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Rita de Cássia Veiga Marriott
RESPONSABILIDADE E
INOVAÇÃO DA PESQUISA
Incluir cidadãos na era digital científica é o maior desafio contemporâneo. Essa nova área “responsabilidade e inovação da pesquisa” ainda tem poucas referências no Brasil, onde está chegando através do projeto Engage (www. engagingscience.eu) numa parceria entre a Open University e a PUCPR com o objetivo de capacitar estudantes e educadores para a coaprendizagem via co-investigação relacionada a dilemas científicos de destaque na sociedade. Para vivenciar o processo elegeu-se o tema “transgênicos”, que já ganhou o espaço universitário através de uma exposição científica na PUCPR no mês de novembro de 2015. Professores, alunos e visitantes conheceram um pouco mais sobre o assunto e foram convidados a interagir gravando vídeos e depoimentos para postar na página da exposição no Facebook (www.facebook.com/prapetecpucpr2015agrobiodiversidade/). “Tudo junto e misturado. É assim que se aprende, fazendo relações entre o conhecimento científico e o nosso cotidiano. E quem aprende tem prazer em compartilhar. Esse é o espírito dessa nova era e o projeto da Open permite que a gente construa essa prática de coaprendizagem e co-investigação”, explica Patrícia Lupion Torres, diretora do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da PUCPR. Em parceria com a outra doutora em Educação, Alexandra Okada, da Open University, elas trouxeram para a universidade o projeto que oferece Recursos Educacionais Abertos (REA) em dez nidiomas. “É uma oportunidade de integrar vários conteúdos e objetivos na escola com as inovações tecnológicas científicas que provocam polêmica e fazem parte da vida das pessoas”, ressalta Alexandra, fazendo um convite a todos os professores para visitar o site,
onde há tutoriais para coaprendizes e guias para professores . Habilidades específicas As atividades propostas visam desenvolver oito habilidades relacionadas a co-investigação: interrogar fontes, examinar consequências, estimar riscos, usar ética, criticar afirmações, justificar opiniões, analisar evidências e comunicar ideias. Passo-a-passo A abordagem de formação de educadores para “responsabilidade e inovação da pesquisa tem três etapas: uso de REA, adaptação da prática pedagógica e transformação do ensino aprendizagem. O uso de REA propõe atividades para serem desenvolvidas nas aulas de 45 minutos. É um guia para o professor usar os recursos para ajudar os alunos a aplicar os conhecimentos já existentes em questões ético-sócio-científicas para formação de opiniões baseadas em evidências. É um material versátil, com links multimídia e games. A sequencia dessas aulas é a adaptação da prática pedagógica, onde as aulas passam a ser de “solução baseada em problemas com conversação”. Nesse segundo momento o professor tem um roteiro para estimular o debate e novas ferramentas virtuais para guiar o debate em sala. O terceiro momento é a consolidação dessas práticas em sala transformando o ensino aprendizagem num momento de construção de conhecimento por projetos baseados em cenários com co-avaliação de performance. Nessa fase os estudantes são estimulados a entrar em contato com cientistas e especialistas para enriquecer seus pontos de vista que são trazidos para a sala de aula em forma de reportagens científicas, vídeos, podcast ou slides.
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PRAPETEC
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS SUMÁRIO
Neste material vamos discutir sobre os recursos educacionais abertos. Abordaremos os seguintes itens: • O que são recursos educacionais? • A importância dos recursos educacionais na educação • Exemplos de recursos educacionais • A problemática atual dos recursos educacionais • Recursos Educacionais Abertos (REAs) • O que é aberto? • As 5 liberdades dos REAs • Formas de licenciamento • Creative Commons (CC) • Licenças CC • CC e REA • Quais licenças CC usar para REA? • Como encontrar REA?
O que são Recursos Educacionais? Segunda Isotani et al. (2009), “Recursos educacionais são as ferramentas disponíveis no ambiente para criar, armazenar e organizar o conteúdo educacional.”
IMPORTÂNCIA DOS Recursos educacionais NA EDUCAÇÃO Segundo Suzano (1994), Recursos educacionais são artefatos fundamentais na mediação na relação ensino-aprendizagem, como no processo de interação entre professores, professoras, alunos, alunas, e o conhecimento educacional.
Exemplos de Recursos Educacionais • Objetos de aprendizagem (textos, exercícios, cursos, atividades, etc) • Livros e Livros digitais (eBooks) • Apostilas • Textos • Vídeos • Exercícios • Aplicativos e Sites • Entre outros...
Problemática atual dos Recursos Educacionais Segundo Silveira (2012), existem diversas questões associadas a produção, uso e distribuição de Recursos Educacionais. Uma delas é contradição entre a sociedade e que precisa disseminar informações e conhecimentos, utilizando recursos educacionais para este fim, e a proteção de direitos da autoria e de propriedade intelectual destes recursos, que tem por base a restrição no compartilhamento e formas de uso. Uma resposta a esta problemática tem sido desenvolvida pelo debate em torno dos Recursos Educacionais Abertos.
Recursos Educacionais Abertos (REA) Segundo rea.net.br (2012), “Termo REA é uma forma abreviada de se referir aos Recursos Educacionais Abertos, que são “materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, fixados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros.” Em inglês, o termo utilizado é Open Educational Resources (OER).
O Que é aberto? Segundo a UNESCO (2001), Um Recurso Educacional é aberto quando pode ser utilizados ou adaptados por terceiros, por estarem em domínio público ou distribuídos com licenças abertas. A UNESCO também recomenda que, no caso de recursos em plataformas digitais, estes sejam criados com formatos técnicos abertos, facilitando esta utilização e adaptação por terceiros.
EXEMPLOS DE REA • • • • • • • • • • • • • •
Cursos completos ou partes de cursos Módulos Livros didáticos Artigos de pesquisa Vídeos Software Livros digitais (eBooks) Apostilas Textos Exercícios e Testes Objetos de Aprendizagem Aplicativos e programas Sites Entre outros...
5 Liberdades dos REA • Usar (Review): liberdade de usar o original, ou a nova versão por você criada com base num outro REA, em uma variedade de contextos; • Aprimorar (Reuse): liberdade de adaptar e melhorar os REA para que melhor se adequem às suas necessidades; • Recombinar (Remix): liberdade de combinar e fazer misturas e colagens de REA com outros REA para a produção de novos materiais; • Distribuir (Redistribute): liberdade de fazer cópias e compartilhar o REA original e a versão por você criada com outros. • Guardar (Retain): liberdade de guardar a cópia do REA original.
