Revista Eduque em Ação – Edição Setembro 2016

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Ano VII Número 15 SETEMBRO 2016

Capa

Brincar: oportunidade de desenvolver criatividade e percepção

Espaço do Ex-aluno

O esperado dia do reencontro na Eduque

Momento Pedagógico

A era digital e os relacionamentos


CULTURA

EDITORIAL

A diversidade e as atualidades no contexto escolar

O inventor de um mundo fantástico “Um país se faz com homens e livros...” Monteiro Lobato

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ossa sociedade é marcada pela pluralidade, pois o Brasil é um país de grande extensão territorial, com um povo formado por diversas etnias e diferentes vertentes culturais que, juntas, formam a cultura brasileira, rica e diversificada, com manifestações artíticas, científicas, culinárias, folclóricas e linguísticas. O papel da escola como geradora de conhecimento é formar pessoas com as habilidades de pensar criticamente, questionar e intervir na realidade, visto que está mergulhada na sociedade e é uma parte dela que, por si só, é geradora de diferentes pontos de vista. A marca pedagógica da Eduque ressalta como eixo que transversaliza todo o projeto curricular a Formação Pessoal e Social: Identidade e

Autonomia, que investe na formação humana com foco em valores, como amizade, respeito, tolerância, cooperação, responsabilidade, flexibilidade e solidariedade, para que as crianças aprendam a conviver, a ser e a estar com os outros e consigo mesmas.

É possível conviver com as diferenças, respeitando as opiniões de cada um Assim, a Eduque traz em seu cotidiano a discussão sobre questões sociais como a diversidade, o reconhecimento dos sentimentos nossos e dos outros, o respeito pela diferença de gostos, opiniões e culturas, os be-

nefícios e cuidados com um mundo tecnológico, de informações rápidas e acessos ilimitados, entre outras. São temas que estão presentes na atualidade ou situações que provocam a reflexão sobre fatos e contextos diversos. Respeitando as faixas etárias e a complexidade dos assuntos, os alunos são convidados a ler, discutir e opinar sobre o que acontece em São Paulo, no Brasil e no mundo, apoiados no respeito aos diferentes argumentos e pontos de vista, que nem sempre são opostos ou divergentes, podem ser múltiplos. Como um dos lugares de formação do indivíduo, nutrindo-se de fatos reais, a escola pode alavancar a educação integral dos alunos no plano da vida social, potencializando o ensino. Neste cenário, o professor de-

senvolve um trabalho que possibilita aos estudantes compreender as razões por detrás dos fatos, argumentar, pensar e encontrar soluções por si próprios de forma transdisciplinar. O grande desafio é trazer essa diversidade de olhares ensinando que é possível conviver com as diferenças, respeitando as opiniões de cada um e evitando o preconceito. Isso enriquece e aprimora a arte de viver em sociedade, em todas as épocas.

Patrícia Cintra Diretora Pedagógica

EXPEDIENTE Escola Eduque Diretora Geral e Mantenedora: Lucia Duarte Diretora Pedagógica: Patrícia Cintra Coordenação Pedagógica • Cristiane Kuroba • Gabriela Bento • Guadalupe Cainzos • Lucelena Souza • Viviane Polito • Tatiana Duarte

Revista Eduque em Ação Coordenação Geral: Juliana Duarte e Mayara Alves Produção Editorial: Equipe Eduque Fotografias: Arquivo Eduque Diagramação, design e revisão: pontoZap comunicação www.pontozap.com.br

As informações contidas nesta revista constituem material protegido por direitos autorais, pertencentes à Escola Eduque. Sua divulgação, reprodução ou qualquer forma de uso é proibida e depende de prévia autorização.

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o universo infantojuvenil, um poderoso nome ressoa aos nossos ouvidos como uma leve brisa da qual já ouvimos tantas vezes falar, por meio de adaptações para programas de televisão, dança ou teatro. Mas o que permanece em nossas memórias são os livros escritos por este grande autor: Monteiro Lobato. Não por acaso, o Dia Nacional do Livro Infantil (18 de Abril) corresponde à data de nascimento do escritor. Esta homenagem demonstra, assim, uma parte da importância extraordinária sobre a obra e a criatividade de um dos maiores gênios da literatura brasileira.

