ENTREVISTA
AVIAÇÃO
SEGURADORAS
Murilo Pascoal, presidente do Sindepat, destaca a necessidade da isenção permanente de imposto sobre importação
Com a chegada da terceira low cost ao País, expectativa é de baixa nos preços dos bilhetes já no próximo mês
Conhecer as doenças preexistentes do seu cliente pode evitar problemas na contratação do seguro-viagem
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Nº 827
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brasilturisjornal
Imagem Ilustrativa
R$ 18,90 |
Págs. 8 a 16
AGÊNCIAS E OPERADORAS
HOTELARIA
DESTINOS
MATO GROSSO Integrante do programa Investe Turismo, roteiro Pantanal Norte - Chapada dos Guimarães destaca passeios e atrativos para se conectar com a natureza
De casa nova, BestBuy Hotel investe em tecnologia para se aproximar dos agentes de viagens e anuncia resultados positivos Pág. 22
Conheça o Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa e as estratégias do grupo espanhol para atrair mais viajantes brasileiros à propriedade mexicana Pág. 34
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EDITORIAL Camila Lucchesi Editora-chefe
Movimentação intensa
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érias escolares, programação de festejos “julinos”, eventos gastronômicos, festivais de inverno. O mês de julho passou como um furacão e os motivos não se concentraram, apenas, na movimentação de turistas pelo País. Um dos motivos foi o leilão da Avianca Brasil, realizado no dia 10, mas que já vinha monopolizando os debates antes mesmo de virar a folhinha do calendário. Entre idas e vindas, os representantes da área, em recuperação judicial desde dezembro de 2018, conseguiram manter a data e receberam lances para cinco dos sete lotes leiloados em São Paulo. A questão agora é provar a validade dos arremates, já que especialistas argumentam que autorizações para pousos e decolagens não podem ser considerados ativos de uma empresa, o que impediria sua comercialização, em tese. Os defensores da companhia pontuam que apenas com a venda dos slots será possível cumprir o plano de recuperação e que a estratégia já estava incluída entre as ações apresentadas aos órgãos competentes. O imbróglio segue sem definição e não há pista alguma no horizonte. É preciso esperar o resultado legal do leilão. Nessa situação, os já combalidos agentes de viagens sofrem tanto quanto os consumidores, especialmente os pequenos e médios empresários. Por conta da responsabilidade solidária definida no Código de Defesa do Consumidor, eles podem ser responsabilizados pelos danos decorrentes do cancelamento da operação. Mas não foram apenas as preocupações que movimentaram o mês de julho. O trade comemorou o anúncio da chegada da Flybondi, terceira companhia low cost a operar nos céus brasileiros. O voo entre Buenos Aires (Argentina) e Rio de Janeiro (RJ) está marcado para iniciar em outubro e a novidade, somada a mudanças aprovadas pelo Governo Federal e a iniciativas de incentivos fiscais promovidas pelas administrações estaduais, deve ser capaz de reduzir as tarifas aéreas ainda em setembro, na opinião de Tarcísio Gomes, ministro da Infraestrutura. Outro segmento que aposta na resolução de uma questão tributária para se desenvolver é o de parques de diversões, temáticos e aquáticos, setor que faturou R$ 1,6 bilhão em 2017. O número corresponde aos negócios dos 450 empreendimentos pertencentes à Associação dos Parques de Diversões do Brasil (Adibra) e poderia ser maior se houvesse isenção permanente sobre a importação de equipamentos e a reclassificação da categoria dessa negociação. Autoridades reforçam que a atividade requer capital humano – o que destaca a capacidade de geração de postos de trabalho – e pode movimentar toda a cadeia, gerando negócios para os segmentos de transportes, hotelaria e alimentação, por exemplo. Para dar voz aos pleitos desse segmento, o Brasilturis amplificou a voz dos executivos que estão à frente dos parques nacionais. E, para ajudar nas vendas dos agentes de viagens, reunimos 15 empreendimentos que revelaram novidades e surpresas para o fim do ano. Boa leitura, bons negócios! 4
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PUBLIEDITORIAL
Seu cliente viaja com frequência ao exterior? Ofereça a ele o seguro Multiviagem! Produto mescla praticidade, comodidade e custo benefício para quem faz várias viagens por ano
O
cliente que viaja do Brasil ao exterior várias vezes ao ano, seja a negócios ou a lazer, pode agora contar com a comodidade de contratar uma única vez um seguro viagem para o ano todo, com a vantagem de não precisar emitir um novo bilhete a cada viagem. O produto é o Omint Multiviagem, que pode ser contratado de duas maneiras: para quem faz viagens de até 30 dias ou de até 60 dias contínuos. Isto é, durante o período de 1 ano, o segurado poderá viajar do Brasil ao exterior quantas vezes precisar, com as coberturas do seguro, desde que cada viagem não ultrapasse o período de dias contratados, seja ele de 30 ou 60.
COBERTURA NOS 5 CONTINENTES E CUSTO BENEFÍCIO O Omint Multiviagem conta com coberturas para emergências em caso de acidentes e doenças de até US$ 50 mil na categoria Global, de US$ 100 mil na categoria Business e US$ 250 mil para os segurados da categoria First Class, também coberturas para extravio
de bagagem, despesas odontológicas e para cancelamento de viagem, entre outras. O seguro viagem da Omint, empresa conhecida pela excelência nos planos de saúde, oferece o mesmo know how para seus segurados de viagem, por meio de atendimento personalizado em sua rede credenciada que atende em 170 países, nos cinco continentes. Além da praticidade, outra grande vantagem do produto é seu custo benefício. Isso porque adquirir um plano multiviagem pode ficar mais em conta do que emitir um novo seguro a cada viagem.
COMPRA ONLINE EM 3 MINUTOS A compra do seguro pode ser realizada em até 3 minutos pela internet, facilitando o processo de venda do corretor logo após a apresentação do produto. O corretor tem disponível um portal exclusivo de serviços para emissão, extensão ou cancelamento de bilhete, relatórios e cadastramento de novos usuários. Além disso, a Omint conta com uma estrutura de liquidação de sinistros única, ca-
racterizada pela agilidade e eficácia que lida com as demandas recebidas. Para viagens que não ultrapassem 30 ou 60 dias consecutivos, as datas para utilização do bilhete são ilimitadas e os capitais contratados são de acordo com as condições contratuais de cada produto, dentro do prazo de um ano. Ou seja, o viajante pode sair e retornar ao Brasil quantas vezes precisar ou desejar durante um ano, contanto que os dias consecutivos não ultrapassem os dos critérios contratuais. “O Multiviagem é ideal para viagens intermitentes, cada vez mais comuns no meio corporativo, e para pessoas físicas nesse mundo globalizado. Com ele, a companhia não terá mais a preocupação de emitir bilhetes e se preocupar com assistência cada vez que seus executivos saírem do Brasil, fazendo com que os esforços sejam focados no que realmente importa: fazer negócios”, afirma Fábio Pessoa, gerente responsável pelo segmento de Seguro Viagem da Omint. Saiba mais pelo site: www.omint.com.br/seguro-viagem/produtos
ENTREVISTA
Bota pra subir Nacional para mostrar os parques temáticos como essenciais no quesito geração de empregos. Confira!
Murilo Pascoal presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat)
POR FELIPE LIMA
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riado há 16 anos para representar os parques e atrações nacionais, promovendo e divulgando seus serviços junto às entidades e órgãos governamentais, o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) conta com 34 associados, como o Pão de Açúcar, além de fornecedores que reconhecem a importância de toda essa cadeia para o desenvolvimento do País. O setor movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano no Brasil, com empreendimentos que, somados, recebem 30 milhões de visitantes e geram aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos. Neste mês, a associação promove o 2º Sindepat Summit 2019, evento de capacitação voltado à indústria de parques e atrações no Brasil, que proporciona inspirações com cases de sucesso e aborda diferentes temáticas, como inovação, sustentabilidade e segurança. Além disso, haverá debates sobre tendências e desafios enfrentados pelo setor. Um dos grandes obstáculos está diretamente ligado com o investimento em novos equipamentos que, em sua grande maioria, são importados. Uma ação que tem ajudado os empresários é a isenção, até 2020, de imposto por importação, permitindo que haja incentivo para trazer novidades nos parques temáticos e, consequentemente, fomento no turismo interno do País. De acordo com a entidade, a isenção definitiva resultaria em investimento de R$ 1,9 bilhão e na geração de 56 mil novos postos de trabalho. Em entrevista exclusiva ao Brasilturis Jornal, Murilo Pascoal, atual presidente do Sindepat para o triênio 2018/2020, falou sobre a importância da entidade para todo o mercado e reforçou o trabalho que vem sendo feito no Congresso 6
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De que forma o segmento auxilia e fomenta o turismo doméstico? O setor de parques temáticos é capaz de movimentar o turismo de um país. O exemplo mais clássico é Orlando, que era um pântano muito tempo atrás e foi se transformando em um dos maiores destinos do mundo. Vários outros locais usaram os parques como propulsores econômicos, como Dubai. É um segmento importante para a economia do turismo. No Brasil, nossos parques complementam as atrações dos destinos nacionais, o que é ótimo para conectar e aumentar a massa crítica de turistas. Que ações do Sindepat foram essenciais para o desenvolvimento do segmento? A principal é a isenção do imposto sobre importações, ação que é essencial porque a maioria dos brinquedos vêm de fornecedores internacionais e, sem esta iniciativa, é praticamente impossível importá-los, o que inviabilizaria a contínua evolução do setor. Esta isenção veio pela primeira vez em meados dos anos 1990 e foi a partir dela que todo o segmento começou a se desenvolver. Ela permitiu que os parques oferecessem mais atrações e criassem estrutura, tanto para o caso de empreendimentos novos quanto para os já existentes. Sem esse incentivo, a gente fica fora do mercado e, hoje, o Brasil já está bem atrás quando se trata de números de parques na comparação com o âmbito global. Conseguimos dois anos de isenção, mas estamos trabalhando, em parceria com outros destinos do Mercosul, para que essa decisão seja definitiva. Assim, poderemos manter o objetivo de proporcionar desenvolvimento aos parques, que são pilares importantes para o turismo doméstico e estão presentes em importantes polos. Como funciona essa parceria com o Mercosul? Por uma questão de legislação, para que a isenção seja definitiva é preciso contemplar todo o Mercosul. Falamos com os países repre-
sentantes e todos eles compreenderam a importância do trabalho. A isenção provisória foi valiosa e é bom contar com o apoio dos líderes dos mercados vizinhos. Agora, nosso trabalho, que envolve a parte burocrática, é continuar lutando para que ela se torne definitiva. Contamos que isso aconteça e o crescimento seria expressivo. Qual é a previsão de crescimento para os próximos anos? Não consigo informar números. No entanto, reforço que estamos tratando de uma mudança relevante e que já movimenta muita gente. Novas atrações serão implementadas e existem muitas novidades acontecendo. Há novas ações alinhadas para acontecer em breve? Hoje, o trabalho tem um escopo mais geral, para que os governantes entendam a importância do setor. Há uma série de itens que estamos trabalhando no Congresso Nacional, como a questão ambiental, que tem muita importância em nosso setor. Além disso, reforçamos a necessidade de mostrar os parques como grandes geradores de empregos, já que todos eles contratam muitos funcionários. Se formos comparar com o investimento de uma fábrica, o parque sai mais caro; no entanto, a mão de obra da fábrica pode ser trocada por tecnologia, mas não há como substituir o sorriso dos colaboradores nos parques. Há necessidade de pessoas para todos os departamentos, como alimentos e bebidas e recepção. O País está apto para atender maiores demandas de público? O Brasil possui boas condições, com um clima muito bom, até mesmo em lugares frios. Não temos empreendimentos que fecham em alguns períodos do ano, pois não sofremos com frio excessivo, tufões ou algo do tipo. Nossa população tem a característica de ser um povo que gosta de se divertir. Então, é um mercado que vem em constante crescimento nos últimos dez anos e que sabe lidar com essas demandas. O cenário é de desenvolvimento mais forte nesta década, quando você conta com empreendimentos sendo desenvolvidos e parques que
Nas fábricas, a mão de obra pode ser trocada por tecnologia, mas não há como substituir o sorriso dos colaboradores nos parques
já estão em operação articulando novas ações. Qual é o impacto do dólar para o segmento? De certa forma, a constante oscilação da moeda ajuda. Quanto mais alto é o dólar, menos as pessoas vão para o exterior e viajam mais pelo Brasil e, consequentemente, adicionam os parques em seus roteiros. É possível medir a participação das vendas realizadas por agências de viagens? Depende muito. Tem parques que são voltados para o turismo, como o Beto Carrero World, mas também contamos com empreendimentos que possuem um peso maior para os residentes. Cataratas do Iguaçu, por exemplo, é um destino que tem uma participação mais significativa de turistas. Além disso, temos viajantes que compram direto e outros que compram por meio das agências. O que posso afirmar é que os profissionais nacionais estão cada vez mais adicionando os parques como produtos a serem vendidos, não só para os turistas nacionais como também para os estrangeiros. Qual é seu principal objetivo até o fim da gestão, no ano que vem? Eu quero consolidar este trabalho feito pelo Alain Baldacci, ex-presidente do Sindepat, que possibilitou dois anos de isenção no imposto de importação, e transformá-lo em definitivo na parceria com o Mercosul. Ao mesmo tempo, estamos trabalhando para a continuar divulgando o setor e apoiando as ações. É o que a gente tem feito em nossas visitas à Brasília. É plantar agora para colher mais tarde.
