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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
© Eng. Mario Jardim Fernandes
Número 4 . 3.o e 4.o Trimestres de 2014 . www.elevare.pt
Normalização
Publicadas as EN 81-20/50
Legislação
Enquadramento Regulamentar dos Ascensores
DOSSIER
VARIADORES DE VELOCIDADE EM ELEVADORES
Ascensores com história Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira
Figura
Resumo biográfico de José Pirralha
PUB
Ficha técnica
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
DIRETOR
4
Editorial
6
Normalização Publicadas as EN 81-20/50
8
Legislação Enquadramento Regulamentar dos Ascensores: Breve contexto histórico e atual quadro regulamentar e mobilidade reduzida
12
Coluna da ANIEER ELA – European Lift Association
Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt
COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, José Pirralha, Filipe Pinto, Joaquim Maia, La Salette Silva, Jorge Louro, António Garrido, Miguel Leichsenring Franco, João Araújo, Pedro Paulino, António Vasconcelos, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino
COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628
14 Coluna da AIECE AIECE – “Razões para uma base de dados fidedigna”
r.silva@elevare.pt
16
Notícias e Produtos
30
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores [32] Influência da Velocidade nos Ascensores [40] Homelifts [44] Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável
DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt
CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt
DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira a.pereira@cie-comunicacao.pt
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
48 Informação Técnico-Comercial [48] Vacon apresenta Grande Evolução Tecnológica nos Variadores de Velocidade [50] Conversores de frequência: a sua aplicação nos ascensores 53 Entrevista [53] Feliciano Maia: "Ainda há um longo caminho a trilhar" [56] Victor Valdivia: “uma equipa que está a trabalhar e a inovar a cada dia para facilitar
a vida aos nossos clientes”
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria
58 Case Study
Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629
Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação - Parte II
geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt
Os trabalhos assinados são da
60 Figuras Resumo biográfico de José Pirralha
exclusiva responsabilidade dos seus autores.
62 Ascensores com história O Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira: O elevador panorâmico mais elevado de Portugal 65 Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng. Mario Jardim Fernandes
Bibliografia
68 Consultório técnico
elevare
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Editorial
Estamos a iniciar um novo ano para o qual se formula os habituais votos de prosperidade, neste caso particular do setor da elevação será bem necessário que seja efetivamente próspero não só quanto à necessidade de alguma retoma do setor da construção civil, independentemente de ser em construções novas ou na tão falada reabilitação, mas também na definição da alteração do Decreto-Lei n.º 320/2012 relativamente à parte que está para
Fernando Maurício Dias
sair (há mais de um ano). Neste tipo de situações o pior que pode acontecer é a indecisão
Diretor
quanto à sua saída e ao seu conteúdo, o que torna a tomada de decisão por parte das empresas mais difícil uma vez que terá de considerar uma informação imprecisa. Certa é a alteração ao nível normativo que trará alterações significativas no setor e será uma fonte de trabalho para a CT-63. Neste apontamento, gostaria de destacar mais uma iniciativa do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, Ordem dos Engenheiros (Região Norte) e, neste ano, da ELEVARE que são os organizadores das 3.as Jornadas Técnicas – Elevadores que decorrerão no Auditório Magno do ISEP no dia 30 de janeiro de 2015. O evento, que se tornou numa referência do setor em Portugal, irá seguir os moldes das Jornadas anteriores, ou seja, para além da sessão onde diversos oradores (nacionais e internacionais) irão abordar temas relevantes da atividade, decorrerá uma exposição promovida por empresas e instituições com interesses na área. Estas Jornadas destinam-se a todos os que, direta ou indiretamente, lidam com temas relacionados com elevadores na vertente do projeto, instalação, manutenção, fiscalização ou utilização. Pedidos de informação e inscrições, que estão abertas até ao dia 26 de janeiro podem ser realizados através da página web disponibilizada para o efeito www.isep.ipp.pt/jte/.
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elevare
PUB
Normalização
Publicadas as EN 81-20/50 José Pirralha Presidente da CT 63
Referidas em anteriores ocasiões, pelo seu
tura normativa do CEN em particular a
da EN 81-71 (ascensores preparados para o
grande impacto na indústria, em resultado
família EN 81.
vandalismo) e EN 81-80 (melhoria da segurança de elevadores existentes).
das alterações introduzidas, foram publicadas a 6 de agosto as EN 81-20/50, as quais
De modo geral as alterações resultantes
substituirão as EN 81-1 e EN 81-2, que deixa-
da publicação das EN 81-20/50 são pouco
rão de conceder presunção de conformida-
significativas e no acervo de Normas CEN,
de em 31 de agosto de 2017 (3 anos).
de caráter editorial, com exceção de três
>>
EN 81-20:2014 publicada a 6 de agosto
>>
EN 81-50:2014 publicada a 6 de agosto
Estas Normas são estruturantes e afetam, de modo significativo, toda a estruNorma
Pela importância de que se revestem sublinhamos a alteração profunda da EN 81-21 (ascensores novos em edifícios existentes),
Nível de afetação
Comentários
EN 81-3
Baixo
Referências não datadas à EN 81-1, usadas para o dispositivo de encravamento.
EN 81-10
Baixo
TS 81-11
Elevado
Eliminação de todas as interpretações da EN 81-1/2.
EN 81-21
Elevado
Revisão completa dos requisitos técnicos que são baseados em referências não datadas da EN 81-1/2.
EN 81-22
Médio
Algumas alterações na área do poço e topo da caixa, que no presente estão referidos à EN 81-1 /2.
EN 81-28
Baixo
EN 81-31
Médio
EN 81-40
Baixo
Alteração simples de referências para EN 81-20/50.
EN 81-41
Médio
Será necessário atualizar as referências para a EN 81-20/50, aproveitando a revisão em curso.
EN 81-43
Médio
É necessária a atualização de referências. Sem alterações técnicas substanciais.
EN 81-58
Baixo
Sem grande alteração. Apenas uma referência não datada.
EN 81-70
Médio
Actualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.
EN 81-71
Elevado
Alteração significativa, para ajustar os requisitos à EN 81-20/50.
EN 81-72
Médio
Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.
EN 81-73
Baixo
Apenas conversão de referências de EN 81-1/2 a EN 81-20/50.
TS 81- 76
Baixo
Apenas conversão de referências de EN 81-1/2 a EN 81-20/50.
EN 81- 77
Mádio
Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais. Norma em revisão.
EN 81-80
Elevado
Alteração significativa, para ajustar os requisitos à EN 81-20/50.
EN 81-82
Baixo
Apenas uma referência à EN 81-1.
TS 81-83
Baixo
Atualização geral de referências. Sem alterações técnicas substanciais.
EN 13015
Baixo
Apenas uma referência à EN 81-1/2 nas definições.
EN 12015
Baixo
Alterar apenas as referências às EN 81-1/2.
EN 12016
baixo
Alterar apenas as referências às EN 81-1/2.
afetada
6
Normas e uma especificação técnica (TS).
«No acervo de Normas CEN as alterações resultantes da publicação das EN 81-20/50 são pouco significativas e de caráter editorial (...)»
elevare
Pequenas alterações no prefácio e na introdução. Pequenas alterações no texto das descrições da Norma onde as EN 81-1/2 são referenciadas.
Todas as referências à EN 81-1/2 são datadas. Poder-se-ão manter tal qual ou fazer uma revisão para atualização a EN 81-20/50. Todas as referências com uma exceção são datadas. Manter-se-ão ou far-se-á a atualização para a EN 81-20/50.
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Legislação
Enquadramento Regulamentar dos Ascensores Breve contexto histórico e atual quadro regulamentar e mobilidade reduzida Filipe Pinto & Joaquim Maia
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO DOS
a implementação de critérios mínimos de
Segurança para Montagem de Instalações
EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO
segurança.
Elétricas de Correntes Fortes (RSMIECF), é
A construção do primeiro funicular, por con-
considerado o embrião dos regulamentos
trapeso de água, no Bom Jesus de Braga,
A alteração do paradigma da natureza
relativos à segurança das instalações elétri-
inaugurado em 1882 é, com certeza, o mar-
construtiva dos edifícios (proliferação dos
cas em Portugal, não existindo neste Diplo-
co histórico do início da implementação de
edifícios em altura), associada à contínua
ma, nem numa posterior alteração efetuada
equipamentos de elevação em Portugal.
evolução tecnológica, nomeadamente da
pelo Decreto-Lei n.° 5786, de 10 de maio de
automação que promove a conceção de
1919, qualquer referência aos ascensores.
Na verdade, o sucesso dos trabalhos de
novas soluções promovendo a segurança,
construção e implementação desta infra-
obrigam ao desenvolvimento das técnicas
Apesar de não fazerem referência aos as-
estrutura fomentou o estabelecimento da
construtivas dos elevadores, referencian-
censores são precursores do diploma que
primeira empresa de construção de eleva-
do-se ainda que a adoção de regras de li-
podemos entender como o primeiro marco
dores em Portugal, que instalou os mais
vre comércio entre países, especialmente
regulamentar aplicável aos ascensores, o
emblemáticos e antigos elevadores portu-
nos países europeus, que estabeleceu o
Decreto-Lei n.° 9 940, de 28 de julho de
gueses, como por exemplo o ascensor de
princípio da Normalização como forma de
1924, da Direção dos Serviços Eletrotéc-
Santa Justa em Lisboa (1902), cuja tração
garantir o desenvolvimento sustentado
nicos e do Material, que impõe condições
inicialmente era garantida por um equipa-
dos mercados, bem como da qualidade e
técnicas especiais ao funcionamento dos
mento a vapor e, em 1907, é adaptado a um
da segurança dos ascensores, é apontado
ascensores como, por exemplo, a intro-
sistema de tração elétrico justificado pelo
como outro marco histórico na temática
dução da obrigatoriedade de “utilização de
aumento da disponibilidade da rede elétrica
dos ascensores.
dispositivos de segurança automáticos pre-
na cidade de Lisboa, e pelas naturais vanta-
vendo a rotura dos cabos de suspensão” em
gens dos motores elétricos sobre os moto-
Estima-se que a realidade do parque de
todas as cabinas (Artigo 4.°), equipamen-
res que utilizam processos térmicos, neste
ascensores existente atualmente em Por-
to de segurança que designamos como
caso o vapor.
tugal, ronde as 150 000 unidades, e estas
“paraquedas”.
correspondem a diferentes conceções de De realçar que a alteração das tecnologias
equipamentos, estabelecidos sobre várias
A partir de 1936 a forte expansão da rede
e a disponibilidade de energia elétrica, segu-
gerações de regulamentação.
elétrica nacional promove a publicação de
ramente promovem a instalação de ascen-
uma das mais importantes peças regula-
sores em edifícios de habitação e à época,
ENQUADRAMENTO DA REGULAMENTAÇÃO
mentares relativas ao licenciamento das
dadas as caraterísticas construtivas dos
DE SEGURANÇA APLICÁVEL AOS
instalações elétricas, que ainda hoje vigora,
ascensores, com a utilização de cabinas e
ASCENSORES.
o Decreto-Lei n.° 26852 de 30 de julho de
caixas parcialmente abertas certamente
O Decreto-Lei de 23 de junho de 1913, publi-
1936, usualmente designado como “Regu-
para diminuir a sensação de claustrofobia
cado no Diário do Governo n.° 145, de 24 de
lamento de Licenças para Instalações Elétri-
dos passageiros, a sua proliferação exigiu
junho de 1913, que aprova o Regulamento de
cas”, o qual, relativamente aos ascensores,
8
elevare
Legislação prevê o licenciamento deste tipo de equipa-
solução que ao longo dos anos tem sido
junho, relativa à harmonização de produ-
mentos de elevação.
responsável por um número significativo
tos no espaço europeu com o objetivo de
de acidentes, e que em muitos casos têm
permitir a livre circulação de ascensores
provocado mortes.
e equipamentos de segurança dentro do
É com este enquadramento que, em Portugal, se inicia a definição de um quadro
mercado interno europeu, promovendo a
regulamentar de requisitos mínimos de se-
Este é o problema mais pesado desta ge-
gurança que ainda hoje são orientadores na
ração de equipamentos, quer quanto ao
inspeção dos ascensores.
risco, ao número de instalações envolvidas
Este diploma estabelece assim as condi-
(estima-se que mais de 40 000 unidades, a
ções aplicáveis para a colocação em ser-
Assim, podemos considerar 5 gerações de
maioria das quais destinadas à habitação),
viços dos ascensores, designadamente a
regulamentação de segurança, aplicável
quer ainda quanto às implicações económi-
obrigatoriedade da marcação CE, no caso
consoante a data de colocação em serviço
co-sociais que se levantam para garantir
em que estes estejam em conformidade
e afetando, a estas 5 gerações de regula-
o seu recondicionamento às exigências de
com os preceitos da Diretiva, que se presu-
mentação, alterações dos paradigmas de
segurança atuais.
mem cumpridos quando de acordo com as
construção (como por exemplo, cabinas parcialmente
abertas),
padrões
segurança para as pessoas.
Normas harmonizadas. A Diretiva exige, por
sociais
Apesar de evidenciarmos este grande pro-
exemplo, a implementação de dispositivos
(como por exemplo. desaparecimento de
blema não queremos deixar de relevar a
de controlos de carga e a instalação de co-
ascensoristas), evolução das técnicas de
obrigação do estabelecimento de portas
municação bidirecional.
segurança e a tendencial uniformização de
de patamar obrigatoriamente fechadas e a
procedimentos no espaço europeu, com
obrigatoriedade do estabelecimento de en-
Para o cumprimento do estipulado neste
vista à livre circulação de bens.
cravamentos eletromecânicos nas porta de
Decreto-Lei é feito todo um enquadramen-
patamar que foi estabelecida neste Decreto.
to de certificação dos novos ascensores,
DECRETO-LEI N. ° 26:591, DE 14 DE MAIO 1936
criando “Organismos Notificados”, reconhe-
O Decreto-Lei n.° 26 591, de 14 de maio de
DECRETO-LEI N.° 110/91, DE 10 DE MARÇO
cidos pelo IPQ, responsáveis pela avaliação
1936 que aprova o Regulamento de segu-
Com o Decreto-Lei n.° 110/91, de 10 de mar-
de conformidade dos ascensores e/ou os
rança dos ascensores e monta-cargas elé-
ço, inicia-se em Portugal a adoção das Nor-
seus componentes de segurança, não po-
tricos é a regulamentação mais antiga apli-
mas Europeias (EN 81 -1/2), produzindo-se
dendo nenhum ascensor ser colocado em
cável aos ascensores. Este diploma esteve
uma profunda alteração ao nível dos equi-
serviço sem a respetiva marcação CE.
em vigor durante 34 anos e corresponde à
pamentos e dos requisitos de segurança.
fase de crescimento das grandes cidades,
Este diploma adota os preceitos do que se
REGULAMENTAÇÃO DE SEGURANÇA
em particular de Lisboa e Porto.
entende ser a primeira Diretiva 84/529/CEE
APLICÁVEL AOS ASCENSORES EM SERVIÇO
que estabelece à aproximação das legisla-
Para quaisquer equipamentos existentes
São desta época, os elevadores de caixa
ções dos Estados membros respeitantes a
instalados anteriormente à entrada em vigor
aberta, portas de lagarta, e sistemas de
ascensores, devendo as mesmas obedecer
do Decreto-Lei n.° 295/98, a Recomendação
controlo totalmente eletromecânicos (mo-
à Norma EN 81 -1: 1977 relativa às regras a
da Comissão Europeia 95/216/EC, indica que
las) e apesar destas situações enunciadas,
observar para a instalação de ascensores
fica à responsabilidade dos estados mem-
serem hoje unanimemente reconhecidas
elétricos, elaborada pelo Comité Europeu
bros a adoção de medidas de segurança
como potenciadoras de situação de risco,
de Normalização (CEN).
para ascensores existentes recomendando,
pelo que estão proibidas em novas instala-
porém, a adoção do estipulado nas Normas
ções, este regulamento estabeleceu princí-
Os equipamentos desta época respondem,
da série EN 81 -1 e EN 81 -2, respetivamente,
pios básicos de segurança como a utiliza-
no essencial, aos critérios de segurança
para ascensores elétricos e hidráulicos.
ção do freio da máquina, amortecedores da
atuais, salvo novos requisitos que foram
cabine e a atuação de regulador de veloci-
introduzidos por força da Diretiva 95/16/CE.
Dadas as implicações económicas das mo-
dade além de uma velocidade limiar.
É introduzida, nomeadamente, a obrigato-
dificações nos ascensores mais antigos, é
riedade de portas de cabina, e a definição
publicada a Norma EN 81 -80 pelo CEN, co-
DECRETO-LEI N.° 513/70,
de valores mínimos de iluminação nos pa-
nhecida como SNEL (Safety Norm for Existing
DE 30 DE OUTUBRO
tamares de acesso.
Lifts) fruto de um mandato para a elabora-
É na década de 70 do século 20 que se ini-
ção de uma Norma visando a melhoria da
cia a construção massiva de edifícios em
DECRETO-LEI N.° 295/98, DE 22 DE
segurança dos elevadores existentes numa
altura, que se destinavam quer à habitação,
SETEMBRO (TRANSPOSIÇÃO DA DIRETIVA
perspetiva, tal como a própria Norma esta-
ao comércio e aos serviços. Baseada numa
95/16/CE, DE 29 DE JUNHO, DENOMINADA
belece, de implementação gradual determi-
Diretiva da Comission Internationale pour la
DIRETIVA ASCENSORES)
nada por cada estado membro.
Réglementation des Ascenseurs et Monte-
O Decreto-Lei n.° 295/98, de 22 de setem-
Charge (CIRA), o Decreto-Lei n.° 513/70 de
bro, corresponde ao regime em vigor apli-
Em Portugal, de acordo com a legislação
30 de outubro introduz uma solução de ins-
cável à instalação de novos ascensores
atual, entende-se que um ascensor deve ser
talação de elevadores de cabina sem porta,
e transpõe a Diretiva 95/16/CE, de 29 de
mantido de acordo com as Normas que su-
elevare
9
Legislação portaram a sua instalação, nomeadamente
como aferição desse mesmo estado de
competências no âmbito da realização de
a regulamentação de segurança anterior-
conservação.
inspeções e da realização de inquéritos a
mente citada. Porém, algumas melhorias
acidentes, podendo as mesmas constituir-
de segurança foram adotadas durante a
O diploma que estabelece tais obrigações
-se como entidades inspetoras ou definir,
vigência do Decreto-Lei n.° 320/2002 para
é o Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de de-
mediante a celebração de contrato ou por
ascensores existentes, como por exemplo
zembro, que tem na sua génese a intenção
via de regulamento municipal, as condições
a exigência de portas de cabina para ascen-
de reunir e aglutinar todas as exigências
de prestação de serviços pelas entidades
sores em edifício que recebem público e a
relativas à manutenção e inspeção dos as-
inspetoras. Os Serviços dos Municípios po-
implementação do controlo de carga.
censores, e ainda:
dem ainda constituir-se como entidades que
>>
A efetiva transferência das competên-
prestem manutenção a ascensores, deven-
Dada a natureza do atual parque de ascen-
cias que nesta matéria se encontravam
do para o efeito reconhecerem-se junto da
sores existe a intenção de rever as condi-
atribuídas a serviços da administração
DGEG. Dadas as alterações legislativas, o
ções de melhoria aplicáveis, numa futura
central para as câmaras municipais,
reconhecimento do município como entida-
revisão regulamentar, com o objetivo de
nomeadamente as competências de
de inspetora ou de manutenção seguem as
diminuir algumas situações de risco en-
inspeção;
disposições aí definidas.
tretanto identificadas, e de acompanhar os
>>
restantes países da Europa nas questões
Obrigatoriedade de inspeção e manutenção dos ascensores;
Relativamente ao Decreto-Lei n.° 295/98
Definição do regime de acesso à ativida-
não estão cometidas diretamente aos mu-
gurança de ascensores instalados anterior-
de, bem como a definição de direitos e
nicípios nenhumas competências, porém
mente à Diretiva 95/16/CE, de 29 de junho.
obrigações das empresas de manuten-
admite-se que na qualidade de entidade
ção e entidades inspetoras;
licenciadora dos edifícios, os municípios
Definição de condições mínimas previs-
devam observar a verificação da existência
tas nos contratos de manutenção;
de Declaração de Conformidade CE dos as-
relativas à adequação das condições de se-
OUTRA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
>>
>>
AOS ASCENSORES Existem Normas noutros diplomas que
Estabelecimento de portas de cabina
censores que, de acordo com o Artigo 15.° do
se aplicam aos ascensores, e que não se
>>
em edifício não habitacionais e a imple-
citado diploma, se considera a antiga figura
encontram na esfera da competência da
mentação de controlos de carga.
do Certificado de Exploração, na altura exigi-
DGEG como, por exemplo, o Decreto-Lei
do aos ascensores para efeitos de ligação à
n.° 163/2006, de 8 de agosto, que esta-
O Decreto-Lei n.° 320/2002 encontra-se
belece as condições de acessibilidade a
parcialmente revogado pela Lei n.° 65/2013,
rede de energia elétrica.
satisfazer no projeto e na construção de
nas matérias relacionadas com os requisi-
ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA
espaços públicos, equipamentos coletivos
tos de acesso e exercício da atividade das
MANUTENÇÃO DE ASCENSORES
e edifícios públicos e habitacionais, cuja
Empresas de Manutenção de Ascensores
Historicamente, o Decreto-Lei n.° 513/70
competências de fiscalização cabe à Di-
(EMA) e Entidades Inspetoras (EI), agora
estabelece no seu Artigo 2.° que é obri-
reção-Geral dos Edifícios e Monumentos
respetivamente Empresas de Manutenção
gatória a existência de entidades conser-
Nacionais e às entidades licenciadoras dos
de Instalações de Elevação (EMIE) e Entida-
vadoras registadas na Direção-Geral dos
edifícios, ou o Decreto-Lei n.° 220/2008,
des Inspetoras de Instalações de Elevação
Serviços Elétricos, estabelecendo ainda no
de 12 de novembro, que estabelece o regi-
(EIIE). A necessidade de adaptar todo o en-
Artigo 3.° que os elevadores não poderão
me jurídico da segurança contra incêndios
quadramento legal português conforman-
entrar nem manter-se em exploração sem
em edifícios cuja competência de fiscali-
do-o com a Diretiva Serviços (transposta
que o respetivo proprietário comunique,
zação é da Autoridade Nacional de Prote-
pelo Decreto-Lei n.° 92/2010) e Diretiva
previamente e por escrito, à Direção-Geral
ção Civil (ANPC), o que requer uma har-
Qualificações (Lei n.° 9/2009, alterada pela
dos Serviços Elétricos, a entidade encarre-
monização de atuação entre autoridades
Lei n.° 41/2012), que preconizam, respeti-
gada da conservação.
administrativas competentes.
vamente, a livre circulação de serviços e qualificações no espaço europeu sustenta-
Verificando-se na altura que as entidades
ENQUADRAMENTO DAS ENTIDADES
ram tal revogação, tendo a Lei n.° 65/2013
não reuniam os requisitos necessários ao
ENVOLVIDAS NO SETOR DOS ASCENSORES
estabelecido um regime jurídico que, su-
cumprimento adequado das suas obriga-
(DECRETO-LEI N.° 320/2002, DE 28
cintamente, substitui os anexos I e IV do
ções, o Decreto-Lei n.° 404/86 veio instituir
DE DEZEMBRO E LEI N.° 65/2013 DE 27
Decreto-Lei n.° 320/2002, sendo as alte-
o Estatuto das Entidades Conservadoras de
DE AGOSTO)
rações mais evidentes as exigências dos
Elevadores (ECE), por forma a dar suporte
Para garantir a implementação da regu-
quadros técnicos, do equipamento técnico,
legal àquela atividade, com vista a obter
lamentação de segurança atrás citada, e
e a introdução de regras relativas aos se-
uma maior segurança na utilização dos ele-
a manutenção dos ascensores durante a
guros de responsabilidade civil.
vadores. O Decreto-Lei n.° 320/2002 vem
vida útil do equipamento, procedeu-se ao
estabelecer novas regras relativamente às
enquadramento legal dessas obrigações,
CÂMARAS MUNICIPAIS.
empresa de manutenção, particularmente
designadamente, a manutenção dos ascen-
Ao abrigo do Decreto-Lei n.° 320/2002 fo-
as dispostas no Anexo I relativo ao Estatuto
sores e a exigência de inspeções periódicas
ram cometidas às Câmaras Municipais as
das Empresas de Manutenção de Ascenso-
10
elevare
PUB
res (EMA), entretanto revogado pela Lei n.° 65/2013, que estabelece os requisitos de acesso e exercício das atividades das Empresas de Manutenção de Instalações de Elevação (EMIE) e seus profissionais, estabelecendo um novo quadro técnico exigido às empresas de manutenção, a diferenciação no reconhecimento de entidades caso estejam certificadas, bem como a introdução de um mecanismo de deferimento tácito através do qual as empresas podem iniciar a sua atividade enquanto não é concluído o processo de reconhecimento da empresa. ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA INSPEÇÃO DE ASCENSORES A aprovação do Decreto-Lei n.° 446/76 estabelece, pela primeira vez, que as competências de vistoria e de inspeção periódicas da DGEG podem ser delegadas em associações devidamente reconhecidas por ela, porém, é apenas através do Decreto-Lei n.° 131/87, que se aprova o Regulamento do Exercício da Atividade das Associações Inspetoras de Elevadores (AIE), que possibilita a exequibilidade e operacionalidade do funcionamento daquelas associações, revelando-se como um instrumento fundamental à garantia de segurança dos equipamentos e, por consequência, dos utilizadores. Tal como no caso das EMA, as AIE são também alvo de alterações regulamentares através do Anexo IV (Estatuto das Entidades Inspetoras) do Decreto-Lei n.° 320/2002, principalmente ao nível dos requisitos que foi agora revogado pela Lei n.° 65/2013, que estabeleceu a possibilidade de um reconhecimento provisório, com a duração de 2 anos, mediante a apresentação do comprovativo de submissão do pedido de acreditação para o exercício das suas atividades junto do IPAC, I.P. REVISÃO LEGISLATIVA DO DECRETO-LEI N.° 320/2002 Logo após terem decorridos cinco anos após a publicação do Decreto-Lei n.° 320/2002, iniciaram-se os trabalhos de análise da implementação do citado diploma em reuniões de um grupo de trabalho designado como “Observatório Ascensores” do qual fazem parte a DGEG, as Associações representantes das Empresas de Manutenção e todas as Entidades Inspetoras. Nas citadas reuniões verificou-se a necessidade de introdução de melhorias ao Decreto-Lei n.° 320/2002, por forma a garantir o correto funcionamento das inspeções e manutenções, muitas delas formalizadas sobre a forma de circulares da DGEG. O elevado número de circulares publicadas bem como a necessidade de introduzir alterações regulatórias relativamente ao mercado das inspeções e manutenções, promoveram o estudo de uma proposta de revisão do Decreto-Lei n.° 320/2002. Tal revisão sofreu algumas vicissitudes nomeadamente na necessidade de acondicionar as regras exigidas pela transposição da Diretiva Serviços (Decreto-Lei n.° 92/2010) e da Diretivas Qualificações (Lei n.° 9/2009), provisões entretanto introduzidas e publicadas na Lei n.° 65/2013, sofrendo um adiamento na preparação e finalização do diploma, tendo a última proposta de revisão a data de 2013, encontrando-se, desde então, em “processo legislativo”.
Coluna da ANIEER
ELA – European Lift Association José Pirralha Presidente da ANIEER
Tudo ou quase tudo o que de bom ou de mau se passa hoje à nossa volta, na economia, no ambiente, na saúde e na educação depende em boa medida dos ventos que sopram da Europa. Na indústria dos ascensores, escadas e tapetes rolantes essa influência é determinante, quer porque a atual legislação sobre novas instalações resulta da transposição de Diretivas, quer porque a atividade normativa mais não é do que a participação no processo de normalização europeia e a adoção e/ou tradução dessas Normas. Por estas razões a Coluna da ANIEER é, nesta edição, dedicada à ELA - European Lift Asso-
© Henkel
ciation, Associação Europeia a que a ANIEER pertence. Os principais objetivos deste artigo são, assim, dar a conhecer de forma alarga-
ELA foi formalmente constituída em setem-
da o que é a ELA e quais os seus objetivos, e
bro de 2002, fixando-se nessa data a sua
>>
com estes fazer ressaltar o papel e a impor-
sede em Bruxelas.
>>
Graças à sua ampla representação, a ELA
>>
tentes; Cerca de 120 000 novos ascensores por ano;
tância do associativismo, quer a nível nacional quer europeu.
