Revista Eduque Dezembro

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Ano IV Número 10

DEZEMBRO 2013

Capa

Vivências: a expectativa para o próximo ano Especial

A importância da música, do Berçário ao Ensino Fundamental


editorial

C e n t r o d e F o r m aç ã o E d u q ue

Escola Eduque e Hospital SírioLibanês: excelências em parceria

É tempo de reflexão A escola que se mantém viva, celebra e comunica o seu trabalho

E

stamos finalizando o ano de 2013, que foi comemorativo e especial! É tempo também de refletir sobre nossas práticas, de fazer um balanço dos resultados. Num movimento circular, planejar, realizar e avaliar, constrói o percurso e permite novos caminhos. Assim foram os 25 anos da Eduque e assim serão os novos anos, com propostas e projetos inovadores e atuais. Uma escola que se mantém viva, busca celebrar e comunicar seu trabalho. Desse modo, queremos compartilhar nossas realizações nesta edição da Revista Eduque em Ação, participando às famílias e demais leitores as vivências educativas que acontecem na escola, funda-

mentadas em estudos e que acima de tudo, garantem uma aprendizagem significativa. Escolhemos comunicar atividades criteriosamente elaboradas e desenvolvidas, fruto do empenho de uma equipe integrada e que se atualiza constantemente. Destaco o imprescindível trabalho com a Música que é feito do Berçário ao 5º ano do Ensino Fundamental. Não é apenas uma questão de exigência legal, é a crença na importância desta área para o desenvolvimento das crianças, que faz com que essa linguagem da Arte esteja em nosso currículo, há muitos anos, trazendo fundamentos e conteúdos específicos ou como co-partícipe dos projetos

das demais áreas, construindo a interdisciplinaridade e a integração. Dois momentos marcantes e compartilhados aqui foram a Eduque Mostra: Arte, com a exposição “Con(tato)”, quando a es-

Planejar, realizar e avaliar, constrói o percurso e permite novos caminhos cola se transformou num espaço de Arte e interação e a Noite Literária, com o projeto “Contos do Mundo”, desenvolvido com os alunos do 1º ano, que resultou num maravilhoso livro. Tivemos outras finalizações de sucesso: o “Varal de Curiosidades”,

Expediente Escola Eduque Diretora Geral e Mantenedora: Lucia Duarte Diretora Pedagógica: Patrícia Cintra Coordenação Pedagógica • Cristiane Kuroba • Guadalupe Boedo • Lucelena Lee • Tatiana Duarte

do Maternal, e “Nossas Canções”, dos pequeninos do Minimaternal. Neste balanço de final de ano, lembramos sempre da importantíssima parceira com as famílias. Recebam nossos sinceros agradecimentos, por dividirem uma parte da tarefa de educar seus filhos, acreditando na proposta pedagógica da Eduque.

Como forma de trocar experiências e contribuir para a formação de educadores, criamos em 2013, o Centro de Formação Eduque, que realizou, em julho, o 1º ciclo de oficinas. Em decorrência da excelência deste trabalho, firmamos uma parceria com o Hospital SírioLibanês. Recebemos a carta abaixo de uma das participantes e compartilhamos aqui seu depoimento que nos encheu de alegria e orgulho.

“P

rezadas Lucia e Patrícia, estive com minha supervisora e colegas de trabalho, em 5 de outubro, na oficina ministrada pela Escola Eduque. Embora já soubesse da qualidade dessa Escola, por questões óbvias, afinal, o Sírio-Libanês não faria parceria com nenhuma empresa

que não tivesse a mesma qualidade da prestação de serviço que o hospital executa, escrevo, pois não poderia deixar de expressar minha satisfação em ter estado nesse inesquecível dia de aprendizado. Mas o que mais me impressionou, além da oficina, foi o espaço físico da Escola Eduque, que

tem uma qualidade do tamanho da experiência de seus 25 anos. O cuidado nos detalhes empregados em cada espaço e as atividades realizadas, como meio ambiente, tecnologia digital, Inglês, educação financeira, contos de fadas, diversidade cultural, yoga, prevenção da obesidade infantil, entre

outras ações, me mostraram muita excelência na qualidade da educação prestada aos seus alunos e alunas. Não somente parabenizo, mas agradeço a vocês e ao Hospital Sírio-Libanês por essa oportunidade de crescimento. Soraia Passos Gomes Duda Educadora