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PARQUES E ATRAÇÕES
Diversão disponível no verão Regras claras e novas políticas são temas de debates entre associações e o Governo Federal para fomentar o segmento de parques temáticos em todo o Brasil POR FELIPE LIMA
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aturamento de R$ 1,6 bilhão. Este é o resultado dos cerca de 450 empreendimentos pertencentes à Associação dos Parques de Diversões do Brasil (Adibra) em 2017. Os parques de diversão e temáticos registram as maiores receitas, concentrando R$ 731,3 milhões, seguido pelos Centros de Entretenimentos Familiares (Family Entertainment Center - FEC), que, com mais de 300 unidades associadas, registraram aproximadamente R$ 541 milhões. Por fim, estão os parques aquáticos, com R$ 195 milhões, e as propriedades itinerantes, com mais de R$ 168 milhões. Mas e os números de 2018? De acordo com Francisco Donatiello Neto, presidente da entidade, as contas ainda estão sendo fechadas, mas a expectativa é que as receitas se mantenham equiparadas ao ano anterior, já que regras claras e as definições políticas quanto ao segmento ainda não foram definidas. “Estamos vivendo em uma época de exceção tarifária, algo muito recente. Os números de parques temáticos não mudaram praticamente nada de 2017 para 2018. Crescemos em parques aquáticos e continuamos em expansão nos FEC’s. No entanto, investir em parques é algo de longo prazo. A isenção pode até beneficiar os já existentes, mas ainda dificulta a adição de novos empreendimentos por questões burocráticas e por instabilidade financeira”, explica o profissional. Atualmente, a Adibra, em parceria com o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), está em diálogo constante com o governo, a fim de que a isenção de 8
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impostos sobre equipamentos importados para o setor – medida que, até o momento, é provisória e vale só até meados de 2020 - venha a se tornar algo definitivo e possa instigar os empresários a investir em novos parques pelo Brasil. “Temos um grave problema, que é a importação sendo feita na categoria de bens de consumo. Queremos a reclassificação para bem capital. Isso é inegável. Queremos uma linha de crédito que é diferente entre os dois. Estamos bem avançados nas questões técnicas”, destaca Neto. Um dos principais argumentos utilizados para a aprovação definitiva é a geração de emprego e renda, principalmente por meio da obserSINDEPAT SUMMIT Para reforçar a importância do segmento, o Sindepat realiza anualmente um encontro de capacitação e networking de toda a cadeia. Neste ano, o Sindepat Summit acontece em Brasília (DF), nos dias 21 e 22 de agosto. Entre os destaques está a palestra de Marcelo Gutglas, criador do Playcenter, em 1973, e é considerado uma lenda pela capacidade empreendedora. A história do executivo, que também foi presidente e fundador da Adibra e do próprio Sindepat, será contada durante o evento que também dará voz aos executivos que estão à frente dos parques temáticos brasileiros e trará cases internacionais para inspirar os participantes. A programação completa está em www. sindepat.com.br/summit2019
vação de cases de sucesso em outras partes do mundo, como Costa Rica, Guatemala e Chile. “O antigo Playcenter gerou cerca de dois mil empregos diretos e indiretos durante cerca de 40 anos de existência. Mas isso vai além. Um parque como ele movimenta toda uma cadeia e gera uma série de outras atividades turísticas, como hotelaria. Cancun é outro exemplo. Há cerca de 20 anos não era nada. Hoje é um polo turístico, com diversos parques”, relembra. O dólar é outra questão importante quando o assunto é importação. Neto acredita que a oscilação da moeda atrapalha todo o segmento quando o empresário pretende comprar um novo equipamento. No entanto, reconhece como esse cenário gera fomento no turismo interno. “Claro que essa instabilidade incentiva o turismo doméstico, mas não podemos esquecer que estamos tratando de, aproximadamente, 13 milhões de desempregados no Brasil”, declara. Para auxiliar todo o segmento, a Adibra fez sua própria uniformização de políticas econômicas durante a BNT Mercosul, em 2011. “Trabalhamos com o interesse associativo e tentamos resolver os problemas como um todo. Então fomos à feira e fizemos as nossas próprias regras”, se orgu2017
UNIDADES
EMPREGOS DIR / INDIR
lha o representante. Caso a aprovação definitiva venha a se consolidar, Neto afirma que as expectativas são bem otimistas, não só para o setor, como para toda a indústria. “Estamos há um ano e meio esperando a aprovação de novas políticas econômicas. Elas são fundamentais e esperamos que elas aconteçam. No final dos anos 1990, tivemos também o apoio, com melhores condições e cenários para se investir. Foi quando surgiu, por exemplo, Hopi Hari e o Wet’n Wild. O País precisa de pequenos impulsos e normas claras e efetivas que nos possibilitem trabalhar com expectativa estável. Desejamos estabilidade econômica e regras claras para o nosso segmento”, conta. APOSTAS PARA O VERÃO Nos finais de ano, grande parte da população aproveita o momento para viajar e, muitas vezes, os parques temáticos são incluídos em seus roteiros. Já sabe o que oferecer ao seu cliente para a temporada 2019/20? O Brasilturis reuniu 15 importantes empreendimentos, alguns associados ao Sindepat e à Adibra, que revelaram quais são as novidades e surpresas que os clientes poderão aproveitar. Confira! VISITANTES X 1000
FATURAMENTO ANUAL
Aquáticos
22
2.750
6.888
R$ 195 milhões
Diversão/Temáticos
45
5.400
25.400
R$ 731.340 milhões
Itinerantes
46
1.800
9.615
R$ 168.690 milhões
FEC´s
337
4.525
66.533
R$ 541.875 milhões
TOTAL
450
14.475
108.436
R$ 1.636,905 bilhão
(*) FEC: Family Entertainment Center Fonte: Adibra - Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil
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PARQUES E ATRAÇÕES CEARÁ
BEACH PARK O empreendimento mais antigo de nossa lista está localizado em Aquiraz (CE). Com 34 anos, possui know-how quando o assunto é qualidade, conforme demonstra a premiação do Tripadvisor, que já intitulou o parque como o segundo melhor parque do mundo três vezes. “É uma grande honra, principalmente porque a lista mostra parques que respeitamos muito, como Disney. Isso demonstra que o nosso trabalho dá resultado. Apostamos em novas atrações, serviços e segurança. Todo dia acordamos para ter esse resultado”, declara Murilo
Pascoal, CEO do Beach Park. No Natal, a propriedade oferece algumas atrações especiais, como abertura com shows de músicos locais, Papai Noel e orquestra, além de surpresas extras proporcionadas pela parceria do parque com a Coca-Cola. Já o Réveillon deste ano será diferente do ano anterior. Em 2018, o período foi aberto ao público, mas em 2019, a festividade será exclusiva para os hóspedes do complexo. “A comemoração começa na vila do Beach Park e, em nosso coqueiral, permitimos que os hóspe-
Fortaleza Aquiraz
CEARÁ
des aproveitem a praia e curtam o momento único, em conexão com a natureza e com shows musicais, junto com seus amigos e parentes”, destaca Pascoal. Ainda não há uma expectativa de crescimento frente ao ano
passado para o período, já que, de acordo com o CEO, trata-se de um ano de instabilidade, o que dificuldade a previsão. “Geralmente ficamos com uma ocupação média entre 90% e 95%, bem parecida com a que registramos em julho, que chegou a 95%”, se orgulha o executivo.
GOIÁS Distrito Federal
Caldas Novas
GOIÁS DIROMA ACQUA PARK Inaugurado em 1998, o empreendimento foi ganhando forma ao mesmo tempo em que o grupo ia crescendo. Hoje, são 13 hotéis e mais de 3,6 mil unidades habitacionais. Assim que abriu as portas, oferecia aos clientes um Kids Park, destinado exclusivamente para crianças; Hot Wave, primeira piscina de ondas de Caldas Novas (GO), destinada aos jovens mais aventureiros; e Spa, para aqueles que buscavam por um lugar mais sossegado para curtir as águas quentes e relaxar. Em 2010 começou o Splash, segunda etapa de construção que adicionou ao empreendimento um vulcão de 20 metros com toboáguas. A terceira etapa deverá ser inaugurada em outubro com mais uma área dedicada
ao público infantil, além de novas atrações para os adultos. Neste ano, a previsão é registrar um faturamento 8% acima do ano passado, além de um acréscimo de 10% no número de visitantes frente a 2018. Os destaques do Natal e Réveillon, que acontecem em três locais diferentes, são a comida e boa música, conforme diz Aparecido Sparapani, superintendente do Grupo Diroma. “Nossos cardápios são bastante variados e trabalhamos com boas bandas, proporcionando entretenimento aos visitantes. Durante o dia, também oferecemos equipe de recreação para atender a todas as idades em todas as atividades”, conta o executivo. O investimento para a temporada de fim de ano é de, aproximadamente, R$ 200 mil.
HOT PARK Operando desde 1997, o parque nasceu tendo o Lazy River e as piscinas com águas termais como principais diferenciais. Desde então, o empreendimento, que está em Esplanada do Rio Quente (GO), vem apostando em novidades, a fim de se consolidar, até chegar ao título de maior praia artificial com águas naturalmente quentes do mundo, como conta Heber Garrido, diretor de Experiência, Marketing e Vendas. “Em 2015, tivemos duas novidades superbacanas: a inauguração da Mega Tirolesa e o lançamento do Hotibum. Além disso, desde 2018 trabalhamos com muitos conteúdos em parceria com outras marcas, com foco em gerar experiências para toda a família. É um trabalho que nos enche de satisfa-
EXPANSÃO NO NORDESTE Falando em fim de ano, uma novidade extra é aguardada para dezembro. O município cearense de Maracanaú, localizado a 24 quilômetros de Fortaleza, ganhará um novo parque aquático: Cave Park. De acordo com Cícero Nobre, proprietário do empreendimento, a nova aposta chega para acompanhar o contínuo crescimento do destino. “A gente, que é empresário, gosta de enfrentar os desafios que encontra 10 Brasilturis
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ção”, diz o profissional. Ainda de acordo com o empresário, a previsão de incremento de púbico é em torno de 10% para a temporada do início deste ano. “Em termos de faturamento, podemos dizer que esperamos crescer aproximadamente 15%. Também alinhamos uma estratégia para 2020, indicando um aumento médio de 10% a 12% no volume de público em relação a este ano”, declara o diretor, comparando os futuros investimentos com as ativações que já ocorreram, como a parceria com a produção da Gloob, Detetives do Prédio Azul (DPA). Para as festividades natalinas, o complexo aposta na comemoração tradicional em família. A programação de Réveillon está em fase final de elaboração e deve ser divulgada em breve.
pela frente. Por isso, decidimos desenvolver uma nova opção de lazer em uma das cidades que mais crescem no Nordeste”, declarou ao Brasilturis Jornal. Ainda sem previsão exata de abertura, o Cave Park terá 15 mil metros quadrados neste primeiro momento, com previsão de chegar a 40 mil metros quadrados mais adiante. No total, serão gerados 100 empregos diretos. A expectativa é receber 1,5 mil visitantes por dia, com funcionamento previsto para acontecer entre terças-feiras e domingos, além dos feriados.
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PARQUES E ATRAÇÕES PERNAMBUCO MIRABILANDIA Com 17 anos de história, o empreendimento localizado no Recife (PE), vem sentindo as mudanças causadas pela crise desde 2014, com impacto maior em 2017, segundo Antônio Peixoto, sócio-gerente da propriedade. “Temos sentido impacto no fluxo de visitantes, por exemplo. No entanto, estimamos melhorias econômicas e, com isso, todos serão beneficiados. Temos expectativas otimistas para o ano, mas é difícil estipular por conta deste cenário atual”, detalha. O parque promove, durante o ano, alguns even-
tos, dos quais PERNAMBUCO um dos destaques é a ‘Hora do Terror’, que acontece entre o final de outubro e o começo de novembro. Peixoto afirma que haverá ações pontuais durante a temporada de fim de ano. “Os clientes contarão com atrações novas, como, por exemplo, o Tapete Mágico. Além disso, teremos eventos menores com a presença do Papai Noel e outros mais focados em entretenimento, como balada e ações distintas”, afirma o profissional, que estima um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão para o parque.
Recife
ampliar essa ideia, mas ainda não temos nada definido”, declara. RIO GRANDE DO SUL
Gramado Canela
Porto Alegre
RIO GRANDE DO SUL ALPEN PARK O empreendimento, localizado em Canela (RS), possui 16 anos e vem conseguindo manter investimentos de maneira constante e orgânica, conforme nos conta Renato Fensterseifer, CEO do Alpen Park. “A gente teve muita inovação, como o primeiro cinema 4D do Brasil e o primeiro cinema 5D da América Latina. Nossa última novidade foi o bate-bate que, de forma inédita, não conta com hastes presas aos
carrinhos”, explica o executivo, que se orgulha em lembrar que a propriedade já registra crescimento frente ao ano passado e que, neste segundo semestre, a expectativa é ainda maior. As festividades de fim de ano já estão na programação da empresa. As Paradinhas de Natal, evento criado no ano passado para proporcionar um ar lúdico aos visitantes, se mostrou um sucesso e deverá acontecer novamente neste ano. “Alguns músicos e nosso mascote rodeiam o parque, cantam músicas e interagem de forma divertida com os turistas. No fim de 2019, a gente quer
SANTA CATARINA
Balneário Camboriú Florianópolis
SANTA CATARINA BETO CARRERO WORLD Durante seus 28 anos de existência, o parque, situado em Penha (SC), é considerado um exemplo de empreendedorismo brasileiro. Rogério Siqueira, CEO do parque, afirma que o Beto Carrero World cresceu dois dígitos nos últimos 12 Brasilturis
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cinco anos, contando com uma performance que não condiz com a realidade do cenário nacional. Este ano, a projeção é crescer de 5% a 8%, tanto no faturamento quanto no público. “Nosso negócio era um parque regional, que pouca gente conhecia. A partir do momento que a gente começou a trabalhar a internacionalização da companhia, com aliança com estúdios, como Univer-
SNOWLAND Neste ano, a projeção do parque de neve em Gramado (RS) é registrar um acréscimo de 30 mil visitantes frente ao ano passado, chegando ao montante de 385 mil. O número é expressivo para um parque que tem apenas seis anos de história. “Em comparação com outros empreendimentos mais tradicionais, nossa consolidação ainda está começando”, declara Paulo Mentone, diretor executivo. De acordo com o executivo, muitos clientes ficam em dúvida se a neve do empreendimento é de verdade e ele explica que se trata do mesmo processo de produção das estações de esqui fora do País. “É feita com água pressurizada que, em baixa temperatura, reproduz as ações da natureza.” Apesar de o fim de ano não ser frio na cidade da Serra Gaúcha, o parque pega carona no ‘Natal Luz’, festa já conhecida sal e Dream Works, passamos a ter abrangência nacional e sul-americana. Recentemente, completamos um ano de abertura do espaço Hot Wheels. Trata-se de uma nova atitude, de uma nova maneira de o público estar em contato conosco”, afirma Siqueira. Reconhecendo os agentes e operadores de viagens como importantes canais de vendas, o parque fez o “Mundo do Agente”, canal de comunicação direta com os profissionais e a maneira que a marca encontrou para ficar mais próxima deles, disponibilizando dicas, informações e capacitações. “A gente sabe o quanto crescemos por conta da cadeia de profissionais que atua em parceria conosco. Hoje, o parque deixou de ser um atrativo e se tornou um destino por meio deles”, se orgulha o profissional.
pelos frequentadores da região, e oferece atividades alinhadas à tradicional programação. A principal é o show de patinação, com profissionais que se destacam no esporte artístico. “Para o final do ano, ainda não temos nada definido, mas é certo que terá ligação com o Natal Luz”, adianta. Os clientes também poderão contar, por exemplo, com o novo acesso ao parque, estacionamento, fachada, recepção e loja de souvenires. “Isso, em conjunto com as atrações artísticas, irá encantar nossos clientes”, declara.
As festividades de fim de ano começam em outubro e, para agradar ainda mais aos clientes, operam diariamente a partir de novembro. No Natal, a programação conta com o “Show de Natal do Shrek”, único em todo o mundo, como recorda o CEO. “A atração está em sua quarta temporada e, neste ano, apresentaremos algumas modificações para atender à expectativa dos clientes. Os visitantes aproveitam nossas atrações e têm o show como grand finale”, conta. Mais próximo do Réveillon, uma das atrações é o Festival Villa Mix, que acontece em 28 de dezembro, dia de aniversário do parque. Em 2018, a terceira edição do evento reuniu 29 mil pessoas. Este ano, a estimativa é chegar a 30 mil visitantes e registrar um faturamento de R$ 2,4 milhões.
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PARQUES E ATRAÇÕES SÃO PAULO São José do Rio Preto
Olímpia Campinas Valinhos São Roque
São Paulo
Suzano
SÃO PAULO BARRETOS COUNTRY THERMAS PARK Instalado em Barretos (SP), o empreendimento já existe há 11 anos. Durante sua história, a propriedade contou com investimentos importantes, como a ampliação do parque aquático, em 2015, que incluiu a praia artificial e um complexo de toboáguas. Até julho deste ano, é possível perceber um aumento de 50% no público do parque. Durante o fim de ano, o Barretos Country Thermas Park prepara
MAGIC CITY Fundado em 1996, o empreendimento localizado em Suzano (SP), vem investindo em novas atrações e ampliando o parque, ao mesmo tempo em que fortalece a parte hoteleira, como declara Marcelo Camargo, coordenador de Marketing. “No último ano, alcançamos a marca de 600 mil visitantes do Brasil. Já em 2019, buscamos crescer entre 20% e 30%, tanto no volume de público quanto no faturamento, consequência do investimento acima de R$ 3 milhões previstos para o ano”, complementa o profissional. A propriedade conta com algumas surpresas para o segundo semestre. A começar pela Oásis, nova piscina aquecida, com temperatura da água chegando a até 40°C, que foi inaugurada em julho. Além disso, em outubro, os 14 Brasilturis
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diversas atividades para adultos e crianças, com oficinas especiais, festas comemorativas com ceia, show ao vivo e espetáculos de queima de fogos, como declara Filipe Rezende, diretor de entretenimento e projetos do Grupo GR, administradora do empreendimento. Mesmo nessa época, em pleno verão, os clientes poderão aproveitar uma das principais novidades do parque: o Ice Bar. “É o primeiro bar de gelo fixo do noroeste do estado e chega a impressionante temperatura de -20°C, tornando uma opção para quem quer fugir do calor de 35°C comum na região”, ressalta. Além disso, as crianças têm uma programação exclusiva, proporcionada pelos amigos Luluzinha e Duduzinho, acompanhados da búfala Xuxinha e pela arara-azul Chico. visitantes poderão conta com o Maverik, um toboágua que promete testar a coragem dos clientes e será a maior atração do local. É possível realizar confraternizações de fim de ano no Magic City, já que o parque possui uma estrutura para atender empresas de diferentes portes e pode sediar eventos de até quatro mil pessoas. Os visitantes têm o “night use” à disposição, contando com festa noturna, com destaque para a gastronomia e programação exclusiva, incluindo música e animação.
