram mortos, pois o corvo os tinha contaminado com o veneno da carne do cavalo. Não restava ninguém naquela casa senão a filha do hospedeiro, que era uma moça honesta e não tinha tido nenhuma participação nas coisas terríveis que

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ali aconteciam. Ela abriu todas as portas para os estranhos e mostrou-lhes tesouros incontáveis. O príncipe, porém, disse que ela poderia ficar com tudo, pois ele não queria nada, e partiu com seu criado. Depois de terem cavalgado por muito tempo, chegaram a uma cidade onde havia uma princesa bela, mas muito convencida; ela tinha feito proclamar que quem propusesse um enigma que ela não fosse capaz de decifrar se tornaria seu marido. Mas, se ela o decifrasse, ele seria decapitado. Ela tinha três dias para refletir; mas era tão esperta que sempre acabava decifrando o enigma antes do prazo. Já nove tinham morrido daquela maneira, quando chegou o príncipe e, deslumbrado com a beleza da moça, quis arriscar sua vida. Então, apresentou-se diante dela e propôs seu enigma: “O que é?: um não matou nenhum, mas matou doze.” Ela não sabia do que se tratava, pensou e pensou, mas não conseguiu desvendar o enigma. Consultou seu livro de enigmas, mas nada encontrou ali. Em resumo, sua esperteza chegara ao fim. Não sabendo mais o que fazer, mandou sua criada ir até o quarto do senhor para espioná-lo enquanto dormia; talvez ele falasse durante o sono e revelasse o enigma... Mas o esperto criado tinha-se deitado na cama no lugar de seu patrão e, quando a criada chegou, arrancou-lhe o manto em que ela estava envolvida e expulsou-a do quarto a chicotadas. Na segunda noite, a princesa enviou sua camareira na esperança de que ela tivesse melhor sorte. Mas o criado também arrancou-lhe o manto e expulsou-a a chicotadas. Na terceira noite, o príncipe julgou-se em segurança e deitou-se em sua cama. Eis que vai até lá a princesa em pessoa, envolta num manto cinzento, e se senta perto dele. Quando pensou que ele estava dormindo e sonhando, pôs-se a lhe falar, na esperança de que ele lhe respondesse durante o sono, como muitos fazem. Mas ele estava bem acordado e compreendeu e ouviu tudo muito bem. Ela perguntou: “Um matou nenhum, o que isso significa?” - “Um corvo, que se alimentou de um cavalo morto e envenenado e por isso morreu,” foi a resposta do príncipe. “E matou doze... como assim?” perguntou a princesa. “São doze assassinos que provaram do corvo e por isso morreram.” Ao saber a chave do enigma, a princesa quis sair de fininho, mas o príncipe segurou-lhe o manto bem firmemente, de tal forma que ela teve de deixá-lo para trás. Na manhã seguinte, a princesa fez saber que decifrara o enigma, mandou chamar os doze juízes e disse a eles qual era a solução. Mas o jovem pediu permissão para falar e disse! “Ela foi de fininho até meu quarto à noite e me perguntou, caso contrário não teria decifrado o enigma.” Os juízes pediram uma prova. Então o criado trouxe os três mantos. Quando os juízes viram o manto cinzento que a princesa costumava vestir, disseram: “Que se borde o manto com ouro e prata! Será seu vestido de casamento.” Disponível em: www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/o_enigma Acesso em: 30 mar. 2017.

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1. TII • D12 O texto que você acabou de ler é uma narração. Qual o objetivo desse tipo de texto? O objetivo de uma narração é contar um fato, seja verídico ou fictício.

2. TI • D1 Segundo o texto, o príncipe e seu fiel criado chegaram em quais lugares? De acordo com a narrativa, eles chegaram a 3 lugares distintos: 1 – casa da feiticeira; 2 – hospedagem; 3 – cidade da princesa.

3. TIV • D11 A princesa desejava acertar o enigma a qualquer preço. Primeiro ela enviou a criada, depois enviou a camareira e em seguida foi pessoalmente. Por quê? Porque a princesa não estava interessada em casar com o príncipe.

4. TV • D18 No trecho “Em resumo, sua esperteza chegara ao fim.”, a palavra sublinhada pode ser substituída, sem perder o sentido, pela palavra a) ignorância.

b) alegria.

c) inteligência.

d) ingenuidade.

5. TV • D17 Leia abaixo o fragmento do texto e responda o seguinte questionamento: Como conseguimos identificar a fala dos personagens? Então avistou uma moça que se dirigia a um casebre e, quando ele chegou mais perto, viu que a moça era jovem e bonita. Iniciou a conversa com estas palavras: “Cara moça, será que eu e meu criado podemos encontrar abrigo nesta casa por esta noite?” - “Claro”, disse a moça, com voz triste. “Mas eu não aconselho; não entrem ali!” - “Por que não?” perguntou o príncipe. A moça disse suspirando! - “Minha madrasta pratica artes maléficas e não simpatiza com estranhos.” A fala dos personagens, neste trecho, é identificada pela presença das aspas.

TEXTO 8

Professor(a), o texto trabalhado trata-se de uma reportagem em que o objetivo é expor e informar sobre os avanços tecnológicos que estão sendo desenvolvidos para detectar o desânimo e o desinteresse nas pessoas, o que tem acarretado em desconforto e estresse. Socialize com os alunos, questionando se eles se sentem desmotivados com algo, por que eles acham que ficam assim etc. Tente gerar uma discussão que os faça externar o que sentem e propor algumas soluções para as situações destacadas. Assim, o objetivo da discussão é fazê-los entender que eles não são os únicos que passam por isso e que esta é uma situação que pode ser revertida.

ESTÁ ENTEDIADO? O COMPUTADOR SABE! Desânimo e desinteresse estão associados à dificuldade de se conectar com os estímulos externos e perceber as próprias necessidades; a novidade é que a tecnologia pode ser uma aliada para combater esse estado. Não importa quantas coisas você tenha para fazer nem mesmo a diversidade de opções para se divertir. De repente, é como se tudo fosse muito sem graça. É um misto de preguiça e desânimo, como se o mundo todo se tornasse extremamente desinteressante. Segundo pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade de York e publicada no periódico científico Perspectives on Psychological Science, o tédio está associado à dificuldade de perceber os próprios estados mentais e se conectar com o que está ao nosso redor. A incapacidade de concentração provoca a sensação de desconforto e estresse.

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Um estudo publicado no periódico científico International Journal of Epidemiology relacionou o aumento do tédio ao risco de morte precoce. Para a psicologia, essa conclusão encontra respaldo na ideia de que uma vida entediante tem poucos apelos para que se mantenha um “investimento libidinal” e, caso esse sentimento persista, aos poucos a pessoa vai se desligando psiquicamente da própria vida, tornando-se mais vulnerável a doenças. E quem já sentiu sabe: uma das manifestações do tédio de fato aparece no corpo. Os entediados dobram o pescoço para o lado, mostrando que não querem ouvir ou lidar com o que a outra pessoa está dizendo; colocam a mão no queixo, apoiando o cotovelo na mesa e durante uma conversa não olham diretamente para o interlocutor, mas parecem focalizar algo bem longe, fora do contexto. Gestos “não instrumentais”, como contrair os músculos, coçar-se e mudar de posição, também costumam revelar esse estado mental. A novidade agora é que máquinas podem detectar sinais de inquietação. Um novo estudo mostra que, quando usuários de computadores se concentram em material na tela, sua agitação diminui. Algoritmos podem usar essa informação para discernir atenção em tempo real. Para medir o envolvimento, o psicobiólogo Harry Witchel, da Faculdade de Medicina Brighton e Sussex, no Reino Unido, pediu a 27 voluntários que usassem marcadores equipados com rastreadores de movimentos para que a câmera de um computador pudesse acompanhá-los. Os participantes do experimento leram trechos digitais de um romance e também dos regulamentos da Autoridade Bancária Europeia. Com base em movimentos da cabeça, do tronco e das pernas, o computador detectou quando uma pessoa tinha se desligado mentalmente. A análise dos movimentos cumulativos revelou que, quando pessoas leram trechos do romance, elas se mexiam quase 50% menos do que quando liam as diretrizes bancárias. O sistema, descrito em Frontiers in Psychology, soma-se às pesquisas sobre “tecnologia afetivo-consciente”, diz Nadia Berthouze, cientista da computação da Universidade College de Londres. Witchel crê que uma futura versão do programa possa criar aulas digitais que percebam quando a atenção do aluno diminui e respondam com estratégias para “redespertar” seu interesse. O sistema ajudaria também a construir robôs emocionalmente mais sensíveis para humanos. “Em nossa sociedade, o oposto do tédio é o espetáculo, e cada vez mais, se não houver alguém ou alguma coisa para nos distrair, nos entediamos”, afirma o antropólogo Peter Stromberg, autor de Caught in play: how entertainment works on you (Stanford, 2009, não publicado no Brasil). “Todos os que pretendem vender algo ‘estimulante’ têm grande interesse em que fiquemos aborrecidos e empregam recursos enormes para se assegurar de que isso ocorra no instante em que nos afastamos do mundo do entretenimento.” O pensador francês de origem russa Vladimir Jankélévitch acredita que podemos definir o tédio como uma patologia do bem-estar, uma espécie de “desventura de ser feliz demais”. Tecnicamente falando, porém, o tédio nunca foi identificado como uma patologia, ainda que – associado a outros sinais – esteja entre sintomas de distúrbios mentais como depressão e esquizofrenia. “Nesses casos, o tédio assume características específicas, aparece junto com sensação prolongada de vazio e inutilidade, é contínuo e parece invencível até transformar-se em medo de imaginar o futuro e, em muitos casos, acentua-se nas primeiras horas do dia”, afirma o psiquiatra francês Patrick Lemoine. 16

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Os psicólogos James Danckert e Ava-Ann Allman, da Universidade de Waterloo, em Ontário, utilizaram a ferramenta para demonstrar como a percepção do tempo tem papel decisivo na experiência subjetiva. Um grupo de 176 estudantes foi submetido ao teste e em seguida subdividido de acordo com os resultados. Depois foi solicitado que observassem um movimento ilusório – um ponto que aparecia e se movia em círculos – e avaliassem em quantos segundos o movimento se concluía. Os participantes com altos níveis de inclinação ao tédio tendiam a superestimar a duração, enquanto aqueles com pontuação baixa a subestimavam. Ou seja: os entediados crônicos perceberiam a passagem do tempo de forma mais lenta e por isso teriam dificuldade de manter a atenção em algum objeto específico, já que essa atividade seria mais “longa” para eles. Outro estudo desenvolvido na Universidade de Michigan mostrou que o tédio causa alterações no funcionamento do cérebro. Cientistas pediram a voluntários entediados que identificassem letras numa tela durante uma hora inteira, enquanto permaneciam conectados a um equipamento de ressonância magnética que media suas reações neurológicas. Os exames mostraram que, nos momentos em que a sensação de tédio se acentuava, as áreas neurais associadas à visão, à linguagem e ao autocontrole se desconectavam umas das outras, e desempenhar qualquer atividade se tornava bastante penoso. Esse funcionamento explica, por exemplo, por que quando estamos entediados temos dificuldade de assimilar informações (pense em como é difícil aprender qualquer coisa numa aula chata) e comemos mesmo sem fome, como se nos “desligássemos” da sensação prazerosa de comer ou mesmo da necessidade de nos nutrir. Disponível em: www2.uol.com.br/vivermente/noticias/esta_entediado__o_computador_sabe_.html Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TV • D18 No fragmento “Desânimo e desinteresse estão associados à dificuldade de se conectar com os estímulos externos e perceber as próprias necessidades [...].”, a palavra sublinhada pode ser substituída sem perder o sentido, por a) rejeição.

b) culpa.

c) raiva.

d) abatimento.

2. TIV • D15 No trecho. “Os entediados dobram o pescoço para o lado, mostrando que não querem ouvir ou lidar com o que a outra pessoa está dizendo;” encontre um advérbio e classifique-o. Não. Advérbio de negação.

3. TI • D1 Segundo pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade de York, o tédio está associado a quê? Está associado à dificuldade de perceber os próprios estados mentais e se conectar com o que está ao seu redor.

4. TI • D14 Segundo o texto, quando estamos entediados temos dificuldade de a) praticar exercícios.

c) assimilar informações.

b) assistir TV.

d) dormir.

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5. TII • D12 Esse funcionamento explica, por exemplo, por que quando estamos entediados temos dificuldade de assimilar informações (pense em como é difícil aprender qualquer coisa numa aula chata) e comemos mesmo sem fome, como se nos “desligássemos” da sensação prazerosa de comer ou mesmo da necessidade de nos nutrir. As aspas presentes nesse fragmento estão sendo utilizadas com que objetivo? Estão sendo utilizadas com a intenção de evidenciar o sentido conotativo do termo “desligássemos”.

6. TV • D17 Para a psicologia, essa conclusão encontra respaldo na ideia de que uma vida entediante tem poucos apelos para que se mantenha um “investimento libidinal” e, caso esse sentimento persista, aos poucos a pessoa vai se desligando psiquicamente da própria vida, tornando-se mais vulnerável a doenças. As aspas presentes nesse fragmento estão sendo utilizadas com que objetivo? Elas estão sendo utilizadas com a intenção de evidenciar o termo, destacando-o.

7. TIV • D7 Podemos afirmar que a ideia central deste texto se encontra em: a) “[...] máquinas podem detectar sinais de inquietação.” b) “[...] A novidade agora é que máquinas podem detectar sinais de inquietação.” c) “Desânimo e desinteresse estão associados à dificuldade de se conectar com os estímulos externos [...].” d) “[...] o tédio causa alterações no funcionamento do cérebro.”

8. TIV • D8 Já que você identificou a ideia central deste texto, cite um argumento que fundamenta esta tese. “Com base em movimentos da cabeça, do tronco e das pernas, o computador detectou quando uma pessoa tinha se desligado mentalmente.”

9. TIV • D11 Por que voluntários entediados foram submetidos a identificar letras em uma tela durante uma hora inteira? Porque os cientistas precisavam utilizar um equipamento de ressonância magnética para medir suas reações neurológicas.

10. TVI • D13 Este texto apresenta uma escrita formal ou informal? Justifique. O texto apresenta uma escrita formal por utilizar a norma padrão da língua.

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TEXTO 9

Professor(a), o gênero tirinha possui a função de transmitir humor, ironia ou crítica. A partir da tirinha apresentada, questione os alunos sobre os balões do Garfield, perguntando o que esses balões representam. Questione também o significado da expressão “PUF”, no segundo quadrinho. Essas informações ajudam a interpretar o texto.

Jim Davis. Folha de São Paulo, 26 mai. 2016.

1. TV • D16 Existem traços de humor ou ironia em qual quadrinho da tirinha? Justifique. No segudo quadrinho, pois é baseada nas atitudes de Odie que Garfield chega à conclusão da não sofisticação dos cães.

2. TII • D5 Após a leitura da tirinha, conclui-se que o Garfield se considera a) inferior ao Odie.

b) amigo do Odie.

c) superior ao Odie.

d) inimigo de Odie.

3. TV • D18 O termo sofisticado pode ser substituído com o mesmo sentido de efeito por a) relaxado.

c) alterado.

b) refinado.

d) grosseiro.

TEXTO 10

Professor(a), após a leitura do conto questione se o lenhador agiu certo e se os alunos teriam a mesma atitude do lenhador ao dizer que os machados de prata e de ouro não eram dele. Obs.: ver característica do gênero conto no texto 7.

O LENHADOR HONESTO Emilie Poulsson (adaptado)

Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo de um riacho de águas rápidas, espumantes e cristalinas, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família. Todos os dias empreendia a árdua caminhada floresta adentro, levando ao ombro o seu afiado machado. Partia sempre assobiando contente, pois sabia que enquanto tivesse saúde e o machado, conseguiria ganhar o suficiente para comprar o pão de que a família precisava. Um dia, estava ele a cortar um enorme carvalho perto do rio. As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava pela floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia de lenhadores a trabalhar. Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco. Encostou o machado à árvore e virou-se para se sentar, mas tropeçou numa raiz velha e retorcida e esbarrou no machado; antes que pudesse agarrá-lo, ele caiu ribanceira abaixo, indo parar no rio! O pobre lenhador vasculhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava a correr com a mesma tranquilidade de sempre, ocultando o tesouro perdido. — O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? – gritou o lenhador. 19

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Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho uma bela mulher. Era a fada do rio, que viera até à superfície ao ouvir o lamento. — Por que estás a sofrer tanto? – perguntou em tom amável. O lenhador contou o que acontecera e ela mergulhou em seguida, tornando a vir à superfície segundos depois, com um machado de prata. — É este o machado que perdeste? O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia comprar para os filhos com toda aquela prata! Mas o machado não era dele, e abanou a cabeça, dizendo: — O meu machado era de aço. A fada das águas colocou o machado de prata na margem do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador: — Talvez este machado seja o teu, não? — Não, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu. A fada das águas depositou o machado de ouro na margem do rio. Mergulhou mais uma vez. Tornou a vir à tona. Desta vez, trouxe o machado perdido. — Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida! — É o teu – disse a fada das águas – e agora também são teus os outros dois. São um presente do rio, por teres dito a verdade. À noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta para casa com os três machados às costas, assobiando contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer à sua família. Disponível em: www.fabulasecontos.com/o-lenhador-honesto Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TI • D3 No trecho “Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo de um riacho de águas rápidas, espumantes e cristalinas, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família,” a palavra sublinhada tem o mesmo significado da palavra a) verde.

b) calma.

c) tranquila.

d) silenciosa.

2. TIV • D19 Em “Não, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu”, a repetição do advérbio de negação teve qual finalidade nesse contexto? De reforçar a informação de que aquele não era o machado dele.

3. TI • D4 Podemos admitir que a fada testou a honestidade do lenhador? Explique. Sim. Pois ela mostra um machado de prata e outro de ouro ao lenhador, porém ele recusou, afirmando que o seu machado era de aço.

