Revista Elevador Brasil - Edição 161

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EDITORA WORLD PRESS EDITORA WORLD PRESS RUA FORTALEZA, 105 - PALMEIRAS CABO FRIO - RJ - CEP: 28911-200 TELEFAX: XX |22| 2648-9751 REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM EDITORA WORLD PRESS LTDA A REVISTA ELEVADOR BRASIL ESTÁ REGISTRADA SEGUNDO AS NORMAS DA LEI DE IMPRENSA. EDITOR RESPONSÁVEL EDILBERTO ALMEIDA DIRETOR ADMINISTRATIVO PAULO CARDOSO WEBMASTER DIEGO TULIO DESIGN / DIAGRAMAÇÃO DIEGO TULIO REDAÇÃO JULLYANA BRAGANÇA ALICIA DO NASCIMENTO ELIZABETH SIMÕES TATIANA MARTINS COMERCIAL RONALDO SANTOS FOTOGRAFIA WAGNER CARDOSO ANÚNCIOS PARA ANUNCIAR NA REVISTA ELEVADOR BRASIL, BASTA ENTRAR EM CONTATO PELO TELEFONE |22| 2648-9751 OU ENTÃO ENVIAR UM E-MAIL PARA NOSSO ENDEREÇO ELETRÔNICO REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM. ASSINATURAS LIGUE: |22| 2648-9751 OU ENVIE E-MAIL: REVISTAELEVADORBRASIL@ GMAIL.COM PARA TER INFORMAÇÕES DE COMO É POSSÍVEL ASSINAR A REVISTA ELEVADOR BRASIL. COLABORAÇÃO VOCÊ PODE ENVIAR MATERIAL EDITORIAL OU NOTÍCIAS PARA COLABORAR COM A NOSSA REVISTA. AS MATÉRIAS AQUI EDITADAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES. ENVIE O CONTEÚDO PARA O REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM CORRESPONDENTES FRANCISCO THÜRLER VALENTE - SÃO PAULO PAULO DAL MONTE - RIO DE JANEIRO HÉLIO SILVA - SÃO PAULO JOÃO EDUARDO DE A. E CASTRO - BRASÍLIA EDUARDO DIAS GRILLO - SÃO PAULO CLAUDIO H GUISOLI - BELO HORIZONTE

Estamos ainda sob os ataques deste vírus mortal (COVID-19), que tanto tem afligido o mundo nestes últimos dias – e parece mesmo que o mundo se prepara para os últimos dias. Entretanto, o mundo ainda não parou de girar, e os elevadores, apesar de tudo, não param e não podem parar. Nestes dias, temos realizado algumas lives no instagram da ExpoElevador, conjuntamente ou independentemente com o Marcelo Braga, presidente do Seciesp. Estas lives têm se revelado de muita utilidade para nossos amigos leitores que nos acompanham sempre em nossos projetos. Em uma das primeiras lives que realizamos conversamos com o Marcelo (Seciesp) e com alguns dos internautas sobre o aspecto da importância e os tipos de manutenção de elevadores, abordando temas que muito bem apresentados pelo Marcelo, nos levaram a discutir o valor dos contratos de conservação e as implicações quando estes contratos não correspondem à importância dos serviços prestados. Recentemente, realizamos tam-

bém uma live com Mario Santos e Wellington Nascimento, representantes da Musca, uma das empresas expositoras na ExpoElevador. Esta live trouxe um debate onde as novas tecnologias de monitoração foram o tema central, obtendo uma resposta em participação muito satisfatória dos participantes. Todas estas lives estão gravadas e disponíveis no instagram da ExpoElevador, onde qualquer um poderá acessar e assistir o certame. Nesta edição, o Eng. Paulo Roberto assina o artigo “Manufatura aditiva e o novo paradigma da produção de peças de reposição” e o Eng. Rodrigo Antonio da Silva traz um artigo sobre “Inspeções de cabos de aço e polias”. Você também poderá conferir tudo sobre o lançamento recente da Villarta: esterilizadores para cabina do elevador e corrimãos de escadas rolantes, além de uma matéria sobre como as empresas de elevadores estão se unindo no combate ao novo coronavírus. Boa leitura! Abraços, Edilberto Almeida

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Sumário Manufatura aditiva e o novo paradigma da produção de peças de reposição

Inspeções de cabos de aço e polias Schmersal amplia linha Confiance de quadro de comandos para elevadores

Reconstruindo o uso do elevador Empresas de elevadores unem esforços no combate ao coronavírus Villarta lança esterilizadores para cabina do elevador e corrimãos de escadas rolantes Arduino – Solução inteligente para projetos em elevadores

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Yaskawa lança o Inversor de Frequência GA500 ExpoElevador realiza lives no instagram sobre temas relacionados ao setor do transporte vertical Dicas de Leitura

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O site da Revista Elevador Brasil está de cara nova. Mais moderno e dinâmico. Muito mais informações para você. Entre e fique à vontade.

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ARTIGO TÉCNICO

Manufatura aditiva e o novo paradigma da produção de peças de reposição

Por Paulo Roberto dos Santos

Já ouviu falar em Manufatura Aditiva, ou em inglês AM – Additive Manufacturing? Talvez tenha ouvido falar em impressão 3D. O que talvez muitos não tenham visto ainda, é como a manufatura aditiva está evoluindo rápido, especialmente na fabricação de peças em metal. Sim! Peças de metal, fabricadas totalmente a partir da adição de materiais. Ao contrário do processo de usinagem convencional, em que o material deve ser removido, a impressão em 3D ou MA constrói um objeto tridimensional a partir do modelo CAD ou arquivo AMF, adicionando sucessivamente material camada a camada. São processos usados para criar um objeto tridimensional, em que camadas de material são formadas sob controle de computador. Os objetos podem ser de quase qual-

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quer forma ou geometria e são produzidos usando dados de modelo digital 3D ou outra fonte eletrônica de dados, como um arquivo AMF (Additive Manufacturing File). Imagine este cenário: Um elevador quebra em uma cidade no interior de um estado remoto no Brasil. O provedor de serviços precisa substituir a peça o mais rápido possível para restaurar o serviço. A empresa de manutenção, em sua oficina local baixa os arquivos de peças necessários de um servidor central de nuvem e os envia para produzir em uma impressora 3D interna, ou de um fornecedor que concentre a produção local. O elevador deve estar funcionando novamente em breve, certo? Esse poderá ser um cenário comum nos próximos anos. É evidente que continuaremos mantendo peças de maior demanda em estoque, e assim minimizamos o custo de


reparo. Mas, em muitos casos as peças necessárias são caras demais para mantermos em estoque, sem uma garantia de que serão necessárias. Por outro lado, quem estiver mais bem preparado para atender com agilidade, se tornará mais competitivo. A manufatura aditiva está ganhando tanta importância, que já existe uma Norma ISO sobre o tema: A ISO / ASTM52900-15, que define sete categorias de processos MA no seu significado: • jato de aglutinante • deposição de energia direcionada • extrusão de material • jato de material • fusão de pó • laminação de folhas • fotopolimerização em cubas A seguir a descrição de cada processo. Jato de aglutinante O processo de jato aglutinante utiliza dois materiais; um material à base de pó e um aglutinante. O aglutinante geralmente está na forma líquida e o material de construção na forma de pó. Uma cabeça de impressão se move horizontalmente ao longo dos eixos X e Y da máquina e deposita camadas alternadas do material de construção e do material aglutinante, até formar a peça final. Após cada camada, o objeto que está sendo impresso é baixado em sua plataforma de construção. Devido ao método com jato aglutinante, as características do material nem sempre são adequadas para as peças estruturais e, apesar da velocidade relativa da impressão, o pós-processamento adicional pode adicionar um tempo significativo ao processo geral. Como em outros métodos de fabricação à base de pó, o objeto que está sendo impresso é autossustentável no leito de pó e é removido do pó não ligado depois de concluído. A tecnologia é geralmente chamada de tecnologia 3DP e possui direitos autorais sob esse nome.

