Revista Elevador Brasil - Edição 163

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“Conhecimento gera liberdade” O conhecimento e a sabedoria são duas essências que se complementam, pois sabemos que a sabedoria é o resultado das ações que realizamos com o conhecimento conquistado ao longo da nossa existência. O conhecimento pode trazer em si muitas virtudes, sendo a liberdade uma das mais distintas, o que não isenta seus discípulos de agirem para alcançá-la, o que nem sempre é logrado com êxito e satisfação. O pragmatismo pode ser, em muitos casos, comprovado pelo sucesso com que doutrinas de controle de massa largamente difundidas obtiveram êxito ao longo das últimas décadas, e estes se refletem nas áreas políticas, sociais e de negócios. Haja vista, o baque que a grande mídia tradicional recebeu com o advento das mídias digitais quebrando o monopólio de pensamentos, expondo as mentiras e manipulações das oligarquias dominantes. O setor de elevadores também tem seus mitos e mentiras difundidas por décadas e que são de alguma forma impedidas de chegarem ao conhecimento dos usuários dos serviços de Transporte Vertical. Não é raro encontrarmos dizeres como: “Só nós temos as peças originais” ou “Oferecemos três meses de serviços grátis, sem compromisso”. Vivenciamos uma época de embate mental, e os menos esclarecidos

serão presas fáceis de um mercado canibal. Levar conhecimento à presa, de que ela pode escapar das mãos do predador, é a tarefa principal a ser resolvida. E isso só se faz com a união de todos em prol das entidades que existem, mas que só podem conquistar e libertar o cliente das amarras impostas pelos poderosos através do conhecimento, com a colaboração e participação de empresários que têm visão do campo em que estão atuando. Afinal, o conhecimento é o melhor caminho para a liberdade. Nesta edição, você irá conferir as principais tendências tecnológicas para a construção civil em 2021 e todas as informações sobre a nova revista lançada no mercado, “Mecanizando”, que traz conteúdo especializado em engenharia mecânica e industrial. O Engº Rodrigo Antonio da Silva assina um artigo sobre troca de trincos antigos por novos e o Engº Paulo Roberto dos Santos aborda o tema “Como viabilizar projetos para Indústria 4.0”. O quadro Caso de Sucesso traz a história da Xpert Elevadores, empresa que se destaca em Belém pelo comprometimento com a segurança e agilidade nos atendimentos. E muito mais! Boas festas e boa leitura! Nos vemos em 2021! Boa leitura! Abraços, Edilberto Almeida

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Sumário Tendências tecnológicas para a construção civil em 2021 Troca de trincos antigos por novos Como viabilizar projetos para Indústria 4.0? Mercado de elevadores x Covid-19 Elevadores em toda parte Xpert Elevadores se destaca em Belém pelo comprometimento com a segurança e agilidade nos atendimentos

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Schmersal: uma empresa comprometida com a transformação social Mecanizando: uma nova revista lançada no mercado brasileiro, com conteúdo especializado em Engenharia Mecânica e Industrial O trabalho invisível e perigoso dos técnicos de elevadores Melhora na construção civil, vacina contra a Covid e debate sobre reformas animam o setor de elevadores em 2021

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O site da Revista Elevador Brasil está de cara nova. Mais moderno e dinâmico. Muito mais informações para você. Entre e fique à vontade.

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3 Ensaiada a fogo

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Fechos eletromecânicos

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Porta de Pavimento Automática


Botoeiras de Pavimento sobre a parede

Lanternas tipo IPD de andar

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TECNOLOGIA

Tendências tecnológicas para a construção civil em 2021

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uer uma boa notícia para o setor da construção civil em 2021? De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), o PIB desse setor crescerá em torno de 3%. Quer outra boa notícia na mesma área? Crescimento de 3,4% na América Latina para o próximo ano, segundo estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). 2020 foi um ano atípico, com muitos desafios a serem enfrentados e que exigiu competitividade e resiliência das companhias, porém diante de cenários positivos para o próximo ano, empresas ligadas ao segmento da construção civil se preparam para fazer parte desse cenário azul, aproveitando oportunidades e saindo na frente. Eduardo Aguiar, da Expert System, empresa com 33 anos de atuação no mercado da construção civil, vai além da análise de números e acrescenta que “estar preparado para agarrar as oportunidades será quase que vital. Tecnologia e inovação já deveriam estar incorporadas no dia a dia de nossos processos, do projeto ao canteiro de obra, às soluções de interface com o morador/usuário das edificações. Não podemos mais nos conformar com estudos que apontam a construção civil como um dos setores menos digitais da economia global”, destaca. O estudo referido por Aguiar é o Imagining Construction’s Digital Future, da consultoria de gestão McKinsey & Company. Esse material apon-

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ta algumas ferramentas que não são realidade apenas fora do Brasil. Estão presentes por aqui e cada vez mais enraizadas em processos. Entre as principais consideradas quase que obrigatórias em 2021 estão: - Building Information Model (BIM): da sigla Modelagem da Informação da Construção, possibilita a criação e gestão de projetos de construção civil, do início ao fim. O processo de modelagem em 3D permite planejamentos e execuções de obra mais precisos, gerindo gastos de tempo e orçamento. No Brasil, o BIM passa a ser obrigatório; - ERPs: os sistemas integrados de gestão empresarial proporcionam a administração de informações, partindo da coleta até o armazenamento de dados. Permite que todos os dados de uma empresa estejam centralizados e os processos conectados, agilizando o fluxo de informações. “O ERP é uma ferramenta que já está inserida entre as necessidades de gestão de empresas da construção civil. O passo atual é o conceito de ERP pós-moderno, que tenha a mesma linguagem das demais ferramentas de negócios para que haja integração”, explica Aguiar; - Cidades inteligentes: apesar do alto custo relacionado, cidades com construções verdes e soluções ambientais sustentáveis para energia e transporte estão entre os tópicos de inovação em 2021. Os softwares inteligentes permitem desenvolvimento de infraestrutura conectada, além de otimização das operações; - Impressora 3D: permite a impressão de vigas, paredes e pilares

através de cartuchos de cimento. Essas impressoras têm um tamanho imenso (chegando a ser necessário guindaste para o transporte) e permitem a divisão em várias camadas do que será impresso. Uma das grandes vantagens dessa impressora é a liberdade na criação de projetos, que podem ser personalizados e inovadores; - Tecnologias digitais: uso de alternativas como robôs e peças mecânicas para dar maior eficiência, precisão e qualidade nos processos. Um bom exemplo que cada vez é mais empregado são os drones. Eles auxiliam na inspeção de áreas de difícil acesso ou perigosas para exploração humana; - Internet das Coisas: a interconexão digital de objetos como calças, EPIs e demais equipamentos permite rastrear o funcionário na obra e identificar situações de falta de segurança ou até de perigo através, por exemplo, de equipamentos com GPS integrado. Independentemente da necessidade, algo já foi pensado ou está prestes a ser lançado. A tecnologia na construção civil evoluiu a passos largos. Controle de custos, compra de recursos, gestão de equipe e fluxo de informações, projeções exatas e impressões 3D são alguns dos exemplos. Mas será que tudo isso um dia fará sentido? Já faz! O que não cabe é a crença de que apenas os maiores são o foco dessas inovações. Informações para a imprensa Oficina das Palavras: Elaíse Cidral – litoral5@grupoodp.com.br + 55 (47) 9 9994-1265

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ARTIGO TÉCNICO

Troca de trincos antigos por novos

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Por Eng. Rodrigo Antonio da Silva

engenharia caminha de maneira a trazer as soluções para melhoria da performance e da segurança de máquinas e equipamentos de uso geral, e não seria diferente com os elevadores. Na manutenção preventiva de elevadores é feita a verificação periódica do funcionamento dos contatos elétricos e dispositivos eletromecânicos de segurança, para garantir o perfeito funcionamento aos usuários e mantenedores.

Figura 1: Funcionamento básico de trinco de porta de pavimento. Acionado pela rampa da cabina.

