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EDITORA WORLD PRESS EDITORA WORLD PRESS RUA FORTALEZA, 105 - PALMEIRAS CABO FRIO - RJ - CEP: 28911-200 TELEFAX: XX |22| 2648-9751 REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM EDITORA WORLD PRESS LTDA A REVISTA ELEVADOR BRASIL ESTÁ REGISTRADA SEGUNDO AS NORMAS DA LEI DE IMPRENSA. EDITOR RESPONSÁVEL EDILBERTO ALMEIDA DIRETOR ADMINISTRATIVO PAULO CARDOSO WEBMASTER DIEGO TULIO DESIGN / DIAGRAMAÇÃO DIEGO TULIO REDAÇÃO JULLYANA BRAGANÇA ALICIA DO NASCIMENTO ELIZABETH SIMÕES TATIANA MARTINS COMERCIAL RONALDO SANTOS FOTOGRAFIA WAGNER CARDOSO ANÚNCIOS PARA ANUNCIAR NA REVISTA ELEVADOR BRASIL, BASTA ENTRAR EM CONTATO PELO TELEFONE |22| 2648-9751 OU ENTÃO ENVIAR UM E-MAIL PARA NOSSO ENDEREÇO ELETRÔNICO REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM. ASSINATURAS LIGUE: |22| 2648-9751 OU ENVIE E-MAIL: REVISTAELEVADORBRASIL@ GMAIL.COM PARA TER INFORMAÇÕES DE COMO É POSSÍVEL ASSINAR A REVISTA ELEVADOR BRASIL. COLABORAÇÃO VOCÊ PODE ENVIAR MATERIAL EDITORIAL OU NOTÍCIAS PARA COLABORAR COM A NOSSA REVISTA. AS MATÉRIAS AQUI EDITADAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES. ENVIE O CONTEÚDO PARA O REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM CORRESPONDENTES FRANCISCO THÜRLER VALENTE - SÃO PAULO PAULO DAL MONTE - RIO DE JANEIRO HÉLIO SILVA - SÃO PAULO JOÃO EDUARDO DE A. E CASTRO - BRASÍLIA EDUARDO DIAS GRILLO - SÃO PAULO CLAUDIO H GUISOLI - BELO HORIZONTE
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Apesar de estarmos vivendo um ano atípico, parece que estamos caminhando para uma nova realidade. A expectativa de um retorno controlado das atividades, principalmente nos negócios, tem criado muita ansiedade em vários setores da economia. Nem todos foram afetados negativamente, muitos setores ampliaram margens de lucro, deixando claramente o entendimento de que crises também geram oportunidades. Nossa Editora sofreu um impacto muito forte pela protelação da data da ExpoElevador e de outros eventos que organizamos. Atendendo solicitação dos expositores fomos obrigados a transferir a data da ExpoElevador, que estava programada para março de 2021, para o ano de 2022, pois com a possibilidade de uma nova onda da pandemia na Europa e a lenta recuperação da economia no Brasil, seria muito grande o risco do evento não atender as expectativas. Diante desta nova realidade, ficou decidido, junto aos expositores, que a VIII edição da ExpoElevador será transferida para a data de 19 a 21 de julho de 2022. O setor de Transporte Vertical é um setor essencial e não pode parar. Este fato foi um grande incentivo psicológico para que as empresas suportassem com mais disposição as agruras deste forte temporal que se derramou sobre o mercado. Resta agora a construção civil reagir e dar a sua contribuição sempre muito bem vinda para o impulsionamento da economia. No Brasil, apesar do impacto que a economia sentiu com o Covid-19, a mesma tem apresentado resultados animadores. O impacto negativo no PIB do país ficou em níveis melhores do que em muitos países de primeiro mundo. “A criação de empregos formais no melhor nível para meses de agosto desde 2010
representa um sinal de que a economia brasileira está voltando para os trilhos, depois da pior fase da pandemia de Covid-19”, disse o Ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista coletiva à imprensa no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Guedes reafirmou previsões apresentadas nos últimos meses pelo governo que indicavam que o Brasil se sairia melhor que outros países no pós-pandemia. “Havíamos dito que esperávamos recuperação em “V”. É isso que está acontecendo”, acrescentou. “Dissemos que íamos surpreender o mundo.” O ministro comentou ainda o resultado da indústria, que nos últimos dois meses, tem puxado a criação de empregos. “Vamos reindustrializar o Brasil”, afirmou. “Estamos voltando para os trilhos.” (Fonte: Agência Brasil) A edição deste mês traz o assunto “Técnico Virtual” como matéria de capa: um sistema que, uma vez instalado no elevador, proporciona monitoramento, alertas, relatórios e muito mais. Newton Braga assina o artigo “O Multímetro para o profissional de manutenção de elevadores” e o Eng. Marcelo Nascimento aborda o tema “Como estão os nossos serviços para transporte vertical de passageiros?”. Você também irá conferir o artigo “Correntes e cabos de compensação: Função e manutenção”, escrito pelo Eng. Rodrigo Antônio da Silva e as novidades em tecnologia no setor do transporte vertical durante a pandemia. Boa leitura! Abraços, Edilberto Almeida
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Sumário Infolev lança novo comando InfoSlim Indústria promove formação profissional para jovens Correntes e cabos de compensação: Função e manutenção Redes 5G e sua importância na Indústria 4.0 Fundación ONCE, na Espanha, levará a voz de Alexa aos elevadores para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus BraXos lança LiftOff, solução sem toque para elevadores
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Linha
Como estão os nossos serviços para transporte vertical de passageiros? O Multímetro para o profissional de manutenção de elevadores Pare de ajudar os seus concorrentes Técnico Virtual: Afinal, o que significa isso? ABEEL cresce no Norte e Nordeste e planeja a regulamentação do segmento de elevadores na região
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Porta de Porta de Pavimento Pavimento Automática Automática Botoeiras de Botoeiras de Pavimento Pavimento Lanternas tipoLanternas tipo sobre a parede sobre a paredeIPD de andarIPD de andar
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LANÇAMENTOS
Infolev lança novo comando InfoSlim
Comando ultrafino fica invisível para os usuários
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ova Geração Quanto mais cresce a população brasileira, maior é a demanda por espaços para novas habitações e a necessidade em adaptar suas instalações às novas tendências arquitetônicas. O nascimento do elevador moderno ocorre com a invenção do revolucionário freio de segurança, quando conseguiu se comprovar a eficácia e o altíssimo nível de segurança do sistema de elevação. Diante do sucesso do mecanismo, a casa de máquinas foi um espaço essencial para que fosse possível a instalação e o uso dos elevadores e, consequentemente, para a expansão vertical das cidades como um todo. Ela foi, e pode ser até hoje, indispen-
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sável, pois contém em si os equipamentos que ativariam os principais mecanismos necessários para o funcionamento seguro do transporte. Mas a modernização não parou por aí: em edificações novas, visando a redução de custos com a construção da casa de máquina, opta-se por um método equivalente e mais prático à “segunda geração”. Consiste em acoplar as máquinas necessárias ao próprio elevador dentro da caixa de corrida (alguns ainda chamam de poço), assim disponibilizando um espaço muito útil e que em termos de metro quadrado sairia muito caro e para que o edifício utilize da forma mais proveitosa possível. Especialmente, quando consideramos que o preço do metro quadrado construído em alguns
bairros de diversas cidades brasileiras supera os dez mil reais. Logo, o valor ganho de área construída com a eliminação da casa de máquina está na casa da centena de milhares de reais. Para elevadores sem casa de máquinas, temos a opção de instalar o quadro de comando no hall do último andar do edifício (ao lado da porta do elevador), com a caixa montada ao lado do batente. Entretanto, apesar do sucesso da solução, em muitos casos, há dificuldades técnicas na instalação, por conta de serviços de alvenaria e/ou por conta de vigas que passam próximas ao elevador. Mais do que isso, um visual estético menos congestionado e mais limpo é atrativo ao comprador e a todas
as pessoas que circulam pelo espaço, principalmente se tratando de um piso geralmente mais valorizado, como é o mais alto do prédio. Geralmente são as coberturas as unidades mais caras, no caso de edifícios residenciais ou no caso de empreendimentos comerciais, o topo que também abriga o andar da diretoria e outras áreas nobres. Pensando nas mencionadas dificuldades, clientes sugeriram utilizar o comando dentro do batente da porta, a “terceira geração”. Dessa ideia é originado um novo projeto: o desenvolvimento da linha de quadros de comando InfoSlim, este que fica totalmente imperceptível ao usuário, se tratando de uma placa ultrafina, que possibilita a montagem dentro do batente da porta. OPORTUNIDADES EM TODOS OS SEGMENTOS DE ELEVADORES Novas instalações: a exigência arquitetônica dos novos edifícios, combinando ganho de espaço com eliminação da casa de máquinas e harmonizando com uma arquitetura perfeita, onde o comando fica invisível para os usuários. O comando Infoslim da Infolev montado dentro do batente da porta e mesmo assim contando com os mais modernos recursos da tecnologia, atende perfeitamente as mais exigentes construções. Substituição de comandos importados: O comando Infoslim, com suas placas eletrônicas miniaturizadas, pode ser montado em espaços reduzidos, viabilizando a substituição de qualquer comando importado, que muitas vezes tem altíssimos custos de manutenção e dificuldades com peças de reposição. Modernização de elevadores existentes: até mesmo no caso de modernização de um elevador em um edifício já cons-
truído com a casa de máquinas, a modernização pode ser realizada utilizando o comando Infoslim dentro do batente da porta e, desta forma, liberar o espaço antes utilizado pela casa de máquinas e ser bem melhor aproveitado pelo condomínio, que pode, por exemplo, utilizar esta área como central de segurança, armazenamentos ou espaço para funcionários/zelador. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E SUAS VANTAGENS: - Comando eletrônico micro processo ultrafino (12 cm de largura); - Ideal para instalação dentro de batentes, ficando totalmente invisível; - Atende até 64 paradas – coletivo na subida e na descida; - Reduz o consumo de energia elétrica e torna o funcionamento do elevador mais rápido, seguro, confortável e eficiente; - Total controle das funções do elevador no batente da porta; - Placa principal facilita conexões e controles. Sistema todo plugado – rapidez e facilidade na instalação. Leds indicativos de entradas, saídas e comunicação, mesmo sem URM. Mais Proteções: - Equipado com Disjuntor Motor, que reúne funções de fusível, relé térmico e contator em um único dispositivo. Proporcionando, assim, proteção contra curtos-circuitos, sobrecorrente e falta de fase com uma atuação extremamente rápida. Economiza espaço e facilita a manutenção, pois fusível queimado necessita de troca, com o DM é só rearmá-lo.