HOT BEACH OLÍMPIA O empreendimento, que entrou em operação em abril de 2017, é o mais recente de nossa lista. Mesmo tão novo, ele já coleciona algumas conquistas, como a aprovação dos moradores, que usam o parque para fazer day use; bem como os paulistanos, que fogem rapidamente da rotina para aproveitar os serviços que o lugar proporciona. Por isso, o empreendimento, situado em Olímpia (SP), estima crescimento de 7% para este ano, tanto no faturamento quanto no público, na comparação com os números de 2018. No mês passado, o Hot Beach Olímpia apresentou aos seus clientes algumas surpresas e atividades. Além das atrações aquáticas infantis e das atividades de recreação, houve oficinas de artes circenses, com elementos acrobáticos de solo e aéreos, manipulação de objetos, entre outros. No entanto, de acordo com Sergio Ney Padilha Garcia, diretor executivo do Grupo Ferrasa, empresa detentora do complexo Hot Beach, o segundo semestre promete ainda mais. “Estamos com vários eventos sendo preparados, como Dia dos Pais, Semana da KIDZANIA Aberto em 2015, o empreendimento localizado no bairro de Pinheiros, na capital paulista, vem conseguindo demonstrar qual é seu principal objetivo e papel: educação unida com o entretenimento. A propriedade espera crescer entre 10% e 15%, tanto no público quanto no faturamento, já contando com o viés de correção ao que já tinha sido orçado. “Essa combinação é algo entendido e percebido pelos nossos visitantes. Em um primeiro momento, a gente teve uma comunicação mais forte com o entretenimento e essa força já se dissipou, mantendo a questão educacional em evidência. Percebe-se que o entretenimento vai além, que ele pode ter o conhecimento aliado, não só no discurso, mas na ação”, declara Miriam Uono, CEO do Kidzania. Diferentemente de todos os outros parques, o Kidzania trabalha ações sociais em sua temporada de fim de ano. “Temos outras Kidzanias em outras partes do mundo e, como tratamos com países, culturas e regiões diferentes, não atrelamos a nada específico”, detalha. O empreen-
Pátria, semana da criança, festivais gastronômicos, Oktoberfest, Halloween, Natal Encantado e Réveillon”, declara. Os dois últimos, segundo o executivo, são ocasiões muito especiais para as famílias. “Estamos começando a organizar ceias de Natal e Réveillon e logo teremos mais detalhes para começar a comercializar os pacotes específicos para essas datas”, estima Garcia. O profissional adiantou que haverá decoração especial, shows musicais, eventos temáticos e gastronomia, sem deixar de lado a segurança necessária para o período. dimento aproveita a época para estimular a entrega de brinquedos novos e seminovos para doações. “É o momento ideal para promover a conscientização. Como estamos dentro de um shopping, o fato de você incentivar esse apelo mais social possibilita que outras crianças também aproveitem o período de festividades. A repercussão é sempre positiva. Além disso, reservamos uma data para realizar o ‘Kidzania Para Todos’, quando não cobramos entrada das várias instituições que nos procuram durante o ano. Nosso investimento é ceder um dia da nossa operação para essas pessoas que não têm acesso às nossas atrações”, explica Miriam.
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PARQUES E ATRAÇÕES HOPI HARI Sob nova gestão desde maio, o Hopi Hari, que completa 20 anos em novembro, conta com importantes eventos para atender ao público. Em julho, o destaque do parque, localizado em Vinhedo (SP), foi o tema “Volta ao Mundi”. Já este mês, a novidade fica por conta daquela que Alexandre Rodrigues, presidente do Hopi Hari, considera a maior atração do ano: A Hora do Horror, temática que vai consumir boa parte do investimento de R$ 2,8 milhões alocado para as novidades do ano. “Serão adicionados mil metros quadrados trabalhados com o tema de terror, com vários lugares que
colocarão a coragem do público à prova”, declara o executivo. Quanto às festividades de fim de ano, que começam em novembro, o parque informa que contará com eventos para diversos perfis. Uma das ações é o Orgulho Gay, marcado para 24 de novembro. “É um evento que está sendo muito bem explorado, que estamos valorizando, e reúne 15 mil visitantes”, conta. Para o Natal e Réveillon, em específico, Rodrigues afirma que o parque já conseguiu a liberação para fogos de artifício e que contará com árvore de Natal e parada natalina, entre outras tematizações. “Ainda não temos todos os detalhes fechados, incluindo a previsão total
WET’N WILD Inaugurado em 1998, o parque aquático se consolidou como sinônimo mundial de inovação e qualidade, como declara Alain Baldacci, presidente do empreendimento. “O Wet’n Wild brasileiro conseguiu reconhecimento internacional, ganhando prêmios como o de melhor evento do mundo em parque aquático, o único a ter uma temporada de terror, as ‘Noites Macabras’, além de ter implantado o primeiro centro de convenções e eventos dentro de um complexo de lazer e diversões, o White Pavilion, que, desde 2011, recebe todo o tipo de eventos empresariais”, detalha. Em geral, a propriedade conta, durante o Réveillon, com duas bandas e distintos tipos de festa: Pool Party, que pode ser curtida tanto com o tradicional pulo das sete ondinhas quanto nos
camarotes especiais; e Premium Dinner, com mesas reservadas no White Pavilion e jantar completo. “Os pontos altos têm sido o open bar na piscina, os fogos de artifício, em especial a cortina de fogos, a contagem regressiva em painéis de LED e uma atração especial, às vezes com apresentação de um grupo de escolas de samba”, complementa o presidente. A novidade deste ano está por conta de uma banda que promete agitar o público e ainda é mantida sob sigilo pela organização. Além disso, haverá, pela primeira vez, o Réveillon Kids, na Ilha Misteriosa do Cascão, com os personagens da Turma da Mônica, próprio para as famílias que não querem deixar os pequenos fora da diversão de fim de ano.
SKI MOUNTAIN PARK Inaugurado em 1998, o parque é a única pista artificial para a prática de esqui no Brasil e conta com número crescente de adeptos a cada ano. A previsão para 2019 é crescer de 15% a 20% em faturamento e público, na comparação com os números de 2018. De acordo com Roque Silva, diretor geral do Ski Mountain Park, o empreendimento oferece aos seus visitantes a oportunidade de desfrutar dos prazeres locais e da vista panorâmica de São Roque (SP). No ano passado, a propriedade inaugurou uma nova pista de esqui e snowboard, de três mil metros quadrados e 400 metros de comprimento. Além de servir para o lazer, a atração é utilizada para a pre16 Brasilturis
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de investimentos para a temporada. Sabemos que poderemos reutilizar alguns itens de ‘A Hora do Horror’ para a época, como o palco”, declara. O empreendimento está com expectativas otimistas para o ano. Hoje, o parque já registra um aumento de 40% no faturamento frente ao ano passado. A previsão é fechar 2019 com um faturamento de cerca de R$ 100 milhões, quase o dobro do registrado no ano anterior. Este crescimento no faturamento se dá, principalmente, pela
previsão de acréscimo no público, estimando chegar a 950 mil visitantes - 400 mil a mais do que em 2018 - e com uma média de oito mil pessoas por dia, o dobro da frequência do ano passado.
PARQUE DA MÔNICA Inaugurado em julho de 2015, o empreendimento - idealizado pela Mauricio de Sousa Produções, em união com o Grupo Empresarial São Joaquim - reúne, no Shopping SP Market, atrações para todas as idades, indo desde montanha-russa até espaço para colorir e encontros com os personagens da turma, bem como apresentações musicais. Para este ano, é projetado um crescimento de 10% no público em relação ao ano passado. De acordo com Marcelo Beraldo, diretor executivo do parque, a equipe está otimista de que o objetivo será alcançado. Durante as festas de fim de ano, o parque, localizado na capital paulista, apresenta a Oficina de Cartinhas do Papai Noel, que tem como objetivo estimular a criatividade, a escrita e a coordenação motora. Depois de escrever sua cartinha, a criança pode entregar seu pedido para o bom velhinho e tirar fotos para eternizar o momento em um local exclusivo dentro do próprio Parque da Mônica. Além disso, Beraldo acredita que novos serviços também poderão ser melhor aproveitados pelos seus visitantes. “Este ano, inauguramos a nova atração Simulador 4D Coelhadas nas Estrelas. O brinquedo foi especialmente equipado com projeção 3D, poltronas com movimentos e efeitos que exploram os sentidos sensoriais”, detalha.
paração de atletas brasileiros que disputam competições de inverno pelo mundo. Nas festividades de fim de ano, o Ski Mountain Park conta com festas temáticas. “No ano passado, realizamos a Montanha Natalina. O parque teve desfiles na praça principal com personagens do Natal, luzes decorativas, cinema com curta metragem temático e até iglu do Papai Noel”, detalha Silva. Para este ano, estão programadas atrações inéditas para os turistas que passeiam pelo parque. “As apresentações e os eventos proporcionam momentos marcantes e inesquecíveis na memória dos visitantes, pois são recheados de personagens, músicas, cores e fantasias”, finaliza o diretor.
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AVIAÇÃO
Tríplice de baixo custo Com a chegada da Flybondi e a consolidação da Sky Airline e da Norwegian Air, setor aéreo deve ter redução de preço em setembro POR LEONARDO NEVES
O
anúncio da chegada da Flybondi, companhia low cost argentina que confirmou o início das operações entre Buenos Aires (Argentina) e Rio de Janeiro (RJ) para outubro, marca a entrada da terceira companhia de baixo custo no Brasil. A aérea foi antecedida pela chilena Sky Airline que voou pela primeira vez no mercado brasileiro ligando São Paulo (SP) a Santiago (Chile) em novembro de 2018 - e pela Norwegian Air que passou a operar o primeiro voo low cost intercontinental do País com destino a Londres (Inglaterra), a partir da capital fluminense. Com as recentes mudanças aprovadas pelo Governo Federal, especialmente a aprovação da abertura total do capital estrangeiro no mercado aéreo, o cenário parece apontar para a expansão da lista de companhias estrangeiras em operação no Brasil. O grupo espanhol Globalia, dono da Air Europa, foi o primeiro com investimentos 100% provenientes do exterior autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a operar voos nacionais no País, em maio. A empresa ainda não anunciou a malha e o início das opções domésticas.
C
Sem definição
inco slots e ativos da Avianca Brasil, em recuperação judicial desde dezembro de 2018, foram leiloados entre a Gol e Latam, em 10 de julho. Consultadas pelo Brasilturis, as duas empresas informaram que ainda não definiram como será a operação na prática, considerando os bilhetes já vendidos aos consumidores e agências. A Azul era elegível, mas optou por não participar do leilão “por 18 Brasilturis
No caso das empresas de baixo custo, o mercado aéreo brasileiro se tornou mais propício para a expansão dos negócios já consolidados. Novas rotas estão sendo estudadas e devem ser implementadas em breve. Jaime Fernandez, gerente de vendas da Sky, anunciou uma rota sazonal ligando Salvador (BA) à capital chilena – que opera entre 30 de dezembro de 2019 e 2 de fevereiro de 2020 -, a reativação do voo a partir de Florianópolis (SC) – com início em 5 de novembro deste ano - e o aumento de seis para 12 frequências semanais entre Santiago e Rio de Janeiro durante os meses de janeiro e fevereiro de 2020. Oito meses após a primeira decolagem no Brasil, o executivo informa que a empresa não descarta expandir a oferta novamente em breve. “O Brasil é um grande mercado, com tráfego aéreo bem acima do chileno, e nosso modelo de baixo custo foi bem-sucedido, já que a promessa de oferecer preços mais convenientes para viajar e conhecer novos destinos é real”, destaca, reforçando que a aérea segue em permanente avaliação de rotas e receitas para novos mercados. Segunda companhia a operar
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não acreditar na legitimidade do processo”, como informou em nota. O desfecho dessa história, entretanto, parece bem distante já que especialistas questionam a inclusão das autorizações para pousos e decolagens como ativos da Avianca Brasil. Segundo norma publicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o slot “não integra o patrimônio da empresa de transporte aéreo ou do operador aéreo”, o que signifi-
Julian Cook (Flybondi)
Jaime Fernandez (Sky Airline) Matias Maciel (Norwegian Air)
PARA CABER NO BOLSO
no modelo low cost no Brasil, a Norwegian Air estreou a ligação de baixo custo entre o País e a Europa, voando do Rio de Janeiro para o Aeroporto de Gatwick, em Londres. Matías Maciel, diretor de Comunicação da aérea na América do Sul, reforça o alto índice de satisfação dos clientes brasileiros e destacou o trabalho de divulgação da empresa no Brasil para aumentar a familiaridade do consumidor com a marca quatro meses após o início das operações. O executivo acredita que as políticas públicas estão tornando o ambiente ainda mais propício para os negócios e aponta a abertura do capital estrangeiro como um passo importante para o País. Apesar dessa visão otimista, ele reforçou que o foco atual da área está em consolidar as operações iniciais e que não há previsão para expansões. “O setor de aviação comercial precisa de condições de mercado adequadas para se desenvolver e medidas nessa direção [abertura do capital estrangeiro] são estímulos para a atividade”, concluiu Maciel.
Apesar da expansão na oferta de low costs, o fato é que o preço médio do bilhete aéreo no País subiu, impulsionado pela crise da Avianca Brasil. Segundo informações da Anac, de abril do ano passado a abril deste ano o aumento chegou a 30,9%. O Ministério da Infraestrutura prevê que a redução deva acontecer em setembro. Durante uma coletiva de imprensa em Brasília (DF), em 15 de julho, Tarcísio Gomes, ministro da pasta, justificou a redução pela combinação de proximidade em relação ao início das novas operações internacionais – que aumentam a competição e ajudam a derrubar o preço - e a consolidação de políticas de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o querosene da aviação, promovidas individualmente por cada estado brasileiro. Ele reforçou que o Ministério tem mantido diálogo com outras low costs de aviação que devem estrear no Brasil em breve.
ca que ela não pode comercializá-lo. Além disso, no fim de julho, a Anac determinou que os 41 slots deixados pela companhia em Congonhas fossem distribuídos para empresas com até 54 pousos e decolagens diárias no terminal de São Paulo, colocando mais um capítulo para a “novela”. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido determinado quais companhias ficariam com os horários, que valem até março de 2020. A Gol informou que “aguardará a análise e aprovação do processo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica [Cade], além da autorização da transferência dos slots pela Anac e, consequentemente, a confirmação da validade do leilão pelo poder judiciário”. Já a Latam apenas se manifestou comunicando o negócio realizado aos investidores da companhia. As duas aéreas ficaram com cinco
dos sete lotes que foram a leilão, sendo três para a Gol e dois para a Latam, que adquiriram slots para operações nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos (SP) e no aeroporto Santos Dumont (RJ), pelo valor somado de US$ 147 milhões, o equivalente a R$ 553 milhões. A dívida da aérea, que continua em recuperação judicial, já ultrapassa os R$ 3 bilhões. A Gol ficou com 32 slots em Guarulhos, 20 em Santos Dumont e 31 em Congonhas; já a Latam adquiriu 32 horários em Guarulhos, 14 no Santos Dumont e 23 em Congonhas. Os dois lotes que não foram arrematados contêm outros 23 slots em Congonhas e o programa de fidelidade Amigo, da Avianca Brasil. O pagamento das ofertas está condicionado ao reconhecimento legal do leilão e, caso prevaleça a norma da Anac, os slots retornam à base da Agência para que seja feita a redistribuição.
