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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

© Eng. Mario Jardim Fernandes

Número 4 . 3.o e 4.o Trimestres de 2014 . www.elevare.pt

Normalização

Publicadas as EN 81-20/50

Legislação

Enquadramento Regulamentar dos Ascensores

DOSSIER

VARIADORES DE VELOCIDADE EM ELEVADORES

Ascensores com história Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira

Figura

Resumo biográfico de José Pirralha


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Ficha técnica

elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

DIRETOR

4

Editorial

6

Normalização Publicadas as EN 81-20/50

8

Legislação Enquadramento Regulamentar dos Ascensores: Breve contexto histórico e atual quadro regulamentar e mobilidade reduzida

12

Coluna da ANIEER ELA – European Lift Association

Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt

COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, José Pirralha, Filipe Pinto, Joaquim Maia, La Salette Silva, Jorge Louro, António Garrido, Miguel Leichsenring Franco, João Araújo, Pedro Paulino, António Vasconcelos, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino

COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628

14 Coluna da AIECE AIECE – “Razões para uma base de dados fidedigna”

r.silva@elevare.pt

16

Notícias e Produtos

30

Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores [32] Influência da Velocidade nos Ascensores [40] Homelifts [44] Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável

DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt

CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt

DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira a.pereira@cie-comunicacao.pt

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

48 Informação Técnico-Comercial [48] Vacon apresenta Grande Evolução Tecnológica nos Variadores de Velocidade [50] Conversores de frequência: a sua aplicação nos ascensores 53 Entrevista [53] Feliciano Maia: "Ainda há um longo caminho a trilhar" [56] Victor Valdivia: “uma equipa que está a trabalhar e a inovar a cada dia para facilitar

a vida aos nossos clientes”

CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria

58 Case Study

Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629

Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação - Parte II

geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

Os trabalhos assinados são da

60 Figuras Resumo biográfico de José Pirralha

exclusiva responsabilidade dos seus autores.

62 Ascensores com história O Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira: O elevador panorâmico mais elevado de Portugal 65 Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng. Mario Jardim Fernandes

Bibliografia

68 Consultório técnico

elevare

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Editorial

Estamos a iniciar um novo ano para o qual se formula os habituais votos de prosperidade, neste caso particular do setor da elevação será bem necessário que seja efetivamente próspero não só quanto à necessidade de alguma retoma do setor da construção civil, independentemente de ser em construções novas ou na tão falada reabilitação, mas também na definição da alteração do Decreto-Lei n.º 320/2012 relativamente à parte que está para

Fernando Maurício Dias

sair (há mais de um ano). Neste tipo de situações o pior que pode acontecer é a indecisão

Diretor

quanto à sua saída e ao seu conteúdo, o que torna a tomada de decisão por parte das empresas mais difícil uma vez que terá de considerar uma informação imprecisa. Certa é a alteração ao nível normativo que trará alterações significativas no setor e será uma fonte de trabalho para a CT-63. Neste apontamento, gostaria de destacar mais uma iniciativa do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, Ordem dos Engenheiros (Região Norte) e, neste ano, da ELEVARE que são os organizadores das 3.as Jornadas Técnicas – Elevadores que decorrerão no Auditório Magno do ISEP no dia 30 de janeiro de 2015. O evento, que se tornou numa referência do setor em Portugal, irá seguir os moldes das Jornadas anteriores, ou seja, para além da sessão onde diversos oradores (nacionais e internacionais) irão abordar temas relevantes da atividade, decorrerá uma exposição promovida por empresas e instituições com interesses na área. Estas Jornadas destinam-se a todos os que, direta ou indiretamente, lidam com temas relacionados com elevadores na vertente do projeto, instalação, manutenção, fiscalização ou utilização. Pedidos de informação e inscrições, que estão abertas até ao dia 26 de janeiro podem ser realizados através da página web disponibilizada para o efeito www.isep.ipp.pt/jte/.

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elevare


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Normalização

Publicadas as EN 81-20/50 José Pirralha Presidente da CT 63

Referidas em anteriores ocasiões, pelo seu

tura normativa do CEN em particular a

da EN 81-71 (ascensores preparados para o

grande impacto na indústria, em resultado

família EN 81.

vandalismo) e EN 81-80 (melhoria da segurança de elevadores existentes).

das alterações introduzidas, foram publicadas a 6 de agosto as EN 81-20/50, as quais

De modo geral as alterações resultantes

substituirão as EN 81-1 e EN 81-2, que deixa-

da publicação das EN 81-20/50 são pouco

rão de conceder presunção de conformida-

significativas e no acervo de Normas CEN,

de em 31 de agosto de 2017 (3 anos).

de caráter editorial, com exceção de três

>>

EN 81-20:2014 publicada a 6 de agosto

>>

EN 81-50:2014 publicada a 6 de agosto

Estas Normas são estruturantes e afetam, de modo significativo, toda a estruNorma

Pela importância de que se revestem sublinhamos a alteração profunda da EN 81-21 (ascensores novos em edifícios existentes),

Nível de afetação

Comentários

EN 81-3

Baixo

Referências não datadas à EN 81-1, usadas para o dispositivo de encravamento.

EN 81-10

Baixo

TS 81-11

Elevado

Eliminação de todas as interpretações da EN 81-1/2.

EN 81-21

Elevado

Revisão completa dos requisitos técnicos que são baseados em referências não datadas da EN 81-1/2.

EN 81-22

Médio

Algumas alterações na área do poço e topo da caixa, que no presente estão referidos à EN 81-1 /2.

EN 81-28

Baixo

EN 81-31

Médio

EN 81-40

Baixo

Alteração simples de referências para EN 81-20/50.

EN 81-41

Médio

Será necessário atualizar as referências para a EN 81-20/50, aproveitando a revisão em curso.

EN 81-43

Médio

É necessária a atualização de referências. Sem alterações técnicas substanciais.

EN 81-58

Baixo

Sem grande alteração. Apenas uma referência não datada.

EN 81-70

Médio

Actualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.

EN 81-71

Elevado

Alteração significativa, para ajustar os requisitos à EN 81-20/50.

EN 81-72

Médio

Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.

EN 81-73

Baixo

Apenas conversão de referências de EN 81-1/2 a EN 81-20/50.

TS 81- 76

Baixo

Apenas conversão de referências de EN 81-1/2 a EN 81-20/50.

EN 81- 77

Mádio

Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.

EN 81-80

Elevado

Alteração significativa, para ajustar os requisitos à EN 81-20/50.

EN 81-82

Baixo

Apenas uma referência à EN 81-1.

TS 81-83

Baixo

Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais.

EN 13015

Baixo

Apenas uma referência à EN 81-1/2 nas definições.

EN 12015

Baixo

Alterar apenas as referências às EN 81-1/2.

EN 12016

baixo

Alterar apenas as referências às EN 81-1/2.

afetada

6

Normas e uma especificação técnica (TS).

«No acervo de Normas CEN as alterações resultantes da publicação das EN 81-20/50 são pouco significativas e de caráter editorial (...)»

elevare

Pequenas alterações no prefácio e na introdução. Pequenas alterações no texto das descrições da Norma onde as EN 81-1/2 são referenciadas.

Todas as referências à EN 81-1/2 são datadas. Poder-se-ão manter tal qual ou fazer uma revisão para atualização a EN 81-20/50. Todas as referências com uma exceção são datadas. Manter-se-ão ou far-se-á a atualização para a EN 81-20/50.


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Legislação

Enquadramento Regulamentar dos Ascensores Breve contexto histórico e atual quadro regulamentar e mobilidade reduzida Filipe Pinto & Joaquim Maia

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO DOS

a implementação de critérios mínimos de

Segurança para Montagem de Instalações

EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO

segurança.

Elétricas de Correntes Fortes (RSMIECF), é

A construção do primeiro funicular, por con-

considerado o embrião dos regulamentos

trapeso de água, no Bom Jesus de Braga,

A alteração do paradigma da natureza

relativos à segurança das instalações elétri-

inaugurado em 1882 é, com certeza, o mar-

construtiva dos edifícios (proliferação dos

cas em Portugal, não existindo neste Diplo-

co histórico do início da implementação de

edifícios em altura), associada à contínua

ma, nem numa posterior alteração efetuada

equipamentos de elevação em Portugal.

evolução tecnológica, nomeadamente da

pelo Decreto-Lei n.° 5786, de 10 de maio de

automação que promove a conceção de

1919, qualquer referência aos ascensores.

Na verdade, o sucesso dos trabalhos de

novas soluções promovendo a segurança,

construção e implementação desta infra-

obrigam ao desenvolvimento das técnicas

Apesar de não fazerem referência aos as-

estrutura fomentou o estabelecimento da

construtivas dos elevadores, referencian-

censores são precursores do diploma que

primeira empresa de construção de eleva-

do-se ainda que a adoção de regras de li-

podemos entender como o primeiro marco

dores em Portugal, que instalou os mais

vre comércio entre países, especialmente

regulamentar aplicável aos ascensores, o

emblemáticos e antigos elevadores portu-

nos países europeus, que estabeleceu o

Decreto-Lei n.° 9 940, de 28 de julho de

gueses, como por exemplo o ascensor de

princípio da Normalização como forma de

1924, da Direção dos Serviços Eletrotéc-

Santa Justa em Lisboa (1902), cuja tração

garantir o desenvolvimento sustentado

nicos e do Material, que impõe condições

inicialmente era garantida por um equipa-

dos mercados, bem como da qualidade e

técnicas especiais ao funcionamento dos

mento a vapor e, em 1907, é adaptado a um

da segurança dos ascensores, é apontado

ascensores como, por exemplo, a intro-

sistema de tração elétrico justificado pelo

como outro marco histórico na temática

dução da obrigatoriedade de “utilização de

aumento da disponibilidade da rede elétrica

dos ascensores.

dispositivos de segurança automáticos pre-

na cidade de Lisboa, e pelas naturais vanta-

vendo a rotura dos cabos de suspensão” em

gens dos motores elétricos sobre os moto-

Estima-se que a realidade do parque de

todas as cabinas (Artigo 4.°), equipamen-

res que utilizam processos térmicos, neste

ascensores existente atualmente em Por-

to de segurança que designamos como

caso o vapor.

tugal, ronde as 150 000 unidades, e estas

“paraquedas”.

correspondem a diferentes conceções de De realçar que a alteração das tecnologias

equipamentos, estabelecidos sobre várias

A partir de 1936 a forte expansão da rede

e a disponibilidade de energia elétrica, segu-

gerações de regulamentação.

elétrica nacional promove a publicação de

ramente promovem a instalação de ascen-

uma das mais importantes peças regula-

sores em edifícios de habitação e à época,

ENQUADRAMENTO DA REGULAMENTAÇÃO

mentares relativas ao licenciamento das

dadas as caraterísticas construtivas dos

DE SEGURANÇA APLICÁVEL AOS

instalações elétricas, que ainda hoje vigora,

ascensores, com a utilização de cabinas e

ASCENSORES.

o Decreto-Lei n.° 26852 de 30 de julho de

caixas parcialmente abertas certamente

O Decreto-Lei de 23 de junho de 1913, publi-

1936, usualmente designado como “Regu-

para diminuir a sensação de claustrofobia

cado no Diário do Governo n.° 145, de 24 de

lamento de Licenças para Instalações Elétri-

dos passageiros, a sua proliferação exigiu

junho de 1913, que aprova o Regulamento de

cas”, o qual, relativamente aos ascensores,

8

elevare


Legislação prevê o licenciamento deste tipo de equipa-

solução que ao longo dos anos tem sido

junho, relativa à harmonização de produ-

mentos de elevação.

responsável por um número significativo

tos no espaço europeu com o objetivo de

de acidentes, e que em muitos casos têm

permitir a livre circulação de ascensores

provocado mortes.

e equipamentos de segurança dentro do

É com este enquadramento que, em Portugal, se inicia a definição de um quadro

mercado interno europeu, promovendo a

regulamentar de requisitos mínimos de se-

Este é o problema mais pesado desta ge-

gurança que ainda hoje são orientadores na

ração de equipamentos, quer quanto ao

inspeção dos ascensores.

risco, ao número de instalações envolvidas

Este diploma estabelece assim as condi-

(estima-se que mais de 40 000 unidades, a

ções aplicáveis para a colocação em ser-

Assim, podemos considerar 5 gerações de

maioria das quais destinadas à habitação),

viços dos ascensores, designadamente a

regulamentação de segurança, aplicável

quer ainda quanto às implicações económi-

obrigatoriedade da marcação CE, no caso

consoante a data de colocação em serviço

co-sociais que se levantam para garantir

em que estes estejam em conformidade

e afetando, a estas 5 gerações de regula-

o seu recondicionamento às exigências de

com os preceitos da Diretiva, que se presu-

mentação, alterações dos paradigmas de

segurança atuais.

mem cumpridos quando de acordo com as

construção (como por exemplo, cabinas parcialmente

abertas),

padrões

segurança para as pessoas.

Normas harmonizadas. A Diretiva exige, por

sociais

Apesar de evidenciarmos este grande pro-

exemplo, a implementação de dispositivos

(como por exemplo. desaparecimento de

blema não queremos deixar de relevar a

de controlos de carga e a instalação de co-

ascensoristas), evolução das técnicas de

obrigação do estabelecimento de portas

municação bidirecional.

segurança e a tendencial uniformização de

de patamar obrigatoriamente fechadas e a

procedimentos no espaço europeu, com

obrigatoriedade do estabelecimento de en-

Para o cumprimento do estipulado neste

vista à livre circulação de bens.

cravamentos eletromecânicos nas porta de

Decreto-Lei é feito todo um enquadramen-

patamar que foi estabelecida neste Decreto.

to de certificação dos novos ascensores,

DECRETO-LEI N. ° 26:591, DE 14 DE MAIO 1936

criando “Organismos Notificados”, reconhe-

O Decreto-Lei n.° 26 591, de 14 de maio de

DECRETO-LEI N.° 110/91, DE 10 DE MARÇO

cidos pelo IPQ, responsáveis pela avaliação

1936 que aprova o Regulamento de segu-

Com o Decreto-Lei n.° 110/91, de 10 de mar-

de conformidade dos ascensores e/ou os

rança dos ascensores e monta-cargas elé-

ço, inicia-se em Portugal a adoção das Nor-

seus componentes de segurança, não po-

tricos é a regulamentação mais antiga apli-

mas Europeias (EN 81 -1/2), produzindo-se

dendo nenhum ascensor ser colocado em

cável aos ascensores. Este diploma esteve

uma profunda alteração ao nível dos equi-

serviço sem a respetiva marcação CE.

em vigor durante 34 anos e corresponde à

pamentos e dos requisitos de segurança.

fase de crescimento das grandes cidades,

Este diploma adota os preceitos do que se

REGULAMENTAÇÃO DE SEGURANÇA

em particular de Lisboa e Porto.

entende ser a primeira Diretiva 84/529/CEE

APLICÁVEL AOS ASCENSORES EM SERVIÇO

que estabelece à aproximação das legisla-

Para quaisquer equipamentos existentes

São desta época, os elevadores de caixa

ções dos Estados membros respeitantes a

instalados anteriormente à entrada em vigor

aberta, portas de lagarta, e sistemas de

ascensores, devendo as mesmas obedecer

do Decreto-Lei n.° 295/98, a Recomendação

controlo totalmente eletromecânicos (mo-

à Norma EN 81 -1: 1977 relativa às regras a

da Comissão Europeia 95/216/EC, indica que

las) e apesar destas situações enunciadas,

observar para a instalação de ascensores

fica à responsabilidade dos estados mem-

serem hoje unanimemente reconhecidas

elétricos, elaborada pelo Comité Europeu

bros a adoção de medidas de segurança

como potenciadoras de situação de risco,

de Normalização (CEN).

para ascensores existentes recomendando,

pelo que estão proibidas em novas instala-

porém, a adoção do estipulado nas Normas

ções, este regulamento estabeleceu princí-

Os equipamentos desta época respondem,

da série EN 81 -1 e EN 81 -2, respetivamente,

pios básicos de segurança como a utiliza-

no essencial, aos critérios de segurança

para ascensores elétricos e hidráulicos.

ção do freio da máquina, amortecedores da

atuais, salvo novos requisitos que foram

cabine e a atuação de regulador de veloci-

introduzidos por força da Diretiva 95/16/CE.

Dadas as implicações económicas das mo-

dade além de uma velocidade limiar.

É introduzida, nomeadamente, a obrigato-

dificações nos ascensores mais antigos, é

riedade de portas de cabina, e a definição

publicada a Norma EN 81 -80 pelo CEN, co-

DECRETO-LEI N.° 513/70,

de valores mínimos de iluminação nos pa-

nhecida como SNEL (Safety Norm for Existing

DE 30 DE OUTUBRO

tamares de acesso.

Lifts) fruto de um mandato para a elabora-

É na década de 70 do século 20 que se ini-

ção de uma Norma visando a melhoria da

cia a construção massiva de edifícios em

DECRETO-LEI N.° 295/98, DE 22 DE

segurança dos elevadores existentes numa

altura, que se destinavam quer à habitação,

SETEMBRO (TRANSPOSIÇÃO DA DIRETIVA

perspetiva, tal como a própria Norma esta-

ao comércio e aos serviços. Baseada numa

95/16/CE, DE 29 DE JUNHO, DENOMINADA

belece, de implementação gradual determi-

Diretiva da Comission Internationale pour la

DIRETIVA ASCENSORES)

nada por cada estado membro.

Réglementation des Ascenseurs et Monte-

O Decreto-Lei n.° 295/98, de 22 de setem-

Charge (CIRA), o Decreto-Lei n.° 513/70 de

bro, corresponde ao regime em vigor apli-

Em Portugal, de acordo com a legislação

30 de outubro introduz uma solução de ins-

cável à instalação de novos ascensores

atual, entende-se que um ascensor deve ser

talação de elevadores de cabina sem porta,

e transpõe a Diretiva 95/16/CE, de 29 de

mantido de acordo com as Normas que su-

elevare

9


Legislação portaram a sua instalação, nomeadamente

como aferição desse mesmo estado de

competências no âmbito da realização de

a regulamentação de segurança anterior-

conservação.

inspeções e da realização de inquéritos a

mente citada. Porém, algumas melhorias

acidentes, podendo as mesmas constituir-

de segurança foram adotadas durante a

O diploma que estabelece tais obrigações

-­­­­se como entidades inspetoras ou definir,

vigência do Decreto-Lei n.° 320/2002 para

é o Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de de-

mediante a celebração de contrato ou por

ascensores existentes, como por exemplo

zembro, que tem na sua génese a intenção

via de regulamento municipal, as condições

a exigência de portas de cabina para ascen-

de reunir e aglutinar todas as exigências

de prestação de serviços pelas entidades

sores em edifício que recebem público e a

relativas à manutenção e inspeção dos as-

inspetoras. Os Serviços dos Municípios po-

implementação do controlo de carga.

censores, e ainda:

dem ainda constituir-se como entidades que

>>

A efetiva transferência das competên-

prestem manutenção a ascensores, deven-

Dada a natureza do atual parque de ascen-

cias que nesta matéria se encontravam

do para o efeito reconhecerem-se junto da

sores existe a intenção de rever as condi-

atribuídas a serviços da administração

DGEG. Dadas as alterações legislativas, o

ções de melhoria aplicáveis, numa futura

central para as câmaras municipais,

reconhecimento do município como entida-

revisão regulamentar, com o objetivo de

nomeadamente as competências de

de inspetora ou de manutenção seguem as

diminuir algumas situações de risco en-

inspeção;

disposições aí definidas.

tretanto identificadas, e de acompanhar os

>>

restantes países da Europa nas questões

Obrigatoriedade de inspeção e manutenção dos ascensores;

Relativamente ao Decreto-Lei n.° 295/98

Definição do regime de acesso à ativida-

não estão cometidas diretamente aos mu-

gurança de ascensores instalados anterior-

de, bem como a definição de direitos e

nicípios nenhumas competências, porém

mente à Diretiva 95/16/CE, de 29 de junho.

obrigações das empresas de manuten-

admite-se que na qualidade de entidade

ção e entidades inspetoras;

licenciadora dos edifícios, os municípios

Definição de condições mínimas previs-

devam observar a verificação da existência

tas nos contratos de manutenção;

de Declaração de Conformidade CE dos as-

relativas à adequação das condições de se-

OUTRA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

>>

>>

AOS ASCENSORES Existem Normas noutros diplomas que

Estabelecimento de portas de cabina

censores que, de acordo com o Artigo 15.° do

se aplicam aos ascensores, e que não se

>>

em edifício não habitacionais e a imple-

citado diploma, se considera a antiga figura

encontram na esfera da competência da

mentação de controlos de carga.

do Certificado de Exploração, na altura exigi-

DGEG como, por exemplo, o Decreto-Lei

do aos ascensores para efeitos de ligação à

n.° 163/2006, de 8 de agosto, que esta-

O Decreto-Lei n.° 320/2002 encontra-se

belece as condições de acessibilidade a

parcialmente revogado pela Lei n.° 65/2013,

rede de energia elétrica.

satisfazer no projeto e na construção de

nas matérias relacionadas com os requisi-

ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA

espaços públicos, equipamentos coletivos

tos de acesso e exercício da atividade das

MANUTENÇÃO DE ASCENSORES

e edifícios públicos e habitacionais, cuja

Empresas de Manutenção de Ascensores

Historicamente, o Decreto-Lei n.° 513/70

competências de fiscalização cabe à Di-

(EMA) e Entidades Inspetoras (EI), agora

estabelece no seu Artigo 2.° que é obri-

reção-Geral dos Edifícios e Monumentos

respetivamente Empresas de Manutenção

gatória a existência de entidades conser-

Nacionais e às entidades licenciadoras dos

de Instalações de Elevação (EMIE) e Entida-

vadoras registadas na Direção-Geral dos

edifícios, ou o Decreto-Lei n.° 220/2008,

des Inspetoras de Instalações de Elevação

Serviços Elétricos, estabelecendo ainda no

de 12 de novembro, que estabelece o regi-

(EIIE). A necessidade de adaptar todo o en-

Artigo 3.° que os elevadores não poderão

me jurídico da segurança contra incêndios

quadramento legal português conforman-

entrar nem manter-se em exploração sem

em edifícios cuja competência de fiscali-

do-o com a Diretiva Serviços (transposta

que o respetivo proprietário comunique,

zação é da Autoridade Nacional de Prote-

pelo Decreto-Lei n.° 92/2010) e Diretiva

previamente e por escrito, à Direção-Geral

ção Civil (ANPC), o que requer uma har-

Qualificações (Lei n.° 9/2009, alterada pela

dos Serviços Elétricos, a entidade encarre-

monização de atuação entre autoridades

Lei n.° 41/2012), que preconizam, respeti-

gada da conservação.

administrativas competentes.

vamente, a livre circulação de serviços e qualificações no espaço europeu sustenta-

Verificando-se na altura que as entidades

ENQUADRAMENTO DAS ENTIDADES

ram tal revogação, tendo a Lei n.° 65/2013

não reuniam os requisitos necessários ao

ENVOLVIDAS NO SETOR DOS ASCENSORES

estabelecido um regime jurídico que, su-

cumprimento adequado das suas obriga-

(DECRETO-LEI N.° 320/2002, DE 28

cintamente, substitui os anexos I e IV do

ções, o Decreto-Lei n.° 404/86 veio instituir

DE DEZEMBRO E LEI N.° 65/2013 DE 27

Decreto-Lei n.° 320/2002, sendo as alte-

o Estatuto das Entidades Conservadoras de

DE AGOSTO)

rações mais evidentes as exigências dos

Elevadores (ECE), por forma a dar suporte

Para garantir a implementação da regu-

quadros técnicos, do equipamento técnico,

legal àquela atividade, com vista a obter

lamentação de segurança atrás citada, e

e a introdução de regras relativas aos se-

uma maior segurança na utilização dos ele-

a manutenção dos ascensores durante a

guros de responsabilidade civil.

vadores. O Decreto-Lei n.° 320/2002 vem

vida útil do equipamento, procedeu-se ao

estabelecer novas regras relativamente às

enquadramento legal dessas obrigações,

CÂMARAS MUNICIPAIS.

empresa de manutenção, particularmente

designadamente, a manutenção dos ascen-

Ao abrigo do Decreto-Lei n.° 320/2002 fo-

as dispostas no Anexo I relativo ao Estatuto

sores e a exigência de inspeções periódicas

ram cometidas às Câmaras Municipais as

das Empresas de Manutenção de Ascenso-

10

elevare


PUB

res (EMA), entretanto revogado pela Lei n.° 65/2013, que estabelece os requisitos de acesso e exercício das atividades das Empresas de Manutenção de Instalações de Elevação (EMIE) e seus profissionais, estabelecendo um novo quadro técnico exigido às empresas de manutenção, a diferenciação no reconhecimento de entidades caso estejam certificadas, bem como a introdução de um mecanismo de deferimento tácito através do qual as empresas podem iniciar a sua atividade enquanto não é concluído o processo de reconhecimento da empresa. ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA INSPEÇÃO DE ASCENSORES A aprovação do Decreto-Lei n.° 446/76 estabelece, pela primeira vez, que as competências de vistoria e de inspeção periódicas da DGEG podem ser delegadas em associações devidamente reconhecidas por ela, porém, é apenas através do Decreto-Lei n.° 131/87, que se aprova o Regulamento do Exercício da Atividade das Associações Inspetoras de Elevadores (AIE), que possibilita a exequibilidade e operacionalidade do funcionamento daquelas associações, revelando-se como um instrumento fundamental à garantia de segurança dos equipamentos e, por consequência, dos utilizadores. Tal como no caso das EMA, as AIE são também alvo de alterações regulamentares através do Anexo IV (Estatuto das Entidades Inspetoras) do Decreto-Lei n.° 320/2002, principalmente ao nível dos requisitos que foi agora revogado pela Lei n.° 65/2013, que estabeleceu a possibilidade de um reconhecimento provisório, com a duração de 2 anos, mediante a apresentação do comprovativo de submissão do pedido de acreditação para o exercício das suas atividades junto do IPAC, I.P. REVISÃO LEGISLATIVA DO DECRETO-LEI N.° 320/2002 Logo após terem decorridos cinco anos após a publicação do Decreto-Lei n.° 320/2002, iniciaram-se os trabalhos de análise da implementação do citado diploma em reuniões de um grupo de trabalho designado como “Observatório Ascensores” do qual fazem parte a DGEG, as Associações representantes das Empresas de Manutenção e todas as Entidades Inspetoras. Nas citadas reuniões verificou-se a necessidade de introdução de melhorias ao Decreto-Lei n.° 320/2002, por forma a garantir o correto funcionamento das inspeções e manutenções, muitas delas formalizadas sobre a forma de circulares da DGEG. O elevado número de circulares publicadas bem como a necessidade de introduzir alterações regulatórias relativamente ao mercado das inspeções e manutenções, promoveram o estudo de uma proposta de revisão do Decreto-Lei n.° 320/2002. Tal revisão sofreu algumas vicissitudes nomeadamente na necessidade de acondicionar as regras exigidas pela transposição da Diretiva Serviços (Decreto-Lei n.° 92/2010) e da Diretivas Qualificações (Lei n.° 9/2009), provisões entretanto introduzidas e publicadas na Lei n.° 65/2013, sofrendo um adiamento na preparação e finalização do diploma, tendo a última proposta de revisão a data de 2013, encontrando-se, desde então, em “processo legislativo”.


Coluna da ANIEER

ELA – European Lift Association José Pirralha Presidente da ANIEER

Tudo ou quase tudo o que de bom ou de mau se passa hoje à nossa volta, na economia, no ambiente, na saúde e na educação depende em boa medida dos ventos que sopram da Europa. Na indústria dos ascensores, escadas e tapetes rolantes essa influência é determinante, quer porque a atual legislação sobre novas instalações resulta da transposição de Diretivas, quer porque a atividade normativa mais não é do que a participação no processo de normalização europeia e a adoção e/ou tradução dessas Normas. Por estas razões a Coluna da ANIEER é, nesta edição, dedicada à ELA - European Lift Asso-

© Henkel

ciation, Associação Europeia a que a ANIEER pertence. Os principais objetivos deste artigo são, assim, dar a conhecer de forma alarga-

ELA foi formalmente constituída em setem-

da o que é a ELA e quais os seus objetivos, e

bro de 2002, fixando-se nessa data a sua

>>

com estes fazer ressaltar o papel e a impor-

sede em Bruxelas.

>>

Graças à sua ampla representação, a ELA

>>

tentes; Cerca de 120 000 novos ascensores por ano;

tância do associativismo, quer a nível nacional quer europeu.

