Natural da Terra 13

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NATURAL DA TERRA | ANO III - Nº 13

Viagem NATURAL DA TERRA

A enigmática África do Sul

Páscoa

10 receitas com bacalhau

| ANO III - Nº 13

Physalis

A hora e a vez das frutas exóticas 001_Capa[1].indd 1

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é uma publi­ca­ção do Natural da Terra Diretor Administrativo - Florisvaldo Ruiz Gerente de Marketing - Fabiana Marin Assistente de Marketing - Adriana Naomi Takeuti

Natural da Terra – Alto da Boa Vista Avenida Santo Amaro, 6618

Natural da Terra – Brooklin Avenida Santo Amaro, 3493

Natural da Terra - Moema Al. dos Nhambiquaras, 1856

Natural da Terra – Higienópolis Rua Rosa e Silva, 163/177

Natural da Terra – Itaim Rua João Cachoeira, 1351

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Diretora Responsável - Mariella Lazaretti Diretor Executivo - Georges Schnyder Rua Andrade Fernandes, 283 - CEP 05421-010 - São Paulo-SP Tel/Fax.: (11) 3023-5509 - E-mail: 4capas@4capas.com.br Projeto Editorial - 4 Capas Editora R e d a ç ã o Diretor de Redação - Ricardo Castilho Projeto Gráfico - Fábio Santos Editor de Arte - Eduardo Galdieri Editora - Letícia Rocha Colaboraram nesta edi­ção: Texto - Ana Claudia Marigliani, Carol Esquilante, Iva Oliveira, Maria de Gusmão, Paulo Roberto Pompêo (revisão) e Reginaldo Melo Foto - Alexander Landau, Dula, Inês Rabelo, Ricardo D´Angelo e Tadeu Brunelli

Prazeres simples Esta edição o convida a (re)descobrir o prazer de receber em casa. Chame os amigos, mergulhe na vida gourmet, uma fórmula gostosa e criativa para enfrentar a temida “crise”. Em duas reportagens, buscamos mostrar como usar e abusar para extrair o máximo de dois produtos do dia a dia, a alface e o melão. Já para celebrar a Páscoa, dez receitas com bacalhau, ingrediente que não pode faltar na mesa festiva. No capítulo qualidade de vida, investigamos os benefícios da acupuntura, milenar técnica chinesa que visa equilibrar energias que cruzam o corpo. De olho na Índia, o país que desperta fascínio e que passa a chamar a atenção dos brasileiros com a novela das 8, entrevistamos a atriz Tânia Khalil, uma das protagonistas da trama global. E que tal descobrir a tradicional dança indiana, atividade que promete ritmos contagiantes para o corpo e relax, para a mente? O clima de mistério continua pelas páginas de Viagem, que traz uma aventura pela enigmática África do Sul, um destino que se revela surpreendente. Atrações não faltam: belas praias, regiões vinícolas, cidades cosmopolitas e um banho de cultura que salta aos olhos pelas ruas. Ou seja, o país, sede da Copa do Mundo de 2010, é um lugar que pode ser visitado durante todo o ano e não só em tempos da competição esportiva. Boa viagem, boa leitura. Fabiana Marin mar­ke­ting@natu­ral­da­ter­ra.com.br

Produção Cristina Esquilante Publicidade mar­ke­ting@natu­ral­da­ter­ra.com.br Jornalista Responsável - Ricardo Castilho Produção gráfica Doron Central e Compras Gráficas I m pr e s s ã o P LU R AL EDI T O R A G R ÁFICA Av. Marco Penteado Ulhôa Rodrigues, 700 - CEP 06500-000 Tamboré - Santana do Paraíba - SP / Tel.: (11) 4152-9446 As pes­soas não lis­ta­das no expe­dien­te não estão auto­ri­za­das a falar em nome da revis­ta ou a reti­rar qual­quer tipo de mate­rial sem pré­via auto­ri­za­ção emi­ti­da pela reda­ção ou pelo depar­ta­men­to de mar­ke­ting do Natural da Terra.

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sumário 12 | Vida Saudável Pílulas de bem-estar

16 | Hortifrúti

Descubra as frutas exóticas

20 | Produtos de todos os dias 20 Melão • 26 Alface

32 | Tendência

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O tomate docinho que ganha as prateleiras

36 | Cozinha Fácil Especialmente para a Páscoa, 10 receitas com bacalhau

46 | Tentações Objetos para decorar casa e equipar a cozinha

50 | Setor

Desvendamos o mundo dos embutidos

54 | bebida

Whisky ou uísque: entenda as diferenças

62 | Viagem

Roteiro revela as belezas da África do Sul

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ANO III - nº 13

70 | Perfil

Bate-papo com Tânia Khalil, a estrela da novela das oito da TV Globo

72 | Esporte

A misteriosa dança indiana

76 | Saúde

Os benefícios da acupuntura

80 | Beleza

10 lançamentos do mercado

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84 | Desfrute Paulo 96 deSão Roteiro revela recantos sossego em plena capital

88 | Dicas do Freguês O cliente dá o seu recado

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90 | Floricultura

Deixe-se levar pelo perfume das flores

93 | mundo natural da terra As novidades da rede

94 | Produtos

As compras da chef Mariana Valentini

98 | Cartas A palavra do leitor

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O AM Frutas possui parceria com os melhores produtores de diversos Estados.

Alto padrão em maçãs.

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Variedade em frutas de 贸tima qualidade.

Al茅m de mantermos todo o nosso mix de produtos nacionais, agora oferecemos uma grande gama de importados, o que nos torna uma das empresas mais completas no ramo de FRUTAS.

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vida saudável

nutrição

Hidratação As bebidas isotônicas invadiram o mercado. Mas, para consumi-las, é preciso cuidados. Durante atividades físicas de até uma hora de duração, o melhor hidratante ainda é água. Isso quer dizer que para caminhadas, hidroginástica, aulas em academias, ciclismo e até para corridas não há necessidade do uso de isotônicos. “Essas bebidas foram formuladas para repor água e sais minerais, perdidas no suor, promover a hidratação e também melhorar a performance dos atletas. Os isotônicos são recomendados após exercícios que durem mais de uma hora, de alta intensidade, com o objetivo de rendimento esportivo ou de competição”, destaca a endocrinologista Ellen Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recentemente realizou uma consulta pública sobre a nova regulamentação do uso dos isotônicos, categorizando-os como “alimentos para atletas”, em vez da denominação anterior de “alimentos para praticantes de atividade física”.

Dance sem parar A bola da vez para minimizar sintomas de TPM, como as cólicas, é a dança do ventre. Conhecida também por belly dance, a atividade massageia os órgãos internos e a região uterina, o que contribui para aliviar as dores na região pélvica, famosas nesse período. Os exercícios da dança do ventre melhoram a respiração, ajudam a corrigir a postura, além de fazer com que o sistema reprodutor feminino trabalhe melhor em função dos movimentos da dança e de todo o “encaixe” abdominal. O maior benefício é a redução das cólicas e de sua intensidade. Muitas mulheres procuram a dança do ventre até por recomendação de ginecologistas. Com a ajuda da dança, as dores nesse ciclo pré-mestrual nem passam perto delas”, comenta Débora Sabongi, professora da modalidade do centro cultural egípcio Khan el Khalili, na Vila Mariana, em São Paulo, SP.

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Diga sim Você sabia que o ovo tem quase todos os nutrientes que o corpo necessita? Depois do leite materno, é considerado alimento dos mais completos e nutritivos da natureza. Excelente fonte de proteína de alta qualidade, possui em apenas 70 calorias um pacote de 13 vitaminas essenciais e minerais, gorduras insaturadas (saudáveis) e antioxidantes. Segundo a Ovos Brasil – entidade sem fins lucrativos que visa expandir os conhecimentos sobre o alimento, nem a casca deve ser desperdiçada. O pó da casca de ovo é indicado para a alimentação de idosos com osteoporose, pois ajuda na melhoria da densidade mineral óssea. Já a clara, fonte de proteína e rica em albumina, é indicada para a reposição eficiente de proteínas, caso dos praticantes de exercícios, além de ser ótimo complemento de dietas de emagrecimento. A gema é fonte de ferro, colina, ácido fólico, lecitina, biotina, antioxidantes, luteína, vitaminas B e E.

Momento faxina Depois das férias e Carnaval, agora o ano realmente começou. Boa hora para eliminar os excessos do verão e ajudar o corpo desintoxicar. “Cerca de 80% das doenças estão ligadas à ingestão e produção de substâncias que nosso corpo só poderia tolerar em pequenas doses e de vez em quando, porque o corpo precisa de tempo para eliminá-las”, diz Natália Chede, do Gaya Yoga SPA, de Curitiba, PR. Na lista dos alimentos que não devem ser consumidos em excesso estão o álcool, o café, o açúcar branco, além de produtos com aditivos químicos e com gordura animal. Do outro lado, a dica é ingerir grãos germinados – como os brotos, as frutas e hortaliças orgânicas, os cereais integrais, as leguminosas e oleaginosas, como as nozes, e a ingestão de 2 litros de água por dia é essencial.

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BEM-ESTAR

vida saudável

GRÃOS PRECIOSOS Todo mundo conhece aquele ditado: os melhores perfumes estão nos menores frascos. O conceito, antigo e sábio, vale também para a alimentação. E se aplica muito bem no caso das sementes, que esbanjam benefícios ao organismo. No caso da abóbora, as sementes são ricas em gordura monoinsaturada. Já a de girassol, é rica em fibras, possui boas doses de vitamina A e magnésio. No do gergelim, a semente ganha pontos pela composição nutritiva que leva cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B.

BOA LEITURA É mais fácil incorporar alimentos saudáveis a dieta do que eliminar os não saudáveis? Existe realmente uma lista de alimentos salva-vidas? Desvendar esses mitos e provar que comer de maneira saudável ainda é o melhor remédio é o objetivo de 101 Alimentos Que Podem Salvar Sua Vida, livro do nutricionista David Grotto, recente lançamento da Editora Larousse do Brasil (432 páginas, R$ 59,90). Para o autor, uma vida saudável pede uma dieta que controla calorias, imensa variedade de frutas e vegetais coloridos, dá importância aos grãos integrais, contém níveis e tipos apropriados de gorduras. Enfatiza também laticínios desnatados, reduz a proteína animal enquanto aumenta as proteínas vegetais mais saudáveis, como o feijão. Uma das bases de pesquisa foram os estudos do Centro de Nutrição de Saúde Pública da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

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Oferecemos uma grande variedade de uvas o ano todo, especialmente Rubi, Itália, Brasil e Benitaka.

O Govetri & Govetri parabeniza o Prefeito Antonio Celso Mossin pelo seu excelente trabalho na cidade de São Miguel Arcanjo, cidade esta com 40 anos de tradição no cultivo de uvas de todas as qualidades.

Av. Dr. Vidigal, 1946 – MFE - C Mod: 2 - 3 - 82 - 83 - 84 - 84A - 84B CEAGESP – Vila Leopoldina - São Paulo – SP tel: (11) 3643-9595

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HortifrĂşti

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Nem tão REGIONAIS E IMPORTADAS, CONHEÇA A VARIEDADE DE FRUTAS DISPONÍVEIS NO MERCADO POR LETICIA ROCHA | FOTOS RICARDO D'ANGELO | PRODUÇÃO CRISTINA ESQUILANTE

angostim, physalis, ingá, abil, noni, granadilha, pytaia, urvalha. À primeira vista, pode parecer apenas um amontoado de nomes estranhos. Mas, na verdade, a lista é só uma amostra da variedade de frutas disponível hoje no mercado. E o melhor, grande parte das frutas é genuinamente brasileira. Sabores novos, que, pouco a pouco, quebram as fronteiras de um país tão vasto, desbancam o conceito de exóticas e ganham o consumidor. “Exótica é pera, maçã, que não são nativas do Brasil”, defende o incansável chef Paulo Martins, do Lá em Casa, em Belém (PA), idealizador do Festival Gastronômico do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense e considerado o embaixador dos produtos da Amazônia mundo afora. E é justamente a região Norte, o grande celeiro de frutas regionais do país. O Mercado Ver-oPeso, na capital paraense, tem fama mundial por ser um entreposto de abastecimento da região e recebe dia e noite barcos que chegam com produtos do rio e da floresta. Do complexo, que abriga não só o mercado, mas barracas de artesanato, ervas medicinais e a maior feira ao ar livre da América Latina, essa instigante mistura de cores, cheiros e produtos segue sua 17

rota. E graças a uma logística apurada, produtos tão rústicos chegam aos quatro cantos do país e até ao exterior. É o caso do Natural da Terra, com cinco lojas na capital paulista, que conta com uma seção especialmente dedicada aos novos sabores e que, ao todo, oferece aos clientes, cerca de 30 variedades (veja quadro na pág. 17). A seleção traz, além das iguarias amazônicas, como cupuaçu e graviola, frutas típicas de todo o país, como a pernambucana frutapão e o baiano jambo. E não é só isso. Nas prateleiras, há espaço ainda para as tão celebradas frutas importadas, como pitaya e physalis, sem falar nas frutas vermelhas. Tais especialidades, nativas de outros países, conquistaram tanto o Brasil que muitos produtores investiram em seu cultivo. É o caso da Fazenda

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Hortifrúti

Mirtilo: a blueberry nacional

Baronesa Von Leithner, em Campos do Jordão (SP), especializada na plantação das berries, as tais frutinhas vermelhas como framboesa, amora e mirtilo. A plantação está instalada na antiga propriedade do barão Otto Von Leithner, um suíço que, no início do século, mudou-se para o Brasil e segundo registros históricos trouxe consigo na bagagem as primeiras mudas de frutas vermelhas. “As plantas adaptaramse muito bem, porque a região da Serra da Mantiqueira se assemelha ao clima europeu, com terras altas e clima frio”, explica Rodrigo Veraldi Ismael, consultor agronômico da propriedade, que, desde então, não parou mais de produzi-las. Claro que os tempos mudaram, as terras passaram por várias mãos, e hoje o que se vê é um complexo gastronômico. Com 266 hectares, seis são destinados para a produção de frutas, matéria-prima que abastece as demais atividades: fábrica artesanal de geleias, os dois cafés e um restaurante. De lá, saem pratos que comprovam que as frutas são mais do que versáteis, com receitas que vão muito além de sobremesas. A última invenção da chef Melissa Massoti foi um festival temático de mirtilo, que nada mais é do que a conhecida “blueberry”. E por falar em frutas vermelhas, a rota de produção se estende pelo país. Segundo Luiz Eduardo Antunes, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, sediada em Pelotas (RS), unidade focada em projetos para a região, o principal produtor de frutas vermelhas do país é o Rio Grande do Sul. Há alguns polos de destaque em algumas regiões de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. 18

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Lista de compras

Veja o que você encontra nas prateleiras do Natural da Terra Pitaya, mangostim, ingá, phisalys, figo-da-índia, siriguela, cupuaçu, cajá-manga, jenipapo, tamarindo, mirtilo, framboesa, amora, longan, sapoti, kinkan, granadilha, abil, maracujá doce nativo, jambo, melão andino, maná, noni, fruta-pão, graviola, tâmara, pitomba, atemóia e urvalha.

Maracujá doce nativo Abiu Longan

Lichia da Malásia

Tamarindo Atemoia

Jambo Cajá-manga Jatobá

Umbu

Tamarilho

Figo-da-índia

Cambuci

Pitaya

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Physalis

Cupuaçu

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Produtos de todos os dias

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Doce e refrescante Da polpa in natura às receitas de drinques, aprenda a tirar proveito do melão por maria de gusmão Fotos ricardo d’Angelo

efrescante, diurético, de baixa caloria, o melão faz parte da lista de frutas mais comuns na cesta de compras dos brasileiros. Sua origem não é precisa, mas remete à antiga Pérsia (atual Iraque) e ao Afeganistão. No Brasil, o cultivo entrou em ritmo comercial após os anos 1960. Hoje, o país é um importante exportador da fruta e tem a produção centralizada em regiões semiáridas, onde há sol e calor em abundância e pouca umidade. “É que, nesse caso, a qualidade está totalmente relacionada à quantidade de água que a planta recebe”, explica o produtor José Roberto Prado, diretor da Itaueira Agropecuária, com sede em São Paulo. “O fruto não pode ser molhado, apenas as raízes.” Isso explica os excelentes resultados obtidos por regiões produtoras do Nordeste brasileiro. A Itaueira, por exemplo, mantém regiões de cultivo no Ceará, na Bahia e no Piauí. A produção muda de localização de acordo com o período de chuvas. “Uma tempestade fora de hora, coincidindo com o momento da frutificação ou da colheita, pode colocar muita coisa a perder”, diz José Roberto. De fato, o melão é muito sensível aos processos de produção. Até o contato com o solo interfere na qualidade. Para se ter ideia, alguns produtores têm adotado estratégias criativas, como forrar o solo para que a

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Melão ao curry 6 porções 6 xícaras (chá) • de melão cortado em cubos grandes – dos tipos cantaloup e verde ¼ de xícara (chá) • de hortelã picada Molho 1 colher (chá) • de curry suave 1 colher (sopa) • de caldo de limão 1 colher (sopa) • de vinagre de maçã 1/3 de xícara (chá) • de iogurte desnatado cremoso

Modo de preparo 1. Em uma tigela grande, junte todos os ingredientes do molho e bata bem com um batedor manual; reserve. 2. Misture a fruta só na hora de servir. Finalize com a hortelã.

Celeiro Rua Dias Ferreira, 199, Leblon, tel. (21) 2274-7843, Rio de Janeiro, RJ; www. celeiroculinaria.com.br

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Produtos de todos os dias fruta cresça sobre um plástico e não sobre o solo. Assim se reduz o controle químico de pragas, como uso de herbicidas. Fonte de quantidade razoável de sódio, o melão é indicado para quase todas as dietas, de crianças a idosos. Isso porque sua composição nutritiva beneficia a formação (e fortalecimento) de órgãos vitais como ossos, dentes e sangue. A visão também ganha com o consumo da fruta, já que ela tem vitamina A. E há quem garanta que uma fatia de melão cada manhã ajuda a manter o equilíbrio emocional, servindo até como um calmante natural. Mas, claro, nada disso seria suficiente para a boa aceitação da fruta se não fosse seu sabor, doce e suave. Sua capacidade de aproveitamento também impressiona. Do melão, tudo se aproveita. Além da polpa, a casca entra em receitas de doces em compota e geleias; e as sementes, tostadas e salgadas, tornam-se um excelente snack. Quem só sabe comer melão in natura (e bem gelado) não sabe o que está deixando para trás. Há inúmeras formas de prepará-lo, seja como base para sucos e drinques refrescantes, seja como acompanhamento de saladas ou mesmo na receita de pratos salgados. O importante é se deixar levar pela criatividade, como nas receitas a seguir.