FORMAS de
LICENCIAMENTO Copyright denominações empregadas em referência ao rol de direitos dos autores sobre suas obras intelectuais.
Copyleft são programas e outros tipos de mateirais
livres para uso e remix, cujos trabalhos derivados também devem ser livres.
Creative Commons são licenças que atuam lado
a lado com o copyright e permitem que uma pessoa modifique seus termos de copyright.
Domínio público é o conjunto de obras culturais, de tecnologia ou de informação de livre uso comercial.
Creative commons (CC) Creative Commons
é uma organização não governamental que possibilita o compartilhamento e uso da criatividade e conhecimento por ferramentas legais livres.
Licenças Creative Commons permitem que você facil-
mente mude os termos de copyright do padrão de todos os direitos reservados para alguns direitos reservados.
Licenças creative Commons
Atribuição (BY)
Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença (BY-SA) Atribuição - Não a Obras Derivadas (BY-ND) Atribuição - Uso Não-Comercial (BYNC) Atribuição - Uso Não Comercial e Compartilhamento pela mesma Licença (BY-NC-SA) Atribuição - Uso Não Comercial e Não a Obras Derivadas (BY-NC-ND)
Creative commons e RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS Segundo REA.net.br (2012), ”Recursos educacionais licenciados usando uma licença Creative Commons com a restrição ND não são REA.”
QUAIS Licenças CREATIVE COMMONS USAR PARA Atribuição (BY)
Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença (BY-SA)
Atribuição - Não a Obras Derivadas (BY-ND) Atribuição - Uso Não-Comer cial (BY-NC)
Atribuição - Uso Não Comercial - Compartilhamento pela mesma Licença (BY-NC-SA) Atribuição - Uso Não Comercial - Não a Obras Derivadas (BY-NC-ND)
QUAIS Licenças CREATIVE COMMONS USAR PARA Atribuição (BY)
Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença (BY-SA) Atribuição - Não a Obras Derivadas (BY-ND) Atribuição - Uso Não-Comercial (BY-NC)
Atribuição - Uso Não Comercial Compartilhamento pela mesma Licença (BY-NC-SA) Atribuição - Uso Não Comercial - Não a Obras Derivadas (BY-NCND)
COMO ENCONTRAR REA? Existem diversos sites que oferecem sistemas de busca, acervos e repositórios de REA, exemplos: • Wikimedia Commons:
http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_Page • Busca do Creative Common:
http://search.creativecommons.org/?lang=pt • Pesquisa de imagens avançada do Google:
https://encrypted.google.com/advanced_image_ search?hl=pt-BR
REFERÊNCIAS ISOTANI, Seiji; BITTENCOURT, Ig; COSTA, Evandro; MIZOGUCHI, Riichiro. Estado da arte em web semântica e web 2.0: potencialidades e tendências da nova geração de ambientes de ensino na internet. 2009. Disponível em: http://ceie-sbc. educacao.ws/pub/index.php/rbie/article/viewFile/4/4 SUANNO, Marilza. Novas Tecnologias de informação e comunicação: reflexão a partir da teoria Vygotskyana. 1994. Disponível em: http://www2.ucg.br/flash/ artigos/041126todorov.html SILVEIRA, Sergio. Formatos abertos. In: Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas. 2012. Disponível em: http://www.livrorea. net.br/livro/livroREA-1edicao-mai2012.pdf Perguntas frequentes. Rea.net.br http://www.rea.net.br/site/perguntas-frequentes/#a2 Unesco/Commonwealth of Learning com colaboração da Comunidade REA-Brasil. 2011. CreativeCommons.org Disponível em: http://creativecommons.org/about e https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/ Okada, A., Mikroyannidis, A., Meister, I., Little, S. Capítulo 01. Coaprendizagem através de REA e Mídias Sociais. In: Alexandra Okada (org.) Recursos Educacionais Abertos e Redes Sociais: coaprendizagem e desenvolvimento profissional. Milton Keynes: KMI. Disponível em http://oer.kmi.open.ac.uk/ Data de acesso 20.04.2014 Santana, Bianca, Rossini, Carolina, e Pretto, Nelson. REA – práticas colaborativas e políticas públicas, 2012. Disponível em http://www.livrorea.net.br/livro/livroREA-1edicao-mai2012.pdf Data de acesso 20.04.2014. Santos, Andreia. Recursos Educacionais Abertos: Novas Perspectivas para a Inclusão Educacional Superior via EAD. In: Andreia Inamorato dos Santos (org) Perspectivas Internacionais em Ensino e Aprendizagem Online - debates, tendências e experiências, São Paulo: Editora Libra Três, 2006. Disponível em http://cnx.org/ content/m43431/latest/ Data de acesso 20.04.2014.
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Edmea Santos
PING-PONG SOBRE
REA
Pedagoga pela UCSAL, mestre e doutorada em Educação pela UFBA. Professora da Faculdade de Educação da UERJ. Atua no PROPED - Programa de Pós-Graduação em Educação. Líder do GPDOC - Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura. Membro do Laboratório de Imagem da UERJ. Membro do GT 16 "Educação e Comunicação" da ANPED e da ABCIBER - Associação de Pesquisadores em Cibercultura. Atua na formação inicial e continuada de professores e pesquisadores. Áreas de atuação: educação e cibercultura, formação de professores e pesquisadores, informática na educação, educação online, EAD, currículo, didática, pesquisa e práticas pedagógicas. Informações coletadas do Lattes em 10/07/2015
Que relação você estabelece entre Educação Aberta e Ensino a Distância?
