Egiptomania &
Egiptofilia
marco aurĂŠlio neves junior
Egiptomania &
Egiptofilia
Copyright © Marco Aurélio Neves Junior Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. Editora Schoba Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br CIP-Brasil. Catalogação na Publicação Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ N424e Neves Junior, Marco Aurélio, 1989Egiptomania & Egiptofilia / Marco Aurélio Neves Junior. - 1. ed. - Salto, SP : Schoba, 2013. 196 p. : il. ; 21 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-8013-250-2 1. Egiptologia - História. 2. Egito - História - Até 332 A.C. . I. Título. 13-00135 CDD: 932 CDU: 94(32)
Sumário Prefácio.............................................................................................. 9 Introdução..................................................................................... 11 Parte i – Egiptomania................................................................. 17 O Egito nos Filmes......................................................21 O Egito no Campo dos Brinquedos.............................39 O Egito na Música.......................................................51 O Egito nos Livros.......................................................62 O Egito na Poesia.........................................................69 O Egito nas Construções..............................................80 Para Saber Mais............................................................92
Parte ii – Egiptofilia. ............................................................... 103 A Egitptofilia Antes da Egiptologia...........................107 A Coleção do Museu Nacional/RJ.............................117 O Egito na Coleção de Eva Klabin............................126 As Viagens de D. Pedro II ao Egito...........................138 Coleções Egípcias do Brasil e do Mundo...................147 Para Saber Mais..........................................................160
Parte iii – Apêndice. ................................................................. 171 Fontes.........................................................................173 Bibliografia.................................................................174
Parte iv – Propostas de Trabalhos.................................... 183
Agradeço aos deuses egípcios por terem existido, mesmo que tenha sido no imaginário daqueles homens.
Prefácio
A
História é a ciência que se ocupa do tempo. Nosso conceito de tempo presente nos traz a necessidade de se reviver e compreender em parte o passado. Por todos os lugares em que passamos, verificamos traços das civilizações antigas, seja nas roupas das pessoas ou na arquitetura de prédios e monumentos. Este livro pretende abordar o cotidiano de onde se recebe informações constantes do passado, mas que nem sempre estão evidenciadas, ou que, por diversas vezes, estão dissimuladas por mitos alimentados pela mídia atual, dificultando a distinção entre o fato do mito. Este livro possui 13 capítulos divididos em duas partes. A primeira parte, Egiptomania, aborda os capítulos: O Egito nos Filmes; O Egito no Campo dos Brinquedos; O Egito na Música; O Egito nos Livros; O Egito na Poesia; e O Egito nas Construções. A segunda parte, Egiptofilia, contém os capítulos: A Egiptofilia antes da Egiptologia; Coleção do Museu Nacional/RJ; O Egito na fundação Eva Klabin; As Viagens de D. Pedro II ao Egito; e Coleções egípcias no Brasil e no mundo. Em cada uma das duas partes terá também um capítulo intitulado “Para Saber Mais” que trará informações complementares 11
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sobre a Egiptomania e a Egiptofilia. Este livro terá como objetivo mostrar o passado partindo do presente, permitindo uma análise de releituras do antigo Egito pertencentes ao cotidiano, trazendo símbolos egípcios e as coleções egípcias do Brasil e do mundo, oferecendo assim uma possibilidade de interação com o mundo antigo. O leitor será capaz de conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural do Brasil e do mundo, sendo crítico em relação às discriminações relacionadas com as diferenças culturais, percebendo que as releituras, tanto do Egito Antigo como de outros povos, estão presentes no cotidiano, criando uma visão crítica em relação a filmes e livros. O leitor será capaz também de reconhecer e utilizar diversos tipos de fontes para construir o conhecimento histórico, reconhecendo traços da civilização egípcia em diversas situações atuais cotidianas, como em filmes ou em músicas. Ana Paula Magno Pinto1
1. Mestre em Memória Social e Documento pela Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO). 12
Introdução
