Revista Elevador Brasil - Edição 159

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Ano XXIII - No 159 - 2020

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Elevador Brasil REVISTA PROFISSIONAL - Fabricantes - Conservadores - Consultores - Construtoras www.revistaeb.com

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Empresas de elevadores criam no Brasil a primeira associação em âmbito nacional

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Construção civil se recupera lentamente No estado de São Paulo, a indústria da construção civil começa a se recuperar de uma das maiores crises de sua história, mas em grande parte do país o setor ainda demora a apresentar índices de crescimento. Em 2019, a grande maioria das construtoras manteve a política de fechamento de postos de trabalho em 14 Estados, segundo informação e levantamento do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Mas o que o resultado das pesquisas apresentou foi que a média no número de empregos na construção civil sofreu um incremento de 1,88% no Brasil em 2019. Em parte, esse crescimento foi impulsionado pelo estado de São Paulo, que no ano passado, absorveu 27% das vagas do setor no País. A Caixa Econômica anunciou o lançamento de uma linha de crédito para empresas do setor da construção civil, com o objetivo de ajudar no processo de retomada do setor. Para 2020, há perspectivas de crescimento, segundo as principais entidades do segmento. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor deve crescer 3% este ano. Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, isso representa um potencial para criação de 150 mil a 200 mil

postos de trabalhos formais até dezembro (fonte: www.noticias.r7. com). O Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon) também prevê um crescimento de 3% este ano. A projeção indica que o setor de edificações residenciais aumentará o ritmo de crescimento, impulsionando assim os demais serviços especializados. Nesta edição, você irá conferir a segunda parte do artigo sobre elevadores hidráulicos e elétricos, todos os detalhes sobre a primeira associação brasileira de elevadores à nível nacional – a ABEEL – e a cobertura completa do evento São Paulo Connecting People – encontro global do setor de transportes verticais que debateu as novas normas para o mercado de elevadores e escadas rolantes. O Engenheiro Rodrigo Antonio da Silva assina um artigo sobre “Testes funcionais básicos de limitador de velocidade e freio de segurança” e o Engenheiro Paulo Roberto dos Santos traz o artigo “Transformação digital é para todos”. Você também irá conferir uma matéria sobre a Infolev, que ultrapassou mais de 200 equipamentos de alta velocidade. E muito mais! Boa leitura! Abraços, Edilberto Almeida

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Sumário Empresas de elevadores criam no Brasil a primeira associação em âmbito nacional Lançamento da Thyssenkrupp, PASS amplia segurança em edifícios Transformação digital é para todos A impressão 3D revolucionará a construção civil? 20 habilidades imprescindíveis a qualquer profissional Infolev ultrapassa mais de 200 equipamentos de alta velocidade São Paulo Connecting People

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Testes funcionais básicos de limitador de velocidade e freio de segurança Elevadores e Escadas Rolantes x Novo Corona Vírus (Covid-19) Segurança do elevador Novo Corona Vírus (Covid-19) afeta mundialmente calendário de eventos no setor de transportes verticais Acidentes recentes com elevadores preocupam usuários e alertam para a importância da manutenção e prevenção Tec-Lift Elevadores comemora 25 anos em evento no Rio de Janeiro Comparação entre Elevadores Elétricos e Elevadores Hidráulicos MRL - Parte 2

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NEGÓCIOS

Empresas de elevadores criam no Brasil a primeira associação em âmbito nacional

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segmento de elevadores é um dos com maior potencial de crescimento da construção civil e da economia brasileira. O mercado, que atualmente instala cerca de 8 mil equipamentos novos por ano, pode alcançar 25 mil novos elevadores com a retomada da economia e do segmento da construção civil no país, que possui um déficit habitacional na ordem de 18 milhões de unidades. Para consolidar a expansão desse mercado, empresários do segmento de elevadores unem forças e lançam a ABEEL - Associação Brasileira das Empresas de Elevadores. É a primeira entidade empresarial do segmento de elevadores em âmbito nacional. Até então, havia sindicatos com representatividade estadual e em apenas alguns estados da federação. A ABEEL representará institucionalmente o setor de elevadores e promoverá a integração da cadeia produtiva em âmbito nacional. Reunirá indústrias de elevadores e escadas rolantes, indústria de peças e componentes, empresas de instalação, manutenção e modernização, além de todas as demais prestadoras de serviços das mais diferentes cadeias produtivas do setor de elevadores. A estratégia é unir forças com todas as empresas do segmento, bem como sindicatos

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Marcelo Braga, presidente do Seciesp e da ABEEL (Adriana Elias/ Divulgação)

e entidades de classe organizadas existentes no país e agregar um total de aproximadamente 1,8 mil associados. A iniciativa é do SECIESP - Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo, que já obteve a adesão do SECMIERJ - Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado do Rio de Janeiro, o que viabilizou, de início, a adesão de aproximadamente 250 empresas. Entre as pautas a serem defendidas pela nova entidade estão: avanço tecnológico da indústria nacional, aumento da produtividade, parcerias internacionais, programas de capacitação e reciclagem do conhecimento para os colaboradores das empresas, assuntos jurídicos, atuação nas áreas de normas e legislação, bem como junto ao poder executivo, na defesa e fortalecimento das empresas do setor e da segurança dos usuários. “A cadeia produtiva da construção, da qual os elevadores fazem parte, tem um papel importante a desempenhar para que a economia se desenvolva de forma firme e consistente”, afirma Marcelo Braga, presidente da ABEEL e do SECIESP. Por isso, é fundamental a união de esforços em prol da categoria. “O segmento é um dos mais estratégicos do país, no tocante à viabilização da diminuição do déficit habitacional existente, além de responsável por mudanças profundas que contribuem para construção de um país maior e melhor”, destaca Max Santos, diretor executivo da ABEEL e SECIESP.

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NOVIDADES

Lançamento da Thyssenkrupp, PASS amplia segurança em edifícios - Dispositivo só libera a chamada do elevador aos usuários cadastrados - Conexão pode ser feita via app de forma simples e rápida, ou por senha e cartão

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nvestimentos em segurança estão sempre em alta para garantir a tranquilidade de quem mora ou trabalha em edifícios. A preocupação também se estende a lugares com grande rotatividade de pessoas, como os hotéis. Além das tecnologias disponíveis para controlar o acesso via portaria de quem entra no prédio, já é possível investir em sistemas que podem ampliar a segurança por meio do elevador. Alinhada a essa tendência, a thyssenkrupp Elevadores lança o PASS, dispositivo inovador que limita o acesso às áreas

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privadas e pré-determinada dos edifícios, restringindo a chamada do elevador às pessoas não autorizadas. A conectividade é um diferencial do sistema que é instalado na cabina junto ao painel das botoeiras. A liberação pode ser feita por meio do smartphone conectado via bluetooth pelo aplicativo do PASS, uma facilidade atrelada aos dias de hoje. Também é possível acessar o sistema por meio de cartão RFDI, tag (espécie de chaveiro), ou com a digitação de senha. “Com o PASS, o em-

preendimento tem uma solução inteligente, para proporcionar mais tranquilidade aos seus moradores, trabalhadores e usuários”, destaca Helder Canelas, Gerente Corporativo de Vendas de Serviços da thyssenkrupp Elevadores. Segundo ele, em prédios residenciais, o sistema tem um apelo comercial com o crescimento das portarias virtuais. “Como o atendimento nos prédios com a portaria virtual não é físico, o PASS pode ser um componente a mais para a segurança, garantindo praticidade e conforto no dia a dia das

pessoas”. A solução permite o cadastro de até 4.000 usuários diferentes. O próprio morador, em caso de prédio residencial, pode listar as pessoas que podem acessar o seu andar, como familiares, visitantes, empregados, etc. Além de toda a funcionalidade, o dispositivo tem o apelo estético, com design compacto e moderno. Ele pode combinar com a decoração do prédio, já que tem opções nas cores branca ou preta, e ser instalado na vertical ou na horizontal, junto ao painel de comando do elevador.


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ARTIGO TÉCNICO

Transformação digital é para todos Por Paulo Roberto dos Santos

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uando tratamos do tema Indústria 4.0 ou Transformação Digital, observamos que Grupos de empresas e grandes empresas tomaram nota desse desenvolvimento, estão trabalhando em soluções e desenvolvendo competências. Porém, atualmente as pequenas e médias empresas (PME) do setor de elevadores estão distantes do tema e alegam que carecem de recursos para isso. O que exatamente é “transformação digital”? Segundo a Wikipedia, “Transformação digital refere-se a um processo contínuo de mudança, baseado em tecnologias digitais, que como uma revolução digital afeta a sociedade como um todo e, em termos econômicos, as empresas em particular. A base da transformação digital são as tecnologias digitais, que estão sendo desenvolvidos em uma sucessão ainda mais rápida e, como resultado, abrindo caminho para as novas tecnologias digitais. Os principais atores da transformação digital são empresas, indivíduos, comunidades, academia (com pesquisa e ensino) e o estado “.

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Portanto, especificamente com foco na indústria e empresas de elevadores, estamos falando de assuntos como Indústria 4.0, segurança cibernética, nuvem, Internet das Coisas, inteligência artificial, propriedade de dados, computação de borda, manutenção preditiva, blockchain, realidade aumentada, métodos para teste digital, sensores e monitoramento em tempo real de elevadores e componentes. Dada a multiplicidade de tópicos relacionados à Indústria 4.0, a questão dos recursos surge imediatamente, juntamente com a falta de conhecimento técnico e até em relação à falta de definições para os parâmetros e interfaces gerais. É justamente nesse ponto que as PME precisam cooperar, uma vez que os diferentes processos de desenvolvimento, que são em parte altamente complexos, apresentam grandes desafios, especialmente para o grupo mencionado. Nesse cenário, há necessidade de que a estratégia de transformação digital seja discutida e estabelecida pela PME, e ser considerada diretamente em relação à prioridade na empresa. O desenvolvimento de uma estratégia 4.0 e sua implementação devem ser alcançados com o trabalho


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colaborativo. Na Indústria 4.0 não haverá espaço para empresas que tentem viver isoladas. Qual a importância de uma estratégia de digitalização? Vamos considerar a manutenção: não aconteceu muita coisa aqui nos últimos 30 anos. Muitas vezes, o trabalho ainda é realizado com a lista de verificação clássica. Mas isso está mudando atualmente - todo mundo está falando sobre “manutenção preditiva”. Porém, assim que a manutenção é digitalizada, terceiros se envolvem, os chamados provedores de IoT. O que têm faltado para os provedores até o momento é conhecimento especializado. Mas com a manutenção digitalizada, as antigas empresas de manutenção perderão precisamente esse conhecimento especializado e os grandes players de TI entrarão no jogo. O conhecimento exclusivo não será mais necessário, porque a tecnologia torna muitos processos transparentes. Ainda haverá mecânicos que cuidam dos elevadores, mas eles não terão mais nenhum conhecimento do sistema de controle, baseado em IoT e dados. Você acredita que será poupado por esse desenvolvimento e não é uma ameaça ao seu modelo de negócios? Então pense no e-scooter que um professor da principal universidade técnica alemã, RWTH Aachen, desenvolveu para os correios alemães, e de repente, a indústria automotiva tinha um concorrente que provavelmente não esperava. Assim, terceiros entrarão no jogo, depois que a manutenção for digitalizada. Para eles, não importa em que setor está envolvido: a arquitetura de dados é a mesma em todos os lugares. E eles estão acima de tudo interessados em uma coisa: dados. Bem, você pode pensar, então simplesmente não participaremos da digitalização e continuaremos trabalhando como antes. Um sonho perigoso: porque quem ignora esse desenvolvimento, mais cedo ou mais tarde, será substituído por um concorrente. As empresas que não fizerem parte de um portal de IoT em dez anos serão apenas prestadores de serviços; prestadores de serviços que não podem mais determinar seu modelo de negócios, isto é, o ciclo de manutenção e os preços. Quem quiser participar do desenvolvimento do “Elevador 4.0” precisará de um provedor de serviços de IoT. Uma pequena empresa individual só pode reconhecer anomalias e desgaste se uma enorme quantidade de dados estiver disponível para eles, e eles puderem interpretá-los. Não é por acaso que analistas de dados e empresas iniciantes no campo da inteligência artificial estão surgindo em todo o lugar. Muitos pensam apenas no monitoramento remoto quando se trata do “Elevador 4.0” e da Internet das Coisas. Mas muito mais está envolvido: a conectividade, a possibilidade de mesclar e usar as informações do edifício e as informações da Internet. Se, por exemplo, 50 xícaras de café forem bebidas em um prédio, o elevador poderá saber no futuro que é hora do almoço e muitas pessoas logo precisarão dos elevadores.

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Sobre o autor

Paulo Roberto dos Santos Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na

introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.

( aberta )

Em suma, é tudo sobre o fluxo de pessoas nos edifícios. O próximo passo evolutivo será vincular informações de edifícios com informações da Internet. Se um prédio alto estiver próximo a uma estação de trânsito rápido urbano, o que será vincular os controles do elevador ao horário da empresa de transporte? O controle de voz pelos usuários também será de grande importância no futuro. Em vista desses desenvolvimentos, as pequenas empresas só terão uma chance se forem inovadoras. A má notícia: não será fácil para a indústria de elevadores, porque até agora não era muito inovador, simplesmente não era necessário. O roteiro para o futuro da indústria segue claramente na direção da transformação digital e esse processo não pode mais ser revertido. No final, a única questão que surge é em que ponto as respectivas empresas começarão.