sibilidade de aprender como eu quiser e com as pessoas que eu encontrar com o mesmo interesse. Já um projeto mais clássico de educação a distância tem desenho didático mais direcionado, onde o professor diz o que deve ser estudado e As REAs estão sempre relacionadas à como. Às vezes isso acontece com intereducação aberta, à filosofia da abertura. atividade e colaboração - quando você Na verdade, educação aberta está semtem na sala de aula o mediador - as vezes pre associada a educação a distância, é só a instrução, sem o professor-mediprincipalmente na literatura e nas prátiador. Então a educação aberta seria uma cas associadas à educação a distância. modalidade de educação a distância mais Sendo que é um design, um currículo, um flexível. E os Recursos Educacionais Abermodelo diferente da educação a distância tos seriam os conteúdos ou situações que tradicional. podem ser reutilizados, remixados nessa modalidade de ensino a distância. Mas Educação aberta é a distancia, obviaeu prefiro tratar os REAs de outra forma. mente, porque os sujeitos estão geNem gosto da palavra recurso. ograficamente dispersos. Os sujeitos da comunicação e do processo ensino-aprendizagem não compartilham o Por que não gosta da palavra mesmo espaço-tempo, mesmo que esse Recurso... tempo muitas vezes seja assíncrono*. Mas a ideia da educação aberta é criar um desenho didático, uma ambiência, onde os conteúdos e as situações de aprendizagem estão disponíveis e as pessoas, individualmente, na interação com esses conteúdos (que podem ser um remix, uma bricolagem de conteúdos e situações de aprendizagem) vão desenvolver seus próprios processos de ensino-aprendizagem a partir dos seus repertórios e desejos ou interesses.
A gente costuma usar a nomenclatura muito mais para dialogar com a literatura clássica sobre o tema. É que se a gente entende a cultura digital como a cultura contemporânea, onde o s sujeitos da comunicação interagem na interface cidade-ciberespaço*, porque não há dicotomia entre espaço digital e espaço presencial. Cultura digital não é a cultura do ciberespaço, sendo o ciberespaço um outro mundo. É na verdade a cultura contemporânea onte interagimos num entre-espaços.
Você relaciona Recursos Educacio- Hoje com os dispositivos móveis você nais Abertos (REAs) a uma prática aprende andando - acessa um áudio guia, fala por Skype (como foi feita essa enautodidata?
trevista), ouve livros no caminho, acessa uma rede sem fio em qualquer lugar então a cibercultura só existe porque há o acesso a internet, ou a liberação do polo da emissão, como diz o André Lemos* , e também essa possibilidade de você estar em conexão. Então a gente entende que tudo que se produz em rede de forma colaborativa, sem a preocupação clássica com a autoria é um REA.
Não necessariamente. Principalmente porque com a Internet você não aprende mais sozinho, você mesmo toma a iniciativa de criar grupos, faz parcerias e vai ao encontro das pessoas. Por exemplo: eu entro num curso de uma open univesity e vou encontrar lá conteúdos em forma de livros, textos, áudios, vídeos mas também meios de interagir sendo que eu posso tomar a iniciativa de propor fóruns, chats. Então Educação Aberta é mais que Que análise você faz do uso das educação a distância no sentido da poslicenças autorais para REAS?
Eu nunca me preocupei em registrar nada meu ou de dizer em algum lugar que as pessoas podem reutilizar. Direito autoral nunca foi uma preocupação pra mim. E falo isso para minha orientanda que pesquisa REA. Estou há 20 anos na cibercultura, produzindo conteúdo, desenho didático e tenho um site onde disponibilizo tudo isso. Então é obvio que as pessoas podem dispor desse conteúdo. Mas não podem usar sem citar, ou assinar algo que eu fiz, mas essa é uma ética para além da cibercultura. Quem vive o espaço online sabe que o saber é construído colaborativamente. É interessante usar licenças, mas se você não o fizer isso também é válido e lógico na sociedade contemporânea. Quem vive a cibercultura conhece as possibilidades de uso e remix. Por isso eu prefiro tratar o REA como fenômeno da cibecultura, que no Brasil começa a partir de 1995 que é quando a Internet passa a ser habitada pelos humanos. Levy* explica bem isso: “internet é infraestrutura. Quando os humanos partilham experiências, deixando seus rastros, isso se materializa em cultura, criando a cibercultura”. Hoje, podendo acessar a internet de qualquer espaço a gente trabalha cibercultura na interface com a cidade. Porque não há mais restrição de uso. O sinal móvel deu independência à interatividade, mas essa sempre foi possível. Na época da web 1.0, nos anos 2000, a gente interagia com os alunos marcando hora com alunos um horário de chat, criava fóruns de discussão. Ou seja já existia ambiente virtual na web1.0: era site com link para discussão. Depois do Teleduc e do Moodle, que são os AVAs* mais usados no Brasil, isso deixou de ser usado porque as interfaces de comunicação e conteúdo foram aprimoradas. Qual a expectativa para um futuro próximo? A tendência atual é a de antigamente. É você bricolar o que tem. Você tem o moo-
dle, mas não dá pra deixar de bricolar com o Facebook, porque essa é a cultura atual, das redes sociais. É na rede social que o aluno e se eu não estou onde o aluno está a coisa não acontece hoje em dia. Então hoje a gente tende a hibridizar e a fazer convergência de mídia e é assim que a gente produz conteúdo. E isso é REA entende? Por isso eu não acredito que REAs são a evolução do EAD, como um tipo de EAD. Meus primeiros trabalhos já trazem a educação online como fenômeno da cibercultura. Essa é minha tese desde o início dos meus estudos. E eu entendo educação online como um processo de ensino-aprendizagem mediado pelo digital em rede, que tanto pode ser formal ou não.
Como é que o professor deve se preparar para esse futuro de interatividade e bricolagem de conteúdos que a cibercultura apresenta? Cibercultura se faz. Se o professor é praticante e vive a Internet sabe que pode produzir conteúdo contando com a ajuda de outros usuários. No Brasil já foram feitas várias iniciativas formais de levar a tecnologia para a escola, mas eu acho que falta ênfase na autoria desse material. As iniciativas governamentais são muito mais para instrumentalizar o professor e fazer dele um distribuidor de conteúdo que já vem pronto do que incentivá-lo a produzir. Esse é o grade desafio: incentivar o professor a produzir seu próprio conteúdo, mesclando com o que já existe mas dando a sua participação na coautoria do material que ele depois vai usar com os alunos. E isso não se ensina em curso. Claro que o curso de formação ajuda e temos ótimos cursos de especialização do uso da tecnologia na educação – isso desde os anos 1980 -, mas eu diria que o professor tem que viver mais a cibercultura, tem que usar a rede social, experimentar escrever num blog. Antes de procurar um curso de facebook para educação, vai “facebukar”.
Assíncrono Que não ocorre ou não se efetiva ao mesmo tempo.
Ciberespaço espaço existente no mundo de comunicação em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais. É o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia.