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- Também conta com Disjuntor DR, que evita fuga de corrente elétrica e protege contra choques. Resgate Semi automático - Sistema para técnicos realizarem, de maneira segura, a abertura elétrica do freio da máquina através de bateria. A temporização da abertura independe da ação do técnico, evitando que o carro dispare. O resgate ainda conta com o recurso para que o carro pare nivelado. Resgate automático - Com o Info Safe, caso falte energia, o elevador leva os passageiros ao andar mais próximo sem a necessidade de intervenção técnica ou de nobreak adicional. (opcional) Comunicação Serial - Usa apenas 4 fios para todos os indicadores e chamadas, reduzindo custos e tempo de instalação. A economia em fiação pode chegar a 30% e a instalação torna-se sempre mais rápida e fácil. Evita a formação de degraus nas paradas - As paradas são sempre niveladas, qualquer que seja o número de passageiros, a distância e a velocidade em cada viagem. Economia com manutenção - Ao contrário dos componentes dos comandos eletromecânicos, os componentes eletrônicos não sofrem desgaste, reduzindo custos com manutenção. Viagens mais suaves e silenciosas - A suavidade da partida e da parada, sem movimentos bruscos e com menos ruídos, são claramente percebidos pelo passageiro. Cancelamento de chamadas falsas - Caso alguém aperte todos os botões, o comando cancela todas as chamadas, após três paradas consecutivas sem que ninguém saia do elevador. Duplex Super inteligente - Mesmo acionando dois elevadores, apenas o carro em posição mais favorável vai atender ao chamado. Isso evita viagens desnecessárias, economizando energia elétrica e aumentando a vida útil do elevador. A comunicação inteligente entre os elevadores permite também ao usuário quando necessário escolher especificamente um dos elevadores para situações como: transporte de animais, compras, lixo, etc. Economia de energia em movimento - Com inversor de frequência reduz em até 40% o consumo de energia. Modo ECO - Sistema de economia de energia em modo de espera (stand-by) e proteção contra surtos da rede elétrica. O elevador fala com os passageiros - Com o Infovoice, o elevador anuncia o andar em que se encontra e muitas outras informações. Controle total - O Painel de Tráfego pode ser instalado em um computador comum e permite que os administradores controlem e programem o funcionamento dos elevadores. (OPCIONAL) URM, Super URM e URM Mobile - Dispositivo utilizado para programação de parâmetros, visualização e diagnóstico de falhas e eventos. Pode ser usado em URM tradicional, em computadores ou em celulares.
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Módulo de potência (dentro da caixa de corrida)
- Comunicação serial com Inversor. (leitura dos parâmetros do inversor também na URM) *ver modelos de inversores compatíveis
Com módulo Wi-Fi - Acesso sem fio.
Infocloud - Sistema Desenvolvido para que as empresas conservadoras possam monitorar pela internet os elevadores equipados com o InfoSlim.
Caixa de Inspeção com Placa PC Plus Instalada sobre a cabina, facilitando a inspeção. - O layout simplifica a instalação; - Permite melhor organização da fiação; - Conexão URM; - Possibilita teste individual dos acionamentos das portas; - Contém LEDs indicativos dos sinais dos operadores; - Reduz cabos de manobra (sistema funcional com 18 linhas) ou (sistema funcional com 1 lance de 24 vias).
Manutenção: Nos seus quase 30 anos com comandos para elevadores, a maior virtude Infolev é viabilizar o acesso à tecnologia de ponta para empresas de elevadores de qualquer porte. Além de fornecer os produtos, dar todas as condições para que a empresa realize a manutenção dos equipamentos, oferecendo: - Assistência técnica rápida; - Diversos treinamentos gratuitos; - Suporte técnico diferenciado; - Facilidade com as peças de reposição. Tudo sempre próximo de você falando a língua dos nossos técnicos. Os produtos podem parecer semelhantes, mas a diferença é quando o elevador para. É quando você percebe a diferença, em quem pode confiar. Somos uma empresa brasileira como a sua e juntos podemos oferecer a melhor opção para os edifícios. Acredite nesta ideia e venha com a gente!
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bém plantões de dúvidas e grupos específicos das disciplinas no WhatsApp, incluindo grupos com os familiares dos alunos. Em relação as aulas práticas, há a ideia de promover, de forma fracionada, encontros presenciais entre os alunos e os educadores voluntários. “Tudo está sendo planejado respeitando o distanciamento social, ao mesmo tempo que não interrompa o processo de capacitação dos jovens. Estamos planejamento a retomada das aulas práticas na empresa com horários e dias diferenciados, dividindo a turma e respeitando todos os protocolos de prevenção. Isso está sendo alinhado com os educadores voluntários e respectivos gestores das áreas produtivas, com todo o suporte da Fundação Iochpe”, conclui Fernanda.
NOTÍCIAS
Indústria promove formação profissional para jovens diretor-superintendente da Schmersal. Mais do que possibilitar o estudo teórico e prático no ramo da indústria, alguns jovens têm a chance de conquistar um emprego na Schmersal. “Entre os jovens que já participaram do projeto, 78 foram contratados e 34 deles continuam atuando conosco”, afirma Baldauf.
Foto da turma antes da pandemia
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mpactar os jovens da cidade de Boituva é o objetivo da Schmersal, multinacional que desenvolve e fabrica soluções para elevadores, automação e segurança para máquinas industriais. Possibilitar um futuro mais seguro aos jovens da região é um dos propósitos da empresa. Por isso, por meio da Escola Formare, a Schmersal disponibiliza cursos de educação profissional, com disciplinas elaboradas e certificadas com foco nos negócios da empresa. A iniciativa abrange jovens entre 16 e 18 anos, que residem em Boituva e de famílias em vulnerabilidade social. Iniciativa do Programa Formare, a Escola Formare da Schmersal começou em 2011 e 170 jovens já conquistaram a formação inicial profissional em operação de montagem de painéis de comandos elétricos. Certificado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
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o curso tem duração de 10 meses, com 715 horas/aula e mais 110 horas de prática profissional. Ao término, os jovens recebem certificados reconhecidos pelo MEC. A parceria também atua para estimular a prática voluntária entre os colaboradores da Schmersal. Após processo de capacitação, eles atuam como educadores voluntários em sala de aula e na prática profissional. “Essa iniciativa proporciona que os jovens da cidade possam desenvolver habilidades para atuar no mercado de trabalho. Além disso, internamente reflete nossa cultura de aprendizagem e incentiva a prática do voluntariado entre nossos colaboradores. Atualmente temos 40 educadores voluntários. Para nós é importante valorizar as pessoas, é o que nos norteia. Por isso, buscamos iniciativas que propaguem isso”, comenta Rogério Baldauf,
Aulas online durante o distanciamento social Mesmo com a atual pandemia do Covid-19, as aulas não pararam. Tudo passou a ser feito por meio de uma plataforma viabilizada pela Schmersal e utilização do aplicativo Teams para as aulas. “Antes de dar início às aulas online, todos os alunos foram consultados sobre os recursos disponíveis para que conseguissem assistir as aulas. Todos têm celular com internet e alguns contam com computador. Nós disponibilizamos suporte de celular para todos os alunos e orientações para melhorar desempenho nos acessos à internet. Também realizamos reuniões online com os pais, com os alunos, com os educadores voluntários e com a diretoria da empresa para alinhar o novo formato de educação”, comenta Fernanda Machado, supervisora de RH da Schmersal e coordenadora da Escola Formare desde 2011. A Escola Formare trabalha com a metodologia de avaliação por competências e as aulas presenciais são importantes também para o desenvolvimento da relação interpessoal, expressão oral e
Aula presencial realizada antes da pandemia
corporal e o trabalho em equipe entre os jovens. Dessa forma, a escola adotou formas de interação para manter o desenvolvimento dessas competências aos alunos à distância. “A oportunidade de estar inserido em um laboratório na rotina de uma fábrica é um ponto-chave para que o jovem vivencie esse dia a dia. No entanto, nos adaptamos à realidade e buscamos trazer outras possibilidades que mantivessem essa essência das aulas”, declara Fernanda. Entre os formatos de interações desenvolvidos estão as aulas via plataforma Teams. Esse formato possibilita que as aulas fiquem gravadas, permitindo assisti-las posteriormente caso o aluno tenha tido dificuldade durante o acesso. Há tam-
Como é o processo de seleção? Após anunciado o período das inscrições, os alunos passam por um processo de seleção composto por prova de português, matemática e redação. Os aprovados participam de uma dinâmica e, posteriormente, de uma entrevista individual. A última etapa do processo conta com uma visita domiciliar para conhecer a realidade social dos jovens finalistas e compartilhar com a família sobre o projeto e a participação de todos eles para a formação do jovem. Após isso, é constatado o desempenho escolar dos alunos. Por turma, o projeto reúne 20 jovens para o curso profissional. Ainda não está prevista a data de inscrição para a turma de 2021. Os interessados podem acompanhar no portal da Formare (https://formare.org. br/participe) e nas redes sociais da Schmersal.
( aberta )
Realizada pela Schmersal, iniciativa já formou 170 jovens; atualmente, devido ao distanciamento social, as aulas são via plataforma online
em nosso site.
