Revista eduque em ação – edição novembro 2012

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Ano II Número 07

NOVEMBRO 2012

Editorial

Qual é a melhor escola? Capa

A importância da matemática desde os 3 anos

Entrevista - Paulo Ronca

“ Limites - uma postura dos pais frente aos filhos”


editorial

E spa ç o d o s P a i s

Qual é a melhor escola?

Noite Literária 1º ano

A infância é única e muito importante e por isso precisa ser muito bem cuidada

E

m outubro, recebemos na Eduque, para proferir uma palestra, o doutor em educação Paulo Ronca (veja seção Momento Pedagógico). Ele conversou conosco sobre o papel da escola na atualidade e, respondendo à célebre questão de qual é a melhor escola, ele disse: “é aquela que a criança ama e por ela é amada; onde há interação e a criança sente-se feliz e acolhida”. Este pensamento nos faz refletir sobre uma grande responsabilidade: a infância é única e muito importante, por isso precisa ser bem cuidada. “Escola que ama respeita a criança e desenvolve valores para a vida”, indica Paulo Ronca e nisso concordamos inteiramente com o educador. Vivemos hoje numa sociedade cujas referências de sucesso e status são ques-

tionáveis e a violência atinge todas as classes sociais. Neste contexto, a Eduque atua na formação do aluno para ter comportamento ético e de cidadania, res-

O grande compromisso é conhecer as necessidades da criança, tendo como eixo a formação da sua autonomia ponsabilidade socioambiental e olhar crítico em relação ao consumismo, por exemplo, que são requisitos de uma formação completa tanto quanto aprender novos idiomas. E o tamanho da escola, importa? O debate teve início nos Estados Unidos, década de 90, pois acreditavam

que as escolas maiores reduziriam custos. Com o surgimento da crise de legitimação social e queda de desempenho nos testes internacionais, iniciou-se o “Small School Moviment” – movimento da pequena escola, indicando que o sucesso acadêmico seria maior nas escolas de menor porte, pois os pais tendem a ser mais envolvidos, os alunos são acompanhados como indivíduos e o desenvolvimento pessoal é melhor trabalhado. Nem muito pequena, nem muito grande, afirmam alguns especialistas, o importante é ter ensino eficiente e diversidade de espaços, sem perda do controle do aprendizado individual. Para nós da Eduque, a discussão é ampla, mas entendemos que o que realmente faz a diferença é a formação e comprometimento dos

professores, um projeto pedagógico consistente, inovações tecnológicas e projetos culturais e artísticos, que darão uma base sólida de conhecimentos. E o grande compromisso é conhecer as características e necessidades da infância, tendo como eixo a formação da autonomia e identidade do aluno, em paralelo ao desenvolvimento acadêmico, aspectos que muito valorizamos. Tudo isso certamente representa amor e respeito ao aluno.

As crianças estão de parabéns, uma grande noite em que cantaram, dançaram, mostraram como estão independentes ao ler os poemas dos autores e principalmente, criaram, escreveram e leram seus próprios versos. Parabéns aos professores e à Eduque pela dedicação e emprenho com os alunos. Silvia Marie T. C. Mãe do Gabriel T. C.

E S P A ÇO DO S A L U N O S

Dia 12 de outubro de 1988 nascia uma escola...

Lucia Duarte Diretora Geral

Expediente Escola Eduque Diretora Geral e Mantenedora: Lucia Duarte Diretora Pedagógica: Patrícia Cintra Coordenação pedagógica • Lucelena Lee • Tatiana Duarte • Guadalupe Boedo

Revista Eduque em Ação Coordenação Geral: Juliana Duarte Produção Editorial: Equipe Eduque Revisão: Paula Strano Fotografias: Arquivo Eduque Diagramação e Design: PontoZap Comunicação (11) 2264-8524

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Eduque completou, no dia das crianças, 24 anos, uma história dedicada à

educação com um trabalho de amor e carinho às crianças.Comemoramos esta data recebendo mui-

tas mensagens de pais por e-mail, Facebook, muitos desenhos e declarações dos alunos. Alguns grupos fizeram até uma festa surpresa de aniversário com formulação de convites especiais para a direção e

coordenação. É muito gratificante acompanhar as manifestações de carinho pela Eduque e saber que os alunos são bem felizes aqui, o gosto pela escola é fator essencial para o sucesso acadêmico!