André Lemos André Lemos (http://andrelemos.info) é engenheiro (1984), Mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela COPPE/UFRJ (1991) e Doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris V, Sorbonne (1995). Foi Visiting Scholar nas Universidades McGill e Aberta, ambas no Canadá (2007-2008) com bolsa de pós-doutorado pelo CNPq. É atualmente Professor Titular do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBA. Pesquisador “1 A” do CNPq, membro titular do Comitê Assessor do CNPQ para a área de comunicação (2009-2012) e Coordenador Geral do Comitê Assessor para as áreas de Comunicação, Ciências da Informação, Museologia e Artes do CNPq (2011-2012). André lemos foi Presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação - COMPÓS (2001-2003), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da FACOM/UFBA (1999-2001) e Chefe do Departamento de Comunicação (FACOM/UFBA). Foi editor da Revista Textos de Comunicação e Cultura (atual Contemporanea) em 1997. Foi professor visitante em várias universidades brasileiras e estrangeiras. Atualmente coordena um projeto de pesquisa no CNPq e um grupo cadastrado, o Lab404 - Laboratório de Pesquisa em Mídia Digital, Redes e Espaço (http://gpc.andrelemos.info/blog). Membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCIBER). André Lemos atua na área de comunicação e sociologia, com ênfase em cultura digital ou cibercultura. Tem 13 livros publicados/organizados e dezenas de artigos em revistas de qualidade nas áreas de comunicação e sociologia, nacionais e internacionais. Formou, até dezembro de 2011, 18 mestres, 7 doutores e 1 pós-doutor. Membro de diversas comissões científicas de revistas nacionais e internacionais, particularmente das revistas Sociétés (França), Teknokultura (Espanha), Canadian Journal of Communication, Space and Culture e Wi. Journal of Mobile Media, Canadá, entre outras. É membro do conselho consultivo internacional para a área de Digital Communities do Prix Ars Electronica (Linz, Austria) . Fez parte de diversas comissões nacional e internacionais como “Best of Blogs”, Deutsche Welle (Bonn, Alemanha), Funarte, Petrobrás, Memefest, Prêmio Sérgio Mota, entre outros. (Texto informado pelo autor na Plataforma Lattes)
Levy - Pierre Lévy é um filósofo francês da cultura virtual contemporânea. Vive em Paris e leciona no Departamento de Hipermídiada Universidade de Paris-VIII. Foi incentivado e treinado por Michel Serres e Cornelius Castoriadis a ser um pesquisador. Especializou-se em abordagens hipertextuais quando lecionou na Universidade de Ottawa, no Canadá. Após sua graduação, preocupou-se em analisar e explicar as interações entre Internet e Sociedade. Desenvolveu um conceito de rede, juntamente com Michel Authier, conhecido como Arbres de connaissances (Árvores do Conhecimento). Lévy também pesquisa a inteligência coletiva focando em um contexto antropológico, e é um dos principais filósofos da mídia atualmente. Suas pesquisas se concentram principalmente na área da cibernética. Com isso, tornou-se um dos maiores estudiosos sobre a Internet, que por ser uma mídia informativa recente, não possui dimensões de repercussão e aplicação bem definidas.
AVAS é a sigla de Ambiente Virtual de Aprendizagem, ou seja, a Sala de Aula Online desenvolvida exclusivamente para cada curso. Este ambiente contém as interfaces e ferramentas necessárias para o processo de Educação a Distância.
Lista de artigos SANTOS, Edméa. O. WEBER, Aline. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua no currículo da disciplina didática. Revista Diálogo Educacional (PUCPR), v. 13, p. 285-303, 2013. Link para acesso http://www2.pucpr.br/reol/index.php/dialogo?dd1=7646&dd99=view SANTOS, Edméa. O. Weber, Aline . A criação de atos de currículo no contexto de espaços intersticiais. TECCOGS: Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, v. 7, p. 41-60, 2013. Link para acesso: http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/edicao_7/artigo.html SANTOS, Edméa. O. Pesquisando com a mobilidade ubíqua em redes sociais da internet: um case com o Twitter. ComCiência (UNICAMP), v. 1, p. 1-8, 2012. Link para acesso: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=74&id=932 SANTOS, Edméa. O. SANTOS, Rosemary. Cibercultura: redes educativas e práticas cotidianas. Pesquiseduca, v. 4, p. 1-183, 2012. Link para acesso: http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/view/226 SANTOS, Edméa. O. SANTOS, Rosemary. Professores em Formação em Busca dos Sentidos Contemporâneos. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, v. 20, p. 171-184, 2012. Link para acesso aqui SANTOS, Edméa. O. MIDLEJ, Maristel. Como avaliar a aprendizagem online? Notas para inspirar o desenho didático na educação online. Educação em Foco (Juiz de Fora), v. 17, p. 1-20, 2012. Link para acesso: < http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2013/05/artigo-5.pdf > SANTOS, Edméa. O. COLACIQUE, Rachel. Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue. Teias (Rio de Janeiro. Impresso), v. 13, p. 144-166, 2012. Link para acesso: < http://www.periodicos.proped.pro.br/index.php/revistateias/issue/view/60 > SANTOS, Edméa. O. ; SANTOS, Rosemary. . A tessitura do conhecimento via mídias e redes sociais da internet: notas de uma pesquisa-formação multirreferencial em um Curso de Especialização. Educação em Foco (Juiz de Fora), v. 17, p. 7-20, 2012. Link para acesso: aqui SANTOS, Edméa. O. Weber, Aline ; ; SANTOS, R. . Caiu na rede é peixe: o currículo nas redes sociais da internet. Conhecimento & Diversidade, v. 8, p. 56-75, 2012. Link para acesso: aqui SANTOS, Edméa. O. ; ROSSINI, Tatiana . A realidade virtual na Educação Online: novas possibilidades de expressão e comunicação. Tecnologia Educacional, v. 31, p. 59-75, 2011. Link para acesso: < http://www.abt-br.org.br/images/rte/194.pdf > SANTOS, Edméa. O. Desafios da cibercultura na era da mobilidade: os docentes e seus laptops. Educação e Cultura Contemporânea, v. 7, p. 27-42, 2010. Link para acesso: aqui SANTOS, Edméa. O. ; SILVA, Marco . Desenho didático para educação online. Em Aberto, v. 22, p. 105-120, 2009. Link para acesso: < http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/1437/1172 > SANTOS, Edméa. O. ; SILVA, Marco . O desenho didático interativo na educação online. Revista Iberoamericana de Educación (Online), v. 49, p. 267-287, 2009. Link para acesso: aqui SANTOS, Edméa. O. ; SILVA, Marco . Conteúdos de aprendizagem na educação on-line:
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Daniela Malare
PING-PONG 2 SOBRE
Estilos de Educação
A influências das TIC no processo ensino aprendizagem e a importância dos REA para a educação contemporânea.
