Reflex천es Que Iluminam
Antônio Caldas
Reflexões Que Iluminam Esta luz vai tocar o seu coração...
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Carinho dos fãs
“Só uma alma sensível pode escrever reflexões tão belas.”
S.D.
“Você é uma pessoa iluminada. Sua sabedoria nos encanta e nos envolve, deixando-nos muito orgulhosos de ver a beleza de Deus, expressa em você.”
F.B.
“Quero colocar dentro desta mensagem todos os corações que te apreciam, toda a luz e paz que você merece. Que a felicidade te acompanhe sempre, ao longo do seu caminho. Tenha certeza que na vida, no tempo e na eternidade Deus te descreve sorrindo.”
M.F.
“Sabe, eu estou muito feliz por ter você como amigo e poder ver todos os dias as coisas maravilhosas que você escreve, nos colocando muitas vezes na realidade da vida. Dando animo e coragem para que a gente possa entender melhor o nosso semelhante, enfim, você já faz parte da nossa vida e peco a Deus que te ilumine sempre.”
M.A.
“Queria agradecer pelas palavras, ou melhor, textos que quase sempre conversam comigo. Eu te encontrei num momento de farol baixo e encontrei alento. Isto é maravilhoso! Sempre quis ter o dom da escrita e fico feliz quando encontro alguém que se expresse tão bem.”
E.N.
“Ganhei um presente ao lhe conhecer. É lindo o seu amor! Que Deus lhe devolva em dobro e sempre o ilumine e inspire. Quando conheço pessoas como você, volto a ter esperança de que ainda a humanidade tem cura.”
C.H.
“Publico palavras suas na rede social, cito seu nome como um cara que vale a pena a gente parar um pouquinho para ler. Esse ano foi um atropelamento emocional para mim e por causa de você tomei coragem para um monte de coisas. Você é meu amigo e nem sabe.” G.S.C
“Você é um ser humano especial. Nós agradecemos por fazer parte de nossas vidas. Seja sempre iluminado e que Deus ande sempre a seu lado.”
L.R.
“Seu alto astral constante me deixa atônita...”
T.B.
“Suas palavras são simples, diretas e cheias de motivação! Eu agradeço por partilhar luz. Muita inspiração para você continuar escrevendo lindas reflexões!”
S.M.
“Maravilhoso encontrar uma pessoa linda assim, cheia de amor e paz! Sou sua amiga virtual, mas, com certeza, amiga para sempre!”
C.E.
“A palavra que você escreve nos ensina, a vida como é, o amor, a fé, a união, a paz!”
I.M.P.
“Somos luz, mas muitas vezes necessitamos de anjos que nos façam percebê-la e você é um deles.”
V.F.B.
“Anjo terreno, estou feliz em te encontrar. Eu sou uma caminhante em busca da minha luz interior. Que Deus continue a te iluminar.”
J.S.M.
“Que possamos nós, seus leitores, comungar em constância de seus sempre tão generosos e elevados pensamentos.”
F.N.
“Adoro tudo o que você escreve! Às vezes me dou o luxo de achar que você escreveu para mim de tanto que me identifico. Continue nos brindando!”
J.D.P.
“Leitura suave que engrandece a alma!”
D.F.B.
“Suas palavras me emocionam e me fazem muito bem. Obrigada por você ser meu amigo e parabéns pelo que você nos proporciona.”
M.A.
“Querido, suas palavras são de toque profundo na alma!”
A.T.
“Somos apenas amigos virtuais, mas as palavras têm o poder de aproximar ou afastar as pessoas. As suas ainda têm o poder de unir, refletir, analisar, construir, sonhar!”
R.M.C.
“Ler seus textos motivadores são a tônica para o meu aprendizado e força para querer seguir em frente.”
L.M.
“Toda Alma tem uma essência, e a sua é expressa através das palavras. Uma Bela essência!”
P.J.
“Estou encantada! Que Deus continue inspirando-o a escrever palavras que elevam ao coração e aquece a alma. Sou-lhe grata, por fazer-me sentir inteira.”
M.C.D.D.
“Que o Universo continue a lhe iluminar para que sempre possamos seguir sua luz.”
R.D.
“Os nossos olhos são a janela da alma, mas não basta abrir os olhos físicos. Os olhos do coração só podem ser despertados pela consciência. Consciência essa que você nos conduz a alargar em tantas e belas reflexões.”
K.G.
“Estou encantada! Que Deus continue te iluminando e abençoando, pois através das suas palavras ele tem ajudado muitas pessoas.”
J.S.
Dedico este livro a todos aqueles que acompanham, curtem e comentam diariamente, com carinho e generosidade, o que escrevo em minha página oficial no Facebook. Todos vocês são fontes de inspiração.
Agradeço aos meus filhos, Adolpho Mariano e Luana Beatriz, os meus guias, e a EmĂlia Maria, minha companheira.
