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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

Número 6 . 1.o Trimestres de 2016 . www.elevare.pt

Qualidade

-- Os resíduos: a abrangência do problema -- Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015

Normalização Normalização

DOSSIER

MANUTENÇÃO EM ELEVADORES

Ascensores com história Ascensor da Ribeira do Porto

Figuras

Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques


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Ficha técnica

elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

DIRETOR Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt

COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, Carlos Alberto Alves, Rui Flores, José Pirralha, Joaquim Ângelo, Fernando Jorge Almeida, Paulo Cabral, Leitão, Ricardo Vieira, Miguel Tato, Bernardo Marques, Pedro Vieira, Pedro Paulino, António Vasconcelos, Ilda Amante, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino

COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt

DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt

CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964

4

Editorial

6

Qualidade, segurança e ambiente [6] Os resíduos: a abrangência do problema [10] Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015

12 14

Normalização Normalização

16

Coluna da AIECE

Posição da AIECE face à Diretiva 95/16/CE

18 Notícias e Produtos 27

Dossier sobre Manutenção em Elevadores [28] Manutenção em elevadores [31] A qualidade dos fluidos hidráulicos e os custos de produção [34] Calibração dos equipamentos: custo ou benefício para a empresa? [38] Ascensores: um mercado em evolução permanente [40] Manutenção: distinção pela qualidade do serviço

[42] Manutenção inteligente de elevadores

44 Entrevista

h.paulino@elevare.pt

DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira a.pereira@cie-comunicacao.pt

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE e a rastreabilidade dos componentes de segurança

Fernando Cruz, Presidente da APEGAC: “assegurar a qualificação profissional do setor”

46 Informação técnico-comercial [46] ECOLIFT: sistemas de recuperação de energia para elevadores [48] ThyssenKrupp lança MAX: maximização da eficiência urbana com a tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure

[50] OPTIDRIVE™ ELEVATOR: controlo eficiente e preciso

52 Publireportagem O modelo [SOS]Com de 72horas converte Portugal numa referência em segurança para as equipas de manutenção 54

Case study [54] Eficiência energética em óleos de engrenagens e hidráulicos

[60] Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções - 2.ª Parte [62] ThyssenKrupp apela à otimização da sustentabilidade urbana

64 Ascensores com história

Ascensor da Ribeira do Porto

66 Figuras Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng.° António Vasconcelos

Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques

68 Bibliografia 70

Calendário de eventos

72 Consultório técnico

elevare

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Editorial

Este ano de 2016 perspetiva-se como um ano de grande atividade no setor, quer a nível interno quer a nível externo. A nível interno, os trabalhos associados à eventual (na altura da escrita deste texto ainda não há qualquer decisão) revisão da Circular n.° 1 da DGEG poderá dar abertura para a re-

Fernando Maurício Dias

solução de um problema que tem vindo a afetar, em primeira linha, os proprietários e, por

Diretor

afinidade, as EMIEs. Este assunto tem-se arrastado há anos perante a indiferença das mais diversas entidades com responsabilidades neste setor, mas mais vale tarde do que nunca. Outro aspeto relevante, e aparentemente um pouco esquecido, é a entrada em vigor da legislação do Sistema de Certificação Energética de Edifícios, representada pelo Decreto-Lei 118/2013, de 20 de agosto, da publicação da Portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro, e também com a publicação do Despacho 8892/2015 de 11 de agosto, pelo Diretor-Geral de Energia e Geologia. Está assim estabelecida a base para o lançamento da etiquetagem energética para os Ascensores, Escadas Mecânica e Tapetes Rolantes. A Portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro, impõe que os elevadores a instalar em edifícios de comércio e serviços devem obedecer aos requisitos mínimos de eficiência e, acresce, os elevadores a instalar devem cumprir com os seguintes requisitos: a) Controlo de iluminação da cabine; b) Sleep mode para todos os elevadores instalados a partir de 31 de dezembro de 2015; c) Regeneração de energia para todos os elevadores instalados a partir de 31 de dezembro de 2018. Face a estas alterações é muito importante a maior atenção por parte dos instaladores. Também, e já largamente divulgado quer nas Jornadas Técnicas de Elevadores quer na nossa revista, neste ano vamos ter as novas Normas EN 81-20 e a EN 81-50 que num futuro breve irão substituir as conhecidas EN 81-1/2. Outra mudança de peso é a entrada em vigor da nova Diretiva Ascensores (2014/33/UE). No entanto, a entrada em vigor da nova Diretiva Ascensores só se fará com a sua transposição para o direito nacional, é verdade que até à data ainda não há notícias, pese embora o estado português esteja obrigado a fazer a transposição até 20 de abril de 2016, se o não fizer os operadores económicos e demais agentes não estão obrigados a cumprir a Diretiva. Por último, e porque os parágrafos anteriores levantam muitas questões, estão a ser preparadas as IV Jornadas Técnicas de Elevadores, a ter lugar no dia 5 de julho de 2016 no auditório Magno do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, onde estes temas serão abordados com o intuito de promover o debate e os necessários esclarecimentos. Estas Jornadas irão desenvolver-se nos mesmos moldes das anteriores prevendo-se a habitual presença de todas as entidades e interessados neste setor. Iremos dar notícias mais concretas sobre este evento no website da revista “elevare” e através de outros meios.

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Qualidade, segurança e ambiente

Os resíduos: a abrangência do problema Carlos Alberto Alves Responsável pela Inovação, Design e Desenvolvimento Extruplás

OS RESÍDUOS

A Gestão de Resíduos Perigosos tem sido

ência e dos erros entretanto cometidos ao

A derradeira meta do desenvolvimento

também considerada como uma prioridade

longo dos últimos anos a tratar este tema.

sustentável é assegurar uma melhor qua-

em muitos países em desenvolvimento que

lidade de vida, quer para a geração atual

estão, neste momento, a desenvolver siste-

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

como para as gerações futuras, através de

mas de controlo ambiental.

Todos os países geram Resíduos Perigosos.

um crescimento económico responsável,

Nas economias em vias de desenvolvimen-

progresso social equitativo e uma efetiva

Aqui expõem-se as razões e os objetivos

to mais pequenas e menos industriais, estes

proteção ambiental.

deste artigo e a sua necessidade resulta do

provêm frequentemente da importação de

contexto histórico da Gestão internacional

substâncias químicas perigosas e, de outros

dos chamados Resíduos Perigosos.

produtos de países mais desenvolvidos.

Depois da recente Conferência de Paris, a

Desta forma, pretende-se ressaltar a im-

Alguns exemplos de Resíduos Perigosos

COP 21, onde felizmente se chegou a acor-

portância de levar a cabo um Programa de

incluem as soluções oleosas; pesticidas

do para a limitação da emissão de gases

Gestão de Resíduos Perigosos e, sobretudo,

redundantes da agricultura; resíduos quí-

com efeito de estufa, convém referir que o

trata-se de abordar o assunto de uma for-

micos do comércio; os ácidos e chumbo

problema ambiental não se confina a este

ma realista, passo a passo.

da reciclagem de baterias; ácidos, bases e

Estas são as 3 dimensões que compõem ou constituem uma sociedade sustentável.

problema.

soluções orgânicas da limpeza industrial. Simultaneamente expõem-se os principais

Outros resíduos também omnipresentes,

Uma abordagem fragmentada da sustenta-

assuntos a tratar e a forma de os abordar,

incluem os resíduos domésticos e uma va-

bilidade só contribuirá para enfraquecer o

para melhorar a gestão desses resíduos e,

riedade de resíduos em menor escala ou,

debate ao invés de contribuir para a resolu-

apresentam-se alguns conhecimentos que

provenientes de muitas pequenas indús-

ção do problema.

foram sendo adquiridos através da experi-

trias denominadas “indústrias familiares”, como oficinas metalomecânicas e de repa-

©publico.pt

ração automóvel, por exemplo. Os países desenvolvidos estabeleceram, nos últimos anos, Sistemas de Gestão de Resíduos Perigosos, os quais, se bem que não sejam infalíveis ou perfeitos, em geral tratam e eliminam os resíduos de maneira ecológica. Adotaram-se medidas de minimização nos países desenvolvidos, mas as economias em vias de desenvolvimento podem e estão a aprender com os erros e a pôr em prática programas de minimização de resíduos de forma muito mais rápida. Existe um número de países, como a Rússia, China e Índia, que têm uma base industrial

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estabelecida, mas que ainda não desenvolveram os seus Sistemas de Gestão de Resíduos Perigosos ao mesmo nível. Os países recentemente industrializados, que no passado só tinham que tratar quantidades relativamente pequenas de resíduos, agora devem fazer frente à necessidade de tratar quantidades maiores de diversos resíduos, em parte porque geralmente albergam indústrias que geram Resíduos Perigosos intensamente, como as refinarias de petróleo, produtos petroquímicos, fabricação de produtos farmacêuticos e de metais. ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS Muitos países desenvolvidos aprenderam, por experiência própria, os problemas que gera a largo prazo uma eliminação incontrolada de resíduos perigosos. Na União Europeia os recursos empregues para limpar a contaminação por Resíduos Perigosos do passado excedem aqueles que são necessários para a Gestão dos Resíduos que atualmente estão a ser gerados. Uma ação antecipada para desenvolver um programa de Gestão de Resíduos Perigosos poupará meios financeiros a longo prazo considerando que impede que surjam problemas. TECNOLOGIAS DE TRANSIÇÃO A Gestão de Resíduos Perigosos em economias em vias de desenvolvimento é um desafio global. A tarefa de afrontar o processo de criação de sistemas de controlo e tecnologias para os seus próprios Resíduos Perigosos é, quiçá, ainda mais desmotivadora do que a que é enfrentada pela Europa e a América do Norte, desde há 20 anos. Amiúde o ponto de partida é a descarga totalmente incontrolado de resíduos no solo, ar ou água. O desafio reside em passar de uma situação de “controlo zero” a uma “situação controlada” e o primeiro passo para a realização deste objetivo é através das denominadas tecnologias “de transição”. No entanto, além de sofrerem de uma carência de recursos, as economias em vias de desenvolvimento confrontam-se ainda com o facto de que muitas das tecnologias de transição que foram usadas pelos países desenvolvidos durante os últimos 20 anos não se encontram disponíveis atualmente ao terem sido proibidas pela comunidade internacional. Estas proibições trazem consigo a obrigação do mundo desenvolvido de proporcionar ajuda técnica aos países em vias de desenvolvimento com o fim de guiá-los para identificar e implementar práticas ecológicas de Gestão de Resíduos. PROGRAMAS DE GESTÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS As economias em vias de desenvolvimento têm que começar quanto antes a desenvolver programas de Gestão de Resíduos Perigosos, que devem ser integrados juntamente com outros programas de proteção do meio ambiente.


Qualidade, segurança e ambiente Quando o mundo desenvolvido começou a

indústria de processamento de metais, de

dados obtidos deve ser objeto de muito cui-

forjar e a implementar a Gestão de Resíduos

produção de fertilizantes, de processamen-

dado, por essa razão.

Perigosos, o enfoque era considerado como

to e tratamento de couro e tingimento de

“questão técnica”. Hoje em dia, o enfoque é

têxteis, estão hoje a deslocalizar-se para os

Devido ao facto das variações dos relatórios

mais amplo e inclui medidas sociais e eco-

países menos desenvolvidos, onde o contro-

nacionais, que relatam estes números, não

nómicas como o emprego de instrumentos

lo da poluição é menos exigente e os custos

serem coerentes, deve existir cuidado quan-

fiscais para incentivar o design, a Produção

do trabalho (mão-de-obra) são mais baixos.

do estivermos a comparar países.

resíduos e programas de educação e infor-

Por outro lado, os países industrializados es-

Países como a Estónia, por exemplo, apre-

mação ambiental.

tão entretanto a tornar-se importantes cen-

sentam o mais elevado nível de geração de

tros de produção de óleos refinados, produ-

Resíduos Perigosos, usando o indicador per

Todos os países geram Resíduos Perigosos.

tos químicos finos, produtos farmacêuticos

capita.