“El aprendizaje desafía la historia de la humanidad. A partir de esta perspectiva se torna fundamental el educador conocer sus Estilos de Aprendizaje, para que pueda mediar la construcción de los saberes de sus educandos.” A declaração está num dos primeiros capítulos do livro sobre estilos de aprendizagem (https://docs. google.com/file/d/0B-5eZJosO_E1bF93YzdsdU0tTlk/edit?pli=1) de Daniela Melaré. A professora ítalo- brasileira é uma expert no assunto. E seu currículo não deixa dúvidas. Pedagoga, com especializações em Desenho Instrucional, Administração em Educação a Distância, mestrado em Engenharia das Midias para a Educação ( Erasmus Mundus- Portugal, Espanha e França) e em Educação (UNESP- BRASIL) é também doutora em Educação pela UNESP e UNED (Madrid), mas não parou aí. Fez também pós-doutorados na UNICAMP e a UNED. Tudo isso a credenciou a ser colaboradora da Open University no Projeto COLEARN, editora da revista “Estilos de Aprendizaje”. Funções que ela exerce junto com a docência na Universidade Aberta de Portugal. Mesmo atarefada ela arranjou tempo para conversar com a gente por email e contribuir com a revista.
1- Podemos começar falando dos desafios contemporâneos? “A aprendizagem desafia a história da humanidade”, frase que abre um dos seus livros sobre estilos de aprendizagem, é ao mesmo tempo motivadora (uma vez que nos convida a pensar sobre o processo de aprendizagem vinculado ao momento histórico), mas também emblemática (nos avisa do tamanho do problema que estamos prestes a encarar). É assim que você concebe a aprendizagem contemporânea: como um embate entre os estilos retórico (tradicional/analógico) e o participativo (virtual/ tecnológico)? É um tema bastante instigante e reflexivo. Sim a pergunta que colocas é uma pergunta pertinente e realmente resume fatos importantes, mas eu concebo a aprendizagem contemporânea para além do embate, já passou esta fase, e está agora em um processo de adaptação, fusão e correlação entre o síncrono e o assíncrono. Essas duas palavrinhas, o síncrono engloba os aspectos da aprendizagem presencial e os elementos influenciadores da tecnologia; já o assíncrono da aprendizagem a distância e os elementos influenciadores do virtual. Portanto, o desafio está em saber lidar com este processo para a aprendizagem das pessoas na sociedade contemporânea. 2- Você acha que ainda há espaço para metodologias tradicionais nas escolas contemporâneas? Sim, o que não há espaço é o não uso das tecnologias nestas metodologias. A metodologia em si é uma questão de preferência e de tendências, mas independente disso as tecnologias devem estar nestes processos, é impossível pensar os processos educativos hoje sem as TIC (Teconologias de Informação e Comunicação). 3- Qual seria o estilo mais apropriado para garantir a participação e o aprendizado dos estudantes nos dias de hoje?
Não existe um estilo mais apropriado do que outro, mas sim o desenvolvimento dos estilos que não estão mais fortemente presentes no indivíduo. Todos os estilos tem os seus potenciais e todo os indivíduos devem ter experiências na aprendizagem que possibilitem desenvolver todos os estilos. O tema dos estilos de aprendizagem está presente em vários contextos e é um tema essencial para o uso das TIC na educação e para o desenvolvimento de competências no indivíduo. Facilita estratégias pedagógicas e a forma como disponibilizar conteúdos. Quando falamos em conteúdos abertos reutilizáveis como os REA ( Recursos Educacionais Abertos), podemos customizar os conteúdos de várias formas através de estratégias que contemplam os estilos de aprendizagem facilitando assim uma experiência ao indivíduo que amplie suas capacidades de aprendizagem. Isso é o mais importante da teoria de estilos de aprendizagem: entender que as pessoas aprendem de formas diferentes e que podem potencializar a sua forma de aprender. Com as TIC isso é mais fácil. Os recursos abertos disponibilizam assim a flexibilidade dos conteúdos, a acessibilidade e a capacidade de reutilização que os diferentes estilos de aprendizagem necessitam. 4- É possível relacionar a convergência das mídias e a educação contemporânea com índices de aprendizagem e retenção de alunos nas escolas? Sim é possível, mas não é justificável, o aumento de uso de mídias não significa a melhoria no aprendizado ou a não evasão. Estamos em um processo de adaptação e convergência como expliquei anteriormente, isso significa que escola e profissionais da educação ainda estão neste processo e não tem muito claro e definido como utilizar as TIC para o ensino e aprendizagem e isso proporciona ainda muitas dificuldades e resultados não satisfatórios.
5- Por fim gostaria de falar do papel do professor. Como estimular o professor a repensar sua prática, objetivando o aprendizado dos alunos? O docente tem sempre o desafio da atualização e das inovações das tecnologias. É um desafio constante. Acredito que o docente não sabe exatamente o que significa repensar a sua prática, acha que tem que mudar tudo o que faz e como faz, não é isso, o repensar é introduzir inovação no processo, acredito que é necessário ensinar o docente isso, o significado de repensar sua prática. 6- E que conselho você daria para esse professor, que na maioria das vezes é autodiadata e pouco estimulado a inovar? Existe um curso que poderia ajudar na sua formação continuada, livros relevantes, ou grupos de estudo além dos acadêmicos tradicionais? O conselho é inovar com o que tem, mas não deixar de utilizar as TIC integrá-la na mente e na vida cotidiana para depois inserí-la na forma pedagógica de desenvolver o trabalho docente. Deve também considerar que as tecnologias não são somente um recurso, mas são uma mudança de paradigma para ensinar e aprender.