Esses trincos devem estar bem limpos, regulados e lubrificados, mas chega uma hora que devem ser trocados por novos, principalmente nos andares mais usados, devido ao desgaste natural das partes móveis, fadiga de material ou até mesmo interferência externa. Como o trinco de porta funciona

Ocorre, que devido ao grande número de elevadores instalados, de fabricantes e de mantenedoras atuantes no mercado de manutenção de elevadores, algumas informações precisam ser bem disseminadas entre os técnicos e bem passadas aos clientes, de forma que todos entendam as necessidades de melhorias nos elevadores. É importante observar que os trincos de portas de pavimento mais comuns (cerca de 50% dos elevadores de portas de eixo vertical ou de puxar) aplicados nos elevadores instalados aqui no país, têm funcionamento e construção similar, conforme a ilustração da Figura 1 a seguir.

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Os trincos de portas de elevadores antigos (portas de eixo vertical ou de puxar) possuem no batente (marco) de porta um trinco com pelo menos 2 contatos elétricos (Sinal de Porta fechada + Sinal de Porta travada) e os antigos só dependem da porta do andar (gancho de porta) para sinal de Porta fechada, pois o sinal de Porta travada é feito por um conjunto eletromecânico interno, conforme ilustrado na Figura 2.

Figura 2: Ilustração do interior do trinco antigo. Composição de contatos e ponte de contatos.

Nesses trincos, caso uma palheta de contato encoste na outra por algum tipo de defeito ou interferência externa, o sinal de circuito fechado é enviado para o comando e o elevador fecha a porta de cabina e pode vir até a sair do andar.


É por esse e outros motivos que é obrigatório por lei a instalação de avisos nas portas de pavimento, conforme ilustrado na Figura 3 a seguir.

Figura 3: Exemplo de aviso a instalar nos pavimentos

Para a época em que foram projetados e instalados, esses trincos antigos eram considerados seguros, porém com o passar dos anos e evolução das normas, foram verificados problemas mecânicos e elétricos, caracterizados como possíveis falhas de material, de regulagem e funcionamento que levam à necessidade de atualização. O problema Nos casos extremos de falhas nesses trincos de portas de puxar, seria possível abrir a porta do pavimento sem o elevador estar parado no andar em que a cabina está parada, ou até mesmo o elevador partir com a porta do pavimento aberta. Uma condição que exemplifica bem o risco é ilustrada na Figura 4, onde as lâminas dos contatos elétricos estão muito próximas (à menos de 0,5 milímetro) uma da outra. Nesse caso, a porta de cabina pode vir a fechar mesmo que a porta de andar ainda esteja aberta.

Pode parecer exagero, mas acredite, os acidentes com elevadores mais comuns (1º lugar nas estatísticas) estão ligados às portas de pavimento. Nas vistorias e inspeções técnicas de elevadores, os testes de trincos são obrigatórios devido à importância de seu funcionamento e envolvimento direto na segurança ativa. É comum encontrar os conhecidos “trincos jumpeados”, mas não podemos aceitar essa condição como normal, visto que o elevador pode se mover com a porta do pavimento ainda aberta ou destravada nesses casos devido às irregularidades nos trincos ou em seus circuitos. Como melhorar a segurança Devido aos problemas identificados, foram projetados trincos mais modernos, eficazes e seguros, que eliminam o risco dos contatos elétricos se encostarem uns nos outros e provocarem falhas na segurança do elevador, pois com a troca, o fechamento do circuito passará a depender plenamente do gancho de porta de pavimento nos dois sinais. Esses trincos são ilustrados na Figura 5.

Devido à possibilidade de falhas e necessidade de atualização, é recomendável a troca dos trincos antigos por novos de modelo atual. Os trincos de modelo novo são trincos que possuem tecnologia mais segura e atualizada do que os trincos antigos, originalmente instalados. Conclusão Resumindo, a prevenção é a melhor maneira de se evitar transtornos, incidentes, acidentes e paralisações de longa duração em elevadores, além de evitar gastos desnecessários com reparos em trincos de portas de pavimento que podem vir a apresentar problemas em pouco tempo depois da execução dos serviços. Atividades como inspecionar, conservar e manter corretamente os elevadores de uma edificação requerem constante atualização tecnológica. Oferecer opções mais eficazes e seguras faz parte do dia a dia de quem trabalha com manutenção preventiva de elevadores. A manutenção preventiva é essencial e faz com que a vida útil dos componentes do elevador seja a maior possível, tornando-o também mais seguro para usuários e mantenedores. Inspecionar periodicamente as portas de pavimento e seus componentes deve ser parte integrante do plano de manutenção de elevadores e assim ser seguida pela empresa mantenedora dos elevadores. Bom trabalho e mãos à obra!

Sobre o autor

Engº Rodrigo Antonio da Silva REG. CREA-SP: 5060243204 Figura 4: Contatos praticamente encostados um no outro. Risco de fecharem o circuito da porta.

Figura 5: Exemplos de trincos eletromecânicos mais seguros

https://consultoriaelevadores.com.br/

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TECNOLOGIA

Como viabilizar projetos para Indústria 4.0? Por Engº Paulo Roberto dos Santos

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ue a implementação dos conceitos preconizados para Indústria 4.0 trazem muitos benefícios para qualquer empresa, é um fato. Porém, constantemente encontro executivos e empresários desapontados, por não encontrarem viabilidade em suas iniciativas de projetos para Indústria 4.0. Eu realmente não me surpreendo com isso, pois estou bastante familiarizado com a forma com que são analisados os projetos no Brasil. O que geralmente observamos é uma análise superficial, e em alguns casos, uma análise de ROI – Retorno sobre investimento, que não expressam a dimensão real de custos e benefícios, fazendo com que seja muito mais difícil encontrar justificativas para investimentos em certas tecnologias da Indústria 4.0. Fui buscar um artigo, elaborado por duas pesquisadores da Universidade de Zilina, na Slovakia, (Barbusova, Miroslava & Medvecká, Iveta & Gašo, Martin. (2019). Use of TCO Analysis in Industry 4.0. 10.24132/PI.2019.08948.010-017), que traz uma boa explicação sobre o tema. Vamos primeiramente compreender o conceito de TCO – Total Cost of Ownership, ou em português Custo Total de Propriedade, é uma métrica de análise que tem como objetivo calcular os custos de vida e de aquisição de um produto, ativo ou sistema. O TCO é uma ferramenta importante para apoiar a gestão estratégica de custos. É uma abordagem complexa que requer que a empresa compradora determine quais custos considera mais relevantes ou significativos na aquisição, posse, uso e posterior destinação de um bem ou serviço. Além do preço pago pelo item, o TCO pode incluir os custos incorridos com a colocação do pedido, pesquisa e qualificação de fornecedores, transporte, recebimento, inspeção, rejeição, ar-

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mazenamento e descarte. Um uso da análise de TCO é apoiar a seleção de fornecedores e a decisão de avaliação. As abordagens tradicionais incluem a seleção e retenção de um fornecedor com base apenas no preço, ou principalmente com base no preço, ou avaliação qualitativa do desempenho do fornecedor usando abordagens categóricas ou de matriz ponderada. O TCO é aplicável a praticamente todo tipo de compra e inclui os custos de compra associados a um fornecedor específico. Ao decidir como automatizar, a decisão final de investimento geralmente é determinada pelo preço de compra ou pelo cálculo do retorno do investimento. No entanto, decisões baseadas exclusivamente nos custos de aquisição podem se mostrar financeiramente fracas para a empresa. Especialmente ao trabalhar com dispositivos eletrônicos ou mecânicos avançados, é mais importante comparar os custos do ciclo de vida de diferentes alternativas. Muitos custos, como operação, software, manutenção, custos de treinamento, geralmente se acumulam enquanto o dispositivo está funcionando. O princípio do TCO é encontrar todos os custos ocultos de compra de um produto, o preço do produto é de apenas 25,0% do custo total de uso do produto (Figura 1, extraída do artigo). Para cada produto, os custos ocultos são muito individuais e, portanto, o uso da análise de TCO é muito exigente. Ao contrário das técnicas tradicionais de redução de custos e redução de custos que se concentram em todas as áreas, a análise de TCO oferece suporte ao gerenciamento estratégico de custos, o que significa que todas as análises de TCO levam em consideração o impacto das decisões de compra nos custos da organização.