As quantidades geradas e os seus impactos

e equipamentos elétricos e eletrónicos.

mais limpa, as iniciativas de minimização de

dependem de muitos fatores, incluindo o ní-

As fontes geradoras de Resíduos Perigosos

vel de desenvolvimento industrial, a forma

Tentar estabelecer qual a quantidade de Re-

não industriais podem ser encontradas em

como são geridos esses resíduos, a postura

síduos Perigosos que é gerada, e a escala

todos os países, apesar de em alguns países

das autoridades relacionadas com o ambien-

do problema é muito difícil e, no passado

as quantidades poderem ser suficientemen-

te e a sua relação com os media.

recente tem havido muito poucos dados

te pequenas para serem consideradas insig-

disponíveis, que permitam fazê-lo de forma

nificantes e frequentemente são, por essa

inequívoca.

razão, simplesmente descartadas com os

Os pequenos países, por exemplo, as ilhas têm muitas vezes sistemas ambientais mui-

resíduos domésticos.

to frágeis que são facilmente afetados, até

A obtenção de alguns desses dados, a nível

mesmo por quantidades muito pequenas de

global é garantida, por exemplo, pelo Global

As pequenas quantidades geradas têm nor-

resíduos mal manuseados.

Waste Survey (GWS).

malmente o inconveniente de serem disper-

Até há bem pouco tempo, as principais fon-

Hoje em dia existem em marcha várias ini-

tes geradoras de Resíduos Perigosos, nos

ciativas para a recolha de dados (por exem-

países menos industrializados, eram prati-

plo a Convenção de Basileia, o ISWA Natio-

A RESPOSTA SOCIAL

camente resíduos como os oriundos de óle-

nal, e outras fontes de informação) e, por

Uma sociedade sustentável, no entanto, não

os usados.

essa razão, existe um melhor entendimen-

pode lograr atingir este desiderato sem o

to sobre a geração destes resíduos e, so-

envolvimento das organizações e das pesso-

No entanto hoje, a origem dos resíduos

bre quais as indústrias que os geram, bem

as, uma vez que estas devem fazer parte do

considerados perigosos, em muitos desses

como quais os métodos alternativos para

projeto de sustentabilidade.

países está nos produtos químicos que são

lidar com estes.

sas provocando, por isso, baixos níveis de

importados.

contaminação.

Os governos nacionais e as diversas instituiNo entanto, é importante notar que as de-

ções começaram já a integrar o desenvolvi-

As indústrias primárias, particularmente

finições de resíduos não são consistentes

mento sustentável como um princípio fun-

as indústrias altamente poluentes, como a

nos diferentes países e, a comparação dos

damental nas suas constituições e tratados.

©ambigroup.com

As organizações não-governamentais e as organizações de negócios consideram cada vez mais o desenvolvimento sustentável como um importante elemento da visão e dos objetivos estratégicos. Para atingir este elevado patamar de consciência, os governos, as instituições e as organizações, necessitam do envolvimento das pessoas para conduzir este processo rumo ao sucesso, com vista a uma mais elevada qualidade de vida para todos. Este processo de mudança rumo à sustentabilidade depende das escolhas feitas pelas pessoas. Este processo termina e começa no ser humano.

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Qualidade, segurança e ambiente

Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015 Rui Flores Auditor coordenador Qualidade, Ambiente e SST da APCER, Formador e consultor Auditor IPAC a Laboratórios de ensaio e calibração

Afinal o que é a qualidade numa

mais importante meta a atingir quando se

1. Introdução de um formato e termi-

organização? Há várias definições de

certifica um Sistema de Gestão. Neste con-

nologia comuns às várias Normas de

qualidade mas a que sempre preferi foi:

texto, a sua contribuição para a organização

Sistemas de Gestão (de acordo com o

Qualidade é o conjunto de princípios e

da empresa, a sistematização das atividades

Anexo SL) que agora tem os mesmos

métodos, organizados numa estratégia

e processos, bem como a avaliação e influ-

capítulos principais facilitando, assim, a

global visando mobilizar toda a empresa

ência na implantação na cultura da empresa

para obter uma melhor satisfação do

de processos de melhoria contínua, são bem

cliente ao menor custo.

mais importantes.

integração de sistemas; 2. Focalização na Liderança (Capítulo 5 da Norma) – comprometimento da alta direção com a Norma e não apenas asse-

Esta definição congrega todos os princípios

O processo de auditoria contribui decisiva-

gurar-se que as atividades de gestão da

pelos quais uma organização se deve reger,

mente para esta meta abordando de forma

qualidade ocorrem - demonstrável num

metodologias estruturadas, organização,

sistemática o Sistema de Gestão numa ava-

processo de auditoria;

estratégia, cultura da empresa, satisfação

liação detalhada e incisiva permitindo, assim,

3. Contexto da organização (Capítulo 4 da

do cliente e relação de custo interno.

parafraseando Confúcio, “através dos olhos

Norma) – identificar os aspetos exter-

de outros ver os nossos próprios defeitos”.

nos e internos que podem ter impacto

Um sistema de gestão para trazer valor

no Sistema de Gestão e nos resultados

acrescentado para uma organização deve

A EVOLUÇÃO NORMATIVA E A ISO 9001:2015

pretendidos

estar perfeitamente integrado na sua forma

Desde a série de Normas EN 29001 que ori-

der as necessidades e expetativas das

de negócio e ser útil para atingir os seus ob-

ginou a atual ISO 9001, a Norma de Sistemas

partes interessadas nas atividades da

jetivos estratégicos.

de Gestão da Qualidade passou por diversas

organização

alterações. Esta transformação além de ter

bem

como

(clientes,

compreen-

fornecedores,

entre outros);

Há organizações que utilizam os referenciais

vindo a reduzir drasticamente a exigência

4. Objetivo e âmbito do Sistema de Gestão

normativos para criar sistemas burocráti-

documental tem evoluído, como seria expe-

– ênfase na definição e conteúdo do âm-

cos excedentários de documentos e registos

tável, nos conceitos sendo hoje muito mais

bito do Sistema de Gestão em relação

e que não refletem a forma como a organi-

orientada para os processos e atividades da

zação trabalha na prática e que, ao invés de

organização.

acrescentar valor, “encrava a engrenagem”

ao contexto da organização; 5. Mais que promover uma abordagem por processos como referido na Norma

e reduz valor por consubstanciar custos e

De um modo geral poderemos dizer que a

anterior, esta Norma entende (Capítulo

desperdício.

Norma mais recente, a ISO 9001 de 2015,

4.4) que esta abordagem é imprescindí-

traz efetivamente alterações importantes,

vel para um sistema de gestão de uma

Também as Normas têm evoluído no sentido

contudo, as entidades que já tinham imple-

de as tornar menos burocráticas, isto é, me-

mentada de uma forma efetiva a Norma de

6. PENSAMENTO BASEADO NO RISCO –

nos exigente do ponto de vista documental a

2008 terão certamente a tarefa facilitada

esta é talvez a mais importante altera-

tarefa da implementação de sistemas bem

para a transição. É de realçar que um dos

ção da Norma. Considerando que por

como a sua certificação como é o caso da

aspetos importantes em qualquer Norma de

definição o Risco é o “efeito da incerteza

Norma ISO 9001:2015.

gestão é a sua inclusão na cultura da orga-

nos resultados”, a Norma refere agora

organização;

nização e este facto é tão mais importante

que as organizações devem conside-

PORQUÊ CERTIFICAR A EMPRESA

quanto o cumprimento dos requisitos das

rar os riscos e oportunidades no seu

É talvez uma frase rotineira referir que a

Normas.

negócio. Assim, as organizações de-

certificação traz uma validação por entida-

vem evidenciar que identificaram, con-

de independente do sistema da qualidade

As principais alterações que a Norma de

sideraram no seu Sistema de Gestão e

implantado, contudo, esta não é decerto a

2015 traz, resume-se basicamente a:

sempre que necessário empreenderam

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ações para atuar sobre os riscos (sejam eles negativos ou positivos) e assegurar as oportunidades que tenham impacto na satisfação do cliente. Neste contexto foram suprimidas as “ações preventivas” na aceção da Norma de 2008 estando agora as ações identificadas relacionadas com a avaliação de risco; 7. Melhoria (Capítulo 10) – é agora perfeitamente reconhecido que a melhoria pode resultar tanto de pequenas ações pontuais como de reorganizações profundas. Assim o termo melhoria “contínua” caiu passando apenas a melhoria; 8. Fornecimentos externos (Capítulo 8.4) – maior focalização do que vem do exterior, sejam produtos de fornecedores, serviços de subcontratados ou parcerias com outras organizações; 9. Documentação – documentos e registos, uma vez que toda a Norma fala agora em “informação documentada” que tem de ser controlada, mantida e retida, em vez de falar de documentos e registos como a Norma de 2008; 10. Gestão da mudança - (Capítulo 10) sempre que ocorram mudanças no Sistema de Gestão, as mesmas tem de ser alvo de um planeamento sustentado, de forma a que a execução cumpra o pretendido. Este requerer de um planeamento sustentado vem proporcionar às organizações uma sistemática que permite lidar com a cada vez maior dinâmica e complexidade do ambiente em que operam; 11. Alterações menores: >>

Inclusão do termo “produtos e serviços” em substituição do termo “produtos”, contudo, esta alteração era já consensual uma vez que em termos práticos a Norma era aplicada já a serviços;

>>

A

terminologia

continua

a

estar

na

Norma

ISO 9000:2015 com algumas alterações já referidas (informação documentada, avaliação do risco, e outras); >>

Clareza na linguagem para que algumas questões que eram naturalmente implícitas se tornassem agora explícitas.

"Integração com outros referenciais normativos ISO 14001:2015 para o ambiente (já publicada) e ISO 45001 para a saúde e segurança no trabalho (a publicar)" A implementação e manutenção de vários Sistemas de Gestão nas empresas, nomeadamente nos Sistemas de Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança no Trabalho ficou agora facilitada e será menos trabalhosa dada a estrutura dos requisitos nucleares de todas as Normas ser agora idêntica. A focalização nos requisitos 6 – Planeamento e 8 – Operação é essencial para que este caminho seja percorrido. PRINCIPAIS FONTES: -

Report CQI ISO 9001:2015 - Understanding the International Standard;

-

Sá, Joana (APCER) - ISO DIS 9001:2015 Perspetivas Futuras.


Normalização

Normalização José Pirralha Presidente da CT 63

Como já referimos em artigos anteriores

prEN/Doc.

vivemos um tempo de profunda mudança que se traduz pela revisão de todas as Nor-

das mecânicas e tapetes rolantes – Parte 2: Cál-

CEN

culo e classificação energética para ascensores.

Esta situação é o resultado da publicaEN 81-20/50, razão pela qual todas as

WG

Desempenho energético de ascensores, esca-

EN ISO 25745-2

mas CEN da família EN 81-XX.

ção e harmonização (dezembro 2014) da

Titulo

Comentários Publicada em junho de 2015

Desempenho energético de ascensores, es-

EN ISO 25745-3

Normas da família EN 81-XX, terão que ser

cadas mecânicas e tapetes rolantes – Parte 2: Cálculo e classificação energética para escadas

CEN

Publicada em junho de 2015

mecânicas e tapetes rolantes.

revistas a curto prazo, algumas de forma mais profunda, outras apenas por alteração de referências.