Mais de 5,6 milhões de ascensores exis-

156 000 empregados.

posiciona-se como um dos principais interELA – EUROPEAN LIFT ASSOCIATION

locutores da indústria de elevadores, esca-

Quais os objetivos da ELA

(WWW.ELA-AISBL.ORG)

das mecânicas e tapetes rolantes, perante a

Entre os seus objetivos salientamos:

Comissão Europeia, o Parlamento Europeu

>>

Promover a qualidade e a segurança;

e uma vasta gama de outras instituições e

>>

Encorajar a adoção de posições comuns

organizações. Tem igualmente como objeAssociação Europeia

tivo ajudar as associações nacionais no seu

ELA, a Associação Europeia de Elevadores,

diálogo com as autoridades e respetivos

representa as associações de elevadores,

governos.

da indústria; >>

to das entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais; >>

escadas mecânicas e tapetes rolantes ati-

Participar como parceiro de diálogo jun-

Fomentar e participar na formulação

vas na União Europeia (UE) ou na Zona Eu-

Acolhe no seu seio a EEA (European Elevator

ropeia de Comércio Livre (EFTA), quer sejam

Association) como um dos seus membros,

associações nacionais ou associações espe-

ao lado de outras associações que repre-

mação do setor (estatísticas de unida-

cíficas do setor. Representa também com

sentam o mundo dos elevadores na Europa.

des e acidentes); >>

outras associações a fileira dos fabricantes de componentes.

A ELA representa atualmente : >>

Resultado da transformação da EFLA – European Forum of National Lift Associations, a

sociações nacionais, quer através da EEA;

elevare

Recolher e manter atualizada a infor-

Promover e apoiar a formação contínua dos técnicos de instalação e ma-

25 países membros da UE – representando 1300 empresas, quer através das As-

12

de códigos e Normas; >>

nutenção; >>

Desenvolver uma relação permanente entre os seus membros;


Coluna da ANIEER >>

Identificar as necessidades e interesses dos seus membros, tendo em conta os desenvolvimentos legislativos, regulamentares e normativos.

Para atingir estes objetivos, a ELA suporta um conjunto de Comités Técnicos, nos quais participam representantes das diferentes associações nacionais. Além de outros Comités e grupos de trabalho enunciamos, a título de exemplo, a missão e objetivos de dois dos mais significativos Comités, justamente o Comité de Códigos e Normas e o Comité de Comunicação.

«Graças à sua ampla representação, a ELA posiciona-se como um dos principais interlocutores da indústria de elevadores, escadas mecânicas e tapetes rolantes, perante a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e uma vasta gama de outras instituições e organizações Comité de Códigos e Normas»

Figura 1

>>

Preparar documentos de trabalho e

ção e implementação desses mesmos

trabalhar sobre os drafts das Normas Europeias em preparação; >>

textos; >>

a ELA e as associações nacionais, vi-

regulamentos nacionais que impactam

sando a implementação da legislação

sobre o projeto e a funcionalidade dos

europeia (trocas de informação sobre

equipamentos; >>

Organizar a troca de informação entre

Contribuir para a harmonização dos

Acelerar e facilitar o processo de ado-

casos de sucesso, por exemplo); >>

Recolher e manter atualizada a infor-

ção das Normas e Diretivas Europeias a

mação necessária para a sustentação

nível nacional.

de bases de dados de novas instalações e/ou unidades em manutenção no

COMITÉ DE COMUNICAÇÃO Sendo a relação da ELA com as organiza-

mercado, as suas normas e regras; >>

Promover a imagem e a presença da

ções europeias e com as associações na-

indústria de ascensores e escadas, no

COMITÉ DE CÓDIGOS E NORMAS

cionais um dos principais desafios é neces-

mercado europeu e junto do público em

Este Comité tem um papel fundamental

sário que a comunicação tenha o papel de

geral.

na sustentação de toda a atividade da As-

relevo que hoje se lhe reconhece.

sociação Europeia. Tem como missão e

ELA Roadmap 2014 -17

objetivos:

Assim, a missão e objetivos deste Comité

De forma esquemática os aspetos princi-

>>

Propor e implementar a estratégia da

podem sintetizar-se:

pais da atuação da Associação no próximo

ELA para os códigos e Normas euro-

>>

>>

Promover a ELA e os seus objetivos

triénio podem ser sintetizados em cinco

peias, tendo em consideração a envol-

junto dos países da UE e EFTA, bem

grandes áreas como se ilustra na Figura 1.

vente internacional;

como de todos os países que preten-

Promover a adoção da regulamenta-

dam integrar a União;

Esperamos ter conseguido com este artigo

ção europeia visando a harmonização

>> >>

Comunicar a todos os interessados a

dar ao leitor uma visão do que é, como se

de requisitos para ascensores, escadas

realidade da ELA e os seus membros,

organiza e como funciona a ELA. Esse era

e tapetes e outros equipamentos de

utilizando os meios de comunicação,

o objetivo inicial do artigo mas sentir-me-ei

elevação;

como publicações, conferências de

muito mais recompensado se, por esta via,

Defender e promover a posição da in-

imprensa, eventos, conferências e pu-

conseguir despertar algumas consciências

dústria junto das instituições europeias;

blicidade;

para a importância e necessidade da ativi-

Informar as associações integrantes

dade associativa, a nível nacional e europeu.

Agir, dando orientações aos membros

>>

>>

das associações integrantes para que a

dos textos produzidos a nível europeu,

legislação e outros instrumentos a de-

que podem ter impacto para a indústria

Não podemos continuar a esperar que ou-

senvolver seja coerente;

e promover ações conducentes à ado-

tros façam o nosso trabalho.

elevare 13


Coluna AIECE

AIECE “Razões para uma base de dados fidedigna” A Presidente da AIECE Amadeu Ferreira da Silva, Lda. La Salette Silva

Em junho passado, elementos da Direção da

sultar o portal do INE no seguinte link: www.

AIECE (Associação de Industriais e Entidades

ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_

Conservadoras de Elevadores) deslocaram-

p e s q u i s a & f r m _ m o d o _

-se a Espanha para uma reunião de colabo-

pesquisa=PESQUISA_AVANCDA

ração com a FEPYMA (Federación Espanola de Asociaciones de Pequena e Mediana Em-

PESQUISA AVANÇADA

presa de Ascensoristas) e, entre muitos assuntos tratados, um deles surgiu na decorrência das perguntas: quantas empresas de elevadores haveria em Portugal, e por quantos equipamentos era constituído o parque de elevadores existentes em Portugal? Relativamente ao número de empresas que alvitrámos, um total de oitenta e duas, estimamos estar correto, pois correspondia à contagem feita há pouco tempo atrás das EMAS/EMIES existentes no website da DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia). RESULTADOS DA PESQUISA

Fomos então ao Portal da DGEG fazer esta

Quanto às respostas sobre as instalações

A sua pesquisa encontrou o seguinte n.° de

consulta, e aqui a desilusão ainda foi maior

elevatórias aí, e como o povo diz “é que a

resultados (em 1,057 segundos):

A Pesquisa baseou-se na mesma frase

porca torceu o rabo” porque, sugerimos um

chave “Total de edifícios com elevadores em

número tão alto que nos responderam que

Total

9665

Portugal” e aqui obtivemos a resposta que

esse era o número de elevadores espanhóis,

Área

Resultados

transcrevemos:

Destaques

3765

Base de dados

3757

Publicações

1117

Metainformação

1020

Inquéritos Online

10

e que Portugal deveria ter cerca de um terço. Entre o embaraço do desconhecimento, acabamos por concordar que os nossos amigos espanhóis deveriam ter razão. Tal imprecisão nossa, desassossegou-nos pois não tendo tal dado publicado, demo-

«Resultado da pesquisa de 'total de edifícios com elevadores em Portugal' Não existem registos para apresentar»

-lo, com base em determinada percenta-

Se o desassossego era grande, ficou ainda

gem da população total do País de cerca

maior com tais resultados (mais do que este

dez milhões, erro crasso, diriam os estatís-

número total de elevadores têm algumas

Tais pesquisas levaram-nos a questionar o

ticos e/ou os matemáticos.

multinacionais). Sobretudo quando esta pes-

que tinham até então andado a fazer insti-

quisa pode enfermar por erro de pesquisa,

tuições públicas e privadas, com as infor-

E como aprendemos com os erros, tal facto

pois integramos uma frase onde poderiam

mações enviados pelas empresas para a

espevitou a nossa curiosidade e fomos con-

ser consideradas várias palavras-chave.

construção das bases de dados? Que tipo

14

elevare


Coluna AIECE dos intervenientes e eliminando tudo o que não seja necessário" (J. Pirralha 2014), que ajude na autorregulação do Setor, através das análises realizadas nas observações fornecidas por tal instrumento. Todavia, a DGEG ao exigir agora, numa primeira fase, e na senda das Diretivas Europeias o fornecimento pelas empresas de informação para constituir uma Base de Dados credível e evolutiva de acordo com o desenvolvimento e os objetivos que se pretendem alcançar, após audição das associações do setor elencou as seguintes preocupações: 1. Atribuição de um código de registo individual de cada instalação, com referência à EMIE responsável; 2. Identificação das instalações elevatórias existentes em funcionamento em Portugal; de tratamento tinha sido feito a tal infor-

fícios para o setor, pois tinham perdido a

3. Caraterização das especificidades de

mação? E porque é que não foram dados

confiança neste Instrumento. Em julho de

cada instalação (local, proprietário, an-

a conhecer determinadas informações es-

2014 a DGEG através do sua circular 4787

tiguidade, natureza e tipologia…).

senciais ao Setor, ou a outros organismos,

de 18/07, informa que a CERTIEL cessou a

através do Portal da DGEG?

sua atividade em 31/07/2014, e solicita que

Com as necessidades evolutivas de conhe-

cada empresa, a partir de 1 de agosto pas-

cimento acerca dos equipamentos eleva-

Cabe-nos relembrar que em 2009, quando

sado, descarregue os dados que lhe são

tórios, e segundo a razão dos objetivos,

foi lançado o projeto CERTIEL, as empresas

inerentes na nova plataforma informática

haveria outras etapas de inclusão de dados

deste setor aderiram com grande diligência

entretanto criada.

na plataforma sobre as matérias que, na

e entusiasmo, porque era uma necessidade

altura, fossem relevantes e congruentes

que estas, através das suas associações, vi-

Na realidade, como já foi dito atrás, a an-

nham sentindo ao longo dos anos.

tiga base de dados da CERTIEL não teve

com os objetivos a atingir.

os resultados que se esperavam, porque

Uma Base de Dados transparente, credível

Foi despendida muita energia positiva à vol-

foi mal planeada. Pensamos que para res-

e eficaz, através da disponibilização de in-

ta desta tarefa, que em pouco tempo caiu

ponder às exigências do sistema há que se

formações importantes sobre as instala-

completamente por terra. Informações

pensar previamente em:

ções elevatórias, permite:

mal solicitadas, pouco cuidado com o léxico

>>

1. Às Entidades Oficiais saber quantas

técnico usado no Setor das Instalações ele-

Para quê fazer uma plataforma informática?

instalações existem, e se estão todas

vatórias redundaram em erros, cujos escla-

>>

Que informações devem nela constar?

identificadas pelas EMAS/EMIES para se

recimentos pedidos eram respondidos com

>>

A quem deve servir?

ter a perceção do estado do parque de

arrogância, ou ignorados com a devolução

>>

Por quem pode ser utilizada?

instalações existentes, de forma a po-

do documento Excel à procedência, sem

>>

Quais os objetivos pretendidos?

qualquer tipo de explicação plausível de emenda.

derem atuar de uma forma pedagógica. 2. Às empresas permite uma maior res-

Ora, a falta de programação e a desade-

ponsabilização pelo estado de conser-

quação aos tempos socioeconómicos que

vação das instalações

Sobranceria, no início, estava quase sem-

correm, fizeram com que a plataforma da

3. Aos Clientes inculca-se a obrigação de

pre do outro lado da Internet. Não existia

CERTIEL ficasse enferma, passado pouco

executarem as reparações que lhes

capacidade de atendimento às dúvidas que

tempo após o seu nascimento.

são recomendadas.

iam aparecendo. Outras questões sérias apareceram como a exigência de infor-

É opinião da AIECE que o Setor da Eleva-

Importa, ainda, sublinhar que uma Base de

mações pessoais, salvaguardadas pela

ção necessita, com urgência, que a DGEG

Dados exata e atualizada contribui, tam-

Legislação do Direito à Proteção de Dados.

disponha de uma plataforma informática,

bém, para a melhor garantia da segurança

Todo este desgaste energético e desilusão

cuja Base de Dados sobre as instalações

dos seus utilizadores, seja em edifícios de

consequente, originou que as empresas

elevatórias "seja evolutiva, capaz de crescer

serviços públicos ou para uso residencial,

não vislumbrassem qualquer tipo de bene-

de forma sustentada, ganhando a confiança

industrial ou comercial.

elevare 15


Notícias e Produtos Thyssenkrupp aposta na sustentabilidade das smart cities

dramaticamente a energia utilizada." Isto porque potenciam uma redução de até 27% da

Nayar Systems e Associação AIECE

ThyssenKrupp Elevadores, S.A

utilização de energia e aumentam até 30%

Nayar Systems

Tel.: +351 214 308 100 • Fax: +351 214 308 258

o espaço útil no chão.

Tel.: +351 938 823 390 • info@nayarsystems.com

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

www.nayarsystems.com

A Nayar Systems conheceram melhor no

elevadores é essencial para garantir a sus-

129 anos de existência do Ascensor da Glória

tentabilidade ambiental e económica das

O Ascensor da Glória, que faz a ligação en-

a 3 de novembro de 2014, com a Presiden-

cidades inteligentes, a ThyssenKrupp assu-

tre a Praça dos Restauradores e o Bairro

te, La Salette Silva e Victor Valdivia, Diretor

me-se como um player nesta área. Espelho

Alto, comemorou a 24 de outubro de 2014

Comercial para Portugal, a situação do se-

disso é a aposta da empresa, com sede na

o seu 129.º aniversário. Para assinalar a

tor perante a Norma EN 81.28. Na mesma

Alemanha, em várias soluções tecnológicas

data, durante este dia foi possível assistir a

reunião reconheceu-se a dificuldade pela

concebidas para melhorar a mobilidade das

atuações da Orquestra Ligeira da banda de

variedade de protocolos existentes e a in-

pessoas quer nas cidades, quer dentro dos

música dos empregados da CARRIS. Atual-

trusão dos operadores com equipamentos

edifícios. O elevador de contrapesos Studio,

mente, o Ascensor da Glória é uma das prin-

GSM que não transmitem devidamente os

por exemplo, é a mais recente tecnologia

cipais atrações turísticas de Lisboa, além

tons DTMF e impedem o funcionamento

desenvolvida pela empresa como forma de

dos Elevadores de Santa Justa, da Bica e da

adequado dos mesmos.

aumentar em 50% a capacidade de passa-

Lavra, e que no seu conjunto constituem a

geiros no mesmo espaço disponível. Uma

Rota dos Ascensores.

Adotando a postura de que a tecnologia de

primeiro encontro com a Associação AIECE,

das vantagens da solução, apresentada recentemente no Congresso Mundial Smart City Expo World, em Barcelona, é viabilizar a instalação de elevadores em locais, até então considerados inviáveis, facilitando assim a modernização de prédios antigos. Depois deste encontro, a Associação AIECE, que sempre apostou na vanguarda da segurança para os seus membros, decidiu colocar todas as empresas em contacto com a Nayar Systems para que todas pudessem contar com os serviços que esta empresa Quando foi inaugurado, o Ascensor da Glória

oferece gratuitamente, tal como a sua pla-

funcionava através de um sistema de tra-

taforma web para controlar a Norma EN

ção por cremalheira e cabo por contrapeso

81-28 e Echo Test, entre outros. Mais uma

O novo sistema de transportes para peque-

de água, em que ambos os carros estavam

vez, a Nayar Systems, com a sua marca

nas deslocações nas cidades e em aeropor-

ligados por um cabo subterrâneo, subindo e

registada 72 horas, prova ser uma referên-

tos, ACCEL, o elevador TWIN ou uma nova

descendo em duas vias paralelas assentes

cia europeia no cumprimento da EN 81,28

aplicação de manutenção para a eficiência

ao nível do chão. Os carros eram de dois pi-

e orgulha-se de prestar os seus serviços à

energética em edifícios estão também en-

sos, tendo o inferior dois bancos dispostos

principal associação de operadores de ele-

tre os exemplos de soluções da empresa

longitudinalmente, de costas para a rua e o

vadores em Portugal.

para a mobilidade inteligente. "É impera-

superior, a que se acedia por uma escada de

tivo que as escolhas que façamos hoje no

caracol, outros dois, dispostos no mesmo

desenvolvimento das nossas cidades sejam

sentido, mas costas com costas, de modo

sustentáveis, contribuindo com um impacto

que os passageiros ficavam virados para

Ascensor da Bica comemora 122.° aniversário

positivo e duradouro para as vindouras", des-

o espaço circundante. Em 1915 foi eletrifi-

Inaugurado em 1892, o Ascensor da Bica foi

tacou Reinhold Achatz, Head of Corporate

cado, havendo assim mudanças profundas

o terceiro do seu tipo ao serviço na cidade

Function Technology, Innovation and Sustai-

no seu sistema de funcionamento. A sua

de Lisboa e, atualmente, é uma das principais

nability na ThyssenKrupp AG. Uma vez que

caraterística cor amarela só foi atribuída

atrações turísticas da cidade, juntamente

os edifícios são responsáveis pela utilização

em 1926 quando os Ascensores de Lisboa

com o Elevador de Santa Justa e dos As-

de mais de 40% da energia mundial, a em-

passaram a ser propriedade da Carris. Fi-

censores da Glória e do Lavra. O Ascensor

presa acredita que "os elevadores e escadas

nalmente em 2002 foi classificado como

da Bica é diferente dos restantes pela sua

e tapetes rolantes assumem um papel cada

Monumento Nacional, juntamente com os

proximidade ao rio Tejo, além dos atributos

vez mais importante na criação de estruturas

Ascensores da Bica, do Lavra e do Elevador

cénicos da zona onde se insere: o seu tra-

sustentáveis e auto-suficientes que reduzam

de Santa Justa.

jeto começa num edifício setecentista junto

16

elevare


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Notícias e Produtos ao Cais do Sodré (no cruzamento da Rua

Estes blocos de bornes são adequados para

tenção 2014, onde David Braga abordou a

de São Paulo com a Rua da Bica de Duarte

o encaminhamento de sinais em sistemas

"Manutenção de Acionamentos Eletromecâ-

Belo), e percorre uma íngreme encosta até

de controlo, e para uma distribuição muito

nicos versus Eficiência Energética".

ao Largo do Calhariz na entrada do Bairro

compacta dos potenciais é possível utilizar

Alto. E assim, numa curta viagem temos

os blocos de quatro e oito níveis. Permitem

Dos equipamentos e soluções que maior

uma vista imperdível sobre o rio e atraves-

mais de 1700 sinais por metro quadrado

interesse despertaram no certame des-

samos um bairro popular e típico.

e podem ser distribuídos com o bloco de

tacaram-se:

16 níveis. A somar a isso, os elementos de

MOVI4R-U - A SEW-EURODRIVE adicionou

operação a vermelho e branco simplifica

o conversor de frequência MOVI4R-U ® ao

a alocação do condutor no exato ponto de

seu portefólio de acionamentos eletróni-

ligação, não esquecendo que a tecnologia

cos. Das múltiplas caraterísticas desta sé-

PUSH IN permite uma ligação rápida e fiável.

rie de produtos destacam-se um conceito

Conversor

de

Frequência

®

de operação inovador e um índice de proteção IP54 que permite a instalação fora do quadro elétrico; os redutores cónicos K19 e K 29 energeticamente eficientes: a eficiência energética em acionamentos não depende apenas dos componentes elétricos ou eletrónicos: partindo da ideia de "analisar os sistemas como um todo", a SEW-EURODRIVE considera também a performance dos comConstruído em 1892 pelo engenheiro portu-

ponentes mecânicos. Os novos redutores

guês Raoul Mesnier de Ponsard, o Ascensor

de engrenagens cónicas K19 e K29 para a

da Bica é composto por duas carruagens,

gama de potências mais baixas são extremamente compactos e soluções de baixo

velados, e com capacidade para transpor-

SEW-EURODRIVE Portugal na EMAF 2014: uma boa aposta

tar 23 passageiros. Funcionava inicialmente

SEW-EURODRIVE PORTUGAL

ca durante a operação; o motor assíncrono

com máquinas a vapor, tendo sido eletrifi-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

com classe de eficiência IE3 da série DRN

cado em 1916 e classificado em 2002 como

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

(a SEW-EURODRIVE desenvolveu um mo-

cada uma com três compartimentos desni-

custo que aumentam a eficiência energéti-

Monumento Nacional, a par dos Ascensores

tor IE3 que pode facilmente substituir um

da Glória, do Lavra e do Elevador de Santa

motor equivalente IE2 sem problemas,

Justa. A necessidade de utilização de as-

despesas elevadas, ou esforços significati-

censores e elevadores nasceu na Carris no

vos); além dos seus serviços especializados

século XIX para contornar as ruas sinuosas

em Redutores Industriais nas instalações

e íngremes, caraterísticas da cidade de Lis-

do cliente: a SEW-EURODRIVE Portugal é

boa, e por isso nasceu em 1884, o transpor-

o centro de competência para a Península

te em ascensores e elevadores. Estes his-

Ibérica, do Grupo SEW, em reparações es-

tóricos meios de transporte encontram-se,

pecializadas de Redutores Industriais. Para

atualmente, inseridos na Rota dos Ascenso-

Como habitualmente, a SEW-EURODRIVE

tal dispõe de uma oficina dedicada e de téc-

res, promovida pela Carris.

Portugal marcou presença na EMAF - Feira

nicos com larga experiência em reparação

Internacional de Máquinas, Equipamentos e

de Redutores Industriais SEW, SANTASALO

Serviços, terminando a edição de 2014 com

e outras marcas.

Blocos de bornes para Marshalling PRV 4 - PRV 8 - PRV 16

um sentimento claramente positivo. A SEW

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

quais mostrou os mais recentes produtos

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

e soluções analisando, simultaneamente,

Proteção para motores DSP da Zeben

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

futuras perspetivas de negócio e coopera-

Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.

recebeu diversos parceiros de negócio, aos

ção. A SEW-EURODRIVE Portugal agrade-

Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851

Os blocos de bornes para distribuição de

ce a todos aqueles que contribuíram para

info@zeben.pt • www.zeben.pt

potência PPV 4 - PPV 8 permitem ligações

o grande sucesso que foi esta edição da

multi-nível com tecnologia de ligação

EMAF 2014. Durante a EMAF 2014, a SEW-

Os protetores de motor DSP (Digital Supe-

PUSH IN, economizando espaço. A linha de

EURODRIVE Portugal participou em even-

rior Protection) permitem-lhe a otimização

produtos inclui quatro, oito e dezasseis ní-

tos de formação e divulgação: o Seminário

de máquinas e processos a preços competi-

veis de ligações. Os blocos de quatro e oito

"Eficiência Energética na Indústria", onde João

tivos quando comparados com outras pro-

níveis, também estão disponíveis como

Dias apresentou o tema "Motores e variado-

teções tradicionais como os térmicos bime-

blocos para distribuição de potência.

res de velocidade" e nas Jornadas da Manu-

tálicos. Caraterizam-se por serem simples

elevare 19


Notícias e Produtos relés com monitorização, controlo e prote-

de problemas como, por exemplo, choque

680 kg e que suportam até 4500 kg, fica

ção de motores elétricos. A gama DSP - VIP

mecânico, atolamento ou stall em apenas

difícil manter a calma numa caixa de vidro

é um completo sistema de gestão de moto-

50 milésimas de segundo, evitando qual-

que se projeta além da fachada do prédio

res que faz a monitorização, a proteção e o

quer dano físico no motor, na máquina ou

mais alto do Ocidente. São quatro elevado-

registo de todas as avarias diagnosticadas

nos bens. Dos inúmeros benefícios financei-

res retangulares de vidro suspensos que

pelo equipamento. Esta é uma gama de tal

ros que pode ter com estes equipamentos

chegam a mais de 400 metros de altura.

eficácia que permite a proteção de cargas

destacamos a redução dos tempos de ino-

Montados sobre trilhos permitem que se-

mecânicas conetadas aos mesmos. DSP

peração, o aumento do tempo de vida útil

jam puxados para dentro, para limpeza e

VIP monitoriza a tensão juntamente com

da máquina, a redução dos gastos de manu-

manutenção.

a corrente para uma proteção mais com-

tenção e a redução dos gastos energéticos.

pleta e fiável, funcionando também como

A sua elevada versatilidade e as caraterís-

analisador de energia. O DSP-VIP contém

ticas e funcionalidades dos protetores de

também entradas digitais para controlo do

motor DSP tornam possível a sua utilização

Nova revista F.Fonseca Automação Industrial 2014

motor a partir de controladores/sensores

sobre um elevado espetro de aplicações

F.Fonseca, S.A.

externos, e está disponível com comuni-

para a proteção de todos os tipos de moto-

Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910

cação RS232 e RS485, com capacidade de

res, e não só. A sua aplicação é possível em

ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com

conexão de módulo de adaptação ou datalo-

bombas, ventiladores, elevadores, gruas,

gger. O DSP – VIP oferece proteções contra

guindastes, cintas transportadoras, tritura-

sobre e subcarga, sobre e subtensão, falta

dores, compressores, e muito mais.

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

de fase, inversão de fases, desequilíbrio de fases, rotor bloqueado, stall e derivação à terra (transformador externo ou interno).

Elevador de vidro em Chicago O Willis Tower, em Chicago, um dos maiores arranha-céus dos Estados Unidos, não passa despercebido pela imponência e altura, mas o mais apelativo e que apela à curiosidade são os seus 4 elevadores panorâmicos totalmente transparentes. São quatro cubos retangulares de vidro suspensos que chegam a mais de 400 metros de altura. Os elevadores têm 3 metros de altura por 3 metros de largura, suportam até 5 toneladas e foram especificados com vidros multilaminados que somam quase 40 mm de espessura.

Os protetores de motor DSP podem ser utilizados em aplicações de sistemas de

A F.Fonseca lança em outubro a edição

transporte de carga, horizontais (cintas

anual da revista F.Fonseca Automação

transportadoras) ou verticais (elevadores e

Industrial, dedicada às novidades mais re-

gruas) e possibilitam o ajuste do tempo de

centes no mundo da automação em 2014.

disparo e tempo de arranque. Nesta aplica-

A F.Fonseca procura estar sempre à fren-

ção, em particular, o sistema não irá dispa-

te, com novas soluções que se adaptem a

rar acidentalmente por flutuações de carga

cada cliente, a cada aplicação, a cada rea-

de curta duração nem durante o arranque

lidade, e para isso não basta ter os melho-

mas continua protegido contra problemas

res produtos do mercado, também tem de

mais graves, como excesso de carga ou

oferecer o melhor suporte: as pessoas.

bloqueamento do sistema. Outra das apli-

Nesta edição partilham um pouco da nos-

cações possíveis é em gruas e elevadores,

sa vivência interpessoal, desde atividades

em que é possível programar o protetor de

teambuilding, à participação em corridas

motor DSP para disparar imediatamente

solidárias e até como aprendemos a sal-

caso o valor da corrente seja ultrapassado

var uma vida. O tema de capa desta edição remete-nos para a ergonomia e flexibilida-

(tendo em conta o consumo do motor em carga máxima), para garantir que o sistema

A inexistência de qualquer tipo de suporte

de através do computador industrial SPC

nunca funcione em casos de carga excessi-

visível, a 410 metros de altura, gera uma

da Advantech, apresentado no segmento

va. Em aplicações de cintas transportado-

sensação estranha. Apesar dos robus-

Interface Homem-Máquina da Página 7. A

ras DSP permite o diagnóstico e proteção

tos parafusos fixando painéis de vidro de

nova geração de autómatos compactos

20

elevare


Notícias e Produtos Para ser utilizado em garrafas PET (incluin-

disponíveis para comercialização em Por-

Melhor desempenho na deteção de objetos transparentes na indústria da alimentação e bebidas

tugal. Nas Redes Industriais o destaque vai

Omron Electronics Iberia, S.A.

conhecida como "P-Opaquing", que propor-

para o switch Ethernet industrial TREE67

Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899

ciona uma maior estabilidade na deteção

apresentando-se como a solução adequa-

info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt

graças à utilização de filtros polarizadores

FX5 faz parte de um dos grandes lançamentos mundiais da Mitsubish Electric, já

do de menor espessura) na indústria das bebidas, o sensor E3S-DB aplica a técnica

da para ambientes industriais agressivos da

especiais para objetos PET. E possui uma

Murrelektronik. Da mesma marca, mas no

outra caraterística avançada: a compen-

segmento Quadro Elétrico, convidamo-lo a

sação automática das alterações do nível

aceder à aplicação Connectivity City, onde

de luminosidade causadas por condições

pode encontrar todas as tecnologias que a

ambientais ou por contaminação. Graças à

Murrelektronik oferece para a espinha dor-

nova função Smart Teach patenteada pela

sal da sua máquina ou instalação industrial.

