Edição nº 51 Ano 10 - 2018 R$ 21,90
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VIAG 2018
TURISMO E DIVERSIDADE
SUMÁ R I O
ITÁ L IA
12 curtas
Notícias
38 hotelaria East, Miami (EUA)
40 gastronomia Fel e o resgate de drinques antigos Fôrno: pizzas e sanduíches gourmet
42 consumo Malas, barbeadores, acessórios e perfume
47 direitos Mudanças em documentos
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48 memória Dandismo e revolta
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entrevista volta ao mundo
VIENA
COPENHAGUE
8 Gloria Groove, de cantor mirim gospel à drag rapper
Uma experiência única no planeta a bordo de um trem
Capital da Áustria Adriana Queiroz e conquista com uma mescla Daniela Olorruama e suas de tradição e modernidade experiências no verão europeu WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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e d i to r i a l
fELIZ ANO NOVO!
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Ana Carolina Melo PUBLISHER
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sta é nossa primeira edição de 2018 e também é o ano em que a ViaG completa uma década. Temos muitos motivos para comemorar e compartilhar com nosso leitor, afinal em tempos de crise, sobreviver às enormes turbulências econômicas e à onda digital, não são missões fáceis para uma publicação impressa. Mas estamos aqui, firmes e fortes, acompanhando e relatando todas as mudanças e conquistas do segmento LGBT, em especial no turismo. Nos últimos tempos o tema da diversidade e inclusão ganhou um nítido e enorme espaço nas mídias, em discussões políticas e no meio corporativo. O Carnaval é um dos maiores exemplos dessa expressão, são dezenas de blocos - alguns com propósito de serem exclusivamente LGBT - e outros que não levantam a bandeira, mas sabe-se que a causa tem enorme adesão entre a galera participante. Acredito que o espaço em programas de TV, entidades como o Fórum de Direitos LGBT, que conta com a participação de grandes empresas e multinacionais; o projeto Trans Empregos que oferece vagas de trabalhos formais para travestis e transexuais; e os espaços friendly em feiras de negócios, além do Fórum de turismo LGBT, realizado pela ViaG no ano passado, são acontecimentos contribuem para conscientizar cada vez mais a sociedade. Quase todas essas iniciativas vêm do setor privado, porque a evolução em políticas públicas é irrisória; nem mesmo a lei de criminalização da homofobia saiu ainda do papel. Faço referência a isso porque neste ano teremos eleições importantíssimas para cinco cargos que serão ocupados para nos representar: presidente, governadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores. São eles que sugerem, analisam e sancionam todas as diretrizes do País. Por isso, mais importante do que sair às ruas pra reivindicar e reverter ações é melhor evitar possíveis males e pensar bem em quem vamos escolher para nos representar. É claro que durante a campanha muitos dirão que são friendly, levantarão bandeiras, prometerão mundos e fundos... Mas, como as palavras são levadas pelo vento e o papel mesmo, ninguém assina, ficamos na mesma situação. Mantenham os olhos abertos para os mitos que surgem e avaliem o passado de cada um. Durante a campanha, há sites que passam a ficha de cada candidato, seus feitos e suas propostas. Mas, falando do que mais nos compete, esta edição esta recheada de bons roteiros e dicas úteis. Da Europa, trazemos seis destinos, sendo três na Itália: Roma, Florença e Veneza, com suas ruínas e canais que formam um museu a céu aberto. Em Copenhague, confira o diário de bordo de um casal de meninas que desbravou a região, e de quebra, curtiu a Gay Pride da capital. Em Viena, destacamos as dicas imperdíveis de passeios pelas principais atrações utilizando o city tour local em ônibus hop-on-hop-off. Para os fãs de Miami, o hotel East é o mais novo endereço para badalação e compras, aliado a ótima localização e ao conforto das instalações. Além de turismo, destacamos artigos escritos por especialistas em direitos, dicas de viagem segura, estilo, consumo e pet. Tudo isso e muito mais te espera nas próximas páginas desta edição. Como há muitos brasileiros que reforçam a tese de que o ano só começa depois do Carnaval, vale desejar um iluminado e colorido 2018.
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EXPEDI ENTE
A revista ViaG foi criada em 2008. É a única publicação impressa brasileira de turismo LGBT. Uma produção de responsabilidade da Editora Via Ltda. Rua Bento freitas, 178 - Cj. 76 - República CEP 01220-000 -São Paulo - SP Tels.: +55 (11) 3255 4956 / 3259 2400
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Fotos: Divulgação
E NTR E V I S TA
POR LARISSA COLDIBELI
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rag queen, cantora, compositora, rapper, dublador e ator: o currículo de Gloria Groove, ou Daniel Garcia (nome de batismo), é extenso para seus 23 anos de idade e diversificado como a personalidade da artista. Alçada à fama em 2016, ano em que emplacou hits no YouTube como “Dona”, “Império” e “Catuaba”, lançou seu primeiro álbum em 2017, “O Proceder”, e colocou todo mundo para dançar no último Carnaval com “Bumbum de Ouro”. Sua trajetória como artista começou cedo, ainda na infância. “Eu cantava desde os 4 anos e, aos 6, falei para minha mãe que queria ir para a TV. Ela me apoiou, me levou para testes de comerciais, e as coisas começaram a acontecer”, conta. Aos 7 anos, participou de um concurso para eleger os integrantes do grupo infantil Balão Mágico, do qual fez parte por pouco mais de um ano, com contrato com gravadora e turnê pelo Brasil. Após o fim do grupo, integrou uma dupla gospel com uma amiga de infância, até se tornar um dos jovens talentos do programa Raul Gil. Emendou uma participação na novela “Bicho do Mato”, na Record, entre 2006 e 2007, e também fazia trabalhos de locução e dublagem, que seguem até hoje. Depois de uma temporada no Rio de Janeiro por conta da novela, voltou para a Vila Formosa, na zona leste de São Paulo, bairro onde nasceu, e se envolveu com teatro, mais especificamente com musicais. Foi nesta época que teve a primeira experiência como drag queen, no musical “Hair”, e passou a se familiarizar este universo. “Foi quando percebi minha pré-disposição para adentrar o universo feminino, apesar de sempre ter sido afeminado”, diz.
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Após algumas peças de teatro, foi convidado, em 2015, para participar do programa Amor & Sexo, da TV Globo, como drag queen. Após as gravações, se dedicou aos seus singles e à carreira da Gloria Groove, para lançar suas composições junto com a estreia do programa, no ano seguinte. “São 15 anos na música, mas apenas três como Gloria Groove. A partir do momento em que me entendi como bicha e drag, eu escolhi me apresentar de outro jeito. Eu poderia estar no palco como menino, mas montado me sinto mais eu. Não é um personagem, é um nome artístico. E não sou transexual, sou um menino gay que se veste de mulher para entreter”, declara. Em entrevista exclusiva para a ViaG, Gloria Groove conta mais da sua trajetória e suas pretensões profissionais.
Quais são suas influências musicais? Sou influenciada principalmente pelo pop, R&B, hip hop do fim dos anos 1990 até 2013. Foi nesse período que acumulei as principais referências, como Beyoncé, Nicki Minaj, Lady Gaga, Usher. Era fissurada pela cultura norte-americana e comecei a falar inglês cedo, era autodidata. Aprendi ouvindo música e escutando as pessoas falarem. Também sou fã de Tim Maia, Elis Regina e músicos que eram próximos por causa do trabalho da minha mãe, que também canta [é backing vocal da banda Raça Negra], como Edu Camargo, Julio Meireles.
que as duas eram GG, justamente pelas iniciais dos nomes. De tanto brincar, isso ficou na minha cabeça. Eu relacionava GG com ser mulher, cantora e maravilhosa. GG é tudo grande. Eu já sabia que seria GG. Queria que fosse uma palavra e um nome universal, que fosse escrito igual aqui, na Venezuela ou nos Estados Unidos. Gloria me remete à época em que eu tinha ligação com a igreja, tudo era ‘glória’. E Groove vem do meu envolvimento com a soul music.
Como foi seu rompimento com a igreja? Foi natural. Eu e minha mãe frequentávamos quando eu era criança, mas, à medida que fui crescendo, conhecendo o mundo e me conhecendo, fui me afastando, e minha mãe não me cobrou. Tenho apreço por essa época e respeito pela igreja, mas sei das hipocrisias e mentiras lá dentro, por isso, preferi não estar mais lá. Mas agradeço a quem me trouxe bagagem espiritual e musical. Minha relação com Cristo é diferente hoje, não tem mais a ver com um cara, tem a ver com uma força que nos une.
Você fala bastante da sua mãe, mas como é a relação com seu pai? Nunca tive relação direta com meu pai, apesar de nos conhecermos. Mas fui
muito bem criado pela minha mãe e sou muito grato, senão não seria o que sou hoje. Meus pais nunca estiveram juntos de fato, a relação deles terminou na gravidez. Mas minha avó paterna sempre me acolheu, é uma mulher maravilhosa e é a minha referência de avó, já que minha avó materna faleceu quando eu tinha 3 anos.
Você tem um público específico? Qual? Meu público são pessoas que buscavam por algo que lhes abrisse os olhos e libertasse, são pessoas que se transformaram a partir do meu trabalho, que precisavam dessa validação. Fico grata de ser espelho, fico feliz de mostrar para alguém que ela é possível.
A que você atribui seu sucesso? À autenticidade. As pessoas são atraídas pelo quanto a Gloria é autêntica, é uma mistura de vários universos improváveis: o hip hop e o rap, que são universos machistas, com o glamour e o colorido das drags.
Qual plataforma você considera que foi o pontapé para sua ascensão? O YouTube e o Instagram são os responsáveis pela repercussão. Eu não usava muito o Twitter, mas voltei no meio do ano passado e os fãs adoram a intera-
Além de compor e cantar, você toca algum instrumento? Não toco e essa é uma frustração que quero superar em 2018. Mas me envolvo na produção e tenho ouvido apurado. Tenho certa malandragem, consigo entender de harmonização e consigo compor, colocar as ideias e as letras no papel.
E que instrumento gostaria de tocar? Piano. Ia poder compor sozinha e cantar com um piano nos shows. Acho chique! E algum instrumento de percussão.
Como surgiu o nome Gloria Groove? São as iniciais da minha mãe, Gina Generoso Garcia. Quando a Gloria Gaynor (do hit “I Will Survive”) esteve no Brasil, minha mãe trabalhou com ela e brincava WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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E NTR E V I S TA ção. Mas o YouTube foi o responsável também pela construção da drag. Eu não tive mãe drag, foi no YouTube que aprendi tudo sobre este universo, foi uma janela para a vida.
Você já fez parcerias com Pabllo Vittar, Aretuza Lovi, Linn da Quebrada. Com que outros artistas você gostaria de trabalhar? No Brasil, com a Anitta, afinal, eu sou uma bicha (risos), com o Dream Team do Passinho. Gosto muito da Flora Matos, que é uma rapper de Brasília que transformou minha visão. Fui a alguns shows dela e o jeito dela de fazer as coisas me arrebatava, me fez sentir mais próxima do universo hip hop. E o Rico Dalasam, que eu conheci como fã e fiquei louca, claro, pois é um rapper gay. Hoje ele é meu amigo, ainda não conseguimos fazer nada juntos, mas faremos assim que possível. Devo muito a eles porque me mostraram que eu era possível. E, do exterior, o Drake, a Nicki Minaj e a Beyoncé.
Como vê a visibilidade que as drags têm hoje no mundo da música? É o inevitável avanço da nossa consciência. Os gays sempre estiveram por trás do mundo artístico, fazendo a roupa, o cabelo, a maquiagem. Era questão de tempo a coroa vir para a nossa cabeça. Vejo como uma coisa importante por conta da representatividade, por mostrar a quem acompanha o nosso trabalho que o palco é um lugar possível para nós. Os gays estão sempre à frente, são eles que orquestram o que é pop.
Como é a relação com outras artistas drags? As pessoas tentam criar intrigas? A Pabllo, a Lia [Clark], a Aretuza, todas são muito minhas amigas. Todo mundo quer criar intriga, mas isso não passa de machismo velado e internalizado, é aquela história de colocar as figuras femininas umas contra as outras. Mas isso não vai acontecer aqui porque somos unidas, a gente se levanta. Isso aqui não cola, meu bem.
Pensa em carreira internacional? 10
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e antes as montações lacradoras das drag queens ficavam restritas a clubes e boates LGBT, os números alcançados em várias plataformas digitais por Pabllo Vittar em 2017 e a ascensão de outras cantoras do gênero provam que a cultura está ganhando cada vez mais visibilidade no Brasil. Pabllo e Gloria não estão sozinhas na indústria da música e 2018 promete ser o ano em que várias drags devem tomar as rádios com músicas pops cheias de alto astral e misturas com funk, arrocha e até rap. Anote esses nomes para não ficar por fora. Lia Clark - No circuito desde 2016, a atual aposta da cantora é a música “Tipo de Garota”, que já tem mais de 1,3 milhão de visualizações no Youtube em duas semanas de lançamento. Aretuza Lovi - Vem buscando seu lugar ao sol desde 2012. Ao lado de Pabllo e Gloria, lançou o hit “Joga a Bunda” e já acumula quase 10 milhões de visualizações em três semanas de lançamento. Kaya Conky – Conseguiu destaque no Rio Grande do Norte quando lançou “E aí, bebê”, em 2016. “Bumbum Tremendo”, nova música de trabalho, teve 600 mil views em dois meses.
Nunca saí do País, mas, sim, penso em carreira internacional. É um sonho que está cada vez mais próximo. No mundo de hoje, de certa forma, os artistas já têm carreira internacional, uma vez que o trabalho pode ser visto por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Só falta ir para outros países para impulsionar. Quando isso acontecer, ficarei muito feliz, pois é sinal de que provei meu valor.