Regras de segurança para fabrico e instalação

EN 81-72

Relembremos que a EN 81-1/2:1998+A3:2009

censores e ascensores de carga - Parte 72: as-

WG6

Publicada em abril de 2015

censores de bombeiros .

deixa de conceder presunção de conformida-

Regras de segurança para fabrico e instalação

de em 31/8/2017, pelo que é objetivo do CEN, tanto quanto possível, ter as Normas subsi-

de elevadores - Aplicação particular para as-

CEN TR 81-12

diárias também elas atualizadas nessa data.

de elevadores - Bases e interpretações - Parte 12: Uso da EN 81-20 e EN 81-50 em mercados

WG1

Publicado em outubro de 2014

específicos. Segurança de escadas mecânicas e tapetes ro-

"(...) no quadro da CT 63, o ano de 2016 será certamente muito intenso, já que esta CT vai ter que se pronunciar sobre um vasto conjunto de normas"

CEN TS 115-4

lantes - Parte 4: Interpretações relativas à famí-

WG2

Publicado em 2015

lia de Normas EN 115. Regras de segurança para o fabrico e instala-

prEN 81-73

ção de elevadores - Aplicação particular para ascensores - Parte 73: Comportamento dos as-

Voto formal posiWG6

censores em caso de incêndio.

tivo em novembro de 2015. Aguarda decisão.

Regras de segurança para fabrico e instalação

prEN 81-71

de elevadores - Aplicação particular para ascensores e ascensores de carga - Parte 71: As-

WG1

Fase de inquérito janeiro de 2016

censores resistentes ao vandalismo.

Assim, no quadro da CT 63, o ano de 2016

Regras de segurança para fabrico e instalação de elevadores - Aplicação particular para

será certamente muito intenso, já que esta CT vai ter que se pronunciar sobre um vas-

prEN 81-70

outros. Para lá, da análise, comentários e

Regras de segurança para fabrico e instalação

prEN 81-21

de elevadores - Aplicação particular para ascensores e ascensores de carga - Parte 21: as-

que esperamos até ao verão possa ser en-

censores novos em edifícios existentes.

viada ao IPQ para verificação e publicação.

Regras de segurança para fabrico e instala-

prEN 81-28

ascensores e ascensores de carga - Parte 28:

mas recentemente publicadas e as Normas

Alarme remoto para ascensores de passagei-

mais relevantes em processo de revisão.

ros e passageiros e carga.

12

elevare

janeiro de 2016

Fase de inquérito WG1

até 14 de abril de 2016

ção de elevadores - Aplicação particular para

Excerto do Programa do CEN, incluindo as Nor-

Fase de inquérito –

cluindo pessoas com deficiência.

prEN 81-21, prEN 81-28, prEN 81-70, entre

está em curso a tradução da EN 81-20/50,

WG7

Acessibilidade aos ascensores para pessoas in-

to conjunto de Normas, nomeadamente

votação dos diversos projetos de revisão

ascensores e ascensores de carga - Parte 70:

WG1

Revisão em preparação


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Coluna da ANIEER

Diretiva 2014/33/UE e a rastreabilidade dos componentes de segurança José Pirralha Presidente da ANIEER ­­­- Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes

Como já tivemos ocasião de referir num

cada momento quem lhe forneceu o com-

artigo anterior, a Diretiva 95/16/CE foi

ponente de segurança e a quem o mesmo

reformulada, dando lugar à Diretiva

foi fornecido.

2014/33/UE, doravante identificada como Nova Diretiva.

Esta questão, se bem que fácil de perceber, é um tanto mais complicada na sua

Todavia e para que esta nova Diretiva seja

aplicação e exige que em sede de transpo-

aplicada em Portugal é necessário que seja

sição sejam tomadas medidas essenciais

transposta para o nosso ordenamento ju-

para que a rastreabilidade efetivamente

rídico - no caso na forma de Decreto-Lei.

funcione.

À medida que se aproxima a data de entra-

No nosso ponto de vista a operacionalida-

da em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril

de de tudo isto passa pela clarificação do

de 2016, cresce a expetativa quanto à for-

papel da autoridade de vigilância de mer-

ma como o estado português irá proceder

cado (ASAE?) e pela sua articulação com

à transposição, havendo até quem se per-

a entidade responsável pela aplicação da

gunte: o que irá acontecer se não houver

Diretiva em Portugal (DGEG?).

"À medida que se aproxima a data de entrada em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril de 2016, cresce a expetativa quanto à forma como o estado português irá proceder à transposição, havendo até quem se pergunte: o que irá acontecer se não houver transposição em tempo útil?"

transposição em tempo útil? Cremos, aliás, que é determinante para a

ou lote, bem como a indicação dos cer-

Deixemos a medida das consequências

efetiva aplicação da Diretiva que se defina

deste eventual atraso para outra altura, e

de uma forma clara quem fiscaliza, quem

3. Seja definido como se controlam os

concentremo-nos na questão que conside-

tem competências técnicas para inter-

componentes de segurança utilizados

ramos a pedra de toque desta Nova Direti-

vir e como se relacionam os operadores

na substituição de outros (com ou sem

va – a rastreabilidade.

económicos

fabricantes,

marcação CE), quando aplicados pe-

importadores e distribuidores) com estas

las EMIE. A não haver controlo destes

Os princípios e objetivos que se preten-

entidades. No fundo quais as regras do

processos, a cadeia de fornecimento

dem alcançar com a rastreabilidade são

jogo que, naturalmente, devem ser claras

simples e facilmente entendíveis. Num

e transparentes.

(instaladores,

mercado global, em que os componentes

tificados UE de exame de tipo;

rompe-se por aqui. 4. As questões da vigilância de mercado a quem se comunica as não-conformi-

de segurança para ascensores podem ser

Na nossa opinião, para que a transposição

dades detetadas, quando se comunica

fabricados na Europa, ou fora dela, é ne-

se adeque às exigências da Diretiva é ne-

e como se comunica, tem de estar cla-

cessário reforçar as medidas de controlo

cessário que:

ramente definidas em sede de trans-

para que quando colocados perante situa-

1. Seja criado um registo central onde se

posição, se necessário através de um

ções graves se possa retroagir e chegar à

lancem os novos ascensores coloca-

origem do problema.

dos no mercado ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE;

diploma específico. Esperemos que estas questões estejam a

Para tal é necessário que cada um dos

2. Nesse mesmo registo sejam identifi-

ser devidamente equacionadas e estuda-

operadores económicos (novo conceito

cados os componentes de segurança,

das para que não se repitam os erros do

introduzido pela Nova Diretiva), saiba em

com os respetivos números de série

passado.

14

elevare


PUB


Coluna AIECE

Posição da AIECE face à Diretiva 95/16/CE Joaquim Ângelo Vice­-Presidente da Assembleia Geral AIECE - Associação dos Industriais e Entidades Conservadoras de Elevadores

A Diretiva 95/16/CE teve como objetivo apro-

ção no mercado interno, dos produtos ho-

ximar a legislação dos estados-membros

mologados pelos organismos notificados

da União Europeia, visando garantir a segu-

e legalmente comercializados nos outros

garantindo assim as devidas condições de

rança da utilização dos ascensores, não só

estados-membros.

segurança.

como para o pessoal técnico, com o refor-

Um organismo notificado é uma entidade in-

A AIECE considera também que deve ser fa-

ço da proteção contra a sobre velocidade à

dependente, com competência técnica para

cultada informação e formação às entidades

subida, a introdução de proteções da traje-

proceder à avaliação da conformidade dos

inspetoras, de modo a que, na realização de

tória do contrapeso no poço, o reforço das

equipamentos e componentes sujeitos às

inspeções periódicas não suscitem dúvidas

balaustradas nos tetos das cabinas, a obri-

Diretivas comunitárias. O fabricante deve

nos critérios a aplicar na avaliação de alguns

gatoriedade de meios de comunicação bidi-

submeter os equipamentos produzidos a

itens da Norma, que alguns elevadores não

recional que permitam obter uma ligação

procedimentos de avaliação de conformi-

cumprem, mas que foram devidamente jus-

permanente com um serviço de intervenção

dade, obedecendo a um conjunto de regras

tificados no processo de homologação.

rápida, no interior e no teto da cabina e tam-

e sujeitos aos ensaios previstos na Diretiva

bém no poço do elevador.

aplicável. A estes produtos quando aprova-

A AIECE considera que é essencial também

dos é posta a marcação CE.

que deva ser facilitado o acesso à infor-

para os utilizadores comuns dos elevadores

A Diretiva teve também como objetivo eli-

mação e à livre aquisição no mercado dos

minar os obstáculos à livre utilização dos

A marcação CE colocada num equipamento

componentes de substituição necessários,

ascensores por parte das pessoas porta-

ou componente significa que este foi projeta-

de modo a que quando um elevador sai da

doras de deficiência, quer na definição de

do e desenvolvido com os requisitos básicos

carteira de assistência da empresa que o

dimensões mínimas das cabinas e dos aces-

para cumprir com as Normas e regulamen-

instalou, possam ser feitas as intervenções

sos, quer na definição de algumas regras na

tos da União Europeia.

necessárias por terceiros, sem que sejam

instalação dos comandos à disposição dos utilizadores.

necessárias adaptações e o ascensor manOs Estados membros são responsáveis pelo

tenha as caraterísticas originais de seguran-

reconhecimento dos organismos notifica-

ça, conforme foi projetado, homologado e

A Diretiva 95/16/CE confere também uma

dos, baseados na evidência da sua compe-

instalado, cumprindo as Diretivas e os regu-

especial importância ao papel a desempe-

tência para realizar as tarefas definidas em

lamentos europeus.

nhar pelos organismos notificados, assim

cada Diretiva ou regulamento. A avaliação

como à certificação CE e às Normas comple-

de competência é realizada pelo organismo

É essencial, na opinião da AIECE, a criação de

mentares, como garantia de cumprimento

de acreditação nacional.

uma base de dados onde sejam arquivados

dos requisitos necessários para a colocação

os processos técnicos de todos os elevado-

no mercado dos ascensores e respetivos

A AIECE (Associação de Industriais e En-

res que sejam instalados, para que não se

componentes de segurança.

tidades

Elevadores)

repitam erros do passado e a documentação

reconhece que deve existir um reforço na

possa estar acessível e ser consultada, sem-

Devem os estados-membros adotar me-

fiscalização do mercado da assistência téc-

pre que necessário.

didas legislativas com vista a proporcionar

nica, na divulgação das não-conformidades

uma livre circulação dos produtos, com a

que vão sendo detetadas nos componentes

Intervenção feita pelo Eng.° Joaquim Ângelo repre-

aplicação de regras técnicas nacionais, de

já depois de instalados e ao longo da sua

sentando a AIECE no âmbito da TAIEX a convite da

modo a facilitar as condições de coloca-

vida útil, de modo a que sejam corrigidas,

DGEG a uma delegação do Reino de Marrocos.

