Edição nº 48 Ano 9 - 2017 R$ 21,90
Polinésia francesa Tahiti e Bora Bora fazem parte deste paraíso friendly
Rosário e Bariloche prontas para te receber
Gaythering EM MIAMI CONHEÇA UM HOTEL BEM DIFERENTE
comemoram 50 anos de descriminalização
Márcia Rocha empresária, advogada, bem-sucedida e trans WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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Foto: Tim Mc Kenna/Tahiti Tourisme
inglaterra e país de gales
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polinés a FR AN CE S A
Foto: TY SAWYER/Tahiti Tourisme
S U MÁ R I O
Márcia Rocha
16 curtas Notícias
34 Destinos Rosário e Bariloche, na Argentina
42 acontece Viva a diversidade no Reino Unido
46 hotelaria Gaythering e Etoile Hotels
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12 ENTREVISTA
54 saúde Falsos amigos na alimentação
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gastronomia
pets
perfil
CONSUMO
Seen do Tivoli Mofarrej
Cuidados no inverno Hotéis pet friendly
Sexo depois do casamento
Moda e acessórios
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EXPEDI ENTE
A revista ViaG foi criada em 2008. É a única publicação impressa brasileira de turismo LGBT. Uma publicação de responsabilidade da Editora Via Ltda. Rua Bento freitas, 178 - Cj. 76 - República CEP 01220-000 -São Paulo - SP Tels.: +55 (11) 3255 4956
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editorial
de cara nova
P Ana Carolina Melo Publisher
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restes a completar 10 anos, sendo a única publicação impressa de turismo LGBT do Brasil, a ViaG chega na sua 48ª edição totalmente repaginada. Com novo acabamento e layout para um público cada vez mais exigente e de bom gosto, passa a ter periodicidade trimestral a partir desta edição. A ideia é trazer conteúdos mais aprofundados sobre destinos e comportamento, deixando as notícias mais quentes e eventos para nosso portal e redes sociais. Nesta reestreia, trouxemos na entrevista a travesti Márcia Rocha. Empresária, advogada e bem-sucedida, ela é defensora das questões de igualdade de gênero, em especial os trans. Um exemplo de vida a ser seguido por todos que querem fazer deste mundo um lugar mais humano e civilizado. Na matéria especial de capa fomos bem longe e desbravamos as paradisíacas praias da Polinésia Francesa. Do Tahiti a Bora Bora, o destino de luxo é totalmente friendly e já acostumado a receber casais gays em lua de mel. Um pouco mais perto de nosso território, saiba que não é só na capital argentina que a diversidade se concentra, exemplo disso são as cidades de Rosário e Bariloche. As duas estão de braços abertos para os LGBTs e atraem cada vez mais turistas brasileiros, tanto no inverno quanto no verão. Os cenários inspiradores são um convite a uma viagem a dois. Lembrando que nossa missão sempre foi e será fomentar o turismo no Brasil e no mundo, ultrapassando barreiras e plantando a sementinha da tolerância e respeito por todos os lugares que passamos. Em nove anos de atividades, podemos dizer que contribuímos muito para o incremento do turismo gay no Brasil. Inclusive, realizaremos no dia 13 de junho, em parceira com a ABTLGBT (Associação Brasileira de Turismo para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), na semana da Parada da Diversidade de São Paulo, o primeiro Fórum de Turismo LGBT do Brasil. Uma iniciativa para capacitar e unir as duas pontas do mercado, os fornecedores da cadeia do turismo (companhias aéreas, destinos e redes hoteleiras) com os agentes de viagem cada vez mais interessados em atender bem o nosso público. É com criatividade, muito trabalho e humildade que a ViaG se mantém fortalecida e respeitada ao longo de quase uma década. Esperamos que gostem de nossa nova cara e contamos sempre com suas sugestões e críticas. Tenham todos uma ótima leitura.
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E NT R E V I S TA
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árcia Rocha ou Marcos Rocha, ambos os nomes podem ser utilizados para identificar a residência na portaria do condomínio de luxo onde reside nossa entrevistada. Poderosa, empresária e ativista das questões de igualdade de gênero, ela é advogada, bem sucedida e trans. Faz questão de falar que da sua identidade para quebrar o estereótipo da grande maioria das travestis. Bastam alguns minutos de conversa e fica claro perceber porquê se tornou referência e ganhou notoriedade. Não só por ter sido a primeira trans a ter direito ao uso do nome social no Cadastro Nacional dos Advogados da OAB, concedido no início do ano por unanimidade pelo Conselho Federal, mas também por atuar ativamente no combate à discriminação de uma classe marginalizada no País. Com o projeto Transempregos criado em 2013, trouxe oportunidades de empregos formais para trans, abrindo portas para vagas de trabalhos em empresas de todos os portes, inclusive multinacionais. Além disso é a única trans brasileira a ter uma cadeira no comitê de proteção dos direitos sexuais na World Association for Sexual Health - WAS. A organização mundial sem fins lucrativos tem como missão disseminar o conhecimento e a proteção dos direitos da sexualidade humana. Com uma agenda cheia, divide seu tempo entre trabalho, palestras, convenções, família e leitura, sua grande paixão. Está num relacionamento há três anos com a advogada Ana Carolina, a Carol, com quem divide sua mansão no Tamboré, região nobre da grande São Paulo. Foram quase quatro horas de bate papo com a ViaG, com conteúdo que renderia para uma edição inteira. Confira os melhores momentos nas próximas páginas e a íntegra em www.revistaviag.com.br.
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TURISMO E DIVERSIDADE
POR ANA CAROLINA MELO
Poderosa
Como você se define?
Travesti lésbica. Eu achava que era bi, sai com alguns rapazes, mas nunca me apaixonei por homens. Meus relacionamentos sempre foram com mulheres, então me considero uma travesti lésbica. Fui casada duas vezes, tive uma filha do primeiro casamento. Há três anos fui convidada pela OAB para fazer uma palestra em Bauru e conheci a Carol que era presidente da comissão de lá. Nos aproximamos e estamos juntas desde então, e estou sendo eu mesma.
nização definitiva. Mas, antes disso, aos 29 anos, casei e tive uma filha. O relacionamento durou dois anos. Já o segundo matrimônio durou oito anos. Desandou quando fizemos um cruzeiro gay. Uma hora eu estava na varanda da cabine e ela me disse que eu estava muito feminina. Enquanto eu tinha ficado muito feliz, ela demonstrou que não era isso que queria. Foi o princípio do fim do nosso casamento. A minha filha sempre soube de mim. Ela mora comigo, me ajuda nos negócios. Nossa relação é muito tranquila.
Quando decidiu mudar a aparência? Desde os quatro anos de idade me identifico com o feminino, mas entendi que tinha que ser menino e, então, comecei a ter uma vida dupla, uma imagem masculina para o mundo e uma expressão feminina quando eu estava sozinha. Pegava roupas da minha mãe e me montava sozinha no quarto. Com 7, 8 anos eu me maquiava escondida. Aos 13 anos comecei a perceber que o corpo das minhas amigas mudava e eu queria aquilo também. Uma vez conheci uma travesti na rua e perguntei o que tomava. Ela me disse. Fui à farmácia e comecei a tomar por conta própria. Meses depois começaram a nascer os seios. Meu pai percebeu e perguntou o que estava acontecendo. Levou-me ao médico e tive que contar. Eles me convenceram a parar dizendo que eu ia ficar estéril. Parei um tempo com a hormonização, fazia esporadicamente porque queria ter o corpo feminino. Era um desejo muito forte.
Como foi a relação com a família na época da transição? Aos 39 anos, graças ao avanço da medicina, fiz um depósito no banco de esperma para poder ter filho. Está lá até hoje e assim continuei a hormo-
Sofre preconceitos ainda hoje? Eu acho que sofrer preconceito é muito relativo. Já aconteceram situações onde eu fui estereotipada, como uma vez andando no centro um cara veio e me agarrou falando “vamos, vamos...”, e eu: “Vamos onde? Não sou prostituta”. O mundo é machista, os homens se sentem comedores e poderosos e eu abri mão de ser assim, de ter este “poder”. Abri mão disso e fui para a ralé, o ponto mais baixo da sociedade que é ser travesti. Mas vou onde quero, sei me comportar. Às vezes algumas pessoas olham torto, fico na minha, estufo o peito, empino a cabeça e não estou nem aí. Tô pagando.
A educação é a base de tudo. Se a sociedade entende, a lei é consequência e o avanço é gigante
Você se formou em direito, um curso formal. Como o meio acadêmico lidava com sua postura?
Eu fiz faculdade no fim do regime militar. Era impossível conceber uma travesti fazendo Direito. Ninguém sabia e nem imaginava quem eu era. Mas tenho amigos do curso até hoje e realizamos encontros da turma. Na época que estudei o ambiente era mais conservador. Hoje eu realizo palestras, participo de encontros com juízes, promotores, defensoria pública. Dentro do estado de São Paulo tem uma lei que garante aos LGBTs frequentar qualquer ambiente público e quem é do Direito sabe, mesmo em delegacia.
Você foi a primeira trans a conquistar o nome social na OAB. Como foi o processo de solicitação? Foi um processo longo. Começou quando eu estava participando de uma palestra no interior e falaram que não tinham achado meu nome nos quadros porque estava Marcos Rocha. Um colega sugeriu para demandar. Nos juntamos para fazer uma petição dentro da OAB para usar o nome social oficialmente. No total foram três anos, entre processo e investigações até ser aprovado no ano passado diante de vários conselheiros. Em janeiro deste ano recebi a carteira com o nome social. Agora eu tenho os dois nomes na carteira, um documento oficial válido no mundo inteiro.
Você é uma militante gay? Participa de paradas? O que pensa desse movimento? Eu participo de paradas, acho um movimento importante. Participei da primeira para Trans, já coloquei os peitos pra fora, antes mesmo de tê-los, na primeira vez que fui. Hoje não faço mais isso senão perco minha carteira da OAB. Tem código de ética. Naquela época WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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E NT R E V I S TA não era advogada. Alguns criticam que o movimento tem exageros, mas acho que a ideia é chocar mesmo, chamar a atenção. Hoje poderia ter um viés mais político como antigamente.
Você tem religião? O que pensa sobre a atuação das igrejas hoje nas questões homoafetivas? Eu estudo, leio muito, amo história e acredito que a religião é um instrumento de controle e poder. Não só no Brasil. No Paquistão deram um tiro na Malala porque ela defendia que tinham que estudar, ou seja, quanto maior a ignorância, mais fácil é o caminho para a religião dominar. Não tenho nada contra religião, acho importante ter fé, ter suas crenças, bons valores independe de religião. Todo mundo sabe o que é certo e errado. Isso vale pra todos.
Através do cenário político que temos hoje, qual seu olhar sobre os avanços e os desafios nas questões LGBT, tanto no municipal quanto em nível nacional?
(do programa Brasil sem Homofobia do Governo Federal) foi um tiro no pé, mal elaborada. A questão de discutir gênero e educação sexual nas escolas é fundamental. É uma imbecilidade falar que isso é ideologia de gênero, o que existe são estudos de gênero. Uma índia ficar de peitos de fora, outra usar burca, elas estão erradas? Não, isso é gênero diferente. Mas estamos caminhando, até 10 ou 15 anos atrás ninguém aprovava trabalhos científicos sobre sexualidade. Agora são cada vez mais aceitos com bases científicas que envolvem o Direito.
