Eduque em Ação - Edição Comemorativa - 30 anos

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Ano IX

| Número 17 | 2018 |

Edição Comemorativa



Todos fazem parte dessa histรณria!


Editorial

Escolas inovadoras

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om um acervo imensurável de novidades tecnológicas, a conexão com o mundo proporcionou uma agilidade galopante na aquisição de informações. Conectada a isso, uma revolução está em curso nas escolas, impulsionada pelo aluno, que não aceita mais um espaço de formato tradicional. Essa é uma geração que nasceu instrumentalizada para conviver com a tecnologia, mas isso não significa que esteja apta a lidar com os conteúdos de maneira crítica. É inevitável que as instituições de ensino percebam as alterações contemporâneas e revitalizem o formato de trabalho. Inovar em educação é adaptar o que fazemos às demandas da sociedade contemporânea e ao perfil dos alunos

do século XXI. O contexto muda rapidamente e a inovação serve para que os estudantes desenvolvam capacidades para (re)inventar o futuro. Uma mudança disruptiva na educação é propor que o aluno desenvolva competência socioemocional, pensamento computacional e novas formas de aprender. A ideia é tornar-se autônomo, conectado com as redes virtuais, sem deixar de estar ligado à realidade, numa escola que tenha suas janelas abertas para o mundo. As atividades planejadas na vertente da Cultura Maker garantem o fazer prático dialogado com a teoria. Já dizia o filósofo chinês Confúcio: “O que eu escuto, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo.” Desta forma,

o estudante participa da construção do projeto de estudo e programa o caminho que será percorrido, desenvolvendo resiliência. As atividades vivenciadas pelos alunos da Eduque, seja na Lego Zoom, no Ensino Fundamental, ou nos diversos projetos da Educação Infantil, proporcionam a resolução de problemas, desenvolvem criatividade, negociação, habilidade de construir algo com as próprias mãos e têm trazido excelentes resultados. É a escola despertando o desejo pelo saber! Sabendo que estamos formando alunos também para profissões que ainda nem existem, desenvolver essas competências é essencial para habilitá-los a construir o seu projeto de vida pessoal, profissional e social. É, de fato, um de-

senvolvimento integral, pensado para uma sociedade que está cada vez mais complexa, exigente, acelerada e com uma demanda por conhecimento que aumenta exponencialmente. Uma escola inovadora é centrada no fazer para aprender, tendo um professor facilitador do processo, que atua nos vários estilos de aprendizagem - criativa, colaborativa, interdisciplinar, contextualizada e com projetos autênticos.

Patrícia Cintra Diretora Pedagógica

EXPEDIENTE

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Escola Eduque Diretora Geral: Lucia Duarte Diretora Pedagógica: Patrícia Cintra Coordenação Pedagógica • Adriana Lettieri • Cristiane Kuroba • Gabriela Bento • Gabriela Romera • Juliana Sales • Lupe Cainzos • Tatiana Duarte

Revista Eduque em Ação Coordenação Geral: Juliana Duarte e Mayara Alves Produção Editorial: Equipe Eduque Fotografias: Arquivo Eduque

As informações nesta revista constituem material protegido por direitos autorais, pertencentes à Escola Eduque. Sua divulgação, reprodução ou qualquer forma de uso é proibida e depende de prévia autorização.


Cultura

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Jardim de Histórias: Culturas indígenas e diversidade cultural

Biblioteca da Eduque é um espaço de ampliação cultural que funciona como um prolongamento da sala de aula, no qual múltiplas propostas literárias surgem. O Jardim de Histórias é uma delas. Nele, uma vez por mês, os alunos se reúnem na Biblioteca para discutir diferentes temas conectados com a sociedade e cultura. Nestes encontros, eles conhecem livros e escutam histórias que têm a intenção de ser disparadores para reflexões que geralmente transcendem o espaço

escolar. Neste ano, abordamos dois temas que merecem destaque: culturas indígenas e diversidade cultural, escolhidos em razão do Dia do Índio (19/4) e Dia Mundial da Diversidade Cultural (21/5). Foi uma oportunidade para revisitar o acervo e redescobrir livros que abrangem essas temáticas de maneira atualizada e responsável. Para abordar as culturas indígenas, optamos por utilizar preferencialmente livros escritos por autores indígenas, compreendendo a riqueza de aprender sobre a

sobre a questão da diversidade, buscamos livros que exaltassem a riqueza das diferenças culturais e questionassem o desrespeito às mesmas, como o livro A democracia pode ser assim, da Equipo Plantel. Por meio de exemplos simples, a obra mostra o quanto é necessário compreender as diferenças e buscar sempre o diálogo na resolução de impasses quando se tem ideias divergentes, além da necessidade da igualdade de tratamento entre todos, ainda que existam diferenças culturais, étnicas, de gênero ou sociais. O Jardim de Histórias, junto com as demais propostas realizadas na Biblioteca, possui uma função colaborativa com relação ao processo educativo e à formação cidadã dos alunos para um mundo mais consciente e respeitoso, além de fazer com que o acervo se mantenha em constante evolução, adquirindo novos títulos, repensando outros e funcionando de maneira dinâmica para atender às demandas dos alunos, conforme apareçam. Thiago de Castro Biblioteca

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Roda de reflexão sobre o estereó�po indígena

cultura desses povos por quem a vivencia todos os dias. Um exemplo foi a discussão norteada pelo livro Kunumi Guarani, de Werá Jeguaka Mirim, no qual uma criança da aldeia Krukutu, localizada próxima da região de Parelheiros, relata o seu cotidiano como criança guarani, jogando bola, praticando rituais, aprendendo a Língua Portuguesa como segundo idioma e interagindo com o mundo informatizado, enganosamente distante das populações indígenas, segundo o senso comum. Já para refletir