Qual foi a melhor viagem que você já fez?
Qual país gostaria de conhecer?
Não acho que o que a gente está fazendo vai ser efêmero. Eu quero que o meu trabalho se torne lendário, quero deixar um legado na música. Quero me estabelecer cada vez mais e me destacar pela qualidade. Não quero nunca sentir que estou pronta. Nunca! Porque, depois disso, você não tem mais para onde ir. Quero aprender sempre mais.
Os do Caribe, especialmente Cuba e Barbados. Mas também sonho em conhecer melhor meu País, ir para Fernando de Noronha, Cataratas do Iguaçu. E a América do Norte, claro. Nova York, Hollywood, que são o sonho de toda bicha que cresceu com cultura pop.
No meu aniversário de 14 anos, minha mãe trabalhava num navio como cantora e me levou. Fizemos um cruzeiro de uma semana pela costa brasileira e foi maravilhoso, por ser meu aniversário e por estar junto com ela.
Qual é o seu sonho profissional? Aonde quer chegar?
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c urta s
Liga Nacional de Futebol Gay
Foto: Reprodução Instagram/Lady Gaga
Nos dias 14 e 15 de abril, Porto Alegre (RS) receberá um campeonato nacional de futebol diferente: a segunda edição do Champions LiGay. Os times competidores são formados por integrantes da Liga Nacional de Futebol Gay (LiGay) e contam com 12 equipes amadoras, incluindo duas gaúchas. No total, serão 260 atletas participantes e a previsão é de que o evento atraia 1,5 mil pessoas. Além de zagueiro, Carlos Renan Evaldt é o coordenador do Magia Sport Club, time que existe há 13 anos, é anfitrião do campeonato e organizador do LiGay. Ele explica que criar uma liga com equipes de atletas homossexuais é uma forma de reunir quem gosta de futebol, mas se afastou do esporte por ter sofrido preconceito na infância e adolescência. “Já combinamos jogos amistosos com times que desmarcaram quando souberam que éramos homossexuais. Criamos a LiGay para dizer que estamos aqui, existimos e jogamos bem, mas queremos que daqui a 10 anos não precisemos de uma liga para a gente”, comentou. O S. C. PampaCats, dirigido pelo advogado e goleiro Rogério Dervanoski, também participa do campeonato. “Eu sempre vivi em uma bolha, joguei com heterossexuais e nunca sofri preconceito. Mas muitas pessoas, não. Vemos como muitos se sentem felizes e acolhidos quando estão com a gente. E, além disso, as pessoas vêm para ter um grupo de amigos. Aqui todo mundo pode compartilhar sua história e não será constrangido por ser gay” destacou. Os nomes das equipes competidoras são pra lá de divertidos e criativos: BeesCats (RJ), Alligaytors (RJ), Futeboys (SP), Bulls (SP), Afronte (SP), Unicorns (SP), Bravus (DF), Bharbixas (MG), Capivaras (PR) e Sereyos (SC). O campeonato contemplará o melhor jogador com um patrocínio da agência de turismo Planeta Brasil Incoming para disputar os Gay Games Paris neste ano, evento esportivo equivalente às Olimpíadas. Os jogos acontecerão no Soccer City (Rua Lauro Muller, 700, bairro Navegantes) e a abertura terá festa de boas-vindas com apresentações artísticas e posto de coleta de alimentos não perecíveis. A entrada será gratuita.
I’m so devasted Não é só com os brasileiros que Lady Gaga tem uma dívida em caixa a pagar. A cantora cancelou os últimos 10 shows da Joanne World Tour na Europa por causa das dores que vem sentindo, causadas pela fibromialgia. “Estou tão devastada que não consigo descrever, só sei que se eu não fizer isso, estarei indo contra o significado de minhas palavras e da minha música. Minha equipe médica recomenda que eu descanse em casa. Eu amo esse show mais do que tudo, mas isso está além do meu controle”. As apresentações canceladas aconteceriam em Londres, Manchester, Zurique, Colônia, Estocolmo, Copenhague, Paris e Berlim. Vale lembrar que Gaga cancelou de última hora sua apresentação no Rock in Rio, no Rio de Janeiro, em setembro do ano passado também por conta das fortes dores.
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Palácio para LGBT sem-teto Assumidamente gay, o príncipe indiano Manvendra Singh Gohil abrirá as portas de um espaço construído especialmente para que homossexuais e transexuais indianos tenham onde morar. Ele também comanda a organização Lakshya Trust, fundada para a prevenção do HIV e da Aids entre a comunidade gay do país. “As pessoas ainda enfrentam muita pressão quando se assumem, sendo forçados a se casar ou expulsas de casa. Normalmente não têm para onde ir ou meios para se sustentar”, afirmou, em entrevista à agência Reuters. Essa foi a motivação do príncipe de 52 anos para construir um centro para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros dentro das terras do seu palácio. “Eu não vou ter filhos, então eu pensei, por que não usar esse espaço para um bom propósito?”, questionou Gohil, acrescentando que irá oferecer quartos, instalações médicas e cursos de inglês e habilidades vocacionais para ajudar os homossexuais a encontrar emprego.
Guia interativo pro-LGBT A agência de publicidade FCB/SIX, em parceria com a organização canadense PFLAG, criou um guia interativo de destinos que faz a classificação das cidades no mundo com base em suas políticas pró-LGBT e nas percepções dos próprios turistas em relação à receptividade do local. Recém-lançado, o site Destination Pride ainda se apresenta como um projeto em desenvolvimento, já que é abastecido com informações da Wikipedia, Equaldex e também do feedback da comunidade LGBT. São seis critérios avaliados com valores de 0 a 100, sendo que cada um deles aparece nas faixas da bandeira do orgulho LGBT. Cada cor é referente a uma política: laranja, por exemplo, indica se um país, estado ou cidade garante, por meio de leis, o direito ao relacionamento entre homossexuais; já o verde indica se existem leis contra a discriminação e se há garantia de direitos LGBT, de uma forma geral. “Podem ser pequenas coisas como a situação em que um casal homossexual vai fazer check-in em um hotel e quais suposições os gerentes fazem da situação. Desses momentos até grandes coisas, como viajar para o Egito, onde há leis muito severas que dizem respeito à comunidade LGBT”, expliou Ian Mackenzie, diretor criativo da agência responsável pelo mapa, ao site Fast Company. O site ressalta ainda que o material “não deve ser usado apenas como um guia e de forma nenhuma como sistema indicador de segurança absoluta”.
Depois de estourar internacionalmente com sua música, Anitta aparentemente conquistou também o coração dos mestres da renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A cantora de 24 anos foi convidada pela instituição para palestrar na “Brazil Conference at Harvard e MIT”, evento organizado pela comunidade brasileira de estudantes desde 2005 para promover debates sobre os mais variados temas envolvendo o País. De acordo com a assessoria de imprensa da cantora, a equipe está analisando a possibilidade de participação do evento que acontece nos dias 6 e 7 de abril.
O drama gay Me chame pelo seu nome é um dos nove indicados de melhor filme ao Oscar deste ano. Com coprodução dos Estados Unidos, Itália, França e Brasil, o longa-metragem de Luca Guadagnino recebeu quatro indicações. Rodrigo Teixeira, da RT Features, é um dos produtores. “Estou emocionado com as indicações para um filme do qual me orgulho muito, que passa uma mensagem tão necessária e também fico lisonjeado por poder estar no Oscar ao lado de grandes nomes da história do cinema e de quem sou fã”, declarou. Nascido a partir do livro homônimo de André Aciman, o longa-metragem conta a história do romance entre um adolescente (Elio, papel do Timothée Chalamet, norte-americano de ascendência franco -russa, indicado ao Oscar de melhor ator) e um homem mais velho (Oliver, papel de Armie Hammer, de A rede social e O agente da U.N.C.L.E.). O roteiro foi adaptado por James Ivory – que recebeu uma indicação nessa categoria - veterano cineasta e conhecido por filmes de época como Uma janela para o amor (1985) e Vestígios do dia (1993).
Igualdade nas empresas O UBS Group criou um fundo negociado em bolsa (Exchange Traded Funds/ETF) que vai investir só em empresas que promoverem igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros dentro do ambiente de trabalho. De acordo com Rich Cea, diretor-executivo de produtos negociados em bolsa do UBS, o InsightShares LGBT Employment Equality ETF, primeiro fundo desse tipo do grupo nos Estados Unidos, já está em negociação com o ticker PRID. O PRID vai acompanhar índice baseado em um indicador de igualdade corporativa da Human Rights Campaign Foundation. Parte do valor capitalizado pelas empresas anualmente será doado para uma instituição de caridade relacionada ao segmento LGBT.
Foto: Vania Toledo
Drama gay concorre AO Oscar
Aloka na ativa Depois de ser fechada pela prefeitura de São Paulo, em julho de 2017, a tradicional boate Alôca, reabriu as portas na primeira semana de fevereiro. Com 22 anos de história na rua Frei Caneca, o clube preferido da cena gay mais underground da capital volta à ativa com novo dono, que decidiu inovar inclusive no nome do espaço que agora se escreve Aloka – com k. A decoração do espaço - que antes era inspirada no filme Alice no País das Maravilhas, de 1985 - também ganhou um upgrade. Agora tem elementos da nova versão do filme, dirigida por Tim Burton, em 2010. O endereço continua o mesmo e as festas acontecem de sexta a domingo, a partir das 23h.
Arte no metrô O Museu da Diversidade Sexual, localizado dentro da estação República do metrô, na capital paulista, destaca a efervescência cultural da noite LGBT. A mostra fotográfica “Tarja Preta” traz o teatro, a música e as artes em geral dos anos 1970, 1980 e 1990 pelo olhar da fotógrafa Vania Toledo. Com curadoria de Diógenes Moura, a exposição traz momentos da carreira de grandes ícones da cultura brasileira como Ney Matogrosso e Clodovil. Novos retratos foram produzidos especialmente para a mostra com nomes como As Bahias e a Cozinha Mineira, Laerte Coutinho e Jean Claude Bernardet. "Tarja Preta" fica em cartaz até 5 de maio e a entrada é gratuita. WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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Foto: Reprodução Instagram/Anitta
Anitta em Harvard?
A R TI GO
Seattle, uma grata surpresa
N CLOVIS CASEMIRO IGLTA-BRASIL clovis.casemiro@iglta.org
IGLTA e parceiros: www.iglta.org
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este ano eu queria viajar para uma cidade norte-americana que ainda não conhecia e que tivesse certo envolvimento com o turismo LGBT. Afinal, além do lazer, aproveito as viagens para trabalhar e acrescentar novos conhecimentos sobre os destinos. Escolhi Seattle e optei por me hospedar em Capitol Hill, bairro gay da cidade. A localização me permitiu fazer muita coisa a pé - Seattle tem vários morros devido à posição entre as montanhas. Em Capitol Hill é possível caminhar até cafés, bares, restaurantes e lojas que, em sua grande maioria, exibem bandeiras de arco-íris, confirmando a posição de cidade friendly para moradores e visitantes. Por meio do Seattle Convention and Visitors Bureau, adquiri o City Pass Seattle e pude conhecer a maioria dos pontos turísticos. Sugiro a visita ao Aquário que, apesar de pequeno, é muito bem montado. Aproveite que você estará no Seattle Waterfront para dar uma volta na roda-gigante ou embarcar em um dos vários cruzeiros disponíveis para passeios que variam de uma hora a um dia inteiro. Adorei conhecer o novíssimo Starbucks Roastery (1124 Pike Street) e viver uma experiência gastronômica relacionada ao café. Os grãos são torrados à vista dos clientes e é possível provar vários tipos da bebida em um ambiente incrível, perfeito para relaxar sem pressa. A novidade fica pela padaria artesanal do italiano Rocco Princi, aclamado pelo uso de ingredientes excepcionais. Fato que torna a loja de Seattle única no mundo. Um pouco mais acima, na mesma Pike Steet, começam a aparecer os bares que atendem clientes LGBT. Tem para urso, para dançar, só para um café. Entre os locais que visitei, destaco o Die-
sel - com gente bem diversa, bom bar, boa música -, o Queer Bar – reformado há pouco, ótimo para comidinhas, coquetéis bacanas e atendimento excelente - e o Eagle Tavern - bar mais voltado para os fãs de ursos, com espaço bacana e frequentadores, idem. Como turistas, não podemos nos esquecer da torre em formato de disco que é símbolo da cidade, mas que agora parece pequena na comparação com os 73 andares do mais novo observatório, o Sky View, no edifício Columbia. Visita também a região do Space Needle que oferece atrações além do tradicional museu de Cultura Pop – famoso pela exposição de cantores de rock e pelo Star Trek Studios. O Chihuly Garden and Glass, por exemplo, exibe enormes obras em vidros, jardins e candelabros de palácios. Vale dedicar um dia inteiro para o passeio e utilizar como transporte o monorail que leva direto ao centro da cidade. Falando em centro, não deixe de conhecer a Biblioteca Pública com seu design incrível. No interior, um contraste muito interessante é a área toda vermelha que imita um coração. Caminhando para onde está o porto, passe pelos corredores e lojas do Mercado Público, onde há restaurantes, roupas, pequenos bares e lojas de antiguidade. Além de visitar um novo destino e fazer grandes amizades, a viagem também serviu para conhecer o trabalho incrível realizado pelo Greater Seattle Business Association (GSBA), o grupo norte-americano mais relevante em questões LGBT. A ideia é programar uma apresentação para compartilhar as informações com o mercado brasileiro muito em breve. Vale aprender pelo exemplo de quem está há tantos anos na comunidade, é forte financeiramente e amigável com seus visitantes.
Foto divulgação
Que tal dar uma volta ao mundo de trem?