16

elevare

Conservadores

de


PUB


Notícias e Produtos Amphitech com produtos inovadores e universais

rência sobre “A liderança na gestão de em-

senkrupp utilizará uma marca comum no

presas”, na qual descreveu os componentes

futuro. Atualmente, existem mais de 180 en-

Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria

da gestão empresarial e a necessidade da

tidades de marca dentro do Grupo, o que re-

na Área de Elevação

liderança por parte da gestão das empre-

sulta numa complexidade acrescida na ges-

Tlm.: +351919 576 425

sas de elevadores.

tão e no uso ineficiente de recursos. A marca comum criará uma imagem unificada entre

geral@elevadores.com.pt • http://elevadores.com.pt

A entrega de diplomas decorreu no Ins-

os clientes e colaboradores. O novo logótipo

tituto Nacional de Administração Pública

também reforça esta ideia. Os símbolos de

(INAP), em Madrid, e após a cerimónia, os

Thyssen e Krupp, que antes surgiam sepa-

participantes

conhecido

rados, formam agora um único elemento. A

restaurante de Madrid. A Docensas é uma

assinatura, “engineering, tomorrow, together”

empresa especializada em formação espe-

sintetiza a promessa de marca e “descreve

cífica para o setor da elevação, com repre-

em três palavras que somos, o que fazemos

sentação em Portugal. Além da sua oferta

e como o fazermos”, afirma Alexander Wi-

formativa, pode criar cursos à medida da

lke, Diretor de Comunicação. A nova marca

sua necessidade.

representa uma evolução, e será implemen-

jantaram

num

Desde 1988, que a Amphitech é especialista

tada progressivamente, de acordo com a si-

no projeto e na fabricação de dispositivos

tuação económica da empresa, não estando previsto um grande investimento publicitá-

mas GSM e telefones de emergência. A Am-

Thyssenkrupp com nova identidade de marca comum a todas as empresas do Grupo

phitech é uma referência no seu setor de

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

e economato e as fardas de trabalho serão

atuação e está agora presente em Portugal

Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

renovados com a nova marca quando for ne-

com produtos dirigidos aos profissionais da

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

cessário fazer-se uma reposição. No total, a

de comunicação como telealarmes para ascensores, porteiros telefónicos, siste-

indústria ascensorista e da indústria de eletricidade de Baixa Tensão.

rio. Os veículos de serviço, os camiões da unidade de logística, o material de escritório

Thyssenkrupp investirá aproximadamente 5 Daqui em diante, a Thyssenkrupp terá uma

milhões de euros com a nova marca.

marca comum em todo o mundo. A renoUm exemplo de inovação é o novo T

U,

vada imagem da marca reflete a transfor-

um produto universal, e inovador pela sua

mação de uma campanha tecnológica em

ficha universal que permite ligar a qualquer

Essen num grupo industrial diversificado.

tipo de altifalante, botão ou pictogramas

A nova marca está mais focada nos clien-

existente, e indicado para manter em stock,

tes e reforça o posicionamento da empresa

já que abarca todas as funções necessárias

como grupo industrial diversificado, bem

num sistema de comunicação bidirecional.

como o seu desejo em trabalhar de forma

É fácil de programar pois inclui um guia vo-

integrada, impulsionada pelas sinergias

cal, tendo uma bateria incorporada e pode

internas e criado valor acrescentado aos

ser ligado a uma linha analógica, a um GSM

clientes, colaboradores a acionistas.

AMPHITECH ou a uma porta analógica IP.

Escadas rolantes e elevador entre Porto e Miragaia

Este é um produto que está de acordo com

A nova marca baseia-se numa pesquisa

a EN 81-70 e a EN 81-28. O módulo de telea-

realizada junto de mais de 6000 clientes,

larme para ascensores é o T

colaboradores, candidatos a postos de em-

A Câmara do Porto tem um projeto para

prego, investidores, membros de comités

construir escadas rolantes e um elevador

U 01.

empresariais, figuras públicas e consumi-

entre Miragaia e os jardins do Palácio de

Entrega de Diplomas do PDIMA 2014/2015

dores. Os resultados deste estudo apontam

Cristal e reativar o elevador da Ponte da Ar-

para o destaque do prestígio da engenharia

rábida. Com este projeto, a Câmara do Por-

Docensas – Formação para Empresas de Elevação

da Thyssenkrupp: a empresa, os seus re-

to prevê gastar 2,75 milhões de euros na

Tel.: +34 902 933 351 • +34 954 294 202

cursos humanos e os seus produtos estão

reativação de um dos elevadores da Ponte

info@docensas.eu • www.docensas.eu

associados à elevada qualidade e fiabilida-

da Arrábida com a construção de novos

de. A nova marca foi concebida sobre esta

caminhos entre o Codeçal e a Avenida de

No passado dia 22 de janeiro de 2016 reali-

imagem e, em simultâneo, sobre um enfo-

Vimara Peres até ao tabuleiro superior da

zou-se, em Madrid, a entrega de diplomas

que ainda mais acentuado sobre as necessi-

Ponto de Luís I e na instalação de escadas

aos alunos do Programa de Direção de

dades dos clientes.

rolantes e de um ascensor na encosta de

Empresas de Instalação e Manutenção de

Miragaia e nos jardins do Palácio de Cristal.

Ascensores 2014/15 e aos alunos do Mó-

A nova marca concentra tudo o que signi-

O desconhecido elevador da Lada é uma

dulo de Engenharia de Elevação. José Maria

fica Thyssenkrupp em apenas um logótipo,

das peças deste plano de mobilidade entre

Compagni abriu o evento com uma confe-

uma assinatura e cores novas. A Thys-

a Baixa e o Centro Histórico da Invicta.

18

elevare


Notícias e Produtos GRUPNOR na Rede PME Inovação

reduza a fatura energética e a emissão de

GRUPNOR – Elevadores de Portugal

gases poluentes para a atmosfera. A Fu-

Tel.: +351 252 615 279

tursolutions está no mercado há 11 anos e

www.grupnor.pt

pode dar-lhe o melhor acompanhamento. Aconselhe-se com a Futursolutions, sem

A GRUPNOR – Elevadores de Portugal inte-

compromissos, e conheça o que o autocon-

gra o restrito grupo de empresas da Rede

sumo pode fazer por si e pelo seu prédio.

PME Inovação da prestigiada organização COTEC. Esta visa “promover o aumento da

difusão de uma cultura e de uma prática de

Autocarro Weidmüller mostra portefólio nas indústrias em Portugal

inovação, bem como do conhecimento resi-

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

dente no país.”

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

Suba no elevador descendo na fatura elétrica Futursolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica, Lda. Tel.: +351 244 471 636

Segundo a Vereadora da Mobilidade do Mu-

info@futursolutions.pt • www.futursolutions.pt

nicípio do Porto, Cristina Pimentel, pretende-se avançar com o concurso público no

Nos dias que correm é crescente a impor-

início do ano de 2016 para a conceção pedo-

tância, económica e ambiental, decorrente

nal pela encosta de Codeçal, aproveitando

do uso de energia. A dificuldade de conta-

o Elevador da Lada, e dos acessos meca-

gem de gastos elétricos advindos de cada

nizados entre Miragaia e os jardins do Pa-

equipamento torna difícil tomar noção do

lácio de Cristal, vencendo a escarpa da Rua

que cada um consome, o que leva a que seja

da Restauração. As escadas rolantes serão

difícil baixar a conta elétrica – que ainda

instaladas nas Escadas das Sereias e que a

no início do ano aumentou novamente. Os

descida seja facilitada por outras escadas

elevadores são alguns dos equipamentos -

A Weidmüller voltou, em 2016, a realizar

rolantes entre o miradouro nos Jardins do

mas não os únicos - que, num prédio, mais

viagens de norte a sul do país através de

Palácio e a Rua da Restauração. No Codeçal,

contribuem para o aumento do consumo

um autocarro com uma exposição dire-

o ascensor já existe - o conhecido Elevador

energético e do consequente aumento do

cionada para os seus produtos da área da

da Lada – apesar de ser ainda desconhecido

valor de condomínio.

indústria, destacando o u-link. O autocarro

de muitos e de pouca utilidade para quem

esteve em Portugal desde o dia 25 de ja-

visita a cidade, servindo sobretudo os mo-

neiro até 25 de fevereiro, visitando nestes

radores e os utentes do Centro Social da Sé.

dias muitos clientes industriais da Weid-

O Município pretende aumentar a utilização

müller, e prosseguindo depois a sua rota

do elevador, reativado em 2010 alargando

europeia.

o seu horário (das 8 às 20 horas entre a Ribeira e as Escadas de Barredo). Para mais

O evento foi um verdadeiro sucesso com o

tarde ficará a reativação do ascensor da

autocarro a ter muita afluência tanto nas

Ponte da Arrábida, esperando que o eleva-

2 semanas que esteve no mercado indus-

dor da parte de Gaia também venha a ser

trial do norte do país como nas restantes

reativado, criando-se assim um percurso

2 semanas que passou no sul com outros

de enorme potencial turístico. O Município

Podem se adotar equipamentos e práticas

clientes industriais da Weidmüller. Os Sales

do Porto pretende reativar o ascensor que

com vista a uma boa eficiência energética.

Field Engineers da empresa germânica que

facilitará a ligação entre a marginal fluvial e

Uma dessas práticas é a adoção de siste-

têm acompanhado o autocarro às indús-

a zona do Campo Alegre, chegando ao Pólo

mas de energia renovável que tornará o

trias de processo, aos fabricantes de má-

Universitário através da Rua das Estrelas.

prédio, além de mais eficiente, mais eco-

quinas, projetistas, fabricantes de moldes,

Num estudo já efetuado indica-se que, face

nómico e mais amigo do ambiente. Neste

entre outros fazem uma demonstração e

ao potencial turístico deste equipamento

momento o autoconsumo é a modalidade

formação, in loco, com tudo aquilo que o

será possível concessioná-lo a privados, li-

mais proveitosa e que permite consumir a

autocarro contém no seu interior uma vez

bertando o orçamento municipal de futuros

energia produzida de forma local. Instale no

que todos os produtos e soluções estão

custos operacionais.

seu prédio até 6 painéis sem burocracias e

operacionais.

elevare 19


Notícias e Produtos O objetivo deste autocarro da Weidmüller

ser consultado em www.sew-eurodrive.

é apostar na ligação com os clientes e na

pt/news/xml_images/d_1214389181.pdf.

ThyssenKrupp lança o MULTI, o elevador sem cabos do mundo

proximidade com os mesmos, mostrando

Os formadores da SEW-EURODRIVE Por-

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

o seu vasto portefólio de produtos e solu-

tugal estão todos habilitados com CAP

Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

ções nomeadamente o u-link que tem sido

(Certificado de Aptidão Profissional), e

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

um sucesso no mercado global ao permitir

assim como entidade certificada pela Di-

um acesso fácil e seguro, e ao ser uma so-

reção Geral do Emprego e das Relações

lução adequada de assistência remota para

de Trabalho (DGERT), a formação técnica

as empresas fabricantes de máquinas. O

ministrada pela SEW-EURODRIVE Portu-

u-link é um sistema de gestão personaliza-

gal possibilita aos clientes o acesso aos

do, podendo ser configurado num tempo

apoios públicos para desenvolver as com-

muito reduzido e permitindo uma manu-

petências dos seus colaboradores, nome-

tenção e diagnósticos remotos seguros,

adamente no âmbito da medida Cheque-

além da monitorização e relatórios.