Inglês na Eduque

Welcome English Lab

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osso Curso Extracurricular English Lab iniciou este ano com uma proposta inovadora, atraente, divertida e, principalmente, efetiva no ensino da Língua Inglesa. Este curso tem como propósito, além do aprendizado linguístico, o desenvol-

vimento da criatividade e a produção ativa. Aprender a falar outro idioma possibilita participar ativamente de uma educação voltada para interculturalidade. Crianças são ausentes dos vícios de linguagem e, por isso, conseguem escutar e reproduzir, com

Segundo pesquisa da University College, de Londres, a melhor idade para aprender uma língua é entre os 5 e 10 anos. Os pesquisadores constataram que crianças que cursaram inglês nessa fase da vida fizeram mais conexões cerebrais, registraram aumento da massa encefálica e, portanto, adquiriram mais chances de ser fluentes na língua.

maior facilidade, o novo idioma, utilizando a compreensão auditiva para desenvolver a pronúncia e torná-la mais fiel à realidade. Para isso, é importante planejar aulas envolventes, instigando os alunos a criar vínculo afetivo com esta língua, proporcionando um ambiente agradável no qual eles aprendam naturalmente. O English Lab foi criado para priorizar o aprendizado da Língua Inglesa em contexto significativo. Durante as aulas, as funções cognitivas dos alunos e o fazer com as próprias mãos – cultura maker, são estimulados por meio de atividades lúdicas e situações sociais, despertando o desejo de apren-

der. Já pudemos falar estruturas linguísticas e o vocabulário de itens de cozinha utilizando os objetos, colocando a mão na massa e sentindo os sabores numa atividade de culinária. Também já cantamos músicas compreendendo as letras e brincando com o contexto que elas apresentam, como florestas, cidade e corpo humano. As aulas do próximo semestre trarão outras experiências linguísticas. Quanto maior o contato com a nova língua, mais facilmente as crianças fixarão os conteúdos e conseguirão se comunicar fluentemente. Como as crianças aprendem um segundo idioma? Da mesma maneira que aprenderam o primeiro, ouvindo, entendendo, realizando comandos, iniciando com palavras, reproduzindo falas, elaborando frases e depois lendo e escrevendo. Teacher Joanna Fortes English Lab


Espaço dos alunos

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Cultura Maker pelo olhar dos alunos

essência da Cultura Maker nasce da ideia DIY (Do It Yourself), faça você mesmo. Quando adentra a área da educação, trazendo a contemporaneidade para a sala de aula, a Cultura Maker convida o estudante a construir ele próprio seus saberes; a contar com a força dos pares para planejar e realizar algo que sozinho seria difícil; a articular diferentes informações, de diversas áreas, para atingir um resultado específico; além de reconectar ao trabalho e à valorização daquilo que é manual. O aprendizado ganha força quando a criança atribui significado para aquilo que aprende, quando um conteúdo ganha aplicabilidade e seu manuseio se transforma num produto palpável. As aulas makers, desenvolvidas na Eduque com

os alunos do Ensino Fundamental, procuram, por meio da construção de objetos conhecidos das crianças, colocar conhecimentos provenientes da Matemática e da Física a serviço da compreensão do funcionamento das coisas. Por exemplo: como gira um pião? O que faz um carrinho se locomover com maior ou menor velocidade? Como uma ponte levadiça é erguida? A curiosidade das crianças faz com que, de forma lúdica, procurem respostas para questões como essas nas aulas desenvolvidas com o material Lego Zoom Education. Além de contribuir fortemente com o desenvolvimento acadêmico, uma aula maker requer disposição das crianças para aprender umas com as outras, ou seja, aprender colaborativamente. Saber relacionar,

grupo quer alcançar. Há beleza em dedicar parte do tempo escolar para construir com as crianças formas diversificadas de se expressar. O Projeto The End 2018 exemplifica bem o encanto do trabalho mão na massa. Nele, os alunos do 5º ano aplicam os aprendizados adquiridos em Arte e Língua Portuguesa

Mural do 5º ano: bordados inspirados em memórias indizíveis

demais colegas de sala e por garantir que todos participem. Esse revezamento de responsabilidades, todas focadas na colaboração, ensina que aprender com o outro é mais significativo, mais rápido e mais rico. Juntos, aprendem a resolver problemas de convívio e de aprendizado, bem como a se unir com o objetivo comum que o

para contar suas trajetórias escolares na Eduque, transformando a história oral em escrita, a escrita em linguagem iconográfica, que utiliza imagens para representar o texto, e o ícone num bordado, feito com as mãos e a emoção de cada aluno e cada professor envolvido. Juliana Sales Coordenadora Pedagógica

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Construção de um protó�po a par�r de coordenadas virtuais

negociar, ora exercer liderança, ora saber cooperar como liderado são habilidades ensinadas na escola. Ao trabalhar em grupos, alunos do 1º ao 5º ano se revezam em papeis com funções pré-estabelecidas, em que se responsabilizam pela gestão do tempo, pelo registro, pela explanação do que foi feito aos


Especial

Eduque Mostra: Ciências Grandes cientistas: Eureka!