Você criou, em 2013, o site TransEmpregos para dar oportunidades aos profissionais trans para o emprego formal. Como ele funciona? O site é só uma ferramenta. A ideia era criar um banco de dados, mas depois de um ano tínhamos centenas de currículos e pouquíssimas ofertas de vagas.
Quais são suas atividades hoje? De onde vem sua renda? Sou empresária, tenho quatro empresas. Uma de estacionamentos, loteamentos imobiliários, administração de bens, que herdei do meu pai, e uma que eu criei para investimentos imobiliários. Desde que me assumi acabei me envolvendo mais nas questões homoafetivas do direito porque as pessoas começaram a me procurar mais, mas acabo passando os casos mais para Carol que é especialista. Minha área sempre foi mais empresarial e imobiliária.
Você gosta de viajar? Qual o lugar preferido? Amo! Já viajei muito mundo afora. Faço pelo menos duas internacionais por ano. No Brasil, adoro Arraial D´Ajuda e Trancoso. Já morei em San Francisco, na Califórnia, e conheço quase todo os Estados Unidos. Amo Londres, é uma cidade diversa e apaixonante. A Itália também adoro, conheci o país inteiro de carro. Amei o Japão, a cultura, a comida... Aliás, quem for, não deixe de pegar o trem que vai para Osaka. Os templos budistas são lindos.
Fotos arquivo pessoal
Eu me considero uma pessoa de centro esquerda. Não sou radical em nada, nunca conheci ninguém radical de nenhum dos lados que falasse alguma coisa que me convencesse. Da época que cresci até hoje, mudou e melhorou muito, nem se falava em gays e travestis. Tivemos grandes avanços, mas tem muita coisa para se conquistar. O principal não é só em questões legais, mas sim no sociocultural. A educação é a base de tudo. Se a sociedade entende, a lei é consequência e o avanço é gigante. A proposta da cartilha nas escolas
isto aqui é um pote de m.... O máximo que posso fazer é limpar um pouco em volta de mim, que é o que faço, mas se todo mundo fizesse isso, o mundo seria bem melhor
Mas aí conheci o Reinaldo Bulgarelli e ele me falou do Fórum de Empresas e Direitos LGBT e em um dos encontros estávamos falando das fronteiras para negros, deficientes e LGBTs em busca de empregos e eu disse que a última fronteira era o “T”. Porque gays e lésbicas arrumam emprego, e a trans não. Só a partir daí, através do Fórum, que as empresas foram abrindo as portas para o transempregos.
Com a Carol, em Nova Iorque
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Ibiza, Espanha
Bariloche, Argentina
Acho até legal não procurar hotéis especificamente gay friendly para começar a educar e trabalhar a aceitação. Tá pagando, consumindo, não tem que segregar. O máximo que faço às vezes, quando vou para uma pousada pequena, é ligar e falar que sou trans e se tem algum problema. Já teve gente que negou, aí vou pra outra. Na maioria das vezes fico em hotéis grandes, de redes, nunca tive problemas. Mas acho que deveria ter um mapeamento dos destinos, onde são os mais seguros para LGBT, porque as pessoas podem entrar numa roubada sem saber, apanhar ou ser presa por não entender as leis do país.
Um lugar que gostaria de conhecer? Tenho vontade ainda de conhecer a África do Sul, depois toda a Austrália, porque só fui para Sidney, e também conhecer a Ilha de Páscoa e a Polinésia Francesa, esta eu quero muito ir. A China eu tenho receio, mas pretendo ir. Eu ainda não fui para Cuba, mas fui convidada para ir quando quiser pela Mariela Castro, filha do Raul, porque ela tem um projeto em Cuba com foco em Trans.
Fotos: Diego Siliprando
Mundo injusto
Quando viaja, opta por destinos e hotéis que sejam gay friendly e que tenham política de atendimento para os LGBT?
Uma vez estava na Tailândia, depois de um congresso da WAS em Singapura, e fiquei num hotel chiquérrimo, com uma vista deslumbrante da cidade. Encontrei, por acaso, o presidente do comitê que faço parte que também estava hospedado lá, um americano. Uma noite, fomos jantar e tinha uma janelas enormes no restaurante com vista para o rio. Fiquei vendo os barquinhos passando com pessoas muito simples e meu pensamento voou longe, aí meu colega perguntou como eu pretendia mudar o mundo. Eu disse emocionada: “Não tem como mudar, isto aqui é um pote de merda. O máximo que posso fazer é limpar um pouco em volta de mim, que é o que faço, mas se todo mundo fizesse isso, o mundo seria bem melhor. " É muita desigualdade, muita injustiça, muitas pessoas passam fome ou se matam de trabalhar, como as do barquinho lá embaixo de Singapura, pra ganhar um prato de arroz e peixe. Uma parcela enorme do mundo sem saúde, educação, coisas básicas. As pessoas são egoístas, não só politicos, são todos! Pobre ou rico, um querendo roubar um pouco do que o outro tem. Outras matam por religião, diferenças ideológicas, por orientação sexual. Ô raça!
Rapidinhas Signo: Sagitário Uma comida: Tantas...moqueca baiana, acarajé, feijoada e massa
Pedra no sapato: Político, uma tragédia Perfume: J´Adore Dior Não falta na geladeira: Feijão, como todo dia Quem levaria para uma ilha deserta: A Carol Uma lembrança: O dia que minha filha nasceu,
a primeira vez que a peguei no colo...
Saudades de... Uma tia que foi quase uma mãe, do meu pai e de viver sem ninguém reparar em você
Uma mágoa: O mundo. É muito triste as injustiças que acontecem
Ídolo: Não tenho. Admiro Freud, Nietzsche, Foucault, pessoas que estudei. Mas hoje, viva, a minha amiga Laerte, inteligente e divertida. (Laerte Coutinho: cartunista e chargista)
Medo: De não viver, não de morrer. De
não experimentar tudo, ter prazeres e sensações da vida. Você pode morrer com cem anos e não ter vivido
O que te faz rir: Eu mesma (rs). A Carol
também. Não sou de beber, mas quando bebo fico bem alegre WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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c urta s
Perdão alemão
Alemanha indenizará 50 mil gays condenados por lei nazista na 2ª Guerra Mundial. A proposta na Justiça ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento e prevê, além de cancelar as penas, o ressarcimento aos homossexuais com 3 mil euros de indenização por condenação mais 1,5 mil euros por cada ano em que foram "restritos de liberdade". No total são 50 mil homens que haviam sido condenados por “homossexualismo” (termo usado na legislação da época) com base em uma lei nazista em vigor desde a Segunda Guerra Mundial.O governo também investirá 500 mil euros por ano em uma fundação especializada neste tema. Durante 122 anos, de 1872 até sua revogação em 1994, o artigo 175 do código penal alemão castigava com penas de prisão "os atos sexuais contra a natureza, sejam entre homens de sexo masculino ou entre homens e animais". Durante o regime de Adolf Hitler, as penas foram intensificadas por uma emenda nazista que estabelecia até dez anos de trabalhos forçados para os réus. Mais de 42 mil homens foram condenados.
Sem sexo
Em entrevista à revista Vogue, o ator Marco Nanini "abriu o coração" e comentou sobre seu parceiro. Revelou que, aos 17 anos, descobriu que seu pai tinha outra família e que o anúncio da sua orientação sexual amenizou a dramaticidade da descoberta. “Mas eu não estava nem aí para isso. Minha turma já era do teatro, minha cabeça era outra. Cheguei ao Conservatório todo enrustido, cheio de culpa católica, e lá aprendi que podia ser quem eu quisesse. Uma das primeiras coisas que fiz depois de entrar para o curso foi contar para os meus pais e amigos que eu era gay. Aquela revelação sobre a família do meu pai, portanto, não era dramática para mim”. Fernando Libonati sempre esteve ao lado de Nanini na vida pessoal e nos trabalhos do ator. “Sempre quis produzir as minhas peças, mas sozinho não consigo dar conta, mexer com dinheiro, sou um desastre. Era preciso encontrar um sócio”, disse o veterano. “Ele foi meu namorado por muitos anos. E não deixa de ser. Estamos juntos esse tempo todo, só não tem mais sexo. Sexo é uma coisa muito estranha: vem e vai embora e você nem sabe o porquê”, complementa.
Fora do armário 1
O cantor romântico Barry Manilow, famoso por embalar as pistas nos 1970, incluindo a música “Copacabana”, assumiu a homossexualidade aos 73 anos. Em uma entrevista à revista People, Barry falou pela primeira vez sobre o assunto e confirmou os rumores do seu casamento em 2014 com seu empresário Garry Kief. Os dois se conheceram em 1978 e tiveram um início conturbado na relação para manter escondido da mídia o envolvimento, aliás um drama para muitas celebridades até hoje. Só em 2014 os dois se casaram em sua residência em Palm Springs, na Califórnia e completam 39 anos de união este ano. “Eu sou tão preservado. Sempre fui. Pensei que estaria desapontando meus fãs se eles soubessem que era gay, então não fiz nada”, contou. Diversos fãs estão apoiando Barry nas redes sociais.
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Na contramão do mundo
Dois indonésios serão julgados por uma Corte Islâmica na província conservadora de Achém, acusados de terem tido relações homossexuais. Se forem condenados, as penas podem ser de cem chibatadas, cem meses na cadeia ou o pagamento de multa no valor de 1 mil gramas de ouro. A província de Achém, na ponta setentrional da Ilha de Sumatra, é a única a criminalizar as relações homossexuais no país de maioria muçulmana, além de aplicar a xaria como código legal. Em 2014, a província criou uma lei que pune qualquer pessoa flagrada em relações homossexuais consentidas. A legislação local também pune crimes sexuais, pessoas solteiras envolvidas em demonstrações de afeto, adultério e sexo com menores de idade. Também mira mulheres sem véu ou que usem roupas apertadas, além de pessoas que consumam bebidas alcoólicas ou se envolvam em apostas. No ano passado, duas mulheres foram detidas após serem vistas se abraçando em público. De acordo com a mídia local, elas foram condenadas a “reabilitação”. A ONG internacional Human Rights Watch pede que o governo indonésio interceda na corte provincial e liberte os dois homens presos. De acordo com a organização, 339 pessoas foram punidas com chibatadas em 2016 por diferentes crimes.
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Estado laico
Regresso À TV Ricky Martin volta às telinhas na terceira temporada "American Crime Story". O cantor e ator interpretará o homem que foi namorado de Gianni Versace durante 15 anos, na temporada que retratará o seu indecifrável assassinato. Antonio D'Amico, interpretado por Ricky, é o modelo que durante 15 anos esteve ao lado de Gianni Versace. Na série, o foco é centrado no assassinato do estilista de alta-costura italiano, que será interpretado pelo ator Edgar Ramirez. Em julho de 1997, Versace foi baleado com dois tiros pelo gigolô Andrew Cunanan (papel vivido por Darren Criss) na porta de sua casa, em Miami Beach, Florida. Este assassinato é um dos mais misteriosos na história dos EUA. A temporada conta ainda com a participação de Penélope Cruz no papel de Donatella Versace.