Figura 1

Usando TCO para selecionar equipamentos para a Indústria 4.0 Ao comprar um novo equipamento industrial, o preço reflete uma pequena parte de um grande todo. Algumas fontes dizem que o valor na etiqueta de preço representa menos de 10,0% do custo total gasto

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em um equipamento durante sua vida útil. Na verdade, prevê-se que os custos de energia, manutenção e taxas de reparo tenham pelo menos cinco vezes mais relevância do que o custo inicial. Mas poucos consideram esses fatores como parte do preço durante o processo de seleção. O TCO deve ser usado para avaliação completa, que é uma estimativa de todas as despesas coletivas associadas à compra e operação de uma peça do equipamento. Na Figura 2 é vista a fórmula do custo total de propriedade, onde: I – Initial Cost ou, custo inicial - é o número que aparece na etiqueta de preço. Conforme afirmado anteriormente, isso é menos de 10% do TCO. O – Operation ou, operação - é o custo para instalar o equipamento, testar o equipamento, treinar funcionários para operar o equipamento e o custo da energia para operar o equipamento. Se o equipamento for complicado de usar, o custo do treinamento aumentará. M – Maintenance ou, manutenção - inclui o custo de reparos regulares, como limpeza, inspeção, lubrificação e ajuste do equipamento para garantir que esteja em perfeitas condições. Isso também inclui a manutenção reativa quando o equipamento quebra inesperadamente. D – Downtime ou, tempo de inatividade - envolve os custos de mão de obra de funcionários cujo trabalho está atrasado, custos de mão de obra indireta de supervisores que tratam do problema, perda de produção e perda de clientes por incapacidade de atender às expectativas de tempo. Embora você possa incluir o tempo de inatividade junto com o custo de manutenção, geralmente é tão grande que justifica sua própria categoria. P – Production ou, produção - dois equipamentos diferentes provavelmente terão níveis diferentes de saída, produzirão qualidades diferentes e terão implicações ambientais diferentes. R – Remaining Value ou, valor remanescente - tem a ver com a longevidade do equipamento.

Figura 2 – Fórmula de propriedade do custo total [7]

Conclusão Se a análise dos custos totais envolvidos na aquisição, uso, manutenção e descarte de um equipamento, forem realizados apropriadamente, será mais fácil a justificativa do investimento em tecnologias da Indústria 4.0. Indústria 4.0 trata de um novo paradigma industrial, para o qual necessitamos ajustar nossa forma de pensar, e treinar nossas equipes para que tenham uma visão mais ampla das implicações de cada decisão.

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SOBRE O AUTOR

Paulo Roberto dos Santos Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.


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A equipe da Revista Elevador Brasil deseja a todos os anunciantes e assinantes um Natal repleto de harmonia, paz e saúde e um Feliz 2021! Agradecemos imensamente por mais um ano de parceria e confiança em nosso trabalho. Boas festas!

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NEGÓCIOS

Mercado de elevadores x Covid-19

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Por Roberto Saggiomo

mercado de elevadores e escadas rolantes foi impactado negativamente nos últimos meses, devido aos bloqueios impostos na maioria dos países pela pandemia da COVID-19, que teve início em dezembro de 2019 (no Brasil, após o Carnaval). Vários países, incluindo o Brasil, Itália, EUA, França e outros, sofreram e estão sofrendo com a chamada “Retomada consciente dos setores da economia”, que empresas (exceto serviços essenciais) não foram autorizadas a operar. Além disso, o impacto do surto da COVID-19 desacelerou o crescimento da indústria da construção nos últimos meses, causando atrasos, que podem ser atribuídos à várias cadeias de abastecimento interrompidas. A maioria dos projetos de construção comercial e residencial foi paralisado para conter a propagação do vírus. As ações (certas ou erradas) acabaram impactando severamente nos mercados, criando uma onda de desemprego e perda de receita de empresas e claro, acertando precisamente os condomínios. Isso causou, em alguma escala, a perda da demanda por elevadores e escadas rolantes nos últimos meses. Espera-se que os fabricantes de elevadores e escadas rolantes e a indústria de construção e, principalmente, as áreas de reforma dos equipamentos existentes e reparos (onde temos um perigo, por conta de segurança) em geral, enfrentem vários desafios. Isso porque a maioria dos projetos comerciais, provavelmente ficará incompleta ou atrasada, devido às interrupções por congelamento de contratos e fluxo

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Créditos: Pexels


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e preço da cadeia de abastecimento, o que poderá causar restrições de caixa, indisponibilidade da força de trabalho e paralisação da produção. A paralisação da atividade de construção nos locais do projeto colocou ainda mais pressão financeira em vários fabricantes e desenvolvedores. Prevê-se que a demanda por elevadores e escadas rolantes aumente nos próximos meses, à medida que vários governos se preparam para suspender os bloqueios em fases (oremos, pois neste momento, em que escrevo este, estamos regredindo para a fase amarela em São Paulo). À medida que os bloqueios gradualmente terminam, a indústria da construção e os condomínios devem descongelar projetos e se capitalizar para voltar a crescer, embora não no mesmo ritmo de 2019, mas com uma projeção em V. À medida que os projetos comerciais reiniciam globalmente, a demanda por elevadores e escadas rolantes deve crescer nos próximos meses. O mercado de elevadores e escadas rolantes deverá se recuperar entre o primeiro e segundo trimestre de 2021 – a depender da vacina e a politicagem - e crescer significativamente nos próximos cinco anos com a China, sendo líder no mercado global de elevadores e escadas rolantes.

Sobre o autor

Roberto Saggiomo começou a trabalhar com 14 anos na Telesp. Com 18 anos, foi para o Otis e hoje aos 45, ainda atua no mercado de elevadores. Especializado em marketing, com cursos na ESPM e FGV e sempre se atualizando em cursos, conhece a parte técnica e comercial. Já atuou também nas áreas de manutenção, modernização e vendas novas. Hoje é proprietário da Criart Prime Elevadores Ltda, que atua no segmento de modernizações na capital de São Paulo.

Créditos: Pexels

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TECNOLOGIA

Elevadores em toda parte

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Por Newton C. Braga (*) o passado, os elevadores tinham aplicações bastante limitadas, tanto pelo seu custo como pela tecnologia usada. Em nossos dias, os elevadores estão se tornando comuns, não apenas nas instalações industriais, comerciais, públicas e de usos específicos, como também estão presentes até mesmo em residências de uma forma comum, assim como para atender pessoas com necessidades especiais. Com isso, o campo de trabalho para todos que estejam envolvidos com a manutenção, instalação e fabricação de elevadores amplia-se dia a a dia. Já não temos os elevadores encontrados apenas em construções mais elevadas, mas também tipos de baixa capacidade e de características simplificadas que permitem sua utilização em residências a partir de dois andares. Construções de padrão médio já podem contar com esse recurso e até de maneira mais aperfeiçoada, no caso do atendimento de pessoas com necessidades especiais.

Figura 1 – Elevador residencial individual (imagem da internet)

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Evidentemente, os recursos tecnológicos com que podem contar esses elevadores ampliam-se constantemente, pois temos um item muito importante que deve ser considerado de modo especial neste tipo de elevador. Antigamente, a tecnologia do elevador exigia um “piloto”, um ascensorista que deveria ter um preparado muito especial para manusear os complexos controles dos modelos antigos.

Figura 2 – Elevador antigo com o ascensorista – foto da internet

Com a chegada do elevador automático, é claro que esta profissão acabou, se bem que em locais sofisticados com alguns hotéis de luxo, ela ainda existe, o que mostrou que a tecnologia pode ser suficientemente simples para que todos possamos dominá-la.

No entanto, se bem que em um prédio de apartamento ou em um prédio comercial, existe sempre a possibilidade de acionarmos o intercomunicador de emergência – em um elevador residencial pode não haver a possibilidade de contarmos com ajuda por perto. Assim, à medida que o elevador se torna um recurso mais popular, tornando-se mais um eletrodoméstico de nossas casas, como uma máquina de lavar ou uma geladeira, temos de contar com recursos para os quais os profissionais devem estar preparados. A evolução da tecnologia dos elevadores está não apenas fazendo uso da eletrônica, mas também de recursos de automação que envolvem acesso remoto, inteligência artificial, sensores dos mais diversos tipos e muito mais. Além de termos novas tecnologias que permitem a obtenção de motores mais compactos, mais leves, com maior rendimento e mais baratos, temos também de considerar a eletrônica de controle. Motores de alto rendimento e tecnologias de captura de energia estão sendo cada vez mais usadas. Na tecnologia da captura da energia, da mesma forma que vemos nos veículos elétricos, quando o elevador desce, a energia obtida no processo de frenagem é convertida em energia elétrica, sendo armazenada em baterias ou mesmo, como já está em tudo, em supercapacitores. Desta forma, obtém-se uma enorme economia de energia no acionamento de elevadores.