4. TI • D1 Segundo a narrativa, quais os materiais dos machados que a fada ofereceu ao lenhador? O primeiro era de prata e o segundo era de ouro.

5. TI • D6 Qual o tema da narrativa? O tema é a honestidade.

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6. TIV • D11 Por que a fada das águas presenteou o lenhador com os três machados? Pela honestidade por falar a verdade em dizer que os machados de prata e ouro não eram seus.

7. TV • D18 O pobre lenhador vasculhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava a correr com a mesma tranquilidade de sempre, ocultando o tesouro perdido. Por que o machado era um tesouro para o lenhador? Por ser o seu instrumento de trabalho e trazer o sustento de sua família.

PRODUÇÃO TEXTUAL O que você acha da atitude do lenhador? Você acha importante a honestidade? Produza um texto valorizando essa qualidade que deve ser essencial em cada indivíduo.

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Professor(a), o comunicado possui a finalidade de avisar, informar sobre determinado assunto, sendo, muitas vezes, difundido pelos meios de comunicação ou, simplesmente, nos ambientes a que se destinam. Assim, questione os alunos sobre a finalidade do comunicado lido, o que eles acharam da padronização escolar.

TEXTO 11

COMUNICADO – UNIFORME ESCOLAR Da Direção do Instituto Nossa Senhora das Dores Para os Senhores Pais/Responsáveis e aluno(a)s Relembramos que o uniforme escolar é obrigatório e seu uso é necessário em todas as atividades escolares. Desse modo, mesmo estando o aluno fora de seu período de aulas, ou seja, dentro da escola para qualquer atividade, o uso do uniforme será imprescindível como medida de segurança. Ele identifica o estudante em qualquer situação, além de evitar o desgaste da roupa do cotidiano e situações constrangedoras com o uso de roupas inadequadas. Outro ponto importante a considerar é que o uso do uniforme ajuda a construir um ambiente escolar de respeito e igualdade. Num mundo com tantos estímulos ao consumismo, o uso de uniforme pode ser um bom ponto de equilíbrio. O uniforme escolar com logotipo oficial do colégio é composto de: bermuda de tactel, bermuda de helanca, bermuda lycra modelo “pescador”, camisa branca, camisa cinza, camiseta branca, camiseta cinza, casaco e jaleco. Nos dias de frio intenso, um “agasalho complementar” poderá ser utilizado na cor branca, azul marinho, preta ou cinza, porém liso e sem estampas, sob a jaqueta ou blusa da escola. O uniforme escolar sem logotipo oficial do colégio é composto de: Calça jeans tradicional na cor azul-escuro, tênis branco ou preto e meia branca. IMPORTANTE: As peças do uniforme escolar não podem ser modificadas (cortadas ou rasgadas). Os uniformes comemorativos, de Expo ou Jogos Internos só poderão ser utilizados durante as aulas de Educação Física. Lembramos que o não cumprimento dessa regra acarretará em advertência e no caso de reincidência, o impedimento da entrada na escola. (Vide Contrato de Prestação de Serviços Educacionais Cláusula 5ª, § 1º na página 02 assinado no ato da matrícula). Equipe INSD Disponível em: www.insd.com.br/comunicado-uniformes Acesso em: 07 abr. 2017.

1. TVI • D13 O comunicado acima pode ser classificado como um texto formal ou informal? As marcas linguísticas do texto apontam que ele é um texto formal.

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2. TIV • D11 De acordo com o texto, o uso do uniforme é imprescindível por quê? Por medida de segurança, pois identifica o estudante em qualquer situação, além de evitar o desgaste da roupa do cotidiano e situações constrangedoras com o uso de roupas inadequadas.

3. TI • D6 O comunicado emitido pela direção do Instituto Nossa Senhora das Dores norteia-se em torno de um único tema. Qual é esse tema? O uso obrigatório do uniforme escolar.

4. TI • D3 Em “As peças do uniforme escolar não podem ser modificadas (cortadas ou rasgadas)”, a palavra sublinhada tem o sentido semelhante a a) preservadas.

b) manuseadas.

c) desgastadas.

d) alteradas.

5. TV • D17 Observamos, no decorrer, do texto alguns trechos que se encontram sublinhados. Qual foi o objetivo do autor ao destacar estes trechos? O objetivo do autor foi sobressair / enfatizar tais partes.

6. TIV • D15 Na frase “Calça jeans tradicional na cor azul-escuro, tênis branco ou preto e meia branca”, o termo sublinhado é uma conjunção a) adversativa.

TEXTO 12

b) conclusiva.

c) alternativa.

d) explicativa

Professor(a), antes de ler o texto, pergunte aos alunos o que eles entendem por “Maria vai com as outras”, se já ouviram essa expressão e se conhecem alguém assim. Após ouvir as hipóteses e os relatos, faça uma leitura dramática do texto com o auxílio dos alunos, encenando com eles. Escolha um aluno para ser a Maria e um grupo para ser as demais ovelhas. Eles vão fazendo as ações que você vai lendo. Obs.: veja maiores definições do gênero conto no texto 7.

Maria vai com as outras Sylvia Orthof

Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo, Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também. Um dia, todas as ovelhas foram para o Polo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras. Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também. — Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf! Maria ia sempre com as outras. Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de ervilhas. Maria detestava ervilhas. Mas, como todas as ovelhas comiam ervilhas, Maria comia também. Que horror! Foi quando de repente, Maria pensou: “Se eu não gosto de ervilhas, por que é que eu tenho que comer salada de ervilhas?” Maria pensou, suspirou, mas continuou a fazer o que as outras faziam. Até que as ovelhas resolveram saltar do alto do monte para dentro da lagoa. Todas as ovelhas saltaram. Saltava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: “mé!”. Saltava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: “mé!”.

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E assim quarenta e duas ovelhas saltaram, quebraram o pé, chorando “mé, mé, mé”! Chegou a vez de Maria saltar. Ela recuou, entrou num restaurante e comeu uma feijoada. Agora, “mé!”, Maria vai para onde caminha o seu pé. Disponível em: www.fabulasecontos.com/maria-vai-com-as-outras Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TV • D17 As aspas presentes em “Se eu não gosto de ervilhas, por que é que eu tenho que comer salada de ervilhas?”, indicam a) a fala de Maria.

c) o pensamento de Maria.

b) a fala de outra ovelha.

d) o pensamento de outra ovelha.

2. TIV • D2 Em “Ela recuou, entrou num restaurante e comeu uma feijoada”, o pronome sublinhado refere-se a quem? Uma ovelha chamada Maria.

3. TI • D4 O desfecho da história nos permite afirmar que a ovelha Maria foi a) boba.

b) ingênua.

c) esperta.

d) corajosa.

4. TV • D19 Encontre e assinale as onomatopeias presentes no texto. 5. TI • D4 Observe o segmento abaixo e responda: o que aconteceu com Maria? “Um dia, todas as ovelhas foram para o Polo Sul. Maria foi também. E atchim!” Maria pegou um resfriado por ter ido ao Polo Sul.

6. TV • D19 A interjeição “Que horror!” expressa o sentido de a) surpresa.

b) reprovação.

c) saudação.

d) advertência

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TEXTO 13

Professor(a), o texto é uma reportagem que tem como objetivo expor e informar a respeito da descoberta de uma mutação no vírus da Zica que pode ter acelerado a sua propagação. Após a leitura, pergunte aos alunos se já tiveram ou se conhecem alguém que tenha tido essa doença. Este é um ótimo momento para trabalhar a interdisciplinaridade. Junto com o professor de Ciências, trabalhe a transmissão, sintomas e consequências dessa doença.

CIENTISTAS DESCOBREM MUTAÇÃO QUE PODE TER ACELERADO PROPAGAÇÃO DA ZIKA PELO MUNDO Descoberta feita por cientistas chineses foi publicada na revista Nature nesta quarta-feira. Mutação pode explicar propagação a partir de 2013. Cientistas chineses identificaram uma mutação no vírus da zika que pode ter contribuído para a aceleração da propagação do vírus nos últimos anos. A descoberta, que aparece na edição desta quarta-feira (17) da revista Nature, pode ajudar a explicar por que esse vírus, descoberto na África em 1947, passou a provocar epidemias cada vez maiores a partir de 2013, quando um surto foi registrado na Polinésia Francesa. Os pesquisadores, liderados por Gong Cheng, da Universidade Tsinghua, em Pequim, já tinham identificado em estudos anteriores que uma proteína produzida pelo vírus da zika, chamada NS1, era capaz de potencializar a capacidade de infecção dos mosquitos Aedes aegypti pelo vírus. Análises de amostras de vírus da zika coletadas em dois momentos diferentes – em 2010, no Camboja, e durante a atual epidemia que afeta o Brasil e outros países – revelou que o vírus mais recente tem um potencial muito mais alto de infectar mosquitos do que o vírus coletado anteriormente. Eles identificaram, então, uma mutação na proteína NS1 nas amostras mais atuais do vírus que pode explicar esse aumento do potencial de aquisição do vírus pelo mosquito. Essa mutação parece ter surgido em 2013, segundo os cientistas. Linhagem africana e asiática A ciência já tinha identificado que o vírus da zika descoberto na África nos anos 1940 é diferente do que provocou uma epidemia na Polinésia Francesa em 2013 e, desde então, espalhou-se pelo mundo. Segundo Cheng, antes de 2012, o conhecimento do vírus da zika estava concentrado apenas no ciclo de transmissão chamado enzoótico ou silvático na África, que é o ciclo de transmissão entre mosquitos e primatas não humanos. “As linhagens asiáticas do vírus podem ter evoluído para atingir humanos com maior infectividade”, afirma Cheng, em entrevista ao G1 por e-mail. Em 2007, por exemplo, a linhagem asiática do vírus provocou um surto na Micronésia. Porém, uma mutação que surgiu posteriormente no vírus asiático aumentou ainda mais o potencial nocivo do vírus contra os humanos. Uma proteína contém aminoácidos alinhados em uma certa sequência. A mutação identificada pelos pesquisadores na proteína NS1 do vírus da zika foi uma substituição do aminoácido alanina pelo aminoácido valina na posição 188. “A substituição da alanina por valina na posição 188 melhorou ainda mais a eficácia de transmissão do vírus da zika de humanos para mosquitos, aumentando sua prevalência em mosquitos”, diz Cheng. “Nossos dados oferecem uma potencial explicação para a recente re-emergência do vírus da zika, e sugere que a coevolução dos arbovírus com seus hospedeiros e vetores contribui para sua existência a longo prazo na natureza e ocasional propagação e re-emergência”, completa o cientista. 25

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Aplicações Ele afirma que não há evidência de que essa mutação pode tornar o vírus mais perigoso para os humanos infectados, mas que sua equipe está interessada em continuar a investigação para saber como essa mutação pode impactar a manifestação da doença em humanos. Segundo Cheng, a descoberta pode levar ao desenvolvimento de estratégias que tenham essa mutação como alvo, o que poderá reduzir o número de mosquitos infectados e, consequentemente, controlar a prevalência do vírus da zika. Ele também propõe que a imunização contra a proteína NS1 do vírus da zika em humanos poderia interromper o ciclo de vida do vírus. Disponível em: g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/cientistas-descobrem-mutacao-que-pode-ter-acelerado-propagacao-dazika-pelo-mundo.ghtml. Acesso em: 20 mai. 2017.

1. TI • D4 O tema deste texto é: a) A mutação no vírus da zika. b) A evolução das linhagens asiáticas do vírus. c) O surto da zika na Polinésia. d) O fim do vírus da Zika.

2. TIV • D7 Qual a informação principal do texto? Uma mutação no vírus da zika que pode ter contribuído para a aceleração da propagação do vírus.

3. TII • D12 Todo o texto é redigido com algum objetivo. Entendendo esta afirmativa, indique o objetivo do texto lido. O objetivo do texto é informar a respeito da descoberta de uma mutação que contribuiu para a propagação do vírus da zika.

4. TIV • D2 No trecho “Ele também propõe que a imunização contra a proteína NS1 do vírus da zika em humanos poderia interromper o ciclo de vida do vírus.”, o termo sublinhado se refere a quem? O pronome faz referência a Gong Cheng.

5. TI • D1 Onde e quando foi descoberto o vírus da zika? Foi descoberto na África no ano de 1947.

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TEXTO 14

Professor(a), esse é um texto instrucional que tem como objetivo instruir sobre um determinado procedimento. Neste caso, há duas tipologias textuais: a descrição e a instrução. A primeira parte traz a descrição do jogo, e a segunda mostra como jogar. Antes da leitura do texto, pergunte se os alunos conhecem esse jogo. Se algum deles já jogou, peça que ele fale para os outros alunos como se faz para jogar dama. Se possível, leve alguns tabuleiros de dama, e, após a atividade, faça um torneio com os alunos.

REGRAS DO JOGO DE DAMAS Descrição • • • • •

O jogo de damas tem dois participantes, que usam um tabuleiro para jogar. Jogadores - 2. Peças - 24 peças, 12 brancas e 12 pretas. Tabuleiro - tabuleiro de 64 casas, claras e escuras. Distribuição - 12 peças da mesma cor para cada jogador, posicionadas nas casas escuras, ocupando as três linhas mais próximas de cada jogador. • Objetivo - Capturar todas as peças do oponente ou deixá-lo impossibilitado de mover. Definições • Dama - a peça coroada após parar na última linha do tabuleiro. A dama fica com uma peça da mesma cor em cima para representá-la. • Grande diagonal - a maior linha formada diagonalmente pelas casas escuras. • Lance - o deslocamento de uma peça para outra casa. • Captura - um lance onde uma peça passa por cima de uma peça adversária que está entre a sua casa e a sua casa de destino. • Tomada em cadeia - um lance onde uma peça captura duas ou mais peças sucessivamente. O Jogo O tabuleiro deve ser posicionado de modo que a grande diagonal comece do lado esquerdo de cada jogador. Assim, a primeira casa à esquerda de cada jogador será preta. O jogador que estiver jogando com as peças brancas começa o jogo, podendo dar o primeiro lance. A seguir, os jogadores alternam jogadas até o fim do jogo. As peças comuns só podem se movimentar para a frente, para uma casa preta livre na próxima linha, diagonal à sua casa atual. As damas podem se movimentar em diagonal para frente e para trás para qualquer casa livre, desde que o caminho esteja livre. O jogo termina quando todas as peças de um jogador forem capturadas ou quando este não puder mais fazer nenhum lance válido.

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Captura A captura das peças é obrigatória, ou seja, se na vez de um jogador ele puder capturar uma peça adversária, ele deve fazê-lo. Quando tiverem duas ou mais capturas possíveis, o jogador deve realizar o lance onde houver o maior número de capturas. Em caso de equivalência, o jogador pode escolher qual das capturas vai fazer. As peças comuns só podem capturar para frente e para trás peças adversárias adjacentes às suas. As damas podem capturar peças distantes na sua diagonal, desde que o caminho entre a dama e a peça capturada esteja livre, e o caminho entre a peça capturada e a casa de destino da dama esteja também livre. Quando uma captura é realizada, a peça capturada é removida do tabuleiro, ficando em poder do jogador que a capturou. Quando uma peça faz uma captura e fica numa posição onde é possível fazer outra captura, ela deve fazê-la na mesma jogada, realizando uma tomada em cadeia. A peça deve fazer isso até que não seja mais possível capturar peça alguma nesse lance. Regra de empate • A partir de qualquer ponto da partida se ocorrerem 20 (vinte) lances sucessivos de damas, sem captura ou movimento de peças comuns. • Se uma mesma posição se produzir pela terceira vez, cabendo ao mesmo jogador o lance, será considerado um empate. • Se um jogador possuir três damas contra uma dama do outro jogador, será considerado empate se o jogador com o maior número de peças não conseguir obter vitória em vinte lances. Disponível em: www.megajogos.com.br/damas-online/regras Acesso em: 07 abr. 2017.

1. TII • D12 A função do texto Regras do jogo de damas é a) relatar.

c) informar.

b) instruir.

d) interrogar.

2. TIV • D15 “A captura das peças é obrigatória, ou seja, se na vez de um jogador ele puder capturar uma peça adversária, ele deve fazê-lo.” O termo sublinhado é empregado no mesmo sentido em a) Júlia deitava-se no sofá.

c) Se você não trouxer a tarefa, perderá pontos.

b) Precisa-se de empregados.

d) Não sabia se iria a Bahia.

3. TVI • D13 O texto Regras do Jogo de Damas tem mais marcas de um texto conotativo ou denotativo? Explique. O texto em questão apresenta mais características de um texto denotativo, pois as palavras foram utilizadas com seu sentido comum, ou seja, sentido real.

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TEXTO 15

Professor(a), o texto trata-se do gênero resenha, observe que há um resumo sobre o jogo seguido de uma opinião do autor do texto; nele o autor tece comentários em que induz o leitor a querer o jogo. Esse jogo foi baseado em um desenho animado, o qual teve uma ampla aceitação entre jogadores do mundo todo. Assim, questione os alunos se conhecem o desenho e o jogo Pokémon. Pergunte também se, a partir da leitura do texto, eles sentiram vontade de experimentar o jogo. Após a socialização, proponha que eles escrevam um texto para convencer o leitor a adquirir o jogo. Deixe-os à vontade e os ajude, se houver necessidade.