Mais de 5,6 milhões de ascensores exis-
156 000 empregados.
posiciona-se como um dos principais interELA – EUROPEAN LIFT ASSOCIATION
locutores da indústria de elevadores, esca-
Quais os objetivos da ELA
(WWW.ELA-AISBL.ORG)
das mecânicas e tapetes rolantes, perante a
Entre os seus objetivos salientamos:
Comissão Europeia, o Parlamento Europeu
>>
Promover a qualidade e a segurança;
e uma vasta gama de outras instituições e
>>
Encorajar a adoção de posições comuns
organizações. Tem igualmente como objeAssociação Europeia
tivo ajudar as associações nacionais no seu
ELA, a Associação Europeia de Elevadores,
diálogo com as autoridades e respetivos
representa as associações de elevadores,
governos.
da indústria; >>
to das entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais; >>
escadas mecânicas e tapetes rolantes ati-
Participar como parceiro de diálogo jun-
Fomentar e participar na formulação
vas na União Europeia (UE) ou na Zona Eu-
Acolhe no seu seio a EEA (European Elevator
ropeia de Comércio Livre (EFTA), quer sejam
Association) como um dos seus membros,
associações nacionais ou associações espe-
ao lado de outras associações que repre-
mação do setor (estatísticas de unida-
cíficas do setor. Representa também com
sentam o mundo dos elevadores na Europa.
des e acidentes); >>
outras associações a fileira dos fabricantes de componentes.
A ELA representa atualmente : >>
Resultado da transformação da EFLA – European Forum of National Lift Associations, a
sociações nacionais, quer através da EEA;
elevare
Recolher e manter atualizada a infor-
Promover e apoiar a formação contínua dos técnicos de instalação e ma-
25 países membros da UE – representando 1300 empresas, quer através das As-
12
de códigos e Normas; >>
nutenção; >>
Desenvolver uma relação permanente entre os seus membros;
Coluna da ANIEER >>
Identificar as necessidades e interesses dos seus membros, tendo em conta os desenvolvimentos legislativos, regulamentares e normativos.
Para atingir estes objetivos, a ELA suporta um conjunto de Comités Técnicos, nos quais participam representantes das diferentes associações nacionais. Além de outros Comités e grupos de trabalho enunciamos, a título de exemplo, a missão e objetivos de dois dos mais significativos Comités, justamente o Comité de Códigos e Normas e o Comité de Comunicação.
«Graças à sua ampla representação, a ELA posiciona-se como um dos principais interlocutores da indústria de elevadores, escadas mecânicas e tapetes rolantes, perante a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e uma vasta gama de outras instituições e organizações Comité de Códigos e Normas»
Figura 1
>>
Preparar documentos de trabalho e
ção e implementação desses mesmos
trabalhar sobre os drafts das Normas Europeias em preparação; >>
textos; >>
a ELA e as associações nacionais, vi-
regulamentos nacionais que impactam
sando a implementação da legislação
sobre o projeto e a funcionalidade dos
europeia (trocas de informação sobre
equipamentos; >>
Organizar a troca de informação entre
Contribuir para a harmonização dos
Acelerar e facilitar o processo de ado-
casos de sucesso, por exemplo); >>
Recolher e manter atualizada a infor-
ção das Normas e Diretivas Europeias a
mação necessária para a sustentação
nível nacional.
de bases de dados de novas instalações e/ou unidades em manutenção no
COMITÉ DE COMUNICAÇÃO Sendo a relação da ELA com as organiza-
mercado, as suas normas e regras; >>
Promover a imagem e a presença da
ções europeias e com as associações na-
indústria de ascensores e escadas, no
COMITÉ DE CÓDIGOS E NORMAS
cionais um dos principais desafios é neces-
mercado europeu e junto do público em
Este Comité tem um papel fundamental
sário que a comunicação tenha o papel de
geral.
na sustentação de toda a atividade da As-
relevo que hoje se lhe reconhece.
sociação Europeia. Tem como missão e
ELA Roadmap 2014 -17
objetivos:
Assim, a missão e objetivos deste Comité
De forma esquemática os aspetos princi-
>>
Propor e implementar a estratégia da
podem sintetizar-se:
pais da atuação da Associação no próximo
ELA para os códigos e Normas euro-
>>
>>
Promover a ELA e os seus objetivos
triénio podem ser sintetizados em cinco
peias, tendo em consideração a envol-
junto dos países da UE e EFTA, bem
grandes áreas como se ilustra na Figura 1.
vente internacional;
como de todos os países que preten-
Promover a adoção da regulamenta-
dam integrar a União;
Esperamos ter conseguido com este artigo
ção europeia visando a harmonização
>> >>
Comunicar a todos os interessados a
dar ao leitor uma visão do que é, como se
de requisitos para ascensores, escadas
realidade da ELA e os seus membros,
organiza e como funciona a ELA. Esse era
e tapetes e outros equipamentos de
utilizando os meios de comunicação,
o objetivo inicial do artigo mas sentir-me-ei
elevação;
como publicações, conferências de
muito mais recompensado se, por esta via,
Defender e promover a posição da in-
imprensa, eventos, conferências e pu-
conseguir despertar algumas consciências
dústria junto das instituições europeias;
blicidade;
para a importância e necessidade da ativi-
Informar as associações integrantes
dade associativa, a nível nacional e europeu.
Agir, dando orientações aos membros
>>
>>
das associações integrantes para que a
dos textos produzidos a nível europeu,
legislação e outros instrumentos a de-
que podem ter impacto para a indústria
Não podemos continuar a esperar que ou-
senvolver seja coerente;
e promover ações conducentes à ado-
tros façam o nosso trabalho.
elevare 13
Coluna AIECE
AIECE “Razões para uma base de dados fidedigna” A Presidente da AIECE Amadeu Ferreira da Silva, Lda. La Salette Silva
Em junho passado, elementos da Direção da
sultar o portal do INE no seguinte link: www.
AIECE (Associação de Industriais e Entidades
ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_
Conservadoras de Elevadores) deslocaram-
p e s q u i s a & f r m _ m o d o _
-se a Espanha para uma reunião de colabo-
pesquisa=PESQUISA_AVANCDA
ração com a FEPYMA (Federación Espanola de Asociaciones de Pequena e Mediana Em-
PESQUISA AVANÇADA
presa de Ascensoristas) e, entre muitos assuntos tratados, um deles surgiu na decorrência das perguntas: quantas empresas de elevadores haveria em Portugal, e por quantos equipamentos era constituído o parque de elevadores existentes em Portugal? Relativamente ao número de empresas que alvitrámos, um total de oitenta e duas, estimamos estar correto, pois correspondia à contagem feita há pouco tempo atrás das EMAS/EMIES existentes no website da DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia). RESULTADOS DA PESQUISA
Fomos então ao Portal da DGEG fazer esta
Quanto às respostas sobre as instalações
A sua pesquisa encontrou o seguinte n.° de
consulta, e aqui a desilusão ainda foi maior
elevatórias aí, e como o povo diz “é que a
resultados (em 1,057 segundos):
A Pesquisa baseou-se na mesma frase
porca torceu o rabo” porque, sugerimos um
chave “Total de edifícios com elevadores em
número tão alto que nos responderam que
Total
9665
Portugal” e aqui obtivemos a resposta que
esse era o número de elevadores espanhóis,
Área
Resultados
transcrevemos:
Destaques
3765
Base de dados
3757
Publicações
1117
Metainformação
1020
Inquéritos Online
10
e que Portugal deveria ter cerca de um terço. Entre o embaraço do desconhecimento, acabamos por concordar que os nossos amigos espanhóis deveriam ter razão. Tal imprecisão nossa, desassossegou-nos pois não tendo tal dado publicado, demo-
«Resultado da pesquisa de 'total de edifícios com elevadores em Portugal' Não existem registos para apresentar»
-lo, com base em determinada percenta-
Se o desassossego era grande, ficou ainda
gem da população total do País de cerca
maior com tais resultados (mais do que este
dez milhões, erro crasso, diriam os estatís-
número total de elevadores têm algumas
Tais pesquisas levaram-nos a questionar o
ticos e/ou os matemáticos.
multinacionais). Sobretudo quando esta pes-
que tinham até então andado a fazer insti-
quisa pode enfermar por erro de pesquisa,
tuições públicas e privadas, com as infor-
E como aprendemos com os erros, tal facto
pois integramos uma frase onde poderiam
mações enviados pelas empresas para a
espevitou a nossa curiosidade e fomos con-
ser consideradas várias palavras-chave.
construção das bases de dados? Que tipo
14
elevare
Coluna AIECE dos intervenientes e eliminando tudo o que não seja necessário" (J. Pirralha 2014), que ajude na autorregulação do Setor, através das análises realizadas nas observações fornecidas por tal instrumento. Todavia, a DGEG ao exigir agora, numa primeira fase, e na senda das Diretivas Europeias o fornecimento pelas empresas de informação para constituir uma Base de Dados credível e evolutiva de acordo com o desenvolvimento e os objetivos que se pretendem alcançar, após audição das associações do setor elencou as seguintes preocupações: 1. Atribuição de um código de registo individual de cada instalação, com referência à EMIE responsável; 2. Identificação das instalações elevatórias existentes em funcionamento em Portugal; de tratamento tinha sido feito a tal infor-
fícios para o setor, pois tinham perdido a
3. Caraterização das especificidades de
mação? E porque é que não foram dados
confiança neste Instrumento. Em julho de
cada instalação (local, proprietário, an-
a conhecer determinadas informações es-
2014 a DGEG através do sua circular 4787
tiguidade, natureza e tipologia…).
senciais ao Setor, ou a outros organismos,
de 18/07, informa que a CERTIEL cessou a
através do Portal da DGEG?
sua atividade em 31/07/2014, e solicita que
Com as necessidades evolutivas de conhe-
cada empresa, a partir de 1 de agosto pas-
cimento acerca dos equipamentos eleva-
Cabe-nos relembrar que em 2009, quando
sado, descarregue os dados que lhe são
tórios, e segundo a razão dos objetivos,
foi lançado o projeto CERTIEL, as empresas
inerentes na nova plataforma informática
haveria outras etapas de inclusão de dados
deste setor aderiram com grande diligência
entretanto criada.
na plataforma sobre as matérias que, na
e entusiasmo, porque era uma necessidade
altura, fossem relevantes e congruentes
que estas, através das suas associações, vi-
Na realidade, como já foi dito atrás, a an-
nham sentindo ao longo dos anos.
tiga base de dados da CERTIEL não teve
com os objetivos a atingir.
os resultados que se esperavam, porque
Uma Base de Dados transparente, credível
Foi despendida muita energia positiva à vol-
foi mal planeada. Pensamos que para res-
e eficaz, através da disponibilização de in-
ta desta tarefa, que em pouco tempo caiu
ponder às exigências do sistema há que se
formações importantes sobre as instala-
completamente por terra. Informações
pensar previamente em:
ções elevatórias, permite:
mal solicitadas, pouco cuidado com o léxico
>>
1. Às Entidades Oficiais saber quantas
técnico usado no Setor das Instalações ele-
Para quê fazer uma plataforma informática?
instalações existem, e se estão todas
vatórias redundaram em erros, cujos escla-
>>
Que informações devem nela constar?
identificadas pelas EMAS/EMIES para se
recimentos pedidos eram respondidos com
>>
A quem deve servir?
ter a perceção do estado do parque de
arrogância, ou ignorados com a devolução
>>
Por quem pode ser utilizada?
instalações existentes, de forma a po-
do documento Excel à procedência, sem
>>
Quais os objetivos pretendidos?
qualquer tipo de explicação plausível de emenda.
derem atuar de uma forma pedagógica. 2. Às empresas permite uma maior res-
Ora, a falta de programação e a desade-
ponsabilização pelo estado de conser-
quação aos tempos socioeconómicos que
vação das instalações
Sobranceria, no início, estava quase sem-
correm, fizeram com que a plataforma da
3. Aos Clientes inculca-se a obrigação de
pre do outro lado da Internet. Não existia
CERTIEL ficasse enferma, passado pouco
executarem as reparações que lhes
capacidade de atendimento às dúvidas que
tempo após o seu nascimento.
são recomendadas.
iam aparecendo. Outras questões sérias apareceram como a exigência de infor-
É opinião da AIECE que o Setor da Eleva-
Importa, ainda, sublinhar que uma Base de
mações pessoais, salvaguardadas pela
ção necessita, com urgência, que a DGEG
Dados exata e atualizada contribui, tam-
Legislação do Direito à Proteção de Dados.
disponha de uma plataforma informática,
bém, para a melhor garantia da segurança
Todo este desgaste energético e desilusão
cuja Base de Dados sobre as instalações
dos seus utilizadores, seja em edifícios de
consequente, originou que as empresas
elevatórias "seja evolutiva, capaz de crescer
serviços públicos ou para uso residencial,
não vislumbrassem qualquer tipo de bene-
de forma sustentada, ganhando a confiança
industrial ou comercial.
elevare 15
Notícias e Produtos Thyssenkrupp aposta na sustentabilidade das smart cities
dramaticamente a energia utilizada." Isto porque potenciam uma redução de até 27% da
Nayar Systems e Associação AIECE
ThyssenKrupp Elevadores, S.A
utilização de energia e aumentam até 30%
Nayar Systems
Tel.: +351 214 308 100 • Fax: +351 214 308 258
o espaço útil no chão.
Tel.: +351 938 823 390 • info@nayarsystems.com
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
www.nayarsystems.com
A Nayar Systems conheceram melhor no
elevadores é essencial para garantir a sus-
129 anos de existência do Ascensor da Glória
tentabilidade ambiental e económica das
O Ascensor da Glória, que faz a ligação en-
a 3 de novembro de 2014, com a Presiden-
cidades inteligentes, a ThyssenKrupp assu-
tre a Praça dos Restauradores e o Bairro
te, La Salette Silva e Victor Valdivia, Diretor
me-se como um player nesta área. Espelho
Alto, comemorou a 24 de outubro de 2014
Comercial para Portugal, a situação do se-
disso é a aposta da empresa, com sede na
o seu 129.º aniversário. Para assinalar a
tor perante a Norma EN 81.28. Na mesma
Alemanha, em várias soluções tecnológicas
data, durante este dia foi possível assistir a
reunião reconheceu-se a dificuldade pela
concebidas para melhorar a mobilidade das
atuações da Orquestra Ligeira da banda de
variedade de protocolos existentes e a in-
pessoas quer nas cidades, quer dentro dos
música dos empregados da CARRIS. Atual-
trusão dos operadores com equipamentos
edifícios. O elevador de contrapesos Studio,
mente, o Ascensor da Glória é uma das prin-
GSM que não transmitem devidamente os
por exemplo, é a mais recente tecnologia
cipais atrações turísticas de Lisboa, além
tons DTMF e impedem o funcionamento
desenvolvida pela empresa como forma de
dos Elevadores de Santa Justa, da Bica e da
adequado dos mesmos.
aumentar em 50% a capacidade de passa-
Lavra, e que no seu conjunto constituem a
geiros no mesmo espaço disponível. Uma
Rota dos Ascensores.
Adotando a postura de que a tecnologia de
primeiro encontro com a Associação AIECE,
das vantagens da solução, apresentada recentemente no Congresso Mundial Smart City Expo World, em Barcelona, é viabilizar a instalação de elevadores em locais, até então considerados inviáveis, facilitando assim a modernização de prédios antigos. Depois deste encontro, a Associação AIECE, que sempre apostou na vanguarda da segurança para os seus membros, decidiu colocar todas as empresas em contacto com a Nayar Systems para que todas pudessem contar com os serviços que esta empresa Quando foi inaugurado, o Ascensor da Glória
oferece gratuitamente, tal como a sua pla-
funcionava através de um sistema de tra-
taforma web para controlar a Norma EN
ção por cremalheira e cabo por contrapeso
81-28 e Echo Test, entre outros. Mais uma
O novo sistema de transportes para peque-
de água, em que ambos os carros estavam
vez, a Nayar Systems, com a sua marca
nas deslocações nas cidades e em aeropor-
ligados por um cabo subterrâneo, subindo e
registada 72 horas, prova ser uma referên-
tos, ACCEL, o elevador TWIN ou uma nova
descendo em duas vias paralelas assentes
cia europeia no cumprimento da EN 81,28
aplicação de manutenção para a eficiência
ao nível do chão. Os carros eram de dois pi-
e orgulha-se de prestar os seus serviços à
energética em edifícios estão também en-
sos, tendo o inferior dois bancos dispostos
principal associação de operadores de ele-
tre os exemplos de soluções da empresa
longitudinalmente, de costas para a rua e o
vadores em Portugal.
para a mobilidade inteligente. "É impera-
superior, a que se acedia por uma escada de
tivo que as escolhas que façamos hoje no
caracol, outros dois, dispostos no mesmo
desenvolvimento das nossas cidades sejam
sentido, mas costas com costas, de modo
sustentáveis, contribuindo com um impacto
que os passageiros ficavam virados para
Ascensor da Bica comemora 122.° aniversário
positivo e duradouro para as vindouras", des-
o espaço circundante. Em 1915 foi eletrifi-
Inaugurado em 1892, o Ascensor da Bica foi
tacou Reinhold Achatz, Head of Corporate
cado, havendo assim mudanças profundas
o terceiro do seu tipo ao serviço na cidade
Function Technology, Innovation and Sustai-
no seu sistema de funcionamento. A sua
de Lisboa e, atualmente, é uma das principais
nability na ThyssenKrupp AG. Uma vez que
caraterística cor amarela só foi atribuída
atrações turísticas da cidade, juntamente
os edifícios são responsáveis pela utilização
em 1926 quando os Ascensores de Lisboa
com o Elevador de Santa Justa e dos As-
de mais de 40% da energia mundial, a em-
passaram a ser propriedade da Carris. Fi-
censores da Glória e do Lavra. O Ascensor
presa acredita que "os elevadores e escadas
nalmente em 2002 foi classificado como
da Bica é diferente dos restantes pela sua
e tapetes rolantes assumem um papel cada
Monumento Nacional, juntamente com os
proximidade ao rio Tejo, além dos atributos
vez mais importante na criação de estruturas
Ascensores da Bica, do Lavra e do Elevador
cénicos da zona onde se insere: o seu tra-
sustentáveis e auto-suficientes que reduzam
de Santa Justa.
jeto começa num edifício setecentista junto
16
elevare
PUB PUB
PUB
Notícias e Produtos ao Cais do Sodré (no cruzamento da Rua
Estes blocos de bornes são adequados para
tenção 2014, onde David Braga abordou a
de São Paulo com a Rua da Bica de Duarte
o encaminhamento de sinais em sistemas
"Manutenção de Acionamentos Eletromecâ-
Belo), e percorre uma íngreme encosta até
de controlo, e para uma distribuição muito
nicos versus Eficiência Energética".
ao Largo do Calhariz na entrada do Bairro
compacta dos potenciais é possível utilizar
Alto. E assim, numa curta viagem temos
os blocos de quatro e oito níveis. Permitem
Dos equipamentos e soluções que maior
uma vista imperdível sobre o rio e atraves-
mais de 1700 sinais por metro quadrado
interesse despertaram no certame des-
samos um bairro popular e típico.
e podem ser distribuídos com o bloco de
tacaram-se:
16 níveis. A somar a isso, os elementos de
MOVI4R-U - A SEW-EURODRIVE adicionou
operação a vermelho e branco simplifica
o conversor de frequência MOVI4R-U ® ao
a alocação do condutor no exato ponto de
seu portefólio de acionamentos eletróni-
ligação, não esquecendo que a tecnologia
cos. Das múltiplas caraterísticas desta sé-
PUSH IN permite uma ligação rápida e fiável.
rie de produtos destacam-se um conceito
Conversor
de
Frequência
®
de operação inovador e um índice de proteção IP54 que permite a instalação fora do quadro elétrico; os redutores cónicos K19 e K 29 energeticamente eficientes: a eficiência energética em acionamentos não depende apenas dos componentes elétricos ou eletrónicos: partindo da ideia de "analisar os sistemas como um todo", a SEW-EURODRIVE considera também a performance dos comConstruído em 1892 pelo engenheiro portu-
ponentes mecânicos. Os novos redutores
guês Raoul Mesnier de Ponsard, o Ascensor
de engrenagens cónicas K19 e K29 para a
da Bica é composto por duas carruagens,
gama de potências mais baixas são extremamente compactos e soluções de baixo
velados, e com capacidade para transpor-
SEW-EURODRIVE Portugal na EMAF 2014: uma boa aposta
tar 23 passageiros. Funcionava inicialmente
SEW-EURODRIVE PORTUGAL
ca durante a operação; o motor assíncrono
com máquinas a vapor, tendo sido eletrifi-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
com classe de eficiência IE3 da série DRN
cado em 1916 e classificado em 2002 como
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
(a SEW-EURODRIVE desenvolveu um mo-
cada uma com três compartimentos desni-
custo que aumentam a eficiência energéti-
Monumento Nacional, a par dos Ascensores
tor IE3 que pode facilmente substituir um
da Glória, do Lavra e do Elevador de Santa
motor equivalente IE2 sem problemas,
Justa. A necessidade de utilização de as-
despesas elevadas, ou esforços significati-
censores e elevadores nasceu na Carris no
vos); além dos seus serviços especializados
século XIX para contornar as ruas sinuosas
em Redutores Industriais nas instalações
e íngremes, caraterísticas da cidade de Lis-
do cliente: a SEW-EURODRIVE Portugal é
boa, e por isso nasceu em 1884, o transpor-
o centro de competência para a Península
te em ascensores e elevadores. Estes his-
Ibérica, do Grupo SEW, em reparações es-
tóricos meios de transporte encontram-se,
pecializadas de Redutores Industriais. Para
atualmente, inseridos na Rota dos Ascenso-
Como habitualmente, a SEW-EURODRIVE
tal dispõe de uma oficina dedicada e de téc-
res, promovida pela Carris.
Portugal marcou presença na EMAF - Feira
nicos com larga experiência em reparação
Internacional de Máquinas, Equipamentos e
de Redutores Industriais SEW, SANTASALO
Serviços, terminando a edição de 2014 com
e outras marcas.
Blocos de bornes para Marshalling PRV 4 - PRV 8 - PRV 16
um sentimento claramente positivo. A SEW
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
quais mostrou os mais recentes produtos
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
e soluções analisando, simultaneamente,
Proteção para motores DSP da Zeben
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
futuras perspetivas de negócio e coopera-
Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.
recebeu diversos parceiros de negócio, aos
ção. A SEW-EURODRIVE Portugal agrade-
Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851
Os blocos de bornes para distribuição de
ce a todos aqueles que contribuíram para
info@zeben.pt • www.zeben.pt
potência PPV 4 - PPV 8 permitem ligações
o grande sucesso que foi esta edição da
multi-nível com tecnologia de ligação
EMAF 2014. Durante a EMAF 2014, a SEW-
Os protetores de motor DSP (Digital Supe-
PUSH IN, economizando espaço. A linha de
EURODRIVE Portugal participou em even-
rior Protection) permitem-lhe a otimização
produtos inclui quatro, oito e dezasseis ní-
tos de formação e divulgação: o Seminário
de máquinas e processos a preços competi-
veis de ligações. Os blocos de quatro e oito
"Eficiência Energética na Indústria", onde João
tivos quando comparados com outras pro-
níveis, também estão disponíveis como
Dias apresentou o tema "Motores e variado-
teções tradicionais como os térmicos bime-
blocos para distribuição de potência.
res de velocidade" e nas Jornadas da Manu-
tálicos. Caraterizam-se por serem simples
elevare 19
Notícias e Produtos relés com monitorização, controlo e prote-
de problemas como, por exemplo, choque
680 kg e que suportam até 4500 kg, fica
ção de motores elétricos. A gama DSP - VIP
mecânico, atolamento ou stall em apenas
difícil manter a calma numa caixa de vidro
é um completo sistema de gestão de moto-
50 milésimas de segundo, evitando qual-
que se projeta além da fachada do prédio
res que faz a monitorização, a proteção e o
quer dano físico no motor, na máquina ou
mais alto do Ocidente. São quatro elevado-
registo de todas as avarias diagnosticadas
nos bens. Dos inúmeros benefícios financei-
res retangulares de vidro suspensos que
pelo equipamento. Esta é uma gama de tal
ros que pode ter com estes equipamentos
chegam a mais de 400 metros de altura.
eficácia que permite a proteção de cargas
destacamos a redução dos tempos de ino-
Montados sobre trilhos permitem que se-
mecânicas conetadas aos mesmos. DSP
peração, o aumento do tempo de vida útil
jam puxados para dentro, para limpeza e
VIP monitoriza a tensão juntamente com
da máquina, a redução dos gastos de manu-
manutenção.
a corrente para uma proteção mais com-
tenção e a redução dos gastos energéticos.
pleta e fiável, funcionando também como
A sua elevada versatilidade e as caraterís-
analisador de energia. O DSP-VIP contém
ticas e funcionalidades dos protetores de
também entradas digitais para controlo do
motor DSP tornam possível a sua utilização
Nova revista F.Fonseca Automação Industrial 2014
motor a partir de controladores/sensores
sobre um elevado espetro de aplicações
F.Fonseca, S.A.
externos, e está disponível com comuni-
para a proteção de todos os tipos de moto-
Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910
cação RS232 e RS485, com capacidade de
res, e não só. A sua aplicação é possível em
ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com
conexão de módulo de adaptação ou datalo-
bombas, ventiladores, elevadores, gruas,
gger. O DSP – VIP oferece proteções contra
guindastes, cintas transportadoras, tritura-
sobre e subcarga, sobre e subtensão, falta
dores, compressores, e muito mais.
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
de fase, inversão de fases, desequilíbrio de fases, rotor bloqueado, stall e derivação à terra (transformador externo ou interno).
Elevador de vidro em Chicago O Willis Tower, em Chicago, um dos maiores arranha-céus dos Estados Unidos, não passa despercebido pela imponência e altura, mas o mais apelativo e que apela à curiosidade são os seus 4 elevadores panorâmicos totalmente transparentes. São quatro cubos retangulares de vidro suspensos que chegam a mais de 400 metros de altura. Os elevadores têm 3 metros de altura por 3 metros de largura, suportam até 5 toneladas e foram especificados com vidros multilaminados que somam quase 40 mm de espessura.
Os protetores de motor DSP podem ser utilizados em aplicações de sistemas de
A F.Fonseca lança em outubro a edição
transporte de carga, horizontais (cintas
anual da revista F.Fonseca Automação
transportadoras) ou verticais (elevadores e
Industrial, dedicada às novidades mais re-
gruas) e possibilitam o ajuste do tempo de
centes no mundo da automação em 2014.
disparo e tempo de arranque. Nesta aplica-
A F.Fonseca procura estar sempre à fren-
ção, em particular, o sistema não irá dispa-
te, com novas soluções que se adaptem a
rar acidentalmente por flutuações de carga
cada cliente, a cada aplicação, a cada rea-
de curta duração nem durante o arranque
lidade, e para isso não basta ter os melho-
mas continua protegido contra problemas
res produtos do mercado, também tem de
mais graves, como excesso de carga ou
oferecer o melhor suporte: as pessoas.
bloqueamento do sistema. Outra das apli-
Nesta edição partilham um pouco da nos-
cações possíveis é em gruas e elevadores,
sa vivência interpessoal, desde atividades
em que é possível programar o protetor de
teambuilding, à participação em corridas
motor DSP para disparar imediatamente
solidárias e até como aprendemos a sal-
caso o valor da corrente seja ultrapassado
var uma vida. O tema de capa desta edição remete-nos para a ergonomia e flexibilida-
(tendo em conta o consumo do motor em carga máxima), para garantir que o sistema
A inexistência de qualquer tipo de suporte
de através do computador industrial SPC
nunca funcione em casos de carga excessi-
visível, a 410 metros de altura, gera uma
da Advantech, apresentado no segmento
va. Em aplicações de cintas transportado-
sensação estranha. Apesar dos robus-
Interface Homem-Máquina da Página 7. A
ras DSP permite o diagnóstico e proteção
tos parafusos fixando painéis de vidro de
nova geração de autómatos compactos
20
elevare
Notícias e Produtos Para ser utilizado em garrafas PET (incluin-
disponíveis para comercialização em Por-
Melhor desempenho na deteção de objetos transparentes na indústria da alimentação e bebidas
tugal. Nas Redes Industriais o destaque vai
Omron Electronics Iberia, S.A.
conhecida como "P-Opaquing", que propor-
para o switch Ethernet industrial TREE67
Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899
ciona uma maior estabilidade na deteção
apresentando-se como a solução adequa-
info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt
graças à utilização de filtros polarizadores
FX5 faz parte de um dos grandes lançamentos mundiais da Mitsubish Electric, já
do de menor espessura) na indústria das bebidas, o sensor E3S-DB aplica a técnica
da para ambientes industriais agressivos da
especiais para objetos PET. E possui uma
Murrelektronik. Da mesma marca, mas no
outra caraterística avançada: a compen-
segmento Quadro Elétrico, convidamo-lo a
sação automática das alterações do nível
aceder à aplicação Connectivity City, onde
de luminosidade causadas por condições
pode encontrar todas as tecnologias que a
ambientais ou por contaminação. Graças à
Murrelektronik oferece para a espinha dor-
nova função Smart Teach patenteada pela
sal da sua máquina ou instalação industrial.