Formação. Esta medida constitui uma modalidade de financiamento direto da formação a atribuir às entidades empre-

Formação certificada na SEW-EURODRIVE Portugal

gadoras ou aos ativos empregados (para

SEW–EURODRIVE Portugal

de 3 de agosto). A pré-inscrição de partici-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

pantes deverá ser enviada até 10 dias antes

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

da data da formação, carecendo a mesma

mais informações: Portaria n.° 229/2015,

de aprovação, a qual ocorrerá no limite até 5 dias antes da data da sessão. O número de participantes por sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-PLC com um máximo de

A 5 de novembro, um ano depois de lançar a

8 participantes). Outras sessões de forma-

tecnologia revolucionária do elevador MULTI,

ção serão realizadas a pedido.

a ThyssenKrupp inaugurou um modelo totalmente operacional à escala 1:3 no seu Centro de Formação em Gijón, Espanha. O

Enor equipa 1.º Hotel Geriátrico de Viana do Castelo

sistema MULTI utiliza motores lineares em

A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, empresa

Enor, Lda.

deslocação horizontal e que transforma o

formadora acreditada pela DGERT (Dire-

Tel.: +351 229 437 960 • Fax: +351 229 415 934

transporte por um elevador tradicional em

ção Geral de Empresas e das Relações de

geral@enor.pt • www.enor.pt

sistemas verticais semelhantes ao do me-

Trabalho), dá a conhecer aos seus clientes

substituição dos cabos, o que permite a

tropolitano. A tecnologia do MULTI aumenta

a sua gama de Formação Técnica SEW cer-

A Enor equipou, com dois elevadores, o pri-

a capacidade e a eficiência de transporte,

tificada e as respetivas datas. Estas ses-

meiro Hotel Geriátrico de Viana do Castelo,

uma vez que reduz a pegada ecológica e os

sões compreendem formação em Conver-

uma obra de reabilitação de um edifício do

picos de energia da rede elétrica dos edifí-

sores de Frequência MOVITRAC® 07B (29

século XVIII. Foram instalados um eleva-

cios. Pela primeira vez em funcionamento,

de junho em Lisboa e 09 de novembro na

dor de transporte de passageiros com ca-

o sistema MULTI representa um marco re-

Mealhada); MOVITRAC® LT (09 de março na

pacidade de regeneração de energia e um

volucionário no mercado dos elevadores,

Mealhada e 30 de novembro em Lisboa);

monta-cargas que, em conjunto, deverão

tendo o primeiro modelo dois poços de 10

Sistemas

MOVIMOT®,

solucionar diariamente as necessidades de

metros e 4 cabines, aplica a tecnologia do

MOVIFIT (20 de abril e 19 de outubro na

transporte vertical de cerca de meia cen-

motor linear utilizado pelo comboio de le-

Mealhada); Controladores Vetoriais MOVI-

tena de hóspedes.

vitação magnética Transrapid. Sem cabos e

Descentralizados

®

DRIVE® B (16 de março e 14 de setembro

com várias cabines por poço, o MULTI trans-

na Mealhada, 11 de maio e 26 de outubro

“Procuramos apresentar soluções à medi-

formará a mobilidade das pessoas dentro

em Lisboa); Programação Motion Control-

da das necessidades do local, com equipa-

dos edifícios. Esta última inovação de Thys-

ler MOVI-PLC (1 e 2 de junho na Mealhada);

mentos que valorizem o conforto, a estética,

senKrupp é precedida pelo ACCEL, que apli-

Programação em IPOS – C-Compiler (13 de

a poupança de energia e o próprio edifício”,

ca a mesma tecnologia de motor linear e

abril, 25 de maio e 28 de setembro na Me-

afirmou António Balsinha, Diretor-Geral da

que tem transformado a deslocação entre

alhada); Acionamentos Eletromecânicos

Enor Portugal. O projeto, localizado num

distâncias curtas em cidades e aeroportos.

– Seleção, Acionamentos, Manutenção (06

edifício emblemático no centro histórico da

de abril em Lisboa, 12 de outubro na Mea-

cidade de Viana do Castelo, desenvolveu-

Com um funcionamento que se assemelha

lhada). Todas as formações decorrerão das

se a partir de 2006 e ficou concluído em

a um sistema de metro, o MULTI é feito para

10 às 17 horas. O programa completo pode

2015.

ter várias cabines de elevador autopropul-

20

elevare


PUB


Notícias e Produtos soras por poço que funcionam em loop,

mes da investigação tecnológica, incluiu a

Tobar,

aumentando a capacidade de transporte do

ThyssenKrupp na sua lista das “50 Empre-

Executivo Sénior para o Desenvolvimento

poço até 50%, reduzindo para metade a pe-

sas mais inteligentes de 2015”, reconhecen-

de Negócios Brasil & América Latina.

gada energética do elevador nos edifícios.

do em particular as suas inovações mais

Com o MULTI, pela primeira vez, também

recentes, como o ACCEL e o MULTI.

recém-nomeado

Vice-Presidente

será possível deslocar-se horizontalmente num prédio. Sem cabos, o MULTI utiliza um sistema de travagem de múltiplos níveis

LOCS no mercado nacional

e transmissão indutiva de energia, que se

LOCS – Logistics and Oversize Cargo Solutions

transfere do poço para a cabine. O sistema

Tel.: +351 210 190 280 • Tlm.: +351 937 713 971

MULTI requer poços mais pequenos do que

locs@locs.pt • www.locs.pt

os elevadores tradicionais, aumentando a superfície útil de um prédio até 25%. Estes

A LOCS – Logistics and Oversize Cargo Solu-

dados são importantes porque os atuais

tions é uma empresa criada para satisfazer

poços de elevador e de escadas rolantes

a procura cada vez maior de soluções de

podem ocupar até 40% do espaço de um

logística a nível nacional mas também in-

edifício, dependendo da altura do mesmo.

ternacional com vista à redução de custos e

O aumento geral da eficiência também se

otimização de recursos. Esta empresa sus-

traduz numa menor necessidade de es-

tenta a sua capacidade de resposta na expe-

cadas rolantes e de poços de elevadores

riência de cada colaborador, superior a duas

tradicionais, o que resulta numa poupança

décadas, tanto em logística integrada como

significativa de custos de construção e um

em transportes especiais, o que é a grande

aumento do retorno de investimento devido

mais-valia da empresa que trabalha em es-

Rafael Fiestas Hummler, Engenheiro Indus-

à maior disponibilidade de superfície útil. As

treitar colaboração com os principais ope-

trial pelo ICAI e Mestre em Economia e Ges-

limitações de espaço nos edifícios de média

radores europeus deste setor, oferecendo a

tão de Empresas pela IESE, tem uma vasta

e grande altura é uma realidade, as opções

solução mais adequada independentemen-

experiência na área internacional. Já reali-

mais viáveis de construção, o que se traduz

te da origem ou do destino da mercadoria.

zou várias funções como Diretor de Ven-

numa importante procura de elevadores.

das de Produtos de Automação na Siemens

Até 2020 prevê-se que a procura global

Além dos serviços de transporte de carga

Espanha, Diretor Geral da Divisão de Ser-

de equipamentos de elevadores bem como

com dimensões regulares e excecionais,

viços Industriais e Soluções, CEO do setor

serviços para o transporte de pessoas au-

de e para toda a Europa, a empresa dis-

da Geração, Transmissão e Distribuição de

mentará em mais de 4% anualmente e al-

ponibiliza serviços como a organização de

Energia e também ocupou o cargo de CEO

cançará os 61 000 milhões de euros dos

transportes por via terrestre, marítima ou

da Osram Espanha no setor da iluminação.

quais 49 000 milhões de euros correspon-

aérea, gruas móveis de diversas capacida-

dem ao último exercício fiscal.

des, route surveys, pedido de aplicação de

O Centro de Inovação da ThyssenKrupp em

a Europa, bem como escola, gestão de pro-

Novo armazém automático de SSI Schaefer para LIQUATS VEGETALS

Gijón apresenta o MULTI em boa companhia.

jetos de logística, movimentação de cargas

SSI Schaefer

O ACCEL, o sistema de transporte de passa-

em espaços de acesso limitado, logística

Tel.: +34 934 751 717

geiros para cidades e aeroportos, provocou

integrada e inversa, e consultoria técnica de

www.ssi-schaefer.es

reboliço durante a apresentação em 2015

operações de logística.

autorizações especiais de trânsito em toda

e o protótipo progride bem e dentro dos prazos previstos. Por detrás destes desen-

Foi adjudicado à SSI Schaefer, integrador e fornecedor de referência em intralogística,

CEL e o MULTI, além de outras soluções de

Recém-nomeado Vice-Presidente Executivo da Weidmüller do sul da Europa

transporte para o futuro: escadas rolantes

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

getais no setor alimentar. Segundo afirma

inovadoras, passadeiras rolantes, elevado-

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

David Erra, Diretor Técnico de Liquats Vege-

res e passadeiras de embarque de passa-

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

tals, “devido ao nosso crescimento e plano de

volvimentos, 40 engenheiros trabalharam no Centro de Inovação para conceber o AC-

geiros, bem como enfoques totalmente no-

o projeto de desenho, conceção e realização do novo armazém automático de Liquats Vegetals, empresa que produz bebidas ve-

expansão apostamos em ampliar as nossas

vos de segurança e soluções de mobilidade.

Rafael Fiestas Hummler é o novo Vice-Pre-

instalações logísticas com um novo armazém

O Centro de Inovação registou 56 patentes

sidente Executivo da Weidmüller do sul da

automático para dar resposta ao nosso au-

nos últimos seis anos, desenvolveu mais de

Europa, tendo agora como funções a lide-

mento de capacidade produtiva na nossa sede

55 projetos e ganhou inúmeros prémios.

rança e a gestão do desenvolvimento de ne-

de Viladrau. Após uma análise cuidadosa das

Recentemente, o Instituto Tecnológico de

gócios em Espanha, Portugal, Itália e Fran-

várias propostas optamos pela SSI Schaefer

Massachussets (MIT), um dos principais no-

ça substituindo assim José Carlos Alvarez

como integrador global e cuja solução de alto

22

elevare


Notícias e Produtos rendimento proposta é a que se ajusta a todas

tos entre os visitantes da feira. Esta edição

ms prepara-se para a apresentação de no-

as nossas necessidades logísticas, permitindo

contou com uma representação de cerca de

vos objetivos e metas.

ao mesmo tempo definir alguns processos de

50 países, distribuídos em 541 expositores

armazenamento e expedição eficientes.”

e mais de 43 000 m², tratando-se da maior superfície de exibição até à data. Nayar Sys-

Fundada em 1991, a Liquats Vegetals con-

tems, como empresa espanhola líder no

verteu-se na primeira empresa em Espa-

setor de telecomunicações no mundo do

nha dedicada à produção e distribuição de

ascensor, não faltou ao encontro e recebeu

bebidas vegetais. Atualmente a empresa é

os seus visitantes no Hall 3,3142.

Guia para igualdade de oportunidades no acesso ao voto A Câmara Municipal de Lisboa lançou um

uma referência na sua categoria com 45

guia em dezembro de 2015, e integrado no

milhões de euros de faturação, juntamente

Plano de Acessibilidade Pedonal da autar-

com mais de 20 referências no seu porte-

quia, para promover a instalação de assem-

fólio e mais de 180 clientes nacionais como

bleias de voto mais acessíveis, em locais

internacionais. Com sede em Viladrau, o

sem desníveis e junto a transportes públi-

novo armazém automático terá uma capa-

cos para garantir igualdade de oportunida-

cidade para mais de 14 000 paletes cujos

des para todos os eleitores. No documen-

fluxos e movimentos internos estarão con-

to, o Vice-Presidente da autarquia, Duarte

trolados e sequenciados pelo SGA WAMAS

Cordeiro, e o Vereador dos Direitos Sociais,

da SSI Schaefer. Graças à potencialidade do

Os representantes de Nayar Systems

João Afonso, ditaram que votar é um dever

SGA pode-se gerir todos os processos lo-

declararam-se altamente satisfeitos pela

cívico e um direito pelo que se deve garantir

gísticos e fluxos de materiais na sua área

aceitação que obtiveram as suas marcas

a acessibilidade nas assembleias de voto.

de armazenamento, assim como gerir os

comerciais, 72horas e Advertisim. Da pri-

Como cabe aos Presidentes de Câmara, em

pedidos, otimizando o sistema e asseguran-

meira, cabe destacar o interesse susci-

parceria com as Juntas de Freguesia, fixar

do o rendimento mais eficiente devido ao

tado pela mensagem "If you are here, you

os locais de funcionamento destas assem-

transelevador com shuttle com capacidade

are everywhere" - "Se estás aqui, estás em

bleias, os autarcas insistem na necessidade

de transportar 2 paletes, em simultâneo.

todo o lado" -, transmitindo a universalida-

de "garantir a igualdade de oportunidades

Com marcas tão conhecidas como Yosoy,

de da SIM global de 72horas. Através desta

para todos os eleitores", tendo em conta

Monsoy e Almendrola, em Liquats Vegetais

é possível atuar em qualquer país onde se

que com o envelhecimento da população

elaboram bebidas vegetais com o melhor

encontre o ascensorista. Assim mesmo,

"haverá cada vez mais eleitores a precisar de

da natureza: a água do Parque Natural do

cabe destacar a grande atração que todas

acessibilidade".