Os circuitos de controle de motores estão se tornando cada vez mais eficientes e, além disso, temos o uso dos microcontroladores que se tornam mais poderosos, inclusive alguns incluindo recursos para aplicações específicas. Também temos os recursos de inteligência artificial, que justamente visando a segurança e maior interatividade com o usuário, já estão sendo usados. E, onde entra o profissional em tudo isso? Cada vez mais o profissional que trabalha com elevadores, quer seja na manutenção, instalação, venda ou fabricação de produtos associados, deve estar preparado para trabalhar com novas tecnologias. Não basta ter uma maleta de ferramentas e instrumentos ou um local de trabalho com instrumentação apropriada. O profissional deve estar apto a usar todos os recursos de forma efetiva. Lembre-se que diferentemente de eletrodomésticos comuns em que o usuário pode se privar de sua utilização por algum tempo, isso é mais difícil no caso de um elevador, principalmente se ele for único no local de atendimento. Estar sempre familiarizado com as novas tecnologias, saber trabalhar com elas é fundamental. Estejam sempre atualizados. Não é uma sugestão, é um aviso que pode significar sua permanência no mercado.

(*) Autor de centenas de livros de eletrônica, cursos, vídeos e podcasts, mantém o site www.newtoncbraga.com. Nele, o leitor pode encontrar milhares de artigos técnicos de utilidade para todos que tenham atividades diretamente relacionadas com a eletrônica. Figura 3 – Criança em um elevador – foto da internet

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Figura 4 – Motor de elevador – foto da internet


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CASO DE SUCESSO

Xpert Elevadores se destaca em Belém pelo comprometimento com a segurança e agilidade nos atendimentos

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undada em 2017, por Ivan Santana (ex-funcionário da Atlas Schindler), a Xpert presta os serviços de manutenção preventiva e corretiva de elevadores, além de modernização e revenda de equipamentos. Localizada no bairro Marco, em Belém, a Xpert surgiu a partir da verificação da necessidade de uma empresa que prestasse serviços com o comprometimento de segurança das multinacionais, bem como agilidade e proximidade das nacionais. “Identificamos nosso nicho de mercado e clientes que estivessem dispostos a pagar o justo por serviços de excelente qualidade técnica e peças originais. Prezamos pela segurança dos técnicos e usuários e rapidez nas respostas”, conta Ivan.

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A empresa tem como missão transportar vidas com 100% de segurança e seus valores são ética, transparência, segurança e feedbacks constantes. “Buscamos levar ao nosso cliente a velocidade de resposta de uma empresa de pequeno porte, mas com procedimentos de segurança de empresa multinacional suíça”, diz.

Ivan Santana, sócio administrador da Xpert Elevadores

Para Ivan, sucesso significa “clientes satisfeitos, que vendem os serviços da empresa para outros clientes sem pedir nada em troca”. Ivan ainda comenta sobre os planos futuros da empresa. “Tornar-se, dentro de três anos, a maior empresa de manutenção de elevadores dentro do estado do Pará, mantendo a qualidade e procedimentos de segurança para obtermos um crescimento estruturado”, finaliza.

“Na Xpert trabalhamos com os melhores: melhores clientes e melhores colaboradores. Práticas de segurança em primeiro lugar, honestidade e habilidade para entregarmos sempre mais do que o cliente espera.” (Ivan Santana, sócio administrador da Xpert Elevadores)


Neste momento de p em Cristo, lembramos com carinho e admiração de todos aqueles que se uniram a nós em mais um ano que passou. Nossos sinceros agradecimentos pela sua força e confiança! Re Reiteramos os nossos desejos de caminharmos juntos, com felicidade e dedicação por muitos anos.

Feliz Natal e um Próero Ano Novo! Deus te abençoe!

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NEGÓCIOS

Schmersal: uma empresa comprometida com a transformação social Por trás de toda tecnologia existem pessoas sensíveis, humanas e engajadas com um futuro mais seguro para a sociedade

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om o seu DNA em segurança, a Schmersal trabalha para garantir as soluções mais seguras do mercado. Por isso, sua linha de produtos conta com um rigoroso controle de qualidade. Além da tecnologia aplicada para o setor de elevadores, o compromisso da marca é elevar o padrão dos serviços oferecidos pelos seus clientes, colaborando para sempre oferecer soluções que garantam a segurança, o conforto e tranquilidade dos usuários durante as operações de elevadores em prédios comerciais ou residenciais. Para a Schmersal, o objetivo do trabalho não é apenas obter resultados, mas também compartilhar a responsabilidade por uma sociedade mais justa. É por isso que a empresa tem como propósito trabalhar por um futuro mais seguro. Dessa forma, a Schmersal acredita que com pequenas ações conseguimos melhorar o mundo. E esse sentimento é compartilhado diariamente pela empresa para inspirar bons exemplos entre seus colaboradores e parceiros. Com isso, os valores da empresa também são praticados fora

dela, ou seja, a comunidade é igualmente beneficiada por meio de ações e parcerias transformadoras.  “Assim, todas as ações da Schmersal envolvem diretamente nossos colaboradores e a comunidade em que estamos inseridos. E por trás de toda nossa tecnologia, temos pessoas comprometidas com o nosso propósito de deixar um legado de segurança para as futuras gerações”, comenta Nilson Lara, diretor de Operações da Schmersal. É a partir daí que a empresa busca ferramentas para, de fato, plantar o conceito de mudança e contribuição social.  Educação como base A Schmersal acredita que a educação transforma vidas. Quando a empresa fala de segurança, o conceito é visto de forma ampla por todo o time, como a segurança social, por exemplo. Ao olhar para a comunidade, a corporação percebeu que poderia contribuir para reduzir a desigualdade social e fomentar o mercado de trabalho. Seus colaboradores não hesitaram em se voluntariar para

Fachada da Schmersal Brasil

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Alunos Formare 2020

ajudar o próximo e, com isso, a Escola Formare foi criada. O projeto oferece cursos de educação profissional para jovens entre 16 e 18 anos, que aprendem com o time de educadores voluntários Schmersal. Os alunos são de famílias que passam por dificuldades e estão em estado de vulnerabilidade social. Desde 2011, o Formare deu oportunidade de uma vida melhor para mais de 170 jovens, com certificação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. “Essa iniciativa proporciona que os jovens da cidade possam desenvolver habilidades para atuar no mercado de trabalho. Além disso, internamente reflete nossa cultura de aprendizagem e incentiva a prática do voluntariado entre nossos colaboradores. Atualmente temos 40 educadores voluntários. Para nós é importante valorizar as pessoas,

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é o que nos norteia. Por isso, buscamos iniciativas que propaguem isso”, ressalta Nilson Lara. O diretor de Operações explica também que, mais do que possibilitar o estudo, a Escola Formare permite a alguns jovens a chance de sair do projeto já com o primeiro emprego garantido na Schmersal. “Entre os jovens que já participaram do projeto, 78 foram contratados e 34 deles continuam trabalhando conosco”, complementa. A formação passa por áreas como: iniciação ao mercado de trabalho, conceitos para desenvolvimento pessoal, comunicação e linguagem, informática, inglês, cálculos. Valores na prática Dos três pilares que sustentam o propósito da Schmersal - que são Ética/Moral, Sustentabilidade e Social - a