Variedades encontradas no Natural da Terra

Melão amarelo

Honey dew

Melão Gália

Doce nutrição 100 g de melão (média entre os tipos mais comuns à venda) têm: Calorias.................. 65 Kcal Carboidratos............. 13,2 g Proteínas....................1,8 g Sódio....................... 36 mg

Melão cantalupo

FONTE: Itaueira Agropecuária S/A

Melão pele-de-sapo

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Aprenda a escolher O segredo para levar para casa um melão realmente doce está na escolha. O primeiro a fazer é pressionar delicadamente com o polegar nas pontas da esfera. Ali, a polpa deve parecer levemente macia. As diversas variedades de melão se diferenciam por algumas características de forma: Texturas de casca: rugosa, lisa, escriturada, rendilhada, gomada. Cores da casca: branca, amarela, verde, escura, clara. Cores da polpa: branca, creme, verde, salmão. Formatos: oval, elíptico, esférico.

FRESH FRUIT COCKTAIL 1 drinque 10 ml • de groselha 60 ml • de água-de-coco 20 ml • de suco de abacaxi 20 ml • de suco de melão 40 ml • de suco de morango

Modo de preparo 1. Coloque a groselha em um copo longo. 2. Acrescente os outros ingredientes e o gelo, com cuidado, para não misturar os ingredientes. 3. Decore com fatias de laranja, de abacaxi e cerejas.

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O pão que ajuda a manter a forma.

Minus é um pão multicereal com alto teor de fibras. Contém sementes de abóbora, linhaça, girassol, centeio, aveia e trigo, em uma combinação especialmente desenvolvida para garantir um sabor muito agradável. Sua formulação proporciona baixa absorção de açúcar pelo organismo, alimenta melhor e mantém a sensação de saciedade por tempo prolongado, ideal para uma dieta equilibrada. Minus. Um jeito gostoso de manter a forma e a saúde.

Um produto

www.bakels.com.br

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SORBET MAIORCA (Compota e sorbet de melão e maçã com manjericão e coulis de cassis e morango) 10 porções Sorbet 1 • melão doce (cantalupo, de preferência) 100 g • de açúcar de confeiteiro Suco de ½ limão Coulis 150 g • de morango 30 g • de açúcar de confeiteiro Suco de ½ limão-siciliano 30 ml • de licor de cassis Folhas de hortelã e açúcar para decorar Compota 600 g • de melão e melancia 500 g • de açúcar 2 • maçãs Manjericão fresco a gosto

Modo de preparo Sorbet 1. Corte o melão em cubos e prepare um purê no liquidificador. 2. Acrescente o açúcar de confeiteiro e um pouco de suco de limão. 3. Logo em seguida, leve para o congelador ou ao freezer. Durante esse processo, mexa algumas vezes para congelar de maneira uniforme. Coulis 1. Prepare um purê de morango, batendo a fruta no liquidificador com o açúcar de confeiteiro. 2. Leve ao fogo para reduzir; acrescente o suco de limão. 3. Faça uma redução de licor de cassis e junte ao purê de morango para apurar o sabor. Compota 1. Corte o melão e a melancia; prepare-os em uma vasilha fazendo camadas alternadas de fruta e açúcar polvilhado. 2. Deixe repousar por algumas horas; em seguida, leve ao fogo e deixe até obter ponto de calda. 3. Acrescente a maçã cortada em cubos pequenos e refogue tudo por mais 30 minutos. 4. No final, junte o manjericão fresco cortado em tiras finas; reserve na geladeira. 5. Decore com cabelo de anjo e folhas de manjericão vermelho. Montagem 1. Faça uma figura de flor com o coulis no centro do prato. 2. Adicione 2 colheres (sopa) da compota no canto do prato (dependendo da consistência, deixe a compota escorrer um pouco). 3. Decore com folhas de manjericão roxo. 4. Por último, faça uma bolinha do sorbet e posicione sobre a compota. 5. Decore com cabelo de anjo. Sirva em seguida. Receita do chef Heiko Grabolle Professor e instrutor em Gastronomia, tel. (48) 3233-1800, Florianópolis, SC

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Produtos de todos os dias

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Coadjuvante

preferida

De sabor suave e muito fácil de encontrar, a alface é a folha mais popular do Brasil por Maria de Gusmão | Fotos ricardo d’Angelo

ense na salada mais básica, servida de norte a sul do país, e lá está ela, em lugar nobre entre tomates, pimentões e cebolas. Agora repasse os ingredientes dos pratos verdes dos restaurantes mais requintados do Brasil e, mais uma vez, a alface tem seu espaço. E não estranhe se encontrá-la em receitas de bebidas. Sim: a alface reina absoluta entre as folhas. “Sem dúvida, é a mais versátil”, diz a chef Tiana Rodrigues, do restaurante Universo Orgânico, do Rio de Janeiro, RJ. “Isso porque tem um gosto pouco marcante, que não briga com outros ingredientes, o que a torna um acompanhamento perfeito mesmo nas mais exóticas misturas.” Tiana fala com conhecimento de causa. No seu restaurante, ela dispõe diariamente de ao menos sete tipos de alface- variedades que estão todos os dias nas prateleiras da rede Natural da Terra (veja box). Imaginar combinações para a folha da família da Lactuca sativa é uma grande diversão da chef carioca. Embora, ela reconheça, nenhuma salada faz mais sucesso na casa do que o mix de alfaces, composta de ao menos quatro tipos da folha e servida com um molho de tâmaras, azeite e limão. 27

Experimentação mesmo Tiana faz quando inclui a alface no preparo de sucos. “Tente triturar um pé de alface-romana com pedaços de abacaxi, manga e um pouco de água-de-coco”, indica. Outra ideia bem original é mesclar a mesma base de água-de-coco e alface-romana triturada com framboesa. “O resultado é mais exótico, mas ganha igualmente quem se arrisca a provar pelo menos uma vez.”

Fama mundial Originária do leste do Mediterrâneo, a alface é cultivada em todos os cantos do mundo. Difícil precisar quantos tipos existem, mas acredita-se que passem de 18 os produzidos no Brasil. As mais populares, é verdade, são quatro: lisa, crespa (também chamada frisada), americana e romana.

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Produtos de todos os dias Variedades encontradas no Natural da Terra

Crespa

Roxa

Americana

Frisée

O que se diz sobre o sabor suave da alface serve também para descrever os valores nutricionais da folha. “Ela tem muita água, por isso as quantidades de nutrientes estão diluídas”, explica a nutricionista Andrea Santa Rosa Garcia. Mesmo assim, nas dietas que receita aos pacientes, a maioria pautada pelo teor antioxidante dos alimentos, Andrea não dispensa a alface. “O brasileiro aceita fácil a alface na alimentação diária”, diz a nutricionista. O corpo agradece a preferência nacional. A alface é rica em potássio, além de apresentar quantidades significativas de sódio, fósforo, sódio e magnésio (veja tabela nutricional). Aliás, é a presença de magnésio que explica uma antiga (e verdadeira) receita caseira da folha. Como dizia nossas avós, alface é mesmo eficiente no combate à insônia. “O magnésio participa da produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao prazer”, diz Andrea. “E a produção da serotonina está totalmente relacionada à da melatonina, que regula o ciclo do sono.” Ou seja, comer alface induz ao prazer e, de quebra, traz o sono de volta. Melhor, faz isso sem pôr a perder a dieta, já que 100 gramas da folha têm apenas 14 calorias. Vale o quanto pesa 100 g de alface (média geral, considerando os tipos mais consumidos no Brasil) têm: Cálcio.................................. 30 mg Ferro......................................1 mg Sódio ................................. 20 mg Potássio ............................ 180 mg Magnésio . ...........................26 mg Calorias.............................. 14 kcal FONTE: nutricionista Andrea Santa Rosa Garcia

Lisa

Romana

Roxa hidropônica Lisa hidropônica

Crespa hidropônica

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ALEXANDER LANDAU

FRESH PARUMAKI (HARUMAKI PARAENSE) 1 PORÇÃO 3 folhas • de acelga 1/2 • cenoura 1 folha • de alface-americana 1 folha • de radicchio 60 g • de pescada amarela cortada em cubos 1 colher (sopa) • de jambu cozido e refogado 1 folha • de arroz 2 colheres (sopa) • de azeite de kafir batido com folhas de jambu e coado 2 colheres (sopa) • de saquê kirim 2 colheres (sopa) • de azeite de oliva extravirgem Molho teriyaki tradicional a gosto (vendido em casas de produtos orientais)

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Modo de preparo 1. Corte as folhas em juliana e rale a cenoura. 2. Reserve 2 folhas de acelga e corte-as em 2 rodelas grandes. 3. Tempere a pescada amarela com saquê kirim; reserve. Refogue-as rapidamente no azeite de oliva. 4. Coloque a folha de arroz em um prato com água por 1 minuto e meio ou até ficar com consistência mole. 5. Recheie a folha com a cenoura e as folhas, acrescente a pescada amarela e o jambu. 6. Feche o harumaki e sirva sobre uma salada coberta com folhas de acelga. Decore e tempere com molho teriyaki tradicional e azeite de kafir batido com jambu e coado.

RECEITA DO CHEF PAULO MARTINS, do Lá em Casa (Belém, PA).

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alexander landau

Produtos de todos os dias

Queijo de cabra quente, toucinho defumado sobre ninho de alface com molho de mostarda e mel 2 porções 2 • queijos de cabra tipo crottin 2 fatias • de bacon Folhas orgânicas selecionadas (chicória frisé, rúcula, agrião, alface-crespa, radicchio e alface consanguínea) Azeite de oliva extravirgem Pimenta-do-reino branca e sal Molho 1 colher (sopa) • de mostarda Dijon 1 colher (sopa) • de mostarda amarela 2 colheres (sopa) • de azeite de oliva extravirgem Mel de abelha (silvestre ou de laranjeira) a gosto 1 fio • de vinagre balsâmico Pimenta-do-reino moída na hora

Modo de preparo 1. Leve os queijos para aquecer em forno quente ou em salamandra. 2. Lave, seque e rasgue as folhas, dando um formado alongado. 3. Tempere-as com o azeite e sal e num aro de metal de 7,5 cm, molde a salada deixando-a levemente desalinhada. 4. Numa frigideira antiaderente, frite as fatias de bacon até formar um chip bem crocante. Reserve em papel-toalha. Montagem 1. Em um prato quadrado (para dar destaque) coloque a salada e decore-a com uma flor comestível, tipo capuchinha. 2. Retire o queijo aquecido e sobre ele disponha o chip de bacon. 3. Regue com o molho de mostarda em volta da salada e sirva rapidamente.

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tendĂŞncia

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Sweet grape,

agora brasileiro Por maria de gusmão | fotos ricardo D'angelo

Com sementes trazidas do Japão, o interior de São Paulo já produz os tomatinhos doces em quantidade para abastecer todo o país Minilegumes estão na moda. Basta dar uma olhada rápida nos cardápios dos melhores restaurantes para ver um monte de miniaturas nas descrições dos pratos, mesmo que seja só na finalização. Não é de estranhar, portanto, que os tomates sweet grape, ou uva doce, numa tradução livre, façam tanto sucesso. Eles são pequenos (uma unidade pesa em média 40 gramas), charmosos e muito saborosos. Plantados principalmente na região do Alto Tietê, interior de São Paulo, as sementes são importadas do Japão. Começaram a ser desenvolvidos por aqui cerca de quatro anos atrás, mas há menos de dois entraram em ritmo acelerado de produção e ganharam as prateleiras de hotifrútis, como as do Natural da Terra. “O principal diferencial está no sabor”, diz Alexandre Ken Yokota, engenheiro agrônomo e fornecedor. “Eles têm o dobro do grau brix (que mede o teor de açúcar no fruto) de um tomate convencional. Ou seja, é mais doce que qualquer outro à venda no mercado.” O sucesso é tanto que a rede de lanchonetes McDonalds, no impulso de oferecer um cardápio mais nutritivo, adotou o sweet grape em suas saladas. Em todo o país, o que se encontra no cardápio da empresa americana são os tomatinhos produzidos no interior de São Paulo. A escolha tem lá suas razões: o sweet grape tem uma ótima aceitação entre as crianças. “O público infantil tem sido o principal consumidor”, explica Alexandre. Se os pequenos gostam, os adultos se encantam. Além de saboroso, o sweet grape tem mais longevidade que o tomate-cereja ou o convencional. Dura 33

até quatro semanas na geladeira. O rigor da produção também ganha fãs. Os produtores estão organizados e empenhados em garantir que só cheguem às prateleiras tomatinhos semeados com uso racional de defensivos agrícolas. Não são necessariamente orgânicos, mas são saudáveis. “É um tomate com as mesmas propriedades nutricionais de um convencional, só que mais doce”, conta Paulo Kaplun, da Sakata Seed Sudamérica, empresa importadora de sementes. Rico em carboidratos e frutose, o sweet grape destaca-se pela quantidade de licopeno, substância que ajuda a retardar o envelhecimento (já que elimina os radicais livres) e auxilia na prevenção do câncer, em especial o de intestino e de próstata. Por essas e outras, o chef Eric Marty, do restaurante Cantaloup, de São Paulo, SP, comemorou como criança quando encontrou as caixas de sweet grape no mercado brasileiro. Nascido em Andorra, pequeno país da Península Ibérica, Eric sempre quis incluí-lo em suas receitas,

Risoto de tomate sweet com burrata 4 porções 120 g • tomate sweet 20 ml • de azeite de oliva extravirgem 2 • alhos 5 g • de orégano 10 g • de salsa 80 g • de cebola 150 g • de manteiga 300 g • arroz arbóreo 50 ml • de vinho branco 120 g • de parmesão 1,5 l • de caldo de frango Burrata (queijo italiano) 10 g • de ciboulette Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo 1. Numa panela, refogue os tomates sweet com o azeite de oliva, alho, orégano e salsa. 2. Para o risoto, refogue a cebola com a manteiga, adicione o arroz ao vinho e deixe evaporar. 3. Comece o processo de cozimento do arroz de forma clássica, adicionando o caldo de frango aos poucos, por uns 15 minutos. Incorpore nesse momento a burrata. 4. Quando o arroz estiver pronto, al dente, adicione os tomates sweet, o parmesão e a manteiga, mexendo sempre para emulsionar bem a manteiga. Reserve alguns tomates sweet cozidos e finalize o prato com a ciboulette.

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tendência mas se contentava com o tomate-cereja – encontrado com facilidade no Brasil há bem mais tempo. Convidado pela Natural da Terra para desenvolver receitas exclusivas com o tomatinho japonês, não pensou duas vezes. “Vi que era a minha chance de voltar a usá-lo, como fazia na Europa”, diz. Foi fácil desenvolver as receitas. “O sabor é tão proeminente que estava claro que eu não podia limitar o uso à decoração do prato”, conta. Eric pensou então num risoto e deixou que o sweet grape desse o toque adocicado. Fez também um suflê e aí ele precisou dosar no sal, para compensar o doce e a acidez do tomate. Por último, uma sobremesa: uma geleia servida com creme St. Honoré. “Deu tão certo que essa vai entrar no novo cardápio do restaurante”, anuncia o chef.

Não se engane Saiba reconhecer um sweet grape e entenda as razões de tanto sucesso •

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Não confunda o sweet grape com o tomate-cereja. O sweet grape tem o formato de uma uva (daí o nome). O cereja é redondo. A semente do sweet grape vendido no Brasil é japonesa, mas o principal mercado consumidor do tomatinho é o americano. Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, é o principal produtor de sweet grape do país. O sweet grape é rico em vitamina C, além de ser uma fonte de carboidratos, açúcares e licopeno – o antioxidante que elimina os radicais livres e previne o câncer. FONTE: Sakata Seed Sudámerica

Suflê de tomate sweet ao manjericão e parmesão 4 porções 40 g • de cebola 40 g • de manteiga 120 g • de tomate sweet 60 g • de farinha de trigo 120 ml • de caldo de frango 40 ml • de molho de tomate sweet 30 g • de parmesão 4 • ovos Manjericão Sal, pimenta-do-reino, orégano e suco de limão a gosto

Modo de preparo 1. Numa panela, refogue a cebola com a manteiga. Incorpore os tomates sweet cortados (meio centímetro). 2. Misture a farinha e o caldo de frango, deixe engrossar em fogo baixo, sempre mexendo. 3. Pique o manjericão e coloque na panela com a mistura de tomate com o parmesão, acrescente gotas do suco de limão. Salpique a pimenta-do-reino e sal a gosto. Retire do fogo e incorpore as gemas quando já estiver frio. Bata as claras em ponto de neve e misture-as a massa delicadamente. Despeje o suflê em um bowl. Cozinhe em forno médio de 15 a 20 minutos. Consuma imediatamente.

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Mil folhas de st. honoré ao tomate sweet 1 porção Geleia 120 g de tomate sweet 120 g de açúcar Creme st. honoré 500 ml de leite ½ baunilha 120 g de açúcar Amido de milho 2 claras (creme St. Honoré) 5 gemas Tuile de pistache 100 g de açúcar 50 g de farinha de trigo 50 g de amêndoas em pó 20 g de pasta de pistache 20 g de manteiga 2 gemas

Modo de preparo Geleia Corte os tomates em duas partes e junte ao açúcar. Leve ao fogo por 10 minutos. Bata no liquidificador e coe. Creme St. Honoré 1. Ferva o leite com a fava de baunilha. Raspe bem os grãozinhos. Bata os grãos com o açúcar até virar uma mistura branca. Incorpore o amido de milho. 2. Dilua essa mistura com o leite e leve ao fogo batendo continuamente até engrossar. 3. Junte 2 claras em ponto de neve ao creme St. Honoré, assim como a geleia de tomate. Tuile de pistache 1.Triture todos os ingredientes e leve ao forno até dourar. 2. Decore com uma flor, menta ou geleia.