O criador do Sítio do Pica-Pau Amarelo merece destaque em nossa Biblioteca “A Menina do Narizinho Arrebitado”, publicado em 1920, atravessou décadas e gerações de leitores. Sua primeira obra para crianças, na qual o escritor introduz o leitor ao mundo hiper-realístico do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, é considerada um dos pri-

meiros livros de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina. Com o livro “Os doze trabalhos de Hércules”, o autor conclui uma saga de 39 histórias e quase um milhão de exemplares vendidos. Por estes motivos, a Eduque investe na inserção desse grande literário como referência no processo de educação, com a inclusão desses clássi-

cos no currículo do Ensino Fundamental. Esse processo ocorre com a seleção de um título para cada série e o projeto de leitura da Biblioteca, no qual os alunos têm a oportunidade de ouvir, lidos por mim, os livros: “As reinações de Narizinho” e “Memórias de Emília”. E neste ano, especialmente na Mostra Cultural, que acontece em meados de

outubro - evento que engloba os Cursos Extras de Teatro, Balé, Dança Criativa e Violão - teremos uma adaptação para o texto dramático das obras: “Reinações de Narizinho”, “Memórias de Emília”, “Pedrinho”, “O Pica-Pau Amarelo” e “O Saci”. Será um momento muito especial! Tássia Vargas Biblioteca Eduque


ESPAÇO DOS ALUNOS

ESPAÇO DO EX-ALUNO

Concurso Literário 2016

Encontro de ex-alunos Eduque 2016 ...tem gente que me dá tantas saudades, que eu gostaria de reencontrar para devolver! Mell Glitter

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lunos do 4° e 5° Ano foram incentivados a participar do 45° Concurso Internacional de Redação de Cartas da UPU (União Postal Universal) 2016, divulgado anualmente pelos Correios. O tema desse ano foi: “Escreva uma carta a você mesmo aos 45 anos”. Escrever cartas tornou-se algo pouco usual em nosso cotidiano, pensando nisso, foi construído um projeto para que os alunos pudessem se apropriar das características

dessa escrita. Os alunos tiveram conhecimento do regulamento do concurso, foram lidas redações vencedoras de anos anteriores, exibidos vídeos e um filme sobre o tema, com a intenção de familiarizá-los para que pudessem escrever o texto com propriedade. As cartas prontas foram encaminhadas para a comissão interna da Eduque, que selecionou duas delas para o envio aos Correios. Como forma de reconhe-

cimento, a escola presenteou os alunos Julia G. e Gustavo S. com um vale-livro. Participar de concursos como esse incenti-

va os alunos a aprimorar a sua escrita. Althéa D’Almeida e Viviane Nunes Professoras do 4º e 5º Ano

nvoltos pela saudade, alunos e equipe de profissionais aguardavam esse encontro com muita expectativa. A equipe planejou com muito cuidado o convite, os espaços, as comidas, as embalagens das mandalas – que compunham o painel “The End” da entrada do prédio do Ensino Fundamental, produzido pelos alunos no ano anterior - para fazer desse um

momento muito especial! Com as crianças não foi diferente. Assim que os convites chegaram, a rede de comunicação dos alunos foi ativada para combinar caronas, a fim de que todos pudessem estar presentes. Sem dúvida, a colaboração dos pais foi importantíssima para que tudo desse certo! No dia 6 de maio, próximo ao horário marcado, os nos-

sos adolescentes começaram a chegar. Os espaços foram invadidos por abraços, sorrisos e muita história para contar. Neste momento, o período vivido na Eduque foi resgatado, como se esses alunos tivessem ido embora no dia anterior e voltado para a aula. Atualmente, eles estudam em diferentes escolas, como: Bandeirantes, Arquidiocesano, Montessori - Sta.

Terezinha, Rosário, Colégio São Francisco Xavier, Consa, Gracinha e Colégio Regina Mundi. E assim, a continuidade da história passa a ser constituída. Sabemos que as memórias, as aprendizagens e as amizades aqui construídas acompanharão essas crianças por toda a vida. Lucelena Souza Coordenadora Pedagógica

Veja alguns depoimentos colhidos no dia do encontro: “A Eduque foi uma experiência incrível e é um lugar que vou me lembrar sempre. ” – Mariana M.