E S P A Ç O DO S A L U NO S

Dramatização Voltando no tempo “Vilas mineradoras do século XVIII” Patrícia Cintra Diretora Pedagógica

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m setembro, os alunos do 4º ano apresentaram uma dramatização, contextualizada aos conteúdos de História, sobre as vilas mineradoras do século XVIII, mostrando como era a vida dos mora-

dores desses locais em meados de 1701 a 1800. Os alunos representaram diversas personagens, como capatazes, escravos, donos de mina, colonos e alforriados, realizando suas atividades cotidianas.

Revista Eduque em Ação Coordenação Geral: Juliana Duarte Produção Editorial: Equipe Eduque Fotografias: Arquivo Eduque Diagramação, design e revisão: PontoZap Comunicação (11) 2264-8524 www.pontozap.com.br

“Foi um momento marcante em nossa formação, pois elaboramos o roteiro das cenas, as falas e planejamos as vestimentas adaptadas à época.” Alunos do 4º ano


E s p ec i a l 2 5 a n o s

M o m e n t o Pe d a g ó g i c o

Por que propor estudos do meio desde cedo?

S

imples... para promover um diálogo inteligente com o mundo, com o intuito de verificar e produzir novos conhecimentos sempre. O estudo do meio é mais uma forma de aprendizagem, que proporciona aos alunos o contato direto com a realidade. Visitar a Fazendinha e ver os animais estudados e comentados nas rodas da Educação Infantil, apreciar uma obra que foi explorada no Projeto de Artes, entrar em contato com bondes, Bolsa de Café, o sistema funicular na cidade de Santos, ouvir músicos ensaiando na Sala São Paulo, dentre tantas outras propostas, ampliam de forma muito significativa o universo cultu-

ral de nossos alunos. Nosso objetivo maior é poder tornar mais significativo o processo ensino-aprendiza-

gem e proporcionar um olhar crítico e investigativo . Estes estudos se diferenciam de um passeio escolar, pois

pressupõem um planejamento criterioso , dividido em pelo menos três grandes etapas:

Antes: Preparamos nossos alunos para a visitação, por meio de pesquisas, levantamento de questões, dúvidas, curiosidades, leituras, análise de sites... As crianças saem da escola sabendo o que farão, muitas vezes, de acordo com a idade, com roteiros de observação. Durante (in loco) : Contamos com a participação dos professores e muitas vezes de biólogos, historiadores e geógrafos, acompanhando o percurso e propondo um olhar mais direcionado para o espaço, complementando com informações referentes aos locais, fatos e personagens. Depois : Os alunos voltam e tentam responder às perguntas levantadas na fase inicial das pesquisas e também àquelas que surgiram após o estudo do meio. É chegado o momento de registrar as descobertas e confirmar hipóteses levantadas anteriormente.

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m outubro, foram diversas comemorações. Celebramos nossos 25 anos com os pais na palestra da Rosely Sayão, momento em que esta consagrada profissional trouxe reflexões sobre como educar as crianças. Comemoramos com a equipe, em um jantar muito especial, e com nossos queridos alunos, numa gostosa festa com show de mágica. Por fim, construímos um li-

vro que contou nossa história através dos verbos que valorizamos e que norteiam nossas ações na formação de nossos alunos. A memória nos conduz a olhar o caminho percorrido, manter os acertos, fazer ajustes, mas, sobretudo, refletir sobre as vivências que viraram experiências. Reflexão aliada à maturidade e sabedoria é a tríade que nossos 25 anos nos trouxeram!

