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Distribuição Farmacêutica de Serviço Completo – Um Elo Vital
TODOS OS DIAS, MAIS DE 800 MIL EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE CHEGAM ÀS FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS ATRAVÉS DA OPERAÇÃO DE 700 VIATURAS ESPECIALIZADAS E 29 PLATAFORMAS LOGÍSTICAS. A DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA DE SERVIÇO COMPLETO ASSUME-SE, ASSIM, COMO UM ELO VITAL NO CIRCUITO FARMACÊUTICO.
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Autor: Manuel Talhinhas, Secretário-Técnico da Associação de Distribuidores Farmacêuticos - ADIFA
Cinco voltas ao mundo é a distância percorrida diariamente pelos distribuidores farmacêuticos de serviço completo para assegurar um fornecimento atempado e adequado às farmácias, em qualquer localização geográfica do nosso país. São mais de 800 mil embalagens de medicamentos e outros produtos de saúde que, por dia, chegam às farmácias comunitárias através da operação de 700 viaturas especializadas e 29 plataformas logísticas, no continente e nas ilhas. A Distribuição Farmacêutica de Serviço Completo assume-se como um elo vital no circuito farmacêutico, desempenhando um serviço de interesse público absolutamente essencial que garante que os medicamentos e outras tecnologias de saúde, produzidos pela indústria, cheguem às farmácias com elevados índices de satisfação, sem exceção ou diferenciação, disponibilizando uma gama completa de tecnologias de saúde, independentemente do preço, margem comercial ou rotação.
Este compromisso com a saúde pública permite que, em conjunto com as farmácias comunitárias, se garanta o acesso de todos os cidadãos aos medicamentos e outros produtos de saúde, de forma célere e contínua, independentemente da localização geográfica ou volume transportado. O serviço de interesse público desempenhado pelos distribuidores farmacêuticos de serviço completo é evidenciado pela sua operação diária, uma vez que são operadas rotas que são pouco atrativas, ou mesmo negativas, em termos económicos.
Em Portugal, as associadas da ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos disponibilizam os
1 por día Fonte: Estudio “Caracterização e Avaliação do Impacto da Distribução Farmacéutica em Portugal”. Deloitte Consultores
medicamentos e produtos de saúde às farmácias comunitárias em média 2,8 horas após o fecho de rota, sendo que, no máximo, se aguardam 5,7 horas.
Toda a atividade dos distribuidores farmacêuticos de serviço completo é suportada em processos altamente tecnológicos e automatizados, que cumprem os elevados padrões de Boas Práticas de Distribuição, tornando o circuito de distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde, em Portugal, sinónimo de segurança e qualidade.
Desde a sua fundação, em 2017, a ADIFA tem vindo a desenvolver iniciativas que reforçam o papel dos distribuidores enquanto verdadeiros parceiros do sistema de saúde, agentes de saúde pública e garante de coesão territorial.
Por isso, para além de uma contribuição ativa para a prossecução de diversos projetos de saúde pública já consolidados e que contam com a participação dos distribuidores farmacêuticos desde longa data, participamos ainda, em conjunto com os demais parceiros, em iniciativas como o projeto-piloto de dispensa de medicamentos de uso exclusivo hospitalar em farmácias comunitárias e o projeto-piloto de vacinação contra a gripe às populações idosas, nas farmácias da região de Loures. A par destes projetos, a ADIFA, através das suas associadas, colabora também, de forma aberta e construtiva, com os diversos agentes da cadeia de valor do medicamento na prossecução de projetos de interesse público, tais como o Programa de Troca de Seringas e a Via Verde do Medicamento.
Em conjunto com as farmácias comunitárias, como agentes de prestação de cuidados de saúde e estruturas de proximidade, centradas na pessoa com doença ou saudável, continuaremos a trabalhar diariamente para garantir que as pessoas, em Portugal, possam encontrar o medicamento certo, no local certo, à hora certa. •
Implementação e operação do sistema nacional de verificação de medicamentos: Ponto de situação após 10 meses de atividade
O SISTEMA DE VERIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS JÁ ABRANGE 2.857 FARMÁCIAS, 116 DISTRIBUIDORES POR GROSSO E 43 HOSPITAIS. OS ALERTAS GERADOS PELO SISTEMA DE VERIFICAÇÃO SÃO ANALISADOS PELA MVO PORTUGAL NO SENTIDO DE DETERMINAR A CAUSA MAIS PROVÁVEL DE CADA ALERTA.