“A Eduque é um lugar inesquecível, maravilhoso, sensacional...que por mim nunca deveria terminar no 5º Ano” – Guilherme T. N.

“Para mim, a Eduque é um lugar de alegria e amizades. ” – Pedro N.

“A Eduque foi a escola que me ensinou muito, e me ajudou em tudo! Amo muito essa escola! “ – Maria Luiza O.


ESPECIAL

ESPECIAL

Eduque Mostra Arte: Segredos da Matéria “À sua maneira, a arte diz o que dizem as crianças. Ela é feita de trajetos...” Gilles Deleuze

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omo cita o filósofo Gilles Deleuze, a arte é feita de trajetos. Na Eduque, esse trajeto se inicia nos estudos e formação de professores, que refletem em projetos diferenciados e investigativos, em visitas mediadas a museus de arte de São Paulo, em propostas feitas às crianças e compartilhadas no ambiente escolar, num olhar sensível e criativo para o mundo. Entendemos que a arte possui diferentes “ter-

ritórios” de criação e pesquisa, que se entrecruzam para transformar ideias em cores, formas, sensações, poesias, objetos, obras, beleza, acolhimento, estranhamento… Os territórios da arte, pensados desta forma para a educação, por Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque, são: processo de criação e pesquisa, linguagens artísticas, patrimônio cultural, mediação cultural, forma-conteúdo, materiali-

dade e saberes estéticos e culturais, entre outros. Este ano, as explorações

O olhar deve ser ampliado para se criar a arte das crianças estiveram ancoradas no território da Materialidade, que se caracteriza por envolver tudo o que estiver relacionado à matéria, suas características e possibilidades de uso, sua capacidade de dar forma, de

fazer algo existir. Cada série pesquisou diferentes matérias, como poderiam ser manipuladas, transformadas, utilizadas para experimentar processos artísticos, além de conhecerem artistas que também investigam e nutrem esses processos. Como forma de apresentação de todas essas descobertas, a Mostra estará organizada de acordo com o uso que foi feito da MATÉRIA escolhida para experimentar ARTE.

Teremos então seis espaços que apresentarão a matéria como: SUPORTE – quando ela é a base escolhida para receber

Ideias se transformam em cores, formas, sensações, poesias e viram belas obras artísticas outros materiais ou intervenções; FERRAMENTA – quando a matéria é

usada como ferramenta para fazer a arte; PROCEDIMENTO – quando a matéria, sendo dobrada, esticada, colada é o experimento artístico; NATUREZA DA MATÉRIA - a investigação das qualidades da matéria; NUTRIÇÃO ESTÉTICA - ao exibir ou usar os artistas como referência ou matéria para fazer arte; POÉTICAS DA MATERIALIDADE - quando há uma criação autoral que mostra as pesquisas e o que aprenderam.

Fase final! Pintando a escultura

Eduque Mostra: Arte – Segredos da Matéria trará um olhar ampliado sobre o que pode ser usado para se criar a Arte, desde o AR, LINHAS, CORES… Até o movimento como matéria no cinema e o próprio corpo na arte contemporânea. Venha descobrir! Corpo como matéria

Experimento com materiais dobráveis

Juliana Carnasciali (Julli Pop) Professora e assessora de arte


CAPA

CAPA

O espaço do brincar Adriana Friedmann

“Espaço de brincar Espaço sagrado Espaço adequado Espaço alegre Espaço tumultuado Espaço flexível Espaço grande ou pequeno Espaço criativo Espaço caloroso Espaço moderno e Espaço antigo...” Diferentes brincadeiras são desenvolvidas no Pergolado

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tualmente, as crianças têm menos tempo para brincar livremente, pois sua rotina é preenchida por diversas atividades dirigidas, como cursos de idiomas, esportes e outros. É de direito, necessário e importante, ter o tempo de ser criança, tempo para brincar, para socializar, aprender, se desenvolver, olhar e descobrir o mundo com o próprio olhar, sem tantos deveres e responsabilidades. Brincando, as crianças amadurecem algumas competências para a vida coletiva - por meio da interação e utilização dos jogos de regras e brincadeiras simbólicas, elas exploram o ambiente, perguntam e refletem sobre as formas culturais nas quais vivem,

desenvolvendo-se psicológica e socialmente. Por tudo isso e muito mais, brincar também é coisa para se fazer na escola! Desde 2015, a equipe pedagógica da Eduque tem mergulhado de forma profunda nesse universo tão conhecido e muitas vezes pouco fundamentado do brincar.