A parada LGBT de Brasília é a terceira mais antiga do Brasil e fará sua 20ª edição no dia 25 de junho. O tema este ano é "Religião, não se impõe. Cidadania, se respeita", uma reivindicação cuja a escolha vem pela necessidade de defesa do Estado laico, no qual o Poder Público não deve se guiar por visões religiosas para fazer leis, julgar e realizar políticas públicas. Dentre os objetivos do evento está mostrar que evangélicos, historicamente, foram os primeiros a defender a separação entre Estado e fé religiosa, e denunciar que gestores e parlamentares que agem de acordo com a teologia ameaçam não só a cidadania LGBT, mas também a democracia.Nos dias anteriores à marcha, haverá programação com seminário sobre o tema, entrega de prêmios de Direitos Humanos LGBT, festas e outros eventos. A passeata começa em frente ao Congresso Nacional e a expectativa de público para todo o evento é de 50 mil pessoas.
homenagem no metrÔ
Morre o criador O idealizador da bandeira do arco-íris que simboliza a luta pelos direitos dos homossexuais, Gilbert Baker, morreu no aos 65 anos, em Nova Iorque. Baker nasceu no Kansas e serviu nas forças armadas norte-americanas entre 1970 e 1972. A bandeira “arco-íris” que acabou por ser adotada pelos movimentos de defesa dos direitos homossexuais foi criada em 1978. As causas de sua morte ainda não foram conhecidas.
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A prefeitura de Buenos Aires, na Argentina, anunciou que a estação de metrô da Linha H, construída recentemente na capital, foi renomeada para homenagear um ativista LGBT. A estação escolhida foi a que anteriormente se chamava Santa Fe. Desde o dia 20 de março, no entanto, o nome da estação mudou para Carlos Jáuregui. Além desta mudança, a estação também ganhou escadarias pintadas nas cores do arco-íris.
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Aos 35 anos o ator, modelo e músico norte-americano Daniel Newman, assumiu sua homossexualidade através das redes sociais. Famoso por viver os personagens do mesmo nome Daniel, nas séries The Vampire Diaries e na série hit de zumbis The Walking Dead, o galã fez seu desabafo em um vídeo no YouTube.
Proteção ampliada
Uma sentença inédita de um tribunal federal de apelações nos Estados Unidos estabelece que os donos de empresas não podem discriminar funcionários com base em sua orientação sexual. A decisão foi tomada pela Corte de Apelações do Sétimo Circuito em Chicago, ampliou as proteções da Lei de Direitos Civis de 1967 contra a discriminação de gênero para incluir os empregados LGBT. A sentença contradiz uma decisão de um tribunal de apelações de Atlanta que concluiu que os trabalhadores homossexuais não estão protegidos por leis antidiscriminação. A decisão diz respeito ao caso de uma professora, Kimberly Hively, que processou seu antigo empregador, o Ivy Tech Community College de Indiana. Segundo Hively, a instituição lhe negou promoções e depois a demitiu por ser lésbica. O juiz Richard Posner disse que a ampliação das proteções contra a discriminação se justifica porque a sociedade agora considera a orientação sexual uma parte inata de uma pessoa, tanto quanto o gênero. "A posição de uma mulher discriminada por ser lésbica é equivalente à de uma mulher discriminada por ser mulher. Esta mulher não escolheu ser mulher; a lésbica não escolheu ser lésbica", escreveu Posner.
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AÇÕES
Boa ,Recife! A Com um mês de atividades, o Instituto Boa Vista do Recife já atendeu cerca de 30 LGBT, relizando encontros nas comunidades e organizando roda de diálogo com trans masculinos
través do Projeto Cidadania LGBT do Instituto Boa Vista -IBV, foram diversas as demandas atendidas, entre elas, trâmites judiciais para o uso do nome social, intermediação para resolução de conflitos familiares devido a orientação sexual, suporte psicológico relacionados à sexualidade, entre outros. Os processos são acompanhados dia a dia pela equipe multiprofissional do Instituto até chegar em uma solução. Além do atendimento na sede, os profissionais realizaram na Escola Municipal Nadir Colaço, na comunidade do Burity, bairro de Nova Descoberta, encontros com a população LGBT local. Já foram realizados dois encontros entre março e abril onde são divulgados os serviços oferecidos, além de discutir as demandas dessa população. As atividades contaram com a participação de cerca de 40 pessoas. “Número comemorado por nós que estamos atuando há pouco mais de um mês. Esses encontros serão mensais e vão percorrer outros bairros das zonas norte e sul do Recife”, informa o coordenador do IBV, o sociólogo Acioli Neto. O IBV também promoveu a sua I Roda de Diálogo para comemoração do Dia Internacional da Visibilidade Trans. O debate teve como tema “O que querem os homens trans?”. O eixo central do debate foi a necessidade de incluir as demandas dos homens trans nas políticas públicas em Pernambuco. O atendimento é especializado por uma equipe composta por advogados, psicólogos, assistentes sociais e agentes de direitos humanos. Tudo para dar apoio psicológico e social, além de orientação e encaminhamento jurídico para os casos de homofobia e mudança de nome social.
SAI BA M AI S Instituto Boa Vista: Rua das Ninfas, 84. Segunda à sexta-feira das 14h às 20h. Para agendar visitas: (81) 3072-9799.
L u ta ( l i t e r a l me nt e) con t ra h om ofobia
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cademia no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, oferece aulas de luta para defesa pessoal para LGBT. O grupo chamado Piranhas Team espalharam cartazes na região central do Rio com dizeres “Ei, viado, puta, trava! Defenda-se!”. A intensão é de atrair lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros para aprender defesa pessoal usando técnicas adotadas pelo exército de Israel. O treino para os LGBT tem o nome de “Krav MaGa” e, segundo os organizadores, em menos de seis meses já foram treinadas três turmas com 12 pessoas cada.
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A ideia foi proposta pelo ativista transexual Thiago Baffi, de 33 anos, e sua amiga Lara Linconln Milanez, 31, mulher trans, e aceita por Leandro Davi, dono da Academia de Artes Marciais AC Tori, na Lapa. Os instrutores são os mesmos que ensinam mulheres a cuidarem da integridade física em situações de perigo. A prática tem dado resultados. Lara conta que botou quatro assaltantes para correr na região do centro com os golpes que aprendeu. "Os bandidos iam roubar o celular de uma menina. Avaliei a situação, percebi que os ladrões não estavam armados e parti para cima deles", relata.
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O paraíso do amor Praias paradisíacas, aventuras selvagens, alta gastronomia, hospedagem de luxo e cultura única: tudo isso faz do Tahiti e suas ilhas o cenário perfeito para o romance POR LARISSA COLDIBELI
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Foto: Tahiti Tourisme
DESTINOS
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DESTINOS
Foto: Raymond Sahuquet/Tahiti ourisme
118 Ilhas compõem a polinésia francesa e o mar com tons de azuis infinitos
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a ora na! Prepare-se para ser recebido com essa saudação em taitiano, seguida de um largo sorriso, em todos os lugares aonde for na Polinésia Francesa. Localizado no oceano Pacífico Sul, o território ultramarino francês é composto por cinco arquipélagos com 118 ilhas no total, sendo o Tahiti a mais famosa e a que abriga a capital, Papeete. Porém, não é lá que ficam as praias mais bonitas nem as melhores atividades turísticas. O Tahiti é apenas a porta de entrada e saída para um paraíso que guarda muitas surpresas. Já na chegada ao aeroporto internacional de Papeete é possível sentir o clima que se fará presente em toda a viagem: música e dança típicas ao som do ukulele recebem os turistas, em sua grande maioria casais. A Polinésia Francesa é o destino número 1 de lua de mel, por isso, tudo é preparado para receber casais apaixonados, inclusive, é claro, gays. Com temperaturas médias de 23°C a 30°C ao longo do ano, o figurino pede pouca roupa. Portanto, não se surpreenda se for recebido assim também nos hotéis: no Intercontinental Tahiti Resort & Spa, o principal e melhor hotel
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da ilha, os carregadores de malas circulam descamisados, exibindo os ombros largos e suas tatuagens típicas, que são importantes elementos de identificação da cultura local. O francês é o idioma mais usado, mas o taitiano também é uma língua oficial. É possível se comunicar em inglês na maioria dos lugares, mas não exija isso de todos os locais. A simpatia e o sorriso, porém, estão presentes independentemente do idioma usado na comunicação. É que é impossível ficar de cara feia num paraíso como a Polinésia Francesa. O mar de diferentes tons de azul encanta, assim como a biodiversidade. Passeios com praias, lagoas, florestas e animais selvagens fazem parte do roteiro. A Polinésia Francesa é acessível via Chile, com a companhia aérea Lan, fazendo conexão em Santiago e na Ilha de Páscoa, ou via Los Angeles, num voo da Air Tahiti Nui, com duração de cerca de oito horas a partir da costa oeste americana. Sim, a viagem é longa e cansativa, mas, acredite: vale a pena cada segundo! Ao voar com a Air Tahiti, já é possível ir se ambientando com o destino:
o avião é todo colorido, com poltronas azul turquesa como o mar polinésio, e o uniforme dos comissários tem estampas florais. A Air Tahiti é a única a fazer o transporte entre as ilhas da Polinésia Francesa, em aviões turbo hélice. Não há poltronas marcadas nesses voos, e uma boa dica é perguntar para os comissários qual lado do avião tem a melhor vista.
Explorando as ilhas A partir do Tahiti, um voo de 40 minutos leva até Huahine, uma ilha calma e isolada, ideal para o descanso. E, se a ideia é mesmo se isolar, a dica de hospedagem é o Royal Huahine, resort com bangalôs sobre a água – marca registrada do destino –, espaçosos jardins e acessível apenas por lancha. Logo, não espere por vida noturna. A Polinésia Francesa é um destino diurno: as atividades começam cedo. No hotel, o jantar é servido até às 21h, com a recomendação aos hóspedes de fazerem seus pedidos até 20h30, pois o cozinheiro é pontual em seu horário de saída. O rancho La Petite Ferme oferece
Poisson cru
passeios a cavalo inesquecíveis, que exploram toda a natureza da ilha: a cavalgada começa atravessando um grande lago, sobe trilhas em montanhas, passa por trechos urbanos e termina na praia. O sol pode castigar, mas as paisagens são deslumbrantes! Com voz baixa e tranquila, o guia Eric vai contando um pouco dos costumes locais: a homossexualidade é aceita (um filho não é expulso de casa por causa disso, por exemplo), mas o ideal de masculinidade e de homem provedor, que acorda cedo para pescar, ainda é muito forte entre os polinésios. O passeio inclui ainda um delicioso almoço à beira-mar com o prato típico local: poisson cru, peixe cru superfresco, pescado na mesma manhã, marinado no óleo de coco, com pepino, tomate e cenoura. Uma delícia!