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ARTIGO TÉCNICO
Correntes e cabos de compensação: Função e manutenção Por Engº Rodrigo Antonio da Silva
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os últimos 12 meses tenho encontrado uma grande variedade de problemas nas correntes e cabos de compensação de elevadores vistoriados. Acredito que não seja algo pontual, por isso comecei a pesquisar a bibliografia sobre esse importante dispositivo e percebi que a informação é escassa, quase que não existe, então preparei este artigo para auxiliar no conhecimento sobre esses componentes importantes aos elevadores. A compensação de peso em elevadores é feita por meio do contrapeso e o uso de correntes (comum ou cadeia de elos) ou cabos (de aço) de compensação. Para que o conjunto de tração exerça o menor esforço possível (mecânico e elétrico), é necessário que no projeto, na fabricação e na instalação do elevador seja considerada a regra de que deve haver um equilíbrio entre as cargas (peso da cabina e o peso do contrapeso). O primeiro passo para proporcionar essa condição de equilíbrio é calcular a carga no contrapeso de forma que ele pese o equivalente ao peso da cabina, somando-se a metade da sua capacidade de carga. Exemplo de cálculo de massa de contrapeso: Cálculo de massa em kg Peso da cabina (PC) Capacidade de carga da cabina (CCC) Contrapeso (CP) = PC+(CCC/2)
1000 600 1300
A conferência do equilíbrio entre as massas (balanceamento estático) é feita após a conclusão da montagem ou
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modernização de elevadores, posicionando a cabina (com metade da sua carga) no mesmo nível do contrapeso e soltando-se o freio da máquina. Nessa situação, não deve haver deslocamento involuntário do elevador em qualquer um dos sentidos. Sempre que ocorrer alteração do peso da cabina, por qualquer motivo (reforma estética, troca de operador de portas, entre outros) o balanceamento estático deve ser refeito para verificar a necessidade de correções. Porém em elevadores de percurso mais alto (em geral, superior a 30 m) ou elevadores de carga que possuem cabos de tração mais pesados, esse peso provoca um desequilíbrio entre cabina e contrapeso quando a cabina está posicionada nos extremos do percurso. Exemplo de cálculo de necessidade de instalação de dispositivo de compensação: Cálculo de massa dos cabos em kg 4 Quantidade de cabos (Q) Percurso do elevador entre 49 extremos (M) Peso de 1 metro de cabo de 0,56 aço (D) Peso dos cabos (P) = Q x M 109,76 xD Diâmetro do cabo em polePeso aproximado em gadas kg/m 3/8” 0,315 1/2” 0,560 5/8” 0,880 Quando o resultado dos cálculos (P) for maior que 70 kg, deve ser instalado um dispositivo de compensação (correntes ou cabos de aço) conectado embaixo da cabina e embaixo do contrapeso para contrabalançar o peso dos cabos de tração. Em alguns casos a fixação é feita entre contrapeso e parede da caixa de corrida, não sendo conectada embaixo da cabina. Nos casos em que a velocidade nominal do elevador for maior que 3,5 m/s, devem ser utilizados cabos de compensação.
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É comum vistoriar elevadores que possuem ou deveriam possuir dispositivos de compensação, porém a instalação não é verificada, ou apresentam problemas, tais como falhas de instalação e/ou manutenção e/ou conservação. A instalação de cabos e correntes de compensação É recomendado pela maioria dos fabricantes que haja dois pontos de fixação ou ancoragem das correntes de compensação, seja do lado do contrapeso, seja do lado da cabina. O segundo ponto de fixação pode ser similar ao primeiro, desde que haja um seio ou alça de segurança, sendo utilizado nos casos em que ocorra o tensionamento excessivo da mesma. Ilustração da posição da compensação
Ocorre que essa instalação deve obedecer a critérios construtivos e a manutenção deve ser bem executada ao longo dos anos, de forma que a vida útil dos componentes seja a maior possível. O revestimento e a corda das correntes têm função na diminuição de ruídos e no aumento da segurança nos casos em que haja o rompimento de elos, sendo que o revestimento auxilia também na conservação do conjunto. Os tipos usuais de compensação mais comuns são:
Cabo de compensação
Corrente com corda interna aos elos composta de fibra sintética ou natural Ilustração dupla ancoragem
Corrente revestida
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A seguir, um exemplo no qual houve o excesso de tensionamento e a ancoragem chegou a romper, porém a alça de segurança atuou evitando o desprendimento da corrente e sua queda sobre a cabina, o que poderia provocar um grave acidente.
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evita maiores transtornos ou necessidade de uma manutenção corretiva pesada. As correntes de compensação podem apresentar problemas como oxidação, deformação, torção, rachaduras, desgaste ou corrosão de elos, danos no revestimento ou nas cordas, que fazem com que gerem ruídos e “trancos” durante a viagem do elevador. Nesses casos é necessária manutenção corretiva.
Ancoragem rompida. Uso da alça de segurança
Nos casos de aplicação de correntes de compensação revestidas, é recomendada a instalação de guias no fundo do poço para garantir o alinhamento do conjunto.
Exemplos de guias de correntes
Manutenção de cabos e correntes de compensação Diversos problemas podem ser identificados e corrigidos quando se trata de dispositivos de compensação, sendo que a manutenção preventiva ainda é a maior ferramenta. Em geral uma pequena intervenção, como regulagem de altura ou lubrificação apropriada, tem o efeito desejado e
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Exemplos de problemas em correntes
Nos casos em que há falta de manutenção dos rolos de guia das correntes no fundo do poço, eles chegam a travar e desgastam o revestimento da corrente, podendo até prender e provocar incidentes. Para isso a manutenção preventiva é necessária, com verificação mensal e lubrificação, quando necessária.
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Há casos em que a lubrificação é necessária, porém é recomendada a limpeza prévia antes da aplicação do lubrificante e é recomendável que a corrente não esteja tensionada durante a lubrificação.
Rolo guia travado. Desgaste do revestimento
É necessário lembrar que deve haver uma distância mínima de segurança entre o dispositivo de compensação e o fundo do poço, evitando que o formato natural do seio da corrente de compensação deforme e provoque danos ao elevador ou até acidentes em casos extremos.
Exemplos de lubrificação
Já nos cabos de compensação, é necessário conferir o tensionamento individual de cada cabo de aço e coletivo (de acordo com a variação da altura da polia tensora do fundo do poço), assim como a instalação e funcionamento do contato elétrico de segurança e afrouxamento dos cabos instalado na polia tensora, itens geralmente verificados durante a manutenção preventiva.
Conclusão As correntes e cabos de compensação são componentes tão utilizados quanto as corrediças de guias ou cabos de aço em um elevador, porém sua manutenção deve receber maior atenção, dada sua importância para a eficiência energética em elevadores. Especificar, adquirir e instalar corretamente faz parte do processo de fornecimento de elevadores. A manutenção preventiva é essencial e faz com que a vida útil dos componentes do elevador seja a maior possível. Fazer a conferência do balanceamento estático entre cabina e contrapeso deve ser parte integrante do processo de modernização dos elevadores sempre que houver mudança nas características originais da cabina ou dispositivos de tração. Inspecionar periodicamente as correntes, cabos de compensação e seus componentes de fixação, guias e tensionamento deve ser parte integrante do plano de manutenção de elevadores e assim ser seguida pela empresa mantenedora dos elevadores. Bom trabalho e mãos à obra!
Sobre o autor Engº Rodrigo Antonio da SilvaREG. CREA-SP:
5060243204
Site: www. consultoriaelevadores.com.br
Exemplos de corrente raspando no poço
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TECNOLOGIA
Redes 5G e sua importância na Indústria 4.0
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Por Engº Paulo Roberto dos Santos
ocê já deve ter ouvido falar sobre 5G! O que talvez não saiba, é que essa nova tecnologia não trata mais apenas da conectividade entre pessoas, trata da conectividade entre máquinas, ou dispositivos de Internet das Coisas (IoT). Mas, o que é a tecnologia 5G? De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, o 5G, ou quinta geração da telefonia móvel, é uma nova tecnologia de transporte de dados em redes envolvendo dispositivos móveis. Ele sucede gerações anteriores, mas autoridades e especialistas apontam que terá melhorias não apenas incrementais, mas qualitativas. Enquanto a tecnologia 1G tinha
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velocidade de 2kbit /s e o 4G garantia tráfego de 1 Gbit /s, o 5G terá velocidade para baixar informações de até 100 1 Gbit /s. Enquanto a latência (diferença na resposta na transmissão de dados) era de 60-98 milissegundos no 4G, no 5G ela será reduzida para menos de 1 milissegundo. Já a capacidade de conectar dispositivos poderá abranger até 1 milhão de aparelhos por quilômetro quadrado. Quais serão os impactos dessa tecnologia para a indústria? Com a tecnologia 5G será possível criar perfis de rede de acordo com a necessidade das aplicações, ou seja, situações em que seja necessário atender muitos equipamentos conectados, tam-
bém chamados de terminais, em uma área pequena, que podem enviar dados apenas esporadicamente, como casos de uso da Internet das Coisas (IoT), a rede pode ser configurada como Massive Machine Type Communications (mMTC). Isso pode ser muito útil nos ambientes industriais, ou ainda nas aplicações de edifícios inteligentes, em que muitos sensores estão registrando as condições locais, tráfego de pessoas, condições das máquinas, e enviando esses dados para sistemas especializados para monitoramento e controle, que podem estar localizados em qualquer lugar, assegurando confiabilidade e velocidade na tomada de decisões. Se a necessidade for de extrema velocidade, ou seja, operações em tempo
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real, a rede pode ser configurada como Ultra-Reliable Low Latency Communications (URLLC), as comunicações ultra confiáveis e de baixa latência (URLLC) são uma nova categoria no 5G para acomodar serviços e aplicativos emergentes com requisitos rigorosos de latência e confiabilidade. Como exemplos temos a operação remota de máquinas, cirurgias remotas, controle de impressoras 3D, para produção remota de peças, entre tantas outras. É possível ainda configurar a rede como Enhanced Mobile Broadband (eMBB), que são redes para casos de uso orientados a dados que exigem altas taxas de dados em uma ampla área de cobertura. Como é o caso das aplicações no agronegócio, onde sistemas inteligentes estão capturando muitos dados em grandes extensões, e enviando para processamento e tomadas de decisão, como no caso de modernas máquinas de preparação do solo e cultivo, ou colheitadeiras. Para que o uso industrial, e aqui usamos industrial Latu Senso, ou seja, todo tipo de aplicação que não seja pessoal, como indústria de transformação, controle de edifícios, medicina, educação, transportes, agronegócio, e tantas outras, será necessário que sejam criadas as chamadas redes privativas. A figura a seguir representa as diversas possibilidades de configuração
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de redes 5G, para uso industrial. Mas o que são redes privativas em 5G? O conceito de redes privativas está relacionado à forma de construção e gestão da rede, que funciona de forma independente da rede pública, ou ainda, a gestão do tráfego de dados é acessível somente à empresa proprietária da rede. Essas redes privativas podem ser internas (In door), ou externas (out door). Desta forma, a empresa poderá configurar o perfil de rede adequado para cada aplicação, e assim, obter o melhor desempenho, sem correr riscos de invasão ou perda de informação. Para que esse conceito possa ser implementado no Brasil, é fundamental que a ANATEL considere esta modalidade de uso do espectro, faixas de frequência, para o licenciamento privado, e ainda seja compatível com os padrões adotados nos principais países industrializados. O alinhamento com os padrões internacionais vai assegurar para a indústria nacional a capacidade de rápida implementação dessas novas tecnologias e ainda produzir os dispositivos no Brasil, para exportação. Por todo esse potencial que as redes 5G representam, essa tecnologia é considerada como um dos habilitadores da quarta revolução industrial, ou da Indústria 4.0.