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MARKETING
Ricardo Hida CEO da Promonde, formado em administração e pós-graduado em comunicação ricardo@promonde.com.br
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ada é mais cansativo do que teorias conspiratórias. Embora sejam divertidas em um primeiro momento, elas ficam insuportáveis quando são repetitivas e assumem as culpas pelas más escolhas humanas. Por outro lado, o raciocínio ingênuo, preguiçoso e
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Turismo selvagem? superficial em uma mente fértil e pouco habituada à leitura pode ser tão perigoso quanto uma teoria da conspiração. A boa intenção, sem reflexão sobre consequências, causa prejuízos irreparáveis. E não são poucas as vezes que isso acontece no Turismo. Acredita-se, e tenho provas suficientes para concordar, que a indústria de viagens represente uma atividade fundamental na economia do futuro. Ela tem potencial para promover o desenvolvimento sustentável de uma comunidade, a diversidade e o diálogo entre povos; mas também pode ser altamente prejudicial quando não é plane-
jada. Tomemos como exemplo as praias brasileiras, que já sofrem ao se tornarem esgoto dos balneários e ficam insuportavelmente sujas com o turismo predatório. Outra questão que merece destaque é a nova regulamentação para visitação ao Parque Estadual do Jalapão, que proíbe o uso de drones para filmagens e fotografias nas dunas e impede o banho nas lagoas próximas. Na maior parte das vezes, esse tipo de iniciativa é capitaneada por apaixonados pela natureza que veem seus templos destruídos pela chegada do overtourism. Esse conceito, embora não seja novo, voltou ao debate quando destinos como Barcelona começaram a debater a criação de barreiras à entrada de um excessivo número de visitantes. Não são poucos os destinos que se arrependeram profundamente de investir mal em estratégias de promoção ao verem seus patrimônios naturais, culturais e históricos sofrerem grandes danos. Mas existe uma ingenuidade ainda pior em nossa indústria do que acreditar que toda forma de turismo vale a pena: a da exploração animal nas viagens. Há poucas semanas, uma conhecida influenciadora russa postou uma foto abraçada a um urso, naturalmente feroz, mas que se portava com a doçura de um cão guia. Ela escreveu “Nada como amor e cuidado para deixar um urso fofo”. Não foi preciso mais que dois minutos para saber os tratamentos nada amorosos que foram dados para amansar o urso. Os críticos acu-
saram a influenciadora de cinismo e conivência com os maus tratos. Prefiro acreditar que seu comportamento foi ingênuo, assim como o de milhões de pessoas que tiram fotos com tigres apáticos na China, sobem em elefantes na Índia, ou passeiam alegremente com as crianças em charretes no interior do Brasil. Não se trata de um texto inquisitório com objetivo de gerar culpa em quem, por ignorância, já participou de atividades que exploram animais. O que não é aceitável é insistir no erro e continuar vendendo ou consumindo esse tipo de experiência. Essa mudança de consciência avança rapidamente e já influencia as novas gerações. O turismo de observação e contemplativo de animais selvagens em seus habitats deve ser plenamente estimulado. No entanto, aqueles que incentivam a caça e o mau trato aos animais precisam ser combatidos, não apenas por ONGs, mas pelas próprias empresas que promovem e comercializam viagens. A questão é tão significativa que grandes grifes decidiram abolir a presença de peles de animais em suas coleções e investem em alternativas ao couro. Há ainda o crescimento da hotelaria pet friendly e o aumento de opções sem proteína animal nos cardápios, não só em grandes restaurantes, mas também nas redes de fast food. É fato que uma mudança significativa está acontecendo no comportamento do consumidor. Em um estudo recente publicado pelo BCG Group, em parceria com Altagamma, a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente e aos animais aparecem como atributos exigidos de uma marca de luxo, assim como tradição, excelência e o caráter artesanal. A consultoria Deloitte também divulgou uma pesquisa mostrando que consumidores de alto padrão exigem das grandes grifes um comportamento ético e o apoio à preservação da natureza. Erra quem atribui tal comportamento a uma ou outra ideologia política ou, pior, ao modismo. Aliena-se quem acha que tudo não passa de teoria conspiratória. E assume um compromisso com o fracasso quem não encara a realidade e promove mudanças em um novo tempo que pede mais consciência.
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AGÊNCIAS E OPERADORAS
Crise como oportunidade BestBuy Hotel comemora os resultados positivos no espaço corporativo que foi ampliado e reconfigurado para receber bem seus colaboradores internos POR CAMILA LUCCHESI
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e cinco funcionários para mais de 70 em pouco mais de cinco anos. O modelo de negócios da BestBuy Hotel, consolidadora sediada em Jundiaí (SP), mostra que é possível empreender e ter lucro no País, sem perder o foco em questões essenciais. A humanização é tão importante na estratégia da empresa que os valores foram construídos em parceria com os colaboradores e impressos no vidro do lobby da sede. “Ética, confiança, respeito, responsabilidade, superação, honestidade, experiência, moral, dignidade, comprometimento e fé. A gente não abre mão dessas características nas nossas relações”, afirma Nice van Oorschot, diretora de operações. Ela e o marido, o empresário Victor van Oorschot, que ocupa o cargo de CEO da consolidadora, estão no mercado de Turismo há 30 anos. “Fomos proprietários da Eurolink por mais de 20 anos até vendê-la para o maior grupo de capital aberto da América Latina, em 2011. Dois anos depois, em 1º de novembro de 2013, fundamos a BestBuy Hotel durante um jantar em casa. Éramos cinco pessoas, um ano depois já éramos 15”, relata Nice. Nesse tempo, não foi só o número de colaboradores que cresceu. A consolidadora viu sua base de clientes sair de cem para 2,8 mil agências ativas em pouco mais de cinco anos; o faturamento anual subir de R$ 1 milhão para R$ 400 milhões; e o espaço físico sair de uma pequena sala para quatro andares de um prédio comercial de 480m², incluindo copa gourmet e varandas externas. A empresa projeta crescimento de 47% em 2019, na comparação com o ano passado, e anunciou investimentos importantes para o segundo semestre. O primeiro é a inclusão de um chat on-line dentro do portal, a partir deste mês, que promete mais agilidade aos agentes de viagens que compõem o único canal de vendas para a consolidadora. O portfólio atual conta com 600 mil hotéis internacionais e quatro mil 22 Brasilturis
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opções de hotelaria nacional com contratos diretos, além de serviços de transfer, grupos e locação de veículos. A oferta nacional também vai ganhar reforço, até outubro, com a entrada de outros 800 hotéis à carteira da BestBuy. Mas o maior investimento será na internacionalização da consolidadora, previsto para acontecer nos próximos meses. Victor afirma que passará a vender a hotelaria nacional para clientes no exterior, principalmente na Europa e na América do Sul. “HOTEL É COMMODITIE” Para o CEO, não existe um segredo de sucesso. A estratégia é estar junto aos clientes para entender suas necessidades e crescer em conjunto. “O hotel, em si, é commoditie. O que a gente vende é prestação de serviços às agências, com as quais temos uma relação que vai além dos negócios. Não somos fornecedores, somos parceiros e investimos forte em ações de Business Intelligence e Big Data para entender as necessidades deles. O que eles precisam de nós, como devemos entregar, que tipo de auxílio podemos prestar em termos de marketing e tecnologia”, defende. Foi dessa proximidade que surgiram os “Best Encontros”, há quatro anos. “Reunimos alguns empresários de Turismo para conversar sobre os desafios do setor. A conversa foi tão produtiva que entrou para o nosso calendário fixo. Marcamos com tomadores de decisão de 20 a 30 agências que podem ser nossos clientes ou convidados para analisar o mercado”, explica Victor. Na pauta dos encontros – que já têm agenda confirmada para os próximos meses em São José do Rio Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) - entram assuntos que vão desde estratégias para sucumbir à pressão das OTA’s até curiosidades sobre mark up e formatação de preços pelas operadoras. “Eles percebem que as dificuldades são as mesmas e começam a se abrir, em busca de soluções
Equipe durante inauguração do novo novo espaço corporativo
Tenho mais de 70 colaboradores, mas a minha força de vendas, a minha equipe comercial, é formada pelas agências. Se a gente não entender quais são as dificuldades delas, qual é a nossa função? Victor e Nice van Oorschot
conjuntas. Tenho mais de 70 colaboradores, mas a minha força de vendas, a minha equipe comercial, são essas agências. Se a gente não entender quais são as dificuldades deles e como eles vendem, qual é a nossa função? Não é só captar cliente, conectar e comprar, o trabalho vai muito além”, defende. ATENÇÃO AOS DETALHES Assim, o foco da empresa hoje está em equalizar excelência com agilidade. “O diferencial é o atendimento, se não tiver preço bom eu nem entro no jogo. Afinal, não queremos apenas crescer em número de clientes, mas aumentar o share com cada um deles”, diz. Nesse quesito, um dos diferenciais da empresa é a reconfirmação de 100% das reservas para se antecipar aos problemas, com a ajuda da tecnologia e de três colaboradores. Victor afirma acreditar no potencial do Brasil, apesar das deficiências que não são novidade para quem atua na área. “Nosso problema, tanto do ponto de vista do investidor quanto olhando como empresário, é a falta de regulamentação, a instabilidade politica e econômica, a mudança de regra no meio do jogo e, claro, infraestrutura e prestação de serviços. Trazer um estrangeiro por São Paulo é tranquilo, o problema é
deslocá-lo para o Centro-Oeste, por exemplo. Nossa malha ferroviária é nula, a rodoviária é deficitária e o atendimento fica muito para trás, já que a carência de profissionais que falam uma língua estrangeira pesa”, relata. Atualmente, segundo o CEO, 90% do resultado financeiro da empresa – que faturou R$ 187 milhões e cresceu 24,6% no primeiro semestre – vem da venda de hotelaria. Os outros 10% são divididos igualmente entre locação de veículos e serviços terrestres (transfers e excursões). “Crescemos mais em tempos de crise porque é ela que faz você encontrar outros nichos, sair da zona de conforto e inovar para modificar o mercado”, define. Para ele, problemas existem no mundo inteiro e o melhor é envolver os colaboradores na busca por soluções. “Uma das minhas maiores funções aqui é trazer o melhor das pessoas e provar a elas que, como dizia meu avô, a diferença entre sucesso e fracasso é de apenas 1%. Essa é a porcentagem de pessoas que, depois de ter uma ideia, se estrutura para executá-la. A gente passa batido por muita coisa, tudo acontece muito rápido hoje em dia, mas não podemos deixar de dar atenção aos pequenos detalhes, pois eles podem mudar tudo. Eu acredito que a vida é muito mais que fazer negócios”, finalizou.
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Foto: Dragon Rid
PUBLIEDITORIAL
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que significa aventura para você? Significa remar em um caiaque ao longo das cabeceiras do Everglades? Experimentar a gravidade zero em uma montanha russa? Talvez explorar pelo topo das árvores de uma floresta de árvores ciprestes? Em Kissimmee, significa tudo isso. PARQUES TEMÁTICOS Há apenas dez minutos de distância, experimente a magia do Walt Disney World® Resort. Aprecie a majestade do Cinderella Castle no Magic Kingdom® Park, dê um passeio ao redor do mundo no Epcot®, veja o lado selvagem no Parque Temático Disney’s Animal Kingdom® ou encolha até o tamanho de um brinquedo no Toy Story Land no Disney’s Hollywood Studios ™. Além disso, seja a estrela dos filmes no Universal Orlando Resort ™,
Foto: WildFlorida
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NA ÁGUA
NO AR
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PUBLIEDITORIAL
Hollywood Beach Broadwalk
Descubra Greater Fort Lauderdale Com refeições e atrações para viajantes internacionais que querem experimentar novas culturas e belas paisagens, Greater Fort Lauderdale recebe visitantes de todo o mundo PRAIA É SÓ O COMEÇO Os mais de 37 quilômetros de praias com ondas azuis tornam fácil a tarefa de sentar-se ou passear durante horas, apreciando a brisa e observando a água com navios de cruzeiro, iates e veleiros continuamente cortando o horizonte. Com uma temperatura média da água de 26,5°C, a natação é uma atividade durante todo o ano em Greater Fort Lauderdale, junto com snorkel e uma variedade de esportes aquáticos repletos de diversão. Embarque em uma aventura de barco pelos mais de 480 quilômetros de vias navegáveis e veja porque o destino é conhecido como a “Veneza da América”. As opções incluem passeios para pesca de alto mar e aulas de mergulho em pontos que facilmente irão trazê-lo cara a cara com a incrível vida marinha local. CENA INESPERADA DE RESTAURANTES E VIDA NOTURNA Com tantas opções de restaurantes tentadores, os visitantes começaram a conversar e trocar indicações, o que vem transformando Greater Fort Lauderdale, rapidamente, no destino preferido da Flórida. Sob o sol, os paladares refinados têm à disposição churrascarias clássicas e café da manhã na praia. Isso sem falar em novos pratos do estado feitos com ingredientes frescos, incluindo frutos do mar direto do Atlântico, frutas e legumes originários do campo.