C U LT U R A Lucelena Lee Coordenadora Pedagógica Ensino Fundamental

PARA PASSEAR

PARA APRENDER

Biblioteca Infantil Multilíngue Inaugurada em agosto deste ano, a biblioteca multilíngue Belas Artes foi idealizada pela jornalista Duda Porto de Souza, sendo o primeiro espaço da América Latina com livros em diversas línguas para crianças

e jovens até 19 anos. Um lugar encantador e projetado para contemplar a diversidade da faixa etária. São realizados empréstimos para todo o público. Esse é um ótimo passeio para conhecimento e diversão.

Crianças francesas não fazem manha Indicação de Rosely Sayão para os pais

Autor: Druckerman, Pamela Editora: Fontanar

“O best seller é escrito por uma jornalista americana, que resolve investigar quais são as diferenças na criação das crianças francesas, que fazem com que elas pareçam tão mais calmas e educadas que as crianças americanas.”

Coleção: Imigrantes do Brasil

Visita ao Mam pelo Maternal

Visita a Fazendinha pelo Minimaternal

Funcionamento: Segunda a sexta-feira, 9h às 18h; Sábado, 9h às 16h. www.bibliotecainfantil.com.br

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo Rua Dr. Álvaro Alvim, 90 – Vila Mariana

A Coleção Imigrantes do Brasil traz em cada volume histórias de diferentes países, contextualizando suas culturas e tradições com as brasileiras. É uma leitura muito agradável e inspiradora, que mantém o sentido de pertencimento e valoriza o respeito e a riqueza da diversidade dos povos.

Indicação: 8 - 11 anos Editora Panda Books


CAPA

CAPA

Pontes, Pórticos... Vivências: Aproximação com o próximo grupo!

O

final do ano em uma escola é permeado de alegrias pelos aprendizados construídos, pelos desafios transpassados e pelos vínculos afetivos consolidados com amigos e professores, mas também começamos a pensar no próximo ano e, consequentemente, somos abraçados por sonhos, expectativas e ansiedades. Isso acontece porque sabemos que virão mudanças! Outra série, professores e sala de aula diferentes, novos amigos, mais lições de casa, boletim com notas, uso da cantina, provas, mais aulas de Inglês, mais responsabilidades... Cada ano

tem suas mudanças. Como encorajar nossos alunos a encarar o novo?! Segundo o etnólogo Gennep, em seu livro “Les Rites de Passage”, por meio dos processos de passagem, o homem toma consciência das mudanças, além de representarem uma transição progressiva. Os ritos de passagem conferem significado às transições e demarcam um antes e um depois. Na Eduque, concordamos ser fundamental proporcionar aproximações com o próximo grupo, por isso, planejamos para o segundo semestre, desde o Berçário, encontros em que as crianças têm a possibilida-

de de receber o grupo que virá para a série em que se encontram e, consequentemente, de serem recebidas na série para a qual irão.

Além disso, elas ampliam a convivência com outras crianças de faixas etárias próximas e podem construir novas relações.

Vivência do Berçário III no grupo do Minimaternal, roda de história

Como a transição acontece na Educação Infantil? Geralmente, o grupo escreve uma carta convidando a turma anterior para passar algumas horinhas na sua sala de aula e fazer uma atividade, como: novas brincadeiras, desenhos com diferentes materiais, rodas de histórias, piqueniques, entre outras ações. Essa carta é tão especial que é possível vê-la anexada no mural das salas, próximo ao ca-

lendário, para que possam acompanhar quantos dias faltam para o evento. Os encontros acontecem di-

As crianças vão se aproximando das novidades que as esperam na próxima série versas vezes até o final do ano e as crianças vão se

aproximando, aos poucos, das novidades que as esperam na próxima série. Com essa experiência, acontece a possibilidade de vivenciar dois papéis: convidar e ser convidado. É uma grande oportunidade de promover reflexões e ensinar às crianças determinados comportamentos sociais, como, pedir licença ao entrar em uma sala que não costu-