Montseny e uma seleção das melhores ma-

as adaptações apresentadas de Advertisim

térias-primas vegetais, como a soja, arroz

tiveram – formato horizontal, vertical, All In

Este documento é uma "ferramenta de tra-

ou aveia. Uma comprometida e preparada

One e Advertisim Glass; tendo sido apresen-

balho" que sistematiza orientações consa-

equipa de profissionais, uma contínua inova-

tado em diversos tamanhos. Não obstante,

gradas na legislação aplicável e recomen-

ção com a máxima qualidade, permite que

Advertisim Glass reteve todos os olhares,

dações baseadas em boas práticas. São

produzam umas bebidas vegetais muito

tratando-se de um espelho à simples vista

apresentados problemas como a "carência

surpreendentes.

que se converte num ecrã multimédia que

de informação sobre todas as etapas do pro-

permite enviar milhões de comunicações a

cesso eleitoral", a "ausência de um percurso

milhares de pessoas e de forma imediata;

pedonal acessível da residência à urna", a

Interlift 2015 vive uma revolução tecnológica pela mão da Nayar Systems

independentemente do lugar em que se en-

"falta de acessibilidade no edifício da as-

contre instalado, erguendo-se como o pri-

sembleia de voto", a falta de "ressalto zero

meiro espelho do mercado com Advertisim

[piso plano] na entrada" destes espaços e a

Nayar Systems

incorporado.

dificuldade de "entrar no edifício". A equipa propõe também que a escolha das assem-

Tel.: +34 964 066 995 • info@nayarsystems.com

A Nayar Systems recebeu visitas de mais de

bleias de voto tenha em conta a proximida-

300 empresas de numerosos países da Eu-

de a paragens de autocarro e a estações do

A Nayar Systems regressou da Alemanha

ropa – Espanha, Alemanha, Rússia, Croácia,

Metropolitano acessíveis (com elevadores,

depois de finalizar quatro intensos dias na

entre outros; Médio Oriente, Ásia, América

por exemplo) e a existência de um parque

Interlift 2015. A feira internacional líder

do Sul e América Central. E a empresa es-

de estacionamento na envolvente com lu-

do setor do elevador teve lugar de 13 a 16

panhola conta com oito anos de trajetória

gares para pessoas com mobilidade condi-

de outubro em Ausgburgo, onde uma vez

profissional, lançando produtos tecnológi-

cionada e de uma zona reservada à largada

mais, a Nayar Systems obteve um grande

cos e inovadores totalmente adaptados às

e tomada de passageiros. Já os edifícios

sucesso na apresentação das suas últimas

necessidades do mercado; o que é fruto de

dos locais de voto têm de ter entradas sem

inovações tecnológicas. A equipa da Nayar

anos de investigação e desenvolvimento.

desníveis, assim como as mesas/urnas e

Systems está orgulhosa do poder de atra-

Com um novo sucesso através da grande

câmaras de voto, junto às quais deve haver,

ção e interesse que suscitou os seus produ-

aceitação na Interlift 2015, a Nayar Syste-

respetivamente, zonas livres e iluminação.

www.nayarsystems.com

elevare 23


Notícias e Produtos Manutenção e serviços na nuvem para a manutenção de máquinas

suas interfaces intuitivas, os routers e os

de contentores e qualquer outro sítio onde

clientes podem ligar-se facilmente sem

haja cargas para movimentar.

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

que seja necessária uma especialização

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

em IT, o que permite uma rápida ligação de

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

muitas máquinas à nuvem. As máquinas e as fábricas podem ser acedidas à distância

Schmitt+Sohn Elevadores junta-se ao programa VIV’A Baixa no Porto

A manutenção das máquinas e instalações

através de uma conexão VPN segura, in-

Schmitt+Sohn Elevadores

à distância é frequentemente concebida de

dependentemente de onde se localizem. O

Tel.: +351 229 569 000 • Fax: +351 229 569 009

uma forma muito complexa e que ocupa

elevado nível de disponibilidade dos servi-

info@schmitt-elevadores.com

muito tempo além de existir a necessida-

dores baseados na Alemanha permite que

www.schmitt-elevadores.com

de de uma ligação segura e funcional, de-

se tenha um acesso seguro às instalações

dicada aos sistemas IT associados. Para

da produção a qualquer momento. Com o

A Schmitt+Sohn Elevadores juntou-se ao

muitos utilizadores, estas duas questões

Weidmüller Heartbeat, a disponibilidade do

programa VIV’A BAIXA garantindo condições

criam uma grande barreira na ligação

router pode ser relatada ao u-link, permi-

mais vantajosas na contratação dos seus

global entre as plataformas industriais.

tindo a monitorização e o acesso aos rela-

produtos e serviços para projetos de reabi-

O u-link garante um acesso rápido e se-

tórios do router instalado.

litação no Centro Histórico do Porto e que sejam realizados ao abrigo desta iniciativa

guro aos equipamentos e instalações, o

dinamizada pela Porto Vivo – SRU. A empre-

que torna a manutenção à distância mais

sa de elevadores divulga esta parceria numa

linhas de produção e dos utilizadores. As

Correntes Iwis ELITE de alta performance

interfaces intuitivas u-link configuram-se

Juncor – Acessórios Industriais e Agrícolas, S.A.

da Reabilitação Urbana, que está a decorrer

e adaptam-se a processos específicos, fá-

Tel.: +351 226 197 362 • Fax: +351 226 197 361

no Porto até 31 de outubro e que apoia desde

cil e rapidamente. O serviço inovador em

vendasporto@juncor.pt • www.juncor.pt

a primeira edição. “Mais do que uma área de

fácil, possibilitando um controlo eficaz das

altura em que volta a associar-se à Semana

negócio, a reabilitação urbana é uma missão

servidores protegidos na Alemanha fornece uma plataforma online que garante

O desenvolvimento de novos e melhores

para a Schmitt+Sohn Elevadores, procurando

a conformidade entre os diferentes siste-

produtos é o princípio fundamental na Iwis,

sempre incorporar na nossa política de res-

mas IT enquanto se realiza a manutenção

marca representada em Portugal pela Jun-

ponsabilidade social iniciativas que também

à distância. Graças às suas propriedades

cor. Nesse sentido a marca desenvolveu

contribuam para regenerar os centros das

especiais, o u-link é uma ótima base para

uma nova geração de correntes de trans-

nossas cidades. Por isso, e dentro desta linha,

uma montagem segura e rentável, mes-

missão ELITE de alta performance. A cara-

não hesitámos em integrar o programa VIV’A

mo em topologias de manutenção global

terística mais marcante desta nova linha de

BAIXA pois, a nosso ver, esta é uma forma de

à distância.

produtos é a sua maior tensão de fadiga, o

não só expandir o nosso expertise neste seg-

que resulta na capacidade de suportar car-

mento, mas também de permitir aos benefici-

gas mais elevadas. As correntes Elite da

ários do programa fazerem um upgrade pela

Iwis destacam-se também por suportarem

qualidade nos seus projetos de reabilitação”,

maiores cargas de rutura, pela precisão me-

afirma Miguel Franco, Administrador da

lhorada dos componentes individuais, pela

Schmitt+Sohn Elevadores Portugal.

otimização dos ajustes pino-placa e roloA estrutura ilimitada faz com que se con-

placa e pelos contornos de placa otimizados.

O Programa VIV’A BAIXA é uma iniciativa da

siga gerir facilmente múltiplas unidades

São fabricadas através de um processo de

Porto Vivo – SRU, desenvolvida com o obje-

fabris, linhas de produção e utilizadores,

endurecimento conjunto dos componentes

tivo de apoiar e impulsionar o movimento de

com a opção de expansão para incluir

individuais, garantindo que todos são trata-

reabilitação urbana por parte de proprietá-

quantidades adicionais de routers e utiliza-

dos da mesma forma.

rios, de usufrutuários, de senhorios e de arrendatários do edificado localizado na Área

dores extra, permitindo que o u-link possa ser bem adaptado, ao encontro das exigên-

As correntes de elevação Iwis, além da

de Reabilitação Urbana do Centro Histórico

cias específicas de uma empresa. O u-link é

fiabilidade na movimentação de cargas,

e nas Unidades de Intervenção com Docu-

a solução adequada de manutenção à dis-

adaptam-se às necessidades individuais de

mento Estratégico aprovado, áreas sob a

tância para empresas fabricantes de má-

cada cliente e são compatíveis com a Dire-

gestão da Porto Vivo – SRU. Através destes

quinas e operadores de manutenção, e as-

tiva 2006/42/EC. Ao contrário das correntes

protocolos, como o que foi celebrado com

sim poderá manter um sistema produtivo,

de transmissão, as correntes de elevação

a Schmitt+Sohn e de outros que futuramen-

mesmo sem uma especialização em IT. O

são constituídas apenas por pinos e placas

te se venham a celebrar, a Porto Vivo – SRU

u-link pode ser utilizado para gerir utiliza-

podendo, assim, suportar forças de rutu-

tem como objetivo favorecer o acesso à

dores, grupos e os seus direitos de acesso

ra extremamente elevadas. Deste modo,

aquisição de componentes, equipamentos e

com base em exigências individuais como

afiguram-se como a solução indicada para

materiais de construção destinados à reabi-

uma atribuição por grupo ou os direitos de

elevadores, empilhadores, máquinas-ferra-

litação de edifícios, fornecidos pelo conjunto

acesso às linhas de produção. Graças às

menta, indústria siderúrgica, movimentação

de empresas parceiras. A Schmitt + Sohn

24

elevare


PUB

Elevadores integrou o primeiro lote de parceiros, que juntou 9 empresas de diferentes segmentos do setor da construção, comprometendo-se a praticar descontos sobre os seus produtos e serviços nas áreas da consultoria, projeto, produção, instalação e manutenção de equipamentos de elevação que serão fornecidos aos beneficiários do Programa VIV’A BAIXA. Este acordo é valido por um ano, e pressupõe igualmente o apoio da Porto Vivo – SRU na partilha e articulação de informação entre todos os intervenientes.

Módulo de regeneração de potência - MOVIAXIS® MXR81 SEW–EURODRIVE Portugal Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

A SEW-EURODRIVE expandiu o seu sistema de servo-controladores multi-eixo MOVIAXIS® com o módulo central de regeneração de energia MXR81. Trata-se de uma solução de custo otimizado para recuperar a energia a partir dos movimentos de desaceleração e travagem, e devolvê-la ao sistema. O consumo de energia foi um dos principais focos de atenção no processo de desenvolvimento do sistema de servo-controladores multi-eixo MOVIAXIS®. O resultado é a possibilidade de regenerar a energia gerada nas operações de desaceleração e travagem para reduzir o consumo global de energia, otimizando as soluções de acionamento e, assim, reduzir custos. A SEW-EURODRIVE introduziu o novo módulo de regeneração de energia MOVIAXIS® MXR81 para recuperar a energia de travagem. Em função das características do sistema de alimentação, os projetistas de sistemas podem escolher entre o módulo de regeneração sinusoidal MXR80 e o mais recente módulo de regeneração em forma de bloco MXR81. Este novo módulo conta com componentes de custos otimizados como os filtros e indutâncias. Esta solução tem também componentes mais pequenos que reduzem o espaço de instalação necessário para todo o sistema. Os módulos de regeneração de energia podem ser selecionados com base nos requisitos e caraterísticas da rede elétrica. O módulo MXR81 fornece corrente em forma de bloco no sistema de alimentação enquanto o módulo MXR80 fornece corrente sinusoidal - sincronizada com a resposta de fase da tensão da linha. Para minimizar a perturbação da rede