Experimente um passeio gastronômico ou uma aula de culinária. E, para ter a vivência mais importante de Greater Fort Lauderdale, jante em um dos vários restaurantes à beira-mar com acesso por barco. Os habitantes chamam, apropriadamente, essa atividade popular de “docking n’dine”. À noite, desfrute de bebidas sob as estrelas, cervejas artesanais mais badaladas, clubes no centro da cidade e corridas de praia ao luar. Uma cena vibrante de artes e cultura ganha vida no Riverwalk Arts & Entertainment District, ao longo da cênica New River, com performances empolgantes, exibições emocionantes, música, filmes, locais históricos e muitas outras opções. É uma mistura brilhante de casual e sofisticado que oferece algo diferente para todos os tipos de notívagos. GOSTA DE FAZER COMPRAS? Comece sua experiência no maior outlet do mundo, o Sawgrass Mills, e visite as lojas de luxo Prada, Kate Spade, Bloomingdale’s Outlet e Saks Off 5th. Dirija-se ao The Galleria, em Greater Fort Lauderdale, para fazer compras sofisticadas no melhor local. Ali você encontrará varejistas mundialmente famosos como Macy’s, Neiman Marcus e Dillard’s, além de restaurantes de luxo e o Red Door Spa de Elizabeth Arden. Prepare-se para fazer uma declaração de amor à genuína moda local. Reinvente o seu estilo com looks boêmios e dignos das pis-
tas, encontrados em espaços imprevisíveis. Designers de renome montaram lojas com ar vintage, boutiques pop-up e estúdios por toda a cidade. Localizada no The YARD, em Wilton Manors, a Wander Shop vende moda com essa mistura boêmia. A boutique eclética é pequena em tamanho, mas grande em charme, com seleções exclusivas de roupas e acessórios perfeitas do brunch até as boates. Se você quiser fazer um mergulho na praia, o Montce Swim é o seu destino para trajes de banho de grife. Com uma grande clientela composta por celebridades e presença online, a loja chama a atenção em Greater Fort Lauderdale. Independentemente do que você procura - sejam peças ultracontemporâneas, chiques, bohos ou com tiras - seu mais novo traje inspirará confiança e elogios. Há também as boutiques da Las Olas Boulevard, nas proximidades. Conhecida como a “milha do estilo” de Greater Fort Lauderdale, a mundialmente famosa avenida é repleta de boutiques, restaurantes com lounges animados e cafés com mesas na calçada. Las Olas também é uma parada importante ao longo da rota de táxi aquático da Greater Fort Lauderdale. Planeje sua escapada em Greater Fort Lauderdale com o guia de férias oficial do destino em: pt.vacationplanner.sunny.org
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SEGURADORAS
ORIENTAÇÃO LEGAL
Seguro contra si mesmo Doenças preexistentes estão cobertas pelo seguro-viagem, mas com restrições para tratamentos POR LEONARDO NEVES
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venda de um seguro-viagem é, relativamente, simples. Fazer com que o cliente esteja protegido e tenha atendimento médico em qualquer parte do mundo é um conceito que leva à venda de diferentes serviços ofertados pelas seguradoras e empresas de assistência, com distinções de preços relacionadas, muitas vezes, apenas com o destino escolhido. Entretanto, a popularização do produto levanta questões sobre o preparo do agente de viagens para comercializar os seguros de maneira correta e direcionada para cada perfil de viajante. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), no primeiro trimestre de 2019, a contratação do seguro-viagem cresceu 11,6% na comparação com o ano anterior, movimentando R$ 143,4 milhões frente aos R$ 128,47 milhões de 2018. Esse mercado tem ganhado espaço gradativamente, mas o crescimento na venda de proteção aos turistas traz à superfície discussões que podem ser determinantes para o viajante que precisam ser esclarecidas no momento do negócio. Como, por exemplo, as questões relacionadas às doenças preexistentes. Afinal, o que as coberturas permitem e o que não é possível fazer em uma viagem quando o 28 Brasilturis
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gatilho para o atendimento médico é uma condição de saúde que já está presente no organismo do turista? Você já perguntou para seu cliente se ele tem alguma condição preexistente que possa atrapalhar a viagem? Deixou claro que o seguro e o plano de saúde são produtos distintos? Consultamos seguradoras, empresas de assistência e um médico especializado nesse segmento para explicar melhor essa questão. ASPECTO LEGAL A simplicidade no processo de venda traz o benefício de tornar o produto acessível e apresentar valores únicos, sem distinção, para todos os perfis de viajantes. As diferenças na precificação estão relacionadas com apenas três itens: o nível de cobertura do produto contratado, a região a ser visitada e a inclusão de serviços
complementares. Valéria Pereira, gerente de produtos da Affinity, reforça que não há diferenciação ou acréscimos para viajantes com condições preexistentes. “Procuramos seguir a normativa da Susep, cobrindo quaisquer emergências ou urgências até o valor total do plano escolhido, o que chamamos de despesas médicas, hospitalares e odontológicas ou DMHO”, destacou. A resolução CNSP 315 da Superintendência de Seguros Privados (Susep) determina que todos os bilhetes de seguro-viagem oferecidos devem, obrigatoriamente, cobrir situações emergenciais geradas pelas condições preexistentes até o valor contratado pelo viajante. Publicada em setembro de 2014, a norma exige ainda a estabilização do quadro clínico do paciente para que ele consiga continuar a viagem ou retornar para casa. Pontua, entretanto,
“A pessoa com uma doença-base que contrata um seguro quer garantir cobertura durante o período de viagem, como alguém com uma doença coronariana que tem um enfarte. Quando é um caso de procedimento eletivo, no qual a pessoa opta por fazer a cirurgia lá fora e coloca um stent no coração, por exemplo, sem estar em uma situação de risco, o seguro não cobre.” Marcos Loreto - Omint
A indenização é realizada conforme previsto nas condições gerais e limitada ao valor contratado, contemplando despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas efetuadas pelo segurado, sob orientação médica, por acidente pessoal ou enfermidade súbita e aguda ocorrida durante uma viagem. A resolução CNSP 315 da Superintendência de Seguros Privados (Susep) determina que: “As coberturas deverão cobrir episódios de crise ocasionados por doença preexistente ou crônica, quando gerar quadro clínico de emergência ou urgência, até o limite do capital segurado contratado para a cobertura, das despesas relacionadas à estabilização do quadro clínico do segurado que lhe permita continuar viagem ou retornar ao local de sua residência, não havendo cobertura para a continuidade e o controle de tratamentos anteriores, check-up e extensão de receitas. Considera-se: Emergência: situação onde o segurado necessita de atendimento imediato, pois existe risco de morte; Urgência: situação onde o segurado necessita de atendimento, não caracterizado como de emergência, podendo aguardar o atendimento de casos emergenciais.” Fonte: CNSP 315, Capítulo 1º, artigo 3º, inciso 8º, parágrafos 4º e 5º
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“Recomendamos que o passageiro notifique o agente de viagens sobre sua condição clínica para que ele possa recomendar a cobertura mais apropriada. Cada caso apresenta um conjunto específico de potenciais despesas médicas e o valor da cobertura pode fazer toda a diferença, dependendo do problema de saúde.” Gelson Popazoglo - GTA que não há cobertura para caso de tratamentos ou terapias após a estabilização (leia mais no box). De acordo com Marcos Loreto, diretor médico da Omint, as situações de urgência ou emergência ocasionadas por condições preexistentes do viajante estão cobertas, mas tratamentos extensos que envolvam terapias ou cirurgias eletivas que não envolvem risco de morte estão fora de questão. “A pessoa com uma doença-base que contrata um seguro quer garantir cobertura durante o período de viagem, como alguém com uma doença coronariana que tem um enfarte. Quando é um caso de procedimento eletivo, no qual a pessoa opta por fazer a cirurgia lá fora e coloca um stent no coração, por exemplo, sem estar em uma situação de risco, o seguro não cobre”, afirmou. Ter uma condição preexistente não pode, portanto, ser entrave para a venda do seguro-viagem e nem obstáculo para quem deseja viajar e contar com a cobertura. Vale lembrar que a sinistralidade nos casos de doenças-base é considerada ocorrência médica, item que compõe a maior causa de acionamento do seguro durante as viagens, segundo dados das empresas consultadas para essa reportagem. Entre elas, apenas a Global Travel Assistance (GTA) informou a porcentagem precisa de acionamentos ocasionados por condições preexistentes. Assim, de 66% de todos os atendimentos médicos resultantes de acidentes ou enfermidades em viagens, apenas 14% são em decorrência das doenças-base. DICAS DE ESPECIALISTAS Para evitar complicações e até mesmo a necessidade de acionar o sinistro e frustrar os planos durante o roteiro, é sempre bom estar precavido. “Como o seguro-viagem não é um plano de saúde, é importante que as pessoas com alguma doença preexistente avaliem junto ao médico sua condição para viajar, 30 Brasilturis
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considerando a duração e destino”, destacou Alexandre Crozato, superintendente executivo de seguros de vida da Mapfre. O executivo aconselhou que os viajantes realizem um checkup antes da viagem e tenham em mãos um relatório médico com a descrição do quadro clínico e os medicamentos que faz uso. “Ele deve levar na bagagem de mão a quantidade de remédios proporcional à duração da viagem, verificar com o médico quais remédios devem ser levados para os problemas mais comuns e, se for necessário algum atendimento durante o roteiro, entrar em contato com a central de atendimento do seguro-viagem”, apontou. Valéria destacou outra recomendação importante: manter os dados do bilhete de seguro e os telefones da central de atendimento gravados no celular. “Oriente o passageiro a informar sobre a condição preexistente a um companheiro de viagem ou guia de turismo para que eles possam auxiliar em casos emergenciais”, acrescentou a executiva da Affinity. Caso seja necessário acionar o seguro, é importante que o viajan-
“Ao acionar a equipe de atendimento, o segurado é direcionado para o prestador credenciado mais próximo, sem que tenha de arcar com nenhum custo pelo atendimento emergencial. Porém, caso tenha sido atendido sem a intervenção da equipe, pode solicitar reembolso das despesas.” Renato Rotta – Allianz Travel
te esteja informado sobre as redes credenciadas pela empresa contratada e aquelas em que será preciso solicitar o reembolso, conforme apontou Renato Rotta, gerente de Marketing da Allianz Travel. “Assim, o segurado é direcionado para o prestador credenciado mais próximo, sem que tenha de arcar com nenhum custo pelo atendimento emergencial. Porém, caso ele tenha sido atendido sem a intervenção da equipe, pode solicitar reembolso das despesas”, disse. Gelson Popazoglo, diretor comercial da GTA, aposta no diálogo entre o viajante e o agente de viagens para que a questão fique clara. “Recomendamos que o passageiro notifique o agente sobre sua condição clínica para que ele possa recomendar a cobertura mais
“Como o seguro-viagem não é um plano de saúde, é importante que as pessoas com alguma doença preexistente avaliem junto ao médico sua condição para viajar, considerando a duração e destino.” Alexandre Crozato Mapfre
apropriada. Isso porque cada caso apresenta um conjunto específico de potenciais despesas médicas e o valor da cobertura pode fazer toda a diferença, dependendo do problema de saúde”, disse. Já Fábio Pessoa, líder do segmento de seguro-viagem na Omint, afirmou que opta por uma forma mais simples de apresentar a cobertura de preexistência para facilitar o entendimento. “Como conseguimos oferecer cobertura total nos casos de emergência e urgência, acreditamos que seja mais fácil e esclarecedor dizer o que não cobrimos. Desta forma, apontamos na apólice que não há cobertura em casos de terapias, uso de medicina alternativa e tratamentos de longo período”, destacou.
SEM MEDO DE PERGUNTAR O diretor médico da Omint destacou de que forma o agente de viagens pode questionar o viajante sobre condições preexistentes, sem ser muito invasivo. “Cabe a ele fazer perguntas simples como a data do último checkup, se ele usa remédios para doenças crônicas, se foi internado recentemente. Ele tem de frisar a importância da transparência nessa conversa e obter as informações de forma tranquila”, exemplificou Loreto. Além disso, segundo ele, situações que geram interferências cirúrgicas são avaliadas caso a caso pela equipe da área médica, que pode avaliar a distância e a real necessidade do procedimento realizado, podendo solicitar relatórios e exames que comprovem a urgência. “Já atendemos a um caso de realização de cirurgia de correção de miopia no exterior com relatório médico que informava se tratar de trauma ocular. Então, nos perguntamos como o passageiro poderia fazer uma cirurgia de miopia diante de um trauma. Era algo errado, não havia relação de uma coisa com a outra”, apontou o médico. Obter informação sobre os produtos e condições oferecidas pelo seguro-viagem nunca é demais. Além de apontar a melhor opção para os viajantes que buscam pelas agências, também é possível evitar ruídos de comunicação do que pode ou não estar coberto durante a viagem. Dedicar um pouco mais de tempo para discutir sobre proteção no momento da venda do pacote é sempre o melhor caminho.
“Oriente o passageiro para que informe sobre a condição preexistente a um companheiro de viagem ou guia de turismo para que eles possam auxiliar em casos emergenciais.” Valéria Pereira - Affinity
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CRUZEIROS
De vento em popa
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m 28 de agosto, Brasília (DF) receberá o Fórum Clia Brasil 2019, terceira edição do encontro organizado pela associação em parceria com o Ministério do Turismo. A programação inclui debates sobre alternativas para a retomada do segmento e outros temas que são tendência nesse mercado. A temporada nacional de 2018/2019
conquistou 100% de ocupação nos leitos ofertados, número 15% maior que o obtido em 2017/1018. “Se aplicarmos a média de crescimento global anual, os 800 mil cruzeiristas de 2010/2011 hoje seriam mais de 1,2 milhão navegando na costa brasileira, cerca de 700 mil a mais do que temos atualmente”, disse Marco Ferraz (foto), presidente da Clia Brasil. Apesar do crescimento nas duas últimas temporadas, fatores como infraestrutura, ajustes regulatórios e desenvolvimento de novos destinos ainda são obstáculos para a progressão do setor.
Frota sustentável
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Royal Carribean Cruises encomendou o terceiro navio da classe Icon, linha que tem a sustentabilidade como uma das premissas. A embarcação, movida a gás natural liquefeito (GNL), utiliza também a tecnologia de células de combustível, reduzindo a emissão de gases na atmosfera. “A Royal Caribbean mostra-se mais uma vez inovadora e detentora de visão e inteligência ambiental, apresentando mais um navio com construção baseada nas novas tecnologias que visam à preservação ambiental”, disse Ricardo Amaral (foto), presidente e CEO da R11 Travel, distribuidora exclusiva da marca no Brasil. “Acreditamos que a construção naval inovadora pode reduzir nossa pegada de carbono e aumentar a eficiência energética para ajudar a construir um futuro mais limpo”, complementou Richard Fain, presidente da Royal Caribbean Cruises. Os três navios da linha Icon serão entregues em 2022, 2024 e 2025, respectivamente.
De volta à Ásia
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Regent Seven Seas Cruises está com vendas abertas para o roteiro “Elementos do Pacífico”. Com embarque na Califórnia (EUA) em 2022, o roteiro com 120 noites contempla mais de 300 excursões terrestres. Estão inclusos 59 portos em 17 países, com 18 pernoites. Os turistas podem desfrutar ainda, de paradas na China, Austrália, Canada e Estados Unidos, além da Nova Zelândia, Rússia e Indonésia, entre outros. “Nosso roteiro, tours e eventos oferecem uma experiência inigualável para o crescente número de viajantes de luxo que deseja visitar destinos asiáticos impressionantes e culturalmente enriquecedores do Pacífico”, disse Jason Montague (foto), presidente e diretor executivo da empresa. 32 Brasilturis
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Destinos Exóticos
Oceania Cruises lançou os roteiros para a temporada de inverno do Hemisfério Norte. Com partidas em novembro de 2019, o recém-reformado navio Sirena irá percorrer Egito, Israel, Península Arábica, Índia, Turquia, Mianmar e Indonésia. A companhia investiu U$100 milhões na embarcação que possui agora 342 cabines e suítes novas, além de espaços público renovados. Até abril de 2021, os turistas podem escolher entre nove travessias de até 24 noites. “Criamos cuidadosamente esses caminhos imersivos e fora do comum, explorando alguns dos destinos mais difíceis de alcançar no mundo para saciar o apetite dos nossos hóspedes por viagens e novas experiências”, afirmou Bob Binder, presidente e CEO da Oceania Cruises.
Premiados
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astaway Cay (foto), ilha particular da Disney Cruise Line, foi eleita a “Melhor Ilha Privada de Linha de Cruzeiros” pelo quarto ano consecutivo no Cruisers Choice Destination Awards, prêmio realizado pela Cruise Critic com base nas opiniões de 350 mil viajantes mundiais. Na categoria Destinos Mundiais, o primeiro lugar ficou com a francesa Avignon; Bora Bora (Polinésia Francesa) e Glacier Bay (Alasca/ EUA) conquistaram a segunda e a terceira colocação, respectivamente. Em termos de locações regionais, alguns dos vitoriosos foram: King’s Wharf, nas Bermudas, Cozumel, no México, e Bonaire (Caribe Oeste, Leste e Sul); Stanley, nas Ilhas Malvinas (América do Sul); Quebec, no Canadá (América do Norte); Huatulco (Riviera Mexicana); Fuerte Amador, no Panamá (América Central); Flam, na Noruega (região do Mar Báltico); Veneza, na Itália, e Villefranche, na França (Mediterrâneo Oeste e Leste); e Cingapura (Ásia).
Natal a bordo
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s cruzeiros da MSC pelo mundo terão programação especial de Natal. Com saídas a partir de 19 de dezembro, os roteiros da companhia pela América do Sul, Caribe e Emirados Árabes contarão com shows de talento, gincanas natalinas, além de festas e uma ceia especial na noite de 24 de dezembro. O MSC Seaview tem embarques em Santos (SP) e Salvador (BA), com roteiro que navega entre Ilhéus (BA), Búzios e Ilha Grande (RJ); MSC Poesia, MSC Fantasia e MSC Sinfonia partem de Santos, Rio de Janeiro (RJ) e Itajaí (SC), respectivamente, rumo ao Uruguai e à Argentina. As dicas para o passageiro que deseja ir
mais longe são: MSC Preziosa (embarque em Fort-de-France, na Martinica) e MSC Bellissima (embarques em Dubai e Abu Dhabi).