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TECNOLOGIA

A impressão 3D revolucionará a construção civil?

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o nível global, a tecnologia de impressão 3D mudou a maneira original de produção nas indústrias automotiva e aeroespacial e vem se tornando um divisor de águas em outros setores. Indústrias que fabricam produtos adaptados às pessoas como na área médica, designers, fabricantes de máquinas mais complexas, entre outros, criam formas e geometrias personalizadas à necessidade de cada empresa, alterando significativamente a maneira produtiva no cenário atual. Incorporar a impressão 3D no processo construtivo já é uma realidade em países desenvolvidos, como Holanda e Emirados Árabes. Utilizar a tecnologia 3D para criar modelos de propriedades na construção civil a partir de um projeto é uma realidade que trará impacto econômico na construção. Uma pesquisa americana no setor da SmarTech aponta que a indústria da construção impressa em 3D saltará para 40 bilhões de dólares até 2027. A estatística é baseada também numa mudança de cenário da economia global, que levou em consideração o alto custo da mão de obra no canteiro de obras nos EUA e em países da Europa. Como funciona a impressão 3D na construção civil Fabricar peças a partir da tecnologia 3D permitindo possibilidades de imprimir produtos em metal, plástico e compostos mais leves ao mesmo tempo, que resistentes, é um processo que reduz custos de mão de obra, incentiva fabricantes de qualquer

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porte e insere a tecnologia 3D em inventários para vários setores sem depender da burocracia e prazos dos atuais fornecedores. Mas como transportar essa realidade à construção civil? A prática é relativamente nova neste segmento. Estima-se que existam cerca de 20 edifícios comerciais no mundo que utilizaram a impressão 3D. Pioneiro nessa iniciativa foi a capital Copenhague, na Dinamarca, que desde 2017 utiliza esse método construtivo através da iniciativa da COBOD International – empresa de automação da indústria da construção, que projeta impressoras 3D robóticas de construção para canteiro de obras e a pioneira a imprimir o primeiro edifício comercial na Europa. Na prática, após projetar o desenho construtivo, um braço robótico previamente programado por computador, executa uma espécie de “fatias” em camadas sucessivas para construir uma parede, por exemplo. Mas é em Dubai que todas as projeções de “sonhos” podem virar realidade. A cidade com os maiores arranha-céus do mundo quer se consagrar como a matriz de todas as novidades e tem como uma de suas ambições ser a capital inteligente do mundo apoiada na tecnologia 3D. Com o primeiro escritório do mundo impresso em 3D, Dubai quer possuir 25% dos novos prédios comerciais construídos e impressos em 3D até 2030. Portanto, a ideia do governo de Dubai de ser uma cidade inteligente ao aumentar as projeções em 3D na indústria da construção também revela economia e o fator pioneirismo antes da tecnologia se tornar comum.


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Benefícios da tecnologia 3D na construção civil Design - Com a impressão 3D, o design se torna ainda mais efetivo com possibilidades de criação de modelos personalizados, práticos e ainda identificando setores com potenciais problemas, evitando atrasos na obra. Além disso, a técnica proporciona uma construção rápida em relação aos métodos tradicionais. A comunicação entre o profissional e cliente se torna mais eficaz. Projetos sempre são iniciados a partir da ideia do cliente. Mesmo sem experiência na área, a tecnologia 3D facilitará a transformação das necessidades do cliente em um design que atenda melhor as expectativas dele. Custos - A redução no valor da construção é um dos pontos fortes. Se a automação e a tecnologia da impressão em 3D podem baratear os custos, os preços caem. Existe uma empresa chinesa de construção em 3D, a WinSun, que valida uma economia de até 50% no custo da construção de um imóvel, o que pode gerar concorrência e alteração da mentalidade no mundo da construção. Meio ambiente - Com a total redução

de enormes quantias de materiais diversos usados nos tradicionais métodos de construção, o processo torna-se bastante ecológico e sustentável. Em conjunto com a Universidade de Ghent, uma empresa da Holanda, a Vértico, projetou e construiu uma ponte de concreto em 3D. A técnica de impressão capaz de construir uma estrutura de concreto pesada como uma ponte foi feita em camadas. A empresa apontou que a tecnologia elimina moldes caros, gera liberdade no processo construtivo, reduz as emissões de CO2 e ainda aumenta a produtividade na construção. Flexibilidade - Com custo reduzido, projeções construídas a partir do 3D, redução no custo e maior eficiência ambiental com pouco desperdício de materiais, a flexibilidade se torna outro grande benefício, estimulando a inovação e reduzindo a poluição. Desafios da impressão 3D na construção civil A indústria de concreto no mundo observa o mercado 3D com perspectivas de potencial crescimento e já começa a

investir em desenvolvimento e pesquisa para aumentar o uso de materiais para aumentar a estratégia de negócios e agregar valor ao mercado da construção civil com a tecnologia 3D. Apesar das primeiras obras servirem como proposta viável, os desafios ainda estão justamente relacionados ao uso do concreto na construção em termos de propriedades do material, o tipo de processamento, a durabilidade e a melhor maneira de projetar através dos códigos de design. Com a tecnologia 3D e a mudança no processo construtivo, quais serão as expectativas de emprego para quem já atua na área e qual o tipo de qualificação esse novo profissional deverá possuir para estar inserido nessa nova maneira de construir. Especialistas afirmam que a tecnologia 3D ainda está dando seus primeiros passos na construção civil e que a iniciativa de Dubai de se tornar uma cidade inteligente a partir desta tecnologia, vai ajudar no processo de pesquisa e desenvolvimento para ampliar o mercado da construção civil tornando a tecnologia 3D mais acessível até que se transforme num método construtivo de massa.

Reprodução autorizada pelo responsável do conteúdo. Engetax Elevadores Rua Pirangi, 65 – Jardim do Trevo, Campinas – SP www.engetax.com.br Edição: Marka Criativa

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EMPREENDEDORISMO

20 habilidades imprescindíveis a qualquer profissional Por Leila Navarro

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odos querem trabalhar numa excelente corporação. Todos querem estar nas “Melhores Empresas Para Se Trabalhar”. O que nem todos captam, é que quem faz esta ou aquela empresa ser uma organização bem quista por todos, são as pessoas. São os funcionários, os capitais

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humanos que fazem com que uma empresa cresça e se multiplique em seu nicho mercadológico. Logo, o que faz uma empresa ser melhor para se trabalhar é a própria pessoa que nela atua. Várias pessoas têm conversado comigo, seja após minhas palestras, seja quando me contratam para ministrá-las,

e me perguntam quais habilidades esses profissionais devem ter para fazer de qualquer organização, uma empresa melhor. Como estou sempre observando o ambiente onde me encontro, para identificar tendências e analisar como é o comportamento das pessoas, pude perceber quais são as necessidades das


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organizações e quais são os profissionais que estão um passo à frente dos demais. Procurei sintetizar o que observei para poder compartilhar com você um pouco dessas habilidades, que, creio, são imprescindíveis. Noto que essas habilidades fazem parte das pessoas que possuem um perfil empreendedor. Nas minhas palestras, costumo dizer que, se eu fizesse parte dos Recursos Humanos de uma empresa, somente contrataria uma pessoa que tivesse brilho nos olhos, que fosse cheia de vitalidade, de energia, que não vê a hora de arregaçar as mangas e começar a fazer aquilo que ela tem de melhor, porque ela tem consciência do que pode agregar e o que pode fazer de diferente em seu ambiente profissional. Além desse brilho único no olhar e da consciência da relevância que ela tem no que faz, eu destaco ainda outras habilidades: 1) Integridade e coerência. Revela a capacidade que o profissional tem de se relacionar. Faz com que as outras pessoas se comprometam e cooperem com ele. Para isso é preciso confiança dentro de uma organização, bem como potencializar alguns pontos do profissional: analisar as situações em que houve um descomprometimento com alguma tarefa; informar aos outros quando não irá poder cumprir com uma tarefa, para não

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perder sua credibilidade; aplicar os feedbacks em suas ações; reconhecer seus erros perante os demais; fazer um planejamento, como um fluxograma, dos compromissos adquiridos que devem ser cumpridos. 2) Flexibilidade. É a atitude para lidar com os imprevistos e contornar os momentos de crise. Para isso, tem que se “treinar” a improvisação. Mas como? Há alguns pontos que ajudam esse treinamento: reduzir o tempo que se emprega planejando uma tarefa; sempre que puder troque um trabalho que exige minuciosidade e morosidade por ações; trabalhe com equipes que contenham uma diversidade de pessoas, que vai te ajudar a aceitar que não existem verdades absolutas; crie o costume de pedir a opinião para toda sua equipe, e observe os vários pontos-de-vista para resolver um determinado problema; marque num papel os motivos que o levaram a determinar certa decisão, e se você os mantém ou não quando a situação muda de rumo. 3) Autoconfiança e autoconhecimento. Essas habilidades são importantes para você assumir riscos e ter segurança, são ótimas para o espírito empresarial, visando ser um líder e empreendedor. Para isso saia da sua zona de conforto e comece a ter uma visão mais ampla de até onde você pode chegar;

marque num papel seus objetivos, circule os que já alcançou e sempre determine novos; fuja das pessoas muito protetoras e de superiores que não delegam tarefas, limitando sua capacidade; para melhorar seu autoconhecimento tente enxergar como as pessoas ao seu redor o veem, ou procure um especialista no assunto, como um terapeuta, para melhorar suas capacidades pessoais. 4) Intuição. Deixar guiar-se pela sua intuição pode ajudar a livrar-se de um problema rapidamente, quando há escassez de tempo, e ajuda a melhorar sua capacidade de criação. Para isso é preciso aprender a pensar intuitivamente, como um “efeito helicóptero”, que significa ver as coisas de cima com uma certa distância; tente resolver um problema que pode até ser óbvio para os outros, e encontre mais de uma solução; quando tiver que explicar situações complexas, crie o hábito de simplificar as informações, identificando o ponto-chave para aqueles que concordam com a sua argumentação. 5) Capacidade crítica. Habilidade para analisar criticamente toda tarefa que lhe é delegada. Como se todo projeto ou trabalho seja feito com todos os prós e contras. Segundo os especialistas essa é uma das habilidades mais difíceis de se desenvolver, porém há algumas maneiras


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de exercitá-la: tente utilizar o lado mais racional do cérebro, evitando tomar decisões baseadas nas emoções; melhore sua capacidade de enxergar a realidade, analisando separadamente cada uma das partes que condicionam a solução de um problema, e peça a ajuda de outras pessoas para descobrir novos fatores que você não havia percebido; crie o hábito de marcar num papel qual o motivo lógico (racional) que o levou a chegar a determinada conclusão; discipline sua mente para criar todas as argumentações possíveis para defender suas ideias, sem se esquecer os detalhes como datas e investimentos. 6) Iniciativa. Serve para tornar as ideias boas em prática. É agir com velocidade e inovação. Para potencializar essa habilidade: ofereça ajuda para resolver situações difíceis e imprevisíveis; se tem tendência a evitar os riscos, passe a considerar os erros cometidos no passado como novas oportunidades para aprender; desenvolva atividades que estão coligadas à iniciativa como delegar tarefas, análise de custo-benefício; clarifique suas prioridades para colocá-las em prática. 7) Compreensão. Refere-se a compreensão e domínio da cultura da organização, otimizando o relacionamento de todos aqueles que trabalham, para ter um bom relacionamento com colegas, clientes e fornecedores. Para isso analise sua organização internamente, averigue seu funcionamento e saiba dos obstáculos que possa vir a enfrentar; quando te anunciam um caminho, tente descobrir como as outras pessoas da organização reagirão em relação a esta nova meta. 8) Competitividade. Ter metas claras, não se deter em chegar ao objetivo comum. Preocupar-se em realizar um excelente trabalho, ir além dos objetivos determinados por seus superiores, ter tendência a inovar e desfrutar coisas que antes não conseguia. Todos esses fatores referem-se a uma competitividade sadia, um passo para o sucesso. Esta habilidade está intimamente ligada às suas emoções e motivações pessoais. Questionar sobre seus objetivos e metas; sobre aquilo que realmente gosta de fazer e evitar rotinas de trabalho, sempre inovando, é um modo de potencializar essa habilidade.