ética tem destaque num projeto que promove cidadania e segurança humana. Desde 2003, a ONU (Organização das Nações Unidas) define que ‘a segurança humana é a proteção das liberdades fundamentais, que são essenciais para a vida’, ou seja, formar cidadãos críticos e conscientes faz parte desse conceito. A empresa realizou, junto à prefeitura de Boituva, o levantamento das principais necessidades da área de Educação do município. O poder público identificou as questões sobre ética como uma das mais importantes. E foi para suprir essa necessidade social que, mais uma vez, o time da Schmersal abraçou a comunidade e criou o projeto Na Moral, em 2017. No projeto, os voluntários deixam a empresa no seu horário de trabalho para exercer uma atividade muito importante, que é levar formação sobre ética e cidadania para os alunos do 5º ano do ensino fundamental, diretamente nas salas de aula da rede pública de ensino, por meio de oficinas extracurriculares. Para tornar o processo de aprendizagem ainda mais interessante, a empresa se tornou parceira do Instituto Maurício de Sousa, por meio do projeto ‘Um por todos e todos por um! Pela ética e cidadania’. O instituto - com o suporte da Controladoria Geral da União (CGU) - fornece o material didático, a metodologia e o treinamento dos educadores voluntários. “É muito legal ver a alegria dos alunos ao perceberem que a Turma da Mônica está no material didático falando sobre ética e cidadania, temas tão importantes para

construirmos um futuro mais seguro para todos”, destaca Rogério Baldauf, diretor-superintendente da Schmersal. Desde seu início, o Na Moral alcançou 325 alunos em 13 turmas de duas escolas da cidade. Atualmente, 15 colaboradores da Schmersal atuam como educadores voluntários do projeto, que planeja atender mais escolas da comunidade boituvense. Fazendo mais pela sociedade A atuação social da Schmersal também tem braços na capital paulista. A empresa contribui com a SBA Girassol, uma escola que atende crianças, mas também oferece educação para jovens e adultos da comunidade do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Com a causa ‘transformando vidas através da educação’, o projeto possui um centro de educação infantil, um núcleo de ensino complementar e uma unidade de cursos profissionalizantes, tudo de graça. Voltando à Boituva, a empresa também atua junto à comunidade nos trabalhos da Chácara Nova Vida (entidade beneficente destinada à recuperação de dependentes químicos) e com o Lar São Vicente de Paulo, que recebe e dá assistência para idosos de Boituva que estão em situação de risco ou de vulnerabilidade social. “Os projetos de voluntariado estimulam os colaboradores a dedicar seu tempo livre para contribuir com instituições que promovem o bem-estar social. Assim, promovemos valores como solidariedade, responsabilidade, altruísmo e gratidão”, enfatiza Nilson Lara.


GEE é um dos itens primordiais na empresa. Entre as ações adotadas estão a obrigatoriedade do uso de etanol nos veículos da nossa frota e o incentivo à carona solidária e ao uso de bicicletas, por exemplo”, explica Rogério Baldauf, diretor-superintendente. Como mais um passo em benefício do planeta e da qualidade de vida da sociedade, em 2016 a Schmersal criou o projeto Oxigênio. O foco é

promover a compensação pela emissão de dióxido de carbono (CO2) por meio do plantio de árvores, de forma proporcional. Para isso, a corporação é parceira da SOS Mata Atlântica, que calcula anualmente a emissão e mapeia as regiões carentes de reflorestamento. Em 2019, por exemplo, a compensação ambiental resultou no plantio de 924 árvores, com 4.512 m² de área reflorestada e mais de 183 toneladas de CO2 neutraliza-

dos, que foi mais do que foi emitido. “Acreditamos que cada pessoa impactada por uma ação será um canal multiplicador dessas boas ações. Acreditamos no efeito transformador dos exemplos”, finaliza Baldauf. Informações mais detalhadas podem ser acessadas no Relatório de Sustentabilidade 2019. Para saber mais sobre a empresa, acesse: www.schmersal.com.br.

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Cuidar do planeta É impossível falar de um futuro mais seguro sem destacar o meio ambiente. Cuidar do planeta é uma das preocupações da empresa, que possui essa prioridade como um de seus valores. Por isso, a Schmersal passou a monitorar a emissão dos gases de efeito estufa (GEE) e, a partir daí, buscou implantar projetos e fomentar ações para reduzir o impacto ao meio ambiente. “Diminuir a emissão dos

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Dicas deLEITURA Livro: Escalator Engineering Autor(es): Ben Abbaspour Ano: 2017 Onde comprar: https://www.elevatorbooks.com/ Categoria: Construção e Engenharia Resumo: A urbanização vem mudando a cara de nossas cidades há algum tempo. Esse processo está programado para continuar em um futuro próximo. Escadas rolantes são importantes integrantes da infraestrutura atual. Elas desempenham um papel essencial no transporte em massa de passageiros em aeroportos, estações de metrô e outros locais públicos. Esse papel está aumentando continuamente com o crescimento dos sistemas de transporte público em todo o mundo. Nos últimos anos, muitas novas tecnologias prometeram um padrão avançado para eficiência de escadas rolantes, economia de energia, segurança e conforto. Este livro fornece ao leitor uma abundância de informações práticas relacionadas ao design e engenharia de escadas rolantes, incluindo informações sobre as mais recentes tecnologias, especificações e equipamentos disponíveis no mercado.

Livro: Aplicando a Quarta Revolução Industrial Autor(es): Klaus Schwab e Nicholas Davis Ano: 2018 Editora: Edipro Onde comprar: https://www.amazon.com.br/ Categoria: Negócios e Tecnologia Resumo: A nova revolução tecnológica está reformulando a economia global e as sociedades como um todo. Os sistemas que hoje aceitamos como certos, desde o modo como produzimos e transportamos bens e serviços até a forma como nos comunicamos, serão integralmente transformados. Há um chamado emergencial para que as lideranças, em todas as esferas sociais e econômicas, se capacitem para agir agora e de forma extraordinária, para gerenciar os riscos e as complexidades dessa mudança. A responsabilidade é imensa, pois temos nas mãos uma janela de oportunidade para desenvolvermos as novas tecnologias de forma a impactarem positivamente o mundo. Este livro é uma síntese das perspectivas dos principais pensadores mundiais dos Conselhos do Futuro Global e da rede de Especialistas do Fórum Econômico Mundial, que tem por objetivo central empoderar as pessoas para que elas participem de diálogos estratégicos ligados às tecnologias emergentes em todas as comunidades, organizações e instituições. A presente edição inclui prefácios de Satya Nadella (CEO da Microsoft) e João Doria (Empresário e Prefeito de São Paulo).

Livro: Sistemas Elétricos Prediais – Instalação Autor(es): SENAI-SP Ano: 2014 Editora: SENAI-SP Onde comprar: https://www.senaispeditora.com.br/produto/sistemas-eletricos-prediais-instalacao/ Categoria: Eletroeletrônica Resumo: Com linguagem didática, este livro apresenta as normas para instalação predial; diagramas elétricos; leitura e interpretação de projetos; ferramentas e equipamentos de segurança. Descreve as fases do planejamento da instalação, quais condutores utilizar, emendas e conexões de condutores elétricos, como fazer a montagem de condutos e interligação de dispositivos elétricos. Destaca a instalação de componentes de automação predial relacionados à segurança e conforto, quadros de distribuição e procedimentos de aterramento e validação.

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NOVIDADES

Por Eng. Mec. Ronaldo Bandeira

Mecanizando: uma nova revista lançada no mercado brasileiro, com conteúdo especializado em Engenharia Mecânica e Industrial