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ste livro é um estudo de Amo-te e quero morrer. duas áreas da Egiptolo- E a nova Ísis que o Egito gia, ele trará de forma Adora Curvo e humilhado O pobre servo curvado divertida a história do Egito Olhou lânguida a sorrir; Antigo que se perpetuou até Vi Cleópatra, a rainha, Tremer pálida em meu seio; os nossos dias e que ainda Morte, foi-se-me o receio, encanta pessoas por todo o Aqui estou, podes ferir. mundo. O livro foi criado Machado de Assis – Cleópatra com o objetivo de integrar (Canto de um Escravo) ao cotidiano a curiosidade a respeito do tema Egito e o próprio Estado Faraônico. O Egito faraônico durou até 30 a.C., pois a queda da rainha Cleópatra VII culminou também na queda do próprio império, mais de dois mil anos depois os acontecimentos, obras e o estilo de vida dos egípcios são lembrados e reinventados. O Egito sempre exerceu e continuará exercendo grande fascínio para a humanidade: Heródoto dedicou um livro inteiro para o Egito; romanos, que conquistaram o Egito, e hebreus, que foram escravizados por esta civilização, também compartilharam deste mesmo fascínio. Para a mídia, este povo ainda permanece envolvido em mistério e magia. 13
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O livro tentará levar o leitor a uma “viagem ao passado” partindo do presente, com obras; utensílios de uso cotidiano, como brinquedos; filmes e muitas outras “artimanhas” que estão presentes no dia a dia de qualquer cidadão do Brasil e do mundo. Os conceitos usados neste livro partem de estudos recentes. O livro fará um paralelo entre os dias de hoje e o Egito Antigo, uma tentativa de romper com as leituras tradicionais relacionadas com o Egito e fazer a ponte entre o passado e a vida cotidiana dos leitores. O que se pretende é identificar, comparar, relacionar, problematizar e criticar a sobrevivência de vestígios egípcios no Brasil atual. De acordo com a professora Margaret Bakos, a primeira área estudada no livro, Egiptomania, é: “a reinterpretação e o reuso de traços da cultura do antigo Egito, de modo que lhe atribua novos significados”, isto é, reproduzir traços da cultura do Egito Antigo e assim eternizar um patrimônio da humanidade. Além disso, ainda se pode frequentemente reproduzir um olhar inédito sobre esta civilização e, assim, ampliar o interesse por esta cultura. Este termo se refeMargaret Bakos é Doutora re a uma prática que surem História pela USP. Fez pós-doutorado em Egiptogiu muito antes da própria logia na University College Egiptologia, que vai apareLondon. Professora adjunta cer apenas no decorrer da 1ª da PUCRS. Coordenadora do Projeto Egiptomania no Brasil Guerra Mundial. No Brasil, (CNPq). a pioneira em pesquisa nes14
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te tema é a professora Margaret Bakos, ela nos fala que existia diversos termos para designar este mesmo conceito: “Egiptomania, Revivificação Egípcia, Estilo do Nilo, Faraonismo: diferentes palavras e termos vêm sendo usados por diferentes períodos e países para descrever as variedades de expressões de um singular e expressivo fenômeno. Ele consiste no tomar de empréstimo, dos elementos mais espetaculares, da gramática de ornamentos que é a essência original da arte Egípcia antiga; e dar a esses elementos decorativos, nova vida através de novos usos.”2 De acordo com a professora citada, a palavra “mania”, que estabelece o conceito de Egiptomania, se dá pelo fato de ciência e imaginação se unirem, sendo assim, “ela drena sua substância de conhecimentos acadêmicos sobre o antigo Egito, do saber popular, transmitido por viajantes e escritores, e do repertório de mitos e símbolos assim gerados”, é por este motivo que “ao se estudar Egiptomania, se está realizando um trabalho de Egiptologia, pois a última trata com rigor científico de tudo aquilo relacionado ao antigo Egito, incluindo as práticas de Egiptomania”3. Assim sendo, símbolos que nos remetem claramente ao Egito Antigo, como as pirâmides, os obeliscos e esfinges, podem perder completamente sua relação com a era faraônica. A segunda área diz respeito a quem coleciona qual2. BAKOS, Margaret. Encontros de Tempos: A rainha Cleópatra no limiar da ciência e da imaginação. Revista do Historiador, 2010: p. 38. 3. BAKOS, Margaret. Encontro de tempos: A rainha Cleópatra no limiar da ciência e da imaginação. Revista do Historiador, 2010: p. 38 15