Deposição de energia direcionada O DED (Directed Energy Deposition) abrange uma variedade de terminologias: ‘Moldagem de rede projetada a laser, fabricação de luz direcionada, deposição direta de metal, revestimento a laser 3D’. É um processo de impressão mais complexo, comumente é usado para reparar ou adicionar material adicional aos componentes existentes (Gibson et al., 2010). Uma máquina DED típica consiste em um bico montado em um braço de vários eixos, que deposita o material derretido na superfície especificada, onde solidifica. O processo é semelhante em princípio à extrusão de material, mas o bico pode se mover em várias direções e não é fixo a um eixo específico. O material, que pode ser depositado de qualquer ângulo devido a máquinas de 4 e 5 eixos, é derretido mediante deposição com um laser ou feixe de elétrons. O processo pode ser usado com polímeros, cerâmica, mas normalmente é usado com metais, na forma de pó ou arame. As aplicações típicas incluem reparo e manutenção de peças estruturais.

Extrusão de material A modelagem de deposição por fusível (FDM) é um processo comum de extrusão de material e é registrada pela empresa Stratasys. O material é puxado através de um bico, onde é aquecido e, em seguida, depositado camada por camada. O bico pode se mover horizontalmente e uma plataforma se move para cima e para baixo na vertical depois que cada nova camada é depositada. É uma técnica comumente usada em muitas impressoras 3D domésticas e de baixo custo. O processo possui muitos fatores que influenciam a qualidade do modelo final, mas possui grande potencial e viabilidade quando esses fatores são controlados com sucesso. Embora o FDM seja semelhante a todos os outros processos de impressão 3D, à medida que cria camada por camada, varia no fato de o material ser adicionado através de um bico sob pressão constante e em um fluxo contínuo. Essa pressão deve ser mantida constante e a uma velocidade constante para permitir resultados precisos (Gibson et al., 2010). As camadas de material podem ser ligadas pelo controle de temperatura ou pelo uso de agentes químicos. O material é frequentemente adicionado à máquina na forma de carretel, como mostrado no diagrama.

Jato de material O jateamento de material cria objetos em um método semelhante a uma impressora a jato de tinta bi-

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dimensional. O material é injetado em uma plataforma de construção usando uma abordagem contínua ou Drop on Demand (DOD). O material é jateado na superfície ou plataforma de construção, onde solidifica e o modelo é construído camada por camada. O material é depositado a partir de um bico que se move horizontalmente através da plataforma de construção. As máquinas variam em complexidade e em seus métodos de controle da deposição de material. As camadas de material são então curadas ou endurecidas usando luz ultravioleta (UV). Como o material deve ser depositado em gotas, o número de materiais disponíveis para uso é limitado. Polímeros e ceras são materiais adequados e comumente usados, devido à sua natureza viscosa e capacidade de formar gotas.

Fusão de pó O processo de fusão do leito de pó inclui as seguintes técnicas de impressão comumente usadas: sinterização direta a laser de metal (DMLS), fusão por feixe de elétrons (EBM), sinterização seletiva por calor (SHS), fusão seletiva a laser (SLM) e sinterização seletiva a laser (SLS). Os métodos de fusão do leito de pó (PBF) usam um laser ou feixe de elétrons para derreter e fundir o pó do material. A fusão por feixe de elétrons (EBM), os métodos requerem vácuo, mas podem ser usados com metais e ligas na criação de peças funcionais. Todos os processos PBF envolvem a dispersão do material em pó sobre as camadas anteriores. Existem diferentes mecanismos para permitir isso, incluindo

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um rolo ou uma lâmina. Uma tremonha ou um reservatório abaixo da cama fornece suprimento de material fresco. A sinterização direta a laser de metal (DMLS) é igual à SLS, mas com o uso de metais e não de plásticos. O processo sinteriza o pó, camada por camada. A sinterização seletiva por calor difere de outros processos ao usar uma cabeça de impressão térmica aquecida para fundir o material em pó. Como antes, as camadas são adicionadas com um rolo entre a fusão de camadas. Uma plataforma reduz o modelo de acordo.

Laminação de folhas Os processos de laminação de chapas incluem manufatura aditiva por ultrassom (UAM) e manufatura de objetos laminados (LOM). O processo de fabricação aditiva por ultrassom usa folhas ou fitas de metal, que são unidas por meio de soldagem por ultrassom. O processo exige usinagem cnc adicional e remoção do metal não ligado, geralmente durante o processo de soldagem. A fabricação de objetos laminados (LOM) usa uma abordagem semelhante de camada por camada, mas usa papel como material e adesivo em vez de soldar. O processo LOM usa um método de hachura cruzada durante o processo de impressão para facilitar a remoção após a compilação. Objetos laminados são frequentemente usados para modelos estéticos e visuais e não são adequados para uso estrutural. A UAM usa metais e inclui alumínio, cobre, aço inoxidável e titânio (Visão Geral da Fabricação

de Aditivos Ultrassônicos, 2014). O processo é de baixa temperatura e permite a criação de geometrias internas. O processo pode unir diferentes materiais e requer relativamente pouca energia, pois o metal não é derretido.

Fotopolimerização em cubas A polimerização em cuba, usa uma cuba com resina líquida de fotopolímero, da qual o modelo é construído camada por camada. Uma luz ultravioleta (UV) é usada para curar ou endurecer a resina quando necessário, enquanto uma plataforma move o objeto que está sendo feito para baixo após a cura de cada nova camada. Como o processo usa líquido para formar objetos, não há suporte estrutural do material durante a fase de construção. Diferentemente dos métodos à base de pó, onde o suporte é fornecido a partir do material não ligado. Nesse caso, as estruturas de suporte geralmente precisam ser adicionadas. As resinas são curadas usando um processo de fotopolimerização (Gibson et al., 2010) ou luz UV, onde a luz é direcionada através da superfície da resina com o uso de espelhos controlados por motores (Grenda, 2009). Onde a resina entra em contato com a luz, cura ou endurece.


Conclusão Essa é uma das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, está apenas no começo das aplicações industriais, embora muitos componentes, inclusive aeroespaciais, já se beneficiem da tecnologia. O tempo e o custo das peças produzidas estão caindo drasticamente, mês após mês. Novos métodos de manufatura aditiva estão surgindo rapidamente, com mais possibilidades e capacidades, é uma rápida evolução que está substituindo processos convencionais. Acompanhe de perto a evolução dessa tecnologia, porque ela será um dos principais processos de produção em poucos anos.

Sobre o autor

Paulo Roberto dos Santos

Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.

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ARTIGO TÉCNICO

Inspeções de cabos de aço e polias Por Engº Rodrigo Antonio da Silva

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manutenção de elevadores é coisa séria e deve ser tratada por especialistas. Ter uma equipe especializada, treinada, qualificada e capacitada não deve ser nenhuma novidade, porém há componentes dos elevadores que volta e meia causam confusão na hora do diagnóstico, gerando problemas na hora de aprovar serviços e orçamentos. De encontro com a necessidade de especialização e inspeção periódica focada, a inspeção de cabos de aço e polias deve atender critérios específicos, baseados em normas nacionais e internacionais, evitando assim as distorções de levantamentos e dificuldades na apresentação de propostas de trocas. A utilização de instrumentos e ferramentas específicas, além de um bom checklist de inspeção é indispensável para resultado do trabalho e o embasamento para a geração de documentação e registro. Cada vez mais o cliente questiona e argumentos técnicos merecem que ser bem empregados.

fatores como deformação, redução de diâmetro, oxidação, desvio de prumo e de alinhamento entre as peças ou falhas na equalização dos cabos prejudicam a vida útil. Há ainda os equipamentos que não utilizam conversores de corrente contínua ou inversores de frequência (elevadores de 1 ou 2 velocidades), provocando “trancos”, deslizes, folgas em máquinas, freios desregulados, fazendo com que os componentes envolvidos durem menos tempo. Outros fatores, tais como elevadores de tráfego intenso, umidade do ar elevada e a maresia das regiões litorâneas também podem encurtar o prazo mínimo necessário entre as inspeções periódicas. Tenha em mente que é recomendada pelo menos uma vez por ano uma inspeção nos cabos de aço e polias. Nas cidades onde os laudos e RIA são obrigatórios isso já é feito rotineira e periodicamente. Em alguns casos, inspeções com período menor são necessárias.