POKEMON GO Pokemon GO é o primeiro grande jogo dentro da franquia Pokemon a finalmente chegar ao Android. E está aqui graças à Niantic - a desenvolvedora de Ingress - com um título que conseguiu combinar toda a mágica desses clássicos Nintendo com as melhores ideias de sua versão inicial. O resultado: uma aventura onde você precisará sair e andar por aí se você realmente quer se tornar um mestre Pokemon. Qualquer usuário que já jogou Ingress instantaneamente sabe o que precisará fazer e entenderá imediatamente qual a ideia por trás do Pokemon GO. Aqueles que não jogaram Ingress não terão muitos problemas também. Basicamente o jogo converte sua cidade em uma plataforma de videogame colossal com a qual você terá que interagir. Graças ao GPS no seu Android, seu avatar dentro do jogo se moverá com você para onde você for, assim você precisará dar umas voltas para capturar Pokemons. Você está perto de uma praia ou rio? É uma boa ideia checar essas áreas para encontrar um Pokemon de água. Você precisa de um Pokemon planta para sua coleção? Talvez seja a hora de fazer um piquenique. Do mesmo modo, sempre que você visitar PokeStops, que geralmente estão localizados em lugares interessantes como museus, galerias de arte e lugares históricos, você poderá obter novos itens. Será também nestes PokeStops onde você poderá comprar pokebolas e se preparar antes de desafiar outro mestre Pokemon. Pokemon GO é um excelente RPG para se explorar no Android. É sensacional em todos os sentidos. O jogo é muito bem otimizado, tem uma interface elegante e gráficos fantásticos. Mas o mais importante é que tem milhares de Pokemons esperando para serem capturados. Disponível em: pokemon-go.br.uptodown.com/android Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TI • D1 De acordo com o texto, o que o Pokemon GO faz com a sua cidade? Converte sua cidade em uma plataforma de videogame colossal.

2. TIV • D15 Em “Mas o mais importante é que tem milhares de Pokemons esperando para serem capturados”, qual a diferença entre mas e mais? Explique dando exemplos. O “mas” é conjunção adversativa, e o “mais” é um advérbio de quantidade ou intensidade. Ex 1: Eu queria ir à praia, mas está chovendo. Ex 2: Por favor, acrescente mais uma bola de sorvete.

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3. TV • 19 As palavras sublinhadas abaixo pertencem morfologicamente a uma classe de palavras. Qual? “Do mesmo modo, sempre que você visitar PokeStops, que geralmente estão localizados em lugares interessantes como museus, galerias de arte e lugares históricos, você poderá obter novos itens.” As palavras destacadas são verbos.

4. TI • D15 No trecho “Aqueles que não jogaram Ingress não terão muitos problemas também.”, a palavra sublinhada é um advérbio de a) lugar.

b) tempo.

c) inclusão.

d) modo.

5. TII • D12 A finalidade do texto Pokemon Go é a) relatar.

c) argumentar.

b) narrar.

d) interrogar.

6. TV • D19 Sabemos que o adjetivo é a palavra responsável em qualificar o substantivo. Identifique, no texto, 3 adjetivos e as palavras que eles qualificam. 1-Nome: videogame / Adjetivo: Colossal 2-Nome: Pokemon Go / Adjetivo: Sensacional 3-Nome: Interface / Adjetivo: Elegante

7. TI • D1 De acordo com o texto, o mais importante sobre o jogo Pokemon GO é que a) é muito difícil encontrar Pokemon. b) o número de Pokemons está reduzido. c) há milhares de Pokemons esperando serem capturados. d) há muitos Pokemons em áreas com praias e rios.

8. TIV • D15 Na frase “Você está perto de uma praia ou rio?”, a conjunção sublinhada pode ser classificada em que tipo? Conjunção alternativa.

9. TI • D1 Segundo o texto, o que é necessário para capturar os pokemons? Com a ajuda do GPS do jogo, o jogador tem que se movimentar, é preciso dar umas voltinhas para capturar os pokemons.

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TEXTO 16

Professor(a), o texto é um conto de fadas, neste não apareceu nenhum personagem fantástico, mas uma situação incomum. Pergunte aos alunos se eles acham possível sentir uma ervilha posta embaixo de 20 colchões. Se possível, leve uma almofada e uma ervilha, coloque sobre uma cadeira e peça que sentem para comprovarem a teoria da rainha. Essa é uma excelente forma de dinamizar a aula. Com esse texto, você pode trabalhar os elementos da narrativa como: tempo, espaço, personagens, conflito, clímax e desfecho.

A princesa e a ervilha Hans Christian Andersen

Era uma vez um príncipe que viajou pelo mundo inteiro à procura da princesa ideal para se casar. Tinha de ser linda e de sangue azul, uma verdadeira princesa! Mas depois de muitos meses a viajar de país em país, o príncipe voltou para o seu reino, muito triste e abatido, pois não tinha conseguido encontrar a princesa que se tornaria sua mulher. Numa noite fria e escura de inverno, quando o príncipe já pensava ser impossível casar com uma princesa, houve uma terrível tempestade. No meio da tempestade, alguém bateu à porta do castelo. O velho rei intrigado foi abrir a porta. Qual não foi a sua surpresa ao ver uma bela menina completamente molhada da cabeça aos pés. A menina disse: “Poderei passar a noite aqui no seu castelo, senhor? Fui surpreendida pela tempestade enquanto viajava de volta para o meu reino. Estou com fome e frio e não tenho onde ficar…”. O rei desconfiado perguntou: “Sois uma princesa?” A princesa respondeu timidamente: “Sim, senhor”. “Então entrai, pois seria imperdoável da minha parte deixar-vos lá fora numa noite como esta!” Respondeu o rei, não muito convencido de se tratar mesmo de uma princesa. Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou a rainha daquela visita inesperada. A rainha pôs-se a pensar e, com um sorriso matreiro, disse: “Vamos já descobrir se se trata de uma verdadeira princesa ou não…”. A rainha subiu ao quarto de hóspedes onde ia ficar a princesa e, sem ninguém ver, tirou a roupa de cama e colocou por baixo do colchão uma ervilha. Em seguida colocou por cima da cama mais vinte colchões e edredons e, finalmente, a roupa de cama. Então, desceu a escadaria e dirigiu-se à princesa, apresentando-se, e dizendo amavelmente: “Já pode subir e descansar. Amanhã falaremos com mais calma sobre a menina e o seu reino…” A princesa subiu e se deitou naquela cama estranha que mais parecia uma montanha! Na manhã seguinte, a princesa desceu para tomar o café. O rei e a rainha já estavam sentados à mesa. A princesa saudou os reis e sentou-se. Então a rainha perguntou: “Como passou a noite, princesa?” A princesa respondeu: “Oh, a verdade é que não consegui dormir nada naquela cama tão incômoda… senti qualquer coisa no colchão que me incomodou toda a noite e deixou o meu corpo todo dolorido!” O rei levantou-se e, muito ofendido, exclamou: “Impossível! Nunca nenhum convidado se queixou dos nossos excelentes colchões de penas!”

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Mas a rainha o interrompeu e disse com um sorriso: “Pode sim!” E explicou ao rei o que tinha feito para ver se realmente se tratava de uma princesa ou alguém a querer enganá-los. A rainha se levantou e disse a todos: ”Só uma verdadeira princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o incômodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredons!” O rei e a rainha apresentaram a princesa ao seu filho, o príncipe, e ele, mal a viu, ficou logo perdido de amores. Ao fim de alguns dias, o príncipe casou com a princesa, com a certeza de ter encontrado finalmente uma princesa verdadeira que há tanto tempo procurava. A partir daquele dia, a ervilha passou a fazer parte das joias da coroa, para que todos se lembrassem da história da princesa e da ervilha. Disponível em: bebeatual.com/historias-princesa-e-a-ervilha_97 Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TI • D3 No trecho “Tinha de ser linda e de sangue azul, uma verdadeira princesa!” percebe-se que o príncipe informa as características que sua futura esposa deveria possuir. O que você compreende ser uma pessoa de sangue azul? Resposta pessoal. Sugestão: Ser uma pessoa que pertença à nobreza.

2. TI • D4 A partir das informações apresentadas no texto, deduz-se que o príncipe é a) relaxado.

c) exigente.

b) desconfiado.

d) triste.

3. TI • D1 O rei logo acreditou que a moça era uma princesa? Justifique. Não. O rei desconfiou que fosse realmente uma princesa, pois ela chegou sozinha e completamente molhada ao castelo.

4. TII • D12 A finalidade do texto lido é informar ao leitor uma problemática? Explique. Não, pois o texto é uma narração. A sua finalidade é contar uma história.

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5. TIV • D15 No trecho: “Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou a rainha daquela visita inesperada”, a palavra sublinhada é um a) substantivo comum.

c) pronome adjetivo.

b) advérbio de tempo.

d) advérbio de inclusão.

6. TI • D1 A rainha possui uma opinião sobre como as princesas devem se comportar. Destaque as passagens que mostram a opinião dela. “Só uma verdadeira princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o incômodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredons!”.

7. TIV • D2 Em “Mas a rainha o interrompeu e disse com um sorriso: ‘Pode sim!’” O termo sublinhado se refere a) à rainha.

c) ao príncipe.

b) ao rei.

d) à princesa.

TEXTO 17

Professor(a), a tirinha é um excelente gênero para se trabalhar diversos elementos. Nesta, você pode perguntar aos alunos sobre os balões utilizados como, por exemplo, qual a diferença entre os balões utilizados para o Garfield e seu dono (Jon Arbuckle). Ainda, é possível trabalhar o “porque” no terceiro quadrinho; explique o uso dos diferentes tipos de “porquês”, e que, neste caso o “porque” junto está sendo utilizado para indicar que o Jon Arbuckle está respondendo a si mesmo.

Jim Davis. Folha de São Paulo, 06 mai. 2016.

1. TV • D16 Em quais falas há a presença de humor na tirinha acima? Há traços de humor nas falas: “Para a cozinha!” e “A gente pode montar uma barraca perto da geladeira.”

2. TII • D5 Após a leitura da tirinha, o que se pode afirmar sobre o Garfield? Que Garfield só pensa em comida, já que, até nas férias, ele pensou em acampar ao lado da sua própria geladeira.

3. TII • D12 O texto tem a finalidade de a) informar.

c) narrar.

b) relatar.

d) divertir.

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TEXTO 18

Professor(a), esse é um poema com inúmeras possibilidades a serem trabalhadas, a repetição é uma delas. Solicite que os alunos, sem acompanhar a leitura no livro, prestem atenção enquanto você lê o texto e contem quais e quantas são as repetições. Pergunte qual a sensação que eles tiveram ao ler o poema (a pergunta tem o objetivo de identificar se os alunos ficaram com sono ao fazerem a leitura). Esta é uma excelente oportunidade para explicar que um texto pode transmitir diversas sensações, tais como: tristeza, saudade, alegria etc. O poema trabalhado se assemelha às cantigas de ninar cujo objetivo é fazer as crianças dormirem; assim, você pode trabalhar essa comparação com os alunos.

A casa sonolenta Audrey Wood

Era uma vez uma casa sonolenta onde todos viviam dormindo Nessa casa tinha uma cama uma cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Nessa cama tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.

em cima de um cachorro dormitando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. E em cima desse rato tinha uma pulga… Será possível? Um pulga acordada, que picou o rato, que assustou o gato, que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, que deu um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta, onde ninguém mais estava dormindo. Disponível em: elavemhistoria.blogspot.com/2007/01/ uma-casasonolenta.html Acesso em: 31 mar. 2017.

Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro dormitando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse cachorro tinha um gato um gato ressonando, em cima de um cachorro dormitando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse gato tinha um rato, um rato descansando, em cima de um gato ressonando, 34

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1. TI • D1 De acordo com o poema, quem estava sonhando era a) a avó.

b) o cachorro.

c) o menino.

d) o gato.

2. TI • D4 Podemos observar que em cima da cama existia a) poucos personagens.

c) nenhum personagem.

b) muitos personagens.

d) dois personagens.

3. TIV • D15 No trecho “Era uma vez uma casa sonolenta onde todos viviam dormindo”, a palavra sublinhada contém uma ideia de a) tempo.

b) modo.

c) causa.

d) lugar.

4. TIV • D11 Na sequência dos fatos apresentados no texto, nota-se a causa da cama ter quebrado. Qual foi esta causa? A cama quebrou por causa do susto que o menino deu em sua avó.

TEXTO 19

Professor(a), o texto é um cordel, que se assemelha a um poema, mas tem suas características próprias. Nesse caso, ele possui 5 estrofes e 6 versos onde apenas os versos 2, 4 e 6 rimam, diferente dos poemas que têm os versos rimando entre si com as AABB, ABAB etc., aqui temos ØAØAØA. Outra característica do cordel é que ele é uma narrativa com início, meio e fim. Lembre aos alunos que a literatura de cordel chegou com os portugueses, mas se tornou um elemento da cultura nordestina por ter sido mais difundida nessa região. Pergunte se os alunos conhecem o sertão nordestino, como eles imaginam que seja esse lugar; se já passaram sede; se conseguem ficar muito tempo sem água, o que eles fariam se só chegasse água nas torneiras uma vez por semana. Questione o que seria possível fazer para evitar que os sertanejos sofram todos os anos com a falta d’água, ocasionada pela escassez de chuva naquela região.

Seca

Izaias Gomes de Assis Ela é muito debatida No tempo da eleição É coisa que dá dinheiro, E humilha o cidadão Pois enriquece o corrupto A seca do meu Sertão.

Culparam um tal de El Niño, A poluição também Os governantes da Terra Qual a culpa que eles têm? Nessa luta estou sozinho, E a culpa é de ninguém.

Onde está o Velho Chico Pra minha sede matar? Estou só abrindo o bico E não vou aguentar Esse castigo divino Que tende só piorar.

Pra resolver meu problema O Congresso não tem pressa Então pego meu santinho E faço minha promessa Esperando a chuva vim Pois eu só confio nessa.

Até quando sofrerei Do congresso a artimanha? Que prorroga esse sofrer Essa luta que é tamanha... Nesta minha solidão; Quem é que me acompanha?

Disponível em: cordeldobrasil.com.br/v1/399 Acesso em: 04 abr. 2017.

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1. TI • D4 Este poema é um desabafo de uma pessoa que está sofrendo por falta de água. Indiretamente o autor nos dá pistas para saber onde reside a pessoa que pede socorro. Onde provavelmente ela reside? No sertão nordestino.

2. TI • D1 Conforme se encontra no poema, para quem o personagem faz a sua promessa? A promessa é feita a seu santinho.

3. TI • D4 O poeta se refere a que quando diz: “Onde está o Velho Chico pra minha sede matar?” Refere-se ao rio São Francisco (Velho Chico).

4. TIV • D2 Na passagem “Os governantes da Terra qual a culpa que eles têm?” o pronome sublinhado está substituindo qual substantivo? Governantes.

TEXTO 20

Professor(a), este texto é uma sinopse, ou seja, uma versão mais curta da história original, que mostra os principais fatos ocorridos para fazer com que os leitores se interessem pela obra, que tanto pode ser o livro quanto o filme. Pergunte se os alunos já leram ou assistiram a algum filme de Harry Potter. Nesse momento, seria interessante passar o trailer do filme em questão para que eles percebam que ele também pode ser considerado uma sinopse, no caso, uma sinopse visual.

Harry Potter e a câmara secreta No segundo ano de Harry Potter em Hogwarts, um grande mistério ronda a escola e ameaça a segurança e a tranquilidade de todos: alguns alunos estão sendo petrificados, inclusive sua melhor amiga, Hermione. Em meio a tudo isso, Harry descobre que é ofidioglota, isto é, ele tem o poder de se comunicar com as cobras, uma característica rara entre os bruxos. O fato acaba levantando suspeitas sobre se não teria sido ele que abriu a Câmara Secreta. Disponível em: livraria.folha.com.br/harry-potter/harry-potter-camara-secreta-j-k-rowling-1012655.html Acesso em: 01 set. 2017.

1. TI • D1 O texto aponta que a melhor amiga de Harry Potter foi petrificada. Quem é ela? A melhor amiga de Harry Potter é Hermione.

2. TI • D1 Segundo o texto, um ofidioglota tem o poder de a) abrir a câmara secreta.

c) comunicar-se com cobras.

b) petrificar pessoas.

d) desvendar mistérios.

3. TI • D3 No trecho “alguns alunos estão sendo petrificados”, o termo sublinhado significa que os alunos estão se transformando em a) pedra.

b) areia.

c) água.

d) gelo.

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TEXTO 21

Professor(a), o texto trata de uma notícia, pois há elementos necessários para se constituir tais gêneros: quem (os cientistas), onde (Califórnia), o quê (filmagem do peixe diabo negro). A principal finalidade de uma notícia é informar determinado acontecimento à população. Assim, escolha um tema da sua preferência (ou algum acontecimento do bairro) e, após explicar as características desse gênero, solicite que os alunos produzam uma notícia com o tema que você escolheu. Com isso, você trabalhará a interpretação textual a partir das atividades do livro e a produção textual também.

Cientistas filmam pela primeira vez o peixe diabo negro Os cientistas do Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI), na Califórnia, estão convencidos de que conseguiram filmar o peixe diabo negro. A filmagem do peixe diabo negro merece uma comemoração, pois pela primeira vez na história da humanidade, conseguiu-se filmar uma espécie com vida, em águas tão profundas: de 3.000 a 4.000 metros, ou seja, 3 a 4 quilômetros, na escuridão total. O peixe abissal denominado cientificamente como Melanocetus Johnsonii é uma das espécies mais difíceis de serem capturadas em seu habitat natural. Ele tem uma antena comprida na cabeça cheia de bactérias bioluminescentes que se iluminam para atrair outros peixes e lulas que lhe servem de alimento. O peixe diabo das profundezas do mar serviu de inspiração para os criadores de “Procurando o Nemo”. Eles criaram um monstro marinho que quase come o pai de Nemo e Dori, durante a procura por Nemo, no Oceano. Disponível em: www.obrasileirinho.com.br/categoria/curiosidades/noticias-curiosas Acesso em: 04 abr. 2017.

1. TII • D12 Qual é o objetivo principal do texto “Cientistas filmam pela primeira vez o peixe diabo negro?” Informar aos leitores sobre a primeira vez que o peixe diabo negro é filmado por cientistas.

2. TI • D1 Qual o nome científico do peixe diabo negro? O nome científico do diabo negro é Melanocetus Johnsonii.

3. TIV • D11 Por que a filmagem realizada era digna de uma grande comemoração? Porque pela primeira vez na história da humanidade, conseguiu-se filmar uma espécie com vida, em águas tão profundas: de 3.000 a 4.000 metros, ou seja, 3 a 4 quilômetros, na escuridão total.