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HOTELARIA
Dois em um Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa e TRS Coral criam novas alternativas de hospedagem na região de Cancun POR CAMILA LUCCHESI
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oda a beleza do litoral de Cancun, mas sem a agitação da zona hoteleira. Essa é a proposta do Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa, empreendimento all incusive localizado a 20 minutos do centro do badalado destino mexicano que reúne duas estruturas hoteleiras em um mesmo espaço. E que espaço! São 20 hectares que inserem o viajante na natureza da região, já que apenas 4% desse território correspondem à área construída. Inaugurado pelo grupo espanhol em novembro do ano passado, o complexo hoteleiro é composto pelo Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa (voltado às famílias) e o TRS Coral Hotel (exclusivo para adultos). O direcionamento é feito logo na entrada, após passar a guarita da propriedade: hóspedes do primeiro seguem para a esquerda e clientes hospedados no segundo fazem o check-in no lobby do empreendimento à direita. Além de criar uma nova opção de hospedagem, o complexo cumpre com a ousada meta de criar uma nova opção de destino na região, segundo conta Mario Viazzo, diretor comercial do Palladium Hotel Group para América Latina. “Cria-se uma alternativa a Cancun, tanto para os que já conhecem o destino e querem novidades quanto para clientes que desejam desfrutar da oferta natural, mas preferem fazê-lo em um ambiente mais calmo”, disse em entrevista ao Brasilturis. Uma enquete feita pela equipe com empresas de receptivo que atuam na região mostrou que um dos passeios mais procurados pelos viajantes brasileiros é Isla Mujeres. “O complexo fica na península em frente à ilha, a apenas 15 minutos do píer de onde saem os barcos que levam ao destino”, pontua Jéssica Michelin, gerente de marketing no Brasil. Segundo ela, o número de brasileiros ainda é pequeno, mas o País é estratégico para o grupo. “Queremos a parceria dos agentes de viagens para tornar o destino mais conhecido por aqui”, disse a executiva. 34 Brasilturis
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ESTRUTURA Ao todo, o grupo investiu US$ 245 milhões na construção dos dois hotéis que, juntos, oferecem mais de mil quartos - 673 no familiar Grand Palladium Costa Mujeres e 469 no luxuoso TRS Coral. Em termos de lazer, o complexo oferece cinco piscinas, 15 bares e restaurantes (sendo sete internacionais à la carte e dois com ilhas gastronômicas temáticas), teatro, uma capela para cerimônias com até cem convidados e missa aos domingos e um centro de convenções composto por auditório e seis salas de apoio que recebem até 1,8 mil participantes. O centro esportivo é turbinado com o exclusivo Rafa Nadal Tennis Centre. O primeiro espaço de treinamento de tênis assinado pela estrela do esporte que funciona fora da Espanha tem uma agenda de treinamentos profissionais individuais ou em grupos de até quatro pessoas, além de oito quadras para a prática. Uma exposição permanente com objetos pessoais do tenista e uma loja com artigos da grife complementam a área que conta ainda com uma quadra poliesportiva. Quem busca cuidar do corpo de outras maneiras encontra seu lugar no Zentropia Spa & Wellness, área que oferece tratamentos corporais e faciais, além de uma área de piscinas com diferentes temperaturas, hidromassagens, saunas e cabine de gelo que integram um circuito voltado à melhora do sistema circulatório. Salão de cabelereiro, área de apoio para noivas e madrinhas que escolherem o hotel para casamento ou renovação de votos, manicure, pedicure e até uma cabine de sal do Himalaia complementam a oferta de serviços que são cobrados à parte. Wi-fi gratuito, opções de entretenimento 24 horas e clubes infantis que atendem desde bebês até jovens de 18 anos, com atividades e estrutura divididas por faixas etárias – 1 a 3 anos; 4 a 12 anos; 13 a
Vista do complexo
Apartamento e banheiro do TRS Coral
Spa tem salão de beleza completo, oferta de tratamentos e área molhada
Quadra no Rafa Natal Tennis Centre
18 anos. Há opção de contratar baby sitters - ao custo inicial de US$ 15 por hora e por criança até 23h - contanto que o hóspede avise com 24 horas de antecedência. Após 23h, o valor começa em US$ 30. Uma pulseira à prova d’água funciona como chave do quarto, evitando perda e esquecimento. O transporte pelo empreendimento é feito em carrinhos de golfe e também barcos que percorrem o canal que serpenteia pelo complexo. Outro diferencial oferecido pelo hotel é o Family Selection, opção que oferece upgrade de serviços com uma tarifa cerca de 20% superior à dos hóspedes do Grand Palladium. Os clientes que optam por essa categoria têm direito a check-in privativo, piscina, restaurantes e até um kid’s club exclusivo, além de poderem contar com os serviços do Family Host, um concierge de-
Hotel fica em frente à Isla Mujeres
dicado a criar opções que agradem a todos os membros da família. “Também é possível personalizar o minibar de acordo com a preferência das crianças e até solicitar que um profissional desfaça as malas ao chegar”, acrescenta Jéssica. EXCLUSIVO PARA ADULTOS O TRS Coral Hotel promove uma experiência ainda mais exclusiva para casais e grupos de adultos. Parte da Leading Hotels of The World, o empreendimento proporciona tratamento VIP em um ambiente que combina sofis-
FOCO NO AGENTE
Piscina com vista para o mar
ticação e excelência na oferta de serviços. Além de terem acesso a todos os restaurantes do complexo, os hóspedes podem acionar o room service por meio da smart TV dos apartamentos. Fatura da hospedagem, mensagem de boas-vindas e outros alertas direcionados podem ser conferidos no mesmo sistema, segundo explicou Carolina Abbud, diretora comercial Brasil durante site inspection no empreendimento. Com várias categorias de suítes – incluindo a loft, que tem varanda privativa com jacuzzi, e a swim up, com piscina privativa -, o hotel pro-
porciona ainda mordomo e serviço de quarto 24 horas. Quando fazem o check-in, os clientes selecionam um entre três aromas diferentes que lhe são apresentados. O escolhido irá perfumar o quarto durante a estada. Os hóspedes também têm acesso ao Helios Beach Club e ao exclusivo Gravity, rooftop onde fica o Sky Bar, com funcionamento das 18h até 2h. SERVIÇO: Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa e TRS Coral Cancun - Costa Mujeres (México) www.palladiumhotelgroup.com
Sergio Zertuche, diretor de vendas e marketing do Palladium Hotel Group, explicou que a principal estratégia é transformar a marca em algo com significado para os hóspedes, fazendo com que transcendam a relação comercial e se tornem fãs dos empreendimentos. Para isso, apostam em ações que reforçam os valores da marca: excelência em serviços, opções de lazer e entretenimento em paisagens privilegiadas, inovação e custos competitivos. Segundo Jessica Michelin (foto), gerente de marketing do grupo no Brasil, o trabalho é realizado em duas frentes que atuam de forma paralela e se complementam: treinamentos B2B, que capacitam a força de vendas sobre os diferenciais dos hotéis, e a comunicação B2C, que inspira o consumidor e o faz solicitar a reserva específica em um dos empreendimentos Palladium. Para as agências, a dica é participar do Palladium Connect, uma plataforma que reúne capacitação e incentivo em um mesmo ambiente. O profissional se cadastra e passa a receber pelas reservas vendidas e pelos treinamentos realizados sobre os hotéis do grupo. “Um cartão pré-pago reúne o saldo que pode ser usado para descontos em estadas, produtos e serviços”, explica Jéssica. Outra iniciativa é a Palladium Week, semana de promoções que deve acontecer entre setembro e outubro deste ano. As tarifas, segundo Jéssica, são bastante competitivas e começam em US$ 300 por noite, para dois passageiros, em sistema all inclusive. “Trabalhamos com valores agressivos nesse primeiro ano porque queremos tornar o hotel conhecido entre os brasileiros. Temos ainda uma tarifa exclusiva para os agentes de viagens, com diárias que custam a partir de US$ 100”, finaliza.
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LÉXICO David Leslie Autor do livro “Turismo para Leigos e Curiosos”. leslie@cbsmarketing.com.br
Incentivo... O que é o que é?
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riginária do latim (incentivu/ incentivum), a palavra reflete aquilo que estimula, encoraja, anima, acende ou mesmo instiga algo ou alguém a desenvolver e/ou produzir alguma ação ou a concretizar um determinado objetivo. Incentivar quer nos lembrar da figura do aguilhão que nos aflige com a sua ponta e nos incita na direção de algo a ser feito. É bem comum encontrar semelhanças entre os conceitos de incentivo e de motivação. Mesmo porque, vez ou outra, as duas ideias se confundem ou parecem, talvez até mesmo de forma inadequada, se completar e gerar a mesma compreensão. Assim, dentre as muitas maneiras de se adequar o conceito, criamos linhas de incentivo à cultura, às artes, à educação, aos esportes, ao comércio e instituímos outros incentivos fiscais para fomentar a economia e o desenvolvimento social. Quem lida ou trabalha na área de Turismo já ouviu falar em “viagens de incentivo” que, na prática, nada mais são do que premiações oferecidas na forma de convites para viagens, por entidades e/ou empresas, àquelas pessoas que mais se destacaram na promoção e na venda de seus produtos e/ou serviços. Estas premiações confirmam o agradecimento destas organizações e, à sua maneira, motivam os convidados a incrementar o seu desempenho junto às mesmas. Operadoras especializadas em viagens de incentivo confessam a enorme complexidade para viabilizar tal iniciativa. São centenas de itens repletos de detalhes que devem ser cuidadosamente estudados e colocados em funcionamento para garantir o pleno sucesso da responsabilidade assumida. A começar pela escolha certa da região que receberá os convidados, geralmente considerando núcleos de visita não tradicionais, possivelmente exóticos ou bucólicos.
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Outras preocupações incluem a precaução de não utilizar serviços e/ou produtos concorrentes àqueles fornecidos e/ou produzidos pela empresa que efetua e paga pelo convite, isto é, pela viagem (seria catastrófico se a Ford brindasse a viagem e oferecesse, nesta, por exemplo, transportes terrestres em veículos da GM). Há, ainda, a programação da agenda, dentro do itinerário, que inclui passeios e atividades diurnas e noturnas que possam se tornar memoráveis e do agrado de todos os participantes, além de incluir um tempo para a realização de um evento oficial da empresa patrocinadora, no qual poderá reforçar seus agradecimentos e apresentar eventuais novidades previstas na sua organização. Também é preciso considerar a inclusão de um programa especial para cônjuges acompanhantes durante reuniões e/ou atividades exclusivamente previstas para os convidados responsáveis pelas vendas dos serviços e/ou produtos do patrocinador da viagem. Coordenar para que brindes da empresa sejam encontrados pelos convidados, se possível em todas as noites, nos aposentos; garantir para que o nome do patrocinador esteja presente em todos os lugares e em todas as situações durante a viagem de incentivo (nos cardápios, nos descansos para cabeças em todos os veículos de transporte inclusive, se possível, nos eventuais aviões utilizados); manter um rígido e eficaz acompanhamento do grupo (ou grupos, quando o operador se vê obrigado a dividir o grupão em grupinhos devido ao grande número de participantes na viagem em referência); entre outros. Viagens de Incentivo têm demonstrado ser muito eficientes na estratégia de marketing das empresas e os seus números tem aumentado consideravelmente no decorrer dos últimos trinta anos.
TURISMO SEM CENSURA Fabio Steinberg Jornalista e administrador, trabalhou como executivo e consultor de comunicação em grandes empresas como IBM, Rede Globo e AT&T. Edita o site Turismo Sem Censura (www.turismosemcensura.com.br) e é autor de três livros. fabio@steinberg.com.br
Avianca Brasil: o pacto sinistro
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omo um devastador câncer, a Avianca Brasil sucumbiu quase que à velocidade da luz. Neste processo de pouquíssimos meses, enviuvou o mercado, deixando um gigantesco rastro de perplexidade e prejuízo. Como foi possível todo este processo ocorrer sem ninguém que atua ou acompanha o segmento aéreo se dar conta? Onde estavam agentes, consultores, mercado financeiro, agências e operadores de viagens, governo e imprensa? Não perceberam que uma das quatro maiores companhias aéreas do País estava se pulverizando em plena luz do dia? Empresas de porte e com a visibilidade da Avianca Brasil não morrem de repente. Quando combalidas, apresentam claros sintomas de sofrimento antes de desaparecer. Foi assim com Varig, Vasp, Transbrasil e outras que sumiram nas últimas décadas. Embora cada uma tenha razões próprias para o fracasso, um fator permeia a todas: a incapacidade crônica de se adaptar às dinâmicas do mercado. No caso da Avianca Brasil, era de esperar que as coisas acontecessem de forma mais transparente. Gatos escaldados das experiências passadas, ao menos um dos stakeholders deveria ter captado sinais de alerta, como balanços no vermelho, e soprar o apito de perigo. Quem conhece o setor aéreo sabe de sua instabilidade, pois alia altos custos operacionais com margens de lucro reduzidas. A exposição ao risco se amplifica com questões que estão fora de controle. Como as súbitas variações do preço do petróleo e câmbio, já que a dívida das aeronaves é em dólar. Por isto, não dá para bobear com os custos, já que não há margens de erro. Qualquer pequeno desequilíbrio financeiro tende a virar um buraco sem fundo. No caso, enquanto as concorrentes se ajustavam a uma economia brasileira fragilizada - inclusive reduzindo aeronaves e eliminando rotas - a Avianca Brasil seguia movimento contrário. Há quem especule que a decisão de
operar internacionalmente foi um passo maior que as pernas, tirando foco e fôlego financeiro da aérea. É verdade que ela apostava em produtos acima da média, como maior conforto e serviços, combinado a preços camaradas. Quem olhava de fora tinha a impressão que a empresa investia em ampliar o market share, mesmo que à base de prejuízo. Por que o alarme de incêndio não disparou no mercado? É que esta situação anômala virou uma tremenda festa para consolidadoras, operadoras e agências de viagens, que se tornaram coniventes com o problema. Queira ou não, fizeram uma espécie de pacto sinistro se beneficiando dos incentivos generosos e preços suicidas dos tíquetes da Avianca Brasil para aumentar suas vendas. E o governo? Por que não agiu? Afinal, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebe mensalmente um relatório operacional das companhias aéreas, inclusive com os resultados financeiros do período. Com certeza, o imenso déficit da Avianca Brasil estava lá, nos reportes com os números apresentados. Que lições essa derrocada oferece? A maior delas é que o mercado comeu mosca. Ao privilegiar o lucro imediato, deixou-se levar pela oportunidade de curto prazo, como se não houvesse amanhã. O barato saiu caro. Os voos da companhia ocupavam até 13% do mercado, chegando a 25% em algumas rotas em que era mais atuante. Com o desaparecimento da empresa, a procura nesses trechos superou de longe a oferta. Em consequência, o preço das passagens sofreu aumentos significativos. Ninguém é inocente nesta história. Até aqueles que patrocinaram a demagógica política de bagagens gratuitas tornaram-se míopes em relação à necessidade da boa gestão dos custos operacionais para assegurar a saúde financeira das empresas aéreas. E com isto, garantir o desenvolvimento sustentável da aviação brasileira. www.brasilturis.com.br | Brasilturis 37
DESTINO
Gigante pela própria natureza Com fauna e flora diversa, o Mato Grosso imerge o turista em experiências ímpares Fim de tarde no Morro Alto do Céu, na Chapada dos Guimarães TEXTO E FOTOS: ANA AZEVEDO
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e a ideia do seu cliente é se desconectar do mundo exterior e se conectar com a natureza, o Mato Grosso é uma boa dica de destino para ele. Com fauna e flora diversa, o estado imerge o turista em experiências ímpares. A convite do Sebrae, o Brasilturis viajou para conhecer dois biomas do estado: Cerrado e Pantanal Norte. A iniciativa é parte das ações do programa Investe Turismo, criado pelo Ministério do Turismo, em parceria com o Sebrae, Embratur e Governo do Mato Grosso, para alavancar a economia local e desenvolver os equipamentos turísticos. O projeto contempla a rota Pantanal Norte - Chapada dos Guimarães, envolvendo cinco municípios: Cuiabá, Chapada, Nobres, Poconé e Cárceres. O objetivo é mostrar o Brasil para brasileiros e incentivar o ecoturismo, provando que dá para aproveitar a natureza e preservá-la. “Nossa âncora é o Pantanal por conta do posicionamento internacional. Em paralelo, a gente desenvolve também a Chapada dos Guimarães e Nobres, já que os três destinos ficam localizados em um 38 Brasilturis