Omron, a configuração do E3S-DB pode ser

O material para gravação de etiquetas em

realizada rapidamente e sem esforço. Com a

policarbonato Monomatt & Duomatt, da

tecnologia Smart Teach é possível ajustar o

Murrplastik, é a novidade em destaque no

limiar do nível de luminosidade e realiza-se

segmento de Cablagem na Página 23.

a programação numa operação. Para obter a máxima estabilidade de funcionamento, basta pré-selecionar manualmente (com

Em Deteção, as novidades são inúmeras e o

um potenciómetro de menos de uma volta)

sensor fotoelétrico DeltaPac da Sick é uma delas. Este destaca-se pela deteção fiável

A Omron lançou um novo sensor para ob-

o limiar de funcionamento desejado para

e sem espaços entre as embalagens, onde

jetos transparentes para a indústria da ali-

os respetivos objetos, e premindo o botão

os produtos podem ser contados e deteta-

mentação e bebidas, proporcionando a me-

teach, o sensor ajusta automaticamente a

dos diretamente no transportador. No seg-

lhor deteção de objetos, como garrafas de

potência de emissão de luz e a sensibilidade

mento de Segurança são apresentados os

vidro e PET, tabuleiros transparentes ou pe-

segundo a distância de deteção e o limiar

controladores e a rede mais vendidos na

lículas de embalagens. Graças à sua elevada

selecionado. A informação sobre o limiar de

área da segurança industrial: Flexi Soft e

estabilidade de deteção, o sensor E3S-DB é

funcionamento encontra-se sempre visível,

Flexi Loop da Sick. Se ainda não conhece a

uma opção para a deteção de quaisquer ti-

podendo o utilizador copiar o ajuste de um

plataforma de clientes MyFFonseca agora

pos de objetos transparentes nos processos

sensor para o outro, obtendo uma poupan-

poderá ser uma boa oportunidade, não só

de packaging. Este sensor também está

ça de tempo no ajuste de vários sensores

pelo facto de ter acesso a toda informação

disponível para modelos de feixe pontual e

na mesma linha de produção ou na realiza-

à distância de um click, mas também porque

convergente, com um diâmetro de feixe de

ção de trabalhos de manutenção. A natu-

pode usufruir de 2% de desconto adicional

apenas 2 mm a uma distância de 200 mm

reza intuitiva do E3S-DB é ainda otimizada

imediato na realização de compras online.

(sem que seja necessário utilizar um laser)

pela ferramenta de monitorização para PC.

Na Identificação Automática o interroga-

para uma deteção e um posicionamento de

Em conjunto com a tecnologia Smart Tea-

dor RFID RFU62X da Sick, na Página 35, é

alta precisão em correias transportadoras

ch, por exemplo, esta ferramenta obtém a

um dispositivo de leitura/escrita que per-

com um intervalo mínimo entre garrafas.

posição adequada do limiar da intensidade

mite alcances até 1 metro. Em Visão Arti-

Desenvolvido com clientes fabricantes de

da luz de forma rápida e simples através da

ficial apresentam a câmara 3D a cores de

alguns dos principais produtos da indústria

análise da atenuação mínima de um objeto e

elevada performance ColorRanger da Sick,

da alimentação e bebidas, o sensor E3S-

o utilizador necessita apenas de selecionar

que combina as funcionalidades de uma

DB dispõe de um sistema ótico que reali-

o limiar ideal e aplicá-lo aos sensores, pre-

câmara 3D e de uma LineScan a cores. Os

za a deteção com uma histerese reduzida

mindo o botão.

sensores de posição magnetoestritivos

e um elevado intervalo dinâmico. Assim é

compactos da Serie E da MTS, apresenta-

possível obter-se um bom desempenho. O

dos no segmento Medição, são uma ótima

E3S-DB tem capacidade para detetar, por

alternativa aos sensores baseados em ca-

exemplo, uma atenuação de luminosidade de

Plano de funicular na Mouraria e escadas rolantes no Martim Moniz

deias Reed ou fins de curso. Na contra capa

3% até 4 metros do objeto. O seu sistema

Lisboa investiu 130 milhões de euros em

desta edição pode conhecer a mais recente

ótico avançado aumenta a estabilidade do

reabilitação urbana nos últimos cinco anos

oferta na área de formação/coaching em

desempenho com a eliminação de quantida-

em obras licenciadas e que visaram a re-

parceria com a Portal Fox (www.ffonseca.

des ínfimas de luz residual que interferem

qualificação de património já existente. Mas

com/liderar2.0). A revista F.Fonseca Auto-

na deteção de garrafas de vidro. Conhecido

ainda há projetos prioritários para melhorar

mação Industrial 2014 está também dispo-

como o "efeito da lente de garrafa", o aumen-

os acessos na cidade, como é o caso das

nível online, em www.ffonseca.com, Menu

to indesejado da intensidade da luz provoca,

escadas rolantes para ligar o Martim Moniz

Downloads. Se desejar receber a revista em

frequentemente, erros na deteção de gar-

ao Castelo (nas Escadinhas da Senhora da

versão papel, solicite-a através do email,

rafas de vidro em linhas de packaging que

Saúde), um funicular entre a Alta da Mou-

marketing@ffonseca.com.

utilizam sensores com menor estabilidade.

raria (onde será criado um parque de esta-

elevare 21


Notícias e Produtos cionamento) e a Graça e elevadores entre

de elevação para as minas do Jansen Po-

subterrânea mais de 700 projetos de auto-

o Campo das Cebolas e a Sé. Ainda não se

tash Project, localizadas a 130 km a leste

mação e elevação para minas e mais de 100

visualizam prazos para estas obras mas os

de Saskatoon, na província canadiana de

projetos autónomos de sistemas de trava-

projetos de execução já estão a ser desen-

Saskatchewan. O contrato inclui a conce-

gem, instalados em mais de 30 países por

volvidos, segundo Manuel Salgado, Verea-

ção, manufatura, fornecimento e instalação

todo o mundo.

dor do Urbanismo da Câmara Municipal de

de quatro sistemas completos de elevação

Lisboa (CML). O Vereador revela ainda que o

para as minas, abrangendo componentes

elevador já existente na Rua dos Franqueiros

mecânicos e também os sistemas elétri-

está a ter cerca de 60 mil utilizadores men-

cos, incluindo os sistemas de acionamento

sais, um número bastante relevante.

CA ACS6000 e motores síncronos de alta

Elevadores desenvolvem "elevadores espaciais" para pessoas

potência e baixa velocidade. A entrega des-

Há várias empresas a desenvolverem pro-

O investimento da autarquia de 730 milhões

tes sistemas terá lugar entre 2015 e 2018.

jetos para construir um elevador que trans-

de euros na reabilitação urbana é oriundo

Globalmente, a ABB será o fornecedor de

porte pessoas da Terra até ao espaço. En-

de verbas do Programa de Investimentos

sistemas integrados completos de eleva-

tre estas, nada menos do que o Google X, o

Prioritários em Acções de Reabilitação Ur-

ção para as minas, incluindo todos os sub-

laboratório secreto do Google responsável

bana do Quadro de Referência Estratégico

sistemas mecânicos e elétricos.

pelo Google Glass e o carro sem condutor.

Nacional e das contrapartidas do Casino de

O primeiro conceito de um elevador espa-

Lisboa, e 600 milhões de privados. Segun-

cial vem de 1985, criado pelo cientista rus-

do os responsáveis pela Câmara Municipal

so Konstantin Tsiolkovsky e permanece, em

de Lisboa ainda necessitam de mais oito mil

alguns pontos, inalterado. Segundo Tsiolko-

milhões de euros para intervir em todos os

vsky seria necessário um cabo ancorado à

prédios a precisar de obras. As zonas onde a

Terra que se esticasse até ao espaço. Atual-

aposta de reabilitação foi mais forte são os

mente, a ideia mais defendida é a de um pon-

bairros históricos como Alfama, Mouraria e

to de ancoragem na linha do equador com

Madragoa, a zona norte e a zona ribeirinha da

um cabo que se estenda por 100 mil km aci-

capital portuguesa. E sem esquecer a Baixa

ma da superfície da Terra. O cabo seria liga-

Pombalina onde investiram 126 milhões de

do a uma estação de contrapeso e orbitaria

euros entre 2008 e 2013. Segundo o Verea-

junto com o planeta.

dor do Urbanismo, "há 24 edifícios inteiros em obras na Baixa, dos quais sete se destinam a alojamentos turísticos, o que representa uma área de intervenção de 33 mil metros quadrados. Além disso há 16 processos, 14 deferidos à espera de pagamento das licenças e 107 em apreciação." Os imponentes guinchos de fricção a serem fornecidos para os poços de produção, com seis metros de diâmetro cada e uma potência motriz total acoplada de cerca de 14 MW, irão ser os maiores até agora projetados e

Uma construtora japonesa vai construir

construídos a nível mundial. Igualmente im-

um elevador espacial até 2050, capaz de

pressionantes são os guinchos dos poços

transportar passageiros a 36 mil km acima

de serviço, eletricamente idênticos aos de

da Terra e com um custo de 8 mil milhões

produção mas dimensionados para cargas

de euros. A LiftPort, uma empresa fundada

menores. A complexidade e os elevadís-

por um ex-empreiteiro da NASA, também

simos requisitos de desempenho dos sis-

pensa seriamente na ideia depois de ten-

ABB ganha conceção e construção dos maiores sistemas de elevação para minas

temas de travagem destes sistemas obri-

tar, sem sucesso, desenvolver um projeto

garam ao desenvolvimento de uma nova

semelhante no início da década de 2000,

tecnologia de travagem para sistemas de

a ambição agora é construir um elevador

ABB, S.A.

elevação por fricção. Após a conclusão da

na Lua. Segundo o fundador Michael Lai-

Tel.: +351 214 256 000 • Fax: +351 214 256 247

instalação dos quatro sistemas de elevação

ne, a ideia pode servir de protótipo para a

comunicacao-corporativa@pt.abb.com

na mina Jansen da BHP Billiton, a ABB irá de-

Terra. A baixa gravidade e a atmosfera zero

www.abb.pt

ter uma impressionante base instalada de

podem facilitar a elaboração. O grande

onze sistemas de elevação por fricção na

obstáculo para a construção de uma tor-

O grupo ABB foi selecionado pela BHP

província de Saskatchewan. A ABB já forne-

re gigante que transporte pessoas é a fal-

Billiton para o fornecimento de sistemas

ceu globalmente para o setor da mineração

ta de um material forte para ser utilizado

22

elevare


Notícias e Produtos na estrutura, e não pode ser vulnerável a

e das Relações de Trabalho (DGERT), a for-

tras sessões de formação serão realizadas

vibrações, colisões de pássaros e detritos

mação técnica ministrada pela SEW-EURO-

a pedido.

espaciais. Os defensores do elevador acre-

DRIVE Portugal possibilita aos clientes ace-

ditam que nanofibras de carbono são boas

der aos apoios públicos para desenvolver

candidatas como matéria-prima, por serem

as competências dos seus colaboradores,

leves e 100 vezes mais fortes do que o aço,

no âmbito do Programa Operacional de Po-

Elevadores a 65 km/h no maior edifício do mundo

e assim, o problema é que ainda não foi

tencial Humano (POPH) inscrito no Quadro

No Dubai fica o maior edifício do mundo, o

feita uma versão de um tubo com mais de

de Referência Estratégico (QREN).

maior shopping mundial, o restaurante mais alto num 122.° andar, a maior pista artificial

1 metro de comprimento. Segundo a NASA, o elevador deve ter 230 mil km. A falta de

Estas sessões compreendem formação em

de esqui, as maiores ilhas artificiais, o pri-

nanofibras foi uma das razões do Google X

conversores de frequência MOVITRAC®07B

meiro hotel de sete estrelas e muito mais.

interromper a sua pesquisa. Um Professor

(11 de fevereiro na Mealhada, 17 de junho em

Impossível é uma palavra que não se ade-

de química da Penn State University defen-

Lisboa e 11 de novembro na Mealhada), MO-

qua muito a este país no que diz respeito ao

de que nanofilamentos de diamante são a

VITRAC® LT (11 de março na Mealhada, 17 de

que é possível construir.

solução mas, por enquanto, não há empre-

junho em Lisboa e 25 de novembro na Me-

sas a fabricar material suficiente.

alhada), sistemas descentralizados® (22 de abril na Mealhada), controladores vetoriais MOVIDRIVE® B (06 de maio em Lisboa, 16 de

SEW-EURODRIVE PORTUGAL: formação certificada

setembro na Mealhada e 21 de outubro em

SEW-EURODRIVE PORTUGAL

de junho na Mealhada), programação em

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

IPOS (20 de maio na Mealhada e 23 de se-

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

tembro na Mealhada), acionamentos eletro-

Lisboa), Motion Controller MOVI-PLC (3 e 4

mecânicos (25 de março em Lisboa e 14 de A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, Lda., em-

outubro na Mealhada). O programa comple-

presa formadora acreditada pela DGERT

to pode ser consultado em www.sew-euro-

(Direção Geral de Empresas e das Rela-

drive.pt/news/xml_images/d_1214389181.

ções de Trabalho), dá a conhecer aos seus

pdf. A pré-inscrição de participantes deverá

clientes a sua gama de Formação Técnica

ser enviada até 10 dias antes da data de for-

SEW certificada e as respetivas datas. Os

mação, carecendo a mesma de aprovação,

Formadores da SEW-EURODRIVE Portugal

a qual ocorrerá até 5 dias antes da data

estão todos habilitados com CAP (Certifica-

da sessão. O número de participantes por

do de Aptidão Profissional). Como entidade

sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-PLC

O edifício mais alto do mundo, o Burj Kha-

certificada pela Direção Geral do Emprego

com um máximo de 8 participantes). Ou-

lifa, de 828 metros de altura, destaca-se

PUB


Notícias e Produtos pela sua impotência, simbolismo do desen-

a "segurança e confiança" do setor dos ele-

neladas) em relação a 2013 e 23,47% (mais

volvimento e da sua modernidade. Este edi-

vadores, "revolucionando a forma como se

72 239,20 toneladas) em relação a 2012.

fício tem 57 elevadores, estando apenas dois

opera no mercado."

A administração portuária salienta ainda

reservados às visitas turísticas, e os restan-

o crescimento continuado da utilização da

tes aos 900 apartamentos residenciais, 144

ferrovia, com o ramal do Porto de Aveiro que liga à Linha do Norte, através da pla-

tre locais de entretenimento e restaurantes

Porto de Aveiro com novos máximos de cargas movimentadas

requintados, escritórios corporativos, o Hotel

O Porto de Aveiro atingiu novos máximos

máximos. O número de comboios recebidos

Armani, e ainda uma complexo de fitness e re-

de movimentação de mercadorias nos pri-

até ao final de abril foi de 526, o que traduz

creação em quatro andares e um parque de 11

meiros quatro meses de 2014, com um to-

um crescimento em relação ao mesmo pe-

hectares com seis espelhos de água. Estes

tal superior a 1,5 milhões de toneladas de

ríodo de 2013 de 54% (mais 184 comboios).

são, também, dos elevadores mais rápidos

tráfego de cargas movimentadas, anunciou

O total de mercadorias que entraram e sa-

do mundo, deslocando-se a 18 m/s, o equi-

hoje a administração portuária. Em relação

íram do Porto de Aveiro, através do ramal

valente a cerca de 65 km/h. Alguns destes

a 2013, o melhor ano do porto, verificou-se

ferroviário do Porto de Aveiro que liga à Li-

elevadores param apenas nos pisos 43, 76

um acréscimo de 14,31% (mais 189 321,30

nha do Norte na plataforma de Cacia, foi de

e 123 de forma a facilitar a vida de quem vai

toneladas) e a subida foi ainda mais acen-

286 636,28 toneladas, o que representou

para os andares mais elevados.

tuada comparativamente a 2012: 46,35%,

19% do total movimentado, crescendo em

correspondendo a mais 478 988,70 tonela-

30% (mais 65 533,08 toneladas) em rela-

das. Segundo a Administração do Porto de

ção ao período homólogo de 2013.

residências no Armani Residences Dubai, en-

taforma de Cacia, a atingir também valores

Monitorizar elevadores à distância

Aveiro (APA), as exportações foram su-

ThyssenKrupp Elevadores, S.A

periores às importações em cerca de seis

Tel.: +351 214 308 100 • Fax: +351 214 308 258

pontos percentuais, atingindo respetiva-

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

mente 800 979,30 toneladas (52,96% do

Variadores de frequência compactos para elevadores

movimento total) e 711 446,40 toneladas

REIMAN – Comércio de Equipamentos

Milhares de sensores e sistemas estão a

(47,04% do movimento total). A carga ge-

Industriais, Lda.

ser desenvolvidos pela ThyssenKrupp para

ral, com 639 983,50 toneladas, "teve um

Tel.: +351 229 618 090 • Fax: +351 229 618 001

preparar uma solução de monitorização

papel crucial na performance do porto", tendo

comercial@reiman.pt • www.reiman.pt

remota, de forma a ser possível criar uma

uma representatividade de 42,32% do mo-

ferramenta de manutenção preditiva e pré-

vimento total. Relativamente a 2013 houve

Os Optidrive ELEVATOR são a segunda ge-

-preventiva no setor dos elevadores.

um crescimento de 12,60% (mais 71 596,90

ração de variadores INVERTEK concebidos

toneladas) e 76,50% (mais 277 379,40 tone-

para proporcionar um controlo seguro,

ladas) em relação a 2012. Na carga geral, as

suave e fiável em todas as aplicações de

exportações constituíram 72,51% do movi-

elevação. As suas dimensões compactas

mento, uma subida de 23,43% em relação a

simplificam a instalação e o seu interface

2013 e de 112,62% em relação a 2012.

(opcional) de encoder incremental permite uma ligação facilitada numa vasta gama de motores.

A solução, uma parceria da Microsoft com a GCI, agrega componentes relacionados com a Internet of Things (IoT) e permite monitorizar a velocidade dos elevadores, funcionamento de portas, temperatura do motor e alinhamento do eixo, entre outros aspetos.

Quanto aos granéis sólidos, que correspon-

Além disso, os técnicos podem aceder re-

dem a 32,55% do movimento total, atingi-

motamente ao elevador, fazendo um diag-

ram 492 284,00 toneladas, subindo 14,33%

nóstico remoto de quaisquer problemas, e

(mais 61 706,00 toneladas) em relação a

A reconhecida experiência no controlo de

assim é possível definir reparações antes

2013 e 35,59% (mais 129 208,10 toneladas)

motores da Invertek permite um movi-

de ocorrerem falhas no funcionamento do

em relação a 2013, com as exportações a

mento confortável em todas as condições,

equipamento. Os dados são depois recebi-

superarem as importações em cerca de

incorporando 5 rampas independentes e

dos, em computador ou mobile, e analisa-

quatro pontos percentuais. Os Granéis Líqui-

um algoritmo de frenagem dedicado que

dos pelos técnicos da ThyssenKrupp, num

dos (25,12% do movimento total) chegaram

permite o ajuste fino de todo o sistema.

sistema baseado na cloud. Para a empresa,

às 379 996,20 toneladas, apresentando um

A gama Optidrive Elevator incorpora de

esta nova linha de negócio permitirá elevar

crescimento de 17,27% (mais 55 970,00 to-

série a funcionalidade Safe Torque Off ®,

24

elevare


Notícias e Produtos Modo de emergência, deteção de cargas

de posição, de veio rotativo, com atuador

uma bobina magnética. Os corpos são de

leves e operação entre pisos consecuti-

separado e com bloqueio, sendo possível

plástico e metal, variantes com cabeça de

vos. Estes variadores podem ser aplica-

selecionar a solução apropriada para uma

atuação metálica, atuadores rígidos ou

dos em motores até 37 kW, com alimen-

variedade de aplicações. Combinados com

flexíveis, com bloqueio elétrico ou mecâ-

tação monofásica ou trifásica. Têm um

os controladores e relés de segurança, a

nico e bloqueio e monitorização da porta,

binário de até 200% a partir da velocidade

Sick oferece uma solução completa para

variantes com LED indicador de bloqueio

zero. Incluem as funcionalidades Modbus

as aplicações de segurança. Os interrup-

e está disponível com bucim M20 x 1.5 ou

RTY e CANopen em todas as versões, sis-

tores de segurança de posição Sick são

ficha M12. Tem várias vantagens: diferen-

tema de controlo de motores de Indução e

usados para identificar movimentos peri-

tes elementos de comutação oferecem a

de íman permanente. A Optidrive é repre-

gosos de forma fiável, mesmo a elevadas

solução apropriada para cada instalação

sentada em Portugal pela REIMAN.

velocidades. Há dois tipos de atuadores

elétrica, ligações elétricas flexíveis, diag-

diferentes: de êmbolo para determinar

nóstico melhorado devido aos contactos

posições exatas e de alavanca para iden-

adicionais de sinalização. Estes interrup-

Acordo Quadro de Serviços de Manutenção de Instalações de Elevação

tificar movimentos rápidos. O interruptor

tores de segurança têm aplicabilidade em

de segurança de posição é atuado direta-

qualquer indústria independente do setor

mente pelo dispositivo de proteção. Estes

de atividade.

Foi publicado no dia 22 de dezembro o

interruptores de segurança têm um corpo

anúncio do Concurso Limitado por Prévia

metálico e plástico, atuador de êmbolo e

Qualificação para a celebração de Acor-

alavanca, proteção IP66, bucim M20 x 1,5

do Quadro de Serviços de Manutenção de

e elementos de comutação com até qua-

Datalogger MSR165 com gama de medição de até 200 gramas

Instalações de Elevação. O Acordo Qua-

tro contactos.

Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.

dro destina-se à prestação de serviços

Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851

de Manutenção de Ascensores ou Eleva-

info@zeben.pt • www.zeben.pt

dores, Plataformas Verticais destinadas a movimentar pessoas, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes, para as entidades que integram o SNCP (Sistema Nacional de Compras Públicas). A data limite para apresentação de candidaturas é a 20 de fevereiro de 2015. A documentação detalhada dos procedimentos concursais encontra-se disponível em Concursos: www.espap.pt/

Gama de medição alargada de até +/-200

servicos/Paginas/spcp.aspx#maintab14.

Destacam-se pelo desenho standard para

gramas e um período de gravação até 10

O procedimento concursal decorrerá na

uma montagem rápida e fácil, solução

vezes superior: com estas caraterísticas

plataforma eletrónica da eSPap, onde to-

atrativa para aplicações de segurança

o datalogger MSR165 facilita as medições

dos os agentes económicos poderão for-

standard, tem diferentes elementos de

de choque, que se tornam ainda mais

malizar as suas candidaturas, através do

atuação com a melhor solução para ins-

precisas. Os eventos críticos que podem

seguinte link: https://concursos.espap.pt/.

talação elétrica, com um diagnóstico me-

ocorrer durante o transporte e arma-

lhorado graças aos sinais adicionais de si-

zenamento de mercadorias delicadas,

nalização. Os interruptores de segurança

podem ser gravados continuamente até

F.Fonseca apresenta interruptores de segurança eletromecânicos de posição e bloqueio da Sick

com bloqueio são usados para manter os

5 anos através do datalogger MSR165.

acessos à máquina bloqueados até que se

O datalogger para choques e vibrações

possa aceder à zona perigosa, podendo

MSR165 foi apresentado ao mercado pela

ser utilizados em aplicações onde exis-

primeira vez há 5 anos em Nuremberga,

F.Fonseca, S.A.

ta um perigo imediato para as pessoas

Alemanha. Desde então este mini datalo-

Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910

quando a paragem da máquina é demora-

gger tem feito nome por si mesmo no que

ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com

da (por inércia, por exemplo) ou quando a

diz respeito ao domínio da monitorização do

paragem descontrolada do processo tem

transporte, e é vendido em mais de 30 paí-

o potencial de causar lesões ou mesmo a

ses do mundo. O MSR165 estabeleceu-se no

Os interruptores de segurança eletrome-

morte. Há dois tipos de bloqueio: mecâni-

mercado devido a caraterísticas que ainda

cânicos monitorizam as proteções móveis

co ou elétrico. Com o bloqueio mecânico

hoje são fundamentais para o seu sucesso:

da máquina de forma económica e fiável.

uma mola mantém o interruptor fecha-

1600 medições por segundo de choque

O portefólio da Sick contém quatro grupos

do, enquanto que com o bloqueio elétri-

em todos os três eixos, a capacidade de

de produtos: interruptores de segurança

co a porta é mantida fechada através de

armazenar mais de 1 bilião de valores me-

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

elevare 25


Notícias e Produtos didos e, para além disso, a opção de equipar a

ções de operação de máquinas que devem

aplicação ou guardar históricos de dados

unidade com sensores adicionais de tempe-

ser transportadas durante um longo perí-

e alarmes a consola possui interface para

ratura, humidade, pressão ou luminosidade.

odo de tempo – o MSR165 pode agora ser

memórias USB. Com um design inteligen-

equipado com baterias substituíveis (3,6 V

te e simples, os novos terminais propor-

datalogger

x 7700 mAh, Li-SOCI2). As baterias são ar-

cionam todas as caraterísticas e funções

MSR165 dos últimos anos, principalmen-

mazenadas numa caixa de alumínio fundido

necessárias para que possa criar ecrãs in-

te no que diz respeito à sua capacidade

de força industrial. Outra possibilidade para

tuitivos de modo simples e rápido, graças

de memória (2 milhões de valores me-

aumentar o período de registo do MSR165

ao software de programação NB-Designer

didos, que ascende a 1 bilião com cartão

por até 6 vezes mais é através da utiliza-

que pode descarregar gratuitamente do

microSD), assim como o software para

ção do MSR Power Pack. O MSR Power Pack

website da Omron. O software proporcio-

registar e avaliar os valores registados,

é uma estação de carregamento autónoma

na um controlo flexível de janelas, supor-

Após

as

atualizações

do

este datalogger está agora a ser otimi-

com uma capacidade de 5000 mAh que

te até 32 idiomas por aplicação, capacida-

zado no que diz respeito à sua gama de

pode ser usada para recarregar a bateria in-

de para criar animações e um conjunto de

medição e da fonte de alimentação. Ante-

terna do datalogger durante a sua operação.

potentes macros. Para reduzir o tempo de

riormente era possível monitorizar cho-

O intervalo de carregamento da unidade

desenvolvimento, os projetos podem ser

ques até +/-15g, agora a gama de medi-

pode ser ajustado individualmente: 24 ho-

simulados sem HW.