Kia Ora Resort & Spa
Mergulho com golfinhos e tubarões Quarto do Kia Ora
Considere Huahine apenas um aquecimento para o que está por vir e prepare-se para experiências espetaculares em Rangiroa. A uma hora de voo de distância de Papeete, é o maior atol da Polinésia Francesa e foi considerado por Jacques Costeau um dos mais belos locais de mergulho do planeta. A hospedagem no Kia Ora Resort & Spa garante proximidade ao estreito de Tiputa, uma passagem rica em vida marinha onde transitam a água do mar e a que fica na lagoa formada pelo cerco de recifes de coral. Os golfinhos acompanham os mergulhadores experientes que se aventuram em profundidades de mais de 30 metros, mas também seguem os barcos de passeio na superfície. Um espetáculo da vida selvagem! WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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DESTINOS
Foto: Tim Mckenna/Tahiti Tourisme
Royal Huahine
Atividade com animais marinhos
Perto dali, uma formação de corais chamada de aquário natural faz jus ao nome. Basta colocar a máscara de snorkel e a cabeça na água para sentir que entrou num filme 3D da Disney, com peixes de vários tipos e cores nadando ao seu redor. Não se assuste se avistar algum tubarão limão ou galha preta: eles são presença frequente e não atacam ninguém. Um passeio de um dia inteiro à Blue Lagoon permite nadar e até alimentar essas feras do mar. Na hora da alimentação, porém, os turistas ficam no barco, já que os bichos ficam agitados disputando os peixes que são lançados. Mas essa é a cereja do bolo: antes disso, os turistas fazem snorkeling seguindo a corrente da água e degustam um churrasco de peixe e frango
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Piscina e drinks do The St. Regis Bora Bora Resort
num motu, como são chamadas as ilhotas de areia. De volta ao hotel, é possível descansar na piscina particular de uma das vilas privativas, com borda infinita de frente para o pôr-do-sol no mar ou, ainda, dando uma voltinha de va’a, uma canoa típica da Polinésia. Para quem busca uma hospedagem mais em conta, mas também rica em charme, a sugestão é o Relais Joséphine. Em qualquer lugar onde se hospedar, receberá um colar de flores típicas na chegada e outro de conchinhas na saída. Outras ilhas que valem a visita e estão entre as preferidas dos turistas são Moorea, acessível de barco a partir de Papeete (40 minutos de travessia), e Raiatea, a um voo de 45 minutos de
duração da capital. Em Moorea, visitar plantações de abacaxi é um passeio inusitado e curioso. O abacaxi da Polinésia Francesa é muito mais doce e amarelinho do que o nosso. Já Raiatea é o principal ancoradouro de iates e outras embarcações.
Bora bora: deixe o melhor para o final Se depois de conhecer estas ilhas você ainda não estiver convencido de que este é o lugar mais lindo do planeta, espere até chegar a Bora Bora. A Disney dos resorts –todas as grandes redes estão lá com seus bangalôs sobre a água—não é o sonho de consumo de tantos viajantes à toa. Já na
O mar tranquilo favorece a prรกtica de esportes aquรกticos
Spa, praia particular e snorkel sรฃo alguns dos atrativos do hotel St. Regis em Bora Bora
Ao fundo, Monte Otemanu WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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DESTINOS
Four Seasons Bora Bora
chegada ao aeroporto, após um voo de 50 minutos a partir de Papeete, é possível se surpreender com a infinidade de água em tom de azul turquesa. O traslado até o hotel é feito em barcos, em uma viagem de cerca de meia hora de boca aberta admirando o cenário. Para experiências inesquecíveis e ser mimado no paraíso, escolha um dos dois melhores resorts: O St. Regis e o Four Seasons. Com diárias que podem ultrapassar US$ 5.000, atraem quem busca luxo e privacidade. Eles fazem cerimônias de casamento exclusivas, convencionais ou no estilo taitiano, em que os noivos chegam de canoa, e há até uma boutique de vestidos de noivas no St. Regis. Restaurantes com chefs estrelados e magníficos spas contribuem para uma estadia de prazer e relaxamento total. Há opções de hospedagem mais em conta, como no Bora Bora Pearl Beach Resort, o único administrado por polinésios, em que uma acomodação no jardim custa cerca de US$ 500 a diária. A ilha de Bora Bora é rodeada por uma lagoa delimitada por um recife de coral. Os resorts ficam nos bancos de areia de frente para a ilha principal, que
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Parte interna do bangalô do Four Seasons
abriga o Monte Otemanu, reminiscência de um vulcão extinto com mais de 700 metros de altitude e cenário de um pôr-do-sol inesquecível. O passeio pela Blue Lagoon é obrigatório: o barco pega os hóspedes no hotel e leva até a passagem da água do mar, onde o fluxo de peixes é grande, ideal para a prática de snorkelling se você não tiver medo dos
já citados tubarões. Numa área mais rasa da lagoa, eles ganham a companhia de arraias, estas sim grandes, imensas. O passeio inclui a experiência de alimentá -las com peixes frescos e sentir a textura de lixa que dá nome à espécie. Termina com um delicioso almoço típico servido em recipientes feitos de palha e folhas de coqueiro num motu, além de uma hilária
Foto: Raymond Sahuquet/Tahiti Tourisme
Va' a , canoa típica da Polinésia
Mercado municipal de Papeete
Tatuagem e pérola negra: duas tradições da polinésia francesa
Foto: Tahiti Tourisme
Foto: G. Le Bacon/Tahiti Tourisme
(para não dizer erótica) demonstração de como os locais abrem o coco e aproveitam tudo dele: desde a casca para fazer chinelo até a extração do leite de coco. De volta ao hotel, é possível terminar o dia dando uma volta de caiaque ou de stand-up paddle, atividades oferecidas em hotéis como o Four Seasons, ou ainda tomar um banho de piscina enquanto degusta um drinque tropical. Durante a noite, os resorts costumam oferecer entretenimento como música ao vivo no restaurante, já que estão praticamente isolados. Porém, se quiser dar uma volta noturna na cidade, que fica a cerca de 20 minutos de barco, aproveite para conhecer o restaurante St. James, à beira d’água, onde arraias gigantes também aparecem para dar o ar da graça. Depois de alguns dias relaxando neste paraíso, onde a conexão com a internet é ruim, mas a integração com a natureza é intensa, é hora de se preparar para voltar à realidade. Reserve um último dia para explorar a capital Papeete, que guarda surpresas como praias de areia preta, de origem vulcânica, e até um museu de arte de rua com obra do grafiteiro brasileiro Crânio. A passagem pelo mercado municipal é indispensável, lugar de provar iguarias como o sorvete de tiaré (a flor típica local) e de comprar “lembrancinhas” como pérolas negras, que você terá visto em abundância durante a viagem. As pérolas negras do Tahiti são mundialmente conhecidas e o principal produto de exportação. No mercado da capital, são vendidas separadas em potes de acordo com sua qualidade: o cliente escolhe na hora as suas pérolas e o modelo de joia que deseja. Por cerca de US$ 30, dá para comprar um par de brincos simples com pérolas negras de verdade (com pequenos defeitos). E que tal aproveitar o fim da viagem para registrar na pele essa experiência transformadora? No estúdio NK Tattoo Tahiti, é possível fazer uma tatuagem em estilo maori, típico da Polinésia, por preços a partir de US$ 100.
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Foto: Tim Mckenna/Tahiti Tourisme
DESTINOS
Ukulele faz parte da cultura local
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Foto: Tim Mckenna/Tahiti Tourisme
Foto: Jalill Sekkaki/Tahiti Tourisme
Almoço típico servido no passeio da Blue Lagoon
Foto: Divulgação
Um sonho de Marlon Brando
Spa em formato de ninho
Foto: Divulgação
O atol de Tetiaroa abriga o exclusivíssimo hotel Le Brando, idealizado pelo ator Marlon Brando e hoje tocado por sua família. Ele conheceu o local na década de 1960, enquanto rodava o filme “O Grande Motim”, quando também se apaixonou por uma taitiana. A ilha foi o refúgio do casal durante anos, mas o sonho do ator era construir um resort totalmente sustentável. E assim foi inaugurado o Le Brando, em 2014: são 35 bangalôs finamente decorados, com soluções ecológicas como ar-condicionado que usa água gelada do fundo do mar e sistema de aquecimento que usa a energia solar. O contato com outros hóspedes é mínimo, o que garante visitantes famosos como Leonardo di Caprio e o tenista Rafael Nadal. O acesso não é menos exclusivo: um pequeno avião de oito lugares leva os hóspedes a partir de um terminal privado no aeroporto de Papeete, num voo com duração de 15 minutos.
Piscina privada WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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Foto: David Kirlland/Tahiti Tourisme
DESTINOS
Tiki, esculturas em pedras
É bom saber: - Moeda local é o franco pacífico (1000 FCP = cerca de US$ 10) - Idioma é o francês e o taitiano, mas o inglês também é muito falado. - Air Tahiti é a companhia aérea que leva dos EUA até o Tahiti e faz os voos locais. Há opções de hospedagem em pensões familiares, mais baratas que os hotéis; muitas delas estão disponíveis em sites de reservas. - O destino é totalmente friendly, sinta-se livre para curtir seu amor.
Onde ficar:
Hotel Intercontinental
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No Tahiti: Intercontinental Tahiti Resort & Spa www.tahiti.intercontinental.com Em Huahine: Royal Huahine www.royalpolynesiahotel.com Em Rangiroa: Hotel Kia Ora Resort & Spa www.hotelkiaora.com Em Bora Bora: Four Seasons Bora Bora Resort & Spa www.fourseasons/borabora
Foto: Greg Nagel/Tahiti Tourisme
Foto: G. Le Bacon/Tahiti Tourisme
Air Tahiti
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DESTINOS
HERMANOS FRIENDLY POR XANDO PEREIRA
A
rgentina é realmente surpreendente. Quando o assunto é turismo e principalmente respeito à diversidade, nossos hermanos dão um show. Recentemente as cidade de Rosário e Bariloche se uniram com o objetivo de promover o turismo LGBT, assim como já faz a capital argentina. Vale lembrar que crimes ou qualquer outro tipo de agressão de cunho homofóbico são raríssimos por lá. A cidade de Rosário é cidade mais importante da província de Santa Fé. Com aproximadamente um milhão de habitantes, ela respira ares de metrópole sendo muito bem preparada e farta de atividades turísticas. A beira o Rio Paraná,
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viveu por muitos anos brigada com essa virtude natural. De costa para seu maior tesouro, Rosário cresceu e enriqueceu por conta do porto fluvial que possuía muito próximo da área urbana. Hoje, Rosário reatou os laços com Rio Paraná e fez dele uma das maiores atrações. Com a orla revitalizada e hipervalorizada, prédios residenciais e hotéis chegaram, e com eles os turistas. É no calçadão a beira rio que está também um monumento dedicado a causa LGBT. Uma pirâmide coberta de espelhos, circundada com as cores do arco-íris homenageia o segmento. Os gays locais se orgulham deste ser o único monumento que segue intacto, sem sofrer qualquer vandalismo.