Notícias e Produtos Portos com recorde à vista no movimento de mercadorias

durante a recuperação da energia, esta só é

Com a SWM, a ThyssenKrupp conquistou

ativada em modo regenerativo. A função de

um cliente reconhecido. A instituição, aliada

recuperação de energia é automaticamente

ao MVG, é uma das maiores operadoras no

desativada durante o standby ou quando o

setor dos transportes na Alemanha e, com

Os portos nacionais devem ter registado um

motor está em carga, e assim, reduz-se sig-

mais de 770 escadas mecânicas, funciona

novo recorde de mercadorias movimenta-

nificativamente a perturbação da rede. Com

numa das mais completas redes de escadas

das ao longo de 2015, segundo os dados da

o novo módulo regenerativo MXR81 são dis-

mecânicas. No total, o metropolitano de Mu-

Autoridade Metropolitana de Transportes

ponibilizadas soluções otimizadas do ponto

nique transporta cerca de 400 milhões de

(AMT) entre janeiro e novembro de 2015 que

de vista dos custos para sistemas de alimen-

pessoas anualmente e com este contrato

registaram os 7 maiores portos portugue-

tação fixos. Em redes de menor qualidade, o

permite determinar novos padrões relativa-

ses com um movimento de 81,6 milhões de

módulo regenerativo MXR80 pode assegu-

mente à tecnologia e organização urbanas. O

toneladas de mercadorias, mais 8,2% que

rar a qualidade de alimentação requerida. A

processo de seleção durou mais de um ano,

no período homólogo de 2014. Este registo

SEW-EURODRIVE tem a solução adequada e

desde o pedido de propostas à negociação

representa um novo recorde histórico a nível

económica para cada sistema de alimenta-

do contrato. A encomenda é de uma grande

global e também nos portos de Sines, Lei-

ção. Os dois módulos estão disponíveis com

dimensão a vários níveis uma vez que além

xões e Aveiro, que registaram crescimentos

as potências de 50 kW e 75 kW para o servo-

da instalação das novas escadas mecânicas

de 17,5%, 5,4% e 3,5%, respetivamente, nos

controlador multi-eixo MOVIAXIS®.

e de estarem disponíveis aos consumidores,

primeiros 11 meses do ano passado. Segun-

a ThyssenKrupp também será responsável

do diversas fontes não terão ocorrido ano-

por eliminar e ordenar as antigas instala-

malias em relação a esta tendência durante

Inovação nas escadas mecânicas para a rede de metro em Munique

ções, e suportar os processos de inspeção.

dezembro de 2015, pelo que os dados de

Muitas das grandes cidades sofrem de infra-

movimentação de cargas no setor portuário

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

estruturas cada vez mais sobrecarregadas

nacional deverão ter atingido um novo máxi-

Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

aliadas à crescente população, e assim, des-

mo em 2015.

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

locar o transporte por estrada para meios ferroviários torna-se um desafio. A Thys-

O movimento de contentores no porto de

O negócio dos elevadores da ThyssenKrupp

senKrupp apoia várias cidades com soluções

Sines voltou a ter um desempenho positivo

iniciou 2016 com um importante contrato. A

inovadoras que respondem aos requisitos da

nos primeiros 11 meses de 2015, com mais

instituição pública StadtwerkeMünchenGm-

urbanização. “Queremos remeter os desafios

8,3% para cerca de 1,227 milhões de TEU

bH (SWM) de Munique selecionou a Thys-

da urbanização em conjunto com os consumi-

(medida-padrão equivalente a contentores

senkrupp para a substituição de 102 esca-

dores. É essencial encontrar novas soluções

com 20 pés de comprimento), significando

das rolantes na rede de transportes locais

para o transporte nas cidades que poupem

que o porto alentejano ainda detém uma

do MünchnerVerkehrsgesellschaft (MVG) a

tempo e reduzam os recursos energéticos

quota maior, de 51,3%, neste segmento de

partir deste novo ano. No total, a encomen-

e ambientais”, acrescentou Tietze. Como

carga. Mas o grande destaque no Porto de

da representa um investimento de oito alga-

exemplo, ao otimizar o acesso às estações

Sines no período em análise foi para a mo-

rismos. A instalação das escadas rolantes

atuais de metropolitano, o sistema de trans-

vimentação de granéis líquidos, em particu-

estará completa no prazo de 4 anos, sendo

porte ACCEL tem o potencial de persuadir

lar para o petróleo e refinados petrolíferos,

que a SVM pretende substituir 125 escadas

os passageiros que evitam transportes pú-

com um crescimento de 21% para um total

rolantes até 2019. “Estamos orgulhos que os

blicos, por não estarem ao alcance da sua

de 19,7 milhões de toneladas movimentadas

nossos produtos e que a atenção consistente

estação. Aplicando a tecnologia de motor

nos primeiros 11 meses de 2015. Aliás, o seg-

dos consumidores tenha atraído um cliente

linear do comboio magnético Transrapid, o

mento dos granéis líquidos foi o que ‘puxou’

tão seletivo”, afirma Oliver Tietze, Head of

ACCEL consegue transportar tantos passa-

mais pela movimentação de mercadorias

the Elevator Business na Europa e em África.

geiros como os tradicionais sistemas de ca-

nos portos nacionais entre janeiro e novem-

“Este contrato também nos permitiu conside-

bine, transportando numa direção até 7300

bro, com um aumento de 15,3% face ao perí-

rar este mês como aquele em que batemos o

passageiros por hora. Ao criar novos pontos

odo homólogo de 2015.

recorde para o nosso negócio de elevadores e

de acesso, o ACCEL é capaz de aumentar a

escadas rolantes na Alemanha.”

área de captação de passageiros em cada

Quanto ao mercado de contentores, mais di-

estação e, assim, aumentar o número de

nâmico e com um crescimento notável e evi-

passageiros em até 30%. Com o ACCEL, a

dente, registou um volume de cerca de 2,4

capacidade de utilização dos sistemas de

milhões de TEU, superior em 2,7% ao valor

metropolitano em todo o mundo podem

de janeiro-novembro de 2014, sendo tam-

ser maximizados, oferecendo uma alter-

bém o valor mais elevado de sempre. Mas

nativa à construção intensiva e dispendio-

há portos nacionais com variações negati-

sa de novas estações ou de ligações com

vas nos 11 meses de 2015 - como é o caso do

passagens subterrâneas. Outra vantagem:

Porto da Figueira da Foz, Setúbal, Viana do

o número de veículos na estrada também

Castelo e Lisboa – de respetivamente 7,4%,

baixaria.

-8,7%, -2% e -0,5%.

26

elevare


Dossier Manutenção em Elevadores Fernando Maurício Dias Prof. do Departamento de Engenharia Eletrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

© elevatorone.ca

Neste 1.° número da revista “elevare” de 2016 é dado especial destaque ao tema da manutenção, este que é e sempre foi um tema controverso uma vez que a manutenção dos ascensores depende fortemente da EMIE, nomeadamente da sua maior ou menor competência para a realizar e, também, do maior ou menor tempo disponibilizado para a sua execução. Partindo do princípio que todas as EMIEs possuem a mesma capacidade técnica para realizar uma adequada manutenção aos equipamentos, somos levados a concluir que a boa, ou má, manutenção está mais associada a questões comerciais. Por outro lado, no nosso setor, embora parecendo esquecidas, há duas Normas Europeias, já com estatuto de Normas Portuguesas, que tratam deste assunto e que são um bom auxílio para tornar a manutenção mais eficiente e eficaz. Saliento que só raras exceções de EMIE conhecem e/ou utilizam estas Normas. Recomendo a leitura e aplicação dos requisitos apresentados em: >>

NP EN 627:1996 - Regras para o registo de ocorrências e vigilância de ascensores, escadas mecânicas e tapetes rolantes;

>>

NP EN 13015:2001+A1:2009 - Manutenção de elevadores e de escadas mecânicas; Regras para as instruções de manutenção.

A Norma NP EN 627:1996 descreve os métodos e os meios para registar dados relativos ao estado do ascensor, escada mecânica e tapete rolante. Estes dados têm por objetivo auxiliar a manutenção e podem aplicar-se em instalações de um ou vários aparelhos. Quanto à Norma NP EN 13015:2001+A1:2009 são especificados os elementos necessários para a preparação de instruções para as operações de manutenção, as quais são fornecidas para as novas instalações de ascensores, ascensores de carga, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes. É de notar que esta Norma não se aplica a instalações existentes, no entanto, pode e deve ser tomada como referência. Neste Dossier encontram artigos de elevado nível sobre o tema da manutenção que esperamos que seja um auxílio para as organizações melhorarem a sua manutenção, quer ao nível da sua organização quer ao nível da identificação dos pontos-chave.

elevare 27


Dossier sobre Manutenção em Elevadores

Manutenção em elevadores

Fernando Jorge Almeida ISQ

O bom funcionamento e segurança

>>

Outros equipamentos: máquinas, qua-

te, em períodos mais curtos com óleos minerais ou muitos longos com óleos

dos elevadores estão dependentes

dros de comando, cabinas, contrapesos,

do cumprimento de quatro fatores:

guias das cabinas e dos contrapesos e

limpeza, lubrificação, afinação e

suas fixações, corrediças das portas de

conservação.

sintéticos; >>

cabinas e dos patamares.

O óleo hidráulico nos reservatórios deve ser substituído quando começa a criar humidade, que pode originar ar

LIMPEZAS

Zonas como: pavimento da casa das má-

nas tubagens e no reservatório/bloco

É essencial manter limpas as peças, partes

quinas, cobertura das cabinas e poços dos

de óleo dinâmico, cilindro/êmbolo, ori-

e locais dos elevadores que, sem limpeza,

elevadores limpas, garantem um funciona-

ginando um deficiente funcionamento

estão sujeitos a avarias por deficiências/

mento regular dos elevadores e um ambien-

maus contactos. A limpeza também é im-

te mais respirável nestes locais.

>>

ambiente com higiene no espaço do técnico

LUBRIFICAÇÕES

>>

e do utente. A manutenção destas condi-

A lubrificação é essencial para evitar ru-

res de tração, chumaceiras de rodas

ções garante um bom funcionamento e em

ídos e impedir que peças que devem ser

de aderência, copos de lubrificação

segurança dos elevadores.

lubrificadas periodicamente sejam sujeitas

de rodas de aderência e de desvio em

a um defeito de funcionamento, que pos-

elevadores mais antigos, que não dis-

Exemplo: a limpeza devem incidir sobre:

sam gerar ruídos ou gripar por falta de

põem de rolamentos blindados, como

>>

lubrificação.

as atuais que não necessitam de lubri-

das válvulas e do êmbolo;

Contactos de relés ou contactores dos

Lubrificação de chumaceiras de moto-

ficação;

quadros de comando de elevadores ins>>

Lubrificação dos mecanismos móveis dos freios;

portante para evitar ruídos e manter um

talados anteriormente, até ao século XX;

Exemplo: a substituição periódica de óleo ou

Dispositivos elétricos de fecho e encra-

lubrificação deve ser feita em:

zonas laminadas das guias onde tra-

vamento de portas de cabina e de pa-

>>

Redutores de máquina de tração, cujo

balham/deslizam as guarnições de

óleo deve ser substituído periodicamen-

roçadeiras da cabina e do contrapeso.

tamar;

>>

Lubrificação ou auto-lubrificação das

Com exceção das rodas guiadoras em ©controlelevadores.com.br

que o laminado das guias e as rodas devem manter-se limpas. AFINAÇÕES As verificações e afinações periódicas das peças e partes dos elevadores são essenciais para manter um bom funcionamento destes equipamentos. Exemplo: requerem verificação e afinação os contactos de relés e de contactores não herméticos de quadros de comando convencionais elétricos mais antigos. Os quadros eletrónicos e variadores de frequência não requerem afinações, mas devem ser mantidas as configurações e a

28

elevare


Dossier sobre Manutenção em Elevadores temperatura ambiente mínima e máxima

modo a que a sua atuação seja garantida com

O dispositivo de falta ou inversão de fases

que suportam.

imobilização da cabina ou do contrapeso.

de corrente da rede deve estar operacional.