NÓS DA EDUQUE

M o me n t o Pe d a g ó g i c o

Entrevista

O conhecimento em movimento Professores da Eduque publicam artigos em importantes revistas

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m professor que estuda traz para dentro da aula aquilo que faz a escola caminhar: o conhecimento em movimento. Saber unir a prática com o que se lê nos livros não é tarefa fácil, requer esforço e dedicação. Por esse motivo cada vez mais os professores são incentivados a desenvolver projetos que requeiram estudo, pesquisa e criatividade, pois o diferencial das futuras gerações é justamente saber lidar com o conhecimento adequando-o à realidade. Também por esse motivo, sabemos o quanto é importante di-

vulgar o trabalho à comunidade acadêmica, para que o conhecimento produzido possa inspirar outras pessoas. Na edição de agosto da revista Avisá Lá, uma das mais conceituadas publicações para educadores, há um artigo escrito pela Patrícia Cintra, diretora pedagógica da Eduque, sobre o projeto desenvolvido na escola: Comer com os olhos: proposta de alfabetização estético-visual em museus. Na próxima edição (em novembro) haverá uma segunda parte, finalizando o artigo. Na mesma edição da revista, há outro artigo escrito

pela professora Paula Strano, no qual ela conta sobre uma pesquisa que fez a respeito da formação das crianças como leitoras. Em dezembro, a Revista do Professor trará o Projeto Espaço Imaterial, que relata a construção de Patrimônio Cultural com a vivência dos alunos do Jardim II do “Ritual de passagem da educação infantil ao ensino fundamental”, também escrito por Patrícia Cintra. Ainda este ano, a professora Gabriela Romera ganhou um prêmio de honra ao mérito do Professor Inovador da Microsoft com o projeto Carvernas Urbanas e seu subproduto Grafitti

A Eduque entrevistou o especialista na relação família/escola Professor Doutor Paulo Afonso Caruso Ronca, que explicou o que representa a falta de limites, o encurtamento da infância e o consumismo para as nossas crianças. Digital, desenvolvido em parceria com a professora Ana Carolina Ferraz, acompanhado pela assessora de arte Juliana Carnascialli e pelo Encarregado de Tecnologia Ricardo Maia. Os professores Heder Miranda e Luciane Comenale inscreveram seus trabalhos no Prêmio Professor Nota Dez, da Fundação Victor Civita, relatando o trabalho “Educação Física para Bebês” e o Projeto de Arte “Olhadores”, respectivamente. É com muita satisfação que dividimos nossos conhecimentos, assim como estamos sempre em busca de novos aprendizados.

C U LT U R A

PARA PASSEAR

PARA LER

Teatro - A volta ao Mundo em 80 dias

Indicação de livro da aluna Aline B.Q, 3º ano B

Mr. Fog, um lord inglês, resolve atravessar o mundo com seu fiel criado. A grande sacada do espetáculo é pôr uma câmera no teto para captar os movimentos dos atores e projetá-los num telão ao fundo do palco. Os aventureiros percorrem a Itália, o Egito, a Índia, a China, o Japão e os Esta-

As cores de Laurinha Autor: Pedro Bandeira Ilustrador: Osnei dos Unidos. Recomendado a partir de 5 anos. Até 16 de dezembro. Sábados e domingos, às 16h. Shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis, 618. Tel. 3823-2323. Teatro Folha.

Eu indico esse livro porque aprendi a fazer várias cores com quatro lápis. A história é sobre uma menina que quer dar um presente para sua mãe e incentiva as crianças a desenhar e a pintar.