F

omentar e disseminar informação, conhecimento e capacita- rimônia contou com a presença do Vice-presidente do Crea-MG, dição em todas as áreas relacionadas à Engenharia Mecânica versos diretores e profissionais atuantes na instituição e também com e Industrial. Essas são as ações que sempre permearam as diversos empresários do setor da Engenharia Mecânica e Industrial. atividades realizadas pela Associação de Engenharia MeFoi muito perceptível a sensação de conquista no semblante de vácânica e Industrial, a Abemec-MG, entidade abrigada no edifício do rios engenheiros mecânicos e demais presentes na confraternização de Conselho Regional de Engenharia e Agronomia o Crea-MG, em Belo lançamento da revista. ‘‘Diante do cenário desafiador atual, a entidaHorizonte. de reforça seu compromisso de levar informação Com 28 anos de fundação, a Abemec-MG, em e formação aos profissionais, visando aprimorar momento algum, apresenta cansaço ou fadiga pelo o uso da engenharia em benefício da sociedade’’, longo tempo de atuação ou mesmo pelos oito meafirma o Diretor Administrativo da Fenemi, Waldises de pandemia do novo coronavírus. Muito pelo mir Teles Filho, e atual presidente da Abemec-MG. contrário. A associação está ‘a todo vapor’ e com “Apresentamos nossa Revista Técnica como mais suas ‘engrenagens aceleradas’ com a produção de um meio de divulgar ações e projetos que possam eventos online, circuitos de palestras, publicações inspirar profissionais da Engenharia Mecânica e e cursos de capacitação para os profissionais enIndustrial em Minas. É hora de avança, abrindo volvidos e ligados direta ou indiretamente com o portas para esta classe essencial à sociedade. Apossetor da engenharia mecânica e industrial. tamos nisso”, bradou o presidente da associação. Além de assento representativo no Plenário do Em seu discurso, o Vice-presidente do CreaCrea-MG, a Abemec-MG tem a missão de contri-MG, Edilio Veloso, pontuou que ‘‘a Engenharia buir para o aprimoramento tecnológico, socioculMecânica é muita ampla em suas áreas de abrantural e econômico da sociedade, em especial de gência e em seus segmentos e demanda um trabaMinas Gerais. Por isso, a entidade emprega todos lho contínuo. Eu acho importante essa perenidade. os esforços na realização de eventos, cursos e proA responsabilidade de lançar a primeira revista é Uma revista patrocinada pela dução de materiais relevantes para a classe. grande, mas a continuidade do projeto é ainda muiNessa empreitada, acaba de ser lançada pela to maior.’’ Abemec-MG a primeira publicação técnica volta"É um evento importante para nossa Engenhada exclusivamente para a área da Engenharia Meria. Essa publicação foi muito esperada durante cânica no estado de Minas Gerais: a Revista Mecanizando. longos anos de trabalho árduo. E esta é apenas a primeira dentre as Estruturada com diversos artigos nos mais variados setores da En- várias que vamos produzir nos próximos anos", conclamou Waldigenharia Mecânica, tais como, a aviação, automobilística, climatiza- mir Teles Filho. "A Abemec está sempre crescendo porque conta ção e refrigeração, caldeiras, dentre outros, a Revista Mecanizando com um time que trabalha junto, com muito esforço e dedicação contou com duas excelentes matérias exclusivas sobre elevadores; para fazer sempre o melhor para a Engenharia Mecânica", prosseuma produzida por Fábio Aranha, Diretor da Infolev, com o título gue. “Em função dos bons trabalhos realizados continuamente, fo“Elevador subindo para as nuvens”, a respeito da ‘Revolução 4.0’ no mos contemplados para sediar em Belo Horizonte, o XXI CONEMI setor de transporte vertical; e outra, sobre “Inspeções versus testes pe- - Congresso Internacional de Engenharia Mecânica e Industrial em riódicos em elevadores”, elaborada pelo Consultor, Engenheiro Mecâ- 2021.” nico e Conselheiro do Crea-MG, Ronaldo Bandeira. Estamos em tempo de reforçar medidas de segurança, introduzir A revista teve seu lançamento oficial realizado no último dia 03 novas tecnologias e rever métodos. Pessoas, empresas e o mercade dezembro, em uma festa organizada pela própria Abemec-MG, na do foram afetados e, por isso, consideramos urgente adotar posturas sede do Crea-MG, com patrocínio do Conselho Federal de Engenharia proativas, que nos permitam inovar e retomar o desenvolvimento. e Agronomia, o Confea, com apoio do Crea-MG e da Fenemi - Fede- Nesse intuito, a Revista Mecanizando pode colaborar de maneira ração Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial- e das empresas singular, levando novos conhecimentos e compartilhando experiêndos vários engenheiros mecânicos que assinaram as matérias. A ce- cias dos profissionais do setor.

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SEGURANÇA

O trabalho invisível e perigoso dos técnicos de elevadores

Por Eng. Cláudio Henrique Guisoli

A

s atividades dos técnicos de elevadores, como instalação, manutenção, reparação e modernização implicam na exposição de riscos cotidianamente, sendo um fator de análise importante para as empresas. Isso porque, na eventualidade de acontecer algum acidente, os danos para as empresas podem ser diversos. Dentre eles, maculação de sua imagem no mercado, prejuízos com indenizações (sujeito até a falência dependendo do porte da empresa), efeitos psicológicos nos outros trabalhadores e, sobretudo, consideração do lado humano, pois o valor de uma vida não tem preço. Em levantamento realizado na região metropolitana de Belo Horizonte, de outubro de 2007 até setembro de 2020, obteve-se os seguintes da-

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dos: ocorrem 42 acidentes com elevadores, sendo 39 vítimas. Dentre os acidentes, nove (21,42%) foram com técnicos. Portanto, acontece um acidente a cada 3,7 meses e uma morte a cada 11,2 meses. No período descrito, foram 14 mortes, entre usuários e técnicos de elevadores. É importante ressaltar que se trata apenas de uma amostragem, considerando artigos veiculados na mídia, denúncias ao CREA-MG e divulgações por técnicos de empresas mantenedoras, ou seja, provavelmente ocorreram mais acidentes no período que não foram computados nesse levantamento.Os dados evidenciam que o trabalho invisível dos técnicos de elevadores é uma atividade que implica riscos, que podem provocar acidentes, na maioria dos casos fatais. Os principais riscos inerentes das atividades diversas


com elevadores são: - Preso entre objetos em movimento; - Contato com fonte de energia perigosa (figura 1); - Golpeado por objetos em movimento ou golpear um objeto (figura 2); - Escorregar/Cair/Tropeçar; - Esforço excessivo: distensão ao realizar uma tarefa; - Exposição a cantos vivos, substâncias ou condições perigosas.

Figura 1

Figura 2

Quanto as causas, os acidentes de trabalho são classificados como “ato inseguro” ou “condição insegura” de acordo com a norma ABNT NBR 14280:2001 – “Cadastro de acidente de trabalho – Procedimento e classificação”. CONDIÇÃO INSEGURA: nos locais de serviço, são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador. Falhas, defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que colocam em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas

e a própria segurança das instalações e equipamentos. Exemplos de condições inseguras: - Ausência de guarda-corpo no topo do carro; - Ausência de proteção dos equipamentos rotativos “polias”: de tração, de desvio, de suspensão, do limitador de velocidade, da polia tensora, entre outras; - Ausência de escada de acesso ao poço; - Desníveis na casa de máquinas sem sinalização e/ ou sem escada; - Ausência de iluminação na caixa de corrida; - Iluminação insuficiente na casa de máquinas; Condições inseguras devem ser eliminadas através da instalação de equipamentos previstos por normas da ABNT (associação brasileira de normas técnicas). Entretanto, enquanto as condições inseguras perdurarem devem ser tomadas medidas para minimizá-las, por exemplo, no caso do topo do carro sem guarda-corpo deve-se usar o cinto limitador de distância. A norma ABNT NBR 15597:2010 “Elevadores – Requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores – Elevadores existentes – Requisitos para a melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e elevadores elétricos de passageiros e cargas”, em sua Tabela 1 – Lista de perigos significativos –, indica medidas a serem tomadas para eliminar riscos, ou quando não for possível, reduzir riscos a níveis toleráveis. ATO INSEGURO: é todo ato consciente ou não, capaz de provocar algum dano ao trabalhador, aos seus companheiros ou equipamentos, estando diretamente relacionados a “falha humana”. É a maneira como as pessoas se expõem consciente ou inconscientemente a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho atualmente. Exemplos de atos inseguros:

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- Trabalhos em altura sem utilizar cinto de segurança; - Brincadeiras, brigas ou correrias no local de trabalho; - Trabalhador com sono operando o elevador; - Trabalhador que se recusa a usar o EPI (equipamento de proteção individual); - Trabalhador operando o elevador com atenção dispersa por conversas; - Fazer uso de bebidas alcoólicas ou qualquer substância entorpecente no local do trabalho. Observa-se que, nessa categoria de causa, sobressai o recurso humano envolvido no trabalho e alguns aspectos psicológicos. Como exemplo para discutir o manejo desses aspectos, pode-se citar a estatística obtida no setor de aviação. Isso porque, no setor de aviação existe a obrigatoriedade da investigação e da documentação dos resultados de todos os acidentes ocorridos com aeronaves no território nacional, de modo a obter-se dados para a redução da possibilidade de ocorrência de acidentes semelhantes no futuro. Para efeito de exemplo vide o gráfico a seguir.