Omron, a configuração do E3S-DB pode ser
O material para gravação de etiquetas em
realizada rapidamente e sem esforço. Com a
policarbonato Monomatt & Duomatt, da
tecnologia Smart Teach é possível ajustar o
Murrplastik, é a novidade em destaque no
limiar do nível de luminosidade e realiza-se
segmento de Cablagem na Página 23.
a programação numa operação. Para obter a máxima estabilidade de funcionamento, basta pré-selecionar manualmente (com
Em Deteção, as novidades são inúmeras e o
um potenciómetro de menos de uma volta)
sensor fotoelétrico DeltaPac da Sick é uma delas. Este destaca-se pela deteção fiável
A Omron lançou um novo sensor para ob-
o limiar de funcionamento desejado para
e sem espaços entre as embalagens, onde
jetos transparentes para a indústria da ali-
os respetivos objetos, e premindo o botão
os produtos podem ser contados e deteta-
mentação e bebidas, proporcionando a me-
teach, o sensor ajusta automaticamente a
dos diretamente no transportador. No seg-
lhor deteção de objetos, como garrafas de
potência de emissão de luz e a sensibilidade
mento de Segurança são apresentados os
vidro e PET, tabuleiros transparentes ou pe-
segundo a distância de deteção e o limiar
controladores e a rede mais vendidos na
lículas de embalagens. Graças à sua elevada
selecionado. A informação sobre o limiar de
área da segurança industrial: Flexi Soft e
estabilidade de deteção, o sensor E3S-DB é
funcionamento encontra-se sempre visível,
Flexi Loop da Sick. Se ainda não conhece a
uma opção para a deteção de quaisquer ti-
podendo o utilizador copiar o ajuste de um
plataforma de clientes MyFFonseca agora
pos de objetos transparentes nos processos
sensor para o outro, obtendo uma poupan-
poderá ser uma boa oportunidade, não só
de packaging. Este sensor também está
ça de tempo no ajuste de vários sensores
pelo facto de ter acesso a toda informação
disponível para modelos de feixe pontual e
na mesma linha de produção ou na realiza-
à distância de um click, mas também porque
convergente, com um diâmetro de feixe de
ção de trabalhos de manutenção. A natu-
pode usufruir de 2% de desconto adicional
apenas 2 mm a uma distância de 200 mm
reza intuitiva do E3S-DB é ainda otimizada
imediato na realização de compras online.
(sem que seja necessário utilizar um laser)
pela ferramenta de monitorização para PC.
Na Identificação Automática o interroga-
para uma deteção e um posicionamento de
Em conjunto com a tecnologia Smart Tea-
dor RFID RFU62X da Sick, na Página 35, é
alta precisão em correias transportadoras
ch, por exemplo, esta ferramenta obtém a
um dispositivo de leitura/escrita que per-
com um intervalo mínimo entre garrafas.
posição adequada do limiar da intensidade
mite alcances até 1 metro. Em Visão Arti-
Desenvolvido com clientes fabricantes de
da luz de forma rápida e simples através da
ficial apresentam a câmara 3D a cores de
alguns dos principais produtos da indústria
análise da atenuação mínima de um objeto e
elevada performance ColorRanger da Sick,
da alimentação e bebidas, o sensor E3S-
o utilizador necessita apenas de selecionar
que combina as funcionalidades de uma
DB dispõe de um sistema ótico que reali-
o limiar ideal e aplicá-lo aos sensores, pre-
câmara 3D e de uma LineScan a cores. Os
za a deteção com uma histerese reduzida
mindo o botão.
sensores de posição magnetoestritivos
e um elevado intervalo dinâmico. Assim é
compactos da Serie E da MTS, apresenta-
possível obter-se um bom desempenho. O
dos no segmento Medição, são uma ótima
E3S-DB tem capacidade para detetar, por
alternativa aos sensores baseados em ca-
exemplo, uma atenuação de luminosidade de
Plano de funicular na Mouraria e escadas rolantes no Martim Moniz
deias Reed ou fins de curso. Na contra capa
3% até 4 metros do objeto. O seu sistema
Lisboa investiu 130 milhões de euros em
desta edição pode conhecer a mais recente
ótico avançado aumenta a estabilidade do
reabilitação urbana nos últimos cinco anos
oferta na área de formação/coaching em
desempenho com a eliminação de quantida-
em obras licenciadas e que visaram a re-
parceria com a Portal Fox (www.ffonseca.
des ínfimas de luz residual que interferem
qualificação de património já existente. Mas
com/liderar2.0). A revista F.Fonseca Auto-
na deteção de garrafas de vidro. Conhecido
ainda há projetos prioritários para melhorar
mação Industrial 2014 está também dispo-
como o "efeito da lente de garrafa", o aumen-
os acessos na cidade, como é o caso das
nível online, em www.ffonseca.com, Menu
to indesejado da intensidade da luz provoca,
escadas rolantes para ligar o Martim Moniz
Downloads. Se desejar receber a revista em
frequentemente, erros na deteção de gar-
ao Castelo (nas Escadinhas da Senhora da
versão papel, solicite-a através do email,
rafas de vidro em linhas de packaging que
Saúde), um funicular entre a Alta da Mou-
marketing@ffonseca.com.
utilizam sensores com menor estabilidade.
raria (onde será criado um parque de esta-
elevare 21
Notícias e Produtos cionamento) e a Graça e elevadores entre
de elevação para as minas do Jansen Po-
subterrânea mais de 700 projetos de auto-
o Campo das Cebolas e a Sé. Ainda não se
tash Project, localizadas a 130 km a leste
mação e elevação para minas e mais de 100
visualizam prazos para estas obras mas os
de Saskatoon, na província canadiana de
projetos autónomos de sistemas de trava-
projetos de execução já estão a ser desen-
Saskatchewan. O contrato inclui a conce-
gem, instalados em mais de 30 países por
volvidos, segundo Manuel Salgado, Verea-
ção, manufatura, fornecimento e instalação
todo o mundo.
dor do Urbanismo da Câmara Municipal de
de quatro sistemas completos de elevação
Lisboa (CML). O Vereador revela ainda que o
para as minas, abrangendo componentes
elevador já existente na Rua dos Franqueiros
mecânicos e também os sistemas elétri-
está a ter cerca de 60 mil utilizadores men-
cos, incluindo os sistemas de acionamento
sais, um número bastante relevante.
CA ACS6000 e motores síncronos de alta
Elevadores desenvolvem "elevadores espaciais" para pessoas
potência e baixa velocidade. A entrega des-
Há várias empresas a desenvolverem pro-
O investimento da autarquia de 730 milhões
tes sistemas terá lugar entre 2015 e 2018.
jetos para construir um elevador que trans-
de euros na reabilitação urbana é oriundo
Globalmente, a ABB será o fornecedor de
porte pessoas da Terra até ao espaço. En-
de verbas do Programa de Investimentos
sistemas integrados completos de eleva-
tre estas, nada menos do que o Google X, o
Prioritários em Acções de Reabilitação Ur-
ção para as minas, incluindo todos os sub-
laboratório secreto do Google responsável
bana do Quadro de Referência Estratégico
sistemas mecânicos e elétricos.
pelo Google Glass e o carro sem condutor.
Nacional e das contrapartidas do Casino de
O primeiro conceito de um elevador espa-
Lisboa, e 600 milhões de privados. Segun-
cial vem de 1985, criado pelo cientista rus-
do os responsáveis pela Câmara Municipal
so Konstantin Tsiolkovsky e permanece, em
de Lisboa ainda necessitam de mais oito mil
alguns pontos, inalterado. Segundo Tsiolko-
milhões de euros para intervir em todos os
vsky seria necessário um cabo ancorado à
prédios a precisar de obras. As zonas onde a
Terra que se esticasse até ao espaço. Atual-
aposta de reabilitação foi mais forte são os
mente, a ideia mais defendida é a de um pon-
bairros históricos como Alfama, Mouraria e
to de ancoragem na linha do equador com
Madragoa, a zona norte e a zona ribeirinha da
um cabo que se estenda por 100 mil km aci-
capital portuguesa. E sem esquecer a Baixa
ma da superfície da Terra. O cabo seria liga-
Pombalina onde investiram 126 milhões de
do a uma estação de contrapeso e orbitaria
euros entre 2008 e 2013. Segundo o Verea-
junto com o planeta.
dor do Urbanismo, "há 24 edifícios inteiros em obras na Baixa, dos quais sete se destinam a alojamentos turísticos, o que representa uma área de intervenção de 33 mil metros quadrados. Além disso há 16 processos, 14 deferidos à espera de pagamento das licenças e 107 em apreciação." Os imponentes guinchos de fricção a serem fornecidos para os poços de produção, com seis metros de diâmetro cada e uma potência motriz total acoplada de cerca de 14 MW, irão ser os maiores até agora projetados e
Uma construtora japonesa vai construir
construídos a nível mundial. Igualmente im-
um elevador espacial até 2050, capaz de
pressionantes são os guinchos dos poços
transportar passageiros a 36 mil km acima
de serviço, eletricamente idênticos aos de
da Terra e com um custo de 8 mil milhões
produção mas dimensionados para cargas
de euros. A LiftPort, uma empresa fundada
menores. A complexidade e os elevadís-
por um ex-empreiteiro da NASA, também
simos requisitos de desempenho dos sis-
pensa seriamente na ideia depois de ten-
ABB ganha conceção e construção dos maiores sistemas de elevação para minas
temas de travagem destes sistemas obri-
tar, sem sucesso, desenvolver um projeto
garam ao desenvolvimento de uma nova
semelhante no início da década de 2000,
tecnologia de travagem para sistemas de
a ambição agora é construir um elevador
ABB, S.A.
elevação por fricção. Após a conclusão da
na Lua. Segundo o fundador Michael Lai-
Tel.: +351 214 256 000 • Fax: +351 214 256 247
instalação dos quatro sistemas de elevação
ne, a ideia pode servir de protótipo para a
comunicacao-corporativa@pt.abb.com
na mina Jansen da BHP Billiton, a ABB irá de-
Terra. A baixa gravidade e a atmosfera zero
www.abb.pt
ter uma impressionante base instalada de
podem facilitar a elaboração. O grande
onze sistemas de elevação por fricção na
obstáculo para a construção de uma tor-
O grupo ABB foi selecionado pela BHP
província de Saskatchewan. A ABB já forne-
re gigante que transporte pessoas é a fal-
Billiton para o fornecimento de sistemas
ceu globalmente para o setor da mineração
ta de um material forte para ser utilizado
22
elevare
Notícias e Produtos na estrutura, e não pode ser vulnerável a
e das Relações de Trabalho (DGERT), a for-
tras sessões de formação serão realizadas
vibrações, colisões de pássaros e detritos
mação técnica ministrada pela SEW-EURO-
a pedido.
espaciais. Os defensores do elevador acre-
DRIVE Portugal possibilita aos clientes ace-
ditam que nanofibras de carbono são boas
der aos apoios públicos para desenvolver
candidatas como matéria-prima, por serem
as competências dos seus colaboradores,
leves e 100 vezes mais fortes do que o aço,
no âmbito do Programa Operacional de Po-
Elevadores a 65 km/h no maior edifício do mundo
e assim, o problema é que ainda não foi
tencial Humano (POPH) inscrito no Quadro
No Dubai fica o maior edifício do mundo, o
feita uma versão de um tubo com mais de
de Referência Estratégico (QREN).
maior shopping mundial, o restaurante mais alto num 122.° andar, a maior pista artificial
1 metro de comprimento. Segundo a NASA, o elevador deve ter 230 mil km. A falta de
Estas sessões compreendem formação em
de esqui, as maiores ilhas artificiais, o pri-
nanofibras foi uma das razões do Google X
conversores de frequência MOVITRAC®07B
meiro hotel de sete estrelas e muito mais.
interromper a sua pesquisa. Um Professor
(11 de fevereiro na Mealhada, 17 de junho em
Impossível é uma palavra que não se ade-
de química da Penn State University defen-
Lisboa e 11 de novembro na Mealhada), MO-
qua muito a este país no que diz respeito ao
de que nanofilamentos de diamante são a
VITRAC® LT (11 de março na Mealhada, 17 de
que é possível construir.
solução mas, por enquanto, não há empre-
junho em Lisboa e 25 de novembro na Me-
sas a fabricar material suficiente.
alhada), sistemas descentralizados® (22 de abril na Mealhada), controladores vetoriais MOVIDRIVE® B (06 de maio em Lisboa, 16 de
SEW-EURODRIVE PORTUGAL: formação certificada
setembro na Mealhada e 21 de outubro em
SEW-EURODRIVE PORTUGAL
de junho na Mealhada), programação em
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
IPOS (20 de maio na Mealhada e 23 de se-
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
tembro na Mealhada), acionamentos eletro-
Lisboa), Motion Controller MOVI-PLC (3 e 4
mecânicos (25 de março em Lisboa e 14 de A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, Lda., em-
outubro na Mealhada). O programa comple-
presa formadora acreditada pela DGERT
to pode ser consultado em www.sew-euro-
(Direção Geral de Empresas e das Rela-
drive.pt/news/xml_images/d_1214389181.
ções de Trabalho), dá a conhecer aos seus
pdf. A pré-inscrição de participantes deverá
clientes a sua gama de Formação Técnica
ser enviada até 10 dias antes da data de for-
SEW certificada e as respetivas datas. Os
mação, carecendo a mesma de aprovação,
Formadores da SEW-EURODRIVE Portugal
a qual ocorrerá até 5 dias antes da data
estão todos habilitados com CAP (Certifica-
da sessão. O número de participantes por
do de Aptidão Profissional). Como entidade
sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-PLC
O edifício mais alto do mundo, o Burj Kha-
certificada pela Direção Geral do Emprego
com um máximo de 8 participantes). Ou-
lifa, de 828 metros de altura, destaca-se
PUB
Notícias e Produtos pela sua impotência, simbolismo do desen-
a "segurança e confiança" do setor dos ele-
neladas) em relação a 2013 e 23,47% (mais
volvimento e da sua modernidade. Este edi-
vadores, "revolucionando a forma como se
72 239,20 toneladas) em relação a 2012.
fício tem 57 elevadores, estando apenas dois
opera no mercado."
A administração portuária salienta ainda
reservados às visitas turísticas, e os restan-
o crescimento continuado da utilização da
tes aos 900 apartamentos residenciais, 144
ferrovia, com o ramal do Porto de Aveiro que liga à Linha do Norte, através da pla-
tre locais de entretenimento e restaurantes
Porto de Aveiro com novos máximos de cargas movimentadas
requintados, escritórios corporativos, o Hotel
O Porto de Aveiro atingiu novos máximos
máximos. O número de comboios recebidos
Armani, e ainda uma complexo de fitness e re-
de movimentação de mercadorias nos pri-
até ao final de abril foi de 526, o que traduz
creação em quatro andares e um parque de 11
meiros quatro meses de 2014, com um to-
um crescimento em relação ao mesmo pe-
hectares com seis espelhos de água. Estes
tal superior a 1,5 milhões de toneladas de
ríodo de 2013 de 54% (mais 184 comboios).
são, também, dos elevadores mais rápidos
tráfego de cargas movimentadas, anunciou
O total de mercadorias que entraram e sa-
do mundo, deslocando-se a 18 m/s, o equi-
hoje a administração portuária. Em relação
íram do Porto de Aveiro, através do ramal
valente a cerca de 65 km/h. Alguns destes
a 2013, o melhor ano do porto, verificou-se
ferroviário do Porto de Aveiro que liga à Li-
elevadores param apenas nos pisos 43, 76
um acréscimo de 14,31% (mais 189 321,30
nha do Norte na plataforma de Cacia, foi de
e 123 de forma a facilitar a vida de quem vai
toneladas) e a subida foi ainda mais acen-
286 636,28 toneladas, o que representou
para os andares mais elevados.
tuada comparativamente a 2012: 46,35%,
19% do total movimentado, crescendo em
correspondendo a mais 478 988,70 tonela-
30% (mais 65 533,08 toneladas) em rela-
das. Segundo a Administração do Porto de
ção ao período homólogo de 2013.
residências no Armani Residences Dubai, en-
taforma de Cacia, a atingir também valores
Monitorizar elevadores à distância
Aveiro (APA), as exportações foram su-
ThyssenKrupp Elevadores, S.A
periores às importações em cerca de seis
Tel.: +351 214 308 100 • Fax: +351 214 308 258
pontos percentuais, atingindo respetiva-
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
mente 800 979,30 toneladas (52,96% do
Variadores de frequência compactos para elevadores
movimento total) e 711 446,40 toneladas
REIMAN – Comércio de Equipamentos
Milhares de sensores e sistemas estão a
(47,04% do movimento total). A carga ge-
Industriais, Lda.
ser desenvolvidos pela ThyssenKrupp para
ral, com 639 983,50 toneladas, "teve um
Tel.: +351 229 618 090 • Fax: +351 229 618 001
preparar uma solução de monitorização
papel crucial na performance do porto", tendo
comercial@reiman.pt • www.reiman.pt
remota, de forma a ser possível criar uma
uma representatividade de 42,32% do mo-
ferramenta de manutenção preditiva e pré-
vimento total. Relativamente a 2013 houve
Os Optidrive ELEVATOR são a segunda ge-
-preventiva no setor dos elevadores.
um crescimento de 12,60% (mais 71 596,90
ração de variadores INVERTEK concebidos
toneladas) e 76,50% (mais 277 379,40 tone-
para proporcionar um controlo seguro,
ladas) em relação a 2012. Na carga geral, as
suave e fiável em todas as aplicações de
exportações constituíram 72,51% do movi-
elevação. As suas dimensões compactas
mento, uma subida de 23,43% em relação a
simplificam a instalação e o seu interface
2013 e de 112,62% em relação a 2012.
(opcional) de encoder incremental permite uma ligação facilitada numa vasta gama de motores.
A solução, uma parceria da Microsoft com a GCI, agrega componentes relacionados com a Internet of Things (IoT) e permite monitorizar a velocidade dos elevadores, funcionamento de portas, temperatura do motor e alinhamento do eixo, entre outros aspetos.
Quanto aos granéis sólidos, que correspon-
Além disso, os técnicos podem aceder re-
dem a 32,55% do movimento total, atingi-
motamente ao elevador, fazendo um diag-
ram 492 284,00 toneladas, subindo 14,33%
nóstico remoto de quaisquer problemas, e
(mais 61 706,00 toneladas) em relação a
A reconhecida experiência no controlo de
assim é possível definir reparações antes
2013 e 35,59% (mais 129 208,10 toneladas)
motores da Invertek permite um movi-
de ocorrerem falhas no funcionamento do
em relação a 2013, com as exportações a
mento confortável em todas as condições,
equipamento. Os dados são depois recebi-
superarem as importações em cerca de
incorporando 5 rampas independentes e
dos, em computador ou mobile, e analisa-
quatro pontos percentuais. Os Granéis Líqui-
um algoritmo de frenagem dedicado que
dos pelos técnicos da ThyssenKrupp, num
dos (25,12% do movimento total) chegaram
permite o ajuste fino de todo o sistema.
sistema baseado na cloud. Para a empresa,
às 379 996,20 toneladas, apresentando um
A gama Optidrive Elevator incorpora de
esta nova linha de negócio permitirá elevar
crescimento de 17,27% (mais 55 970,00 to-
série a funcionalidade Safe Torque Off ®,
24
elevare
Notícias e Produtos Modo de emergência, deteção de cargas
de posição, de veio rotativo, com atuador
uma bobina magnética. Os corpos são de
leves e operação entre pisos consecuti-
separado e com bloqueio, sendo possível
plástico e metal, variantes com cabeça de
vos. Estes variadores podem ser aplica-
selecionar a solução apropriada para uma
atuação metálica, atuadores rígidos ou
dos em motores até 37 kW, com alimen-
variedade de aplicações. Combinados com
flexíveis, com bloqueio elétrico ou mecâ-
tação monofásica ou trifásica. Têm um
os controladores e relés de segurança, a
nico e bloqueio e monitorização da porta,
binário de até 200% a partir da velocidade
Sick oferece uma solução completa para
variantes com LED indicador de bloqueio
zero. Incluem as funcionalidades Modbus
as aplicações de segurança. Os interrup-
e está disponível com bucim M20 x 1.5 ou
RTY e CANopen em todas as versões, sis-
tores de segurança de posição Sick são
ficha M12. Tem várias vantagens: diferen-
tema de controlo de motores de Indução e
usados para identificar movimentos peri-
tes elementos de comutação oferecem a
de íman permanente. A Optidrive é repre-
gosos de forma fiável, mesmo a elevadas
solução apropriada para cada instalação
sentada em Portugal pela REIMAN.
velocidades. Há dois tipos de atuadores
elétrica, ligações elétricas flexíveis, diag-
diferentes: de êmbolo para determinar
nóstico melhorado devido aos contactos
posições exatas e de alavanca para iden-
adicionais de sinalização. Estes interrup-
Acordo Quadro de Serviços de Manutenção de Instalações de Elevação
tificar movimentos rápidos. O interruptor
tores de segurança têm aplicabilidade em
de segurança de posição é atuado direta-
qualquer indústria independente do setor
mente pelo dispositivo de proteção. Estes
de atividade.
Foi publicado no dia 22 de dezembro o
interruptores de segurança têm um corpo
anúncio do Concurso Limitado por Prévia
metálico e plástico, atuador de êmbolo e
Qualificação para a celebração de Acor-
alavanca, proteção IP66, bucim M20 x 1,5
do Quadro de Serviços de Manutenção de
e elementos de comutação com até qua-
Datalogger MSR165 com gama de medição de até 200 gramas
Instalações de Elevação. O Acordo Qua-
tro contactos.
Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.
dro destina-se à prestação de serviços
Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851
de Manutenção de Ascensores ou Eleva-
info@zeben.pt • www.zeben.pt
dores, Plataformas Verticais destinadas a movimentar pessoas, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes, para as entidades que integram o SNCP (Sistema Nacional de Compras Públicas). A data limite para apresentação de candidaturas é a 20 de fevereiro de 2015. A documentação detalhada dos procedimentos concursais encontra-se disponível em Concursos: www.espap.pt/
Gama de medição alargada de até +/-200
servicos/Paginas/spcp.aspx#maintab14.
Destacam-se pelo desenho standard para
gramas e um período de gravação até 10
O procedimento concursal decorrerá na
uma montagem rápida e fácil, solução
vezes superior: com estas caraterísticas
plataforma eletrónica da eSPap, onde to-
atrativa para aplicações de segurança
o datalogger MSR165 facilita as medições
dos os agentes económicos poderão for-
standard, tem diferentes elementos de
de choque, que se tornam ainda mais
malizar as suas candidaturas, através do
atuação com a melhor solução para ins-
precisas. Os eventos críticos que podem
seguinte link: https://concursos.espap.pt/.
talação elétrica, com um diagnóstico me-
ocorrer durante o transporte e arma-
lhorado graças aos sinais adicionais de si-
zenamento de mercadorias delicadas,
nalização. Os interruptores de segurança
podem ser gravados continuamente até
F.Fonseca apresenta interruptores de segurança eletromecânicos de posição e bloqueio da Sick
com bloqueio são usados para manter os
5 anos através do datalogger MSR165.
acessos à máquina bloqueados até que se
O datalogger para choques e vibrações
possa aceder à zona perigosa, podendo
MSR165 foi apresentado ao mercado pela
ser utilizados em aplicações onde exis-
primeira vez há 5 anos em Nuremberga,
F.Fonseca, S.A.
ta um perigo imediato para as pessoas
Alemanha. Desde então este mini datalo-
Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910
quando a paragem da máquina é demora-
gger tem feito nome por si mesmo no que
ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com
da (por inércia, por exemplo) ou quando a
diz respeito ao domínio da monitorização do
paragem descontrolada do processo tem
transporte, e é vendido em mais de 30 paí-
o potencial de causar lesões ou mesmo a
ses do mundo. O MSR165 estabeleceu-se no
Os interruptores de segurança eletrome-
morte. Há dois tipos de bloqueio: mecâni-
mercado devido a caraterísticas que ainda
cânicos monitorizam as proteções móveis
co ou elétrico. Com o bloqueio mecânico
hoje são fundamentais para o seu sucesso:
da máquina de forma económica e fiável.
uma mola mantém o interruptor fecha-
1600 medições por segundo de choque
O portefólio da Sick contém quatro grupos
do, enquanto que com o bloqueio elétri-
em todos os três eixos, a capacidade de
de produtos: interruptores de segurança
co a porta é mantida fechada através de
armazenar mais de 1 bilião de valores me-
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
elevare 25
Notícias e Produtos didos e, para além disso, a opção de equipar a
ções de operação de máquinas que devem
aplicação ou guardar históricos de dados
unidade com sensores adicionais de tempe-
ser transportadas durante um longo perí-
e alarmes a consola possui interface para
ratura, humidade, pressão ou luminosidade.
odo de tempo – o MSR165 pode agora ser
memórias USB. Com um design inteligen-
equipado com baterias substituíveis (3,6 V
te e simples, os novos terminais propor-
datalogger
x 7700 mAh, Li-SOCI2). As baterias são ar-
cionam todas as caraterísticas e funções
MSR165 dos últimos anos, principalmen-
mazenadas numa caixa de alumínio fundido
necessárias para que possa criar ecrãs in-
te no que diz respeito à sua capacidade
de força industrial. Outra possibilidade para
tuitivos de modo simples e rápido, graças
de memória (2 milhões de valores me-
aumentar o período de registo do MSR165
ao software de programação NB-Designer
didos, que ascende a 1 bilião com cartão
por até 6 vezes mais é através da utiliza-
que pode descarregar gratuitamente do
microSD), assim como o software para
ção do MSR Power Pack. O MSR Power Pack
website da Omron. O software proporcio-
registar e avaliar os valores registados,
é uma estação de carregamento autónoma
na um controlo flexível de janelas, supor-
Após
as
atualizações
do
este datalogger está agora a ser otimi-
com uma capacidade de 5000 mAh que
te até 32 idiomas por aplicação, capacida-
zado no que diz respeito à sua gama de
pode ser usada para recarregar a bateria in-
de para criar animações e um conjunto de
medição e da fonte de alimentação. Ante-
terna do datalogger durante a sua operação.
potentes macros. Para reduzir o tempo de
riormente era possível monitorizar cho-
O intervalo de carregamento da unidade
desenvolvimento, os projetos podem ser
ques até +/-15g, agora a gama de medi-
pode ser ajustado individualmente: 24 ho-
simulados sem HW.