Mais recentemente recebeu um centro de apoio ao movimento LGBT com espaço para palestras e ações planejadas para capacitar e sensibilizar órgãos públicos e privados para bem receberem cidadãos LGBT. Outro destaque turístico que fica no calçadão é o parque nacional das Bandeiras. Um belo monumento que resgata a história da Argentina para lembrar que foi ali que pela primeira vez se estendeu a bandeira daquele país 1812, após a independência da Espanha. Uma subida na torre central proporciona uma bela vista panorâmica da cidade. Rosário é também a capital do sorvete artesanal do país. A delícia gelada está
Na Praça Cívica, Rosário dedica uma calçada com monumento em homenagem a visibilidade e respeito às diferentes expressões da sexualidade. Há bares e restaurantes gay friendly no entorno
Vista aérea da região central
Lago do Parque da Independência Foto: Hostel Rock
por toda parte, mas é na sorveteria Rio, fundada em 1966, que o deleite é completo. É praticamente um patrimônio local. Faça também um passeio na região norte da cidade, siga pela orla e sinta a brisa beira rio. É nessa área que fica a “ La Playa Florida”, uma espécie de balneário privado que se paga algo em torno de um real para entrar. Tudo muito bem cuidado e com areia branquinha. Gente bonita a procura de um corpo bronzeado divide a praia com turistas e locais. Se quiser ir além, dá até para arriscar um vôlei de praia, futevôlei para queimar as calorias do sorvete. Da prainha se tem uma vista privilegiada da ponte Nossa Senhora do Rosário, um dos símbolos da cidade, com 600 metros de comprimento no seu vão principal, e três quilômetros em seu total. Cheia de belos parques, Rosário é também conhecida por ser a cidade com a maior área verde por habitantes da América Latina. O mais bonito deles é o Parque da Independência. Em estilo francês, o local foi inaugurado em 1902 e segue encantando os turistas até os dias de hoje. A presença de jovens na cidade é maciça em função das várias universidades instaladas, motivo boa parte da agitação local principalmente a noite. Uma rápida batida de perna é possível encontrar estudantes de vários países da America Latina, inclusive do Brasil. Os belos bulevares espalhados na região central
Ponte sobre o Rio Paraná WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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DESTINOS concentram bares e restaurantes que vivem cheio de gente bonita em busca de paquera. Um dos mais procurados é o BeatMemo, uma mistura de bar, restaurante e museu que concentra um acervo impressionante da banda inglesa The Beatles, uma boa pedida para o esquenta de inicio da noite. E por falar nisso, os rosarinos costumam sair bem tarde, e se sua meta é pegar uma balada nervosa, se prepare para esperar até pelo menos uma da manhã. Mas é só lá pelas três horas que a noite realmente acontece. Não há muitas opções exclusivas gay, mas uma delas é a La Casa de Cristal, a balada é bem bacana e concentra um público bem misturado de gays mais adultos. Uma dica imprescindível, tenha sempre dinheiro. Poucas baladas aceitam cartão. Para se hospedar uma boa opção é o Puerto Norte Design. Recém inaugurado, foi construído sobre um antigo armazém de grãos dentro de um complexo totalmente novo que concentra lojas, restaurantes, escritórios e novos prédios residenciais na região do antigo porto que foi todo revitalizado. O serviço é impecável e no térreo, um bar e restaurante super descolado são os novos points da região. A piscina no rooftop é espetacular, com água quentinha para relaxar gostoso enquanto a noite chega. Para uma deliciosa massagem depois de muitas andanças na região, desfrute do spa do hotel. A pequena cidade com pouco mais de 150 mil habitantes esbanja charme. O destino já badalado para muitos brasileiros, principalmente no inverno, também tem muitos atrativos para se desfrutar no verão. A região montanhosa aos pés da cordilheira dos Andes faz divisa com o Chile, o que garante paisagens de tirar o fôlego. O lugar é perfeito para se curtir uma viagem a dois, e gays são mais que bem-vindos. Há alguns anos Bariloche já faz campanha para atrair o turista LGBT argentinos e a ideia agora é atrair os brasileiros.
Monumento da Bandeira
Balneário La Florida
c om o ch e ga r Aerolíneas Argentinas: Voo diário, saindo de São Paulo com escala em Buenos Aires. Latam: voos diários e diretos saindo de São Paulo
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Puerto Norte Design
Bariloche
DESTINO CERTO PARA BRASILEIROS NA TEMPORADA DE NEVE, SAN CARLOS DE BARILOCHE É TAMBÉM UMA ÓTIMA OPÇÃO PARA CURTIR ATIVIDADES DE VERÃO
E
m Bariloche, uma das atividades mais recomendadas é visitar a Estância Puena Hue. O local é maravilhoso, perfeito para passar uma manhã contemplando a natureza e fazendo uma boa cavalgada. O passeio leva cerca de duas horas e desbrava toda a propriedade. Com o tempo, dá até para arriscar um galope, sem falar dos assessórios de montaria que te fará se sentir um verdadeiro jockey. De acordo com o proprietário, eles estão muito acostumados a receber casais gays, principalmente americanos e europeus, mas brasileiros são pouco comum, algo que ele adoraria reverter. Outro passeio imperdível é visitar o Cerro Campanário, uma das atrações mais tradicionais do destino. Um teleférico te levará ao topo e lá de cima a vista do parque nacional de Nahuel Huapi, formado por lagos e montanhas com topos cobertos de neve, é impressionante. Fotógrafos da National Geographic elegeram como uma das vistas mais belas do planeta. Se quiser surpreender alguém, a dica é preparar um almoço privado sob uma tenda em uma pequena faixa de praia. A ideia é da Frasson Travel, experts em turismo de WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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DESTINOS luxo na região e preparam tudo com muito carinho, além de adorarem os clientes gays, que segundo eles são os mais educados e divertidos. No verão o calor é forte e os dias são sempre ensolarados e lindos. Depois de um almoço super exclusivo, faça um passeio de barco e visite as principais cachoeiras que descem as encostas das montanhas as margens do lago. Não deixe de conhecer o famoso Hotel Llao Llao que está entre os 10 melhores hotéis de montanha do mundo. A propriedade construída em 1938 tem uma vista impressionante para a cordilheira do Andes e tudo lá faz jus as cinco estrelas de sua categoria. Localizado no alto de uma colina, dentro do Parque Nacional Nahuel Huapi, entre os lagos Nahuel Huapi e Moreno é cercado por montanhas e glaciares. No final do dia um chá com docinhos e delícias que mais parecem joias é servido aos hóspedes e visitantes. É preciso fazer reserva com antecedência. Vale também um almoço na recém -inaugurada Cervejaria Patagônia, um fenômeno de visitação. Pratos deliciosos acompanhados de cervejas artesanais concorrem com a vista deslumbrante. Para os amantes da natureza e atividades radicais, Bariloche é um show. Trakking, Hikking, Montain Bike, Kayak, expedições particulares, tudo é possível. O ideal é contratar um serviço especializado como o da Senza Limit. O staff é discreto e totalmente gay friendly. Mas nem só de natureza vive o destino, à noite a pequena cidade ferve. As centenas de restaurantes e bares, especialmente os de cervejas artesanais lotam de gente bonita e as trocas de olhares são inevitáveis. Para os amantes de chocolate, uma boa notícia. Dezenas de lojas espalhadas pelo centro comercial esbanjam a iguaria que é um dos orgulhos dos nativos e classificado como um dos melhores do mundo.
Estância Puena Hue
Passeio de barco pelo lago Nahuel Huapi
Almoço do Frasson Travel
c om o ch e ga r Aerolineas Argentinas: Voos diários saindo de São Paulo com escala em Buenos Aires. Latam: voos diários e diretos durante a temporada de inverno Saindo de São Paulo
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Hotel Llao Llao
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GAS T R O N O MI A
Seen chega à capital paulista Com chef premiado, bar 360º, nostalgia art déco, DJ e uma das melhores vistas de São Paulo, hot spot ocupa o 23º andar do Tivoli Mofarrej
Fotos: Leo Feltran
R
Drink Liffey: Jameson, Campari, Aperol, Carpano classico, orange bitters ao perfume defumado com casca de cipó cravo
ecém-inaugurado, o restaurante e bar Seen abre as portas no 23º andar do Tivoli Mofarrej, em São Paulo, e promete agitar as noites paulistanas e a turma cool de todas as gerações. A casa impressiona com uma das vistas mais incríveis da cidade. O restaurante tem a assinatura do chef Olivier da Costa, franco-português com 20 anos de carreira na Europa e atualmente responsável por diversas casas badaladas em Portugal, sendo sete restaurantes próprios e cinco assinados. Para privilegiar o skyline do 23º andar, os arquitetos do Estúdio Penha deixaram o grande salão sem paredes, destacando o bar central em 360º com detalhes em latão, do barman Heitor Marin, e o sofá de veludo de 65 metros, que contorna e emoldura a vista da cidade. Para degustar o menu do premiado chef William Ribeiro, os clientes podem escolher sentar confortavelmente no bar ou nos sofás espalhados pelo restaurante. A cozinha variada, já eleito chef revelação pela premiação Veja Comer & Beber, é caracterizada
por pratos clássicos executados com produtos de alta qualidade, como ingredientes orgânicos e de fabricação artesanal. O menu conta com algumas entradas para compartilhar no bar e, para pedir à mesa, algumas boas opções são a bruschetta de vitelo tonatto, carpaccio de polvo, ravioli de queijo de cabra com mel de uruçu e cacau, wagyu laminado, vieiras gratinadas e a torta mousse de chocolate e creme de cumaru. Como opções vegetarianas, os destaques são o carpaccio de palmito pupunha com manga e abacate e o veggie tempurá. Outra atração é o sushi bar comandado pelo chef Massahiko Enohi, com balcão revestido por azulejos originais do artista pernambucano Francisco Brennand, garimpados pelo Estúdio Penha. No menu, culinária tradicional japonesa com toques contemporâneos e carta de saquês desenvolvida pela sommelière Yasmin Yonashiro. Além da gastronomia e coquetelaria, o Seen também aposta na música como atrativo e a Dj Joana Hasse comanda as noites de terça-feira a sábado.
Willian Ribeiro, Chef Seen Tivoli
Heitor Marin, Bartender Seen Bar Tivoli
S AI B A M A I S Al. Santos, 1437 - 23° andar- São Paulo, Brasil Segunda à quinta das 19h à 1h, sexta e sábado das 19h às 2h Tel.: 11 3146.5923 reservas@seensp.com
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A C O N T E CE
celebre no reino Unido 2017 marca o 50º aniversário da descriminalização da homossexualidade na Inglaterra e País de Gales
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m julho de 1967, o Sexual Offences Act finalmente descriminalizou atos privados de homossexualismo (termo ainda utilizado na época) entre homens maiores de 21 anos na Inglaterra e País de Gales. Foi um momento transformador, embora a lei só tenha mudado em 1980 na Escócia e em 1982 na Irlanda do Norte. 2017 marca o aniversário de 50 anos desse fato marcante da história britânica. Galerias e museus em todo o país irão celebrar a data com exposições e eventos. O British Museum de Londres sedia o evento que joga luz à história gay, muitas vezes negligenciada ou escondida em sua vasta coleção. Trata-se da exposição “Same-sex desire and gender identity” que, entre os objetos expostos, terá um medalhão de prata particularmente impressionante de Adriano e uma moeda com a cabeça de Antinous. Outra peça importante é a Warren Cup, uma vasilha de prata romana com duas cenas explícitas de sexo, uma entre dois rapazes adolescentes e outra com um jovem abaixado diante de seu amante mais velho e barbudo. O Tate Britain, também em Londres, trouxe a exposição “Queer British Art 1861-1967” que vai até 1º de outubro deste ano. O retrato de corpo inteiro de Oscar Wilde, verdadeiro tesouro nacional que foi preso por causa de sua sexualidade, está exposto. Até 28 de outubro o The Red House, em Suffolk, recebe a exposição “Queer Talk: Homosexuality in Britten’s Britain”, que celebra o relacionamento pessoal e profissional de 39 anos entre o compositor britânico Benjamin Britten e o cantor Peter Pears.