Editora Moderna

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duque: Qual o melhor momento para os pais estabelecerem limites às crianças? Ronca: Tudo na vida se transforma em processo. “Limites” é uma postura dos pais frente aos filhos, ações que vão dando silhueta ao relacionamento, sentimentos que emolduram sua autoridade. Por exemplo, desde cedo, o filho deve dormir em seu próprio quarto. Eduque: O que representa a falta de limites para o futuro da criança? Ronca: Falo claro: criança sem limites é uma criança chata, que não respeita e não se sensibiliza com nada ou com ninguém; mimada, faz o que quer, sem medir as consequências; egocêntrica, só pensa em si e não sabe dividir; infantilizada, vive movimentos regressivos. Eduque: Diante dos apelos comerciais, como orientar os filhos quanto ao consumo necessário e o pautado pelo desejo? Ronca: O consumismo será – ou já não é? – o grande

mal deste século. Crianças necessitam saber esperar, saber quanto e quando poderão ganhar. Devem dar valor às coisas. Presentes? Só três por ano: um no aniversário, outro na festa religiosa e no dia das crianças. Eduque: Cada vez mais cedo, as crianças exibem tênis e roupas de marcas famosas, modelos arrojados, sapatos de salto, cosméticos, transformando-se em “miniadultos”. Quais os prejuízos dessa antecipação? Ronca: Hoje, vejo com clareza um fenômeno social tão forte quanto perigoso: encurta-se a infância, antecipa-se a adolescência e a maturidade chega tardiamente. Perdemos os critérios que devem marcar cada uma das fases da vida.

a formação da personalidade e do caráter. Eduque: Como podemos prevenir a “vaidade” precoce das crianças? Ronca: A vaidade não é inata; aprende-se a tê-la ou a desenvolvê-la. Se há uma

Vejo com clareza um fenômeno social tão forte quanto perigoso: encurta-se a infância, antecipa-se a adolescência”

Eduque: O que a criança perde com o encurtamento da infância e antecipação da adolescência? Ronca: Perde as melhores fases da vida, fases estas que, se forem bem vividas, à sua maneira e tempo, serão momentos marcantes para

Paulo Afonso Ronca Doutor em Psicologia Educacional pela UNICAMP. Foi professor universitário, é escritor. Assessora escolas no Brasil e na América Latina. Em São Paulo, é diretor clínico do Instituto Esplan. Contato site: www.esplan.com.br

criança vaidosa, é porque houve um adulto que assim a educou ou a incentivou. Conta-se que os antigos gregos, quando queriam destruir um humano, pediam aos deuses do Olimpo que laçassem naquele coração a vaidade e o orgulho.


CAPA

CAPA

Por que ensinar matemática desde o maternal?

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educação assume, entre suas funções, a transmissão de conhecimentos que serão retomados, ampliados e aprofundados no percurso da vida escolar, bem como introduz as crianças no conhecimento elaborado pela cultura. Nesse contexto, o ensino da Matemática supõe que as crianças resolvam problemas matemáticos, adiantem possíveis soluções,

Aliamos conhecimentos matemáticos com atividades que, aos olhos das crianças, são brincadeiras, jogos e desafios provem, equivoquem-se, corrijam tentativas frustradas, comuniquem a seus

pares modos de resolver, considerem as resoluções ou afirmações de outros, discutam, defendam posições, tentem mostrar a incorreção de um procedimento ou afirmação, estabeleçam alguns acordos entre outras habilidades do pensamento. No currículo da Eduque, nomeamos esse trabalho como Matemática desde o maternal (3 anos), pois criamos condições em que os diferentes aspectos do funcionamento matemático são trabalhados. Abrimos as portas das salas de aula da Eduque aos conhecimentos matemáticos com atividades que aos olhos das crianças são brincadeiras, jogos e desafios. Aqui brincar é bastante sério! No maternal, o “jogo do boliche” é uma forma de trabalhar a contagem e a correspondência um a um, cada pino derrubado é contado. No começo usamos poucos pinos, mas conforme o jogo avança outros são incluídos, tornando a atividade de contar mais desafiadora. Além de derrubar e contar, as professoras solicitam que as crianças registrem. As escritas numéricas não-convencionais produzidas pelas crianças são feitas, então todos