E no Ensino Fundamental? Os alunos da série anterior, chegam cheios de expectativas e curiosidades sobre o que farão no próximo ano. O encontro é recheado de perguntas que são deliciosas de serem respondidas, pois demonstram a vontade que as crianças têm de conhecer o que as aguarda, como: “Tem prova todos os dias?”; “O que vamos estudar em Ciências?”; “É verdade que a partir do 2º ano pode mochila de rodinha?”; “Quantas lições de casa vamos ter por dia?”. Depois disso, os alunos participam de uma atividade que está prevista no planejamento curricular do pró-

ximo ano, como ouvir um conto com o desafio de se atentar a dois elementos da narrativa, cenário e personagem - conteúdo previsto para o 1º ano, ou uma vivência no laboratório com o tema Energia - referente a um dos objetivos do 3º ano, ou participar de uma experiência sobre a composição do ar - tema norteador do 4º ano em Ciências. As crianças saem deste encontro com o encarte da proposta da aula que participaram, para que possam se lembrar desse gostoso momento, compartilhar com suas famílias e começar a contagem regressiva.

Os encontros propostos entre os alunos permitem ampliar a convivência e construir novas relações

Vivência do 4º Ano nas atividades do 5º Ano, investigando as células

Os sentimentos mamos ir, cumprimentar, perguntar se podemos mexer nos brinquedos e falar baixo. Do outro lado, as que convidam também colaboram, organizando o espaço para que tudo esteja arrumado, além de ajudar as crianças que estão visitando no que for preciso, mostrando onde são guardados os materiais, por exemplo.

As propostas das vivências entre as turmas são diferentes para os dois ciclos, mas os sentimentos que permeiam esse ritual são bem consonantes! Entender as mudanças, nos ajuda a compreender algumas lágrimas, friozinho na barriga e certa resistência para entrar na escola no início do ano letivo, assim como pode apaziguar o coração dos

pais, que acompanham essas mudanças e ficam

preocupados com esses comportamentos.

A experiência de reunir as turmas nos mostra que esse preparo dá mais firmeza às nossas crianças para entrarem na nova sala no final de janeiro, afinal: já estiveram lá!

Tatiana Duarte Coordenadora Pedagógica

Vivência do 3º Ano nas atividades do 4º Ano, experiência sobre a composição do ar

Referência: GENNEP, Arnold Vann. Les Rites de Passage.


E sc o l a e m A ç ã o

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Foi a nossa Bienal!!!

A vida na água – Jardim II

“A arte e a educação são áreas que podem ser revolucionárias por natureza. Por meio delas, mudamos nossa visão de mundo e inventamos outras maneiras de olhar e agir. Educação como ação poética, por Stela Barbieri

U

ma mostra de arte é uma oportunidade de olhar e agir, como sugere Stela Barbieri. E faço minhas, as suas palavras, para suscitar o quão especial foi a Eduque Mostra: Arte neste ano. A exposição de nome Con(tato), teve como tema o toque, a convivência, o convívio e as relações. O contato baseado nas percepções sensitivas, que abrem portas para a formação de um ser mais ético e gentil. Ao longo de todo primeiro semestre, estudamos maneiras de registrar os processos artísticos e formas de apresentar os trabalhos realizados. Artistas e filósofos foram base de estudo para a equipe pedagógica, como, Jorge Larossa que suscita as reflexões e o sentido trazidas na experiência. Jaime Prades, que, como convidado especial, nos ensinou que viver a arte é criar no cotidiano. E, por fim, costurando os estudos que fizeram desta mostra um sucesso, a Edith Derdyk, que provoca: “A linha do novelo mental nunca tra-

ça a mesma trilha, desfia o pensamento, desafia o espaço.” Foram estes e outros artistas, intensamente pesquisados pelos alunos, nas diferentes séries, muito bem combinados, que puderam ativar os encontros e experiências artísticas únicas e especiais. A Eduque Mostra Arte possibilitou um encontro estético dos processos de cada um dos projetos da escola com as famílias e comunidade, transformando vivências em conhecimentos, possibilitando o olhar sensível e colocando todos em Con(tato) direto

com a arte. Foi um momento de mobilizar sentidos e gerar memórias. Ouvimos muitos adultos e crianças dizen-

do: “Foi a nossa Bienal”! Que venham outras... Juliana Carnasciali Arte Educadora

