Outra História

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Outra hist贸ria [Um romance qu芒ntico]



J. R. Castro

Outra hist贸ria [Um romance qu芒ntico]


Copyright © José Renato Castro Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. Editora Schoba Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 | 4021.9545 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br

CIP-Brasil. Catalogação na Publicação Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ C351o Castro, José Renato, 1951Outra história : [um romance quântico] / José Renato Castro. 1. ed. - Salto, SP : Schoba, 2013. 72 p. ; 21 cm. ISBN 978-85-8013-258-8 1. Romance brasileiro. I. Título. 13-00974 CDD: 869.93 CDU: 869.134.3(81)-3


Para você... “Defora”. E sou... Uma nova história. A cada momento!



1 e me encontro! Nesta terra, país. Cidade! E neste estado, casa... Edifício! De muitos “apertamentos”. Estou nesta sala... Lotada e de seres despidos. Com... estou “sozinho” e... Nu? Sim! talvez um quarto... De gente, seres... Afoitos! Estranhos personagens. E que podem... são velhos e velhas. Crianças, homens e mulheres. Jovens de todas as etnias. E cores. Possíveis! E neste minúsculo... Espaço. Em que... Preciso ser... Mais eu! volto a empurrar. E a socar vocês... Nestes muros ou paredes. De meu redor buscar... Mais espaço com 9


2 liberdade. Vejo... Esta linda senhora! Encosto-me... Nela e já... Úmida (há bolores... Nesta parede?). Ela se vira e agarra o meu... Pescoço. Tenta enforcar-me! [Seu... Sacana!]. E (há sim! Muitas coisas... Bonitas pra se ver ou... Que se vê) tento escapar. Não consigo. E já... neste início! [O meu nome deve ser... Dáfera! E esta é... Outra história] de respingos... Neste cubículo

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3 outra pessoa... Defora... Segura a minha mão (e nada de estro) por enquanto... É uma velha! E talvez um pouquinho... Mais velha do que eu... Agora me puxa! “Temos que atravessar esta parede. E bem depressa!” Eu dificulto o ato! Tento me opor aqui... Escondo-me! Mas Defora é... e lasca-me... Um beijo (gosto... Faz tempo) e sem tempo. Já estamos fora e aqui! Defora... Talvez só queira... mostrar-me... Esta cidade. Nua? E que mais parece... Um cemitério! Agora

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4 (preciso... Dos meus papéis... De paredes) mas Defora... Incita-me a... Caminhar é necessário (até... Como fantasma para um mundo deserto) e... Não estou com visões... Sim! Defora quer... Mostrar-me que esta cidade se... Movimenta (e... já estou a correr... Uns dezoito quilômetros com esta incrível... Defora) ao meu lado e só... Agora... Percebo que... (Não há pessoas nas ruas. Mas) há muitos e muitos carros em movimentos... (Totalmente) blindados e “insufilmados”. E que

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5 talvez...! Estão lotados... De pessoas... Nuas socadas. Dentro daquele... Este conforto deslizante em que... Defora... Já me faz entrar! E de novo... O meu cubículo? E sim e não! Dá a entender... Dalfora que... Mostra as câmaras de seguranças. E olha... Eu aqui! Você não me pega! Defora gargalha e... Rejuvenesce... Sem ser incrível! Já me acostumei... Com todas estas transformações... Em rotina. E agora... Sem medo? Atravessando esta violência... Aí de fora! O carro para pra... Neste semáforo e...

