A estudante liga o computador e, apressada, clica em Documentos, onde está o arquivo do artigo que fundamenta seu estudo. Recebe, então, o aviso: download, aguardando a imagem. Essa ação e esse aviso fazem parte de nosso cotidiano de ações no contexto informatizado. No entanto, pode e deve suscitar um estranhamento: como um texto verbal pode ser considerado como imagem? Em que essa questão pode nos levar à busca da condição de constituição da escrita produzida em telas, pela linguagem digital, no caso que nos interessa, a tela do computador? Consequentemente, não estaríamos mais diante da clássica visão analítica de considerar linguagem verbal e não verbal e de suas relações como dois sistemas distintos. Estaríamos, agora, diante da escrita como aparecimento do visual. Essa é a proposta deste texto, que argumenta a favor de uma teoria unicista da linguagem quando constituída e manifesta em telas, a partir da linguagem digital. Org Dinorá Fraga e Raquel Salcedo Gomes.