Brincar também é coisa para se fazer na escola A partir de estudos e reflexões, novas propostas vêm sendo planejadas no dia a dia dos alunos do Berçário ao 5º Ano, a fim de ampliar cada vez mais o tempo de ser criança. Os espaços da escola, como os pátios e o parque, sema-

Na Eduque, o tempo de ser criança é ampliado

nalmente são modificados e reorganizados pelos professores para que novas possibilidades sejam vivenciadas. Jogos e brinquedos são selecionados, com o objetivo de propor diferentes desafios; objetos não convencionais, desde pneus, cones, colchonetes, tecidos e elásticos se transformam em grandes construções, como cabanas, acampamentos e pistas de carros nas mãos das crianças; o Pergolado e o Solário ora têm rede e balança para relaxar, ora saquinhos com diferentes aromas para despertar as percepções sensoriais, entre outras propostas que ampliam o repertório de brincadeiras, levando em consideração a faixa etária das crianças. Nesses espaços com am-

bientações e tantas possibilidades, os alunos vivem o estar e reconhecer o outro, aprendem a se comunicar, respeitar, ouvir, negociar, flexibilizar, ceder e liderar de maneira construtiva e real.

Modificar alguns espaços da própria escola permite a vivência de novas possibilidades Considerando o brincar como algo a ser levado a sério e que deve ultrapassar os muros da escola, este ano convidamos os pais a experimentar essa vivência em nossa Integração Família Escola, que teve o tema: Territórios do Brincar na

Eduque. Num momento de muita descontração, pais, filhos e profissionais participaram de brincadeiras corporais e musicais. As famílias do Ensino Fundamental tiveram a oportunidade de confeccionar jogos que ampliaram as possibilidades de brincar na escola. Agora, as marcas das famílias estão nos brinquedos do pátio, tornando cada jogo ainda mais sig-

nificativo. As vivências e aprendizagens individuais e coletivas proporcionadas pelo brincar têm sido material de reflexão em todo o mundo. Espaços do brincar estão aparecendo pelas cidades para que famílias se reúnam e resgatem, juntas, o tempo de ser criança, afinal, a brincadeira é a forma mais livre de expressão. Gabriela Bento e Lucelena Souza Coordenação Pedagógica

As crianças se sentem à vontade com as mudanças


MOMENTO PEDAGÓGICO

ESCOLA EM AÇÃO

Grupos de conversas e as relações

O período complementar na Eduque

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escola é um espaço de aprendizagem, conhecimento e socialização que dialoga com a realidade e o contexto atual. Diante disso, percebemos que, cada vez mais cedo, o uso da tecnologia e das redes sociais passa a fazer parte do cotidiano dos nossos alunos e suas famílias, o que é algo imutável. No universo escolar, é comum a criação de grupos virtuais entre pais com filhos na mesma turma, e é positivo pensar o quanto aplicativos como o Whatsapp fortalecem as relações de amizade, convívio e promovem a comunicação sobre acontecimentos do dia a dia, como a organização de caronas e lembretes de reuniões.

É normal que as famílias perguntem nos grupos sobre os dias de provas, de entrega de trabalhos, conteúdo da lição de casa e pesquisas a serem feitas. Porém, é preciso cautela para que essa ajuda não passe de um auxílio esporádico, pois quando ela ocorre diariamente, o aluno transfere para seus pais a responsabilidade de lidar com datas e prazos, o que é essencial no processo do desenvolvimento de sua autonomia e do perfil de estudante. Também vivemos situações em que determinadas ocorrências são tratadas neste canal e que, por vezes, os fatos não são esclarecidos devidamente. Essa postura deixa de lado o principal

interessado em esclarecer qualquer ocorrido, a escola, que visa sempre estabelecer confiança entre os familiares e seus profissionais. Por isso, nossa orientação é que sempre procurem a instituição para entender o ocorrido.