ção deste mini datalogger é de até +/-200
ras, 7 dias ou 30 dias. A MSR é represen-
gramas. O aumento da gama de medição
tada em Portugal pela Zeben – Sistemas
A série NB permite aos operadores otimi-
é benéfico para todas as aplicações de
Eletrónicos, Lda.
zar as tarefas de produção e oferece um
gravação, onde ocorrem repentinamente
amplo conjunto de opções para a repre-
grandes forças/choques, por exemplo, na
sentação gráfica de dados, em tempo real e histórico, permitindo a compreensão de
dorias delicadas, aeroespacial, bem como
Nova série de terminais HMI da Omron: elevadas prestações
testes de queda e impacto na indústria. O
Omron Electronics Iberia, S.A.
e intuitivo. É possível definir diferentes ti-
MSR165 deteta qualquer evento não pla-
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pos de letra e cores para cada alarme se-
neado através do seu sensor digital de
info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt
gundo a sua prioridade. Os alarmes são si-
monitorização de transportes de merca-
toda a informação de modo muito simples
aceleração de 3 eixos. O sensor de ace-
nalizados ao operador mediante um sinal
leração de 3 eixos começa a gravar os
acústico e uma mensagem de texto, sen-
dados quando o limite de aceleração é
do também possível criar alarmes com
excedido ou então após o tempo definido.
janelas emergentes para as situações que
32 valores são registados mesmo antes
requerem uma ação imediata. Existem
do evento de choque acontecer, de modo a
ainda opções para, por exemplo, atribuir
assegurar que o historial do choque pos-
níveis de segurança aos diferentes ecrãs
sa ser analisado durante uma análise de
e ações com controlo de permissões
aceleração. Como resultado, é possível
para cada operador, assim como ações
para os utilizadores saberem quando o
de comprovação por parte do operador
choque ocorreu assim como ter o desen-
para confirmar as ações realizadas. Gra-
volvimento exato do mesmo. O datalogger
ças à interface Webserver, os operadores
MSR165 funciona de forma autossuficien-
A nova série de terminais HMI da Omron
podem estar sempre em contacto com a
te em operações de longo prazo, tendo
proporciona maior funcionalidade e ca-
sua máquina a partir de qualquer local.
necessidades de energia extremamente
pacidade de utilização em máquinas de
Pode monitorizar e operar diretamente
baixas, devido ao seu acelerómetro digital
tamanho pequeno ou médio. Inclui uma
a aplicação HMI, como se estivesse em
de 3 eixos de alta performance (150 mi-
ampla gama de modelos com ecrãs de
frente da máquina, utilizando um simples
croamperes, resolução de 13 bits). Graças
3.5" a 10.1" que se adaptam aos diferentes
web browser standard num PC, tablet ou
à sua bateria recarregável de 800 mAh
requisitos das aplicações; todos os ecrãs
smartphone.
de bateria de lítio-polímero, o datalogger
incorporam um display tátil TFT com re-
MSR165 pode registar medições de cho-
troiluminação LED de longa duração, um
que durante um período de até 6 meses.
amplo ângulo de visão e a capacidade de
Para períodos de gravação mais longos a
mostrar mais de 65 000 cores. Os novos
MSR Electronics GmbH oferece agora 2
terminais da série NB incluem comunica-
Metro vai ter elevador até à superfície no Chiado mas já não será na Rua Ivens
opções adicionais para o fornecimento de
ção Série, Ethernet e USB para ligar com
O Metropolitano de Lisboa vai leiloar o
energia de longo prazo para o datalogger.
os diferentes PLCs e dispositivos Omron,
prédio que comprou há quase 20 anos
Para um período mais longo de gravação
especialmente com o autómato progra-
na Rua Ivens, onde pretendia instalar o
de até 5 anos – o que é, por exemplo, ne-
mável compacto CP1. Também pode co-
elevador de acesso à superfície da esta-
cessário para documentar o transporte,
municar com dispositivos de outros fa-
ção Baixa-Chiado, que será colocado nas
as condições de armazenamento e condi-
bricantes. Para realizar a manutenção da
Escadinhas do Espírito Santo que ligam a
26
elevare
Notícias e Produtos Rua do Crucifixo à Rua Nova do Almada,
deste valor não serão consideradas, até
os grandes edifícios não precisam de se
uma solução mais barata, segundo a em-
porque o fator preço é o único a pesar
organizar em torno de um núcleo vertical.
presa. A estação Baixa-Chiado é uma das
na seleção do comprador. Ou seja, não
"Embora a altura ideal para a instalação do
mais movimentadas e a mais profunda de
importa o valor dado ao imóvel inserido
MULTI seja edifícios com mais de 300 me-
toda a rede, localizada a 45 metros abaixo
numa das zonas mais luxuosas e caras da
tros, esse sistema não é limitado pela altu-
da superfície, e nas duas saídas existem 12
capital. Para o segmento comercial, a ren-
ra da edificação. O projeto dos edifícios não
lanços de escadas rolantes que avariam
da mensal varia entre os 50 e 90€ por m .
será mais limitado pela altura ou alinha-
com frequência durante imenso tempo
O preço médio de venda para habitação
mento vertical das colunas de elevadores,
(em 2010 houveram 144 avarias). Numa
chega aos 3529€, segundo um estudo re-
abrindo possibilidades nunca antes imagi-
das saídas foi instalada em 2012 uma
cente da consultora imobiliária Cushman
nadas por arquitetos e empreendedores."
plataforma elevatória para cadeiras de
& Wakefield. O leilão decorrerá, em inglês,
Mas o sistema MULTI ainda deverá demo-
rodas ou carrinhos de bebé que tem sido
na plataforma Mercado Eletrónico, e ape-
rar alguns anos até ser comercializado.
alvo de “trabalhos de correção” e que ainda
nas serão consideradas as 15 propostas
A ThyssenKrupp iniciou recentemente
não está operacional até ao fecho desta
de preço mais alto.
a construção da sua torre de testes em
2
Rottweil, Alemanha, e espera ter um pro-
edição. A rede atual, com 55 estações,
tótipo do MULTI pronto para os testes até
tem 209 escadas mecânicas, 10 tapetes
“acessibilidade plena” a clientes com mo-
ThyssenKrupp revoluciona projeto de arranha-céus com inovação em elevadores
bilidade reduzida, mas a da Baixa-Chiado
ThyssenKrupp Elevadores, S.A
ainda não é uma delas. O elevador de
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acesso desde o átrio até à superfície está
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
rolantes e 95 elevadores, mas nem todos dão acesso à rua. São 30 as estações com
ao final de 2016.
previsto desde a abertura da estação em 1998, e por isso, a empresa comprou em
A ThyssenKrupp divulgou o mais recente
1996 o edifício de seis pisos nos números
avanço tecnológico: um elevador multidi-
30 a 34 da Rua Ivens para instalar uma
recional sem cabos, que revolucionam a di-
boca de metro com elevador, mas nunca
mensão e a forma dos arranha-céus do fu-
chegou a avançar com o projeto. 20 anos
turo. A funcionar através de uma tecnologia
depois, durante os quais o prédio esteve
magnética similar à utilizada nos comboios
devoluto e com tapumes, foi encontrada
Maglev, cada cabine com um motor indivi-
uma solução alternativa e mais rentável
dual, o sistema de elevadores MULTI per-
noutro local, ao lado do edifício dos Ar-
mite que as cabines se desloquem também
SAI SVV, distribuidor de energia da Weidmüller
mazéns do Chiado. “O ascensor da estação
horizontalmente, e assim diversas cabines
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
Baixa-Chiado será instalado nas Escadinhas
funcionam com um sistema. "MULTI repre-
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
do Espírito Santo que ligam a Rua do Cru-
senta um momento de orgulho na história
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
cifixo à Rua Nova do Almada”, esclarece,
da ThyssenKrupp", referiu o CEO Andreas
através da assessoria de imprensa, sem
Schierenbeck. "Anualmente, os funcionários
O novo distribuidor de energia reduz sig-
avançar uma data para a concretização.
dos vários escritórios de Nova Iorque gastam
nificativamente a quantidade de cablagem
uma quantidade de tempo equivalente a 16,6
necessária. Os distribuidores de energia
Tendo em conta esta decisão, a empresa
anos à espera dos elevadores, e 5,9 anos
conetáveis M12 (IP67) para 24 V até 32 A
vai vender o imóvel da Rua Ivens através
dentro deles. Esses dados mostram o quão
de corrente total caraterizam-se ainda pe-
de um leilão eletrónico, tudo isto para
importante é aumentar a disponibilidade dos
los conetores T-codificados para níveis de
“salvaguardar a defesa do interesse públi-
elevadores."
elevada potência. São cabos continuamente conetáveis M12 para energia e sinais.
co, otimizando o património de que [o Metro] dispõe.” O prédio de 1988 tem uma
Por outro lado, as várias cabines permi-
Com o SAI SVV, a Weidmüller apresenta
área total de construção de 1098 m 2 e
tidas pelo MULTI fazem com que o tempo
um novo distribuidor de energia compac-
está destinado a habitação do segundo
máximo de espera pelos elevadores seja
to que, efetivamente, reduz a quantidade
ao quinto piso. O rés-do-chão e o primei-
de 15 a 30 segundos, independente do ta-
de cablagem necessária. A automação
ro andar albergaram durante vários anos
manho do edifício. E quando se trata de ta-
progressiva não só aumenta a quantidade
a Casa Quintão, uma loja de móveis mo-
manho, MULTI apresenta uma vantagem:
de cablagem requerida como também o
dernos. O valor da aquisição do prédio em
livre da restrição de apenas uma cabine
número de componentes de campo que
1996, bem com o das indemnizações pa-
por fosso que consome a área útil dos pa-
necessitam de energia. O SAI SVV oferece
gas aos inquilinos e à loja de tapetes, não
vimentos dos edifícios, o MULTI suprime
uma solução convincente para resolver
são conhecidos. Quem quiser comprar o
um importante fator limitador, a altura
este problema. Para uma eficiente dis-
imóvel tem de pagar, pelo menos, 2,05
dos edifícios. Além disso, com as cabines
tribuição de energia 24 V segundo o IP67
milhões de euros. As propostas abaixo
podendo passar para dutos horizontais,
standard, a Weidmüller fornece a todos os
elevare 27
Notícias e Produtos utilizadores, os distribuidores de energia
pequenos abre-os totalmente para novas
tradas analógicas, 4 saídas a relé e ainda
conetáveis M12 até 32 A de corrente total.
aplicações.
interface RS 485 Modbus RTU que permite a ampliação do número de entradas e
O novo distribuidor de energia SAI SVV
Estes sensores apresentam inúmeras ca-
saídas, assim como a fácil integração de
também garante segurança até quatro
raterísticas em comum que passam pelo
sistemas de automação que utilizem esse
componentes no campo através de um
alcance extremamente elevado (até 120
protocolo de comunicação.
cabo. O módulo compacto SAI SVV é uma
mm) mas sendo pequenos em tamanho.
solução continuamente conetável, equi-
São ideais para ambientes agressivos com
pado com tomadas fêmeas T-codificadas
lixo, calor e vibração. Distinguem-se de
para níveis de elevada potência. E o SAI
forma ímpar na deteção fiável também no
SVV ainda encurta o tempo de instalação
caso de existirem tolerâncias elevadas de
e torna a manutenção mais facilitada. O
posição, assim como a deteção dos alvos
SAI SVV está equipado com uma assem-
através de obstáculos. Os sensores de
blagem na capota, por isso os cabos – até
proximidade magnéticos MM e MQ da Sick
4 fios, 4 mm – pode ser montado facil-
têm aplicabilidade em qualquer indústria
mente e de forma personalizada. Cada
independente do setor de atividade.
2
SVV SAI carateriza-se pelas estações de 24 V conetáveis, segundo o standard IP 67 – com 10 A das estações de energia e 1 A para estações de eletrónica por conexão. Os quatro circuitos de carga 10 A estão
Das suas inúmeras caraterísticas téc-
todos protegidos por fusíveis. Cada fusí-
nicas, além do interface RS485 Modbus
vel está ligado a um LED que se desliga
RTU, destacam-se as suas funcionalida-
do evento em caso de falha do fusível. O
des PLC permitindo a elaboração de pro-
circuito eletrónico 1 A está também pro-
gramas mais complexos, o seu datalog-
tegido por um fusível tal como sinais de
ger interno com capacidade para 40 000
falha de LED. O SAI SVV é, portanto, uma
registos, o relógio em tempo real de alta
ótima solução para as suas necessidades
precisão e função de sincronização auto-
de ligação.
mática com a hora da rede GSM. Todas estas funcionalidades permitem inúmeras potencialidades como a automação local e/ou remota de máquinas, registo de
Hermes TCR-200: autómato/ controlador e datalogger GSM/ GPRS com interface ModBus RS-485
dados, envio de alarmes, controlo histó-
Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.
programação de vários utilizadores (ní-
Tel.: +351 253 818 850/2 • Fax: +351 253 818 851
veis de prioridade e tipos de privilégios),
info@zeben.pt • www.zeben.pt
vários níveis de alarmes, horários de ati-
rico e estatístico, entre outros. O Hermes TCR200 vem equipado com um potente software de configuração que permite a
vação/supervisão, ações em função de O Hermes TCR200 é um completo equi-
inúmeros estados e tipos de variáveis
F.Fonseca apresenta sensores de proximidade magnéticos MM e MQ da Sick
pamento de telemetria/telegestão GSM/
(entradas, saídas, temporizadores, flags,
GPRS pensado para ambientes industriais,
cálculos matemáticos, equações lógicas,
cuja aplicação permite a automação e mo-
e outros), e outros. O Hermes TCR-200
F.Fonseca, S.A.
nitorização remota de instalações e má-
permite uma fácil e económica gestão
Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910
quinas. A automação e supervisão remo-
remota (monitorização e controlo) de re-
ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com
ta é muito simples e pode ser efetuada a
des de abastecimento de água, redes de
partir de telemóveis, smartphones, tablets
distribuição e fornecimento de energia,
ou PCs, mediante aplicações que permi-
aplicações de energia solar, estações de
A Sick oferece um portefólio completo de
tem uma total supervisão e gestão (rece-
bombagem, instalações de frio industrial,
sensores de proximidade magnéticos em
ção e registo de alarmes, supervisão em
sistemas AVAC, depósitos de recolha de
formato cilíndrico (MM) e quadrado (MQ).
tempo real, históricos, dados datalogger,
resíduos, entre outras aplicações em di-
Os modelos MM estão disponíveis com
e outros). As aplicações são totalmente
ferentes indústrias. O Hermes TCR-200 é
alcance standard e, na série avançada,
gratuitas e estão disponíveis para iOs, An-
um equipamento da marca Microcom, ex-
com alcance estendido. Isto significa que
droid e Windows. O Hermes TCR200 está
clusivamente representada em Portugal
a possibilidade de usar magnetos mais
equipado com 8 entradas digitais e 4 en-
pela Zeben.
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
28
elevare
PUB
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores
Influência da Velocidade nos Ascensores Eng.° Jorge Louro, GMV-Portugal
Homelifts
António Garrido, Liftech, S.A. PROTAGONISTAS
Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável
Miguel Leichsenring Franco, Schmitt-Elevadores, Lda
30
elevare
PUB
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores
Influência da Velocidade nos Ascensores Eng.° Jorge Louro GMV-Portugal
INTRODUÇÃO: Entendemos ser importante analisar a influência da velocidade nos ascensores e as suas implicações a nível: >>
Conceção,
>>
Estrutural,
>>
Desempenho.
Os fatores CED aumentam diretamente com a altura do edifício. Quanto mais alto for o edifício, maior a velocidade do ascen-
Uma curiosidade associada à velocidade: os
Cabina
sor, logo maior serão as suas exigências
73 ascensores instalados em 1932 no edifí-
Órgão do ascensor destinado a receber as
sobre os fatores CED.
cio New Yorks Empire State Building ainda
pessoas e/ou a carga a transportar.
se encontram na nona posição como um
Para situações com velocidades nominais
dos mais rápidos do mundo.
baixas ou médias, a forma da cabina não tem qualquer influência no desempenho
É comum dizer que os ascensores são as
aerodinâmico. Agora para situações de alta
artérias de edifícios, as pessoas, o seu san-
velocidade e ultra/alta velocidade, ou seja,
gue vital, e a velocidade não são mais do que
de 5 m/s ou superior já tem um forte im-
a tensão arterial. Por este motivo conside-
pacto no desempenho aerodinâmico e no
ro de extrema importância a componente
conforto dos passageiros. A insonorização
da velocidade, porque no fundo não é mais
e as medidas de distorção harmónica de
do que projetar uma velocidade correta de
todos os ângulos são fundamentais para
forma a manter a tensão arterial ideal no
reduzirem o ruído de forma a garantir um
edifício para que tenha uma vida saudável.
ambiente confortável ao passageiro. >>
IMPLICAÇÕES AO NÍVEL DA CONCEÇÃO
Vibração e Ruído Aerodinâmico com a velocidade - aumentam diretamente com a velocidade do ascensor. Significa que, para ascensores de baixa e média velocidade, o aspeto construtivo da cabina não tem qualquer importância,
Figura 1
porque não afeta de forma significativa Hoje em dia a velocidade dos ascensores
o desempenho do ascensor.
está associada diretamente ao índice de crescimento de uma região. É conhecido
No caso da alta velocidade e ultra/alta ve-
pelo “Índice de Ascensor”(1), se quisermos
locidade (superiores a 5,0 m/s), estes dois
saber as regiões com maior crescimento
fatores afetam muito o desempenho do as-
económico, devemos ignorar os relatórios
censor em termos aerodinâmicos, a forma
do PIB, estatísticas de emprego e tendên-
da cabina do ascensor tradicional, com as
cias de consumo. Tudo o que necessitamos
suas várias arestas salientes, teto e piso
de fazer é responder a uma pergunta: Onde estão os ascensores mais rápidos?
32
elevare
plano, não é a forma ideal para uma cabina Figura 2
nestas condições.
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Para que os passageiros tenham uma viagem confortável, estes dois pontos devem ser ultrapassados. Houve a necessidade de fazer um estudo do fluxo do ar na caixa e da pressão na superfície da cabina. Para a redução do ruído aerodinâmico teve que se aplicar uma cápsula em forma de cunha aerodinâmica reduzindo drasticamente o fluxo do ar associado, isolando a porta de cabina e principalmente com aplicação de spoilers em forma de cunha sobre as cápsulas. Além disso, as paredes exteriores são compostas por um material com a capacidade de absorver o som denominado Cladded.
Figura 5 Sistema de Regulação da Pressão Atmosférica na Cabina do Ascensor.
Figura 3
(2)
e o piso 89, este é de cerca de 382 m
transmite da guia para a estrutura da arcada
e apresenta uma diferença atmosférica
e, consequentemente, ao passageiro, essa
de cerca de 48hPa. A mudança repenti-
perturbação vibratória aumenta diretamen-
na de pressão com a chegada do ascen-
te com a velocidade, existindo assim a ne-
sor ao piso mais alto irá causar descon-
cessidade de utilizar soluções de guiamento
forto aos passageiros. Para evitar este
inovadoras.
problema, as cabinas estão dotadas de
>>
Vibração com a velocidade. Para situa-
um Controlo do Sistema de Pressão(3)
ções com velocidades nominais baixas, a
que ajusta a pressão atmosférica den-
amplitude da vibração transmitida pelo
Assim, a maior parte do fluxo de ar gera-
tro da cabina, utilizando ventiladores de
movimento é aceitável e não requer
do flui para os lados e para trás da cabina
aspiração e descarga, evitando aos pas-
qualquer cuidado construtivo quer da ar-
quando esta se desloca. Segue um modelo
sageiros uma viagem desconfortável.
cada quer das roçadeiras de guiamento, daí utilizarmos roçadeiras fixas standard
de estudo que nos informa dos pontos mais críticos numa cabina especial submetida a
ARCADA DA CABINA
com uma base em nylon. Mas, quando
ultra/alta velocidade.
Estrutura metálica suportando a cabina, li-
passamos para velocidades nominais de
gada aos órgãos de suspensão. Esta estru-
1,6 m/s até 4,0 m/s, somos forçados a
tura pode fazer parte integrante da própria
aplicar roçadeiras de guiamento por ro-
cabina.
das em que os 3 eixos são amortecidos por uma mola helicoidal dimensionada
Figura 4
>>
(2)
O cuidado e rigor construtivo da arcada au-
de forma a anular ou diminuir o impac-
mentam com a velocidade nominal. Basta
to da vibração. Quando entramos no
termos a ideia que, para ascensores de bai-
universo da alta e ultra/alta velocidade,
xa velocidade, é normal utilizar roçadeiras
o ascensor tende a vibrar muito com a
de guiamento de nylon, mas a partir da alta
agravante das caixas serem comuns a
velocidade e ultra/alta velocidade, ou seja,
vários que viajam em condições diferen-
a partir dos 5m/s, devido à vibração que se
tes, provocando elevadas pressões de-
Variação da Pressão com a velocidade - mais uma vez, a baixa velocidade e média velocidade não tem qualquer importância na conceção da cabina. Contudo, é um fator de extrema importância no estudo da cabina na alta velocidade e ultra/alta velocidade, porque atingem alturas muito elevadas num curto período de tempo que, normalmente, pode rondar entre 30 a 40 s. Para termos uma ideia a distância entre o piso terra
Figura 6(2)
elevare 33
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores para velocidades nominais de 5,0 m/s ou superiores. Composto por um acelerómetro, deteta a vibração na roçadeira transmitindo uma informação a um atuador gerando um amortecimento de vibração baseado numa força eletromagnética na direção oposta (Princípio da lei da ação e da reação). O resultado é um conforto absolutamente irrepreensível para o passageiro. >>
Sistema de guiamento por Levitação Magnética. A Toshiba desenvolveu, em
Figura 7
2006, o primeiro ascensor do mundo com uma suspensão por levitação magnética, denominado MagSus(5), instalado no edifício Taipé101 que ainda hoje detém o recorde do mundo com uma velocidade ascendente de 60,6 km/h. Esta tecnologia permite que não exista qualquer contacto entre a arcada e o guiamento, eliminando definitivamente o problema da vibração, normalmente transmitido pelo sistema de guiamento de rodas quando em contacto com as guias, principalmente na zona de ligação das guias em que o choque será ampliado com a velocidade. Levitação Magnética: A solução MagSus (5) é desenvolvida a partir da integração de um imã permanente (permite que a arcada do ascensor deslize ao longo do guiamento) e um eletroíman (controla a estabilidade da arcada do ascensor).
Figura 8
Quando o imã permanente se aproxima da guia uma forte atração será induzida, provocando uma força de retenção. O movimento da arcada do ascensor é controlado pelo eletroíman que ajusta o campo magnético do íman permanente. Méritos da Levitação Magnética Como se viaja no campo eletromagnético permite que um sensor estime, em tempo
Figura 9
real, a distância ideal, fazendo os ajustes Vibração nas Roçadeiras de Rodas com
no campo magnético, mantendo assim a
superar este problema foi desenvolvido
a velocidade. O ascensor tem tendência
distâ ncia adequada ao guiamento e contro-
um sistema de controlo ativo antivibra-
a aumentar a vibração lateral quando
la a vibração. Significa que o problema que
ção denominado Ative Mass Damper(2).
atinge a alta velocidade ou a ultra/alta
existia na ligação entre guias deixa de ter
Uma vez que o sensor instalado na ar-
velocidade ao percorrer as guias devido
importância, tal como o ruído das rodas
cada deteta a vibração, o contrapeso
à tendência natural de ficarem ligeira-
deixa de ser relevante.
incorporado no dispositivo move-se no
mente onduladas. Um novo tipo de guia-
sentido contrário para anular a vibração.
mento por rodas, denominado Sistema
MÁQUINA DE TRAÇÃO
A aplicação desta massa ativa de amor-
de guiamento por Rodas Ativas(4), é usa-
Conjunto dos órgãos motores que as-
tecimento reduz 20% (ou mais) a vibra-
do para a isolar, absorvendo a vibração
seguram o movimento e a paragem do
ção momentânea da cabina.
lateral. Este dispositivo ativo é aplicado
ascensor.
vido à deslocação da massa de ar. Para
34
elevare
>>
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores >>
Máquina de Tração de Alta velocidade e
LIMITADOR DE VELOCIDADE
-quedas é ativado de forma a bloquear a ca-
Ultra alta velocidade de grande capaci-
Órgão que, acima duma velocidade com re-
bina em segurança. Para parar, por exemplo,
dade. Ao utilizar-se um motor síncrono
gulação predeterminada, comanda a para-
um ascensor(2) de 23 toneladas que desce a
de ímanes permanentes (PMSM) sin-
gem da máquina e, se necessário, provoca a
1 300 m/min são geradas temperaturas ex-
cronizados com duas linhas sinuosas(4),
atuação do pára-quedas.
tremas nos calços superiores a 1000˚ C. Por
denominado controlo duplo-drive, este
conseguinte, é utilizado um material especial
está ligado a duas unidades indepen-
A fricção gerada na roda de gorne durante
com elevada resistência ao calor e ao des-
dentes
paralelo.
a passagem do cabo no gorne gera tempe-
gaste em cerâmica fina de nitreto de silício.
Para cargas elevadas, este sistema ga-
raturas incríveis, bem como um elevado
rante uma rotação mais suave que se
desgaste no caso de ultra/alta velocidade.
AMORTECEDOR DO POÇO
traduz numa menor vibração sobre todo
O aumento da temperatura e desgaste está
Devido à velocidade, o comprimento do
o sistema de suspensão. São motores
diretamente ligado ao aumento da velocida-
amortecedor hidráulico(2) pode chegar aos
de elevada eficiência no desempenho,
de nominal do ascensor.
10 m ou mais. Devido à elevada carga sus-
conversor/inversor
emitem um nível muito baixo de ruído e
pensa, normalmente utilizamos a solução
vibração, sendo quase impercetível em
telescópica de 3 elementos para reduzir o
alta e ultra alta velocidade, transmitin-
espaço que ocupa. Cada elemento está pro-
do assim um elevado conforto ao pas-
jetado para suportar 11 toneladas.
sageiro. Figura 11(2)
É utilizado o mesmo material, de elevada resistência à temperatura e ao desgaste, utilizado nas cunhas do pára-quedas, ou seja, cerâmica fina de nitreto de silício. PÁRA-QUEDAS Órgão mecânico destinado a fazer parar e
Figura 13(2)
manter parada a cabina, o contrapeso ou a Figura 10
massa de equilíbrio nas suas guias em caso
Significa que devem ter um poço muito pro-
de aumento da velocidade ou de ruptura
fundo para garantir um trabalho com ultra/
PORTAS
dos órgãos de suspensão.
alta velocidade.
Sistemas de portas sofisticadas
Varia a sua conceção conforme a velocida-
IMPLICAÇÃO A NÍVEL ESTRUTURAL:
Para baixas e médias velocidades, não se
de. Normalmente o problema é a tempe-
coloca o problema da força do vento em
ratura gerada no atrito durante a atuação
Caixa dos Ascensores
cada piso provocada pela variação de pres-
do pára-quedas. Essa temperatura é dire-
Para situações com velocidades nominais
são com altitude, sendo assim, as portas
tamente proporcional à carga e velocida-
baixas ou médias, a dimensão da caixa e
não requerem nenhum cuidado técnico
de, e quanto maiores forem maior será a
todos os seus elementos (fixações, vigas,
especial.
temperatura gerada chegando a valores
e outros) não influenciam diretamente o
incríveis. Só com aplicação de materiais de
desempenho do ascensor ao nível do ruído,
Para alta e ultra alta velocidade, as portas
última geração é possível ultrapassar este
devemos apenas respeitar as folgas pela
utilizam um sistema sofisticado de controlo,
problema.