LINKS Baixe o livro da Daniela sobre estilos de aprendizagem no link https://docs.google.com/file/d/0B-5eZJosO_E1bF93YzdsdU0tTlk/edit?pli=1 Daniela Melaré Vieira Barros https://sites.google.com/site/estilosetecnologias/home Universidade Aberta http://www.uab.pt/
Outras publicações de Daniela Malaré: Estilos de aprendizagem e o uso das tecnologias. De facto editores: Santo Tirso (2013). Tutoria e docência na educação a distância. UNESP-E-book (2011). Guia Didático sobre Tecnologias da Comunicação e Informação para o trabalho educativo na formação docente. Vieira e Lent (2009). Moodle: estratégias Pedagógicas e Estudo de Caso. Eduneb (2009). Disponível também online em: http://livromoodle.blogspot.com/ Tecnologias da Inteligência: gestão da competência pedagógica virtual. Popular (2007). Educação a Distância e o Universo do Trabalho. EDUSC (2003). Educação e Jovens e Adultos na sociedade da informação e do conhecimento: tecnologias e inovação. Corações e Mentes (2004).
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Rita de Cássia Veiga Marriott
RESPONSABILIDADE E
INOVAÇÃO DA PESQUISA
Incluir cidadãos na era digital científica é o maior desafio contemporâneo. Essa nova área “responsabilidade e inovação da pesquisa” ainda tem poucas referências no Brasil, onde está chegando através do projeto Engage (www. engagingscience.eu) numa parceria entre a Open University e a PUCPR com o objetivo de capacitar estudantes e educadores para a coaprendizagem via co-investigação relacionada a dilemas científicos de destaque na sociedade. Para vivenciar o processo elegeu-se o tema “transgênicos”, que já ganhou o espaço universitário através de uma exposição científica na PUCPR no mês de novembro de 2015. Professores, alunos e visitantes conheceram um pouco mais sobre o assunto e foram convidados a interagir gravando vídeos e depoimentos para postar na página da exposição no Facebook (www.facebook.com/prapetecpucpr2015agrobiodiversidade/). “Tudo junto e misturado. É assim que se aprende, fazendo relações entre o conhecimento científico e o nosso cotidiano. E quem aprende tem prazer em compartilhar. Esse é o espírito dessa nova era e o projeto da Open permite que a gente construa essa prática de coaprendizagem e co-investigação”, explica Patrícia Lupion Torres, diretora do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da PUCPR. Em parceria com a outra doutora em Educação, Alexandra Okada, da Open University, elas trouxeram para a universidade o projeto que oferece Recursos Educacionais Abertos (REA) em dez nidiomas. “É uma oportunidade de integrar vários conteúdos e objetivos na escola com as inovações tecnológicas científicas que provocam polêmica e fazem parte da vida das pessoas”, ressalta Alexandra, fazendo um convite a todos os professores para visitar o site,
onde há tutoriais para coaprendizes e guias para professores . Habilidades específicas As atividades propostas visam desenvolver oito habilidades relacionadas a co-investigação: interrogar fontes, examinar consequências, estimar riscos, usar ética, criticar afirmações, justificar opiniões, analisar evidências e comunicar ideias. Passo-a-passo A abordagem de formação de educadores para “responsabilidade e inovação da pesquisa tem três etapas: uso de REA, adaptação da prática pedagógica e transformação do ensino aprendizagem. O uso de REA propõe atividades para serem desenvolvidas nas aulas de 45 minutos. É um guia para o professor usar os recursos para ajudar os alunos a aplicar os conhecimentos já existentes em questões ético-sócio-científicas para formação de opiniões baseadas em evidências. É um material versátil, com links multimídia e games. A sequencia dessas aulas é a adaptação da prática pedagógica, onde as aulas passam a ser de “solução baseada em problemas com conversação”. Nesse segundo momento o professor tem um roteiro para estimular o debate e novas ferramentas virtuais para guiar o debate em sala. O terceiro momento é a consolidação dessas práticas em sala transformando o ensino aprendizagem num momento de construção de conhecimento por projetos baseados em cenários com co-avaliação de performance. Nessa fase os estudantes são estimulados a entrar em contato com cientistas e especialistas para enriquecer seus pontos de vista que são trazidos para a sala de aula em forma de reportagens científicas, vídeos, podcast ou slides.
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Luciane Hilu
COCRIAÇÃO Luciane Hilu: luciane.hilu@pucpr.br http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799480D6&tipo=completo&idiomaExibicao=1 Maíra Amélia Leite Weber: webmaira@gmail.com http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4212707T2&tipo=completo&idiomaExibicao=1 Raquel Pasternak Glitz Kowalski: raquel.pasternak@pucpr.br http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4593243E3&tipo=completo&idiomaExibicao=1 Rita de Cássia Veiga Marriott: ritamarriott@yahoo.co.uk http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785535U8&tipo=completo&idiomaExibicao=1
O aprendizado que nasce da cocriação surge da troca ativa de ideias de um grupo, onde todos interagem e participam da construção de um conhecimento.
De acordo com Torres et al (2010), cocriação é uma produção coletiva de um texto ou mídia, realizada por meio de relações interpessoais maduras entre pares ou grupos de autores em torno de um tema.
Na cocriação, a construção coletiva acontece pela troca constante entre os autores, de maneira que todos contribuam com suas ideias, experiências, estudos, críticas construtivas e avaliações.
Para Torres (2002, p.88), cada membro do grupo pode interagir com qualquer um dos colegas, estabelecendo uma rede de comunicação. Todos nesta produção assumem os papéis de escritor, pesquisador, revisor e crítico. É na gestão do processo de criação coletiva “que os componentes do grupo se organizam, repartem papéis, discutem ideias e posições, interagem entre si, definem sub-tarefas, tudo isso, dentro de uma proposta elaborada, definida e negociada coletivamente” (TORRES, 2002, p.75).
O conhecimento é construído no social, por meio de trocas e interações. Na cocriação a aprendizagem é ativa e se dá quando há estímulos de todos os componentes de um grupo, discussões e resolução de problemas. A cocriação é baseada na colaboração, pois a colaboração entre os pares permite a cocriação. A colaboração proporciona uma cocriação coerente e única do grupo, por meio de um compartilhamento de ideias e trocas de experiências (TORRES, ET AL, 2012).
Práticas de interação e colaboração É através das práticas de interação e colaboração [...] que a aprendizagem resulta num processo dinâmico de envolvimento, partilha e construção conjunta do novo conhecimento realizado pelos membros da comunidade (Dias, 2001, p. 01)
Um dos exemplos mais promissores de cocriação é a rede colaborativa de criação de conteúdos Wikipédia, pois é escrita e editada por diversas pessoas ao redor do mundo.