4. TI • D3 No texto, a palavra convencidos indica que os cientistas a) possuem dúvida quanto ao feito.

c) estão tentando realizar esta filmagem.

b) estão certos que conseguiram filmar.

d) não conseguiram filmar.

5. TI • D1 Descreva algumas características do peixe diabo negro. É uma das espécies mais difíceis de serem capturadas em seu habitat natural. Ele tem uma antena comprida na cabeça cheia de bactérias bioluminescentes que se iluminam para atrair outros peixes e lulas que lhe servem de alimento.

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TEXTO 22

Professor(a), o texto trata-se do gênero reportagem que informa sobre determinado acontecimento. Como se sabe, este gênero difere da notícia por, ao mesmo tempo, informar, opinar e suscitar opiniões nos leitores; assim, ele possui uma importante função social como formadora de opinião. A partir dessa informação, solicite que os alunos encontrem no texto a “voz” do autor, dando a sensação de que ele está interagindo com o leitor. A finalidade desta atividade é fazer com que os alunos reconheçam o posicionamento do autor mesmo ele não se colocando no texto. Obs.: para auxiliá-lo(a), um exemplo da “voz” do autor encontra-se na primeira frase do quarto parágrafo.

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Jovem de 22 anos cria técnica para limpar o plástico dos oceanos

Técnica de limpeza de plástico no mar

O destino que damos ao plástico pode ser considerado um grande problema ambiental. Isso porque além de abarrotarem os lixões e aterros sanitários no continente, esses derivados do petróleo também são um incômodo para a vida marinha. Sabe-se que existem pelo menos 5 trilhões de peças plásticas nos oceanos de todo o planeta, totalizando 250 mil toneladas. Mas há algumas áreas específicas em que o problema é especialmente mais preocupante. É o caso da “Great Pacific Garbage Patch”, localizada ao norte do oceano Pacífico, entre a costa oeste dos EUA até o Japão. A área, descoberta em 1997, faz jus ao título de “depósito de lixo gigantesco”, concentrando boa parte do plástico que dispensamos nos oceanos. Lá, os detritos chegam a formar ilhas de lixo, em que se pode até mesmo andar a pé. Isso é possível porque as correntes marítimas convergentes que atuam na região se movimentam em círculos, causando enormes “redemoinhos”. Assim, o lixo que é descartado em várias partes do planeta acaba parando no mesmo endereço. O resultado são prejuízos gigantes para a vida nos oceanos. Essa cobertura impede a fotossíntese de organismos marinhos e mata a fauna que ingere as peças plásticas por engano. Embora não pareça, há gente tentando mudar esse cenário. E a ideia mais promissora atualmente vem de um jovem de 22 anos. Boyan Slat é um ambientalista holandês e criador da Ocean Cleanup Foundation. Sua empresa, que já conta com 65 pessoas, tem uma proposta um tanto ousada: retirar metade do plástico da Great Pacific Garbage Patch em um período de cinco anos. Como? Cercando o lixo em alto-mar com barreiras gigantes, feitas de polietileno de alta densidade. Seu formato lembra aqueles macarrões usados como boia em piscinas – como se fosse um “U”, só que mais aberto. Resistentes e maleáveis, as estruturas são perfeitas para o trabalho: firmes o suficiente para não deixar escapar nenhum pedaço de plástico, e móveis o bastante para serem levadas de um lado para o outro pelas próprias águas do Pacífico. 38

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Já que os oceanos são um tanto infinitos e cheios de correntes marítimas, represar os plásticos significa reduzir o trabalho de sair catando cada pedaço pelo oceano. Concentrados em um só local, os detritos podem ser tranquilamente recolhidos com a ajuda de barcos, que passarão pelas áreas de plástico represado periodicamente – uma vez por mês, provavelmente. Ok, até aí, nada de muito inovador. A técnica de cercamento já é conhecida, e utilizada inclusive na própria tarefa de conter detritos despejados no mar, como manchas de óleo. O “pulo do gato” é a independência que essas barreiras possuem para navegar os sete mares: elas não precisam ficar presas no fundo dos oceanos. Ao invés disso, as âncoras que as mantêm flutuando ficam soltas, boiando em águas mais profundas – a cerca de 600 metros da superfície. Conforme afundamos, a pressão e densidade aumentam, o que faz com que a velocidade de navegação das âncoras seja menor do que na superfície. Isso impede que a boia gigante se movimente mais rápido que o lixo. Acompanhando o ritmo da âncora, o sistema todo acaba indo até quatro vezes mais devagar do que iria se estivesse fixo, recolhendo assim o plástico de forma mais eficiente. Para impedir que tudo não seja levado em dias de ondas mais severas, as âncoras têm de ser robustas. São quatro partes com 12 metros de comprimento e 4 de largura cada uma. A ideia inicial de Slats era criar um único cordão gigante, com 96,5 km de extensão. Depois, o projeto foi alterado para 50 estruturas de pouco menos de 1 km cada uma. Tudo para correr menos riscos. Se uma delas falhar, por exemplo, há outras 49 firmes e fortes no trabalho de parar o lixo oceânico. Além disso, há também a vantagem de elas poderem ir sendo lançadas ao mar conforme forem produzidas. O 1º protótipo de 1 km de extensão será testado ainda este ano, e estima-se que todo o projeto esteja pronto já em 2018. Os custos estão estimados em U$ 320 milhões. Para bancar a empreitada, Slats contou com vários – e grandes – financiadores. Empresas do Vale do Silício norte-americano como a PayPal já apostaram na ideia, que atingiu recentemente a marca dos U$ 30 milhões. Disponível em: super.abril.com.br/ciencia/jovem-de-22-anos-cria-tecnica-para-limpar-o-plastico-dos-oceanos Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TVI • D13 O trecho que apresenta traços de informalidade é a) “Ok, até aí, nada de muito inovador.” b) “Os custos estão estimados em U$ 320 milhões.” c) “O 1º protótipo de 1 km de extensão será testado ainda este ano [...]”. d) “O resultado são prejuízos gigantes para a vida dos oceanos.”

2. TV • D19 Na frase “O 1º protótipo de 1 km de extensão será testado ainda este ano”, o numeral sublinhado é classificado como a) fracionário.

c) cardinal.

b) ordinal.

d) multiplicativo.

3. TIV • D11 Baseando-se no texto, explique a afirmativa: “O destino que damos ao plástico pode ser considerado um grande problema ambiental.” Resposta pessoal. Isso ocorre porque além de abarrotarem os lixões e aterros sanitários no continente, esses derivados do petróleo também são um incômodo para a vida marinha.

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4. TI • D6 Qual o tema do texto? Desenvolvimento de uma técnica inovadora para despoluição dos oceanos.

5. TVI • D13 O texto possui predominância da linguagem formal. Qual a razão dessa formalidade? Por ser um texto informativo, publicado em uma revista de conhecimento nacional.

TEXTO 23

Professor(a), nessa tirinha trabalhe a interpretação “PUTS!”, o uso das reticências, trazendo as diferentes situações de usos e a própria palavra “procrastinação”. Revise com os alunos o que é uma interjeição, explicando que elas formam, por si só, frases que expressam emoção, sensação, ordem etc.

Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, 19 mar. 2017

1. TII • D5 O lobo demorou muito para ir à casa dos três porquinhos. O que aconteceu com eles nesse tempo de espera? Os três porquinhos cresceram.

2. TI • D3 No trecho “O lobo mau procrastinador” a palavra em destaque pode ser trocada, sem gerar problemas na interpretação da tirinha, por a) triste.

b) apressado.

c) relaxado.

d) atrasado.

3. TIV • D15 Na afirmativa “Hoje eu vou!”, feita pelo lobo, é apresentada uma ideia de tempo, modo ou lugar? Esclareça sua resposta. A afirmativa apresenta uma ideia de tempo, já que “hoje” é um advérbio temporal.

4. TVI • D19 A fala do lobo no último quadrinho é uma interjeição. Qual o sentido que ela expressa? O termo “puts” pode significar contrariedade, surpresa, espanto...

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TEXTO 24

Professor(a), esta fábula retrata o valor que damos às coisas. Após a leitura do texto, releia a moral da história e pergunte aos alunos o que eles acham que o autor quis ensinar com ela. Mostre a eles que qualquer objeto pode adquirir um valor inestimável independente de ser ou não uma joia preciosa como, por exemplo, um presente ganho de uma pessoa muito querida que faleceu ou um suvenir trazido de uma viagem que traz belas lembranças. Pergunte se eles têm algum objeto que tenha um valor sentimental tão grande que vale mais que o valor real dele. Faça-os notar também que nossas lembranças são coisas de extremo valor.

O galo e a pérola Esopo

Um certo dia um nobre perdeu uma pedra preciosa: uma pérola! Ordenou aos seus criados que procurassem por toda a quinta, mas a busca foi infrutífera. Mandou então alargar as buscas a toda a aldeia, mas nada… nem sinal da pérola! Assim, com o passar do tempo, o nobre, desolado, foi-se habituando à ideia de ter perdido aquela pedra preciosa que tanto dinheiro valia e que mais valor sentimental tinha ainda! Uns tempos depois, um galo que andava a procurar comida pelo chão das zonas mais remotas da quinta, vislumbrou algo que brilhava ao sol. Atraído pela luminosidade, correu a ver de que se tratava. Mas ficou desiludido ao ver que era uma pérola… — Oh! Uma pedra… É dura demais para comer e de nada me serve! De bom grado a trocaria por um pedaço de cereais! – e, desolado, afastou-se procurando afincadamente um pedaço de alimento no chão que ia percorrendo. Moral: Cada um valoriza o que é mais importante para si de acordo com as suas necessidades. Disponível em: www.fabulasecontos.com/o-galo-e-a-perola Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TV • D18 No texto, a palavra vislumbrou indica que o galo a) visualizou algo que brilhava ao sol.

c) lembrou de algo que brilhava ao sol.

b) apontou para algo que brilhava ao sol.

d) imaginou algo que brilhava ao sol.

2. TIV • D11 O galo não viu nenhum valor na pérola encontrada. Por quê? Porque para nada lhe servia. A pérola era dura demais para comer.

3. TI • D1 A pérola perdida pelo nobre foi procurada pelo(s) a) nobre.

b) galo.

c) criados.

d) Sol.

4. TI • D3 No fragmento “Assim, com o passar do tempo, o nobre, desolado, foi-se habituando à ideia de ter perdido aquela pedra preciosa que tanto dinheiro valia e que mais valor sentimental tinha ainda!” a palavra sublinhada pode ser substituída, sem perder o sentido, por a) agoniado.

b) amparado.

c) conformado.

d) triste.

5. TV • D17 Marque, no texto, o sinal de pontuação que indica a fala de um personagem.

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TEXTO 25

Professor(a), este texto é uma entrevista, um gênero jornalístico em que há um entrevistador e um entrevistado, faz uso do discurso direto e mescla as linguagens formal e informal. Após a leitura do texto, mostre aos alunos que a entrevista segue um tema e todas as perguntas devem ser sobre esse mesmo tema. As entrevistas podem ser tanto de perguntas preestabelecidas quanto perguntas que surgem a partir das respostas do entrevistado, dando maior interação entre os participantes. A partir dessa informação, escolha um tema, separe os alunos em duplas e peça que um seja o entrevistado e o outro o entrevistador, depois mudem de posição. Socialize as entrevistas realizadas.

Brasil vai ser mostrado à Europa sem estereótipos, diz Ana de Hollanda sobre o Europalia. Bruxelas (Bélgica) – Por mais de 100 dias, a cultura brasileira estará na Bélgica, em Luxemburgo, na França, na Alemanha e na Holanda – serão 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias. É o 23º Europalia, o maior festival de cultura da Europa, que este ano homenageia o Brasil. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que a expectativa é que mais de 2 milhões de pessoas participem dos eventos. O 23º Europalia será aberto amanhã (4) pela presidenta Dilma Rousseff em Bruxelas, na Bélgica. A ministra disse que a presidenta está “contente e fascinada” com a realização do festival. Segundo Ana de Hollanda, é a oportunidade de mostrar o Brasil “fora dos estereótipos” e na sua “diversidade étnica e cultural”. A seguir, os principais trechos da entrevista de Ana de Hollanda à EBC. EBC: Como estão as expectativas em torno do 23º Europalia? Ana de Hollanda: Com certeza, a expectativa é muito grande. É que agora eles [os europeus] decidiram escolher entre os homenageados os Brics [grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul]. O Brasil é um país que está superando a crise [econômica internacional] e as dificuldades. O europeu está olhando para o Brasil e quer conhecer esse país que tem toda uma diversidade étnica e cultural. EBC: A senhora, então, percebe mudanças na forma como o europeu olha para o Brasil? Ana de Hollanda: Sim, claro. O europeu está olhando para nós e pensando: ‘que país é esse?’ E os europeus estão pensando assim: ‘vamos conhecer esse país’. A expectativa é que mais de 2 milhões de pessoas ou até mais participem da programação porque pega não só a Bélgica, mas vários países da Europa. EBC: A presidenta Dilma está emocionada de abrir o maior festival da Europa? Ana de Hollanda: A presidenta está muito contente e fascinada com o que vai ser apresentado aqui. Temos [uma programação com] pensadores e todas as linguagens. Os europeus estão agora com interesse de conhecer o brasileiro, quem é esse brasileiro e conhecer o nosso povo. EBC: A programação é bastante ampla para este festival, não é? Ana de Hollanda: A gente quis mostrar a imagem não estereotipada do Brasil. É gente que faz um trabalho excelente e que a Europa não conhece. São 1.500 obras que vêm desde o Aleijadinho, passando pela primeira missa no país. É um retrato do Brasil que nunca foi mostrado aqui, até os dias de hoje, com os contemporâneos.

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EBC: Como foi a escolha para 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias? Ana de Hollanda: Há muita gente boa, que nem sempre são os artistas mais famosos, a gente se preocupou em não ficar naquela mesmice. Quando a gente buscou artistas, quis trazer quem faz um trabalho excelente e que nem sempre a Europa conhece. [Porque há uma tendência em ver o Brasil com uma visão] estereotipada. E o Brasil é um país indecifrável. EBC: O Brasil teve de investir R$ 30 milhões, foi difícil? Ana de Hollanda: Conseguimos com muito apoio e deu certo. Não foi fácil. Mas houve apoio do Ministério das Relações Exteriores, da Lei Rouanet [que institui políticas públicas para a cultura] e da iniciativa privada, além da reorganização do orçamento [do próprio ministério]. Disponível em: www.obrasileirinho.com.br/artigos-entrevistas/brasil-vai-ser-mostrado-a-europa-sem-estereotipos-diz-ana-de-hollanda-sobre-o-europalia. Acesso em: 07 abr. 2017.

1. TI • D1 De acordo com o texto, os países do grupo BRICS são a) Brasil, Rússia, Índia, EUA e Canadá.

c) África do Sul, Chile, Rússia, Índia e França.

b) Brasil, Portugal, Argentina, México e Rússia.

d) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

2. TI • D3 Em “E o Brasil é um país indecifrável”, a palavra sublinhada pode ser substituída, sem perder seu significado, por a) explicável.

b) acessível.

c) perceptível.

d) inexplicável.

3. TI • D6 Informe o tema central da entrevista. O tema central é a abertura da 23ª edição do Europalia.

4. TI • D14 O trecho que expressa uma opinião é a) “E o Brasil é um país indecifrável.” b) “Por mais de 100 dias, a cultura brasileira estará na Bélgica [...].” c) “A ministra disse que a presidenta está “contente e fascinada [...].” d) “O 23o Europalia será aberto amanhã [...].”

5. TIV • D11 Segundo Ana Hollanda, a expectativa é que mais de 2 milhões de pessoas participem dos eventos do 23o Europalia. Por quê? Porque este evento inclui não só a Bélgica, mas vários países da Europa.

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TEXTO 26

Professor(a), a sinopse desse filme apresenta algumas situações inusitadas tais como: um bebê falante de terno, um menino de 7 anos que sai em busca de uma forma de reaver o amor exclusivo dos pais e a união dos dois para salvar o mundo. Assim, pergunte à turma quais os elementos inusitados que aparecem nessa sinopse (o objetivo é que eles consigam identificar os elementos citados acima) e questione-os também sobre o que de real tem nessa sinopse (resposta esperada é que eles identifiquem o ciúme do irmão mais velho em relação à chegada do bebê).

Sinopse do filme O poderoso chefinho Desde o dia em que chegou seu irmão em um táxi, um bebê falante vestindo um terno, o jovem Tim, aos 7 anos, sabia que esse bebê seria um problema. Mas quando embarca numa missão para ganhar de volta o afeto exclusivo de seus pais, Tim descobre por acaso uma conspiração secreta que ameaça destruir o equilíbrio do amor do mundo e o bebê disfarçado como seu novo irmão está no centro de tudo. Agora, eles precisam se unir como verdadeiros irmãos para acabar com o plano maligno, salvar seus pais, restaurar a ordem no mundo impedindo uma catástrofe e provar que o mais intenso dos sentimentos, o amor, é realmente uma força infinita. Disponível em: filmescompipoca.blogspot.com.br Acesso em: 01 set. 2017.

1. TI • D1 Qual o título do filme? O Poderoso Chefinho

2. TIV • D15 Observe o trecho a seguir: “Desde o dia em que chegou seu irmão em um táxi, um bebê falante vestindo um terno, o jovem Tim, aos 7 anos, sabia que esse bebê seria um problema. Mas quando embarca numa missão para ganhar de volta o afeto exclusivo de seus pais [...].” A conjunção destacada no trecho acima tem o sentido de a) conclusão.

b) adição.

c) oposição.

d) explicação.

3. TIV • D11 Qual a causa do Tim se unir ao bebê disfarçado? Tim se une ao seu irmão para acabar com o plano malígno, salvar seus pais e restaurar a ordem do mundo.

4. TI • D3 O termo catástrofe, no texto, pode ser substituído por a) situação.

b) fato.

c) tragédia.

d) projeto.