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9) Visão no cliente. Descobrir os desejos ocultos do outro, investir tempo sobre as necessidades das outras pessoas e clientes, enfim, detectar aquilo que satisfaz o cliente. Para potencializar essa habilidade: controle suas emoções e tenha flexibilidade para relacionar-se com os diversos tipos de pessoas; quando tem que lidar com clientes que não são muito claros naquilo que desejam, aprenda a questioná-los, para detectar sua real necessidade e desejos; tente manter-se sempre disponível para o cliente; seja simpático; desenvolva um histórico de pedidos de todos os seus clientes, para que quando eles entrarem em contato, você possa otimizar a comunicação. 10) Compreensão interpessoal e empatia. Ter sensibilidade para lidar com todos, satisfazer aos demais, tornar-se o líder do grupo graças a sua empatia. Esta é a habilidade chave, principalmente para aqueles que lidam diretamente com o atendimento ao cliente e profissionais na área de prestação de serviços, pois cabe a esses profissionais identificar com empatia aquilo que seus clientes realmente necessitam. Na verdade, a empatia se desenvolve com a prática, primeiro conscientemente (tomando notas do que o outro diz, escutando dúvidas e necessidades), e depois convertendo isso num hábito diário. 11) Capacidade de liderança. É a capacidade natural dos outros seguirem a você. Se você tem facilidade em motivar seus colegas de trabalho, e eles sempre pedem a sua opinião para tomar decisões importantes, você já tem essa capacidade dentro de si. Fazer com que os superiores também te sigam é uma boa proposta. Para potencializar ainda mais essa capacidade, dedique uma parte do seu tempo para escutar os demais da equipe, conhecer os problemas pelos quais estão passando e deixar claro que eles podem confiar em você para alcançarem suas metas; tente ganhar o respeito dos demais por meio de suas atitudes, trabalhando com coerência e dando sempre o bom exemplo. 12) Persuasão. Influenciar e persuadir os demais para alcançar os objetivos propostos é uma habilidade muito poderosa. Alguns têm um inexplicável magnetismo

com os outros membros da equipe, para que eles deem o melhor de si. Mas, para conseguir ganhar mais capacidade de persuasão, há algumas dicas: melhore sua capacidade de comunicação e a maneira de pôr no papel o planejamento das metas; seja coerente em tudo o que diz ou faz, pois é a segurança de sua credibilidade, e assim poderá fazer com que os outros te sigam. Apenas não confunda essa poderosa habilidade de persuadir com a de manipular as pessoas, pois nesse caso essa capacidade deixa de trazer benefícios profissionais para você. 13) Relacionamentos/Pessoas. Manter relações de longo prazo com os colegas de trabalho fora do ambiente profissional; dominar as habilidades interpessoais importantes, como escutar os outros; trabalhar orientando-se nas pessoas e não nas tarefas. Essas e outras atitudes pertencem a uma habilidade muito valiosa e bem requisitada no meio corporativo pelas grandes empresas: a capacidade de relacionamento interpessoal. Para aprimorar essa habilidade: compartilhe com os demais seus assuntos pessoais; escolha pessoas que mais têm afinidade contigo, e estabeleça uma relação de confiança dentro e fora do ambiente de trabalho; trate cada um de forma personalizada; amplie sua rede de relacionamentos, entrando em contato com pessoas novas em reuniões, por exemplo. 14) Coaching. A palavra coach em português significa treinador, mentor. Quem tem a habilidade de “coaching” é aquela pessoa capaz de observar o trabalho em equipe e identificar quais os indivíduos são mais adequados para executar determinada tarefa; consegue abranger as necessidades pessoais de cada um com as necessidades da empresa como um todo e se preocupa para que toda equipe se desenvolva e cresça profissionalmente. Para aprimorar sua capacidade de coach, é preciso primeiramente se espelhar em um outro coach, que te ajude a identificar suas próprias fortalezas, e fazer com que você se desenvolva profissionalmente, cada vez mais. 15) Trabalho em equipe. Se sentir bem em estar colaborando com todas as pessoas, em que elas também lhe digam o


que deve fazer; escutar e respeitar as opiniões alheias diversas das suas; preferir trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum a trabalhar sozinho para almejar por metas individuais. Essas são atitudes daqueles que possuem essa brilhante capacidade de trabalhar em equipe. Aprender a aceitar críticas; aprender a delegar tarefas; pedir opiniões para os demais e eliminar as barreiras formais em situações rotineiras são formas de você potencializar mais essa habilidade. 16) Visão do negócio. Para aqueles que se preocupam em estar sempre atualizados; têm a própria opinião sobre em qual lugar está sua organização e para onde ela irá caminhar e é capaz de prever as consequências das suas decisões antes que elas virem um problema. Essas são as características de quem já possui essa habilidade, de aguçar seu faro para um todo. Para potencializar ou começar a treiná-la: desenvolva seu lado e sua curiosidade intelectual, acostumando-se a ler livros, revistas e jornais periódicos; dedique uma parte do seu tempo para planejar, analisar e estabelecer prioridades na sua área de atuação; para prever possíveis consequências no futuro, passe a analisar a realidade do mercado em longo prazo, contrastando dados do passado com dados do presente. 17) Autocontrole das emoções. Controlar as situações difíceis e ter capacidade para suportar com naturalidade as situações de máximo estresse. Essas são algumas das características das pessoas que possuem essa habilidade. Para otimizar o controle das suas emoções, ou começar a ter essa habilidade: tome as decisões importantes em momentos de lucidez e não quando você estiver de mal humor; aprenda a frear as reações negativas, contar até 10 já começa a resolver, ou peça para que alguém te ajude a se controlar; pare para respirar se necessário; potencialize sua habilidade interpessoal com os demais, assim você entenderá os pontos-de-vista dos outros, o que lhe ajudará a compreender melhor suas reações negativas em alguns momentos. 18) Comunicação e negociação. Aqueles que têm a capacidade para iniciar conversas com todos os tipos de pessoas e que, quando explicam assuntos comple-

xos aos demais, conseguem fazer com que eles captem a mensagem logo em seguida. Essas são características das pessoas que possuem a habilidade da comunicação e negociação em evidência. Para otimizar ainda mais essa habilidade: use o feedback para descobrir quais são os obstáculos que te limitam quando se comunica com os demais; para evitar mal-entendidos, use sempre expressões como “ajude-me a…”, assim você consegue negociar e delegar tarefas aos demais. 19) Agilidade para tomar decisões. Não deixe que uma análise excessiva dos fatos faça com que você não tome decisões, te paralise. Essa habilidade se encaixa perfeitamente nas áreas em que se exijam resultados imediatos e decisões estratégicas, sem perder tempo em longas reuniões. Para otimizar: sempre analise todas as informações possíveis antes de tomar uma decisão, evite agir sob pressão; crie o hábito de anotar como você resolve os problemas mais complexos, assim quando tiver que tomar uma decisão difícil, já saberá como resolvê-los. 20) Aprendizado e desenvolvimento pessoal. Aqueles que estão dispostos a iniciar novas tarefas e buscar novos enfoques ou novos modos de fazer as coisas; sentem-se mais motivados com o desenvolvimento pessoal do que com as recompensas materiais que possam vir a ter. Essas são algumas das características

que essa habilidade influi. Para otimizar ainda mais ou desenvolver essa habilidade: tente melhorar sua autocrítica com os feedbacks, pois, com eles os outros lhe informam o que está indo bem e mal com você. Se você for capaz de assumir suas críticas e erros será capaz de desenvolver qualquer aprendizado.

Sobre a autora

Leila Navarro é palestrante motivacional, empresária, mentora, influenciadora motivacional e atitudinal há 20 anos. Ganhadora do prêmio TOP OF MIND DE RH na categoria “palestrante”.

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TECNOLOGIA

Infolev ultrapassa mais de 200 equipamentos de alta velocidade Modernização de elevadores de alta velocidade, subindo rapidamente

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escassez e supervalorização de terrenos nas principais áreas urbanas, mudanças no plano diretor das cidades e crédito facilitado são os principais pontos a contribuir para modificar o cenário da construção civil no Brasil. Nunca foi tão expressivo o processo de verticalização do setor imobiliário, como nas últimas décadas. Nota-se não só a adição das unidades construídas, mas também o aumento do número de andares das edificações. Com a maior concentração de pessoas e aumento de pavimentos, fez-se necessário, cada vez mais, o emprego de elevadores com maior velocidade e gestão de tráfego eficaz e eficiente, onde o Brasil já conta com uma quantidade significativa desses equipamentos em operação. O mercado por sua vez, demanda equipamentos com qualidade e precisão proporcionais à velocidade e capacidade de transporte, mantendo à patamares irrisórios, o tempo de equipamento parado. É dentro deste cenário, que a INFOLEV vem atuando no mercado de elevadores de alto desempenho. Todo o sistema INFOLEV é baseado na digitalização do poço, que consiste em saber, milimetricamente, a posição de cada elemento do poço: pavimentos e limites. A cada viagem,

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nor tempo de atendimento. O sistema consegue identificar eventuais falhas da operação (ex: roll back exagerado, limites fora de posição, falha na zona de porta, etc), falhas no sistema de freio e dispositivos com problemas ou erros de ligações como: limites danificados, ausência de sensores, entre outros. Possui também placa supervisora redundante para maior segurança. Tudo isso, associado a um sistema de despacho funcional e eficiente, faz com que o equipamento Infolev seja um dos melhores e completos do mercado.

VELOCIDADE E PRECISÃO - TECNOLOGIA - POÇO DIGITAL

o comando Infolev calcula a distância a percorrer; o ponto de redução, para otimizar o tempo de viagem e pode utilizar até 8 estágios de velocidade para maior conforto e desempenho. Portanto, é possível atender inclusive edificações especiais, com pés-direitos extremamente pequenos, sem versões especiais ou perder performance. Sem falar de outros recursos, como por exemplo, a pré abertura de porta, que auxilia no compromisso do me-

APLICAÇÃO É aplicável a praticamente qualquer tipo de equipamento: motores síncronos, assíncronos, com ou sem engrenagem, corrente contínua ou alternado, podendo atingir seguramente até [300 m/min]. Edificações com poços simétricos e assimétricos, seletivos na subida e/ou descida ou que precisem de recursos adicionais como: painel de tráfego e sistema de segurança (CODE) também são contemplados. Sempre pensando no menor custo de operação e peças de reposição, a solução de alto desempenho Infolev é compatível com o restante da linha: fiação pré-pronta, caixas de inspeção e passagem, linha de indicadores e

chamadas serial ou paralelo, e pode ser facilmente programado pelas soluções: URM (tradicional), Super URM (computador) e URM mobile (celular).

Precisão, confiabilidade e segurança, necessidades cada vez maiores quanto mais rápido forem os elevadores

Já com desempenho e eficácia comprovada em instalações presentes nas principais cidades do Brasil, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, João Pessoa, Vitória, Blumenau, Curitiba, Belém, Niterói, Campinas, Marília, Guarulhos, Balneário Camboriú, Goiânia, Caxias do Sul, São José dos Campos e etc. Velocidade, precisão e conforto são necessidades principalmente em prédios públicos relevantes, edifícios comerciais de alto tráfego e até mesmo nos residenciais de alto padrão. Alguns exemplos:

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IMPORTANTES PRÉDIOS PÚBLICOS - Com Genius Flash PREFEITURA SANTO ANDRÉ Velocidade 240 m/min 19 paradas - 50 Hp

CAIXA CULTURAL SÃO PAULO Velocidade 180 m/min 11 Paradas – 27,5 Hp Quadriplex

SECRETARIA DA FAZENDA – RIO DE JANEIRO Velocidade 240 m/min 22 paradas - 71 HP

EDIFÍCIOS COMERCIAIS DE ALTO TRÁFEGO - Com Genius Flash CENTER TOWER - (Curitiba) Velocidade 150 m/min 20 Paradas – 40 Hp Quadriplex

Av Presidente Vargas, 425

Velocidade 210 m/min 21 Paradas – 50 Hp - corrente contínua Quadriplex

Rua da Quitanda 50 COMERCIAL MANHATAN Velocidade 150 m/min 23 paradas

Velocidade 120 m/min 23 Paradas – 15 Hp - corrente continua Sextuplex

HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

Velocidade 150 m/min 14 paradas – 40 Hp

RESIDENCIAIS DE ALTO PADRÃO - Com Genius Flash Hotel Country Residence Service Velocidade 150 m/min 22/23 Paradas – 40 Hp Quadriplex – assimétrico

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VIABILIDADE ECONÔMICA E POTENCIAL PARA EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE – UMA PARCERIA DE SUCESSO A Infolev é a empresa que desenvolve tecnologias que possibilitam às empresas de manutenção e instalação de elevadores de qualquer porte oferecer soluções de alto nível de desempenho e qualidade para os edifícios. Uma parceria verdadeira e de sucesso há quase 30 anos, onde a Infolev fornece os equipamentos eletrônicos e total assistência às empresas parceiras que instalam e prestam manutenção, gerando grandes negócios na área de modernização, novas instalações com o mesmo bom resultado e desempenho que fidelizam a manutenção resultando em receitas por muitos anos. ASSISTÊNCIA TÉCNICA, SUPORTE E PEÇAS DE REPOSIÇÃO E TREINAMENTO Praticamente todos os elevadores têm que estar disponíveis a maior parte do tempo possível, especialmente os elevadores de alta performance em edifícios altos e com grande tráfego. Produtos com tecnologia nacional e fabricação local têm uma facilidade muito maior para manutenção e reposição e com isto evitam longas paralisações. Equipamentos que falam a língua dos nossos técnicos, suporte e assistência técnica acessíveis, “tropicalizados” e prontos para atender as diversas marcas e modelos de elevadores brasileiros. Com grande flexibilidade no projeto, pois tanto hardware como firmware são desenvolvidos no Brasil pela INFOLEV. Produto nacional tem bem mais possibilidades de reparo localmente, não tendo que sempre descartar placas e pagar por novas. E maior disponibilidade de peças de reposição, pois com fabricação local, a dependência é muito menor de importações e suas dificuldades. Para completar, a INFOLEV, empresa que mais treina técnicos, já ultrapassando os 16 mil formados, oferece um curso específico para o Genius Flash.

Pois quando o elevador para, é a hora da verdade, onde estes “detalhes” fazem a grande diferença!