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onta-se que a palavra “eureka” foi pronunciada pela 1ª vez pelo cientista grego Arquimedes, ainda nu, quando saía de sua banheira, ao descobrir o volume da coroa do rei sem ter que derretê-la. Verdade ou não, é o que dizem! Estamos certos de que, para toda grande conquista, há uma boa história, um cientista e muitas aprendizagens este é o cenário da nossa Eduque Mostra: Ciências – 2018. Desde o início do ano, os alunos do Infantil 3 ao 5° ano estão envolvidos com as grandes descobertas e invenções feitas pelos cientistas. Esses estudos, além de promover a cultura científica, fazem com que, desde pequenos, eles entrem em contato com o método científico e o olhar investigativo, tendo a experimentação como ferramenta para produção de conhecimento. Da roda ao carro elétrico, do fogo à produção de energia solar, do átomo à decodificação do DNA - os saberes construídos pela humanidade serão percorridos ao longo

da Mostra e o convite para fazer uma viagem no tempo já está feito. Quais são as descobertas do passado? E as invenções do presente? Quem eram ou são os cientistas? Como será o futuro? As respostas a essas perguntas aparecem envolvendo três unidades temáticas: Vida e Evolução, Matéria e Energia, Terra e Universo. Em cada um desses temas, os alunos se apropriam da linguagem científica, compreendem os processos e fenômenos presen-

tes no conteúdo trabalhado nas aulas e atuam no contexto da descoberta. Em Vida e Evolução, os grupos do Infantil 4, desde que iniciaram o projeto “Conhecendo diferentes tipos de vida: Peixes”, introduziram em seu vocabulário o nome científico de alguns peixes, além de conhecer e viver o processo da descoberta de fósseis, explorando o universo dos arqueólogos. Já em Matéria e Energia, os alunos do 3° ano conhecem a evolução da produção de

energia, do fogo ao led, aprofundando os conhecimentos sobre o funcionamento da lâmpada, inventada por Thomas Edson, se transformando em cientistas, projetando novas possibilidades para as gerações futuras. Terra e Universo é explorada pelos alunos do 5° ano, que se dedicam a entender a complexidade do Sistema Solar, a movimentação dos planetas e o impacto desses fenômenos em nossas vidas. O astronauta brasileiro Marcos Pontes é uma


Especial

das personagens do estudo realizado para entender melhor o contexto das descobertas feitas e o uso de instrumentos de localização, desde as grandes conquistas com a navegação no Universo. Essas temáticas aparecem também nas outras séries, que exploram outros conteúdos ou aprofundam aqueles já trabalhados em anos anteriores, como a importância do calor solar para a sobrevivência na Terra que, no Infantil 3, é pensado pelas crianças por meio da sensação no próprio corpo e a descoberta de suas sombras e, no 2° ano, ampliado com o conhecimento da relevância do calor na vida

dos seres vivos. Do passado e do presente já sabemos e conhecemos bastante! Acre-

ditamos que a cultura científica desenvolvida por nossos alunos influenciará na sua forma-

ção, tornando-os possíveis cientistas do futuro. Tomara!

Análise da posição do Sol e da sombra no prédio da escola

Você sabe o que foi o mundialmente famoso “Eclipse de Sobral”?

a Teoria da Relatividade, proposta pelo físico alemão Albert Einstein. Todos se aglomeraram na praça, na frente da Igreja do Patrocínio. O fenômeno durou 5 minutos e 28 segundos. Dizem que os sobralenses espantaram-se e rezavam, os galos cantavam, enquanto os cientistas admiravam... uma nova Teoria do Universo havia sido comprovada. Gabriela Bento Coordenadora Pedagógica

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“O mundo moderno começou em 29 de maio de 1919, quando fotografias de um eclipse solar, tiradas em Sobral, no Brasil, confirmaram a verdade da nova teoria do universo.” Paul Johnson, historiador inglês, autor do livro Modern Times: The World from the Twenties to the Nineties.

No dia 29 de maio de 1919, Sobral tornou-se uma cidade marco das descobertas científicas. O aguardado “Eclipse de Sobral” aconteceria e os cidadãos sobralenses e a imprensa mundial estavam lá para registrar e comprovar o “milagre” ou o “fim do mundo”. Já para os cientistas, era um momento de renovação, um grande impulso na Ciência – o eclipse total do Sol comprovaria


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Eduque 30 Anos

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que significa completar 30 anos? Significa ter maturidade e experiência para promover realizações, tendo energia e disposição para continuar planejando o futuro. Neste ano, a Eduque completa três décadas e imprimiu na entrada da escola sua declaração de identidade, construída pela equipe de profissionais. A partir dela, podemos rememorar e celebrar a trajetória desses anos de trabalho.

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SOMOS UMA ESCOLA EM MOVIMENTO, APAIXONADA PELA INFÂNCIA E PELA EDUCAÇÃO. O movimento tem sido uma marca em nossa história, que teve início em outubro de 1988. Seja na atualização da Proposta Pedagógica, na construção e posterior ampliação da estrutura física, ou na rápida apropriação de inovações no campo educacional, o dinamismo está sempre presente na Escola. A escolha pela especialização na infância de 0 a 11 anos é fruto da experiência e de anos de estudos aprofundados desta fase extremamente importante na formação dos alunos. VALORIZAMOS O CUIDADO, O CONHECIMENTO, A CULTURA, A LÍNGUA INGLESA E OS ESPORTES. Não há aprendizado sem vínculo afetivo e ele inicia no Berçário, com todo cuidado e acolhimento que os bebês necessitam, sendo percebido e sentido ano a ano, na relação de confiança estabelecida entre as crianças e a equipe profissional da Eduque. O conhecimento e a cultura são pilares do trabalho educacional, além de diversos projetos. Ao longo da escolaridade, apresentamos os principais museus de arte da cidade para alunos do Infantil 3 ao 5º ano, uma enriquecedora experiência para toda vida. Os esportes estão presentes desde 1997, quando foi inaugurado o prédio da Educação Infantil, oferecendo a piscina aquecida e quadra poliesportiva. Sabendo que a conexão dos alunos com o mundo requer a proficiência da Língua Inglesa, ela foi inserida na grade curricular em 1998 com expressiva carga horária; em 2018, o Curso Extra English Lab é mais uma oportunidade de aprendizado vivencial e significativo.