SOBRE O AUTOR CREA-SP
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Paulo Roberto dos Santos Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.
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INTERNACIONAL
Fundación ONCE, na Espanha, levará a voz de Alexa aos elevadores para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus
A
Saturn Lab, empresa que projetou o sistema de voz para a Alexa e Google Assistant, ajudará agora a Fundación ONCE (Fundação ONCE), na Espanha, a criar um sistema que permita que o elevador dialogue com seus usuários para se moverem entre os andares dos prédios sem necessidade de contato físico com os botões. Este desafio, demandado pela Fundación ONCE para diminuir o risco de pessoas com deficiência terem que tocar nas botoeiras de elevadores, será uma realidade graças aos e-sprints B2B da Fundación Empresa y Sociedad. Estes e-sprints
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constituem uma iniciativa em que grandes empresas, ONG, entidades sociais e pequenas e médias empresas de setores essenciais se uniram para lançar e encontrar soluções de rápida implementação a 27 desafios tecnológicos vinculados à reativação econômica. Um destes desafios é o da Fundación Once, que está preocupada com o risco que isto representa para algumas pessoas com deficiência, mas também para toda a população no geral, a manipulação dos elevadores no contágio do coronavírus e outros vírus.
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Sacyr, Auren e OXFAM, algumas das participantes do sistema de e-sprints B2B da Fundación Empresa y Sociedad, já encontraram uma resposta para seus desafios tecnológicos. Sobre a Alexa (da Amazon)
Fonte: Getty Images/Amazon
Por isso, o objetivo da Fundación ONCE nestes e-sprints B2B era encontrar startups consolidadas que possam desenvolver mecanismos com os quais, através da voz ou de outras interações tecnológicas, como dispositivos móveis, possam ativar os elevadores sem a necessidade de tocar no painel de controle. Este é um fim que se estende também a qualquer outro espaço comum que necessite de contato físico com botões. A solução para este desafio vem através da scaleup Saturn Lab, empresa que aplicará a tecnologia de voz que já utiliza para colaborar no desenvolvimento dos famosos sistemas de inteligência artificial Alexa, da Amazon, ou Google Assistant. Com sede em Madrid, na Espanha, a Saturn Lab foi criada em 2017 e agora trabalhará junto à Fundación ONCE para que os fabricantes de elevadores incorporem este mecanismo que permite, sem necessidade de tocar em nenhum botão, informar o andar em que se encontra um elevador ou movê-lo através da voz, e assim beneficiar toda a população. “Queremos construir soluções que não sirvam somente para um grupo específico de deficientes, mas que sejam úteis para toda a sociedade. Que sejam soluções inclusivas e abrangentes para todos”, explica Jesús Hernández, diretor de Acessibilidade Universal e Inovação da Fundación ONCE. Na mesma linha, se expressa Francisco Abad, fundador da Empresa y Sociedad, que afirma que este desafio é “colaborativo”, já que “possui muitos ângulos porque afeta não somente as pessoas com deficiência, mas a todos nós que desejamos evitar o contato físico com os comandos de um elevador para minimizar os riscos de contágio”. Além disso, acrescenta, “envolverá os fabricantes de elevadores, que serão incentivados a compartilhar padrões comuns”. Além da Fundación ONCE, as multinacionais Aon e
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Foto: Amazon (Divulgação)
A Alexa é o nome da assistente virtual da Amazon cujo funcionamento é feito através do comando de voz. Introduzida no mercado em 2014, junto com o Echo – sua primeira caixa de som inteligente – a Alexa pode executar diversas tarefas, como: realização de chamadas telefônicas, controle de casas inteligentes através da automação residencial, atualização das últimas notícias do mundo, configurar alarmes, informar a situação do trânsito ou a previsão do tempo, executar uma playlist, entre outros. SOBRE A FUNDACIÓN ONCE
A Fundación ONCE é uma organização sem fins lucrativos, localizada na Espanha, que trabalha para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio de acessibilidade, formação e emprego. O objetivo principal da fundação é realizar programas de integração e emprego para pessoas com deficiência e acessibilidade global, promovendo a criação de ambientes, produtos e serviços globalmente acessíveis. *Matéria originalmente publicada em 30/07/2020 no site da Fundación Once e traduzida pela equipe da Revista Elevador Brasil. Fonte: https://www.fundaciononce.es/es/noticia/fundacion-once-llevara-la-voz-de-alexa-los-ascensores-para-minimizar-el-riesgo-de-contagio
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INTERNACIONAL
BraXos lança LiftOff, solução sem toque para elevadores
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olumbus, Ohio. Setembro de 2020 - A BraXos, empresa americana desenvolvedora de soluções de segurança e conectividade para edifícios, lançou em setembro uma solução sem toque na botoeira para elevadores, que permite que o transporte vertical seja um ambiente seguro e conveniente em edifícios comerciais e residenciais. O LiftOff funciona com sistemas de elevador de despacho de destino de quase todos os principais fabricantes e não exige que os usuários digitalizem um dispositivo ou cartão na cabine ou pavimento do elevador, minimizando assim a aglomeração de pessoas que podem se reunir na frente dos elevadores durante os períodos de pico. O LiftOff reconhece a localização dos usuários quando eles entram no prédio e chama automaticamente a próxima cabine do elevador disponível com base no andar selecionado no aplicativo. O usuário LiftOff pode então ir diretamente para o elevador em espera e ser transportado para sua residência ou escritório rapidamente e sem entrar em contato com a superfície da botoeira ou outros sistemas do edifício. Ao agendar uma chamada automática do elevador com antece-
dência, os usuários podem chegar facilmente ao andar de destino, sem ter que pegar o telefone. Os gerentes dos edifícios controlam os andares que indivíduos ou grupos podem acessar por meio das funções administrativas do LiftOff. “Ao oferecer o gerenciamento de elevadores com segurança, protegido e conveniente, o LiftOff representa o futuro do transporte vertical, mas é especialmente relevante hoje”, diz Tom Skoulis, CEO da braXos. “À medida que os gerentes de propriedades preparam suas instalações para o retorno ao trabalho após os pedidos feitos em casa, o LiftOff elimina um ponto de contato comum dentro de seus edifícios – cabine do elevador - enquanto gerencia efetivamente o tráfego no saguão para permitir o distanciamento social e limitar os usuários aos andares aos quais estão autorizados o acesso." O aplicativo móvel LiftOff está disponível hoje na Apple Store e no Google Play. O aplicativo confirma a localização física do usuário, bem como os andares autorizados para viajar. LiftOff é a primeira aplicação da arquitetura inteligente braXos, que está criando novas possibilidades de acesso e segurança de edifícios. Para obter mais informações, visite www.braxos.com/liftoff. Matéria originalmente publicada em 01/09/2020 em: https://braxos. com/2020/09/01/braxos-introduces-liftoff/ e traduzida pela equipe da Revista Elevador Brasil.
Foto: Divulgação/BraXos
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NEGÓCIOS
Como estão os nossos serviços para transporte vertical de passageiros? Por Engº Marcelo Nascimento
Q
ual o nosso negócio, o nosso propósito? Elevadores, é a resposta mais habitual dos profissionais do nosso segmento. Mas a resposta não deveria ser, serviços? Serviços de instalação de elevadores, ou de manutenção e assistência técnica, ou ainda serviços de reforma e modernização. As duas definições de servir: 1. trabalhar em favor de alguém, uma instituição, uma ideia ou 2. encarregar-se do funcionamento ou da atividade (de algo), cabem perfeitamente em nossa atividade. E por que tanto foco no equipamento? É natural.