O

Projeto Imaterial abriu para a Eduque uma nova fase da vida educativa, que pretende ter mais histórias para contar com significância e qualidade, para si e para todos. “A Vida na água” foi um projeto que partiu de reflexões, nutrições estéticas e criações, tendo a linguagem arte como propulsora de uma memória primária da criança, fazendo parte de sua história de vida, com significado. O tema escolhido em 2013, foi a água, tida como substância cristalina, um dos quatro elementos da natureza, passível de existir em diferentes estados, representou para o Jardim II o fechamento de um processo, o da Edu-

cação infantil. A temática foi desenvolvida em oito encontros, contando também com a presença das famílias. A partir das leituras “A vida na água”, de Rambharos Jha e “Água Sim”, de Eucanaã Ferraz e Andrés

Sandoval, os alunos foram estimulados a pensar: De onde vem a água? Então tiveram contato com a Arte Indiana e com a Cultura Popular Nordestina, o Cordel, para xilogravar suas impressões no muro de nossa escola. E finalizando o projeto, no dia 5 de outubro, numa atmosfera de “transformação” e envolvimento de pais e filhos, aconteceu a cerimônia de fechamento das atividades, com música e muita emoção. Assim, a Eduque ganhou mais uma linda obra de arte, que poderá ser apreciada por todos e, principalmnte, pelos seus artistas, ao longo da próxima fase de sua vida escolar, fortalecendo o senso de pertencimento e autoestima, tão

importantes para o aluno do Ensino Fundamental. Gabriela Romera Professora do Jardim II

Música Projeto Água Era uma vez Era água de correr Era uma vez Era água de ficar Era uma vez Era água de beber Era uma vez Era água de banhar Água Que cai em gotas chuva água Que cai e corre rio Água Que cai em gotas chuva água Que cai e corre rio Composição: Juliana Muniz


E sc o l a e m A ç ã o

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Noite literária – 1º Ano

Tocar para sentir – Minimaternal

Tão perto, tão distante... nas asas da imaginação

E

m uma breve reflexão sobre os sentidos do verbo contar, percebemos que contar aproxima-se do “levar em conta”, do ter em consideração. E não é isso, exatamente, o que fazemos quando decidimos contar uma história para nossos filhos e alunos? Sim, contar histórias exige tomar em conta esses pequeninos seres pensantes e suas cabecinhas, repletas de ideias e de alegria. Além disso, contar se avizinha do ter esperança! Contamos com a ajuda, com a parceria, com a presença daquilo que nos faz feliz, acolhe, aconchega. Em nosso dia a dia de trabalho na Eduque, vivemos com toda a intensidade a riqueza do contar, do recontar e do ouvir e, no 1º ano do Ensino Fundamental, esse contato torna-se ainda mais intenso, à medida que os alunos começam a se apropriar da leitura e da escrita.

Nesse sentido, em 2013, para celebrar o processo de aquisição da leitura e da escrita, desenvolvemos o projeto “Contos do mundo”, ao longo do qual os alunos estiveram cercados pelos contos maravilhosos, em versões recolhidas nos quatro cantos do planeta. Vivemos assim, uma verdadeira aventura. Demos a volta ao

S

O sentido do verbo contar está próximo do “levar em conta”, ou seja, ter algo em consideração mundo nas asas da imaginação! O resultado desse trabalho foi apresentado na “Noite Literária”, que aconteceu em 13 de novembro, com a presença de pais, familiares e amigos. Foi uma noite emocionante, em que Car

duar los E

do C

amp

oy

nossos novos leitores puderam ler histórias, declamar poemas e cantar, explorando o universo mágico dos contos do mundo. Vivemos a experiência do contar em um momento mais que especial: crianças contando, criando e recriando histórias que dão sentido à sua mais nova aquisição:

o ler, o escrever, o poder contar com suas próprias palavras as histórias que escolheram. Assim, só temos motivo para contar com um futuro de muitas e muitas novas realizações.