Deficiência Pouca experiência

Complacência

Treinamento

Falta de percepção

Excesso de confiança

Referência: Informativo de Segurança de Aviação. Ano 19, nº01/2012.

Segundo os dados apresentados por eles à época, cerca de 80% das ocorrências se referiam a fatores humanos, estando os aspectos psicológicos descritos no gráfico acima. O gráfico foi utilizado como base para elaboração do plano de redução de acidentes aeronáuticos na marinha em 2012. Infelizmente, no Brasil o setor de elevadores não tem qualquer controle que possa se comparar com as investigações de acidentes com aeronaves. Entretanto, o gráfico nos leva a entender a importância do fator psicológico em acidentes ocorridos. Levando em conta que fatores que provocam acidentes com aeronaves podem provocar acidentes com elevadores é que elaboramos a tabela a seguir.

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Exemplos do que acontece no setor de elevadores Em virtude da escassez de mão de obra: pessoas são contratadas para a função de técnicos de elevadores, sem qualquer experiência, sendo em muitos casos enviadas ao campo sem o treinamento necessário. Técnicos se sujeitam a trabalhar em condições adversas sem EPIs (equipamentos de proteção individual) e sem terem recebido a instrução mínima para as atividades que realiza. A ausência de treinamentos ou escopos de treinamentos incompletos ou inadequados é uma realidade. A ausência de certificação dos técnicos em segurança, além de incorrer em risco de acidentes, pode produzir fatos para demandas judiciais futuras. A percepção para julgar uma condição insegura de trabalho, além de ser proporcionada pelos treinamentos de segurança, também é inerente ao perfil psicológico de cada técnico. Um técnico que tenha raciocínio lento diante de uma situação de risco iminente tende a retardar sua ação o que pode ocasionar um acidente. O excesso de confiança na realização de uma tarefa, muitas vezes burlando procedimentos de segurança, ocorre no dia a dia da manutenção. Geralmente técnicos mais experientes são vítimas fatais em caso de acidentes, por considerarem que já fizeram um determinado procedimento inseguro por inúmeras vezes e nunca ter ocorrido um acidente. Desconhecimento de normas técnicas e ausência de POP (procedimentos de operação padrão) para a execução de tarefas.

Descaso com normas e procedimentos Cultura do Técnico(s) de um grupo de trabalho indugrupo de tra- zindo colegas a fazerem atividades sem balho ATP “análise de perigo de tarefa” e/ou sem seguir o POP (procedimentos de operação padrão). Desatenção Utilização de smartfones no decorrer da realização de tarefas de manutenção, infelizmente se tornou condição corriqueira no dia a dia da manutenção: risco alto de acidente.


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Conclusão Conclui-se, então, que apesar dos acidentes com técnicos de elevadores serem recorrentes, podem ser evitados através de ações proativas das empresas de elevadores. Quanto às Condições Inseguras, tem-se que eliminar ou ao menos minimizar os riscos de acidentes de trabalho a níveis toleráveis, cuja obrigação é das empresas de elevadores, através da certificação da sua mão de obra com treinamentos técnicos e de segurança, assim como com o fornecimento de EPIs (equipamentos de proteção individual) e a conscientização dos clientes de sua carteira para adquirir EPCs (equipamentos de proteção coletiva), por exemplo, guarda-corpo para o topo do carro. No que se refere aos Atos Inseguros, é interessante ressaltar, apesar de não haver uma sistematização de dados na área de elevadores diretamente quanto a isso, que existem uma série de fatores humanos que precisam ser levados em consideração no cuidado com os riscos. Dessa forma, podemos supor que o perfil psicológico de cada funcionário influencia diretamente em suas reações a situações de risco, o que pode evitar ou mesmo ocasionar um acidente. Na próxima edição da Revista Elevador Brasil, daremos continuidade a esse artigo falando sobre os perfis psicológicos dos trabalhadores e a influência do estresse no trabalho dos técnicos de elevadores. SOBRE O AUTOR

Cláudio Henrique Guisoli, engenheiro industrial mecânico graduado pelo CEFET-MG, diretor da empresa “Vertical Consultoria”, escritor, palestrante, instrutor em treinamentos gerenciais e técnicos, secretário do grupo de trabalho da ABNT em BH referente ao projeto da norma de inspeções e ensaios em elevadores elétricos de passageiros, com experiência de 35 anos no setor de transporte vertical de passageiros. Contatos: (31) 3337-9695 ou (31) 99795-3618 – E-mail: guisoli@uol.com.br

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NEGÓCIOS

Melhora na construção civil, vacina contra a Covid e debate sobre reformas animam o setor de elevadores em 2021 Pandemia e indefinições sobre os rumos da economia afetaram o mercado em 2020, mas as perspectivas neste ano são mais positivas

N

ão poderia haver notícia mais promissora para o setor de elevadores novos, escadas rolantes, além de manutenção e conservação de equipamentos. Os economistas estimam que a construção civil pode ser um dos fatores de dinamismo da recuperação em 2021. O maior indicativo sobre as tendências da construção civil, o de cimento, mostra resultados positivos. Estima-se que as vendas dessa indústria obtiveram um crescimento de 9,5% a 10% em 2020, em relação ao ano anterior. A expectativa é a de que as vendas acumuladas durante o ano passado tenham alcançado cerca de 60 milhões de toneladas. Essa melhora ainda não se reflete diretamente no segmento de elevadores porque esse é um dos últimos da cadeia da construção a ser impactado. Mas já é um bom sinal. O ano passado começou com a economia em marcha lenta e depois se agravou com a covid-19 nos meses de abril e maio, entretanto, o ambiente de manutenção de juros baixos e crédito imobiliário em alta acabou favorecendo o setor imobiliário.

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Potencial de crescimento – “O mercado de elevadores tem grande potencial de expansão, no Brasil e em toda a América Latina”, ressalta Marcelo Braga, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Elevadores (Abeel). A tendência é de crescimento da urbanização em toda a região para suprir o déficit habitacional, com isso, a expansão dos prédios verticais é inevitável, diz ele. “Se a crise sanitária for superada, temos condições de conquistar um excelente ano, porque estamos vindo de um ciclo muito modesto”, destaca. Braga lembra que a Abeel teve papel importante na Covid-19. Mesmo em meio à pandemia, a associação avançou em suas ações institucionais para ampliar a atuação e expandir a presença nacional. Além disso, ações educativas para comunicar ao mercado sobre as melhores práticas para o uso dos elevadores, evitando que se tornassem um meio de transmissão da pandemia, foram lançadas pela Abeel em conjunto com o Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo.

“A Abeel terá um papel importante para apoiar o setor de elevadores no enfrentamento dos desafios de 2021” Marcelo Braga

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“É momento de nos apresentarmos ao mercado, zelar pelos nossos atuais clientes, buscar novos negócios, hora de afirmação, de solução, por mais desafiador que seja o cenário” Marcelo Nascimento

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Ano difícil na Bahia – “Definitivamente 2020 foi um ano difícil para todos os negócios de transporte vertical de passageiros”, afirma Marcelo Nascimento, diretor da Abeel na Bahia. “As novas instalações, já vinham de um momento ruim, em baixa”. Fora isso, as modernizações, em grande maioria foram postergadas, ainda que o cliente reunisse condições financeiras de executar, especialmente nos projetos que não eram críticos, com elevadores antigos, mas ainda em operação minimamente segura e confiável, diz Nascimento. Além de ter atingido duramente a economia, a Covid-19 trouxe outros desafios para o segmento de elevadores: “Na manutenção, enfrentamos diversos desafios, e o primeiro deles

foi ratificar que prestamos um serviço essencial e que, sob hipótese alguma, poderia ser suspenso. Garantir a continuidade do plano de manutenção e dos investimentos em reposição de peças e reparos, outro”, relembra Nascimento. Além disso, o ambiente recessivo, com as dificuldades na economia, se traduziu em muitos pedidos de reduções dos valores mensais, fez crescer a inadimplência, ao mesmo tempo em que os custos operacionais aumentaram: na mão de obra, nas medidas adicionais de proteção, nas peças e insumos. “O mercado recessivo, tornou a concorrência que muitas vezes está distante do leal, em cruel, com prática evidentes de abuso do poder econômico e/ou da boa técnica”, destaca o diretor da Abeel na Bahia.