Escolhemos como meio de servir as pessoas e a sociedade como um todo, um equipamento complexo, em que pese ser o mais seguro meio de transporte do mundo, cujo serviço (instalação e manutenção) está classificado como atividade de engenharia e sob regramento de rígidas normas técnicas da ABNT, portanto não há como nos afastarmos da boa técnica, e consequentemente do bom trato com os equipamentos. Até diria, isso não é mais diferencial, é mandatório. Não deseja, este autor, trazer respostas ou soluções mirabolantes, apenas compartilhar reflexões que possam per-
mear uma busca por verdadeira excelência na prestação de serviços, com benefícios de parte a parte, empresas e clientes. Que experiências geramos com nosso atendimento ou relacionamento? Muito comum encontrarmos áreas para o atendimento ao cliente nas empresas, seja pessoalmente, por telefone ou por outro meio. Uma área relevante, por sinal. Porém, o termo relacionamento, nos parece mais completo, mais alinhado com o propósito de servir com excelência, proporcionando, assim, experiências mais agradáveis. Ao menos neste autor, a palavra relacionamento, e seu significado, geram um sentimento de maior proatividade. Levariam as empresas a buscar mais ativamente estabelecer contatos com seus clientes, ouvindo anseios e demandas que possam estar reprimidas, consequentemente soluções mais assertivas, para que os serviços de manutenção, que via de regra são recebidos como algo negativo, possa ser uma experiência positiva, que remeta a segurança, zelo e atenção. Apenas para citar alguns exemplos: - Como agimos quando um equipamento passa meses sem necessitar de manutenção corretiva, por eficácia do trabalho preventivo? Procuramos nosso cliente para celebrar esse momento? - E quando está sob nossa responsabilidade um elevador que, apesar de antigo, fabricado e instalado sob referência de normas técnicas com níveis de segurança inferiores ao atuais, funciona bem, com poucas falhas e defeitos? Procuramos o cliente para alertá-lo que o ideal é planejar a atualização ainda com os elevadores funcionando bem, ou o fazemos quando nos momentos quando apresentam mais falhas e defeitos? O Relatório de Inspeção Anual – RIA, pode ser ferramenta de relacionamento? Outro exemplo de uma ferramenta que pode ser utilizada para ampliar o relacionamento com o cliente, mesmo não tendo essa origem, é o RIA. De maneira muito apropriada, observamos que na maioria dos casos, a abordagem sobre o RIA tem relação com a segurança e operação adequada dos equipamentos. Objetiva ratificar, através de inspeção, testes e relatório específicos, a responsabilidade técnica que já existe. Exatamente, esse relatório irá “apenas”
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ratificar a responsabilidade existente, e a ausência dele, em nada a diminui, seja da empresa ou do engenheiro que é o responsável técnico perante o CREA. E toda essa sustentação está corretíssima. Porém, por que não utilizar o RIA como uma forma de fortalecer o relacionamento com o seu cliente? Além de um checklist bem feito, completo, dar ao mesmo um formato amigável, ilustrado, com registros fotográficos, que permita ao cliente “conhecer” o seu elevador e demandas que por ventura existam. Outra reflexão continua desde autor, ainda falando de relatórios de vistoria, ou pareceres/laudos para uma definição mais ampla, sendo utilizados pelas empresas como ferramenta comercial para captação de novos clientes. Nem desejamos adentrar neste texto na atuação de algumas empresas que não atendem minimamente princípios éticos, até porque é um tema muito
repetido (pela relevância, é verdade), e que infelizmente são comuns. Mas e se nós, especialistas do mercado de transporte vertical, passássemos a disseminar que esta atividade, de vistoria com emissão de laudos e pareceres técnicos, é específica de consultoria e perícia? Inclusive possíveis de serem reguladas, sob os princípios de isenção (entre outros), por renomado Instituto, o Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE), entidade de caráter estritamente técnico com um destacado histórico institucional construído através de ações pioneiras intimamente ligadas ao desenvolvimento das atividades dos profissionais da engenharia e da arquitetura atuantes nos campos das avaliações e das perícias. Exceção feita, obviamente, ao RIA, que devem, aos nossos olhos, ficar a cargo do responsável técnico pelos equipamentos. Por serem considerados equipamentos de transporte, estão sujeitos às legislações municipais,
portanto, estas devem ser observadas sempre. Nossa reflexão é sobre o uso de relatórios e laudos como ferramenta de captação de clientes. Internet das coisas (IoT) e inteligência artificial: estamos preparados? Parece inevitável que, muito em breve, teremos elevadores, que além de inteligentes, estarão conectados. Em edição recente da Revista, mais precisamente a Nº 158, algumas publicações trazem luz ao tema. É fato que existem benefícios e que o uso amplo das tecnologias trará novos benefícios. Mas será que são a solução de todos os problemas? Será que substituirão completamente o fator humano? Seria possível? Precisamos ampliar o uso dessas novas tecnologias, porém, da mesma forma, nos preparar para esse avanço, inclusive pensando no fator humano que irá tratar o produto destas tecno-
logias. Não cremos que deixaremos o estágio atual para um estágio de elevador plenamente autônomo. Assim sendo, os profissionais do nosso segmento deverão estar preparados para utilizar essas novas tecnologias. Dos processos de manutenção, as corretivas são as que poderão ter avanços mais significativos, no menor espaço de tempo, pois a associação de monitoramento avançado e remoto dos sinais mais relevantes, recursos de inteligência artificial, um banco de dados bem estruturado, que considere aspectos construtivos e vida útil do componentes, recursos de aprendizado dos equipamentos, entre outros, certamente tornarão a correção de falhas e defeitos muito mais célere. Ainda incomum, o uso de óculos de realidade virtual e aumentada farão que as possibilidades de suporte técnico, dos especialistas que estão nos departamentos de engenharia de campo, ganhem capilaridade, velocidade e assertividade similares as visitas presenciais. E obviamente que o uso também gerará benefícios para manutenção preventiva e preditiva, citamos apenas um. Produtividade e sustentabilidade Até que ponto, estamos atuando para otimizar os processos e rotinas de manutenção preventiva, tornando-os mais eficientes e sustentáveis? Vejamos mais um exemplo: a grande maioria dos elevadores do parque instalado no Brasil, tem sistema de corrediças por patins deslizantes lubrificados com óleo. Encontrar os poços dos elevadores com óleo, em maior ou menor incidência, se tornou hábito. E por vezes, é objeto de crítica, que sugere a necessidade de uma limpeza mais adequada. E tudo bem até aí. Mas por que não banir definidamente a lubrificação das guias por óleo? Qual o custo, hora-homem e de insumo, para essa atividade? Tentemos calcular o valor aplicado para todos os elevadores do mercado! Por que não existem mais opções corrediças ecológicas, que não necessitem
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de óleo, sejam rolos ou polímeros auto lubrificantes? E como esta, quantas outras possiblidades de ter melhor produtividade e sustentabilidade em nosso segmento? Como está o acesso a sua empresa? E o que estamos comunicando para o mercado? Se sua empresa utiliza apenas o telefone (chamadas de voz) como acesso ao seu cliente, e não tem um plano de curto, no máximo médio prazo para ampliar o acesso, você pode começar a ter dificuldades. Seja por insatisfação do seu cliente ou pelo uso desordenado e sem controle de outras ferramentas. Um caminho que observamos ser inevitável, é que as empresas sejam acessíveis, inclusive para os chamados/solicitações de manutenção corretiva, via mensageiros (whatsapp ou telegram, por exemplo) e correio eletrônico (e-mail) com alta capacidade de resposta, além de sites e aplicativos com módulos dedicados para esse fim. Por que o segmento de elevadores não tem elementos de mídias, autorais ou em parceira, para que informes e dicas especificas sobre medidas preventivas de segurança e uso adequado dos elevadores? Seria possível, por exemplo, viabilizar que todos os condôminos recebessem alertas sobre manutenções e reparos programados, com antecedência, diretos nos seus smartphones? Substituindo, em parte ou completamente, as tradicionais placas de manutenção e/ou avisos impressos no interior da cabina? Outro ponto fundamental é cuidar da imagem digital da empresa. Tão importante, ou talvez até mais importante, que manter a sua sede com uma boa comunicação visual, ter material gráfico atualizado (até quando utilizaremos impressos?) é aparecer nas mídias sociais com uma apresentação adequada e não apenas comercial, entendemos. É cumprir um papel social de informar, trazer mensagens e orientações. Durante a pandemia que vivemos atualmente, tivemos um grande
exemplo, com várias empresas preocupadas em desenvolver soluções e prestar orientações a sociedade.
SOBRE O AUTOR
Marcelo Nascimento é Engenheiro Mecânico, pós graduando em Avaliações e Pericias de Engenharia e também Administrador de Empresas. Está no segmento de elevadores, mais especificamente atuando na Bahia, desde 1998. Começou na Elevadores SUR, que atualmente é ThyssenKrupp Elevadores, onde ficou até 2010. Desde 2011 atua na Expel Elevadores, empresa local que atua com manutenção e modernização, onde é socio e responsável técnico. É presidente do SECIEB – Sindicato da Empresas conservação e Instalação de Elevadores da Bahia. Atua também como consultor, associado ao IBAPE/ BA e em projetos especiais de aparelhos de transporte vertical – planos inclinados e teleféricos – tanto atualização técnica, quanto manutenção. Exerce à docência no curso para formação de síndicos profissionais da ACS FORMA, parceira da ACS Administração de Condomínios com o Grupo Educacional Unidom. Iniciou recentemente como consultor do programa Cadê o Sindico no Radio, na Metrópole FM de Salvador/BA. Já ministrou diversas palestras e cursos, participou de congressos, tanto para profissionais com formação técnica, como gestores condominiais, além de entrevistas para diversas mídias.
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ARTIGO TÉCNICO
O Multímetro para o profissional de manutenção de elevadores
T
Por Newton C. Braga* odos que trabalham na instalação e manutenção de elevadores sabem que um instrumento que não deve faltar na sua maleta de ferramentas é o multímetro. Utilizado na comprovação de componentes, medidas de tensões e verificação de circuitos, este instrumento é indispensável. No entanto, não basta ir a uma loja de componentes e comprar qualquer tipo de multímetro para seu trabalho. Veja neste artigo como escolher o multímetro apropriado para seu trabalho. Profissionais de manutenção e instalação de elevadores podem estar se expondo a tensões perigosas quando analisam circuitos ligados à rede de energia. A simples medida de uma tensão num equipamento plugado a uma rede de energia pode significar pôr em risco sua segurança se instrumentos apropriados não forem usados. Os multímetros usados pelos profissionais devem estar de acordo com padrões internacionais de segurança que o leitor, se for profissional de manutenção, ou trabalhar com tais instrumentos deve observar na hora da compra. As linhas de transmissão de energia elétrica estão sujeitas a diversos tipos de problemas que podem afetar a segurança de quem analisa com um multímetro um equipamento ligado a ela, ou mesmo verifica as tensões num sistema de distribuição doméstico, comercial ou industrial, por exemplo que alimenta um sistema de elevadores. Transientes de altas tensões podem atingir intensidades elevadas, capazes de provocar arcos nos circuitos dos multímetros, atingindo desta forma os operadores com o risco de sérios acidentes. Foi justamente a presença de transientes de todas intensidades possíveis nas linhas de transmissão de energia que levou à necessidade de se adotar medidas especiais de segurança nas especificações dos multímetros que devem ser usados na medida de tensões nessas linhas. Veja que isso é válido tanto para o usuário que mede diretamente tensões numa linha de transmissão de energia, como
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também para o profissional de service que precisa medir a tensão em qualquer equipamento alimentada por ela. Assim, nada mais justo que os equipamentos de teste devam ter recursos de proteção para as pessoas que trabalham no ambiente de alta tensão e de alta corrente que representam os sistemas de distribuição de energia ou alimentados diretamente pela rede de energia. Os Padrões De modo a proteger os usuários dos multímetros, foram estabelecidos padrões para sua construção. Esses padrões levam em conta principalmente a segurança do operador, fixando as tensões que eles podem isolar, caso transientes ocorram numa linha analisada. O primeiro padrão de segurança para tais instrumentos foi desenvolvido pela IEC (International Electrotechnical Comission) para instrumentos de medida, controle de laboratório e uso geral em 1988, em substituição a um antigo padrão denominado IEC-348, contendo uma visão mais abrangente. O Padrão recebeu o nome de IEC10101 o qual passou a servir de base para três novos padrões: - ANSI/ISA-S82.01-94 – Estados Unidos - CAN C22.2 No 1010.2-92 – Canadá - EN61010-1:1993 – Europa Para entender bem como funcionam estes padrões vamos começar comparando o IEC-1010-1 com o IEC 348. Diferenças entre o IEC-1010-1 e o IEC 348 O IEC 1010-1 especifica as categorias de sobretensões baseada na distância em que se encontra a fonte de energia, conforme mostra a figura 1, e o amortecimento natural da energia de um transiente que ocorra no sistema. Tanto mais alta for a categoria, mais perto da fonte de energia ela se encontra e por isso maior deverá ser o grau de proteção que o instrumento usado neste ponto do circuito deve ser dotado.