Construção de uma esteira rolante

QUEREMOS QUE NOSSAS CRIANÇAS SEJAM PESSOAS FELIZES, RESPONSÁVEIS, ÉTICAS E COM MUITOS SABERES. Ser feliz na Escola é um grande desejo compartilhado com as famílias e é muito prazeroso ver esta realidade nas salas de aula, corredores e pátios da Eduque. Optamos pela forte base acadêmica, pois entendemos que o aluno bem preparado terá motivação e segurança para dar continuidade aos estudos no Ensino Fundamental II e ao longo de sua vida. É um orgulho ver o desempenho dos estudantes nas provas de bolsa ou no ingresso nas melhores escolas para o 6º ano. Tendo o olhar voltado para as principais competências do século XXI, que são o bilinguismo, o pensamento computacional e as habilidades socioemocionais, as propostas das aulas estão incorporando novas e instigantes estratégias, visando à formação integral dos alunos. VALORIZAMOS AS RELAÇÕES HUMANAS, A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E O CONSUMO SUSTENTÁVEL. Em 30 anos de existência, são muitos os relacionamentos construídos entre alunos e suas famílias, com os profissionais e parceiros. É uma alegria receber visitas, e-mails ou “curtidas” nas redes sociais de pessoas que fazem parte da história da Eduque. Muitos ex-alunos contam a saudade da escola e dos bons momentos, entre eles as lembranças dos aromas e sabores dos bolos que muitas vezes comeram nos lanches e piqueniques com os amigos. O desenvolvimento de hábitos saudáveis deve estar na infância e esta é uma grande preocupação da Eduque, que


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cuida de forma criteriosa da elaboração do cardápio e seleção de cada alimento oferecido no refeitório e cantina. O uso da tecnologia como ferramenta de aprendizagem tem seu início na Escola e isso traz uma grande responsabilidade com as inovações tecnológicas que continuamente surgem e precisam ser incorporadas na vida dos estudantes.

Declarações escritas por ex-alunos durante o evento de reencontro em 2018

BUSCAMOS A EXCELÊNCIA, ADORAMOS CRIAR E FAZER, SOMOS INTENSOS NAS IDEIAS. Costumamos dizer que a equipe Eduque trabalha numa “fábrica de ideias”, pois, a todo momento, surge uma incrível proposta para um projeto, atividade ou evento. A cada ano, pesquisas e estudos com assessores são realizados para escolher o tema norteador das Mostras anuais de Literatura, Ciências ou Artes e também a Mostra Cultural, que engloba os Cursos Extras de Teatro, Balé, Dança Criativa e Violão, tarefa sempre difícil, pois as ideias são muito criativas e interessantes. Neste ano, a Cultura Maker ingressou com força total, fazendo com que professores e alunos coloquem a mão na massa, desenvolvendo modelos e protótipos incríveis com material Lego.

NÃO SOMOS PERFEITOS, MAS SOMOS CORRETOS. A sabedoria diz que ter humildade e aprender com erros promove crescimento e maturidade. É assim que a Eduque vem crescendo. Falhas e pedidos de desculpas fazem parte da nossa caminhada, pois somos humanos e falíveis. A Missão da Eduque é o “sol” que ilumina nossas ações, e em nossa base, chamada internamente de “chão”, estão os valores de Respeito, Responsabilidade e Competência, são eles que norteiam planejamentos e decisões, mesmo as mais difíceis de serem tomadas. SOMOS NÓS MESMOS, MAS NEM SEMPRE OS MESMOS. Num mundo em profunda transformação, a educação precisa ser flexível, ativa e diversificada. Os diferentes talentos também se movimentam na Eduque, como ocorre no mundo. Antecipar tendências, estudar conceitos, pesquisar e avaliar continuamente metodologias na área educacional e implantar novidades sem perder a essência da Eduque, com seu trabalho cuidadoso e detalhista, é um grande desafio. Vendo os excelentes resultados no desenvolvimento dos alunos nos fortalece como Instituição para continuar a caminhada de transformar pela educação. SOMOS A EDUQUE! É com estas características e propósitos que celebramos 30 anos, colocando o sentimento de amor em tudo que fazemos.

Lucia Duarte, Tatiana Duarte e Juliana Duarte Mantenedoras

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SOMOS MÉDIOS NO PORTE E GRANDES NA DEDICAÇÃO. Uma característica da escola de porte médio é a possiblidade de conhecer todos os alunos e suas famílias, além de poder se atualizar e inovar de uma maneira mais rápida e com consistência. Mas é a dedicação e o empenho de toda equipe de gestão e dos profissionais das áreas pedagógica e administrativa que faz realmente a diferença. Nestas três décadas de trabalho, inúmeras realizações só foram possíveis

pelo comprometimento e parceria dos colaboradores da Eduque.


Momento Pedagógico

Filhos, sonhos e projetos É comum a gente sonhar, eu sei/ Quando vem o entardecer/ Pois eu também dei de sonhar... O filho que eu quero ter. O filho que eu quero ter. Toquinho e Vinícius de Moraes

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uantos de nós não sonhávamos com o filho que queríamos ter, mesmo antes do seu nascimento? Escolhemos o nome, organizamos o quarto, compramos roupas, brinquedos, pensamos na melhor escola, imaginamos andando, falando, escrevendo, saindo sozinho pela primeira vez... Conseguimos projetar o que ele irá estudar e até mesmo qual faculdade frequentará. E, claro, tudo sempre com a melhor das intenções. Mas será que, no meio de tanto planejamento, pensamos na infância de nossos filhos? Às vezes, esquecemos que para viver plenamente essa fase é preciso ter tempo para brincar, aventurar-se, aprender, chorar, cair e saborear as coisas simples da vida, como sentir os elementos da natureza, por exemplo. Uma parte importante neste crescimento é o diálogo, a conversa coti-

Em agosto, contaremos com as percepções da Jornalista Inês de Castro, que abordará mais sobre esse tema com a palestra “Precisamos ouvir nossos filhos”. É um presente da Eduque nos seus 30 anos de existência, a todos nós, educadores e pais, responsáveis por vidas preciosas: as dos seus filhos, nossos alunos!