Participar de grupos de conversas deve ter um propósito positivo, consciente, ético e respeitoso Para participar de grupos de forma saudável, é necessário também refletir se seu comentário pode causar desconforto para alguma família envolvida - assuntos delicados, como dificulda-

des, conflitos entre os alunos e outras situações comuns da faixa etária devem ser abordados no âmbito privado, não sendo expostos no coletivo. Devemos lembrar que somos modelos para nossos filhos e alunos, e participar de grupos de conversas deve ter um propósito positivo, consciente, ético e respeitoso.

Viviane Polito Coordenadora Pedagógica

cotidiano e o ritmo de vida das famílias mudou com o passar dos anos. As mães, que antes ficavam em casa, hoje atuam no mercado de trabalho e a escola passou a ser uma opção segura e prazerosa, onde profissionais preparados contribuem para o desenvolvimento amplo das crianças. Oferecer a possibilidade de permanência estendida na escola requer planejamento e reflexão. O nosso Período Complementar é um curso pensado com muito critério, tendo como base o cuidar, o educar e o brincar.

A possibilidade de permanência estendida na escola requer planejamento Na Eduque, este curso amplia os momentos em que as crianças vivenciam atividades diferentes do período pedagógico, sendo uma oportunidade para novas aprendizagens. Diante do convívio em um grupo com idades diferentes, elas experimentam ricas trocas, ora ensinando, ora aprendendo, envolvendo valores, respeito ao

Alunos do Fundamental: hora certa para brincadeiras e estudos pessoais

próximo, empatia e solidariedade. Da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, as propostas do Período Complementar incentivam a autonomia nos cuidados pessoais com espaços e

pertences. Por meio de brincadeiras e jogos, as crianças desenvolvem capacidades e habilidades para novos desafios. Os projetos têm a vertente de ampliação cultural. No primeiro semestre,

Autonomia desenvolvida de modo lúdico

no grupo de 2 e 3 anos, as brincadeiras com ar se transformaram em arte e, no grupo de 4 e 5 anos, as linhas e barbantes deram nó, se entrelaçaram e espalharam obras pela escola. Os alunos do Ensino Fundamental possuem horário para as lições de casa e estudos pessoais acompanhados pela educadora, fazem uso da tecnologia e têm tempo para brincar. Estar na escola no Período Complementar é muito mais do que adquirir novos saberes, é também conhecer o mundo, se conhecer e se relacionar. Aline Pinheiro, Natália Riboldi, Camila Arashiro e Juliane Bevilacqua Equipe do Período Complementar


ESCOLA EM AÇÃO

ESCOLA EM AÇÃO

Matemática não é um problema – Infantil 5

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a Educação Infantil da Eduque, a matemática é ensinada por meio de jogos e situações-problema. As crianças são estimuladas a justificar suas escolhas e refletir sobre as respostas. Assim, organizam o próprio pensamento e compartilham as estratégias com os colegas. Durante o processo, a justificativa pode ser feita oralmente ou por escrito. Para isso, a criança utiliza

representações pessoais - desenhos, risquinhos, contagem nos dedos ou até cálculo mental - antes de chegar ao registro formal da linguagem matemática. No Infantil 5, a expressão de diferentes formas de raciocinar sobre um mesmo problema são compreendidas e levadas em consideração para que, assim, as crianças ampliem e compartilhem diferentes maneiras de resolução.

Acompanhe a discussão que tivemos a partir de uma situação-problema proposta no caderno Eduque:

Situação-problema: “Leonardo fez uma montagem com peças de lego. Ele utilizou 3 peças azuis e 7 vermelhas. Quantas peças Leonardo utilizou para sua montagem?” Diferentes respostas: “Eu já sei que 7+1 é 8, aí 8+2 só pode ser 10. É bem fácil descobrir isso.” - Letícia H. “Eu pensei e desenhei 3 azuis, daí pintei de azul. E 7 vermelhas, daí pintei de vermelha. Aí depois eu tive que contar tudo de uma vez só.” - Gabriel N. “Eu contei no dedo 3 e depois 7 e aí deu 10!” - Mariana O. “Eu desenhei 3 peças de azul e 7 de vermelho e contei tudo...” - Henrique G. “Eu usei os meus dedos e os da Manu. Ela tinha 7 vermelhas e eu 3 azuis. Foi fácil...” - Miguel C. “Eu fiz 7 bolas vermelhas e 3 azuis, porque eu não sei desenhar o lego. Aí eu descobri.” - Juliana C. “A gente pode desenhar, mas também dá para contar com a cabeça”. - Gabriela O. “É simples, é só contar com a cabeça, fazer matemática.” - Nícolas M.