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Chef Eric Marty Caron

Receitas preparadas pelo chef eric marty caron do Restaurante, CANTALOUP Rua Manoel Guedes, 474 Tel. 3078-3445 - Itaim Bibi São Paulo - SP - Brasil

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Postas de bacalhau com pimentĂŁo

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nobre

Pescado

Confira a história do bacalhau, as dicas de compra e de preparo, além de se deliciar com receitas incríveis Por ricardo castilho fotos dula Produção camile comandini

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brasileiro adora bacalhau. Herança de Portugal, país que é o maior consumidor mundial, esse pescado entrou em nossa mesa e conquistou nosso paladar. Devido a uma necessidade, os portugueses introduziram o bacalhau em sua culinária no século 15. Foi na época das grandes navegações. Eles precisavam de um produto que não fosse perecível e que aguentasse no mínimo três meses de conservação até ser consumido. Primeiro, tentaram conservar os peixes pescados em seu litoral e, como nenhum resistiu, lançaram mão do bacalhau como solução. Tinham abundância de sal em sua costa, daí para a conservação foi um passo. Portugal fez muito pela divulgação do peixe na culinária mundial, como atesta um dos gênios da cozinha francesa, o chef Auguste Escoffier, que, em 1903, afirmou que “graças aos portugueses comemos bacalhau. Foram eles que introduziram o peixe na alimentação”. No Brasil, o bacalhau chegou entre 1819 e 1939, quando 1,5 milhão de portugueses imigraram para cá. Trouxeram consigo hábitos, usos e costumes que incorporamos, dentre eles os cadernos de receitas com as maravilhosas preparações do peixe. O grande início do consumo de bacalhau no Brasil se dá em 1808, com a vinda da Família Real portuguesa para o país, fugindo do ambicioso imperador francês Napoleão Bonaparte. Daí em diante, o bacalhau entrou definitivamente na culinária brasileira, sendo que os ricos comiam-no duas vezes por semana e os pobres ao menos uma vez, às sextas-feiras. No Segundo Império, o bacalhau sofisticou-se. Cada família tinha uma receita autêntica, diferente, que era passada capri-

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Postas de bacalhau com pimentão 6 por­ções 2 colheres (sopa) • de gengibre ralado 2 colheres (sopa) • de molho de soja light (shoyu) 5 colheres (sopa) • de suco de limão espremido 2 colheres (sopa) • de azeite extravirgem 2 • cebolas grandes cortadas em rodelas 1 • pimentão-vermelho e 1 amarelo 2 talos • de alho-poró cortados em fatias diagonais com 2 cm de espessura 6 postas • de lombo de bacalhau demolhado 1 maço pequeno • de espinafre Pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo 1. Em uma ti­ge­la, mis­tu­re o gen­gi­bre, o shoyu, o su­co de li­mão, o azei­te e a pi­men­ta; re­ser­ve. 2. Pin­ce­le os le­gu­mes com es­sa mis­tu­ra e gre­lhe em uma fri­gi­ dei­ra até dou­rar dos dois la­dos. Re­pi­ta a ope­ra­ção com o ba­ca­lhau e re­ser­ve. 3. Afer­ven­te o es­pi­na­fre e sir­va com o ba­ca­lhau e os le­gu­mes gre­lha­dos e re­gue com o res­tan­te do mo­lho.

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chosamente nos livros de receitas das moças que se preparavam para casar. Em uma edição de 1891 do Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, está registrado que intelectuais, liderados por Machado de Assis, reuniam-se aos domingos, em restaurantes no centro do Rio de Janeiro, para comer o autêntico “bacalhau do Porto” e discutir os problemas nacionais. Para entender esse fascínio pelo peixe, é preciso conhecer sua origem e os modos de preparo. É originário das águas geladas do norte do Círculo Polar Ártico, onde é pescado e tratado por competentes pescadores noruegueses. Depois, é preparado de maneira diferente para cada país para o qual é exportado. Brasileiros e portugueses, por exemplo, consomem o peixe salgado e desidratado. Os italianos, por sua vez, saboreiam somente o que seca ao ar livre, batizado de stoccafisso; enquanto os espanhóis importam o peixe apenas salgado. Porém, não vem ao caso o modo como é processado, todos são trabalhados no norte da Noruega, tendo a aurora boreal como cenário. Os peixes são encontrados no Hemisfério Norte, e têm como maior hábitat o Arquipélago de Lofoten, na Noruega. Assim que os barcos chegam ao porto, os peixes já começam a ser trabalhados. O primeiro passo é retirar a cabeça e a língua, uma iguaria maravilhosa e ainda pouco difundida no Brasil. O corpo do peixe é, então, aberto e limpo. Retira-se a espinha dorsal e ele ganha o formato característico. Esse trabalho é quase todo artesanal. Depois dessa etapa, o bacalhau é imerso em uma solução de água e sal, que pode durar até 18 dias. Em seguida, é levado para a secagem em câmaras de ar quente. Agora que você já sabe um pouco da história e do processo de elaboração desse peixe, mãos à obra e delicie-se com nossas fantásticas e saborosas receitas.

dicas de preparo O peixe deve ficar de molho na geladeira, com a água sendo trocada diversas vezes ao dia. O ideal é ficar no mínimo por 48 horas. Isso evita que exale odor forte e sofra com as possíveis mudanças de temperatura. Em todas as trocas se deve guardar um pouco da água utilizada. Na hora da troca, acrescente sempre um pouco dessa água. Assim, o bacalhau fica sem sal, mas mantém o sabor original. A espinha central deve ser retirada ao se cortar o peixe. A pele e as demais espinhas são retiradas depois que o bacalhau ficou de molho, porque se torna muito mais fácil. Tome cuidado para que o bacalhau não resseque, portanto, não economize no azeite. Use sempre o extravirgem.

os tipos Bacalhau, se formos levar a palavra ao pé da letra, é um termo que se emprega mais ao processo de beneficiamento do que propriamente ao peixe, uma vez que é utilizado para designar quatro espécies. São elas:

Codfish (Gadus morhua L) – É o mais caro e saboroso, também conhecido como bacalhau do Porto. Depois de cozido, a carne se desfaz em lascas claras e tenras. Saithe (Pollachius virens) – Possui cor e sabor mais fortes. Quando cozido, sua carne macia desfia com facilidade. É o tipo perfeito para preparar bolinhos, saladas e ensopados. Zarbo (Brosme brosme) – Menor e mais barato, é ótimo para elaborar pratos que pedem o peixe desfiado, caldos, pirões e bolinhos. Ling (Molva molva) – Estreito e mais claro, é perfeito para assados, cozidos e grelhados.

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Ensopado de bacalhau 4 por­ções 3 colheres (sopa) • de azeite de oliva extravirgem 2 dentes • de alho laminados ¼ de colher (chá) • de pimenta calabresa ½ colher (chá) • de sementes de erva-doce 1 pitada • de pistilos de açafrão 700 g • de tomate pelado 1,2 kg • de bacalhau demolhado, separado em lascas ou pedaços ¼ de xícara (chá) • de amêndoas cortadas em lascas torradas 3 • cebolinhas verdes picadas 1 • baguete Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo

Ensopado de bacalhau

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1. Aque­ça o azei­te e re­fo­gue o alho até co­me­çar a dou­rar . Jun­te a pi­men­ta ca­la­ bre­sa, a er­va-do­ce e o aça­frão. Co­zi­nhe, me­xen­do por mais 1 mi­nu­to. 2. Tem­pe­re com sal, jun­te os to­ma­tes, que­bran­ do-os com as cos­tas da co­lher de pau. Co­zi­nhe por 15 mi­nu­tos ou até a mis­tu­ra en­gros­sar um pou­co. 3. Acres­cen­te o ba­ca­lhau e co­zi­nhe por mais 5 mi­nu­ tos, com a pa­ne­la tam­pa­da. Pol­vi­lhe as amên­do­as e a ce­bo­li­nha e sir­va em cum­ bu­cas ou pra­tos de so­pa, acom­pa­nha­do de pe­da­ços de ba­gue­te.

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Salada de bacalhau com grão-de-bico 6 por­ções 1 kg • de lombo de bacalhau demolhado, separado em lascas 1 • cebola roxa pequena cortada em gomos 1 xícara (chá) • de grão-de-bico deixado de molho de um dia para o outro, cozido al dente e escorrido Suco de 1 limão Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto Azeite de oliva extravirgem, para regar a gosto

Modo de preparo 1. Em uma tra­ves­sa, mis­tu­re as las­cas de ba­ca­lhau com a ce­bo­la, o grão-de-bi­co e o su­co de li­mão. Tem­pe­re com sal e pi­men­ta e re­gue com o azei­te. 2. Sir­va co­mo en­tra­da ou pri­mei­ro pra­to.

Salada de bacalhau com grão-de-bico

Pataniscas 6 por­ções 160 g • de farinha de trigo 1 colher (sopa) • de azeite de oliva extravirgem 3 • ovos 200 ml • de vinho branco seco 1 posta grande • de lombo de bacalhau (500 g) demolhada 1 • cebola picadinha 2 dentes • de alho bem picados 2 colheres (sopa) • de salsa picada 1 tira • de pimentão vermelho bem picadinho Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo

Pataniscas

1. Nu­ma ti­ge­la, mis­tu­re a fa­ri­nha com o azei­te, o sal e a pi­men­ta. Jun­te os ovos, e mis­tu­re bem. 2. Acres­cen­ te o vi­nho e ba­ta com uma co­lher de pau. 3. Adi­ci­o­ne o ba­ca­lhau, pre­vi­am ­ en­te lim­po de pe­les e es­pi­nhas, des­ fi­a­do em las­cas, a ce­bo­la, o alho, a sal­sa e o pi­men­tão. 4. Pe­gue co­lhe­ra­das dessa mas­sa e fri­te, aos pou­cos, em óleo quen­te, mis­tu­ra­do com um pou­co de azei­te, até dou­rar. Es­cor­ra so­bre pa­pel-to­a­lha e sir­va quen­te ou em tem­pe­ra­tu­ra am­bi­en­te, com fa­ti­as de li­mão.

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Salada de bacalhau com batata bolinha 4 por­ções 6 • tomates maduros e firmes, sem pele e sem sementes, picados ¾ de xícara (chá) • de milho verde ½ colher (chá) • de cominho moído ¼ de xícara (chá) • de coentro fresco picado 450 g • de batatinhas novas, cortadas em fatias, com a casca 1 colher (sopa) • de azeite de oliva extravirgem 450 g • de lombo de bacalhau demolhado, desfiado em lascas grandes Sal e pimenta calabresa a gosto

Modo de preparo 1. Em uma ti­ge­la, mis­tu­re os to­ma­tes, o mi­lho, o co­mi­nho e o co­en­tro fres­ co. Re­ser­ve. 2. Em uma pa­ne­la com água, co­zi­nhe as ba­ta­tas até fi­ca­rem al den­te. Es­cor­ra, tem­pe­re com sal e re­gue com um pou­co de azei­te. 3. Dei­ xe amor­nar, mis­tu­re o ba­ca­lhau e o res­tan­te dos in­gre­di­en­tes. Tem­pe­re e sir­va frio.

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Salada de bacalhau com batata bolinha

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Bacalhau ao forno com lingUiça e broas de milho 4 por­ções 1 kg • de bacalhau demolhado, sem pele nem espinhas, aferventado, separado em lascas grandes 2 • linguiças portuguesas, cortadas na diagonal 1 • cebola grande cortada em gomos 1 xícara (chá) • de vinho branco seco 4 broas • de milho médias esfareladas Sal e pimenta-do-reino moída na hora ou pimenta calabresa a gosto Azeite de oliva extravirgem a gosto

Modo de preparo 1. Em tra­ves­sa re­fra­tá­ria, vá co­lo­can­do as las­cas de ba­ca­lhau, in­ter­ca­lan­do com a lin­gui­ça e a ce­bo­la. Re­gue com o vi­nho e cu­bra com as bro­as de mi­lho. 2. Tem­pe­re com uma pi­ta­da de sal e pi­men­ta. Re­gue com um fio de azei­ te e le­ve ao for­no mo­de­ra­do (180°C), preaque­ci­do, até o lí­qui­do bor­bu­lhar e os fa­re­los de bro­a dou­rarem. Sir­va quen­te.

Bacalhau ao forno com linguiça e broas de milho

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Lascas de bacalhau com pão ralado 6 por­ções 4 postas • de lombo de bacalhau demolhado ½ xícara (chá) • de azeite de oliva extravirgem 5 dentes • de alho picados 1 • pão português ou francês amanhecido, ralado 1 maço • de brócolis separado em florzinhas, com os talos, aferventados al dente Suco de 1 limão Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo 1. Co­zi­nhe o ba­ca­lhau em água fer­ven­te por 6 mi­nu­tos. Re­ti­re da água e en­xu­gue. 2. Des­fie as pos­tas em las­cas gran­des e ti­re a pe­le e as es­pi­ nhas. Co­lo­que em uma tra­ves­sa re­fra­tá­ria, re­gue com bas­tan­te azei­te, mis­tu­re 3 den­tes de alho, a pi­men­ta e o su­co de li­mão. 3. Cu­bra com o pão ra­la­do e le­ve ao for­no até dou­rar. En­quan­to is­so, em uma fri­gi­dei­ra, re­fo­gue o alho res­tan­te no azei­te até co­me­çar a dou­rar. 4. Jun­te os bró­ co­lis e co­zi­nhe por mais 1 mi­nu­to. Sir­va com o ba­ca­lhau.

Lascas de bacalhau com pão ralado

Bacalhau simples cozido (com legumes) 4 por­ções 4 • batatas médias 1 folha • de louro 4 postas • de lombo de bacalhau demolhado (cerca de 2 kg) 250 g • de vagem macarrão 8 folhas • de couve manteiga ou tronchuda 6 colheres (sopa) • de azeite de oliva extravirgem Vinagre de vinho tinto para regar Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo

Bacalhau simples cozido (com legumes)

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1. Em uma pa­ne­la com água fer­ven­te, co­zi­nhe as ba­ta­tas com a cas­ ca até fi­ca­rem al den­te. Es­cor­ra-as e re­ser­ve-as en­vol­vi­das em um pa­no de pra­to lim­po. 2. Em ou­tra pa­ne­la, aque­ça água com a fo­lha de lou­ro e quan­do es­ti­ver bor­bu­lhan­do, junte as pos­tas de ba­ca­lhau (2 de ca­da vez, por 5 a 10 mi­nu­tos ou até co­me­ça­rem a se sol­tar em las­cas). Es­cor­ra e re­ser­ve em lu­gar aque­ci­do. 3. Na mes­ma água, sem o lou­ro, co­zi­nhe ra­pi­da­men­te as va­gens até fi­ca­rem al den­te e es­cor­ra. Pas­se as fo­lhas de cou­ve pe­la água por al­guns se­gun­dos e re­ser­ve. 4. En­ro­le ca­da ba­ta­ta em um pe­da­ço de pa­no e dê um mur­ro se­co. Aque­ça a me­ta­de do azei­te em uma fri­gi­dei­ra an­tiade­ren­te e fri­te as ba­ta­tas “es­mur­ra­das” por al­guns mi­nu­tos de ca­da la­do ou até a cas­ca co­me­çar a dou­rar li­gei­ra­men­te. 5. Sir­va ca­da pos­ta co­zi­ da, acom­pa­nha­da de fo­lhas de cou­ve afer­ven­ta­das, um pu­nha­do de va­gens e uma ba­ta­ta ao mur­ro tem­pe­ra­da com sal e pi­men­ta. Re­gue com azei­te e vi­na­gre.

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frigideira de bacalhau

Frigideira de bacalhau 6 por­ções 6 postas • de bacalhau médias dessalgadas 1 ½ colher (sopa) • de azeite de oliva extravirgem 300 g • de tomates-cerejas cortados ao meio 1 pitada • de pimenta vermelha em pó (caiena) ½ colher (chá) • de alho picado Orégano fresco sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo 1. Pol­vi­lhe sal e pi­men­ta so­bre as pos­tas de ba­ca­ lhau. Aque­ça o azei­te em uma fri­gi­dei­ra e re­fo­gue as pos­tas de pei­xe com o to­ma­te tem­pe­ra­do de sal e pi­men­ta até co­me­çar a dou­rar. Vi­re com uma es­pá­tu­la. 2. Acres­cen­te o alho, 1 xí­ca­ra (chá) de água e co­zi­nhe até o ba­ca­lhau co­me­çar a se abrir em las­cas. Tem­pe­re com o oré­ga­no e re­gue mais azei­te an­tes de ser­vir. 3. Sir­va fa­ti­as de pão por­ tu­guês, pa­ra acom­pa­nhar.

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BACALHAU À MODA DE COIMBRA

BACALHAU À MODA DE COIMBRA 6 PORÇÕES 500 g • de bacalhau demolhado 2 • cebolas cortadas em rodelas finas 2 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco 250 g • de miolo de pão 350 ml • de leite quente ½ xícara (chá) • de azeite de oliva extravirgem 1 • gema Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de preparo 1. Desfie o bacalhau em lascas, tirando a pele e as espinhas em uma frigideira de bordas altas ou panela. Refogue a cebola na metade do azeite até ficar transparente. 2. Junte o bacalhau desfiado e refogue por mais alguns minutos. Acrescente o vinagre e o pão molhado no leite. 3. Misture tudo e cozinhe em fogo médio por 5 minutos. Coloque a mistura em um refratário e pincele com a gema batida. Leve ao forno quente (200°C), preaquecido, por 10 minutos, ou até dourar. 4. Decore com ciboulletes e sirva.