diana entre pais e filhos. Precisamos estar dispostos a escutá-los de maneira afetiva e efetiva. Um cuidado importante é o de não nos tornarmos interrogadores. Quem já não se pegou questionando: “como foi a escola hoje?”, “o que vocês fizeram?”, “o que a professora ensinou?”. Diferentemente desse interrogatório, o diálogo pode começar a partir de qualquer assunto, até mesmo sobre a escola, mas de forma mais informal, quase acidental, deixando a criança à vontade para falar o que desejar. Aliás, um ótimo jeito de iniciar uma conversa é contando para a criança

como foi seu próprio dia, o que aconteceu no trabalho, na hora do almoço, no trânsito... Assim, fica aberto um caminho diferente para perguntas como: “o que você mais gostou de fazer na escola?”, “do que você brincou no parque?”, “quem é a pessoa mais engraçada da sua turma?”. A verdade é que temos que conhecer realmente nossos filhos durante a infância para podermos seguir norteando suas vidas. Para isso, precisamos nos dedicar ao diálogo e ao tempo que passamos com eles, para que tenha qualidade. Criar uma expectativa tão elevada desfavore-

ce as relações, seja com seu filho ou com qualquer outra pessoa. Mais importante do que sonhar é viver, estar junto, compartilhar e respeitar os desejos dos filhos, trazer em nosso cotidiano o modelo de estar próximo e verdadeiramente presente, construir laços de confiança e cumplicidade.

Adriana Lettieri Coordenadora Pedagógica


Escola em Ação

Movimento é desenvolvimento, linguagem e comunicação “O corpo é via fundamental de expressão e comunicação, e antecede as aprendizagens posteriores. É o agente do sujeito na percepção do mundo que o envolve...” Maria Rita Thompson

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s bebês se movimentam o tempo todo e dessa maneira adquirem controle de seu corpo, apropriando-se cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo, por meio de experimentações, quando rolam, rastejam, engatinham, andam, correm, saltam, manuseiam objetos, brincam sozinhos ou em grupo. Ao se movimentarem, expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e

posturas corporais, por exemplo: quando estão felizes, balançam os braços e pernas com agilidade, bravos, esticam as pernas e as deixam contraídas. O movimento, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: é uma linguagem, que

desenvolvem equilíbrio e atenção ao exercício realizado. Apoios em cabos de madeira ou espaguete auxiliam os primeiros passos e a postura. Nas brincadeiras, os bebês sentem-se estimulados e seguros para arriscar e vencer desafios. A consciência corporal é construída dentro de um processo longo de desenvolvimento, envolvendo respeito e afeto. Como parte importante desta construção, as aulas são finalizadas com diferentes relaxamentos e massagens. Ana Madio e Heder Miranda Berçário

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Sensibilização com água morna para relaxamento

permite aos bebês atuarem sobre o ambiente e se comunicar com o outro. As propostas das aulas de Movimento na Eduque contemplam esse processo, pois é muito importante que os bebês tenham uma grande diversidade de experiências. Eles são estimulados em grupo ou individualmente pelo educador. O espaço é preparado pensando na necessidade psicomotora de cada criança. As atividades são desenvolvidas com circuitos de blocos de espuma, elásticos, pneus e pequenos obstáculos colocados embaixo do colchonete, que


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Caminhos para a independência

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escola é um universo social diferente da família e isso favorece novas interações e experiências, portanto, falar de independência, no âmbito da Educação Infantil, implica propiciar oportunidades significativas para a construção do “eu”, tornando a criança participativa e responsável pelas suas ações. As crianças, desde cedo, experimentam situações em que precisam escolher, por isso acreditamos que o espaço planejado e organizado de maneira intencional pode oferecer diversas possibilidades para que escolham onde, como e com

quem desejam brincar. A movimentação saudável provocada enquanto realizam suas escolhas torna-se um momento privilegiado para o exercício da independência.

Brincadeira com fotos: iden�ficação de si e dos colegas

No espaço escolar vivenciam contextos de aprendizagem, como pendurar sua mochila, entregar e guardar a agenda, cuidar dos seus pertences, tirar e colocar os tênis, dizer ao amigo o que lhe agrada ou desagrada, recolher brinquedos e guardá-los no armário, descer e subir as escadas utilizando o corrimão, realizar pequenos trabalhos sendo o ajudante do dia, comer sozinho, entre outras pequenas tarefas, tão importantes em nossa rotina diária. No Infantil 2, as crianças participam, ao longo do ano, de propostas que promovem a percepção de si e a independência em aspectos da vida cotidiana. As ofertas são

escolhidas pensando no que elas já conseguem fazer sozinhas. Respeitamos e acreditamos no tempo de cada uma e compartilhamos com elas as conquistas, valorizando cada passo e esforço, assim, estabelecemos uma relação de confiança mútua, intensificando a construção da autoestima. Quando a criança experimenta e participa de situações em que é protagonista e constrói relações com o outro e com o espaço, ela aprende a cuidar de si, a respeitar o outro e caminha para uma independência segura e confiante. Luciane Comenale, Mariana Cafasso e Tatiane Alves Infantil 2


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Por que brincar é aprender?