5. TII D12 Qual a finalidade de uma sinopse? Trazer um breve relato sobre um filme, um livro etc.

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TEXTO 27

Professor(a), após a leitura, socialize com a turma e pergunte o que eles acharam do conto, qual atitude os alunos teriam se fossem um dos camponeses; e se eles concordam com a moral da história. Trabalhe também a interjeição “Lobo!”, questione o que se entende por essa expressão. O objetivo é sondar se os alunos conseguem identificar que apenas essa expressão significa “perigo, lobo à vista”.

O pastor mentiroso Era uma vez um pastorzinho que costumava levar o seu rebanho para a serra a pastar. Como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então ele pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se na direção da aldeia e gritou: – Lobo! Lobo! Os camponeses correram em seu auxílio. Não o gostaram da graça, mas alguns deles acabaram por ficar junto unto do pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão contente e que repetiu várias vezes a façanha. Alguns dias depois, um lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O rapaz pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer: – Lobo! Lobo! Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes, pensaram que era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O lobo pôde encher a barriga à vontade porque ninguém o impediu. Quando regressou à aldeia, o rapaz se queixou u amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia ldeia respondeu-lhe: – Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso. Disponível em: www.fabulasecontos.com/o-pastor-mentiroso Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TIV • D11 Por qual motivo o lobo conseguiu atacar o rebanho? Porque os camponeses não foram ajudar o pastor, visto que eles já tinham sido enganados várias vezes com uma brincadeira.

2. TIV • D14 Qual lição podemos extrair desta história? Apresente a frase que define essa lição. A frase “Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso”, traz a lição de que a mentira tem grandes consequências e uma delas é não ter credibilidade no que se fala.

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3. TIV • D15 Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia respondeu-lhe. O termo sublinhado tem o sentido de a) negação.

b) intensidade.

c) oposição.

d) dúvida.

4. TI • D1 A quem pertence a fala: “Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso”? A fala pertence ao homem mais velho e sábio da aldeia.

5. TIV • D15 Em “Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente”, o advérbio sublinhado é classificado como advérbio de a) modo.

TEXTO 28

b) intensidade.

c) afirmação.

d) tempo.

Professor(a), a linguagem não verbal é de extrema importância para a interpretação dessa tirinha. Por isso, peça que os alunos observem a mudança que ocorre nos três primeiros quadrinhos em que mostram a proliferação dos fungos e das bactérias nas louças deixadas há bastante tempo sujas na pia. No último quadrinho, percebe-se que a colônia invadiu a pia e o armário que fica abaixo dela. Pergunte aos alunos o que eles acham que pode ter acontecido para o homem não ter lavado a louça.

Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, 15 fev. 2017.

1. TII • D5 Após ler e interpretar a tirinha, percebe-se que a mulher estava viajando há poucos dias? Justifique. Não, pois existe um grande acúmulo de fungos e bactérias na louça suja na pia da cozinha.

2. TI • D3 No trecho “Restos de comida. Servem de alimento para colônias exuberantes de fungos e bactérias”, a palavra sublinhada pode ser substituída por a) coloridas.

b) divertidas.

c) pequenas.

d) numerosas.

3. TIV • D15 Na frase “Lavou a louça enquanto eu estava viajando?”, a palavra em negrito é um advérbio de a) causa.

c) negação.

b) tempo.

d) grau.

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TEXTO 29

Professor(a), o gênero tratado se refere a uma reportagem. Como se sabe, este gênero possui uma função social muito importante, pois informa, posiciona-se e, ainda, suscita o pensamento crítico do leitor. Nesse texto, o posicionamento é expresso na última frase do segundo parágrafo: “Isso é algo significativo, pois o mundo precisa cada vez mais de energia sustentável barata”; solicite que os alunos identifiquem esse posicionamento. Aproveite e explique que o gênero reportagem pode ter características expositivas, informativas, descritivas ou opinativas. Você pode explicar cada uma dessas tipologias textuais e, posteriormente, solicitar que eles identifiquem em que tipo textual esse texto se encontra; lembre-os que um gênero pode possuir mais de uma tipologia, sendo que uma é mais predominante. Obs.: este texto possui caráter expositivo e opinativo, pois o autor dá sua opinião, como visto acima.

NOTÍCIAS SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Cientista de 13 anos traz boas notícias sobre energias renováveis Entre as muitas notícias sobre energias renováveis esta é realmente uma boa nova, porque o centro das atenções é uma jovem cientista de apenas 13 anos, preocupada com a carência de energia sustentável no mundo. Ela inventou algo muito importante no campo da geração de novas energias alternativas e foi premiada. A americana Maanasa Mendu ganhou um prêmio de US$ 25 mil dólares (R$ 80 mil) em um concurso de jovens talentos. Ela inventou um equipamento que permite gerar energia renovável de forma acessível – ao custo aproximado de R$ 16. Isso é algo significativo, pois o mundo precisa cada vez mais de energia sustentável barata. “O dispositivo captura a energia que está constantemente disponível ao nosso redor para criar energia limpa”, explicou Mendu ao programa Newsday. O dispositivo se chama “Harvest” (“colheita”, em inglês) e utiliza uma espécie de “folha solar”, capaz de obter energia de precipitações, do vento e do sol, graças a pequenas células solares, conforme notícia da BBC. Os planos iniciais de Maanasa eram de produzir unicamente energia eólica, mas por sugestão de sua mentora, a engenheira Margaux Mitera, ela resolveu aproveitar também outros tipos de energia natural. A energia renovável é gerada graças ao uso de um material piezoelétrico, que gera eletricidade a partir de uma força mecânica, acoplado ao aparelho. Agora que se tornou vencedora do concurso, pretende desenvolver um protótipo mais complexo e comercializar seu invento e assim ampliar a oferta de energia sustentável. Solucionar carência de energia no mundo com energia sustentável Segundo contou para a BBC, Mendu teve a ideia de inventar o aparelho, quando fez sua última viagem à índia. “Todos os anos, a minha família, que é indiana, tem que conviver com apagões recorrentes”, conta. “Para mim, isso significa não ter acesso temporariamente ao ar-condicionado ou à eletricidade. Mas, para mais de um quinto da população mundial, os apagões são uma realidade permanente”, conta ela. A menina afirma querer desenvolver um sistema de iluminação que possa solucionar esse problema. “O que realmente me motivou foi criar um dispositivo que poderia impactar o mundo,” afirma ela.

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Esse é justamente o espírito da competição, de acordo com Bill Goodwyn, diretor executivo da Discovery Education, a organização que promoveu o concurso. “A cada ano, esse concurso nos relembra a ingenuidade inspiradora que obtemos ao colocar a nossa geração mais jovem para aplicar a ciência, o pensamento crítico e a criatividade com o objetivo de sugerir soluções para problemas do mundo real”, afirmou Goodwyn. Mendu competiu com outros nove finalistas, que mostraram como jovens talentos podem mudar o mundo. Entre os projetos participantes, eles apresentaram bactérias geradoras de energia, um sensor para ajudar pessoas com dificuldades físicas, um simulador de reanimação cardiopulmonar e um dispositivo para controlar a poluição. Entre os muitos tipos de energia sustentável geradas por diferentes meios, o invento de Mendu tem tudo para dar certo. Disponível em: www.obrasileirinho.com.br/noticias-energias-renovaveis-energia-sustentavel Acesso em: 04 abr. 2017.

1. TI • D1 A americana Maanasa Mendu ganhou um prêmio de US$ 25 mil dólares porque a) inventou um equipamento que gera energia renovável. b) criou um equipamento para ajudar pessoas com deficiência. c) inventou um dispositivo para controlar a poluição. d) criou um simulador de reanimação cardiopulmonar.

2. TIV • D11 Por que a americana decidiu inventar esse equipamento? Porque sua família, que é indiana, tinha que conviver com apagões constantemente, privando todos de utilizarem qualquer equipamento elétrico.

3. TIV • D2 No trecho “Segundo ela contou para a BBC, teve a ideia de inventar o aparelho, quando fez sua última viagem à Índia.”, o termo destacado se refere a a) Bill Goodwyn.

c) Margaux Mitera.

b) Maanasa Mendu.

d) BBC.

4. TI • D1 O dispositivo desenvolvido por Mendu tem um custo de a) U$ 25 mil

b) R$ 80 mil

c) R$ 16

d) R$ 13

5. TI • D1 Qual combustível é amplamente disponível nos Estados Unidos? O etanol.

6. TI • D1 Como é gerada a energia renovável através do dispositivo Harvest? O dispositivo captura a energia que está constantemente disponível ao nosso redor para criar energia limpa.

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TEXTO 30

Professor(a), lembre aos alunos que o texto instrutivo indica como realizar uma tarefa, por isso seus verbos estão sempre no imperativo. Mostre que esses verbos, nesse texto, não têm a intenção de dar ordens, mas de instruir as ações que devem ser feitas para produzir uma pipa. Podemos perceber também que a primeira parte do texto descreve os materiais necessários para a produção. Portanto, esse gênero é composto por dois tipos textuais: o descritivo e o injuntivo.

COMO FAZER UMA PIPA – PASSO A PASSO COMPLETO Material: • • • • • •

Papel de seda colorido; Duas varetas de bambu; Fita adesiva colorida; Tesoura sem ponta; Linha nº 10; Papel crepom ou seda (para a rabiola).

Como fazer: • • • • •

Recorte o papel de seda em forma quadrada, com cerca de 30cm; Cole uma das varetas na diagonal; Com a outra vareta, faça um arco e cole-o cruzando por cima da outra que já está colada; Faça dois furinhos onde as duas varetas se cruzam (um furo de cada lado); Passe a linha pelos buracos e dê um nó;

• Amarre a linha para puxar a pipa a partir desse nó; • Faça uma rabiola bem colorida, com o papel crepom (corte tiras de papel crepom colorido) ou papel seda (corte pedaços do papel e cole num fio de linha); Amarre na pipa (na parte de baixo da vareta reta).

Agora é só colocar sua pipa pra voar! Ao soltar pipas, não descuide da segurança! Disponível em: atelierasmeninas.com.br/como-fazer-uma-pipa Acesso em: 07 abr. 2017.

1. TI • D1 Após ler atentamente o texto, aponte quais os itens necessários para a confecção itens são: papel de seda colorido, duas varetas de bambu, fita adesiva colorida, tesoura sem ponta, linha de uma pipa. Marque no texto. Os nº10 e papel crepom ou seda (para a rabiola). 2. TV • D19 Encontre no texto quatro verbos que se encontram no imperativo e escreva-os abaixo. Recorte, cole, passe, amarre, faça e corte.

3. TI • D4 Na recomendação “Ao soltar pipas, não descuide da segurança!”, podemos inferir que o autor do texto acredita que soltar pipa a) é muito seguro.

c) pode ser perigoso.

b) pode ser feito de várias formas.

d) pode ser chato.

4. TII • D12 A finalidade desse texto é a) informar.

b) instruir.

c) divertir.

d) narrar.

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TEXTO 31

Professor(a), para dinamizar a aula, você pode trazer a música ou o clipe dessa canção para que os alunos acompanhem a letra com a melodia. Após a audição, leia o texto para melhor entendimento. A canção fala sobre como a vida é curta e, por isso, temos que aproveitar cada momento, cada pessoa que nos cerca, temos que valorizar as coisas simples e não os bens materiais. Pergunte aos alunos se eles concordam com a mensagem transmitida pela canção e se eles acham que a vida é realmente rápida como um trem bala.

Trem-bala Ana Vilela

Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós É saber se sentir infinito Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar Então fazer valer a pena Cada verso daquele poema sobre acreditar Não é sobre chegar No topo do mundo e saber que venceu É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu É sobre ser abrigo E também ter morada em outros corações E assim ter amigos contigo em todas as situações A gente não pode ter tudo Qual seria a graça do mundo se fosse assim? Por isso eu prefiro sorrisos E os presentes que a vida trouxe pra perto de mim Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar Também não é sobre Correr contra o tempo pra ter sempre mais Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás Segura teu filho no colo Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui Que a vida é trem-bala parceiro E a gente é só passageiro prestes a partir Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá Segura teu filho no colo Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui Que a vida é trem-bala parceiro E a gente é só passageiro prestes a partir Disponível em: www.letras.mus.br/ana-vilela/trem-bala Acesso em: 07 set. 2017.

1. TI • D3 No fragmento “É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti”, a palavra sublinhada pode ser substituída sem perder o sentido por a) chora

c) cuida

b) canta

d) sente

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2. TI • D4 Em “Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar. E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar”, o que se pode interpretar nesse trecho? Justifique. A interpretação coerente deste verso é que existem coisas mais importantes na vida do que o dinheiro (sorrisos e momentos a se compartilhar).

3. TI • D6 Qual a ideia central do texto? Valorizar as coisas simples e belas da vida. Saber apreciar os momentos e as pessoas no decorrer da vida.

4. TV • D18 O que você entende da expressão “Que a vida é trem-bala parceiro”? A vida passa rápido, deve-se valorizar cada momento.

TEXTO 32

Professor(a), é sabido que o cão foi eleito, entre os animais, o melhor amigo do homem por ser dócil, atencioso e brincalhão. Essa tirinha mostra uma das qualidades dos cães: a obediência. Pergunte aos alunos se eles têm animais domésticos, quais são e como é a relação deles com os bichos. Sobre a tirinha, pergunte se eles acharam correta a atitude do dono ao pedir que o cachorro fosse buscar seu chinelo, e o porquê de o cão ter ido mesmo sabendo da distância que teria que percorrer.

Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, 23 jul. 2016.

1. TV • D16 É identificável o humor na seguinte frase: a) “Rex! Vai buscar meu chinelo!” b) “Sério mesmo?” c) “Ele esqueceu o chinelo na casa de campo! Em Goiás!” d) Sério?

2. TII • D5 A tirinha apresenta o Rex como um cão obediente? Por quê? Resposta: Sim, uma vez que ele foi buscar o chinelo do seu dono na casa de campo que fica em Goiás.

3. TIV • D18 Qual a intenção do autor ao destacar a fala do cachorro Rex no 1o quadrinho? Mostrar o espanto do cachorro com o pedido do seu dono.

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TEXTO 33

Professor(a), este texto trata-se de uma narrativa poética em que é abordado o imaginário infantil a partir de uma perspectiva moderna, ultrapassando as barreiras da realidade. Isso é possível uma vez que a criança tem uma imaginação fértil, mais fluida do que a de uma pessoa adulta. Assim, solicite aos alunos que identifiquem as marcas, no texto, que transpõem o real, que são criações do imaginário. É possível roubar vento? E carregar água em uma peneira? Uma pedra pode dar flor? Antes desses questionamentos, aguarde as respostas dos alunos sobre a identificação das marcas imaginativas no texto; posteriormente às respostas, proceda aos questionamentos.

O menino que carregava água na peneira Manoel de Barros

Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso. O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito porque gostava de carregar água na peneira Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto to final na frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos. Disponível em: lacaneando.com.br/o-menino-que-carregava-agua-na-peneira. Acesso em: 06 set. 2017.

1. TV • D18 Na frase “Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito”, a palavra sublinhada pode ser substituída, preservando-se o sentido original, por a) desconfiado.

b) confiante.

c) decidido.

d) determinado.

2. TI • D4 De acordo com o texto, a mãe possuía orgulho do seu filho? Justifique. Sim, visto que ela acreditava no potencial do seu filho. Na última estrofe do texto a mãe tece comentários que mostram o orgulho que ela sente pelo seu filho.

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3. TV • D19 “Gostei mais de um menino que carregava água na peneira”, o termo sublinhado significa o quê? Pessoal. Espera-se que se diga que é algo muito difícil de realizar.

4. O que você entendeu sobre o poema? Resposta Pessoal.

5. “A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.” Por que a mãe achava isso? Resposta Pessoal.

PRODUÇÃO TEXTUAL “Você vai encher os vazios com as suas peraltagens” O menino do poema realizava peraltagens em sua vida. E você? Produza um pequeno texto sobre as peraltagens que você tem lembrança da sua vida.

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Professor(a), o gênero em questão trata-se de uma notícia, o qual, diferentemente da reportagem, é mais curto e direcionado, ou seja, é um gênero jornalístico que informa sobre situações cotidianas. As notícias são publicadas em jornais, revistas e internet, além de serem divulgadas nos noticiários de rádio e televisão, entre outros. As notícias possuem caráter informativo, podendo ser, ao mesmo tempo, textos descritivos e narrativos, apresentando tempo, espaços e as personagens envolvidas. Assim, solicite aos alunos que identifiquem o tipo predominante desse texto (que é informativo), bem como a identificação das informações básicas contidas nessa notícia, relacionadas às seguintes questões: Quem? Onde? O quê? Como? Quando? Quem? O Whatsapp O quê? A videoconferência Como? Através do app Quando? Há sete meses

TEXTO 34

WHATSAPP É USADO PARA FAZER 55 MILHÕES DE LIGAÇÕES DE VÍDEO POR DIA As videoconferências chegaram ao app há pouco mais de sete meses. O WhatsApp informou nesta segunda-feira (8) que já é usado para realizar 55 milhões de ligações de vídeo por dia. As videoconferências começaram a ser permitidas no aplicativo do Facebook em outubro do ano passado, quando a função foi liberada para Android, sistema operacional para aparelhos móveis do Google. Hoje, já roda também no iOS, da Apple. Com a nova ferramenta, o serviço instantâneo de bate-papo passou a competir com o “Messenger”, do Facebook, Skype, da Microsoft, e o Duo, do Google. Diferentemente dessas ferramentas, no entanto, o WhatsApp permite conversas por vídeo apenas entre dois usuários e não em grupos. As 55 milhões de chamadas de vídeo realizadas diariamente são feitas pelos 1,2 bilhão de usuários que o app possui em todo o mundo. De acordo com o serviço, essas pessoas passam 340 milhões de minutos conversando por videoconferência. Disponível em: g1.globo.com/tecnologia/noticia/whatsapp-e-usado-para-fazer-55-milhoes-de-ligacoes-de-video-por-dia.ghtml Acesso em: 18 mai. 2017.

1. TI • D1 De acordo com o texto, o Whatsapp permite a) conversa por vídeo só entre grupos. b) conversa entre 3 usuários. c) conversa por telefone entre grupos. d) conversa por vídeo apenas entre dois usuários.