E quais são os critérios básicos para uma inspeção de Mas quando é necessário fazer uma inspeção dessas? cabos e polias? Os documentos básicos a serem utilizados como refeO questionamento que por diversas vezes vem à tona é sobre qual o tempo de vida útil dos cabos de aço. Entretan- rência na criação de um checklist de inspeção preciso (utito, não é possível firmar uma resposta com precisão, pois lizando os critérios recomendados) são o manual do fabri-

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cante dos cabos e das polias, além é claro das normas ISO 4344 (Steel wire ropes for lifts - Minimum requirements), ABNT NBR 6327 (Cabos de aço de uso geral – Requisitos mínimos). Levamos em consideração também alguns parâmetros definidos pela ASME (American Society of Mechanical Engineers), pois há dúvidas sobre a quantidade de grampos dos cabos de aço, por exemplo. Lembrem-se que o certificado de qualidade dos cabos de aço deve ser entregue pelo seu fornecedor de cabos, trazendo maior credibilidade. Dito isto, vamos aos critérios básicos: - Para cabos de aço, são: • Oxidação; • Redução de diâmetro (não deve ser menor que 6,0 mm para cabo do limitador de velocidade); • Quantidade de arames rompidos num passo e ou trecho; • Desgaste da superfície; • Deformação; • Exposição da alma, geralmente associado à deformação. Nota 1: O tema lubrificação de cabos não é alvo deste artigo. - Para polias, são: • Folgas de buchas (para limitadores de velocidade e/ou outras polias diferentes da tração); • Fixação da polia ou coroa no eixo (não deve haver folga); • Desgaste ou deformação dos gornes/canais/ranhuras; • Deslize do cabo no gorne; • Medida da atura do cabo de aço em relação ao fundo do gorne “V”. Nota 2: Lembrar que na maioria dos casos é recomendada a troca do conjunto polia e cabos, a fim de prever o maior tempo de vida útil do novo conjunto. Nota 3: As polias com perfil de gorne “U” não são alvo deste artigo. Quais instrumentos e ferramentas utilizar numa inspeção A utilização de instrumentos e ferramentas é necessária para o bom desempenho de uma inspeção, como segue: • Medidor para cabos de aço (ASME); • Medidor para polia de gorne “V”; • Paquímetro de precisão; • Lanterna; • Lupa ou Lente de aumento; • Marcador de tinta ou giz; • Checklist apropriado. Como fazer uma inspeção De posse das informações básicas, ferramentas e instrumentos é necessária uma inspeção visual do conjunto, em geral verificar o estado dos cabos pela casa de máquinas com a cabina parando em todos os andares pode ser uma boa prática para identificar o pior trecho. Geralmente, o pior trecho (maior quantidade de irregularidades) em um

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cabo de aço é identificado na casa de máquinas, com a cabina nivelada em uma das 3 primeiras paradas. Ao identificar o pior trecho, marcar com tinta ou giz, e examinar os cabos e polias, seguindo os critérios básicos. Atenção para a utilização correta do paquímetro e medidor de cabos. Em caso de oxidação nos cabos, o critério tem peso 2, ou seja, se em um passo do cabo houver 6 quebras, deve-se interpretar como 12 e documentar a observação.

Uso do medidor de cabos

Medição de Altura dos cabos em relação à polia

Medição do diâmetro dos cabos de aço

Verificação da quantidade de quebras por passo


Tabela de critério de inspeção e troca

Utilizar a tabela baseada nos critérios normativos.

Tabela de critério de inspeção e troca

Exemplos de aplicação

( aberta )

Nas extremidades, observar os tirantes, as molas e a montagem dos clips dos cabos de aço.

Segundo definido pela ASME (American Society of Mechanical Engineers), quando o cabo estiver assentado na cunha pela carga no cabo, a cunha deve ser visível e pelo menos dois clipes de retenção de cabo de aço devem ser fornecidos para conectar o lado da terminação ao lado da carga do cabo. O 1º clipe deve ser colocado no máximo 4 vezes o diâmetro do cabo acima do soquete e o 2º clipe deve ser localizado 8 vezes o diâmetro do

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cabo acima do primeiro grampo. O objetivo dos dois clipes é reter a cunha e evitar que o cabo deslize no soquete e a carga no cabo seja removida por qualquer motivo. Os clipes devem ser projetados e instalados para não distorcer ou danificar o cabo de qualquer maneira.

Em caso de trança rompida, interromper a inspeção e desligar o elevador.

Trança rompida

Para a verificação da polia, observar principalmente os gornes.

Molas quebradas Lembrando que não deve haver emendas nos cabos de aço.

Verificação do desgaste irregular da polia

Cabos com emendas

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Polia 10mm fora de prumo

Estabelecer um cronograma que defina as unidades a serem testadas, as periodicidades de cada uma, as necessidades inerente à atividade de inspeção, tais como kits de proteções de polias e vazamentos de redutores ou motores, além de troca de óleo, já demonstram preocupação com a segurança dos usuários e mantenedores, além de reforçar o conceito de manutenção preventiva.

Verificação dos gornes da polia

Ilustração de polia boa

Linha de referência

Ilustração de polia ruim

Linha de referência

Conclusão As inspeções periódicas são previstas nas normas aplicáveis, nos procedimentos de manutenção preventiva e, em alguns casos, na legislação local. A terceirização dos serviços pode ser necessária, dada a especificidade da atividade e necessidade de instrumentos específicos. Os protocolos, checklists e as etiquetas evidenciando as inspeções são ótimas ferramentas para ilustrar ao cliente os diferenciais de uma empresa de manutenção frente à concorrência, auxiliando também na observância da periodicidade das inspeções e nos argumentos na hora das negociações por trocas de componentes. Bom trabalho e mãos à obra!

Sobre o autor Verificar o prumo da polia de tração. Verificar tolerância, segundo manual da fabricante e instaladora.

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Engº Rodrigo Antonio da Silva REG. CREA-SP: 5060243204 Site: www.consultoriaelevadores. com.br


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LANÇAMENTOS

Schmersal amplia linha Confiance de quadro de comandos para elevadores

Com o lançamento do comando Confiance Light, linha Confiance de quadro de comandos tem soluções completas para todos os tipos de aplicações

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á mais de 70 anos no mercado de desenvolvimento de soluções e fabricação de componentes eletroeletrônicos para elevadores, a multinacional alemã Schmersal complementa sua linha de quadro de comandos para elevadores com o lançamento do Comando Confiance Light, dedicado a aplicações mais simples. A novidade faz parte do reposicionamento da linha de quadro de comandos para elevadores da Schmersal. Agora, a família Confiance tem soluções completas para diferentes níveis de complexidade de aplicação: Confiance BP408, Confiance 222s e o novo Confiance Light.

Foto: Confiance 222s (Divulgação)

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Foto: Confiance Light (Divulgação)

O novo Confiance Light é uma solução compacta que traz mais flexibilidade aos clientes no atendimento aos condomínios e oferece uma solução com o mesmo padrão de qualidade dos outros comandos, mas para aplicações mais simples, com baixa velocidade e poucas paradas. Disponível em versões com ou sem casa de máquinas, o lançamento vem com tensão de 220V à 380V, aplicáveis em malhas abertas e fechadas de 5 a 20HP. O Light atende até 60mpm e suporta até 12 paradas. Oferece conforto ao usuário com partidas e paradas suaves, além de possuir placas com baixo consumo de energia. Compacto, eficiente, de fácil especificação e simples na instalação, o novo Confiance Light garante economia e praticidade para o modernizador. Conta com exclusivo software para o inversor dedicado para elevação, tem tempo de ajuste do inversor entre 10 e 15 minutos e oferece excelente desempenho nas curvas de aceleração. Confira as outras soluções da linha Confiance Solução Premium da família de comandos para elevadores, o Confiance BP408 é o mais completo do mundo, utilizado em aeroportos, navios, porta aviões, universidades entre outros empreendimentos de referência global. No Brasil, a solução vem conquistando cada vez mais o mercado de modernizações de elevadores devido suas características.