são convidados a refletirem sobre as quantidades e registros. Com o intuito de tornar observáveis as evoluções no trabalho com essa área, com alunos do jardim I (4 anos) usamos o “ jogo do bingo” é usado para que as crianças possam discutir como representar os números. Cada dupla recebe uma cartela com os números e juntos devem decidir qual é

o número que a professora falou. Nessa atividade eles discutem como se escreve o 12 ou o 21, por exemplo, levantando critérios como: quem manda é o primeiro número ou ainda olhando o calendário da sala, estratégias simples e muito eficazes. No jardim II (5 anos) esses conceitos vão novamente evoluindo. Um jogo dessa turma é “batalha de car-

tas”, no qual as crianças recebem cartas de baralho com números de 1 a 9. Elas são distribuídas entre os jogadores, que jogam duas cartas ao mesmo tempo e veem que número formou, por exemplo: 37 e 82. Ambos comparam os números, o jogador que tiver o número maior fica com as cartas. Nesse jogo, as crianças comparam grandezas, discutem sobre o valor posicional dos números, utilizam a sequência numérica conhecida ou o quadro numérico presente na sala para comparar grandezas. Em todas as turmas e séries, os jogos são praticados muitas vezes, mas não são eles que garantem a construção do conhecimento e sim a forma como a professora faz as intervenções, os materiais escolhidos para a atividade e principalmente as condições das reflexões. Ainda como modelo de progressão, no Ensino Fundamental as crianças desenvolvem habilidades de

cálculo mental, estimativa, sempre por meio da resolução de problemas, antes de chegar aos algoritmos, conhecidos por nós como as contas ‘armadas’. Sabemos que atualmente as boas escolas são medidas pelos resultados que atingem em sistemas de avaliação como Enem, Saresp, Prova Brasil ou mesmo no Pisa, e a Eduque, conhecendo os conteúdos

exigidos, prepara o aluno construindo e desenvolvendo neles as necessárias competências. Temos a certeza de que um aluno que tem a possibilidade de pensar, argumentar e comparar estratégias diferentes de resolução de problemas tem uma visão ampla e articulada dos conteúdos, portanto, tem melhores resultados.


E sc o l a em A ç ã o

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Jardim I mergulha no universo dos peixes

Maternal e o Projeto Horta

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ntre os meses de agosto a outubro, as turmas de Jardim I tiveram como tema de estudo na área de Natureza e Sociedade o fascinante universo dos peixes. A escolha do tema levou em consideração o grande interesse por animais, algo bem característico desta faixa etária, e possibilitou a exploração de conteúdos como as diferentes espécies, suas características e necessidades vitais e os cuidados básicos com os peixes por meio da sua criação. Iniciamos o estudo com o levantamento dos conhecimentos prévios apresentados pelas crianças, que foram surpreendentes: “Peixes vivem no oceano, no rio, na lagoa e também no aquário!”, “Não pode jogar lixo na água, senão os peixinhos vão morrer sem respirar!”. Depois, foram proporcionadas diversas situações didáticas: pesquisas em diferentes portadores de

informações como jornais, livros, revistas e enciclopédias; a apreciação e manipulação de imagens de diferentes espécies desse grupo de animais por meio de um jogo da memória. Também contribuíram o estudo do meio realizado no Aquário de São Paulo e a visita ao

Laboratório de Ciências da Eduque, em que pudemos tocar, cheirar, manipular e, o principal, conhecemos um peixe de verdade por fora e por dentro.

“ Não pode jogar lixo na água, senão os peixinhos vão morrer sem respirar”, conclui um aluno Após as descobertas, as turmas estavam prontas para a etapa final: a montagem e a manutenção de um aquário de verdade em cada sala.