As respostas podem ser dadas de diferentes formas

3 Gs - Gentileza Gera Gentileza – 3º Ano

Gabriela Romera, Rebeca Zenith, Daniela Motta, Tatiana Ledo Professoras do Infantil 5

Roda de leitura do livro “O menino de muitas caras”

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m dos objetivos na Eduque é trabalhar com a formação integral do aluno, cuidando das relações sociais, entendendo que conflitos podem e devem ser trabalhados como parte importante da formação do cidadão. Com esta perspectiva e muita reflexão, os alunos do 3º Ano deram início a mais um de seus projetos. Nosso primeiro momento foi o de descobrir o significado da palavra gentil, que segundo o dicionário Aurélio é: “qualidade de gentil; graça, elegância, galantaria, formosura; ação nobre ou distinta; amabilidade e favores”. Após essa descoberta, re-

lembramos uma cena que nos marcou no filme “Cinderela”: a fala da mãe para a filha antes de partir, quando disse à menina o que julgava ser importante e essencial

“O vírus da gentileza pode contaminar o mundo e transformá-lo através de uma corrente do bem” para sua vida: “Tenha coragem e seja gentil!” - mesmo passando por várias adversidades, a personagem nunca

desistiu de seguir o ensinamento de sua mãe. Na etapa seguinte, cada estudante fez um registro para o mural pensando em situações em que tenha sido gentil e o que sentiu. O inverso também foi solicitado. Por meio de desenhos, puderam expressar gentilezas que acontecem na escola. Depois disso, assistimos a vídeos e, a cada novo aprendizado, as rodas de conversa ficaram mais ricas, com exemplos do cotidiano, mostrando que essas atitudes são possíveis e devem permanecer em todos os ambientes. Então, ouvindo a música “Gentileza”, de Marisa Monte e, observando seu

videoclipe, demos continuidade às atividades. Para enriquecer o trabalho, as turmas estão lendo o livro “O menino de muitas caras”, de César Obeid e Jonas Ribeiro, Editora do Brasil. E como alguns alunos falaram, “o vírus da gentileza pode contaminar o mundo e transformá-lo através de uma corrente do bem”. Vamos acreditar que é viável transformar novos dias com muitas gentilezas e sentir as alegrias da convivência harmoniosa e tranquila! Fica agora um convite a você, leitor: deixe esse vírus te contagiar. Vânia Geishofer Professora do 3º Ano


ESCOLA EM AÇÃO

ESCOLA EM AÇÃO

Criar e dançar - Dançar e criar

Eu e o outro – Infantil 3

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econhecer sua própria imagem é um dos primeiros passos para a construção da identidade da criança. Aos 3 anos reconhecem a si mesmos, familiares e pessoas que vivem em seu círculo social. Porém, o olhar egocêntrico ainda faz delas o centro do universo. Visando a construção da identidade e partindo dessa característica da faixa etária, os alunos são convidados a reconhecer a escrita de seu próprio nome. O nome é algo pessoal e intransferível - um conjunto de letras que forma uma palavra que nos identifica na sociedade. Em sala de aula, os nomes escritos em diferentes lugares tornam individuais os espaços que são coletivos. O cabideiro, as agendas, as roupas, os trabalhos e as escovas de dentes são alguns dos objetos nomeados para que cada um se reconheça nesse espaço e identifique o que é seu. Mas trabalhar a identidade vai muito além de reconhecer o próprio nome. Identificar os próprios gostos e preferências, reconhecer-se como indivíduo único no meio de outros é um grande desafio. Em nosso dia a dia, criamos situações para que as

Atividades com o próprio nome reforçam o autoconhecimento

crianças descubram suas particularidades e proporcionamos a elas momentos de interação com o outro, negociações e escolhas, como os cantos de atividades diversificadas montados logo no início do dia, exercício diário de convivência e descobertas sobre si.

preferências e gostos. O desafio é escutar o colega sem interromper sua fala, esperar a vez, momento importante em que podem se olhar, dar as mãos e, assim, se sentir pertencentes ao grupo.