2. TII • D12 O texto tem a finalidade de a) narrar.

c) descrever.

b) informar.

d) questionar.

3. TV • D19 “As videoconferências chegaram ao app há pouco mais de sete meses.” Esta oração se encontra em qual tempo verbal? a) Presente.

c) Futuro.

b) Passado.

d) Pretérito mais-que-perfeito.

4. TI • D3 No texto lemos a seguinte frase: “Com a nova ferramenta, o serviço instantâneo de bate-papo passou a competir com o “Messenger”, do Facebook, Skype, da Microsoft, e o Duo, do Google.” A palavra em negrito pode ser substituída, sem perder o sentido, pela palavra a) inteligente.

b) eficiente.

c) tranquilo.

d) imediato.

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Professor(a), as fábulas são pequenos textos narrativos alegóricos que podem ser escritos em prosa ou em versos, nos quais os personagens são, em geral, animais que apresentam características humanas como fala, costumes etc., apresentando um ensinamento, uma lição moral. As fábulas surgiram com o objetivo de criticar usos e costumes e até pessoas. Para não sofrerem perseguição, os autores usavam os animais como personagem. Assim, professor(a), você pode trabalhar essa fábula questionando os alunos sobre a atitude da raposa que enganou o corvo para comer o queijo. Isso foi correto? Seria possível os dois animais comerem o queijo? Como fariam para acontecer isso? Espera-se que os alunos percebam que através do diálogo, expondo sua necessidade, os dois animais poderiam entrar num acordo para repartir o queijo em dois pedaços menores.

TEXTO 35

O corvo e a raposa

Christiane Angelotti, adaptado da fábula de Esopo Um corvo pousou em uma árvore, com um bom pedaço de queijo no bico. Atraída pelo cheiro do queijo, aproximou-se da árvore uma raposa. Com muita vontade de comer aquele queijo, e sem condições de subir na árvore, afinal, não tinha asas, a raposa resolveu usar sua inteligência em benefício próprio. — Bom dia amigo corvo! - disse bem matreira a raposa. O corvo olhou-a e fez uma saudação balançando a cabeça. — Ouvi falar que o rouxinol tem o canto mais belo de toda a floresta. Mas eu aposto que você, meu amigo, acaso cantasse, o faria melhor que qualquer outro animal. Sentindo-se desafiado e querendo provar seu valor, o corvo abriu o bico para cantar. Foi quando o queijo caiu-lhe da boca e foi direto ao chão. A raposa apanhou o queijo e agradeceu ao corvo: — Da próxima vez, amigo, desconfie das bajulações! Disponível em: www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=32 Acesso em: 31 mar. 2017.

1. TI • D3 No trecho “Um corvo pousou em uma árvore”, a palavra sublinhada pode ser substituída por a) voou.

b) aterrissou.

c) caiu.

d) escorregou.

2. TI • D4 De acordo com o texto, a raposa pode ser considerada esperta. Por quê? Porque ela conseguiu enganar o corvo e levou o queijo consigo.

3. TIV • D15 No fragmento “— Ouvi falar que o rouxinol tem o canto mais belo de toda a floresta. Mas eu aposto que você, meu amigo, acaso cantasse, o faria melhor que qualquer outro animal”, a palavra sublinhada apresenta uma ideia de a) soma.

c) alternância.

b) oposição.

d) negação.

4. TI • D1 O objetivo da raposa era a) passear com o corvo.

c) comer o queijo.

b) ouvir o corvo cantar.

d) tomar a sopa. 55

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Professor(a), a partir dos conhecimentos sobre o gênero notícia, defina um tema (seria interessante algo da escola ou do bairro). Forme duplas de alunos e solicite que eles produzam um texto notícia. Não é necessário que seja algo muito elaborado, pois o objetivo é averiguar se eles conseguiram aprender a função desse gênero.

TEXTO 36

CASOS DE EBOLA NO CONGO REPRESENTAM ALTO RISCO NACIONAL, MAS BAIXO RISCO GLOBAL, DIZ OMS O surto, que foi confirmado na semana passada, atingiu até 20 pessoas. Como ocorre em área remota do país, o risco global é baixo. O surto de ebola na República Democrática do Congo que atingiu até 20 pessoas ocorre em uma área extremamente remota e representa um alto risco em nível nacional, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (18). Em uma atualização sobre o surto, confirmado na semana passada, a agência da ONU para a saúde afirmou que há dois casos confirmados e 18 casos suspeitos de infecção por ebola. Três pessoas morreram entre casos suspeitos e confirmados. Peter Salama, diretor-executivo da OMS para emergências em saúde, disse que a avaliação de risco sobre o surto é de que o risco é alto em nível nacional, médio em nível regional e baixo em nível global. O difícil acesso ao nordeste do país, região afetada pelo vírus, é um grande desafio logístico no envio da ajuda médica, mas representa também uma barreira natural que limita o avanço da doença, altamente contagiosa. A República Democrática do Congo é um dos países menos desenvolvidos do mundo e com uma enorme falta de infraestrutura. Disponível em: g1.globo.com/bemestar/noticia/casos-de-ebola-no-congorepresentam-alto-risco-nacional-mas-baixo-risco-global-diz-oms.ghtml. Acesso em: 20 mai. 2017.

1. TIV • D11 Qual motivo é apontado no texto para o risco global de ebola ser considerado baixo? O motivo é que o surto ocorre em área remota do país.

2. TI • D1 Que dados o texto menciona com relação ao desenvolvimento da República Democrática do Congo? A República Democrática do Congo é um dos países menos desenvolvidos do mundo e com uma enorme falta de infraestrutura.

3. TI • D3 Em “O surto de ebola na República Democrática do Congo que atingiu até 20 pessoas ocorre em uma área extremamente remota e representa um alto risco em nível nacional”, a palavra sublinhada tem o mesmo sentido que a) longe.

c) povoada.

b) tranquila.

d) agitada.

4. TVI • D13 Ao analisar o texto lido, podemos avaliá-lo como um texto conotativo ou denotativo? Explique. O texto é considerado denotativo, visto que as palavras foram utilizadas em sentido real para informar um fato real.

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TEXTO 37

Professor(a), este conto é excelente para se trabalhar os elementos da narrativa, como tempo cronológico – passar o dia; espaço – cidade e casa no meio da mata; personagem – o homem, a mulher e a mãe da mulher; narrador – observador. Enredo: conflito – o homem comprar um espelho, pensando ser o retrato do pai e guardá-lo na gaveta; clímax – a mulher achar o espelho e por não saber o que era, pensou ser um retrato de outra mulher, uma amante do marido. Desfecho: a mãe, que foi socorrer a filha, também pensou que o espelho era um retrato, mas como viu seu próprio reflexo, disse para a filha não se preocupar, pois se tratava de uma mulher muito velha, perto da morte.

O caso do espelho Conto popular recontado por Ricardo Azevedo

Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata. Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos: — Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui? — Isso é um espelho - explicou o dono da loja. — Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai. Os olhos do homem ficaram molhados. — O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante. O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira. — É não! – respondeu o outro. – Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito? O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho. Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira. A mulher ficou só olhando. No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou gu uard o espelho na gaveta e saiu chorando. — Ah, A meu Deus! – gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! mulhe Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! mai Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu! d Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, t to não n tinha feito nem a comida. — Que foi isso, mulher? — Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá l no retrato? — Que retrato? – perguntou o marido, surpreso. — Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira! p O homem não estava entendendo nada. — Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito: co — Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada safad e horrorosa? A discussão fervia feito água na chaleira.

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— Velho lazarento coisa nenhuma! – gritou o homem, ofendido. A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa. — Que é isso, menina? — Aquele cafajeste arranjou outra! — Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada. — Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher! A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada. — Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje! E completou, feliz, abraçando a filha: — Fica tranquila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova! Disponível em: acervo.novaescola.org.br/fundamental-1/caso-espelho-634284.shtml Acesso em: 01 abr. 2017.

1. TI • D1 De acordo com o texto, por que o homem levou o espelho para casa? Porque o homem não conhecia o espelho e, por isso, pensou ser o retrato do seu pai, pois era muito parecido com ele.

2. TV • D10 Qual foi o motivo da discussão entre o homem e a sua esposa? O motivo da discussão foi eles não conhecerem o objeto espelho, o que ocasionou cada um ver imagens diferentes no objeto.

3. TV • D16 É possível identificar traços do humor neste conto? Justifique. Resposta pessoal. A inocência das personagens em não saber o que era um espelho e que a imagem refletida era o próprio, o que ocasionou uma confusão.

4. TV • D18 No trecho “Soltou uma sonora gargalhada”, o termo sublinhado pode ser substituído sem a perda de sentido por a) tímida.

c) duvidosa.

b) forte.

d) feliz.

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TEXTO 38

Professor(a), esta notícia é sobre a volta de O Exterminador do futuro. Pergunte se os alunos já assistiram aos filmes dos anos 80 e 90 e o último lançado em 2015. Incentive-os a contar a história do filme, caso já tenham assistido. Ver características desse gênero na página 12

O EXTERMINADOR DO FUTURO James Cameron retorna à franquia Tim Miller, de Deadpool, pode dirigir De acordo com o Deadline, James Cameron está de volta com O Exterminador do Futuro após 26 anos. Cameron terá de volta os direitos da franquia a partir de 2019 e planeja um reboot e conclusão para a saga com Tim Miller (Deadpool), que pode ser o diretor do filme. David Ellison, produtor envolvido com O Exterminador do Futuro: Gênesis, estaria buscando nomes do primeiro escalão entre autores de ficção científica para colaborar na parte criativa do projeto. Cameron criou O Exterminador do Futuro nos anos 1980, vendendo o roteiro para a produtora Gale Anne Hurd com a condição de que ele não poderia ser demitido do posto de diretor. O sucesso do longa alavancou sua carreira - e a de Arnold Schwarzenegger - e rendeu uma sequência, O Exterminador do Futuro 2, em 1991. Após o segundo filme, Cameron travou uma briga com os produtores Mario Kassar e Andy Vajna para obter os direitos dos longas após a falência do estúdio Carolco, mas perdeu e, desde então, deixou a franquia de lado. Por enquanto, Cameron não comentou nada oficialmente sobre o projeto - atualmente, ele trabalha nas continuações de Avatar. O último filme da franquia, O Exterminador do Futuro: Gênesis, estreou em 2015 e fez bilheteria de US$ 440 milhões para um orçamento de US$ 155 milhões. Disponível em: omelete.uol.com.br/filmes/noticia/o-exterminador-do-futuro-james-cameron-retorna-a-franquia-tim-miller-dedeadpool-pode-dirigir. Acesso em: 22 mai. 2017.

1. TI • D1 Qual o valor da bilheteria do último filme da franquia? E qual foi o ano da sua estreia? O último filme estreou em 2015 e fez bilheteria de US$ 440 milhões para um orçamento de US$ 155 milhões.

2. TV • D19 Observe o verbo em “Cameron terá de volta os direitos da franquia a partir de 2019”. Podemos afirmar que este fato já ocorreu? Apresente uma justificativa. Não, pois o verbo se encontra no futuro. A ação irá acontecer em 2019.

3. TIV • D11 Qual a condição estabelecida por James Cameron para a venda do roteiro à produtora Gale Anne Hurd? O criador James Cameron não poderia ser demitido do posto de diretor dos filmes.

4. TIV • D15 No trecho “O sucesso do longa alavancou sua carreira...” a palavra sublinhada tem o mesmo sentido de a) estragou.

b) impulsionou.

c) derrubou.

d) parou.

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TEXTO 39

Professor(a), esta fábula fala sobre a cobiça, a qual é tida como um dos sete pecados capitais. Aproveite o assunto e trabalhe com os alunos as “duas faces” da cobiça, pois ela pode ser tanto positiva quanto negativa. É positiva quando, por exemplo, alguém cobiça exercer a profissão de advogado e sabe que é preciso estudar bastante para realizá-la. É negativa se alguém cobiça o cargo de outra pessoa e suas atitudes podem prejudicar tanto o outro quanto a si mesma.

O cão e a carne Christiane Angelotti, adaptação da fábula de Esopo

Era uma vez um cão, que ia atravessando um rio; levava na boca um suculento pedaço de carne. Porém, viu na água do rio a sombra da carne, que era muito maior. Prontamente ele largou seu pedaço de carne e mergulhou no rio para pegar o maior. Nadou, nadou e não achou nada, e ainda perdeu o pedaço que levava. Moral da história: Nunca deixes o certo pelo duvidoso. De todas as fraquezas humanas a cobiça é a mais comum, e é, todavia, a mais castigada.

Disponível em: www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=31 Acesso em: 30 mar. 2017.

1. TIV • D11 É possível afirmar que o cão perdeu a carne porque ele a) viu a sombra da carne.

c) deu a carne ao lobo.

b) machucou-se e deixou a carne cair.

d) esqueceu a carne no rio.

2. TI • D1 Qual a moral apontada na história “O cão e a carne”? Nunca deixe o certo pelo duvidoso. De todas as fraquezas humanas a cobiça é a mais comum, e é, todavia, a mais castigada.

3. TI • D4 O cão ficou satisfeito no final da história? Justifique sua resposta. Não, porque no final da história o cão ficou sem nenhuma carne por causa da sua cobiça.

4. TIV • D15 Na moral da história, a palavra cobiça pode ser substituída por a) ambição.

c) inveja.

b) preguiça.

d) raiva.

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TEXTO 40

Professor(a), esta reportagem trata de questões extremamente delicadas: a influência negativa das redes sociais (principalmente o Instagram) e o cyber-bullying. Esse texto pode gerar uma ampla discussão entre os alunos, visto se tratar de um tema do cotidiano deles. Pergunte quanto tempo em média eles ficam nas redes sociais, se já sofreram ou foram agentes de cyberbullying. Explique que as redes sociais nem sempre correspondem à realidade e que, por isso, eles não devem basear suas vidas a partir de publicações. Traga à memória como era a infância de antigamente e que, sem as tecnologias que existem hoje, as crianças inventavam suas próprias brincadeiras etc.

INSTAGRAM É A REDE SOCIAL MAIS NOCIVA À SAÚDE MENTAL Sabe aquele baixo astral que dá quando você fica muito tempo nas redes sociais? Não é só com você. Além do tempo perdido, as horas conectado também afetam nossa saúde mental. A coisa funciona como uma droga, afinal: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar. A metáfora não é em vão. Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro – é o que diz a pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem. E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens. Os resultados mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis a seus efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos. Os jovens avaliados estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, sem sono, e a razão disso tudo pode estar na palma das mãos deles: nas redes sociais, justamente. Ao longo da pesquisa, 1.479 indivíduos entre 14 e 24 anos tiveram que ranquear o quanto as principais redes (Youtube, Instagram, Twitter e Snapchat) influenciavam seu sentimento de comunidade, bem-estar, ansiedade e solidão. O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e aumenta o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências (FOMO, fear of missing out). Segundo a pesquisa, o site menos nocivo é o YouTube, seguido do Twitter. Facebook e Snapchat ficaram em terceira e quarta posição, respectivamente. Apesar do Youtube ser um dos sites que mais deixam os jovens acordados até altas horas, o site foi avaliado como o que menos prejudicou o bem-estar dos participantes. Instagram, em contrapartida, recebeu mais da metade das avaliações negativas. Sete em cada 10 voluntários disseram que o app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem. Entre as meninas, o efeito Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive, procedimentos cirúrgicos. O Snapchat também não foi tão animador. O app de mensagens multimídia instantânea teve os piores resultados: é o que contribui para privação de sono e o sentimento de ficar por fora (FOMO). Muitos jovens destacaram o fato de sofrerem bullying nas redes sociais, sendo o Facebook o pior neste quesito – dois terços dos entrevistados acreditam que a rede de Zuckerberg deixa o cyberbullying ainda mais cruel. Disponível em: super.abril.com.br/sociedade/instagram-e-a-rede-social-mais-prejudicial-a-saude-mental Acesso em: 22 mai. 2017.

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1. TI • D14 Identifique no texto uma opinião dada sobre o tema Redes sociais. “Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro.”

2. TIV • D7 A tese do texto é: a) Os benefícios das redes sociais. b) O Instagram é prejudicial à saúde mental. c) Facebook não causa nenhum dano à saúde mental. d) O Instagram é prejudicial às crianças.

3. TIV • D8 A partir da tese da questão anterior, encontre no texto uma informação que a fundamenta. “O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e aumenta o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências.”

4. TIV • D11 Qual a informação que o texto traz sobre o Youtube? O site foi avaliado como sendo o que menos prejudica o bem-estar dos participantes.

5. TI • D1 Observe a seguinte afirmativa “O app de mensagens multimídia instantânea teve os piores resultados: é o que contribui para privação de sono e o sentimento de ficar por fora” . Verifique no texto a qual aplicativo esta afirmativa faz referência. O aplicativo referido é o Snapchat.

6. TV • D18 Em “Entre as meninas, o efeito Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive, procedimentos cirúrgicos”, a palavra sublinhada pode ser trocada, sem perder seu significado principal, por a) deprimidas.

b) jubilosas.

c) risonhas.

d) exultantes.

7. TI • D1 Segundo o texto, a rede social favorece o cyberbullying é o a) Youtube.

b) Instagram.

c) Facebook.

d) Snapchat.

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8. TIV • D2 No trecho “E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens.”, pronome sublinhado se refere a quem? Às “Redes sociais”.

9. TI • D1 Quantos indivíduos fizeram parte da pesquisa? Qual a faixa etária deles? Participaram da pesquisa 1.479 indivíduos com idades entre 14 e 24 anos.

TEXTO 41

Professor(a), a linguagem não verbal é imprescindível para a leitura e interpretação desta tirinha. Peça que os alunos observem as ações de Odie nos três quadrinhos. Ressalte que podemos inferir, além do que foi dito pelo Garfield, que o cão está tentando ensinar ao gato como brincar ou mostrando que ele sabe pegar a vareta. Aponte que a repetição da expressão “tá bem” na fala do Garfield indica que ele ficou chateado por se sentir inútil.