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m uma experiência única no planeta, a empresa Trains & Tours, do Grupo TT Travel, apresenta a Volta ao Mundo de Trem. Serão 21 mil quilômetros sobre trilhos em seis trens diferentes e durante 28 dias – de 8 de setembro a 5 de outubro. O roteiro passa por três continentes e para em 17 cidades ricas em gastronomia, arte, história, música e arquitetura. O passeio começa na urbana Chicago (EUA), sobe até o encantador Canadá, atravessa o Oceano Pacífico de avião em direção à misteriosa Pequim (China) e percorre a mais famosa ferrovia do mundo, a Transiberia-
na. De lá, avista-se o Deserto de Gobi de Erlian (China) a Moscou (Rússia) e ultrapassa-se a fronteira geográfica entre a Europa e a Ásia marcada pelos Montes Urais. Por fim, de Helsinque (Finlândia) a Estocolmo (Suécia), o sofisticado navio Tallink Silja Line encerra essa volta ao mundo. As hospedagens - que ocorrem em hotéis das redes Hilton, Hyatt, Crowne Plaza e Sheraton - permitem uma imersão mais profunda nas culturas locais, com alta gastronomia e o conforto necessário para recuperar as energias durante a jornada. Para enriquecer ainda mais essa experiência, profissionais com um vasto repertó-
rio e que falam português e espanhol estarão todo o tempo à disposição do grupo. A guia acompanhante é brasileira. O valor da viagem é de € 27.900 por pessoa em acomodação dupla, incluindo todos os trens, refeições, passeios e hospedagens. A parte aérea deve ser providenciada por cada passageiro separadamente.
Mais informações: Volta ao Mundo de Trem www.voltaaomundodetrem.com.br WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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pas s e i o s
Viva Viena E l e i ta u m a da s m e lh ore s cida d e s d o mundo para se vi ver, a capi tal da Áustri a co n q u i s ta o s visita n t e s por m escla r di versi dade, tradi ção e moderni dade POR MAYRA SALSA
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mpressionante. O adjetivo resume bem Viena, com suas belezas arquitetônicas, a atmosfera aristocrática e uma riqueza histórica indescritível que passam a ideia de uma capital totalmente sossegada. Mero engano. Ano a ano, a cidade consegue ser cada vez mais vibrante aos olhos dos turistas. Em 2017, a capital do velho continente registrou um marco histórico em número de visitantes. Em 12 meses, foram 15,5 milhões de pernoites, 3,7% a mais que em 2016, segundo dados do Turismo de Viena. Os vienenses são simpáticos com os visitantes e reagem de forma positiva ao avanço turístico. No ano passado, Viena ficou em primeiro lugar na lista dos Melhores Lugares do Mundo para se Viver, ranking criado pela consultoria global Mercer. Diversas categorias foram levadas em consideração, como a incidência de doenças e eventuais problemas nos transportes públicos. No caso da capital austríaca, dois quesitos foram os diferenciais: preço de moradia – o aluguel na cidade é bem menor do que em Londres, por exemplo - e segurança.
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A capital da Áustria tem quase 1,6 milhão de habitantes. É muito fácil explorá-la e locomover-se em terras vienenses. A facilidade e eficiência de acesso aos transportes públicos tornam os passeios mais práticos e cômodos. E há muito para conhecer na cidade que tem um mix do clássico com o moderno. Para ajudar quem dispõe de pouco tempo para conhecê-la, a ViaG selecionou os pontos turísticos imprescindíveis para visitar.
Museu Freud A residência no número 19 da Rua Berggasse presenciou o nascimento e desenvolvimento da psicanálise já que a estrutura foi montada na casa onde o pai da psicanálise, Sigmund Freud, morou e trabalhou durante 47 anos de sua vida. Foi a filha mais nova de Freud, Anna, que a transformou em museu, em 1971, com direito a cartas, livros e fotos de família e dos congressos os quais ele participou. Após a ocupação nazista, Freud teve de deixar a residência e se instalou em Londres, onde viveu até a sua morte, em 1939.
Palácio de Hofburg Construído no século 13, no centro de Viena, o antigo palácio serviu de residência para a Família Imperial durante a estação mais fria do ano. Foi também o centro de poder dos Habsburgo, entre 1278 e 1918. Após o fim da monarquia, a construção virou sede dos escritórios do presidente, ministros secretários de estados. Entre eles está o que homenageia a imperatriz Elisabeth da Áustria, mais conhecida como Sissi, uma soberana europeia que marcou a história com a sua excentricidade e obsessão pela própria beleza e por viajar.
Palácio de Schönbrunn Conhecido como Palácio de Versalhes de Viena, Schönbrunn foi a residência de verão da Família Imperial. Nele estão instalados 1.400 aposentos, onde viviam cerca de 3 mil pessoas. Um dos cômodos era da imperatriz Sissi. O palácio é símbolo de guerra, poder e conquista, mas também de uma beleza fora do comum com sua arquitetura imponente. Em frente ao Schönbrunn acontece,
Foto: Christian Stemper/WienTourismus
no final do ano, a Feira de Natal e de Ano Novo. Turistas e vienenses vão até o local para comprar as mais diversas obras dos artesãos e tomar chocolate quente. Famílias e amigos se divertem num misto do frio da época com a beleza singular do ambiente e das músicas clássicas. Para garantir uma boa foto, arrisque fazer uma imagem 360 graus na entrada do palácio. Mas não perca muito tempo nos cliques. Aproveite o tempo apreciando a beleza arquitetônica singular e os detalhes que cativam cada visitante.
Museums Quartier Museu Freud
Wiener Prater
Foto: Oliver Ottenschlaeger/WienTourismus
Não é apenas um parque de diversões. Wiener Prater abriga a roda-gigante mais antiga do mundo, a Wiener Riesenrad. Ela foi construída em 1897 e parcialmente destruída na Segunda Guerra Mundial, mas reconstruída em seguida e até hoje é um dos pontos turísticos prediletos dos turistas. Do alto dos seus 65 metros, é possível ter uma visão panorâmica de Viena - é o local ideal para fazer o sonhado pedido de casamento em grande estilo. Além das atrações radicais e infantis, há também cafés, restaurantes e trilhas. O acesso ao parque é gratuito e as atrações são cobradas a parte.
Palácio de Schönbrunn
Museumsquartier
Vale a pena! O Vienna Card é uma ótima opção para quem tem pouco tempo e quer aproveitar ao máximo as horas na cidade. Ele dá direito a transporte público ilimitado e pode durar 24, 48 ou 72 horas, além de oferecer descontos em museus, restaurantes e atrações. O cartão também disponibiliza passeio no Big Bus no
Foto: Peter Rigaud/WienTourismus
O quarteirão repleto de museus é considerado a oitava maior área cultural existente no mundo, um verdadeiro retrato do lado moderno de Viena. O complexo tem ainda uma mescla de cafés, restaurantes e eventos culturais, tais como shows, apresentação de DJs e desfile de moda, entre outros projetos. Destaque para o Museu Leopold, com inúmeras obras de Schiele e outras feras da arte moderna. Quem visita sente que o local foi feito para estimular encontros e despertar o desejo de voltar muito em breve. modelo Hop-on Hop-off, o qual o turista pode fazer um tour panorâmico e subir e descer nas paradas quantas vezes quiser, desde que esteja dentro do tempo adquirido. Os visitantes recebem um mapa da rota ao entrar no ônibus e fones de ouvido para utilizar no sistema de áudio do veículo, que está disponível em mais de 20 línguas.
Dica: Não deixe de comer a salsicha típica austríaca, batizada de Käsekrainer, feita com carne de porco e recheio de queijo. Para adoçar a vida, experimente o Manner Wien. O docé é feito com wafer e camadas de avelã. Irresistíveis!
Mais informações: www.wien.info WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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P U B LI E DI T ORI A L
Conheça os melhores points LGBT Friendy da Flórida
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inta o prazer da liberdade em Fort Lauderdale. Tanto faz se você está de chinelos ou dançando de salto alto, você encontrará isso na cidade a beira-mar que sabe fazer você se sentir em casa. Com centenas de estabelecimentos gay friendly - incluindo hotéis, bares, clubes e restaurantes - fica claro porque Fort Lauderdale é um dos melhores destinos nos Estados Unidos para visitantes LGBT+.
Dias ensolarados e muita água Água é o elemento que mais define a linda cidade de Fort Lauderdale, com mais de 480 quilômetros de costa, palmeiras, areia branca, mansões exuberantes e, claro, muitos iates. Aproveite o momento para fazer um jantar ao pôr do sol num barco ou então alugar um caiaque por uns dias. A vista é de tirar o fôlego por qualquer lugar que você vá. A praia Sebastian - umas das mais populares praias gays, localizada perto de muitos resorts LGBT friendly - é o melhor lugar para ver e ser visto durante os 365 dias do ano. Se você prefere uma aventura na água e fora da areia há mais de uma dúzia de operadoras especializadas em mergulho voltadas a praticantes iniciantes e profissionais. Explore o mar mais colorido da Flórida com cerca de 100 corais acessíveis em barco.
Bem-vindo ao bairro gay Grandes festas e uma vida noturna agitadíssima esperam por você na cena gay mais famosa do mundo. No topo da lista você encontrará Wilton Manor, conhecido como o segundo maior bairro gay da América. É um lugar onde o orgulho e a diversidade reinam e, soma-se a isso, uma fantástica vida noturna. Wilton Manor também abriga o primeiro Museu da Aids, o Stonewall Museu e Arquivo, além de muitas exposições permanentes relacionadas à cultura e história LGBT+.
Cultura Vibrante No centro de Fort Lauderdale está o bairro Riverwalk, focado
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em arte e entretenimento. Também estão por lá o Broward Centro de Artes Performáticas, o Florida Grand Opera e o NSU Art Museum. Explore todas essas maravilhas nos arredores do grande centro de compras que vai de Las Olas Boulevard até o The Galleria e também grandiosos outlets como o Colonnade e o Sawgrass Mills que oferecem lojas de grandes nomes do mundo fashion como Prada, Gucci, Versace, Ferragamo, Jimmy Choo, Neiman Marcus e muitas outras.
Descanse bem e com conforto Fort Lauderdale oferece uma grande variedade de acomodações. Grandes marcas de luxo como The Atlantic Resort & Spa, The Ritz-Carlton, W, Hilton e Conrad são alguns dos nomes da grande oferta hoteleira que oferece um serviço exclusivo com amenities sofisticadas e ambientes refinados. Além disso, a cidade conta com uma grande oferta de pequenos hotéis boutique que oferecem serviço personalizado e premiado em propriedades de até 50 quartos.
Aproveite cada momento Curta esse paraíso ensolarado que oferece um arco-íris de atividades para todos os gostos e bolsos. Visite sunny.org/lgbt e comece agora a planejar sua viagem.
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D E S TI N O S
Di Uomo Mestres da forma e baluartes do mais rico conteúdo, os italianos misturam história, modernidade e estilo como ninguém
Roma antiga com as ruínas da era pré-cristã
POR HÉLIO FILHO
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oma é uma deliciosa sobreposição de épocas históricas, onde é possível acompanhar um pouco do desenvolvimento e dos porquês da humanidade. Também é um paraíso de compras e gastronomia, além de ser um desfile de homens bonitos e elegantes em roupas perfeitamente cortadas – forma cheia de bom conteúdo. É a cidade eterna, mas que também se moderniza todos os anos para receber bem quem ama história, cultura, gastronomia, moda e, principalmente, arte. Em uma cidade com milênios de vida fica difícil escolher o que visitar, por isso é essencial que você tenha um roteiro pré-definido. Não gosta de programação? Vale pelo menos uma lista, acredite. Preste atenção às localizações das atrações turísticas porque Roma conta com apenas duas linhas de metrô: a vermelha e a azul – fazer escavações para novas linhas é praticamente impossível, devido à quantidade de história que existe embaixo da terra. Então, é preciso ter planejamento se você não quiser gastar energias andando de um ponto a outro - o que também pode ser válido em a cidade que é um verdadeiro museu a céu aberto.
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TURISMO E DIVERSIDADE
Vista do Vaticano através do Castelo de Sant Ângelo
Fontana di Trevi
No entorno do Coliseu, artistas de rua dividem o espaço entre os turistas
Um bom começo é pela região do Coliseu - mesmo nome da estação de metrô que leva até lá -, a chamada Via dei Fori Imperiali, onde fica a maioria das ruínas da era pré-cristã. Algumas permanecem intocadas, mas a maioria foi destruída para que seu material fosse usado pela Igreja Católica na construção de prédios. Várias placas (em inglês e italiano) explicam o que havia naquele local – com desenhos que ajudam a fazer a construção mental completa do que está à frente. Aos domingos, a Via é fechada e se transforma em um mosaico de músicos e diversos outros artistas que justificam uma paradinha. Avançando um pouco no tempo e na Via, a Piaza Venezia concentra o Pala-
zzo Venezia – primeiro prédio de estilo renascentista construído em Roma – e o monumento erguido em honra de Vitorio Emanuele 2º – responsável por unificar os vários reinos em uma só Itália, durante o século 19. Além do estonteante edifício majoritariamente de mármore (e com muitas escadas; prepare as pernas), é possível pegar um elevador que vai até o topo do monumento e curtir a vista incrível da cidade. Vale continuar andando no sentido da Via del Corso pela direita e prestar atenção à placa que indica a cinematográfica Fontana di Trevi – que enche de gente mesmo na baixa estação. Tenha paciência.
