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Médica dentista integra Comissão de Ética para a Investigação Clínica Patrícia Manarte Monteiro, diretora adjunta do mestrado integrado em Medicina Dentária e professora associada da Universidade Fernando Pessoa (UFP), faz parte da comissão que reúne representantes com experiência reconhecida em vários setores. O organismo é presidido por Alexandre Quintanilha, deputado da Assembleia da República e presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência. A Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) funciona junto do Infarmed, I.P., sob tutela do membro do Governo responsável pela área da saúde e é dotada de independência técnica e científica.
A equipa da CEIC reúne personalidades de áreas como a genética, a medicina, a bioética, a jurídica, a tecnológica, entre outras. A representante de medicina dentária é membro do Conselho Diretivo da OMD e doutorada em biotecnologia, epidemiologia e saúde pública. Patrícia Manarte Monteiro contou à Revista da Ordem dos Médicos Dentistas que espera “conseguir estar à altura deste desafio e representar dignamente e com prestígio a medicina dentária nacional, ao nível académico, profissional e ético-científico na CEIC”. Os membros da comissão entraram em funções a 1 de julho de 2017 e o mandato termina a 30 de junho de 2020.
João Queiroz e Melo
© Silvio Fernandes/ Global NotÌcias
Prémio Nacional de Saúde 2017
O cirurgião cardiotorácico responsável pelo primeiro transplante de coração em Portugal foi agraciado com a distinção da Direção-Geral da Saúde (DGS). João Queiroz e Melo recebeu o Prémio Nacional de Saúde, dado o especial relevo do pioneirismo da transplantação cardíaca e pelos “serviços prestados no ensino e difusão de métodos avançados no tratamento da doença cardíaca e a sua vasta obra no domínio da investigação e da cultura cariológica nacional”.
Natural de Tomar, o médico licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 1968. É responsável por ter iniciado a transplantação cardíaca em Portugal, ao realizar o primeiro transplante em 1986, no Hospital de Santa Cruz. O Prémio Nacional de Saúde 2017 foi ainda responsável por outras inovações, como os homoenxertos criopreservados, a cirurgia de fibrilhação auricular e outras técnicas cirúrgicas. Fundou o Centro de Criobiologia Cardiovascular e esteve na origem do Instituto de Tecnologia Biomédica. Em 2009, João Queiroz e Melo promoveu o início da implantação de válvulas percutâneas por via transpical e transfemural, tendo
sido o responsável e fundador do registo mundial da cirurgia da fibrilhação auricular. Ao longo da carreira desempenhou vários cargos e foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Recebeu ainda duas condecorações: Grande Oficial da Ordem de Santiago de Espada e a medalha de Grande Oficial da Ordem do Infante. O Prémio Nacional de Saúde é atribuído anualmente e tem como finalidade distinguir personalidades que tenham contribuído “inequivocamente, para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. O júri de atribuição do galardão foi presidido por Walter Friederich Alfred Osswald e constituído pelos bastonários das Ordens dos Médicos Dentistas, dos Médicos, dos Psicólogos e dos Biólogos, pelas bastonárias da Ordens dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e dos Nutricionistas, pelo diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e pelo diretor da Escola Nacional de Saúde Pública.