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O Confiance BP408 atende uma ampla variação de velocidade e pavimentos, sendo ideal para edifícios com alto fluxo de pessoas. Dotado de agilidade na pré-abertura de portas, a solução da Schmersal conta com sistema de renivelamento que, em conjunto com a pré-abertura, aperfeiçoa a entrada e a saída de usuários do elevador. O tempo de startup é outro destaque do BP408: enquanto as soluções do mercado gastam em torno de uma semana para entrar em funcionamento, o comando da Schmersal leva em média um dia para funcionar em inspeção. Esta rápida resposta é possível devido à parametrização dos pavimentos, que é feita de maneira plug and play, isto é, não é necessário intervir em componentes eletrônicos e imãs. Uma vez ajustado, o BP408 funciona estavelmente por longos períodos, diminuindo o número de chamados do elevador. Para aplicações de complexidade intermediária, a Schmersal oferece o Confiance 222s, indicado para elevadores novos ou para modernizações. A solução tem a mais alta tecnologia de montagem superficial (surface-mount technology - SMT), que traz ganhos em custos e economia de energia. O dispositivo também utiliza a tecnologia de rack de placas para agrupamento e otimização de espaço no painel. A placa mãe do Confiance

Foto: Confiance BP408 (Divulgação)

222s foi desenvolvida com um moderno processador de alta velocidade. Dotado de tecnologia alemã e certificado pela agência de segurança TÜV Rheinland, o comando da Schmersal tem sistema de plugagem rápida, o que facilita a montagem e instalação. Com dispositivos e parâmetros inteligentes que contribuem para a economia de energia, como o sistema VVVF, o Confiance 222 tem sistema de agrupamento de até oito elevadores e iluminação de displays que diminuem a intensidade de luz à medida que o elevador fica ocioso por determinado tempo. Sobre a Schmersal Multinacional alemã líder mundial em sistemas de segurança para máquinas industriais, a Schmersal também desenvolve soluções em automação e tecnologia para elevadores. Com mais de 25 mil produtos e presente em 17 países, a empresa tem fábrica na cidade de Boituva, no interior de São Paulo, além de linhas de produção na Alemanha, China e Índia. A companhia conta com a Academia Schmersal, criada para capacitar profissionais ligados à segurança industrial para atender as especificações técnicas exigidas pela Norma Regulamentadora 12. A Schmersal também integra o ranking “Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil”, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work (GPtW). www. schmersal.com.br. Mais informações para a imprensa: Press à Porter Gestão de Imagem (11) 3813-1344 – ramal 33 Rosa Pellegrino rosa@pressaporter.com.br Érica Carmo erica@pressaporter.com.br Gustavo Diamantino gustavo@pressaporter.com.br


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SEGURANÇA

Reconstruindo o uso do elevador Por Roberto Saggiomo

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os muitos espaços estressantes em uma cidade atingida pelo novo coronavírus, os elevadores estão entre os mais preocupantes. Todos, exceto os mais extravagantes, precisam tocar superfícies germinativas para operar e apresentar o risco de outras pessoas se espremerem a qualquer momento. Até carros vazios podem abrigar patógenos do Covid-19: um modelo recente de uma viagem hipotética de elevador* mostrou que gotículas virais podem permanecer no ar bem depois que uma pessoa infectada sai. Meses após o início da pandemia do novo coronavírus, gerentes de construção, especialistas em saúde e arranha-céus criaram novos códigos de etiqueta e higiene de elevadores. À medida que os trabalhadores de escritório voltam ao trabalho, planos para colocar as pessoas em segurança estão sendo implementados. No entanto, a onipresença e a variedade de sistemas de transporte vertical significam que novas normas e produtos para elevadores não são possíveis para todos adotarem. Inventados por conveniência e absolutamente mundanos há apenas alguns meses, os elevadores agora se destacam como caixas de ansiedade que envolvem todo tipo de questões sociais nas cidades. “Os elevadores são o epicentro da densidade urbana”, diz Andreas Bernard, da Universidade Leuphana da Alemanha e autor de “Lifted: Uma História Cultural de Elevadores”. “Eles sempre foram

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o local onde o anonimato e a intimidade se reúnem em uma maneira única”, diz. Primeiro, uma história. Sem elevadores, não haveria edifícios altos. O boom dos arranha-céus de Nova York se seguiu rapidamente depois da primeira bem-sucedida subida de passageiros em Manhattan em 1857, e outras cidades do mundo assumiram a liderança – São Paulo entre elas. Com cerca de 18 milhões de elevadores atualmente rodando (ou parando) em cidades ao redor do mundo, a maior restrição de altura estrutural de hoje não é o peso do aço, mas o peso dos cabos do elevador, e é por isso que alguns fabricantes estão explorando elevadores horizontais para eliminar a corda tensão. História Como facilitadores do urbanismo moderno, os elevadores têm sido janelas para a sociologia das multidões. As perguntas que perseguem os viajantes verticais de hoje sobre

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o uso seguro e adequado também foram resolvidas nos primeiros dias da tecnologia, disse Bernard. Os jornais do século XIX debateram a difícil questão de como os estrangeiros deveriam se organizar em uma proximidade semelhante à sardinha e recomendaram que os cavaleiros coreografassem a si mesmos de acordo com o número de pessoas a bordo. Da mesma forma, a falta de limites de capacidade significava que os carros poderiam cair repentinamente se muitas pessoas entrassem. “Por que não deveria haver um número mínimo para entrar no elevador e não mais?”, um piloto de Nova York assustado com essa experiência escreveu em 1912. Ela sugeriu que os atendentes dos elevadores ajudassem a regular a lotação da cabine, além de operar a máquina; alguns anos depois, os primeiros limites padronizados de peso chegaram aos elevadores. Nos arredores de um espaço semipúblico, que comportamento as pessoas devem exibir e esperar uma da outra?

O mais longo dos dilemas iniciais do elevador, no entanto, parece ter sido se um homem deveria tirar o chapéu ao compartilhar um elevador com uma dama. Sobre esse assunto, o New York Times publicou regularmente opiniões, artigos e sátiras desde a década de 1880 até a década de 1920 (não encontrei matérias sobre o assunto no Brasil). O que estava em jogo não era apenas a praticidade de tirar o chapéu em geral, mas também o espaço peculiar do próprio elevador: era mais como uma sala de espera ou um vagão do metrô. No final, árbitros sociais decidiram que o elevador era um meio de transporte, o que significava que as cabeças podiam ficar descobertas. Fazendo história No entanto, esse debate apontou para uma questão mais ampla, tão relevante hoje quanto naquela época: nos arredores de um espaço semipúblico, que comportamento as pessoas deveriam exibir e esperar uma da outra? Na década de 1970, o sociólogo urbano Erving Goffman descobriu que a maioria dos usuários de elevador simplesmente seguia um código silencioso de desinteresse mútuo, uma forma duradoura de “desatenção civil”. Pesquisas mais recentes investigaram onde as pessoas se posicionam e como os funcionários de escritório tendem a se organizar por gênero e antiguidade profissional. Agora, os elevadores são novamente locais de aumento do policiamento social, como tantos outros espaços e rotinas que a maioria de nós já considerou um dado adquirido. À medida que milhões de pessoas enfrentam os riscos à saúde de “subir”, os moradores de arranha-céus usam palitos de dente, isqueiros e unhas unidas para evitar o contato com os botões. Nas mídias sociais, novas normas e comportamentos estão sendo documentados e discutidos. “Você não pode ter uma distância social em um


cubo”, um interior aconchegante do elevador com um conjunto de adesivos de piso direcionando os passageiros a encarar em quatro direções diferentes. “Se esse é o futuro da etiqueta do elevador, eu vou subir as escadas”, diz a legenda. Outros desabafam sobre a falta de higiene social dos outros e compartilham histórias de horror cruzado no uso diário do elevador em meio a pandemia. Mas, embora os elevadores possam parecer armadilhas para doenças, os especialistas dizem que as chances de adoecer com uma cabina vazia provavelmente são baixas. Richard Corsi, reitor de engenharia e ciência da computação da Universidade Estadual de Portland e especialista em ar interno que administrava o modelo mencionado de gotículas de elevador, disse que essas partículas secretas provavelmente não carregariam vírus suficientes para adoecer um segundo passageiro. “Acho que há riscos maiores”, disse ele, listando locais de trabalho, restaurantes, sistemas de transporte público e outros locais onde as pessoas tendem a passar períodos mais longos e a respirar mais ar potencialmente infectado do que os poucos minutos que podem levar para subir e para baixo entre os andares. Não está claro quantos casos de Covid-19 foram diretamente vinculados a uso de elevadores. Ainda assim, uma longa viagem de elevador compartilhada com outra pessoa pode representar um risco maior. Mesmo que não tussam, essa pessoa pode ser portadora assintomática e ainda expelir aerossóis respirando ou conversando. Portanto, os especialistas dizem usar o bom senso apropriado à pandemia ao usar os elevadores: fique à vontade para usar um lenço de papel ou cotovelo para pressionar botões e outras superfícies compartilhadas. Não toque em seu rosto depois e lave as mãos quando chegar ao seu destino. Aconselhamento mais