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6 nada... Deve acontecer a estes fantasmas. Que já não assustam... Estes bandidos desalmados! E que roubam a nossa vida. O nosso carro! e já perdi... Todas as minhas noções... De tempo e espaço neste caminhar... Solitário com Dalfora! Defora! Vocês são as minhas seguranças? E neste

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7 trajeto (que não deve... Interromper), esta nudez. Que está... Tão desprovida quanto esta... Cidade assaltada. E aqui está... A minha paz? Meu espaço? Entre muros e casas fechadas? Neste movimento de veículos... Sem condutores. E com o amor de... Dafilha que... Não, não existe. Mas eu... Prossigo! E com esta... Davida a mostrar-me que... o meu corpo. Ainda não está... Totalmente despido. Pois há... Os fragmentos colados daqueles... Papéis de paredes e outros com rascunhos... (Daqueles textos) deste, daquele desolado escritor que... Ainda inicia as suas frases (com letras... Maiúsculas? estão sendo publicados!) em letras minúsculas! Ganho mais... Figurinhas para continuar... Neste jogo que já me transformou... E se já... (Estou fantasma!) estou imune... Pra não me assustar.com

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8 este vazio. O meu vazio (que você vê) compacto. Esforço-me com afinco para aparecer... Doulinha. A existência exige procedência? E... Só é válido quando está relacionado? E neste meu mundo... que incha! Delinhas e quantas... Mais! Eu preciso? Agora e sinto... Muito! Cheiro desagradável em sacos... De lixos (de luto. Na cor... Que não absorve) lotados. E com

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9 pulsações. Observáveis! Um deles se movimenta! (E o movimento é... a condução das ocorrências. Os sacolejos que... Que nos fazem contender e... Reconhecer esta necessidade de amar! Por pertencer a... E com este universo... De ocorrências e objetos pessoais. Agora eu... posso sim! Sou fantasma. Para amá-los! Todos) os outros... Que distanciam (o amor é para o próximo. Incluindo) você

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10 que ainda permanece... Neste saco em movimento. Preciso de mais... Aparências? (A realidade torna-se menos penosa... Quando mais próximos... Estivermos... Deste existir e não existir! E... Tendo imaginação!). Para onde vou neste momento? Não estou fugindo com este saco... Que me acompanha

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11 agora... Em que ponto da cidade estou? E devo ficar... Por aqui dentro da cova... Deste meu momento que prossegue neste... Por enquanto... E ainda... Sou solidão. Sou fantasma! E com este saco... Em luto! Fui escolhido? e este é o meu tesouro? É o meu amor? É a minha vida! E quantas vidas... Existem neste saco! Que depende de mim. Agora... nesta simples amizade... Espectral? E dos demais? Que ainda estão... Acho potencial, abraço esta continuação! Com este

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12 meu saco... Que também serve pra descansar? Estou nele (a condição, eu busco... A história... Você acha) e... agora sim! Estou... Com a minha sacola! (Carregada por este saco!). A vista não é... Fascinante, mas... Tento acondicioná-la e o conteúdo... Desta sacola me ajuda (e muito! E imagine o que há... Aqui nesta vagina) (há trabalho. Dignidade) e este fluido... Que refresca a existência. Daquela antiga agenda (eu não sou... Aquele animal... Que só vive do presente) e neste... Agora só... Amo esta sacola que...

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13 nesta condição (de... Fantasma) estou neste mínimo... E necessário bosque (de árvores cortadas) para... Esta grande cidade. Que agora delineio... E com desesperadas surpresas... Percorro (e qual será o nosso fim? Este fim que nós... Dilatamos e perseguimos!) [“os fantasmas... Não podem... Ser eternos”] (e eu... Era mais veloz. Fisicamente mesmo não sendo... Um fantasma! Mas) (este velho... Tenta sobressair pela mente, compensar... O circuito de conhecimento é maior. Pra exigir mais treino! Mais disciplina! Mais determinação. E como fantasma) eu... Já estou exausto! E Defora esconde-se... Na sacola

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14 que não se avoluma... Tanto assim! Que faço... Um intervalo nesta fricção do meu saco! O sol se põe? E queria ser visto... Em plena luz do meu dia! (e por que estou oculto?). (Por que cultivo... ato libidinoso?). Agora... Vejo Dafé... A subir as escadas... Da igreja? e... (fantasmas... Também morrem... Na fogueira?) (a história... Tem que ser... Queimada? E) [“os mundos (sem importar grandeza ou...) são finitos. Quem busca o infinito é o movimento... Das reimpressões” que... valem-se... Da luz... Pra se infiltrarem nesta escuridão] tento... Brilhar (ser visível) para... Dafé. Que já está no patamar... Daquela porta. Deste