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uem nunca ouviu a frase: “Criança pequena vai para escola só pra brincar”? De fato, a brincadeira é a principal linguagem das crianças. Elas interagem, se expressam e se comunicam enquanto brincam. É no brincar junto que constroem os conhecimentos que levarão para a vida toda. No Infantil 2, as crianças percebem

muito mais a brincadeira ou algum objeto do que a presença do outro, mas isso começa a mudar no Infantil 3, pois elas são convidadas a construir a cultura do ouvir, convivendo intensamente com os colegas. Afinal, em uma roda, todos querem falar e questionar. Como é difícil ter de esperar o outro concluir um pensamento, mas isso faz

Karina Portillo, Kátia Fernandes, Selma Barbosa e Yasmin Abdo Infantil 3

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Brincadeira: qual é a letra inicial do seu nome?

parte de um valor muito trabalhado na Eduque: o respeito. Respeito ao ritmo de cada um e aos diferentes pontos de vista. Quanto mais lúdica for a maneira de apresentar os conteúdos, mais envolvimento na construção do aprendizado é notado. Por exemplo, em Matemática, trabalhamos com a parlenda “A Galinha do Vizinho”. Construímos os ovos e criamos diferentes propostas para contá-los, assim, garantimos a aquisição da contagem oral até 10. Outro jogo apresentado é “Caixa de Ovos”, também com o objetivo de trabalhar a contagem: “Quantos ovos cabem na caixa?”, que vai até

12 e o desafio é contar a quantidade correta de ovos, um trabalho em equipe, com novos desafios a cada jogada. Mais uma brincadeira que acontece diariamente é feita com as plaquinhas dos nomes: “Vamos escolher o ajudante?”. A definição é feita a partir de uma parlenda escolhida pelas crianças, e para descobrir de quem é o nome selecionado, são construídas estratégias: alguns se apoiam no tamanho do nome, outros na primeira letra, outros ainda avançam e percebem a última letra e, aos poucos, reconhecem e nomeiam as letras que compõem seu nome e os nomes dos colegas. No decorrer do curso do Infantil 3, são planejadas muitas oportunidades de aprendizado. Brincando, prosseguimos no propósito de valorizar as relações, o cuidado, a ternura e a beleza que existe em um grupo cheio de pessoas com características diferentes.


Escola em Ação

Desenhança

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pintora, desenhista e designer gráfica Edith Derdyk diz que “o ato de desenhar impulsiona outras manifestações, que acontecem juntas, numa unidade indissolúvel, possibilitando uma grande caminhada pelo quintal do imaginário”. A interação da criança com diferentes linguagens artísticas, como dança,

teatro, canto e desenho, desenvolve também a capacidade simbólica, a organização psicomotora e o processo de construção de identidade. Com o objetivo de despertar a curiosidade e o interesse em um grupo criativo e cheio de energia, pensamos em um tema que pudesse envolver tanto o movimento, característica presente nesta faixa

etária, quanto a arte. Surgiu, então, no Período Complementar das crianças do Infantil 4 e 5, o projeto “O corpo que desenha”. A pergunta que disparou as pesquisas foi: “será que conseguimos desenhar utilizando os movimentos de diferentes partes do corpo?”. Surgiram respostas intrigantes e criativas, como as opções de desenhar com as mãos sem estar com os pés no chão, utilizar o cotovelo para pintar e até deixar marcas movimentando braços e pernas ao mesmo tempo. As crianças colocaram todas essas ideias em prática, utilizando variados tipos de riscadores, como canetinha, tinta guache, giz

pastel e carvão, além de suportes, como papeis, parede e chão. Em cada uma das propostas, um desafio diferente era lançado - experimentamos desenhar com a boca, pés, cotovelos e joelhos. Em cada encontro, novas estratégias precisavam ser pensadas para desenvolver o controle do movimento do corpo, a velocidade das ações e o equilíbrio, afinal, desenhamos até pendurados e sendo balançados. Para ampliar os saberes das crianças, como nutrição estética, selecionamos a artista Heather Hansen que, usando seu corpo sobre o papel e um pedaço de carvão, cria diferentes formas e simetrias. A técnica foi testada por aqui ao som de músicas instrumentais, dando maior leveza e ritmo aos movimentos. A harmonização entre o movimento e as artes plásticas possibilitou que as crianças percebessem o próprio corpo no espaço, deixando marcas como se fossem uma “desenhança”, nome que demos à ação de se movimentar para desenhar. Natália Riboldy Período Complementar 4 e 5


Escola em Ação

Quem não gosta de uma boa história?

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ma menina de chapéu vermelho que avista um lobo e é salva por um caçador, ou uma princesa que é maltratada por sua madrasta e encontra seu príncipe encantado... São muitas as histórias que as crianças ouvem, desde muito pequenas. É só falar “Era uma vez” que começa o envolvimento com imagens de um bom livro, com quem está contando a história e ainda com a possibilidade de se transformar em inúmeros personagens. Num contexto de encantamento, o Infantil 5 tem como proposta re-

contar os contos maravilhosos, histórias bem conhecidas das crianças.

Ouvir diferentes versões de

contos amplia o repertório

O gênero conto, com suas narrativas fantásticas, conectam as crianças com o imaginário, proporcionando, por meio da literatura, o contato com a magia e seres extraordinários, como animais que falam, fadas, monstros, bruxas, príncipes e princesas, he-

róis e vilões que entram em conflito e chegam ao final feliz. Ao menos duas vezes por semana, as crianças ouvem uma versão diferente destes contos, para que possam ampliar o repertório sobre este tipo de literatura, depois, por meio de uma votação, escolhem a história predileta do grupo para recontar. Passamos então à segunda etapa, que envolve conhecer diversas versões de um mesmo conto. Nutridos com um vocabulário específico e formas diferentes de narrar, as crianças recontam oralmente a história. Nessa

Aline Seguessi, Carla Vieira e Tatiana Ledo Infantil 5

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Roda de leitura do reconto produzido pelo grupo

construção, o professor é o escriba e tem o papel de registrar cada parte citada exatamente como foi dita pelas crianças. A mediação no momento da escolha dos trechos que serão inseridos também é um ponto de investimento e precisa de um olhar atento, para que todos possam contribuir e expressar seus pensamentos e ideias, respeitando a ordem dos fatos e a coerência dos acontecimentos narrados. Há também um trabalho de revisão. Depois de terem terminado de contar a história, pensam na substituição de palavras repetidas e ajustes para torná-la mais compreensível para o leitor. A finalização desta proposta conta ainda com as ilustrações dos trechos apresentados. O momento de compartilhar o trabalho com outras crianças traz muita satisfação e alegria a todos os integrantes da turma, além de propósito para esta escrita, porque, afinal, escrever para alguém faz muito sentido!