Aline Iozzi e Cristiane Kuroba Professoras do 1º ano

abemos que as crianças do Minimaternal são ávidas por experiências sensório-motoras que possibilitam maior exploração do corpo e resultam em muitas descobertas! Com o objetivo de ampliar vivências sensoriais a partir de diversos riscadores e suportes, ao longo deste semestre, propusemos às crianças uma sequência de atividades que nomeamos “Tocar para sentir”. Farinha de trigo, espuma de barbear, papel crepom molhado, esponjas, plástico bolha, areia e fubá são alguns dos nossos objetos de estudo e de exploração. Ao entrar em contato com esses materiais, as crianças estão elaborando hipóteses, formulando novos conceitos e conhecendo o próprio corpo e o espaço por meio das percepções produzidas.

Cada criança interage de uma maneira com os materiais: ao serem surpreendidas com uma mesa cheia de farinha de trigo, algumas vão logo manipulando, passando a farinha nos braços e atribuindo novos significados a ela, outras começam apenas a tocar o material com a pontinha dos dedos e, aos poucos, vão colocando toda a mão.

Há algumas que preferem primeiro observar a atuação dos amigos para, gradativamente, se envolver com a proposta, utilizando um objeto que media esse contato, como um copinho para colocar a farinha. A partir do toque e do reconhecimento das diferentes sensações, é comum ouvirmos as crianças expressarem: “Que gelado!”;

“É molhadinho!”; “Parece espuma de banho”; “É grudento”; “A farinha faz fumaça!” ou fazem relações, como: “Meu pai usa essa espuma pra fazer barba!”; “Dá pra fazer bolo com a farinha!”. Cada proposta dessa sequência é interação na certa e um divertido convite: “tocar para sentir”! Melina Rocha Pedroso Professora do Minimaternal


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“Varal de curiosidades” – Maternal

N

este semestre, as crianças do Maternal realizaram importantes pesquisas relacionadas ao ambiente rural, participando do projeto “Varal de Curiosidades”. Por meio de observação, reflexão e pesquisa, os pequenos tiveram a oportunidade de conhecer e relacionar semelhanças e diferenças entre o campo e a cidade, percebendo habitantes e características tão importantes desses ambientes distintos: rural e urbano. A partir da roda de leitura com o livro “Porcolino e a mamãe”, de Margaret Wild, as crianças voltaram a atenção para um animal da fazenda e então surgiu a pergunta disparadora:

Esportes Urbanos de Aventura – 4º Ano

“Onde vivem os porcos?”. Valorizar o conhecimento prévio e partir em busca de novas respostas não foi tarefa fácil, mas um delicioso desafio para as próximas perguntas que surgiram em nossas rodas. Da necessidade, as primeiras escritas apareceram: o

Valorizar o conhecimento prévio e partir em busca de novas respostas é um delicioso desafio bilhete sugerindo pesquisa em casa, por exemplo. Os pais colaboraram, mandando fotos, textos, livros

e imagens, que foram chegando para contribuir com nossas pesquisas. Com a leitura e análise desses diferentes materiais, as crianças estabeleceram relações. A parceria com as famílias colaborou para ampliar o conhecimento e também para confrontar hipóteses durante a exploração desses materiais: “O peru tem um monte de penas que abrem e são coloridas?”; “O pato e o ganso são iguais?”; “A galinha mora no galinheiro com os pintinhos que nasceram no ninho, e o cavalo, onde mora?”; “Lá na fazenda tem computador?”. Registradas as primeiras hi-

póteses sobre o ambiente rural, cada turma escolheu três animais desse universo que mais chamaram a atenção. Definidos os animais, os estudos continuaram com novas reflexões, novas descobertas, uma vivência inicial dos procedimentos de pesquisa, tendo o professor como escriba. A partir desses textos, algumas dicas desencadearam brincadeiras e novas descobertas, como a charada: “O que é, o que é: tem nadadeiras para pular e nada rápido, gosta de comer ração e vive na água? Adivinhou? Adriana Andreassa Professora Maternal D