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Desde a promulgação do ato, leis mudaram, direitos foram conquistados e vidas foram transformadas. Por isso, em 2017, eventos de orgulho gay em cidades da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte durante a Pride Season têm um motivo a mais para celebrar. Confira.
Pride in London Festival: 24 de junho a 9 de julho Parada: 8 de julho de 2017 A Pride in London, maior evento do calendário LGBT de Londres, reúne milhares de pessoas de todos os gêneros, orientações sexuais, raças e religiões. Há também uma grande festa ao ar livre com palcos pelas ruas do Soho, além de apresentações na Trafalgar Square. A parada é o ápice do Pride in London Festival que têm duração de duas semanas. A celebração da cultura LGBT inclui peças, dança, arte, cinema, festas e diversas outras atividades. À noite ferve nos diversos pubs, bares e clubes do Soho. Mais info: prideinlondon.org
hora e 45 minutos de Londres em viagem de trem. Mais info: bristolpride.co.uk
Belfast Pride: 28 de julho a 6 de agosto Parada: 5 de agosto de 2017 O Belfast Pride é o maior festival LGBT da Irlanda. Os pontos altos incluem a Pride Parade no sábado, 5 de agosto, que começa no bairro gay próximo da Union Street e da Donegall Street, seguindo por todo o caminho até o City Hall, voltando depois para uma grande festa ao ar livre. Belfast fica na Irlanda do Norte, em voo de 80 minutos saindo de Londres. Mais info: www.belfastpride. com
Pride Glasgow
Pet Shop Boys
4 a 6 de agosto
Bristol Pride: Parada: 8 de julho de 2017 O ponto alto dessa celebração de 10 dias é o Bristol Pride Day no sábado, 8 dia de julho, com um grande festival ao ar livre em vários palcos. Com entrada gratuita, a festa traz talentos nacionais e internacionais no palco principal, além de um cabaré. A Pride Night continua com eventos no Old Market e na Frogmore Street. A after party oficial é no Bristol O2 Academy com DJs locais e estrangeiros, apresentações ao vivo e dançarinos. A arrecadação da casa é destinada para ajudar a manter o Bristol Pride Day como evento gratuito. O uso de fantasias é encorajado e os temas desse ano incluem Revolucionários & Rebeldes, A Resistência e Pintura de Guerra do Orgulho. Bristol fica no sudoeste da Inglaterra, a uma
O maior evento LGBT do País de Gales, o Pride Cymru de Cardiff começa no centro da cidade com a celebração da diversidade gales, e continua com uma tarde de festividades do Orgulho. Quando cai a noite, a casa noturna gay Pulse faz sua festa anual ao ar livre. Os detalhes do evento deste ano ainda precisam ser confirmados. Confire as atualizações no website. Cardiff fica no sul do País de Gales, a três horas de Londres por trem. Mais info: www.pridecymru.co.uk
19 a 20 de agosto
Brighton Pride:
30 de junho a 9 de julho
Pride Cymru, 25 a 27 de agosto (a confirmar)
Parada: 5 de agosto de 2017 Maior festival do orgulho do Reino Unido, o Brighton Pride escolheu como tema o “Verão do Amor”. As festividades começam com a Pride Community Parade no sábado, 5 de agosto. Comunidades bem diversas de Brighton e Hove saem nas ruas para falar de união e igualdade, reunindo mais de 200 mil pessoas num enorme espetáculo. A festa continua com The Pride Festival no Preston Park com atrações em palcos, tendas, cabaré, um parque de diversões, área para famílias e uma feira. Verdadeira realeza do pop britânico, o duo Pet Shop Boys será a atração principal em sua primeira perfomance em festivais do gênero em 20 anos. Enquanto isso, a Pride Village Party leva a festa para a St James Street e para a icônica esplanada da cidade, a Marine Parade. A parada é gratuita e os ingressos para o Pride Festival e para a Pride Village Party podem ser reservados online. Brighton fica na costa sul da Inglaterra, uma hora ao sul de Londres em viagem de trem. Mais info: www.brighton-pride.org
Parada: 19 de agosto Pride Glasgow, na Escócia será realizado no dia 19 de agosto, partindo da Glasgow Green ao meio-dia com a multidão de escoceses vestindo seus kilt. Depois do percurso, retornam para o Glasgow Green na feira do Orgulho onde há diversas atividades, inclusive show de cães. A Pride Glasgow Arena é o palco principal e recebe grandes nomes do pop. Os ingressos para o festival estão disponíveis online e no dia do evento. Glasgow fica na Escócia, a quatro horas e meia ao norte de Londres em viagem de trem. Mais info: www.pride.scot
Birmingham Pride Big Weekender: 25 a 28 de agosto Parada: 26 de agosto de 2017 A Manchester Pride é uma instituição de caridade registrada e seu grande festival Big Weekend - com uma extensa programação de eventos LGBT, festas e shows de música - levantam fundos para projetos na região. O ponto alto do final de semana é a parada Manchester Pride no sábado, 26 de agosto. A atração principal este ano será a ex-Spice Girl Melanie C. Manchester fica no noroeste da Inglaterra, a duas horas e 15 minutos de Londres em viagem de trem. Mais info: birminghampride.com WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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Foto: Divulgação
CRUZEIROS
mar à vista! A
linha de cruzeiros fluviais, Uniworld, empresa do grupo The Travel Corporation, oferece upgrade de cabine e desconto de US$ 750 por pessoa para mais de 200 saídas programadas para 2017, entre elas 12 roteiros com acompanhamento de guia em português. Trata-se da promoção “Você Merece o Melhor”, válida para reservas até 30 de junho. Entre as viagens com guias em português contempladas pela promoção, o cruzeiro “Castles Along the Rine” (saída em 14 de junho) tem oito dias de duração e navegará entre Basileia e Amsterdã. A tarifa original, que era de US$ 5.149, diminui para US$ 4.049 (preço por pessoa em cabine dupla na categoria 2). Trata-se de uma viagem para todos os românticos que amam o pitoresco e o histórico, e o roteiro é repleto de castelos medievais e esplêndidas catedrais, verdadeiros cenários com a Alemanha de um lado e a França do outro, cenário que inspira poetas, pintores e compositores, como Beethoven e Lord Byron. No cruzeiro, destaque
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para o Castelo de Marksburg, que nunca foi destruído, e as cidades de Riquewihr, Kaysersberg e Rudesheim. Além desse cruzeiro que atravessa grande extensão do Rio Reno, há outros roteiros com guia em português: “Bordeaux, Vinícolas & Castelos” (oito dias de duração, saídas em 18 de junho, 16 de julho, 3 de setembro e 15 de outubro), “Enchanting Danube” (de Budapeste a Passau, oito dias de duração, saídas em 18 de junho, 30 de julho e 20 de agosto), “Borgonha & Provence” (de Avignon a Lyon, oito dias de duração, saídas em 30 de julho, 20 de agosto, 24 de setembro e 15 de outubro). A experiência fluvial 6 estrelas com sistema all-Inclusive na Europa ainda inclui: excursões em terra com guias de língua portuguêsa, concièrge para prestar assistência aos brasileiros, bebidas ilimitadas a bordo (alcoólicas e não alcoólicas), traslados programados para aeroporto, todas as gorjetas a bordo e em terra e experiências gastronômicas com menus em português, entretenimento e
palestras, uso opcional de bicicletas nos passeios, fitness center com professores,internet e wi-fi.
Uniworld Boutique River Cruises É a única companhia que opera, autenticamente, navios-boutique para cruzeiros fluviais, conforme reconhecimento obtido com o "World's Best River Cruises", pela Travel + Leisure. A empresa também figura entre as três melhores companhias do mundo para cruzeiros por mar e rio. Os cruzeiros fluviais ocorrem a bordo de luxuosos navios-boutique com capacidade média para 130 passageiros e incluem criterioso programa de excursões terrestres e sofisticada proposta gourmet durante os dias de navegação. Ao longo do ano, são mais de 500 partidas em mais de 17 rios em 20 países da Europa, Rússia, Egito, China, Vietnã, Camboja e Índia.
Para mais informações: www.uniworldcruises.com.br
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hot e l a r i a
Ousado na Medida O
novíssimo Gaythering localizado perto da Lincoln Road, o principal destino de compras de Miami Beach é a nova casa do turista gay em Miami. Elementos industriais, toques vintage e decoração eclética dão aos quartos uma vibe sedutora. Para o viajante mais extrovertido, o hotel oferece também quartos em estilo compartilhados. Em uma cidade conhecida por suas casas noturnas, bares e brilho, o lounge no Gaythering é a antítese do que você esperaria em South Beach: nada de veludo vermelho e sem listas de convidados. A música ambiente é sempre mantida a um nível promovendo a conversa entre velhos e novos amigos. Cada cocktail é meticulosamente trabalhado para garantir o máximo em sabor e aroma. Os ingredientes frescos estão no epicentro de cada drink. Além de ser um lugar fantástico para os viajantes, o Gaythering é um ponto focal da comunidade LGBT em Miami. O hotel apoia várias organizações locais, hospedam muitos eventos comunitários e, em geral, criaram um espaço acolhedor onde a comunidade pode se reunir.
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SAI BA M AI S Gaythering 1409 Lincoln Road -Miami Beach, Florida, FL 33139, USA www.gaythering.com WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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HOT E L A R I A
Charme e conforto
O
hotel Etoile Jardins, em São Paulo capital, reinaugurou oito apartamentos e inicia o segundo trimestre de 2017 com mais uma novidade. Trata-se do apartamento Penthouse de 193m2, que, localizado na cobertura do prédio, mais especificamente no 17º andar, se destaca por ser o maior da rede. A decoração mais uma vez é assinada pelo renomado designer de interiores Fernando Piva, que abusando de cores sóbrias como preto, cinza e azul marinho, deu uma cara moderna ao apartamento, onde mobília e ambientes se complementam, formando um espaço de muita sofisticação. O Penthouse possui duas suítes – sendo uma com cama king size e outra com duas de solteiro - salas de estar e jantar, cozinha equipada, lavabo, lavanderia, banheiro com banheira separada do box, varanda e, diferentemente dos demais apartamentos da rede, tem um grande diferencial por ser duplex, possuir dois terraços e um gazebo com solarium, que pode ser utilizado para diversas finalidades, como realização de eventos par-
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ticulares ou simplesmente para descanso, leitura ou meditação, se o hóspede assim desejar. Apesar de ser parte de uma acomodação de hotel, o gazebo do Etoile Jardins, que é protegido por vidro e rodeado de plantas, lembra muito os gazebos tradicionais que são erguidos em áreas abertas. E como extensão do apartamento, cumpre muito bem o seu papel que é de proporcionar aconchego, dando vida e mais beleza ao local. Do ponto mais alto do hotel, onde está o apartamento, é possível ver com clareza as charmosas ruas do bairro, onde lojas de grifes, cafeterias, docerias e restaurantes fazem da região uma das mais glamourosas da cidade. Quem quiser conhecer e desfrutar dessa experiência marcante, a hospedagem do Penthouse está com preço promocional, e inclui café da manhã no Jorge Restaurante, já conhecido na cidade pela gastronomia de qualidade, além de serviço de concierge e mordomia e a oferta de mimos exclusivos, como menu de sabontes e travesseiros. Para quem
gosta de viajar com os pets, a rede é pet friendly e pode acomodar até dois animais de estimação por apartamento.