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EVENTOS

São Paulo Connecting People: Encontro global do setor de transportes verticais debate as novas normas para o mercado de elevadores e escadas rolantes

N

o dia 19 de novembro de 2019 foi realizado em São Paulo, no Hilton Hotel, o evento São Paulo Connecting People, patrocinado por cinco empresas italianas fabricantes de elevadores e acessórios. O encontro foi promovido com a intenção de aproximar as empresas do público latino americano com o que há de melhor em produção para o transporte vertical. As empresas são destaque no setor europeu e trazem para o Brasil as mais diversas tecnologias em produtos e serviços. O encontro global teve como foco as novas normas para o mercado de elevadores e escadas rolantes, em especial: EM 81-20, EM 81-50 e ABNT NM 207-267. As novas normas visam aprimorar a segurança tanto para os passageiros, como para os técnicos de serviços de elevadores. Os projetos de revisão das novas normas de elevadores (Parte 1 e Parte 2) foram acertados e corrigidos pela Comissão de Estudos de Elevadores e foram encaminhados à ABNT em 05/12/2019. Se a ABNT julgar que está tudo bem, tais projetos serão encaminhados para consulta pública. Isso deve ocorrer no primeiro trimestre de 2020. Se os projetos passarem na consulta pública, as normas técnicas serão publicadas ainda no primeiro semestre de 2020. Estas novas normas de

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elevadores (editadas em Partes 1 e 2 e ainda sem o código numérico de identificação da ABNT), substituirão as normas NBR NM 207, NBR NM 267 e NBR 16042. O evento foi aberto pelo diretor da Giovenzana, Massimo Giovenzana, que apresentou o histórico da empresa. A Giovenzana é conhecida mundialmente há mais de 65 anos como parceira de empresas de elevadores. O principal objetivo da empresa é proteger as pessoas e o meio ambiente através da segurança de seus sistemas e produtos. Os produtos standard são acompanhados por uma ampla gama de soluções especiais e personalizadas de acordo as especificações do cliente. Após o discurso de Massimo, representantes de outras empresas patrocinadoras também falaram sobre seus negócios ao público presente. As empresas italianas Gefran Spa, Giovenzana International B.V., IGV Group Spa, Montanari Group e Vega Srl interagiram durante todo o dia com as principais entidades e empresários do setor, apresentando palestras diversas onde o perfil, histórico e intenção de negócios das empresas patrocinadoras do evento foram conhecidos. Na ocasião, no período da tarde, os empresários tiveram a oportunidade de interagir, discutir e co-


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nhecer as oportunidades propostas para a realização de novos negócios. Diversos assuntos foram discutidos no evento, desde a similaridade das normas brasileiras com a europeia (as normas brasileiras para elevadores são baseadas na norma europeia) até o incremento no aspecto da segurança, valorizando o designer tão cativante nos projetos italianos. Palestras - O circuito de palestras foi aberto pela GEFRAN SPA, onde Giovanni Grassi falou sobre “Inverters para ascensores e EN 81-20 características de segurança”. Na sequência, o gerente comercial da Giovenzana International B.V., Rodrigo Matida, dissertou sobre “Giovenzana: a melhor opção para soluções de segurança”. Em seguida, Gianfranco Mussini e Mohamad El Charif, do IGV GROUP SPA, comentaram sobre “Instalações conformes constituídas por componentes conformes”. O gerente de área no Brasil da Montanari Group, Jacopo de Mandato, falou sobre “A arte de fabricar máquinas de tração”. E finalizando a grade de palestras, o CEO da Vega Style Italia, Rafael Pergher, apresentou o tema “O design encontra a tecnologia, propostas Veja para modernizações”. Negócios - A economia do Brasil segue uma rota de crescimento, conforme amplamente divulgado pelo novo governo. Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil já iniciou a abertura de sua economia, oferecendo ao mercado internacional a possibilidade de investir em um país com demanda enorme de por novas moradias, traduzindose, portanto, em excelente investimento para os próximos anos. A chegada de novas empresas ao Brasil é muito bemvinda, principalmente quando vindas de um país tão amistoso e historicamente grande parceiro comercial. O presidente do Sindicato dos Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp), Marcelo Braga, em sua oportunidade no evento discursou sobre a importância da iniciativa das empresas italianas na promoção deste importante evento na capital paulista. Marcelo disse que espera que as empresas italianas possam ter um ótimo retorno nos investimentos aqui realizados, uma vez que a construção ci-

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vil no Brasil está conhecendo uma nova realidade com a retomada da economia e que este crescimento será permanente e constante, uma vez que por 16 anos o mercado ficou reprimido, mas que agora o setor imobiliário já mostra recuperação apontando um índice de crescimento que apresenta sinais de que veio para ficar. Na ocasião do discurso, ele também fez uma importante revelação onde apresentou a criação da ABEEL – Associação Brasileira das Empresas de Elevadores, a primeira entidade empresarial do segmento de elevadores em âmbito nacional. O diretor do Seciesp, Max Santos, também discursou no evento, apresentando a forma como funciona o sindicato patronal e como a interação do sindicato como entidade é importante para a classe. Max comentou sobre a representatividade do Seciesp no âmbito

estadual, ressaltando a importância das empresas do setor estarem unidas. “Se todos estiverem juntos, nossa voz será ouvida com mais facilidade e então as pessoas entenderão que representamos uma classe que gera empregos e que envolve a segurança dos cidadãos”, diz Max. Ele ainda falou sobre as atividades do Sindicato nos treinamentos de capacitação profissional realizados este ano. Max finalizou destacando a importância da criação da ABEEL. “Com a ABEEL, a representatividade e atuação que temos hoje à nível estadual, passará a ser em âmbito nacional. Juntos, nossa força em todo o país será muito maior”, finaliza. Após as reuniões bilaterais, o encerramento do evento aconteceu com um jantar de gala oferecido na churrascaria Fogo de Chão.


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ARTIGO TÉCNICO

Testes funcionais básicos de limitador de velocidade e freio de segurança Por Engº Rodrigo Antonio da Silva

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manutenção de elevadores vem passando por transformações nas últimas décadas e uma das palavras chave dessa transformação é a produtividade. “Fazer certo da primeira vez” é um dos termos mais evidentes na cabeça de qualquer gestor, afinal de contas o negócio depende disso. Implementar melhorias de processos e aplicar soluções que agreguem valor, sem onerar a operação ou o contrato, não são tarefas fáceis. Os testes periódicos de segurança (limitador de velocidade, freio de segurança e para-choques) são previstos nas normas da ABNT, com periodicidade máxima de 1 ano (freio de segurança e para-choque) e 5 anos (conjunto limitador de velocidade e freio de segurança) e caracterizam oportunidades de apresentar um diferencial ao cliente. Aplicar corretamente os testes, fazer uma boa comunicação com o cliente, instalar etiquetas (evidenciar) e apresentar os protocolos dos resultados dos testes, são ações que transmitem confiança e agregam valor à marca. Mas o que é preciso para os testes? Informações básicas Deve-se ter em mente que o executor e/ou departamento responsável pelos testes deve ser independente das

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rotinas de manutenção. O profissional deve obedecer a rotinas específicas rigorosas inerentes às exigências normativas, ter zelo pelos instrumentos, ferramentas e pelo preenchimento de documentos. Lembrar que os componentes a serem testados devem passar por limpeza e lubrificação (rotinas de manutenção), já os testes devem ser feitos por este profissional. A comunicação com o cliente deve ser discutida em cada empresa. Essa tarefa talvez deva ser passada para a gestão, comercial ou administrativo. A possibilidade de desligar o elevador após os testes e gerar orçamentos com valores altos existe e deve ter procedimento pré-definido e tratativa bem definida. O departamento comercial bem treinado é essencial. Dito isto, vamos aos instrumentos e ferramentas. Uma lista específica deles é necessária e o investimento deve ser bem feito, pois o seu deslocamento deve ser levado em conta, principalmente devido aos pesos padronizados.

trando preocupação com a segurança dos usuários e mantenedores. Como executar os testes (limitador de velocidade e freio de segurança)? 1) Após sinalizar o elevador a ser testado, iniciar pela casa de máquinas. Desligar o elevador e inspecionar a marca, tipo e modelo do limitador de velocidade, observando a existência e conteúdo de sua placa de identificação, além de seu estado geral, contato elétrico, gorne da polia e cabo de aço. Confrontar os dados do limitador com os dados da placa da máquina e comando.

Calibrador de folga – tipo lâminas Calibrador de gorne de polia Calibrador de cabos de aço Furadeira com suporte adaptador para testes Dimmer para controlar a aceleração da furadeira Extensão elétrica de 5 metros

Identificação do limitador

2) Retirar o cabo de aço do limitador e prendê-lo com os alicates de pressão, deixando a polia livre para os testes. 3) Instalar a roldana adequada na furadeira com suporte adaptador e tracionWWar a polia do limitador, controlando a velocidade com o Dimmer e verificando a velocidade com o tacômetro.

Roldanas emborrachadas para tracionar o limitador 2 alicates de pressão Tinta para marcar a região de testes Paquímetro Trena de 3 metros Pesos aferidos e padronizados para teste

Ilustração do teste de limitador

4) Verificar a velocidade de desarme do contato elétrico (velocidades superiores a 45 m/min).

Etiquetas, pranchetas e protocolos de testes Estabelecer um cronograma que defina as unidades a serem testadas, as periodicidades de cada componente, as necessidades de trabalhos prévios (orçamentos, limpezas, lubrificações, trocas de peças) além de kits de segurança, tais como kits de sinalização, kits de proteções de polias, botoeiras de inspeção, guarda-corpos, iluminação da caixa de corrida, segurança e acesso ao poço, já caracterizam argumentos convincentes para o cliente, demons-

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Contato elétrico acionado


5) Continuar o teste e verificar a velocidade do disparo do acionamento mecânico. Velocidades de desarme Velocidade noDesarme do minal contato elétrico Até 1,0 m/s 115% da velocidade nominal 1 a 5 m/s 115% da velocidade nominal

Disparo mecânico entre 1,15 e 1,40 m/s entre 115 e 150 % da velocidade nominal • Consultar a placa de informações e o fabricante do limitador para maiores detalhes. • Qualquer resultado diferente deve ser verificado. • Aferição ou troca do limitador de velocidade pode ser necessária.

• Considerar 75 kg por passageiro. • Considerar aumento de 0,115 m² por cada passageiro adicional. 9) Parar a cabina em condições favoráveis para acessar o poço. 10) Verificar a marca, tipo e modelo de freio de segurança. Observar a placa de identificação (se houver).

Exemplo de freio de segurança

Acionamento mecânico atuado

6) Anotar os resultados no protocolo de testes. 7) Retirar as ferramentas e instrumentos e recolocar o cabo de aço no lugar a fim de liberar o elevador para a próxima fase de testes. 8) Na cabina, conferir a placa de identificação da capacidade e confrontar com os dados da máquina. Se houver divergência, será necessário conferir a área da cabina. Número de passageiros 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Área útil 0,79 0,98 1,17 1,31 1,45 1,59 1,73 1,87 2,01

Número de passageiros 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Área útil 2,15 2,29 2,43 2,57 2,71 2,85 2,99 3,13 3,25

11) Verificar contato elétrico (se houver), folgas, medidas, tirantes, tirantes. Verificar tambor, cabo de aço, acesso pelo piso da cabina e ferramenta de rearme (em caso de tambor). 12) Observar o estado geral da polia tensora do cabo do limitador (posição, contato elétrico, folgas, buchas etc.). 13) Acionar a alavanca manualmente e verificar o acionamento do contato elétrico e o movimento das cunhas ou rolos em direção às guias de cabina. Ajustar se necessário. Acionar o freio em velocidade de inspeção pode ser necessário em alguns casos. 14) Conferir o estado geral dos para-choques, nível de óleo, acionamento manual e retorno automático (hidráulico), medidas e centralização em relação ao batedor da cabina. 15) Após conferir o acionamento independente do limitador de velocidade e do freio de segurança, iniciar o teste do conjunto. 16) TESTE DO CONJUNTO 16.1) É recomendável iniciar o “teste leve” do conjunto atuando manualmente o acionamento mecânico do limitador de velocidade próximo às primeiras paradas para testar a funcionalidade do conjunto, em velocidade de inspeção. Em bem-sucedido, sem quaisquer danos ao equipamento, dar andamento ao teste. 16.2) Definir a região do teste dinâmico. O mais próximo possível da última parada e dos suportes de guias. 16.3) Distribuir os pesos padronizados na cabina (125% da capacidade nominal da cabina) atentando-se à posição do acesso do dispositivo de rearme (se houver) e integridade do piso.

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16.4) Posicionar a cabina e iniciar a viagem no sentido de descida. Ao atingir a velocidade nominal do carro, atuar o acionamento mecânico do limitador que aciona o freio de segurança. Observar possíveis deslizes dos cabos de aço (tração e limitador). 16.5) Acessar o topo da cabina e verificar as marcas das guias. Consultar o fabricante e normas ABNT para validar a medida das marcas deixadas nas guias. Anotar os resultados. 17) Aproveitar os pesos e testar também os para-choques do fundo do poço. Como para testar os para-choques, os elevadores passam dos limites, estes também serão testados. Consultar as normas da ABNT. Com todos os testes executados, liberar “ou não” o elevador para funcionamento, retirando os pesos e sinalização e reestabelecendo as proteções de polias. Conclusão A execução dos testes periódicos é prevista nas normas da ABNT e na le-

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gislação vigente. Em alguns casos, a terceirização dos serviços pode ser necessária, dada a estrutura da empresa. Garantir a execução dos testes é dever da empresa mantenedora e do Engº responsável técnico, configura oportunidade de “mostrar serviço” ao cliente, além de possibilitar uma “auditoria de segurança” nos elevadores em carteira, conferindo também as habilidades e comprometimento da equipe técnica de manutenção. Os protocolos e as etiquetas evidenciando os testes são ótimas ferramentas para ilustrar ao cliente os diferenciais de uma empresa de manutenção frente à concorrência forte existente no mercado, auxiliando também na defesa de valores praticados e negociações de orçamentos. Outro efeito positivo que vem de carona, é a consciência de estar praticando e cumprindo com as exigências brasileiras, trazendo maior segurança, qualidade e confiança para o usuário, mantendo o “seu negócio” em dia com a sociedade. Bom trabalho e mãos à obra!