específico inclui evitar elevadores com outras pessoas a bordo e sempre usar máscara enquanto estiver dentro, tanto para proteção pessoal contra gotículas flutuantes quanto para proteger o próximo usuário. “Os edifícios devem ter uma política de usar máscaras e grandes letreiros afixados nos elevadores: use uma máscara”. E dados os subprodutos invisíveis das bocas agitadas dos brasileiros, talvez a norma informal do silêncio constrangedor durante o percurso deva ser formalizada. Da mesma forma, se você precisar andar com outras pessoas, a menos que elas estejam todas usando máscaras. Saia se os passageiros sem máscara insistirem em embarcar ou proibir o uso sem máscara. Enquanto isso, os fabricantes de elevadores estão ansiosos para vender aos seus clientes uma abundância de novas atualizações e serviços, incluindo botões de chute, unidades de ventilação, sistemas de desinfecção por UV e tecnologias sem toque em abundância. Os novos sistemas de elevadores “inteligentes” podem ajudar os gerentes a escalonar o uso do elevador e monitorar o tráfego gerenciando os prédios comerciais

de multiuso. Como foi contada na história do problema da capacidade de usuários, estamos construindo a história, como será o novo normal (se é que existe isto). Vamos vender soluções e pensar em como mitigar o estrago que este vírus nos acometeu. Vamos à luta! *Pesquisa publicada em https://twitter. com/CorsIAQ/status/1254523761790906368 Fontes: Bloomberg; Livro “Uma História cultural de elevadores” (tradução livre do inglês)

Sobre o autor

Roberto Saggiomo começou a trabalhar com 14 anos na Telesp. Com 18 anos, foi para o Otis e hoje aos 45, ainda atua no mercado de elevadores. Especializado em marketing, com cursos na ESPM e FGV e sempre se atualizando em cursos, conhece a parte técnica e comercial. Já atuou também nas áreas de manutenção, modernização e vendas novas. Hoje é proprietário da Criart Prime Elevadores Ltda, que atua no segmento de modernizações na capital de São Paulo.

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NEGÓCIOS

Empresas de elevadores unem esforços no combate ao coronavírus Créditos: DepositPhotos

Pandemia impacta a economia e os negócios do setor

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pandemia da Covid-19 está provocando a maior crise de saúde e sanitária em escala mundial desde a gripe espanhola de 1920 e mais grave declínio econômico desde a segunda grande guerra. O evento do novo coronavírus já é considerado maior que o colapso dos bancos em 2008, que o impacto do terrorismo em 2001 ou que a quebra dos mercados asiáticos em 1998. No segmento de elevadores, a crise do novo coronavírus impôs desafios para a recém-criada Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (ABBEL). Logo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que se tratava de uma pandemia de caráter mundial e representava grave ameaça à de saúde pública, a entidade lançou, em parceria com o Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp), uma cartilha com orientações e dicas de cuidados básicos para todos as empresas de elevadores para reduzir a disseminação do novo coronavírus no país. A Abeel destacou que em tempos de coronavírus, esses equipamentos precisam ser ainda mais higienizados para preservar a saúde dos usuários. Nos elevadores da capital podem circular mais de duas vezes a população de Portugal (10,3 milhões) num só dia. Em todo Brasil são cerca de 400 mil elevadores.

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Estima-se que São Paulo e Rio de Janeiro juntos centralizam 50% dos equipamentos do país. O elevador é um meio de transporte imprescindível nas cidades brasileiras. Em dias úteis, apenas na cidade de São Paulo, os cerca de 90 mil elevadores instalados transportam mais de 25 milhões de pessoas — um número oito vezes maior que o de passageiros transportados pelos ônibus, por exemplo.

O objetivo da cartilha é alertar usuários, síndicos, empresas de manutenção de elevadores e trabalhadores do setor: todos podem se expor a riscos de saúde, se não adotarem medidas preventivas. “Sem saber que você saiba, alguém contaminado com o Novo Coronavírus (COVID-19) pode ter utilizado o elevador antes de você”, alerta a cartilha. “Alguém pode ter espirrado dentro da cabina e/ou tocado o mesmo botão que você irá apertar”. Recomendações para o uso do elevador em edifícios residenciais ou comerciais: •Evite usar o elevador quando estiver cheio, espere sempre a próxima viagem. •Caso precise descer apenas dois andares ou subir um único pavimento, opte pelas escadas. Evite o elevador. •Acione o botão de chamada do elevador com o auxílio de um lenço de papel descartável. Adote o mesmo procedimento no botão interno da cabina para acionar o seu pavimento. • Adote o mesmo procedimento do uso de um lenço de papel descartável nas portas de pavimento do tipo Eixo Vertical. Ou seja, aquelas que necessitam serem puxadas com a mão para entrar e empurrá-las para sair da cabina. • Ao viajar no elevador evite encostar nas pa-

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Créditos: Stock

redes da cabina. • O condomínio deve efetuar a higienização do interior da cabina, se possível, no intervalo de duas horas, dependendo do fluxo de pessoas que circulam pelo elevador. •É preciso cuidado para não aplicar produtos de limpeza diretamente sobre as peças como botões, visores, indicadores de posição, subteto etc. Isso pode atacar as peças como acrílicos e plásticos. • Umedeça um tecido especial para limpeza no produto e passe suavemente sobre as partes do elevador. • Nunca utilize produtos abrasivos e esponjas de Co para não riscar os componentes. A mesma recomendação acima vale para os botões e puxadores de porta que ficam no pavimento. As duas entidades, Seciesp e ABEEL, também enfatizaram a forma correta da limpeza dos elevadores nas redes sociais. Alguns condomínios passaram a borrifar álcool e outros produtos de limpeza nas cabines dos elevadores, provocando abrasão e danificando circuitos. Inadimplência preocupa – Outra iniciativa da ABELL em parceria com o Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de S. Paulo foi chamar a atenção para as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus que começaram a impactar diretamente os condomínios, prejudicando a receita das administradoras. Diversas regiões do país do país já registram aumento de inadimplência no pagamento da taxa mensal de condomínio. A dificuldade financeira é ainda mais preocupante neste momento em que, com o isolamento social para o combate a Covid-19, os condomínios residenciais transformaram-se em escritórios funcionando 24 horas por dia, com moradores sempre

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em atividade, consumindo todos os serviços. As entidades lançaram uma cartilha direcionada aos condomínios para apoiar síndicos e gestores com orientações relacionadas à inadimplência. A cartilha traz uma série de sugestões para a gestão especialmente nesse momento de incerteza econômica. As receitas equilibradas são imprescindíveis também para manter em dia a manutenção dos elevadores que atendem aos moradores e precisam estar sempre com a revisão em dia para evitar transtornos e acidentes.

Acompanhar de perto o fluxo de caixa do condomínio, e fazer uma análise financeira criteriosa dos centros de custos, tendo como base a previsão orçamentária e se certificar de que o caixa está sob controle na pandemia é uma tarefa árdua. Destaca Marcelo Braga.