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tentações

POR CRISTINA ESQUILANTE | FOTOS RICARDO D’ANGELO

dicas para equipar sua cozinha

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Direto das Índias,objetos étnicos e úteis dão um toque especial ao seu lar 4 6

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1. Bonbonnière de lasca de bambu. Importada do Sri Lanka. Por R$ 44, na Kirk’s • 2. Bandeja de madeira, bambu e corda. Dimensões 48x30 cm. Produzida na Amazônia, sai por R$ 69, na Glosh • 3. Porta-copos de náilon e chifre. Da Banana Collection. Importado do Vietnã. Por R$ 138, conjunto com seis peças na Kirk’s • 4. Conjunto para licor chinês, composto de garrafa e seis taças. De vidro. Por R$ 58, na Tutille • 5. Copos da Collor Trend. Com arabescos de inspiração marroquina, usados também como porta-velas, várias cores. Por R$ 13,80 cada um, na Pepper • 6. Abridor de garrafa Anya. Reproduzem as máscaras chinesas (dupla face). Por R$ 92,30, na Pepper 7. Sousplat Ethenix. Feitos à mão, com miçangas e arames. Indiano. R$ 39,90 cada um, na Tecelagem Lorena • 8. Jogo americano Naperon, 100% poliéster, chinês, por R$ 8,90 cada um, na Tecelagem Lorena • 9. Petisqueira de porcelana com bandeja de Rattan. Sai por R$ 48, na Tutille • 10. Cerâmicas by Hideko Honma. Jarra (R$ 100) e copos (R$ 15) cada um • 11. Garrafas facetadas Maxwell Williams, produzidas na Turquia. Capacidade de 1,5 litro. Por R$ 34 cada uma, na Spicy • 12. Minimesa Hindi. Importada da Índia, pintada à mão (36x36x15 cm). De madeira. R$ 204, na Espaço Til • 13. Caixa decorativa de madeira e osso. Por R$ 97, na Kirk´s

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Onde encontrar:

• 14. Facas, para filetar e decorar, ambas da Global, importadas do Japão. De aço cromargan 18. Feita pelo design Komin Yamada. Preço sob consulta na Doural. Faca para grapefruit, modelo Cuisine, de inox com cabo de silicone. Sai por R$ 99, na Zwilling • 15. Grill de ferro da Copco, desenvolvido pelo chef Mário Batali. Por R$ 398, na Spicy • 16. Conjunto de caçarolas da Resto by Demeyer. Quatro unidades, de aço inox. Produzida na Indonésia. Por R$ 299, na Zwilling • 17. Balança digital da Oxo. Capacidade até 5 quilos, com display digital. Por R$ 380, na Mevolution • 18. Cortador de ervas (R$ 15) e cortador meia-lua (R$ 25), ambos de aço inox da Quadrifoglio. • 19. Liquidificador Smothie Concert da DeLonghi. Capacidade de 1,5 litro, torneira para servir diretamente no copo e dispositivo antivazamento. Por R$ 189, na Mevolution

Kirk’s - tel. 3042-9237, www.kirks.com.br Zwilling J.A. Henckels - tel. 3077-0534, www.zwilling.com.br Tutille - tel. 2894-2222, www.tutille.com.br Spicy - tel. 3062-8377, www.spicy.com.br Espaço Til - tel. 3063-5603, www.tiloriente.com.br Tecelagem Lorena - tel. 5543-0202, www.tecelagemlorena.com.br Mevolution - tel. 3061-3551, www.mevolution.com.br Quadrifoglio - SAC 3837-0044, www.quadrifoglio.com.br Doural - tel. 3328-6228, www.doural.com.br Glosh - tel. 3081-2847, www.glosh.com.br Hideko Honma - tel. 5042-4450, www.hidekohonma.com.br Pepper - tel. 3073-0333, www.pepper.com.br

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embutidos: iguaria artesanal centenรกria

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Tradição

centenária Os embutidos, criados em tempos remotos para conservar alimentos, até hoje preservam o preparo artesanal por leticia rocha fotos tadeu brunelli

De aroma e sabor marcantes, os embutidos são apreciados em todo o mundo. Iguarias centenárias que surgiram da necessidade de conservar e aproveitar os alimentos, já que naquela época, imaginar que geladeira pudesse existir, era praticamente impossível. Cada povo, à sua maneira e cultura, criou um estilo próprio para curar as carnes. Estilo artesanal, que hoje, mesmo em tempos modernos, muitas vezes ainda prevalece na fabricação. É o que se pode observar em países como Espanha, Itália, Portugal e França, que guardam forte tradição com os embutidos. É o que conta Márcio Campos, gerente do setor de embutidos da rede Natural da Terra. Há quatro anos no ofício, é profissional dos mais renomados (e apaixonados) pelo assunto, com bagagem de 18 anos de experiência na área. “Já fiz cursos três vezes na Toscana, região italiana que é o berço dos presuntos. É impressionante observar o cuidado que eles têm com a matéria-prima, a cura, o corte, o tempero. É quase um ritual”, explica Márcio, que absorveu os conceitos in loco e logo ao desembarcar no Brasil fez questão de aplicá-los. “Fiz uma reunião para explicar aos funcionários essa cultura do europeu para com os embutidos. Eles têm toda uma delicadeza, todo um cuidado para com esse alimento, que lá é muito tradicional”, completa. Ou seja, ele exige linha dura. Da negociação com fornecedor, 51

O gerente Márcio campos: 18 anos de experiência

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que deve primar pela matéria-prima até o momento que considera crucial, o pedido do cliente. “Fatiar também é uma arte. O funcionário é orientado a desprezar a primeira fatia. A segunda, deve oferecer ao cliente, que pode ver se está na espessura desejada”, explica. E por falar desse outro lado do balcão, o do consumidor, o brasileiro é fã dos embutidos. O gerente conta que o mais procurado, em tempos de vida saudável, é o peito de peru; o salaminho todo mundo gosta e a mortadela, nunca perde a majestade. Já os embutidos nobres, um mercado em franca ascensão, é uma descoberta até recente no país e que já caiu no gosto do freguês. “Importamos os melhores do mercado. Entre os italianos, o presunto de Parma e o San Danielle. Da Espanha, vem o presunto ibérico Pata Negra”, explica Marcio. Iguarias tão tradicionais e famosas, não dá para negar, têm seu preço, que muitos podem achar “um pouco salgado”. “Os preços podem variar de R$ 98 até R$ 428 o quilo, claro, não é barato. Mas, por se tratar de um produto de sabor marcante, é o tipo de ingrediente que em pouca quantidade dá um toque todo especial a uma receita. Mas há boas marcas nacionais, que têm qualidade e preço menor”, diz.

Dica para o cliente

No balcãO: equipe treinada para fatiar com minúcia

Festa em casa, convidados de última hora, o que fazer? Servir tábua de frios é sempre uma boa solução. E para quem não tem tempo para as compras, a boa notícia é que nós preparamos para você. Diariamente, o setor oferece tábuas de frios de tamanhos diversos, já prontas para levar para casa. Quem preferir, pode entrar em contato com a loja preferida e fazer a encomenda. A lista de opções conta cerca de 50 variedades e traz vários tipos de salame, presunto, mortadela, copa, pastrami, rosbife. Na linha premium, de produtos importados, há desde salsichões alemães até os famosos presuntos italianos e espanhóis. Feita a escolha dos embutidos, ainda dá para combinar o pedido com queijos, frutas secas, patês e antepastos. Flexibilidade também na apresentação, na montagem da tábua de frios. O cliente pode escolher entre tábua de madeira ou descartável ou até levar a própria bandeja ou vasilha preferida.

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bebidas

Fiel

companheiro

Nos momentos de lazer ou naqueles em que simplesmente precisamos relaxar após um dia de trabalho duro, uma dose de uísque é fundamental

Por ricardo castilho | fotos ricardo d'Angelo

A Escócia é o maior produtor. Mas com variações de nomes e um pouco no estilo de elaboração, Irlanda e Estados Unidos também elaboram bons e clássicos uísques. Para se ter ideia, a bebida é mais antiga que o Brasil, surgiu por volta de 1494. Da alquimia secreta dos frades e monges dos mosteiros medievais às fórmulas secretas das atuais misturas, muita coisa aconteceu. Nesses cinco séculos, tonéis sem conta dessa bebida de cor dourada, lembrando mel, foram abertos para nosso puro prazer. O primeiro registro sobre o uísque data precisamente de 8 de agosto de 1494. E não trata propriamente dos prazeres proporcionados por essa bebida, que é uma das mais sublimes maravilhas produzidas pelo homem, mas sim de impostos estipulados pelo Tesouro Público Escocês. O documen-„ to especifica o suprimento de “eight Bolls of malt para que um certo frei John Cor produzisse a aqua vitae ou uisgue beatha, que, em gaélico, o idioma dos celtas da Grã-Bretanha e da Irlanda, significa água da vida. Graças a esse registro, acredita-se que o uísque – a exemplo de muitas outras bebidas, como o champanhe e alguns licores – tenha surgido nos mosteiros, com a doce desculpa de ser utilizado em tratamentos medicinais e como um elixir da vida eterna. Extraoficialmente, porém, sabe-se que a arte de destilar já era praticada há muito mais tempo pelos celtas, na Escócia e na Irlanda. Aliás, esses dois países reivindicam para si a descoberta

da bebida. Uma dúvida capaz de durar eternamente. A história mais difundida é a de que a arte de destilar teria surgido na Irlanda, no século 5, e emigrado com missionários cristãos para os mosteiros escoceses pelo litoral oeste, na direção das terras altas, e dali se espalhado para todo o país. O certo é que nesses longos e deliciosos anos a Escócia se tornou a pátria do uísque, abrigando harmonicamente centenas de chaminés das destilarias com sua paisagem bucólica, repleta de ruínas de antiquíssimos castelos, lagos e rios de água cristalina. Uma água puríssima, que corre sobre a turfa, o solo esponjoso que serve como combustível para defumar a cevada, a generosa matéria-prima dos maltes. Ao mesmo tempo que desenvolviam a destilação dessa nova bebida, os escoceses começaram a exportá-la, principalmente para a Inglaterra. Perceberam que os consumidores gostavam de um 54

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bebidas uísque mais leve – essencialmente porque em outros países o clima não era tão frio quanto o da escócia – e mais barato. para atender a essa preferência, as destilarias começaram, em 1865, a experimentar misturas de malte uísque e uísque de grão. surgia o blended scotch whisky. o master blender é a figura mais importante no processo da produção atual da bebida. ele é o responsável pela produção do blended, e faz isso apenas por meio do olfato, pela análise sensorial, observando o ponto de maturação de cada scotch. esse profissional analisa cerca de 500 uísques para escolher cerca de 40 a 50 que vão entrar na composição da bebida. ele pode ser comparado a um artista que combina os uísques com maestria e harmonia perfeita, de quem se espera que faça a mesma obra de arte todos os anos. isso sem provar nenhuma amostra, e lembrando que nenhuma produção é igual a outra. o envelhecimento é uma das partes mais importantes da elaboração da bebida, e a preparação dos barris de carvalho, um capítulo muito especial. os escoceses compram barris novos americanos e outros usados pelas companhias espanholas produtoras de Jerez. os barris de Jerez ajudam a formar a cor e o aroma do uísque. depois de destilado, o uísque é transparente como a vodca ou o gim. com a maturação nos barris, adquire cor e aromas de carvalho e frutas, entre outros. o malte uísque amadurece vagarosamente, envolto pela atmosfera silenciosa dos depósitos, os Warehouse, construídos ao lado das destilarias. de acordo com o tempo de envelhecimento, os uísques recebem uma classificação definida por lei. os conhecidos como standard, que não trazem no rótulo o tempo de envelhecimento, devem ter em sua composição uísques com no mínimo três anos de descanso em barris de carvalho. as grandes marcas costumam utilizar maltes envelhecidos entre sete e dez anos. No caso dos uísques envelhecidos – oito, 12 ou 15 anos, por exemplo –, é exigido que o malte mais novo da composição tenha no mínimo a idade que vem estampada no rótulo. No caso do single malt, como o nome indica, ele é único, produzido em apenas uma destilaria. mas vale alertar: um uísque envelhecido não é necessariamente o melhor; uma marca do tipo standard pode ser igual ou até melhor que outra que foi envelhecida por 12 ou 15 anos. a qualidade do uísque não está ligada diretamente ao tempo de envelhecimento, mas sim a um blend perfeito. cada uísque tem seu ciclo de vida nos barris. quando chega o momento certo, o master blender cuida para que ele seja engarrafado. antes disso, porém, tem sua força alcoólica reduzida a aproximadamente 40° por volume. para essa redução, usa-se apenas água pura.

As quatro regiões do scotch cada uma das quatro regiões tem sua característica própria. Na composição de 95% dos blended são utilizados uísques de todas as regiões. lowland – são, literalmente, as terras baixas, situadas no centro e sudoeste do país. contam com poucas destilarias – a maioria produz uísque de grão –, responsáveis pelos maltes mais leves e delicados. Campbeltown – fica na região oeste da escócia. Já foi uma das áreas de maior produção. Highland – como o nome indica, são as terras altas, localizadas ao norte de uma linha imaginária entre as cidades de dundee, a leste, e Greenock, a oeste. possuem o maior número de destilarias, cerca de 90, que dão origem aos uísques mais encorpados, cheios de caráter e ao mesmo tempo delicados. essa região abriga uma área especial, a speyside. situada às margens do rio spey – famoso pela pureza de suas águas –, suas destilarias produzem uísque com sabor e aromas finos, delicados e perfeitos. Islay – a ilha de islay, na costa oeste da escócia, produz o uísque de mais forte caráter e buquê do país. perfumado e forte, com características marcantes de iodo e turfa, tem importância tão grande que, segundo os master blenders, se não for utilizado um pouco do malte da ilha na elaboração de um blended não se alcança um resultado satisfatório. os bons uísques devem ter ao menos 1% do malte da ilha, dizem os experts.

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Marcas famosas Ballantine’s – É um blend elaborado com 40 maltes, envelhecidos por no mínimo 12 anos. Encorpado, seu sabor é seco e agradável, com fundo de carvalho e gosto de frutas. A destilaria, fundada em 1827 pelo escocês George Ballantine, na cidade de Edimburgo, produz também o Ballantine’s Finest. Bowmore – Puro malte da região de Islay, envelhecido por dez, 12 ou 17 anos. Encorpado, com sabor delicado, tem cor amarelo-âmbar e aromas lembrando a turfa. Ideal para ser servido puro, como digestivo, após o jantar. Buchanan’s – James Buchanan foi um dos master blenders pioneiros e criou, em 1879, essa que é uma das mais respeitadas marcas de uísque. Maltes da destilaria de Dalwhinnie dão o caráter leve e delicado de seu blend, envelhecido 12 anos. A empresa produz também o consagrado Black & White, leve de corpo e com perfume de turfa. Chivas Regal – Produzido pela Chivas Brothers, empresa fundada em 1801, é uma das marcas de maior prestígio. Elaborado com 50 uísques envelhecidos por 12 anos na destilaria de Strathisla, às margens do Rio Isla, sua cor é âmbar-claro e seu perfume lembra fumaça de turfa. Dimple –John Haig é o responsável pela criação desse blend envelhecido por 12 anos. Um uísque bastante harmonioso, bem aromático e com paladar de frutas secas. Famous Grouse – Blend com bom corpo, de cor amarelo-escuro e muito aromático. Foi fabricado pela primeira vez em 1800, por Matthew Gloag, na cidade de Perth. Grant‘s – Em 1898, William Grant fundou essa destilaria em sua cidade natal, Dufftown – Conhecida por sua garrafa de design triangular, a bebida é um blend feito com 25 diferentes maltes e uísques de grão. Produz também o Grant’s Royal, uma versão 12 anos e o single malte Glenfiddich, suave e muito aromático, com gosto de frutas e aroma lembrando Jerez. J&B – Companhia fundada em Londres pelo mercador genovês Giacomo Justerini, em 1749. A marca J&B, porém, surgiu apenas em 1831, quando o milionário inglês Alfred Brooks comprou a empresa e, pres-

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tando uma homenagem ao fundador, juntou seu sobrenome ao dele. O carro-chefe da destilaria é um blend em cuja composição entram 42 uísques, como Glenfiddich, Glenlivet, Knockando e Laphroaig. Johnnie Walker – Começou a ser produzido em 1820 por um jovem fazendeiro da região de Ayrshire, John Walker. Proprietário de um pequeno armazém de gêneros alimentícios, Walker vendia garrafas de Walker’s Kilmarnock Whiskie, como era conhecida sua bebida. A marca é hoje a mais vendida no mundo, graças as versões Black Label (rótulo preto), envelhecido por 12 anos, e o Red Label (rótulo vermelho). Entre outras preciosidades, o Johnnie Walker leva em seu blend o famoso malte Cardhu, das Highlands, leve e com doce sabor de malte defumado. Laphroaig – Outro single malte da região de Islay. Engarrafado entre os dez e os 15 anos, é encorpado, com forte e penetrante aroma de iodo e turfa, deixando no final uma leve doçura de jerez. A Laphroaig foi fundada em 1815, numa pequena enseada rodeada por ilhotas rochosas, pelos irmãos Donald e Alex Johnston. The Glenlivet – Single malt dos mais vendidos no mundo. Fundada por George Smith, em Edimburgo, essa destilaria foi a primeira a obter a licença de operação sob a lei tributária de 1823, que regulamentou a produção de scotch whisky – até então, todas funcionavam ilegalmente. A destilaria tornou-se, assim, a mais antiga da Escócia. Seus maltes são engarrafados com 12 e 21 anos de maturação. É um uísque rico, com sabor maduro e aroma delicado de flores e frutas. White Horse – Uma das marcas mais antigas. A família Mackie fundou a casa na cidade de Edinburgh, em 1742. Anos mais tarde, em 1883, James Logan Mackie levou-a para Glasgow. Seu blend tem cor amarelo-ouro e perfume de fumaça de turfa. O precioso malte da destilaria de Lagavulin entra em sua composição. A destilaria produz também o Logan, blend envelhecido 12 anos e feito com a mistura de 50 uísques.

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Mint Juleps 1 drinque 8 folhas • de hortelã 2 colheres (sopa) • de açúcar 10 ml • de suco de limão 40 ml • de uísque americano

Modo de preparo Em um copo old fashioned, coloque a hortelã, o açúcar, o suco de limão e o uísque. Macere bem até depreender o sabor e a cor da hortelã. Em um copo long drink, coloque gelo moído até a borda, coe o uísque macerado com a hortelã. Decore com hortelã e canudos.