Para isso, as crianças realizaram uma pesquisa com o auxílio dos pais sobre como fazê-los e então montaram seus aquários e partiram para o trabalho de cuidados com esse ser vivo, além de confeccionarem um caderno de registro, por meio de desenhos, da observação diária do desenvolvimento dos peixes. Abordar o tema de maneira significativa e desafiadora possibilitou um grande avanço no senso investigativo, questionador e observador das crianças do Jardim I. Viviane Fernandes R. Nunes Professora Jardim I A e C

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o segundo semestre, as crianças do Maternal desenvolveram o projeto “Crianças fazem uma horta”, que despertou o olhar para o meio ambiente, valorizando e cuidando ainda mais da vida presente em nosso entorno. Através da observação, reflexão e pesquisa, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer e ter contato com as necessidades e cuidados que temos com outro tipo de ser vivo: as plantas. Tornar esse saber significativo por meio de experiências concretas e vivências com a família revigorou o conhecimento dos pequenos. Ao levantar hipóteses sobre a origem das frutas e vege-

tais presentes em nossa mesa, as crianças perceberam que esses alimentos não são produzidos nos supermercados, mas cultivados na terra ou água (hidropônicos) através de hortas. Cada turma escolheu o que plantar e, mes-

mo depois de plantadas as diferentes sementes ou mudas, outras ideias surgiram com esses pequenos curiosos, desde plantar sementes de frutas trazidas de casa até feijão. O resultado de tanta experimentação foi acompanhado pelas crian-

ças, que prepararam uma horta, interagindo ainda mais com a natureza e a vida presentes de maneira cada vez mais curiosa e respeitosa. Sabemos o quanto é importante para as crianças explorar o meio ambiente, estabelecendo contato com pequenos animais e plantas, manifestando curiosidade e interesse. Construir uma horta com garrafas pet trouxe essa possibilidade para as turmas do Maternal. Com as mãozinhas na terra, semeamos não só sementes, mas também a esperança de um futuro mais sustentável a todos. Adriana Andreassa Professora Maternal D


E sc o l a em A ç ã o

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Ensino Fundamental em Ação Comunitária

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ivemos numa sociedade do imediatismo, que pouco privilegia o desenvolvimento do cidadão. Olhar para o lado, fazer junto, compartilhar são ações que precisam ser apresentadas às crianças, discutidas, exercitadas com frequência e, desse modo, construídas. A preocupação com a formação de cidadãos ativos não é só nossa. Em meados dos anos 90, tal problema inquietava educadores e a sociedade em geral nos EUA, todos discordavam da postura dos jovens à espera do salto para a cidadania ativa. Detectou-se que a falta dessas vivências, durante os anos de formação inicial, não favorecia esse desenvolvimento. Diante desta constatação, chegaram ao consenso de que a “educação deveria, portanto, ser responsável pelo exercício dos alunos para que seus papéis como cidadãos ativos, no futuro, se manifestassem. Não apenas

com uma educação sobre cidadania, mas através de uma educação de e para a cidadania.” (Gearon, 1999) Aqui na Eduque, sempre tivemos essa preocupação e o cuidado em assistir a comunidade através de Campanhas de arrecadação. Com a implantação do curso do Ensino Fundamental, sistematizamos a proposta através de um projeto de Ação Comunitária, que batizamos de EDUQUE FAZ. Acreditamos que as instituições educacionais são as grandes aliadas na formação de uma sociedade capaz e participante. Sabemos que desenvolver, nos nossos alunos, o senso de responsabilidade social através do contato com realidades adversas é uma

das maneiras pelas quais poderemos levá-los a uma tomada de consciência de seu papel de agentes transformadores na sociedade em que vivemos. Este ano a Campanha teve

Compartilhar é uma ação que precisa ser apresentada às crianças início em Setembro com a proposta de atendimento a asilos e contou com a parceria dos avós dos alunos do Fundamental. Cada turma recebeu seus avós para um momento de integração, tomaram chá, comeram bolinho, ouviram história e trabalharam juntos, decorando

“Princípio 7 A criança tem direito a receber educação. Ela deverá ser educada de forma a promover sua cultura geral e capacitada, com base na igualdade de oportunidades, desenvolvimento de habilidades, julgamento individual e senso de responsabilidade moral e social, tornando-se um membro útil à sociedade.”