Poder e compras Construído para ser o mausoléu do imperador Adriano - aquele que a gente que é gay conhece bem porque teve um babado forte com Antínoo -, o Castelo Sant'Angelo foi transformado em fortaleza, abrigou o Papa Clemente no saque a Roma há cerca de cinco séculos e, atualmente, é um exemplo da engenhosidade humana. A visita é guiada por placas porque, como era o objetivo, é facílimo se perder em sua estrutura redonda. Tem um café delicioso com vista privilegiada da cidade – principalmente do Vaticano. WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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D E S TI N O S
Castelo de Sant Ângelo
Monumento Vittorio Emanuelle
Coliseu
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Para viajar um pouco no tempo, a pedida é a trinca de Villas: Torlonia, Borghese e Medici – estas duas últimas ficam uma ao lado da outra. Propriedade da realeza italiana, a Villa Torlonia ficou mais conhecida no século 20 por ter sido usada como residência do fascista Benito Mussolini. Conta com um pequeno parque delicioso para ficar ao ar livre, museu, templo dedicado a Saturno, orquidário de cair o queixo e um teatro lindo de se ver. A Villa Borghese merece mais tempo porque abriga diversas atrações como a Galeria Borghese, Museo Pietro Canonica, Museo Carlo Bilotti, café e o Zoológico de Roma. Atenção aos horários de visitação e à compra de ingressos antecipados. Já a Villa Medici é o símbolo do poder de uma das mais importantes dinastias europeias (leia mais no roteiro de Florença) e oferece uma vista inigualável do skyline romano, com a Piazza di Spagna a seus pés. As famosas escadarias da Piazza servem de ponto de encontro e é nessa região também que os bolsos mais recheados podem se esbaldar com marcas como Gucci, Versace, Burberry, Louis Vuitton, Armani e Salvatore Ferragamo. Também é possível achar marcas mais acessíveis, como H&M e Zara. Não quer andar? A estação Spagna do metrô fica logo ao lado. Uma dica importante é não se apegar às lojas conhecidas e se jogar na enxurrada de opções que brotam a toda hora em seu caminho. Além de apreciar a arquitetura, vale andar a pé e devagar para notar as lojas não tão famosas, mas que escondem preciosidades e peças um pouco mais exclusivas do que as das grandes redes. Na Via del Corso, a Alcott é uma opção mais barata do que H&M, por exemplo, e oferece a mesma linha de vestuário: roupas casuais com toques especiais. Na mesma rua, a Celio também é uma boa pedida, com peças diversificadas e atuais em uma faixa de preço mais baixa do que Zara. Também na Via del Corso, meninos mais clássicos podem se jogar sem medo na Dan John, fundada em 1885, e um verdadeiro ícone de elegância - sem assaltar seu bolso.
Piazza Spagna
Onde ficaR: Coliseu: Piazza del Colosseo, 1 archeoroma.beniculturali.it +39 06 3996 7700 Castelo Sant'Angelo: Lungotevere Castello, 50 beniculturali.it | +39 06 681 9111 Villa Borghese: Piazzale Scipione Borghese, 5 beniculturali.it | +39 06 841 3979 Villa Medici: Viale della TrinitĂ dei Monti, 1 villamedici.it | +39 06 67611
Galeria Borghesi
Villa Torlonia: Via Nomentana, 70 museivillatorlonia.it | +39 06 0608 Alcott: Via del Corso, 66 +39 06 3211 1829 | www.alcott.eu Dan John: Via del Corso, 378/379 www.danjohn.it | +39 06 6994 2356 Celio: Via del Corso, 316-318 +39 06 6992 5855 www.facebook.com/Celio-Via-Del-Corso
Vila Torlonia
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D E S TI N O S Na medida certa Florença é o símbolo da maestria italiana para formas. Esculturas perfeitas se espalham a céu aberto e se misturam com prédios de uma arquitetura que foi e continua sendo referência mundial através dos séculos. Uma cidade nem tão pequena que entedie, nem tão grande que não possa ser visitada quase toda a pé. A cidade que viu florescer o Renascimento é uma joia da arte bem-feita. Prepare-se para mergulhar em uma infinidade de quadros e esculturas desenvolvidos com talento de sobra por nomes que são ícones como Raphael, Botticelli, Michelangelo e Leonardo da Vinci. Quer mais arte? É a cidade de Dante Alighieri, que cita várias das ruas em sua obra-prima, “A Divina Comédia”. Se você não perdeu sua Beatriz e não precisa descer ao inferno, vale ficar no céu que é caminhar por ruas charmosas repletas de galerias de arte. Se você tem fôlego e realmente ama arte, a Galleria degli Uffizi é o seu lugar. Intermináveis corredores e incontáveis salas recheadas da mais fina arte feita há séculos. O local guarda uma história intrínseca à de Florença: nasceu como um prédio para abrigar os escritórios dos Médici (degli uffizi = dos ofícios), que amavam as artes e começaram a levar para lá sua gigantesca coleção de obras. Com o fim da dinastia, em 1737 devido à morte de João Gastão de Médici, ficou oficializado que a coleção não poderia ser vendida nem retirada de lá; ela pertencia aos florentinos. Foi esta permanência que tornou Florença uma das principais rotas da arte mundial, abrigando obras-primas da pintura, como “O Nascimento da Vênus” (Botticelli) – atualmente na Uffizi -, e da escultura, como o “David” (Michelangelo) – na Galleria dell'Accademia. Há muito para se ver na cidade que servia como ponte entre França e os reinos da atual Itália, com vários membros da família Médici ascendendo ao trono francês - como Catarina e Maria, ambas coroadas rainhas da França. É impossível ignorar a forte presença da
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Piazza del Duomo em Florença
Galleria degli Uffizi
Palazzo Pitti
história dos Médici, responsáveis por fazer de Florença uma potência comercial, artística e intelectual. Sim! Havia vários homossexuais na família, fato que preocupava a manutenção da dinastia no trono florentino.
Pequenino?
Galeria a céu aberto
Galleria degli Uffizi
Pertence a esta família um dos mais bonitos prédios da cidade. Construído para ser uma modesta casa de veraneio, o Palazzo Pitti não tem nada de modesto em seu complexo que inclui os maravilhosos Jardins Boboli e museus de grande relevância: Galeria Palatina, Museu da Prata, Museu do Traje, Museu da Porcelana e Galeria de Arte Moderna. Fica ao lado da tradicional Ponte Vecchio, que abriga uma rica feira de joias, privilegiada vista do Rio Arno e é palco para inúmeros pedidos de casamento dos apaixonados. Seguindo no sentido oposto ao Pitti, você chegará à Catedral de Santa Maria del Fiore, o domo da cidade e um ótimo ponto de localização. Vale a visita para subir ao topo do prédio e admirar Florença do alto. Mesmo se não for cristão, vale entrar na igreja para se embasbacar com a riqueza da construção – que inclui também o Batistério de São João. Não tem como fugir dos Médici em Florença, então aceite que dói menos e visite o Palazzo Medici Riccardi, com arquitetura inconfundível e espaço de exposição, tanto do acervo permanente, quanto de arte contemporânea, em WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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D E S TI N O S um misto de prédio renascentista com Keith Haring e Jeff Koons. Não deixe de visitar a Galeria de Luca Giordano ou Galeria dos Espelhos para descobrir que dourado nunca é demais; ou ainda a Capela dos Magos, pequena no tamanho e gigante em importância.
Vestindo melhor Depois de vestir o intelecto com tanta arte, vale se jogar nas compras em Florença – que tem uma seleção das peças com mais bom gosto do que as encontradas em Roma, mas com os mesmos preços. Vale pular as compras na capital e deixar para acumular as sacolas em chão florentino com opções já conhecidas H&M e Zara (uma ao lado da outra), mas também com ótimas surpresas para quem não é italiano como a Piazza Italia – que em nada deve às mais famosas e tem preços mais acessíveis.
Palazzo Medici Riccardi
Onde ficaR: Galleria degli Uffizi: Piazzale degli Uffizi, 6 +39 055 23885 | www.uffizi.it Galleria dell'Accademia: Via Ricasoli, 58/60 +39 055 238 8609 www.accademia.org Palazzo Pitti: Piazza de' Pitti, 1 | +39 055 294883 www.uffizi.it/en/pitti-palace Catedral de Santa Maria del Fiore: Piazza del Duomo, s/n www.museumflorence.com/monuments/1-cathedral Palazzo Medici Riccardi: Via Camillo Cavour, 3 +39 055 276 0340 www.museumsinflorence.com/musei/ medici_riccardi_palace.html Piazza Italia: Via Nazionale, 30/34 +39 081 312 6290 www.piazzaitalia.it
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Palazzo Medici Riccardi
Novos ares Deixe de lado a clichê ideia de que Veneza se resume aos canais e passeios de gôndola. Ela é também a casa da Bienal, tem história exemplar de participação no poder, abriga ricas coleções de arte e arranca o fôlego dos mais atentos por conta da arquitetura ímpar. Nenhuma cidade no mundo é como Veneza - e nunca será. Esqueça qualquer tipo de veículo terrestre. Eles até chegam à cidade, mas não permitem muita locomoção internamente. Barcos confortáveis funcionam exatamente como linhas de metrô - muito bem sinalizadas, mapeadas e explicadas – afastando a necessidade de um táxi (também aquático), que pode ser bem caro. Aliás, o custo veneziano é maior do que o de Florença e o de Roma, de longe. Prepare o bolso e abra bem os olhos para se deslumbrar com maravilhas como a Piazza San Marco, cenário de dezenas de obras de arte conhecidas. Movimentada, cheia de turistas, fotógrafos e pombos, é perfeita como ponto de início da visita (menos pelos pombos). É ponto de encontro de grupos e palco de formaturas, então vale checar se há alguma programação rolando que possa atrapalhar sua visita. Admire a torre e não se demore a entrar na Basilica di San Marco. Mesmo que você não seja cristão, permita-se ver de perto o mosaico dourado que cobre as paredes da construção e, se conseguir, deixe a visita para o pôr do sol, quando a luz do astro rei inunda a nave da igreja e reflete em cada um dos pequenos pedaços dourados. Logo ao lado fica o Palazzo Ducale, um belo exemplo de arquitetura gótica veneziana do século14 que abriga muita história do desenvolvimento de Veneza – que chegou a ser um dos mais importantes reinos do território hoje unido da Itália. A decoração ficou por conta de gente como Gian Battista Ponchino, Paolo Veronese, Gian Battista Zelotti e Tintoretto. Entendeu o nível? O local era a sede do Doge de Veneza (tipo de um governador) e da magistratura veneziana, por isso seu interior é estonteante com inúmeras salas provando que dourado nunca era demais, pinturas nunca eram muito grandes e luxo nunca
Florença
Piazza San Marco
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bastava – você terá esta certeza quando entrar no Salone del Maggior Consiglio, uma das maiores salas de toda a Europa. Grande também é a Biennale di Venezia, com seus jardins deliciosos para um almoço na relva ou descanso e um conjunto de pavilhões de vários países, inclusive do Brasil, que fazem um panorama da arte contemporânea mundial. Prato cheio para quem quer sair um pouco da arte mais organizada e linear de épocas como o Renascimento. É um suspiro de modernidade em meio a séculos de história.
Extras
Salone del Maggior Consiglio
Bienal de Veneza
É mais do que recomendável aproveitar a ida a Veneza para conhecer também as outras ilhas – que ficam pertinho e podem ser acessadas pelo barco-metrô, sem precisar adquirir um tíquete especial. Vale conhecer a pequena e charmosa Murano, mesmo que você não seja fã dos vidros feitos por lá. É uma cidade deliciosa, calma e cheia de restaurantes à beira do canal que atraem turistas de todas as idades. Mesmo clima encontrado em Burano, mas com muito mais cor nas casas. Para comer, beber e comprar não precisa andar muito: pegue a rua ao lado da estação de trem Santa Lucia (à esquerda de quem sai) e siga em frente sem medo de ser feliz com suspiros (o doce) gigantescos e deliciosos, restaurantes de frutos do mar e lojas de artigos de couro de enlouquecer qualquer um. Só preste muita atenção em seu caminho porque Veneza é um labirinto de ruelas e pequenas pontes muito parecidas, então vale carregar um mapa – ou se permitir perder-se em uma das mais românticas e charmosas cidades do mundo.
Na Bienal de Veneza há um conjunto de pavilhões de vários países, inclusive do Brasil, que fazem um panorama da arte contemporânea mundial 28
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Canais de Murano
Onde ficaR: Basilica de San Marco: Piazza San Marco, 328 +39 041 270 8311 | www.basilicasanmarco.it Palazzo Ducale: Piazza San Marco, 1 +39 041 271 5911 | www.palazzoducale.visitmuve.it Biennale di Venezia: Campiello Tana, 2169/F +39 041 521 8711 | www.labiennale.org/it
DICAS :
Veneza
Melhor época para viajar: De março a junho e de setembro a outubro as temperaturas são mais agradáveis. Fuso horário: 4 horas a mais em relação ao Brasil Moeda: Euro Visto: Não é exigido de brasileiros para permanência de até 90 dias. Quem leva: Alitália www.alitalia.com/pt WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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DIÁRIO DE BORDO
Nyhavn
Copenhague R o te i r o d e c a sa l d estaca a civilida de e a pa r a da gay da ca pita l da D in a m a rca ADRIANA QUEIROZ E DANIELA OLORRUAMA
V
ivenciamos experiências inesquecíveis durante o último verão europeu. Estivemos por lá entre final de junho e término de agosto de 2017, em um pequeno país onde aprendemos mais do que poderíamos imaginar. Sim, a Dinamarca é um país encantador! E é dele que falaremos. Comparado ao Brasil, é um país pequeno (sua área é menor do que o Estado do Rio de Janeiro), situado no norte
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da Europa, na região também conhecida como Escandinávia, famosa por ser a terra dos Vikings. Este, certamente, é um lugar no mundo que enche os olhos pela qualidade de vida. Há anos os dados relativos à economia, escolarização, distribuição de renda e afins são de dar inveja. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) a Dinamarca está entre os dez melhores países do mundo para se viver.