ção deste mini datalogger é de até +/-200

ras, 7 dias ou 30 dias. A MSR é represen-

gramas. O aumento da gama de medição

tada em Portugal pela Zeben – Sistemas

A série NB permite aos operadores otimi-

é benéfico para todas as aplicações de

Eletrónicos, Lda.

zar as tarefas de produção e oferece um

gravação, onde ocorrem repentinamente

amplo conjunto de opções para a repre-

grandes forças/choques, por exemplo, na

sentação gráfica de dados, em tempo real e histórico, permitindo a compreensão de

dorias delicadas, aeroespacial, bem como

Nova série de terminais HMI da Omron: elevadas prestações

testes de queda e impacto na indústria. O

Omron Electronics Iberia, S.A.

e intuitivo. É possível definir diferentes ti-

MSR165 deteta qualquer evento não pla-

Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899

pos de letra e cores para cada alarme se-

neado através do seu sensor digital de

info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt

gundo a sua prioridade. Os alarmes são si-

monitorização de transportes de merca-

toda a informação de modo muito simples

aceleração de 3 eixos. O sensor de ace-

nalizados ao operador mediante um sinal

leração de 3 eixos começa a gravar os

acústico e uma mensagem de texto, sen-

dados quando o limite de aceleração é

do também possível criar alarmes com

excedido ou então após o tempo definido.

janelas emergentes para as situações que

32 valores são registados mesmo antes

requerem uma ação imediata. Existem

do evento de choque acontecer, de modo a

ainda opções para, por exemplo, atribuir

assegurar que o historial do choque pos-

níveis de segurança aos diferentes ecrãs

sa ser analisado durante uma análise de

e ações com controlo de permissões

aceleração. Como resultado, é possível

para cada operador, assim como ações

para os utilizadores saberem quando o

de comprovação por parte do operador

choque ocorreu assim como ter o desen-

para confirmar as ações realizadas. Gra-

volvimento exato do mesmo. O datalogger

ças à interface Webserver, os operadores

MSR165 funciona de forma autossuficien-

A nova série de terminais HMI da Omron

podem estar sempre em contacto com a

te em operações de longo prazo, tendo

proporciona maior funcionalidade e ca-

sua máquina a partir de qualquer local.

necessidades de energia extremamente

pacidade de utilização em máquinas de

Pode monitorizar e operar diretamente

baixas, devido ao seu acelerómetro digital

tamanho pequeno ou médio. Inclui uma

a aplicação HMI, como se estivesse em

de 3 eixos de alta performance (150 mi-

ampla gama de modelos com ecrãs de

frente da máquina, utilizando um simples

croamperes, resolução de 13 bits). Graças

3.5" a 10.1" que se adaptam aos diferentes

web browser standard num PC, tablet ou

à sua bateria recarregável de 800 mAh

requisitos das aplicações; todos os ecrãs

smartphone.

de bateria de lítio-polímero, o datalogger

incorporam um display tátil TFT com re-

MSR165 pode registar medições de cho-

troiluminação LED de longa duração, um

que durante um período de até 6 meses.

amplo ângulo de visão e a capacidade de

Para períodos de gravação mais longos a

mostrar mais de 65 000 cores. Os novos

MSR Electronics GmbH oferece agora 2

terminais da série NB incluem comunica-

Metro vai ter elevador até à superfície no Chiado mas já não será na Rua Ivens

opções adicionais para o fornecimento de

ção Série, Ethernet e USB para ligar com

O Metropolitano de Lisboa vai leiloar o

energia de longo prazo para o datalogger.

os diferentes PLCs e dispositivos Omron,

prédio que comprou há quase 20 anos

Para um período mais longo de gravação

especialmente com o autómato progra-

na Rua Ivens, onde pretendia instalar o

de até 5 anos – o que é, por exemplo, ne-

mável compacto CP1. Também pode co-

elevador de acesso à superfície da esta-

cessário para documentar o transporte,

municar com dispositivos de outros fa-

ção Baixa-Chiado, que será colocado nas

as condições de armazenamento e condi-

bricantes. Para realizar a manutenção da

Escadinhas do Espírito Santo que ligam a

26

elevare


Notícias e Produtos Rua do Crucifixo à Rua Nova do Almada,

deste valor não serão consideradas, até

os grandes edifícios não precisam de se

uma solução mais barata, segundo a em-

porque o fator preço é o único a pesar

organizar em torno de um núcleo vertical.

presa. A estação Baixa-Chiado é uma das

na seleção do comprador. Ou seja, não

"Embora a altura ideal para a instalação do

mais movimentadas e a mais profunda de

importa o valor dado ao imóvel inserido

MULTI seja edifícios com mais de 300 me-

toda a rede, localizada a 45 metros abaixo

numa das zonas mais luxuosas e caras da

tros, esse sistema não é limitado pela altu-

da superfície, e nas duas saídas existem 12

capital. Para o segmento comercial, a ren-

ra da edificação. O projeto dos edifícios não

lanços de escadas rolantes que avariam

da mensal varia entre os 50 e 90€ por m .

será mais limitado pela altura ou alinha-

com frequência durante imenso tempo

O preço médio de venda para habitação

mento vertical das colunas de elevadores,

(em 2010 houveram 144 avarias). Numa

chega aos 3529€, segundo um estudo re-

abrindo possibilidades nunca antes imagi-

das saídas foi instalada em 2012 uma

cente da consultora imobiliária Cushman

nadas por arquitetos e empreendedores."

plataforma elevatória para cadeiras de

& Wakefield. O leilão decorrerá, em inglês,

Mas o sistema MULTI ainda deverá demo-

rodas ou carrinhos de bebé que tem sido

na plataforma Mercado Eletrónico, e ape-

rar alguns anos até ser comercializado.

alvo de “trabalhos de correção” e que ainda

nas serão consideradas as 15 propostas

A ThyssenKrupp iniciou recentemente

não está operacional até ao fecho desta

de preço mais alto.

a construção da sua torre de testes em

2

Rottweil, Alemanha, e espera ter um pro-

edição. A rede atual, com 55 estações,

tótipo do MULTI pronto para os testes até

tem 209 escadas mecânicas, 10 tapetes

“acessibilidade plena” a clientes com mo-

ThyssenKrupp revoluciona projeto de arranha-céus com inovação em elevadores

bilidade reduzida, mas a da Baixa-Chiado

ThyssenKrupp Elevadores, S.A

ainda não é uma delas. O elevador de

Tel.: +351 214 308 100 • Fax: +351 214 308 258

acesso desde o átrio até à superfície está

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

rolantes e 95 elevadores, mas nem todos dão acesso à rua. São 30 as estações com

ao final de 2016.

previsto desde a abertura da estação em 1998, e por isso, a empresa comprou em

A ThyssenKrupp divulgou o mais recente

1996 o edifício de seis pisos nos números

avanço tecnológico: um elevador multidi-

30 a 34 da Rua Ivens para instalar uma

recional sem cabos, que revolucionam a di-

boca de metro com elevador, mas nunca

mensão e a forma dos arranha-céus do fu-

chegou a avançar com o projeto. 20 anos

turo. A funcionar através de uma tecnologia

depois, durante os quais o prédio esteve

magnética similar à utilizada nos comboios

devoluto e com tapumes, foi encontrada

Maglev, cada cabine com um motor indivi-

uma solução alternativa e mais rentável

dual, o sistema de elevadores MULTI per-

noutro local, ao lado do edifício dos Ar-

mite que as cabines se desloquem também

SAI SVV, distribuidor de energia da Weidmüller

mazéns do Chiado. “O ascensor da estação

horizontalmente, e assim diversas cabines

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Baixa-Chiado será instalado nas Escadinhas

funcionam com um sistema. "MULTI repre-

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

do Espírito Santo que ligam a Rua do Cru-

senta um momento de orgulho na história

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

cifixo à Rua Nova do Almada”, esclarece,

da ThyssenKrupp", referiu o CEO Andreas

através da assessoria de imprensa, sem

Schierenbeck. "Anualmente, os funcionários

O novo distribuidor de energia reduz sig-

avançar uma data para a concretização.

dos vários escritórios de Nova Iorque gastam

nificativamente a quantidade de cablagem

uma quantidade de tempo equivalente a 16,6

necessária. Os distribuidores de energia

Tendo em conta esta decisão, a empresa

anos à espera dos elevadores, e 5,9 anos

conetáveis M12 (IP67) para 24 V até 32 A

vai vender o imóvel da Rua Ivens através

dentro deles. Esses dados mostram o quão

de corrente total caraterizam-se ainda pe-

de um leilão eletrónico, tudo isto para

importante é aumentar a disponibilidade dos

los conetores T-codificados para níveis de

“salvaguardar a defesa do interesse públi-

elevadores."

elevada potência. São cabos continuamente conetáveis M12 para energia e sinais.

co, otimizando o património de que [o Metro] dispõe.” O prédio de 1988 tem uma

Por outro lado, as várias cabines permi-

Com o SAI SVV, a Weidmüller apresenta

área total de construção de 1098 m 2 e

tidas pelo MULTI fazem com que o tempo

um novo distribuidor de energia compac-

está destinado a habitação do segundo

máximo de espera pelos elevadores seja

to que, efetivamente, reduz a quantidade

ao quinto piso. O rés-do-chão e o primei-

de 15 a 30 segundos, independente do ta-

de cablagem necessária. A automação

ro andar albergaram durante vários anos

manho do edifício. E quando se trata de ta-

progressiva não só aumenta a quantidade

a Casa Quintão, uma loja de móveis mo-

manho, MULTI apresenta uma vantagem:

de cablagem requerida como também o

dernos. O valor da aquisição do prédio em

livre da restrição de apenas uma cabine

número de componentes de campo que

1996, bem com o das indemnizações pa-

por fosso que consome a área útil dos pa-

necessitam de energia. O SAI SVV oferece

gas aos inquilinos e à loja de tapetes, não

vimentos dos edifícios, o MULTI suprime

uma solução convincente para resolver

são conhecidos. Quem quiser comprar o

um importante fator limitador, a altura

este problema. Para uma eficiente dis-

imóvel tem de pagar, pelo menos, 2,05

dos edifícios. Além disso, com as cabines

tribuição de energia 24 V segundo o IP67

milhões de euros. As propostas abaixo

podendo passar para dutos horizontais,

standard, a Weidmüller fornece a todos os

elevare 27


Notícias e Produtos utilizadores, os distribuidores de energia

pequenos abre-os totalmente para novas

tradas analógicas, 4 saídas a relé e ainda

conetáveis M12 até 32 A de corrente total.

aplicações.

interface RS 485 Modbus RTU que permite a ampliação do número de entradas e

O novo distribuidor de energia SAI SVV

Estes sensores apresentam inúmeras ca-

saídas, assim como a fácil integração de

também garante segurança até quatro

raterísticas em comum que passam pelo

sistemas de automação que utilizem esse

componentes no campo através de um

alcance extremamente elevado (até 120

protocolo de comunicação.

cabo. O módulo compacto SAI SVV é uma

mm) mas sendo pequenos em tamanho.

solução continuamente conetável, equi-

São ideais para ambientes agressivos com

pado com tomadas fêmeas T-codificadas

lixo, calor e vibração. Distinguem-se de

para níveis de elevada potência. E o SAI

forma ímpar na deteção fiável também no

SVV ainda encurta o tempo de instalação

caso de existirem tolerâncias elevadas de

e torna a manutenção mais facilitada. O

posição, assim como a deteção dos alvos

SAI SVV está equipado com uma assem-

através de obstáculos. Os sensores de

blagem na capota, por isso os cabos – até

proximidade magnéticos MM e MQ da Sick

4 fios, 4 mm – pode ser montado facil-

têm aplicabilidade em qualquer indústria

mente e de forma personalizada. Cada

independente do setor de atividade.

2

SVV SAI carateriza-se pelas estações de 24 V conetáveis, segundo o standard IP 67 – com 10 A das estações de energia e 1 A para estações de eletrónica por conexão. Os quatro circuitos de carga 10 A estão

Das suas inúmeras caraterísticas téc-

todos protegidos por fusíveis. Cada fusí-

nicas, além do interface RS485 Modbus

vel está ligado a um LED que se desliga

RTU, destacam-se as suas funcionalida-

do evento em caso de falha do fusível. O

des PLC permitindo a elaboração de pro-

circuito eletrónico 1 A está também pro-

gramas mais complexos, o seu datalog-

tegido por um fusível tal como sinais de

ger interno com capacidade para 40 000

falha de LED. O SAI SVV é, portanto, uma

registos, o relógio em tempo real de alta

ótima solução para as suas necessidades

precisão e função de sincronização auto-

de ligação.

mática com a hora da rede GSM. Todas estas funcionalidades permitem inúmeras potencialidades como a automação local e/ou remota de máquinas, registo de

Hermes TCR-200: autómato/ controlador e datalogger GSM/ GPRS com interface ModBus RS-485

dados, envio de alarmes, controlo histó-

Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.

programação de vários utilizadores (ní-

Tel.: +351 253 818 850/2 • Fax: +351 253 818 851

veis de prioridade e tipos de privilégios),

info@zeben.pt • www.zeben.pt

vários níveis de alarmes, horários de ati-

rico e estatístico, entre outros. O Hermes TCR200 vem equipado com um potente software de configuração que permite a

vação/supervisão, ações em função de O Hermes TCR200 é um completo equi-

inúmeros estados e tipos de variáveis

F.Fonseca apresenta sensores de proximidade magnéticos MM e MQ da Sick

pamento de telemetria/telegestão GSM/

(entradas, saídas, temporizadores, flags,

GPRS pensado para ambientes industriais,

cálculos matemáticos, equações lógicas,

cuja aplicação permite a automação e mo-

e outros), e outros. O Hermes TCR-200

F.Fonseca, S.A.

nitorização remota de instalações e má-

permite uma fácil e económica gestão

Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910

quinas. A automação e supervisão remo-

remota (monitorização e controlo) de re-

ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com

ta é muito simples e pode ser efetuada a

des de abastecimento de água, redes de

partir de telemóveis, smartphones, tablets

distribuição e fornecimento de energia,

ou PCs, mediante aplicações que permi-

aplicações de energia solar, estações de

A Sick oferece um portefólio completo de

tem uma total supervisão e gestão (rece-

bombagem, instalações de frio industrial,

sensores de proximidade magnéticos em

ção e registo de alarmes, supervisão em

sistemas AVAC, depósitos de recolha de

formato cilíndrico (MM) e quadrado (MQ).

tempo real, históricos, dados datalogger,

resíduos, entre outras aplicações em di-

Os modelos MM estão disponíveis com

e outros). As aplicações são totalmente

ferentes indústrias. O Hermes TCR-200 é

alcance standard e, na série avançada,

gratuitas e estão disponíveis para iOs, An-

um equipamento da marca Microcom, ex-

com alcance estendido. Isto significa que

droid e Windows. O Hermes TCR200 está

clusivamente representada em Portugal

a possibilidade de usar magnetos mais

equipado com 8 entradas digitais e 4 en-

pela Zeben.

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

28

elevare


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Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores

Influência da Velocidade nos Ascensores Eng.° Jorge Louro, GMV-Portugal

Homelifts

António Garrido, Liftech, S.A. PROTAGONISTAS

Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável

Miguel Leichsenring Franco, Schmitt-Elevadores, Lda

30

elevare


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Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores

Influência da Velocidade nos Ascensores Eng.° Jorge Louro GMV-Portugal

INTRODUÇÃO: Entendemos ser importante analisar a influência da velocidade nos ascensores e as suas implicações a nível: >>

Conceção,

>>

Estrutural,

>>

Desempenho.

Os fatores CED aumentam diretamente com a altura do edifício. Quanto mais alto for o edifício, maior a velocidade do ascen-

Uma curiosidade associada à velocidade: os

Cabina

sor, logo maior serão as suas exigências

73 ascensores instalados em 1932 no edifí-

Órgão do ascensor destinado a receber as

sobre os fatores CED.

cio New Yorks Empire State Building ainda

pessoas e/ou a carga a transportar.

se encontram na nona posição como um

Para situações com velocidades nominais

dos mais rápidos do mundo.

baixas ou médias, a forma da cabina não tem qualquer influência no desempenho

É comum dizer que os ascensores são as

aerodinâmico. Agora para situações de alta

artérias de edifícios, as pessoas, o seu san-

velocidade e ultra/alta velocidade, ou seja,

gue vital, e a velocidade não são mais do que

de 5 m/s ou superior já tem um forte im-

a tensão arterial. Por este motivo conside-

pacto no desempenho aerodinâmico e no

ro de extrema importância a componente

conforto dos passageiros. A insonorização

da velocidade, porque no fundo não é mais

e as medidas de distorção harmónica de

do que projetar uma velocidade correta de

todos os ângulos são fundamentais para

forma a manter a tensão arterial ideal no

reduzirem o ruído de forma a garantir um

edifício para que tenha uma vida saudável.

ambiente confortável ao passageiro. >>

IMPLICAÇÕES AO NÍVEL DA CONCEÇÃO

Vibração e Ruído Aerodinâmico com a velocidade - aumentam diretamente com a velocidade do ascensor. Significa que, para ascensores de baixa e média velocidade, o aspeto construtivo da cabina não tem qualquer importância,

Figura 1

porque não afeta de forma significativa Hoje em dia a velocidade dos ascensores

o desempenho do ascensor.

está associada diretamente ao índice de crescimento de uma região. É conhecido

No caso da alta velocidade e ultra/alta ve-

pelo “Índice de Ascensor”(1), se quisermos

locidade (superiores a 5,0 m/s), estes dois

saber as regiões com maior crescimento

fatores afetam muito o desempenho do as-

económico, devemos ignorar os relatórios

censor em termos aerodinâmicos, a forma

do PIB, estatísticas de emprego e tendên-

da cabina do ascensor tradicional, com as

cias de consumo. Tudo o que necessitamos

suas várias arestas salientes, teto e piso

de fazer é responder a uma pergunta: Onde estão os ascensores mais rápidos?

32

elevare

plano, não é a forma ideal para uma cabina Figura 2

nestas condições.


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Para que os passageiros tenham uma viagem confortável, estes dois pontos devem ser ultrapassados. Houve a necessidade de fazer um estudo do fluxo do ar na caixa e da pressão na superfície da cabina. Para a redução do ruído aerodinâmico teve que se aplicar uma cápsula em forma de cunha aerodinâmica reduzindo drasticamente o fluxo do ar associado, isolando a porta de cabina e principalmente com aplicação de spoilers em forma de cunha sobre as cápsulas. Além disso, as paredes exteriores são compostas por um material com a capacidade de absorver o som denominado Cladded.

Figura 5 Sistema de Regulação da Pressão Atmosférica na Cabina do Ascensor.

Figura 3

(2)

e o piso 89, este é de cerca de 382 m

transmite da guia para a estrutura da arcada

e apresenta uma diferença atmosférica

e, consequentemente, ao passageiro, essa

de cerca de 48hPa. A mudança repenti-

perturbação vibratória aumenta diretamen-

na de pressão com a chegada do ascen-

te com a velocidade, existindo assim a ne-

sor ao piso mais alto irá causar descon-

cessidade de utilizar soluções de guiamento

forto aos passageiros. Para evitar este

inovadoras.

problema, as cabinas estão dotadas de

>>

Vibração com a velocidade. Para situa-

um Controlo do Sistema de Pressão(3)

ções com velocidades nominais baixas, a

que ajusta a pressão atmosférica den-

amplitude da vibração transmitida pelo

Assim, a maior parte do fluxo de ar gera-

tro da cabina, utilizando ventiladores de

movimento é aceitável e não requer

do flui para os lados e para trás da cabina

aspiração e descarga, evitando aos pas-

qualquer cuidado construtivo quer da ar-

quando esta se desloca. Segue um modelo

sageiros uma viagem desconfortável.

cada quer das roçadeiras de guiamento, daí utilizarmos roçadeiras fixas standard

de estudo que nos informa dos pontos mais críticos numa cabina especial submetida a

ARCADA DA CABINA

com uma base em nylon. Mas, quando

ultra/alta velocidade.

Estrutura metálica suportando a cabina, li-

passamos para velocidades nominais de

gada aos órgãos de suspensão. Esta estru-

1,6 m/s até 4,0 m/s, somos forçados a

tura pode fazer parte integrante da própria

aplicar roçadeiras de guiamento por ro-

cabina.

das em que os 3 eixos são amortecidos por uma mola helicoidal dimensionada

Figura 4

>>

(2)

O cuidado e rigor construtivo da arcada au-

de forma a anular ou diminuir o impac-

mentam com a velocidade nominal. Basta

to da vibração. Quando entramos no

termos a ideia que, para ascensores de bai-

universo da alta e ultra/alta velocidade,

xa velocidade, é normal utilizar roçadeiras

o ascensor tende a vibrar muito com a

de guiamento de nylon, mas a partir da alta

agravante das caixas serem comuns a

velocidade e ultra/alta velocidade, ou seja,

vários que viajam em condições diferen-

a partir dos 5m/s, devido à vibração que se

tes, provocando elevadas pressões de-

Variação da Pressão com a velocidade - mais uma vez, a baixa velocidade e média velocidade não tem qualquer importância na conceção da cabina. Contudo, é um fator de extrema importância no estudo da cabina na alta velocidade e ultra/alta velocidade, porque atingem alturas muito elevadas num curto período de tempo que, normalmente, pode rondar entre 30 a 40 s. Para termos uma ideia a distância entre o piso terra

Figura 6(2)

elevare 33


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores para velocidades nominais de 5,0 m/s ou superiores. Composto por um acelerómetro, deteta a vibração na roçadeira transmitindo uma informação a um atuador gerando um amortecimento de vibração baseado numa força eletromagnética na direção oposta (Princípio da lei da ação e da reação). O resultado é um conforto absolutamente irrepreensível para o passageiro. >>

Sistema de guiamento por Levitação Magnética. A Toshiba desenvolveu, em

Figura 7

2006, o primeiro ascensor do mundo com uma suspensão por levitação magnética, denominado MagSus(5), instalado no edifício Taipé101 que ainda hoje detém o recorde do mundo com uma velocidade ascendente de 60,6 km/h. Esta tecnologia permite que não exista qualquer contacto entre a arcada e o guiamento, eliminando definitivamente o problema da vibração, normalmente transmitido pelo sistema de guiamento de rodas quando em contacto com as guias, principalmente na zona de ligação das guias em que o choque será ampliado com a velocidade. Levitação Magnética: A solução MagSus (5) é desenvolvida a partir da integração de um imã permanente (permite que a arcada do ascensor deslize ao longo do guiamento) e um eletroíman (controla a estabilidade da arcada do ascensor).

Figura 8

Quando o imã permanente se aproxima da guia uma forte atração será induzida, provocando uma força de retenção. O movimento da arcada do ascensor é controlado pelo eletroíman que ajusta o campo magnético do íman permanente. Méritos da Levitação Magnética Como se viaja no campo eletromagnético permite que um sensor estime, em tempo

Figura 9

real, a distância ideal, fazendo os ajustes Vibração nas Roçadeiras de Rodas com

no campo magnético, mantendo assim a

superar este problema foi desenvolvido

a velocidade. O ascensor tem tendência

dist­â ncia adequada ao guiamento e contro-

um sistema de controlo ativo antivibra-

a aumentar a vibração lateral quando

la a vibração. Significa que o problema que

ção denominado Ative Mass Damper(2).

atinge a alta velocidade ou a ultra/alta

existia na ligação entre guias deixa de ter

Uma vez que o sensor instalado na ar-

velocidade ao percorrer as guias devido

importância, tal como o ruído das rodas

cada deteta a vibração, o contrapeso

à tendência natural de ficarem ligeira-

deixa de ser relevante.

incorporado no dispositivo move-se no

mente onduladas. Um novo tipo de guia-

sentido contrário para anular a vibração.

mento por rodas, denominado Sistema

MÁQUINA DE TRAÇÃO

A aplicação desta massa ativa de amor-

de guiamento por Rodas Ativas(4), é usa-

Conjunto dos órgãos motores que as-

tecimento reduz 20% (ou mais) a vibra-

do para a isolar, absorvendo a vibração

seguram o movimento e a paragem do

ção momentânea da cabina.

lateral. Este dispositivo ativo é aplicado

ascensor.

vido à deslocação da massa de ar. Para

34

elevare

>>


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores >>

Máquina de Tração de Alta velocidade e

LIMITADOR DE VELOCIDADE

-quedas é ativado de forma a bloquear a ca-

Ultra alta velocidade de grande capaci-

Órgão que, acima duma velocidade com re-

bina em segurança. Para parar, por exemplo,

dade. Ao utilizar-se um motor síncrono

gulação predeterminada, comanda a para-

um ascensor(2) de 23 toneladas que desce a

de ímanes permanentes (PMSM) sin-

gem da máquina e, se necessário, provoca a

1 300 m/min são geradas temperaturas ex-

cronizados com duas linhas sinuosas(4),

atuação do pára-quedas.

tremas nos calços superiores a 1000˚ C. Por

denominado controlo duplo-drive, este

conseguinte, é utilizado um material especial

está ligado a duas unidades indepen-

A fricção gerada na roda de gorne durante

com elevada resistência ao calor e ao des-

dentes

paralelo.

a passagem do cabo no gorne gera tempe-

gaste em cerâmica fina de nitreto de silício.

Para cargas elevadas, este sistema ga-

raturas incríveis, bem como um elevado

rante uma rotação mais suave que se

desgaste no caso de ultra/alta velocidade.

AMORTECEDOR DO POÇO

traduz numa menor vibração sobre todo

O aumento da temperatura e desgaste está

Devido à velocidade, o comprimento do

o sistema de suspensão. São motores

diretamente ligado ao aumento da velocida-

amortecedor hidráulico(2) pode chegar aos

de elevada eficiência no desempenho,

de nominal do ascensor.

10 m ou mais. Devido à elevada carga sus-

conversor/inversor

emitem um nível muito baixo de ruído e

pensa, normalmente utilizamos a solução

vibração, sendo quase impercetível em

telescópica de 3 elementos para reduzir o

alta e ultra alta velocidade, transmitin-

espaço que ocupa. Cada elemento está pro-

do assim um elevado conforto ao pas-

jetado para suportar 11 toneladas.

sageiro. Figura 11(2)

É utilizado o mesmo material, de elevada resistência à temperatura e ao desgaste, utilizado nas cunhas do pára-quedas, ou seja, cerâmica fina de nitreto de silício. PÁRA-QUEDAS Órgão mecânico destinado a fazer parar e

Figura 13(2)

manter parada a cabina, o contrapeso ou a Figura 10

massa de equilíbrio nas suas guias em caso

Significa que devem ter um poço muito pro-

de aumento da velocidade ou de ruptura

fundo para garantir um trabalho com ultra/

PORTAS

dos órgãos de suspensão.

alta velocidade.

Sistemas de portas sofisticadas

Varia a sua conceção conforme a velocida-

IMPLICAÇÃO A NÍVEL ESTRUTURAL:

Para baixas e médias velocidades, não se

de. Normalmente o problema é a tempe-

coloca o problema da força do vento em

ratura gerada no atrito durante a atuação

Caixa dos Ascensores

cada piso provocada pela variação de pres-

do pára-quedas. Essa temperatura é dire-

Para situações com velocidades nominais

são com altitude, sendo assim, as portas

tamente proporcional à carga e velocida-

baixas ou médias, a dimensão da caixa e

não requerem nenhum cuidado técnico

de, e quanto maiores forem maior será a

todos os seus elementos (fixações, vigas,

especial.

temperatura gerada chegando a valores

e outros) não influenciam diretamente o

incríveis. Só com aplicação de materiais de

desempenho do ascensor ao nível do ruído,

Para alta e ultra alta velocidade, as portas

última geração é possível ultrapassar este

devemos apenas respeitar as folgas pela

utilizam um sistema sofisticado de controlo,

problema.