retalhos que se transformaram em colchas que foram doadas aos asilos. Numa segunda etapa, alguns avós nos auxiliaram na seleção das entidades a serem beneficiadas. Com a Campanha organizada, nossos alunos fizeram a divulgação, escreveram cartas e prepararam cartazes convidando toda a Comunidade Eduque a participar através de donativos. Num ambiente seguro mas desafiador, pudemos propor aos nosso alunos a vivência de um dos princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança. Lucelena Martins de Souza Lee Coordenadora do Ensino Fundamental

Ambientização no Berçário

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brincar é uma das linguagens mais significativas para a criança. A inter-relação entre os ambientes e objetos, suas explorações e transformações através das brincadeiras possibilita sistematizar as vivências e práticas cotidianas, perceber o outro, imaginar, realizar descobertas, comparar e atuar mais autonomamente com os elementos ao redor. (Plano de ensino anual da Eduque– Berçário 2012) No Berçário, consideramos a brincadeira como um

elemento essencial para o desenvolvimento infantil, isso não implica apenas em contemplá-la na nossa rotina, mas também pensá-la como uma situação prazerosa para as crianças. Por isso, montar ambientes que propiciem e enriqueçam as brincadeiras é tarefa diária de nossa equipe. Quando preparamos os ambientes, como o solário interno ou externo, a sala de estimulação motora e a sala de estimulação de linguagem, disponibilizamos os objetos de maneira que

os bebês sejam convidados a desvendar aquele espaço, causando curiosidade. Os objetos e brinquedos oferecidos são selecionados com muito cuidado e expostos levando-se em conta aspectos estéticos: beleza e harmonia. Eles são pendurados nos tetos, barras e paredes, colados no chão, colocados de maneira a criar obstáculos, entre muitas outras possibilidades. Os materiais são colocados de variadas maneiras, com a intenção de atender a todas as crianças do grupo,

pois cada uma delas vivencia diferentes etapas do desenvolvimento. Portanto, a disposição e organização do ambiente possibilitam que experimentem habilidades já adquiridas e sejam motivadas para adquirir outras. A equipe do Berçário tem o papel de fazer a mediação entre a criança e o ambiente, possibilitando situações atraentes e potencializando a aprendizagem social, afetiva e cognitiva. Shirlei Silva Encarregada do Berçário


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Livro de Mitos do 2º ano

Minimaternal e a Caixa Surpresa

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urante as férias de julho, os alunos do 2º ano realizaram a leitura do livro “Mitos – O folclore do Mestre André”, de Marcelo Xavier, dando início ao nosso projeto. Assim que voltaram às aulas, retomamos cada mito, lendo e discutindo sobre as principais características e ações das personagens, assim como a estrutura e organização dos textos: uso da letra maiúscula, pontuação e assunto abordado em cada parágrafo. Após a leitura compartilhada, os alunos foram convidados a escutar o CD que acompanha o livro, recontado na voz do autor. Na próxima etapa, cada turma escolheu um dos mitos

priando da atividade, cada um podia escolher junto com a professora um objeto que desejasse esconder para os colegas descobri-

para reescrever coletivamente. Mais uma vez retomamos a estrutura do texto e enquanto os alunos ditavam, a professora era responsável pelo registro e intervenções necessárias. Com a reescrita coletiva finalizada, cada aluno teve a oportunidade de expor a sua criatividade na construção,

também coletiva, da personagem e cenário do mito, utilizando massinha de modelar. A última etapa do projeto contou com a escolha de um dos mitos e reescrita dos alunos em duplas de trabalho. Cada dupla, com a mediação da professora, produziu e revisou seu texto. A confecção do cenário e das personagens

também foi elaborada pelas duplas, com a utilização de massinha. As produções textuais dos alunos foram digitadas e todo o processo, fotografado. Surgiu, então, o livro de mitos de cada turma do 2º ano! Assunto envolvente, crianças motivadas, curiosas e dispostas a aprender, assim é o nosso grupo de alunos! Gabriela Yue e Katia S. Cainzos Professoras 2º Ano A e B

O Boto O Boto é um mito encantador. Durante o dia ele é um peixe. Nas primeiras horas da noite, sai da água e se transforma em um rapaz forte e bonito, vestido de branco e usando um chapéu para não mostrar o orifício por onde respira, no alto da cabeça. Em seguida, o Boto sai para conquistar os corações. Não é difícil: ele é simpático e brincalhão. Depois de dançar, ele vai para a beira do rio namorar. Tem muitos filhos com suas namoradas, mas nem liga para eles. Para quem quer ganhar o coração de alguém, nada melhor do que um amuleto da sorte, de olho de boto.