Norma EN 81.1. Mas para situações de alta
que não é mais do que um sistema VVVF - In-
velocidade e ultra alta velocidade já tem um
verter Drive Control System de alta eficiência,
forte impacto no desempenho no ruído e na
equipadas com um microcomputador RISC
distorção harmónica, daí o cuidado na sua
que aumenta a sensibilidade das portas, cal-
conceção e construção.
culando o peso dos painéis de porta em cada piso e a força do vento. Além disso, a porta
A insonorização de todos os ângulos da cai-
está equipada com um detetor de aprendi-
xa é muito importante de forma a garantir
zagem de elevada sensibilidade que permite uma elevada precisão e faz uma monitoriza-
um ambiente confortável do passageiro duFigura 12(2)
rante a viagem.
correção automaticamente, mantendo o
Por motivos de segurança, no caso de ultra/
Insonorização da cabina
elevado padrão de funcionamento indepen-
alta velocidade, se qualquer “improvável”
Vamos analisar os 4 pontos que influen-
dentemente da altura do piso.
aceleração anormal for detetada, o pára-
ciam o ruído aerodinâmico da deslocação
ção. Quando a pressão é anormal faz a sua
elevare 35
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores da cabina ao longo de uma caixa, como as medidas de prevenção dessa turbulência e distorção harmónica da cabina ao longo da caixa: >>
Turbulência do vento (Wind Sheer)(6) não é mais do que uma rápida variação na direção e/ou na velocidade do vento ao longo de uma dada distância e é responsável pela formação de turbulência de ar muito perigosa que normalmente está associada à aeronáutica. Não é mais do que o ar existente na caixa que vai sendo comprimido e passa a alta velocidade entre as paredes da caixa e a cabina durante o movimento a subir ou a
Figura 14
Figura 15
descer do ascensor em alta ou ultra/alta velocidade. Gera um som semelhante ao de uma aeronave e quanto maior é a sua velocidade mais alto será este som. É impressionante o seu som quando um ascensor viaja em ultra alta velocidade. O barulho será maior quando 2 ascensores viajam lado a lado na mesma direção, e para reduzir o ruído basta aumentar o espaço entre as paredes da caixa e da cabina. Com o objetivo de reduzir, de uma forma significativa, o fenómeno do som do vento a alta velocidade nos ascensores de alta e ultra/alta velocidade, a área padrão da caixa do ascensor deve sofrer um aumento(6) 1,4 vezes a área pa-
Figura 16
drão. No caso de um ascensor numa caixa, este fenómeno não acontece se a velocidade nominal é igual ou inferior a 2,5 m/s. No caso de uma caixa duplex, este fenómeno não acontece se a velocidade nominal for igual ou inferior a 3 m/s. >>
Efeito de Mergulho (Plunge Effect)(6) verifica-se quando vários ascensores estão a funcionar numa caixa comum (Exemplo 3.1) e se num deles a sua área é cortada com aplicação de uma parede (Exemplo 3.3), ou se 2 cabinas estão desfasadas em altura. Em seguida, quando um ascensor entra neste espaço relativamente mais estreito, faz com que o ar existente seja comprimido gerando um ruído de efeito de mergulho que normalmente é acompanhado por uma
Figura 17
vibração. A melhor maneira de evitar
36
este súbito aumento de pressão do ar é
na parte inferior da parede na direção à
não criar paredes de barreira ou vigas,
caixa comum com uma dimensão de 1,5 a
mas se isso não pode ser evitado devi-
1,8 m2. Se não for possível implementar
do à construção do edifício, devem ser
a saída do ar, a caixa deve ser aumentada
do quando o ar é empurrado, compri-
criadas medidas preventivas como a
1,4 vezes em relação à área padrão. Não
mindo-se à frente da cabina, e quando
criação de uma saída de ar (Exemplo 3.2)
há necessidade de medidas de preven-
atinge uma viga ou uma saliência soa
elevare
ção se a velocidade nominal do ascensor for igual ou inferior a 2 m/s. >>
Ruído Estalo/Buffting Noise(6) - é causa-
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores como um estalo (Whap). Em edifícios com muitos andares este som é ouvido muitas vezes e torna-se audível aos passageiros. Para evitar este fenómeno, a caixa deve ter um menor número possível de superfícies salientes, e caso não seja possível deve-se dotar essas superfícies com placas inclinadas, muito eficazes na atenuação deste fenómeno. Esta medida é necessária para caixas simples com uma velocidade nominal igual a 2,5 m/s ou superior e em caixas duplex para uma velocidade nominal igual a 3 m/s ou superior. >>
Ruído na Casa das Máquinas/Machine
Figura 18
Room Noise(6) - existem várias fontes de ruído que se transmitem ao passageiro na cabina, desde a máquina de tração, o quadro de comando, os travões e o limitador de velocidade que se transmitem para a caixa do ascensor através do piso da casa das máquinas pelos buracos de passagem dos cabos de suspensão e do limitador de velocidade. A forma de evitar a propagação deste ruído para a caixa passa pela colocação de lã de vidro ou outro material de isolamento acústico nas paredes e teto da casa das máquinas, e a laje da casa das máquinas deve ter uma espessura igual ou superior a 150 mm para amortecer toda a vibração dinâmica. Impacto do ruído do ascensor no edifício
Figura 19
Continuando o estudo vamos, de uma forma breve, analisar o seu efeito de propagação para o interior do edifício e as formas
ído semelhante a um assobio forte é
3. Instalação de ar-condicionado na zona
de o evitar.
causado com a passagem do ar a alta
da casa das máquinas de forma a redu-
>>
Estudo do Ruído(6) - quanto maior for a
velocidade pelas frestas das folhas dos
zir o efeito ascendente do ar.
sua velocidade nominal maior será o ru-
painéis e pelo aro que compõe a porta. Ruído nas áreas adjacentes
ído da arcada de cabina e do contrapeso a percorrerem as guias ao longo da cai-
Existem 3 pontos a serem tomados em
Seguem 2 casos em que o funcionamento
xa do ascensor. Adicionalmente, em edi-
consideração durante a fase de projeto do
do ascensor pode ser audível nas áreas vizi-
fícios de grande altura durante os me-
edifício de forma a minimizar este efeito:
nhas à caixa dos ascensores:
ses de inverno, o ar quente do sistema
1.
Minimizar a entrada do ar exterior
a. A turbulência do vento, na caixa à pas-
de aquecimento flui da parte mais baixa
para o interior do edifício através de
sagem da cabina, pode ser ouvida atra-
da caixa para cima devido ao efeito natu-
portas duplas com uma antecâmara
vés das paredes da caixa do ascensor
ral de chaminé. É particularmente grave
de bloqueio de vento nas entradas do
(ar - propagação do som).
quando o ascensor toma o mesmo mo-
edifício, caso não seja possível esta
b. O som devido ao movimento do con-
vimento ascendente, porque acelera o
solução, devem-se utilizar portas gi-
trapeso ou cabina que é transmitido às
vento de forma que nas portas de pata-
ratórias.
paredes da caixa dos ascensores, atra-
mar sente-se um som estridente agudo
2. Aumentar a estanqueidade de cada an-
vés das guias ou das fixações das guias
perturbando mais as pessoas que circu-
dar do ar exterior de forma a evitar a
lam no hall do edifício em torno da caixa
circulação do ar pelas caixas das esca-
do que os próprios passageiros que se
das que se infiltra através das frestas
O som provocado pela turbulência do ven-
encontram dentro da cabina. Este ru-
das portas.
to é baixo, não tem impacto nas áreas vizi-
(sólido - propagação do som).
elevare 37
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores nhas, mas o som de propagação sólida já é
A Velocidade do Ascensor(6) é determinada,
Segue a Tabela 2 que correlaciona a veloci-
um problema e pode atingir os 50db. O mais
geralmente, por dois fatores:
dade com o número de pisos para um Hotel.
importante a fazer para evitar este ruído é
>>
Número de pisos do edifício,
afastar o mais possível a caixa dos quartos
>>
Tipologia do edifício (habitação, escri-
Se analisarmos as velocidades ideais indi-
tórios ou hospital).
cadas para um Hotel, tendo sempre como
durante a fase de projeto do ascensor de alta velocidade. Mas se a sua localização
base a distância média entre pisos de 3 m:
não pode ser alterada, conforme mostra a
A velocidade ideal do ascensor é determi-
>>
20 Pisos / Vn ideal = 2,0 m/s
Figura 7, deve-se ter o cuidado construtivo
nado geralmente pelo número de paragens
>>
25 Pisos / Vn ideal = 2,5 m/s
de não colocar as vigas diretamente sobre
e deve demorar 30 segundos ou menos no
>>
30 Pisos / Vn ideal = 3,0 m/s
a parede adjacente aos quartos.
Service Oriented, 40 segundos ou menos no
>>
35 Pisos / Vn ideal = 3,5 m/s
Standard Service ou 50 segundos ou me-
>>
40 Pisos / Vn ideal = 4,0 m/s (6)
Ruído do Equipamento da Casa de Máquinas
(6)
nos no Economy Oriented desde o piso mais
Normalmente a casa de máquinas está si-
baixo ao mais alto. Segue a Tabela 1 que
Verificamos que a velocidade do ascensor
tuada na parte superior do edifício, na pro-
correlaciona a velocidade com o número
aumenta em média 0,5 m/s por cada 5 pi-
jeção da caixa nos ascensores expressos,
de pisos para um Edifício de Escritórios.
sos, mantendo-se inalterável esta situa-
mas no caso dos ascensores de curso in-
ção até ao 40.˚ piso para um Hotel.
termédio as casas das máquinas estão ins-
Se analisarmos as velocidades ideais indi-
taladas no interior do edifício. Se possível
cadas para um Edifício de Escritórios, ten-
CURIOSIDADE
devem ser colocadas numa área comum e
do sempre como base a distância média
Ascensor mais rápido do mundo (Tabela 3)
rodeadas por áreas de armazenagem, ins-
entre pisos de 3 m:
Atualmente(2), o ascensor mais rápido do
talações sanitárias, escadas de serviço ou
>>
15 Pisos / Vn ideal = 2,0 m/s
planeta está instalado em Taipé, a capital de
similares em que o barulho produzido pelos
>>
20 Pisos / Vn ideal = 2,5 m/s
Taiwan, no Edifício Taipé101 e é capaz de alcan-
equipamentos não é um problema. No en-
>>
25 Pisos / Vn ideal = 3,0 m/s
çar uma velocidade de 1010 m/min, o equiva-
tanto, se o layout apresenta em seu redor
>>
30 Pisos / Vn ideal = 3,5 m/s
lente a 60,6 km/h em subida e 600 m/min, o
áreas suscetíveis, devem ser tomadas me-
>>
35 Pisos / Vn ideal = 4,0 m/s
equivalente a 36 km/h em descida. Leva ape-
didas de insonorização já enumeradas ante-
>>
40 Pisos / Vn ideal = 5,0 m/s
nas 37 s a partir do piso principal até ao piso
riormente de forma a evitar a propagação
>>
45 Pisos / Vn ideal = 6,0 m/s
89 situado a 382 m em apenas 37 segundos.
do ruído para as áreas circundantes.
>>
50 Pisos / Vn ideal = 7,0 m/s
Foi produzido pelo fabricante Toshiba Eleva-
IMPLICAÇÕES AO NÍVEL DO DESEMPENHO
Verificamos que até ao 35 piso, inclusive, a
Para além do número de ascensores e da
velocidade do ascensor aumenta em média
Foi anunciado em Tóquio a 21 de abril de 2014
gestão inteligente do tráfego, existe um fa-
0,5m/s por cada 5 pisos. Mas a partir do 35.˚
pela Hitachi, LTD. e Hitachi Ascensor (China)
tor preponderante no desempenho que é a
piso a velocidade do ascensor altera drasti-
Co., Ltd. (“CLAE”) o desenvolvimento do as-
velocidade.
camente e passa para 1 m/s por cada 5 pisos.
censor mais rápido do mundo com ultra/
(6)
tor and Building Systems (Japão).
Tabela 1
38
elevare
Tabela 2
PUB
Tabela 3
Passageiros
24
Carga Nominal
1600 kg
Velocidade Nominal
Sobe a 1010 m/min desce a 600 m/min
Curso
382,2 m
Unidades
2
E é oficial: foi certificado pelo Guinnes Book of Records na edição de 2006.
alta velocidade de 1200 m/min, o equivalente a 72 km/h para o Guangzhou Centre Finance CTF de 530 metros com 111 pisos, capaz de subir 94 pisos em apenas 43 s. Um arranha-céu de uso misto em construção em Guangzhou, na China, tendo a abertura prevista para 2016. O edifício terá ainda mais 95 ascensores que serão de modelos com um desempenho inferior. CONCLUSÃO Percorremos um longo caminho desde o século XIX em que Elisha Otis colocou o seu sistema de segurança no que é considerado como o primeiro ascensor da era moderna na Broadway n.º 488 em Nova Iorque, em 1853, até ao ascensor a ser instalado em Guangzhou Centre Finance CTF na China, com uma velocidade nominal de 72 km/h, considerado o mais rápido do planeta com data prevista de inauguração para 2016. Analisamos os diversos constrangimentos relacionados com a ultra/alta velocidade nominal de um ascensor. Com a necessidade de ter cada vez mais ascensores mais rápidos para edifícios cada vez mais altos, a tendência é criar motores cada vez mais potentes e resolver o problema dos cabos de suspensão. Neste momento os edifícios estão limitados na sua construção em altura porque a evolução tecnológica dos ascensores não lhes permite irem mais alto. O futuro próximo passa pela aplicação da solução de levitação magnética e aplicação cada vez maior de ascensores de DuploAndar (Double-Deck) com velocidades cada vez maiores. Num futuro mais longínquo passa pela aplicação da tecnologia laser definitivamente mais ecológica… que mais nos espera nesta viagem fantástica na evolução tecnológica? BIBLIOGRAFIA: (1) www.forbes.com/2007/10/01/elevators-economics-constructionbiz-logistics-cx_rm_tvr_1001elevators.html; (2) www.toshiba-elevator.co.jp/elv/infoeng/technology/tec01b.jsp; (3) http://magazine.sfpe.org/smoke-management/elevator-shaftpressurization-system-standards-and-codes-smoke-control-tallbuildin; (4) www.mitsubishielectric.in/global_experience.php; (5) http://technology-gagdet.blogspot.pt/2010/04/comparative-elevators.htm; (6) THE GUIDEN LINE – TOSHIBA- NEW ELBRIGHT;.
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores
Homelifts
António Garrido Liftech, S.A.
O PORQUÊ DOS “HOMELIFTS”
Os países do norte da Europa, pioneiros na
Os chamados “homelifts” ou elevadores re-
resolução de problemas de mobilidade das
sidenciais nasceram há cerca de duas déca-
pessoas com deficiência motora e na res-
das para responder à necessidade do trans-
petiva legislação, lideraram durante muitos
porte vertical de pessoas com mobilidade
anos o desenvolvimento e o mercado para
reduzida em edifícios públicos e habitações
estes equipamentos.
unifamiliares, e devido à dificuldade de aplicação do elevador convencional, vulgo "as-
No entanto, atualmente, existe um merca-
censor”, nas referidas situações.
do de divulgação generalizada em todos os países europeus, decorrente da procura de
As dificuldades de instalação do ascensor
melhor qualidade de vida, e da legislação
estão, essencialmente, relacionadas com a
relativa a acessibilidades.
área ocupada, a energia consumida, o facto de necessitar imperativamente de um
De resto os homelifts são, por excelência,
Figura 2 Homelift com acionamento hidráulico apli-
poço (espaço abaixo do ponto de paragem
o equipamento de acessibilidade, não fa-
cado na fachada de uma moradia.
inferior) e a necessidade de um pé direito no
zendo hoje em dia muito sentido que não
piso superior (vulgo "extra-curso”), difíceis
esteja previsto de raiz no projeto das mo-
censor em moradias e edifícios existentes.
de concretizar nos prédios em questão.
radias como meio de aumentar o conforto
Para isso apoiou-se na Diretiva de Máquinas,
e prevenção de necessidades futuras. Fruto
e esse facto permitiu construir equipamen-
da sua produção em quantidade são, atual-
tos para transporte de pessoas capazes
mente, equipamentos com custos perfeita-
de servir 3, 4 ou mesmo 5 pisos, sem ter
mente comportáveis.
necessidade de poço, e tão pouco casa de máquinas, e com extra-curso reduzido (in-
COMPARAÇÃO COM O "ASCENSOR”
ferior às medidas normais de um pé-direito
Tecnicamente referenciam-se os homelifts
de uma habitação).
como “plataformas elevatórias", justamente para enfatizar a diferença entre este tipo de
A alimentação pode ser monofásica e o
equipamentos e os “ascensores”, desde logo
consumo é normalmente muito mais re-
em relação à Diretiva Europeia por que se
duzido do que nos ascensores, tipicamente
regulamentam (2006/42/CE - Diretiva de
inferior a 2,2 kW.
Máquinas, em contraponto com a Diretiva de Ascensores 96/16/CE) e respetivas Nor-
A Lei Portuguesa e, pelo menos até agora,
mas aplicáveis.
a maioria da legislação europeia, não obriga a que os homelifts tenham que ter um con-
A maior diferença entre o "homelift” e o “as-
trato de manutenção celebrado com uma
censor" reside na velocidade máxima: en-
empresa especializada, assim como não
quanto em relação a este último não exis-
são exigidas inspeções por parte de orga-
tem restrições, a velocidade do primeiro
nismos notificados.
não pode ultrapassar os 0,15 m/s. Apesar da tendência futura passar por obriFigura 1 Homelift com acionamento hidráulico apli-
Como vimos, o homelift nasceu para con-
gar os proprietários dos homelifts a celebrar
cado no vão de escadas de uma moradia.
tornar as dificuldades de aplicação do as-
um contrato de manutenção, as manuten-
40
elevare
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores ções serão muito mais espaçadas no tem-
A vantagem do acionamento por pistão hi-
Por outro lado, para o mesmo espaço de
po, em contraponto com as mensalmente
dráulico está na facilidade de aplicação, já
cabina necessita, em geral, de uma maior
obrigatórias para os ascensores.
que precisa de muito pouco espaço acima da
área de caixa devido à presença do contra-
cabina, pelo que o "extra-curso" é pequeno,
peso. Também acima da cabina necessita
De resto os homelifts dispõem normalmen-
facilitando a sua aplicação em edifícios com
de mais espaço reservado para a máquina
te do mesmo tipo de elementos básicos de
pé-direito reduzido no piso superior. Além
de tração, o que faz com que o extra-curso
segurança dos ascensores, nomeadamen-
disso o quadro elétrico e a central hidráulica
seja maior do que nos acionamentos hi-
te, sistema de pára-quedas, válvula de que-
cabem num mesmo quadro, de dimensões
dráulicos. O sistema de resgate é sempre
da, barreira de portas.
reduzidas, existindo alguma flexibilidade re-
mais sofisticado do que nos hidráulicos,
lativamente ao seu local de instalação, o que
implicando uma fonte de energia baseada
mais uma vez facilita a instalação.
em baterias. Outra desvantagem do home-
Outros obrigatórios nos ascensores são facultativos nos homelifts: limitador de ve-
lift com acionamento elétrico é ser mais
locidade, telefone de emergência, porta de
Outra vantagem deste tipo de homelift é a
caro devido à necessidade de componen-
cabina, amortecedores de impacto no fun-
facilidade de resgate dos utentes em caso
tes que não existem nos hidráulicos (con-
do do poço.
de avaria ou falta de energia. Já que se trata
trapeso, sistema elétrico de resgate, varia-
unicamente de abrir uma válvula para aliviar
dor de frequência, limitador de velocidade,
Os homelifts, de acordo com o espírito da
a pressão do pistão e fazê-lo descer, esta
entre outros).
Diretiva de Máquinas, são do tipo "homem-
manobra pode ser feita automaticamente
presente", isto é, para se movimentar tem
com recurso a uma bateria ou manualmente,
Parafuso sem fim
que pressionar continuamente o botão com
pressionando um botão na central hidráulica.
É uma tecnologia muito utilizada nas plata-
o piso de destino.
formas elevatórias devido à sua seguranTração elétrica
ça e simplicidade.
TECNOLOGIAS
Não é o tipo de acionamento mais comum do
Existem quatro tecnologias diferentes no
homelift, ao contrário do que acontece com o
Baseia-se evidentemente num parafuso
que respeita ao homelift, dizendo principal-
ascensor, mas a sua utilização tem vindo a au-
sem fim com o comprimento do curso da
mente respeito ao tipo de acionamento:
mentar devido à diminuição do tamanho das
cabina.
>>
Pistão hidráulico;
máquinas de tração.
>>
Tração elétrica;
>>
Parafuso sem fim;
Comumente com este tipo de acionamento é
e, nesse caso, o parafuso sem fim é fixo, ou
>>
Pneumático.
aplicado contrapeso, tal como no ascensor,
estar fora, e nesse caso faz rodar o para-
mas também existem soluções com aciona-
fuso sem fim.
O motor pode estar embarcado na cabina,
Pistão hidráulico
mento do tipo guincho, sem contrapeso, apli-
O acionamento por pistão hidráulico é, hoje
cáveis para desníveis pequenos, geralmente
O resgate em caso de avaria ou falha de
em dia, a par com o parafuso sem fim, a so-
não mais do que um piso.
rede pode ser feito através de uma bateria
lução mais utilizada. Para cursos acima de
ou por um processo manual do tipo "dar à
2 pisos é relativamente habitual combinar o
A vantagem deste tipo de acionamento é
manivela". De qualquer forma, o resgate é
pistão com um sistema de cabos que dupli-
basicamente a eficiência energética, o que
um pouco mais complicado do que nos ho-
ca o curso do pistão.
não é aplicável à solução com guincho.
melifts de acionamento hidráulico. Pneumático Trata-se de um sistema relativamente recente, cuja utilização está pouco disseminada na europa. O seu elemento base é um cilindro exterior transparente, constituído por uma estrutura autoportante com paredes em policarbonato ou semelhante. Dentro deste cilindro movimenta-se uma cabina igualmente cilíndrica e do mesmo material do cilindro exterior. Existe uma guiagem da cabina e um sis-
Figura 3 Acionamento hidráulico de ataque “diferencial”.
Figura 4 Acionamento hidráulico de ataque direto.
tema mecânico de ancoragem da cabina quando esta se encontra no piso.
elevare 41
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores As portas são isoladas e autotanques devi-
Tabela 1
do à ação da pressão atmosférica, possuin-
Hidráulico
do também dispositivos de encravamento. A cabina está equipada com um dispositivo pára-quedas. No topo do cilindro externo é colocada
Elétrico
Elétrico
Parafuso
com
com
sem fim
contrapeso
guincho
Pneumático
Facilidade de adaptação
2.˚
3.˚
3.˚
2.˚
1.˚
Eficiência energética
2.˚
1.˚
3.˚
2.˚
4.˚
a bomba de vácuo, válvulas e o sistema
Segurança
1.˚
1.˚
2.˚
1.˚
3.˚
elétrico de comando. Num outro tipo de
Facilidade de resgate
1.˚
2.˚
2.˚
2.˚
3.˚
construção esta unidade é colocada fora
Estética (menos compo-
do cilindro a uma distância que pode ir até
nentes "técnicos")
2.˚
3.˚
2.˚
3.˚
1.˚
10 metros. Desta forma consegue-se uma
Maiores cursos
redução do ruído, que juntamente com o
possíveis
2.˚
1.˚
4.˚
3.˚
4.˚
consumo de energia, são as maiores des-
Ruído audível
1.˚
1.˚
1.˚
1.˚
2.˚
vantagens deste sistema.
Preço
1.˚
4.˚
3.˚
2.˚
5.˚
Ranking geral
1.˚
2.˚
3.˚
2.˚
4.˚
O princípio de funcionamento da subida, consiste em provocar o vácuo na zona do
Evidentemente que a elaboração deste
As caraterísticas técnicas do homelift refle-
cilindro acima da cabina, com recurso à
ranking tem uma componente significativa
tem então as circunstâncias anteriores:
bomba de vácuo.
de subjetividade.
O topo da cabina tem uma "anilha" vedan-
De qualquer modo a perceção do autor, ten-
sar os 12 m. A sua capacidade de carga típica
te para possibilitar a diferença de pressão
do em conta os 7 aspetos enumerados, é
é na ordem dos 200 a 300 kg, o necessário
entre a parte inferior e a parte superior da
que a melhor escolha é o homelift com acio-
para uma cadeira de rodas e um acompa-
cabina.
namento hidráulico.
nhante, ou então para 3 pessoas.
O movimento de descida é conseguido atra-
CARACTERISTICAS TÉCNICAS
A sua velocidade não ultrapassa os 0,15 m/s
vés da utilização de uma válvula que, de
Como se viu, o homelift tem a sua área de
o que é imposto pela Diretiva e pela Norma.
uma forma controlada, deixa entrar a quan-
aplicação em edifícios unifamiliares e em
tidade de ar na zona superior necessária
edifícios existentes, nos quais a aplicação
As suas dimensões costumam ser generosas
para conseguir uma descida suave.
de um ascensor é problemática.
com vista à possível utilização por cadeiras
Na parte inferior do tubo existem entradas
Presidiu à sua conceção a satisfação das
los para espaços muito reduzidos. Veja-se o
de ar para que a pressão na parte inferior
necessidades de mobilidade das pessoas
modelo da imagem, que ocupa um espaço de
seja a atmosférica (bem como dentro da
com deficiência motora, inclusive aquelas
apenas 68 cm de largura por 81 cm de pro-
cabina).
que se deslocam em cadeiras de rodas.
fundidade (estrutura incluída).
ações de "empate" na atribuição do lugar
Figura 5 Homelift hidráulico de dimensão muito re-
em geral, uma configuração que facilita a utilização
no ranking.
duzidas
por pessoas em cadeira de rodas.
O seu curso máximo não costuma ultrapas-
de rodas. No entanto também existem mode-
Não tem nenhuma vantagem sobre alguma das outras tecnologias descritas, que não seja a questão estética: tem poucos componentes visíveis e o aspeto redondo invulgar cativa a atenção. Devido ao seu formato não é seguramente o equipamento mais adequado para utilização por pessoas em cadeira de rodas. QUADRO COMPARATIVO DOS TIPOS DE HOMELIFT No quadro seguinte foram selecionados os aspetos considerados mais relevantes para a avaliação do equipamento e, para cada um destes aspetos, estabelecido um ranking. Conforme é normal, existem situ-
42
elevare
Figura 6 Os botões de comando dos homelift têm,
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores As alimentações elétricas em geral podem
>>
Trepadores de escadas;
ser monofásicas e os consumos da ordem
>>
Rampas portáteis para cadeiras de rodas.
dos 2 ou 3 Cv (com exceção da tecnologia de acionamento pneumático, que tem um con-
É lógico pensar que a abertura dos parênte-
sumo consideravelmente superior).
sis em alguns dos itens enumerados, tem a função de ajudar a clarificar de que equipa-
Habitualmente os homelifts são concebidos
mento se está a falar (e não criar definições
sem porta de cabina e com porta de "baten-
despropositadas de índole técnica).
te" nos patamares. Esta solução otimiza o espaço ocupado e é adequada e segura face
Assim como, mesmo em termos estrita-
à velocidade reduzida do equipamento.
mente linguísticos, se pode pensar que os parêntesis “(não possuem cobertura e não
Legislação
trabalham dentro de um poço)” se referem
A construção e instalação do homelift
apenas aos “elevadores para cadeiras de ro-
regulamenta-se pela Diretiva Europeia de
das”. O que faz todo o sentido pois a desig-
Máquinas, 2006/42/CE, existindo desde há
nação "plataformas elevatórias" não suscita
alguns anos uma Norma destinado especificamente a regulamentar a construção
dúvidas do que se trata (até tem uma Norma Figura 7
associada), o mesmo não acontecendo com
a utilização por pessoas com mobilidade re-
capaz de proporcionar a este indivíduo a su-
que o autor sentiu a necessidade de definir
duzida. Trata-se da Norma EN 81-41.
bida para os andares superiores?
melhor o conceito, utilizando os parêntesis.
No que diz respeito à manutenção não exis-
Cadeiras ou plataformas sobe escadas?
Aliás se admitíssemos que os referidos pa-
te ainda regulamentação para este tipo de
Para 3 pisos são caras, de difícil aplicação,
rêntesis se aplicavam também às "platafor-
equipamentos, ao contrário dos ascenso-
pouco adequadas ao problema concreto do
mas elevatórias" teríamos um problema de
res (cuja manutenção e inspeção é regulada
indivíduo em causa.
clarificação do conteúdo dos mesmos:
das plataformas elevatórias verticais para
os “elevadores para cadeira de rodas”. Daí
pelo Decreto-Lei 320/2002). Plataformas sem envolvente exterior? Para
O que é a "cobertura” de uma plataforma
Fiscalidade
mais do que um metro de curso a sua utili-
elevatória? Este termo não existe nos glos-
Sobre este assunto, concretamente sobre
zação é inconcebível devido aos perigos ine-
sários das Normas de elevadores. É a es-
a taxa de IVA a aplicar ao homelift, foi publi-
rentes. Resta então o homelift que, de resto,
trutura envolvente da mesma? É o teto da
cado em edição anterior desta mesma re-
é o equipamento com a melhor relação fun-
"cabina"? Concebendo uma cabina sem teto,
vista, um artigo bastante esclarecedor que
cionalidade e preço e não discriminatório
já se obedece a este critério? Convenhamos
traduz a posição que o fisco, bem ou mal,
(não é para utilização exclusiva da pessoa
que nada disto faz muito sentido.
tem tomado, e que é no sentido deste equi-
com dificuldade motora).
pamento ser sempre taxado à taxa máxima do IVA.
E “poço”? A única definição conhecida é feita O que tem acontecido é que o fisco se tem
no glossário da Norma EN 81-1 e que diz o
baseado numa (má) interpretação à letra
seguinte: "Poço (Cuvette) (Schachtgrube) (Pit):
A nossa opinião é que se os homelits (tec-
do texto do item 39 da lista de bens à taxa
Parte da caixa situada abaixo do nível do piso
nicamente "plataformas elevatórias") forem
reduzida do Despacho n.˚ 26 026/2006, que
extremo inferior servido pela cabina”.