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Solera Manhattan 1 drinque 80 ml • de Single Malt 15 Year Old Solera Reserve 20 ml • de vermute tinto 3 gotas • de Angostura Bitter 1 casca • de laranja

Modo de preparo Em um copo mixing-glass, coloque 4 pedras de gelo. Em seguida, o Single Malt Solera,o vermute e a Angostura Bitter. Misture bem e sirva em uma taça martini previamente gelada. Decore com um twist de laranja.

Irish Power 1 drinque 40 ml • de uísque irlandês 20 ml • licor Baileys Completar com cerveja Guinness Raspas de chocolate amargo

Modo de preparo Em um copo long drink, coloque gelo, o uísque, o licor e misture bem. Em seguida, complete com a cerveja. Coloque bastante espuma no topo do copo. Finalize com as raspas de chocolate.

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bebidas

Whisky Sour 1 drinque 80 ml de • uísque escocês 1 colher (sopa) • de açúcar 20 ml • de suco de limão

Modo de preparo Em uma coqueteleira, coloque gelo e todos os ingredientes. Bata bem, sirva em um copo on the rocks com gelo e com borda de açúcar.

Derivan de Souza

Bar man Derivan de souza Esch CAfé Alameda Lorena, 1899 Planalto Paulista Tel. 3062-2285

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A pérola

africana POR LETICIA ROCHA

NA ONDA DA COPA DO MUNDO, O MAIOR EVENTO ESPORTIVO DO PLANETA, A ÁFRICA DO SUL, QUE JÁ ERA UM DESTINO SURPREENDENTE, SE MODERNIZA E SE DESTACA NO MAPA DO TURISMO MUNDIAL.

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FOTOS TADEU BRUNELLI

s montanhas protegem o mar azul como uma moldura. Entre as paisagens exuberantes da costa estão belas praias, muito agito e até bondinho. Mas, afinal, que lugar é esse? Rio de Janeiro? As comparações são inevitáveis, mas essa “cidade maravilhosa” está em solo africano. Não é exagero dizer que a Cidade do Cabo é um dos lugares mais belos do mundo. A descrição, por si só, já é fascinante: está situada na encosta de uma montanha (a Table Mountain), numa região de vales e cânion, e uma parte dela está entre os oceanos Índico e Atlântico. Dá acesso à península do Cabo da Boa Esperança e na parte alta estão as vinícolas mais famosas do país, de onde sai o bom Cabernet Sauvignon sul-africano. A Cidade do Cabo está recheada de roteiros surpreendentes, onde é possível tomar sol na praia com pinguins ao redor e curtir uma noite tão cosmopolita quanto em qualquer capital europeia. A cidade mais charmosa da África do Sul é a prova que o país superou o período de apartheid – o mais cruel dos sistemas políticos do século 20, que negou, por mais de 42 anos, direitos civis aos negros. Felizmente, o apartheid é coisa do passado. Há 12 anos, Nelson Mandela,

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viagem prin­ci­pal lí­der ne­gro do sé­cu­lo, as­su­mia co­mo pre­ si­den­te da Áfri­ca do Sul na pri­mei­ra elei­ção ge­ral e li­vre, ou se­ja, com a par­ti­ci­pa­ção dos ne­gros, maio­ria en­tre os 44 mi­lhões de ha­bi­tan­tes. En­ten­der co­mo o ­país não se trans­for­mou num ce­lei­ro de vin­gan­ça sig­ni­fi­ca com­preen­der a for­ça de Man­de­la co­mo lí­der e, prin­ci­pal­men­te, a es­sên­cia des­se po­vo, pa­cí­fi­co e fes­ti­vo. A Áfri­ca do Sul mos­tra-se ago­ra co­mo um ­país em paz e em ple­no de­sen­vol­vi­men­to. Cla­ro que ain­da exis­tem pro­ble­mas so­ciais gra­ves, co­mo al­tos ín­di­ces de vio­lên­cia ur­ba­na, po­bre­za e um cer­to ran­ cor nas re­la­ções en­tre ne­gros e bran­cos, mas a ma­gia do lu­gar trans­cen­de tu­do is­so. Não à toa es­se é ho­je um dos des­ti­nos ­mais pro­cu­ra­dos pe­los tu­ris­tas, se­ja pe­la ine­gá­vel cu­rio­si­da­de pe­lo mun­do sel­va­gem dos sa­fá­ris ou pe­los im­pres­sio­nan­tes atra­ti­vos ur­ba­nos de uma re­gião vi­bran­te, ­cheia de cor e vi­da. Pe­la ci­da­de – An­tes de ini­ciar o ­tour, po­rém, é im­por­ tan­te to­mar cons­ciên­cia das di­men­sões. O ­país tem 1,22 mi­lhão de qui­lô­me­tros qua­dra­dos, ex­ten­são equi­va­len­te a cin­co ve­zes a Grã-Bre­ta­nha. Re­su­min­ do: não dá pa­ra co­nhe­cer tu­do nu­ma via­gem de dez ­dias. E já que é pre­ci­so se­le­cio­nar des­ti­nos, acei­te mi­nha su­ges­tão e de­gus­te, sem mo­de­ra­ção, a Ci­da­ de do Ca­bo. En­tão pre­pa­re o tê­nis pa­ra mui­tas ca­mi­ nha­das. A ci­da­de con­vi­da a lon­gos pas­seios, se­ja pe­la or­la, pe­los par­ques ou pe­la Ta­ble Moun­tain, de on­de é pos­sí­vel ter a me­lhor vis­ta da ci­da­de 1.086 me­tros aci­ma do ní­vel do mar. A mon­ta­nha é vi­sí­vel dos qua­tro can­tos da ci­da­ de, mas che­gar ao to­po é um pas­seio obri­ga­tó­rio. A su­bi­da é fei­ta por um bon­di­nho, nos mol­des do nos­ so Pão de Açú­car, no Rio (­aqui es­tá um dos mo­ti­vos da com­pa­ra­ção!). Do al­to dá pa­ra ver to­da a ci­da­de e aque­le mar que pa­re­ce não ter fim. Os ­guias lo­cais aler­tam: vá lo­go no co­me­ço da via­gem, por­que se o tem­po es­ti­ver nu­bla­do, não dá pa­ra ver na­da e, nes­se ca­so, vo­cê ain­da tem uns ­dias pe­la fren­te pa­ra po­der vi­ver es­sa ex­pe­riên­cia in­crí­vel. Ou­tro mar­co é o Wa­ter­front, o an­ti­go por­to que foi res­tau­ra­do e abri­ga um com­ple­xo com shop­pings, ba­res, res­tau­ran­tes. É o lo­cal per­fei­to pa­ra um ­happy ­hour, en­quan­to se ob­ser­va ­leões-ma­ri­nhos des­can­ san­do no ­píer e se con­tem­pla o pôr do sol afri­ca­no – um dos ­mais be­los do pla­ne­ta. Se pre­fe­rir as­sis­tir o ­cair do dia na ­praia, vá à Sun­set ­Beach, no bair­ro de Blou­bergs­trand. Pou­co a pou­co, o sol cai no mar e o vi­sual é de ti­rar o fô­le­go... sem fa­lar que es­se pon­ to é co­nhe­ci­do co­mo Ta­ble ­View, o me­lhor lo­cal da ci­da­de pa­ra ver a Ta­ble Moun­tain. Pa­ra pas­sar o dia na ­praia, com di­rei­to a ba­nho de mar, vá ao ­Camps

Re­gião vi­ní­co­la, de on­de sai um bom Ca­ber­net Sau­vig­non sul-afri­ca­no

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A nativa em seus trajes: boa convivĂŞncia entre negros e brancos 65

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viagem Bay. O bair­ro é ba­da­la­do e ­cheio de gen­te bo­ni­ta, se­ja na ­areia, no cal­ça­dão ou pe­los ca­fés, ba­res e res­tau­ran­tes à bei­ra-mar. Se vo­cê ti­ver sor­te ain­da po­de cru­zar com ce­le­bri­da­des co­mo Tom Crui­se, que tem uma man­são da­que­las por lá. Uma via­gem à Áfri­ca tem de ter his­tó­ria. Uma di­ca in­te­res­san­te e que fo­ge dos ro­tei­ros tra­di­cio­nais e ­cheios de tu­ris­tas é o ­Gold Afri­ca Mu­seum (Mu­seu do Ou­ro), um ba­nho de cul­tu­ra que mos­tra a ri­que­za das ci­vi­li­za­ções an­ti­gas. As pe­ças, to­das em ou­ro ma­ci­ço, são ina­cre­di­tá­veis – de ­joias e es­pa­das a cha­péu e chi­ne­lo, to­dos em ta­ma­nho na­tu­ral. Es­sa via­gem fas­ci­nan­te foi um dos pon­tos que ­mais cha­ma­ram a aten­ção de Pau­lo Bor­ges, or­ga­ni­za­dor da São Pau­lo Fas­hion ­Week, que fa­rá a pró­xi­ma edi­ção do even­to ins­pi­ra­da na Áfri­ca. En­tre um pas­seio e ou­tro, va­le uma pau­sa no Boo ­Kaap, um bair­ro mu­çul­ma­no, cu­jo po­vo se re­fu­giou na Áfri­ca em bus­ca de ­dias me­lho­res. Ho­je, ­eles ain­da vi­vem por lá e pre­ser­vam as ­suas raí­zes – é bo­ni­to an­dar pe­las la­dei­ras, en­tre ca­si­nhas co­lo­ri­das e mes­qui­tas e de­pa­rar-se com os mo­ra­do­res e ­seus cos­tu­mes, se­ja nas ves­tes, na ali­men­ta­ção ou na re­li­gião. A me­sa afri­ca­na é um fes­ti­val de sa­bo­res, sem­pre com re­cei­tas que pri­vi­le­giam as cria­ções agri­do­ces, com mui­ta pi­men­ta e es­pe­ cia­rias. Os as­tros dos car­dá­pios são o king­klip, um pei­xe mui­to ca­rac­te­rís­ti­co da re­gião; o spring­bok, um ti­po de im­pa­la e o see ­food pla­te, um ti­po de me­nu-de­gus­ta­ção com fru­tos do mar em abun­dân­cia, de os­tras, la­gos­tins e la­gos­ta. Em al­guns res­tau­ran­ tes, vo­cê ain­da é re­ce­bi­do com no­vos há­bi­tos – en­quan­to con­ tem­pla as dan­ças de tri­bos lo­cais, uma sim­pá­ti­ca afri­ca­na vem à me­sa e su­ge­re pin­tar seu ros­to. Acei­te. O de­se­nho é sem­pre uma sur­pre­sa que, se­gun­do di­zem, vem da ins­pi­ra­ção do mo­men­to e da ­ideia que ­elas têm do que com­bi­na com ca­da pes­soa. Ao me­nos as pin­tu­ras não se re­pe­tem nas me­sas ao la­do. Po­de pa­re­cer al­go

Uma ci­da­de de mui­tas fa­ces: a co­mu­ni­da­de mu­çul­ma­na no bair­ro Boo Kap

sim­p les de­m ais, mas é co­mo se vo­cê mer­gu­lhas­se no mun­ do des­se po­vo tão ale­gre e ri­co. An­tes de co­me­çar a re­fei­ção, ­elas vol­tam pa­ra la­var as ­suas ­mãos com ­água bem quen­ti­nha. Pa­ra en­cer­rar o ban­que­te, che­ gam à me­sa ba­li­nhas que são um mi­m o. E até es­s e agra­d o tem uma ex­pli­ca­ção: se­gun­do re­za a tra­di­ção, sem­pre de­pois da co­mi­da api­men­ta­da é edu­ca­ do ser­vir al­go bem re­fres­can­te. E, sim, a co­mi­da afri­ca­na é sem­ pre mui­to pi­can­te. Os no­t í­v a­g os não vão fi­c ar sem pro­gra­ma. A noi­te da Ci­da­ de do Ca­bo é a ­mais fa­mo­sa do ­país. Pa­ra ­quem ­quer mui­to agi­ to, o en­de­re­ço cer­to é a ­Long ­Street, uma rua ­cheia de clu­bes que fer­vem a noi­te to­da. ­Quem pre­fe­re ou­vir um le­gí­ti­mo ­jazz afri­ca­no de­ve op­tar pe­los ba­res no Wa­ter­front. Já pa­ra as com­ pras, o me­lhor lu­gar é o ­Green Mar­ket. É uma pra­ça, que reú­ne o tra­ba­lho de ar­tis­tas da re­gião – ar­te­sa­na­to, ­joias, mú­si­ca, rou­ pa, cal­ça­dos e os tra­di­cio­nais su­ve­ni­res afri­ca­nos.

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Vinhosviagem sul-africanos Um passeio pelos vinhos sul-africanos Veja o que a Adega Natural da Terra traz para você Vinícola: Avondale Klein Drakenberg Dica do sommelier: O Pinotage 2006 é um excelente vinho, pronto para beber, com aromas de frutas vermelhas e um leve toque de carvalho. Já o Syrah 2004 é intenso e encorpado, de taninos firmes e maduros, que combina com carnes vermelhas e massas. Vinícola: Wine State Dica do sommelier: O Backsberg Cabernet Sauvignon 2002, é levemente frutado e guarda aromas picantes de alcaçuz e baunilha. Pode ser consumido de imediato e na adega, em até sete anos. Vai bem com queijos fortes. Vinícola: The Company of Wine People Dica do sommelier: Os rótulos da linha Versus 2006. O rosé é delicado e elegante, de aromas frutados de morango e groselha Já o tinto, tem notas de cassis, café e chocolate e mostra a força de uma bebida jovem.

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O ­cair do dia em Sun­set ­Beach e pe­ças do Mu­seu do Ou­ro

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viagem

Pe­los ar­re­do­res Wi­ne­lands Val­ley – Con­cei­tua­da em to­do o mun­ do, a re­gião vi­ní­co­la sul-afri­ca­na fi­ca a ape­nas uma ho­ra de car­ro de Ca­pe ­Town. É um pas­seio de­li­cio­so, que já co­me­ça com a be­la pai­sa­gem dos vi­nhe­dos na bei­ra da es­tra­da. Cer­ca de cem vi­ní­co­las si­tuam-se pe­los ar­re­do­res de ci­da­de­zi­nhas mui­to char­mo­sas, co­mo a Frans­chhoek, têm in­fluên­cia fran­ce­sa e a Stel­len­bosh, ho­lan­de­sa. Se ti­ver tem­po, va­le re­ser­var al­guns ­dias pa­ra des­fru­tar de to­da a be­le­za da re­gião. Op­ções de hos­pe­da­gem não fal­tam – há ­bons ho­téis, con­for­tá­veis pou­sa­das ins­ta­la­das nas pró­prias vi­ní­ co­las e até um spa de lu­xo, que con­cen­tra to­das as ­suas ati­vi­da­des na vi­nho­te­ra­pia, da gas­tro­no­mia aos tra­ta­men­tos de es­té­ti­ca. É im­por­tan­te li­gar an­tes pa­ra agen­dar a vi­si­ta às vi­ní­co­las, ­pois al­gu­mas fe­cham ao pú­bli­co em épo­cas de gran­de pro­du­ção. E en­fim, ren­da-se às de­gus­ta­ ções des­ses gran­des vi­nhos. Se fi­car em dú­vi­da en­tre ­qual le­var pa­ra ca­sa, op­te pe­los ró­tu­los de pi­no­ta­ge, uma uva hí­bri­da de pi­not ­noir e her­mi­ta­ge, mar­ca re­gis­tra­da do ­país. 68

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No Mo­yo Res­tau­ran­te, dan­ças tí­pi­cas e pin­tu­ra no ros­to

Rob­ben Is­land – Uma ca­rac­te­rís­ti­ca dos sul-afri­ca­ nos é não dei­xar o pas­sa­do pa­ra ­trás. E is­so se re­fle­te no tu­ris­mo. To­dos fa­zem ques­tão de apre­sen­tar a his­tó­ria do ­país, por ­mais so­fri­das que se­jam es­sas re­cor­da­ções. O pas­seio a Rob­ben Is­land é, di­ga­mos as­sim, o pon­to al­to des­se ro­tei­ro cons­cien­te. A vi­si­ ta à ­ilha que foi por dé­ca­das o prin­ci­pal pre­sí­dio do ­país, on­de Man­de­la pas­sou 20 dos 27 ­anos em que foi pri­sio­nei­ro do go­ver­no sul-afri­ca­no, du­ran­te o apar­theid, é um pas­seio emo­cio­nan­te. O pre­sí­dio, con­si­de­ra­do pa­tri­mô­nio his­tó­ri­co na­cio­nal, foi de­sa­ ti­va­do e deu lu­gar a um mu­seu, que re­tra­ta a his­ tó­ria da lu­ta pe­la li­ber­da­de des­se po­vo e seu lí­der ­mais fa­mo­so. Pa­ra che­gar lá, é pre­ci­so via­jar de bar­co por 20 mi­nu­tos sain­do de Mil­ner­ton, ­mais pre­ci­sa­ men­te do Nel­son Man­de­la Ga­te­way. A em­bar­ca­ção é con­for­tá­vel e tem sem­pre a com­pa­nhia ex­tra de ­leões-ma­ri­nhos que na­dam pró­xi­mos ou se es­pre­ gui­çam nas ro­chas a ca­mi­nho da ­ilha. A his­tó­ria da cons­tru­ção é con­ta­da, atual­men­te, por ex-pre­si­diá­ rios que fo­ram trans­for­ma­dos em ­guias tu­rís­ti­cos. ­Mais de 8 mil pes­soas es­ti­ve­ram pre­sas ali, nu­ma épo­ca em que o nú­me­ro de car­tas e vi­si­tas era li­mi­ ta­do a ­duas por ano e até o car­dá­pio era dis­tin­to pa­ra bran­cos e não-bran­cos. Ca­bo da Boa Es­pe­ran­ça – O en­con­tro dos ocea­nos Atlân­ti­co e Índi­co en­trou pa­ra a his­tó­ria em 1488, quan­do Bar­to­lo­meu ­Dias des­co­briu o Ca­bo das Tor­ men­tas, um pon­to es­tra­té­gi­co na ro­ta pa­ra a Í­ndia e pon­to fun­da­men­tal na his­tó­ria da na­ve­ga­ção. Par­tin­do da Ci­da­de do Ca­bo são 70 qui­lô­me­tros pe­la ­Chapman’s ­Peak Dri­ve, uma es­tra­da à bei­ra de um des­fi­la­dei­ro, com be­las en­cos­tas e al­gu­mas sur­pre­si­nhas no ca­mi­nho, co­mo um com­boio de bú­fa­las no ­meio da es­tra­da, vi­si­tas à fa­zen­da de cria­ção de aves­truz e a in­crí­vel Bol­der ­Beach, uma ­praia on­de vo­cê dis­pu­ta um lu­gar ao sol ao la­do de uma tur­mi­nha sim­pá­ti­ca de pin­guins. Por tu­do is­so, vá sem pres­sa pa­ra des­co­brir es­ses pe­da­ci­ nhos má­gi­cos da Áfri­ca do Sul. 68

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Ser­vi­ços Co­mo che­gar

Al­gu­mas agên­cias, em São Pau­lo, são es­pe­cia­li­za­das em Áfri­ca do Sul. Há al­guns pa­co­tes fe­cha­dos, mas to­das ope­ram com a co­mo­di­ da­de de mon­tar seu ro­tei­ro ex­clu­si­vo. Via­gens & Cia: (11) 6941-8871. New Age: (11) 3138-4888. Raid­ho Tu­ris­mo: (11) 3704-3111. Kan­ga­roo ­Tours: (11) 3066-0266. Há voo diá­rio sain­do de São Pau­lo da ­South Afri­can Air­ways (SAA) até Jo­han­nes­bur­go, que le­va cer­ca de oi­to ho­ras. De lá, há co­ne­xões até Ca­pe ­Town - ­mais ­duas ho­ras de voo. Di­ca: se ti­ver tem­po, fi­que um dia em Jo­han­nes­bur­go. É uma ci­da­de bo­ni­ta, que tem óti­mas op­ções, en­tre cas­si­nos, res­tau­ran­tes e o his­ tó­ri­co So­we­to, bair­ro ne­gro on­de vi­veu Nel­son Man­de­la. E que tal se hos­pe­dar no úni­co ho­tel seis es­tre­las do mun­do? O The Pa­la­ce, uma ré­pli­ca de um pa­lá­cio, com mui­to lu­xo por to­dos os can­tos. Fi­ca a 190 quilômetros de Jo­han­nes­bur­go, no Sun C ­ ity, um com­ple­xo com tea­ tro, ci­ne­ma, res­tau­ran­tes, cas­si­no e vo­cê ain­da po­de se aven­tu­rar em um sa­fári de ba­lão.