Proporcionamos interação associada à curiosidade

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o Minimaternal, uma das sequências de atividades feitas ao longo deste ano que teve grande importância no eixo Linguagem Oral e Comunicação foi a “Caixa Surpresa”. Cientes da importância do lúdico, proporcionamos às crianças diversos momentos de diversão e interação, associados à curiosidade e à elaboração de hipóteses, que vêm contribuindo de maneira satisfatória para a construção do vocabulário de nossos alunos. A proposta está sempre atrelada aos objetos presentes em nosso cotidiano, dentro da Caixa Surpresa pode haver um material escolar, um brinquedo, elementos da natureza ou alimentos. Para a atividade acontecer, costumamos formar uma

grande roda, a caixa então é oferecida às crianças para que segurem, sintam o peso e ouçam o som que o objeto faz ao ser balançado. A partir disso, fazemos perguntas e damos dicas com o objetivo de instigar e aguçar a curiosidade. As crianças criam hipóteses, dão palpi-

tes e muitas vezes acertam qual é o item escondido! O desenvolvimento dessa sequência tem a intenção de proporcionar progressões a cada etapa: no início do ano a professora escolhia o objeto que seria escondido na caixa; conforme as crianças foram se apro-

rem e agora, na reta final, as famílias foram convidadas a participar, confeccionando uma caixa surpresa e escolhendo em casa um objeto para ser descoberto na escola. Todos estão aproveitando bastante, afinal, aprender brincando é muito mais significativo! Monica Araujo e Luciane Comenale Professoras Minimaternal A, B, C e D


E spec i a l

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Inglês Diferenciado na Eduque

Projeto Semente - Jardim II Espaço Imaterial: ritual de passagem da educação infantil ao ensino fundamental

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Eduque acredita na importância do aprendizado de inglês desde cedo. Para isso, conta com a parceria da Seven Idiomas desenvolvendo um trabalho de qualidade visando a obtenção de resultados. A Seven Idiomas é centro autorizado por Cambridge na formação e certificação de professores e centro preparador e aplicador oficial dos Exames de Cambridge ESOL. As aulas ministradas por professores qualificados são acompanhadas pelas coordenações da Eduque e da Seven e têm por objetivo estimular nos alunos o prazer pela língua e desenvolver a compreensão e a fala de forma lúdica, vivencial e significativa para a realidade deles.

Acompanhe a carga horária semanal das aulas de inglês MATERNAL E JARDIM I JARDIM II 1° AO 5° ANO As primeiras experiências de aprendizagem da segunda língua são fundamentais. Elas precisam ser interessantes e prazerosas. A proposta da Seven para a Educação Infantil é aprender em inglês através de brincadeiras, músicas e histórias. No Ensino Fundamental I o aluno participa de brinca-

deiras, atividades em grupo e projetos como facilitadores de aprendizagem. A curiosidade do aluno é estimulada e sua autoestima fortalecida. A leitura de livros em inglês contribui para o desenvolvimento da compreensão escrita e proporciona oportunidade para que as crianças desenvolvam o gosto pela leitura.

1 aula 2 aulas 3 aulas A partir do 3º ano do Ensino Fundamental os alunos passam a fazer simulados dos exames YLE da Cambridge ESOL. O objetivo é incentivar o estudo de inglês e contribuir para que desenvolvam mais estratégias de comunicação. No 5º ano, os alunos prestam o exame YLE, Young Learners Extension. O obje-

tivo é que ao final do Fundamental I todos os alunos tenham um certificado internacional da Cambridge ESOL comprovando os objetivos atingidos, incentivando o estudo do inglês e proporcionando aos pais a segurança de saber que seus filhos estão sendo avaliados segundo padrões internacionais.