SAI BA M AI S Etoile Hotels Unidade Jardins: 11 3088-9822 Unidade Itaim: 11 3704-0101 www.etoilehotels.com.br
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PETS
Cuidados no inverno A
ssim como nós, humanos, os cães também precisam de cuidados especiais na época do inverno para se protegerem de patologias típicas dessa estação. "Sim, as doenças de inverno também podem atingir os peludos e é sua responsabilidade protegê-los delas", afirma o veterinário Cauê Toscano do Vet Quality Centro Veterinário 24h. Confira as principais doenças de inverno que podem atingir os cachorros e as dicas para evitá-las.
Traqueobronquite infecciosa canina
Menos banho e tosa
Essa doença com nome um tanto complicado é popularmente conhecida como tosse dos canis. É muito comum entre os cães e possui uma forma de contágio bastante rápida. A doença é provocada por vírus ou bactérias e começa com tosse de cachorro simples e garganta inflamada, que não deve ser negligenciada. Se não tratada, pode evoluir para um quadro de pneumonia.
Enquanto os seres humanos usam cobertores no inverno, os cães já possuem a sua proteção natural que são os pelos, portanto, diminua as tosas durante o inverno. Banhos com muita frequência podem desencadear problemas respiratórios, já que na época mais fria do ano os cachorros ficam mais suscetíveis a adquirir certas doenças.
Gripe canina
Roupas e cobertores
Ela é bem parecida com a gripe dos seres humanos e a doença pode ser passada de um cão para o outro, apenas. O vírus responsável por essa gripe é o H3N8 e foi descoberto em cavalos cerca de 40 anos atrás. Porém, em 2004, foi identificada em cachorros, especificamente nos galgos. Alguns cães podem estar com o vírus e não apresentar nenhum sintoma, mas, ainda assim, podem transmitir para outros cães. Os principais sintomas são febre, tosse persistente, coriza e espirros. Os sintomas são bem parecidos com a tosse dos canis e por causa disso é muito comum que as pessoas confundam uma com a outra. Os sinais e sintomas da gripe canina começam a aparecer cerca de dois a quatro dias depois da exposição ao vírus. Cuidado com os cachorros no inverno.
Além do pelo, podem ser necessárias algumas peças de roupa para manter o cão aquecido, principalmente em regiões mais frias do país como sul e sudeste. Deve-se optar pelas opções mais funcionais e confortaveis. As melhores peças são as quais o cão se sinta livre para continuar brincando e fazendo suas necessidades naturalmente. Por exemplo, coletes sem mangas são ótimos para serem usados durante o inverno. Sempre compre um número maior para não incomodar e que sejam fechadas com velcro, pois são mais fáceis de colocar e também de tirar.
Mantenha as vacinas em dia Não há melhor forma de proteger o seu pet de doenças. As vacinas são a principal forma de prevenção contra doenças de inverno. Inclusive, existe vacina para a tosse dos canis.
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Horários mais quentes para o passeio Enquanto no verão os horários da manhã e da noite são os melhores para passear com os cachorros, no inverno é justamente o contrário. Deve-se procurar horários que sejam um pouco mais quentes e que ainda tenham sol, como às 16h, por exemplo. É importante lembrar que, caso o cão apresente algum desse sintomas, o mesmo deve ser levado a uma clínica veterinária.
Hospede-se com seu amiguinho
V
iajar sem o pet hoje não é mais uma opção para muitas pessoas que consideram o animal um membro da família. O reflexo deste comportamento pode ser visto no mercado de hotelaria. No Rio de Janeiro, por exemplo, os hotéis da rede hoteleira AccorHotels recebem os animais de estimação de seus donos. O Grand Mercure Riocentro aceita cães de médio porte com até 15 quilos, desde que estejam sempre acompanhados dos proprietários, tanto nos quartos quanto nas áreas comuns do hotel, e utilizando a coleira. Eles são bem-vindos, inclusive, no Restaurante Bisa Bistrô. É permitido um animal por quarto e o hotel cobra R$ 45 + 5% de ISS de limpeza por dia. Cães-guia têm acesso a todos os ambientes sem cobrança extra. Durante a estada, o hotel fornece cama e vasilhas para água e comida para os bichinhos. Na orla mais famosa do Rio de Janeiro, o Sofitel Rio de Janeiro Copacabana recebe animais pequenos de até cinco quilos nos apartamentos localizados no primeiro andar. Para a segurança dos bichinhos, os pets não podem ficar desacompanhados dentro dos quartos, ou seja, devem estar sempre com a coleira e os donos precisam deixar um número de celular na recepção para casos de emergência. É aceito um animal por quarto e a limpeza diária custa R$ 50,00 + 15% de taxas. Em áreas como piscina, restaurantes, bares, academia, centro de conferências, lobby e corredores os animais não podem circular. Caminha e vasilha para água e comida são oferecidas durante a hospedagem. Cães-guia não têm restrição de acesso. Animais de pequeno e médio por-
tes com até nove quilos são aceitos sem nenhuma taxa adicional no MGallery by Sofitel, localizado no boêmio bairro de Santa Teresa. O hotel aceita um pet por quarto e permite acesso livre aos cãesguias. Os demais animais não têm acesso às áreas da piscina, bar, restaurante ou spa. Durante a arrumação dos quartos, os pets devem ficar dentro da caixa de transporte e, sempre que estiver fora do apartamento, eles precisam estar de coleira. Na recepção, o dono deve deixar um telefone celular para casos de emergência. O apart-hotel Adagio Rio e o Mercure Arpoador recebem pets com até 15 quilos que estejam vermifugados e protegidos contra pulgas e carrapatos. Com exceção dos cães-guias, que têm livre acesso, os pets não podem circular nas áreas de alimentação e, nas áreas sociais, devem ser carregados no colo. Para a segurança das camareiras, durante a limpeza do quarto – que precisa ser agendada na recepção - os animais não podem ficar soltos ou sozinhos no apartamento. ibis e ibis budget também aceitam um pet de pequeno porte de até 15 quilos por quarto, desde que o dono apresente a carteira de vacinação do animal no momento do check in. A taxa da hospedagem do bichinho varia de R$ 30 a R$ 50 por dia e a limpeza dos resíduos é de responsabilidade do próprio dono, que também deve levar consigo os utensílios e recipientes usados pelo pet. A circulação pelos elevadores é permitida apenas no colo do dono e proibida nas áreas de bar e restaurante. Em todos os casos, vale sempre lembrar que o pet nunca deve ficar sozinho; a permanência do pet no hotel está
condicionada ao seu comportamento; eventuais danos serão cobrados na saída; o silêncio deve ser respeitado e que o hotel não se responsabiliza em casos de fuga.
Hotel Grand Mercure Riocentro Av. Salvador Allende, 6555 Barra da Tijuca. (21) 2153-1800
Sofitel Rio de Janeiro Copacabana Av. Atlântica, 4240 Copacabana. (21) 2525-1232.
MGallery by Sofitel R. Alm. Alexandrino, 660 Santa Teresa. (21) 3380-0261
Mercure Arpoador Rua Francisco Otaviano 61 Copacabana. (21) 2113-8600.
Adagio Rio de Janeiro Ipanema Av. Rainha Elisabeth, 440 Ipanema (21) 2114-8100
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perfil
SÓ DEPOIS DO CASAMENTO? Yout uber Artur Vi ei ra compra bri ga na i nternet e d efende o tema em seu canal " De volta ao Rei no"
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"O universo LGBT está sendo repaginado por jovens insatisfeitos, assim como eu" Artur Vieira
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criador do canal 'De Volta ao Reino' e estudioso teológico, Artur Vieira, está influenciando cada vez mais jovens gays a repensarem sobre namoro. Ganhando muito espaço na mídia e seguidores em suas redes-sociais, a questão levantada por ele e muito discutida é: Vale a pena se guardar para o sexo somente após o casamento? A resposta para Artur e mais centenas de jovens é a mesma: Sim. E o principal argumento para isso não está dentro da igreja, está dentro da pessoa. "É uma questão sentimental, é para proteger-se emocionalmente e não machucar o coração a cada vez que se relaciona. Entregar-se para quem realmente ama, quem realmente te ama, é ter o controle de que você será muito mais feliz", explica Artur. Com vídeos onde comenta seu dia a dia, suas experiências e expectativas, ele traz o que seria a "nova cara" da geração LGBT que diz "não" ao sexo casual e vai constantemente à igreja. "Podemos namorar, passear, ir a academia, ter uma vida normal como qualquer pessoa mas nos guardamos para este momento especial. Não só pelo corpo, mas para que o coração também não sofra mais com tantas desilusões e agressões", afirma Artur. Quando trata do assunto em seus vídeos ou em sua página nas redes sociais, o youtuber é fortemente atacado por grupos que pensam o con-
trário, por líderes religiosos, políticos, entre outros. Quem mais o ataca são os que acreditam no discurso de "cura e libertação" para a homossexualidade dentro da Igreja Cristã Protestante Tradicional. Por isso, antes de formar sua atual opinião sobre o assunto, Artur já tentou se converter diante dos recursos oferecidos pela igreja tradicional, o que obviamente não deu certo, porque a homossexualidade não é um estado, "a pessoa não está gay, ela é gay". "O universo LGBT está sendo repaginado por jovens insatisfeitos, assim como eu", argumenta Artur. A cada dia o número de jovens que estão optando pelo sexo depois do casamento tem aumentado considerávelmente, no último ano o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, cresceu mais que a união de pessoas heterossexuais. Os heteros casaram mais em números absolutos, mas o ritmo de crescimento do casamento gay avança em percentuais maiores. A nova geração LGBT busca à fundo uma identidade religiosa e principalmente uma valorização no universo evangélico, de onde se contesta que sempre fez parte e nunca deveria ser excluída. Artur rebate ataques homofóbicos de religiosos tradicionais e afirma que os gays não irão para o inferno devido à sua sexualidade, porque em momento algum isso aparece na Bíblia.
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S A Ú D E E B E M - E S TA R
5 Falsos amigos Especi ali sta em emagreci mento destaca os vi lões da vi da saudável que estão di sfarçados nas pratelei ras
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ertificado em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego, Califórnia, Rodrigo Polesso busca acabar com mitos que estão enraizados na alimentação da maioria das pessoas. Criador do programa online de emagrecimento Código Emagrecer de Vez, o especialista já ajudou mais de 2 mil pessoas a mudarem a relação com os alimentos e adotarem um novo estilo de vida. Sempre questionado sobre os alimentos ideais, Polesso explica que o indicado é ter o que ele chama de Alimentação Forte,
que é um estilo de vida alimentar baseado no consumo correto e estratégico de alimentos de verdade e na prática de hábitos comprovadamente saudáveis, para se atingir um peso ideal e mantê -lo por toda a vida. “Além do excesso de carboidratos refinados e processados, um dos grandes culpados pelos altos índices de obesidade, é preciso combater o consumo exagerado de produtos industrializados, que muitas vezes se dizem saudáveis, mas são verdadeiras armadilhas”. O especialista destaca cinco exemplos de alimentos que muita gente ainda acha que ajudam a emagrecer.
