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O valor da inovação para a saúde dos utentes
from Infopharma nº4
by editorialmic
Manuela Pacheco, Presidente da Associação de Farmácias de Portugal (AFP)
As últimas décadas têm sido marcadas por importantes progressos na área da investigação e desenvolvimento de novos medicamentos. Esta evolução tem sido um motor para a saúde e bem-estar dos cidadãos, permitindo-lhes viver mais anos e com mais qualidade.
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Para este resultado final, além da indústria farmacêutica, contribuem muitos outros parceiros. Nomeadamente, os reguladores a quem compete validar e aprovar as novas terapêuticas, os países e os respetivos sistemas de saúde, a partir dos quais os cidadãos têm acesso aos medicamentos inovadores.
Constituindo-se muitas vezes como porta de entrada e de saída dos sistemas de saúde, os farmacêuticos comunitários também têm um importante papel a assumir, no sentido de os utentes tirarem o melhor partido desses medicamentos inovadores. Decidimos por isso dedicar a quarta edição da Infopharma a esta temática.
Contamos ainda com o contributo de diversos parceiros do setor que expõem os respetivos pontos de vista sobre os medicamentos inovadores, mas também com a partilha de posições e experiências em outros temas relevantes para a saúde. Destacamos o artigo de opinião do Presidente da APIFARMA. João Almeida Lopes debruça-se sobre o comprometimento da indústria farmacêutica na procura de novas soluções de saúde, dando como exemplo o contexto da pandemia, em que o esforço de investigação e desenvolvimento permitiu a produção de vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2 num tempo recorde. Mas fala também na necessidade de uma aposta coletiva, nos planos político e financeiro, na saúde na Europa, apelando a um novo olhar dos decisores sobre a inovação e investimento no setor.
Já Helder Mota Filipe, Professor Associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, salienta que a chegada de um medicamento inovador ao mercado não é sinónimo de acesso para um doente, alertando ainda para os preços elevados a que muitos chegam ao mercado, colocando em causa a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Contamos também, por exemplo, com o contributo de Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim, que relata o sucesso da implementação do programa antitabágico na autarquia que lidera.
Nesta edição é ainda partilhada a história e o percurso de duas farmácias associadas: a Farmácia da Igreja, gerida pela mesma família há três gerações na Amadora, e a Farmácia Falcão, uma das mais antigas da cidade do Porto.
Esperamos que todas as reflexões sobre a Saúde em Portugal incluídas nesta edição da revista da AFP representem uma mais-valia para os farmacêuticos e os ajudem a executar da melhor forma o seu trabalho em prol da saúde dos utentes. •