vida é repleta de rituais que marcam passagens importantes na nossa trajetória. Um dos primeiros rituais que as crianças vivem é a passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Pensando em tornar esse momento significativo para elas, foi criado na Eduque, em 2010, o Projeto Espaço Imaterial. Tendo em vista a ideia de ciclos e transformação, a arte foi a linguagem escolhida para o desenvolvimento das temáticas trabalhadas em sala de aula. As atividades desenvolvidas envolveram criações coletivas, que nasceram de percursos e descobertas individuais, mas que se transformaram numa composição artística coletiva. Em cada ano, um tema é escolhido e em 2012 trabalhamos com a Semente. A temática foi desenvolvida em sete

encontros, sendo que no último aconteceu uma cerimônia, em que o espaço escolar foi transformado com os trabalhos artísticos feitos pelas crianças. Tudo começou com a pergunta: “se vocês fossem

sementes, como e onde brotariam?”, depois, elas estudaram, a partir da leitura do livro A vida secreta das árvores, de Bhajju Shyam, Durga Bai e Ram Singh Urveti, de onde vêm as árvores. Então pensaram na importância da natureza e na harmonia do meio ambiente em que as árvores estão inseridas. As crianças também puderam conhecer as artes afro brasileira, indígena e gonde indiana, para depois entrar em contato com as sementes: tocaram vários tipos delas, compararam, registraram e, por fim, fi-

zeram a semeadura. Nesse encontro, elas colaram as pedras/sementes formando mandalas, que foram afixadas no muro. Foi realizada, então, a “semeadura” no muro, o que representou o início de um novo ciclo. O Projeto Espaço Imaterial teve como principal objetivo vivenciar de forma artística os ciclos e as transformações que ocorrem em nossa vida. Com isso, pudemos registrar memórias de momentos felizes e ricos, de pertencimento a um grupo, crescimento e transformação.


n o v i d a d es

Acontece na Eduque Dia esportivo - 25.Ago Festival de natação – 15.Set O Festival de Natação apresentou as habilidades desenvolvidas por nossos alunos juntamente com algumas

Big Draw – 20.Out O Big Draw é uma campanha que une pessoas com o mesmo propósito: usar o desenho como uma ferramenta que estimula a criatividade, o convívio social e amplia o universo cultural. Começou em Londres e hoje acontece em diversos países. Toda a comunidade Edu-

curiosidades e características a respeito da Natação nas Olimpíadas. O dia Esportivo apresentou aos pais o desenvolvimento dos alunos nos aspectos cognitivo, socioafetivo e

que foi convidada a desenhar com linhas, fitas e barbantes na praça Brás Gonçalves. Foi uma manhã deliciosa!

motor, nos cursos extras Iniciação Esportiva (IES) e Judô. Foram dias de homenagem aos nossos alunos pelo desempenho e prazer em praticar o esporte!

Mostra de Balé e Festa Cultural - 24.Nov A XIII Mostra apresenta o Balé de Repertório Nápoli, de August Bournonville, com estratégia de renovar e manter as tradições e os encantos do balé clás-

sico. A mostra ocorre junto com a Festa cultural de Encerramento da Educação Infantil, as coreografias propostas às turmas consideraram uma adaptação à histórica original, com personagens significativos para os alunos.

Vernissage – 30.Nov Como fechamento do ano do projeto atelier, A Eduque e o Museu Lasar Segall apresentarão a Mostra de pinturas realizadas pelos alunos ao longo do processo no Curso Extra de Atelier.

Escola Eduque

Av. Bosque da Saúde, 1404 - Bosque da Saúde, São Paulo - SP - 11 5581 0123 | 11 5594 1999 www.eduquenovaescola.com.br novaescola@novaescola-eduque.com.br www.facebook.com.br/escolaeduque

Mostra de violão – 06.Dez Para apresentar as habilidades aprendidas, os grupos do curso extra de Violão farão uma pequena audição aos pais, tocando e cantando as músicas aprendidas. Será uma apresentação muito bonita, de demonstração

de empenho de nossos pequenos violonistas ao longo de todo o ano.


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