“especificamente concebidos para utilização
menciona “Plataformas elevatórias e eleva-
por pessoas com deficiência” (conforme De-
dores para cadeiras de rodas (não possuem
Muito provavelmente o que o autor queria
creto-Lei n.˚ 102/2008, relativo ao código
cobertura e não trabalham dentro de um
dizer era “caixa” entendendo-se como tal a
do IVA), e sendo essa circunstância atesta-
poço), elevadores para adaptar às escadas
envolvente em alvenaria ou noutro mate-
da no certificado de "Exame CE Tipo" do equi-
(dispositivos com assento ou plataforma fixa-
rial como estrutura de alumínio ou ferro
pamento, então legalmente a taxa de IVA a
da a um ou mais varões que seguem o con-
e vidro. Mas uma plataforma elevatória,
aplicar deverá ser a reduzida.
torno e ângulo da escadaria), trepadores de
utilizada para um ou mais pisos, sem uma
escadas e rampas portáteis para cadeiras de
“caixa”?! Não é aceitável em termos de
rodas.”
segurança.
lidade. Imaginemos a situação bem plausí-
Ou seja, de uma forma bastante exaustiva,
Assim a nossa opinião é bastante clara: to-
vel de uma pessoa que vive numa casa de 3
são enumerados todos os tipos de equipa-
das as plataformas elevatórias concebidas
andares e que numa fase da sua via, por um
mentos de acessibilidade:
para utilização por pessoas com deficiência,
qualquer infortúnio, passa a ter que utilizar
>>
Plataformas elevatórias;
e obedecendo à Norma EN 81-41, deverão
andarilhos (ou mesmo cadeira de rodas).
>>
Elevadores para cadeiras de rodas;
ser taxadas à taxa reduzida do IVA. Decorre
Pergunta-se: qual é o único equipamento
>>
Elevadores para adaptar as escadas;
da lei Portuguesa e é justo e razoável.
Defendemos este ponto de vista antes de mais, por uma questão de justiça e razoabi-
elevare 43
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores
Ascensores: a eficiência energética e a legislação aplicável Miguel Leichsenring Franco Schmitt-Elevadores, Lda
1. INTRODUÇÃO
sumo de energia por esta via. Os edifícios
Uma redução no consumo energético dos
A segurança, o conforto e o melhor aprovei-
têm um forte impacto no consumo de ener-
ascensores terá, por isso. globalmente, um
tamento do espaço disponível nos edifícios
gia a longo prazo, tendo-se concluído que,
impacto relevante.
são os temas centrais com que a indústria
com um aumento da eficiência energética
de ascensores normalmente se preocupa
em edifícios se poderia reduzir em 42%
A Comissão Europeia lançou em 2006, o
no desenvolvimento de novas soluções de
as emissões de carbono provocadas pelos
“Plano de Acção para a Eficiência Energética”
transporte vertical de pessoas e cargas;
edifícios, bem como os custos energéticos
com o qual pretendia mobilizar o grande
a eficiência energética não era discutida
relacionados.
público, os responsáveis políticos e os in-
até há alguns anos. Contudo, o aumento
tervenientes no mercado e transformar o
substancial do custo da energia eléctrica e
De acordo com o Projeto E4 - Energy Efficient
mercado interno da energia, de forma a dis-
a maior sensibilidade da sociedade para as
Elevators and Escalators1 , estima-se que os
ponibilizar aos cidadãos europeus as infra-
questões ambientais, conduz ao rápido au-
ascensores serão responsáveis por 3 a 8%
estruturas (incluindo edifícios), os produtos
mento de importância da temática da efici-
do total de energia elétrica consumida num
(incluindo eletrodomésticos e automóveis)
ência energética também na indústria dos
edifício. Segundo este estudo, na Europa a
e os sistemas energéticos mais eficientes.
ascensores. Também a União Europeia e o
27 (EU27) terão sido instalados e estarão
O plano de acção tem por objetivo contro-
Governo Português reconhecem hoje a im-
em funcionamento cerca de 4,8 milhões de
lar e reduzir a procura de energia e tomar
portância deste tema, tendo-o incorporado
ascensores e 75 000 escadas mecânicas e
medidas específicas relativas ao consumo
no corpo legislativo.
tapetes rolantes (Almeida et. al. 2010). Os
e fornecimento, no intuito de poupar 20%
autores deste estudo estimam que subs-
do consumo anual de energia primária até
Pretende-se neste artigo analisar a legisla-
tituindo e utilizando a melhor tecnologia
2020 (em comparação com as previsões
ção em vigor relacionada com a eficiência
disponível para todos os ascensores exis-
do consumo energético para 2020). Os
energética e que tenha uma implicação di-
tentes, poder-se-iam obter poupanças de
ascensores, como máquinas elétricas que
reta ou indireta na instalação de ascenso-
energia elétrica na ordem dos 66%. Em
são, devem e podem naturalmente contri-
res. Para tal optou-se por pesquisar toda a
Portugal prevê-se que estejam instalados
buir para a melhoria do desempenho ener-
Legislação Europeia e, em seguida, toda a
cerca de 140 000 ascensores, dos quais
gético global de um edifício.
Legislação Nacional aplicável, relacionada
90% serão ascensores elétricos de roda de
com a temática da eficiência energética.
aderência e 10% serão ascensores hidráuli-
A pesquisa de legislação foi realizada em
cos. Cerca de 70% dos ascensores estarão
dois níveis (a legislação comunitária e a
2. RELEVÂNCIA DO TEMA
instalados em edifícios residenciais, 15%
legislação nacional), tendo sido analisados
No âmbito deste artigo entende-se por “efi-
em edifícios de escritórios, 8% em hotéis,
diversos documentos legais, conforme indi-
ciência energética” como sendo uma estraté-
4% em hospitais, 2% em edifícios comer-
cado na Figura 1.
gia de consumir o mínimo possível de ener-
ciais e os restantes 1% em outros tipos de
gia para a realização de qualquer trabalho,
edifícios, como terminais de transporte e
3. A LEGISLAÇÃO EUROPEIA
quer através da supressão de consumos,
unidades industriais. Estima-se que todos
Em 2012, as entidades oficiais europeias
quer através da utilização de tecnologias
os ascensores instalados em Portugal ten-
reconheceram que o objetivo de eficiência
mais eficientes.
derão a consumir anualmente 713 GWh, o
energética da União, definido no “Plano de
que representará cerca de 1,5% do consu-
Acção para a Eficiência Energética”, não es-
mo total de energia elétrica em Portugal.
tava em vias de ser cumprido, e que era ne-
Segundo um estudo recente, os edifícios representam cerca de 40% do consumo de
cessária uma ação mais determinada para
energia total da União Europeia. Uma vez que este setor está em expansão espera-se, nos próximos anos, um aumento do con-
44
elevare
explorar o considerável potencial existente 1
Projeto E4 - Energy Efficient Elevators and Es-
no que respeita a maiores economias de
calators – D2.2 – Country Report – Portugal.
energia nos edifícios existentes. Com base
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Diretiva 2012/27/UE: Esta Diretiva relativa à eficiência energética, e que altera as Diretivas 2009/125/CE e 2010/30/UE e revoga as Diretivas 2004/8/ CE e 2006/32/CE, estabelece um quadro comum de medidas de promoção da eficiência energética na União, para assegurar a realização do objetivo da União que consiste em atingir 20% em matéria de eficiência energética até 2020, e de preparar caminho para novas melhorias nesse domínio para além dessa data. Esta Diretiva estabelece ainda regras destinadas a eliminar os obstáculos no mercado da energia e a ultrapassar as deficiências do mercado que impedem a eficiência no aprovisionamento e na utilização da energia, e prevê a definição de objetivos nacionais indicativos em matéria de eficiência energética para 2020. Esta Diretiva estabelece igualmente Normas vinculativas para os consumidores finais e para os fornecedores de energia. Não existe qualquer referência a
Figura 1 Pesquisa de legislação.
ascensores. neste reconhecimento, a Comissão Euro-
máquinas de lavar loiça, aparelhos de ilumi-
Como se viu, nenhuma destas Diretivas
peia emanou diversas Diretivas relaciona-
nação, frigoríficos e congeladores, televiso-
aborda diretamente a temática dos ascen-
das com a eficiência energética, a saber:
res e motores elétricos. Os ascensores não
sores. Ou seja, não existe legislação comu-
são referidos explicitamente.
nitária que imponha diretamente regras sobre a eficiência energética em ascensores,
Diretiva 2010/30/UE: Eficiência energética dos produtos
Diretiva 2010/31/UE: Desempenho energético
que tenha de ser seguida pelos fabricantes
Esta Diretiva prevê a indicação do consumo
dos edifícios
e/ou projetistas.
de energia e de outros recursos por parte
A Diretiva 2002/91/CE relativa ao desem-
dos produtos relacionados com a energia,
penho energético de edifícios (em particu-
4. A LEGISLAÇÃO NACIONAL
por meio de rotulagem e outras indicações
lar ao isolamento, ao ar-condicionado e à
Procedeu-se em seguida à pesquisa na Le-
uniformes relativas aos produtos, com
utilização de fontes de energia renováveis)
gislação Nacional, tendo sido analisados os
impacto significativo, direto ou indireto, no
prevê um método para o cálculo do desem-
seguintes Diplomas legais:
consumo energético. Vários regulamentos
penho energético de edifícios, requisitos
específicos definem depois os requisitos
mínimos para os edifícios de grande dimen-
O Decreto-lei 12/2011 de 24 de janeiro trans-
para diversos aparelhos eletrodomésticos.
são, novos e existentes, e a certificação
põe para a ordem jurídica interna a Diretiva
A rotulagem do equipamento de escritório
energética. A Diretiva foi revogada a par-
2009/125/CE, do Parlamento Europeu e do
e a rotulagem dos pneus são abrangidas
tir de 1 de fevereiro de 2012 pela Diretiva
Conselho, de 21 de outubro relativa à cria-
por regulamentos separados. Não é feita
Reformulada 2010/31/UE, que entrou em
ção de um quadro para definir os requisitos
qualquer referência a ascensores.
vigor em julho de 2010. O principal objetivo
de conceção ecológica dos produtos rela-
da Diretiva de reformulação era simplificar
cionados com o consumo de energia. Este
Diretiva 2009/125/CE (que reformula a
algumas disposições da anterior Diretiva e
Decreto-Lei aplica-se aos produtos relacio-
Diretiva 2005/32/CE, alterada pela Diretiva
reforçar os requisitos de eficiência energé-
nados com o consumo de energia, conside-
2008/28/CE): Eficiência energética dos
tica relativamente, entre outros à aplicação
rando qualquer bem colocado no mercado
produtos
de requisitos mínimos para o desempenho
ou em serviço que tenha um impacto sobre
Esta Diretiva define os requisitos de conce-
energético, em especial, dos edifícios exis-
o consumo de energia durante a sua utiliza-
ção ecológica dos produtos relacionados
tentes, dos componentes de edifícios sujei-
ção, incluindo as peças a incorporar nesses
com o consumo de energia. Os regulamen-
tos a grandes renovações e dos sistemas
produtos como peças individuais colocadas
tos de execução cobrem uma vasta gama
técnicos dos edifícios sempre que sejam ins-
no mercado ou em serviço para utiliza-
de produtos, entre os quais aquecedores,
talados, substituídos ou atualizados. Nada é
dores finais, cujo desempenho ambiental
aspiradores, aparelhos de ar-condicionado,
dito sobre os ascensores.
possa ser avaliado de forma independente.
elevare 45
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Este Decreto-Lei não é aplicável aos meios de transporte de pessoas ou mercadorias. Por sua vez, o Decreto-Lei 63/2011 de 09 de maio estabelece as medidas de informação a prestar ao utilizador final de produtos com impacto no consumo energético, transpondo a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de maio, relativa à indicação do consumo de energia e de outros recursos por parte dos produtos relacionados com a energia, por meio de etiquetagem e outras indicações uniformes relativas aos produtos. O regime consagrado vem estabelecer a obrigatoriedade de colocação de etiquetas e elaboração de fichas de informação sobre o consumo de energia e de outros recursos essenciais de produtos que tenham impacto no consumo de energia, inserindo-se nos objetivos de política energética definidos na Estratégia
projeto e construção de edifícios novos, ou
Nacional para a Energia com o horizonte
numa grande intervenção na envolvente ou
bro, que determina as competências da
temporal de 2020 (ENE 2020). Também
sistemas técnicos de edifícios existentes, ou
entidade gestora do Sistema de Certi-
neste Diploma Legal nada é referido relati-
numa avaliação energética e da manuten-
ficação Energética dos Edifícios (SCE)
vamente a ascensores.
ção dos edifícios novos, sujeitos a grande in-
e regulamenta as atividades dos téc-
tervenção), os sistemas técnicos devem ser
nicos do SCE, estabelece as categorias
Por fim, o Decreto-Lei 118/2013 de 20 de
avaliados e sujeitos a requisitos, tendo em
de edifícios para efeitos de certificação
agosto, visa assegurar e promover a me-
vista a promoção da eficiência e a utilização
energética, bem como os tipos de pré-
lhoria do desempenho energético dos edi-
racional de energia. Essa avaliação deverá
-certificados e certificados SCE e res-
fícios através do Sistema de Certificação
incidir nas componentes de climatização, de
ponsabilidade pela sua emissão, fixa as
Energética dos Edifícios (SCE), que integra
preparação de água quente sanitária, de ilu-
taxas de registo no SCE e, finalmente,
o Regulamento de Desempenho Energético
minação, de sistemas de gestão de energia,
estabelece os critérios de verificação
dos Edifícios de Habitação (REH) e o Regu-
de energias renováveis, de elevadores e de
de qualidade dos processos de certifi-
lamento de Desempenho Energético dos
escadas rolantes.
cação do SCE, bem como os elementos
>>
Edifícios de Comércio e Serviços (RECS).
Portaria 349-A/2013 de 29 de novem-
que deverão constar do relatório e da
Este Diploma transpõe para a ordem jurídi-
Este Diploma estabelece, entre outros as-
anotação no registo individual do Perito
ca nacional a Diretiva 2010/31/UE do Parla-
pectos, os requisitos de conceção e de ins-
Qualificado (PQ). Nada é referido em re-
mento Europeu e do Conselho de 19 de maio
talação dos sistemas técnicos nos edifícios
de 2010 relativa ao desempenho energético
novos e de sistemas novos nos edifícios
dos edifícios.
existentes sujeitos a grande intervenção,
bro, em que se define a metodologia de
lação a ascensores. >>
Portaria 349-B/2013 de 29 de novem-
um Indicador de Eficiência Energética (IEE)
determinação da classe de desempe-
Trata-se do primeiro documento legal so-
para caraterização do desempenho ener-
nho energético para a tipologia de pré-
bre eficiência energética em que se refe-
gético dos edifícios e dos respetivos limi-
-certificados e certificados do Sistema
rem explicitamente os ascensores. Assim,
tes máximos no caso de edifícios novos,
de Certificação Energética dos Edifícios
no seu Artigo 2.˚ define-se “Sistema téc-
de edifícios existentes e de grandes inter-
(SCE), bem como os requisitos de com-
nico”, como o conjunto dos equipamentos
venções em edifícios existentes, e ainda a
portamento técnico e de eficiência dos
associados ao processo de climatização,
obrigatoriedade de fazer uma avaliação
sistemas técnicos dos edifícios novos e
incluindo o aquecimento, arrefecimento e
energética periódica dos consumos ener-
edifícios sujeitos a grande intervenção.
ventilação natural, mecânica ou híbrida, a
géticos dos edifícios existentes, verificando
Também aqui nada é referido em rela-
preparação de águas quentes sanitárias
a necessidade de elaborar um plano de ra-
e a produção de energia renovável, bem
cionalização energética com identificação
como, nos edifícios de comércio e servi-
e implementação de medidas de eficiência
em que se determina os elementos que
ços, os sistemas de iluminação e de gestão
energética com viabilidade económica.
demonstrem o cumprimento do Regu-
de energia, os elevadores e as escadas ro-
ção a ascensores. >>
Portaria 349-C/2013 de 2 de dezembro,
lamento de Desempenho Energético
lantes. Ainda no mesmo Diploma, mas no
Como complemento ao Decreto-Lei 118/2013
dos Edifícios de Habitação e do Regu-
35.˚ Artigo, refere-se que, apenas nos edi-
de 20 de agosto foram emanadas ainda as
lamento de Desempenho Energético
fícios de comércio e serviços (e na fase de
seguintes Portarias:
dos Edifícios de Comércio e Serviços.
46
elevare
Dossier sobre Variadores de Velocidade em Elevadores Esta Portaria estabelece que (e ape-
Esta Portaria estabelece também que os
A Norma VDI 4707:2009, permitirá uma
nas) para os edifícios de comércio e
elevadores a instalar em edifícios de co-
avaliação e classificação universal e trans-
serviços, o(s) projeto(s) do(s) sistema(s)
mércio e serviços devem obedecer aos re-
parente da eficiência energética de ascen-
técnico(s) elaborado(s) pelo(s) técnico(s)
quisitos mínimos de eficiência indicados na
sores, baseada em métodos de cálculo
responsável(is) pelo(s) mesmo(s), onde
Figura 2, em função da sua classificação (e
e teste dos seus consumos energéticos.
devem constar evidências das soluções
segundo metodologia a definir por Despa-
Disponibilizará ainda um enquadramento
adotadas e os cálculos efetuados, de-
cho do Diretor-Geral de Energia e Geologia).
que permita incluir a procura de energia de
vem conter, pelo menos, referência aos
Contudo, até à publicação deste Despacho
ascensores na avaliação da eficiência ener-
seguintes elementos:
deverá ser adotada a metodologia prevista
gética do edifício e assim seleccionar os
a. Localização do edifício e carateriza-
em normalização internacional ou europeia
equipamentos mais adequados e servirá de
ou na falta destas na Norma VDI 4707. A
base para um rating energético de ascenso-
partir de 31 de dezembro de 2015, o cumpri-
res no âmbito da eficiência energética total
mento do disposto no número anterior de-
do edifício, dando origem à elaboração de
c. Caraterização de soluções constru-
verá ser evidenciado pela afixação de uma
um certificado energético.
tivas que constituem o edifício em
etiqueta de desempenho energético do ele-
estudo, bem como de todos os ele-
vador a emitir por entidade designada para
Por fim, a 10 de abril de 2013, foi publica-
mentos que condicionam o compor-
o efeito por Despacho do Diretor-Geral de
da a Resolução do Conselho de Ministros
tamento térmico do edifício;
Energia e Geologia.
n.˚ 20/2013, que aprova o novo Plano Na-
ção do meio urbano onde se insere; b. Descrição do edifício e fracções que o constituem;
d. Caraterização dos sistemas de AVAC previstos para o edifício;
cional de Acção para a Eficiência EnergétiAdicionalmente, os ascensores a instalar
ca para o período 2013-2016 (PNAEE 2016).
devem cumprir ainda com os seguintes
Com este documento estratégico preten-
paração de AQS previstos para o
requisitos:
de-se tornar a eficiência energética numa
edifício;
a. Controlo de iluminação da cabine para
prioridade da política energética portugue-
elevadores instalados após a data de
sa, tendo em conta que os incrementos na
entrada em vigor do regulamento, ou
eficiência energética promovem a prote-
seja após 3 de Dezembro de 2013;
ção ambiental e a segurança energética
b. Sleep mode, para todos os elevadores
do país. O aumento da eficiência energética
instalados a partir de 31 de dezembro
contribuirá ainda para a redução da despe-
de 2015;
sa pública e para um uso eficiente dos re-
Regeneração de energia para todos os
cursos. Também neste documento, nada é
em que se determina os requisitos de
elevadores instalados a partir de 31 de
referido relativamente a ascensores.
conceção relativos à qualidade térmica
dezembro de 2018.
e. Caraterização dos sistemas de pre-
f. Caraterização dos sistemas de iluminação previstos para o edifício; g. Caraterização dos sistemas de gestão técnica previstos para o edifício; h. Caraterização dos sistemas de elevadores previstos para o edifício. >>
Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro
c.
da envolvente e à eficiência dos siste-
5. CONCLUSÕES
mas técnicos dos edifícios novos, dos
Uma vez que é referida na Portaria
Apesar da grande relevância da temática
edifícios sujeitos a grande intervenção e
n.˚ 349-D/2013, apresenta-se sumariamen-
da eficiência energética, existe ainda pouca
dos edifícios existentes.
te a Norma VDI 4707:2009. Trata-se de uma
legislação específica sobre o tema. Nas dife-
base para a avaliação energética e uma
rentes Diretivas Europeias pesquisadas nada
O desempenho energético de um edifício
classificação em termos energéticos de
é referido explicitamente sobre ascensores.
de comércio e serviços é aferido pela de-
ascensores. A Parte 1, já publicada em mar-
Já na Legislação Nacional, apenas uma Por-
terminação do seu Indicador de Eficiência
ço de 2009, define um procedimento atra-
taria (a Portaria 349-D/2013 de 2 de dezem-
Energética (IEE). Os consumos de energia
vés do qual o ascensor no seu todo, dada
bro) impõe um conjunto de regras que os
a considerar no cálculo do IEE passam a
uma determinada utilização, é classificado
ascensores têm de cumprir em termos de
englobar os elevadores, as escadas e os
de acordo com o seu consumo energético
eficiência energética (e que se aplicam ape-
tapetes rolantes, devendo ser evidenciados
em standby e em movimento. Esta Norma
nas a ascensores a instalar em edifícios de
a Potência do(s) motor(es), tempo médio
apresenta explicitamente a forma como se
comércio e serviços). Os ascensores a insta-
em manobra, carga nominal e velocidade
devem obter os dados dos consumos ener-
lar nestes edifícios devem englobar um sis-
nominal.
géticos através de medições.
tema de controlo de iluminação, ser dotados de sleep mode e de um sistema de regeneração de energia. A partir de 31.12.2015 deverá
Tipo de
Categoria de
equipamento
utilização
Elevadores
Todas
Classe de eficiência energética mínima após... entrada em vigor
31 dez 2015
C
B
ser afixada ainda uma etiqueta de desempenho energético do ascensor. Por fim, o indicador de eficiência energética de um edifício passará a englobar também o consumo energético dos ascensores (De-
Figura 2 Requisitos mínimos de eficiência dos elevadores, segundo Norma VDI 4707.
creto-Lei 118/2013 de 20 de agosto).
elevare 47
Informação técnico-comercial
Vacon apresenta Grande Evolução Tecnológica nos Variadores de Velocidade Zeben Sistemas Electrónicos, Lda.
O fabricante mundial de Variadores
nada da rede elétrica em Corrente Contínua;
clientes por equipamentos pequenos e de
de Velocidade, a Vacon, revoluciona o
o armazenamento de energia (frequente-
fácil manuseamento, precisam de ser fisi-
mercado de Variadores de Velocidade
mente chamado de link DC ou circuito inter-
camente pequenos.
ao lançar a nova tecnologia de
mediário); e a ponte inversora na saída que
condensadores de lâminas de plástico.
converte a Corrente Contínua novamente em Corrente Alternada, na voltagem e fre-
Para os utilizadores é tentador encarar os
quência necessárias para o motor funcionar
Variadores de Velocidade como “caixas pre-
com uma velocidade apropriada e alcançar
tas” e não se preocuparem, nem um pouco,
o binário adequado.
com o que há no interior destes equipamentos. No entanto, um olhar um pouco
A função do link DC pode não ser muito
mais aprofundado pode levar à descoberta
clara num primeiro momento. Por que não
de benefícios bastante significativos.
direcionar o estágio de energia de saída diretamente do retificador de Corrente Con-
«...projetar um Variador de Velocidade moderno e que atenda às expetativas dos utilizadores em termos de desempenho, confiança e relação custo versus benefício é, sem sombra de dúvida, um grande desafio!»
Na especificação ou compra de um Varia-
tínua produzida na entrada? A resposta é
dor de Velocidade, normalmente não exis-
que, sem o armazenamento de energia, o
te uma preocupação com os seus compo-
alimentador de Corrente Contínua não con-
nentes, pois estes são apenas do interesse
seguiria responder às súbitas mudanças
dos fabricantes. Habitualmente isto é ver-
enviadas pela saída de Corrente Alternada,
No passado isso obrigava à utilização de
dade, mas em algumas situações surge
como aquelas que ocorrem quando o mo-
condensadores eletrolíticos, normalmen-
um novo componente tecnológico que faz
tor é forçado a acelerar (o link DC possui
te chamados apenas de eletrolíticos. Com
a diferença em alguns aspetos do Variador
ainda outras funções).
eles, o dielétrico ou camada de isolação do condensador é um filme óxido fino produ-
de Velocidade como o desempenho, a conTeoricamente, o armazenamento de ener-
zido por uma ação eletroquímica num ele-
gia necessária pode ser obtida quer por
trólito “molhado”. Nos eletrolíticos moder-
Para se compreenderem as modificações é
bobines indutoras quer por condensadores
nos, o eletrólito é mais uma pasta do que
conveniente ter uma noção básica de como
mas, na prática, os Variadores de Veloci-
um líquido, mas precisa de permanecer
os Variadores de Velocidade operam. Fe-
dade destinados às aplicações comerciais
húmido para o condensador operar corre-
lizmente isso não é complicado, embora,
ou industriais rotineiras invariavelmente
tamente.
projetar um Variador de Velocidade mo-
utilizam condensadores.
fiabilidade e o impacto ambiental.
Os eletrolíticos possuem a vantagem de
derno e que atenda às expetativas dos utilizadores em termos de desempenho, con-
ASPETOS DE TAMANHO
permitir que bastante capacitância seja
fiança e relação custo versus benefício é,
A fim de armazenar a quantidade de energia
comprimida num componente pequeno,
sem sombra de dúvida, um grande desafio!
necessária para alcançar um desempenho
mas também apresentam inconvenientes
dinâmico para o Variador de Velocidade, os
significativos. O primeiro deles é possuí-
Um Variador de Velocidade possui basica-
condensadores, em termos elétricos, pre-
rem uma durabilidade limitada. Mesmo os
mente três partes principais – o retificador
cisam de ser consideravelmente grandes;
melhores secam lentamente e perdem a
de entrada que converte a Corrente Alter-
contudo, para se adequarem à procura dos
sua capacidade. O processo de secagem
48
elevare
Informação técnico-comercial é previsivelmente pior em equipamentos
de horas (bem mais do que 100 anos) é
que necessitam de operar com tempera-
normal. Se precisarem de enfrentar pe-
turas elevadas, como normalmente é ne-
quenas
cessário para os Variadores de Velocida-
resultado, por exemplo, de um pico de
de. Na verdade, a duração de um Variador
tensão, eles têm a capacidade de se auto-
de Velocidade é frequentemente determi-
reparar. Assim, não necessitam de manu-
nada pelo tempo de duração dos conden-
tenção e não precisam de ser substituídos
sadores eletrolíticos utilizados.
durante a vida útil de um Variador de Ve-
perturbações
elétricas
como
locidade. Também apresentam uma taxa Outro dos problemas é que os condensa-
de avarias excecionalmente baixa, o que
dores eletrolíticos se deterioram quando
aumenta a fiabilidade dos Variadores de
não estão em utilização (funcionamento).
Velocidade nos quais são utilizados.
Se um Variador de Velocidade for deixado na prateleira ou estiver inativo por um
Além disso, os condensadores de lâminas
determinado tempo e for colocado no-
de plástico não se deterioram quando ar-
vamente em utilização ou funcionamen-
mazenados. Eles estão sempre disponí-
to, os seus condensadores eletrolíticos
veis para um funcionamento imediato e
podem não funcionar adequadamente,
nunca necessitam de serem “despertados”
sobreaquecerem ou até mesmo deixarem
ou substituídos. Outra vantagem é a apre-
de funcionar. Isto pode ser evitado substi-
sentação de perdas internas muito baixas
tuindo ou “despertando” os condensadores
– até 80% inferiores quando comparados
visível e significativa no custo total da
antes de se utilizar novamente o Variador
com os melhores condensadores eletro-
propriedade. Assim, porque permanecer
de Velocidade; entretanto, este é um pro-
líticos. Isso resulta no aumento da efici-
com Variadores de Velocidade que ainda
cesso demorado e que requer equipamen-
ência do Variador de Velocidade, reduz a
utilizam condensadores com tecnologia
to especial. É também inconveniente, par-
geração de calor e restringe a necessida-
ultrapassada?
ticularmente se o Variador de Velocidade
de de refrigeração, diminuindo os custos
for um equipamento suplente necessário
globais de energia para o funcionamento
Os Variadores Vacon permitem-lhe uma
para uma utilização suplente imediata.
do Variador de Velocidade durante a sua
instalação mais simples e económica, ga-
vida útil.
rantem uma maior proteção ambiental e
ASPETOS AMBIENTAIS Existem também considerações ambientais. O eletrólito utilizado nos condensadores eletrolíticos é potencialmente perigoso ao ambiente. Há uma grande preocupação no caso de vazamento desses condensadores, a qual não é de modo algum desconhecida. O fim da vida útil do Variador de Velocidade é também um ponto a ser considerado, pois as regulamentações ambientais determinam que todos os condensadores eletrolíticos sejam removidos antes da reciclagem. Em suma, os condensadores eletrolíticos
uma poupança energética significativa.