On­de fi­car Em Jo­han­nes­bur­go:

Sand­ton Sun: óti­ma op­ção pa­ra ­quem fi­car um pou­co em Jo­han­nes­ bur­go. Ane­xo a um shop­ping cen­ter que ga­ran­te ­boas com­pras. Tel. 27 11 975 1121 - www.su­nin­ter­na­cio­nal.com The Pa­la­ce of the ­Lost ­City: o fa­mo­so úni­co seis es­tre­las do mun­do. É um ver­da­dei­ro lu­xo. Faz par­te do com­ple­xo de Sun ­City. Tel. 27 11 780 7878 - www.su­nin­ter­na­cio­nal.com

Na Ci­da­de do Ca­bo:

Ta­ble Bay: ins­ta­la­do em um dos me­lho­res pon­tos da Ci­da­de do Ca­ bo, bem no com­ple­xo Vic­to­ria & Al­fred Wa­ter­front. Tel. 27 21 406 5000 - www.su­nin­ter­na­cio­nal.com Ur­ban ­Chic: ho­tel no­vo e bem mo­der­no, per­fei­to pa­ra ­quem pro­cu­ra uma op­ção de al­to ní­vel no cen­tro da Ci­da­de do Ca­bo. Tel. 27 21 426 6119 - www.ur­ban­chic.co.za San­té Wi­ne­lands: spa-ho­tel lo­ca­li­za­do na re­gião vi­ní­co­la da Ci­da­de do Ca­bo. Tu­do por lá se­gue os prin­cí­pios da vi­nhote­ra­pia. Es­tá na lis­ta dos 16 me­lho­res ­spas do mun­do, elei­ção pro­mo­vi­da pe­la re­vis­ta El­le in­gle­sa. Tel. 27 21 875 8111 - www.san­te­wel­ness.co.za

In­for­ma­ções ­úteis

Não é pre­ci­so vis­to de en­tra­da na Áfri­ca do Sul pa­ra bra­ si­lei­ros. O pas­sa­por­te de­ve ter d ­ uas fo­lhas em bran­co. A úni­ca exi­gên­cia é o cer­ti­fi­ca­do de va­ci­na­ção con­tra fe­bre ama­re­la, que de­ve ser to­ma­da no mí­ni­mo dez ­dias an­tes da via­gem. Dis­po­ní­vel em pos­tos de saú­de, gra­tui­ta­men­te. Há 11 idio­mas ofi­ciais, mas não se as­sus­te, o in­glês é um dos ­mais usa­dos. A moe­da sul-afri­ca­na é o ­rand (R). Só pa­ra uma rá­pi­da con­ver­são, a con­ta é apro­xi­ma­da­men­te R$ 1 = 3 R. O có­di­go in­ter­na­cio­nal da Áfri­ca do Sul é 27 e m ­ ais: 11 pa­ra Jo­han­nes­bur­go ou 21 pa­ra a Ci­da­de do Ca­bo. Os ­meios de trans­por­te (­avião, t­ rem e ôni­bus) têm óti­ ma in­fraes­tru­tu­ra. As es­tra­das são mo­der­nas e se for alu­gar um car­ro lem­bre-se de que a di­re­ção é mão in­gle­ sa e o ­país exi­ge car­tei­ra de mo­to­ris­ta in­ter­na­cio­nal. Não dei­xe de vi­si­tar a Áfri­ca por me­do ou pre­con­cei­ to. O ­país mos­tra-se em ple­no de­sen­vol­vi­men­to, e em al­guns ca­sos es­tá em con­di­ções bem su­pe­rio­res às do Bra­sil. Com re­la­ção à vio­lên­cia, é só ter os cui­da­dos que tomamos por ­aqui. Em 2010, se­rá a se­de da Co­pa do Mun­do de fu­te­bol.

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Más­ca­ras à ven­da no ­Green Mar­ket

Res­tau­ran­tes

Mo­yo: en­tre a Ci­da­de do Ca­bo e a re­gião vi­ní­co­la de Stel­len­bosch es­tá es­te en­de­re­ço que é mui­to ­mais do que um res­tau­ran­te. No ca­mi­nho até lá, se ti­ver sor­te co­mo ti­ve­mos, vo­cê po­de con­tem­plar ani­mais em seu há­bi­tat – ze­bra, aves­truz, gnu e ­órix, to­dos brin­can­ do e cor­ren­do pe­los cam­pos. Pró­xi­mo ao Mo­yo tam­bém há uma re­ ser­va de chi­tas. Che­gue no fi­m da tar­de pa­ra con­tem­plar o pôr do sol dei­ta­do em es­pre­gui­ça­dei­ras que fi­cam em­bai­xo de uma ár­vo­re gi­ gan­te e cen­te­ná­ria, de­ze­nas de re­des ao ar li­vre, dan­ças tí­pi­cas e fo­guei­ras. Há es­ta­ções de de­gus­ta­ção com o me­lhor da co­zi­nha afri­ ca­na pe­las di­ver­sas ten­das. Tem uma fi­lial em John­nes­bur­go mui­to char­mo­sa, no ba­da­la­do bair­ro de Mel­ro­se ­Arch. Tel. 27 21 809 1137. ­Blues Res­tau­rant: bem no bur­bu­ri­nho da Ci­da­de do Ca­bo, em ­Camps Bay. To­do de vi­dro, per­mi­te uma das me­lho­res vis­tas do agi­to da ­praia, en­quan­to pro­va de­li­cio­sos fru­tos do mar. Tel. 27 438 2040.

Ba­res

Mam­ma Áfri­ca: o lo­cal ­ideal pa­ra con­fe­rir o agi­to da noi­te da ­Long ­Street. Tel. 27 21 424 8634. Ma­nen­bergs ­Jazz Ca­fé: en­de­re­ço cer­to pa­ra ou­vir um le­gí­ti­mo ­jazz sul-afri­ca­no, bem no Wa­ter­front. Tel. 27 21 421 5639. Ca­fé Ca­pri­che: um ca­fé ­cheio de char­me, per­fei­to pa­ra o fim de tar­de de fren­te pa­ra a ­praia de ­Camps Bay. Tel. 27 21 438 8315.

Sai­ba ­mais: www.sou­tha­fri­ca.net AGRA­DE­CI­MEN­TOS

A equi­pe via­jou a con­vi­te da ­South Afri­can Tou­rism, ­South Afri­can Air­ways e Sun In­ter­na­tio­nal.

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perfil . T A N I A

KHALILL

Tania Khalill ĂŠ a madrinha do camarote Bar Brahma 2009

FOTOS CIBELE ROSSI

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TANIA

KHALILL POR IVA OLIVEIRA

SUA BELEZA ESTONTEANTE PODE SER VISTA TODA NOITE NA TELEVISÃO. MAS, NO DIA A DIA, A ATRIZ É UMA PESSOA SIMPLES E EQUILIBRADA Na novela Caminho das Índias,, da Rede Globo, ela é a impulsiva Duda,, uma mulher apaixonada que faz de tudo para ter em seus braços o amor de sua vida, o indiano Raj (Rodrigo Lombardi). Na vida real, a rotina de Tania Khalill é menos turbulenta e ela teve a sorte de um amor tranquilo ao lado do marido, o cantor Jairzinho, e da filha Isabela, de 2 anos e meio. Quem conhece Tania se espanta com sua doçura e determinação. Aos 31 anos, além de ter feito renomados cursos de interpretação como o de Beto Silveira e Wolf Maya, formou-se em psicologia pelo Mackenzie e em locução e apresentação de tevê pelo Senac, além de ser bailarina clássica formada pelo Ballet Paula Castro e pela Escola Nacional de Ballet de Cuba. Como resultado desse trabalho, conseguiu bons papéis na maior emissora do país. Esteve no elenco das novelas Sabor da Paixão, Senhora do Destino, Cobras e Lagartos, Pé na Jaca e agora em Caminho das Índias. Nos palcos, estreou em 1995, com a peça No Natal a Gente Vem Te Buscar, de Naum Alves e, desde então, não parou mais. A mesma determinação que tem na vida profissional, ela leva para o seu dia a dia, principalmente com relação ao corpo. ''Eu me cuido bastante e controlo minha alimentação. Se como muito em um dia, diminuo no outro”, diz ela. A amamentação, na sua opinião, foi outra grande aliada. Além disso, Tania faz exercícios aeróbicos cinco vezes por semana e é adepta da ioga. No período da gestação, também fazia hidromassagem. Além disso, seu corpo foi moldado pelas aulas de balé que ela fez dos 6 aos 21 anos. 71

E foi graças ao corpo escultural que a atriz foi eleita neste ano como madrinha do camarote do Bar Brahma, em São Paulo. Paulistana, ela foi convidada para representar o tema "I Love SP". Só que, como toda mulher, ela teve períodos de encucação. “Quando dançava, qualquer quilo a mais aparecia, então houve época em que recorri a regimes malucos, daqueles que você perdia 10 quilos, mas ficava mal-humorada, fraca, irritada”, conta. Quando deixou de ser bailarina profissional para dedicar-se à vida de atriz, relaxou um pouco com o peso e essa tranquilidade acabou resultando em benefícios para seu corpo. Por isso, adotou a regra da compensação: se come muito em um dia, diminui no outro. “Com a maturidade a gente aprende que tem de cuidar do corpo para envelhecer bem, mas sem neuras”, acredita. Também resolveu assumir o seu corpo “de brasileira”, com quadris largos. Hoje, como não é de ferro, tem lá as suas tentações. Confessa que não consegue resistir a sushi, sashimi e biscoito de polvilho. Só que, para sua sorte, adora frutas e verduras e sente falta quando não ingere esses alimentos. Outra dica da atriz é buscar sempre o equilíbrio mental, estar em paz consigo mesma para evitar a ansiedade. “Assim todo o corpo funciona bem”, ensina.

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Dança indiana

ESTILOS VARIADOS, RITMOS CONTAGIANTES E UMA ATIVIDADE QUE PROMETE DEIXAR O CORPO EM FORMA, RELAXAR A MENTE E AINDA CRIAR MOMENTOS DE DIVERSÃO

POR ANA MARIGLIANI FOTOS TADEU BRUNELLI

Índia é muito rica culturalmente. Entre religião, costumes e artes, o que se destaca são as danças. Os estilos variam de milenares, com movimentos sincronizados, modernos, coreografados ou simplesmente livres. Os ritmos são contagiantes, com músicas animadas, atraem homens, mulheres e crianças, e ninguém consegue ficar parado. A novela Caminho das Índias (TV Globo) está contribuindo para o crescimento dessa cultura e já levou grande número de pessoas a conhecer, aprender e a procurar mais informações e cursos de dança indiana. A protagonista, Juliana Paes (Maya) e outros atores do elenco ensaiaram por cerca de três meses os gêneros bhangra e bollywood. Um ritmo bem popular na Índia, a bhangra é tocada em celebrações como o casamento e eventos. De origem folclórica, foi criada para celebrar a colheita, e modificou-se com o passar do tempo. Hoje, até DJs mixam a modalidade com outras músicas como o hip hop. “É uma dança livre, sem coreografia, que utiliza elementos da dança clássica milenar. Predominam movimentos dos pés, mãos e ombros de acordo com a batida do tambor, o dhol”,

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NO COMPASSO DA DANÇA MILENAR: PÉS E MÃOS COMANDAM OS PASSOS

conta Fernanda Nunes, 29 anos, professora de danças indianas bhangra e bollywood. O estilo serve de base para aprender o bollywood – junção das palavras Hollywood, indústria do cinema americano, e Bombay (hoje chama-se Mumbai), capital cinematográfica da Índia. Sucesso na Inglaterra e nos Estados Unidos, o bollywood promete estourar por aqui, já que consiste em aprender a dançar as músicas produzidas especialmente para os filmes. Essas músicas combinam estilos clássicos, folclóricos, com passos do hip hop e jazz, criando composições rápidas ou lentas. “Para

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cada música há uma coreografia ou passos que são retirados do próprio filme. Ou então se cria uma nova coreografia”, explica Fernanda. “Geralmente leva no máximo duas aulas para se aprender a dançar uma música.” Praticar a bhangra, seguida pelo bollywood, é ótima opção para quem deseja entrar em forma. Em uma aula é possível perder até 300 calorias. E o melhor é que ambos podem ser praticados por pessoas de todas as idades. A procuradora Margareth Leister, 46 anos, estuda dança clássica indiana desde 2005. “Iniciei o bollywood em 2008 e queimo calorias dançando. Meu corpo é mais firme, sou mais ágil e ganhei coordenação motora”, afirma ela, que tem uma filha, Luna, 7 anos, que também faz aulas de bollywood. O músico Matheus Barros Marques Gonçalves, 17 anos, pratica o bollywood desde setembro de 2008. “É uma forma de ter, ao mesmo tempo, uma atividade física e diversão, e ainda aprender uma cultura diferente.” O custo dessa diversão sai por mês em torno de R$ 100, com uma aula de uma hora por semana. Para praticar essas atividades, os alunos precisam de uma roupa confortável. “Tem gente que já veio treinar até de calça jeans”, confessa a professora Fernanda. Mas tanto para a bhangra quanto para o bollywood, seja nas aulas ou nas apresentações, o uso de calçado é proibido – segundo a história, as danças se originaram dentro dos templos sagrados e naquela época já não era permitido usar calçados.

Dança clássica indiana

SETE ESTILOS COMPÕEM A DANÇA CLÁSSICA INDIANA: ESCOLHA O SEU

Com mais de 6 mil anos, a dança clássica indiana sofreu algumas alterações desde seu surgimento até os dias atuais. Hoje, apenas sete estilos são considerados como clássicos: bharathanatyam, kathak, kathakali, kuchipudi, manipuri, mohiniyattam e odissi (veja quadro). “Esses estilos surgiram depois de uma reestruturação, realizada nos anos 30, como forma de retomar a cultura original e ainda como parte das manifestações pela independência da Índia”, explica Patrícia Romano, coreógrafa e diretora da Escola de Dança Clássica Indiana Natyalaya. “Dentro de cada estilo, o corpo assume posturas bem definidas”, explica Andrea Prior, fundadora e coordenadora do 74

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Os sete estilos clássicos • Bharathanatyam – criada no sul da Índia, é a mais popular, mais antiga de todas as formas e conhecida por suas poses culturais. Para acompanhar o vocal, são usados instrumentos como flauta e violino. • Kathak – a palavra significa contar história. Tinha como prioridade ser uma dança de rituais templários, mas como os artistas que a encenavam eram perambulantes, não ficou vinculada ao templo. Hoje, mescla cultura hindu e muçulmana e os pés, piruetas e expressões faciais são movimentos muito utilizados. • Kathakali – originou-se no século 17 e tem influência da arte marcial e de dança folclórica. Expressões faciais, com destaque para os olhos e gestos com mãos, fazem parte das apresentações, em que se conta uma história. Os trajes são feitos com a intenção de dar uma aparência sobre-humana às personagens. • Kuchipudi – originalmente era praticada apenas por homens, por ser um estilo de dança dedicado ao deus Shiva. Mais tarde houve a participação

das mulheres. Uma das partes dessa dança é o Tarangam: uma bailarina dança sobre um prato de latão, levando um pote com água em cima da cabeça, enquanto realiza movimentos com os pés. • Manipuri – pela antiga tradição, os bailarinos não podem mostrar os movimentos dos pés e usam saias longas para escondê-los. Por isso a ênfase é para o movimento do tronco e membros. Há uma divisão dentro do manipuri: as danças femininas têm movimentos lentos e graciosos, enquanto a masculina, saltos e piruetas. • Mohiniyattam – conhecido como dança do encantamento é o único gênero que preservou fielmente sua origem: nunca foi praticado por homens. É dançado apenas por mulheres. • Odissi – uma das danças mais antigas. Trabalha com os pés e movimentos sinuosos do corpo. A vestimenta típica tem como principal característica ornamentos em prata. Além de voz, utiliza instrumentos como a flauta e o violino.