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"Prioridade para 2021 será a de tentar regulamentar as empresas do ramo de elevadores"

Covid-19 em Pernambuco – Apesar das turbulências, algumas empresas do Recife obtiveram resultados melhores do que o esperado em 2020, como conta Eduardo Costa, diretor da Abeel em Pernambuco. Mesmo assim, os negócios poderiam ter crescido 20% no ano passado, se não fosse a pandemia do coronavírus, afirma Costa. Para 2021 as previsões são mais animadoras: “As perspectivas são de crescimento, principalmente se houver controle e estabilidade da pandemia, estamos apostando que os negócios que não foram fechados no ano de 2020 sejam concretizados venham a se somar com os novos negócios do ano corrente”, afirma Costa.

Eduardo Costa

“Com a Abeel, o mercado só tem a crescer, a conversa entre as empresas do ramo, fornecedores e clientes buscando mais informação é vital” Tais Resende

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Dificuldades no Norte – As perspectivas para 2021 são de expansão, principalmente porque foi possível observar a retomada na economia no último trimestre do ano passado e a possibilidade da vacinação contra a Covid trouxe novo alento, analisa Taís Resende Cavalléro de Freitas, diretora da Abeel no Pará. “Ainda podemos pensar em cautela em termos de investimentos de maior vulto, mas, acompanhando a positividade do mercado na região Norte, a abertura do comércio e o avanço no mercado financeiro, observamos que as perspectivas sejam das melhores”, afirma Taís. A previsão para 2020 era das melhores, entretanto, com a pandemia as coisas ficaram "paradas", as vendas de elevadores novos foram bem abaixo do esperado, relembra ela. Alguns empreendimentos e investimentos tiveram seus prazos de entrega estendidos e algumas das negociações de elevadores foram adiadas, conta ela.


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Câmbio atrapalhou – A alta no dólar também contribuiu para o aumento dos custos do segmento de elevadores. Para manutenção foi um ano em que as empresas precisaram se reinventar, se readequar à nova realidade. Ficou claro que as empresas lidam com pessoas, e não só os números foram importantes no ano que passo, houve medo e incerteza de clientes e colaboradores, destaca Taís. “Em termos gerais o mercado respondeu bem a este momento, creio que foi o período em que as empresas mais bem estruturadas e capazes de aplicar estratégias de customer experience, criaram oportunidades de fechamento de novos negócios”, afirma

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a diretora no Pará. Oportunidades em 2021 – O diretor da Abeel na Bahia lembra que é tão repetitivo afirmar que crises são também oportunidades, quanto é real. “E temos demandas represadas, que bom!” Segundo Nascimento, a principal expectativa, desde que seja possível cada vez mais controlar a evolução da pandemia, é que, ainda que gradativamente, os condomínios operem próximo ao normal, e assim que as demandas de manutenção, reposição de peças, reparos e investimentos menores sejam executados. “Desejo que se retomem as discussões para as modernizações, inclusive com adequação dos elevadores às normas


técnicas mais recentes, que conferem níveis de segurança superiores a todos envolvidos”, afirma. Internet das coisas – A necessidade de regulamentar a atuação das empresas do setor de elevadores será uma constante no próximo ano. As prioridades para o ano de 2021 serão a tentativa de regulamentar as empresas do ramo, para que tenham um mínimo de estrutura e capacidade técnica para atender a população com segurança: “É importante a empresa ter uma série de pré-requisitos para dar respaldo aos clientes”, ressalta Eduardo Costa, de Pernambuco. Para Taís Resende, a captação de novos clientes de manutenção deve

ser foco das em 2021. Ela observa que muitos clientes têm evitado os prestadores de serviços informais, o que pode ser uma oportunidade. Outro ponto importante é o trabalho contínuo em segurança dos equipamentos, até mesmo com a nova norma ABNT NBR 16858 – 2020, diz ela. “Temos um trabalho de conscientizar a todos sobre a importância da verificação periódica dos sistemas de segurança de transportes verticais, além de evidenciar para os clientes as suas responsabilidades neste quesito”, alerta a diretora da Abeel na região Norte. “Também é importante estarmos atentos à chegada da internet das coisas (IOT) e com a im-

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plantação do 5G no Brasil podemos esperar um "boom" mercadológico para novas tecnologias e sistemas de informação em tempo real”, diz. Reformas necessárias e urgentes – O presidente da Abeel destaca que o país está à espera de uma série de reformas econômicas para que possa avançar. Especialmente as reformas administrativa e tributária. Há ainda a discussão sobre uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com a proposta de redução de despesas e a extinção de fundos públicos com um forte programa de redução de incentivos fiscais. Marcelo Braga acredita que são medidas importantes para ampliar a arrecadação e apoiar novos investimentos governamentais em infraestrutura e habitação, essenciais para o segmento de elevadores. Debates no Congresso Nacional devem ter desdobramentos em 2021, diz ele. Algumas são impopulares, como a redução dos salários de servidores, desindexação de algumas despesas como benefícios previdenciários e focalização de gasto social, eliminando ou reduzindo programas como o abono salarial, ressalta Braga. O presidente da Abeel acredita que “há muito a ser feito” em benefício do setor, formado em sua maioria por pequenas e médias empresas, e que ainda precisam de apoio. A capacitação é um dos grandes desafios. As empresas de elevadores precisam estar preparadas para o avanço das novas tecnologias, internet das coisas, novos conceitos da indústria 4.0, que também afetarão as pequenas empresas, e para a incorporação de inteligência artificial no setor. Para acompanhar as mudanças, em algum momento, as empresas desse segmento podem precisar de ajuda governamental. Seja na forma de crédito ou outro incentivo para avançar em meio a tantos desafios. “A Abeel terá um papel decisivo para defender o setor e mostrar a importância do segmento de elevadores aos governos e ao mercado”, afirma Braga.

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Apesar das dificuldades enfrentadas no ano passado, com aumentos de preços nos insumos em função da alta do dólar e redução nos preços dos contratos, os condomínios começam a solicitar modernizações, a analisar propostas, a definir projetos e revitalizações. Os clientes entenderam que não é possível adiar serviços essenciais, como contam na entrevista o diretor da Abeel em São Paulo, Rogerio Meneguello e o presidente da entidade, Marcelo Braga. Pensando apenas no setor de manutenção e venda de novos elevadores, no geral, como vocês avaliam o ano de 2020 para o país? R: Infelizmente, tivemos um de nossos piores anos de todos os tempos. A pandemia afetou fortemente nosso setor, em alguns meses os negócios ficaram quase paralisados, com queda nas vendas de até 80%. Como a pandemia afetou os negócios em 2020? R: Logo que a pandemia foi decretada, os piores meses para os negócios foram maio, junho e julho. Felizmente nos últimos dois meses do ano começamos a perceber um ligeiro aquecimento. Mas é importante destacar que o setor de manutenção de elevadores terá consequências por muitos anos. Nos meses de pandemia, os condomínios negociaram descontos e redução nos valores mensais de manutenção de acordo com o contrato. Isso não terá retorno. Nós, os fornecedores de serviços, esperamos 12 meses para negociar os contratos. Com a pandemia, além de não haver reajustes, ocorreram reduções nos valores. Quais são as suas principais perspectivas para o próximo ano? Como avaliam que será o comportamento do mercado em geral? R: Acreditamos que os negócios comecem a tomar um rumo melhor durante o ano de 2021. O primeiro trimestre ainda deve ser de acomodação, os negócios começarão a se aquecer aos poucos. Após o mês de abril poderemos começar a ver luz no final do túnel. Isso se não houver nenhuma nova restrição por parte dos governantes, no caso de a pandemia voltar a crescer. Também estamos passando por falta de matéria-prima e insumos, com aço e aço inoxidável. Alguns componentes eletrônicos dos quadros de comando, como os inversores, tiveram alta de até 40% por causa do aumento do dólar. O cobre também teve elevação de quase 100%, em alguns casos.


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