“Eu hei de esculpir o futuro ao jeito do criador que extrai a obra de mármore a golpes de cinzel. E caem uma a uma as escamas que escondiam o rosto do deus. E os outros dirão: Este mármore continha este deus. Ele o que fez foi encontrá-lo. E o gesto dele não passava de um meio. Mas eu cá digo que ele não calculava, ele forjava a pedra. O sorriso do rosto está muito longe de ser feito de suor, de faíscas, de golpes de cinzel e de mármore. O sorriso não é da pedra, mas sim do criador. Liberta o homem, e ele criará.” Antoine de Saint-Exupéry, in “Cidadela”
Sumário
Apresentação.....................................................................19 Autorrealização...............................................................25 O sonho de nossa vida......................................................29 Curando os olhos.............................................................33 Buscar o novo....................................................................37 Quem está guiando?..........................................................39 Aliada do Coração...........................................................41 A Intuição..........................................................................43 Amando a si mesmo...........................................................47 A nossa individualidade..................................................51 A flor de lótus..................................................................53 Perdoar é necessário........................................................55 Viver o Presente...............................................................59 Transcender.......................................................................61 Suba na mesa......................................................................65 A montanha interior.......................................................69 Conhecendo deus no interior........................................73 Quando o despertar acontece........................................75
Amar e se apaixonar.........................................................79 Emoções..............................................................................83 Um Prazer!.........................................................................85 Mudamos?...........................................................................87 Yonavan...............................................................................91 O caminho da alma...........................................................97 Quem é você?....................................................................101 A luz e a felicidade........................................................103 Meditar é fazer com amor............................................107 Aprendendo a compaixão...............................................109 Doação é amar e amar nos enriquece..........................111 Quando oramos...............................................................113 A inteligência da Nova Era..........................................115 Instrumento da criação................................................117 Talentos da alma............................................................119 A carruagem....................................................................121 A canoa e o mestre.........................................................123 Quando subo à montanha..............................................127 O Sol.................................................................................129
Apresentação
Eu tinha oito anos e eu gostava muito de jogar bola. Eu e a bola éramos uma harmonia só. A bola era a minha companheira. Ao jogar bola a minha alma vibrava em alegria. Eu andava com a bola no pé e ela também me procurava. Muitas vezes aconteceu. Bastava eu chegar, ver alguns amigos jogando e a bola vinha para os meus pés. Era incrível! Eu a atraía. Eu brincava muito no playground do prédio onde eu morava, e com os meninos da Mombaça. A Mombaça era um vilarejo há cento e oitenta quilômetros de Salvador, no município de Conceição do Almeida, na Bahia. Na Mombaça havia uma casa antiga grande, da minha família por parte de pai, na qual ficávamos quando íamos para fazenda. Na Mombaça também havia um campo de proporções gigantescas para uma criança, traves grandes, um sonho. Neste campo eu brincava muito com os meninos do vilarejo. No prédio onde eu morava, em Salvador, não havia uma quadra. Havia uns bancos grandes de concretos presos à parede que fazíamos de trave de futebol. Eu passava minhas tardes jogando bola. Ao chegar da escola eu queria almoçar rápido e descer para o playground. No playground eu gritava alto chamando os meus amigos, para eles ouvirem e descerem, brincar comigo. Enquanto eles não desciam eu ficava jogando com Zelito, o motorista. B 21 A
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Todo ano a escola sempre organizava um campeonato de futebol. Como eu e minha família íamos com certa freqüência para fazenda nos finais de semana, não era possível a minha participação no campeonato da escola, pois, as partidas sempre ocorriam, também, nos finais de semana. Mas, haveria um jogo em um sábado que meus pais não viajariam. Uma final de campeonato! O time da minha turma havia se classificado para a final. Meus colegas de turma insistiam para eu participar desta partida. Eles tinham o receio de jogarem com o time incompleto. Não era toda a partida que o time jogava completo, pois, nem todos os pais das crianças inscritas podiam levar na manhã de sábado o filho à escola para jogar uma partida de futebol. Eu pedi para meu pai me levar para a partida. Ele disse que iria trabalhar no sábado e não poderia me levar. Eu queria muito ir e, então, recorri a minha mãe e perguntei se ela me levaria. Ela sentiu muito a minha vontade de ir para este jogo e disse: – Vou falar com Zelito, pedir para ele vim no sábado e ele te leva. Só que ainda havia um problema, eu não estava inscrito. Então, eu e meus colegas fomos falar com Getúlio, o coordenador do campeonato, e pedimos que ele me deixasse jogar a partida mesmo sem ter me inscrito no tempo certo. Falamos sobre a falta de jogadores e o risco de não possuir jogadores suficientes. Imploramos e ele aceitou. Pedi o dinheiro a minha mãe e paguei a taxa de inscrição no dia seguinte. Eu estava inscrito, feliz e radiante. Agora, era comprar o uniforme. A camisa do meu time era a do Grêmio de Porto Alegre. A final era contra o Fluminense do Rio de Janeiro. E o estádio era o campinho do Colégio Antônio Vieira. A partida B 22 A