Sobre o autor

Engº Rodrigo Antonio da Silva REG. CREA-SP: 5060243204 Site: www.consultoriaelevadores.com.br


SAÚDE

Elevadores e Escadas Rolantes x Novo Corona Vírus (Covid-19) Por Paulo Juarez Dal Monte

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odos os elevadores do planeta transportam diariamente mais que a soma dos passageiros juntos de aviões + trens + metrô + ônibus. Esta estatística, a mídia e governantes muitas vezes não sabem, pelo fato de o transporte vertical não ser muito divulgado. As pessoas que entrarem na cabina do elevador (sem álcool gel 70% ou lencinho) devem teclar o botão do pavimento determinado com a mão não dominante, pois a outra mão normalmente vai ao rosto (para coçar olhos, limpar nariz, etc) causando auto disseminação. A foto abaixo mostra uma das opções sendo instaladas em cabinas: Recomendo a todos os síndicos (e empresas conservadoras endossarem): 1) Colocar lencinhos (figura 1) ou fixar um álcool gel 70% no painel da cabina para as pessoas utilizarem, protegendo o dedo “teclador”. Isto beneficia moradores, visitantes, entregadores de pizza, farmácia, supermercado, etc. 2) Nas botoeiras de hall (andares) cabe ao síndico, em uma reunião/assembleia, orientar enfaticamente que tenham álcool gel 70% sempre junto para limpar o dedo após teclar o botão. Isto beneficia usuários moradores. Nota: a portaria deve orientar os entregadores para lavar as mãos após teclarem o botão do andar da entrega. 3) Ao utilizar a escada rolante, apoiar as mãos nos dois corrimãos de borracha, e ter sempre à mão álcool gel 70% para limpar depois. Nota: Até nocautear o Corona Vírus, todos devem portam portar álcool gel 70%. Tenho sempre um no meu bolso direito. Conteúdo produzido por: Paulo Juarez Dal Monte www.dalmonteelevadores.com.br

Figura 1

Figura 2

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SEGURANÇA

Segurança do elevador Por Roberto Saggiomo

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mbora os elevadores sejam uma das formas mais seguras de transporte disponíveis, seguir estas orientações simples pode ajudar a garantir a segurança dos passageiros. É importante não apenas saber montar corretamente os elevadores, mas também o que fazer se o elevador ficar parado. Consulte as dicas de segurança do elevador abaixo para obter mais informações sobre as duas situações.

Dicas de segurança Para elevadores (ao esperar por eles): • Conheça o seu destino; • Pressione o botão de chamada do elevador uma vez para a direção que você deseja seguir; • Olhe e ouça o sinal anunciando a chegada do seu carro; • Esteja ciente das condições de manutenção preventiva da empresa mantenedora do seu prédio, pois a não execução correta da manutenção pode contribuir para quedas ou acidentes; • Afaste-se das portas do elevador e se afaste da saída de passageiros; • Se o carro que estiver chegando estiver cheio, aguarde o próximo carro; • Não tente manobrar ou parar de fechar as portas, aguarde o próximo carro; • Em caso de incêndio ou outra situação que possa levar a uma interrupção nos serviços elétricos, suba as escadas.

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AO EMBARCAR EM ELEVADORES: • Permita que os passageiros saiam do elevador antes de embarcar; • Cuidado com o passo - o carro do elevador pode não estar perfeitamente nivelado com o piso; • Afaste-se das portas - mantenha as roupas e as malas longe da abertura; • Segure crianças e animais de estimação com firmeza; • Os passageiros mais próximos das portas devem se mover primeiro quando o carro chegar; • Pressione e mantenha pressionado o botão PORTA ABERTA se for necessário manter as portas abertas ou peça a alguém para pressionar o botão; • Nunca tente parar uma porta que se fecha, aguarde o próximo carro; • Uma vez a bordo, pressione rapidamente o botão de fechar a porta (não é necessário nos elevadores de expedição de destino) e vá para a parte traseira do carro para dar espaço a outros passageiros.

AO ESTAR DENTRO DOS ELEVADORES: • Segure o corrimão, se disponível; • Fique ao lado da parede do elevador, se disponível; • Preste atenção às indicações e anúncios do piso, quando fornecidos; • Se as portas não abrirem quando o elevador parar, pressione o botão PORTA ABERTA.

AO SAIR DE ELEVADORES: • Saia imediatamente no seu andar. Não espere pelos outros atrás de você; • Não empurre as pessoas na sua frente ao sair; • Cuidado com o passo - o carro do elevador pode não estar perfeitamente nivelado com o piso.

EM CASO DE EMERGÊNCIA NO ELEVADOR: • Se o elevador parar entre os andares, não entre em pânico, há muito ar no elevador; • Nunca desça de um elevador parado; • Use o botão ALARM ou HELP, o telefone ou o interfone para solicitar assistência; • Acima de tudo, aguarde a chegada de ajuda qualificada e nunca tente sair de um elevador que não parou normalmente; • A iluminação de emergência acende em caso de falta de energia, fique calmo.

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SE VOCÊ ESTIVER PARADO EM UM ELEVADOR: 1. Pressione o botão “Porta aberta” • Se você estiver perto do patamar, a porta será aberta. Você pode lenta e cuidadosamente sair do elevador. Certifique-se de observar o seu passo, pois o piso do elevador pode ou não estar nivelado com o patamar. 2. Fique calmo • Se a porta não abrir, você ainda estará seguro. Não tente sair do elevador. Aguarde a chegada do pessoal de emergência treinado. Mesmo se a temperatura do ar estiver quente, há bastante circulação de ar no elevador e no poço. 3. Pressione o botão “Alarme” ou “Ajuda” e use qualquer sistema de comunicação disponível • Aperte o botão de alarme e aguarde alguém responder a você. • Nos elevadores mais novos, haverá um botão de telefone, em vez de um botão de alarme. Quando pressionado, isso fará uma chamada para uma parte treinada para agir (por exemplo, empresa de elevadores, empresa de alarmes, etc.). Fornecerá a localização exata do prédio e do elevador em que você está. • Alguns elevadores possuem um sistema de alto-falante ou telefone bidirecional que permitirá a comunicação entre você e a equipe do edifício ou de resgate. Não se assuste se não puder ser ouvido ou se o telefone não funcionar. Alguns telefones foram projetados para receber apenas chamadas. O pessoal treinado deve ligar quando chegar ao prédio. 4. Relaxe e NÃO tente sair sozinho do elevador • NUNCA tente sair de um elevador parado. Isso é extremamente perigoso. SEMPRE espere pelo pessoal de emergência treinado. • Seu melhor curso de ação é relaxar, se sentir confortável e aguardar assistência profissional. • Você pode se sentir incomodado, mas é seguro. Parece um absurdo as linhas acima, mas com os constantes acidentes, fica mais implícito que temos que ensinar o usuário a usar e a contratar a empresa de manutenção dos elevadores. No Brasil dos últimos anos houve muitos acidentes. Será que não está na hora de termos uma agência federal de controle deste mercado? Afinal, somos um mercado de transporte como outro qualquer, só que na vertical. Gostaria muito de ver esta discussão sendo levada a outro nível. Cuidado, avise quando o elevador deve ser modernizado, preencha o RIA para que o prédio receba da prefeitura um aviso de obrigatoriedade de conserto ou reforma, não apenas nas observações. Boa sorte aos usuários e entendimento às empresas!

Sobre o autor

Roberto Saggiomo começou a trabalhar com 14 anos na Telesp. Com 18 anos, foi para o Otis e hoje aos 45, ainda atua no mercado de elevadores. Especializado em marketing, com cursos na ESPM e FGV e sempre se atualizando em cursos, conhece a parte técnica e comercial. Já atuou também nas áreas de manutenção, modernização e vendas novas. Hoje é proprietário da Criart Prime Elevadores Ltda, que atua no segmento de modernizações na capital de São Paulo.

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EVENTOS

Novo Corona Vírus (Covid-19) afeta mundialmente calendário de eventos no setor de transportes verticais VIII edição da ExpoElevador será realizada em nova data: 01 a 03 de março de 2021

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pandemia do Novo Corona Vírus (Covid-19) tem afetado a nível global a data de realização de diversos eventos. Exposições, eventos esportivos, estreias de filmes, convenções e shows musicais estão sendo adiados ou cancelados com o objetivo de reduzir a chance de contaminação. O setor de transportes verticais também tem sentido diretamente o impacto desta pandemia. Alguns eventos, agendados para este ano, sofreram alterações em suas datas de realização. A WEE EXPO (World Elevator & Escalator Expo), realizada na China, que aconteceria em maio, foi adiada para os dias 18 a 21 de agosto deste ano. A Lift Expo Italia também acontecerá em nova data: de 30 de setembro a 02 de outubro de 2020. Outro evento adiado foi o Lift City Expo Egypt, que aconteceria na primeira quinzena do mês de abril – até o presente momento da redação desta matéria, a organização ainda não havia informado a nova data de realização do evento.

Com a intenção de evitar a disseminação do vírus, o evento, que aconteceria de 14 a 16 de julho de 2020, ganhou nova data: a feira acontecerá entre os dias 01 e 03 de março de 2021. O local de realização permanece sendo o Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo. “Por se tratar de um evento internacional, que recebe expositores e visitantes de diversos países do mundo, optamos pela transferência para uma nova data bem confortável, para que haja tempo suficiente do mercado se recompor”, explica o diretor comercial da ExpoElevador, Edilberto Almeida. O evento apresentará ao público as últimas novidades em produtos e serviços para o setor de elevadores e escadas rolantes, abrindo novas perspectivas para conservadoras, consultores, fabricantes, construtoras, engenheiros, profissionais e técnicos do setor. A 8ª edição da feira traz como novidade o Fórum ExpoElevador, um circuito de palestras técnicas ministradas por profissionais renomados do setor. A programação completa do Fórum será divulgada em breve nas mídias oficiais do evento. A última ediVIII EXPOELEVADOR SERÁ ção da feira, realizada em 2018, reuniu REALIZADA EM NOVA DATA mais de 80 expositores e recebeu mais A VIII edição da ExpoElevador, principal plataforma de comunicação e negócios para a indústria de transportes verticais na América Latina, também sofreu alterações em seus dias de realização devido ao surto do Novo Corona Vírus.

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de 4 mil visitantes. Realizada há mais de 10 anos, a feira consolidou-se no mercado latino americano como o elo entre as conservadoras, instaladoras e modernizadoras de elevadores com os fabricantes de diversos países.

Sobre o Novo Corona Vírus (COVID-19) O Coronavírus trata-se de uma grande família de vírus que infecta principalmente os animais, porém é possível também a infecção em seres humanos. Os sintomas mais leves são semelhantes a resfriados ou gripes. O Novo Corona Vírus, chamado de Covid-19, é apontado como uma variação da família Coronavírus. O vírus é transmitido entre humanos por via aérea, contato com secreções ou objetos contaminados. Entre os sintomas mais comuns estão: febre, tosse seca, dificuldade para respirar, dor no estômago e cansaço físico. Em casos mais graves pode ser identificado insuficiência renal, pneumonia e uma piora no quadro respiratório. Asmáticos, diabéticos, idosos, pessoas com doenças do coração, com


insuficiência renal crônica e com a imunidade baixa estão no grupo de risco do Novo Corona Vírus. No dia 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso do Novo Corona Vírus no Brasil. No dia 17 de março, foi confirmada a primeira morte em decorrência do vírus. Confira algumas recomendações feitas por especialistas para evitar a propagação do vírus: evite tocar nos olhos, nariz e boca; lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou com álcool em gel 70%; cubra a boca e nariz ao tossir ou espirrar; desinfete os objetos e superfícies em que for tocar; não compartilhe objetos de uso pessoal.