O comportamento dos dinamarqueses ultrapassa o ideal que nós, brasileiros, temos de educação e respeito. As políticas e ações sociais do governo revelam um olhar de cuidado e preocupação com seus cidadãos. Crianças com cabelos de cor quase branca, acompanhadas de seus pedagogos, passeiam pelas ruas para conhecer a história do local onde vivem. É superdivertido ver os pequenos grupos formados por pares
Os pratos típicos são a base de frutos do mar, peixes e carne de porco
Hildeblomst
de mãos dadas e coletes fluorescentes, que não ultrapassam meio metro de estatura e se sentam nos bancos espalhados pelas praças para fazer o lanche. Também não é incomum visualizar homens passeando nos parques com seus bebês, enquanto suas esposas estão em outras atividades, afinal, os homens auxiliam em praticamente todas as atividades domésticas e os meninos aprendem desde pequenos que não há distinção. A equiparidade é algo cultural na Dinamarca e, dificilmente, será encontrado um dinamarquês agindo de forma contrária. Assim como é natural e comum ver uma mulher fazendo topless ou um homem trocando suas roupas na praia (cenas frequentes no verão), independentemente de suas idades e mesmo que exponham seus corpos, não serão vítimas de olhares maliciosos ou depreciativos. Não é o país da perfeição, mas em relação a outras culturas, como a nossa, está bem próximo do conceito de vida ideal. Suas praias são forradas de pedras. Barquinhos particulares ficam ancorados no mar, em frente aos restaurantes que oferecem comidas típicas: peixe empanado, salmão, camarões com sa-
bor único, molho remoulade, carne de porco, caviar, pepino, beterraba... A gastronomia escandinava difere, em muito, à gastronomia dos países europeus. Algumas vezes, todos estes alimentos compõem o mesmo prato de maneira bastante harmônica para serem apreciados, principalmente, com pães. Os melhores e mais variados pães, saborosos e maciços devido a riqueza de grãos e de fibras, acompanhados por cervejas de fabricação nacional, vinhos e o hildeblomst, uma bebida de flor de sabugueiro tão consumida pelos dinamarqueses quanto o suco de laranja o é por nós.
As pequenas cidades são charmosas e floridas. No município de Odense, por exemplo, no sudeste do país, a 168 km da capital, existe um pequeno lago com patos. A cidade é famosa por ser o local onde nasceu o autor de “O Patinho Feio”, Hans Christian Andersen. É o mesmo escritor de “A Pequena Sereia”, personagem que ganhou, no início do século passado, uma estátua em Copenhague, além da adaptação cinematográfica mundialmente divulgada pela Disney e eternizada pela Ariel e seus fiéis companheiros Sebastião e Linguado.
Odense
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DIÁRIO DE BORDO Já Dragør, uma cidade com traços cinematográficos, fica a 14 km de Copenhague e é possível visitar por meio de transporte público. A caminho de Gilleleje, cidade litorânea que fica 62 km ao norte do país e é considerada a “riviera” dinamarquesa, é possível visitar o Castelo de Kronborg, outro lugar encantador e inesquecível por ser o castelo do Hamlet. Isso mesmo, o aclamado escritor William Shakespeare se inspirou no monumento que fica na cidade de Helsingør ao criar um de seus mais famosos personagens, autor da célebre frase “ser ou não ser, eis a questão”. Copenhague é uma capital com ares pacatos, de ruas tranquilas e silenciosas, mas com grande movimentação noturna. No centro da cidade estão os bares, restaurantes, cafés, lojas nacionais e grifes de luxo, lojas de acessórios e de objetos criativos (e, muitas vezes, divertidos) de decoração, além de itens educativos para crianças, pois a maioria (se não todos) os brinquedos estimulam a criatividade e o raciocínio. São muitas as atrações, e a melhor forma de chegar a qualquer uma delas é pedalando. Há vários pontos de aluguel de bicicletas e é possível estacioná-las em qualquer lugar da cidade, com exceção de algumas vitrines, que afixam um aviso quando não permitem bicicletas em suas fachadas por interferirem na passagem dos pedestres. Eis um ponto crucial da mobilidade urbana: os transeuntes estão sempre em primeiro plano. Em frente à principal praça da cidade, Kobenhavns Radhus, a praça da prefeitura, temos o parque Tivoli, que julgamos ser uma atração obrigatória e que merece um dia de dedicação. É um dos parques de diversões mais antigos do mundo, localizado na região central, onde aproveitamos para brincar, apreciar os belos jardins, comer a famosa costela de porco no restaurante Promenade (hummm, uma delícia gastronômica! Aliás, na Dinamarca tem mais porcos do que pessoas) e, ao escurecer - cabe ressaltar que no verão isso só acontece a partir das 21h - nos deslumbramos com a iluminação. Tenha paciência e fique até o horário do fechamento do parque, pois o show de fogos de artifícios vale a espera.
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Kronborg
Fonte do Parque Tivoli
Já a estátua da Pequena Sereia é linda e delicada. Fica um pouco afastada do centro, em Kastellet, uma cidadela dentro de Copenhague, a cerca de 20 minutos de bicicleta. Chegando em frente à estátua, porém, muitos e muitos turistas estarão disputando espaço para tirar uma foto, mas não se acanhe na hora de registrar esse momento. A cidadela, ou seja, a fortaleza foi construída de forma estratégica à beira do oceano, por onde é possível fazer uma tranquila caminhada, admirando a paisagem e seguindo o layout inusitado que remete a uma estrela. Os canhões ainda estão por lá e oferecem um belo contraste entre o passado
e o presente, o épico e a modernidade. Há grandes canais em Copenhague, e um programa imperdível é o passeio de barco, no qual os guias contam as curiosas histórias das construções da cidade. Para este passeio o destino deve ser o novo porto Nyhavn, uma área da cidade famosa por suas antigas casas de fachadas coloridas, um cartão postal conhecido mundialmente, onde restaurantes servem comidas típicas dinamarquesas. De lá saem os barcos e, para fazermos este passeio, escolhemos um dia bastante ensolarado, uma vez que nem todos os dias do verão dinamarquês são de muito sol. Comprar uma cerveja dinamarquesa
e sentar nas muretas entre os barcos particulares e as casas coloridas para curtir o clima do local é uma boa experiência. Perto de Nyhavn, atravessando o canal, foi inaugurado há poucos anos o mercado de comida de rua Papirøen. Visitamos o local em um dia chuvoso e, obviamente, de bicicleta, pois, como dizem os dinamarqueses, não existe tempo ruim, existe roupa errada. Com isso, estávamos bem equipadas com nossas capas de chuva. Encontramos comidas
Rundetaarn
de vários países, inclusive do Brasil, além de muitas pessoas bonitas e animadas. Saindo de Papiroen e pedalando mais um pouco, chegamos a Christiania, o famoso bairro hippie, que destoa bastante do restante da cidade. Quando observamos os moradores, o estilo das casas, o comércio de roupas e acessórios hippies, além de objetos relacionados ao consumo de maconha, percebemos essa diferença. O local recebe turistas e curiosos de todas as partes do mundo e, algu-
mas vezes, a visita de policiais. Andando pelo centro histórico e comercial (andando mesmo, pois não é permitido pedalar nesta área), aproveitamos para visitar a mais antiga torre de observação da cidade, Rundetaarn. A subida nos tempos antigos era realizada por meio de carruagem pelos reis, mas nós a fizemos a pé, uma subida agradável de, aproximadamente, 15 minutos. Vale a pena, a vista da cidade é encantadora.
Pequena Sereia
Papirøen
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DIÁRIO DE BORDO Algumas construções, além das já citadas, são de visita obrigatória, como: Gliptoteca Ny Carlsberg: a coleção do museu que reúne o maior acervo privado de obras de arte antigas, com belíssimas esculturas e pinturas, teve seu início com Carl Jacobsen, filho do fundador da cervejaria Carlsberg, que também pode ser visitada em dias específicos. Museu Nacional de Arte: tem obras do período do Renascimento até os dias atuais. O museu contém pinturas, esculturas e artes em papel de grandes artistas como Modigliani, Rembrandt, Picasso e Matisse, além de alguns dinamarqueses. Castelo de Rosenborg: com estilo arquitetônico renascentista, tem mais de 400 anos e já foi residência da família real. Hoje guarda as joias da rainha, os tesouros reais e obras de arte. Palácio de Amalienborg: na verdade, são quatro construções distribuídas simetricamente em uma praça de formato octogonal, que em seu centro recebe a escultura de Frederik V. A família real dinamarquesa tem sua residência oficial neste palácio e é possível assistir à troca da guarda. Mantenha certa distância dos guardas para não se assustar com a advertência. Fotos dos guardas são permitidas, mas com parcimônia, jamais se aproxime demasiadamente deles. A partir deste complexo e em direção às águas, podemos ver a Casa de Ópera de Copenhague. Seguindo em direção contrária, encontra-se a Igreja de Mármore ou Marmorkirken. Os três pontos estão alinhados simbolizando a união entre religião, realeza e cultura. A Dinamarca é o único país no mundo que reúne, em uma mesma construção, os três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Essa construção é o Palácio de Christiansborg, endereço do parlamento dinamarquês. Próximos ao centro estão os cinco lagos, local onde as pessoas sentam para conversar, comer, namorar ou apenas fazer nada enquanto aproveitam o tão escasso calor proporcionado pelo sol do verão. A partir dos lagos e com o mapa da cidade em mãos, fica muito fácil se localizar para encontrar as atrações turísticas e os endereços dos bares e baladas gays de Copenhague.
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TURISMO E DIVERSIDADE
Gliptoteca Ny Carlsberg
Castelo de Rosenborg
Palácio de Amalienborg
Noite LGBT São muitas as opções para a noite, pois, como explicamos no início, o dinamarquês, naturalmente, se dirige a todos de maneira idêntica. Não se assustem se falarem contigo no idioma local (dinamarquês), eles partem do pressuposto de que todos são cidadãos do país. No entanto, praticamente todos os nativos da capital falam inglês. Dessa forma, é comum que o público gay seja visto em qualquer bar ou balada da cidade, recebendo tratamento igualitário e curtindo o ambiente. Mas estar nas baladas direcionadas aos gays é sempre mais divertido para nós. Como a maioria dos habitantes da cidade trabalha até às 16 horas, os bares lotam suas mesas cedo e, a partir deste horário, sempre haverá um happy hour acontecendo, com promoção de bebidas. Mas como os dias são longos no verão, é importante ficar atento ao relógio para não perder os descontos. Algumas vezes, tivemos a sensação de estar no final da tarde quando, na verdade, o dia já se findava. A parte divertida é que a timidez dinamarquesa tende a desaparecer após algumas horas de bebedeira. Algumas casas abrem durante a tarde em um esquema de bar e, ao anoitecer, oferecem um clima de balada, como é o caso do aconchegante e acolhedor My Fair Ladies, que se encontra no centro, e que, confessamos, ganhou nossa admiração pela decoração, pelo happy hour, mas, principalmente, pelo atendimento. É uma casa animadíssima para homens gays, mas lésbicas também aparecem por lá. Pendurado no teto, acima das mesas, as luminárias são divertidas cartolas. Enquanto a música toca bastante animada com sons pop, sucessos internacionais e paródias do mundo gay, a televisão mostra seus respectivos clipes. Os atendentes estão sempre animados, conversam e brincam com os clientes, além de se empenharem para atender bem. É permitido fumar dentro do local. Próximo dali está o Centralhjørnet, que existe desde 1917, ou seja, acaba de completar 100 anos! Pensando que, em São Paulo, as primeiras baladas gays surgiram no início da década de 70 e de
Centralhjørnet
Oscar Bar e Café
Vela Club
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forma camuflada, este centenário clube nos ajuda a compreender a maturidade do dinamarquês quando o assunto é homossexualidade. Também no centro encontra-se o Oscar Bar & Cafe, frequentado pelo público masculino mais do que pelo feminino. Funciona apenas como bar e suas mesas lotadas ocupam a grande calçada em frente ao estabelecimento. Dentro do bar, enquanto se espera pela bebida, é mais fácil de paquerar do que do lado de fora. Os dinamarqueses são bastante discretos na paquera, mas a timidez, como
Masken Bar
dissemos, diminui após alguns drinques e taças de cerveja. Já o Cosy Bar, que existe desde 1941, é um pouco mais exigente para entrar, porém, é conhecido como um ótimo lugar para conhecer rapazes. Drag DJs animam bastante o local, que funciona até o dia amanhecer. A cerca de duas quadras dali está o G*A*Y Copenhague, que é um bar e balada conhecido por receber pessoas de todas as idades, desde que maiores de 18 anos. Para uma experiência inusitada, o Jailhouse é uma perfeita opção. É um bar e
restaurante onde o tema é prisão. O local é decorado com grades e os atendentes usam uniformes de policiais. O restaurante serve comidas típicas dinamarquesas e o bar tem coquetéis muito criativos. Na mesma rua está o animado Masken Bar, recebendo todos os tipos de pessoas em um ambiente alegre de dois andares. Também para beber e comer algo, mas com um pouco mais de tranquilidade, o Café Obelix é uma boa opção. Com mesas em uma grande calçada, é um endereço gay, mas frequentado por público misto. Em uma das ruas atrás do Tivoli, um pouco afastado dos demais bares e baladas, está o Vela Club, uma balada pequena e bastante intimista para lésbicas. A música é boa, divertida e atual. O atendimento é ótimo, mas quem anima mesmo a casa são as clientes, que começam a noite conversando e bebendo com as amigas e, ao final, estão na pista dançando e se divertindo muito. A decoração da casa é antiga, com traços do art déco, madeiras entalhadas e alguns tecidos aveludados. Conta com poucas mesas e uma delas é de pebolim, por isso, chegue cedo – o que vale para a noite dinamarquesa em geral, como já comentamos. Dentro do Vela Club não é permitido fumar, o fumódromo se faz na calçada, onde é possível fazer amizade com as meninas que se mostram bastante abertas a conversa, até mesmo aquelas que não falam inglês, o que deixa a interação ainda mais divertida.