Autor: Ricardo Valente, Diretor -Geral da MVO Portugal
Decorridos cerca de 10 meses após a entrada em vigor do Regulamento Delegado, a estabilização do sistema continua a decorrer conforme esperado. Tem sido registado um aumento significativo, semana após semana, do número de embalagens carregadas no repositório nacional e do número de transações realizadas (verificações, desativações, etc). Atualmente estão registadas no repositório mais de 250 milhões de embalagens e o número médio de transações por semana ronda 2,1 milhões. Embora se registe um crescimento rápido do volume de atividade, ainda não foi atingido o volume de atividade esperado. Por outro lado, o volume de alertas tem vindo a descer de forma progressiva.
Atualmente estão ligados ao sistema nacional 2.857 Farmácias, 116 Distribuidores por Grosso e 43 Hospitais. >
ELIMINAÇÃO E PREVENÇÃO DE ALERTAS DE POTENCIAL FALSIFICAÇÃO Os alertas gerados pelo sistema de verificação são analisados pela MVO Portugal no sentido de determinar a causa mais provável de cada alerta. Com base nos resultados da análise, são contactadas entidades relevantes para a resolução dos alertas registados e prevenção de alertas futuros.
Para suportar os vários intervenientes na eliminação dos alertas do sistema de verificação, a MVO Portugal preparou um conjunto de documentos nos quais são descritos alertas causados, respetivas causas mais prováveis e formas de eliminação e prevenção. Foram também preparados formulários para reporte de problemas. Os documentos podem ser encontrados no nosso website.
ALERTAS EM FARMÁCIAS ASSOCIADAS DA AFP Conforme definido na Circular Informativa nº020/CD/100.20.200 emitida pelo INFARMED, I.P., os alertas gerados pelo sistema serão monitorizados pela MVO Portugal em conjunto com o INFARMED, I.P. Assim, os alertas gerados pelas farmácias conetadas ao sistema de verificação diretamente ou via portal AFP Connect são monitorizados e analisados pela MVO Portugal.
No mês de Novembro de 2019 as farmácias associadas da AFP geraram cerca de 8% do total de alertas. Os alertas foram causados por: Erros de scanner: Alertas causados por problemas de configuração de scanner (do próprio aparelho e/ou do software que lhe está associado), em especial por troca de letras maiúsculas por letras minúsculas (ex: o número de lote é “A1B2C3” mas é lido “a1b2c3” pelo scanner), ou por separação errada dos elementos do identificador único no código 2D (ex: considerar número de lote a concatenação do número de lote com o número de registo). Os scanners deverão captar e transmitir a informação que consta no código 2D, sem quaisquer modificações. Mais informação relativa a configuração de scanners pode ser encontrada aqui: https://mvoportugal.pt/pt/ legislacao-e-documentacao
Tentativa de desativação de embalagens já desativadas: Foi tentada a desativação de uma embalagem já desativada anteriormente pela própria farmácia. Para evitar este tipo de alertas, deverá ser realizada uma operação de verificação antes de ser realizada uma operação de desativação. Caso a embalagem já esteja desativada, não deverá ser realizada a operação de desativação. Em caso de utilização de mixed bulk transactions, o Utilizador deve aguardar resposta do sistema de verificação antes de repetir a operação.
O status da embalagem não permite a operação pretendida: Tentativa de execução de operações de undo sobre determinada embalagem quando o status da embalagem não é o necessário que a operação possa ser concretizada com êxito (ex: para undo dispense, o status da embalagem tem de ser dispensed). Para evitar este tipo de alertas, deverá ser realizada uma operação de verificação antes de ser realizada uma operação de undo. Caso a embalagem não esteja no status pretendido, não deverá ser realizada a operação de undo.
Erro de software: um erro de configuração de software provoca a geração de alertas sobre a mesma embalagem de forma continuada em intervalos fixos de tempo (ex: de hora em hora). As farmácias deverão contactar o seu respetivo fornecedor de software para resolução do problema.
VERIFICAÇÃO E DESATIVAÇÃO DE EMBALAGENS DOTADAS DE CÓDIGO 2D E CÓDIGO 39 Sempre que as embalagens estejam dotadas de identificador único, deve sempre proceder-se às operações de verificação e desativação conforme as regras definidas no Regulamento Delegado. Este procedimento deve ser aplicado mesmo que as embalagens estejam dotadas de código de barras 39. •
Mais informação pode ser encontrada no site da MVO Portugal, em https:// mvoportugal.pt/pt/