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quer coisa referente ao Egito Antigo, livros, estatuetas, filmes, ou possui pendurado em paredes um papiro. Esses objetos não mudaram o significado quando postos em um canto da casa, por exemplo, uma estátua de Ísis continua tendo a mesma função que tinha (ou a mais próxima possível): proteger e embelezar um canto da casa. Este tipo de prática é conhecida como Egiptofilia, ou seja, “o gosto pelo exotismo e a posse de objetos relativos ao Egito antigo”4. Este livro paradidático tratará de partes da Egiptologia partindo da Egiptomania e Egiptofilia, usando exemplos do cotidiano que nos ajudarão no resgate do passado e ideias que deixarão o aprendizado mais dinâmico, tentando sempre romper com o modelo de ensino tradicional, usando para isso o cotidiano, criando a possibilidade de reflexão sobre valores relacionados à cidadania. Um exemplo é a música “Faraó, Divindade do Egito” do grupo Olodum, álbum lançado em 1987. A partir dessa canção, é possível explicar temas referentes ao Egito, tais como o mito egípcio da criação do mundo, religião politeísta, faraós, a primeira forma de monoteísmo do mundo e, também, os monumentos mortuários construídos para abrigar o corpo do falecido e o “preparar para a outra vida”, tudo isso em uma única letra de música que pode ser analisada pelo aluno. Além de recursos sonoros (músicas), a utilização de imagens como as pirâmides com base trian4. BAKOS, Margaret. Egiptomania: O Egito no Brasil. Paris Editorial: São Paulo, 2004. P.: 10 16
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gular no Passeio Público / Rio de Janeiro; o Chafariz do Largo do Paço na Praça 15 / Rio de Janeiro; o balneário às margens do rio Mississipi, Memphis, Tennesse / EUA; o Hotel Casino Luxor em Las Vegas, Nevada / EUA; as pirâmides de vidro do arquiteto Pei no Museu do Louvre / Paris; também possibilitam aos alunos uma melhor explicação e compreensão do Egito Antigo, pois eles recebem uma referência concreta e mais próxima de sua realidade. Livros de contos muito presentes no cotidiano de uma criança como as Crônicas dos Kanes, de Rick Riordan (mesmo autor de Percy Jackson) ou Antônio e Cleópatra, do grande Shakespeare. Para não deixar de citar os poemas nacionais, podemos enumerar grandes autores como Manuel Bandeira, Machado de Assis, Cecília Meireles, Victor Silva, Freire Ribeiro, Oswaldo de Camargo, que se utilizaram do tema em momentos de suas obras. Partindo para a Egiptofilia, temos dois grandes exemplos interessantes no Brasil, o primeiro é sem dúvida o acervo egípcio do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, este acervo doado por D. Pedro I é sem dúvida um dos primeiros da América Latina. O segundo são as viagens do Imperador D. Pedro II ao Egito e seu diário de viagem que hoje podemos encontrar no acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Convido os leitores a embarcar nesta viagem ao passado, passando pelo presente e pelo próprio cotidiano. Boa leitura!
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Parte I Egiptomania
“O Egito nos Filmes”, onde iremos utilizar três clássicos do cinema para apresentar algumas temáticas, tais como a queda do Egito e as pragas da bíblia e desmistificar alguns “mistérios” que ainda possam existir na cabeça desses leitores; “O Egito no Campo dos Brinquedos” trabalhará com Bonecas, Jogos e Brincadeiras para tentar mostrar que muitas das diversões que essas crianças praticam nos dias de hoje podem ter uma ligação com o passado, além de poder introduzir com as bonecas Barbie a questão étnica no Egito Antigo; “O Egito na Música”, onde trabalharemos, além da ópera Aida, a música do grupo Olodum e um samba enredo de carnaval; “O Egito nos Livros”, que apresentará várias obras de romances a respeito do Egito Antigo; “O Egito na Poesia” trabalhará com alguns autores como Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Freire Ribeiro e Victor Silva; “O Egito nas Construções” trará releituras de construções desta antiga civilização no Brasil e no mundo.
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O Egito nos Filmes
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alvez o assunto que mais gerou filmes relacionados ao Egito foi a última rainha do Egito, Cleópatra. Sua história é repleta de romance e guerras. Ptolomeu deveria reinar junto com Cleópatra, porém ele decide reinar sozinho, a cena que segue em Título no Brasil: Cleópatra Título Original: Cleopatra muitos filmes é quanPaís de Origem: Inglaterra / EUA / do a última rainha do Suíça Gênero: Drama / Épico Egito conhece César Tempo de Duração: 248 minutos pela primeira vez enAno de Lançamento: 1963 trando no palácio esEstúdio/Distrib.: Fox Home Entertainment condida em um tapete Direção: Joseph L. Mankiewicz que é carregado por um escravo. César, anos depois, é traído e assassinado, e, neste momento, surge um novo romance na história, Marco Antônio. No final, os 23