Créditos: https://www.gov.br/

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SEGURANÇA

Acidentes recentes com elevadores preocupam usuários e alertam para a importância da manutenção e prevenção SECIESP começa 2020 reforçando mensagens sobre o trabalho fundamental das empresas especializadas em manutenção no país

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final de 2019 e o início do ano de 2020 foi marcado por acidentes com elevadores em todo o Brasil. No mais grave deles, ocorrido no dia 30 de dezembro na cidade de Santos, litoral de São Paulo, a queda de um elevador em um edifício residencial ocasionou a morte de quatro pessoas da mesma família. As condições gerais dos equipamentos eram boas, segundo documento emitido pela empresa de manutenção, poucos dias antes do acidente. Somente uma ampla investigação poderá determinar as reais causas que geraram a tragédia. Aguardam-se os laudos preparados pela perícia e da Polícia Científica para o resultado oficial com a análise do ocorrido. Prevenção será debatida em abril – Preocupado com o assunto, o Seciesp prepara um evento sobre o tema em conjunto com a ABEEL - Associação Brasileira das Empresas de Elevadores. É o seminário “Segurança em Elevadores e Pre-

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venção de Acidentes”, aberto a todas as empresas do setor em todo o Brasil, que será realizado na FECOMERCIO SP no próximo dia 29 de abril deste ano. O evento pretende discutir prevenção e riscos em acidentes com elevadores. SECIESP se manifesta – Imediatamente após o terrível acontecimento em Santos, a diretoria do SECIESP (Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo) se manifestou. O Seciesp declarou prontamente lamentar com profundo pesar o acidente e se solidarizou com os familiares das vítimas e com os moradores do edifício onde houve o triste episódio. Além disso, colocou seu corpo de engenheiros à disposição para auxiliar e apoiar no que fosse necessário. O presidente da entidade, Marcelo Braga, fez questão de ressaltar que elevadores são equipamentos seguros e que episódios desta natureza são bastante raros, por isso, é fundamental aguardar

as apurações finais de todas as linhas de investigação possíveis e ouvir todas as autoridades envolvidas para esclarecer as causas. Acidente raro – Acidente grave como o ocorrido em Santos é, de fato, muito raro. Nos últimos 15 anos, nenhuma queda fatal de elevadores havia sido registrada no Estado de São Paulo. Balanço do Corpo de Bombeiros do Estado indica que a corporação recebeu 587 chamados no ano passado. O SECIESP atua há mais de 30 anos, representando mais de 500 empresas em todo o Estado de São Paulo, das quais 100 associadas diretas. Empresas estas, especializadas em manutenção, conservação e instalação de elevadores e escadas rolantes: “Nunca, antes, que se tem notícia, houve um acidente desta magnitude, no âmbito de nossa representatividade”, afirma Marcelo Braga, presidente do SECIESP. São empresas que contam com engenheiros e técnicos, em constante atualização profissional, de


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acordo com as mais avançadas tecnologias disponíveis no mercado mundial, diz Braga. “A principal missão dessas empresas é sempre garantir a segurança e o conforto dos usuários”, ressalta o presidente do SECIESP. Santos foi caso isolado – “Infelizmente a chance de ocorrer um acidente com elevadores em Santos é quatro vezes maior do que em outras cidades com uma legislação mais abrangente sobre o uso desses equipamentos”, destacou. Braga enfatizou que em Santos já existe uma lei, mas, falta contemplar a emissão do RIA – Relatório de Inspeção Anual, via internet. Para ampliar a segurança na ci-

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dade de Santos tramita na Câmara Municipal projeto de lei complementar, sugerido pelo SECIESP, que tem como autora a vereadora Audrey Kleys (PP) que atualiza a legislação vigente. É fundamental que o tema seja discutido rapidamente e aprovado, de maneira a aprimorar a atual legislação. O SECIESP destaca que não se deve superestimar o papel da Prefeitura em prevenir e controlar todos os serviços que são realizados na cidade. Por melhor que seja a legislação, há limites para a ação fiscalizatória: é impossível que os órgãos técnicos municipais possam acompanhar, detalhadamente, o estado e o funcionamento de todos os

elevadores instalados na cidade. Outros acidentes – Para o presidente do SECIESP uma série de fatores podem explicar os acidentes com elevadores. A causa mais frequente costuma ser a falta de manutenção. Marcelo Braga destaca que a recessão econômica dos últimos anos fez com que muitos condomínios passassem a economizar recursos em substituição de peças, modernização e até mesmo troca de equipamentos. “Em muitos condomínios, os moradores demoram para decidir sobre a substituição, reparo e/ou modernização do equipamento, mas, entretanto, não pensam duas vezes em fazer uma reforma da fachada”, avalia.


Trabalhadores – Casos envolvendo acidentes com trabalhadores que realizam tarefas em elevadores também ocorreram recentemente. Ainda no início de 2020 foram re-

gistradas ocorrências com vítimas nesses equipamentos nas cidades de Poá (Grande São Paulo), Juiz de Fora (MG), Itapeva (São Paulo) e Arcos (MG).

Em Itapeva, um jovem de 21 anos morreu após cair dentro do poço de um elevador de um silo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o rapaz estava limpando o poço de um elevador abaixo do solo, onde ficavam instalados os maquinários que fazem o elevador funcionar. Um trabalhador de 28 anos ficou ferido após cair em um poço de elevador, nesta sexta-feira (17), em Juiz de Fora. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu em um prédio em construção e sofreu fratura na perna. Em outro caso em Minas Gerais, um homem de 30 anos teve a perna amputada durante um acidente de trabalho em uma mineradora na cidade de Arcos. Segundo a empresa, ele estava em um elevador industrial da companhia quando aconteceu a tragédia.

São Paulo terá novo projeto estadual para a manutenção de elevadores com normas mais rígidas NOVA LEI PODE ALCANÇAR MAIS DE 650 MUNICÍPIOS O SECIESP vem atuando fortemente para ampliar leis que possam garantir a segurança dos usuários em um maior número possível de municípios. Um importante projeto pode regulamentar a manutenção de elevadores em todo o Estado de São Paulo, elevar os índices de prevenção e evitar a ocorrências de acidentes com a população. O PL – Projeto de Lei Complementar 81, de 2019, foi apresentado pela deputada estadual Damaris Moura, do PSDB. O projeto estabelece que fica de inteira responsabilidade do proprie-

tário ou do condomínio, providenciar e comprovar a emissão anual do Relatório de Inspeção Anual – RIA, dos elevadores. No caso das cidades onde não exista o RIA, fica determinada a comprovação da existência da contratação de empresa de manutenção de elevadores regularmente constituída e habilitada, com o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) adequada à atividade, com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, e que tenha em seus quadros engenheiro mecânico também com

registro no CREA, que assine como responsável pela manutenção dos elevadores. “A responsabilidade pela manutenção é da empresa que faz a manutenção, e os síndicos e administradores são corresponsáveis também. Todavia, em um universo de atuais 645 municípios do Estado de São Paulo contam-se nos dedos os municípios que têm legislação determinando a manutenção dos elevadores”, enfatiza a deputada. A proposta segue para tramitação nas comissões da Assembleia Legislativa.

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SECIESP - Circular nº 001.20.Janeiro/2020 SECIESP - Circular nº 001.20.Janeiro/2020 ALERTA MÁXIMO DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO ALERTA MÁXIMO DE DE ACIDENTES SEGURANÇA E Em função do recente aumento do número de acidentes em elevadores, inclusive com vítimas fatais, o PREVENÇÃO DE ACIDENTES SECIESP, após parecer do seu corpo de engenheiros e especialistas do segmento, vem recomendar para

todas as empresas, bemaumento como aosdo proprietários equipamentos instalados nas edificações, quefatais, se faça, Em função do recente número de dos acidentes em elevadores, inclusive com vítimas o em caráter de urgência, uma verificação específica e extraordinária, no aparato final de segurança dos SECIESP, após parecer do seu corpo de engenheiros e especialistas do segmento, vem recomendar para elevadores para situações deaos emergência, visando garantir, preventivamente, o seu acionamento de todas as empresas, bem como proprietários dos equipamentos instalados nas edificações, que se faça, maneira eficaz, evitando uma a ocorrência de acidentes graves. em caráter de urgência, verificação específicamais e extraordinária, no aparato final de segurança dos elevadores para situações de emergência, visando garantir, preventivamente, o seu acionamento de Itens queeficaz, compõem o aparato final dedesegurança elevadores: maneira evitando a ocorrência acidentesdos mais graves. 1) LIMITADOR DE VELOCIDADE: Gerenciador mecânico de sobre velocidade da cabina (no sentido de Itens que compõem o aparato final de segurança dos elevadores: descida), responsável por disparar sistema de segurança que impeça a queda livre da cabina no poço a partir de determinada condição pré calibrada;mecânico de sobre velocidade da cabina (no sentido de 1) LIMITADOR DE VELOCIDADE: Gerenciador

descida), responsável por disparar sistema de segurança que impeça a queda livre da cabina no poço a 2) CABO LIMITADOR DE VELOCIDADE: Elemento mecânico de ligação entre o limitador e o aparelho partir de DO determinada condição pré calibrada; (freio) de segurança instalado na estrutura de cabina, que acompanha o movimento da cabina nos dois sentidos permite a identificação de eventual sobre velocidade (ex.: quedaentre livre); 2) CABO eDO LIMITADOR DE VELOCIDADE: Elemento mecânico de ligação o limitador e o aparelho

(freio) de segurança instalado na estrutura de cabina, que acompanha o movimento da cabina nos dois 3) APARELHO DE SEGURANÇA DAde CABINA (freio de velocidade emergência): acionado pelo travamento sentidos e permite a identificação eventual sobre (ex.:Dispositivo queda livre); do cabo limitador, responsável pela frenagem imediata da cabina nas respectivas guias, impedindo a sequência de seu caso de emergência (ex.: queda livre); 3) APARELHO DE movimento SEGURANÇAnoDA CABINA (freio de emergência): Dispositivo acionado pelo travamento do cabo limitador, responsável pela frenagem imediata da cabina nas respectivas guias, impedindo a 4) TENSORde DOseu CABO LIMITADOR (poço) Dispositivo que a função sequência movimento no caso de emergência (ex.:tem queda livre); de manter o cabo limitador esticado, permitindo a correta atuação do limitador nos casos identificados de emergência;

4) TENSOR DO CABO LIMITADOR (poço) Dispositivo que tem a função de manter o cabo limitador 5) FREIO DE SERVIÇOaDA MÁQUINA DEdo TRAÇÃO: Sistema que identificados permite a manutenção da cabina esticado, permitindo correta atuação limitador nos casos de emergência; estacionada de forma segura no nível de algum dos andares, quando o elevador está fora de operação de transporte / uso - “stand by” ou háDEinterrupção repentina fornecimento de energia elétrica; 5) FREIO DE SERVIÇO DA MÁQUINA TRAÇÃO: Sistema quenopermite a manutenção da cabina

estacionada de forma segura no nível de algum dos andares, quando o elevador está fora de operação 6) PONTOS DE/ANCORAGEM DOou EQUIPAMENTO: e dispositivos responsáveis sustentação de transporte uso - “stand by” há interrupção Estruturas repentina no fornecimento de energiapela elétrica; de carga total do elevador, cabina e contrapeso e/ou carga acessória como os elementos de compensação, quando for oDEcaso do projeto.DO EQUIPAMENTO: Estruturas e dispositivos responsáveis pela sustentação 6) PONTOS ANCORAGEM de carga total do elevador, cabina e contrapeso e/ou carga acessória como os elementos de compensação, 7) PARACHOQUE FUNDO DE POÇO: Estrutura responsável pelo amortecimento de eventual impacto quando for o caso DE do projeto. da cabina do elevador. 7) PARACHOQUE DE FUNDO DE POÇO: Estrutura responsável pelo amortecimento de eventual impacto Para maiores informações contatar o Seciesp pelo e-mail seciesp@seciesp.com.br. da cabina do elevador. SECIESP - Diretoria Para maiores informações contatar o Seciesp pelo e-mail seciesp@seciesp.com.br.

SECIESP - Diretoria

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EVENTOS

Tec-Lift Elevadores comemora 25 anos em evento no Rio de Janeiro

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o dia 15 de dezembro, aconteceu a festa de comemoração dos 25 anos da Tec-Lift Elevadores. Realizado no Clube Montanha, no Alto da Boa Vista, o evento reuniu mais de 180 pessoas em uma noite com muita música, dança e confraternização. A empresa, que atua no município do Rio de Janeiro e Niterói, presta os serviços de conservação, manutenção e modernização de elevadores. O sócio proprietário e diretor comercial da empresa, Abílio Simões, conta como se manter por tanto tempo no mercado. “Temos como nossa maior virtude, claro, além de atendimento técnico, uma proximidade muito grande com nossos clientes. Somos muito proativos neste sentido”, diz Abílio. Entre as áreas de atuação da empresa estão: elevadores residenciais, comerciais, supermercados, restaurantes, hospitais e privativos. A empresa ainda dispõe de uma moderna central de atendimento 24 horas e frota própria de veículos para garantir agilidade no atendimento e reestabelecer o funcionamento dos elevadores em menor tempo. O serviço de manutenção preventiva periódica que a empresa oferece é capaz de identificar e substituir peças com desgastes, antes que entrem em colapso, evitando o prejuízo com elevador parado e garantindo a segurança e conforto do usuário. “Somos uma empresa que preza pela segurança dos nossos serviços, pois lidamos diariamente com o que há de mais precioso: a vida”, finaliza Abílio.

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ARTIGO TÉCNICO - INTERNACIONAL

Comparação entre Elevadores Elétricos e Elevadores Hidráulicos MRL Parte 2 Por Jorge Leitão - SICMALEVA - Sociedade de Comércio e Indústria de Equipamentos de Elevação, S.A.