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raio de 150 quilômetros”, ressalta Marisbeth Gonçalves, gestora do Projeto de Turismo do Sebrae-MT. A viagem começa pelo Pantanal Norte. Depois de aterrissar no Aeroporto Internacional de Várzea Grande - Marechal Rondon, seguimos em direção à pousada Rio Claro, nosso ponto de apoio em Poconé. O trajeto de 141 quilômetros é realizado em duas horas pela rodovia Transpantaneira e nos leva para contemplar o pôr do sol em um passeio de barco pelo rio que tem o mesmo nome do município. PANTANAL Chegamos muito próximo ao fim do dia e fomos direto para as margens do rio Poconé. Prontamente, nos organizamos na pequena embarcação e partimos rio adentro. Não demorou muito até estarmos completamente inertes frente à paisagem, com o rio refletindo a vegetação de sua margem como um espelho e o clima agradável com direito a pássaros em revoada, cantando de um lado para o outro em busca de uma árvore para descansar. Diante da
calmaria, a luz se esvaindo nos faz perceber as silhuetas e o dourado que surge no limite do dia. Para surpresa dos viajantes, o barco para nesse momento. O capitão anuncia que muito próximo dali há um jacaré. Ele prende um peixe na vara e o coloca perto da água. Em questão de segundos, vemos o enorme animal saltar e consumir o alimento. Satisfeito, o jacaré retorna ao rio e se afasta da embarcação. Após mais alguns minutos de contemplação, um gavião começa a nos sobrevoar. Novamente, o comandante seleciona um peixe para, desta vez, jogá-lo para longe. O gavião rasga o céu e finca suas garras na presa, ainda no ar, antes de partir. A ação acontece numa velocidade e intensidade indescritíveis, seguindo o ritmo da natureza selvagem. No dia seguinte, quem dita o ritmo é a onça pintada. O grupo desperta cedo e parte às quatro horas da manhã para tentar avistar o animal em Porto Jofre. A van percorre 104 quilômetros em um trajeto de três horas pela Transpantaneira até Porto Jofre. O tempo passa rápido, já que no decorrer do caminho é
possível avistar jacarés nas margens dos rios e no meio dos campos ainda cheios d’água, além de diferentes espécies de aves saindo de seus ninhos. Por volta das oito da manhã, chegamos ao Hotel Pantanal Norte, local de pernoite na cidade. O cronograma apertado não nos permitia demorar, então fomos direto para o barco. Àquela altura, o sol brilhava intensamente e, ainda assim, estávamos agasalhados, devido ao vento que o barco em alta velocidade produzia. Água, repelente de insetos e protetor solar são itens indispensáveis para o roteiro. Muito tempo se passou desde a nossa saída, além de pássaros de diferentes espécies, incluindo o Tuiuiú, símbolo do Pantanal. Mas ainda não tínhamos conseguido ver a famosa onça pintada. Paciência é um item requerido dos viajantes apaixonados por ecoturismo e observação da fauna livre. Quando já estávamos desacreditados, um movimento próximo à margem nos chamou a atenção. Em silêncio e atentos, observamos a silhueta de uma pelagem dourada caminhar entre as árvores. Eram duas onças
que passeavam próximas de nós e a aparição, ainda que efêmera, foi o suficiente para deixar todo o grupo estarrecido. O caminho de quatro horas de volta a Poconé foi acompanhado por jacarés - tanto na margem do rio quanto tomando sol nos bancos de areia -, araras, tucanos e calangos nos topos das árvores. Uma parada estratégica para o almoço marcado pela tradicional farofa de banana da terra, nos deu forças para encarar mais 138 quilômetros até a pousada Piuval. Ali começa o último atrativo do itinerário do grupo no Pantanal: uma cavalgada ao pôr do sol, atividade realizada com conforto e segurança. O sol caía e nós cavalgávamos pela mata fechada em direção a um mirante de 15 metros de altura. O contraste causado pela ausência de luz e a combinação de tons laranja e azul no céu formavam uma paleta única. A vista é estonteante. Retornamos pelos campos cheios, chegando a passar por trechos em que a água se aproximava do pescoço do cavalo. Seguimos por quilômetros sem luz, avistando apenas os vagalumes que nos rodeavam. A Via Láctea brilhava intensa e mais estrelas despontavam a cada minuto. Duas horas depois, já na pousada, conhecemos os Mascarados. A manifestação cultural é tradicionalmente pantaneira e tem origem misteriosa. A dança consiste em homens vestindo máscaras e roupas de mulher, movidos pelo ritmo que tem influência indígena, europeia e africana. CHAPADA DOS GUIMARÃES De volta à estrada, saímos de Poconé rumo ao Balneário da Salgadeira, na Chapada dos Guimarães. Os 165 quilômetros que separam os atrativos são ressaltados pela transição da vegetação do Pantanal para o Cerrado, que deixam aparente o clima seco. Fechado por oito anos, o Balneário reabriu em junho de 2018, após a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Governo de Mato Grosso e o Ministério Público Estadual. O investimento no valor de R$ 12,6 milhões veio de três Secretarias - Cidades, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico. A reabertura do complexo permite que o turista tome banho gratuitamente na cachoeira e desfrute da estrutura de turismo, que conta com restaurante, playground, um pequeno auditório, loja de souve-
Animais ovíparos, os jacarés colocam de 20 a 30 ovos nos ninhos
Passeio no Rio Claro ao entardecer é marcado por revoadas de aves
O Tuiuiú é a ave símbolo do Pantanal
Vitórias-régias gigantes enfeitam os lagos
Paredões de mais de 350 metro de altura formam a Chapada
nir, banheiros e um minimuseu. Pensando em diminuir o impacto ambiental, 540 metros de trilha metálica foram criados, além de um mirante para aqueles que desejam apenas admirar a cachoeira ou fazer fotos. Próximo de lá, conhecemos o restaurante e mirante Morro dos Ventos, estabelecimento que serve as refeições 800 metros acima do nível do mar. A localização é perfeita para apreciar os paredões de arenito que compõe a chapada e o cardápio insere o viajante na cultura regional. As receitas são elaboradas com pratos típicos cuiabanos, como a galinhada, que acompanha farofa de banana; o peixe de água doce e a costelinha de porco com arroz. A paisagem muda mais uma vez quando se chega à Cidade de Pedra. Com acompanhamento obrigatório de um guia de turismo credenciado, é possível conhecer as formações rochosas degradadas pelo vento e
pela chuva que se assemelham as ruínas de uma construção e avistar as araras vermelhas que fazem seus ninhos nos paredões de arenito. O atrativo, sob administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), fica dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Patrimônio Mundial da Humanidade reconhecido pela Unesco. A trilha de 300 metros contém trechos íngremes, estreitos e escorregadios, por conta do solo arenoso. A vegetação rasteira, conhecida como o cerrado-anão é muito parecida com a savana africana. Cerca de 350 metros abaixo do topo, podemos ver a Crista do Galo, no Vale do Rio Claro, com vegetação mais densa margeando os rios, a cidade de Cuiabá à frente e o Morro de São Jerônimo à esquerda. Terminamos o dia no único mirante com vista completa para Cuiabá. Do Morro dos Ventos, dá para ver o sol ir embora e a bai-
xada cuiabana se acender. O local possui um deque com cadeiras e mesas, além de bar e restaurante. De volta ao parque da Chapada, no dia seguinte, fomos conhecer o circuito das cachoeiras. O acesso pela sede administrativa é permitido apenas para viajantes munidos de um voucher de autorização e acompanhados por guias de turismo credenciados. De lá, são três quilômetros de carro até uma estrada não pavimentada que fica próxima à entrada da trilha. O percurso de oito quilômetros (considerando ida e volta) exige preparo físico, com dificuldade que varia de leve a moderada, de acordo com o trecho. As descidas abruptas e a vegetação imponente formam mirantes com vista para os paredões da Chapada, destacando as formações batizadas como Furnas e Ponta Grossa. O guia informa que, há 500 milhões de anos, todo o local estava coberto de gelo, o derretimento aconteceu 200 milhões de anos depois, transformando o local em um mar que, em seguida, secou e virou um deserto. Hoje, a maior planície do País abriga o vestígio fóssil dessas transformações radicais e mais de 400 espécies de aves, além dos mamíferos, como tamanduá-bandeira, macaco-da-noite, lobo-guará, quati, anta, onça-parda e jupará. Após 40 minutos de trilha, chegamos à cachoeira das Andorinhas. A queda d’água de 18 metros serve de proteção para a espécie que monta seus ninhos no rochedo www.brasilturis.com.br | Brasilturis 39
DESTINO durante o período de reprodução. Depois de uma pausa para se refrescar na água fria, o grupo segue para a cachoeira da Prainha, com estrutura mais plana. Cada uma tem sua particularidade, o que enriquece o circuito. Subindo o rio está a cachoeira do Degrau, com uma hidromassagem natural, um pouco adiante fica a cachoeira do Pulo, com uma queda de 3,5 metros entre as pedras. Há, ainda, diversas piscinas naturais e a cachoeira Sete de Setembro, todas com águas cristalinas e baixas temperaturas. O encerramento acontece na cachoeira Véu de Noiva, símbolo do parque. Entre os paredões avermelhados, a queda de 86 metros é formada pelo rio Coxipó e, diferente dos outros pontos, tem trilha autoguiada. Um mirante com grades de proteção, além de fácil acesso ao restaurante do parque, permite o acesso exclusivo àqueles que não pretendem cumprir todo o circuito. NOBRES Mais uma vez é preciso partir bem cedo. Nas primeiras horas da manhã, o grupo inicia o trajeto de 168 quilômetros até o município de Nobres para chegar com tempo para curtir a flutuação com snorkel na cachoeira Serra Azul. Para avistar a queda de 50 metros de água cristalina, é preciso subir 435 degraus estreitos e íngremes. No meio do caminho é possível ver a tirolesa de 50 metros de altura e 700 metros de comprimento que, mais tarde, serve de transporte de volta para a planície - a uma velocidade de 60km/h, o trajeto leva apenas 40 segundos. A permanência no atrativo tem limite de horário e quantidade de pessoas, além de ser permitida unicamente com a apresentação do voucher que pode ser adquirido nas agências de turismo regionais credenciadas (leia mais no box). Além da tirolesa, o banho na cachoeira, as atividades de arvorismo e o cicloturismo são administrados pelo Sesc Serra Azul, antiga fazenda de 5,7 mil hectares que hoje é uma reserva ambiental. Em sua extensão, os técnicos catalogaram 101 cavernas, sendo que cinco delas poderão ser abertas ao público. Atividades de cavalgada, trilha educacional para crianças, boia cross, balonismo e off-road 4x4 estão entre os planos para atividades futuras no local. Segundo os funcionários, o território é lar de onças-pardas e negras, 40 Brasilturis
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porcos-queixada, macacos-prego, antas e capivaras. Jacarés e tatus-peba também são avistados com frequência, além de cobras, araras e tucanos. Perto do fim do dia e de volta à Vila Bom Jardim, a dica é o passeio de quadriciclo até a Lagoa das Araras. No treinamento, os condutores dão dicas para manejar os equipamentos e orientam a navegação pela estrada de barro, cortando campos de criação de gado. Além de avistar araras-azuis e amarelas, o local concentra uma infinidade de papagaios e periquitos selvagens. O cenário pantanoso é arborizado com buritis, outra característica da transição entre o Cerrado e a vegetação da Amazônia mato-grossense. Nas copas das árvores, as araras estabelecem seus ninhos e, ao final do dia, é possível observar uma grande quantidade retornando para descansar. Bem próximo à pousada fica um restaurante famoso e querido, tanto pelos locais quanto por turistas. A recepção calorosa é feita pelo Chapolin, chef e proprietário do estabelecimento que acolhe a todos com uma frase característica: “Sejam bem-vindos! Se quiser beber alguma coisa, o garçom está no freezer.” A política do local é baseada na confiança, honestidade e educação, já que não há garçom ou caixa para fazer cobrança. O cliente entra, se serve, contabiliza o consumo, efetua o pagamento na caixinha de madeira e, se necessário, pega o troco ali mesmo. O último dia começa com a visita à pousada e restaurante Reino Encantado, ponto de parada para que o grupo se equipe para a flutuação no Aquário Encantado. De caminhonete, chega-se ao complexo de ressurgências que abriga a nascente do Rio Salobra e é lá que os
A Cachoeira do Pulo é um dos pontos de banho mais visitados pelos turistas
Símbolo do parque, a cachoeira Véu de Noiva tem 86 metros de altura
visitantes recebem as orientações para o passeio ecológico de snorkel – como não encostar os pés no solo, nem usar cremes de qualquer tipo ou protetores solares. A flutuação acontece com colete salva-vidas e botas de neoprene em um trecho de 800 metros em meio à mata fechada que alterna trechos rasos e outros com até seis metros de profundidade. Peixes como as piraputangas, piavas, curimbatá, arraias e dourados acompanham os turistas durante o trajeto que dura cerca de duas horas. Em alguns pontos estratégicos, o guia de tu-
O programa Investe Turismo é uma ação do Ministério do Turismo em parceria com Sebrae e Embratur. O objetivo é melhorar a qualidade e a competitividade dos serviços turísticos nas rotas contempladas. Entre as metas estão a geração de empregos, desenvolvimento da economia local e a fomentação da imagem do Brasil como destino turístico. Para isso, ações no setor da governança; estruturação dos atrativos e apoio à comercialização dos serviços serão implementadas. Outra ação é a
rismo explica as características da flora e da fauna regional. A aventura continua no boia cross pelo Duto do Quebó, atrativo que fica a 45 minutos de carro do Reino Encantado. Deitados na boia, os viajantes são carregados pela correnteza por 1,8 mil metros, com direito a adentrar uma caverna de 280 metros repleta de estalactites e morcegos. A entrada só é permitida com o uso de equipamento de segurança e pode ser feita por turistas a partir de cinco anos de idade. Encerramos o roteiro no complexo turístico Akaiá, localizado na
facilitação de linhas de crédito para órgãos públicos, pequenas e médias empresas. O projeto com aplicação de R$ 200 milhões contempla 30 rotas nacionais, sendo quatro no Centro-Oeste; sete no Norte; dez no Nordeste; cinco Sudeste e quatro no Sul. Os destaques são: C h a p a d a dos Veadeiros - Brasília; Rota Pantanal Sul e Bonito; Belém, Ilha do Marajó, Santarém e Alter do Chão; Manaus e Polo Amazônico. A lista inclui ainda Recife, Olinda e Porto de Galinhas; Salvador e Morro de São Paulo; Rio de Janeiro Imperial; São Paulo e Litoral Norte.
O cenário pantanoso da Lagoa das Araras é um dos pontos mais buscados pelos turistas
comunidade Coqueiral, em Nobres, a 151 quilômetros de Cuiabá. É lá que fica a trilha do megafone, rota que recebeu esse nome por conter uma réplica gigante do instrumento que amplia os sons da natureza. Inspirada na ideia que surgiu na Estônia, o megafone gigante acomoda seis pessoas em seu interior e nos permite ouvir sons que são imperceptíveis fora dele. Antes iniciar a trilha, além de reforçar o repelente, a instrução é se equipar com perneiras para proteger contra as cobras que vivem na região. Além do megafone natural, a trilha de 1,7 mil metros contém outros pontos de contemplação, como o balanço, que fica próximo a uma praça com placas de incentivo, e o mirante. Chegar ao ponto mais alto do trajeto permite contemplar o sol se pôr entre revoadas de araras. Sem dúvidas, o Mato Grosso possui atrativos para turistas de todos os perfis, especialmente os apaixonados por contemplação e atividades de aventura. A imersão na natureza na totalidade dos roteiros faz com que o viajante se esqueça do
Ao longo das trilhas, famílias de macacos-prego circulam tranquilamente
mundo tecnológico. A não ser, é claro, para registar as belas paisagens e experiências exclusivas que o destino proporciona. Brasilturis viajou a convite do Sebrae-MT, com proteção Affinity SERVIÇO: Água, repelente de insetos e protetor solar são itens indispensáveis para o roteiro. Também é importante avaliar o perfil do cliente antes de indicar a viagem, pois os passeios requerem preparo físico tanto para percorrer os atrativos quanto para enfrentar os longos deslocamentos terrestres. HOTELARIA E ATRATIVOS PANTANAL (POCONÉ/MT) Pousada Rio Claro Rod. Transpantaneira, KM 42 (65) 3345-1054 e 99908-6217 www.pousadarioclaro.com.br Hotel Pantanal Norte Rod. Transpantaneira, KM 145 (65) 3637-1263 www.portojofre.com.br
No Aquário, o turista pode se deparar com os peixes dourados, piraputangas e piaus
Pousada Piuval Rod. Transpantaneira, Km 10 Poconé - MT, 78175-000 (65) 3345-1338 / 3345-1338 www.pousadapiuval.com.br CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT) Pousada Penhasco Av. Penhasco, s/n - Jardim Bom Clima | (65) 99803-4190 www.penhasco.com.br NOBRES (MT) Pousada Bom Jardim Rod. MT 241, Km 65 - Bom Jardim (65) 3102-2018 e 99989-7968 www.pousadabomjardim.com Sesc Serra Azul Rod. MT 241 - Marzagão, Rosário Oeste | (65) 3688-2000 www.sescpantanal.com.br AGÊNCIAS CREDENCIADAS PARA A EMISSÃO DO VOUCHER Eloáh Agência de Turismo (65) 99939-1030 | 99902-7071 www.portalnobres.com.br Anaconda Agência de Turismo (65) 99600-9944 | 99998-9944 www.anaconda.tur.br
GERENCIAMENTO
BIOMAS
Tanto na Chapada dos Guimarães quanto em Nobres é necessário comprar os passeios aos atrativos em agências de turismo com antecedência. Somente após a confirmação da reserva é que serão liberados os vouchers, imprescindíveis para a entrada. O sistema é uma forma de controlar a quantidade de turistas para evitar a degradação dos aparelhos turísticos e evitar a superlotação. Em Nobres, o voucher eletrônico já está em vigor. Na Chapada também é obrigatória a contratação de guias credenciados para a realização das trilhas.