Jim Davis. Folha de São Paulo. 07 mai. 2016.

1. TII • D5 O personagem Odie, através de suas ações, deseja mostrar para o Garfield que ele é a) dependente.

c) preguiçoso.

b) autossuficiente.

d) rápido.

2. TVI • D13 Identifique na fala do personagem Garfield uma marca de informalidade. Na frase “tá bem, tá bem.” há o uso da linguagem coloquial.

3. TV • D16 O humor da tirinha está no fato de a) Odie precisar do Garfield para brincar. b) Odie ficar triste por brincar sozinho. c) Garfield entender que o Odie não precisa dele. d) Garfield querer brincar com o Odie.

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Professor(a), a entrevista com o Mauricio de Sousa faz um resumo de sua criação e de seus negócios. Seus personagens, tão famosos no Brasil, estão ganhando o mundo. Aproveitando as características da entrevista, peça que os alunos entrevistem uma pessoa idosa, da família ou vizinhos. Construa um roteiro com eles. Nome; idade; há quanto tempo mora na casa em que vive; qual era o seu maior sonho; conseguiu realizar? Qual? Como pretende realizá-lo? Peça que gravem no celular a entrevista. Em sala, os alunos devem transcrever as entrevistas tal qual a fala do entrevistado. Nesse momento, professor, você pode trabalhar a variação linguística, mostrando que cada faixa etária tem sua maneira de falar, que cada pessoa, cada região também. Após a transcrição, pode ser feita uma reescrita da entrevista para trabalhar a linguagem formal. Socialize as entrevistas, dê preferência às suas duas formas: a transcrição e a reescrita.

TEXTO 42

JORNAL MAURICIO DE SOUSA: “QUERO VIVER CADA DIA COM UM SONHO PARA REALIZAR” Qual o seu grande projeto pós 80 anos? Mauricio: Viver cada dia com um sonho para realizar, como tem sido sempre para mim. Depois de livros para colecionador, parques temáticos, série adolescente, filmes, desenhos, o que Mônica e sua turma ainda devem aprontar? Mauricio: Queremos ampliar o leque de produtos no exterior. Nesses anos, já estivemos com alguns de nossos produtos em cerca de cem países. Mas os contratos não são duradouros, um pouco porque tínhamos poucos desenhos animados para sustentar o interesse dos fãs fora do país. No entanto, agora estamos em franca produção de animações para exportação. Nesse momento, estou recebendo uma comitiva do Japão interessada em nossos produtos para venda por lá. Estive, neste ano, na Coreia do Sul para inaugurar uma grande exposição de nossa história com mais de mil metros quadrados no melhor museu de lá. Participamos de

vários eventos internacionais também. Um dos produtos que preparamos com força para o mercado internacional é a turminha da Mônica Toy. É para um público jovem e está fazendo sucesso no Cartoon Network e em nosso canal no YouTube. Mauricio de Sousa: “A Turma da Mônica não deve levantar bandeiras.” O senhor tem planos de envelhecer ainda mais Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão? Qual é o futuro que o senhor imagina para a Turma da Mônica?

Mauricio: Tem um projeto que quero realizar daqui a uns 3, 4 anos que é a série da Turma da Mônica Adulta. Os personagens começariam com seus 25 anos de idade e a cada ano fariam aniversário, envelhecendo juntamente com os leitores. Será uma espécie de folhetim onde os assuntos do dia estarão presentes. Tem algum personagem ou alguma história que o senhor se arrepende de ter criado? Mauricio: Nada que me lembre. Aliás, houve uma vez em que me arrependi de criar um personagem e o deixei uns meses na gaveta. Foi o Cascão. Tinha criado o Cebolinha e o Cascão com algumas características dos amigos de meu irmão Márcio. Mas, depois, pensei que o Cascão não teria uma boa aceitação pelos pais dos leitores. Resolvi não arriscar e deixei encostado numa gaveta. Minha esposa, na época, Marilene, olhou o desenho e me perguntou por que não tinha lançado aquele personagem. Eu disse que tinha receio de que houvesse críticas sobre ele não gostar de tomar banho.

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Mas ela rebateu dizendo que quase todas as crianças não gostam de tomar banho, que era normal e que deveria publicar, sim, o Cascão. Me convenceu e aí está o menino mais “cheirosinho” da turma! Uma vez o senhor disse que Horácio era o personagem que mais espelha o que o senhor pensa. Tanto é que continuou escrevendo histórias dele. O que o dinossaurozinho verde tem de tão especial? Mauricio: O Horácio tem um pensamento filosófico de vida que bate com o meu. Quando eu faço uma historinha do Bidu, tem que ser o Bidu o cachorrinho, quando faço a Mônica é uma menininha, não posso sair disto, das características que a gente já criou. Agora quando eu faço um animal como um elefante ou um dinossauro, principalmente o dinossauro, eu posso me espraiar mais, me abrir mais, colocar mais de mim. É como se fosse uma fábula.

Como vão os planos relacionados a parques e a levar os personagens para além do Brasil? Mauricio: A volta do Parque da Mônica era um sonho. O novo, que fica no shopping SP Market, em São Paulo, é maior que o anterior, e os pais agora também podem entrar nos brinquedos junto com os filhos. Por isso, está lotado desde sua inauguração, em julho deste ano. Em Portugal, fui homenageado pela prefeitura da cidade de Amadora, ao lado de Lisboa, com um parque aberto gratuitamente às crianças. Também já tivemos outro parque em Angola dentro de um shopping. Mas o investimento para construir parques é alto e sua manutenção também. Portanto, nessa área fica ainda difícil uma expansão maior. Ainda mais no exterior.

que fazia parte da exposição nas ruas comemorando os 50 anos da personagem, a Mônica Parade. Ela estava na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Como todos os jornais noticiaram o roubo, a boneca de 1m 80cm apareceu inteira em um terreno baldio em Guarulhos. Creio que foram fãs que queriam ficar com a escultura, pois não a quebraram. Mas, devido à exposição na mídia, acredito que parentes de quem roubou forçaram a devolverem o quanto antes. Afinal, com aquele tamanho, onde iriam esconder a estátua? Disponível em: zh.clicrbs.com. br/rs/entretenimento/noticia/2015/10/mauricio-de-sousaquero-viver-cada-dia-com-umsonho-para-realizar-4885082. html. Acesso em: 04 abr. 2017.

Quais as loucuras que os fãs já fizeram pelo senhor e por seus personagens nesses 80 anos? Mauricio: Teve repercussão nacional o roubo da Mônica

1. TI • D1 De acordo com a entrevista, Mauricio de Sousa estava recebendo uma comitiva de qual país? Japão.

2. TIV • D11 Mauricio de Sousa afirma que se arrependeu de criar um personagem. Qual foi esse personagem? Por quê? O Cascão. Porque ele pensava que o Cascão não teria uma boa aceitação pelos pais dos leitores.

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3. TI • D3 Nesta passagem da entrevista: “Tem um projeto que quero realizar daqui a uns 3, 4 anos que é a série da Turma da Mônica Adulta”, a palavra sublinhada é sinônimo de a) plano.

c) rabisco.

b) desenho.

d) evento.

4. TI • D14 ”O Horácio tem um pensamento filosófico de vida que bate com o meu.” O trecho que complementa a opinião do autor é a) [...] “Mônica é uma menininha, não posso sair disto, das características que a gente já criou.” b) [...] “Cebolinha e o Cascão com algumas características dos amigos de meu irmão Márcio.” c) [...] “principalmente o dinossauro, eu posso me espraiar mais, me abrir mais, colocar mais de mim.” d) “tem que ser o Bidu o cachorrinho.”

5. TIV • D2 Na sentença “Ela estava na Rua Oscar Freire”, o pronome em negrito se refere a(ao) a) Bidu.

c) Cascão.

b) Mônica.

d) Magali.

6. TV • D16 Me convenceu e aí está o menino mais “cheirosinho” da turma! O uso das aspas no trecho acima foi utilizado com que sentido? Para evidenciar a ironia, pois a personagem Cascão não gosta de tomar banho.

TEXTO 43

Professor(a), esta tirinha faz uma crítica, de forma irônica, à inversão de valores no que diz respeito ao tratamento humanizado aos cachorros. A ironia se encontra no segundo quadrinho, no qual um adulto joga um graveto para uma criança ir buscar. Questione os alunos sobre o que eles entenderam da tirinha, se eles concordam com a crítica; sendo as respostas sim ou não, incentive-os a dizer por quê.

Fernando Gonsales. Folha de São Paulo, 29 jun. 2016.

1. TII • D5 O autor da tirinha sugere que a) deve-se tratar criança e cachorro de forma diferente.

c) deve-se tratar criança como cachorro.

b) deve-se tratar cachorro como criança.

d) ambos devem ser tratados iguais.

2. TV • D16 Em qual frase da tirinha encontramos traços de humor ou ironia? Em “Vai Raul!”

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TEXTO 44

Professor(a), antes de ler o poema, pergunte aos alunos qual animal eles preferem, gato ou cachorro, e por quê. Incentive-os a indicar a diferença entre esses animais. Após ouvir todos os relatos, faça um jogral: os que gostam de cachorros leem em coro a 1ª estrofe, os que preferem os gatos leem os 4 primeiros versos da segunda estrofe; os do time do cachorro leem o 5º verso da segunda estrofe e os do time do gato, o último verso. Se achar necessário, leia novamente o poema, agora uma leitura normal.

CACHORROS E GATOS Roseana Murray

O cachorro lambe o dono com seus olhos de mel, derramando tudo o que encontra pelo meio do caminho: um vaso de barro, uma lata, o vizinho. Já o gato é outra história: caminha no chão como no ar, e seus pensamentos são finos fios de seda espalhados pela casa. Para o cachorro, um osso; Para o gato, um telhado.

MURRAY, Roseana. In: Pera, uva ou maçã? São Paulo: Scipione, 2005.

1. TI • D1 De acordo com o poema, quais são as características dos cachorros? E dos gatos? Cachorro: lambe o dono, derrama tudo o que encontra pelo caminho. Gato: caminha no chão como no ar.

2. TI • D3 O verso “derramando tudo o que encontra” significa dizer que o cachorro é a) carinhoso.

c) amigável.

b) desastrado.

d) raivoso.

3. TV • D18 A partir do verso “Para o gato, um telhado”, conclui-se que o gato gosta de lugares a) baixos.

c) escuros.

b) altos.

d) claros.

4. No poema, gatos e cachorros são animais de personalidade diferente. Você gosta mais de cachorro ou de gato? Por quê? Resposta pessoal.

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Professor(a), o texto trata-se do gênero artigo de opinião, pois apresenta a opinião do produtor do texto e argumentos que consolidam seu posicionamento. Este gênero pertence à esfera jornalística, mas pode circular em outros domínios como, por exemplo, revistas, sites etc. Nesse gênero, o autor do texto visa convencer o leitor sobre seus posicionamentos; para isso, utiliza-se de dados, fatos e argumentos. Assim, professor(a), antes de ler o texto para saber o quão esses mitos estão consolidados no nosso imaginário, coloque no quadro as seguintes perguntas: Gatos são interesseiros? Gatos têm 7 vidas? Gato preto dá azar? A cada pergunta, peça para os alunos levantarem a mão caso acreditem e anote a quantidade dos que acreditam e os que não acreditam. Incentive-os a contar o porquê de crerem nesses mitos. Após ouvir todas as histórias leia o texto para quebrar com essas crendices populares em torno dos gatos.

TEXTO 45

Verdadeiro ou falso?

Descubra os 7 maiores mitos sobre gatos Desde a antiguidade clássica os mitos sobre gatos transitam pelo imaginário das pessoas, gerando preconceitos e injustiças com relação aos bichanos. No Egito Antigo, os gatos eram adorados, sendo considerados guardiões do mundo dos mortos. No Império Romano, eram associados à deusa da caça, e na Idade Média, foram associados à feitiçaria, ocultismo e até mesmo aos ritos satânicos, o que deu origem à maior parte dos mitos sobre gatos que permeiam o imaginário social na atualidade. Mas quem tem um bichano em casa sabe que esses animais são companheiros de inestimável valor, amigos, carinhosos, encantadores e muito inteligentes, ao contrário do que aludem os mitos sobre gatos.

Vamos desvendar algumas dessas injustiças sobre felinos? 1. Gatos são interesseiros Os bichanos não são obedientes feito os cães, e só vêm até nós quando querem. Essa característica da espécie parece não agradar muitas pessoas, que por não compreenderem a natureza dos felinos os humanizam, julgando-os traiçoeiros ou interesseiros. 2. Gatos têm sete vidas O fato de os gatos saltarem longas distâncias e caírem em pé provavelmente foi o algoz deste mito que, claro, não é verdade. Os gatos possuem apenas uma única e preciosa vida. 3. Gato preto dá azar Originário da Idade Média, esta lenda sobre gatos pretos está tão consolidada que algumas pessoas chegam a ter fobia ao vê-los. Em alguns países do Oriente, os gatos pretos são associados à boa sorte. 4. Os gatos sempre caem em pé Ao saltar de uma distância mínima de 60 cm, o gato pode sim cair em pé, pois tem tempo para se virar. Mas não experimente atirá-lo da sacada do décimo andar do apartamento, porque provavelmente ele não suportará o impacto da queda. 5. Comer carne de gato cura asma Esse é um dos mitos mais antigos, advinda de algumas religiões pagãs que acreditavam que a carne do gato continha o poder de cura. Cientificamente, não existe nenhum fundamento. 6. Gato transmite asma A asma felina é diferente da asma humana e não existe transmissão da doença de um para o outro. 7. Gatos não se apegam aos donos, mas à casa Esse é um dos mitos sobre gatos mais difundidos. Sendo animais sociais, os gatos se apegam, sim, aos donos. A tendência é de que acompanhem sempre a família, onde quer que ela se estabeleça. Disponível em: www.cachorrogato.com.br/gato/mitos-sobre-gatos/. Acesso em: 12 dez. 2018.

1. TI • D1 Em qual período da história os gatos começaram a sofrer preconceito por causa de mitos? Desde a antiguidade clássica.

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2. TI • D4 Por que os donos de gatos compreendem que esses animais são companheiros? Porque convivem com eles e sabem que são carinhosos, inteligentes, encantadores e valorosos.

3. TII • D12 A finalidade do texto é: a) Aumentar o preconceito sobre os gatos. b) Desvendar mitos sobre os gatos. c) Contar fatos históricos sobre gatos. d) Informar sobre doenças causadas por gatos.

4. TV • D18 No tópico 1 do texto, o que significa dizer que os gatos são interesseiros? Que os gatos não têm sentimentos e só são carinhosos ou obedientes quando querem algo em troca.

TEXTO 46

Professor(a), essa tirinha apresenta alguns aspectos interessantes para se trabalhar, tais como: por que o menino se “comparou” ao gato ao dizer que, além de usar o banheiro, às vezes dava descarga? Pode trabalhar também o emprego da preposição “até”, no segundo quadrinho.

Disponível em: www.unicamp.br/unicamp/noticias/2018/03/22/alexandre-beck-criador-do-armandinho-fala-sobre-sua-arte-e-direitos-humanos. Acesso em: 12 dez. 2018.

1. TI • D5 Segundo a menina, quem é inteligente e sabe usar a caixinha de areia? O gato.

2. TV • D18 O que o menino quis dizer com “Devo ser um gênio!”? O menino parece ter ficado com ciúme do gato, dizendo que usar o banheiro é mais difícil que usar a caixinha de areia.

3. TV • D17 No trecho “Devo ser um gênio!”, a presença do ponto de exclamação indica uma a) dúvida.

b) afirmação.

c) negação.

d) pergunta.

c) crítica.

d) humor.

4. TII • D12 A finalidade da tirinha é causar a) desconsolo.

b) tristeza.

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TEXTO 47

Professor(a), mostre que o cartaz da campanha complementa a reportagem. Após a leitura do texto, destaque a importância de higienizar tanto o aparelho celular quanto as mãos. A higienização das mãos não é só necessária para entrar na UTI neonatal, ela deve fazer parte de nossas práticas diárias. Lembre-os que temos que lavar as mãos sempre que formos ao banheiro, antes das refeições e sempre que chegarmos em casa.

HOSPITAL FAZ CAMPANHA PARA EVITAR O USO DE CELULARES EM UTIS PARA BEBÊS

UTI NEONATAL Quando precisar telefonar, enviar mensagem ou usar a internet, dirija-se ao corredor. Após o uso, HIGIENIZE as mãos com álcool gel ou água e sabão.

NÃO É PERMITIDO USO DE CELULARES DENTRO DAS SALAS

Estudo diz que quase 95% dos celulares estão contaminados por bactérias. Ao contrário das mãos, o celular não pode ser lavado várias vezes por dia. Um hospital de São Paulo está fazendo uma campanha para evitar o uso de celulares em salas onde ficam bebês. Pesquisa mostrou que quase 95% dos celulares estão contaminados por bactérias. Ao contrário das mãos, o celular, que virou um prolongamento delas, não pode ser lavado várias vezes por dia. “Já existem pesquisas que dizem que tem microrganismos e até bactérias hospitalares nele. Ninguém limpa o celular. Ninguém higieniza. Não tem como e mesmo que faça isso, você acaba colocando em qualquer lugar. Vai dentro da bolsa, no ônibus, fica perto de dinheiro. O celular acabou sendo anexo do corpo, as pessoas usam para várias coisas, dormem, acordam, vão ao banheiro, comem”, afirma Maria Lucimar Fernandes de Souza, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, da Maternidade Escola Dr. Mário M. A. Silva. Na UTI neonatal do hospital público, mães, pais e funcionários até podem estar com o celular. Usar, não. Havendo mesmo a necessidade de usar o celular, a ordem é sair para o corredor, usar o aparelho, guardá-lo e fazer de novo a higienização das mãos antes de ter contato com os bebês. Um folheto educativo cita um estudo internacional que encontrou contaminação por microrganismos em 94% dos celulares. Testes feitos no laboratório de uma universidade paulista confirmam: os aparelhos costumam apresentar em torno de dez microrganismos diferentes: bactérias do aparelho respiratório, da pele e até do intestino. Fora os fungos. O professor de Imunologia e Saúde Pública da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Jan Carlo Delorenzi, explica que todos esses microrganismos estão presentes no nosso corpo, cada um em seu lugar, e não trazem problemas. Mas misturados, nas mãos, e espalhados em um hospital são muito perigosos, principalmente para os bebês: “O sistema imune dele não é maduro o suficiente para lidar com essas bactérias e patógenos. Depende do tipo de bactéria que vai causar a doença, mas pode causar uma diarreia que leve a uma desidratação severa e morte. Pode ter infecção respiratória, pneumonia complicada e levar ao óbito”. Disponível em: g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2017/02/hospital-faz -campanha-para-evitar-o-uso-de-celulares-em-utis-para-bebes.html Acesso em: 18 mai. 2017.