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15 desejo. O meu desejo. Era... Sim! reencontrá-la! Com vestido de noiva! E tal qual... Aproximo-me! e... Assusto-me (que fantasma... “Cagão!”) no seio de Dafé... Uma televisão! que mostra... O seu rosto... De caveira! E agora... Com este televisor que aproxima... Tragédia! Pulo este espaço. Desligo a tela... Daquela tevê? Dafé... Desaparece. Entra era... Nova... A minha princesa! E há fogo... Nesta biblioteca agora... Casa noturna? E

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16 ou é... O avião da Companhia... Atrom e que traz... Quantos mortos salvaram... Quantos vivos restaram... Quantas dores? e sem programação, nesta programação aguardo... Ao vivo (velhos conhecidos, como... A Paula. Do meu romance... La Bouche e Ribaldão do meio... De “Nós” e... Tantos outros) novatos! Eu procuro... Nestas chamas e destas chamas... Eu reencontro Ghost. Um dos cachorros... De rua (ainda sou corredor) magrelo e machucado que ainda... Precisa de... cuidados. E carinho eu...

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17 (e quantas histórias... Interrompidas vidas... Sem conhecer) agora! Ghost... não precisa de coleira. Segue-me, simplesmente! Neste espaço... Que se extrai deste “antes e depois”. Estou... Vivo neste “durante”? (Assustador?) com cinzas... Trazidas... Pelo vento em meu rosto e... Entre os dentes... De Ghost, este novo texto. Agora... Pra seguir tento puxar... Esta outra linha e... esta escuridão... Não deve ser... um empecilho. Ghost... Segue-me!

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18 assim como... Estes (já... Antigos) conhecidos que... E (consigo... Contá-los?) por esta cidade inexistente. Em retorno... À procura daquela casa... Existente (pra todos estes... Amigos?) Caio P. comenta: ― eu preferia permanecer vivo! E segue: ― pra não ter... Que topar de novo com La Bouche e... Ribaldo Safardana? E... e Ghost também estranha. Rosna pro Ribaldão! P. Sempiterno talvez... não apareça... Mais (fantasmas. E nesta condição... Não há mais lágrimas... Ou aquele sono perturbado. Por isto... Não dormimos. Não sonhamos) não existimos. Mas... Ghost mostra-me o contrário. Protege este texto e ainda... Devolve-me! Mostra-me... a importância desta casa. Para... (eu construí... Meu próprio sequestro? E... fui seduzido... Pelos Deforas?) e...

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19 e podemos... Viver tranquilamente, a grandeza deste universo... Neste cubículo? A bela e “perfeita” jovem Daflora (me) faz entender que... Não somos fantasmas! E se aproxima com... O seu provocante corpo. De Daflor. Estímulo (para este... Inseto?) e que seja... Sejamos (também fantasmas) abraçamos! E Daflor... Abre-se ainda mais... Para... Aceitar-me! (E assim é a natureza das coisas e) mesmo sendo... Fantasma! Mas... Não sou! (Retruca) Daflora! Daflor! Dafrutos... E agora [“pela beleza... Da aproximação”]

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20 (desejo mais... Quero-a sempre... Florada) [e se vivo este... Presente. Não posso ser... Este fantasma] neste momento Nestor (o velho... Personagem) de “Os Vetores”... Comenta (estica a conversa que... Escrevo) “o bom da vida é a indagação pelos segredos. O nosso mistério!”, a minha energia... Daflora. Abraça-me de novo. Tento ver... Sentir! Os olhos de... Daesque Cida. Que ressuscita e neste canto... (De lixos) ainda resiste nesta cama de hospital! Depois... Do (acidente...?). Que lhe amputou... A alegria de caminhar, mas não... Do caminhar pelos movimentos... Dos seus olhos. E sem palavras! Daflor... Retira-me deste espaço e... (A solidão já é o início... Desta condição?). E... O que mais acho... No meu saco?

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