4 minute read
Medicamentos inovadores – a estratégia de diferenciação da Bluepharma
from Infopharma nº4
by editorialmic
A inovação em tempos de pandemia
A FORMA E A RAPIDEZ COM QUE SE PRODUZIU AS VACINAS CONTRA A COVID-19 DEMONSTRAM QUE A INOVAÇÃO NA SAÚDE SALVA VIDAS E RESOLVE PROBLEMAS COMPLICADOS.
Advertisement
Autor: Marina Caldas, Diretora-Geral da FDC Consulting
Em saúde, a inovação e a necessidade de se apostar em processos e produtos de primeira linha é parte integrante da vida de todos os que estão ligados ao setor: cientistas, indústria farmacêutica, médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos e pessoas com doença, entre outros.
Neste artigo, não vou focar-me em conceitos que se ligam às questões científicas e avanços tecnológicos – porque isso é para quem sabe mais do que eu sobre o Medicamento –, mas sim nas ideias que eu tenho aprendido ao longo do tempo, enquanto pessoa com doença crónica e que está ligada à área da comunicação em saúde há vários anos.
Na saúde, como na moda (por exemplo), os conceitos são muito idênticos: todos queremos ter acesso ao produto mais recente e moderno, que tenha características tecnológicas mais avançadas, que seja mais eficaz, com mais qualidade e, de preferência, sem efeitos secundários e que se adapte bem ao nosso corpo e à nossa mente. A ideia de que o último produto que entrou no mercado é o melhor de todos e que é mesmo aquele que nos faz falta é um determinante que exigimos sempre que há uma prescrição e sempre que vemos, ouvimos ou lemos nas notícias a sua entrada no mercado. Hoje, os cidadãos têm acesso a tudo o que acontece no mundo em tempo real e as pesquisas na internet, relativas a questões de saúde, são quase iguais às da previsão da meteorologia; o problema é que a pesquisa que fazemos nem sempre chega aos sites que devia chegar e esse é um dos primeiros problemas que nos leva à análise sobre a qualidade da informação que recebemos.
Recentemente, a pandemia por SARS CoV-2 trouxe a problemática das vacinas para os grandes e pequenos debates e todos passámos a saber que havia vacinas da Pfizer, da AstraZeneca, da Moderna e de outras empresas multinacionais que, em pouco meses, conseguiram produzir produtos inovadores para combater a COVID-19.
Este vírus deu, sem dúvida, uma dimensão à questão da inovação que a maioria das campanhas de marketing dificilmente conseguiria dar e todos ficámos a saber (quase) tudo sobre as vacinas – como eram produzidas e como teriam de ser guardadas; como e quando deviam ser administradas; quais os efeitos secundários que poderiam causar; quais as mais caras e as mais baratas… Enfim: todos tivemos acesso a tudo o que dizia respeito ao processo de produção e regulação das vacinas.
Mas então, podem pensar, isso foi fantástico!
Foi… e não foi!
Foi fantástico porque nos colocou mais perto do conhecimento no que se refere à ciência e aos medicamentos e nos fez estar mais perto da realidade científica; foi menos bom porque a forma como a informação chegou aos cidadãos nem sempre teve como base a qualidade e muitas dúvidas ficaram nas cabeças de milhões de pessoas sobre estes produtos.
Independentemente de tudo o que venha a ser dito e escrito, e de tudo o que se for sabendo ain-
da sobre os efeitos destas novas vacinas – que dentro de meses se calhar já são “velhas” e estão ultrapassadas – a verdade é que a forma e a rapidez com que se produziu a inovação de que todos precisávamos foi quase que um “milagre” da Ciência e, contra todas as teorias negacionistas, a inovação está a mostrar, mais uma vez, que salva vidas e que resolve problemas complicados. Podemos questionar os efeitos secundários – e sabemos que não há nenhum medicamento que não tenha efeitos que podem ser maus e até mortais –, mas sabemos também que todos os medicamentos que hoje chegam até nós, passaram por reguladores que nos dão garantias de que a sua eficácia e qualidade são reais. Na Europa essa questão não merece dúvidas.
Lembro-me que no início da virada do século XX para o século XXI apareceram os medicamentos biotecnológicos O aproveitamento negativo que foi feito sobre as vacinas para a COVID-19, numa altura em que o processo de vacinação estava no início, não foi apenas mau como podia ter tido efeitos devastadores na opinião das populações. A “sorte” foi que a pandemia, na Europa, estava numa fase em que as vacinas eram tão necessárias como o “pão para a boca” e os governantes foram os primeiros a dar o exemplo e a vacinarem-se. As pessoas perceberam, então, que para se salvarem havia que esticar o braço. Sem medo! E é o que tem acontecido!
Há certamente ainda muito para aprender com este processo – particularmente sobre a compra centralizada, o acesso de todos à inovação e o preço destes medicamentos –, mas de uma coisa parece não haver dúvidas: desta vez, como de muitas outras, a inovação foi a nossa salvação! •
para tratamento de várias doenças autoimunes e as mudanças que se registaram na qualidade de vida de doentes com artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal ou psoríase foram imensas. Também nessa altura se questionaram os médicos e os cientistas sobre os efeitos secundários desses fármacos, a médio e a longo prazo. Passados mais de 20 anos, esses medicamentos continuam a salvar vidas e a dar mais qualidade de vida às pessoas com doenças crónicas.
Mais recentemente, a cura para a Hepatite C trouxe a milhões de pessoas a certeza de que podiam continuar a trabalhar e a viver. Mais uma prova de que a inovação pode salvar vidas.