Ao trocarmos de ambiente, as crianças interagem com diferentes pessoas e aprendem a se colocar em cada lugar. Já sabem que na Biblioteca temos que falar mais baixo, no Parque podemos brincar de correr, no Refeitório precisamos nos sentar para comer o lanche, construindo assim relações e comportamentos em cada lugar. Ações cotidianas são de grande importância para que esse processo de construção da identidade aconteça. São pequenos atos que as deixam mais seguras e permitem que construam o olhar sobre si e sobre o outro, reconhecendo-se enquanto indivíduos únicos no espaço coletivo, que é a escola.

Adriana Lettieri e Karina Portillo Professoras do Infantil 3

Reconhecer-se como indivíduo único no meio de tantos outros é um grande desafio A roda da conversa é outra oportunidade de relatarem suas vivências,

Gostos e preferências são trocados nas rodas de conversas

A

Dança Criativa enriqueceu as possibilidades de Cursos Extras da Eduque para os alunos do 2º ao 5º Ano em 2016 – sua proposta está baseada nas teorias de Rudolf Laban*. Essa modalidade contribui para o desenvolvimento físico da criança, mas vai além de uma atividade funcional. Seu objetivo é apresentar diferentes ritmos musicais, como Danças Brasileiras, Jazz, Contemporâneo e Street Dance, possibilitando o conhecimento de outros ritmos e culturas. Isso permite que o aluno descubra com qual estilo ele mais se identifica, além de desenvolver a apreciação pela arte, levando-o a descobrir o movimento como forma de linguagem e expressão. Durante as aulas, são desenvolvidos alongamentos, jogos corporais e propostas que levam a criança a articular seu corpo com a sua imaginação. O corpo em movimento: Iniciamos o 1º semestre com atividades baseadas no tema “Conhecendo o Corpo” - os alunos exploraram as possibilidades de movimentar cada parte do corpo e aprenderam sobre as articulações, ampliando

Diferentes ritmos são apresentados aos alunos

Na Eduque, os alunos participam da Dança Criativa, modalidade que vai além da atividade funcional o repertório de movimentos. Com o auxílio de histórias e objetos, exploramos as diferentes maneiras de executar as ações: lento ou rápido, mudanças de direções, de planos (baixo, médio ou alto) e de intensidade (movimentos leves e fortes). O primeiro estilo com o qual os alunos tiveram contato foi o Street Dance, que possui movimentos firmes e sincronizados, seguindo a música com batidas fortes. Para finalizar os estudos

iniciais do corpo e movimento deste semestre, os alunos foram desafiados a criar um pequeno trecho coreográfico em grupo com características do estilo Street Dance. A coreografia e o público: No início do segundo semestre, os alunos iniciaram o trabalho de composição coreográfica

para apresentar na Mostra Cultural, que acontecerá em outubro e envolve também outras manifestações artísticas, como o Teatro e o Balé. A Mostra é a oportunidade que os alunos-artistas têm de se tornar cada vez mais confiantes frente ao público, demonstrando os aprendizados adquiridos ao longo do ano.

*Rudolf Laban nasceu em 1879, na Hungria. No início do século XX, foi considerado grande mestre da dança. Fundou muitas escolas em toda a Europa, destacando-se na Suíça, Alemanha e Inglaterra. Dirigiu os estudos iniciais na Escola de Belas Artes de Paris. Acreditava que a dança deveria ser acessível a todos, por ser uma maneira de educar. Jackeline Paola Nonato Professora de Balé e Dança Criativa


ESCOLA EM AÇÃO

ESCOLA EM AÇÃO

A construção de um novo atelier…

Autonomia A sala é composta por nichos na própria parede, com diversos materiais, organizados por critérios que aguçam o processo criativo, além de espaços para a pasta de Artes dos alunos do Fundamental, numa altura possível para buscar o que desejam e guardar o que foi utilizado.