O clima da região é tropical, com temperaturas que variam entre 17ºC e 20ºC. Na primavera e no verão há um grande volume de chuva. Já no outono e inverno, a seca predomina. Durante a seca, a incidência de incêndios aumenta consideravelmente. A paisagem muda de acordo com o ritmo das águas. Entre outubro e fevereiro, o excedente do Rio Paraguai e afluentes inunda o Pantanal. De maio a setembro, o nível da água começa a baixar e animais silvestres, como a onça-pintada, podem ser avistados com maior frequência. O bioma pantaneiro abrange cerca de 250 mil quilômetros quadrados, sendo que 83% ficam nos
Guará Agência de Turismo (65) 3376-2092 | 9998-2694 www.guara.tur.br Da Vila Agência de Turismo: (65) 99613-2543 | 99958-5064 www.pousadadavillanobres.com.br Rota das Águas Agência de Turismo: (65) 3102-2019 | 99238-5090 www.rotadasaguas.tur.br Bom Jardim Agência de Turismo: (65) 3102-2018 | 99989-7968 www.pousadabomjardim.com Nobres Agência de Turismo: (65) 3376-2387 | 99626-6526 www.nobresturismo.com.br Roma Agência de Turismo: (65) 99994-3457 | 99649-4049 www.portalnobres.com.br Paraíso Agência de Turismo: (65) 99233-2176 | 99259-6363 Estância da Mata Agência de Turismo: (65) 99321-3152 | 99210-9666 Serra Azul Agência de Turismo: (65) 99602-8981 Dos Nobres Agência de Turismo: (65) 3102-2051 | 99988-7186 Kabanas Agência de Turismo: (65) 99944-6584 | 99607-8469
territórios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e 15% na Bolívia. A região possui 1.132 espécies de borboleta, 656 de aves, 122 de mamíferos, 263 de peixes e 93 de répteis. Já o Cerrado cobre 38,29% de todo o território mato-grossense, sendo lar para 1,5 mil espécies de animais. Das 524 espécies de mamíferos que existem do mundo, 161 habitam o Mato Grosso – o que equivale a 30,7%. O estado é também habitat para 837 tipos de aves, 150 de anfíbios e 120 de répteis. A Amazônia cobre mais de 500 mil quilômetros quadrados do Mato Grosso. No território, estão registradas 800 espécies de aves, diversidade que desperta o interesse dos turistas estrangeiros. Outro atrativo muito procurado é a pesca esportiva. www.brasilturis.com.br | Brasilturis 41
DESTINO
PUBLIEDITORIAL
anela, cidade de 44 mil habitantes localizada na Serra Gaúcha, se tornou um dos primeiros munícipios a divulgar sua programação oficial de Natal. No final de julho, em um evento realizado na Churrascaria Garfo & Bombacha, autoridades, empresários e representantes do trade turístico local informaram os detalhes da 32ª edição do Sonho de Natal de Canela, evento marcado para acontecer de 26 de outubro de 2019 a 12 de janeiro de 2020. Com o tema “A Fábrica de Sonhos”, a programação terá 280 apresentações especiais para as celebrações natalinas e a expectativa é receber dois milhões de participantes no período. Shows, desfiles, apresentações natalinas e a presença do Papai Noel, entre outras atrações, devem movimentar o turismo da cidade e toda a cadeia econômica da região. As celebrações incluem, ainda, uma apresentação especial de Fim de Ano, com show da virada de 2019 para 2020,
em frente à Catedral de Pedra, na noite de 31 de dezembro. De acordo com Ângelo Thurler, secretário de Turismo de Canela, a extensão da programação contribuiu para projetar 500 mil visitantes extras para o período, na comparação com o resultado de 2018. “No ano passado, recebemos 1,5 milhão de pessoas com pouco mais de 50 dias do evento e, neste ano, serão 79 dias, o que fez com que aumentássemos a programação artística”, apontou, reforçando que a cidade deve receber 5 milhões de visitantes até o fim de 2019. Thurler também afirmou que não crê em competição com a vizinha, Gramado, mas na oferta complementar de experiências. “Canela recebe, atualmente, grandes eventos todos os meses do ano e contamos com 42 atrativos no município. Hoje, podemos dizer que não temos mais um período de baixa temporada”, concluiu. Além das atrações natalinas, as festas contarão com um apoio histó-
Foto - Cleiton Thiele - Prefeitura de Canela
Natal até janeiro
DESTAQUES Dentre as principais atrações que tomarão as ruas de Canela estão: Visitas à Casa do Papai Noel (2/11 a 12/01); Desfile Mágico de Natal (30/11, 7, 14 e 21/12); rico neste ano com o lançamento do livro “Três Décadas de um Sonho de Natal”, produzido por Márcio Cavalli, escritor, jornalista, professor e memorialista. A publicação retrata a história do principal evento da cidade, do período de 1988 a 2017, com pesquisas nos arquivos do município e entrevistas com moradores e participantes do Natal de Canela que atuaram na construção da festividade.
Concerto Natalino: (8, 14 e 22/12); e Paradinhas de Natal (1, 7, 8, 14, 15, 21, 22 e 25/12); além de shows musicais com Kleiton e Kledir (13/12), Daniel (28/12) e Renato Borghetti (11 /01).
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Divulgação FESTURIS
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As festas de Natal em Canela reuniram 1,5 milhão de turistas em 2018
CREDENCIAMENTO FREE PARA O FESTURIS GRAMADO 2019 ENCERRA EM AGOSTO
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Feira Internacional de Turismo de Gramado (FESTURIS) segue com as inscrições FREE abertas até o dia 31 de agosto. Já são mais de 3 mil agentes de viagens credenciados para a 31ª edição que ocorre de 07 a 10 de novembro deste ano na Serra Gaúcha. As inscrições FREE são exclusivas para agentes de viagens. Para os demais profissionais interessados em participar do evento as inscrições também estão abertas. Tanto as inscrições para agentes de viagens, quanto para os demais profissionais, podem ser feitas pelo site do evento: www.festurisgramado.com O FESTURIS é um dos principais eventos de Turismo da América do Sul e recebe, anualmente, as principais marcas, destinos e buyers do setor turístico mundial. É uma Feira de Negócios segmentada, e que se renova a cada ano, apontando as tendências do setor e promovendo geração de negócios. Este ano serão mais de 2.500 marcas e cerca de 60 destinos inter-
nacionais participantes. O evento está dividido em espaços: Luxury, Termalismo e Bem-Estar, Viagem Pela Cultura e Costumes, Business, Mice & Experience, Sustentabilidade e Acessibilidade, LGBT, Entretenimento, Wedding, Cultural e Religioso e Gastronomia. “Nós estamos focados em ofertar para as marcas e profissionais participantes, um ambiente cada vez mais diferenciado e propício para o fechamento de bons negócios. Por isso, nos reinventamos e trazemos novidades a cada edição. Este ano, com dois espaços novos que são o Termalismo e Bem-Estar e o Espaço Wedding, trazemos segmentos que estão em crescimento. Além disso, focamos na consolidação do Espaço Luxury que se torna cada vez mais internacional e referência para o mercado da América do Sul, além da revitalização e potencialização de espaços como o LGBT, o Mice & Experience, Gastronomia e os demais”, fala a diretora da Feira Internacional de Gramado, Marta Rossi.
A Feira de Negócios do FESTURIS Gramado terá em 2019 uma hora a mais para os participantes em 2019. Atendendo pedidos dos profissionais, a feira funcionará das 13h às 20h, no Serra Park em Gramado. MEETING FESTURIS TERÁ PALESTRAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS Nas manhãs do FESTURIS, ocorre um evento paralelo focado em oportunidades, negócios e conteúdo. Desenhado em 2018 o Meeting FESTURIS terá sua se-
gunda edição e ocorre das 9h às 12h no Hotel Master Gramado. Palestrantes nacionais e internacionais trarão aos participantes do evento grandes cases, estudos de caso e dicas de como impactar positivamente empreendimentos nos setores de Turismo e Eventos. Nomes como Malcolm Griffiths (Visit Britain), Bob Santos (Governo Federal), Bernardo Cardoso (Turismo de Portugal), Hilário Krauspenhar (Rede Sky), entre outros, estão confirmados. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas a 500 profissionais.
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ACONTECEU
Parceira do agente Para celebrar seus 27 anos de fundação, comemorados em 23 de julho, a Trend reuniu toda a liderança na sede da empresa, em Santo André (SP). Gerentes, diretores e executivos de vendas da consolidadora da capital e do ABC Paulista participaram do evento que contou, ainda, com a presença de Maurício Favoretto, diretor geral da consolidadora, e Luiz Fernando Fogaça, CEO da CVC Corp. O time dedicou o dia para visitar 50 agências clientes das seis regionais que atuam em todo o Brasil. Segundo Favoretto, a seleção foi feita de forma a incluir empresas de diferentes portes e nichos de atuação. “Assim, teremos uma boa amostragem e conseguiremos os feedbacks necessários para orientar a equipe e melhorar a cada dia”, pontuou.
Karla Cavalcante e os empresários do Mato Grosso do Sul
Prontos para vender
Geroncio Junior, Luiz Fernando Fogaça (CVCCorp), Ana Kuba, Roberto Araújo, Maurício Favoretto, Noah Britto, Fábio Cardoso (VHC) e Cristiane Jayme
Aruba mais brasileira
Carlos Barbosa (Turismo de Aruba)
A ilha caribenha de Aruba realizou roadshows em Brasília (DF) e São Paulo (SP) para apresentar os principais atrativos e opções de lazer, além de atualizar os agentes de viagens em relação à oferta hoteleira atual. De acordo com Carlos Barbosa, diretor do Turismo de Aruba no Brasil, os brasileiros estão tendo acesso a preços similares para pacotes em Aruba, na Europa e no Oriente Médio e, por isso, é importante ter o contínuo trabalho com os agentes de viagens e operadores para destacar as opções de entretenimento e diferenciais do destino.
São Paulo recebeu, em 18 de julho, um roadshow de promoção do Mato Grosso do Sul. O encontro foi focado nos agentes de viagens e serviu para divulgar o destino, além de proporcionar networking entre os participantes. A ação é resultado do trabalho do programa Investe Turismo, desenvolvido pelo Ministério do Turismo, Embratur e Sebrae Nacional. A participação da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul contribuiu na formatação da rota Bonito - Serra da Bodoquena, no Pantanal. Sob a chamada “Isto é Mato Grosso do Sul”, nas apresentações o destaque foi a infraestrutura, o perfil do turista e a cultura regional.
Sob nova direção O Grand Hyatt São Paulo está de gerência nova. Eduardo Bressane assumiu a frente do empreendimento no lugar de Yann Gillet, que retorna para um hotel em Cannes, na França, depois de passar três anos no Brasil. Segundo Bressane, que volta para o Grand Hyatt São Paulo após passagens pelo exteEduardo Bressane e Yann Gillet (Hyatt) rior e por hotéis no Rio de janeiro, as expectativas de retomada da economia no decorrer do ano foram determinantes para assumir o desafio à frente do empreendimento paulistano. “O Brasil deve caminhar para um patamar melhor e, naturalmente, outras questões entram nos eixos. O turismo é um deles, o que trará mais hóspedes. Buscarei estreitar as relações e investir na área de grupos que precisa crescer na cidade”, destacou o novo gerente.
Tecnologia em hotéis Juliana Bordin (Sea World), doutora Ana Claudia Brito, Marjori Schroeder (Sea World), blogueira Amanda Ribeiro e a jornalista Andréa Werner
Sea World inclusivo O Sea World Parks & Entertainment promoveu um brunch na capital paulista para destacar a Certificação de Centro de Autismo, reconhecimento adquirido pelo parque em Orlando. O empreendimento não é o primeiro do grupo a receber este selo e se une ao Discovery Cove e ao Aquatica, na Flórida, e ao Sesame Place, na Filadélfia. A novidade demonstra a importância que o parque possui para esse público que poderá previamente verificar, por meio do guia sensorial, quais sentidos os brinquedos aguçam, além de aproveitar os “quiet rooms”, salas projetadas exclusivamente para autistas. 44 Brasilturis
Agosto | 2019
O Hotel Pullman São Paulo Guarulhos Airport reinaugurou seu centro de convenções. Após quatro meses em obras, o novo espaço incorporou ino-
Luciana Nakamura (Pullman Guarulhos); Philippe Trapp (Accor) e Ana Vidal (Vidal e Sant’Anna Arquitetura)
vações tecnológicas e sustentáveis, além de um cardápio elaborado para eventos. Seguindo o conceito Meet and Play, o Pullman Guarulhos é o primeiro da rede a ter espaços com alta interação tecnológica voltada para eventos, permitindo maior flexibilidade para atender o cliente. A parceria com a R1 trouxe ainda o reconhecimento facial disponível em totens, para confirmar o credenciamento, além do Flip Chart Digital e a projeção holográfica e interativa.
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VIA SUSTENTÁVEL
Uso responsável da energia Cássio Garkalns CEO da GKS Negócios Sustentáveis e professor do curso de pósgraduação em Gestão Estratégica da Sustentabilidade (FIA/USP) cassio@gks.com.br
A
geração e a distribuição de energia impõem altos custos e impactos que não podem ser desconsiderados. Usar a energia racionalmente significa entender a possibilidade de economia financeira e, também, aderir a um movimento global de consumo consciente. Melhorar a eficiência energética ativa consiste em obter o melhor desempenho na produção de um bem ou serviço com o menor consumo possível de energia. Isso pode ser conseguido por meio de diversos processos, de forma direta - como a implementação de um sistema de iluminação natural que possibilite a diminuição de luz artificial - e indireta - por exemplo, quando o check-in em hotéis passa a ser feito de maneira mais ágil, pensando na otimização do tempo do hóspede, mas que também causa impacto na quantidade de energia consumida pelo uso dos computadores. Da mesma forma como fiz com o tema “água”, na edição de junho do Brasilturis, escrevo agora com o objetivo de ajudar pequenos e médios empresários a dar os primeiros passos para a melhoria do uso da energia em seus estabelecimentos. Apresento, a seguir, algumas práticas que são simples e podem ser adotadas sem grandes investimentos. • Selo Procel: O selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica foi criado com o intuito de promover o uso eficiente da energia elétrica e combater o desperdício. É um processo de avaliação dos equipamentos, com uma escala que vai de A a G, sendo a primeira a mais eficiente e com menor consumo de energia e a última, a pior. Priorizar a compra de equipamentos da categoria “A” significa optar por eficiência. 46 Brasilturis
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• Mobilização da equipe: Compartilhar com os funcionários a importância do uso racional da energia é uma oportunidade de identificar formas de diminuir o desperdício e, ao mesmo tempo, ajudá-los a entender como podem fazer o mesmo em suas casas. Isso pode ser conseguido durante reuniões periódicas com a equipe, nas quais a importância da redução do consumo e a identificação de novas maneiras para evitar desperdício podem ser discutidas e os resultados mensais compartilhados e monitorados, inclusive com a definição de metas. Mais do que cobrar resultados, é fundamental qualificar a equipe para as novas práticas, desenvolvendo e implementando processos de treinamento que ensinem os funcionários a utilizar os equipamentos adequadamente e a diagnosticar desperdícios, como verificar se as portas e janelas das áreas comuns com uso de ar-condicionado estão fechadas; regular a temperatura dos aparelhos para 23ºC, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde; e desligar o ar-condicionado das áreas administrativas de 30 a 60 minutos antes do término do expediente. • Engajamento dos clientes: Divulgar aos clientes, de forma lúdica e de fácil entendimento, a campanha de redução de consumo de energia pode ser uma forma de estimular o engajamento, valorizar a atitude do empreendedor e esclarecer sobre a importância do comprometimento de todos no contexto de produção e consumo sustentáveis. Algumas possibilidades são adesivar os interruptores com lembretes criativos sobre a importância de “apagar a luz ao sair” ou fazer sugestões simpáticas sobre a possibilidade de, por exemplo, abrir as cortinas em vez de acender a luz. Vale também informar, no check-in ou nos cardápios, que o estabelecimento faz parte de uma campanha de melhoria da ecoeficiência e que o envolvimento dos clientes é muito importante para a redução dos impactos ambientais. Com o
aumento do número de pessoas engajadas à causa da sustentabilidade, este posicionamento pode, inclusive, atrair um perfil específico de novos clientes. • Equipamentos: Utilizar lâmpadas de baixo consumo, substituindo as incandescentes por fluorescentes ou de led (a depender das possibilidades de investimento inicial, considerando que o custo da led é maior, embora ela seja mais vantajosa no longo prazo) é uma mudança que gera resultados rapidamente. Além da diminuição imediata na conta mensal de energia, há também o impacto nos custos de reposição, pois lâmpadas fluorescentes e de led têm vida útil muito maior do que as incandescentes. Configurar adequadamente o ar-condicionado também pode ter um impacto significativo: uma variação de 1ºC no ajuste pode gerar uma diferença de até 6% no consumo de energia. O uso de equipamentos de redução compulsória de consumo, como sensores de presença em corredores e banheiros de uso comum, já são práticas amplamente utilizadas, e devem ser previstas. Nos meios de hospedagem, controladores eletrônicos, como chaves-cartão que desligam as tomadas e a luz assim que o hóspede deixa o ambiente, também evitam desperdícios. Mobilizar pessoas para a importância do impacto de determinados padrões de consumo e da adoção de ações simples que diminuam a quantidade de energia necessária para uma mesma finalidade é fundamental para pensarmos o Turismo que queremos. Isso não é difícil e há possibilidade de resultados expressivos no curto prazo, com reduções de até 50% no consumo total de energia com a implantação de um programa envolvendo as estratégias sugeridas. No site do Procel é possível baixar o manual de eficiência energética para micro e pequenas empresas, e fazer uma avaliação do empreendimento. Para começar, basta dar o primeiro passo. Vamos em frente!
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