«O utilizador deverá comprar ou especificar Variadores de Velocidade com condensadores de lâminas de plástico filme para usufruir do aumento de confiabilidade, elevação da eficiência, maior durabilidade e menor necessidade de manutenção.»
Os Variadores Vacon permitem-lhe uma instalação mais simples e económica, garantem uma maior proteção ambiental e uma poupança energética significativa. Os Variadores de Velocidade Vacon são equipamentos multifuncionais, com versatilidade sem igual no mercado, são ideais para uma vasta gama de aplicações de potência/binário constante incluindo bombas, ventiladores, compressores, correias de distribuição, OEM´S, automação e para todas as aplicações em que o aumento de eficiência energética e produtividade resul-
cumprem a sua função mas trazem mui-
tam normalmente num rápido retorno do
tos inconvenientes. Até então não existiam
investimento.
alternativas, mas agora há os condensa-
A conclusão é simples: vale a pena co-
dores de lâminas de plástico, que já estão
nhecer o tipo de condensadores que são
Os Variadores de Velocidade Vacon estão
presentes no mercado há algum tempo,
usados no link DC dos Variadores de Ve-
disponíveis em gamas de potências até
mas só agora estão disponíveis a preço e
locidade. O utilizador deverá comprar ou
5600 kW, para baixa e média tensão. Com
tamanhos aceitáveis, com os modelos e as
especificar Variadores de Velocidade com
o seu formato modular único (patenteado),
classificações necessárias para o uso no
condensadores de lâminas de plástico
e inúmeras soluções tecnológicas patente-
link DC dos Variadores de Velocidade.
filme para usufruir do aumento de con-
adas, a Vacon dispõe de soluções à medida
fiabilidade, elevação da eficiência, maior
para qualquer aplicação (hardware e sof-
Os condensadores de lâminas de plástico
durabilidade e menor necessidade de ma-
tware). A Vacon é representada em Portu-
possuem uma longa vida útil - um milhão
nutenção. Em suma, haverá uma redução
gal pela Zeben.
elevare 49
Informação técnico-comercial
Conversores de frequência: a sua aplicação nos ascensores João Araújo Liftech, S.A.
A evolução tecnológica na área dos
Universal KEB é a solução ideal que pode
equipamentos de elevação permite
ser aplicado em qualquer elevador elétrico
que estes se tornem mais eficientes,
e em qualquer motor, obtendo-se uma pou-
seguros e confortáveis. Os conversores
pança até 50%.
de frequência têm um grande papel nesta evolução.
RECUPERAÇÃO DE ENERGIA No modo normal de funcionamento do ascensor, quando a cabina se movimenta
Particularmente, os conversores de fre-
Figura 1 Os kits VF Universal KEB da Liftech são a
no sentido mais favorável, o motor está a
quência KEB têm uma vasta gama de apli-
solução ideal para aplicação em elevadores que não
funcionar como gerador de energia. Essa
cações nos ascensores, como o controlo de
tenham VVVF, melhorando o seu desempenho.
energia costuma ser dissipada no conver-
motores em malha aberta e malha fechada com diversos tipos de encoders e sistema de posicionamento da cabina na caixa. Neste artigo vai-se abordar as vantagens da utilização dos conversores de frequência nos ascensores (tanto novos como modernizações), e as suas funcionalidades em regimes especiais de funcionamento. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Uma das maneiras de se modernizar um ascensor antigo é a aplicação de um conversor de frequência no quadro de comando existente. Assim, a utilização do kit VF
a)
Figura 2 Exemplo de energia consumida e gerada num ascensor com a cabina vazia.
b)
Figura 3 Modelos de aplicação do sistema regenerativo nos conversores de frequência.
50
elevare
c)
PUB
sor de frequência pela sua resistência de frenagem. Os novos modelos regenerativos permitem que a energia gerada pelo motor do ascensor seja reaproveitada. Assim, o conceito deste sistema será ligar o sistema regenerativo ao conversor de frequência a aproveitar a energia gerada para vários fins. Com estes modelos, tanto se consegue fornecer energia a um conversor de frequência e reaproveitar a energia gerada na frenagem para seu uso (Figura 3 a), como se pode substituir a resistência de frenagem pelo sistema regenerativo e reaproveitar para inserir na rede elétrica, ou abastecer outros equipamentos que consumam menos energia (Figura 3 b) e Figura 3 c). RESGATE AUTOMÁTICO No caso de falha da energia elétrica, quando o ascensor está em movimento com pessoas a utilizá-lo, existe sempre a necessidade do sistema de comando resgatar as pessoas que ficam encarceradas até ao piso que seja mais conveniente. Assim, com o auxílio de uma UPS com alimentação a 230 VAC, faz-se com que a cabina se movimente no sentido mais favorável. O conversor de frequência pode fazê-lo de duas formas: >>
Controlo de binário e consumo de corrente: o conversor de frequência no momento de abertura do travão analisa o consumo de corrente elétrica e o binário necessário para o movimento. Em função disso movimenta-se no sentido que consuma menos.
>>
Controlo por sensor de carga: através da informação fornecida pelo sensor de carga, o conversor de frequência consegue imediatamente saber o sentido que se deve deslocar para fazer o resgate.
CONTROLO DE MÁQUINAS SÍNCRONAS DE ÍMANES PERMANENTES No que diz respeito aos ascensores novos, sendo o modelo MRL mais habitual hoje em dia, as máquinas síncronas de ímanes permanentes têm sido as mais usadas neste tipo de
Figura 4 Caraterística no momento de arranque nas máquinas síncronas de ímanes permanentes.
Informação técnico-comercial aplicações. Neste caso, como só pode funcionar em malha fechada, é necessário que exista um controlo preciso do binário e da corrente injetada no momento do arranque por parte do conversor de frequência, para a compensação do rollback, após a abertura do travão. Com o auxílio de um encoder acoplado no veio do motor, o conversor de frequência faz o controlo da velocidade, comparando o valor lido com as rpm do motor. Se essa comparação não for coerente o conversor vai entrar em estado de erro, havendo alFigura 5 Comparação da velocidade atual e velocidade definida.
gum problema com o movimento da cabina.
«Uma das maneiras de se modernizar um ascensor antigo é a aplicação de um conversor de frequência no quadro de comando existente.»
O desempenho da viagem pode ser feito através dos controlos de acelerações, desacelerações e jerks, mas também com os ganhos de potência (Kp) e controlo (Ki) do controlador PID do conversor de frequência. Desta forma consegue-se controlar Figura 6
a transferência de carga do conversor de frequência - motor nas várias fases do movimento do ascensor. CONVERSORES DE FREQUÊNCIA SEM CONTACTORES PARA O MOTOR De forma a tornar o sistema mais compacto em aplicações de malha aberta, já existem conversores de frequência em que não é necessário contactores externos para o motor. Para além das funcionalidades que um conversor de frequência convencional aplicado em ascensores possui, este consegue internamente fornecer ou retirar (imediatamente se for o caso) corrente ao motor, juntamente com a série de seguranças do sistema através dos seus contactores internos. Esta será uma solução particularmente interessante para os ascensores, principalmente em motores de potências
Figura 7 Conversor de frequência com contactores internos.
52
elevare
mais elevadas.
Entrevista
"Ainda há um longo caminho a trilhar" Por Helena Paulino
Feliciano Maia, responsável na área dos
questão não se refere apenas aquela que é
equipamentos de elevação da DGEG,
da responsabilidade da DGEG, mas também
contou à ELEVARE quais as dificuldades
à legislação publicada por outros organis-
que sentiu nestas funções e na
mos públicos que o técnico deve ter conhe-
implementação da legislação disponível
cimento para poder executar com qualidade
a todos através do website da instituição.
e exatidão o seu trabalho. Não existiam qua-
O futuro do setor dos elevadores e o
dros técnicos para dar formação na parte
desenvolvimento do mesmo em Portugal
prática dos equipamentos de elevação e,
foram outros pontos focados.
no meu entender, este conhecimento era importantíssimo, uma vez que um técnico não pode apenas dar esclarecimento nem
Revista ELEVARE (RE): Sendo Eng.º Químico
responder às reclamações suportando-se
quais as maiores dificuldades que encontrou
apenas na letra da lei.
quando assumiu as funções de responsável
Entidades Inspetoras (E.I) reconhecidas pela DGEG. Este grupo de trabalho teve a respon-
pelos elevadores na DGEG?
Por tudo isto tive um trabalho bastante di-
sabilidade de, em conjunto com a DGEG, ela-
Feliciano Maia (FM): O facto de ser licencia-
fícil para proceder à restruturação de raiz
borar documentos como:
do em Engenharia Química Industrial não me
deste setor, mas com a colaboração de pes-
>>
criou qualquer dificuldade no desempenho
soas que pertenciam à Comissão Técnica 63
las a serem aplicadas pelas Entidades
das minhas funções como responsável na
e que tinham largos conhecimento na área
Inspetoras, criando-se assim, critérios
área dos equipamentos de elevação (ascen-
dos equipamentos de elevação, foi-me pos-
uniformizados dos quais resultou o
sores, monta-cargas, escadas mecânicas
sível organizar um sistema no qual o acer-
agrupamento das deficiências encontra-
e tapetes rolantes). Devo salientar que já
vo legislativo se encontrava compilado, e a
das das inspeções periódicas, em três
tinha desempenhado funções durante al-
aquisição de formação prática foi efetuada.
classes (C1, C2 e C3). Deste documento
guns anos como examinador de Patentes na
No que se refere à legislação encontra-se
fazem parte as listas de cláusulas re-
área de mecânica no INPI, e na DGEG já tinha
disponível na página eletrónica da DGEG o
ferentes aos elevadores instalados ao
desempenhado funções no planeamento,
arquivo do setor dos elevadores, que ainda
abrigo de legislações referentes desde
mais concretamente, no acompanhamento
hoje funciona, e pode ser consultado por
1936 até à publicação do Decreto-Lei
dos preços dos combustíveis. Todas estas
qualquer pessoa mesmo que nada entenda
295/98, de 22 de setembro, tendo re-
funções são áreas diferentes das da minha
de aparelhos de elevação.
solvido em grande parte os problemas
licenciatura.
Orientações para a aplicação de cláusu-
que até então existiam na realização de inspeções periódicas.
As principais dificuldades que encontrei no
RE: O que mais o marcou no trabalho que
desempenho das funções em questão foi
desenvolveu relativamente aos elevadores?
encontram publicadas na página da
exatamente o facto de não haver uma es-
FM: Criar as condições necessárias para que
DGEG. Estes circulares vieram imple-
trutura montada e de ter começado prati-
todos os intervenientes do setor pudessem
mentar um conjunto de critérios rígidos
camente do zero naquilo que diz respeito à
colocar as suas dúvidas e, ao mesmo tem-
a serem cumpridos pelas Empresas de
organização do setor. Quando cheguei à Dire-
po, apresentar soluções para a resolução
Manutenção e pelas Entidades Inspeto-
ção de Serviços de Eletricidade em novem-
das mesmas. Foi neste âmbito que foi criado
ras, e vieram colocar alguma estabilida-
bro de 2004 não existia uma compilação da
um grupo de trabalho designado “OBSERVA-
de no setor, nomeadamente em ascen-
legislação referente aos equipamentos de
TÓRIO” do qual faziam parte representantes
sores instalados ao abrigo da Diretiva
elevação. De salientar que a legislação em
das associações ANIEER e AIECE e todas as
Ascensores n.° 95/16/CE.
>>
Um conjunto de oito circulares que se
elevare 53
Entrevista de avaliação que passou a constar de uma
em dois elevadores e outra cobrar cerca
prova escrita sobre a legislação do setor
de 400€ para realizar o mesmo trabalho?
dos equipamentos de elevação com acesso
As empresas de manutenção que exerçam
à consulta de toda a documentação que o
a atividade nestas circunstâncias deve ser-
candidato entendesse ser necessária e uma
lhe retirado o reconhecimento, não poden-
prova prática na qual o candidato era sujeito
do exercer a sua atividade. As situações
a uma avaliação rigorosa.
atrás mencionadas devem ser aplicadas a todas as empresas, quer tenham apenas
Esta inovação teve o apoio de todos os co-
uma carteira com dez clientes ou uma car-
legas das Direções Regionais do Ministério
teira com 30 000 clientes.
da Economia que me acompanhavam nessas avaliações, e onde se apurou haver uma
Foi este o trabalho que não consegui reali-
maior rigidez e seleção, com o chumbo de
zar porque me aposentei, caso contrário ele
cerca de 70% dos candidatos por não con-
ia decerto ser feito.
seguirem demonstrar conhecimentos mínimos para o exercício da atividade a que se
“criada uma Base de Dados a nível nacional”
candidataram. RE: Ou vice-versa? O que ficou por fazer?
RE: Como vê e quais as suas expetativas
O conhecimento que adquiri na vertente
FM: Uma fiscalização rigorosa ao desempe-
para o futuro do setor dos elevadores em
prática, com a colaboração de Empresas e
nho das atividades exercidas pelas empresas
Portugal?
pessoas ligadas ao setor, com um vasto co-
de manutenção e entidades inspetoras e agir
FM: Com algum pessimismo porque exis-
nhecimento na área dos equipamentos de
em conformidade com a falta de profissio-
tem interesses económicos muito eleva-
elevação foi essencial para o desempenho,
nalismo que existe e que é de conhecimento
dos, e falta uma cultura de bem servir o
com qualidade e profissionalismo, do meu
de todos, por falta de técnicos na fiscaliza-
cliente, tanto do lado das empresas de ma-
trabalho. Com os conhecimentos até en-
ção. Não posso aceitar que, por exemplo, um
nutenção como das entidades inspetoras.
tão adquiridos senti-me seguro para poder
inspetor realize 16 ou mais inspeções perió-
responder aos diversos pedidos de escla-
dicas num dia de trabalho.
Relativamente ao setor público responsável por fazer cumprir a legislação do setor
recimento/reclamações, uma vez que eram suportados, não apenas na legislação mas
Os proprietários pagam a sua taxa para a
não existe, neste momento, técnicos su-
também por conhecimentos técnicos/ prá-
realização de uma inspeção aos seus equi-
periores suficientes e com conhecimentos
ticos.
pamentos para se certificarem que os
adequados para poderem dar uma respos-
mesmos se encontram em condições de
ta eficaz que se exige.
Nos últimos três anos em que desempenhei
segurança para transportar pessoas e bens,
as funções acima citadas, desloquei-me por
e um inspetor que realiza o número de ins-
várias vezes, às instalações antes de propor
peções atrás mencionadas não faz qualquer
RE: Ainda há muito a fazer para desenvol-
qualquer decisão que pudesse prejudicar o
inspeção, a não ser visual. Uma entidade ins-
ver o setor de uma forma segura e fiável?
proprietário ou a empresa que fazia a manu-
petora que opere nestas circunstâncias deve
FM: Ainda há um longo caminho a trilhar.
tenção do equipamento.
ser-lhe retirado o reconhecimento, não po-
Sem me alongar muito nesta matéria
dendo desta forma exercer aquela atividade.
penso que deve ser criada uma Base de Dados a nível nacional, que seja de fácil
RE: Arrepende-se de ter feito algo que não
Relativamente às empresas de manuten-
preenchimento quer pelas empresas de
o faria hoje?
ção, o caso também é considerado bastante
manutenção, quer pelas entidades inspe-
FM: Não!!! Penso que criei alguma estabilida-
grave passando por sabotagem dos equi-
toras. Esta Base de Dados deve conter o
de no setor. As empresas de manutenção e
pamentos, em muitos casos para obrigar o
historial/ADN de cada equipamento, desde
entidades inspetoras começaram a ter ati-
proprietário a cumprir o pagamento da men-
a sua instalação até à sua última inspeção
tudes mais positivas relativamente às deci-
salidade e noutros casos apenas para reali-
periódica. Para facilitar o acesso a um de-
sões tomadas pela DGEG. Os proprietários
zarem verbas para cumprirem os objetivos
terminado equipamento deve constar um
passaram a contactar com mais frequência
propostos pela empresa. Realização de tra-
número de cadastro, o qual deve ser atri-
a DGEG, pois sabiam que teriam sempre um
balhos que não são necessários e muitas das
buído de acordo com a data da instalação
esclarecimento ou resposta por escrito. Ao
vezes com preços exorbitantes dos quais os
do equipamento. Sem esta ferramenta
nível do reconhecimento de candidatos para
proprietários não têm conhecimento.
não é possível avançar no setor, pois não existe a informação necessária e penso
exercer a atividade de Técnico Responsável pela manutenção de empresas de manuten-
Na questão dos preços dou apenas um
que a curto prazo esta será fundamental
ção, Inspetor e Diretor Técnico de entidades
exemplo: como é possível uma empresa
para as entidades inspetoras. Deve ser
inspetoras, motivei a criação de um sistema
cobrar cerca de 1600€ para encurtar cabos
recuperada a credibilidade do setor uma
54
elevare
PUB
vez que, de acordo com o exposto anteriormente, é claro que o cidadão não confia nos intervenientes (empresas de manutenção/entidades inspetoras).
RE: A legislação atual responde a todas as necessidades do setor? FM: Não. É urgente a publicação do Decreto-Lei que vai alterar o atual Decreto-Lei n.˚ 320/2002. A proposta de alteração ao citado Decreto-Lei encontra-se em processo legislativo há mais de um ano, não se sabendo quando ocorrerá a sua publicação. O atual Decreto-Lei está totalmente desatualizado, não servindo o setor (empresas de manutenção, entidades inspetoras e principalmente os proprietários). Na minha opinião não faz qualquer sentido ter-se publicado apenas a Lei 65/2013 de 27 de agosto, que aprova apenas os requisitos de acesso e exercício da atividade das empresas de manutenção de instalações de elevação e entidades inspetoras de instalações de elevação, bem como dos seus profissionais. Sobre esta matéria não vou comentar mais nada porque, como disse, encontra-se em processo legislativo.
RE: Quais os principais entraves para o desenvolvimento deste setor no mercado português? FM: Interesses meramente económicos uma vez que nas empresas de manutenção, a carteira de cerca de 60% de clientes de manutenção dos equipamentos de elevação está na posse de 4 ou 5 empresas. Com a publicação do novo Decreto-Lei esta situação vai deixar de existir, por razões, como é óbvio, que não posso esclarecer os motivos que vão levar a esta situação, uma vez que a alteração ao Decreto-Lei n.° 320/2002 se encontra, como já referido, em processo legislativo. O mesmo acontece com as entidades inspetoras que concorrem aos concursos das câmaras municipais com preços abaixo de 20€. Com este preço é impossível realizar um trabalho credível, e por isso espero que a publicação da nova legislação traga a resolução para esta situação. Após a resposta às perguntas que me foram enviadas para publicação na Revista ELEVARE, não quero terminar sem deixar uma opinião meramente pessoal. Penso que todo o setor ligado aos equipamentos de elevação deviam estar centralizados numa única Direção-Geral (D.G), não fazendo qualquer sentido que uma D.G seja responsável pela Diretiva Máquinas (apenas pela instalação dos seus equipamentos) e outra D.G. seja responsável pela Diretiva Ascensores (instalação de ascensores) e, simultaneamente, pela fiscalização destes equipamentos e provavelmente, a curto prazo, pela inspeção periódica de todos os equipamentos referentes às duas Diretivas. Isto já para não falar da legislação transversal como, por exemplo, o DecretoLei n.° 163/2006, de 8 de agosto e um conjunto de legislação “importante para o setor” que nada tem a ver com aquelas duas Direções Gerais.
Entrevista
“uma equipa que está a trabalhar e a inovar a cada dia para facilitar a vida aos nossos clientes” Por Helena Paulino
Victor Valdivia, Diretor Comercial para
Europeias. O que pedimos aos nossos clien-
Portugal da Nayar Systems apresenta a
tes é uma lista em Excel com um número de
empresa e as marcas com que trabalha,
telefone e uma referência interna, tão fácil
e a importância dada às inovações.
quanto isso!
A entrada em Portugal da Nayar Systems é a grande novidade e há boas
Depois de registados todos os telefonemas,
expetativas relativamente à resposta do
entramos posteriormente em contacto com
mercado portugués.
todos os dispositivos e damos a ordem de realizar chamadas a cada 72 horas, gravando essas mesmas chamadas, e infor-
RE (Revista ELEVARE): Como apresenta ao
mando diariamente o estado do telefone
preender a situação e as necessidades de
mercado português a Nayar Systems?
para resolver quaisquer problemas o mais
cada país.
Victor Valdivia (VV): A Nayar Systems é es-
rápido possível. Desta forma assumimos
pecialista em engenharia de telecomunica-
quaisquer problemas que poderiam ser ge-
RE: Ou seja, para além de Portugal traba-
ções M2M (Machine-To-Machine), com sede
rados por uma possível falha existente. Esta
lham noutros mercados internacionais?
em Castellón em Espanha. Como empresa-
comunicação “Máquina-a-Máquina” é possí-
VV: Estamos a preparar o salto para o mer-
-mãe tem três marcas: 72horas, Adverti-
vel graças a linguagem M2CC, inteiramente
cado norte-americano através de empresas
sim e Netformachines.
desenvolvida pelos nossos engenheiros na
do setor localizadas nos Estados Unidos,
sede da Nayar Systems, e que permite pro-
esperando garantir os nossos serviços na
RE: Como carateriza a Nayar Systems?
gramar qualquer dispositivo de telefone, in-
totalidade a meados de 2015.
VV: Graças à nossa marca 72 horas e no âm-
dependentemente da marca à qual pertence.
bito da missão “Conectar as pessoas com as
RE: Oferecem outras soluções igualmen-
suas máquinas”, surgimos no mercado euro-
RE: Qual é a experiência de Nayar Syste-
te inovadoras na indústria do elevador?
peu como uma empresa de referência em
ms em Espanha?
VV:
VV: Uma situação de liderança garantida
Eco Test onde mais uma vez mostramos que
marca surgiu em 2007, apresentando uma
com a plena confiança que todos os nossos
estamos num constante processo de inova-
solução para os problemas causados pela
clientes depositam na nossa equipa. Uma
ção. Este é um serviço com o qual automati-
Norma Europeia EN 81-28 em mais de 200
equipa que está a trabalhar e a inovar a cada
zamos chamadas que os operadores fazem
clientes em Espanha. Atualmente podemos
dia para facilitar a vida aos nossos clientes.
mensalmente para verificar microfones e
comunicações no setor da elevação. Esta
dizer, com orgulho, que todos os nossos
Em
2012,
criámos
o
serviço
altifalantes.. Com este serviço inovador, os
clientes estão protegidos pela plataforma
RE: Porque resolveram entrar no mercado
nossos clientes já não têm de responder a
universal 72horas, e assim são líderes em
português?
milhares de chamadas que lhes fazem per-
segurança e estão de acordo com a Norma.
VV: Depois de um acordo global com tel-
der tempo, podendo dedicar o mesmo ao
cos decidiu-se extrapolar o nosso serviço
que realmente é importante. O lançamento
RE: Como aplicam a Norma EN 81-28 e fazem
para mais de 130 países. Graças à situação
mais recente apresentado em 2013, na Feira
com que a mesma seja cumprida?
geográfica de alguns países como Portugal,
Internacional Interlift, foi a marca Advert-
VV: Com a plataforma eletrónica 72horas,
França e Itália, estes foram os países onde
sim. O primeiro dispositivo com o qual pode
que foi exatamente criada para gravar as
tivemos de começar a nossa política de in-
comunicar com as cabinas para a explora-
chamadas de todos os elevadores insta-
ternacionalização. Uma internacionalização
ção de publicidade, uma vez que o setor da
lados depois de 2005 e que, por isso, de-
que graças ao constante investimento em
elevação é o que mais viajantes move anu-
vem funcionar de acordo com as Normas
feiras de todo o mundo nos permitiu com-
almente.
56
elevare
PUB
Case Study
Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação Parte II Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei
Nesta 2.a Parte do artigo pretendo focar ou-
n.˚ 320/2002, a competência de gestão
tros aspetos a ter em conta que têm uma
do pedido da inspeção/reinspeção por
e controlo das inspeções transferiu-
forte componente no modelo de gestão das
parte da Administração de Condomínio
-se para as Câmaras Municipais. Este
inspeções e reinspeções realizadas.
ou EMIE e a data da realização propria-
>>
artigo pretende levantar questões pertinentes e apontar caminhos para
mente dita? GESTÃO PARA A QUALIDADE
uma gestão e controlo eficaz das
A certificação da Qualidade é cada vez mais
inspeções periódicas aos equipamentos
encarada como um objetivo estratégico de
de elevação.
uma Organização. A satisfação dos Cidadãos/
Na última edição da presente revista tive a
Quantos dias passam entre o momento
>>
Executam-se inspeções urgentes? Quantos dias passam entre o pedido e a realização propriamente dita?
>>
Executam-se selagens? Quantos dias
Munícipes é o principal objetivo a atingir com
passam após a notificação à administra-
todo o processo de certificação de qualidade.
ção e a selagem executada?
oportunidade de abordar, em linhas gerais, o modelo de gestão aplicado em alguns
E porque não implementar a Certificação da
Como é do conhecimento dos vários inter-
municípios nacionais com vista a um eficaz
Qualidade ao nível das inspeções, reinspeção
venientes nesta área, incluindo as Empre-
controlo e gestão de todas as intervenções
e selagens?
sas de Manutenção e as Entidade Inspeto-
executadas nos equipamentos de elevação,
ras, nem todos os Municípios executam a
no âmbito do Decreto-Lei n.° 320/2002 re-
Para que se possa iniciar o processo de Certi-
realização das inspeções e reinspeções nos
lacionadas com as competências das Câ-
ficação da Qualidade o gestor deverá levan-
prazos mínimos exigidos pelo Decreto-Lei
maras Municipais.
tar algumas questões:
n.° 320/2002. Esta variação de execução temporal de município para município podia pensar-se que estaria relacionada com a dimensão do parque de equipamentos existentes e/ou do número de pedidos de inspeções efetuados pelos seus cidadãos. Ora, está provado que estes fatores não podem ser usados como motivo para o problema. Atualmente há municípios que dispõem de 7000 equipamentos e cumprem rigorosamente os prazos de execução (como, por exemplo em Sintra) e há outros municípios afetos à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo que, ao todo, dispõem de 1500 equipamentos e conseguem igualmente cumprir com os prazos. O problema está claramente no modelo de gestão adotado por esses Municípios que por diversos fatores não conseguem es-
© Zorana Godosev
58
elevare
tipular prazos aceitáveis para a realização das inspeções. Estas situações acarretam
Case Study alguns problemas, sendo o da seguran-
quantificar tempos e agilizar procedimen-
ça o maior de todos, uma vez que tem-se
tos para que seja possível atingir os indica-
verificado em algumas situações que os
dores estipulados para cada processo.
proprietários dos equipamentos solicitam a inspeção antes de terminar o prazo de
A implementação da certificação da qua-
validade e a mesma só será realizada mui-
lidade permite ao longo do ano verificar o
to para lá do prazo expirar.
cumprimento dos processos para atingir os indicadores, inicialmente propostos, com
Estas situações, para além de responsa-
vista à satisfação final dos nossos “clientes”.
bilizar o Município, em caso de acidente, transmitem à população um sentimento
O Município de Sintra é exemplo deste mo-
de passividade e de despreocupação sobre
delo de gestão. Desde 2008 que tem im-
o que foi solicitado pelo cidadão e que em
plementado o modelo de gestão que tenho
muitos casos é impotente em tentar agili-
vindo a abordar, sempre na busca de me-
zar a realização da inspeção atempada em
lhores soluções para tornar os processos
virtude do processo de gestão ser dema-
de inspeções, reinspeções e selagens ágeis
siado burocrático.
e eficazes em prol da segurança de todos
são criam condições para que o “setor”
os utilizadores dos equipamentos. O último
funcione, bem como estão a libertar admi-
O Decreto-Lei n.º 320/2002 sugere que a
passo dado nesse sentido foi a certificação
nistrativamente os serviços camarários da
inspeção seja solicitada 2 meses antes de
da qualidade nesta área, à qual a APCER –
burocracia interna com pedido de adiamen-
expirar a data de validade. O mesmo De-
Entidade Certificadora da Qualidade para o
to de obras.
creto indica que a inspeção deverá ser rea-
Município de Sintra tem dado um contributo
lizada num prazo de 60 dias após o pedido
muito importante.
efetuado pelo munícipe. E porque não são melhorados estes prazos?