Figura 1 – Os pontos de uso das diversas categorias de multímetros
Isso permite estabelecer então quatro categorias de instrumentos que podem ser usados até o ponto máximo de um circuito em que sua categoria atinge. - Categoria IV Os multímetros desta categoria são denominados de nível primário de alimentação, sendo designados para os trabalhos no sistema de distribuição. Suas especificações devem estar além das exigidas pela norma IEC 1010-1. Esses multímetros são projetados para trabalhar em instalações externas, subterrâneas, painéis de distribuição etc. São os multímetros que analisam diretamente as redes de energia sendo, portanto, os que trabalham nos pontos mais perigosos em que os transientes podem ter maior intensidade, possuindo um nível de proteção maior. - Categoria III Denominados de nível de distribuição, estão especificados para trabalhar com a tensão das tomadas de energia ou
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circuitos domésticos ou comerciais. Os multímetros da categoria III são diferentes dos usados no serviço de sistemas primários de distribuição, operando no máximo até onde existe transformador de isolamento. Os multímetros desta categoria podem ser usados nos sistemas de iluminação, elevadores e de distribuição de grandes construções. Veja que, já se trata de um instrumento com um menor grau de proteção, pois os pontos dos circuitos em que devem ser usados já não estão sujeitos aos níveis de transientes dos tipos da categoria IV. Veja pela ilustração que é este tipo de multímetro que o profissional da manutenção de elevadores deve possuir. Na figura 2, um multímetro digital CAT III da Fluke, indicado para os profissionais de elevadores.
Evidentemente, um multímetro de categoria mais alta pode ser usado nas aplicações de categorias mais baixas, mas não ao contrário. As Tensões Máximas Dentro de cada categoria existem tensões-limite de trabalho que determinam o transiente máximo que o instrumento pode suportar. A tabela abaixo dá o modo como os instrumentos são testados: Cat II
600 V
Transiente de 4 000 V de pico Cat II 1000 V Transiente de 6 000 V de pico Cat III 600 V Transiente de 6 000 V de pico Cat III 1000 V Transiente de 8 000 V de pico Cat IV 600 V Transiente de 8 000 V de pico Cat IV 1000 V Transiente de 12 000 V de piso
Fonte de 12 ohms Fonte de 12 ohms Fonte de 2 ohms Fonte de 2 ohms Fonte de 2 ohms Fonte de 2 ohms
Observe que, por essa tabela, um multímetro da categoria II, na escala de 600 V deve ser capaz de suportar transientes de 4 000 V de pico. Figura 2 – Multímetro Fluke CAT III
- Categoria II São os multímetros indicados para aplicações locais, como tomadas que alimentam eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos de baixo e médio consumo e na análise de circuitos de equipamentos portáteis etc. Esse é o multímetro recomendado para o profissional de service que trabalha com equipamentos ligados a uma tomada de energia numa bancada. O profissional de service não deve usá-lo, entretanto, para analisar uma instalação elétrica de um edifício ou medir tensões num quadro de distribuição de energia. Para o prisional de manutenção de elevadores, este instrumento pode ser usado na análise dos circuitos de controle numa bancada, por exemplo. - Categoria I São os multímetros usados para trabalhar com sinais, por exemplo em telecomunicações. Esses multímetros são os que possuem o menor grau de proteção de todos, pois não se destinam a aplicações ligadas à rede de energia. Com eles são analisados circuitos de baixas tensões, isolados da rede de energia. O profissional de manutenção de elevadores pode usar um multímetro desta categoria para analisar um microcontrolador de um sistema de controle de elevadores, ou mesmo uma placa de comunicação de áudio ou outro circuito de baixa tensão, mas não deve fazer medidas numa linha de alimentação ligada à rede de energia.
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Conclusão O que determina basicamente a qual categoria deve pertencer o multímetro que um profissional que trabalha com elevadores vai utilizar é o grau de proximidade da central de distribuição e as intensidades de corrente e tensão envolvidas. Quando o leitor for adquirir um multímetro para uso profissional deve estar atento à categoria a que ele pertence. Muitos multímetros de baixo custo sequer indicam a que categoria pertencem. O leitor pode usá-los em trabalhos menos perigosos como análise de circuitos alimentados por baixas tensões numa bancada, mas se seu trabalho envolver medidas em equipamentos ligados à rede de energia, cuidado: é sua segurança que está em jogo. Assim, deve-se ter o máximo cuidado com a escolha do instrumento, pois eles possuem as proteções necessárias para que transientes que possam ocorrer nestes sistemas não venham causar acidentes com os operadores. Um multímetro da categoria I, projetado para trabalhar com sinais ou um multímetro da categoria II, projetado para trabalhar na análise de redes domésticas e tomadas de alimentação de eletrodomésticos comuns nunca deve ser usado no trabalho de análise direta de todos os pontos de um sistema de elevadores. Observe bem a que categoria pertence o multímetro digital que você vai comprar se ele se destina ao seu uso profissional. (*) O autor possui dezenas de livros sobre eletrônica e mantém um site com milhares de artigos técnicos sobre eletrônica. Visite: www.newtoncbraga.com.br
WWW.ELEVADORBRASIL.COM
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Dicas deLEITURA Livro: Escalator Engineering Autor(es): Ben Abbaspour Ano: 2017 Onde comprar: https://www.elevatorbooks.com/ Categoria: Construção e Engenharia Resumo: A urbanização vem mudando a cara de nossas cidades há algum tempo. Esse processo está programado para continuar em um futuro próximo. Escadas rolantes são importantes integrantes da infraestrutura atual. Elas desempenham um papel essencial no transporte em massa de passageiros em aeroportos, estações de metrô e outros locais públicos. Esse papel está aumentando continuamente com o crescimento dos sistemas de transporte público em todo o mundo. Nos últimos anos, muitas novas tecnologias prometeram um padrão avançado para eficiência de escadas rolantes, economia de energia, segurança e conforto. Este livro fornece ao leitor uma abundância de informações práticas relacionadas ao design e engenharia de escadas rolantes, incluindo informações sobre as mais recentes tecnologias, especificações e equipamentos disponíveis no mercado.
NOVO SITE REVISTA ELEVADOR BRASIL
O site da Revista Elevador Brasil está de cara nova. Mais moderno e dinâmico. Muito mais informações para você. Entre e fique à vontade.
Livro: Aplicando a Quarta Revolução Industrial Autor(es): Klaus Schwab e Nicholas Davis Ano: 2018 Editora: Edipro Onde comprar: https://www.amazon.com.br/ Categoria: Negócios e Tecnologia Resumo: A nova revolução tecnológica está reformulando a economia global e as sociedades como um todo. Os sistemas que hoje aceitamos como certos, desde o modo como produzimos e transportamos bens e serviços até a forma como nos comunicamos, serão integralmente transformados. Há um chamado emergencial para que as lideranças, em todas as esferas sociais e econômicas, se capacitem para agir agora e de forma extraordinária, para gerenciar os riscos e as complexidades dessa mudança. A responsabilidade é imensa, pois temos nas mãos uma janela de oportunidade para desenvolvermos as novas tecnologias de forma a impactarem positivamente o mundo. Este livro é uma síntese das perspectivas dos principais pensadores mundiais dos Conselhos do Futuro Global e da rede de Especialistas do Fórum Econômico Mundial, que tem por objetivo central empoderar as pessoas para que elas participem de diálogos estratégicos ligados às tecnologias emergentes em todas as comunidades, organizações e instituições. A presente edição inclui prefácios de Satya Nadella (CEO da Microsoft) e João Doria (Empresário e Prefeito de São Paulo).
Livro: Sistemas Elétricos Prediais – Instalação Autor(es): SENAI-SP Ano: 2014 Editora: SENAI-SP Onde comprar: https://www.senaispeditora.com.br/produto/sistemas-eletricos-prediais-instalacao/ Categoria: Eletroeletrônica Resumo: Com linguagem didática, este livro apresenta as normas para instalação predial; diagramas elétricos; leitura e interpretação de projetos; ferramentas e equipamentos de segurança. Descreve as fases do planejamento da instalação, quais condutores utilizar, emendas e conexões de condutores elétricos, como fazer a montagem de condutos e interligação de dispositivos elétricos. Destaca a instalação de componentes de automação predial relacionados à segurança e conforto, quadros de distribuição e procedimentos de aterramento e validação.
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elevador.com.br
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NEGÓCIOS
Pare de ajudar os seus concorrentes
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Por Eng. Cláudio Henrique Guisoli omo? É isso mesmo que você leu! Quando falo em ajudar os seus concorrentes não me refiro a participação em entidades de classe, por exemplo, sindicatos e associações do setor de elevadores. A participação nessas entidades é saudável e gera retornos que podem ser expressos, entre outros: cursos técnicos, seminários e trocas de experiências diversas. Nesse caso, a ajuda é mútua é oportuna. A qualidade na prestação de serviços é essencial para a fidelização dos seus clientes.