Todo processo de cocriação, depende de processos maduros de inter-relações pessoais, que respeitem e valorizem as competências, habilidades e contribuições individuais de cada membro do grupo (TORRES, ET AL, 2012).
Sugestões para leitura DIAS, P. (2001). Comunidades de Conhecimento e Aprendizagem Colaborativa. In: Seminário Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação. Lisboa, 22 e 23 de Julho de 2001. KENSKI, V.; GOZZI, M.; JORDÃO, T.(2012). A experiência de ensinar e aprender em ambientes virtuais abertos. In: Okada, A. (Ed.) (2012) Open Educational Resources and Social Networks: Co-Learning and Professional Development. London: Scholio Educational Research & Publishing. TORRES, P. L. (2002). Laboratório On line de
Aprendizagem: uma proposta crítica de aprendizagem colaborativa para a educação. (Doctoral dissertation), Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Brazil.
TORRES, Patrícia Lupion. [et al]. (2012). Construção coletiva
do conhecimento: desafios da cocriação no paradigma da complexidade. In: Okada, A. (Ed.) (2012). Open Educational
Resources and Social Networks: CoLearning and Professional Development. London: Scholio Educational Research & Publishing.
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Luciane Hilu
COAPRENDIZAGEM
Luciane.hilu@pucpr.br http://lattes.cnpq.br/1004978469682361
O que é coaprendizagem?
S
egundo Kenski, Gozzi, Jordão (2012)
“Desenvolver atividades colaborativas em ambientes virtuais de aprendizagem pressupõe a participação de todas as pessoas envolvidas no processo. Alunos e professores se articulam permanentemente e se tornam atores ativos na medida em que compartilham suas experiências, pesquisas e descobertas.”
Coaprendizagem deriva da
COLABORAÇÃO O termo coaprendizagem foi inicialmente definido em 1996 por Frank Smith no livro “Joining the Literacy Club“. Este conceito foi descrito para enfatizar a importância de mudar ambos os papéis: • de professores (distribuidores de conhecimento)o e de estudantes (recipientes de conteúdos) para ‘coaprendizes’, ou seja, parceiros no processo colaborativo de aprendizagem, na construção de significados, compreensão e na criação de conhecimento em conjunto. (Okada, 2012)
Foca na mudança de papeis: são agora PARCEIROS
Praticas Educacionais A coaprendizagem deriva da aplicação de práticas e formas de aprender visando autonomia, co-autoria e socialização. Algumas práticas educacionais que a coaprendizagem reconhece: • aprendizes como agentes transformadores; • a natureza emergente e colaborativa da aprendizagem; • metametodologias no processo do design educacional; • metacurrÍculo como currículo vivo, flexível, aberto a mudanças; • conhecimento compartilhado e aplicado em situações vivas e contextos reais. A coaprendizagem proporciona oportunidades para: • construção coletiva • abertura para interação social • suporte para uso de novas tecnologias • software aberto • ações que possam guiar os aprendizes no processo de produções colaborativas visando acesso e conhecimento aberto (Okada, 2011)
Coaprendizes Parta que a coaprendizagem aconteça, temos que encarar os participantes do processo com coaprendizes. Coaprendizes são aprendizes comprometidos com seu próprio processo de aprender, capazes de fazer suas próprias escolhas, ampliar seus contatos, compartilhar reflexões e experiências, obter e avaliar feedback, investigar mais ao seu redor e ir em busca de aprender não só “o quê” e “onde”, mas também, “como” e “com quem”. (Okada, 2011) A construção colaborativa de conhecimento é baseada na participação ativa dos indivíduos – aprendentes – na resolução de problemas e no pensamento crítico relacionado com as atividades de aprendizagem que consideram relevante e desafiante. Assim, os indivíduos constroem o seu conhecimento através do teste de ideias e métodos baseado em conhecimentos e experiências prévias e, posteriormente aplicado a novas situações. Desta forma, o conhecimento recentemente adquirido é integrado com construções intelectuais pré existentes, fazendo progredir simultaneamente o conhecimento de cada um dos indivíduos e do grupo. (Daniela Barros ; Luisa Miranda; Maria de Fátima Goulão; Susana Henriques; Carlos Morais , 2011, p11)
O Que? Onde? Como? Com Quem? Coaprendizes desempenham papéis importantes, tais como:
• cocriação REA, • compartilhamento coletivo de feedbacks e comentários, • co-orquestração de sua produção • socialização em rede do processo de coaprendizagem bem como dos caminhos de aprendizagem colaborativa. Obs: Todos estes papéis ajudam usuários a produzir e disseminar mais REA que podem ser úteis para novos aprendizes. (Okada, 2012)
Coletividades Para a efetivação da coaprendizagem, é necessário a potencialização e a dinamização das coletividades de aprendizagem. “Sua importância está exatamente em saber como aprender de forma colaborativa em rede (Castells, 2001; Pittinsky, 2006) e disso originar uma coaprendizagem [...].“ (Daniela Barros ; Luisa Miranda; Maria de Fátima Goulão; Susana Henriques; Carlos Morais , 2011, p2) Brantmeier (2005) explica a coaprendizagem na interação centrada na aprendizagem colaborativa incluindo a construção de uma verdadeira “comunidade de prática” que conduz ao envolvimento dinâmico e participativo para a construção coletiva do conhecimento. (Okada, 2012) “[...] as pessoas organizam-se em coletividades, numa perspectiva de dar respostas coletivas a projetos, interesses e dificuldades individuais. Ou seja, podemos admitir que a sociedade está orientada por um raciocínio dedutivo, assente na ideia de que resolvendo os problemas do todo (a sociedade), também se conseguem resolver os problemas de cada uma das suas partes (a pessoa).” (Okada, 2011, p2)
Espaços férteis Na coaprendizagem, a participação é realizada de forma colaborativa, possibilitando partilhar por todos o conhecimento, não permitindo a intromissão de agentes demasiado restritivos, autoritários e extremamente reguladores.