Escola em Ação

O corpo humano, nossa “supermáquina”

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onhecer o nosso corpo e a produção de energia para nos manter vivos proporcionou que os alunos do 1º ano discutissem sobre os órgãos do sistema digestório e a importância dos hábitos de alimentação saudável para a manutenção da saúde. Esses foram alguns conteúdos trabalhados no projeto “Nosso Corpo”. Tudo começou pela observação “de fora para dentro”. Para isso, contornaram a silhueta do corpo, criando a figura de uma boneca gigante, a fim de descobrirem as divisões presentes no corpo humano: cabeça, tronco, membros superiores e inferiores e os elementos de cada parte. “E como será dentro do corpo?”, uma pergunta, aparente-

mente simples, foi disparadora de outros questionamentos e discussões. Para tentar respondê-la, pensaram no alimento, afinal, é ele que percorre o caminho invisível aos nossos olhos. Depois de pensar e levantar muitas hipóteses, as crianças registraram em forma de desenho o caminho percorrido por uma bolacha após ser engolida. A socialização das produções gerou mais questionamentos: “tudo o que comemos fica na barriga?”; “toda a comida vira cocô?”; “por que precisamos comer?”; “é a comida que vai para o sangue?”. O envolvimento das crianças na busca por estas respostas enriqueceu nossa pesquisa! Muitos trouxeram livros com informações que

validavam ou descartavam as hipóteses iniciais. Porém, um livro foi essencial e encantou as turmas: A incrível fábrica de cocô, xixi e pum, de Fátima Mesquita. Não é para menos, todos vibravam ao descobrir que a tal “máquina” era o seu próprio corpo! Expressões de aversão e surpresa fizeram parte dos momentos de leitura. Uma viagem e tanto! E por falar em aventura, as crianças foram desafiadas a comer beterraba e milho, devido a cor e estrutura, com o objetivo de perceberem a importância de mastigar bem antes de engolir e descobrir qual caminho os alimentos percorrem pelo corpo. Acredite, comêlos foi a parte mais fácil da experiência! Difícil

foi registrar e socializar as investigações sobre o produto final da digestão. Durante esta etapa, reconheceram, nomearam e representaram todos os órgãos que compõem o sistema digestório. O projeto contou ainda com um desdobramento significativo: as conversas e dinâmicas propostas durante a Semana da Boa Alimentação, ocorrida em maio. Em parceria com a nutricionista da nossa escola, os alunos analisaram os alimentos para conhecer quais deles são adequados para a ingestão diária e quais deveriam ser consumidos moderadamente, além, é claro, dos principais cuidados com a higiene, como lavar as mãos antes de se alimentar. Por fim, o resultado deste estudo sobre o sistema digestório ficou registrado pelas paredes da escola, com dicas de hábitos alimentares e de higiene para adultos e crianças!

Denise Maack, Gabriela Romera, Paula Bighetti, Thatiane Scoton e Taynah Seiler 1º ano


Escola em Ação

A integração curricular por meio do Lego

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ntendemos que uma educação eficaz consegue despertar nos alunos a vontade de conhecer sempre mais. Ensina a elencar o que vale a pena escolher dentre tantas informações e a aprender com as experiências. Uma educação eficaz busca o desenvolvimento integrado, constante e transformador. A Escola Eduque, conectada com os avanços tecnológicos, integrou as aulas de Ciências e Matemática com as propostas de construção de protótipos e ferramentas por meio do material Lego Zoom Education. Tais aulas integradas trazem desafios que aguçam a curiosidade das crianças e provocam o desejo de se chegar a soluções possíveis, bem como de criar

outros protótipos, exercitando, assim, o raciocínio científico e a criatividade. Quinzenalmente, os alunos se organizam em grupos, distribuem-se em funções, estudam propostas de construção de protótipos e analisam o funcionamento destes. As atividades desenvolvidas ensinam o funcionamento de elementos presentes no dia a dia dos alunos, tais como mecanismo de abertura e fechamento de um portão, de um caminhão-guincho, os movimentos de um jogador de hóquei, entre outros. As funções que os alunos assumem em forma de rodízio são: Apresentador, responsável por entrar no aplicativo, incluir todos os membros do grupo no registro digital da ativi-

peças, como eixos, engrenagem, rosca sem fim e caixa de redução, que foram utilizadas por eles ao construírem o portão, o caminhão-guincho e a mesa giratória, ao mesmo tempo em que descobrem novas oportunidades de aprender e de articular os conhecimentos que já possuem. Acreditamos que esse é um ótimo caminho para formar futuros empreendedores, profissionais criativos, responsáveis e flexíveis, que saibam trabalhar em equipe, delegando e dividindo tarefas, além de pessoas que se motivam frente ao desafio e que se mobilizam na busca de soluções. Andreza Gissoni, Gabriela Yue, Joanna Fortes, Kátia Cainzos 2º ano

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dade, acessar o tutorial de montagem e mostrar o passo a passo da construção; Organizador, que fica responsável por separar as peças necessárias e entregá-las aos Construtores; estes, por sua vez, são os responsáveis pela montagem da proposta. Todos os alunos atuam em todas as funções, aprendendo a valorizar diferentes tarefas e a colaborar com o grupo de diversas maneiras. Durante o primeiro semestre, tivemos os alunos entusiasmados diante de inúmeras possibilidades de construções, se apropriando corretamente de um vocabulário específico das áreas de Matemática, Ciências e até mesmo da Física. As crianças identificam e nomeiam corretamente


Escola em Ação

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Matemática: aprendizado, jogos e muitas descobertas

o 3º ano, o trabalho com a Matemática é bastante diversificado. Os alunos têm a oportunidade de vivenciar muitas situações que envolvem desafios e propostas makers que contribuem para esse aprendizado.