O

s Esportes de Aventura – ou Radicais, como também são conhecidos – são atividades novas na cultura esportiva, que começaram a ser difundidas a partir da década de 1990 pela mídia, como proposta de lazer. Por meio da universalização das regras e dos procedimentos de segurança, foram se conceituando como esporte. Essa é uma modalidade que motiva o ser humano por algumas características especiais, como por exemplo, a imprevisibilidade, levar o

corpo ao seu limite de recursos, invenções de manobras e estratégias, a busca de algo inusitado, além das descobertas coletivas. Dentro do projeto do 4º Ano, nossos alunos entraram em contato com essas modalidades, inicialmente pesquisando o tema e, posteriormente, discutindo conceitos históricos, culturais e procedimentos de segurança. Nas aulas práticas, desenvolveram as habilidades e capacidades do Parkour, Slackline, Skate, Patins e Patinete, socializa-

ram seus saberes com os colegas, compartilharam equipamentos e puderam se superar, enfrentando

Essas práticas esportivas levam o corpo ao limite e permitem descobertas coletivas obstáculos e imprevisibilidades, características do esporte. Diferente de “perigo”, que

quer dizer ameaça de provocar um dano, a palavra “risco” significa a possibilidade de ocorrer algo perigoso. São termos muito confundidos quando falamos de esportes radicais, pois ambos podem estar inseridos no esporte, dependendo do método. O segundo é desenvolvido com responsabilidade, ou seja, com planejamento, precauções e segurança, assim como nossos alunos fizeram. Heder F. de Miranda Professor Ed. Física e IES


E s p ec i a l

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Música e suas interfaces

Aulas de violão: o contato da criança com a música estimula e favorece a sua formação física, intelectual e social

O

Berçário: estímulo à percepção por meio dos sons

ensino da música é obrigatório nas escolas de educação básica do País, desde 2012. Apesar disso, mesmo anteriormente a esta data, a Eduque já acreditava no trabalho com a arte dos sons na formação humana de seus alunos, tendo um professor específico da área e disponibilizando aulas de música para todas as turmas da escola, do Berçário ao Ensino Fundamental. O contato das crianças com a música estimula e favorece a sua formação física, intelectual e social. No Berçário, as crianças são estimuladas à concentração

do ouvir, a diferenciar sons produzidos em diversas fontes sonoras (instrumentos musicais, vozes, objetos de diferentes materiais), a balbuciar os primeiros sons e sílabas, a brincar criativamente descobrindo os sons que seu corpo pode produzir em contato com o mundo. Semanalmente, os bebês têm o professor especialista estimulando descobertas sonoras e musicais, proporcionando a expressão por meio de produção de sons com instrumentos e canções. É um momento rico que tem a participação de todas as educadoras num acompanhamento contí-

nuo, pois nos demais dias da semana, são elas que promovem as atividades musicais. Na Educação Infantil, o som aliado ao movimento é crucial no crescimento sadio de seus corpos e no autodescobrimento deles. O contato com as cantigas de roda estimula o desenvolvimento da fala e o sentimento de pertencimento a uma comunidade que tem uma mesma língua e história como bem comum, trabalhando com identidade e autoestima. O processo de alfabetização é favorecido diretamente com o desenvolvimento rítmico da criança. Além disso, a música acompanha toda a rotina escolar, em todas as atividades desenvolvidas e nas diferentes áreas. O canto é o fio condutor no trabalho com a musicalização, todos os alunos são estimulados a cantar. Brincadeiras lúdicas, jogos musicais, uso da percussão e a apreciação musical são outros tipos de atividades que ocorrem nas aulas. Desta maneira, a articulação entre as áreas e os professores é essencial para garantia da qualidade oferecida. No Ensino Fundamental, o contato do aluno com a diversidade musical proporciona avaliar a produção de suas obras e as dos outros, favorecendo a construção