Espaço Rasa, professora de odissi e kathak. “Há batidas dos pés nos chãos, com guizos amarrados aos tornozelos, gestuais com as mãos e a expressão do rosto e dos olhos predominam quando se vai contar uma história com a dança.” A coreógrafa Patrícia Romano acredita que, no Brasil, a dança mais conhecida até agora seja o odissi, enquanto na Índia a mais popular é o bharathanatyam, considerado a mãe dos outros gêneros. “O bharathanatyam tem raízes mais profundas dos natya shastras, que são as escrituras que regem a dança indiana.” Bem diferente da bhangra e bollywood, um curso de dança clássica indiana dura em média oito anos. “Depois de um ano o estudante já está apto a aprender pelo menos uma dança”, explica Patrícia. Há quatro anos, a atriz Juliana Terra, 31 anos, aprende dança clássica indiana odissi. “Esse aprendizado ajudou na concentração, a ter consciência do corpo, e com isso aprendi a me conhecer melhor”, diz. “Eu me sinto harmonizada quando saio das aulas.” Qualquer pessoa pode praticar dança indiana, inclusive homens. “Aconselho crianças a partir de 5 anos”, aponta Andrea Prior. As aulas variam de R$ 120 a R$ 200, com duração de uma hora, de uma a duas vezes por semana. 75

Informações Espaço Rasa www.espacorasa.art.br Escola de Danças Clássicas Indiana www.natyalaya.com.br Dança Clássica Indiana www.odissi.com.br

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saúde

Acupuntura, vale a pena tentar A técnica tem a função de prevenir e tratar doenças, buscando equilibrar o organismo por meio de agulhas. E vem sendo usada com grande sucesso na área da estética, em animais e até em plantas Por ana marigliani | fotos tadeu brunelli

Os chineses são realmente sábios. Há cerca de 5 mil anos eles se beneficiam dos efeitos da acupuntura, enquanto a técnica só apareceu por aqui no fim do século 20. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura tem a função de equilibrar energias que cruzam o corpo. E os orientais dividiram o corpo humano em 14 meridianos, também chamados de linhas imaginárias, que são compostos por pontos cheios de terminações nervosas. E é exatamente nos pontos que as agulhas são aplicadas, permitindo a estimulação ou o bloqueio, eliminando a dor. E por falar em dor, é normal pensar que a acupuntura dói, já que a técnica utiliza agulhas. Mas saiba que ela tem a espessura de um fio de cabelo e deve ser empregada apenas para afastar a pele e chegar ao ponto escolhido. E quanto à picada? Não é preciso se apavorar, os especialistas já adiantam, é suportável. “É bom lembrar que existem pessoas mais sensíveis que outras. Por isso, pode ocorrer de o local ficar sensível e ou até Doutor algumas vezes, roxo”, esclarece Arnauld Evaldo Leite, Ramos, terapeuta holístico, formado em presidente da Medicina Oriental Chinesa e membro Associação Brasileira de do Centro de Estudos de Acupuntura e Acupuntura Terapias Alternativas (Ceata).

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A boa notícia é que a acupuntura é uma técnica em que todo mundo pode beneficiar-se com a prática. “Mas é preciso avaliar o quadro clínico do paciente antes de começar a estimular os pontos”, explica Arnauld, que alerta, por exemplo, casos especiais, como o de grávidas e crianças. Na gestação, são poucos os pontos a serem estimulados. No caso dos pequenos, só desde 2 anos é que podem ser submetidos ao tratamento de acupuntura. Segundo o terapeuta holístico, Arnauld, não existe acupuntura sem agulhas. “Quando se fala em acupuntura significa que o tratamento é realizado exclusivamente com agulhas”, conta. “Mas é possível estimular esses mesmos pontos do corpo de diversas maneiras com sementes, grãos, dedo, calor, imã, cotovelo.” Em geral, a consulta custa R$ 100 e a sessão, sai em média, por R$ 70. O tratamento dura no máximo meia hora e deve ser realizado de uma a duas vezes por semana. “A duração de tempo de tratamento depende de cada caso: idade, alteração hormonal, estado psicológico, doenças, prática de esporte em ambiente externo, cuidados pessoais, entre outros. Em geral, depois de cinco a dez sessões, surgem os resultados”, comenta Hong Jin Pai, médico do Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e pós-graduado em acupuntura pela Faculdade de Medicina de Pequim (China). Para o presidente da Associação Brasileira de Acupuntura (ABA), Evaldo Leite, a técnica corresponde a 80% do efeito de um tratamento. E pode ser associada a outros procedimentos como a quiropraxia, homeopatia e fitoterapia. “De todas as práticas terapêuticas, a acupuntura é a mais abrangente”, afirma.

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Indicação do tratamento A acupuntura deve ser encarada como um método de prevenção. “Para se ter uma ideia, no passado, os acupunturistas chineses eram remunerados enquanto seus pacientes não adoecessem. Desde o momento que eles adoeciam, essa remuneração era cessada”, aponta Evaldo Leite. “Uso a acupuntura como prevenção. É uma forma de ter mais qualidade de vida”, avalia a estudante de Educação Física, Daniele Cristine Leite, 36 anos, que começou a se tratar aos 18, para se livrar da enxaqueca e cólica menstrual. Mas nem sempre é assim, pelo menos no Brasil, onde a técnica é mais procurada quando o problema já apareceu. “A grande procura é para o tratamento das dores em geral. Mas a acupuntura é indicada para tratar todo tipo de doenças, principalmente as difusas, aquelas que não se sabe a origem”, explica o presidente da ABA. O professor e empresário Pedro Felipe Ribeiro de Morais, 25 anos, procurou a acupuntura aos 19. “Tinha um proble-

ma de coluna, me tratei por dois anos e meio e fiquei bem”, conta. “Há cerca de seis meses voltei a realizar o tratamento, por um problema de úlcera no intestino, causado por estresse. Hoje, não tenho mais nada. Mas basta um dia cansativo, uma dor de cabeça para eu marcar uma sessão e sair relaxado.” Vale lembrar que não é só em casos de doenças que o método oriental traz benefícios. Ele vem demonstrando excelentes resultados também em clínicas de estética. “Melhora a cicatrização, aumenta a circulação sanguínea, relaxa a musculatura facial, reduz levemente estrias recentes e aumenta a produção de colágeno”, explica Hong Pai. “Por isso é utilizada em redução de rugas, em torno dos olhos, diminui sequelas de espinhas, reduz queda de cabelo em pessoas ansiosas, melhora as olheiras dos deprimidos, deixando a aparência mais jovem.”

Novidade E o que pouca gente sabe é que existe acupuntura para animais e plantas. Segundo o presidente da ABA, Evaldo Leite, o estudo da técnica em plantas começou a ser realizado no Brasil na década de 70. “Ficou comprovado que a acupuntura melhora o desenvolvimento e o crescimento das plantas, que passa, até mesmo, a dar mais frutos e sementes”, assegura. Na área da veterinária, ela veio de carona na acupuntura humana, pois as pessoas que passaram por esse tratamento estenderam o mesmo para seus animais de estimação. Aliás, as indicações para os animais são as mesmas dos seres humanos. “Doenças neurológicas, respiratórias, cardíacas, hormonais, renais, digestivas, oftalmológicas, reprodutivas, entre outras”, enumera Marta Monte Carmello, acupunturista veterinária e secretária da Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária (Abravet). “E qualquer animal pode-se submeter ao tratamento: de cães, gatos, roedores, equinos e bovinos a elefantes, camelos, tigres, ursos e até animais silvestres, como o jabuti e o papagaio.” Um bom exemplo é a cadela Mel, da raça Daschund (o famoso salsicha) de oito anos, que desde agosto de 2008 faz sessões de acupuntura. Ela tem um problema de paralisia nos membros posteriores causados por hérnia de disco. “Em janeiro deste ano o tratamento começou a mostrar resultados de melhora”, confessa a proprietária da Mel, Miriam Fernandes Costa. Essa é a segunda vez que a cadela passa pelo problema. “Da primeira vez, há dois anos, o veterinário, além de passar medicação, indicou a acupuntura. Mas optei apenas pelos medicamentos. Ela melhorou, mas ano passado o problema voltou e aí então resolvi tentar acupuntura.”

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saúde Para os interessados, a consulta custa entre R$ 100 e R$ 150 e as sessões entre R$ 60 e R$ 80. “Cada sessão dura em média 20 a 30 minutos, e pode ser de uma até três vezes por semana, de acordo com o problema”, explica Marta, a acupunturista veterinária.

Escolha o profissional No Brasil, não há regulamentação para se exercer a profissão de acupunturista e não existem pessoas proibidas de exercê-la. Mas há um projeto de lei que está sendo discutido no Senado. O Conselho Federal de Medicina reconhece a técnica como especialidade médica desde 1995 e defende ainda que só profissionais formados em medicina possam praticá-la. Mas antes de marcar sua primeira consulta, pesquise. Procure informações sobre a clínica e o profissional na internet, em associações e até mesmo conversando com parentes e amigos. É ideal que você vá até a clínica e observe as condições de higiene do lugar. Hoje, a maior parte das agulhas utilizadas são descartáveis.

Precauções Não é verdade que os chás – verde, branco, vermelho e preto – podem ser consumidos indiscriminadamente. Um dos principais cuidados em relação a essas bebidas é a existência de cafeína em sua composição. A substância, também presente no café, pode aumentar a pressão arterial e causar problemas como taquicardia, dor de cabeça e náuseas. Como aceleram o metabolismo, esses chás não são indicados a pessoas com problemas cardíacos ou hipertensas. Também devem ser evitados por grávidas e lactantes, pois a cafeína pode afetar o bebê. Casos de insônia, gastrite, problemas renais, hipertireoidismo, ansiedade e taquicardia são incompatíveis com os chás. Indivíduos com deficiência de ferro no organismo também devem evitar essas bebidas, porque elas contêm tanino, substância que inibe a absorção do mineral.

Quebra-pedra tem respaldo científico Segundo Jussara Macedo, estudos recentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) indicam que a infusão de “quebra-pedra” (Phyllantus) tem ação sobre os cálculos renais. De acordo com as pesquisas, essa erva impede a agregação dos cristais de oxalato de cálcio, o componente químico mais comum das pedras. Na prática, as infusões param o processo de crescimento das pedras já existentes e evitam a formação de novos cálculos. As pesquisas ainda indicam que a bebida pode proporcionar um segundo alívio aos portadores de cálculos renais: o “quebra-pedra” é capaz de relaxar o sistema urinário; produz assim um efeito vasodilatador e facilita a eliminação das pedras.

A estudante de Educação Física: há 18 anos não vive sem acupuntura

Acesse Associação Brasileira de Acupunturista (ABA)

www.abapuntura.com.br

Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária (Abravet)

www.abravet.com.br

Centro de Estudos de Acupuntura e Terapias Alternativas (Ceata)

www.acupuntura.org.br

Associação Médica Brasileira de Acupuntura

www.amba.org.br

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A banana é uma ótima fonte de potássio ( importante mineral aos músculos), apresenta vitaminas do complexo B e vitamina C. Ideal quando consumida bem madura, prefira as que estiverem com a casca bem amarela e pequenas manchas marrons. Com uma variedade infinita de preparações, aproveite as bananas ELS para guarnições simples, lanches, compotas, batidas com leite ou iogurte e frutas, além de aproveitar os benefícios desta fruta , você estará acrescentando muitos outros nutrientes!

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Top dez Veja as novidades que a indústria da beleza preparou para você. Lançamentos que prometem deixar sua pele jovem, bonita e tratada e, de quebra, aumentar a autoestima.

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Trata enquanto dorme

Quem não quer acordar com um visual bacana? É durante o sono que a pele faz o processo de renovação celular. E a Kenzo lança o Fluído Vigilante Noturno (R$ 185, 50 ml), que auxilia ainda mais nesse processo. Ao acordar a pele está com uma aparência descansada, clara e iluminada, devido a um complexo de ativos e extrato de baobá, otimizados por água vegetal de bambu. Informações: Kenzo – 0800-170506 80

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Olhos marcantes

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Ecologicamente correto

A Sapien Men é a primeira linha brasileira de cosméticos orgânicos para homens, produzida pela Surya Brasil. Entre os produtos, está o shampoo e condicionador 2 em 1 (R$ 20). Sua fórmula é enriquecida com extratos orgânicos de aloe vera e acerola, e óleo essencial orgânico de hortelã. Surya Brasil – 3732-3417

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Eye Moisture Recharge (R$ 219) é o novo gel creme da Shiseido. Promete hidratar a área dos olhos por até 24 horas, reduzir as bolsas e ainda minimizar a aparência de linhas finas, causadas pelo estresse e envelhecimento precoce. No caso das mulheres, melhora a aplicação da maquiagem ao redor dos olhos, podendo ser utilizado sobre a base. Informações: Shiseido – 0800-148023

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Cílios alongados, curvados e penteados

A proposta da Givenchy é o Phenomen’ Eyes (R$ 124), uma máscara com um aplicador 100% esférico, o primeiro do mercado. Pode ser usado na vertical, horizontal e diagonal, e chega até os cílios mais difíceis. O aplicador adapta-se a todos os tipos de olhos e está disponível em dois tons: o preto e o marrom. Informações: Givenchy – 0800-170506

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Adolescentes em festa

Pensando nas garotas que cada vez mais cedo iniciam os cuidados com o corpo, a Racco lança a deocolônia Flor de Menina Festa (R$ 33,80). A fragrância tem notas de frutas, como morango, abacaxi, maçã verde e de flores, como a rosa e a violeta. A formulação vem com um atrativo extra, o glitter. Informações: Racco – 0800-6010303

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Para homens de bom gosto

Roadster é o nome da fragrância masculina da Cartier. Inspirada no relógio homônimo, a fragrância tem um toque de menta e o frasco, uma tampa de metal e brilhante com um sistema de abertura elíptico. Disponível nas versões de 50 ml (R$ 280) e 100 ml (R$ 395). Informações: Cartier – 0800-9709877

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Livre-se das linhas e rugas

Sorrir, chorar e fazer movimentos repetitivos com o rosto causa rugas e linhas de expressão. E para combater esses indesejados sinais do envelhecimento, a Avon acaba de lançar o Renew Clinical Creme Redutor Específico para Linhas e Rugas (R$ 46,15 ml). Testes clínicos apontaram que após a primeira aplicação, ele ajuda a reduzir a aparência das linhas na testa e ao redor dos olhos, deixando-as com aparência natural, relaxada e rejuvenescida. O produto é em formato de uma caneta, para ajudar na aplicação, e tem um visor que indica a quantidade disponível. Avon – 0800-7082866

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100% Natural

A nova fragrância da Avon, Vitality (R$ 45, 50 ml), da linha Liiv Botanicals, combina óleos essenciais e extratos naturais, oferecendo uma sensação revigorante e reenergizante. Tudo isso porque as matérias-primas utilizadas para compor o aroma são de origem 100% natural. Avon – 0800-7082866

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Pele macia

O Boticário acaba de lançar três produtos da sua linha Nativa Spa Purificar. O destaque vai para o Gel Creme Hidratante Menta + Pistache (R$ 35, 250 g). A menta e a hortelã promovem uma sensação de frescor, já o pistache é rico em ácidos graxos, sais minerais, proteínas e vitaminas. Informações: O Boticário – 0800-413011

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Para fumantes

Alguns fatores podem acelerar o envelhecimento da pele, como a poluição, o estresse e o cigarro. E para combater esse envelhecimento, a linha Ferulive, da Ada Tina, conta com o ácido ferúlico, um poderoso antioxidante. São três versões: o Hydra Intense, para peles secas, o Ferulive T, indicado para peles mistas e o RE (foto, R$ 96,70), que tem ação retexturizante e é recomendado para peles envelhecidas. Informações: Ada Tina – 0800-7742404

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desfrute São Paulo

Recantos verdes

MESMO COM TODA A AGITAÇÃO DE UMA METRÓPOLE, AINDA É POSSÍVEL ENCONTRAR EM SÃO PAULO PEQUENOS RECANTOS ONDE PREVALECE O BEM-ESTAR, A BOA COMIDA E O MELHOR, COM CLIMA DE INTERIOR fotos divulgação

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á pensou estar em um lugar que lembra aquelas velhas e boas reuniões da família em volta de uma boa mesa no quintal? Pois isso é possível na Vila Mariana, acrescentando-se ainda o melhor da pizza e da Carola – um misto de pizza e calzone. Funcionando desde maio de 2006, a Quintal do Bráz é uma pizzaria que respira qualidade e tradição, sementes plantadas pela sua irmã mais velha, a Bráz. De seus dois fornos, desenhados à semelhança dos antigos moinhos da cidade, saem novas receitas e produtos que trazem para o universo da pizza sabores e experiências surpreendentes. No cardápio, destaque para a Quintal, que leva mussarela especial, queijo talégio, aspargos frescos, crocantes de presunto cru e ovos estrelados e para a Camponesa, com mussarela especial coberta por uma mistura de cogumelos e salsinha fresca. Rua Gandavo, 447, Vila Mariana, tel. 5082-3800 www.quintaldobraz.com.br

Áreas abertas fazem todo o charme do local

Chácara Santa Cecília P

ara os jovens, é uma boa balada, com música eletrônica, anos 80 e 90 e black music. Para os pais, uma oportunidade de degustar boa comida e ainda ter espaço para os filhos. Situada dentro de uma verdadeira chácara com 2 mil metros quadrados, sendo 600 deles de pura área verde, atua como um mix de casa noturna, bar, restaurante e reserva ecológica em uma das regiões mais movimentadas da capital paulista, o bairro de Pinheiros. Distribuídos em sete ambientes: restaurante, boteco, pista de dança, bar Mané Bode, canto Dona Ana (pizza bar e mezzanino para eventos), bosque e mirante, a casa está aberta para todos os tipos de eventos e comemorações. Todos os ambientes convivem harmoniosamente com belas árvores frutíferas, plantas ornamentais, lagoas, cascatas e trilhas forradas de cristais, que convergem para dentro da mata preservada. Rua Ferreira de Araújo, 601, tel. 3034-3910/3034-6251 www.chacarasantacecilia.com.br