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ispositivos de Segurança Sísmica [5] e [6]: os EUA e o Japão são os pioneiros no desenvolvimento de medidas de aperfeiçoamento do comportamento sísmico destes sistemas. Existem essencialmente duas operações de controle, uma associada ao interruptor sísmico, também conhecido por Seismic Switch (modo sísmico), e outra ao detetor de descarrilamento do contrapeso. Por questões de segurança, estes equipamentos só devem ser reiniciados por técnicos autorizados, após garantida a ausência de qualquer perigo, através da realização de inspeções adequadas. Este processo é bastante importante, pois permite evitar a ocorrência de danos com maior severidade, os quais podem colocar em perigo a vida de futuros ocupantes [8]. > Interruptor Sísmico - detecta as primeiras ondas P (longitudinais) até 30s antes de iniciar o sismo onda S. Dependendo da distância onde se encontra o epicentro [8]. > Quadro de comando - após receber informação do sensor sísmi-

co, ativa os procedimentos com um aviso sonoro e visual ao passageiro e leva de imediato a cabina ao piso mais próximo para proceder à evacuação do passageiro da cabina em segurança. > Detector de Descarrilamento do Contrapeso - tem como função interromper o funcionamento do elevador, quando detectado o deslocamento do contrapeso, para fora do seu plano normal de curso. [9]. Este dispositivo desempenha um papel bastante importante na segurança do sistema, face à ação sísmica, uma vez que o descarrilamento do referido componente constitui o dano mais frequente, aquando a ocorrência de um terramoto. Existem outras medidas que permitem um melhor comportamento do elevador perante um sismo:

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> Utilização de guias mais pesadas do que as de secção em T de 12 kg/m [7];


> Utilização de brackets menos espaçados, sugerindo ainda a soldagem de placas de forma a reforçar as suas zonas angulosas ou reforços nas ligações das guias [7]; > Instalação de apoios intermédios [7]; > Utilizar roçadeiras sistema de rodas[8];

Principais danos sísmicos observados nos Elevadores Elétricos e Elevadores hidráulicos [8]:

A notória discrepância quantitativa e qualitativa de danos observados entre ambos os sistemas permite distinguir a suscetibilidade dos elevadores elétricos de tração. Constata-se ainda que as falhas verificadas nos elevadores hidráulicos constituem apenas uma pequena fração das registradas em sistemas de tração [10]. Este fato pode ser justificado pela ausência de um contrapeso na maioria dos modelos hidráulicos, uma vez que este, como já foi referido, caracteriza-se por ser

um dos componentes mais vulneráveis à ação sísmica. Uma outra razão consiste na instalação destes sistemas em edifícios, geralmente com menos de sete pisos, e, portanto, sujeitos a menores forças de inércia, associado ainda ao fato da casa de máquinas localizar-se nos pisos mais baixos, onde as acelerações são, geralmente, menores, em comparação com os pisos de topo. Também o menor número de componentes integrados no sistema

reduz a possibilidade de falha. Desta forma, é possível afirmar que muitos dos danos observados em elevadores de tração não se verificam nos hidráulicos. Posto isto, os elevadores hidráulicos aparentam ser bastante menos suscetíveis a eventos sísmicos (ver Figura 9). O sismo de Seattle – Estados Unidos/fevereiro de 2001, foi dos mais violentos porque estava muito perto do epicentro. Foram atingidos 4472 elevadores elétricos e 6176 elevadores hidráulicos, segundo notificação das empresas de manutenção. Destes, 504 elevadores elétricos e 66 elevadores hidráulicos sofreram danos. Isso indica que 11,3% dos elevadores elétricos estavam danificados, contra apenas 1% dos elevadores hidráulicos [11]. Relato dos danos indicados pelas empresas de manutenção: > Elevadores fora dos eixos das guias: 18; > Contrapesos que saíram dos eixos das guias: 224; > Colisões entre cabina e contrapesos: 33; > Vigas Máquina de tração deslocadas: 3; > Porta de Patamar danificadas: 29; > Fixações das guias separados de paredes/vigas: 77; > Somente 342 elevadores tinham dispositivos de proteção terremoto.

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Conclusão [11] Os resultados deste estudo indicam que, em edifícios de baixa edificação até 6 pisos, o elevador hidráulico é a solução mais segura, prática e de baixo custo para regiões sísmicas. Isto porque não tem o contrapeso, é suportado pela fundação do edifício e utiliza um cilindro hidráulico que amortece consideravelmente as batidas ou a pulsação das ondas sísmicas. Tanque de aço, pernas com apoios de borracha e mangueiras flexíveis de 2 ou 3 mangas testados a pressões de 100 bars evitam o vazamento de fluido, a menos que o edifício desmorone completamente. É, ainda, mais fácil e seguro numa operação de resgate de pessoas retidas, outra grande vantagem do elevador hidráulico nestas situações. O sismo inicial pode não causar muitas armadilhas, mas normal-

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mente é seguido por milhares de réplicas secundárias, durante as quais o número de armadilhas se torna mais pronunciadas. Assim, a facilidade de operação de resgate para as pessoas aprisionadas não deve ser negligenciada em regiões sísmicas e deve ser fácil, rápida e segura. Com este fato nos faz repensar mais uma vez sobre o risco de ter elevadores elétricos de tração em edifícios de baixa edificação em áreas sujeitas a um risco sísmico. Partindo do princípio de que o elevador deve garantir a segurança em qualquer condição ao seu utilizador. VELOCIDADE NOMINAL Os elevadores de tração elétrica estão vocacionados para instalações que não necessitem de grandes requisitos ao nível da velocidade/baixo tráfego,

mas também para edifícios públicos onde é de extrema importância uma velocidade superior/médio tráfego para poder garantir o escoamento de tráfego, principalmente nos períodos de ponta. A gama preferencial de velocidade nominal situa-se em 1,0 m/s a 1,6 m/s [14]. Neste caso, não existe uma limitação tecnológica da distância máxima de viagem (o limite tecnológico da distância está nos 600 m de curso devido apenas ao problema redutor do peso dos cabos de suspensão). Os elevadores do tipo hidráulico estão vocacionados para instalações que não necessitem de grandes requisitos ao nível da velocidade/ baixo tráfego, que é o caso dos edifícios de habitação com baixo índice de tráfego, que tipicamente nestes sistemas é de 0,63 m/s. Esta


é considerada a velocidade padrão, embora alguns fabricantes em descida aumentem 20% conseguindo uma média mais elevada, apesar de alguns fabricantes garantirem velocidades de 1 m/s [14] (a experiência pessoal permite-nos afirmar que se pode chegar facilmente a uma velocidade em subida de 0,86 m/s e em descida alcançar 1,0 m/s). No entanto, a maior limitação desta

o acumulado ao final do dia é significati- pequenas para certos espaços disponívo para a eficiência do escoamento, prin- veis e aqui o hidráulico é mais versátil. cipalmente nos períodos de ponta. Sem entrar em conta com as cargas sobre o edifício existente, de que iremos ESPAÇO OCUPADO falar mais à frente. Existem casos, quer em obra nova Obra nova: ambos os sistemas apresen- ou existente, da necessidade de hatam soluções MRL, o espaço ocupado é ver um acesso a 90°, detecta-se que semelhante para um elevador (Decreto- algumas soluções de elevadores -Lei n.° 163/2006), carga nominal de 630 MRL Elétricos não são possíveis dekg, 8 pessoas, dimensão da cabina LxP vido à sua filosofia construtiva. No que se refere à solução elevadores MRL Hidráulicos, não existe qualquer problema de servir acessos a 90°, desde que a solução existente não seja com pistão central enterrado, que normalmente se aplicam nos panorâmicos. CONFORTO NA VIAGEM O desempenho de sistemas mecânicos com VVVF e hidráulica nova geração Fluitronic com válvulas de tecnologia digital eletrônica apresentam iguais níveis de conforto mesmo durante a fase mais crítica do arranque e a aproximação ao piso. Ambas com uma elevada precisão de paragem ao piso. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

tecnologia é a distância máxima de viagem, que dificilmente ultrapassa os 20 metros. Fazendo um pequeno exercício de estimativa de tempos, num edifício de 6 pisos [13] > Elevador MRL Elétrico Vn = 1,0 m/s VVVF; > Elevador MRL Hidráulico Vn Média = 0,7 m/s (Vns = 0,63 m/s e Vnd = 0,84 m/s) VVVF. Num edifício de 6 pisos [13], tendo como base as velocidades padrão, existe uma diferença de 0,4 m/s mais rápido para a solução elevador elétrico, o que corresponde a 10 s mais rápido a fazer um curso total de 15 m (6 pisos). Num edifício de habitação com 5 apartamentos (um apartamento por piso) essa diferença é desprezível, mas num edifício público,

= 1100 x 1400mm. Normalmente a caixa necessária para este caso é de 1600 x 1700mm. Com um poço standard semelhante, que andam entre 1000mm a 1200mm. Com o último piso superior standard semelhante, que andam entre 3400mm a 3600mm. Ambos não necessitam de uma casa das máquinas superior ou lateral porque todo o equipamento se encontra no interior da caixa. Obra existente: ao nível de dimensões da caixa, para implementação do elevador à solução hidráulica, esta está mais vocacionada para espaços menores do que a solução do elevador elétrico. O espaço que ocupa a máquina de tração + contrapeso e arcada neste momento são soluções slim, mas não são suficientemente

O aumento da eficiência dos sistemas é uma preocupação cada vez maior, não apenas devido ao aumento do custo da energia, mas também por ser uma forma de marketing. É uma forma de promover a empresa ou o produto que cause menos impacto ambiental e que opera de forma mais eficiente [20]. Existem, portanto, duas equações inseparáveis que, por vezes, se confundem. Analisaremos apenas a equação verdadeiramente importante que é a eficiência energética nos elevadores. Os edifícios são responsáveis por cerca de um terço da energia que consumimos. Os elevadores não são os maiores utilizadores de energia nos edifícios, mas são suficientemente importantes para justificar medidas de poupança de energia.

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Nos últimos anos, a indústria de elevadores respondeu de acordo apresentando aos seus clientes soluções que atendam a essa procura crescente. Soluções eficientes. Tecnologias no desenvolvimento da Eficiência Energética têm abordagens diferentes. Abordam diferentes fatores que afetam o consumo de energia nos elevadores. Estes fatores podem ser divididos em dois grandes grupos: diretos e indiretos. As causas diretas são aquelas que podem ser diretamente relacionadas com o equipamento: > Perdas por atrito incorridos durante a viagem; > Perdas de transmissão (quanto maior o número de rodas maior a perda, sistema de roçadeiras); > Perdas no motor; > Perdas na travagem; > Perdas na iluminação; > Perdas no quadro de comando. As causas indiretas estão relacionadas com o funcionamento do equipamento e estão associados com o utilizador, o seu comportamento ou as opções de gestão de tráfego. No âmbito do protocolo de Quioto torna-se imperativo reduzir o consumo de energia nos edifícios, que pode ser alcançado através da melhoria da eficiência energética dos sistemas pertencentes ao edifício. Dependendo do tipo de edifício e dos seus utilizadores, o transporte vertical pode assumir um papel significativo, consumindo entre 5 e 15% da energia total gasta pelo edifício [14]. Atualmente, com as novas necessidades de certificação de edifícios, torna-se necessário avaliar corretamente o desempenho das instalações de transporte vertical existentes nos mesmos.

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Nesta tentativa, foi criada uma Norma Internacional, ISO/DIS 25745, que contém os procedimentos de estimativa, medição e conformidade a efetuar, mencionados na 1ª Parte da dita Norma, existindo ainda uma segunda parte, atualmente em estudo, que definirá a classificação energética das instalações de transporte vertical. Foi criado um grupo de estudo composto por várias instituições, no âmbito do projeto E4, liderado pela Universidade de Coimbra, que executou um estudo de várias instalações de transporte vertical, na tentativa de caracterizar os vários perfis de consumo. Com esta medida pretende-se criar um sistema de classificação energética mais realista. Na Norma ISO/DIS 25745-1, Anexo A, é apresentado um modelo simples para estimar o consumo de energia dos elevadores. A Norma encontra-se atualmente em estudo [15]. Contudo foi criada uma classificação voluntária VDI 4707 que, de algum modo, está a servir como diretriz para o grupo de estudo.