1-Pão in t egra l Segundo Polesso, o consumo de pães e farinha integral não significa necessariamente uma alimentação saudável. O especialista confirma que o trigo, integral ou não, é um grande vilão do emagrecimento. Ele ensina que o trigo promove o descontrole dos hormônios insulina e leptina no corpo, fornecendo uma ‘lenha’ de má qualidade para o que Polesso chama de ‘fogueira do emagrecimento’. "O trigo e seus derivados são digeridos pelo corpo muito mais rapidamente que o próprio açúcar puro, isso sem contar nos antinutrientes e no glúten, que é associado a uma grande variedade de problemas de saúde até mesmo em pessoas que não se dizem intolerantes a ela", desmistifica Polesso, que contraria as pesquisas recentes que geraram manchetes favoráveis ao consumo da farinha integral. “O que fizeram foi um estudo observacional, que é muito diferente do ensaio clínico randomizado feito em laboratório, já que só observa acontecimentos e faz associações matemáticas que dão a ilusão de causa e efeito”, explica. O especialista ensina que essas pesquisas basicamente pegam uma amostragem de pessoas que consomem pães e massas integrais, e comparam suas vidas com as daqueles que não o fazem. “A pesquisa não considera todos os outros hábitos, com outras influências”.
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2-B a rra de cereal Repletas de açúcar e carboidratos, as barras de cereal são vendidas como um “lanchinho” para que as pessoas não fiquem tanto tempo sem comer. Crítico dos alimentos industrializados, Polesso destaca que o hábito de comer barras de cereal exige a quebra de dois mitos. “Inventaram determinados tipos de alimentos para horas diferentes do dia, mas não existe nenhuma lei definindo o que deve ser consumido conforme a posição do sol, sendo que é possível consumir carnes ou oleaginosas em qualquer horário, por exemplo”, explica. O outro mito que o especialista procura desconstruir é a falsa ideia de que é necessário comer a cada 3 horas. "Ao se alimentar a cada 3 horas, ainda tipicamente carboidratos, se mantém o corpo em estado anabólico constante, mantendo os níveis de insulina elevados no sangue, o que por si só estimula o armazenamento de gordura e previne sua queima. Sem contar que este consumo constante de alimentos não permite que o corpo se refaça, se recicle e se regularize", ensina.
3-P r o d u t o s l i gh t Além de serem geralmente industrializados e repletos de ingredientes nocivos, os produtos que levam o nome “light” nas prateleiras do supermercado apresentam tipicamente redução de gordura boa. “Dessa forma, eles passam a ser verdadeiros aglomerados de carboidratos, quando são justamente as gorduras de qualidade que ajudam a prevenir o ganho de peso, através de uma maior saciedade, colaborando para ao emagrecimento”, explica, lembrando que as pesquisas mais recentes indicam a necessidade de consumir mais gordura do bem, como a que está presente nos ovos, oleaginosas e carnes.
4-M e l Muitas pessoas passam a utilizar o mel como forma de adoçar algumas bebidas, mas Polesso destaca que o fato de ele ser produzido por abelhas não o impede de ser essencialmente açúcar. “Para as pessoas que querem perder peso como objetivo primário, eu sugiro que ele seja retirado ou bastante reduzido da dieta”, alerta. Segundo o especialista, pessoas que levam uma vida saudável e um estilo de vida magro podem consumir mel com moderação. “Depende muito da dose, mas simplesmente trocar o açúcar comum pelo mel não adianta para quem procura emagrecer com prioridade, já que o ideal é cortar o consumo de doces ao máximo, utilizando poucas e esporádicas doses de adoçantes mais saudáveis, como Estévia, Xilitol ou Eritritol”, completa.
5-I og u r t e s i n d u s tria liza d os Polesso conta que os iogurtes naturais, bem como a manteiga, o queijo e outros derivados do leite, são alimentos bem-vindos na dieta, já que são ricos em gorduras de qualidade e proteínas, mas alerta para os tipos de iogurte repletos de açúcar, que geralmente são colocados como opções saudáveis às crianças. “A maioria dos iogurtes industrializados tem uma quantidade muito grande de açúcar, e ainda utilizam leite desnatado ou apenas o soro do leite, removendo muitos dos nutrientes mais importantes do alimento”, destaca.
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para o inverno A
Iódice lança sua coleção 2017 para todas as ocasiões, desde as mais sociais até os momentos de lazer. Com o conceito LIVE GREEN, a linha visa incentivar a prática de esportes e uma rotina com hábitos saudáveis. O shape slim, querido entre este público, é visto em camisas e calças de ares modernos, mas ficam lado a lado de opções em cortes retos para quem prefere um caimento mais tradicional. Camisetas em algodão de manga curta e longa trazem estampas diversas e acabamentos
que fogem do óbvio, as polos ganham espaço nas araras exibindo delicados detalhes na gola e manga. Casacos, blazers e jaquetas também aparecem em modelos e materiais diversos como couro, tricot e moletom. O jeanswear forma uma linha ainda mais ampla nessa temporada, com corte anatômico e lavagens diversas. Os grandes destaques ficam por conta das calças em versões ultra macias e da jaqueta unissex com bordado floral nas costas.
Foto: divulgação
C ON S U MO
onde encon tr ar Unidade Oscar Freire, São Paulo www.iodice.com.br
Lua Luá, marca catarinense de sleep e loungewear, traz o baseball como inspiração para linha Player de seu Inverno 17. A ideia de ficar totally relaxed no sofá torcendo pelo seu time favorito foi o ponto de partida da marca. Os vestidos, calças, shorts e blusas trazem uma releitura do tradicional uniforme dos times de baseball americano. As características clássicas escolhidas foram os patches de letras e números em estilo vintage, listras e recortes, além da tradicional cor azul marinho. A linha Player tem um quê a mais: a jaqueta bomber que segue o mesmo mood esporte e é ideal para as produções de streetstyle, assim como para looks casuais. As peças já estão disponíveis em multimarcas selecionadas de todo os país. www.lualua.com.br
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Foto: divulgação
Relaxe com estilo
POCHETES Hit dos anos 80, elas estão de volta e ganha destaque na coleção “Globall” da marca Petite Jolie. As Belt Bags são uma versão slim da pochete. Discretas, elas têm o visual de uma carteira acoplada ao cinto. Perfeita para guardar documentos de forma prática. Além disso é funcional, podendo ser usado de forma separada também: apenas como cinto, ou apenas a carteira, tornando o item mais versátil. A novidade chega em três cores e já estão disponíveis nas principais multimarcas do país e no e-commerce da marca. Para encontrar a loja mais próxima acesse: www.petitejolie.com.br/lojas e para comprar www.lojinha.petitejolie.com.br
Moleskine Para registrar, organizar e anotar informações importantes durante sua viagem, o caderno Moleskine é indispensável na sua mala. Onde comprar: www.coisascriativas.com.br
Adaptador de tomada universal Não deixe de registrar os omentos ou se comunicar porque a bateria acabou ou o carregador não se encaixa no padrão do destino visitado. A dica é ter um adaptador de tomada universal, um boa opção é o Newlink. Onde comprar: www.submarino.com
Nécessaire Alguns modelos são bastante compactas e possuem até espelhos. Bolsos com zíper, outros com telas, porta objetos elásticos, a nécessaire da Deuter possui zíper perimétrico. Em determinadas viagens, é importante ter tudo a mão e uma bolsa portátil e compacta pode ajudar muito. Onde comprar: www.louisvuitton.com
Toalha compacta Para quem faz mochilão, as toalhas compactas da Smart-Guepardo são uma ótima solução. Além de ocuparem pouco espaço, secam rápido e são biodegradáveis. Onde comprar: www.americanas.com.br WWW.REVISTAVIAG.COM.BR
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c uri o s i da d e s
História das Drag Queens
Madam Pattirini
A
Frederick Park e Ernest Boulton
inda não há uma definição concreta da origem do termo Drag Queen, mas muitos acreditam que surgiu em meados de 1800 como uma forma depreciativa de designar os homossexuais. Nesse mesmo século surge Madam Pattirini, drag performática de Brigham Morris Young. Dizem os boatos que "ela" cantava tão bem, que muitas audiências nem sabiam que era um homem. Mais tarde, ainda no século 19, o termo “drag queen” ganhou um significado mais específico, designando qualquer homem que se vestisse de mulher com propósitos teatrais. Ainda nessa época, um choque para a sociedade londrina: Frederick Park e Ernest Boulton começam a sair de casa como Fanny e Stella. Eles foram os primeiros homens a sair na rua vestidos de mulher – uma ousadia tão grande que a polícia abriu uma investigação minuciosa, do tipo que era feita apenas para criminosos extremos. Com mais homens andando pelas ruas vestidos de mulheres, como não existia nenhuma lei que proibisse o cross-dressing, homens travestidos eram normalmente presos pelo “abominável crime de sodomia” ou mesmo por prostituição.
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Julian Eltinge
Por volta de 1880, homens vestidos de mulheres eram perfeitamente aceitos no ambiente teatral. Aliás, era muito mais respeitável um homem viver uma mulher em palco do que uma mulher de fato seguir a carreira de atriz. Já na virada para o século 20 a performance drag virou um fenômeno próprio no teatro de variedades. Um nome que se destaca é Julian Eltinge, que brilhou na Broadway como comediante, mas foi nos teatros pequenos que ganhou seu público cativo com suas apresentações de drag. Na Europa, quem ganhava a cena era Florin, performer de Paris, onde a cena drag também conquistava seu espaço. Nessa época, um homem vestido de mulher era uma brincadeira bastante popular e não era associada à orientação sexual. Só em 1920, entretanto, a arte começa a ficar mais alinhada com a comunidade LGBT, principalmente por conta dos “drag balls”, que eram festas gigantes nas quais a maioria dos homens se vestiam de mulher. Ao longo da década esses eventos ganharam mais e mais atenção, iniciando um período chamado “Pansy Craze”. No final da década de 20, por volta de 1927, o movimento Pansy Craze já havia se instalado em Nova York, Paris,
Vander Clyde
Londres e Berlim. Nesse período era possível ver shows como o de Vander Clyde, ou “Barbette”, seu nome artístico. Ele viajou pelos EUA e pela Europa com sua incrível performance aérea, na qual desafiava a morte no trapézio vestido de drag. Ao final de seu show, Barbette tirava a peruca e fazia poses masculinas. Enquanto os bailes davam mais ênfase no glamour e no estilo de vida drag, as audiências ainda valorizavam bastante as performances de comédia nos teatros. Já no final da década de 30, ser drag requeria um certo investimento, já que os homens precisavam manter o estilo e a aparência tanto quanto uma mulher, gastando com maquiagens, perucas e roupas. Ser drag queen era considerada uma carreira cara, aliás, ainda é até hoje. Na passagem da década de 30 para os anos 40 as drags ainda tentavam achar seu lugar na sociedade, já que o cross-dressing eram uma ofensa que levava muitas drags para a prisão. Os bailes do Pansy Craze ficavam cada vez mais escondidos para evitar o aparecimento da polícia. Ainda que a homossexualidade crescia como um tabu e uma ameaça para a sociedade, drags mantinham seu lugar garantido no setor de entretenimento.
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