Livraria da Vila O

s apaixonados por leitura adoram o simpático lugar que foi precursor em reunir num mesmo ambiente atividades que instiguem a cultura. Inaugurada há 23 anos na simpática e agora fervilhante Vila Madalena, a livraria é conhecida por seus vendedores-leitores, sempre dispostos a dar dicas sobre as melhores publicações. O aconchego é garantido por poltronas, sofás, pufes e luminárias especiais que convidam os clientes a relaxarem na companhia de bons livros. Além dos lounges de leitura, abriga auditórios e espaços infantis devidamente preparados para receber contações de histórias, pocket-shows, palestras, cursos, debates, lançamentos e outros. E a pausa para o café é muito bem-vinda no conhecido Santo Grão, que atrai pela qualidade e bom atendimento. Rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena, tel. 3814-5811 www.livrariadavila.com.br 85

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P ablo D uarte

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Quintal do Bráz J

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Casa da Fazenda do Morumbi C

om uma área verde de 8 mil metros quadrados, localizada em plena avenida Morumbi, é um oásis que pode e deve ser aproveitado. O local é um convite para a cultura, gastronomia e entretenimento. Restaurada na década de 90, a Casa da Fazenda do Morumbi contempla a beleza de paredes densas, materiais antigos e artigos históricos, além da decoração clássica. No jardim vê-se em cores vibrantes o Brasil colonial. Jabuticabeiras centenárias, mangueiras e abacateiros, além de ipês, magnólias e jacarandás, bem como árvores, plantas e flores emolduram a realidade arquitetônica do espaço. Outros ambientes preenchem o terreno, como a senzala da primeira fazenda de chá do país, que fica localizada na parte inferior da casa. Hoje, a senzala está aberta para visitação e também abriga exposições de obras e artesanato. A capela, dedicada à Santa Clara, é toda pintada com afrescos inspirados em capelas do século 19. A cozinha, claro, é um capítulo à parte, oferecendo delícias como o tradicional picadinho, o bacalhau e a feijoada. Av. Morumbi, 5594, tel. 3742-2810 www.casadafazenda.com.br

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O mobiliário do restaurante acompanha o clima descontraído da decoração O Brasil colonial está muito bem representado na arquitetura e nas alamedas

Restaurante Capim Santo A

badalada chef Morena Leite trouxe da Bahia o conceito de cozinha saudável e ambiente ao ar livre. Saudável porque suas receitas são preparadas com azeite extravirgem, com bastante grãos e trigos, e os alimentos são menos processados, resultando em mais sabor. Com relação ao espaço, pitangueiras, coqueiros, jabuticabeiras e uma figueira de sombra farta no quintal recriam o ambiente mágico da matriz de Trancoso. Já o cardápio possui 40% de pratos vegetarianos, 30% de carnes e peixes e 20% de aves e caças. Destaque para o rolinho de abobrinha com queijo de cabra e figo, servido com molho de jabuticaba e para o camarão com creme de pupunha e tapioca, servido com arroz de coco. Entre as sobremesas, petit gateau de pistache com sorvete de cacau. Al. Ministro Rocha Azevedo, 471, Jardins, tel. 3068-8486 www.capimsanto.com.br

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dicas do freguês UM GIRO PELAS LOJAS NATURAL DA TERRA

1 – QUEM LUCIANA ESTEFAN O QUE FAZ COMERCIANTE MINHA COMPRA TEM... PEIXES E FRUTAS PARA PASSAR A SEMANA. GERALMENTE TAMBÉM COMPRA CARNES E LEGUMES

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2 – QUEM MARCIA BUFFOLO O QUE FAZ DONA DE CASA MINHA COMPRA TEM... FRUTAS E VERDURAS QUE FALTARAM DA SEMANA ANTERIOR. COSTUMA IR DUAS VEZES POR SEMANA NO NATURAL 3 – QUEM JOCELINE WAGNER, KURT KAISER O QUE FAZ DONA DE CASA MINHA COMPRA TEM... MUITAS FRUTAS, A VARIEDADE DO NATURAL DA TERRA É ENORME 4 – QUEM LEILA KOURI O QUE FAZ DONA DE CASA MINHA COMPRA TEM... PEIXES, FRUTAS, VERDURAS E PÃES PARA AS CRIANÇAS

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5 – QUEM SOLANGE FERREIRA, MARIA DA GRAÇA O QUE FAZ DENTISTA MINHA COMPRA TEM... VERDURAS, FRUTAS E FRIOS 6 – QUEM LUIS SQUICIATO O QUE FAZ COMERCIANTE MINHA COMPRA TEM... FRUTAS VARIADAS, SEMPRE FRESCAS

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POR CAROL ESQUILANTE FOTOS TADEU BRUNELLI

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7 – QUEM MARIANA CAMPINHOS, LUISA FERNANDES O QUE FAZ DENTISTA MINHA COMPRA TEM... PRINCIPALMENTE FRUTAS, VERDURAS E PEIXES. A QUALIDADE E VARIEDADE SÃO INCRÍVEIS 8 – QUEM MILENA MALUF CARDOSO O QUE FAZ HOTELEIRA MINHA COMPRA TEM... PEIXE, POIS CHEGA FRESQUINHO NA TERÇA-FEIRA. VENHO SEMPRE 9 – QUEM ALFREDO BERNARDINI O QUE FAZ ENGENHEIRO MINHA COMPRA TEM... GRANOLA, CASTANHA-DO-PARÁ E ASPARGOS PARA TESTAR UMA NOVA RECEITA

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10 – QUEM FREDERICO, MARTA GALLI O QUE FAZ ADVOGADO E ASSISTENTE SOCIAL MINHA COMPRA TEM... FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES. NAS QUARTAS, SEMPRE COMPRAMOS PEIXES. 11 – QUEM ANDRÉIA MIRALHA, VITOR O QUE FAZ ADMINISTRADORA MINHA COMPRA TEM... FRUTAS E LEGUMES DIVERSOS 12 – QUEM CLODOALDO CELESTINO, ELVIRA SANTANA O QUE FAZ TÉCNICO ELETRÔNICO MINHA COMPRA TEM... PEIXES, FRUTAS E VERDURAS

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13 – QUEM DAVI GIUGNO, SHIRLEY GIUGNO O QUE FAZ FÍSICO MINHA COMPRA TEM... FRUTAS E LEGUMES

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floricultura

Estação das flores Conheça os destaques do setor mais colorido e perfumado do Natural da Terra

Begônia Versátil, faz sucesso em arranjos decorativos para qualquer ambiente.

Amarylis Na linguagem das flores, significa orgulho e altivez.

Buquê de rosas O clássico do clássico. Conta-se que a primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 mil anos. Eunimus Arbusto típico de outono, perfeito para decoração de interiores.

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Girassol

Lisianthus

Considerado espe-

Nativa de regiões

lho do sol, repre-

desérticas, desta-

senta lealdade e

ca-se pela mescla

longevidade.

de cores.

Azaleia Rústica, é uma das

Kalanchoe

poucas que floresce

De origem africana, é símbolo

e colore o inverno.

de fortuna e felicidade.

Violetas Originária da Tanzânia, possui mais de 6 mil espécies e é planta das fáceis de cuidar.

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floricultura

Crisântemo A “flor de ouro”, como é conhecida, é planta de tradição de cultivo milenar nos países

Cúrcuma

asiáticos. E até foi

Espécie tropical que

adotada como símbolo

chama a atenção pela

nacional pelo Japão.

beleza exótica.

Bola belga O nome pode soar Orquídea cattleya

estranho, mas trata-se,

Espécie que até hoje des-

simplesmente, de um

perta o fascínio, mistério

gigantesco vaso de

até hoje não decifrado.

minimargaridas.

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Mundo Natural da Terra

você

Para Horário

Pela rede E

m casa, você também pode ficar por dentro do que acontece no Natural da Terra, só que pelo mundo virtual. Nosso site é sempre atualizado com as ofertas da semana, com dicas de nossa equipe de nutrição, além de campanhas promocionais e novidades. Ainda dá para acessar todas as edições da revista Natural da Terra e entrar em contato conosco.

C

onveniência, esse é o lema que o Natural da Terra prioriza. E para uma metrópole como São Paulo, isso pede, lojas abertas diariamente. Isso quer dizer, aos domingos e feriados também. E sem horário reduzido, sem exclusividade de uma loja ou outra. Todas abrem as portas, de segunda a segunda, das 7h30 às 22 horas.

Todos os dias das 7h30 às 22 horas www.naturaldaterra.com.br Natural da Terra – Alto da Boa Vista Avenida Santo Amaro, 6618, Tel. 5188-8108 - contato@naturaldaterra.com.br

Natural da Terra – Brooklin Avenida Santo Amaro, 3493

Natural da Terra – Higienópolis Rua Rosa e Silva, 163/177

Natural da Terra – Itaim Rua João Cachoeira, 1351

Natural da Terra – Moema Alameda dos Nhambiquaras, 1856

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produtos

Um pequeno toque de chef A

jovem Mariana Valentini é quem manda na cozinha do Valentina, no Itaim. É dela a missão de reinterpretar a culinária típica regional italiana com o que a gastronomia moderna oferece de melhor. A Chef, que faz questão de fazer as compras para o restaurante, conta o que gosta E sempre vai para seu carrinho

Valentina Rua Doutor Renato Paes de Barros, 62, Itaim Bibi, tel. (11) 3167-2988 www.valentinarestaurante.com.br

Alcachofra Já gosto porque é uma linda flor, de belas pétalas e tem uma cor lilás que, particularmente, adoro. Sem falar que vira uma entrada das mais rápidas e simples de fazer. É só cortar o cabo, bem rente à flor, cozinhar em água temperada com sal, ervas e grãos de pimenta por uns 15 minutos. Para saber se está pronta? É só puxar uma folha e se esta sair com facilidade, já pode levar para a mesa. Sirva com molho que é ótimo e fácil de fazer: misture manteiga derretida e shoyu ou limão-siciliano, alecrim e azeite.

Palmito fresco Nem só de carne se faz um bom churrasco. Coloque o palmito fresco, também chamado de pupunha, ainda com a casca na churrasqueira, vire ocasionalmente e deixe até que fique bem macio. Descasque, tempere com sal e azeite e pronto, eis uma receita de dar água na boca. Dá para fazer esse mesmo processo no forno. Ainda dá para servi-lo cru, em saladas ou carpaccios, é só descascar a parte fibrosa e ralar a polpa.

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Geleia de pimenta

Pesto trufado

Essa dica eu aprendi com uma grande amiga e vizinha. E, desde então, sempre tenho essa geleia em casa. É perfeita para comer com queijo brie e torradinhas. Não deixo faltar, até porque é um petisco ótimo para servir para as visitas. E posso dizer que impressiona.

Um vidro de pesto com trufas na geladeira faz maravilhas. Você pode fazer ou incrementar um molho para massas ou carnes em segundos. E mais, vai se sentir em plena região da Toscana, na Itália.

Lichia Minha mãe tem um pé de lichia no quintal e nem preciso dizer o quanto amo isso. Só que fora da época é preciso recorrer para a fruta em conserva. Entre mil coisas, rende ótimas caipirinhas.

Couscous marroquino Deixo sempre uma caixa de coucous marroquino na despensa. Adote essa regra, pois ajuda e muito quando surgem aqueles jantares de última hora. Basta juntar o mesmo volume de couscous e água fervente com temperos, um pouco de açafrão e deixe hidratar. Junte cubinhos de legumes, castanhas ou frutas secas picadas. Dá para servir como salada, acompanhamento ou recheio de carnes e peixes.

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Miniabóboras Para começar, são ótimas para decorar sua cozinha ou

a sala. E melhores ainda para oferecer em um jantar informal. Cozinhe-as inteiras em água e sal, abra, retire um pouco da polpa e recheie a seu gosto. Minhas dicas são: cremes, camarão ou carne-seca.

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Mirtilo

Coco Sempre tenho coco fresco em casa. Use a água como base para suco, fica uma delícia, por exemplo, se batida no liquidificador com uva verde. Uma boa ideia é fazer gelo de água-de-coco e servir em drinques, com uísque ou caipirinha. Já a polpa, misture em molhos de carne ou peixes, dá um toque tailandês especial.

Folhas de uva Uso folhas de uva para decorar pratos ou mesa de saladas e queijos. Faço rolinhos com arroz integral bem temperado e uso como acompanhamentos.

Conheci essa frutinha vermelha na Itália e nunca mais consegui viver sem. Faça uma base que é um curinga na cozinha. Derreta o mirtilo na manteiga e deixe até amolecer. Se for preparar uma sobremesa ou para acompanhar uma simples bola de sorvete, junte açúcar mascavo, espere derreter e pronto, você tem uma calda incrível. Já se a pedida são os pratos salgados, coloque sal e pimenta-do-reino e deixe até adquirir consistência de molho, que fica ótimo com carnes fortes, como as de caça.

Ervas frescas

Pêssego É a minha fruta favorita. No restaurante, faço uma sobremesa com pêssego que é a cara da Itália. Abra-os na metade e asse no forno forte por uns 15 minutos. Sirva quente, com a casca para baixo, com açúcar e canela polvilhado, uma bola de sorvete de creme e farofa crocante, que pode ser feita com castanhas. 97

Decoro sempre o Valentina com arranjinhos de ervas e sempre deixo um vasinho no banheiro. É ótimo para decorar e ainda pode salvá-lo na cozinha, já que sempre vai ter uma erva fresca à mão. Outra boa ideia é amarrar os guardanapos de tecido do seu jantar com um raminho de lavanda e um barbante rústico, com um cartãozinho pequeno e o nome do convidado escrito a mão.

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cartas DIVERSÃO Minha ida ao Natural da Terra é um passeio. Se não tenho que fazer compras, vou assim mesmo e me realizo com as frutas, legumes e flores. Lenise Ortência Maia Dinani Faço compras na loja da Santo Amaro com a Jesuíno Maciel. Gosto dos produtos porque são frescos e de boa procedência. Costumo comprar frutos do mar, peixes, castanhas, verduras, frutas, queijos. No fim das compras, gosto de sentar na lanchonete, tomar um suco natural. E ler a revista, que gostei de todos os assuntos e informações, pois aprendi muito a respeito de vários temas relacionados com alimentação. Luiza Konno REVISTA EM CASA Sou fã do Natural da Terra, fica bem próximo ao meu local de trabalho. Adorei a revista, tem receitas muito diferentes, tentadoras e queria recebê-la. Gosto muito de publicações que divulgam matérias sobre saúde e alimentação. Cristina Hassunuma Gostaria de me cadastrar para receber a revista Natural da Terra. Aproveito para parabenizá-los pela excelente publicação, que reflete a qualidade dos produtos e do atendimento da rede, que tem sido meu fiel companheiro em meus primeiros passos na culinária. Leonardo Toledo

Sou consumidora dos produtos de vocês, adoro o Natural da Terra. Vocês conseguem ter uma variedade incrível e qualidade. Gostaria de receber a revista em minha casa, para acompanhar as dicas e receitas. Tatiani Lima Estou morando há poucos meses em Higienópolis e recebi a revista Natural da Terra, que, por sinal, achei bárbara. Desde a qualidade do papel, as reportagens, a fotografia, as receitas, enfim, adorei. Gostaria de recebê-la em casa, se possível. Elisabeth Fontes Leopardi Em princípio quero falar da minha alegria de ser cliente de vocês. Resido em Moema, pertinho de uma unidade que atende muito as minhas expectativas. Lá, tenho desde as necessidades de uma dona de casa até flores... Sem falar na revista, que traz informações com seriedade e beleza. Próximo ao meu trabalho, disponho de outra unidade, a do Alto da Boa Vista, que é muito espaçosa, agradável e tem até padaria, que é cheia de deliciosas ofertas que enriquecem o fato de eu escolher ser cliente. Nessa loja, vou passear, comprar e admirar as orquídeas na área de alimentação. Vez ou outra, levo minha sogra, que tem 82 anos. Lá, tomamos um suco, um café, comemos um pastel delicioso ou descobrimos as muitas opções do cardápio, que é bem composto, bonito, boa apresentação, gostoso. Hoje foi um desses domingos que escolhemos almoçar ali. A escolha foi boa, a comida primorosa e o café, uma delícia.

Porém, a demora no atendimento me fez notar que o setor merece olhar diferente, talvez a ampliação do quadro de atendentes. Conversamos sobre esse assunto com o casal da mesa ao lado e chegamos à conclusão de que esse seja talvez o único problema a ser apontado sobre o Natural da Terra. Mas, de qualquer forma, o restaurante estava lotado. Foi legal ver outras tantas famílias, que fizeram a mesma escolha que a nossa e minha intenção é poder repetir esses almoços comunitários noutras ocasiões, mas sem tanta espera. Laura Csordas Cara Laura, Agradeço em primeiro lugar o contato e todo o respeito ao nosso trabalho. Tenha a certeza de que nossa busca é pela melhoria constante e é muito bom contar com nossos clientes para atingirmos nossos objetivos. Reintero em nome do Natural da Terra um pedido de desculpas pela falha no atendimento, dando a certeza de que todos os pontos abordados estão sendo tratados. Peço mais um voto de confiança em nossa empresa, colocando-me a inteira disposição e agradecendo a oportunidade que nos foi dada para correção e contato. Cordialmente e a inteira disposição, Fabiana Marin Marketing Natural da Terra

Confira as edições anteriores em nosso site www.naturaldaterra.com.br Para receber a revista Natural da Terra, basta cadastrar-se nas lojas ou enviar um e-mail para marketing@naturaldaterra.com.br.

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Mais doce e saboroso. Muito mais prazeroso. Eu sou o rei.

A Paulifruti e o Natural da Terra oferecem frutas de qualidade o ano inteiro. Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 | Vila Leopoldina Pav: MFE-B | Móds: 214 a 219 – CEAGESP São Paulo - SP – 05314-000 Tel: (11) 3834-2966 / 3834-2424 E-mail: paulifruti@uol.com.br

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