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aconteceria no sábado, às 8h e 30min. Os dias de quinta-feira e sexta-feira foram de expectativa, mas, enfim, o sábado chegara. Eu ainda não tinha comprado o uniforme. Na sexta à noite minha mãe combinou comigo que acordaria cedo e iria ao comércio, Cidade Baixa em Salvador, comprar o uniforme comigo, antes do jogo. Eu acordei cedo, Zelito havia chegado cedo também, mas minha mãe nunca fora pontual. Saímos apressados em direção ao comércio e conseguimos comprar o uniforme. Eu vesti no carro. Quando Zelito olhou no relógio disse que o jogo já tinha começado. Se desviássemos o caminho para deixar minha mãe em casa, não daria tempo para chegar. Eu implorei e ela acabou indo com a gente para a escola. Ao chegar na escola Zelito foi estacionar o carro. Eu sair correndo rápido para o campinho. Minha mãe veio andando rápido atrás dizendo: – Calma meu filho! Nestes trinta segundos uma vontade explosiva tomou conta de mim, meu coração estava acelerado. Começava a chuver. A chuva não era muito forte, mas, ainda assim, era chuva e eu amava. No campinho havia pais e familiares debaixo das árvores em torno assistindo a partida. Meus colegas já perdiam para a outra equipe, considerada favorita, pelo placar de 3 a 1. Meu time estava jogando com um a menos. Devia restar pouco mais de quinze minutos, o segundo tempo estava no início. Abelardo estava colocando o meu nome na súmula e meus colegas me chamavam: – Toninho entra! Eu gritei: – Getúlio, Getúlio, Getúlio! Eu acenei ao juiz para eu entrar. O juiz era Getúlio, o B 23 A
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coordenador do campeonato, o mesmo que facilitou a minha inscrição. Eu entrei e me lancei ao ataque. Eu gostava de jogar na frente. Minha mãe que vinha atrás chegara gritando: – Vai Toni, vai Toni! E quando a bola chegou aos meus pés pela primeira vez, chutei forte, pegou em cheio na veia, a bola foi alta e no meio do gol. Corri para abraçar meus colegas e olhei para minha mãe. Ela foi ao delírio. Minha mãe continuava a gritar como nunca eu havia visto: – Vai Toni, vai Toni! Eu sentia estar possuído por uma força especial, uma energia vibrante tomava conta de mim. Eu já não corria, eu flutuava. Eu já não me cansava, eu ganhava ainda mais força. A partida parecia ser a minha vida e a minha vida parecia se resumir àquele momento. Eu só sentia a chuva, eu chamava a bola eu queria o gol. E quando senti a bola em meus pés no meio do campo, sair em direção ao gol em grande velocidade, como um foguete, sem tomar conhecimento de quem estava a minha frente e atrás de mim. Antes de chutar, um dos garotos do time adversário que vinha atrás puxou a minha camisa pela gola. Ainda assim consegui chutar. A bola pegou de raspão no bico da minha chuteira e enganou o goleiro que pulou. A bola entrou devagarzinho por baixo do goleiro. Gol! Zelito, que houvera chegado, comemorava e pulava com os dois braços para cima em meio à chuva, com riso largo, e passou a gritar querendo me dizer alguma coisa, parecia querer me dar instruções. Naquele instante, Zelito se tornou o meu técnico. Com o segundo gol a partida estava empatada e próximo de terminar, mas minha mãe não parava de me incentivar. O incentivo de minha mãe alimentava a minha B 24 A
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alma. Eu e ela parecíamos ser uma só energia. Um escanteio a favor do meu time. A bola foi lançada rasteira na área, uma confusão, um empurrão e a bola sobrou na minha frente a pouco mais de um metro do gol. Um chute forte de bico que explodiu na rede e nada mais. Minha mãe invadiu o campo, Zelito seguiu atrás. Eu olhei para o Juiz e ele apitava apontando o centro do campo. Eu saí correndo sem direção com as mãos para cima, olhando para o céu, gritando. Eu parei nos braços de minha mãe. Meus colegas voaram em cima de mim e dela logo em seguida. Eu fui aos prantos, chorei muito. Uma explosão havia acontecido em meu coração. Um sentimento inexplicável. Um momento inarrável, de riso e de lágrima em uma criança. Alguns colegas do meu time começaram também a chorar, juntamente com minha mãe. Eu havia feito o que parecia impossível. As pessoas observavam meio admiradas toda aquela comoção. Enfim, o jogo acabara 4 a 3. O meu time fora campeão. Ao final Zelito me botou no pescoço e nós celebrávamos. Esta experiência ficou registrada em meu ser. Anos longe de mim mesmo, a chama se manteve acesa! A essência é eterna em nós, nunca morre. Aconteceu! Eu adulto, a criança falou alto, a alma gritou através da criança, eu ouvi. Decidi entrar em campo, virar o jogo! O campo da transformação interior, mistérios do além, o caminho da alma, segredos do coração, jogo da vida. E, quando Adolpho Mariano, meu filho, tinha seis anos, eu fui levá-lo ao seu primeiro dia de escolinha de futebol. Um campinho com uns 12 meninos, entre seis e sete anos, correndo para todo lado. As mães aos gritos para seus filhos fazerem ao menos um gol. Por instante eu lembrei! Eu revivi o cenário, com outro olhar, um novo olhar. B 25 A