Gay Pride
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Gay Pride
Parada do Orgulho Gay de Copenhague Por sua vez, a Parada do Orgulho Gay de Copenhague 2017 apresentou uma agenda bastante interessante de shows e discursos de amor e inclusão. A organização do evento contou com a ajuda de voluntários e patrocínio de empresas nacionais. A maioria dos eventos aconteceu na Kobenhavns Radhus, a praça da prefeitura. Durante a semana, além de frequentar os bares e baladas, assistimos também a shows de cantores locais famosos, como a artista Nabiha, que era a atração mais esperada e fez os presentes saírem do chão cantando e dançando, mesmo com o tempo chuvoso (já explicamos o que pensam os dinamarqueses sobre os dias de “tempo ruim”). Não esqueça sua roupa de chuva, qualquer coisa é só comprar uma por lá para não perder nada, porque eles não param por conta das alterações climáticas. Um desfile de drag queens muito divertido, na mesma praça, também animou bastante um dos finais de tarde da semana. Diferente de São Paulo, onde acontece aos domingos, a Parada acontece aos sábados em muitos países da Europa. Em Copenhague não foi diferente. O dia estava ensolarado e as ruas coloridas em quase toda a cidade. Fomos para o local de saída dos caminhões temáticos e abertos que carregavam caixas de som e pessoas animadas pelas ruas. Por lá não tem trio elétrico, vai de caminhão turbinado mesmo. Muitos moradores assistiam ao desfile de suas janelas, outros muitos estavam nas calçadas com crianças que se divertiam com toda aquela festa. Como nós não nos cadastramos para desfilar em nenhum dos caminhões, fomos caminhando pela calçada, acompanhando e nos divertindo na “pipoca”. Cada veículo era dedicado a um tema e vimos caminhões de lésbicas jovens, de lésbicas não tão jovens assim, de empresas com funcionários que levaram suas famílias, caminhões apenas com homens. E todos seguiam enfeitados e animados em direção à praça da prefeitura. Além das fantasias maravilhosas, também vimos mulheres com
seios à mostra e homens totalmente nus que, por mais que chamassem a atenção de todos, recebiam sorrisos e respeito. Após a chegada de todos os caminhões, mais discursos de amor, respeito e acolhimento aos gays estrangeiros que vêm de culturas homofóbicas, boa parte proferidos em inglês, além do dinamarquês. Muita música e shows aconteciam, simultaneamente, nas ruas próximas à praça principal. Muita alegria e diversão. Conhecemos pessoas de outros países europeus que estavam em Copenhague para o evento e encontramos alguns brasileiros e pessoas apaixonadas pelo Brasil. Durante o verão europeu, também desfrutamos da Parada do Orgulho Gay em Amsterdan e visualizamos como
ambos os eventos se estendem para além das ruas demarcadas para sua realização. A população adere, praticamente, de modo integral à programação, inclusive o transporte público, o comércio e a cidade em geral. Os dinamarqueses, apesar de comedidos, adoram um bate papo e uma boa bebida, o que se expressa nas calçadas e ruas lotadas, todas enfeitadas para a Parada. Se o nosso relato despertou interesse, já se organize para desfrutar as delícias que a Escandinávia reserva e nos vemos por lá no próximo verão. Em 2018, a parada será realizada no dia 18 de agosto, mas as atividades duram a semana inteira – de 13 a 19 de agosto. Não tenha dúvida Copenhague recebe a diversidade com muito amor e respeito!
Dani ela Ol orruama Adri ana Quei roz durante a gay pri de de Copenhague
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hot e l a r i a
Moderno e descolado
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Miami famosa pelas compras de brasileiros já não é mais a mesma. Hoje, a cidade atrai milhares de turistas vindos de todos os cantos, além dos próprios norte-americanos que voltaram a ter no destino um lugar para descansar e relaxar, alinhando o lazer com compras e muita diversão. Um dos pontos de encontro dos turistas é o hotel East, Miami. Ele é o mais novo dos irmãos asiáticos - no continente, a marca Swire já assina hotéis de luxo em Pequim e em Hong Kong. O hotel une conceitos fundamentais para o hóspede moderno e fica situado junto ao centro de compras Brickell Center. A localização, no coração de Downtown Miami e famosa por seu skyline é ótima, e um dos poucos lugares na cidade onde ainda se pode dar ao luxo de andar a pé - seja para compras ou para conhecer um entre os vários restaurantes e bares do entorno. A arquitetura do hotel é contemporânea com elementos asiáticos e a estrutura foi toda pensada com foco em sustentabilidade, com aproveitamento da água da chuva para reuso e também da corrente de ventos para resfriar o ambiente naturalmente. Uma parte dos 352 quartos oferece o conceito de casa, com suítes de um, dois ou três dormitórios para famílias e longas estadas. Limpeza e serviço de quarto podem ser contratados individualmente.
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No 40º andar está localizado o Sugar, bar aberto ao público e que requer reservas, mesmo para os hóspedes. A vista é espetacular e contempla desde Downtown até Miami Beach em dias de céu limpo. Mesmo quem não gosta de muito agito encontrará seu lugar no East – seja para um bate papo entre amigos ou para uma ocasião mais romântica. Point de gente bonita e ambiente totalmente friendly. O hotel oferece muitas outras opções de gastronomia, como o “Quinto La Huella”, espaço assinado pelo Chef Nano Crespo e inspirado no famoso restaurante uruguaio “Parador La Huella” que fica em Punta del Este. As parrilas são a especialidade da casa que te levará a uma jornada gastronômica. Além disso, para os dias de muito sol e calor (ou seja, quase todos), o hotel oferece serviço do bar e restaurante na piscina, com drinques, petiscos e pratos leves. Outro diferencial da rede é o wi-fi gratuito, algo que tem sido cada vez mais raro nos hotéis de rede norte-americanas e que é muito apreciado por brasileiros.
Serviço www.east-miami.com
O quintal dos brasileiros, como é conhecida Miami, passa por um grande momento de reinvenção. A cidade vem sendo cada vez mais conhecida pela arte, moda e pelos novos points que surgem. Da alta gastronomia às compras de luxo, tudo pode ser encontrado em um único local, o Brickell Center. E é lá também que está o mais famoso hotel do momento: East, Miami
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gas tr o n o mi a
Deliciosa surpresa no centro de São Paulo POR LARISSA COLDIBELI
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o segundo andar de um casarão de 1860, na Vila Buarque, centro de São Paulo, localiza-se o Fôrno, restaurante inaugurado em agosto de 2017. Até então pouco movimentada, a rua Cunha Horta agora recebe filas de clientes, principalmente aos fins de semana, para provar as delícias do local. Dos mesmos sócios do Holy Burger, hamburgueria gourmet que fica a poucos metros de distância, o Fôrno serve sanduíches com pães feitos na casa, pizzas de fermentação natural e embutidos artesanais. O cardápio é enxuto e tem como proposta oferecer uma cozinha casual, com influências de vários países. São quatro tipos de pães feitos no local: focaccia, ciabatta, brioche e campagna. O carro-chefe da casa é o sanduíche de pastrami (R$ 40), também feito ali. Destaque ainda para as pizzas, que servem uma pessoa faminta ou duas de apetite moderado. São sete opções de sabores, e os preços vão de R$ 23 (marinara – alho, cebola roxa e grana padano) a R$ 37 (prosciutto – rúcula, presunto cru e grana padano). A coquetelaria também merece atenção, com drinques clássicos e autorais. O ambiente é despojado, mas com certo glamour. De cozinha aparente, a casa é um misto de salumerias de Milão e delis nova iorquinas, com balcão em madeira de onde é possível ver todo o movimento dos cozinheiros - embutidos fatiados, sanduíches, pizzas, etc. -, o que só faz aumentar a fome. Assim como o Holy Burger, o Fôrno tem com o intuito de viabilizar recursos para dois projetos sociais e gerar emprego para os adolescentes e jovens atendidos pelas ONGs Extreme Impact e Um Novo Tempo.
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Serviço Fôrno R. Cunha Horta, 70, Vila Buarque – São Paulo (11) 2645-9499
revival de drinques POR FELIPE ABÍLIO
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m toldo azul e uma porta de vidro. Quem passa em frente à loja 69 do tradicional edifício Copan, no centro de São Paulo, não consegue ter ideia do que funciona ali dentro, mas basta entrar para ser conquistado pelo clima intimista e aconchegante do Fel. Trazendo ao pé da letra o conceito "forgotten classics”, o pequeno espaço na ruazinha entre o restaurante Dona Onça e a galeria Pivô, traz de volta as antigas receitas esquecidas de drinques com mais de 100 anos que já não são preparados nos mais tradicionais bares da capital. “O Fel é um bar de alta coquetelaria com foco em receitas antigas que, por algum motivo, ficaram esquecidas no tempo e não são comumente executadas”, contou o empresário Bruno Bocchese, que também comanda o bar Mandíbula. A carta de drinques é assinada pela bartender Michelly Rossi (ex-Frank e Casa do Porco) e traz inúmeras opções por R$35 que podem te deixar na dúvida sobre o que escolher. Uma boa pedida é provar o Crimean Cup à la Marmora, receita criada em 1862 pelo pai da coquetelaria norte-americana, Jerry Thomas. A clássica receita leva rum jamaicano Appleton Estate, Bacardi superior, brandy de Jerez, Luxardo Maraschino Orgeat, limão Tahiti, espumante e deixa na boca um gosto adstringente amendoado. A indicação é do dono do bar. Outro drinque para colocar na categoria “imperdível” é o The Aavenue, que leva Bourbon, grenadine, calvados, bitter de laranja e água de flor de laranjeira. Ele teve sua receita publicada na bíblia dos coquetéis de 1937, o Café Royal Bar Book. O bar não tem cozinha para preparação de pratos, mas serve opções de tábua de frios com embutidos, queijos e azeitonas. A decoração minimalista, que se completa com luzes em formato de globo te coloca de volta aos pequenos bares intimistas dos anos 1930 e 1940. Por se tratar de um lugar que preza pelo atendimento, o número de pessoas é limitado. “É um bar pequeno, para 25 pessoas, aproximadamente. Controlamos bem o fluxo para não comprometer o conforto e a qualidade do que é servido”, finaliza Bocchese.
Todos os dri nques da c as a são vendi dos por R $ 3 5
Serviço Fel Ed. Copan - Av. Ipiranga, 200, Loja 69, República, região central, s/ tel. Horário de funcionamento: De quinta a terça, 18h/0h. (Domingo, 17h/22h).
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C ON S U MO ABS P: R$399,00 M: R$499,00 G: R$599,00
Malas super-resistentes A Le Postiche está vendendo com exclusividade no Brasil as malas da marca japonesa Echolac, famosas por serem super-resistentes. Os produtos estão disponíveis nas mais de 220 lojas da rede no Brasil.
PP P: R$519,00 M: R$639,00 G: R$729,00
PC P: R$539,00 M:R$679,00 G:R$779,00 SOFT P: R$459,00 M: R$539,00 G: R$599,00
Formato ideal Neste verão, as tendências apontam para diferentes formatos de óculos escuros: redondos, cat-eye e retangulares são algumas opções em alta. A GrandVision by Fototica traz dicas para escolher o modelo ideal de acordo com o formato de cada rosto.
Rosto redondo As linhas retas suavizam a expressão de pessoas com a face arredondada, por isso armações mais anguladas são escolhas ideais: o formato gatinho, em alta no momento, é uma tendência cheia de charme. Também podem ser usados os modelos aviador, retangular, quadrado e o clubmaster.
Rosto em formato de coração Pessoas com queixo fino, maçãs do rosto salientes e olhos grandes podem contar com armações arredondadas e lentes mais claras, que ajudam a trazer um equilíbrio maior entre a face e os óculos. As melhores opções nesse caso são: modelo aviador, retangular, redondo, oval, quadrado e o clubmaster – inspirado nos óculos dos anos 1950.
Rosto longo/retangular Armações que acentuem mais a largura do que a altura do rosto são as indicadas nesse caso. Hastes chamativas também ajudam a trazer maior harmonia às proporções da face, ajudando a encurtar o rosto. Um dos grandes truques é usar armações mais grossas, podendo ser quadradas, arredondadas e até mesmo no estilo butterfly.
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Rosto oval O rosto oval combina com a maioria dos tipos de óculos, então basta seguir o estilo pessoal. As armações grandes ficam especialmente estilosas com esse tipo de face, o que permite ousar ainda mais no visual. Armações no estilo butterfly, redondas e gatinho são ótimas apostas.
Rosto quadrado Esse tipo de rosto é cheio de personalidade e pode ganhar maior realce com óculos de hastes decoradas ou com cores contrastantes. Se a ideia é um look mais discreto, as armações redondas ou ovaladas suavizam os ângulos da face.
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Senhor da Moda Queridinha pelos famosos, a loja on-line Senhor da Moda lança nova coleção de pulseiras masculinas misturando pedraria, metal e couro.
Pulseira Pedra Olho de Tigre Caveira Ouro Velho Pulseira Pedra Hematita Crucifixo
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Indispensáveis na bagagem A Mondial apresenta produtos que cabem na mala e podem deixar sua viagem ainda mais prática. O barbeador elétrico classic vem com três lâminas duplas – que proporcionam corte rápido e preciso -, câmara coletora de pelos, capa protetora de lâminas, escova de limpeza, nécessaire e carregador. Já o versátil Bodygroom pode fazer as vezes de aparador de pelos, aparador de precisão, microbarbeador, trimmer e aparador de detalhes. Vem com um pente de corte com 10 alturas (12, 13.5, 15, 16.5, 18, 19.25, 21, 22, 23 e 24mm), pente de corte para barba, base carregadora, escova de limpeza e óleo lubrificante.