O que gera o conceito de boa qualidade para sua empresa? O que influencia a percepção dos usuários para darem uma boa avaliação? - Boa iluminação da cabina com todas as lâmpadas funcionando; - Botões de cabina e de pavimentos funcionando normalmente; - Elevador parando nivelado nos pisos de andares; - Ausência de ruído no funcionamento do elevador; - Elevador funcionando sem balanços na cabina;
- Baixo índice de paralisações não programadas do elevador; - Rapidez na troca de peças e na realização de serviços de reparos; - Rapidez no atendimento de urgência, por exemplo, passageiros presos. O que influencia a percepção do(a) síndico(a) ou do administrador(a) para darem uma boa avaliação? - Todos os itens de percepção dos usuários; - Transparência, por exemplo, mostrar as peças substituídas antes do descarte delas;
- Limpeza geral dos equipamentos e instalações: casa de máquinas, poço, topo do carro, entre outros; - Informações claras e precisas a respeito dos serviços prestados, por exemplo, discriminação nos orçamentos dos preços das peças e dos serviços separadamente; - Cumprimento com as cláusulas contratuais, por exemplo, realização das inspeções anuais e emissão do respectivo RIA “Relatório de Inspeção Anual”, individual por elevador. Como eu ajudo o meu concorrente a conquistar o meu cliente? 1. Ficando indiferente à reclamação do cliente Uma das piores atitudes do ser humano é a indiferença. A indiferença destrói casamentos, sociedades, relações comerciais, entre outros. Por exemplo, o elevador de um cliente está com um problema intermitente e sua equipe não consegue resolver. Ele liga para a empresa e a pessoa responsável não atende suas ligações e sequer retorna as mesmas. Qual o conceito que ele terá da empresa? 2. Não mostrando transparência na relação com o cliente A transparência é fundamental em
qualquer esfera de relacionamentos interpessoais. Por exemplo, você conquista um novo cliente e na vistoria prévia, apesar de ter observado a necessidade de trocar os cabos de aço de tração, não menciona para o cliente. Três meses depois você apresenta uma proposta e diz ser necessária a troca dos cabos de aço de um dos elevadores. Como você acha que o cliente se sentirá? Outro exemplo, você conquista um novo cliente com o argumento de firma mais enxuta e com menor preço de manutenção. Entretanto, na primeira necessidade de troca de peças você cobra um preço exorbitante. Como você acha que o cliente se sentirá? 3. Não entregando ao cliente os serviços contratados Infelizmente, serviços básicos de manutenção: limpeza, ajustes e lubrificação não foram frequentes nas milhares de instalações que já inspecionei. Por exemplo, o elevador necessita de trocar uma determinada peça e o cliente resolve fazer uma cotação no mercado. A empresa concorrente vai ao prédio e detecta várias inconformidades de manutenção. Poço imundo, piso da casa de máquinas totalmente impreg-
nado de óleo, documentação técnica e legal irregulares etc. Mesmo que o seu preço seja competitivo, como você acha que o seu cliente reagirá? 4. Quando acho que o cliente já não é mais importante para a minha carteira A sua empresa cresceu e dos primeiros clientes você cobrou valores abaixo de mercado, para viabilizar início do seu negócio. Entretanto, atualmente você não considera esses clientes importantes. Você os reputa como descartáveis ao invés de negociar reajustes financeiros dos contratos para manter sua carteira equilibrada. Na verdade, os primeiros clientes deveriam ser os mais importantes para você. Eles participaram do seu início acanhado e agora podem fazer parte do seu futuro próspero. Esses clientes têm um potencial tremendo, pois eles são divulgadores “não remunerados” da qualidade dos serviços prestados durante o decorrer de toda existência da sua empresa. Hoje em dia, a facilidade de acesso às redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas, sites de reclamações entre outros, favorece a propagação de relatos negativos de um cliente insatisfeito que, talvez, nenhuma ação
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Hidráulico – moderno como nunca Máximo conforto no percurso sem nenhum esforço para instalação A Bucher Hidráulica tem unidades para elevadores em todos os tamanhos, desde menores para passageiros assim como elevadores para grandes cargas. • Redução do tempo de instalação em até 70 % • Economia de energia de até 30 % • Alto nível de segurança • Primeira classe no percurso • Baixo custo de manutenção
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postergada seja suficiente para reverter. Manter um cliente custa entre 5 a 7 vezes menos do que conquistar um novo cliente. O cliente que você hoje reputa como descartável pode ser a maior referência do seu concorrente daqui a alguns meses. Princípios para a fidelizar os seus clientes 1. Escute seu cliente Quando um cliente é ouvido e atitudes são tomadas para atendê-lo, você deu o primeiro passo para fidelização desse cliente. Em minha experiência posso dizer que os clientes mais exigentes foram aqueles que mais contribuíram para a empresa subir de nível. Monitore continuamente o nível de satisfação dos seus clientes. No ano de 2000 fizemos uma pesquisa de avaliação de satisfação com nossos clientes. O resultado foi que 100% dos clientes estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com a nossa prestação de serviços. Entretanto, nos formulários tivemos feedbacks que nos proporcionaram corrigir alguns aspectos em nossa relação com nossos clientes. Hoje temos recursos tecnológicos que permitem facilmente o monitoramento do grau de satisfação dos clientes. 2. Esteja presente depois da venda Infelizmente, uma coisa comum de acontecer é que depois da venda de serviços o consultor comercial desaparece. Por exemplo, o cliente compra um pacote de modernização e após a entrega dos serviços surgem alguns problemas pontuais. Ele tenta falar com o consultor comercial, mas esse de antemão já sabendo dos problemas, se esquiva e não retorna as ligações do cliente ou tenta minimizar o problema ou repassá-los a outrem. Esteja sempre disposto a servir o seu cliente não somente antes, mas também depois da venda. Esse é um passo importante na fidelização do seu cliente.
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3. Considere seu último cliente como se fosse o primeiro A maioria das empresas independentes é formada por ex-técnicos de multinacionais de elevadores. Quando entraram na carteira, os primeiros clientes era você quem fazia a manutenção, ou seja, literalmente colocava a mão na graxa. Foi com essa atitude que você conquistou os primeiros clientes, com uma manutenção eficaz. A atitude da sua equipe deve ser a mesma para com novos clientes. Tenha colaboradores motivados e comprometidos para tratar seu último cliente com a mesma atenção que você tratou seus primeiros clientes. Cada cliente é um vendedor em potencial dos seus serviços, nunca se esqueça disso! Mesmo com todos recursos tecnológicos a propaganda boca a boca traz resultados tremendos sem qualquer custo para sua empresa. A diversidade de tecnologia, quantidade de elevadores, preços e tipos de contratos na carteira de uma empresa é variada. Como atender as expectativas de todos os clientes e fazê-los divulgadores da sua empresa? Considerando seu último cliente como se fosse o seu primeiro cliente. 4. Crie uma experiência de prestação de serviços única Você já teve uma experiência positiva única com algum prestador de serviços. Com certeza é algo que você nunca vai esquecer. Por exemplo, o seu contrato de manutenção prevê que atendimentos após as 22 horas serão somente em caso de passageiros presos. Entretanto, um cliente que mora em um prédio com elevadores de 25 paradas, chega por volta de 24 horas após uma viagem exaustiva e deixa a chave cair no poço. Ele liga para o técnico de plantão e solicita a remoção da chave do poço, pois caso contrário teria de ir com a família para um hotel. O técnico tem a lucidez de perceber a situação e faz
o atendimento, independente do horário do chamado. Esse cliente com certeza terá uma experiência única e eu creio que sempre irá indicar a sua empresa. Existem muitos meios de gerar uma experiência única para um cliente. Utilize a sua criatividade e comece a criar experiências únicas para os seus clientes! Conclusão Se você percebeu no decorrer da leitura desse artigo que de algum modo tem ajudado seus concorrentes a conquistar os seus clientes, mude de atitude. Fidelize o seu cliente e não deixe brechas para que os concorrentes conquistem os seus clientes. Não deixe que a má qualidade dos seus serviços seja o maior argumento de vendas dos seus concorrentes.
Cláudio Henrique Guisoli, engenheiro industrial mecânico graduado pelo CEFET-MG, diretor da empresa “Vertical Consultoria”, escritor, palestrante, instrutor em treinamentos gerenciais e técnicos, secretário do grupo de trabalho da ANBT em BH do projeto da norma de inspeções e ensaios em elevadores elétricos de passageiros, com experiência de 35 anos no setor de transporte vertical de passageiros. Contatos: (31) 3337-9695 ou (31) 99795-3618 – E-mail: guisoli@uol.com.br
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TECNOLOGIA
Técnico Virtual: Afinal, o que significa isso?
cadeiras a parte, o Técnico Virtual é um sistema que uma vez instalado no seu elevador vai proporcionar monitoramento, alertas, relatórios, vai te dar insights (dicas), além de operar com comunicação automática em tempo real via Whatsapp. O mais interessante nesta nova tecnologia é que ele pode resolver problemas, se você autorizar via SMS, Telegram ou e-mail. O técnico virtual pode ser instalado em qualquer elevador, até mesmo os modernos que utilizam comandos computadorizados. COMO FUNCIONA 1 - INTERNET DAS COISAS
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arquitetura e a engenharia dos computadores foram exploradas ao máximo com a chegada dos elevadores inteligentes. Com a inteligência artificial começando a entregar evoluções nunca antes pensada, permite-se que o grau de automação e informatização dos elevadores alcance níveis bem próximos do limite que a nova tecnologia possa oferecer. Detecção de falhas, sofisticados sistemas de comunicação e segurança oferecem aos usuários o melhor serviço possível, e sua versatilidade faz com que sejam capazes de incorporar os avanços que venham a surgir no futuro.
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Apesar da chegada dos elevadores inteligentes, uma solução inovadora abraça também elevadores que ainda não passaram por processo de modernização e nem mesmo contam com comandos computadorizados sofisticados. Este é mais um benefício que o implemento de novas tecnologias pode trazer para sistemas que já estão ultrapassados, e em razão dos altos custos que uma modernização possa apresentar, isto não vem a ser empecilho para que a monitoração e acompanhamento do desenvolvimento das operações possam ser conhecidas. Muitas vezes, o acompanhamento e monitoração leva o proprietário a ava-
liar a possibilidade de uma reforma completa no sistema, uma vez que um elevador modernizado traz para todo o conjunto predial não somente valorização imobiliária, mas também diversos outros parâmetros positivos que vão desde um implemento considerável na segurança, economia de energia e até mesmo adequação à exigências ambientais. O técnico virtual nada mais é que um sistema que trabalha ininterruptamente, 24 horas por dia, domingos, feriados e que não vai te cobrar horas extras pelo excedente. Não vai também entrar na justiça contra você nem exigir reparações indevidas. Mas brin-
Uma das tecnologias que mais impactou a humanidade e com certeza será foco, e já está sendo (China x USA) de muitas interações para o bem ou para o mal foi a chegada da internet em nosso presente e magnifico século, abrindo um novo campo para que o desenvolvimento de tecnologias nunca antes imaginadas pudessem ser incorporadas ao nosso cotidiano. Além de criar uma rede de comunicação mundial entre bilhões de humanos, a possibilidade de passar a ter máquinas e equipamentos operando remotamente saiu do campo de domínio das grandes corporações e grandes empresas, aportando até mesmo em lares e domicílios minimamente antenados e conectados com a nova realidade tecnológica. A Internet das Coisas (ou IoT, do inglês Internet of Things) representa a chegada da internet aos objetos comuns, desde eletrodomésticos a equipamentos variados destinados a diversas aplicações. A IoT proporciona que dados gerados por equipamentos de transporte vertical possam ser capturados em tempo real independente da tecnologia, desde que estejam devidamente instalados. No caso dos elevadores, a IoT permite que sejam capturados dados em tempo real dos equipamentos instalados.