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romanos invadem o Egito e a rainha, para não se entregar, suicida-se com uma picada de cobra, dando fim ao Egito faraônico que teria durado milênios. O filme “Cleópatra” de 1963 dirigido por Joseph L. Mankiewicz, com Elizabeth Taylor, que muitas vezes é comparada à Cleópatra por sua grande beleza (embora estudos recentes mostrem que a última rainha do Egito era feia, mas inteligente e astuta), conta a saga da última rainha (Faraó) do Egito. O filme narra desde o episódio em que ela conhece Júlio César, passando por Marco Antônio e termina com a morte desta rainha. Este imaginário de beleza que o ícone Cleópatra passou nas últimas décadas é graças ao cinema. Em 1945, foi produzido “César e Cleópatra”, de Bernard Shaw, que trouxe a britânica Vivien Leigh, famosa por “E o vento levou”, no papel da rainha, que, com 16 anos de idade, conquistava o maduro César. Em 1934, já na era do cinema falado, o filme “Cleópatra” de Cecil B. DeMille levou Claudette Coubert para a pele da rainha. Novamente temos uma interpretação bela e sedutora. “Cleópatra” de 1917, de J. Gordon Edwards, levou uma musa das telas de cinema da época ao papel de Cleópatra, a sensual Theda Bara. Este filme visou explorar os aspectos sexuais e amorosos da rainha com o romano Marco Antônio, infelizmente Hollywood implantou nos anos de 1930 o código Hays que levou um conjunto de normas aos cinemas, por conta desta implementação não 24
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restaram mais cópias da versão de 1917, todas elas foram queimadas. Mas foi o primeiro longa-metragem a reviver a última rainha do Egito que a deu este imaginário de beleza e sexualidade, o que foi decisivo para o mito e para sua história. Esta versão é datada de 1912, era um filme mudo e novamente levava o nome da rainha “Cleópatra”. Interpretado e dirigido por Helen Gardner, que possuía sua própria companhia cinematográfica. Foi só na década de 1970, com a causa negra em alta nos Estados Unidos, que a rainha voltou a ganhar força e finalmente ser mudada. Arlete Salvador, em seu livro Cleópatra: Como a última rainha do Egito perdeu a guerra, o trono e a vida e se tornou um dos maiores mitos da História, nos conta que cineastas e espectadores começaram a se perguntar quem teria sido Cleópatra, ele diz5: Nos anos 1970, quando a causa negra ganhou força no mundo e nos Estados Unidos, em particular, Cleópatra foi resgatada do esquecimento para a ribalta da História. Teria sido ela negra, já que nasceu num país africano? Ou seria branca/europeia? A escalação de mulheres brancas para o papel da rainha não seria uma negação da beleza, do poder e da história dos negros? Quem disse que Cleópatra tinha a cara de Elizabeth Taylor? O cinema não perdeu a chance de tirar proveito dessa polêmica.
5. SALVADOR, Arlete. Cleópatra: Como a ultima rainha do Egito perdeu a guerra, o trono e a vida e se tornou um dos maiores mitos da História. Contexto: São Pulo, 2011. Pg.: 152. 25
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Estes acontecimentos levaram, em 1973, a primeira Cleópatra negra para as telas do cinema. Em “Cleópatra Jones”, dirigido por Jack Starrett, a top model afro-americana Tamara Dobson fazia um papel de agente da CIA, a agência de investigação dos Estados Unidos. E é claro que as produções infantis não ficariam de fora desta releitura, “Asterix e Obelix – Missão Cleópatra”, produzido em 2002 e dirigido por Alain Chabat, fez com que esta rainha se popularizasse entre as crianças. Esta rainha desperta interesses, não por ter sido o ideal de mãe, ou a rainha perfeita, nem a mulher que se esperava, mas por ter sido o contrário das grandes rainhas da humanidade, afinal, César e Marco Antônio eram casados quando começaram a ter relações com ela, a perda do Egito dos faraós para os romanos e sua morte e desistência de luta levaram a última rainha egípcia até o lugar que todos os grandes faraós sonharam: a imortalidade. “A Múmia” de 1999, dirigido por Stephen Sommers, que usando efeitos especiais penetra no imaginário mistificando muitos aspectos do Egito, é uma refilmagem da “Múmia” de 1932, que foi muito marcante na história do cinema e chegou a gerar duas refilmagens, “O Retorno da Múmia” e “A Múmia do Imperador Dragão”. Neste filme, um caçador de tesouros (Brendan Fraser) lidera uma expedição em busca da lendária Cidade dos Mortos, no Egito. Lá se encontra o corpo de Imhotep, que foi mumificado 26
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vivo por ter assassinado o faraó Seti depois de ter se envolvido com a amante deste. Infelizmente, para os aventureiros, a múmia de Imhotep é ressuscitada por uma maldição antiga e passa a perseguir aqueles que a despertaram. O filme de ficção traz muitas mentiras e algumas poucas verTítulo no Brasil: A Múmia dades. No início, o filTítulo Original: The Mummy País de Origem: EUA me mostra o Egito no Gênero: Aventura tempo de Seti, na XIX Classificação etária: 12 anos Tempo de Duração: 124 minutos dinastia, onde se pode Ano de Lançamento: 1999 ver as grandes pirâmiSite Oficial: des e a esfinge no fundo. http://www.mummyvideo.com Estúdio/Distrib.: Universal Home O faraó com este nome Video reinou muitos anos deDireção: Stephen Sommers pois da construção destes monumentos. Imhotep também é um nome bastante conhecido do Egito Antigo, pois o fundador da medicina também tinha este nome. Imhotep foi o sumo sacerdote e escultor no tempo de Djoser, na III dinastia, dinastia 27