4 minute read
MARCOS MEIER - Massada: amor e esperança no maior suicídio coletivo da história
VIVER conecta
COM MARCOS MEIER
Advertisement
MASSADA
Amor e esperança no maior suicídio coletivo da história
Alô, meus queridos leitores da Viver Curitiba. O título pode assustar, mas a mensagem que tenho para vocês é muito legal. Os tempos estão difíceis e ninguém está 100% bem. Então é hora de a gente conversar sobre saúde mental, esperança, tristeza, dor, alegria, essas coisas que a maioria de nós tem dificuldade de “pôr pra fora”.
Então vou me abrir aqui e contar um pouco da minha história. Aos 13 ou 14 anos eu já era muito alto. Hoje tenho 2m de altura e naquela época eu já tinha perto de 1,95m o que me tornou o “ser” mais esquisito não somente da minha turma, mas da escola toda. Virei alvo fácil de bullying e ouvia diariamente coisas como “urubu branco”, “vara de catar laranja”, “espanador da lua”, “pernas de vela”, “múmia branca’’ e vários outros xingamentos que a crueldade humana é capaz de produzir. E isso detonou minha autoestima. Achei que ninguém queria ser meu amigo, já que os poucos que eu ainda tinha se afastaram, pois também viraram alvo: “você é amigo da múmia branca?”
Tive vontade de sumir, de ir embora, de nunca mais pisar na escola, de parar de ser alvo de gozações. Na verdade, ideias suicidas começaram a ter espaço e isso foi um grande perigo.
Comecei a “flertar” com a morte e coloquei minha vida em risco em alguns momentos, mas é melhor não dar ideias a outras pessoas que possam estar sofrendo como eu sofria. O melhor mesmo é falar do que me
Marcos Meier é escritor e palestrante.
tirou daquele lugar do “sem valor”.
E a resposta para essa falta de sentido veio da minha família que me amava (nem todo mundo tem essa sorte) e de uma tia muito divertida que me abraçava na cintura (sim, ela era baixinha perto de mim) e me dizia “Ai, que delícia homem grande!” e a gente ria. Eu ficava com aquela sensação de que ser “fora do padrão” não deveria ser tão ruim. Além da tia, meus irmãos interagiam comigo como se eu fosse absolutamente normal, pois eram parecidos comigo e isso não valia nada perto dos momentos gostosos da nossa convivência.
A maturidade foi me tirando do lugar do “sem valor” e foi me levando para “eu sou importante”. E isso me marcou. Decidi que algum dia eu iria ajudar pessoas com sentimentos parecidos. Mesmo que você não tenha ninguém que possa ser uma ajuda, confie em mim: você vai achar uma forma de dar sentido à sua vida.
SEMPRE HÁ UMA SAÍDA
O tema “tirar a própria vida” ficou agora em outro plano, não mais no da vontade, mas no do conhecimento. Passei a ler sobre a falta de sentido e pesquisar sobre as causas que levam uma pessoa a pensar em morrer. Fiz o curso de psicologia e me apaixonei pelo ser humano. Depois fiz um curso na área de Educação que me levou a Israel para especializar-me. Foi aí que conheci a história de Massada e lá no alto das ruínas daquela fortaleza senti um “soco no estômago” quando soube dos detalhes. Um pequeno grupo de judeus havia fugido dos romanos e subido a montanha. Mas 15 mil soldados cercaram Massada e prometeram exterminar com violência e crueldade aqueles homens, mulheres e crianças. Seres humanos que sonhavam, riam e choravam, pessoas que desejavam viver e amar. Mas isso lhes seria tirado.
Talvez você esteja se sentindo assim: milhares de “inimigos” à sua volta. Falta significado e não dá mais para sonhar com o futuro. Pode ser que você esteja se sentindo “sem valor” para as pessoas à sua volta, amigos ou até para familiares. Mas sabe de uma coisa? Espere, o significado virá.
Depois de muitos anos da primeira visita à Massada, resolvi escrever um livro que pudesse ajudar a quem sofre, dar esperança aos entristecidos pelos “inimigos da vida” e encher de significado o coração de todos aqueles a quem a dor parece ser grande demais. Massada é uma síntese de vida e de esperança. Uma leitura para que você também passe a acreditar em sua principal mensagem: “Sempre há uma saída”.
E se você for uma pessoa privilegiada e está super bem, lembre-se de algum amigo e ajude-o de verdade. Um primeiro passo é pegar o seu celular e dizer: “Só liguei para saber se você está bem. E aí?”
PARA ADQUIRIR SEU EXEMPLAR, ACESSE O QR CODE