Norma EN 81.1. Mas para situações de alta

que não é mais do que um sistema VVVF - In-

velocidade e ultra alta velocidade já tem um

verter Drive Control System de alta eficiência,

forte impacto no desempenho no ruído e na

equipadas com um microcomputador RISC

distorção harmónica, daí o cuidado na sua

que aumenta a sensibilidade das portas, cal-

conceção e construção.

culando o peso dos painéis de porta em cada piso e a força do vento. Além disso, a porta

A insonorização de todos os ângulos da cai-

está equipada com um detetor de aprendi-

xa é muito importante de forma a garantir

zagem de elevada sensibilidade que permite uma elevada precisão e faz uma monitoriza-

um ambiente confortável do passageiro duFigura 12(2)

rante a viagem.

correção automaticamente, mantendo o

Por motivos de segurança, no caso de ultra/

Insonorização da cabina

elevado padrão de funcionamento indepen-

alta velocidade, se qualquer “improvável”

Vamos analisar os 4 pontos que influen-

dentemente da altura do piso.

aceleração anormal for detetada, o pára-

ciam o ruído aerodinâmico da deslocação

ção. Quando a pressão é anormal faz a sua

elevare 35


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores da cabina ao longo de uma caixa, como as medidas de prevenção dessa turbulência e distorção harmónica da cabina ao longo da caixa: >>

Turbulência do vento (Wind Sheer)(6) não é mais do que uma rápida variação na direção e/ou na velocidade do vento ao longo de uma dada distância e é responsável pela formação de turbulência de ar muito perigosa que normalmente está associada à aeronáutica. Não é mais do que o ar existente na caixa que vai sendo comprimido e passa a alta velocidade entre as paredes da caixa e a cabina durante o movimento a subir ou a

Figura 14

Figura 15

descer do ascensor em alta ou ultra/alta velocidade. Gera um som semelhante ao de uma aeronave e quanto maior é a sua velocidade mais alto será este som. É impressionante o seu som quando um ascensor viaja em ultra alta velocidade. O barulho será maior quando 2 ascensores viajam lado a lado na mesma direção, e para reduzir o ruído basta aumentar o espaço entre as paredes da caixa e da cabina. Com o objetivo de reduzir, de uma forma significativa, o fenómeno do som do vento a alta velocidade nos ascensores de alta e ultra/alta velocidade, a área padrão da caixa do ascensor deve sofrer um aumento(6) 1,4 vezes a área pa-

Figura 16

drão. No caso de um ascensor numa caixa, este fenómeno não acontece se a velocidade nominal é igual ou inferior a 2,5 m/s. No caso de uma caixa duplex, este fenómeno não acontece se a velocidade nominal for igual ou inferior a 3 m/s. >>

Efeito de Mergulho (Plunge Effect)(6) verifica-se quando vários ascensores estão a funcionar numa caixa comum (Exemplo 3.1) e se num deles a sua área é cortada com aplicação de uma parede (Exemplo 3.3), ou se 2 cabinas estão desfasadas em altura. Em seguida, quando um ascensor entra neste espaço relativamente mais estreito, faz com que o ar existente seja comprimido gerando um ruído de efeito de mergulho que normalmente é acompanhado por uma

Figura 17

vibração. A melhor maneira de evitar

36

este súbito aumento de pressão do ar é

na parte inferior da parede na direção à

não criar paredes de barreira ou vigas,

caixa comum com uma dimensão de 1,5 a

mas se isso não pode ser evitado devi-

1,8 m2. Se não for possível implementar

do à construção do edifício, devem ser

a saída do ar, a caixa deve ser aumentada

do quando o ar é empurrado, compri-

criadas medidas preventivas como a

1,4 vezes em relação à área padrão. Não

mindo-se à frente da cabina, e quando

criação de uma saída de ar (Exemplo 3.2)

há necessidade de medidas de preven-

atinge uma viga ou uma saliência soa

elevare

ção se a velocidade nominal do ascensor for igual ou inferior a 2 m/s. >>

Ruído Estalo/Buffting Noise(6) - é causa-


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores como um estalo (Whap). Em edifícios com muitos andares este som é ouvido muitas vezes e torna-se audível aos passageiros. Para evitar este fenómeno, a caixa deve ter um menor número possível de superfícies salientes, e caso não seja possível deve-se dotar essas superfícies com placas inclinadas, muito eficazes na atenuação deste fenómeno. Esta medida é necessária para caixas simples com uma velocidade nominal igual a 2,5 m/s ou superior e em caixas duplex para uma velocidade nominal igual a 3 m/s ou superior. >>

Ruído na Casa das Máquinas/Machine

Figura 18

Room Noise(6) - existem várias fontes de ruído que se transmitem ao passageiro na cabina, desde a máquina de tração, o quadro de comando, os travões e o limitador de velocidade que se transmitem para a caixa do ascensor através do piso da casa das máquinas pelos buracos de passagem dos cabos de suspensão e do limitador de velocidade. A forma de evitar a propagação deste ruído para a caixa passa pela colocação de lã de vidro ou outro material de isolamento acústico nas paredes e teto da casa das máquinas, e a laje da casa das máquinas deve ter uma espessura igual ou superior a 150 mm para amortecer toda a vibração dinâmica. Impacto do ruído do ascensor no edifício

Figura 19

Continuando o estudo vamos, de uma forma breve, analisar o seu efeito de propagação para o interior do edifício e as formas

ído semelhante a um assobio forte é

3. Instalação de ar-condicionado na zona

de o evitar.

causado com a passagem do ar a alta

da casa das máquinas de forma a redu-

>>

Estudo do Ruído(6) - quanto maior for a

velocidade pelas frestas das folhas dos

zir o efeito ascendente do ar.

sua velocidade nominal maior será o ru-

painéis e pelo aro que compõe a porta. Ruído nas áreas adjacentes

ído da arcada de cabina e do contrapeso a percorrerem as guias ao longo da cai-

Existem 3 pontos a serem tomados em

Seguem 2 casos em que o funcionamento

xa do ascensor. Adicionalmente, em edi-

consideração durante a fase de projeto do

do ascensor pode ser audível nas áreas vizi-

fícios de grande altura durante os me-

edifício de forma a minimizar este efeito:

nhas à caixa dos ascensores:

ses de inverno, o ar quente do sistema

1.

Minimizar a entrada do ar exterior

a. A turbulência do vento, na caixa à pas-

de aquecimento flui da parte mais baixa

para o interior do edifício através de

sagem da cabina, pode ser ouvida atra-

da caixa para cima devido ao efeito natu-

portas duplas com uma antecâmara

vés das paredes da caixa do ascensor

ral de chaminé. É particularmente grave

de bloqueio de vento nas entradas do

(ar - propagação do som).

quando o ascensor toma o mesmo mo-

edifício, caso não seja possível esta

b. O som devido ao movimento do con-

vimento ascendente, porque acelera o

solução, devem-se utilizar portas gi-

trapeso ou cabina que é transmitido às

vento de forma que nas portas de pata-

ratórias.

paredes da caixa dos ascensores, atra-

mar sente-se um som estridente agudo

2. Aumentar a estanqueidade de cada an-

vés das guias ou das fixações das guias

perturbando mais as pessoas que circu-

dar do ar exterior de forma a evitar a

lam no hall do edifício em torno da caixa

circulação do ar pelas caixas das esca-

do que os próprios passageiros que se

das que se infiltra através das frestas

O som provocado pela turbulência do ven-

encontram dentro da cabina. Este ru-

das portas.

to é baixo, não tem impacto nas áreas vizi-

(sólido - propagação do som).

elevare 37


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores nhas, mas o som de propagação sólida já é

A Velocidade do Ascensor(6) é determinada,

Segue a Tabela 2 que correlaciona a veloci-

um problema e pode atingir os 50db. O mais

geralmente, por dois fatores:

dade com o número de pisos para um Hotel.

importante a fazer para evitar este ruído é

>>

Número de pisos do edifício,

afastar o mais possível a caixa dos quartos

>>

Tipologia do edifício (habitação, escri-

Se analisarmos as velocidades ideais indi-

tórios ou hospital).

cadas para um Hotel, tendo sempre como

durante a fase de projeto do ascensor de alta velocidade. Mas se a sua localização

base a distância média entre pisos de 3 m:

não pode ser alterada, conforme mostra a

A velocidade ideal do ascensor é determi-

>>

20 Pisos / Vn ideal = 2,0 m/s

Figura 7, deve-se ter o cuidado construtivo

nado geralmente pelo número de paragens

>>

25 Pisos / Vn ideal = 2,5 m/s

de não colocar as vigas diretamente sobre

e deve demorar 30 segundos ou menos no

>>

30 Pisos / Vn ideal = 3,0 m/s

a parede adjacente aos quartos.

Service Oriented, 40 segundos ou menos no

>>

35 Pisos / Vn ideal = 3,5 m/s

Standard Service ou 50 segundos ou me-

>>

40 Pisos / Vn ideal = 4,0 m/s (6)

Ruído do Equipamento da Casa de Máquinas

(6)

nos no Economy Oriented desde o piso mais

Normalmente a casa de máquinas está si-

baixo ao mais alto. Segue a Tabela 1 que

Verificamos que a velocidade do ascensor

tuada na parte superior do edifício, na pro-

correlaciona a velocidade com o número

aumenta em média 0,5 m/s por cada 5 pi-

jeção da caixa nos ascensores expressos,

de pisos para um Edifício de Escritórios.

sos, mantendo-se inalterável esta situa-

mas no caso dos ascensores de curso in-

ção até ao 40.˚ piso para um Hotel.

termédio as casas das máquinas estão ins-

Se analisarmos as velocidades ideais indi-

taladas no interior do edifício. Se possível

cadas para um Edifício de Escritórios, ten-

CURIOSIDADE

devem ser colocadas numa área comum e

do sempre como base a distância média

Ascensor mais rápido do mundo (Tabela 3)

rodeadas por áreas de armazenagem, ins-

entre pisos de 3 m:

Atualmente(2), o ascensor mais rápido do

talações sanitárias, escadas de serviço ou

>>

15 Pisos / Vn ideal = 2,0 m/s

planeta está instalado em Taipé, a capital de

similares em que o barulho produzido pelos

>>

20 Pisos / Vn ideal = 2,5 m/s

Taiwan, no Edifício Taipé101 e é capaz de alcan-

equipamentos não é um problema. No en-

>>

25 Pisos / Vn ideal = 3,0 m/s

çar uma velocidade de 1010 m/min, o equiva-

tanto, se o layout apresenta em seu redor

>>

30 Pisos / Vn ideal = 3,5 m/s

lente a 60,6 km/h em subida e 600 m/min, o

áreas suscetíveis, devem ser tomadas me-

>>

35 Pisos / Vn ideal = 4,0 m/s

equivalente a 36 km/h em descida. Leva ape-

didas de insonorização já enumeradas ante-

>>

40 Pisos / Vn ideal = 5,0 m/s

nas 37 s a partir do piso principal até ao piso

riormente de forma a evitar a propagação

>>

45 Pisos / Vn ideal = 6,0 m/s

89 situado a 382 m em apenas 37 segundos.

do ruído para as áreas circundantes.

>>

50 Pisos / Vn ideal = 7,0 m/s

Foi produzido pelo fabricante Toshiba Eleva-

IMPLICAÇÕES AO NÍVEL DO DESEMPENHO

Verificamos que até ao 35 piso, inclusive, a

Para além do número de ascensores e da

velocidade do ascensor aumenta em média

Foi anunciado em Tóquio a 21 de abril de 2014

gestão inteligente do tráfego, existe um fa-

0,5m/s por cada 5 pisos. Mas a partir do 35.˚

pela Hitachi, LTD. e Hitachi Ascensor (China)

tor preponderante no desempenho que é a

piso a velocidade do ascensor altera drasti-

Co., Ltd. (“CLAE”) o desenvolvimento do as-

velocidade.

camente e passa para 1 m/s por cada 5 pisos.

censor mais rápido do mundo com ultra/

(6)

tor and Building Systems (Japão).

Tabela 1

38

elevare

Tabela 2


PUB

Tabela 3

Passageiros

24

Carga Nominal

1600 kg

Velocidade Nominal

Sobe a 1010 m/min desce a 600 m/min

Curso

382,2 m

Unidades

2

E é oficial: foi certificado pelo Guinnes Book of Records na edição de 2006.

alta velocidade de 1200 m/min, o equivalente a 72 km/h para o Guangzhou Centre Finance CTF de 530 metros com 111 pisos, capaz de subir 94 pisos em apenas 43 s. Um arranha-céu de uso misto em construção em Guangzhou, na China, tendo a abertura prevista para 2016. O edifício terá ainda mais 95 ascensores que serão de modelos com um desempenho inferior. CONCLUSÃO Percorremos um longo caminho desde o século XIX em que Elisha Otis colocou o seu sistema de segurança no que é considerado como o primeiro ascensor da era moderna na Broadway n.º 488 em Nova Iorque, em 1853, até ao ascensor a ser instalado em Guangzhou Centre Finance CTF na China, com uma velocidade nominal de 72 km/h, considerado o mais rápido do planeta com data prevista de inauguração para 2016. Analisamos os diversos constrangimentos relacionados com a ultra/alta velocidade nominal de um ascensor. Com a necessidade de ter cada vez mais ascensores mais rápidos para edifícios cada vez mais altos, a tendência é criar motores cada vez mais potentes e resolver o problema dos cabos de suspensão. Neste momento os edifícios estão limitados na sua construção em altura porque a evolução tecnológica dos ascensores não lhes permite irem mais alto. O futuro próximo passa pela aplicação da solução de levitação magnética e aplicação cada vez maior de ascensores de DuploAndar (Double-Deck) com velocidades cada vez maiores. Num futuro mais longínquo passa pela aplicação da tecnologia laser definitivamente mais ecológica… que mais nos espera nesta viagem fantástica na evolução tecnológica? BIBLIOGRAFIA: (1) www.forbes.com/2007/10/01/elevators-economics-constructionbiz-logistics-cx_rm_tvr_1001elevators.html; (2) www.toshiba-elevator.co.jp/elv/infoeng/technology/tec01b.jsp; (3) http://magazine.sfpe.org/smoke-management/elevator-shaftpressurization-system-standards-and-codes-smoke-control-tallbuildin; (4) www.mitsubishielectric.in/global_experience.php; (5) http://technology-gagdet.blogspot.pt/2010/04/comparative-elevators.htm; (6) THE GUIDEN LINE – TOSHIBA- NEW ELBRIGHT;.


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores

Homelifts

António Garrido Liftech, S.A.

O PORQUÊ DOS “HOMELIFTS”

Os países do norte da Europa, pioneiros na

Os chamados “homelifts” ou elevadores re-

resolução de problemas de mobilidade das

sidenciais nasceram há cerca de duas déca-

pessoas com deficiência motora e na res-

das para responder à necessidade do trans-

petiva legislação, lideraram durante muitos

porte vertical de pessoas com mobilidade

anos o desenvolvimento e o mercado para

reduzida em edifícios públicos e habitações

estes equipamentos.

unifamiliares, e devido à dificuldade de aplicação do elevador convencional, vulgo "as-

No entanto, atualmente, existe um merca-

censor”, nas referidas situações.

do de divulgação generalizada em todos os países europeus, decorrente da procura de

As dificuldades de instalação do ascensor

melhor qualidade de vida, e da legislação

estão, essencialmente, relacionadas com a

relativa a acessibilidades.

área ocupada, a energia consumida, o facto de necessitar imperativamente de um

De resto os homelifts são, por excelência,

Figura 2 Homelift com acionamento hidráulico apli-

poço (espaço abaixo do ponto de paragem

o equipamento de acessibilidade, não fa-

cado na fachada de uma moradia.

inferior) e a necessidade de um pé direito no

zendo hoje em dia muito sentido que não

piso superior (vulgo "extra-curso”), difíceis

esteja previsto de raiz no projeto das mo-

censor em moradias e edifícios existentes.

de concretizar nos prédios em questão.

radias como meio de aumentar o conforto

Para isso apoiou-se na Diretiva de Máquinas,

e prevenção de necessidades futuras. Fruto

e esse facto permitiu construir equipamen-

da sua produção em quantidade são, atual-

tos para transporte de pessoas capazes

mente, equipamentos com custos perfeita-

de servir 3, 4 ou mesmo 5 pisos, sem ter

mente comportáveis.

necessidade de poço, e tão pouco casa de máquinas, e com extra-curso reduzido (in-

COMPARAÇÃO COM O "ASCENSOR”

ferior às medidas normais de um pé-direito

Tecnicamente referenciam-se os homelifts

de uma habitação).

como “plataformas elevatórias", justamente para enfatizar a diferença entre este tipo de

A alimentação pode ser monofásica e o

equipamentos e os “ascensores”, desde logo

consumo é normalmente muito mais re-

em relação à Diretiva Europeia por que se

duzido do que nos ascensores, tipicamente

regulamentam (2006/42/CE - Diretiva de

inferior a 2,2 kW.

Máquinas, em contraponto com a Diretiva de Ascensores 96/16/CE) e respetivas Nor-

A Lei Portuguesa e, pelo menos até agora,

mas aplicáveis.

a maioria da legislação europeia, não obriga a que os homelifts tenham que ter um con-

A maior diferença entre o "homelift” e o “as-

trato de manutenção celebrado com uma

censor" reside na velocidade máxima: en-

empresa especializada, assim como não

quanto em relação a este último não exis-

são exigidas inspeções por parte de orga-

tem restrições, a velocidade do primeiro

nismos notificados.

não pode ultrapassar os 0,15 m/s. Apesar da tendência futura passar por obriFigura 1 Homelift com acionamento hidráulico apli-

Como vimos, o homelift nasceu para con-

gar os proprietários dos homelifts a celebrar

cado no vão de escadas de uma moradia.

tornar as dificuldades de aplicação do as-

um contrato de manutenção, as manuten-

40

elevare


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores ções serão muito mais espaçadas no tem-

A vantagem do acionamento por pistão hi-

Por outro lado, para o mesmo espaço de

po, em contraponto com as mensalmente

dráulico está na facilidade de aplicação, já

cabina necessita, em geral, de uma maior

obrigatórias para os ascensores.

que precisa de muito pouco espaço acima da

área de caixa devido à presença do contra-

cabina, pelo que o "extra-curso" é pequeno,

peso. Também acima da cabina necessita

De resto os homelifts dispõem normalmen-

facilitando a sua aplicação em edifícios com

de mais espaço reservado para a máquina

te do mesmo tipo de elementos básicos de

pé-direito reduzido no piso superior. Além

de tração, o que faz com que o extra-curso

segurança dos ascensores, nomeadamen-

disso o quadro elétrico e a central hidráulica

seja maior do que nos acionamentos hi-

te, sistema de pára-quedas, válvula de que-

cabem num mesmo quadro, de dimensões

dráulicos. O sistema de resgate é sempre

da, barreira de portas.

reduzidas, existindo alguma flexibilidade re-

mais sofisticado do que nos hidráulicos,

lativamente ao seu local de instalação, o que

implicando uma fonte de energia baseada

mais uma vez facilita a instalação.

em baterias. Outra desvantagem do home-

Outros obrigatórios nos ascensores são facultativos nos homelifts: limitador de ve-

lift com acionamento elétrico é ser mais

locidade, telefone de emergência, porta de

Outra vantagem deste tipo de homelift é a

caro devido à necessidade de componen-

cabina, amortecedores de impacto no fun-

facilidade de resgate dos utentes em caso

tes que não existem nos hidráulicos (con-

do do poço.

de avaria ou falta de energia. Já que se trata

trapeso, sistema elétrico de resgate, varia-

unicamente de abrir uma válvula para aliviar

dor de frequência, limitador de velocidade,

Os homelifts, de acordo com o espírito da

a pressão do pistão e fazê-lo descer, esta

entre outros).

Diretiva de Máquinas, são do tipo "homem-

manobra pode ser feita automaticamente

presente", isto é, para se movimentar tem

com recurso a uma bateria ou manualmente,

Parafuso sem fim

que pressionar continuamente o botão com

pressionando um botão na central hidráulica.

É uma tecnologia muito utilizada nas plata-

o piso de destino.

formas elevatórias devido à sua seguranTração elétrica

ça e simplicidade.

TECNOLOGIAS

Não é o tipo de acionamento mais comum do

Existem quatro tecnologias diferentes no

homelift, ao contrário do que acontece com o

Baseia-se evidentemente num parafuso

que respeita ao homelift, dizendo principal-

ascensor, mas a sua utilização tem vindo a au-

sem fim com o comprimento do curso da

mente respeito ao tipo de acionamento:

mentar devido à diminuição do tamanho das

cabina.

>>

Pistão hidráulico;

máquinas de tração.

>>

Tração elétrica;

>>

Parafuso sem fim;

Comumente com este tipo de acionamento é

e, nesse caso, o parafuso sem fim é fixo, ou

>>

Pneumático.

aplicado contrapeso, tal como no ascensor,

estar fora, e nesse caso faz rodar o para-

mas também existem soluções com aciona-

fuso sem fim.

O motor pode estar embarcado na cabina,

Pistão hidráulico

mento do tipo guincho, sem contrapeso, apli-

O acionamento por pistão hidráulico é, hoje

cáveis para desníveis pequenos, geralmente

O resgate em caso de avaria ou falha de

em dia, a par com o parafuso sem fim, a so-

não mais do que um piso.

rede pode ser feito através de uma bateria

lução mais utilizada. Para cursos acima de

ou por um processo manual do tipo "dar à

2 pisos é relativamente habitual combinar o

A vantagem deste tipo de acionamento é

manivela". De qualquer forma, o resgate é

pistão com um sistema de cabos que dupli-

basicamente a eficiência energética, o que

um pouco mais complicado do que nos ho-

ca o curso do pistão.

não é aplicável à solução com guincho.

melifts de acionamento hidráulico. Pneumático Trata-se de um sistema relativamente recente, cuja utilização está pouco disseminada na europa. O seu elemento base é um cilindro exterior transparente, constituído por uma estrutura autoportante com paredes em policarbonato ou semelhante. Dentro deste cilindro movimenta-se uma cabina igualmente cilíndrica e do mesmo material do cilindro exterior. Existe uma guiagem da cabina e um sis-

Figura 3 Acionamento hidráulico de ataque “diferencial”.

Figura 4 Acionamento hidráulico de ataque direto.

tema mecânico de ancoragem da cabina quando esta se encontra no piso.

elevare 41


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores As portas são isoladas e autotanques devi-

Tabela 1

do à ação da pressão atmosférica, possuin-

Hidráulico

do também dispositivos de encravamento. A cabina está equipada com um dispositivo pára-quedas. No topo do cilindro externo é colocada

Elétrico

Elétrico

Parafuso

com

com

sem fim

contrapeso

guincho

Pneumático

Facilidade de adaptação

2.˚

3.˚

3.˚

2.˚

1.˚

Eficiência energética

2.˚

1.˚

3.˚

2.˚

4.˚

a bomba de vácuo, válvulas e o sistema

Segurança

1.˚

1.˚

2.˚

1.˚

3.˚

elétrico de comando. Num outro tipo de

Facilidade de resgate

1.˚

2.˚

2.˚

2.˚

3.˚

construção esta unidade é colocada fora

Estética (menos compo-

do cilindro a uma distância que pode ir até

nentes "técnicos")

2.˚

3.˚

2.˚

3.˚

1.˚

10 metros. Desta forma consegue-se uma

Maiores cursos

redução do ruído, que juntamente com o

possíveis

2.˚

1.˚

4.˚

3.˚

4.˚

consumo de energia, são as maiores des-

Ruído audível

1.˚

1.˚

1.˚

1.˚

2.˚

vantagens deste sistema.

Preço

1.˚

4.˚

3.˚

2.˚

5.˚

Ranking geral

1.˚

2.˚

3.˚

2.˚

4.˚

O princípio de funcionamento da subida, consiste em provocar o vácuo na zona do

Evidentemente que a elaboração deste

As caraterísticas técnicas do homelift refle-

cilindro acima da cabina, com recurso à

ranking tem uma componente significativa

tem então as circunstâncias anteriores:

bomba de vácuo.

de subjetividade.

O topo da cabina tem uma "anilha" vedan-

De qualquer modo a perceção do autor, ten-

sar os 12 m. A sua capacidade de carga típica

te para possibilitar a diferença de pressão

do em conta os 7 aspetos enumerados, é

é na ordem dos 200 a 300 kg, o necessário

entre a parte inferior e a parte superior da

que a melhor escolha é o homelift com acio-

para uma cadeira de rodas e um acompa-

cabina.

namento hidráulico.

nhante, ou então para 3 pessoas.

O movimento de descida é conseguido atra-

CARACTERISTICAS TÉCNICAS

A sua velocidade não ultrapassa os 0,15 m/s

vés da utilização de uma válvula que, de

Como se viu, o homelift tem a sua área de

o que é imposto pela Diretiva e pela Norma.

uma forma controlada, deixa entrar a quan-

aplicação em edifícios unifamiliares e em

tidade de ar na zona superior necessária

edifícios existentes, nos quais a aplicação

As suas dimensões costumam ser generosas

para conseguir uma descida suave.

de um ascensor é problemática.

com vista à possível utilização por cadeiras

Na parte inferior do tubo existem entradas

Presidiu à sua conceção a satisfação das

los para espaços muito reduzidos. Veja-se o

de ar para que a pressão na parte inferior

necessidades de mobilidade das pessoas

modelo da imagem, que ocupa um espaço de

seja a atmosférica (bem como dentro da

com deficiência motora, inclusive aquelas

apenas 68 cm de largura por 81 cm de pro-

cabina).

que se deslocam em cadeiras de rodas.

fundidade (estrutura incluída).

ações de "empate" na atribuição do lugar

Figura 5 Homelift hidráulico de dimensão muito re-

em geral, uma configuração que facilita a utilização

no ranking.

duzidas

por pessoas em cadeira de rodas.

O seu curso máximo não costuma ultrapas-

de rodas. No entanto também existem mode-

Não tem nenhuma vantagem sobre alguma das outras tecnologias descritas, que não seja a questão estética: tem poucos componentes visíveis e o aspeto redondo invulgar cativa a atenção. Devido ao seu formato não é seguramente o equipamento mais adequado para utilização por pessoas em cadeira de rodas. QUADRO COMPARATIVO DOS TIPOS DE HOMELIFT No quadro seguinte foram selecionados os aspetos considerados mais relevantes para a avaliação do equipamento e, para cada um destes aspetos, estabelecido um ranking. Conforme é normal, existem situ-

42

elevare

Figura 6 Os botões de comando dos homelift têm,


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores As alimentações elétricas em geral podem

>>

Trepadores de escadas;

ser monofásicas e os consumos da ordem

>>

Rampas portáteis para cadeiras de rodas.

dos 2 ou 3 Cv (com exceção da tecnologia de acionamento pneumático, que tem um con-

É lógico pensar que a abertura dos parênte-

sumo consideravelmente superior).

sis em alguns dos itens enumerados, tem a função de ajudar a clarificar de que equipa-

Habitualmente os homelifts são concebidos

mento se está a falar (e não criar definições

sem porta de cabina e com porta de "baten-

despropositadas de índole técnica).

te" nos patamares. Esta solução otimiza o espaço ocupado e é adequada e segura face

Assim como, mesmo em termos estrita-

à velocidade reduzida do equipamento.

mente linguísticos, se pode pensar que os parêntesis “(não possuem cobertura e não

Legislação

trabalham dentro de um poço)” se referem

A construção e instalação do homelift

apenas aos “elevadores para cadeiras de ro-

regulamenta-se pela Diretiva Europeia de

das”. O que faz todo o sentido pois a desig-

Máquinas, 2006/42/CE, existindo desde há

nação "plataformas elevatórias" não suscita

alguns anos uma Norma destinado especificamente a regulamentar a construção

dúvidas do que se trata (até tem uma Norma Figura 7

associada), o mesmo não acontecendo com

a utilização por pessoas com mobilidade re-

capaz de proporcionar a este indivíduo a su-

que o autor sentiu a necessidade de definir

duzida. Trata-se da Norma EN 81-41.

bida para os andares superiores?

melhor o conceito, utilizando os parêntesis.

No que diz respeito à manutenção não exis-

Cadeiras ou plataformas sobe escadas?

Aliás se admitíssemos que os referidos pa-

te ainda regulamentação para este tipo de

Para 3 pisos são caras, de difícil aplicação,

rêntesis se aplicavam também às "platafor-

equipamentos, ao contrário dos ascenso-

pouco adequadas ao problema concreto do

mas elevatórias" teríamos um problema de

res (cuja manutenção e inspeção é regulada

indivíduo em causa.

clarificação do conteúdo dos mesmos:

das plataformas elevatórias verticais para

os “elevadores para cadeira de rodas”. Daí

pelo Decreto-Lei 320/2002). Plataformas sem envolvente exterior? Para

O que é a "cobertura” de uma plataforma

Fiscalidade

mais do que um metro de curso a sua utili-

elevatória? Este termo não existe nos glos-

Sobre este assunto, concretamente sobre

zação é inconcebível devido aos perigos ine-

sários das Normas de elevadores. É a es-

a taxa de IVA a aplicar ao homelift, foi publi-

rentes. Resta então o homelift que, de resto,

trutura envolvente da mesma? É o teto da

cado em edição anterior desta mesma re-

é o equipamento com a melhor relação fun-

"cabina"? Concebendo uma cabina sem teto,

vista, um artigo bastante esclarecedor que

cionalidade e preço e não discriminatório

já se obedece a este critério? Convenhamos

traduz a posição que o fisco, bem ou mal,

(não é para utilização exclusiva da pessoa

que nada disto faz muito sentido.

tem tomado, e que é no sentido deste equi-

com dificuldade motora).

pamento ser sempre taxado à taxa máxima do IVA.

E “poço”? A única definição conhecida é feita O que tem acontecido é que o fisco se tem

no glossário da Norma EN 81-1 e que diz o

baseado numa (má) interpretação à letra

seguinte: "Poço (Cuvette) (Schachtgrube) (Pit):

A nossa opinião é que se os homelits (tec-

do texto do item 39 da lista de bens à taxa

Parte da caixa situada abaixo do nível do piso

nicamente "plataformas elevatórias") forem

reduzida do Despacho n.˚ 26 026/2006, que

extremo inferior servido pela cabina”.