Essas informações capturadas são enviadas para a nuvem (cloud computing) e analisadas por um complexo sistema de algoritmos. Estes dados depois de serem enviados podem ser avaliados e, desta forma, tornar possível a identificação destas falhas e variações no sistema com antecedência. Mudanças que ocorreram com a evidência do Covid-19 O subtítulo parece não ter nada a ver com o tema apresentado, mas com a ocorrência da pandemia, houve uma mudança de estratégias no segmento da tecnologia, que trouxe mais usabilidade para setores que antes cresciam de forma ainda não muito acelerada. Houve um crescimento acentuado dos serviços on-line, tento para vendas de e-commerce, quanto para cursos on-line, reuniões e outros eventos. O exemplo mais marcante foi a explosão do trabalho em casa (home office) e videoconferências. Tecnicamente, ambas atividades já estavam aí há anos, mas foi preciso haver um evento impactante (COVID 19, onde 43% das empresas no Brasil adotaram o trabalho remoto segundo o Valor Econômico) para que as pessoas começassem a mudar o paradigma de que trabalho pode ser feito à distância e perceberam que esta forma de trabalho pode ser mais produtiva e barata. A proibição de aglomerações empurrou os eventos virtuais para um novo patamar. Poderíamos chamar isto de mudança de paradigma. Agora, entrando no mundo dos elevadores, podemos dizer que o paradigma atual está em ter técnicos de manutenção (ser humano) para fazer todas as tarefas tais como manutenção corretiva, preventiva, diagnóstico de problemas, relatórios, resolução de problemas e etc. E se alguém te dissesse que é possível fazer boa parte destas tarefas com um Técnico Virtual com mais segurança e eficiência que um ser humano? Sim, é possível, e está mais próximo do que você imagina. Assim como temos pilotos automáticos, carros autônomos, robôs e drones, também se pode contar com técnicos virtuais de manutenção. Mas como? Basicamente, conectando os elevadores e ensinando o técnico virtual a trabalhar, assim como se faz com o ser humano – logicamente guardando suas devidas diferenças. O processo de contratação do Técnico Virtual é bem simples: 1- Conectar o dispositivo (elevador) à nuvem por meio de um Gateway (uma espécie de concentrador que captura, armazena, recebe e envia as informações); 2- Na nuvem é aplicado uma série de técnicas (Aprendizado de máquina, Inteligência Artificial, Análises Preditivas) com o objetivo de que se possa ensinar ao técnico virtual a trabalhar; 3- Se gera uma automação no processo de decisão, onde
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antes somente um ser humano era capaz de diagnosticar, alertar, emitir relatórios e resolver problemas, agora pode ser feito pelo técnico virtual.
Empresas conservadoras de elevadores já estão utilizando o sistema no Brasil, e o impacto para as empresas de manutenção de elevadores tem sido bem positivo e representativo. Na América Latina, empresas da Colômbia já seguem também utilizando o sistema. Transcrevemos abaixo o depoimento de um empresário que contratou os serviços do Técnico Virtual. Leia o depoimento fornecido por Rafael Martinez, CEO e fundador da PH Holdings, com sede em Bogotá, Colômbia. “A PH Holdings conseguiu crescimento exponencial nos últimos 2 anos, entrando em novos mercados com facilidade e com aceitação imediata de todos os setores da indústria, prédios residenciais, comerciais, hospitais, clínicas e educativos, entre outros. A operação com tecnologias de ponta permitiu nos posicionarmos em pouco tempo entre os líderes em número de elevadores da Colômbia. A partir do uso do técnico virtual, as falhas reduziram 30% e os elevadores por técnico aumentaram 10%, melhorando a produtividade ao mesmo tempo que melhorando o nível de serviço. Na pesquisa de satisfação mais recente sobre nossos serviços alcançamos níveis históricos de 4,5 de 5,0 e a taxa de perda de clientes se aproxima a 0% depois dos investimentos em tecnologia”, relata. Conclusão A Internet das Coisas já é uma realidade no setor do transporte vertical. As soluções da Musca para elevadores geram uma economia de até 100% no custo de manutenção/chamados, além da redução em até 99% do tempo de resolução dos chamados. Toda esta tecnologia ainda disponibiliza informação em tempo real dos elevadores e aumento da eficiência em deslocamentos, garantindo maior segurança para as empresas com alertas em tempo real. A Internet das Coisas tem avançado cada vez mais mundialmente e essa realidade também tem se tornado presente no Brasil. O setor de elevadores precisa acompanhar as novas tecnologias, como a IoT, pois estas, em breve, se tornarão indispensáveis para a permanência das empresas no mercado.
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Sobre os autores
NEGÓCIOS
ABEEL cresce no Norte e Nordeste e planeja a regulamentação do segmento de elevadores na região Mario Santos é CEO & Fundador da Musca. Formado em Comércio Exterior (IES Los Viveros - Espanha), MBA em Gestão de Negócios Internacionais (ISBM - Índia), Novas Tecnologias (Harvard) e PÓS em Big Data (USP). Grande experiência em gestão em segmentos como mineração e TI.
Wellington Nascimento é sócio fundador e diretor HW da MUSCA, especialista em sistemas para elevadores.
Profissionalização do setor e ética concorrencial estão entre os principais desafios
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riada há um ano, a Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (ABEEL), primeira entidade empresarial com abrangência nacional do segmento de elevadores, começa a se expandir e conquistar representatividade em diversos Estados. Nas regiões Norte e Nordeste do país, as primeiras lideranças apontam os desafios a serem superados e enfrentados para consolidar o setor nacionalmente. “Nossa missão é unir o setor de elevadores e promover a integração da cadeia produtiva em âmbito nacional. Queremos agregar de indústrias de elevadores até as prestadoras de serviços em manutenção e conservação, além das mais diferentes cadeias produtivas do setor de elevadores”, afirma Marcelo Braga, presidente da ABEEL e do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo. Atuar pela maior profissio-
Estevan Castro é sócio fundador e diretor de desenvolvimento de SW, especialista em Cloud Computing.
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nalização das empresas de elevadores nos Estados, lutar para a elaboração de códigos de ética e pela aprovação de leis municipais e estaduais que regulamentem o segmento de elevadores são algumas das metas das lideranças regionais. Outro destaque é a participação de mulheres.
Tais Resende (Representante da ABEEL na Região Norte)
Sirley Feitosa (Diretora da ABEEL na Paraíba)
Liderança feminina – “A formação de mão de obra especializada está entre as principais preocupações de nossa região”, revela a empresária Sirley Feitosa, nomeada diretora da ABEEL na Paraíba. Segundo ela, a missão da entidade na região é buscar apoio juntos aos governos municipal e estadual para que o setor seja mais amparado com legislações que tenham como meta a proteção dos interesses, tanto dos consumidores como dos empresários do setor. Para os próximos meses, a diretora na Paraíba planeja estabelecer convênios com universidades e escolas técnicas do Estado, para que alunos em fase de conclusão dos cursos de engenharia mecânica e técnico em mecânica já possam ser absorvidos através de estágios, para treinamento e posterior seleção e contratação. “Com a força da ABEEL podemos acessar as entidades públicas e fazê-las entenderem o quanto o setor é carente da força do Estado”, ressalta Sirley.
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Código de ética e conduta – Ampliar o profissionalismo no segmento de elevadores também é um dos mais importantes desafios a serem enfrentados por Tais Resende Cavalléro, de Belém, no Pará, representante da ABEEL na região Norte. Segundo ela, o ideal é que as novas lideranças políticas que surjam nas novas eleições municipais estejam dispostas a criarem uma legislação específica para elevadores, ainda inexistente na região. “Desta forma podemos dar início a uma fiscalização efetiva na categoria”, afirma. Taís destaca ainda a necessidade de elaboração de um Código de Conduta da ABEEL que informe regras de atuação entre as empresas. Nesse processo, é necessário esclarecer sobre estrutura mínima a ser exigida por parte de empresas que desejem atuar no segmento de elevadores, como funcionários especializados e capacidade de atendimento ao cliente. A ética profissional é outro tema que preocupa a empresária. Empresas do segmento que recorrem a artifícios, como reduzir preços de forma agressiva ou oferecem descontos contratuais ou benefícios, como um ano sem cobrança, são consideradas nocivas para o mercado. Essas estratégias precisam ser condenadas. “É impossível trabalhar nessas condições. São empresas que não garantem a qualidade do trabalho e nem a segurança do usuário de elevadores”, diz Taís.
Marcelo Nascimento (Diretor Regional da ABEEL e presidente do Secieb)
Lei na Bahia – Salvador tem uma lei municipal de 2006, mas que apresenta muitas dificuldades para sua aplicação, como afirma Marcelo Nascimento, diretor regional da ABEEL e presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado da Bahia (Secieb). “Há muitos vícios que impedem a sua aplicação”, diz ele. Nascimento exemplifica que a lei determina a exigência de alvará de instalação do equipamento, mas a prefeitura de Salvador não tem condições, falta material humano para fiscalizar e implantar a exigência. “São processos que precisariam ser sistematizados”, completa. Outra contradição é a exigência do RIA – Relatório de Inspeção Anual para elevadores, relatório que ratifica as condições operacionais e construtivas, assim como a responsabilidade técnica sobre o equipamento: “Fala-se em empresa credenciada pela autoridade competente, que não poderá ter qualquer tipo de vínculo com fabricante ou empresas de conservação, além de controverso, pois o entendimento geral é que o RIA é uma responsabilidade do engenheiro responsável técnico e da empresa de conservação, não existem empresas credenciadas para esse fim em Salvador. Uma legislação específica, bem estruturada, é fundamental para o nosso segmento, e apesar de ter muitos pontos positivos, a nossa carece de revisão”, defende Nascimento.
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