Na atualidade temos uma série de recursos que podem ampliar as possibilidades da coaprendizagem. São elas:
Existem terrenos férteis para esta implementar esta proposta, como: • redes sociais, • aplicações colaborativas (nuvem), • ferramentas multimídia (vídeo, infografias, áudio, etc)
Web 2.0: Contribuem para a coaprendizagem, devido a vantagens de criação e troca de conteúdo gerado por usuários, rápido compartilhamento de informações, alta interoperabilidade, design centrado na aprendizagem colaborativa e social em rede.
“Os diversos modos de coaprender, que significam aprender em rede de forma colaborativa, interativa e participativa, revelam-se de forma mais ampla quando aparecem efetivamente no que chamamos de colaboração nos diversos espaços de aprendizagem online. Neste novo ambiente educacional existe uma preocupação mais abrangente, democrática e holística.” (Daniela Barros ; Luisa Miranda; Maria de Fátima Goulão; Susana Henri-
Mídias sociais: propiciam a coaprendizagem aprendizagem aberta e colaborativa.
REA: Enriquece a propicia ampla participação para criar, adaptar e reutilizar.
Coaprendizagem e aprendizagem aberta A aprendizagem aberta via mídias colaborativas tem potencializado as práticas educacionais em uma dimensão mais significativa onde aprendizes são capazes de se guiarem no seu processo de aprendizagem de forma crítica, colaborativa e transformadora. A educação aberta colaborativa online têm propiciado ampla participação, co-autorias, coproduções e coaprendizagens na reutilização reconstrução de REAs. (Okada, 2012) A partir da Web 2.0, caracterizada por tecnologias do conhecimento e de redes sociais com interfaces abertas para colaboração, co-construção, co-autoria, co-parceria, e conhecimento coletivo, novas possibilidades de coaprendizagem puderam ser elaboradas. Para efetivar a quebra da educação focada no instrucionismo inova-se o conceito de aprendizagem eletrônica (elearning) através do conceito co-aprender via web 2.0 (colearn 2.0) A proposta é que os envolvidos passem a atuar como co-autores críticos, expandindo suas redes sociais e integrando aprendizagem, pesquisa e
Colearn 2.0
formação de forma colaborativa. (Okada, 2011) O conceito de Colearn 2.0 tem seu foco na educação aberta colaborativa online com Recursos Educacionais Abertos na web 2.0. Visa o enriquecimento da educação formal e informal via o uso recursos, tecnologias e metodologias para ampliar a inter-autonomia e participação ativa e colaborativa do aprendiz. (Okada, 2011)
Tabela - Coaprendizagem através de REA e Mídias Sociais – Okada (2011) Comunidade Educadores
Estudantes
Autoria
Currículo
Cenários de aprendizagem Conteúdo de aprendizagem Produção de conteúdo
Revisão
Tradicional e-Learning via VLE
Específica, estruturada e com funções pré-definidas
Coaprendizagem via REA e Mídias Sociais Diversa, flexível e com funções colaborativas
Fonte de conhecimento
Mentor colaborativo, orientador de aprendizagem, facilitador para aquisição de conhecimento e competências e-aprendizes Participantes Coaprendizes, participantes reflexivos colaborativos, co-autores, parceiros revisores, gestores de aprendizagem social. Especialistas em suas áreas Diversidade de autores e de conhecimento coautores: profissionais, pesquisadores, educadores e coaprendizes. Pré-definido, materiais pré-es- Processo flexível compartilhatabelecidos pela instituição do pelos usuários através da aprendizagem formal e informal. Globais ou genéricos Baseados em investigação, Aprendizagem autêntica, contexto social e real Formato específico, não Diversidade de formatos abereditável por todos, baixa tos, híbrido, editável e reusávgranularidade el, alta granularidad Sequencial: planejamento – Fluxo: planejamento colabdesenvolvimento – revisão – orativo, criação coletiva, publicação – entrega publicação aberta, ampla disseminação, revisão por pares, reuso e adaptações, aperfeiçoamento contínuo Conduzido por especialistas Comunidades de prática, redes sociais
Qualidade/credibilidade
Institucional
Fontes
Pacotes de aprendizagem
Copyright
Direitos reservados
Feedback coletivo, comentários compartilhados, percursos realizados e caminhos de aprendizagem Repositórios Intercambiáveis e interoperacionais Licenças abertas (exemplo: Creative Commons)
Aprimoramento
Pouca atualização
Tecnologias de aprendizagem
Páginas da web, fórum de Redes sociais, web e micro discussão, formulários, e-port- blogs, wikis, RSS feeders, fólios e testes. Ambientes personalizados, webinars, calendário social, gestão de tarefas coletiva e colaborativa. Mecanismos de busca, calMobile apps, mídias com endário, atividades, portfólio conteúdo rico, RSS feeds, widgets, marcadores sociais, nuvens, redes sociais, ciência analítica. Restrito, limitado, registro e Acesso aberto, ambientes autenticação diversos conectados, usuários decidem sobre o que é publico e privado. Auto orientação Passos de aprendizagem Estruturado por semana ou definidos de forma aberta e por tópicos colaborativa memória do uso e recomendações de outros coaprendizes Revisões compartilhadas e feedbacks de cada usuário Avaliação formal, exames, Auto avaliação, orientação questionários e atividades guiada. Feedback informal, online avaliação baseada em competência, flexibilidade para creditação de REA, sistemas de identificação de avaliação
Serviços de Web
Acesso do aprendiz
Gerenciamento do aprendiz
Avaliação
Atualização frequente, aperfeiçoamento contínuo
Referências bibliográficas BARROS, Daniela; MIRANDA, Luisa; GOULÃO, Maria de Fátima; HENRIQUES, Susana; MORAIS, Carlos. Capítulo 07. Estilos de Coaprendizagem para uma coletividade aberta de pesquisa. Grupo UAb – Educação Universidade Aberta (Lisboa, Portugal). In: OKADA, Alessandra (ed.) (2012). Open Educational Resources and Social Networks: CoLearning and Professional Development. London: Scholio Educational Research & Publishing, 2012. KENSKI, V.; GOZZI, M.; JORDÃO, T.(2012). A experiência de ensinar e aprender em ambientes virtuais abertos. In: Okada, A. (Ed.) (2012) Open Educational Resources and Social Networks: Co-Learning and Professional Development. London: Scholio Educational Research & Publishing. OKADA, Alessandra. Colearn 2.0 – coaprendizagem via comunidades abertas de pesquisa, práticas e recursos educacionais. Revista e-curriculum, São Paulo, v.7 n.1 Abril/2011.