“especificamente concebidos para utilização

menciona “Plataformas elevatórias e eleva-

por pessoas com deficiência” (conforme De-

dores para cadeiras de rodas (não possuem

Muito provavelmente o que o autor queria

creto-Lei n.˚ 102/2008, relativo ao código

cobertura e não trabalham dentro de um

dizer era “caixa” entendendo-se como tal a

do IVA), e sendo essa circunstância atesta-

poço), elevadores para adaptar às escadas

envolvente em alvenaria ou noutro mate-

da no certificado de "Exame CE Tipo" do equi-

(dispositivos com assento ou plataforma fixa-

rial como estrutura de alumínio ou ferro

pamento, então legalmente a taxa de IVA a

da a um ou mais varões que seguem o con-

e vidro. Mas uma plataforma elevatória,

aplicar deverá ser a reduzida.

torno e ângulo da escadaria), trepadores de

utilizada para um ou mais pisos, sem uma

escadas e rampas portáteis para cadeiras de

“caixa”?! Não é aceitável em termos de

rodas.”

segurança.

lidade. Imaginemos a situação bem plausí-

Ou seja, de uma forma bastante exaustiva,

Assim a nossa opinião é bastante clara: to-

vel de uma pessoa que vive numa casa de 3

são enumerados todos os tipos de equipa-

das as plataformas elevatórias concebidas

andares e que numa fase da sua via, por um

mentos de acessibilidade:

para utilização por pessoas com deficiência,

qualquer infortúnio, passa a ter que utilizar

>>

Plataformas elevatórias;

e obedecendo à Norma EN 81-41, deverão

andarilhos (ou mesmo cadeira de rodas).

>>

Elevadores para cadeiras de rodas;

ser taxadas à taxa reduzida do IVA. Decorre

Pergunta-se: qual é o único equipamento

>>

Elevadores para adaptar as escadas;

da lei Portuguesa e é justo e razoável.

Defendemos este ponto de vista antes de mais, por uma questão de justiça e razoabi-

elevare 43


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores

Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável Miguel Leichsenring Franco Schmitt-Elevadores, Lda

1. INTRODUÇÃO

sumo de energia por esta via. Os edifícios

Uma redução no consumo energético dos

A segurança, o conforto e o melhor aprovei-

têm um forte impacto no consumo de ener-

ascensores terá, por isso. globalmente, um

tamento do espaço disponível nos edifícios

gia a longo prazo, tendo-se concluído que,

impacto relevante.

são os temas centrais com que a indústria

com um aumento da eficiência energética

de ascensores normalmente se preocupa

em edifícios se poderia reduzir em 42%

A Comissão Europeia lançou em 2006, o

no desenvolvimento de novas soluções de

as emissões de carbono provocadas pelos

“Plano de Acção para a Eficiência Energética”

transporte vertical de pessoas e cargas;

edifícios, bem como os custos energéticos

com o qual pretendia mobilizar o grande

a eficiência energética não era discutida

relacionados.

público, os responsáveis políticos e os in-

até há alguns anos. Contudo, o aumento

tervenientes no mercado e transformar o

substancial do custo da energia eléctrica e

De acordo com o Projeto E4 - Energy Efficient

mercado interno da energia, de forma a dis-

a maior sensibilidade da sociedade para as

Elevators and Escalators1 , estima-se que os

ponibilizar aos cidadãos europeus as infra-

questões ambientais, conduz ao rápido au-

ascensores serão responsáveis por 3 a 8%

estruturas (incluindo edifícios), os produtos

mento de importância da temática da efici-

do total de energia elétrica consumida num

(incluindo eletrodomésticos e automóveis)

ência energética também na indústria dos

edifício. Segundo este estudo, na Europa a

e os sistemas energéticos mais eficientes.

ascensores. Também a União Europeia e o

27 (EU27) terão sido instalados e estarão

O plano de acção tem por objetivo contro-

Governo Português reconhecem hoje a im-

em funcionamento cerca de 4,8 milhões de

lar e reduzir a procura de energia e tomar

portância deste tema, tendo-o incorporado

ascensores e 75 000 escadas mecânicas e

medidas específicas relativas ao consumo

no corpo legislativo.

tapetes rolantes (Almeida et. al. 2010). Os

e fornecimento, no intuito de poupar 20%

autores deste estudo estimam que subs-

do consumo anual de energia primária até

Pretende-se neste artigo analisar a legisla-

tituindo e utilizando a melhor tecnologia

2020 (em comparação com as previsões

ção em vigor relacionada com a eficiência

disponível para todos os ascensores exis-

do consumo energético para 2020). Os

energética e que tenha uma implicação di-

tentes, poder-se-iam obter poupanças de

ascensores, como máquinas elétricas que

reta ou indireta na instalação de ascenso-

energia elétrica na ordem dos 66%. Em

são, devem e podem naturalmente contri-

res. Para tal optou-se por pesquisar toda a

Portugal prevê-se que estejam instalados

buir para a melhoria do desempenho ener-

Legislação Europeia e, em seguida, toda a

cerca de 140 000 ascensores, dos quais

gético global de um edifício.

Legislação Nacional aplicável, relacionada

90% serão ascensores elétricos de roda de

com a temática da eficiência energética.

aderência e 10% serão ascensores hidráuli-

A pesquisa de legislação foi realizada em

cos. Cerca de 70% dos ascensores estarão

dois níveis (a legislação comunitária e a

2. RELEVÂNCIA DO TEMA

instalados em edifícios residenciais, 15%

legislação nacional), tendo sido analisados

No âmbito deste artigo entende-se por “efi-

em edifícios de escritórios, 8% em hotéis,

diversos documentos legais, conforme indi-

ciência energética” como sendo uma estraté-

4% em hospitais, 2% em edifícios comer-

cado na Figura 1.

gia de consumir o mínimo possível de ener-

ciais e os restantes 1% em outros tipos de

gia para a realização de qualquer trabalho,

edifícios, como terminais de transporte e

3. A LEGISLAÇÃO EUROPEIA

quer através da supressão de consumos,

unidades industriais. Estima-se que todos

Em 2012, as entidades oficiais europeias

quer através da utilização de tecnologias

os ascensores instalados em Portugal ten-

reconheceram que o objetivo de eficiência

mais eficientes.

derão a consumir anualmente 713 GWh, o

energética da União, definido no “Plano de

que representará cerca de 1,5% do consu-

Acção para a Eficiência Energética”, não es-

mo total de energia elétrica em Portugal.

tava em vias de ser cumprido, e que era ne-

Segundo um estudo recente, os edifícios representam cerca de 40% do consumo de

cessária uma ação mais determinada para

energia total da União Europeia. Uma vez que este setor está em expansão espera-se, nos próximos anos, um aumento do con-

44

elevare

explorar o considerável potencial existente 1

Projeto E4 - Energy Efficient Elevators and Es-

no que respeita a maiores economias de

calators – D2.2 – Country Report – Portugal.

energia nos edifícios existentes. Com base


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Diretiva 2012/27/UE: Esta Diretiva relativa à eficiência energética, e que altera as Diretivas 2009/125/CE e 2010/30/UE e revoga as Diretivas 2004/8/ CE e 2006/32/CE, estabelece um quadro comum de medidas de promoção da eficiência energética na União, para assegurar a realização do objetivo da União que consiste em atingir 20% em matéria de eficiência energética até 2020, e de preparar caminho para novas melhorias nesse domínio para além dessa data. Esta Diretiva estabelece ainda regras destinadas a eliminar os obstáculos no mercado da energia e a ultrapassar as deficiências do mercado que impedem a eficiência no aprovisionamento e na utilização da energia, e prevê a definição de objetivos nacionais indicativos em matéria de eficiência energética para 2020. Esta Diretiva estabelece igualmente Normas vinculativas para os consumidores finais e para os fornecedores de energia. Não existe qualquer referência a

Figura 1 Pesquisa de legislação.

ascensores. neste reconhecimento, a Comissão Euro-

máquinas de lavar loiça, aparelhos de ilumi-

Como se viu, nenhuma destas Diretivas

peia emanou diversas Diretivas relaciona-

nação, frigoríficos e congeladores, televiso-

aborda diretamente a temática dos ascen-

das com a eficiência energética, a saber:

res e motores elétricos. Os ascensores não

sores. Ou seja, não existe legislação comu-

são referidos explicitamente.

nitária que imponha diretamente regras sobre a eficiência energética em ascensores,

Diretiva 2010/30/UE: Eficiência energética dos produtos

Diretiva 2010/31/UE: Desempenho energético

que tenha de ser seguida pelos fabricantes

Esta Diretiva prevê a indicação do consumo

dos edifícios

e/ou projetistas.

de energia e de outros recursos por parte

A Diretiva 2002/91/CE relativa ao desem-

dos produtos relacionados com a energia,

penho energético de edifícios (em particu-

4. A LEGISLAÇÃO NACIONAL

por meio de rotulagem e outras indicações

lar ao isolamento, ao ar-condicionado e à

Procedeu-se em seguida à pesquisa na Le-

uniformes relativas aos produtos, com

utilização de fontes de energia renováveis)

gislação Nacional, tendo sido analisados os

impacto significativo, direto ou indireto, no

prevê um método para o cálculo do desem-

seguintes Diplomas legais:

consumo energético. Vários regulamentos

penho energético de edifícios, requisitos

específicos definem depois os requisitos

mínimos para os edifícios de grande dimen-

O Decreto-lei 12/2011 de 24 de janeiro trans-

para diversos aparelhos eletrodomésticos.

são, novos e existentes, e a certificação

põe para a ordem jurídica interna a Diretiva

A rotulagem do equipamento de escritório

energética. A Diretiva foi revogada a par-

2009/125/CE, do Parlamento Europeu e do

e a rotulagem dos pneus são abrangidas

tir de 1 de fevereiro de 2012 pela Diretiva

Conselho, de 21 de outubro relativa à cria-

por regulamentos separados. Não é feita

Reformulada 2010/31/UE, que entrou em

ção de um quadro para definir os requisitos

qualquer referência a ascensores.

vigor em julho de 2010. O principal objetivo

de conceção ecológica dos produtos rela-

da Diretiva de reformulação era simplificar

cionados com o consumo de energia. Este

Diretiva 2009/125/CE (que reformula a

algumas disposições da anterior Diretiva e

Decreto-Lei aplica-se aos produtos relacio-

Diretiva 2005/32/CE, alterada pela Diretiva

reforçar os requisitos de eficiência energé-

nados com o consumo de energia, conside-

2008/28/CE): Eficiência energética dos

tica relativamente, entre outros à aplicação

rando qualquer bem colocado no mercado

produtos

de requisitos mínimos para o desempenho

ou em serviço que tenha um impacto sobre

Esta Diretiva define os requisitos de conce-

energético, em especial, dos edifícios exis-

o consumo de energia durante a sua utiliza-

ção ecológica dos produtos relacionados

tentes, dos componentes de edifícios sujei-

ção, incluindo as peças a incorporar nesses

com o consumo de energia. Os regulamen-

tos a grandes renovações e dos sistemas

produtos como peças individuais colocadas

tos de execução cobrem uma vasta gama

técnicos dos edifícios sempre que sejam ins-

no mercado ou em serviço para utiliza-

de produtos, entre os quais aquecedores,

talados, substituídos ou atualizados. Nada é

dores finais, cujo desempenho ambiental

aspiradores, aparelhos de ar-condicionado,

dito sobre os ascensores.

possa ser avaliado de forma independente.

elevare 45


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Este Decreto-Lei não é aplicável aos meios de transporte de pessoas ou mercadorias. Por sua vez, o Decreto-Lei 63/2011 de 09 de maio estabelece as medidas de informação a prestar ao utilizador final de produtos com impacto no consumo energético, transpondo a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de maio, relativa à indicação do consumo de energia e de outros recursos por parte dos produtos relacionados com a energia, por meio de etiquetagem e outras indicações uniformes relativas aos produtos. O regime consagrado vem estabelecer a obrigatoriedade de colocação de etiquetas e elaboração de fichas de informação sobre o consumo de energia e de outros recursos essenciais de produtos que tenham impacto no consumo de energia, inserindo-se nos objetivos de política energética definidos na Estratégia

projeto e construção de edifícios novos, ou

Nacional para a Energia com o horizonte

numa grande intervenção na envolvente ou

bro, que determina as competências da

temporal de 2020 (ENE 2020). Também

sistemas técnicos de edifícios existentes, ou

entidade gestora do Sistema de Certi-

neste Diploma Legal nada é referido relati-

numa avaliação energética e da manuten-

ficação Energética dos Edifícios (SCE)

vamente a ascensores.

ção dos edifícios novos, sujeitos a grande in-

e regulamenta as atividades dos téc-

tervenção), os sistemas técnicos devem ser

nicos do SCE, estabelece as categorias

Por fim, o Decreto-Lei 118/2013 de 20 de

avaliados e sujeitos a requisitos, tendo em

de edifícios para efeitos de certificação

agosto, visa assegurar e promover a me-

vista a promoção da eficiência e a utilização

energética, bem como os tipos de pré-

lhoria do desempenho energético dos edi-

racional de energia. Essa avaliação deverá

-certificados e certificados SCE e res-

fícios através do Sistema de Certificação

incidir nas componentes de climatização, de

ponsabilidade pela sua emissão, fixa as

Energética dos Edifícios (SCE), que integra

preparação de água quente sanitária, de ilu-

taxas de registo no SCE e, finalmente,

o Regulamento de Desempenho Energético

minação, de sistemas de gestão de energia,

estabelece os critérios de verificação

dos Edifícios de Habitação (REH) e o Regu-

de energias renováveis, de elevadores e de

de qualidade dos processos de certifi-

lamento de Desempenho Energético dos

escadas rolantes.

cação do SCE, bem como os elementos

>>

Edifícios de Comércio e Serviços (RECS).

Portaria 349-A/2013 de 29 de novem-

que deverão constar do relatório e da

Este Diploma transpõe para a ordem jurídi-

Este Diploma estabelece, entre outros as-

anotação no registo individual do Perito

ca nacional a Diretiva 2010/31/UE do Parla-

pectos, os requisitos de conceção e de ins-

Qualificado (PQ). Nada é referido em re-

mento Europeu e do Conselho de 19 de maio

talação dos sistemas técnicos nos edifícios

de 2010 relativa ao desempenho energético

novos e de sistemas novos nos edifícios

dos edifícios.

existentes sujeitos a grande intervenção,

bro, em que se define a metodologia de

lação a ascensores. >>

Portaria 349-B/2013 de 29 de novem-

um Indicador de Eficiência Energética (IEE)

determinação da classe de desempe-

Trata-se do primeiro documento legal so-

para caraterização do desempenho ener-

nho energético para a tipologia de pré-

bre eficiência energética em que se refe-

gético dos edifícios e dos respetivos limi-

-certificados e certificados do Sistema

rem explicitamente os ascensores. Assim,

tes máximos no caso de edifícios novos,

de Certificação Energética dos Edifícios

no seu Artigo 2.˚ define-se “Sistema téc-

de edifícios existentes e de grandes inter-

(SCE), bem como os requisitos de com-

nico”, como o conjunto dos equipamentos

venções em edifícios existentes, e ainda a

portamento técnico e de eficiência dos

associados ao processo de climatização,

obrigatoriedade de fazer uma avaliação

sistemas técnicos dos edifícios novos e

incluindo o aquecimento, arrefecimento e

energética periódica dos consumos ener-

edifícios sujeitos a grande intervenção.

ventilação natural, mecânica ou híbrida, a

géticos dos edifícios existentes, verificando

Também aqui nada é referido em rela-

preparação de águas quentes sanitárias

a necessidade de elaborar um plano de ra-

e a produção de energia renovável, bem

cionalização energética com identificação

como, nos edifícios de comércio e servi-

e implementação de medidas de eficiência

em que se determina os elementos que

ços, os sistemas de iluminação e de gestão

energética com viabilidade económica.

demonstrem o cumprimento do Regu-

de energia, os elevadores e as escadas ro-

ção a ascensores. >>

Portaria 349-C/2013 de 2 de dezembro,

lamento de Desempenho Energético

lantes. Ainda no mesmo Diploma, mas no

Como complemento ao Decreto-Lei 118/2013

dos Edifícios de Habitação e do Regu-

35.˚ Artigo, refere-se que, apenas nos edi-

de 20 de agosto foram emanadas ainda as

lamento de Desempenho Energético

fícios de comércio e serviços (e na fase de

seguintes Portarias:

dos Edifícios de Comércio e Serviços.

46

elevare


Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Esta Portaria estabelece que (e ape-

Esta Portaria estabelece também que os

A Norma VDI 4707:2009, permitirá uma

nas) para os edifícios de comércio e

elevadores a instalar em edifícios de co-

avaliação e classificação universal e trans-

serviços, o(s) projeto(s) do(s) sistema(s)

mércio e serviços devem obedecer aos re-

parente da eficiência energética de ascen-

técnico(s) elaborado(s) pelo(s) técnico(s)

quisitos mínimos de eficiência indicados na

sores, baseada em métodos de cálculo

responsável(is) pelo(s) mesmo(s), onde

Figura 2, em função da sua classificação (e

e teste dos seus consumos energéticos.

devem constar evidências das soluções

segundo metodologia a definir por Despa-

Disponibilizará ainda um enquadramento

adotadas e os cálculos efetuados, de-

cho do Diretor-Geral de Energia e Geologia).

que permita incluir a procura de energia de

vem conter, pelo menos, referência aos

Contudo, até à publicação deste Despacho

ascensores na avaliação da eficiência ener-

seguintes elementos:

deverá ser adotada a metodologia prevista

gética do edifício e assim seleccionar os

a. Localização do edifício e carateriza-

em normalização internacional ou europeia

equipamentos mais adequados e servirá de

ou na falta destas na Norma VDI 4707. A

base para um rating energético de ascenso-

partir de 31 de dezembro de 2015, o cumpri-

res no âmbito da eficiência energética total

mento do disposto no número anterior de-

do edifício, dando origem à elaboração de

c. Caraterização de soluções constru-

verá ser evidenciado pela afixação de uma

um certificado energético.

tivas que constituem o edifício em

etiqueta de desempenho energético do ele-

estudo, bem como de todos os ele-

vador a emitir por entidade designada para

Por fim, a 10 de abril de 2013, foi publica-

mentos que condicionam o compor-

o efeito por Despacho do Diretor-Geral de

da a Resolução do Conselho de Ministros

tamento térmico do edifício;

Energia e Geologia.

n.˚ 20/2013, que aprova o novo Plano Na-

ção do meio urbano onde se insere; b. Descrição do edifício e fracções que o constituem;

d. Caraterização dos sistemas de AVAC previstos para o edifício;

cional de Acção para a Eficiência EnergétiAdicionalmente, os ascensores a instalar

ca para o período 2013-2016 (PNAEE 2016).

devem cumprir ainda com os seguintes

Com este documento estratégico preten-

paração de AQS previstos para o

requisitos:

de-se tornar a eficiência energética numa

edifício;

a. Controlo de iluminação da cabine para

prioridade da política energética portugue-

elevadores instalados após a data de

sa, tendo em conta que os incrementos na

entrada em vigor do regulamento, ou

eficiência energética promovem a prote-

seja após 3 de Dezembro de 2013;

ção ambiental e a segurança energética

b. Sleep mode, para todos os elevadores

do país. O aumento da eficiência energética

instalados a partir de 31 de dezembro

contribuirá ainda para a redução da despe-

de 2015;

sa pública e para um uso eficiente dos re-

Regeneração de energia para todos os

cursos. Também neste documento, nada é

em que se determina os requisitos de

elevadores instalados a partir de 31 de

referido relativamente a ascensores.

conceção relativos à qualidade térmica

dezembro de 2018.

e. Caraterização dos sistemas de pre-

f. Caraterização dos sistemas de iluminação previstos para o edifício; g. Caraterização dos sistemas de gestão técnica previstos para o edifício; h. Caraterização dos sistemas de elevadores previstos para o edifício. >>

Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro

c.

da envolvente e à eficiência dos siste-

5. CONCLUSÕES

mas técnicos dos edifícios novos, dos

Uma vez que é referida na Portaria

Apesar da grande relevância da temática

edifícios sujeitos a grande intervenção e

n.˚ 349-D/2013, apresenta-se sumariamen-

da eficiência energética, existe ainda pouca

dos edifícios existentes.

te a Norma VDI 4707:2009. Trata-se de uma

legislação específica sobre o tema. Nas dife-

base para a avaliação energética e uma

rentes Diretivas Europeias pesquisadas nada

O desempenho energético de um edifício

classificação em termos energéticos de

é referido explicitamente sobre ascensores.

de comércio e serviços é aferido pela de-

ascensores. A Parte 1, já publicada em mar-

Já na Legislação Nacional, apenas uma Por-

terminação do seu Indicador de Eficiência

ço de 2009, define um procedimento atra-

taria (a Portaria 349-D/2013 de 2 de dezem-

Energética (IEE). Os consumos de energia

vés do qual o ascensor no seu todo, dada

bro) impõe um conjunto de regras que os

a considerar no cálculo do IEE passam a

uma determinada utilização, é classificado

ascensores têm de cumprir em termos de

englobar os elevadores, as escadas e os

de acordo com o seu consumo energético

eficiência energética (e que se aplicam ape-

tapetes rolantes, devendo ser evidenciados

em standby e em movimento. Esta Norma

nas a ascensores a instalar em edifícios de

a Potência do(s) motor(es), tempo médio

apresenta explicitamente a forma como se

comércio e serviços). Os ascensores a insta-

em manobra, carga nominal e velocidade

devem obter os dados dos consumos ener-

lar nestes edifícios devem englobar um sis-

nominal.

géticos através de medições.

tema de controlo de iluminação, ser dotados de sleep mode e de um sistema de regeneração de energia. A partir de 31.12.2015 deverá

Tipo de

Categoria de

equipamento

utilização

Elevadores

Todas

Classe de eficiência energética mínima após... entrada em vigor

31 dez 2015

C

B

ser afixada ainda uma etiqueta de desempenho energético do ascensor. Por fim, o indicador de eficiência energética de um edifício passará a englobar também o consumo energético dos ascensores (De-

Figura 2 Requisitos mínimos de eficiência dos elevadores, segundo Norma VDI 4707.

creto-Lei 118/2013 de 20 de agosto).

elevare 47


Informação técnico-comercial

Vacon apresenta Grande Evolução Tecnológica nos Variadores de Velocidade Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.

O fabricante mundial de Variadores

nada da rede elétrica em Corrente Contínua;

clientes por equipamentos pequenos e de

de Velocidade, a Vacon, revoluciona o

o armazenamento de energia (frequente-

fácil manuseamento, precisam de ser fisi-

mercado de Variadores de Velocidade

mente chamado de link DC ou circuito inter-

camente pequenos.

ao lançar a nova tecnologia de

mediário); e a ponte inversora na saída que

condensadores de lâminas de plástico.

converte a Corrente Contínua novamente em Corrente Alternada, na voltagem e fre-

Para os utilizadores é tentador encarar os

quência necessárias para o motor funcionar

Variadores de Velocidade como “caixas pre-

com uma velocidade apropriada e alcançar

tas” e não se preocuparem, nem um pouco,

o binário adequado.

com o que há no interior destes equipamentos. No entanto, um olhar um pouco

A função do link DC pode não ser muito

mais aprofundado pode levar à descoberta

clara num primeiro momento. Por que não

de benefícios bastante significativos.

direcionar o estágio de energia de saída diretamente do retificador de Corrente Con-

«...projetar um Variador de Velocidade moderno e que atenda às expetativas dos utilizadores em termos de desempenho, confiança e relação custo versus benefício é, sem sombra de dúvida, um grande desafio!»

Na especificação ou compra de um Varia-

tínua produzida na entrada? A resposta é

dor de Velocidade, normalmente não exis-

que, sem o armazenamento de energia, o

te uma preocupação com os seus compo-

alimentador de Corrente Contínua não con-

nentes, pois estes são apenas do interesse

seguiria responder às súbitas mudanças

dos fabricantes. Habitualmente isto é ver-

enviadas pela saída de Corrente Alternada,

No passado isso obrigava à utilização de

dade, mas em algumas situações surge

como aquelas que ocorrem quando o mo-

condensadores eletrolíticos, normalmen-

um novo componente tecnológico que faz

tor é forçado a acelerar (o link DC possui

te chamados apenas de eletrolíticos. Com

a diferença em alguns aspetos do Variador

ainda outras funções).

eles, o dielétrico ou camada de isolação do condensador é um filme óxido fino produ-

de Velocidade como o desempenho, a conTeoricamente, o armazenamento de ener-

zido por uma ação eletroquímica num ele-

gia necessária pode ser obtida quer por

trólito “molhado”. Nos eletrolíticos moder-

Para se compreenderem as modificações é

bobines indutoras quer por condensadores

nos, o eletrólito é mais uma pasta do que

conveniente ter uma noção básica de como

mas, na prática, os Variadores de Veloci-

um líquido, mas precisa de permanecer

os Variadores de Velocidade operam. Fe-

dade destinados às aplicações comerciais

húmido para o condensador operar corre-

lizmente isso não é complicado, embora,

ou industriais rotineiras invariavelmente

tamente.

projetar um Variador de Velocidade mo-

utilizam condensadores.

fiabilidade e o impacto ambiental.

Os eletrolíticos possuem a vantagem de

derno e que atenda às expetativas dos utilizadores em termos de desempenho, con-

ASPETOS DE TAMANHO

permitir que bastante capacitância seja

fiança e relação custo versus benefício é,

A fim de armazenar a quantidade de energia

comprimida num componente pequeno,

sem sombra de dúvida, um grande desafio!

necessária para alcançar um desempenho

mas também apresentam inconvenientes

dinâmico para o Variador de Velocidade, os

significativos. O primeiro deles é possuí-

Um Variador de Velocidade possui basica-

condensadores, em termos elétricos, pre-

rem uma durabilidade limitada. Mesmo os

mente três partes principais – o retificador

cisam de ser consideravelmente grandes;

melhores secam lentamente e perdem a

de entrada que converte a Corrente Alter-

contudo, para se adequarem à procura dos

sua capacidade. O processo de secagem

48

elevare


Informação técnico-comercial é previsivelmente pior em equipamentos

de horas (bem mais do que 100 anos) é

que necessitam de operar com tempera-

normal. Se precisarem de enfrentar pe-

turas elevadas, como normalmente é ne-

quenas

cessário para os Variadores de Velocida-

resultado, por exemplo, de um pico de

de. Na verdade, a duração de um Variador

tensão, eles têm a capacidade de se auto-

de Velocidade é frequentemente determi-

reparar. Assim, não necessitam de manu-

nada pelo tempo de duração dos conden-

tenção e não precisam de ser substituídos

sadores eletrolíticos utilizados.

durante a vida útil de um Variador de Ve-

perturbações

elétricas

como

locidade. Também apresentam uma taxa Outro dos problemas é que os condensa-

de avarias excecionalmente baixa, o que

dores eletrolíticos se deterioram quando

aumenta a fiabilidade dos Variadores de

não estão em utilização (funcionamento).

Velocidade nos quais são utilizados.

Se um Variador de Velocidade for deixado na prateleira ou estiver inativo por um

Além disso, os condensadores de lâminas

determinado tempo e for colocado no-

de plástico não se deterioram quando ar-

vamente em utilização ou funcionamen-

mazenados. Eles estão sempre disponí-

to, os seus condensadores eletrolíticos

veis para um funcionamento imediato e

podem não funcionar adequadamente,

nunca necessitam de serem “despertados”

sobreaquecerem ou até mesmo deixarem

ou substituídos. Outra vantagem é a apre-

de funcionar. Isto pode ser evitado substi-

sentação de perdas internas muito baixas

tuindo ou “despertando” os condensadores

– até 80% inferiores quando comparados

visível e significativa no custo total da

antes de se utilizar novamente o Variador

com os melhores condensadores eletro-

propriedade. Assim, porque permanecer

de Velocidade; entretanto, este é um pro-

líticos. Isso resulta no aumento da efici-

com Variadores de Velocidade que ainda

cesso demorado e que requer equipamen-

ência do Variador de Velocidade, reduz a

utilizam condensadores com tecnologia

to especial. É também inconveniente, par-

geração de calor e restringe a necessida-

ultrapassada?

ticularmente se o Variador de Velocidade

de de refrigeração, diminuindo os custos

for um equipamento suplente necessário

globais de energia para o funcionamento

Os Variadores Vacon permitem-lhe uma

para uma utilização suplente imediata.

do Variador de Velocidade durante a sua

instalação mais simples e económica, ga-

vida útil.

rantem uma maior proteção ambiental e

ASPETOS AMBIENTAIS Existem também considerações ambientais. O eletrólito utilizado nos condensadores eletrolíticos é potencialmente perigoso ao ambiente. Há uma grande preocupação no caso de vazamento desses condensadores, a qual não é de modo algum desconhecida. O fim da vida útil do Variador de Velocidade é também um ponto a ser considerado, pois as regulamentações ambientais determinam que todos os condensadores eletrolíticos sejam removidos antes da reciclagem. Em suma, os condensadores eletrolíticos

uma poupança energética significativa.