© Kerem Yucel
Neste caso concreto é com alguma satisfação que verifico, nos contactos que
CONCLUSÃO
tenho efetuado por vários municípios, que
O modelo de gestão abordado nestas
começa haver uma abertura no alarga-
O modelo de gestão que tenho vindo a
duas edições tem como base o Decreto-
mento dos prazos.
explanar e aplicado em vários Municípios
-Lei 320/2002 com as devidas alterações
está virado para o verdadeiro serviço pú-
implementadas pelos Municípios, através
O FUTURO
blico onde a relação segurança/qualidade
de regulamentos municipais próprios, para
O setor das inspeções está em mudança.
é vista como um fator de sucesso e catali-
agilizar e corrigir pequenas “lacunas” verifi-
Os vários intervenientes têm noção que é
sador para a execução dos objetivos para
cadas no Decreto-Lei. Não podemos esque-
necessário haver mudanças por forma a
cada ano.
cer que este Decreto tem 12 anos de exis-
adaptar os procedimentos à realidade. É
tência e é nesta base que em determinadas
imperativo que não haja discrepâncias de
É aqui que entra a Gestão para a Qualidade.
situações há necessidade de “adaptá-lo” à
atuação entre municípios. É imperativo
Por que razão não executar as inspeções
realidade e às mudanças da sociedade, quer
que seja verificado o princípio de igualda-
normais solicitadas até ao prazo máximo
ao nível da tecnologia quer ao nível dos
de de tratamento das situações entre os
de 45 dias? Por que razão não controlar os
procedimentos administrativos aplicados
vários cidadãos nacionais. É imperativo
pedidos efetuados pelos munícipes no que
pelos vários agentes intervenientes.
que a gestão e controlo deste setor con-
concerne ao termino das validades e exe-
tinuem no âmbito das competências das
cutar as inspeções aos equipamentos que
Um dos exemplos a que me refiro é ao
Autarquias como entidades fiscalizadoras
expiram a validade em 1.° lugar? No que res-
prazo dado pelo Decreto-Lei 320/2002
e concretizadoras das inspeções. É impe-
peita às inspeções urgentes, por que não
para a Administração de Condomínio so-
rativo que haja mais partilha de experiên-
realizá-las até um prazo máximo de 15 dias
licitar uma reinspeção: um prazo de 30
cias entre os vários municípios em prol da
a contar da data do pedido do munícipe? E
dias. Como é sabido, atualmente, em caso
segurança dos utentes dos equipamen-
nas selagens de equipamentos, porque não
de necessidade de obras avultadas, as
tos. É imperativo valorizar os municípios
executar a mesma até um prazo máximo
Administrações vêm-se na obrigação de
que trabalham afincadamente sobre esta
de 10 dias a contar da última notificação à
convocar uma reunião de condóminos e a
matéria sendo exemplos de adopção des-
Administração de Condomínio?
mesma nunca será marcada em tempo útil
tas medidas para outros municípios “me-
para adjudicação dos trabalhos às EMIEs,
nos” qualificados.
Através da certificação de qualidade nesta
respeitando o prazo do referido Decreto.
área torna-se possível verificar através do
Só desta forma o setor se manterá vivo,
fluxograma de um determinado processo
São exemplos destes que os gestores de
(inspeção, reinspeção ou selagem) quais os
decisão dos Municípios devem analisar e
passos em que há necessidade de melho-
tomar medidas por forma a facilitar e agi-
Sobre as mudanças que devem ser imple-
rias ao nível da burocracia administrativa,
lizar os procedimentos. Desta forma não
mentadas falarei na próxima edição…
saudável, eficaz, dinâmico e funcional
elevare 59
Figuras
Resumo biográfico de José Pirralha La Salette Silva
Engenheiro José Pirralha Presidente da Direção da ANIEER e
Curso de Eletrotecnia e Máquinas do Instituto Industrial de Lisboa.
Diretor Técnico da ThyssenKrupp Elevadores.
O seu percurso académico caraterístico, do antes do 25 de abril, em áreas como a Economia, Engenharia, Belas Artes e outros…
Esta pequena introdução, relacionada com
podia realizar-se, por duas vias, onde numa
a Origem Territorial e não só … em minha
delas, o contacto e manuseamento com as
opinião, é algo significativo, enquanto dado
matérias e instrumentos técnicos era es-
indicador de determinadas particulares da
senciais. Preparava, celeremente, melhor
personalidade de uma pessoa, e como dizia
do que os outros alunos, em determinadas
Ortega Y Gasset “Eu sou eu e a minha circuns-
áreas do Conhecimento – a Teoria e Prática
tância…” e serve para caraterizar o profissio-
andavam de mãos dadas.
José Pirralha
nal e a pessoa humana sobre quem estou a escrever.
Começou a trabalhar, como faziam muitos
Esta aprendizagem esteve ligada a vari-
jovens dessa época, dando aulas.
áveis como o estatuto da empresa, a sua penetração no mercado – onde havia uma
O Eng.˚ José Pirralha licenciou-se em 1976 em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto
Todavia, o início da sua atividade profissional
carteira de clientes fiéis - as dificuldades
Superior Técnico (TÉCNICO). Até entrar no
no setor dos elevadores, foi em 1982 como
financeiras e os escassos recursos huma-
ensino superior concluiu o Curso de Forma-
responsável de Engenharia na Fortis Eleva-
nos, todos foram determinantes na inocu-
ção de Serralheiro e a Secção Preparatória
dores, empresa que se revelou como uma
lação do vírus “elevadores”.
no Instituto Industrial em Santarém. Fez o
verdadeira escola de vida. Esta vivência diária foi essencial para o possível entendimento da superação de dificuldades, com exigência, determinação, acreditando no trabalho, na organização e na gestão parcimoniosa e rigorosa de recursos. Contudo nem sempre o esforço é devidamente recompensado e fruto das dificuldades de mercado e das consequentes dificuldades financeiras esta empresa viria a ser vendida, em 1993, à Thyssen. Uma nova etapa na vida profissional do Eng.˚ Pirralha, não menos importante do que a primeira, inicia-se na Thyssen Elevatec, mais tarde Thyssenkrupp. Esta caminhada, marcada por desafios diferentes, mas não menos interessantes. Desde logo o desafio da integração da Fortis na cultura de laboração de uma em-
60
elevare
PUB
presa multinacional. A necessidade de conquistar posição no mercado, a transferência do produto e a adoção de novos componentes. Foram vários os cargos na Thyssenkrupp: Diretor Técnico; Responsável pela implementação do Sistema Integrado e respetiva Certificação: Qualidade Ambiente e Segurança. Desde 2013 encontra-se a trabalhar na Thyssenkrupp Elevadores – South Europe, África and Midle East -SEAME/Madrid. Enquanto Engenheiro são-lhe reconhecidos, quer nacional quer internacionalmente, conhecimentos técnicos e valores humanos, que o situam como um exemplo a seguir e como pessoa a quem todos recorrem, para qualquer tipo de esclarecimento, façam ou não parte da ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes. Esta colaboração mantém-se há mais de 20 anos. Os 10 últimos como membro da Direção, sendo eleito Presidente em 2011. Para lá do seu empenhamento em prol do associativismo no Setor, o Eng.° José Pirralha é ainda: >>
É Membro da Comissão Técnica CT 63 desde 1993 e Presidente CT 63 Elevadores, monta-cargas e escadas e tapetes rolantes.
>>
É Representante da ANIEER junto da ELA - European Lift Association.
>>
É Membro dos Comités Técnicos da ELA: >>
QSEE: Quality, Safety , Environment and Education,
>>
C&S: Codes & Standards.
Além disso: >>
É Membro dos grupos de trabalho de CEN/TC10 – Ascensores, Escadas e Tapetes Rolantes: >>
WG 01: Ascensores e Ascensores de serviço,
>>
WG 10: Melhoria da segurança dos ascensores existentes (SNEL).
Este Engenheiro que é um “Senhor”, acredita nos valores da família, do trabalho, da responsabilidade, da solidariedade, da ética e da honestidade. No papel primordial do associativismo, seja em termos culturais, sociais ou no caso empresariais. Ao longo da sua carreira, foi responsável por mais de 20 000 projetos de elevadores merecendo destaque, entre outros, os seguintes: Hotel Quinta do Lago – Algarve; Torre Vasco da Gama; Gare do Oriente; Casa da Música – Porto; Aeroportos de Lisboa, Porto e Funchal; Hospital de Santa Maria – Lisboa e S. João – Porto; Torres Atlântico – Luanda Angola; e outros. Para além de tudo isto, aos 63 anos, casado, com 2 filhos e duas netas, benfiquista de coração, ainda encontra tempo de qualidade (KAIROS) para dedicar à sua família, aos amigos, e a todos quanto a ele recorrem.
Ascensores com história
O Elevador panorâmico da Fajã dos Padres, Ilha da Madeira O elevador panorâmico mais elevado de Portugal António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)
O elevador panorâmico da Fajã dos
Foi construído pela EFACEC - ELEVADO-
A casa das máquinas situa-se num pequeno
Padres está situado na freguesia da
RES em 1997. Está equipado com todos
edifício, situado na face superior da falésia e
Quinta Grande, no concelho de Câmara
os sistemas de um elevador tradicional,
os cabos de suspensão passam pelas rodas
de Lobos. A entrada para a estação
tendo no entanto a particularidade de não
de desvio apoiadas numa estrutura metáli-
superior deste aparelho é efetuada
possuir cabo de manobra (ligação elétri-
ca de grande porte localizada no bordo da
através da Estrada Padre António
ca entre a cabina e a casa das máquinas).
falésia. O acesso dos passageiros à estação
Henriques Dinis.
Este cabo é substituído por um sistema de
superior do elevador é efetuado por vários
comunicação, via rádio, entre os dois pon-
lanços de escadas, vencendo um desnível
Este aparelho é o único acesso por terra
tos mencionados, com alimentação por
de cerca de três dezenas de metros (esta
ao complexo agrícola e turístico da Fajã
baterias,
automaticamente
particularidade deve-se às difíceis condi-
dos Padres, junto ao mar, dotada de uma
nos dois pontos de paragem, que também
ções de topografia do terreno, que não foi
bela praia e de um conceituado restauran-
asseguram a iluminação e o comando da
possível ultrapassar).
te. Localizado na escarpa, ao lado do Cabo
porta automática. Tal como os elevadores
Girão, este Elevador panorâmico goza de
tradicionais, dispõe de um contrapeso di-
A via do elevador e a escada de emergência
uma paisagem deslumbrante, efetuando
mensionado para minimizar o consumo
são apoiadas numa estrutura metálica qua-
uma vertiginosa viagem com um desnível
de energia. A cabina é dotada de janelas
se vertical, cravada no enorme rochedo.
de 254 m, facilitando imenso o acesso dos
panorâmicas e tem uma capacidade de
Nessa estrutura está apoiada uma conduta
turistas a esta Fajã.
16 passageiros.
forçada que é bem visível nas fotos. A sua
carregadas
função era conduzir a água para a Central Hidroelétrica da Fajã dos Padres. Neste momento esta Central está desativada por terem sido desviadas as afluências para outro aproveitamento. A construção deste elevador panorâmico e inclinado, único em Portugal, obrigou a resolver uma série de complexos problemas técnicos, tais como o elevado curso (quase da altura da Torre Eiffel em Paris), a montagem exterior em ambiente marinho, altamente corrosivo, a resistência ao vento, a impossibilidade de montagem de cabo de manobra, (cuja solução já foi explicada em parágrafo anterior). Por todas estas razões a cabina foi cons© Eng. Mario Jardim Fernandes
62
elevare
truída em aço inoxidável, com o teto exterior inclinado e com um alçapão no teto,
Ascensores com história Refira-se no entanto que ainda está em serviço um antigo elevador de carga, ao lado deste elevador panorâmico, com capacidade para 300 kg, apoiado em cabos de aço suspensos e construído em 1984. Atualmente, a Fajã dos Padres é uma pequena estância turística que inclui um conceituado restaurante, excelentes condições para fazer praia e para a prática de pesca, casas de turismo de habitação para estadias de curta duração. Para além da cultura do vinho, esta zona conta com condições climáticas excelentes para o cultivo de papaia, manga, abacate, banana e outras frutas exóticas como a goiaba, a pitanga, o araçal e o maracujá.
FICHA DA INSTALAÇÃO Localização – Fajã dos Padres, Quinta Grande, Câmara de Lobos, Ilha da Madeira Entrada em serviço – 1997 Atual Entidade proprietária – Sociedade Agrícola da Fajã dos Padres Empreiteiro – EFACEC - ELEVADORES Fornecedor – EFACEC - ELEVADORES Curso – 254 m Desnível – 250 m Inclinação media – 98% Cap. cabina – 16 passageiros/1200 kg © Eng. Antonio Garrido
Peso estimado da cabina – 2200 kg Sistema de tração – motor elétrico
de modo a facilitar o eventual resgate de
O nome da Fajã deve-se ao facto de ter
assíncrono trifásico de 45 kW, ali-
passageiros em caso de avaria ou acidente.
pertencido aos Padres da Companhia de
mentado por um conversor eletró-
Jesus, durante mais de 150 anos (preci-
nico de variação de frequência aco-
São cerca de 250 metros de desnível,
samente entre 1595 e 1759). Na sua per-
plado a um redutor de velocidade. Suspensão – 8 cabos de 15 mm de di-
vencidos em 4 minutos de viagem, acom-
manência na Fajã dos Padres, os Jesuítas
panhando a encosta da enorme falésia do
deixaram um marco notório, dos quais se
Cabo Girão até à Fajã dos Padres. O eleva-
destaca a introdução da casta malvasia,
Velocidade – 1,0 m/s
dor possui janelas panorâmicas que permi-
um dos vinhos mais apreciados da Ilha da
Tempo de viagem – cerca de 5 minutos
tem apreciar cada momento da descida: a
Madeira.
âmetro
costa sul da Ilha da Madeira até à Ponta do Sol, a pequena baía da Fajã ou simplesmen-
Antes da construção deste elevador o
O Autor agradece ao Eng.º Mário Jardim
te o mar, até onde a vista alcança.
acesso de pessoas só era possível por via
Fernandes (Diretor da Sociedade Agrícola
marítima ajudado por um pequeno cais de
da Fajã dos Padres) a revisão do texto e a
A Fajã dos Padres situa-se na costa sul da
acostagem. Atualmente diversas empre-
cedência de imagens e também ao Eng.º An-
ilha da Madeira, próximo do famoso preci-
sas turísticas promovem viagens até à Fajã
tónio Garrido (Diretor da Liftech), a cedência
pício do Cabo Girão, com 589 m de altura,
dos Padres, entre as quais a embarcação
de imagens.
o maior da Europa e o segundo mais alto
“Malvasia - Fajã dos Padres” que transporta
do mundo. Fajã significa “um terreno plano,
10 passageiros e faz ligações para o porto
Ver também no livro Funiculares e Teleféricos
cultivável, de pequena extensão, situado à
vizinho de Câmara de Lobos. Atualmente a
de Portugal, de Alberto Fonseca, António Vas-
beira-mar, formado de materiais desprendi-
Fajã dispõe ainda de um heliporto, que per-
concelos e Francisco Alba, nas páginas 106/107,
dos da encosta”
mite o acesso por via aérea.
uma referência a este elevador
elevare 63
PUB
Bibliografia
ELEVADORES: PRINCIPIOS E INNOVACIONES Conteúdo: Atualmente, qualquer edifício está condicionado pela existência de elementos como elevadores, empilhadoras, escadas rolantes e plataformas. É, desta forma, notória a importância que o transporte vertical assume nos nossos dias. Podemos encontrar, sem dúvida, algumas obras clássicas sobre 43,91 € −10% 39,52 € Autor: Antonio Miravete de Marco, Emilio Larrodé Pellicer ISBN: 9788429180121 Editora: REVERTÉ Número de Páginas: 480 Edição: 2008 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
este tema. Algumas focam-se no funcionamento dos dispositivos mas fazem-no apenas citando os seus componentes mecânicos, enquanto outras se especializam nos cálculos sendo, porém, incompletas quando se fala do projeto ou das normativas. Neste livro os autores desenvolvem aspetos relacionados com o cálculo e o projeto dos elementos que compõem cada elevador, explicando o funcionamento dos mecanismos, com destaque para as Normas vigentes, abordando diversos pontos de vista, como a segurança, o funcionamento e as dimensões. Esta edição apresenta numerosos problemas e exemplos práticos que mostram, de forma simples e acessível, o desenvolvimento dos cálculos associados a cada um dos aspetos do projeto e funcionamento dos elevadores. Índice: Prólogo. Introducción. Ascensores y montacargas. Escaleras mecánicas y andenes móviles. Introducción al tráfico vertical. Bibliografía.
ANÁLISIS DE MECANISMOS PLANOS: TEORÍA Y PROBLEMAS Conteúdo: Tanto o estilo como o conteúdo desta obra são o resultado de muitos anos de experiência em docência universitária e investigação dos autores. Análisis de Mecanismos foi uma obra escrita a pensar nos estudantes de Engenharia Mecânica, tanto da licenciatura como da pós-graduação e mestrado. Aqui 20 € −10% 18 €
Autor: ENRIQUE SANMIGUEL ROJAS, MANUEL HIDALGO MARTÍNEZ ISBN: 9788428334419 Editora: PARANINFO Número de Páginas: 276 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
se desenvolvem métodos analíticos e numéricos para a resolução de problemas de análise cinemática e dinâmica de mecanismos. Além disso são expostos os fundamentos físicos da análise de mecanismos como a Cinemática e Dinâmica de corpo rígido ou a Mecânica Analítica. Todos os capítulos são compostos por uma parte teórica, desenvolvida com rigor analítico, e por uma amostra de problemas resolvidos. Para a abordagem dos diferentes problemas são utilizados o método de Newton-Raphson para a resolução de sistemas de equações não lineares; o conceito de variável de estado para a redução da ordem das equações diferenciais; e ainda o método Runge-Kutta para integrar numericamente as equações diferenciais que orientam o movimento do mecanismo. Índice: Cinemática. Análisis cinemático de mecanismos. Dinámica. Mecánica analítica. Análisis dinámico de mecanismos. Bibliografía.
ELEMENTOS DE MÁQUINAS DE SHIGLEY – 8.ª EDIÇÃO Conteúdo: Oitava edição no sistema internacional de medidas de um livro que é uma referência no mercado. Mantém a abordagem básica que fez desta obra uma referência essencial no estudo do projeto de máquinas há cerca de quarenta anos. 89,90 € −10% 80,91 €
Índice: Parte 1 – Fundamentos: Introdução ao projeto de engenharia mecânica. Materiais. Análise de cargas e tensões. Deflexão e rigidez. Parte 2 - Prevenção de falhas: Falhas resultantes de carregamento estático. Falha por fadiga resultante de carregamento variável. Parte 3 - Desenho de elementos mecânicos: Eixos e componentes de eixo. Parafusos, fixadores e o desenho de junções não permanentes. Soldagem, união e o desenho de junções permanentes. Molas mecânicas. Mancais de contato rolante. Lubrificação e mancais de deslizamento. Engrenagens – Geral. Engrenagens cilíndricas de dentes retos e
Autor: Richard G. Budynas, J. Keith Nisbett ISBN: 9788563308207 Editora: MCGRAW-HILL Número de Páginas: 1084 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
engrenagens cilíndricas helicoidais. Engrenagens cônicas e sem-fim. Embreagens, freios, acoplamentos e volantes. Elementos mecânicos flexíveis. Estudo de caso de transmissão de potência. Parte 4 - Ferramentas de análise: Análise de elementos finitos. Elementos de estatística. Apêndices. Tabelas úteis. Respostas aos problemas selecionados.
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Bibliografia
INSTALACIÓN DE ASCENSORES Conteúdo: Ainda que a montagem do elevador seja um processo levado a cabo numa obra quando a mesma se encontra num estado avançado de desenvolvimento, momento em que o risco de queda de altura se encontra razoavelmente controlado, para os executores da montagem destas máquinas a questão é 24,49 € −10% 22,04 €
Autor: AGUSTÍN GONZÁLEZ RUIZ, DIEGO GONZÁLEZ MAESTRE ISBN: 9788492735204 Editora: FC EDITORIAL Número de Páginas: 415 Edição: 2010 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
um pouco diferente. Nestes casos, os riscos voltam a ser reais, pelo facto de ser um trabalho feito em diferentes níveis de altura e de forma permanente. O livro tem em conta esta particularidade e apresenta as diferentes fases de montagem de elevadores, dando especial atenção ao risco de queda de altura, juntamente com os restantes riscos associados a cada uma das etapas de montagem, onde se focam os riscos associados à utilização de equipamentos de trabalho e da sua manipulação. Para cada um destes riscos estabelecem-se medidas de controlo que os próprios trabalhadores devem adotar para efetuar o seu trabalho com toda a segurança. O conteúdo deste livro abarca o programa de formação do ensino secundário que estabelece o acordo estatal do setor do metal com os especialistas de montagem de elevadores que participam em obras de construção civil. Índice: Riesgos específicos en el Sector de la Construcción y su Prevención. Ascensores. Gestión de la Prevención en Obra. Coordinación de Actividades Empresariales. Derechos y Obligaciones del Trabajador. Primeros Auxilios y Medidas de Emergencia. Anexo. Conceptos Básicos.
PROJECTO DE MECANISMOS CAME-SEGUIDOR Conteúdo: Esta obra resulta do trabalho desenvolvido pelo autor ao longo da última década em que se dedicou ao ensino e investigação no domínio em que o tema se insere. A principal motivação para a realização deste livro deveu-se à lacuna existente no mercado de livros em língua portuguesa sobre o 18 € −10% 16,20 € Autor: João Paulo Flores Fernandes ISBN: 9789728953409 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 190 Edição: 2010 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
estudo de mecanismos do tipo came-seguidor, que pudesse ser utilizada como texto de apoio nas atividades científico-pedagógicas de disciplinas no domínio da Teoria de Máquinas e Mecanismos. Não menos importante e motivador foi o constante desafio que as várias dezenas de estudantes foram colocando ao autor no sentido de se realizar uma obra desta natureza. O livro está dividido em 6 capítulos: breve e imprescindível introdução à temática deste trabalho; descrição completa dos principais movimentos básicos do seguidor; no terceiro e quarto capítulos são apresentados os métodos gráficos e analíticos que permitem a determinação do perfil de uma came; estudo dos principais parâmetros de desempenho deste tipo de sistema mecânico; conjunto de exercícios de aplicação sobre os diversos assuntos abordados na obra. Trata-se, assim, de um texto de apoio a professores e estudantes do ensino superior, que poderá ser também útil para aqueles que se interessam pelas temáticas relacionadas com o estudo de mecanismos came-seguidor. Índice: Introdução. Movimentos Básicos do Seguidor. Determinação Gráfica do Perfil da Came. Determinação Analítica do Perfil da Came. Desempenho de Mecanismos Came-Seguidor. Exercícios Resolvidos e Exercícios Propostos.
ABC DAS REGRAS TÉCNICAS – EBOOK Conteúdo: O conteúdo deste livro, que se baseia nas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), pretende elucidar e transmitir os conhecimentos essenciais e necessários para que tanto os estudantes como os profissionais principiantes encarem o mundo do trabalho com realidade 17,50 € −10% 15,75 € Autor: Hilário Dias Nogueira ISBN: 9789728953843 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 112 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
e confiança. Tendo como objetivo essa aplicação (RTIEBT), foi concebido por forma a contemplar de um modo prático os assuntos que se consideraram como os mais interessantes, principais e indispensáveis à realização futura de pequenos projetos de execução das instalações elétricas de utilização. Índice: Aplicação das RTIEBT. Características das instalações eléctricas. Regras para instalações em locais especiais. Tipo de canalizações. Cálculo das secções segundo as condições estipuladas pelas RTIEBT. Localização e definição de instalações. Protecções. Instalações coletivas. Ligações à terra e condutores de proteção.Inspecção de instalações.Índice remissivo das RTIEBT n.˚ 949-A/2006, de 11 de Setembro de 2006 - Diário da República, 1.a Série - N.˚ 175.
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Consultório técnico
Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
Num prédio com dois elevadores é obrigatório
Em que condições está prevista a imobilização
e fios metálicos ou outro material ade-
que ambos estejam a funcionar?
de um elevador?
quado, sendo deste facto dado conheci-
O Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de de-
Em três situações:
zembro refere no Ponto 3 do Artigo 13° que:
1. Caso seja detetada uma situação de
3. Após a selagem das instalações, estas
“À imobilização das instalações é aplicável o
grave risco para o funcionamento da
não podem ser postas em serviço sem
disposto no Artigo 162° do Regulamento Ge-
instalação, a EMA deve proceder à sua
uma inspeção prévia que verifique as
ral das Edificações Urbanas, aprovado pelo
imediata imobilização, dando disso co-
condições de segurança, sem prejuízo
Decreto Regulamentar n.° 38 382 de 7 de
nhecimento, por escrito, ao proprietário
da prévia realização dos trabalhos de
agosto de 1951.”
e à respetiva Câmara Municipal, no pra-
reparação das deficiências, a realizar
zo de quarenta e oito horas (Ponto 5 do O referido Artigo n.° 162 diz no Ponto 2 que: "A existência de meios de transporte verti-
Artigo n.° 3 do Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de dezembro);
cal-ascensores, monta-cargas, escadas ou
2. Quando depois de uma inspeção peri-
tapetes rolantes, quando exigidos pelo pre-
ódica resultar uma cláusula do tipo C1
sente Regulamento, em condições de não
que corresponde a situações de eleva-
poderem ser utilizados permanentemente
do risco para a segurança de pessoas e
será punida com coima de €12,47 a €24,94
bens, cuja resolução deve ser imediata,
por aparelho por dia.”
o elevador deve ficar imobilizado. Caso a Entidade Inspetora tenha habilitação
Por sua vez o mesmo RGEU no Artigo 50°
por parte da Câmara Municipal, o eleva-
especifica que:
dor é selado;
mento ao proprietário e à EMIE;
sob responsabilidade da EMA; 4. A selagem das instalações pode igualmente ser feita por uma EI, desde que para tal haja sido habilitada pela Câmara Municipal.
«Sempre que as instalações não ofereçam as necessárias condições de segurança, compete às Câmaras Municipais proceder à selagem das instalações»
1. Nas edificações para habitação coleti-
3. A não apresentação em sede de inspeção
va, quando a altura do último piso des-
periódica da Declaração CE de Conformi-
tinado a habitação exceder os 11,5 m, é
dade (para os elevadores ao abrigo do
obrigatória a instalação de ascensores.
Decreto-Lei n.° 295/98 de 28 de setem-
Um Responsável Técnico de uma EMA pode
A altura referida é medida a partir da
bro que transpôs a Diretiva 95/16/CE) e
sê-lo igualmente de outra?
cota mais baixa do arranque dos de-
a consequente não regularização docu-
Não, mesmo que não esteja explícito na Lei
graus ou rampas de acesso do interior
mental por um período de 90 dias, im-
65/2013 de 27 de agosto.
do edifício;
plica a imobilização da instalação por se
2. Os ascensores, no mínimo de dois, se-
concluir que a instalação está a funcionar
O Responsável Técnico de uma EMIE, mes-
rão dimensionados de acordo com o
ilegalmente (Circular n.° 1 da DGEG). Caso
mo que esta não esteja certificada pela
número de habitantes e com a capaci-
a Entidade Inspetora tenha habilitação
ISO 9001, obriga-se ao dever de cumprir o
dade mínima correspondente a quatro
por parte da Câmara Municipal o eleva-
seu código de conduta que, regra geral, diz
pessoas e deverão servir todos os pi-
dor é selado.
que o seu colaborador, no exercício da sua atividade, deve respeitar os princípios de
sos de acesso aos fogos; Em que condições e como está prevista a
responsabilidade, lealdade, transparência,
tiva com mais de três pisos e em que
selagem de um elevador?
independência e confidencialidade.
a altura do último piso, destinado à
O Artigo n.° 11 do Decreto-Lei n.° 320/2002
habitação, medida nos termos do n.° 1
de 28 de dezembro, selagem das instala-
Torna-se impossível uma mesma pes-
deste Artigo, for inferior a 11,5 m deve
ções, dá a resposta:
soa cumprir este código para com duas
prever-se um espaço para uma futura
1. Sempre que as instalações não ofere-
empresas.
instalação no mínimo de um ascensor.
çam as necessárias condições de segu-
3. Nas edificações para habitação cole-
rança, compete às Câmaras Municipais
Por sua vez também não seria viável promo-
Conclui-se, pela legislação acima, que os
proceder à selagem das instalações;
ver uma concorrência leal pois o conflito de
dois elevadores devem estar ambos em
2. A selagem prevista no número anterior
interesses, financeiros ou não, estaria sem-
funcionamento.
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elevare
será feita por meio de selos de chumbo
pre presente entre as duas empresas.
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