Confira alguns tópicos com sugestões presentes na cartilha da ABEEL: • Plantão de pagamento – criar um plantão possibilita conversar, ouvir e conversar com os inadimplentes. • Facilite o pagamento – crie soluções bancárias simples que possam ajudar no recebimento • Envolva e conscientize os moradores – Fomentar o entendimento de todos os moradores no que se refere ao setor financeiro, mostrar como o dinheiro das taxas pagas é utilizado e a razão de ser tão importante manter as contas em dia, é fundamental. • Agilize as cobranças – A administradora deve agir com


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rapidez, logo após o vencimento do boleto, enviando uma carta amigável. • Primeiro passo do inadimplente – O inadimplente deve avisar o síndico e a administradora de condomínio sobre a sua situação o mais rápido possível. Assim mostra ao condomínio que pretende quitar o que está em dívida, além de não pegar o condomínio de surpresa. • Punições aos inadimplentes - Com o Novo Código de Processo Civil, as cobranças estão mais rígidas. Hoje, um processo de execução deve demorar no máximo um ano e meio, quando não é resolvido nos 30 primeiros dias. • Negociações, descontos – Cuidados com descontos para evitar que o síndico possa ser responsabilizado • Regras nas assembleias – Participação do inadimplente em assembleias A criação e a divulgação desta cartilha faz parte das ações de responsabilidade social das entidades responsáveis pelo segmento de elevadores. “O sindicato é o mais importante e representativo do setor de elevadores no país. Reúne as principais empresas do país que atuam tanto em fabricação quanto manutenção de elevadores comerciais, industriais, residenciais e em plataformas para pessoas com necessidades especiais. A ABEEL tem uma preocupação com os problemas em nível nacional”, destaca Braga. Crise econômica – De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil pode enfrentar uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3% em 2020. É um número pior do que as previsões iniciais do governo, de recuo de 4,7%. Ainda temos mais seis meses pela frente, mas esses dados podem significar a pior retração em 100 anos. Até então, a maior redução do PIB foi de 4,35%, em 1990. Por sua vez, o indicador de construção civil caiu 19,6% em abril, na série dessazonalizada. Com isso, o segmento registrou um recuo de 9,9% na passagem entre o trimestre terminado em janeiro e aquele terminado em abril, pontuou o Ipea. Mesmo assim, a ABEEL acredita que em médio prazo, a economia deve voltar à retomada, com oportunidades para o segmento de elevadores. Um exemplo é o interesse de investidores internacionais no segmento da construção civil. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente do internacional de origem espanhola Grupo Lar Brasil, Guilherme Carlini, informou que os controladores espanhóis apostam na estratégia de diversificação e acreditam que o crescimento do segmento residencial ocorrerá a partir dos mercados emergentes. O grupo está presente também na Polônia, no México e no Peru. “Nos piores anos da última crise do Brasil, foram lançadas e vendidas 25 mil unidades na cidade de São Paulo. Isso é mais do que é feito em um ano bom em Madri, Varsóvia e na Cidade do México”, compara.

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perguntas para os vicepresidentes do SECIESP

Os vice-presidentes do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de S. Paulo (SECIESP), João Jair de Lima e José Ricardo Schmidt, avaliam o impacto da pandemia sobre o setor. Eles acreditam que a volta à vida economicamente normal levará bastante tempo, por isso, alertam que apesar das pressões para reduzir as despesas, os síndicos não devem contratar serviços para os elevadores baseando-se apenas no preço. O síndico ou o responsável poderá ser responsabilizado por eventuais danos de ordem Civil e Criminal. Abaixo o balanço de Lima e Schmidt para o segmento de elevadores.

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Na sua opinião, quais foram os principais impactos do novo coronavírus sobre o segmento de elevadores?

João Jair de Lima – Trata-se de um efeito cascata ou “dominó”. Desde março o comportamento dos serviços de reparos e manutenção já se apresentavam contraídos em escalas expressivas. As empresas de elevadores são obrigadas a manter junto aos seus clientes contratos de prestação de serviços, pela responsabilidade desses equipamentos transportarem vidas humanas e seus bens. Esse valor de contrato cobre certa parte das despesas, porém, uma outra parte da receita advém de reparos corretivos e modernização. Até o início da pandemia existia uma dinâmica de contrato mensal e assim por consequência atrelado proporcionalmente a um quadro de colaboradores e bem como da infraestrutura. Com a redução drástica na contratação de serviços, e para evitar demissões, até porque essa mão de obra é bastante específica e qualificada, estamos usando da prerrogativa de fazer uma série de combinações, como férias e suspensão de contrato de trabalho, conforme faculta as condições estabelecidas pelo governo federal. José Ricardo Schmdit – No caso das empresas de manutenção em elevadores, há uma enorme diversidade de segmentos. A atividade econômica ou residencial exercida na edificação em que o elevador estiver instalado e a concentração de elevadores no segmento é que vai resultar o quanto a empresa de manutenção foi afetada. Em um extremo temos atividades essenciais, como hospitais etc, e no outro extremo temos os shoppings, academias e demais atividades que foram totalmente suspensas. E no meio temos os condomínios que concentram uma grande quantidade de elevadores, que dependem da arrecadação


mensal, onde temos condôminos que, de acordo com a sua atividade laboral ou patronal também foram afetados. Portanto, todas as empresas foram afetadas de alguma maneira, umas mais e outras menos.

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Quais seriam as principais tendências que devem acontecer nos próximos meses no setor de elevadores? Quais são suas expectativas?

Com a Covid-19, quais as principais mudanças que o setor vem enfrentando em João Jair de Lima – Não quero registrar o meu pessiconsequência da pandemia de Covid-19? mismo, apenas relatar o que consigo ver no quadro geral

José Ricardo Schmdit - Como todos os elevadores são fabricados conforme as especificações e necessidades das obras, e a fabricação demanda um tempo médio de seis meses, as obras de uma maneira geral não foram paralisadas. A fabricação continua ativa, logicamente observando e atendendo a todas as recomendações para a prevenção da pandemia. Mesmo assim apesar de toda a restrição que o setor está vivendo, e dependendo do setor essencial econômico continua ativo e com maior demanda, a exemplo supermercados.

João Jair de Lima – O que mais preocupa é que as empresas têm uma gigantesca responsabilidade na manutenção dos elevadores, escadas e outros de transporte vertical, e já vínhamos de uma situação que não era boa. O SECIESP tem se empenhado em organizar o setor e conscientizar os síndicos e demais profissionais do tamanho da responsabilidade que é a manutenção dos elevadores, escadas e demais instalados nas edificações verticais, pois o número de acidentes tem subido assustadoramente nos últimos anos. Esse aumento de ocorrências que temos visto está relacionado em sua maioria na falta de uma boa manutenção, e o mercado oferecendo preços irreais o cliente acaba sendo atraído e infelizmente muitas vezes observamos esses fatos ou quando não uma degradação precoce na vida útil dos equipamentos, exigindo assim ao condomínio um investimento em tempo menor ao ideal, onerando o mesmo, ou seja, a economia não ocorreu.

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sequência não aumenta nenhuma exigência significativa.

da fotografia onde estamos inseridos e aqueles que são nossos clientes já estão e serão afetados na sua vida, família e compromissos. O que mais me preocupa é que as empresas de elevadores têm uma gigantesca responsabilidade na manutenção dos elevadores, escadas e outros de transporte vertical. Face à situação que já tínhamos antes e que não eram boas, é fundamental o empenho do SECIESP em procurar melhor organizar o setor e conscientizar os síndicos e demais profissionais da responsabilidade pela manutenção dos elevadores, escadas e demais instalados nas edificações verticais, pois o número de acidentes tem subido assustadoramente nos últimos anos. O aumento de ocorrências está relacionado em sua maioria na falta de uma boa manutenção. A concorrência agressiva de mercado resulta em preços baixos, gera a degradação precoce da vida útil dos equipamentos, e a economia mostra-se um mau negócio. Quando se trata de uma compra de um item pessoal, o consumidor faz várias avaliações de custo benefício. Por outro lado, num condomínio, a análise é feita meramente pelo menor preço, como se futuros danos decorrentes da escolha não o atingisse. José Ricardo Schmdit - Toda restrição no mercado gera uma demanda reprimida, acredito que com a volta à normalidade teremos um mercado mais aquecido tentando recuperar o tempo perdido.

Os condomínios estão fazendo exigências para o segmento/setor de elevadores, vocês observaram exigências adicionais?