«O utilizador deverá comprar ou especificar Variadores de Velocidade com condensadores de lâminas de plástico filme para usufruir do aumento de confiabilidade, elevação da eficiência, maior durabilidade e menor necessidade de manutenção.»

Os Variadores Vacon permitem-lhe uma instalação mais simples e económica, garantem uma maior proteção ambiental e uma poupança energética significativa. Os Variadores de Velocidade Vacon são equipamentos multifuncionais, com versatilidade sem igual no mercado, são ideais para uma vasta gama de aplicações de potência/binário constante incluindo bombas, ventiladores, compressores, correias de distribuição, OEM´S, automação e para todas as aplicações em que o aumento de eficiência energética e produtividade resul-

cumprem a sua função mas trazem mui-

tam normalmente num rápido retorno do

tos inconvenientes. Até então não existiam

investimento.

alternativas, mas agora há os condensa-

A conclusão é simples: vale a pena co-

dores de lâminas de plástico, que já estão

nhecer o tipo de condensadores que são

Os Variadores de Velocidade Vacon estão

presentes no mercado há algum tempo,

usados no link DC dos Variadores de Ve-

disponíveis em gamas de potências até

mas só agora estão disponíveis a preço e

locidade. O utilizador deverá comprar ou

5600 kW, para baixa e média tensão. Com

tamanhos aceitáveis, com os modelos e as

especificar Variadores de Velocidade com

o seu formato modular único (patenteado),

classificações necessárias para o uso no

condensadores de lâminas de plástico

e inúmeras soluções tecnológicas patente-

link DC dos Variadores de Velocidade.

filme para usufruir do aumento de con-

adas, a Vacon dispõe de soluções à medida

fiabilidade, elevação da eficiência, maior

para qualquer aplicação (hardware e sof-

Os condensadores de lâminas de plástico

durabilidade e menor necessidade de ma-

tware). A Vacon é representada em Portu-

possuem uma longa vida útil - um milhão

nutenção. Em suma, haverá uma redução

gal pela Zeben.

elevare 49


Informação técnico-comercial

Conversores de frequência: a sua aplicação nos ascensores João Araújo Liftech, S.A.

A evolução tecnológica na área dos

Universal KEB é a solução ideal que pode

equipamentos de elevação permite

ser aplicado em qualquer elevador elétrico

que estes se tornem mais eficientes,

e em qualquer motor, obtendo-se uma pou-

seguros e confortáveis. Os conversores

pança até 50%.

de frequência têm um grande papel nesta evolução.

RECUPERAÇÃO DE ENERGIA No modo normal de funcionamento do ascensor, quando a cabina se movimenta

Particularmente, os conversores de fre-

Figura 1 Os kits VF Universal KEB da Liftech são a

no sentido mais favorável, o motor está a

quência KEB têm uma vasta gama de apli-

solução ideal para aplicação em elevadores que não

funcionar como gerador de energia. Essa

cações nos ascensores, como o controlo de

tenham VVVF, melhorando o seu desempenho.

energia costuma ser dissipada no conver-

motores em malha aberta e malha fechada com diversos tipos de encoders e sistema de posicionamento da cabina na caixa. Neste artigo vai-se abordar as vantagens da utilização dos conversores de frequência nos ascensores (tanto novos como modernizações), e as suas funcionalidades em regimes especiais de funcionamento. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Uma das maneiras de se modernizar um ascensor antigo é a aplicação de um conversor de frequência no quadro de comando existente. Assim, a utilização do kit VF

a)

Figura 2 Exemplo de energia consumida e gerada num ascensor com a cabina vazia.

b)

Figura 3 Modelos de aplicação do sistema regenerativo nos conversores de frequência.

50

elevare

c)


PUB

sor de frequência pela sua resistência de frenagem. Os novos modelos regenerativos permitem que a energia gerada pelo motor do ascensor seja reaproveitada. Assim, o conceito deste sistema será ligar o sistema regenerativo ao conversor de frequência a aproveitar a energia gerada para vários fins. Com estes modelos, tanto se consegue fornecer energia a um conversor de frequência e reaproveitar a energia gerada na frenagem para seu uso (Figura 3 a), como se pode substituir a resistência de frenagem pelo sistema regenerativo e reaproveitar para inserir na rede elétrica, ou abastecer outros equipamentos que consumam menos energia (Figura 3 b) e Figura 3 c). RESGATE AUTOMÁTICO No caso de falha da energia elétrica, quando o ascensor está em movimento com pessoas a utilizá-lo, existe sempre a necessidade do sistema de comando resgatar as pessoas que ficam encarceradas até ao piso que seja mais conveniente. Assim, com o auxílio de uma UPS com alimentação a 230 VAC, faz-se com que a cabina se movimente no sentido mais favorável. O conversor de frequência pode fazê-lo de duas formas: >>

Controlo de binário e consumo de corrente: o conversor de frequência no momento de abertura do travão analisa o consumo de corrente elétrica e o binário necessário para o movimento. Em função disso movimenta-se no sentido que consuma menos.

>>

Controlo por sensor de carga: através da informação fornecida pelo sensor de carga, o conversor de frequência consegue imediatamente saber o sentido que se deve deslocar para fazer o resgate.

CONTROLO DE MÁQUINAS SÍNCRONAS DE ÍMANES PERMANENTES No que diz respeito aos ascensores novos, sendo o modelo MRL mais habitual hoje em dia, as máquinas síncronas de ímanes permanentes têm sido as mais usadas neste tipo de

Figura 4 Caraterística no momento de arranque nas máquinas síncronas de ímanes permanentes.


Informação técnico-comercial aplicações. Neste caso, como só pode funcionar em malha fechada, é necessário que exista um controlo preciso do binário e da corrente injetada no momento do arranque por parte do conversor de frequência, para a compensação do rollback, após a abertura do travão. Com o auxílio de um encoder acoplado no veio do motor, o conversor de frequência faz o controlo da velocidade, comparando o valor lido com as rpm do motor. Se essa comparação não for coerente o conversor vai entrar em estado de erro, havendo alFigura 5 Comparação da velocidade atual e velocidade definida.

gum problema com o movimento da cabina.

«Uma das maneiras de se modernizar um ascensor antigo é a aplicação de um conversor de frequência no quadro de comando existente.»

O desempenho da viagem pode ser feito através dos controlos de acelerações, desacelerações e jerks, mas também com os ganhos de potência (Kp) e controlo (Ki) do controlador PID do conversor de frequência. Desta forma consegue-se controlar Figura 6

a transferência de carga do conversor de frequência - motor nas várias fases do movimento do ascensor. CONVERSORES DE FREQUÊNCIA SEM CONTACTORES PARA O MOTOR De forma a tornar o sistema mais compacto em aplicações de malha aberta, já existem conversores de frequência em que não é necessário contactores externos para o motor. Para além das funcionalidades que um conversor de frequência convencional aplicado em ascensores possui, este consegue internamente fornecer ou retirar (imediatamente se for o caso) corrente ao motor, juntamente com a série de seguranças do sistema através dos seus contactores internos. Esta será uma solução particularmente interessante para os ascensores, principalmente em motores de potências

Figura 7 Conversor de frequência com contactores internos.

52

elevare

mais elevadas.


Entrevista

"Ainda há um longo caminho a trilhar" Por Helena Paulino

Feliciano Maia, responsável na área dos

questão não se refere apenas aquela que é

equipamentos de elevação da DGEG,

da responsabilidade da DGEG, mas também

contou à ELEVARE quais as dificuldades

à legislação publicada por outros organis-

que sentiu nestas funções e na

mos públicos que o técnico deve ter conhe-

implementação da legislação disponível

cimento para poder executar com qualidade

a todos através do website da instituição.

e exatidão o seu trabalho. Não existiam qua-

O futuro do setor dos elevadores e o

dros técnicos para dar formação na parte

desenvolvimento do mesmo em Portugal

prática dos equipamentos de elevação e,

foram outros pontos focados.

no meu entender, este conhecimento era importantíssimo, uma vez que um técnico não pode apenas dar esclarecimento nem

Revista ELEVARE (RE): Sendo Eng.º Químico

responder às reclamações suportando-se

quais as maiores dificuldades que encontrou

apenas na letra da lei.

quando assumiu as funções de responsável

Entidades Inspetoras (E.I) reconhecidas pela DGEG. Este grupo de trabalho teve a respon-

pelos elevadores na DGEG?

Por tudo isto tive um trabalho bastante di-

sabilidade de, em conjunto com a DGEG, ela-

Feliciano Maia (FM): O facto de ser licencia-

fícil para proceder à restruturação de raiz

borar documentos como:

do em Engenharia Química Industrial não me

deste setor, mas com a colaboração de pes-

>>

criou qualquer dificuldade no desempenho

soas que pertenciam à Comissão Técnica 63

las a serem aplicadas pelas Entidades

das minhas funções como responsável na

e que tinham largos conhecimento na área

Inspetoras, criando-se assim, critérios

área dos equipamentos de elevação (ascen-

dos equipamentos de elevação, foi-me pos-

uniformizados dos quais resultou o

sores, monta-cargas, escadas mecânicas

sível organizar um sistema no qual o acer-

agrupamento das deficiências encontra-

e tapetes rolantes). Devo salientar que já

vo legislativo se encontrava compilado, e a

das das inspeções periódicas, em três

tinha desempenhado funções durante al-

aquisição de formação prática foi efetuada.

classes (C1, C2 e C3). Deste documento

guns anos como examinador de Patentes na

No que se refere à legislação encontra-se

fazem parte as listas de cláusulas re-

área de mecânica no INPI, e na DGEG já tinha

disponível na página eletrónica da DGEG o

ferentes aos elevadores instalados ao

desempenhado funções no planeamento,

arquivo do setor dos elevadores, que ainda

abrigo de legislações referentes desde

mais concretamente, no acompanhamento

hoje funciona, e pode ser consultado por

1936 até à publicação do Decreto-Lei

dos preços dos combustíveis. Todas estas

qualquer pessoa mesmo que nada entenda

295/98, de 22 de setembro, tendo re-

funções são áreas diferentes das da minha

de aparelhos de elevação.

solvido em grande parte os problemas

licenciatura.

Orientações para a aplicação de cláusu-

que até então existiam na realização de inspeções periódicas.

As principais dificuldades que encontrei no

RE: O que mais o marcou no trabalho que

desempenho das funções em questão foi

desenvolveu relativamente aos elevadores?

encontram publicadas na página da

exatamente o facto de não haver uma es-

FM: Criar as condições necessárias para que

DGEG. Estes circulares vieram imple-

trutura montada e de ter começado prati-

todos os intervenientes do setor pudessem

mentar um conjunto de critérios rígidos

camente do zero naquilo que diz respeito à

colocar as suas dúvidas e, ao mesmo tem-

a serem cumpridos pelas Empresas de

organização do setor. Quando cheguei à Dire-

po, apresentar soluções para a resolução

Manutenção e pelas Entidades Inspeto-

ção de Serviços de Eletricidade em novem-

das mesmas. Foi neste âmbito que foi criado

ras, e vieram colocar alguma estabilida-

bro de 2004 não existia uma compilação da

um grupo de trabalho designado “OBSERVA-

de no setor, nomeadamente em ascen-

legislação referente aos equipamentos de

TÓRIO” do qual faziam parte representantes

sores instalados ao abrigo da Diretiva

elevação. De salientar que a legislação em

das associações ANIEER e AIECE e todas as

Ascensores n.° 95/16/CE.

>>

Um conjunto de oito circulares que se

elevare 53


Entrevista de avaliação que passou a constar de uma

em dois elevadores e outra cobrar cerca

prova escrita sobre a legislação do setor

de 400€ para realizar o mesmo trabalho?

dos equipamentos de elevação com acesso

As empresas de manutenção que exerçam

à consulta de toda a documentação que o

a atividade nestas circunstâncias deve ser-

candidato entendesse ser necessária e uma

lhe retirado o reconhecimento, não poden-

prova prática na qual o candidato era sujeito

do exercer a sua atividade. As situações

a uma avaliação rigorosa.

atrás mencionadas devem ser aplicadas a todas as empresas, quer tenham apenas

Esta inovação teve o apoio de todos os co-

uma carteira com dez clientes ou uma car-

legas das Direções Regionais do Ministério

teira com 30 000 clientes.

da Economia que me acompanhavam nessas avaliações, e onde se apurou haver uma

Foi este o trabalho que não consegui reali-

maior rigidez e seleção, com o chumbo de

zar porque me aposentei, caso contrário ele

cerca de 70% dos candidatos por não con-

ia decerto ser feito.

seguirem demonstrar conhecimentos mínimos para o exercício da atividade a que se

“criada uma Base de Dados a nível nacional”

candidataram. RE: Ou vice-versa? O que ficou por fazer?

RE: Como vê e quais as suas expetativas

O conhecimento que adquiri na vertente

FM: Uma fiscalização rigorosa ao desempe-

para o futuro do setor dos elevadores em

prática, com a colaboração de Empresas e

nho das atividades exercidas pelas empresas

Portugal?

pessoas ligadas ao setor, com um vasto co-

de manutenção e entidades inspetoras e agir

FM: Com algum pessimismo porque exis-

nhecimento na área dos equipamentos de

em conformidade com a falta de profissio-

tem interesses económicos muito eleva-

elevação foi essencial para o desempenho,

nalismo que existe e que é de conhecimento

dos, e falta uma cultura de bem servir o

com qualidade e profissionalismo, do meu

de todos, por falta de técnicos na fiscaliza-

cliente, tanto do lado das empresas de ma-

trabalho. Com os conhecimentos até en-

ção. Não posso aceitar que, por exemplo, um

nutenção como das entidades inspetoras.

tão adquiridos senti-me seguro para poder

inspetor realize 16 ou mais inspeções perió-

responder aos diversos pedidos de escla-

dicas num dia de trabalho.

Relativamente ao setor público responsável por fazer cumprir a legislação do setor

recimento/reclamações, uma vez que eram suportados, não apenas na legislação mas

Os proprietários pagam a sua taxa para a

não existe, neste momento, técnicos su-

também por conhecimentos técnicos/ prá-

realização de uma inspeção aos seus equi-

periores suficientes e com conhecimentos

ticos.

pamentos para se certificarem que os

adequados para poderem dar uma respos-

mesmos se encontram em condições de

ta eficaz que se exige.

Nos últimos três anos em que desempenhei

segurança para transportar pessoas e bens,

as funções acima citadas, desloquei-me por

e um inspetor que realiza o número de ins-

várias vezes, às instalações antes de propor

peções atrás mencionadas não faz qualquer

RE: Ainda há muito a fazer para desenvol-

qualquer decisão que pudesse prejudicar o

inspeção, a não ser visual. Uma entidade ins-

ver o setor de uma forma segura e fiável?

proprietário ou a empresa que fazia a manu-

petora que opere nestas circunstâncias deve

FM: Ainda há um longo caminho a trilhar.

tenção do equipamento.

ser-lhe retirado o reconhecimento, não po-

Sem me alongar muito nesta matéria

dendo desta forma exercer aquela atividade.

penso que deve ser criada uma Base de Dados a nível nacional, que seja de fácil

RE: Arrepende-se de ter feito algo que não

Relativamente às empresas de manuten-

preenchimento quer pelas empresas de

o faria hoje?

ção, o caso também é considerado bastante

manutenção, quer pelas entidades inspe-

FM: Não!!! Penso que criei alguma estabilida-

grave passando por sabotagem dos equi-

toras. Esta Base de Dados deve conter o

de no setor. As empresas de manutenção e

pamentos, em muitos casos para obrigar o

historial/ADN de cada equipamento, desde

entidades inspetoras começaram a ter ati-

proprietário a cumprir o pagamento da men-

a sua instalação até à sua última inspeção

tudes mais positivas relativamente às deci-

salidade e noutros casos apenas para reali-

periódica. Para facilitar o acesso a um de-

sões tomadas pela DGEG. Os proprietários

zarem verbas para cumprirem os objetivos

terminado equipamento deve constar um

passaram a contactar com mais frequência

propostos pela empresa. Realização de tra-

número de cadastro, o qual deve ser atri-

a DGEG, pois sabiam que teriam sempre um

balhos que não são necessários e muitas das

buído de acordo com a data da instalação

esclarecimento ou resposta por escrito. Ao

vezes com preços exorbitantes dos quais os

do equipamento. Sem esta ferramenta

nível do reconhecimento de candidatos para

proprietários não têm conhecimento.

não é possível avançar no setor, pois não existe a informação necessária e penso

exercer a atividade de Técnico Responsável pela manutenção de empresas de manuten-

Na questão dos preços dou apenas um

que a curto prazo esta será fundamental

ção, Inspetor e Diretor Técnico de entidades

exemplo: como é possível uma empresa

para as entidades inspetoras. Deve ser

inspetoras, motivei a criação de um sistema

cobrar cerca de 1600€ para encurtar cabos

recuperada a credibilidade do setor uma

54

elevare


PUB

vez que, de acordo com o exposto anteriormente, é claro que o cidadão não confia nos intervenientes (empresas de manutenção/entidades inspetoras).

RE: A legislação atual responde a todas as necessidades do setor? FM: Não. É urgente a publicação do Decreto-Lei que vai alterar o atual Decreto-Lei n.˚ 320/2002. A proposta de alteração ao citado Decreto-Lei encontra-se em processo legislativo há mais de um ano, não se sabendo quando ocorrerá a sua publicação. O atual Decreto-Lei está totalmente desatualizado, não servindo o setor (empresas de manutenção, entidades inspetoras e principalmente os proprietários). Na minha opinião não faz qualquer sentido ter-se publicado apenas a Lei 65/2013 de 27 de agosto, que aprova apenas os requisitos de acesso e exercício da atividade das empresas de manutenção de instalações de elevação e entidades inspetoras de instalações de elevação, bem como dos seus profissionais. Sobre esta matéria não vou comentar mais nada porque, como disse, encontra-se em processo legislativo.

RE: Quais os principais entraves para o desenvolvimento deste setor no mercado português? FM: Interesses meramente económicos uma vez que nas empresas de manutenção, a carteira de cerca de 60% de clientes de manutenção dos equipamentos de elevação está na posse de 4 ou 5 empresas. Com a publicação do novo Decreto-Lei esta situação vai deixar de existir, por razões, como é óbvio, que não posso esclarecer os motivos que vão levar a esta situação, uma vez que a alteração ao Decreto-Lei n.° 320/2002 se encontra, como já referido, em processo legislativo. O mesmo acontece com as entidades inspetoras que concorrem aos concursos das câmaras municipais com preços abaixo de 20€. Com este preço é impossível realizar um trabalho credível, e por isso espero que a publicação da nova legislação traga a resolução para esta situação. Após a resposta às perguntas que me foram enviadas para publicação na Revista ELEVARE, não quero terminar sem deixar uma opinião meramente pessoal. Penso que todo o setor ligado aos equipamentos de elevação deviam estar centralizados numa única Direção-Geral (D.G), não fazendo qualquer sentido que uma D.G seja responsável pela Diretiva Máquinas (apenas pela instalação dos seus equipamentos) e outra D.G. seja responsável pela Diretiva Ascensores (instalação de ascensores) e, simultaneamente, pela fiscalização destes equipamentos e provavelmente, a curto prazo, pela inspeção periódica de todos os equipamentos referentes às duas Diretivas. Isto já para não falar da legislação transversal como, por exemplo, o DecretoLei n.° 163/2006, de 8 de agosto e um conjunto de legislação “importante para o setor” que nada tem a ver com aquelas duas Direções Gerais.


Entrevista

“uma equipa que está a trabalhar e a inovar a cada dia para facilitar a vida aos nossos clientes” Por Helena Paulino

Victor Valdivia, Diretor Comercial para

Europeias. O que pedimos aos nossos clien-

Portugal da Nayar Systems apresenta a

tes é uma lista em Excel com um número de

empresa e as marcas com que trabalha,

telefone e uma referência interna, tão fácil

e a importância dada às inovações.

quanto isso!

A entrada em Portugal da Nayar Systems é a grande novidade e há boas

Depois de registados todos os telefonemas,

expetativas relativamente à resposta do

entramos posteriormente em contacto com

mercado portugués.

todos os dispositivos e damos a ordem de realizar chamadas a cada 72 horas, gravando essas mesmas chamadas, e infor-

RE (Revista ELEVARE): Como apresenta ao

mando diariamente o estado do telefone

preender a situação e as necessidades de

mercado português a Nayar Systems?

para resolver quaisquer problemas o mais

cada país.

Victor Valdivia (VV): A Nayar Systems é es-

rápido possível. Desta forma assumimos

pecialista em engenharia de telecomunica-

quaisquer problemas que poderiam ser ge-

RE: Ou seja, para além de Portugal traba-

ções M2M (Machine-To-Machine), com sede

rados por uma possível falha existente. Esta

lham noutros mercados internacionais?

em Castellón em Espanha. Como empresa-

comunicação “Máquina-a-Máquina” é possí-

VV: Estamos a preparar o salto para o mer-

-mãe tem três marcas: 72horas, Adverti-

vel graças a linguagem M2CC, inteiramente

cado norte-americano através de empresas

sim e Netformachines.

desenvolvida pelos nossos engenheiros na

do setor localizadas nos Estados Unidos,

sede da Nayar Systems, e que permite pro-

esperando garantir os nossos serviços na

RE: Como carateriza a Nayar Systems?

gramar qualquer dispositivo de telefone, in-

totalidade a meados de 2015.

VV: Graças à nossa marca 72 horas e no âm-

dependentemente da marca à qual pertence.

bito da missão “Conectar as pessoas com as

RE: Oferecem outras soluções igualmen-

suas máquinas”, surgimos no mercado euro-

RE: Qual é a experiência de Nayar Syste-

te inovadoras na indústria do elevador?

peu como uma empresa de referência em

ms em Espanha?

VV:

VV: Uma situação de liderança garantida

Eco Test onde mais uma vez mostramos que

marca surgiu em 2007, apresentando uma

com a plena confiança que todos os nossos

estamos num constante processo de inova-

solução para os problemas causados pela

clientes depositam na nossa equipa. Uma

ção. Este é um serviço com o qual automati-

Norma Europeia EN 81-28 em mais de 200

equipa que está a trabalhar e a inovar a cada

zamos chamadas que os operadores fazem

clientes em Espanha. Atualmente podemos

dia para facilitar a vida aos nossos clientes.

mensalmente para verificar microfones e

comunicações no setor da elevação. Esta

dizer, com orgulho, que todos os nossos

Em

2012,

criámos

o

serviço

altifalantes.. Com este serviço inovador, os

clientes estão protegidos pela plataforma

RE: Porque resolveram entrar no mercado

nossos clientes já não têm de responder a

universal 72horas, e assim são líderes em

português?

milhares de chamadas que lhes fazem per-

segurança e estão de acordo com a Norma.

VV: Depois de um acordo global com tel-

der tempo, podendo dedicar o mesmo ao

cos decidiu-se extrapolar o nosso serviço

que realmente é importante. O lançamento

RE: Como aplicam a Norma EN 81-28 e fazem

para mais de 130 países. Graças à situação

mais recente apresentado em 2013, na Feira

com que a mesma seja cumprida?

geográfica de alguns países como Portugal,

Internacional Interlift, foi a marca Advert-

VV: Com a plataforma eletrónica 72horas,

França e Itália, estes foram os países onde

sim. O primeiro dispositivo com o qual pode

que foi exatamente criada para gravar as

tivemos de começar a nossa política de in-

comunicar com as cabinas para a explora-

chamadas de todos os elevadores insta-

ternacionalização. Uma internacionalização

ção de publicidade, uma vez que o setor da

lados depois de 2005 e que, por isso, de-

que graças ao constante investimento em

elevação é o que mais viajantes move anu-

vem funcionar de acordo com as Normas

feiras de todo o mundo nos permitiu com-

almente.

56

elevare


PUB


Case Study

Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação Parte II Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei

Nesta 2.a Parte do artigo pretendo focar ou-

n.˚ 320/2002, a competência de gestão

tros aspetos a ter em conta que têm uma

do pedido da inspeção/reinspeção por

e controlo das inspeções transferiu-

forte componente no modelo de gestão das

parte da Administração de Condomínio

-se para as Câmaras Municipais. Este

inspeções e reinspeções realizadas.

ou EMIE e a data da realização propria-

>>

artigo pretende levantar questões pertinentes e apontar caminhos para

mente dita? GESTÃO PARA A QUALIDADE

uma gestão e controlo eficaz das

A certificação da Qualidade é cada vez mais

inspeções periódicas aos equipamentos

encarada como um objetivo estratégico de

de elevação.

uma Organização. A satisfação dos Cidadãos/

Na última edição da presente revista tive a

Quantos dias passam entre o momento

>>

Executam-se inspeções urgentes? Quantos dias passam entre o pedido e a realização propriamente dita?

>>

Executam-se selagens? Quantos dias

Munícipes é o principal objetivo a atingir com

passam após a notificação à administra-

todo o processo de certificação de qualidade.

ção e a selagem executada?

oportunidade de abordar, em linhas gerais, o modelo de gestão aplicado em alguns

E porque não implementar a Certificação da

Como é do conhecimento dos vários inter-

municípios nacionais com vista a um eficaz

Qualidade ao nível das inspeções, reinspeção

venientes nesta área, incluindo as Empre-

controlo e gestão de todas as intervenções

e selagens?

sas de Manutenção e as Entidade Inspeto-

executadas nos equipamentos de elevação,

ras, nem todos os Municípios executam a

no âmbito do Decreto-Lei n.° 320/2002 re-

Para que se possa iniciar o processo de Certi-

realização das inspeções e reinspeções nos

lacionadas com as competências das Câ-

ficação da Qualidade o gestor deverá levan-

prazos mínimos exigidos pelo Decreto-Lei

maras Municipais.

tar algumas questões:

n.° 320/2002. Esta variação de execução temporal de município para município podia pensar-se que estaria relacionada com a dimensão do parque de equipamentos existentes e/ou do número de pedidos de inspeções efetuados pelos seus cidadãos. Ora, está provado que estes fatores não podem ser usados como motivo para o problema. Atualmente há municípios que dispõem de 7000 equipamentos e cumprem rigorosamente os prazos de execução (como, por exemplo em Sintra) e há outros municípios afetos à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo que, ao todo, dispõem de 1500 equipamentos e conseguem igualmente cumprir com os prazos. O problema está claramente no modelo de gestão adotado por esses Municípios que por diversos fatores não conseguem es-

© Zorana Godosev

58

elevare

tipular prazos aceitáveis para a realização das inspeções. Estas situações acarretam


Case Study alguns problemas, sendo o da seguran-

quantificar tempos e agilizar procedimen-

ça o maior de todos, uma vez que tem-se

tos para que seja possível atingir os indica-

verificado em algumas situações que os

dores estipulados para cada processo.

proprietários dos equipamentos solicitam a inspeção antes de terminar o prazo de

A implementação da certificação da qua-

validade e a mesma só será realizada mui-

lidade permite ao longo do ano verificar o

to para lá do prazo expirar.

cumprimento dos processos para atingir os indicadores, inicialmente propostos, com

Estas situações, para além de responsa-

vista à satisfação final dos nossos “clientes”.

bilizar o Município, em caso de acidente, transmitem à população um sentimento

O Município de Sintra é exemplo deste mo-

de passividade e de despreocupação sobre

delo de gestão. Desde 2008 que tem im-

o que foi solicitado pelo cidadão e que em

plementado o modelo de gestão que tenho

muitos casos é impotente em tentar agili-

vindo a abordar, sempre na busca de me-

zar a realização da inspeção atempada em

lhores soluções para tornar os processos

virtude do processo de gestão ser dema-

de inspeções, reinspeções e selagens ágeis

siado burocrático.

e eficazes em prol da segurança de todos

são criam condições para que o “setor”

os utilizadores dos equipamentos. O último

funcione, bem como estão a libertar admi-

O Decreto-Lei n.º 320/2002 sugere que a

passo dado nesse sentido foi a certificação

nistrativamente os serviços camarários da

inspeção seja solicitada 2 meses antes de

da qualidade nesta área, à qual a APCER –

burocracia interna com pedido de adiamen-

expirar a data de validade. O mesmo De-

Entidade Certificadora da Qualidade para o

to de obras.

creto indica que a inspeção deverá ser rea-

Município de Sintra tem dado um contributo

lizada num prazo de 60 dias após o pedido

muito importante.

efetuado pelo munícipe. E porque não são melhorados estes prazos?

