Revista Literária Upbooks Novembro 2020

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Vamos falar sobre inclusão? CONHECER PARA AJUDAR... Há algum tempo, durante um trimestre da escola bíblica dominical, estudamos sobre alguns transtornos que afetam as pessoas e foram aulas muito enriquecedoras. Uma frase chamou a minha atenção: “Conhecer para ajudar”. Quanto mais você conhece a realidade de uma pessoa, mais tem condição de ajudá-la. Concorda? Há vários anos, aconteceu uma experiência interessante com meu marido. Em seu trabalho, ele atendeu um cliente que emitia sons estranhos. Alguns olhavam sem entender, mas meu marido sabia o motivo. E por quê? Porque ele assistiu ao filme “O Líder da Classe” (recomendo muito!) que conta a história de Brad Cohen, que foi diagnosticado com a síndrome de Tourette. Ele logo notou que era a mesma síndrome e comentou sobre isso, mas com gentileza. O cliente ficou surpreso e, por alguém conhecer qual era a origem de seus sons involuntários, sentiu-se melhor. Ao conhecer o problema, meu marido pôde ajudá-lo com a sua compreensão, isso fez um ser humano se sentir aceito e com isso a ansiedade diminuiu. Ao conhecer a história de alguém, a empatia nasce e algo lindo acontece, por isso peço que você aproveite as oportunidades para conhecer muitas histórias. Há várias baseadas em fatos (o filme que citei é uma delas) e também histórias de ficção que nascem com o objetivo de criar empatia e assim ajudar a desfazer preconceitos. O autor, ao criar um personagem cego, por exemplo, deseja que o leitor conheça um pouco a sua realidade, o respeite e assim

compreenda quais são as suas limitações e também se alegre com suas conquistas. Escrevi uma história de inclusão chamada “Reino de Aequalis” e agradeço muito ao “Enigmático” (é assim que os habitantes de Aequalis se referem a Deus) pelo privilégio de contribuir pelo menos um pouco para que esse conhecimento aumente. Durante uma leitura coletiva de meu livro, tive a oportunidade de saber as reações de leitores e foi uma experiência enriquecedora. Não irei transcrever as frases, mas posso resumir os sentimentos desses leitores ao ler sobre uma história de inclusão. Afirmaram que a história os ensinou a não olhar as pessoas com deficiência com pena e nem tratá-las como coitadas, mas com igualdade, porque elas têm muito a nos ensinar. Já recebi comentários falando sobre a importância da empatia e que conhecer mais sobre esses seres humanos as ajudou nisso. Saber disso dá uma alegria enorme e um sentimento de dever cumprido. Já recebi comentário de leitor que se sentiu representado ao ler a história de Aequalis e isso é gratificante! Convido você a conhecer essas histórias... “Conhecer para ajudar!” Você aceita o convite?

Tânia Gonzales é teóloga e escritora na Upbooks, autora do livro Reino de Aequalis.


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