José Ricardo Schmdit – Sim, todos estão temerosos, e de qualquer maneira tomamos todas as medidas e orientamos todos os colaboradores a se protegerem e a atenderem a todas as solicitações dos clientes referentes a prevenção ao COVID-19. João Jair de Lima – Não vejo nada que o condomínio possa exigir que seja diferente daquele que a empresa já esteja fazendo para cuidar dos seus colaboradores e por con-

João Jair de Lima

José Ricardo Schmdit

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LANÇAMENTOS

Villarta lança esterilizadores para cabina do elevador e corrimãos de escadas rolantes

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omo incentivo para a volta da economia, foi permitido a reabertura de algumas lojas, comércios e centros de forma gradativa, porém com restrições. Com a finalidade de colaborar na prevenção dos riscos de contaminações no qual nos deparamos atualmente, a Villarta desenvolveu dois produtos que atuam de forma preventiva contra doenças ou infecções contagiosas que são transmissíveis através do ar e do

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contato. Ambos produtos funcionam com lâmpadas que irradiam raios ultravioletas tipo C germicida, que higienizam o elevador e a escada ou esteira rolante. A irradiação UV-C penetra na parede dos micro-organismos, tendo como alvo o material genético, o RNA ou DNA, quebrando sua informação genética e inativando assim os micro-organismos que não podem mais se reproduzir.


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Na parte inferior, junto ao piso, localiza-se a entrada da câmara de esterilização que capta o ar e o leva internamente pelas lâmpadas que irradiam raios ultravioleta. Por fim, o ar sai na parte superior, mantendo uma circulação no ambiente com um grau de esterilização mínimo de 90%. Além da energia de inativação ser 4 a 5 vezes superior à energia necessária para inativar 99% dos micro-organismos do ar, é possível manter também a neutralização de odores dentro do elevador. Esterilizador de Corrimãos

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O sistema de filtragem de ar para cabina é um importante aliado contra a infecção aero biológica transmitida. Ele trabalha com um fluxo de ar forçado que conduz o ar pelo interior da câmara de esterilização e tem a capacidade de descontaminar 120m³/h.

Foto: Selo de cabina esterilizada

Fotos: Divulgação

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TECNOLOGIA

Arduino – Solução inteligente para projetos em elevadores Por Newton C. Braga

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s recursos de automação dos elevadores e sistemas associados exigem cada vez mais o uso de microcontroladores. Seus recursos avançados e até de operação sem fio levam as instalações que usam elevadores e um grau de sofisticação cada vez maior. O uso de todos os recursos de microcontroladores, como o Arduino, é de grande importância tanto para o profissional da manutenção como também para os que desejam desenvolver novos produtos. Uma palavra que está na boca de todos que trabalham com tecnologia em nossos dias é IoT, ou Internet of Things (Internet das Coisas). Objetos e tudo que usamos no nosso dia a dia estarão conectados à internet no futuro. Na verdade, já está. Podemos acionar a fechadura de nossa casa pelo celular, nossas câmeras de segurança e até nosso forno de microondas se comunica com outros objetos usando redes sem fio. O elevador também está se conectando à internet e pode ir além com avançados que incluirão novos aplicativos. Na verdade, um mundo de aplicativos que merece uma atenção especial quando tratamos de mobilidade e utilização por humanos é o que está diretamente ligado às pessoas com necessidades especiais. Tudo isso significa que o profissional tanto da manutenção, instalação, como do projeto de tudo que está relacionado com elevadores deve estar preparado para entender as novas tecnologias usadas. Figura 1 - Elevador de serviço controlado por Arduino

De sistemas de segurança, acessibilidade, reconhecimento biométrico e outros o profissional deve entender como as novas tecnologias operam nisso tudo. Os microcontroladores já têm sido utilizados em muitas aplicações relacionadas com os elevadores há muito tempo. No entanto, na maioria dos casos são usados tipos específicos que tem fabricantes proprietários. Mas, o que está ocorrendo em nossos dias é que existe uma infinidade de pequenos fabricantes que terceirizam aplicações e que podem ser usadas juntamente com as aplicações dos grandes fabricantes. Em especial temos os fabricantes de pequeno porte que se baseiam em tecnologias acessíveis, como a do Arduino. Esse pequeno microcontrolador que começou como algo que deveria ser usado no ensino, se propagou, cresceu em recursos e hoje temos uma grande variedade de tipos que são usados por pequenas indústrias no desenvolvimento de produtos específicos. Aplicações IoT, que incluem recursos que podem ser agregados a uma aplicação predial, por exemplo, um elevador podem ser facilmente ser elaborados com base em Arduino. Assim, para o profissional dessa área conhecer a linguagem de programação, aprender a trabalhar com esse tipo de microcontrolador pode abrir campos interessantes de atividades para se ganhar dinheiro. Hoje, navegando na Internet, encontraremos uma grande quantidade de projetos experimentais, didáticos, e de maquetes com elevadores justamente usando o Arduino. Esses projetos mostram que nos cursos de automação industrial, predial e residencial a base para entender os processos de funcionamento de elevadores está justamente neste tipo de componente. O que é o Arduino O controle de dispositivos de forma inteligente se baseia em dispositivos eletrônicos denominados microcontroladores. Diferentemente dos microprocessadores que processam sinais realizando operação matemáticas, os microcontroladores, por outro lado, realizam operações de controle de dispositivos externos a parir do processamento de sinais que recebem de comandos ou sensores.

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Figura 2 - Arduino Uno

Existem diversos tipos de microcontroladores populares, um deles é o Arduino, que possuem recursos para a ligação de muitos sensores e podem comandar dispositivos de diversos tipos, quer seja diretamente, quer seja usando shields. Shields são placas adicionais que possuem recursos para o controle de dispositivos de alta potência, quer seja diretamente (semicondutores), quer seja através de relés. Esses shields podem ser usados para controlar motores, solenoides, lâmpadas etc. Podem até funcionar como contatores. Também existem os shields de comunicação que possibilitam o acesso a redes WiFi, LoRa e aos sensores dos mais diversos graus de sofisticação. Aprender Arduino não é difícil e se você quer começar com início, aprendendo eletrônica, pode utilizar nossos livros, nossos artigos e nossos cursos a distância. Visite nosso site.

Figura 3 – Exemplo de elevador com Arduino

Sobre o autor

Newton C. Braga é autor de centenas de livros sobre eletrônica e proprietário do Instituto Newton C. Braga que mantem cursos à distância e um site com mais de 30 000 artigos técnicos em: www.newtoncbraga.com.br

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LANÇAMENTOS

Yaskawa lança o Inversor de Frequência GA500 O novo produto garante tempo mínimo de 10 anos de operação contínua

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entro de seu compromisso de desenvolver produtos sustentáveis, flexíveis e fáceis de utilizar, a Yaskawa Elétrico do Brasil, multinacional japonesa líder mundial na fabricação de inversores de frequência e servo acionamentos, prepara-se para lançar em setembro deste ano o Inversor de Frequência GA500. Segundo Anderson Sato, diretor técnico da Yaskawa, além da confiabilidade referência da marca, o GA500 garante tempo mínimo de 10 anos de operação contínua. “Seu design atende os requisitos RoHS2, sendo um produto de caráter sustentável, sem agredir o meio ambiente. Possui categoria de segurança SIL3/ PLe, certificada pela TÜV (*), permitindo que atenda os mais restritos padrões de segurança, estendendo o tempo de operação do maquinário”, informa Sato. Desenvolvido nas versões 220Vca (monofásico), 220Vca (trifásico) e 380/330Vca (trifásico), o Inversor de Frequência GA500 tem grande flexibilidade, podendo ser aplicado em potências de até 40 CV. O GA500 pode operar diversos tipos de motores, incluindo motores de indução (IM), de imã permanente (IPM/SPM) e síncronos de relutância (SynRM). Para aplicações com comunicação em rede, o GA500 oferece diversos protocolos industriais que auxiliam sua inserção na

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Industrial Internet of Things (IIoT), incluindo os protocolos tradicionais de rede como EtherNet/IP, PROFINET, Modbus TCP/IP, EtherCAT, DeviceNet, PROFIBUS DP e Modbus RTU (padrão). “O GA500 foi projetado para maximizar um dos recursos mais valiosos do usuário: tempo. Assim sendo, pode ser programado sem conectá-lo a fonte primária de alimentação, ou seja, o operador consegue configurar o inversor, mesmo sem energia disponível. Além disso, possui anel de LEDs de status bem visível, de modo a ser identificado mesmo à distância”, destaca Sato.