© Kerem Yucel

Neste caso concreto é com alguma satisfação que verifico, nos contactos que

CONCLUSÃO

tenho efetuado por vários municípios, que

O modelo de gestão abordado nestas

começa haver uma abertura no alarga-

O modelo de gestão que tenho vindo a

duas edições tem como base o Decreto-

mento dos prazos.

explanar e aplicado em vários Municípios

-Lei 320/2002 com as devidas alterações

está virado para o verdadeiro serviço pú-

implementadas pelos Municípios, através

O FUTURO

blico onde a relação segurança/qualidade

de regulamentos municipais próprios, para

O setor das inspeções está em mudança.

é vista como um fator de sucesso e catali-

agilizar e corrigir pequenas “lacunas” verifi-

Os vários intervenientes têm noção que é

sador para a execução dos objetivos para

cadas no Decreto-Lei. Não podemos esque-

necessário haver mudanças por forma a

cada ano.

cer que este Decreto tem 12 anos de exis-

adaptar os procedimentos à realidade. É

tência e é nesta base que em determinadas

imperativo que não haja discrepâncias de

É aqui que entra a Gestão para a Qualidade.

situações há necessidade de “adaptá-lo” à

atuação entre municípios. É imperativo

Por que razão não executar as inspeções

realidade e às mudanças da sociedade, quer

que seja verificado o princípio de igualda-

normais solicitadas até ao prazo máximo

ao nível da tecnologia quer ao nível dos

de de tratamento das situações entre os

de 45 dias? Por que razão não controlar os

procedimentos administrativos aplicados

vários cidadãos nacionais. É imperativo

pedidos efetuados pelos munícipes no que

pelos vários agentes intervenientes.

que a gestão e controlo deste setor con-

concerne ao termino das validades e exe-

tinuem no âmbito das competências das

cutar as inspeções aos equipamentos que

Um dos exemplos a que me refiro é ao

Autarquias como entidades fiscalizadoras

expiram a validade em 1.° lugar? No que res-

prazo dado pelo Decreto-Lei 320/2002

e concretizadoras das inspeções. É impe-

peita às inspeções urgentes, por que não

para a Administração de Condomínio so-

rativo que haja mais partilha de experiên-

realizá-las até um prazo máximo de 15 dias

licitar uma reinspeção: um prazo de 30

cias entre os vários municípios em prol da

a contar da data do pedido do munícipe? E

dias. Como é sabido, atualmente, em caso

segurança dos utentes dos equipamen-

nas selagens de equipamentos, porque não

de necessidade de obras avultadas, as

tos. É imperativo valorizar os municípios

executar a mesma até um prazo máximo

Administrações vêm-se na obrigação de

que trabalham afincadamente sobre esta

de 10 dias a contar da última notificação à

convocar uma reunião de condóminos e a

matéria sendo exemplos de adopção des-

Administração de Condomínio?

mesma nunca será marcada em tempo útil

tas medidas para outros municípios “me-

para adjudicação dos trabalhos às EMIEs,

nos” qualificados.

Através da certificação de qualidade nesta

respeitando o prazo do referido Decreto.

área torna-se possível verificar através do

Só desta forma o setor se manterá vivo,

fluxograma de um determinado processo

São exemplos destes que os gestores de

(inspeção, reinspeção ou selagem) quais os

decisão dos Municípios devem analisar e

passos em que há necessidade de melho-

tomar medidas por forma a facilitar e agi-

Sobre as mudanças que devem ser imple-

rias ao nível da burocracia administrativa,

lizar os procedimentos. Desta forma não

mentadas falarei na próxima edição…

saudável, eficaz, dinâmico e funcional

elevare 59


Figuras

Resumo biográfico de José Pirralha La Salette Silva

Engenheiro José Pirralha Presidente da Direção da ANIEER e

Curso de Eletrotecnia e Máquinas do Instituto Industrial de Lisboa.

Diretor Técnico da ThyssenKrupp Elevadores.

O seu percurso académico caraterístico, do antes do 25 de abril, em áreas como a Economia, Engenharia, Belas Artes e outros…

Esta pequena introdução, relacionada com

podia realizar-se, por duas vias, onde numa

a Origem Territorial e não só … em minha

delas, o contacto e manuseamento com as

opinião, é algo significativo, enquanto dado

matérias e instrumentos técnicos era es-

indicador de determinadas particulares da

senciais. Preparava, celeremente, melhor

personalidade de uma pessoa, e como dizia

do que os outros alunos, em determinadas

Ortega Y Gasset “Eu sou eu e a minha circuns-

áreas do Conhecimento – a Teoria e Prática

tância…” e serve para caraterizar o profissio-

andavam de mãos dadas.

José Pirralha

nal e a pessoa humana sobre quem estou a escrever.

Começou a trabalhar, como faziam muitos

Esta aprendizagem esteve ligada a vari-

jovens dessa época, dando aulas.

áveis como o estatuto da empresa, a sua penetração no mercado – onde havia uma

O Eng.˚ José Pirralha licenciou-se em 1976 em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto

Todavia, o início da sua atividade profissional

carteira de clientes fiéis - as dificuldades

Superior Técnico (TÉCNICO). Até entrar no

no setor dos elevadores, foi em 1982 como

financeiras e os escassos recursos huma-

ensino superior concluiu o Curso de Forma-

responsável de Engenharia na Fortis Eleva-

nos, todos foram determinantes na inocu-

ção de Serralheiro e a Secção Preparatória

dores, empresa que se revelou como uma

lação do vírus “elevadores”.

no Instituto Industrial em Santarém. Fez o

verdadeira escola de vida. Esta vivência diária foi essencial para o possível entendimento da superação de dificuldades, com exigência, determinação, acreditando no trabalho, na organização e na gestão parcimoniosa e rigorosa de recursos. Contudo nem sempre o esforço é devidamente recompensado e fruto das dificuldades de mercado e das consequentes dificuldades financeiras esta empresa viria a ser vendida, em 1993, à Thyssen. Uma nova etapa na vida profissional do Eng.˚ Pirralha, não menos importante do que a primeira, inicia-se na Thyssen Elevatec, mais tarde Thyssenkrupp. Esta caminhada, marcada por desafios diferentes, mas não menos interessantes. Desde logo o desafio da integração da Fortis na cultura de laboração de uma em-

60

elevare


PUB

presa multinacional. A necessidade de conquistar posição no mercado, a transferência do produto e a adoção de novos componentes. Foram vários os cargos na Thyssenkrupp: Diretor Técnico; Responsável pela implementação do Sistema Integrado e respetiva Certificação: Qualidade Ambiente e Segurança. Desde 2013 encontra-se a trabalhar na Thyssenkrupp Elevadores – South Europe, África and Midle East -SEAME/Madrid. Enquanto Engenheiro são-lhe reconhecidos, quer nacional quer internacionalmente, conhecimentos técnicos e valores humanos, que o situam como um exemplo a seguir e como pessoa a quem todos recorrem, para qualquer tipo de esclarecimento, façam ou não parte da ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes. Esta colaboração mantém-se há mais de 20 anos. Os 10 últimos como membro da Direção, sendo eleito Presidente em 2011. Para lá do seu empenhamento em prol do associativismo no Setor, o Eng.° José Pirralha é ainda: >>

É Membro da Comissão Técnica CT 63 desde 1993 e Presidente CT 63 Elevadores, monta-cargas e escadas e tapetes rolantes.

>>

É Representante da ANIEER junto da ELA - European Lift Association.

>>

É Membro dos Comités Técnicos da ELA: >>

QSEE: Quality, Safety , Environment and Education,

>>

C&S: Codes & Standards.

Além disso: >>

É Membro dos grupos de trabalho de CEN/TC10 – Ascensores, Escadas e Tapetes Rolantes: >>

WG 01: Ascensores e Ascensores de serviço,

>>

WG 10: Melhoria da segurança dos ascensores existentes (SNEL).

Este Engenheiro que é um “Senhor”, acredita nos valores da família, do trabalho, da responsabilidade, da solidariedade, da ética e da honestidade. No papel primordial do associativismo, seja em termos culturais, sociais ou no caso empresariais. Ao longo da sua carreira, foi responsável por mais de 20 000 projetos de elevadores merecendo destaque, entre outros, os seguintes: Hotel Quinta do Lago – Algarve; Torre Vasco da Gama; Gare do Oriente; Casa da Música – Porto; Aeroportos de Lisboa, Porto e Funchal; Hospital de Santa Maria – Lisboa e S. João – Porto; Torres Atlântico – Luanda Angola; e outros. Para além de tudo isto, aos 63 anos, casado, com 2 filhos e duas netas, benfiquista de coração, ainda encontra tempo de qualidade (KAIROS) para dedicar à sua família, aos amigos, e a todos quanto a ele recorrem.


Ascensores com história

O Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira O elevador panorâmico mais elevado de Portugal António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)

O elevador panorâmico da Fajã dos

Foi construído pela EFACEC - ELEVADO-

A casa das máquinas situa-se num pequeno

Padres está situado na freguesia da

RES em 1997. Está equipado com todos

edifício, situado na face superior da falésia e

Quinta Grande, no concelho de Câmara

os sistemas de um elevador tradicional,

os cabos de suspensão passam pelas rodas

de Lobos. A entrada para a estação

tendo no entanto a particularidade de não

de desvio apoiadas numa estrutura metáli-

superior deste aparelho é efetuada

possuir cabo de manobra (ligação elétri-

ca de grande porte localizada no bordo da

através da Estrada Padre António

ca entre a cabina e a casa das máquinas).

falésia. O acesso dos passageiros à estação

Henriques Dinis.

Este cabo é substituído por um sistema de

superior do elevador é efetuado por vários

comunicação, via rádio, entre os dois pon-

lanços de escadas, vencendo um desnível

Este aparelho é o único acesso por terra

tos mencionados, com alimentação por

de cerca de três dezenas de metros (esta

ao complexo agrícola e turístico da Fajã

baterias,

automaticamente

particularidade deve-se às difíceis condi-

dos Padres, junto ao mar, dotada de uma

nos dois pontos de paragem, que também

ções de topografia do terreno, que não foi

bela praia e de um conceituado restauran-

asseguram a iluminação e o comando da

possível ultrapassar).

te. Localizado na escarpa, ao lado do Cabo

porta automática. Tal como os elevadores

Girão, este Elevador panorâmico goza de

tradicionais, dispõe de um contrapeso di-

A via do elevador e a escada de emergência

uma paisagem deslumbrante, efetuando

mensionado para minimizar o consumo

são apoiadas numa estrutura metálica qua-

uma vertiginosa viagem com um desnível

de energia. A cabina é dotada de janelas

se vertical, cravada no enorme rochedo.

de 254 m, facilitando imenso o acesso dos

panorâmicas e tem uma capacidade de

Nessa estrutura está apoiada uma conduta

turistas a esta Fajã.

16 passageiros.

forçada que é bem visível nas fotos. A sua

carregadas

função era conduzir a água para a Central Hidroelétrica da Fajã dos Padres. Neste momento esta Central está desativada por terem sido desviadas as afluências para outro aproveitamento. A construção deste elevador panorâmico e inclinado, único em Portugal, obrigou a resolver uma série de complexos problemas técnicos, tais como o elevado curso (quase da altura da Torre Eiffel em Paris), a montagem exterior em ambiente marinho, altamente corrosivo, a resistência ao vento, a impossibilidade de montagem de cabo de manobra, (cuja solução já foi explicada em parágrafo anterior). Por todas estas razões a cabina foi cons© Eng. Mario Jardim Fernandes

62

elevare

truída em aço inoxidável, com o teto exterior inclinado e com um alçapão no teto,


Ascensores com história Refira-se no entanto que ainda está em serviço um antigo elevador de carga, ao lado deste elevador panorâmico, com capacidade para 300 kg, apoiado em cabos de aço suspensos e construído em 1984. Atualmente, a Fajã dos Padres é uma pequena estância turística que inclui um conceituado restaurante, excelentes condições para fazer praia e para a prática de pesca, casas de turismo de habitação para estadias de curta duração. Para além da cultura do vinho, esta zona conta com condições climáticas excelentes para o cultivo de papaia, manga, abacate, banana e outras frutas exóticas como a goiaba, a pitanga, o araçal e o maracujá.

FICHA DA INSTALAÇÃO Localização – Fajã dos Padres, Quinta Grande, Câmara de Lobos, Ilha da Madeira Entrada em serviço – 1997 Atual Entidade proprietária – Sociedade Agrícola da Fajã dos Padres Empreiteiro – EFACEC - ELEVADORES Fornecedor – EFACEC - ELEVADORES Curso – 254 m Desnível – 250 m Inclinação media – 98% Cap. cabina – 16 passageiros/1200 kg © Eng. Antonio Garrido

Peso estimado da cabina – 2200 kg Sistema de tração – motor elétrico

de modo a facilitar o eventual resgate de

O nome da Fajã deve-se ao facto de ter

assíncrono trifásico de 45 kW, ali-

passageiros em caso de avaria ou acidente.

pertencido aos Padres da Companhia de

mentado por um conversor eletró-

Jesus, durante mais de 150 anos (preci-

nico de variação de frequência aco-

São cerca de 250 metros de desnível,

samente entre 1595 e 1759). Na sua per-

plado a um redutor de velocidade. Suspensão – 8 cabos de 15 mm de di-

vencidos em 4 minutos de viagem, acom-

manência na Fajã dos Padres, os Jesuítas

panhando a encosta da enorme falésia do

deixaram um marco notório, dos quais se

Cabo Girão até à Fajã dos Padres. O eleva-

destaca a introdução da casta malvasia,

Velocidade – 1,0 m/s

dor possui janelas panorâmicas que permi-

um dos vinhos mais apreciados da Ilha da

Tempo de viagem – cerca de 5 minutos

tem apreciar cada momento da descida: a

Madeira.

âmetro

costa sul da Ilha da Madeira até à Ponta do Sol, a pequena baía da Fajã ou simplesmen-

Antes da construção deste elevador o

O Autor agradece ao Eng.º Mário Jardim

te o mar, até onde a vista alcança.

acesso de pessoas só era possível por via

Fernandes (Diretor da Sociedade Agrícola

marítima ajudado por um pequeno cais de

da Fajã dos Padres) a revisão do texto e a

A Fajã dos Padres situa-se na costa sul da

acostagem. Atualmente diversas empre-

cedência de imagens e também ao Eng.º An-

ilha da Madeira, próximo do famoso preci-

sas turísticas promovem viagens até à Fajã

tónio Garrido (Diretor da Liftech), a cedência

pício do Cabo Girão, com 589 m de altura,

dos Padres, entre as quais a embarcação

de imagens.

o maior da Europa e o segundo mais alto

“Malvasia - Fajã dos Padres” que transporta

do mundo. Fajã significa “um terreno plano,

10 passageiros e faz ligações para o porto

Ver também no livro Funiculares e Teleféricos

cultivável, de pequena extensão, situado à

vizinho de Câmara de Lobos. Atualmente a

de Portugal, de Alberto Fonseca, António Vas-

beira-mar, formado de materiais desprendi-

Fajã dispõe ainda de um heliporto, que per-

concelos e Francisco Alba, nas páginas 106/107,

dos da encosta”

mite o acesso por via aérea.

uma referência a este elevador

elevare 63


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Bibliografia

ELEVADORES: PRINCIPIOS E INNOVACIONES Conteúdo: Atualmente, qualquer edifício está condicionado pela existência de elementos como elevadores, empilhadoras, escadas rolantes e plataformas. É, desta forma, notória a importância que o transporte vertical assume nos nossos dias. Podemos encontrar, sem dúvida, algumas obras clássicas sobre 43,91 € −10% 39,52 € Autor: Antonio Miravete de Marco, Emilio Larrodé Pellicer ISBN: 9788429180121 Editora: REVERTÉ Número de Páginas: 480 Edição: 2008 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

este tema. Algumas focam-se no funcionamento dos dispositivos mas fazem-no apenas citando os seus componentes mecânicos, enquanto outras se especializam nos cálculos sendo, porém, incompletas quando se fala do projeto ou das normativas. Neste livro os autores desenvolvem aspetos relacionados com o cálculo e o projeto dos elementos que compõem cada elevador, explicando o funcionamento dos mecanismos, com destaque para as Normas vigentes, abordando diversos pontos de vista, como a segurança, o funcionamento e as dimensões. Esta edição apresenta numerosos problemas e exemplos práticos que mostram, de forma simples e acessível, o desenvolvimento dos cálculos associados a cada um dos aspetos do projeto e funcionamento dos elevadores. Índice: Prólogo. Introducción. Ascensores y montacargas. Escaleras mecánicas y andenes móviles. Introducción al tráfico vertical. Bibliografía.

ANÁLISIS DE MECANISMOS PLANOS: TEORÍA Y PROBLEMAS Conteúdo: Tanto o estilo como o conteúdo desta obra são o resultado de muitos anos de experiência em docência universitária e investigação dos autores. Análisis de Mecanismos foi uma obra escrita a pensar nos estudantes de Engenharia Mecânica, tanto da licenciatura como da pós-graduação e mestrado. Aqui 20 € −10% 18 €

Autor: ENRIQUE SANMIGUEL ROJAS, MANUEL HIDALGO MARTÍNEZ ISBN: 9788428334419 Editora: PARANINFO Número de Páginas: 276 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

se desenvolvem métodos analíticos e numéricos para a resolução de problemas de análise cinemática e dinâmica de mecanismos. Além disso são expostos os fundamentos físicos da análise de mecanismos como a Cinemática e Dinâmica de corpo rígido ou a Mecânica Analítica. Todos os capítulos são compostos por uma parte teórica, desenvolvida com rigor analítico, e por uma amostra de problemas resolvidos. Para a abordagem dos diferentes problemas são utilizados o método de Newton-Raphson para a resolução de sistemas de equações não lineares; o conceito de variável de estado para a redução da ordem das equações diferenciais; e ainda o método Runge-Kutta para integrar numericamente as equações diferenciais que orientam o movimento do mecanismo. Índice: Cinemática. Análisis cinemático de mecanismos. Dinámica. Mecánica analítica. Análisis dinámico de mecanismos. Bibliografía.

ELEMENTOS DE MÁQUINAS DE SHIGLEY – 8.ª EDIÇÃO Conteúdo: Oitava edição no sistema internacional de medidas de um livro que é uma referência no mercado. Mantém a abordagem básica que fez desta obra uma referência essencial no estudo do projeto de máquinas há cerca de quarenta anos. 89,90 € −10% 80,91 €

Índice: Parte 1 – Fundamentos: Introdução ao projeto de engenharia mecânica. Materiais. Análise de cargas e tensões. Deflexão e rigidez. Parte 2 - Prevenção de falhas: Falhas resultantes de carregamento estático. Falha por fadiga resultante de carregamento variável. Parte 3 - Desenho de elementos mecânicos: Eixos e componentes de eixo. Parafusos, fixadores e o desenho de junções não permanentes. Soldagem, união e o desenho de junções permanentes. Molas mecânicas. Mancais de contato rolante. Lubrificação e mancais de deslizamento. Engrenagens – Geral. Engrenagens cilíndricas de dentes retos e

Autor: Richard G. Budynas, J. Keith Nisbett ISBN: 9788563308207 Editora: MCGRAW-HILL Número de Páginas: 1084 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

engrenagens cilíndricas helicoidais. Engrenagens cônicas e sem-fim. Embreagens, freios, acoplamentos e volantes. Elementos mecânicos flexíveis. Estudo de caso de transmissão de potência. Parte 4 - Ferramentas de análise: Análise de elementos finitos. Elementos de estatística. Apêndices. Tabelas úteis. Respostas aos problemas selecionados.

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Bibliografia

INSTALACIÓN DE ASCENSORES Conteúdo: Ainda que a montagem do elevador seja um processo levado a cabo numa obra quando a mesma se encontra num estado avançado de desenvolvimento, momento em que o risco de queda de altura se encontra razoavelmente controlado, para os executores da montagem destas máquinas a questão é 24,49 € −10% 22,04 €

Autor: AGUSTÍN GONZÁLEZ RUIZ, DIEGO GONZÁLEZ MAESTRE ISBN: 9788492735204 Editora: FC EDITORIAL Número de Páginas: 415 Edição: 2010 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

um pouco diferente. Nestes casos, os riscos voltam a ser reais, pelo facto de ser um trabalho feito em diferentes níveis de altura e de forma permanente. O livro tem em conta esta particularidade e apresenta as diferentes fases de montagem de elevadores, dando especial atenção ao risco de queda de altura, juntamente com os restantes riscos associados a cada uma das etapas de montagem, onde se focam os riscos associados à utilização de equipamentos de trabalho e da sua manipulação. Para cada um destes riscos estabelecem-se medidas de controlo que os próprios trabalhadores devem adotar para efetuar o seu trabalho com toda a segurança. O conteúdo deste livro abarca o programa de formação do ensino secundário que estabelece o acordo estatal do setor do metal com os especialistas de montagem de elevadores que participam em obras de construção civil. Índice: Riesgos específicos en el Sector de la Construcción y su Prevención. Ascensores. Gestión de la Prevención en Obra. Coordinación de Actividades Empresariales. Derechos y Obligaciones del Trabajador. Primeros Auxilios y Medidas de Emergencia. Anexo. Conceptos Básicos.

PROJECTO DE MECANISMOS CAME-SEGUIDOR Conteúdo: Esta obra resulta do trabalho desenvolvido pelo autor ao longo da última década em que se dedicou ao ensino e investigação no domínio em que o tema se insere. A principal motivação para a realização deste livro deveu-se à lacuna existente no mercado de livros em língua portuguesa sobre o 18 € −10% 16,20 € Autor: João Paulo Flores Fernandes ISBN: 9789728953409 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 190 Edição: 2010 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

estudo de mecanismos do tipo came-seguidor, que pudesse ser utilizada como texto de apoio nas atividades científico-pedagógicas de disciplinas no domínio da Teoria de Máquinas e Mecanismos. Não menos importante e motivador foi o constante desafio que as várias dezenas de estudantes foram colocando ao autor no sentido de se realizar uma obra desta natureza. O livro está dividido em 6 capítulos: breve e imprescindível introdução à temática deste trabalho; descrição completa dos principais movimentos básicos do seguidor; no terceiro e quarto capítulos são apresentados os métodos gráficos e analíticos que permitem a determinação do perfil de uma came; estudo dos principais parâmetros de desempenho deste tipo de sistema mecânico; conjunto de exercícios de aplicação sobre os diversos assuntos abordados na obra. Trata-se, assim, de um texto de apoio a professores e estudantes do ensino superior, que poderá ser também útil para aqueles que se interessam pelas temáticas relacionadas com o estudo de mecanismos came-seguidor. Índice: Introdução. Movimentos Básicos do Seguidor. Determinação Gráfica do Perfil da Came. Determinação Analítica do Perfil da Came. Desempenho de Mecanismos Came-Seguidor. Exercícios Resolvidos e Exercícios Propostos.

ABC DAS REGRAS TÉCNICAS – EBOOK Conteúdo: O conteúdo deste livro, que se baseia nas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), pretende elucidar e transmitir os conhecimentos essenciais e necessários para que tanto os estudantes como os profissionais principiantes encarem o mundo do trabalho com realidade 17,50 € −10% 15,75 € Autor: Hilário Dias Nogueira ISBN: 9789728953843 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 112 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

e confiança. Tendo como objetivo essa aplicação (RTIEBT), foi concebido por forma a contemplar de um modo prático os assuntos que se consideraram como os mais interessantes, principais e indispensáveis à realização futura de pequenos projetos de execução das instalações elétricas de utilização. Índice: Aplicação das RTIEBT. Características das instalações eléctricas. Regras para instalações em locais especiais. Tipo de canalizações. Cálculo das secções segundo as condições estipuladas pelas RTIEBT. Localização e definição de instalações. Protecções. Instalações coletivas. Ligações à terra e condutores de proteção.Inspecção de instalações.Índice remissivo das RTIEBT n.˚ 949-A/2006, de 11 de Setembro de 2006 - Diário da República, 1.a Série - N.˚ 175.

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Consultório técnico

Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

Num prédio com dois elevadores é obrigatório

Em que condições está prevista a imobilização

e fios metálicos ou outro material ade-

que ambos estejam a funcionar?

de um elevador?

quado, sendo deste facto dado conheci-

O Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de de-

Em três situações:

zembro refere no Ponto 3 do Artigo 13° que:

1. Caso seja detetada uma situação de

3. Após a selagem das instalações, estas

“À imobilização das instalações é aplicável o

grave risco para o funcionamento da

não podem ser postas em serviço sem

disposto no Artigo 162° do Regulamento Ge-

instalação, a EMA deve proceder à sua

uma inspeção prévia que verifique as

ral das Edificações Urbanas, aprovado pelo

imediata imobilização, dando disso co-

condições de segurança, sem prejuízo

Decreto Regulamentar n.° 38 382 de 7 de

nhecimento, por escrito, ao proprietário

da prévia realização dos trabalhos de

agosto de 1951.”

e à respetiva Câmara Municipal, no pra-

reparação das deficiências, a realizar

zo de quarenta e oito horas (Ponto 5 do O referido Artigo n.° 162 diz no Ponto 2 que: "A existência de meios de transporte verti-

Artigo n.° 3 do Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de dezembro);

cal-ascensores, monta-cargas, escadas ou

2. Quando depois de uma inspeção peri-

tapetes rolantes, quando exigidos pelo pre-

ódica resultar uma cláusula do tipo C1

sente Regulamento, em condições de não

que corresponde a situações de eleva-

poderem ser utilizados permanentemente

do risco para a segurança de pessoas e

será punida com coima de €12,47 a €24,94

bens, cuja resolução deve ser imediata,

por aparelho por dia.”

o elevador deve ficar imobilizado. Caso a Entidade Inspetora tenha habilitação

Por sua vez o mesmo RGEU no Artigo 50°

por parte da Câmara Municipal, o eleva-

especifica que:

dor é selado;

mento ao proprietário e à EMIE;

sob responsabilidade da EMA; 4. A selagem das instalações pode igualmente ser feita por uma EI, desde que para tal haja sido habilitada pela Câmara Municipal.

«Sempre que as instalações não ofereçam as necessárias condições de segurança, compete às Câmaras Municipais proceder à selagem das instalações»

1. Nas edificações para habitação coleti-

3. A não apresentação em sede de inspeção

va, quando a altura do último piso des-

periódica da Declaração CE de Conformi-

tinado a habitação exceder os 11,5 m, é

dade (para os elevadores ao abrigo do

obrigatória a instalação de ascensores.

Decreto-Lei n.° 295/98 de 28 de setem-

Um Responsável Técnico de uma EMA pode

A altura referida é medida a partir da

bro que transpôs a Diretiva 95/16/CE) e

sê-lo igualmente de outra?

cota mais baixa do arranque dos de-

a consequente não regularização docu-

Não, mesmo que não esteja explícito na Lei

graus ou rampas de acesso do interior

mental por um período de 90 dias, im-

65/2013 de 27 de agosto.

do edifício;

plica a imobilização da instalação por se

2. Os ascensores, no mínimo de dois, se-

concluir que a instalação está a funcionar

O Responsável Técnico de uma EMIE, mes-

rão dimensionados de acordo com o

ilegalmente (Circular n.° 1 da DGEG). Caso

mo que esta não esteja certificada pela

número de habitantes e com a capaci-

a Entidade Inspetora tenha habilitação

ISO 9001, obriga-se ao dever de cumprir o

dade mínima correspondente a quatro

por parte da Câmara Municipal o eleva-

seu código de conduta que, regra geral, diz

pessoas e deverão servir todos os pi-

dor é selado.

que o seu colaborador, no exercício da sua atividade, deve respeitar os princípios de

sos de acesso aos fogos; Em que condições e como está prevista a

responsabilidade, lealdade, transparência,

tiva com mais de três pisos e em que

selagem de um elevador?

independência e confidencialidade.

a altura do último piso, destinado à

O Artigo n.° 11 do Decreto-Lei n.° 320/2002

habitação, medida nos termos do n.° 1

de 28 de dezembro, selagem das instala-

Torna-se impossível uma mesma pes-

deste Artigo, for inferior a 11,5 m deve

ções, dá a resposta:

soa cumprir este código para com duas

prever-se um espaço para uma futura

1. Sempre que as instalações não ofere-

empresas.

instalação no mínimo de um ascensor.

çam as necessárias condições de segu-

3. Nas edificações para habitação cole-

rança, compete às Câmaras Municipais

Por sua vez também não seria viável promo-

Conclui-se, pela legislação acima, que os

proceder à selagem das instalações;

ver uma concorrência leal pois o conflito de

dois elevadores devem estar ambos em

2. A selagem prevista no número anterior

interesses, financeiros ou não, estaria sem-

funcionamento.

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elevare

será feita por meio de selos de chumbo

pre presente entre as duas empresas.


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