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1. TI • D1 De acordo com o texto, os aparelhos celulares costumam apresentar quantos microrganismos diferentes? a) 10

b) 15

c) 20

d) 25

2. TIV • D8 Verifique no texto e identifique uma informação que fundamente a tese de que os celulares possuem bactérias. “Pesquisa mostrou que quase 95% dos celulares estão contaminados por bactérias.”

3. TV • D17 No trecho “[...] os aparelhos costumam apresentar em torno de dez microrganismos diferentes: bactérias do aparelho respiratório, da pele e até do intestino.”, os dois pontos utilizados têm a função de introduzir uma a) fala.

c) enumeração.

b) citação.

d) explicação.

4. TIV • D15 Observe o seguinte trecho do texto: “Jan Carlo Delorenzi explica que todos esses microrganismos estão presentes no nosso corpo, cada um em seu lugar, e não trazem problemas. Mas misturados, nas mãos, e espalhados em um hospital são muito perigosos, principalmente para os bebês.” A palavra em destaque é uma a) preposição.

c) conjunção.

b) interjeição.

d) locução verbal.

5. TI • D1 O texto afirma que o sistema imune do bebê não é maduro o suficiente para lidar com bactérias e patógenos presentes no celular e podem causar muitos problemas para ele. Quais são esses problemas? As bactérias podem causar uma diarreia que leva uma desidratação severa. Além disso, podem gerar uma infecção respiratória, pneumonia complicada e levar ao óbito.

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TEXTO 48

Professor(a), essa fábula retrata os aspectos fundamentais para o ser humano: o trabalho e a diversão. Socialize a leitura com os alunos de modo que a cada parágrafo do texto um aluno diferente continue a leitura. Antes, escolha 3 alunos, um para ler a fala da cigarra, outro a da formiga e outro a da rainha das formigas. Assim, além de dinamizar a aula, você fará com que os alunos fiquem atentos à leitura, uma vez que a qualquer momento ele poderá ser o próximo a realizá-la. Finalizada a leitura, questione os alunos sobre o que é mais importante: o trabalho ou a diversão? O objetivo é que eles cheguem à conclusão que há tempo para tudo, quer seja para o trabalho, quer seja para a diversão, entre outros.

A Cigarra e a Formiga La Fontaine (adaptado)

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: — Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para a gente aproveitar! O verão é para a gente se divertir! — Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou: — Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.

A rainha das formigas falou então para a cigarra: — Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. A cigarra nem ligou, fez uma reverência para a rainha e comentou: — Hum!! O inverno ainda está longe, querida! Para a cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo. Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tremer de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: — No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós. Para a cigarra e para as formigas aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Disponível em: www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9 Acesso em: 31 mar. 2017.

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1. TI • D1 Qual o conselho que a cigarra deu para a formiga? Deixa esse trabalho para os outros, vamos nos divertir! Vamos cantar! Vamos dançar!

2. TI • D3 No trecho “Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando...”, a palavra sublinhada pode ser substituída por a) pulando.

b) trabalhando.

c) cantando.

d) dançando.

3. TI • D4 Como você caracterizaria a postura da cigarra de não querer trabalhar no verão? Como você chegou a essa conclusão? A postura da cigarra pode ser caracterizada como preguiçosa, pois em nenhum momento se observa a sua preocupação com o futuro.

4. TI • D6 O assunto predominante nesta narrativa é a) saúde.

b) diversão.

c) amizade.

d) trabalho.

5. TV • D17 Como é possível identificar as falas dos personagens neste texto? Por meio do travessão. Ele antecede todas as falas dos personagens.

6. TIV • D10 Aponte o momento de maior tensão no conflito do texto lido. O conflito se dá no momento em que o inverno chega e a cigarra desesperada pede abrigo.

7. TV • D15 No trecho “Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro”, a conjunção sublinhada traz uma ideia de a) conclusão.

c) alternância.

b) oposição.

d) negação.

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TEXTO 49

Professor(a), após a leitura da tirinha, incentive os alunos a falarem se pensam no futuro e o que gostariam de ser quando crescerem. Pergunte também o que eles pretendem fazer para conseguirem o que querem ser, se isso pode torná-los “escandalosamente felizes” e por quê. A produção textual é um excelente momento para os alunos refletirem e colocarem na escrita o que desejam para o futuro.

1. TII • D5 A expressão facial dos meninos indica que eles estão a) pensativos.

b) decepcionados.

c) desiludidos.

d) frustrados.

2. TV • D17 No segundo quadrinho, o uso das reticências indica a) continuidade na reflexão de Linus.

c) desconfiança na resposta de Linus.

b) dúvida na resposta de Linus.

d) receio na resposta de Linus.

3. TV • D17 No último quadrinho, o que o uso do ponto de exclamação indica? Que a resposta de Linus foi dada de maneira entusiasmada.

4. TI • D3 O que o menino quis dizer ao utilizar a expressão “escandalosamente feliz”? Que quer ser muito feliz, de maneira intensa.

5. TII • D12 Geralmente as tirinhas apresentam um caráter humorístico. Essa tirinha tem humor? Comente. Esta tirinha apresenta a função principal de causar reflexão.

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PRODUÇÃO TEXTUAL Você pensa sobre o futuro? Já refletiu sobre o que quer ser quando crescer? Produza um texto a partir do tema “O que eu espero para meu futuro”, expondo um plano, seu maior sonho e o que você acha que é necessário fazer para conquistá-lo. Ao final, ilustre como você imagina. Professor, com essa atividade o aluno utilizará a relação entre linguagem verbal e não verbal para produzir uma tirinha, com base em uma reflexão existencial e um planejamento de vida. Lembre-se de revisar os diferentes tipos de balões, a escolha dos personagens, a divisão e sequêcia textual em quadrinhos e o uso de onomatopeias. Após a produção e revisão (reescrita), os estudantes podem expor as tirinhas para a sala e/ou para as demais turmas da escola.

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Professor(a), antes de ler o texto, peça que os alunos fiquem em silêncio absoluto e fechem os olhos. Avise que fará alguns barulhos para eles tentarem adivinhar. Amasse uma folha de papel, bata um lápis no outro, fale como se estivesse cochilando, grite, bata palmas etc. A cada som, pergunte se conseguiram identificar o que estava sendo feito. Em seguida, sem que os demais percebam, convide alguns alunos para ajudar a repetir os sons já produzidos por você. Um amassa o papel, outro bate palmas e assim sucessivamente, todos ao mesmo tempo. Pergunte se o barulho aumentou e se incomoda mais agora do que antes. Faça-os perceberem que um som isolado não incomoda tanto quanto todos ao mesmo tempo.

TEXTO 50

OS SONS DO MUNDO Mais do que os gritos e os gemidos de desespero das bandas de rock, ferem meus ouvidos os mínimos ruídos da casa. Quando a casa toda dorme, o mundo inteiro dorme, os ruídos surgem e crescem e violentam minha insônia. É um pingo d’água no banheiro, um móvel que estrala, o tique-taque incessante do despertador, ertador, os roncos que vêm dos quartos, o vento que bate nas vidraças e o cochicho de bisavós e avós que sai dos amarelados retratos. JOSÉ, Elias. Cantigas de adolescer. São Paulo: Atual, 2002.

1. TI • D4 No poema, o eu-lírico está incomodado com os ruídos a) da noite.

c) da tarde.

b) do dia.

d) da manhã.

2. TI • D4 Por que o eu-lírico afirma que a música das bandas de rock fere os ouvidos? Porque os instrumentos são mais fortes, como a guitarra elétrica e a bateria, e os cantores costumam cantar mais alto.

3. TI • D1 Quais são os sons que o eu-lírico ouve quando está com insônia. Pingo de água, estralo de móvel, tique-taque do despertador, roncos, vento batendo na vidraça.

4. TV • D17 No trecho “É um pingo d’água no banheiro”, qual a função do apóstrofo na palavra sublinhada? Suprimir uma letra da palavra que, no caso, é a letra “e”.

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5. TI • D4 O que significam “e o cochilo de bisavós e avós que sai dos amarelados retratos”? Que o eu-lírico com insônia até imagina que os avós e bisavós estão conversando uns com os outros através dos retratos.

TEXTO 51

Professor(a), nessa tirinha você pode chamar a atenção dos alunos para as expressões do Jon e do Garfield, o primeiro expressa tédio, enquanto o segundo expressa entusiasmo. Além disso, você pode trabalhar os advérbios de tempo “ainda” e “sempre”. Incentive-os a darem exemplos práticos das situações em que esses advérbios são utilizados, bem como a identificarem a diferença entre ambos.

Disponível em: tirinhasdogarfield.blogspot.com/2013/02/presente-para-liz.html Acesso em: 12 dez. 2018.

1. TI • D1 Na tirinha, o homem foi ao shopping para a) passear com o gato. b) comprar um presente. c) olhar a praça de alimentação. d) olhar as vitrines das lojas.

2. TI • D5 Na tirinha, a expressão facial do homem mostra que ele está a) animado. b) entediado. c) faminto. d) enfurecido.

3. TV • D18 Por que o gato diz que quer morar na praça de alimentação para sempre? Porque tem comida e ele ama comer.

4. TII • D12 A finalidade da tirinha é causar a) tédio. b) raiva. c) crítica. d) humor.

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TEXTO 52

Professor(a), após a leitura da fábula, pergunte aos alunos se eles concordam com a moral da história. Faça-os perceberem que o problema não está em planejar o futuro e sim em contar com algo que ainda não foi concretizado. Para que a menina pudesse realizar tudo o que queria, primeiro ela teria que vender o leite, algo que não foi realizado, pois ela não foi cuidadosa o suficiente para realizar seu plano.

A menina do leite Christiane Angelotti, adaptação da fábula de Esopo

A menina era só alegria. Era a primeira vez que iria à cidade, vender o leite de sua querida vaquinha. Colocou sua melhor roupa, um belo vestido azul e partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça. Ao caminhar, o leite chacoalhava dentro da lata. A menina, também, não conseguia parar de pensar. “Vou vender o leite e comprar ovos, uma dúzia.” “Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos.” “Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas.” “Vendo os galos e crio as galinhas, que são ótimas para botar ovos.” “Choco os ovos e terei mais galos e galinhas.” “Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas.” “Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ...” A menina estava tão distraída em seus pensamentos, que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo. Lá se foi o leite branquinho pelo chão. E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares. Moral da história: Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la. Disponível em: www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=30 Acesso em: 30 mar. 2017.

1. TIV • D10 Explique qual é o conflito presente no texto. A menina distraída derruba todo o leite depois de tropeçar.

2. TI • D1 A menina está usando um a) casaco.

b) short.

c) vestido.

d) pijama.

3. TIV • D11 A menina conseguiu o que queria? Por quê? Não. Porque, com o leite derramado, ela não conseguiria comprar os ovos, os cabritos e as porcas.

4. TI • D3 A palavra chacoalhar possui o mesmo significado que a) tropeçar.

b) derramar.

c) agitar.

d) bagunçar.

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TEXTO 53

Professor (a), para contextualizar o texto, explique que faz parte de uma obra literária destinada ao público infantojuvenil. Na obra, o autor imagina que no século I do terceiro milênio um extraterrestre visitou o planeta Terra para realizar algumas pesquisas sobre os seres humanos. Cada texto descritivo presente no livro é um relatório do que esse visitante registrou sobre uma família. Vale salientar que o extraterrestre era invisível para todos, exceto para o cachorro da casa. O texto da atividade descreve as características da filha. Estimule a compreensão do texto, questionando se o narrador extraterrestre é um bom pesquisador e se soube descrever bem as características dessa filha, que é uma pré-adolescente. Estimule que os alunos respondam se as características relatadas estão de acordo com a realidade. Discuta também a vida em família apresentada no texto, principalmente a convivência entre pais e filhos e outros tipos de família.

A filha

A filha é uma mulher que quando é criança é uma gracinha. Uns dizem que nasceu com a cara da mãe. Outros acham que é do pai. Houve alguma discussão para escolher seu nome: Ana, Andrea, Apoena, Carla, Carmem, Dalva, Georfiana, Leila, Lúcia, Marisa, Marta, Míriam, Nádia... Tudo, menos um nome composto, como alguém gritou. E ela acabou se chamando... Em pequena vestia-se de cor-de-rosa, usava roupinhas bonitas, fitinhas e flores no cabelo. Brincava de boneca e casinha. Chegou uma fase, lá pelos doze anos em diante, em que a filha começa a deixar de ser criança, porém não chega a ser uma moça. Não sei como dizer. Os humanos usam uma expressão para a fase em que ela vai entrar, “menina-moça”. É uma mistura de duas palavras, como beija-flor, peixe-boi, guarda-chuva e outras misturas parecidas. Mas dá para entender. Nessa fase a filha tem coisas de criança, como dormir abraçada com um ursinho de pelúcia que ganhou quando tinha três anos. Ao mesmo tempo, como uma moça, sonha estar abraçada com um colega de classe de que gosta, mas não quer que ninguém perceba, principalmente ele. Qual a vantagem de ele não perceber, também não sei. Creio que é medo dele não gostar dela. A filha é filha do pai e da mãe. Mas quando faz alguma coisa que a mãe não gosta, ela diz ao pai: — Veja o que sua filha fez. Também, mimada como é... A mãe acha que o pai mima demais a filha. Mimar quer dizer agradar, fazer as vontades e desejos, dar muito carinho. A pessoa mimada acaba fazendo tudo o que quer. Entretanto, a filha sabe que “tudo tem seus limites”, como diz o próprio pai. Não pode, por exemplo, chegar em casa tarde da noite, como o filho. Mas, às vezes, quando tem uma festa, chega. Não pode ficar quase uma hora no telefone falando com uma amiga que viu de manhã na escola sobre coisas fúteis, mas todo dia fica. [...] MESERANI, Samir. Os estranhos seres humanos. São Paulo: FTD, 1999.

1. TI • D4 Qual é o nome dado à fase em que a filha começa a deixar de ser criança? a) Pré-adolescência.

b) Velhice.

c) Infância.

d) Adulto.

2. TI • D1 De acordo com o texto, quais são as ações que a filha faz nessa fase? Dorme abraçada com um ursinho de pelúcia e, ao mesmo tempo, sonha estar abraçada com um colega de classe de que gosta, mas não quer que ninguém perceba.

3. TI • D4 De acordo com o texto, como a filha pode ficar mimada? Qual a consequência de ser mimado? A filha fica mimada quando recebe muito carinho e tem todas as vontades realizadas. A consequência é a filha fazer tudo o que quer.

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Professor(a), de forma bem humorada, o poema relata o nascimento de Jesus através de uma conversa entre animais. Faça uma leitura com os alunos para o reconhecimento do texto, depois, leia novamente tentando imitar os sons dos animais em cada fala. Se preferir, pode convidar 8 alunos para representar os animais. Você é o(a) narrador(a) e eles fazem as vozes dos bichos falando.

TEXTO 54

De repente o sol raiou E o galo cocoricou: - Cristo nasceu!

Natal

O pombal todo arrulhava: - Cruz credo! Cruz credo! Brava A arara a gritar começa: - Mentira? Arara. Ora essa!

O boi, no campo perdido Soltou um longo mugido: - Aonde? Aonde? Com seu balido tremido Ligeiro diz o cordeiro: - Em Belém! Em Belém!

- Cristo nasceu! - canta o galo. - Aonde? - pergunta o boi. - Num estábulo! - o cavalo Contente rincha onde foi.

Eis senão quando, num zurro Se ouve a risada do burro: - Foi sim que eu estava lá!

Bale o cordeiro também: - Em Belém! Mé! Em Belém E os bichos todos pegaram O papagaio caturra E de raiva lhe aplicaram Uma grandíssima surra.

E o papagaio que é gira Pôs-se a falar: - É mentira! Os bichos de pena, em bando Reclamaram protestando.

Vinicius de Morais

Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/natal. Acesso em: 12 dez. 2018.

1. TI • D1 No texto, quais são as palavras que representam os sons dos animais? Cocoricou, mugido, balido, zurro, arrulhava, rincha, bale.

2. TI • D1 Quais são as frases ditas pelos animais? Cristo nasceu!, Aonde? Aonde?, Em Belém! Em Belém!, Cruz credo! Cruz credo!, Num estábulo! Foi sim que eu estava lá!, É mentira!

3. TV • D17 A função dos travessões no poema é: a) Mostrar a fala das personagens.

c) Representar uma surpresa.

b) Mostrar uma continuidade no texto.

d) Apresentar uma dúvida.

4. Para você, o poeta vê o Natal de maneira diferente? Comente. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que no poema não há seres humanos, como retratado nas passagens bíblicas sobre o Natal, mas sim, a presença de animais.

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Coleção

A Coleção Mais Saber é um excelente apoio ao ensino da Língua Portuguesa, capaz de contribuir para uma aprendizagem significativa dos estudantes e um valioso instrumento de ensino para professores. O livro possui uma abordagem voltada para a prática escolar envolvendo situações do cotidiano, por meio de atividades que levem o estudante a desenvolver habilidades e competências para uma formação integral.

ISBN 978-85-7951-450-0

9 788579 514500


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