do pensamento crítico. O trabalho conjunto com disciplinas como Língua Portuguesa, Inglês, Artes, História e Matemática proporciona ao aluno enxergar que uma área está diretamente ligada a outra, contribuindo também para o aprendizado integral. O momento correto de cantar, silenciar, respeitar o gosto do colega e trabalhar no mesmo objetivo estimulam também a sociabilidade, desde os anos iniciais da criança. Neste segmento, podemos potencializar muito mais a integração entre as áreas, bem como, aprofundar nos conceitos musicais como timbre, altura, tempo, notas e instrumentos musicais. Essa articulação promove

Aula curricular de música

o conhecimento de que os conteúdos e saberes são integrados. Além das aulas formais, o Curso Extra de Violão é outro meio em que a música forma seus alunos na Eduque. Todos esses processos são pautados e trabalhados por meio de canções de

roda e modernas, de diversos compositores, grupos pertinentes à cultura brasileira e mundial, como Villa-Lobos, Pixinguinha, Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícios de Moraes, Toquinho, Dorival Caymme, Luiz Gonzaga, Hélio Ziskind, Grupo Palavra Cantada, Beatles, Bob Marley, entre outros. Na Eduque, a sensibilização musical é feita como na prática artística, pois sabemos que quando o aluno tem a oportunidade de produzir, se sente criador e artista. A música ganha um caráter mágico, quase magnífico para ele. O mesmo sentimento e emoção que um artista consagrado sente, a criança vivencia informalmente em ambiente de aula e formalmente, em apresentações musicais.

Visita à Sala São Paulo Matheus Motta Professor de Música e Violão


n o v i d a d es

Aconteceu Mostra de Balé e Evento Cultural No dia 19 de outubro ocorreu a XIV Mostra de Balé e Evento Cultural, cujo tema foi “Sonhos de Alice”, com base na obra literária “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll. Como a história, o espetáculo de múscia e dança foi encantador.

Acampamento e Day Camp Alunos do Fundamental

Big Draw No dia 13 de outubro, numa manhã deliciosa, a Eduque participou da “Campanha de desenho”, iniciada em Londres, que une pessoas com o propósito de estimular o pensamento e a criatividade. Neste ano, o tema foi “Conecte, Desenhar o amanhã em novos espaços” e tivemos como parceiro

o Museu Lasar Segall. As famílias criaram desenhos com diferentes materiais, conectando sua criação a dos outros participantes.

Nos dias 17 e 18 de outubro, aconteceu o acampamento, com duração de 2 dias, para os alunos a partir do 2º ano, e no dia 14 de novembro, ocorreu o Day Camp, com a duração de 1 dia, para os alunos do 1º ano. Essas propostas têm por objetivo ampliar a visão de mundo e senso crítico das crianças, além de desenvolver ainda mais a autonomia, responsabilidade, organização e relações de amizade.

A Escola Eduque deseja boas festas!

Vai Acontecer em 2014 Novos cursos extras Teatro (a partir do 3º ano) Futsal (a partir do 4º ano).

Escola Eduque

Av. Bosque da Saúde, 1404 - Bosque da Saúde, São Paulo - SP - 11 5581 0123 | 11 5594 1999 www.escolaeduque.com.br atendimento@escolaeduque.com.br www.facebook.com.br/escolaeduque

Novidades para as turmas de 5º ano: • Tablets na sala de aula como material de apoio didático. • Cerimônia Especial de encerramento de ciclo com certificação de Cambridge. • Acampamento de imersão à Língua Inglesa. • Palestras com coordenadores de 6º ano de colégios convidados e orientação quanto ao perfil do aluno. • Encontro com especialistas sobre pré-adolescência e adolescência. • Revista Especial sobre os alunos.


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