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omo era previsto desde 2015, o Atelier de Arte foi reconstruído num espaço maior e mais inspirador: perto das árvores e flores dos pátios da Educação Infantil e Ensino Fundamental. A obra foi finalizada em fevereiro de 2016 e trouxe a harmonia que estávamos buscando: natureza, luz e arte. O planejamento do novo Atelier contemplou muitos estudos sobre a importância da educação e da arte na formação do cidadão e na sua maneira de enxergar o mundo, além da busca por criar um espaço dinâmico, atraente e instigante.

Entre as novidades, esse projeto permite a entrada de iluminação natural Os ateliers de Reggio Emília, na Itália, foram a nossa maior referência, em parceria com a arquiteta Silvana Martins e a professora Juliana Carnasciali (Julli Pop). Selecionamos três pontos que perseguimos ao longo deste projeto e que promovem um preceito que a Eduque valoriza: espaços também ensinam.

Mesas de Luz e Espelho Esses dois móveis foram construídos na premissa pedagógica de Reggio Emília e têm como maior objetivo que os alunos realizem descobertas por si mesmos, manipulando diferentes objetos, fazendo experimentações e criações que envolvem luz, sombra, penumbra, cores, transparência, sobreposições e reflexão.

Elementos Naturais Depois de ouvir a opinião da paisagista Simone Brito, que cuida dos jardins da escola, a árvore que habitava o local se manteve e o projeto se fez ao redor dela, pensando na importância de os alunos terem cada vez mais contato com as sutilezas da natureza.

A sala foi projetada com portas de vidro para que não se perdesse a iluminação solar e, nos dias mais cinzentos, também possamos observar a chuva. Uma parte do teto é retrátil para que o vento possa assoprar e para que as nuvens também sejam uma paisagem

possível, além de ser uma abertura para recebermos visitas de passarinhos, que por vezes entram, ou mesmo podermos ouvir melhor os seus cantos. O piso também traz a sensação da madeira e o ambiente ficou mais aconchegante.

Que nesse novo atelier, nossos alunos continuem sendo protagonistas de sua aprendizagem e possam vivenciar muitas experiências artísticas que os possibilitem pensar e repensar, olhar e detalhar, escutar e falar, fazer e compartilhar. Tatiana Duarte Gestora Pedagógica


NOVIDADES

Aconteceu Semana Educativa da Boa Alimentação – De 16 a 20/5 A equipe nutricional, em parceria com a pedagógica, desenvolveu propostas para incentivar hábitos saudáveis e boas escolhas na alimentação. Sucos, patês, massas integrais, saladas e a pirâmide alimentar foram temas de reflexão.

Fique por Dentro Preparamos nossas crianças para estudarem nas melhores escolas de Ensino Fundamental II! Neste semestre, o Colégio Bandeirantes, por conhecer nosso sistema

de educação, consolidou convênio com a Eduque. Essa parceria é mais um indicador da qualidade e excelente preparo de nossos alunos.

Festa Junina – 11/6 A Festa Junina, com objetivo de valorização à cultura brasileira, teve como tema a história da Chita, tecido popular no Brasil. As famílias prepararam lindas bandeirolas com o tecido, que fizeram parte da decoração.

Vai Acontecer

Visita Dra. Teresa Haniu – 24/6 A odontopediatra Dra. Teresa Haniu tratou de forma lúdica o tema da prevenção com os alunos do Infantil 3 ao 1º Ano.

• 24/9 – Eduque Mostra: Arte • 15/10 – Mostra Cultural dos cursos extras: Balé, Dança Criativa, Teatro e Violão • 29/10 – The Big Draw • 8/11 – Noite Literária • 24/11 – Cerimônia de Encerramento e Certificação de Cambridge – 5º Ano Participe da Revista Eduque em Ação Envie comentários e sugestões de pauta! Este espaço também é seu! contato@escolaeduque.com.br

Visitas a museus No projeto “Para comer com os olhos”, o aluno do Infantil 3 ao 5º Ano conhecerá os principais museus de arte da cidade. Este ano, visitaram: MUBE; Pinacoteca, MAC, Museu da Casa Brasileira, MASP.

Escola Eduque

Av. Bosque da Saúde, 1404 - Bosque da Saúde, São Paulo - SP 11 5581 0123 | 11 5594 1999 www.escolaeduque.com.br atendimento@escolaeduque.com.br


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