Os alunos

compartilham diferentes hipóteses

de resolução

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Todas as hipóteses utilizadas para resolução das situações-problema são valorizadas e compartilhadas com os colegas. Partindo do processo para encontrar as soluções com diferentes propostas, iniciamos discussões acerca do pensamento mais prático

e rápido para chegar à resposta. Os registros são anotados na lousa e após a socialização dos diferentes caminhos, os alunos escolhem mais uma possibilidade de resolução para acrescentar à sua, aumentando, assim, o seu repertório de pensamento aritmético. Quando os estudantes se deparam com a tabuada e a multiplicação, são incentivados a pensar na operação como uma forma de agilizar a soma de parcelas repetidas e nas regularidades que podemos encontrar nos resultados das mesmas. Os alunos sempre surpreendem com generalizações e comparações dentro deste processo de reconhecimento, como a Tábua de Pitágoras e suas propriedades, como a comutativa. As descobertas são registradas no caderno e também são apre-

Jogo monetário com cédulas ilustra�vas

sentadas dicas para favorecer a reflexão sobre a resposta por meio de um resultado próximo ao correto, como a estimativa. Quando compreendem a ideia da tabuada como ferramenta de consulta, são estimulados a memorizá-la, uma vez que o processo pelo qual percorreram, com análises e observações, deu sentido ao aprendizado, favorecendo a conquista do conteúdo. Os jogos, que as crianças adoram, facilitam a fixação da tabuada, como a prova minuto, à medida que os alunos são desafiados a dar a resposta das multiplicações em menor tempo. Quando seguros, são estimulados a pensar em multiplicações com deze-

nas, utilizando o processo de decomposição e depois a soma. O trabalho com a ideia da divisão inicia desde a Educação Infantil. A evolução dessa aprendizagem se dá com o aumento das quantias que são envolvidas, a relação entre os termos da divisão e a análise do resto. Os alunos iniciam usando o pensamento por estimativa e decomposição, para, depois, apresentarmos algoritmo (conta armada). Assim, a Matemática é explorada a cada aula de modo divertido e com muito significado. Renata Bosio e Vânia Marlise 3º ano


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Orientação Educacional O aprendizado do convívio

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opinar e defender suas ideias de forma coerente, crítica e justa, sabendo ouvir e aprender com o outro. Este ano, o 4° ano apreciou a leitura compartilhada do livro O inimigo, de Davide Cale e Serge Bloch. Refletiram sobre os motivos pelos quais as pessoas fazem guerras, dialogando sobre questões como: “quem são os inimigos?” e “por que lutam com pessoas que não conhecem?”. Nossos alunos puderam compreender que, ao mesmo tempo em que alguns homens propõem a guerra, muitos outros lutam para diminuir a dor provocada por ela, por meio de ações sociais, solidariedade e compromisso. Dialogar sobre a guerra foi ponto de partida para que identificassem nas situa-

ções corriqueiras em que estão inseridos, conflitos estabelecidos por falta de comunicação, e pensassem outras formas de se comunicar que não fizesse o uso de violência verbal ou desrespeito.

Já o 5° ano se propôs a entender parte do que é participação e engajamento social, descobrindo que suas ações podem ter efeitos positivos para além dos muros da escola. O disparador do trabalho para estas tur-

a formação de um cidadão comprometido com seu entorno, além de prevenir ações de desrespeito e intolerância. Márcia Regina e Sylmara Pedrero 4º e 5º ano

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Eduque possui, como marca pedagógica, o investimento no desenvolvimento humano com foco em valores, como amizade, respeito, tolerância, cooperação, responsabilidade, flexibilidade e solidariedade. Esses valores estão presentes em diferentes momentos da rotina escolar. Semanalmente, as crianças têm uma aula de Orientação Educacional (OE), na qual podem esmiuçar o significado deles, por meio de leituras, reflexões a partir de casos e situações ilustrativas. Os alunos de 4° e 5° ano conseguem colocar-se de maneira cada vez mais questionadora, característica que torna as aulas de OE mais ricas. Como professoras, apoiamos as crianças para que saibam

mas foi o livro Navegando em mares conhecidos - como usar a internet a seu favor, de Silmara Franco. A leitura coletiva e as rodas de conversa instauradas fizeram com que percebessem que a internet pode ser também uma poderosa ferramenta de divulgação de ideias do bem. Entenderam ainda seus riscos e pensaram em quais atitudes ajudam a manter a segurança e o respeito à privacidade do outro. Experiências como essas, quando desenvolvidas no espaço seguro, que é a escola, contribuem para


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Aconteceu Integração Família Escola - 7/4

Semana da Boa Alimentação - 23 a 27/4

Reencontro de ex-alunos - 5º ano 2017 - 10/5

Acampamento NR - Imersão em Inglês - 18 a 20/5

Festa Junina - 16/6

Curso de Férias em Inglês - Winter Fun - 16 a 20/7

Escola Eduque Av. Bosque da Saúde, 1404 - Bosque da Saúde São Paulo - SP - (11) 5078.0123/ (11) 5581.0123 www.escolaeduque.com.br atendimento@escolaeduque.com.br Siga a Eduque!

Vai Acontecer...

18/8 - Feira do Livro e Dia Esportivo 30/8 - Palestra com Inês de Castro 29/9 - Eduque Mostra: Ciências 20/10 - Eduque Mostra: Cultural 30/10 - Noite Literária (1º ano) 29/11 - Cerimônia de Encerramento e Certificação de Cambridge (5º ano)


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