> Potência de standby (W); > Consumo durante a viagem (mWh/m.kg); > Classe de eficiência do sistema baseada no consumo específico diário (A, B, C, D, E, F, G). Com base na classificação voluntária VDI 4707, para um edifício de baixa edificação até 6 pisos no máximo com 10 habitações, pode-se classificar segundo dois pontos de vista de intensidade de uso: > Intensidade de uso: baixa (representa 80% dos casos); > Intensidade de uso: elevada (representa 5% dos casos). Edifícios de Categoria 1, com intensidade de uso: baixa. > Os elevadores MRL Elétricos apresentam uma eficiência energética “CLASS A” [18]. > Os elevadores MRL Elétricos apresentam uma eficiência energética “CLASS B” [22]; > Os elevadores MRL Hidráulicos apresentam uma eficiência energética “CLASS B” [17]. Edifícios de Categoria 3, com intensidade de uso: Os elevadores MRL Elétricos apresentam uma eficiência energética “CLASS A” [18]; Classificação VDI 4707: > Os elevadores MRL Hidráulicos apresentam uma eficiência enerTem o caráter voluntário e, apligética “CLASS E ” [17]. cável a elevadores, contempla os Conclui-se que o elevador em seguintes parâmetros na classifi- edifícios de categoria 1 (máximo cação: [16] de 10 habitações), com uma intensidade de uso baixa, a eficiência energética entre o elevador MRL Elétrico e o elevador MRL Hidráulico não é significativa. Mas tudo muda quando utilizamos um elevador em edifícios de categoria 3 com uma intensidade de uso elevada. O elevador MRL Elétrico tem uma maior eficiência energética do que em relação à solução com o elevador MRL Hidráulico. Esta diferença tem a ver com o


consumo em standby dos Gearless ser muito superior ao dos hidráulicos Fluitronic. Quanto menos tempo o elevador estiver em modo standby maior será a eficiência da solução Gearless. Fazendo uma análise simples de custo ano de energia sem ter em conta o custo da potência contratada para uma solução 630 kg, 12 metros de curso, 80 000 viagens ano. Chegamos aos seguintes valores referenciais de custo ano de consumo: > Gearless Vn = 1,0 m/s: 750 kWh [26] x 0,1405€ [27] = 105,4 €/ano; > Fluitronic Vn = 0,6 m/s: 1.300 kWh x 0,1405€ [27] = 182,7 €/ano. Importa referir que a classificação VDI 4707 serve atualmente como Diretiva para a elaboração da futura certificação energética internacional das instalações de transporte vertical. Este processo está a cargo da Comissão Europeia, ao abrigo do Projeto E4, que tem como objetivo a criação de uma metodologia própria de análise de desempenho de elevadores e escadas rolantes, pois a Norma ISO 25745-1 ainda não dá as respostas necessárias. Existem alguns estudos técnicos de consumo de energia em que se sente a presença do marketing que são baseados em estimativas de tráfego desajustadas [25]. Alguns pontos detectados: > Potência hidráulica de 11 kW quando devia utilizar 7,5 kW para uma carga de 630 Kg; > 200 000/150 000 viagens por ano são valores totalmente desajustados para a realidade de 80% do mercado português; > Carga nominal de 1000 kg quando no nosso mercado cerca de 80% refere-se a uma carga de 630 kg;

> 8 paragens e fazem uma análise comparativa com um hidráulico que é totalmente desajustado. O argumento sobre o consumo de energia dos elevadores deve ser cuidadosamente tratado, caso contrário, resultados irreais podem ser interpretados. Existem no mercado outros dispositivos que melhoram o desempenho da eficiência energética dos elevadores que vamos analisar. TECNOLOGIAS REGENERATIVAS: A tecnologia regenerativa permite recuperar a energia gerada em excesso pelo elevador e devolvê-la à rede ou ser reutilizado, possibilitando uma poupança energética de cerca de 30%. No caso do elevador elétrico, todos sabemos que quando um elevador funciona parte da energia da rede elétrica devolvida é dissipada num banco de resistores e transformada em calor. Isso acontece porque o elevador devolve parte da energia consumida em dois momentos: quando sobe com a cabina abaixo da metade da sua capacidade ou quando desce com a capacidade acima de 50%, no caso do elevador elétrico. Com o sistema regenerativo nos elevadores elétricos, a energia é devolvida a partir da instalação de mais um inversor. O primeiro controla o fluxo de energia da rede elétrica que é entregue ao inversor do motor. O segundo inverte a tensão contínua em alternada para controlar o motor do elevador. Representa uma economia significativa, tanto financeira como ambiental. Viabilidade da sua Aplicação A importância da regeneração depende da totalidade das necessidades energéticas do elevador e a frequência com que é usado.

Nos elevadores de intensidade baixa de uso, categoria 1 em edifícios 2-6 paragens com velocidades nominais até 0,6 m/s e com um baixo índice de utilização, o benefício não é suficiente em relação ao investimento. No caso de um edifício hospitalar ou arranha--céus com velocidades nominais mais elevadas, a tecnologia regenerativa teria um retorno muito significativo dentro de um período relativamente curto de tempo [19]. Perante a viabilidade da instalação de um sistema de frenagem regenerativa sobre o sistema de acionamento de elevadores já instalados, os engenheiros de uma empresa multinacional verificaram que para potências do sistema de frenagem acima dos 40 kW, o retorno financeiro ocorre em poucos anos. Para valores de potência menores do que 40 kW, o retorno financeiro ocorre em uma maior quantidade de anos [20]. No caso dos elevadores hidráulicos, como não tem normalmente contrapeso, quando a cabina se move para cima necessita de mais potência e quando se move para baixo toda a energia potencial acumulada é desperdiçada e convertida em calor por estrangulamento do fluido. É por este motivo que a energia consumida num elevador hidráulico é maior em comparação com um elevador elétrico. Para reduzir o consumo e o requisito de potência da instalação, desenvolveram-se mecanismos de frenagem regenerativa nos elevadores hidráulicos [20]: No seu artigo, Yang (2006) introduz um método de frenagem regenerativa que não é mais do que um Acumulador Hidráulico (contrapeso hidráulico) [29], consiste num reservatório de óleo

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pressurizado. Yang (2006) conclui o artigo afirmando que com o seu método a eficiência é 70,8% maior do que a de um elevador hidráulico sem tal sistema. Neste sistema a energia não é acumulada em baterias, mas sob a forma de pressão que depois é novamente injetada no sistema. Tecnologia do Conversor de Frequência no acionamento do sistema hidráulico do elevador. O que difere esta tecnologia em relação às restantes nos hidráulicos é que o motor e a bomba são executados a uma velocidade variável em função da carga sobre a cabina e da velocidade necessária em função da curva. Com o controlo de fluido necessário em cada instante, significa menos energia elétrica consumida, o que resulta em menos calor gerado, o que significa um melhor rendimento. Os fabricantes indicam que esta solução requer cerca de 50% menos de energia do que era necessário anteriormente para fazer o mesmo percurso. O balanço térmico do elevador hidráulico, como um todo, é melhorado em cerca de 40%. Para a maioria das instalações significa uma poupança adicional, nomeadamente porque não há necessidade de um permutador de óleo. Podendo fazer facilmente 200 Arr/hora sem qualquer permutador, aumenta a longevidade do motor e reduz o rumor da instalação. Tecnologia com um sistema Regenerativo. Com este sistema, até 30% da energia potencial pode ser recuperado e reutilizado. A eficiência energética da unidade de potência é aumentada consideravelmente. A energia é armazenada num sistema de baterias à semelhança da solução utilizada nos elevadores elétricos. Sistemas regenerativos hoje em dia apresentam custos muito elevados, que só são viáveis (o seu investimento) quanto maior for a sua carga nominal e a sua velocidade.

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Embora a nível de marketing este Existe uma questão ambiental ponto nunca seja referido. importante que está associada à dependência dos imãs permanentes: POTÊNCIA ACÚSTICA depende daquilo que está na Tabela Periódica identificado como “terras Apenas se podem constatar os da- raras”; são elementos situados na dos que os fabricantes transmitem secção dos “Lantanídeos” (17 elenas suas folhas técnicas, que aliás mentos químicos, do lantânio até o são muito vagas ao nível do rigor lutécio). Além disso, estes minerais da informação. Temos fabricantes necessitam de um processamento peque indicam para o elevador MRL sado, envolvendo a extração de uma Elétrico uma potência acústica ge- certa quantidade de radiação, além rada entre 53 dBA – – 55dBA - 65 de sucessivas lavagens e refinação dBA. Comparando com os eleva- de areias e terras que resultam na dores MRL Hidráulicos, estes têm produção de lixo tóxico, algo ainda uma potência acústica na ordem dos muito pouco regulado ou fiscalizado 63 dBA e os 67 dBA. Não é signi- devido à origem dos países exporficativa a diferença entre ambos os tadores onde existem muito poucas sistemas. preocupações ambientais. Os elevadores MRL Hidráulico esEXIGÊNCIAS ESTRUTURAIS tão associados a serem pouco amigos do ambiente pelo fato de utilizarem O elevador MRL Elétrico como a cerca de 100 a 200 litros de óleo mimáquina de tração se encontra situ- neral. Tecnicamente não estou muito ada no último piso superior implica de acordo porque se analisarmos este que as forças e tensões são transmi- fluido trabalha dentro de um pistão tidas pelas paredes do edifício até e de uma central e apresentam uma à base estrutural do edifício. Esta vida útil de aproximadamente dez solução é mais exigente estrutural- anos ou mais, deve-se lembrar que a mente. mesma quantidade de combustível é No caso do elevador MRL Hi- usada por apenas um veículo no pradráulico como todo o equipamen- zo de um mês. to se encontra apoiado na base da Para ultrapassar esta questão, os caixa, todas as forças e tensões são fabricantes de elevadores MRL Hitransmitidas diretamente ao piso dráulicos começam a utilizar um sem qualquer sobrecarga às paredes fluido biodegradável à prova de do edifício. Esta solução é menos fogo, amigo do meio ambiente, pela exigente estruturalmente. sua caraterística ecológica. Com esta Essa exigência torna-se mais evi- solução eliminam-se os argumentos dente quando estamos a instalar um que ainda hoje se sentem no markeelevador num edifício existente. Por ting mas na parte técnica esta quesnão podermos normalmente refor- tão encontra-se ultrapassada. çar a estrutura do edifício a solução natural é a aplicação do elevador hi- PATENTES: dráulico. A patente é um conjunto de direitos QUESTÕES AMBIENTAIS: exclusivos concedidos por uma situação a um inventor (ou representante) Os elevadores MRL Elétricos ao de um novo produto capaz de ser utiutilizarem a nova geração de má- lizado industrialmente, por um tempo quinas de tração Gearless em que limitado, em troca da divulgação do não utilizam óleo mineral ou sin- período de invenção. Uma patente é tético, são um grande salto a nível uma forma de propriedade intelectual ambiental. [1], não protege ideias por considerar


que essas devem ser de livre circulação e, assim, a proteção só é concedida para algo que já foi criado. A propriedade intelectual compreende a propriedade industrial e o direito de autor. A propriedade industrial protege as invenções (patente de invenção ou modelo de utilidade). Por norma, um produto inovador patenteado corresponde a uma nova abordagem sobre um determinado problema com vantagens a diversos níveis, quer para o utilizador quer para o ambiente. A patente, geralmente de nível inovador na solução de transporte vertical, serve para banir a eventualidade de termos mais competitivos que são oferecidos por outras empresas de serviços qualificados. O cliente é, naturalmente, prejudicado fortemente em muitos aspetos em relação a um fornecedor com material patenteado quando se trata da manutenção e na aquisição de peças de reposição, o que pode ter um efeito alarmante nos preços [2]. Por este motivo cada vez mais existe uma corrente de que os Ascensores devem ser de “Tecnologia Aberta” e não, como neste momento nos apercebemos, que todas as soluções que são apresentadas no mercado como inovadoras são de “Tecnologia Fechada”. As vantagens de uma Tecnologia Aberta em relação a uma Tecnologia Fechada traduzem-se nos seguintes pontos: > Tecnologia Fechada – Direito de propriedade. O custo de manutenção e peças de reposição têm preços mais elevados porque

utilizam consumíveis do fabricante e, assim, limita o número de empresas de serviços que podem prestar manutenção. Quem sai prejudicado é o proprietário do elevador, porque, embora seja da sua propriedade continua preso à questão da tecnologia fechada. Patente. > Tecnologia Aberta – Não propriedade. O custo de manutenção e peças de reposição possuem preços mais baixos porque utilizam consumíveis correntes e qualquer empresa de serviços credenciada pode prestar manutenção. Aqui não existe uma forte dependência sobre a Tecnologia Fechada. Todos os principais fabricantes de elevadores, bem como os principais fabricantes de motores especializados na tecnologia do transporte vertical, já apresentaram as suas próprias soluções MRL com base no conceito de motores síncronos de ímanes permanentes - Permanent magnet Syncro-nous Machine (PMSM). As soluções MRL encontram-se patenteadas e, por isso, é difícil introduzir outras novas soluções MRL que seriam mais rentáveis, sem infringir as patentes existentes. Direitos reservados da patente proíbem outras empresas qualificadas de utilizar a solução MRL. Como resultado, um grupo de empresas multinacionais, cada vez mais, controla o mercado de elevadores nas edificações de baixa e média altura. As soluções elétricas MRL normalmente são oferecidas com pre-

ços muito competitivos, mas durante a manutenção, por vezes, as peças de reposição são cobradas a um alto custo. Obtenção das peças de reposição de unidades MRL também é difícil, já que o serviço só pode ser feito pelo instalador original ou pelos seus parceiros de serviços. Fazendo uma comparação entre os elevadores MRL Elétricos e os elevadores MRL Hidráulicos, da forma como o mercado hoje se apresenta cada vez mais fechado, conclui-se que a solução MRL Elétrico é de longe a que apresenta mais pontos negativos com Tecnologia Fechada em relação ao Elevador Hidráulico. POSIÇÃO DA SOLUÇÃO MRL ELÉTRICO VERSUS MRL HIDRÁULICO: Com a introdução da solução MRL (Machine Room Less) Elétrico no mercado em 1995, neste momento no mercado europeu é líder com uma cota de mercado a rondar os 80% nas vendas. Dada a forte dominância dos modelos de tração MRL na comercialização dos equipamentos desenvolveram-se os sistemas hidráulicos sem casa de máquinas e, neste momento, ocupam na Europa um mercado de vendas correspondente a 20%. Se olharmos para o mercado dos Estados Unidos a realidade apresenta-se com 70% de elevadores hidráulicos e os restantes 30% elétricos. CONCLUSÃO Ao analisar as diferenças que existem em ambas as situações é com estranheza que observo a cota de mercado que ocupa a solução elétrica em relação à hidráulica na Europa. Uma vez que ambas as soluções apresentam vantagens e desvantagens, mas nada justifica, tecnicamente, tão grande diferença de critérios nas vendas. Julgo que o fator decisivo foi quando em 1995 as 4 BIG começaram apostar na solução do elevador MRL Elétrico, e aqui inverteu-se a tendência do mercado. Fonte: Revista Elevare

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FIM


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