Um dos diferenciais do GA500 é o aplicativo DriveWizard Mobile, por meio do qual se pode programar e/ou monitorar o inversor de frequência, através de redes móveis em smartphones ou tablets. O aplicativo também permite acesso instantâneo à Yaskawa Drive Cloud, para armazenar confiavelmente as informações do inversor e acessá-las de modo remoto. Mais informações: www. yaskawa.com.br (*) TÜV é uma sigla alemã para Technischer Überwachungsverein, que significa Associação de Inspeção Técnica.


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NOTÍCIAS

ExpoElevador realiza lives no instagram sobre temas relacionados ao setor do transporte vertical

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om a finalidade de trazer conhecimento, novidades e informações sobre o setor do transporte vertical, a ExpoElevador, em parceria com a Revista Elevador Brasil, iniciou uma programação de lives em seu perfil no instagram. Apresentada pelo diretor comercial da ExpoElevador e da Revista Elevador Brasil, Edilberto Almeida, as lives contam com a participação de convidados especiais para debater os temas propostos – temas sempre atuais e pertinentes para o segmento. Durante a live, os espectadores podem fazer perguntas relacionadas ao assunto. “Nós, da Revista Elevador Brasil, falamos com todo o mercado do setor de elevadores no país e estamos sempre utilizando as ferramentas que a atualidade nos permite usar. A internet é uma des-

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tas ferramentas para que possamos nos comunicar com nosso público de uma forma mais direta. Diante disto, levantamos alguns temas que consideramos relevantes para o setor e convidamos as empresas para que, através da lives, possam expressar o que pensam a respeito de todos os itens que envolvem nosso setor – desde a parte administrativa e tecnológica até discussões sobre leis”, comenta Edilberto Almeida. A primeira live foi realizada no dia 09 de junho e contou com a participação do presidente do Seciesp, Marcelo Braga. A live, que teve a duração de uma hora, abordou o tema “Custo dos serviços de manutenção e conservação de elevadores”. Já na segunda live, realizada no dia 25 de junho, Edilberto e Marcelo conversaram sobre “Modernização de elevadores”. “Nós, do Seciesp e ABEEL, entendemos que a iniciativa de realizar lives para o setor é muito importante. Hoje, as mídias sociais são uma realidade, então lives feitas por especialistas, em nosso entendimento, são essenciais para gerar informação para as empresas e síndicos. Além disso, a pessoa pode assistir ou escutar a live em qualquer local. Se o tema é relevante para ela, ela pode escutar no próprio carro ou em casa, por exemplo. Esta é uma ferramenta que veio para ficar, portanto é importante que seja explorada pelas entidades do setor. Precisamos intensificar o uso desta ferramenta para levar informações pertinentes ao mercado, inclusive informações de quebras de paradigma em relação a assuntos técnicos, como a nova NBR e lives insistindo na valorização do setor, peças e componentes”, diz Marcelo Braga. O conteúdo das lives foi aprovado pelo público espectador, que engajado nas transmissões, participou ativamente com perguntas e comentários. José Leandro, sócio proprietário da Elevadores Moderniza, em São Luís, Maranhão, comenta sobre a importância da realização das lives. “As lives foram uma excelente iniciativa, uma forma bacana de interação e informações usando toda tecnologia disponível hoje em transmissões via internet. As lives têm grande importância nesse tempo de pandemia. E em momentos de dificuldade e isolamento, como o que vivemos, as lives acabaram nos ensinando novos caminhos para nos divertirmos, nos informarmos e interagirmos”, diz. A sócia-gestora da BS2 Elevadores, Eugênia Bloizi, mora em Salvador, Bahia, e também assistiu as lives da ExpoElevador. “As lives foram ótimas. Informação e esclarecimento sempre são necessários”, comenta.

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Já no dia 30 de julho, foi transmitida a live “Novas tecnologias: Como IoT, big data e inteligência artificial podem ajudar”, que contou com a participação de Mario Santos e Wellington Nascimento, da Musca. A live trouxe um bate-papo sobre como as novas tecnologias impactam na manutenção de elevadores. “Gostaria de agradecer aos organizadores da live na pessoa do Edilberto, pois poder abordar o impacto das novas tecnologias para o segmento de elevadores é consequentemente abordar uma melhora na qualidade do serviço, segurança e aumento de produtividade. É importante esclarecer que a aplicação de Inteligência Artificial, Big Data, IOt, entre outras tecnologias, já está disponível para pequenas e médias empresas, o que será fundamental para competir com as grandes, de igual para igual. Pela relevância do assunto, que impactará inevitavelmente a todas as empresas, podemos perceber uma alta interação

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com diversas empresas, inclusive após a live. A Musca desde já se coloca à disposição das empresas para auxiliar em sua jornada de transformação digital”, declara Mario. Para o representante técnico da Movertic Elevadores, Lindomar Marques, as lives têm sido objetivas e com convidados que entendem do assunto. “Os assuntos são profundos no critério segurança aplicada em transportes verticais. Os convidados da live nos passam segurança e novas diretrizes sobre relacionamento com clientes. As lives estão perfeitas, estamos juntos”, diz Lindomar. “A principal intenção das nossas lives é fomentar a interação entre as empresas para que haja uma maior comunicação. Através destas lives pretendemos levar crescimento e um entendimento maior sobre tudo aquilo que norteia o nosso setor”, finaliza Edilberto Almeida. Todas as lives estão salvas e disponíveis no IGTV da ExpoElevador. Para ser notificado sobre futuras lives, basta seguir a ExpoElevador no instagram: https://www.instagram. com/expoelevador/

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Dicas deLEITURA Livro: Comandos elétricos: Teoria e Atividades Autor(es): Geraldo Carvalho do Nascimento Júnior Ano: 2018 Editora: Editora Érica Onde comprar: https://www.editoraerica.com.br Valor no site: R$ 94,01 Gênero: Eletricidade Resumo: Este livro oferece suporte ao aprendizado da competência em comandos elétricos por meio de uma série de atividades propostas, estruturadas no conhecimento teórico básico para montagem de sistemas de força, controle e acionamentos. Apresenta os sistemas de partida fundamentais, um estudo do circuito de força e de comando. Faz demonstrações de especificação de componentes de chaves por cálculo e por guia de seleção.

Livro: Indústria 4.0: Fundamentos, perspectivas e aplicações Autor(es): Max Mauro Dias Santos, Murilo Oliveira Leme, Sergio Luiz Stevan Junior Ano: 2018 Editora: Editora Érica Onde comprar: https://www.editoraerica.com.br Valor no site: R$ 67,94 Gênero: Tecnologia Resumo: Este livro apresenta uma visão geral da Indústria 4.0, buscando contextualizar a teoria à realidade brasileira, por meio de exemplos concretos de aplicação. Para isso, faz uma revisão bibliográfica, que também considera o desenvolvimento da eletrônica e das telecomunicações. Aborda as tecnologias correlacionadas à I4.0, como computação em nuvem, Internet das Coisas Industrial, grandes dados, inteligência artificial, entre outros. Detalha, ainda, o modelo de arquitetura da iniciativa alemã Industrie 4.0, com foco na normalização e compreensão técnica dessa proposta. Ao final da obra, são explicadas as diferentes instâncias 4.0 no escopo industrial.

Livro: Big Data: O futuro dos dados e aplicações Autor(es): Felipe Nery Rodrigues Machado Ano: 2018 Editora: Editora Érica Onde comprar: https://www.editoraerica.com.br Valor no site: R$ 67,94 Gênero: Tecnologia e Computação Resumo: Este livro se propõe a apresentar os principais fundamentos de Big Data, seu histórico e sua utilização. Explica a diferença existente entre ele e Business Intelligence (BI), o que é Big Data Analytics e Análise Preditiva. Aborda modelos preditivos, Internet das Coisas (IoT) e Machine Learning, bem como a importância do banco de dados Apache Cassandra e sua estrutura. Explica as tecnologias MapReduce e Hadoop, e o papel do cientista de dados e sua forma de atuação. Trata da coleta de dados de redes sociais e da criação de projetos de Big Data. A obra traz ainda casos de sucesso da aplicação de Big Data em segmentos como varejo, mídia, logística, entre outros.

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