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Bodygroom Aparador de Pelos Flex Groom 7 em 1 Preço sugerido: R$ 139,90
Barbeador Elétrico Classic Bivolt NBE-01 Preço sugerido: R$ 109,90
BOSS BOTTLED TONIC Fragrância fresca que é uma mistura de notas sofisticadas de cítricos, especiarias e madeiras para trazer uma dimensão mais leve e refrescante. Abre com toranja picante, laranja amarga e mistura de limão com maçã para oferecer um impulso de frescor e brilho. O acorde traz uma sofisticação sutil com nuances amargas, ecoando a combinação dinâmica de contrastes. As fragrâncias Hugo Boss são fabricadas e distribuídas pela Coty. Sugestão de preços: 50ml – R$ 369,00 100ml – R$ 469,00
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pet
Obesidade Animal: o snack está proibido? *POR CIBELE ERREIRAS RUIZ
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e para nós uma alimentação desequilibrada, aliada ao sedentarismo, já é ruim o suficiente para a balança e para a saúde, com os pets não é muito diferente. Muitos tutores só percebem que seu animal está obeso quando a situação já é grave. O problema é que a obesidade vem acompanhada por uma série de riscos, como a propensão à diabetes, problemas cardíacos e respiratórios, dificuldade de locomoção e dores nas articulações. Apesar de ser um problema grave é difícil identificar a fonte que está causando o problema. Antes de culpar o snack, te convido a refletir mais sobre o tema. A obesidade animal nada mais é do que o acúmulo excessivo de gordura nas zonas de depósito de tecido adiposo - um excesso de peso igual ou superior a 20% já indica obesidade. A melhor forma de identificar se o animal está com excesso de peso é observando-o. Se o corpo estiver muito arredondado, apresentando um acúmulo excessivo de gordura - principalmente no tórax, cintura e base de cauda - e se as costelas não estiverem visíveis e fáceis de apalpar, é hora de tomar as primeiras providências. Alguns sintomas também facilitam a indicação do quadro de obesidade, como quando o animal pede comida várias vezes ao dia; os tutores oferecem qualquer tipo de alimentação - inclusive petiscos humanos; o bichinho não gosta de praticar exercícios ou apresenta dificuldade para caminhar e dorme muito. Um programa bem-sucedido de emagrecimento é um processo composto por várias etapas e exige, além do comprometimento do tutor, plano nutricional, programa de exercícios físicos e monitoramento metabólico e hormonal
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do paciente, tudo acompanhado por um médico veterinário. Veja a seguir algumas medidas que podem ser adotadas para tratar o problema: Dieta alimentar – O veterinário poderá ajustar o cardápio de forma a proporcionar o emagrecimento saudável do seu pet. O ideal é que ele faça três refeições ao dia, em porções separadas de acordo com a raça do animal. Para que ele possa adquirir todos os nutrientes necessários para seu crescimento e não ganhe peso em excesso, deve haver um intervalo entre as refeições. O profissional também poderá receitar uma dieta à base de ração especial que permite manter o snack, desde que de forma moderada e na quantidade correta, contanto que tenha valor nutricional para o bichinho. O ideal é buscar alternativas mais saudáveis, como os petiscos líquidos Dog Beer e Dog Wine que, além de ter baixo teor calórico, são alternativas para ajudar na hidratação e reposição de vitaminas. Petvirtual Rações Light: http://www.petvirtual.com.br Exercícios - Em estudos realizados com pessoas e animais, observou-se que durante um exercício físico moderado a ingestão calórica varia proporcionalmente com o gasto energético. Já a diminuição da atividade até um nível de sedentarismo produz aumento de ingestão e ganho de peso. Entre as formas de exercício recomendadas estão caminhar, correr, atirar objetos para que eles os recolham e vários outros tipos de brincadeiras. O importante é que o exercício seja realizado de forma contínua durante toda a vida do animal. As atividades físicas deverão ser recomendadas pelo médico veterinário, conforme o estágio de
obesidade do seu pet, já que ele pode ter dificuldade para se exercitar no início. O ideal é começar aos poucos e ir aumentando gradualmente a distância percorrida. Brinquedos que ajudem a exercitar: www.petvirtual.com.br/cachorro/brinquedos Controle hormonal – Se, mesmo com a dieta e os exercícios, ele continuar com sobrepeso, valer fazer um acompanhamento metabólico com o veterinário para analisar os níveis hormonais, de colesterol e de triglicérides. O tratamento para perda de peso não é fácil. Para obtermos resultados satisfatórios, você precisa se engajar e seguir os procedimentos indicados pelo veterinário do seu pet, induzindo um emagrecimento seguro e eficaz. Para um melhor diagnóstico, é importante a realização de um exame completo, visando assim avaliar a presença de doenças da tireoide, doenças das adrenais ou diabetes. *Cibele Erreiras Ruiz é médica veterinária, clínica-geral da Clínica Veterinária Bele Bichos, nefrologia/urologia veterinária e consultora da Petvirtual
di c as
Diferenças entre o seguro-viagem e o seguro do cartão
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o momento de pensar na melhor opção em seguro-viagem, é imprescindível ter conhecimento sobre as alternativas existentes no mercado. A April, multinacional francesa especializada em seguros, detalha as diferenças entre os seguros-viagem e os produtos oferecidos pelas empresas de cartão de crédito. Durante a viagem, o seguro garantirá atendimento de urgência e emergência na rede credenciada da empresa fornecedora, com um valor máximo de cobertura para esses gastos médicos, mas sem cobertura para atendimentos eletivos. Ou irá reembolsar atendimentos médicos, hospitalares e odontológicos que o viajante venha a ter no destino, além de proporcionar indenizações e assistências para diferentes situações, como extravio de bagagem ou interrupção da viagem, de acordo com as condições gerais. Alguns viajantes preferem embarcar com o seguro oferecido pelas empresas de cartões de crédito, serviço gratuito para alguns clientes – normalmente, aqueles que têm status platinum ou superior. Mas será que esta é uma economia eficaz? É necessário entender as regras aplicadas pelo cartão de crédito e checar os detalhes das condições gerais do seguro para não ter surpresas.
Em alguns casos, é exigido que a compra da passagem ou do pacote de viagem seja feita com o cartão e a maioria das coberturas oferecidas para despesas médicas não ultrapassam os US$ 100 mil. Dependendo do destino, esse valor não é suficiente. Grande parte das empresas de seguro-viagem oferecem produtos que cobrem até US$ 1 milhão em gastos médicos no exterior. A April, por exemplo, proporciona coberturas adicionais para furto qualificado de equipamentos eletrônicos e oferece 100% de cobertura para doenças preexistentes, como pressão alta ou diabetes. Já as empresas de cartão de crédito têm opções básicas que não podem ser customizadas. Outro diferencial é que os seguros-viagem oferecem cobertura por evento. Isso garante que, caso o segurado tenha dois sinistros não relacionados em uma mesma viagem, ele terá direito ao valor total da cobertura de despesas médicas para cada situação. Já os serviços oferecidos pelos cartões de crédito contam com cobertura global e que não diferencia os eventos. Por isso, é importante conhecer os produtos e suas vantagens, além de saber as práticas de saúde do destino que irá visitar. Assim, será muito mais fácil reconhecer se as coberturas oferecidas são adequadas e optar pelo melhor produto para viajar protegido, evitando uma grande dor de cabeça em seu momento de lazer.
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s a ú d e e b e m - e s ta r
cuidados com a barba *POR GRECIN / JUST FOR MEN
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ssim como a pele e o cabelo, a barba pede cuidados especiais no verão para amenizar os efeitos do calor, umidade, oleosidade e raios solares. Se não for bem cuidada, a barba pode ficar com fios quebradiços, ressecados e opacos. Para te ajudar a cuidar da barba na estação mais quente do ano, a Grecin / Just For Men, líder mundial em coloração masculina, com mais de 20 anos de experiência com barbas e bigodes, oferece seis dicas de cuidados essenciais no verão:
1. Filtro solar, sim senhor! Os pelos da barba funcionam como proteção natural da pele contra os raios solares, mas este benefício não se estende a todos os barbudos. Aqueles que usam as barbas mais ralas não devem dispensar o uso do filtro solar em toda extensão para proteger a pele. Homens com barbas mais volumosas estão mais protegidos dos raios solares, mas não devem dispensar o uso da proteção nas áreas que não estão totalmente cobertas por pelos. Dica: Opte por filtros solares de toque seco que evitam aumentar a oleosidade da barba e da pele.
2. Adeus desidratação A ingestão de água é fundamental, independentemente da estação do ano. Mas no verão, devido ao calor, o corpo tende a perder uma quantidade maior de água por meio do suor. Para manter a pele, cabelo e barba saudáveis e com boa aparência é preciso aumentar a ingestão de água no seu dia a dia. Dica: Ter sempre uma garrafa com água fresca ao seu alcance e não esperar para se hidratar apenas quando estiver com sede.
3. Praia e piscina = vilãs Verão também é sinônimo de férias o que já te leva diretamente para dias de descanso à beira da praia ou piscina. Mas, se você quer ter uma barba de respeito, fique atento! O sal do mar e produtos químicos utilizados na água da piscina são os grandes vilões de uma barba saudável e causam desidratação severa dos fios. Dica: Adote o óleo para a barba como aliado no verão, mas evite o uso dos minerais ou com silicone na composição, pois estes produtos podem ser efetivos em primeiro momento, mas causam um severo ressecamento da barba no longo prazo. Dê preferência para óleos desenvolvidos especificamente para barbas e bigodes.
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4. Penteie a barba O que pentear a barba tem a ver com a saúde dos fios no verão? Tudo! Ao pentear a barba, os fios ficam mais alinhados e abertos, possibilitando maior circulação do ar, diminuindo a incidência de fungos e bactérias e, consequentemente, aumentando a sensação de frescor.
5. Higienização e hidratação Limpar a barba diariamente com produtos específicos é o mandamento número 1 dos barbados. Durante o verão, a rotina deve ser colocada em prática com mais frequência a fim de evitar acumulo de sujeira, odor, cravos e espinhas provenientes do suor. Dica: Em dias muito quentes, lave a barba mais de uma vez e não se esqueça do condicionador para hidrata-la na medida certa. É importante optar por produtos específicos para os barbados, pois estes cosméticos são responsáveis por cuidar de tudo, inclusive da pele por baixo da barba - a fim de evitar cravos, espinhas e pelos encravados.
6. Cuidado ao barbear Devido ao calor, alguns homens migram da barba volumosa para a mais rala no verão, mas esta transição também requer cuidados. Evite usar a lâmina para desenhar a barba depois de tomar muito sol, pois a pele fica irritada e as chances de provocar uma lesão são muito grandes. Dica: Para aparar a barba no verão, deixe a lâmina um pouco de lado e recorra a tesoura. Se o uso da lâmina for indispensável, hidrate bastante a pele antes de utilizá-la. Uma barba bem cuidada pede atenção em todas as estações - e redobrada no verão.
Sobre Grecin – Just for Men *Grecin é a marca líder mundial em coloração masculina com mais de 20 anos de experiência em barbas e bigodes.
DI REI TO S
direitos LGBT C i r u r g i a e a s m uda n ça s d e n om e e sexo em d o cu m e n t os são a m pa ra da s por lei *POR IVONE ZEGER
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as afinal o que é a identidade de gênero? Quais direitos amparam travestis, transexuais e transgêneros? A especialista Ivone Zeger, que atua na área de Direito de Família e Sucessão e é autora do livro “Direito LGBTI - Perguntas e Respostas”, responde às principais dúvidas sobre o assunto.
de sexo, chamada de Processo Transexualizador, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Há, no entanto, regras e procedimentos apontados pela Resolução 1.955 do Conselho Federal de Medicina.
O que é identidade de gênero?
Além do nome, sem necessidade da cirurgia de transgenitalização, desde que os interessados tenham em mãos laudos médicos e psicológicos que comprovem intervenções (hormonais ou cirúrgicas) para adequar a aparência física à realidade psíquica. Deve, portanto, ser comprovada a dissonância entre o estado psicológico e físico do sexo biológico. Toda solicitação deve ser feita via Judiciário, mediante a apresentação dos laudos citados acima. É importante dizer que os motivos da alteração, a palavra ‘transexual’ e o sexo biológico são proibidos de constar no documento.
É a maneira como a pessoa reconhece a si mesma com base nos padrões de gêneros estabelecidos socialmente, ou seja, como se reconhece nos gêneros feminino ou masculino. A maioria dos indivíduos tem seus aspectos psicológicos e emocionais vinculados ao seu gênero. Porém, uma pessoa pode ser biologicamente - fisiológica e anatomicamente – homem ou mulher, mas não se inserir psiquicamente no universo do gênero masculino ou feminino. É o que acontece com travestis, transexuais ou transgêneros.
Como a lei pode amparar essas pessoas? Há uma enorme demanda de conhecimento das leis por quem se vê tolhido em situações cotidianas, por constrangimentos que podem ocorrer em uma entrevista de emprego, uma simples ida ao banheiro – como acontece com transgêneros – ou ao passear pela rua e encontrar um grupo de homofóbicos. Os casos nos quais a consciência de seus direitos LGBTI se faz urgente e necessária são inúmeros. A Portaria 1.707 do Ministério da Saúde, de 18 de agosto de 2008, permitiu a cirurgia de mudança
Transexuais agora podem mudar o sexo na certidão de nascimento (e nos demais documentos como RG, passaporte, carteira de trabalho etc.)?
*Advogada graduada pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie/SP. Tem pós-graduação em Direito Constitucional na Universidade São Francisco/SP e em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas/SP. Especialista em Direito de Família e Sucessão, há mais de 25 anos lida com questões relacionadas a essas áreas tendo publicado três livros: “Família - Perguntas e Respostas”, “Herança - Perguntas e Respostas” e “Direito LGBTI - Perguntas e Respostas”, todos pela Mescla Editorial.
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MEMÓRIA
SOBRE GESTOS: DANDISMO E REVOLTA
N BRUNNO ALMEIDA MAIA Pesquisador em Filosofia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), pesquisador residente do NECMIS (Núcleo de Estudos Contemporâneos do MIS – Museu da Imagem e Som), professor convidado do SENAC Lapa Faustolo, do Departamento de PósGraduação, Extensão e Cursos Livres da FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado e do Centro Universitário Belas Artes. É autor dos livros “O Teatro de Brunno Almeida Maia” (Editora Giostri, 2014), “Moda Vestimenta Corpo” (Editora Estação das Letras e Cores, 2015), e “São Paulo em Palavras” (Editora Aquarela Brasileira, 2017).
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uma das sequências mais intensas e belas das últimas produções cinematográficas, o ator Eddie Redmayne, que vive a artista plástica Lili Elbe no filme britânico-americano “A Garota Dinamarquesa” (2016) vivencia as primeiras sensações da intersexualidade, ao posar como modelo de retrato vestindo um tutu e uma sapatilha de bailarina. A cena acontece antes de a personagem se submeter à cirurgia de redesignação sexual, ainda como Einar Mogens Wegener – seu nome de nascença. O gesto traçado pelo pincel na tela materializa não o visível. Como transmutação da condição espiritual de Lili, refaz o percurso dessa mesma gestualidade devolvendo à protagonista o sentido de sua própria existência. No simples tocar pelos dedos o tecido da vestimenta, a protagonista se reinsere no mundo a partir da ressignificação da sua percepção. Tão logo nos identificamos com o drama de Lili, sentimos que, de certo modo, somos pintados também pela tela de sua companheira Gerda Wegener (Alicia Vikander). Em nossas existências cotidianas, quando percebemos as coisas pelos sentidos do nosso corpo, estamos jogando com a linguagem que estrutura o mundo. Somos lançados numa vida na qual os sons, as palavras, as imagens, as cores, os sabores e as texturas já estavam presentes antes que chegássemos; à nossa percepção cabe a correta leitura desse estado atual das coisas e, dependendo do caso, a ressignificação e a revolta contra o imposto. Nos anos 1980, quando os primeiros teóricos europeus e norte-americanos iniciaram uma nova fase nos estudos de gêneros, conhecida como teoria queer, discutia-se, à época, a dimensão binária – masculino e feminino - que estrutura a nossa percepção de mundo. Basta olharmos ao nosso redor e notaremos a força dessa estruturação em nossa língua materna, nos nomes, nas profissões,
na divisão do trabalho, nas artes e por que não em nossa relação com o guarda-roupa? Na senda destas teorias, a partir da segunda década do século 21, a moda iniciou um processo de subjetivação do corpo – sua principal moldura de apresentação – que se distanciou daquilo que demarcava a sua “originalidade” no passado, e a sua maneira de distinção, a saber, a divisão das roupas entre os gêneros masculino e feminino. Conhecida como a tendência Agender, ou “sem gênero” ou “gênero nulo”, sua principal característica é a reinvenção e a remodelagem das formas corpóreas a partir da roupa, permitindo uma melhor aproximação entre shapes que transitam entre o feminino e o masculino. A roupa, enquanto objeto cultural e histórico, somente adquire sentido se pensarmos sua relação com as ideias de movimento e repouso do corpo; este, por sua vez, assim como a roupa, está inserido numa determinada cultura, num tempo histórico específico e em valores morais, éticos e religiosos. Desde os estudos do filósofo francês Michel Foucault, sabemos que não existe corpo natural, que o desenho dos gestos e os hábitos do corpo são escritos e inscritos pela cultura. É nesse sentido que podemos dizer que a história da Moda - desde a sua origem no ocidente europeu no século 14 até os dias atuais - pode ser considerada como a história do corpo. Basta folhearmos qualquer livro ilustrado de história da moda e/ou da indumentária, que perceberemos como determinadas “modas” desenharam de diversas maneiras as formas do corpo; por exemplo, o uso da crinolina, espécie de armadura que dava sustentação à saia no século 19, redefiniu a forma do corpo da mulher, ampliando a sua silhueta na parte inferior. Antes da ascensão da burguesia como classe dominante no processo pós Revolução Francesa, as divisões de gêneros – masculino e feminino -, apesar de existentes, eram
muito mais aptas a promover uma espécie de teatralidade e de androginia, com uma fronteira não muito bem definida entre o que era “roupa de mulher” e o que era “roupa de homem”. Se considerarmos as cortes francesas antes de Luis 16 e Maria Antonieta, perceberemos que os homens adornavam-se com maquiagens, saltos, perucas, tecidos e cores hoje considerados “femininos”.
um detalhe na fivela do sapato, um detalhe nos acessórios. Reza a lenda que para conseguir tais efeitos distintivos, Beau Brummel pedia ao seu criado que usasse suas peças de roupas, puindo cada uma delas. Deste modo, a vestimenta ganharia aspectos de envelhecimento, ou seja, de pertencente a uma tradição, com uma história, e não como uma roupa nova, com ausência de memória.
Imitar e pertencer
Regras aleatórias
Foi a partir do século 19, em plena austeridade da era Vitoriana na Inglaterra, que a burguesia, numa tentativa de se distinguir do grupo social que ela combatera na Revolução Francesa – a Monarquia e os seus nobres – delimitou, de maneira muito clara, aquilo que deveria pertencer ao guarda-roupa masculino e ao feminino. Às mulheres, permanece a forma-vestido, com pequenas variações, ao longo do século 19, de tecidos, cores, detalhes; aos homens, uma verdadeira revolução na moda estrutura a vestimenta usada, com mudanças não apenas na forma, mas no espírito: o modelo quaker em cores sóbrias, como o preto, o azul-marinho, o cinza, e o branco, torna-se uma espécie de “uniforme obrigatório”. O processo revolucionário culminou não apenas na individualidade, como ideia de que o destino - antes dado pela vida religiosa e coletiva – passa a ser de responsabilidade de cada homem e de cada mulher, como ressaltou o caráter massificador da moda, na qual se distinguir significa imitar e pertencer. Neste espírito, surge a figura do dândi, ilustrada em personagens históricos como Oscar Wilde, Beau Brummell, Lord Byron, Santos Dumont e George Sand – existe um dandismo feminino, também! O dandismo não foi apenas uma obsessão pela aparência, mas uma ascese espiritual, um modo de vida, uma ética da existência. Em suma, o que é o dândi? É o indivíduo que leva às últimas consequências o processo de individuação, não se submetendo às regras vigentes e massificadas da moda. Seu extremo é o apogeu da distinção total na maneira de se vestir, de criar os seus gestos e de se conduzir. Se o homem do século 19 vestia-se de maneira uniformizada e sóbria, o dândi busca a contestação desta norma pelo máximo de elementos sutis e distintos na vestimenta: um detalhe da gravata,
Tudo o que o dândi desejava era não seguir a massa, não importa se ela fosse composta pela classe trabalhadora ou pela burguesia. Numa festa com ricos, o dândi se apresentava de maneira puída e desleixada; numa festa com pobres, trajava-se da maneira mais suntuosa e elegante. As regras aleatórias do dandismo não se resumem apenas à maneira de se vestir. Todo dândi é um herdeiro sem testamento dos aristocratas, no sentido grego da palavra aristoi, que significa os “melhores de espírito”, não pertencendo, necessariamente, a uma elevada classe social. O que significa ser “melhor de espírito”? Nas palavras do filósofo francês Roland Barthes: “O dandismo, portanto, não é apenas uma ética (...), mas também uma técnica. É a união de ambas que faz o dândi, e é evidentemente a segunda que garante a primeira, como em todas as filosofias ascéticas (...) em que a conduta física serve de via para o exercício de um pensamento; e, como esse pensamento aí consiste numa visão absolutamente singular de si mesmo”. É, portanto, a condição de um parecer que não dissimula o ser, mas o contrário, pois não há a velha dicotomia entre aparência e essência. A roupa é o aspecto visível de uma ordem secreta: a essência ou o espírito do dândi. Foi assim que Oscar Wilde - como comenta Tom Ambrose em “Heróis e Exílios – Ícones através dos Tempos” (2011) - fora condenado, não somente pela sua maneira de se vestir - com “casaco de veludo bordejado com galão, calças até os joelhos, compridas meias de seda pretas, camisa macia folgada com largo colarinho mole, luvas lavandas e cravo verde” - que chocava a conservadora sociedade vitoriana de Londres, mas por sua coragem de assumir o risco pelas suas escolhas pessoais, pela afirmação do seu modo de vida, por sua homossexualidade, por sua literatura, e pelo seu amor ao jovem Alfred Douglas.
Contestação da modernidade Inserido num determinado contexto histórico, o século 19, Oscar Wilde foi o espírito do seu tempo que justamente por isto soube negá-lo, pois só ama verdadeiramente a época em que se vive aquele que a odeia intensamente: compreender o meio social em que se vive é se revoltar - pelos gestos – não contra a vida, mas contra o estado atual das coisas. Toda essa galeria “excêntrica”, com filhos bastardos como Oscar Wilde e Lili Elbe, compõe o espírito de contestação da modernidade e do seu progresso desenfreado que aniquila a possibilidade da plena realização da individualidade. Este espírito de revolta recebe como sobrenome o romantismo, não apenas o da literatura e das artes do século 19, mas como recusa do estado atual das coisas, pois o romantismo pode ser compreendido como uma reação ao modo de produção capitalista e a ascensão dos valores burgueses pós Revolução Francesa - pensemos na austeridade da sociedade Vitoriana. Ele é, portanto, uma revolta do espírito contra a técnica mecanicista, o tempo profano dos relógios das fábricas, regulando a vida dos operários, à dissolução dos laços de amizade e amor desinteressados, e o desencantamento do mundo. Nas artes, toda a geração de pintores, escritores, poetas e dramaturgos, naquilo que se considerou modernismo, pode ser considerada romantismo, assim como os revolucionários das Comunas de Paris do meio do século 19. Todo romantismo é uma utopia, que visa à criação de um futuro melhor, ou um retorno, uma restituição de um paraíso perdido. Como explicar uma época da história que se pautou, para a ação humana, na justa medida da razão iluminista, mas que vê as maiores brutalidades diante de seus olhos? Romântico é aquele que responde à insuficiência da razão com o escândalo da verdade, mostrando que a ideia de excesso trata de uma denúncia contra a situação do homem no mundo, uma saída de si para a criação de outra relação – sempre mais estética - com a vida. Como no ínfimo gesto pintado no filme “A Garota Dinamarquesa” que, impertinente, escapou do quadro e devolveu a Lili Elbe um discreto instinto de revolta. WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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c in e ma & v i d e o
TOM OF FINLAND Diretor: Dome Karukoski (2017) Elenco: Pekka Strang, Jessica Grabowsky e Jakob Oftebro
STEVAN LEKITSCH
Uma pérola do ano passado. De forma muito sensível, o filme conta a biografia do icônico desenhista Tom of Finland, que orientou roupas, estilos e o comportamento de uma geração inteira de gays norte-americanos (e até mesmo pelo mundo afora) a partir dos anos 1980. Com uma excelente interpretação de Pekka Strang, conhecemos a vida difícil do pintor e artista Touko Laaksonen, um gay que se descobre cedo numa repressora Finlândia ao final da Segunda Guerra Mundial. Tentando colocar os desejos para fora, alterna entre escapar dos olhos de sua irmã Kaija (Jessica Grabowsky), passeios perigosos num bosque à procura de sexo, idas a países vizinhos supostamente mais liberais, até que começa a extravasar sua libido por meio do desenho. É assim que cria seus homens musculados, nus ou vestidos de couro, com falos enormes e, geralmente, ao lado de motos, envolvidos em uma atmosfera sadomasoquista. Reprimido e discriminado em seu próprio país, Touko resolve se aventurar a enviar os desenhos para os Estados Unidos. É quando sua vida muda e ele cria o alter ego: Tom of Finland. Mas nem tudo é motivo de comemoração, ainda: o começo do seu sucesso coincide com a chegada da epidemia de Aids, mais um desafio para o fogoso Touko.
OS TEMPOS DE HARVEY MILK Diretor: Rob Epstein (1984) Elenco: Harvey Milk, Harvey Fierstein e Anne Kronenberg
Jornalista e autor do livro Cine Arco-íris, 100 anos de Cinema LGBT nas Telas Brasileiras
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Numa época de tantas opiniões extremadas, posições radicais e comportamentos preconceituosos, nada melhor do que relembrar Harvey Milk, um dos mais emblemáticos ativistas LGBT dos Estados Unidos, e que viria a influenciar todo o planeta. Sua vida já havia sido retratada no excelente filme de Gus Van Sant, sendo interpretado por Sean Penn de forma irrepreensível. Mas este documentário, feito poucos anos após sua violenta morte, permite conhecer parte de sua biografia até chegar a Assembleia de São Francisco, e também a trajetória de seu assassino e colega de prefeitura, o bombeiro homofóbico Dan White. Milk era o primeiro “prefeito distrital” (uma espécie de subprefeito) de São Francisco, eleito pelo povo e assumidamente gay, que tinha ganhado as eleições graças a toda sua plataforma a favor das minorias, principalmente dos LGBT. Por meio de depoimentos de amigos próximos e de pessoas envolvidas com Dan White, vamos acompanhar os momentos chocantes do dia da sua morte, assim como as repercussões posteriores. Com narração de Harvey Fierstein (do filme “Essa Estranha Atração”) e direção de Rob Epstein (dos excelentes documentários “Parágrafo 175” e “Celulóide Secreto”) o documentário ajuda a não deixar a história cair no esquecimento. Apesar de ter se passado há exatos 40 anos, o enredo ainda está muito presente em nossa sociedade e pode voltar a se repetir, se não formos firmes e lutarmos sempre pelos nossos direitos e contra a homofobia.
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