Nos elevadores com redutor deve ser veri-

CONSERVAÇÃO

obstáculos da cabina ou do contrapeso

ficado o estado das guarnições das maxilas

O estado de boa conservação dos elevado-

deve estar operacional.

de travão, afinação da abertura destas e dos

res é essencial para o bom funcionamento e

núcleos das bobinas dos freios das máqui-

segurança destes.

O dispositivo de proteção de encontro de

nas de tração.

A função do óleo nos redutores das máquinas de tração é lubrificar a engrenagem

Exemplo: a boa conservação e bom fun-

reduzindo, deste modo, o atrito da roda

Nos motores gearless deve efetuar-se veri-

cionamento dos elevadores em segurança

de coroa/sem-fim. O óleo deve ser subs-

ficações periódicas dos freios/embraiagens

reflete-se no bom estado dos relés e con-

tituído quando os índices de viscosidade e

e condições de trabalho destes, tais como:

tactores em ambiente desprovido de sujida-

densidade não forem os estipulados pelo

temperatura ambiente e humidade.

des e humidades, substituí-los é a solução

fabricante, porque nesta condição o óleo

quando o seu estado o requeira.

escorre mais, fica mais contaminado e

As portas de cabina e de patamar por esta-

deteriorado escorrendo da zona do atrito,

rem sujeitas a manipulações ou uso indevido

As placas eletrónicas/variadores de fre-

devem ser sujeitas a verificações periódicas

quência ou as de variação de tensão reque-

e afinações quando necessárias de veloci-

rem a configuração de funcionamento de

Nos motores geradores de Corrente Contí-

dade de movimento destas, dos dispositi-

acordo com os parâmetros do fabricante e

nua por estarem sujeitos a muito desgas-

vos elétricos de fecho, de encravamento e

estarem providos de um ambiente de traba-

te, a atenção deve incidir sobre o desgas-

dos dispositivos de encontro de obstáculos

lho seco e com uma temperatura ambiente

te das escovas de carvão, que trabalham

destas.

que oscile até um mínimo de -5 e máximo

sobre os coletores. A substituição destas

de 40 graus centígrados. Estas performan-

deve ter em atenção a rigidez do carvão

Os pára-quedas da cabina ou do contrapeso,

ces são essenciais para a boa conservação

das escovas para não causar desgaste

quando exista, devem manter-se afinados de

destes equipamentos.

prematuro no coletor e por incidência de

com efeitos de menor lubrificação.

PUB


Dossier sobre Manutenção em Elevadores Os cabos de aço dos órgãos de suspensão e

estado e garantir um bom funcionamento

do limitador de velocidade têm tendência a

no fecho e encravamento destas.

alongar-se e devem ser vigiados periodicamente para não originarem deficiências no

Nas portas de patamar semiautomáticas

funcionamento e falta de segurança/inope-

devem deve ser verificado o estado e fun-

racionalidade dos dispositivos elétricos de

cionamento das molas e amortecedores hi-

segurança dos elevadores, tais como: fins

dráulicos de fecho desta e os vidros destas

de curso quando se vai fica um alongamen-

devem manter-se intactos.

to excessivo dos cabos de suspensão da ©elevemelevadores.com

curto-circuito das bobinas indutoras ou do

cabina/contrapeso ou do dispositivo elétri-

As roçadeiras inferiores das portas auto-

co de deteção de alongamento do cabo do

máticas de cabina ou de patamar sujeitas

limitador de velocidade instalado na roda

a desgaste e, por vezes, a mau uso devem

tensora.

ser verificadas periodicamente. As corrediças das portas e as rodas que lhe dão movi-

induzido. Os dispositivos de manobra manual de res-

mento devem manter-se limpas e as portas

As guarnições das maxilas dos freios das

gate devem ser ensaiados periodicamente,

de patamar devem possuir condições de

máquinas de tração com redutor, sujeitas a

sejam manuais ou elétricas.

movimento de fecho que, na situação de desacopladas, devem fechar só por ação

desgaste contínuo, devem ser verificadas periodicamente. Quando a espessura mínima

As guarnições das roçadeiras da cabina e do

da mola ou do peso que lhe transmitem

destas não garanta um bom desempenho na

contrapeso sujeitas a desgaste devem ser

o movimento de fecho. Esta situação visa

travagem do freio, devem ser substituídas.

verificadas periodicamente. A fricção destas

garantir melhor movimento/funcionamen-

nas guias de cabina ou do contrapeso, assim

to e maior segurança destas nas situações

O atrito dos cabos de suspensão sobre os

como as variações de temperatura, tornam

de emergência em que seja necessário de-

gornes da roda de aderência deve ter em

o material de plástico das guarnições mais

sencravar e abrir a porta de patamar para

conta o ângulo de trabalho e a têmpera/

rijo e origina muito desgaste, e provocam a

socorrer/retirar pessoas encarceradas na

rigidez do material dos gornes segundo os

rutura. A substituição destas deve ser efe-

cabina e que a porta de patamar tenha que

itens do fabricante, e a rigidez dos cabos de

tuada quando apresentem excesso de des-

fechar e encravar só por ação da mola ou

suspensão que, deve ser compatível com a

gaste ou de rigidez. Quando as roçadeiras

peso que lhe auferem este movimento ma-

rigidez dos gornes. Estas condições visam

possuem guarnições em plástico autolubri-

nual de fecho.

garantir atrito suficiente entre esses dois

ficante não é necessário verificar o estado

materiais, sem que quaisquer destes sejam

de lubrificação.

Na cobertura da cabina devem ser observadas as dimensões/folgas mínimas e má-

excessivos. O pára-quedas da cabina ou do contrapeso

ximas, balaustradas de proteção, quando

A duração dos cabos de suspensão dos ele-

se possuir, devem ser sujeitos a ensaios de

existam, estado de funcionamento do dis-

vadores de roda de aderência depende da

segurança periódicos. A inoperacionalidade

positivo de comando e estado dos órgãos

alma interna de cânhamo que autolubrifica

destes dispositivos põe em risco pessoas e

de suspensão da cabina e do contrapeso.

o cabo. Quando a autolubrificação deixa de

bens, e por esse motivo requer uma verifi-

ser efetiva, o cabo de aço fica mais rijo e com

cação imediata das causas que podem pas-

O dispositivo de controlo de carga da ca-

tendência a oxidar e a partir os fios das tran-

sar pela afinação, reparação ou por inerên-

bina deve estar operacional e configurado

ças, originando deterioração do cabo e maior

cia à substituição imediata deste dispositivo

para a capacidade máxima de carga da

atrito, que causa excesso de aderência des-

de segurança máxima. Causas da inopera-

cabina.

tes nos gornes da roda de aderência. A alma

cionalidade destes dispositivos de segu-

interior em cabo requer uma lubrificação

rança podem prover de um alongamento

Os dispositivos de emergência como alar-

periódica com óleo específico recomendado

excessivo e falta de atrito do cabo no gorne

me de socorro, iluminação de emergência

pelo fabricante. Estas situações são também

do limitador de velocidade, por desgaste

e comunicação bidirecional devem ser en-

inerentes ao cabo do limitador de velocidade.

excessivo das cunhas/roletas deste ou por

saiados mensalmente e mantidos ativos.

desgate excessivo das guarnições de roçaA falta de igualização dos cabos de sus-

deiras da cabina ou do contrapeso, quando

A manutenção dos elevadores está a car-

pensão origina um desgaste prematuro

o pára-quedas seja deste.

go das EMIE que devem possuir planos de manutenção afixados na casa da máquina,

dos gornes da roda de aderência e, por inerência, insuficiente atrito dos cabos de

Os dispositivos elétricos de segurança de

onde seja registado a verificação periódica

suspensão da cabina/contrapeso nos gor-

fins de curso devem estar operacionais.

dos dispositivos de segurança.

igualização dos cabos e o estado dos dis-

Os dispositivos elétricos de segurança de

As EIIE têm como missão inspecionar os

positivos que estabilizam e garantem esta

fecho e de encravamento das portas de

elevadores de modo a garantir a seguran-

condição.

cabina e de patamar devem estar em bom

ça de pessoas e bens.

nes. Deve ser verificado periodicamente a

30

elevare


Dossier sobre Manutenção em Elevadores

A qualidade dos fluidos hidráulicos e os custos de produção Custos e perigos ocultos no uso de fluidos hidráulicos de baixa qualidade FUCHS Lubrificantes Unip., Lda.

A hidráulica é parte da nossa vida diária;

de baixa qualidade, ou de óleos reciclados,

alargada, uma menor carga para o sistema,

há poucas máquinas que funcionam sem

afetará o rendimento do sistema hidráulico

e com isto um menor consumo de energia.

energia hidráulica, incluindo maquinaria

que acabará aumentando os custos do seu

Os fluidos hidráulicos de baixa qualidade

agrícola, de construção, transportadores,

negócio.

não oferecem esta proteção pelo que au-

máquinas-ferramentas, e maquinaria geral

mentam os custos do processo.

na indústria de transformação, como por

Os elementos mais importantes no sistema

exemplo, máquinas para processamento de

hidráulico são:

CILINDROS HIDRÁULICOS

alimentos, aços e papel, incluindo os seto-

>>

Bombas e motores;

Os cilindros hidráulicos transformam a

res aeroespacial e de aviação.

>>

Cilindros hidráulicos;

pressão hidráulica em movimento linear

>>

Válvulas;

que depois realiza o trabalho mecânico. O

>>

Componentes do circuito (depósitos de

fluido hidráulico serve para selar e lubri-

de alta pressão circula por um circuito até

líquidos, sistemas de filtração, depósi-

ficar o pistão e as guias, evitar vibrações,

distintos motores e cilindros hidráulicos.

tos sob pressão, entre outros);

minimizar o desgaste e evitar a corrosão.

Neste tipo de máquinas, o fluido hidráulico

O fluido é controlado diretamente por vál-

>>

Vedantes, juntas e elastómeros.

vulas, distribui-se mediante mangueiras e

É possível que os fluidos hidráulicos de

tubos, flui pelo circuito até passar por um

O fluido hidráulico está formulado para le-

baixo custo contenham baixos valores de

mecanismo de filtração e voltar ao tanque

var a cabo uma função chave em cada um

aditivos antidesgaste, fazendo com que

principal.

destes elementos para assegurar uma óti-

aumente a tendência em surgirem riscos

ma eficiência das máquinas em geral.

nos cilindros, reduzindo o seu rendimento

O fluido hidráulico é um elemento impor-

e aumentando os requisitos energéticos.

tante do sistema hidráulico e a chave para

BOMBAS E MOTORES

A compatibilidade com os materiais de

assegurar uma utilização economicamente

Nos motores hidráulicos, as bombas e os

vedação também pode causar fugas que

mais eficiente destes ativos.

motores têm a função de transferir ener-

resultarão em custos elevados: a falta de

gia e estão sujeitos a uma grande tensão

lubrificação e, em última instância, a fa-

Apesar da natureza crítica do fluido hidráu-

hidráulica que pode chegar aos 700 bar.

lha do sistema. A FUCHS tem relações de

lico, muitas vezes considera-se ser apenas

Como resultado, o fluido hidráulico está

partenariado com fabricantes líderes em

uma matéria-prima com rendimento técni-

formulado para proteger os componentes

materiais de vedação e aditivos, pelo que

co similar, independentemente do fornece-

impulsores e os rolamentos contra o des-

garante um bom rendimento e uma ótima

dor que o oferece. Numa época em que os

gaste e a corrosão, para reduzir o atrito e

compatibilidade.

preços são tão elevados, é natural explorar

as necessidades energéticas.

opções de baixo custo que são oferecidas

VÁLVULAS

por diferentes fornecedores. Contudo, o

A prevenção do desgaste e da acumulação

As válvulas são mecanismos que contro-

fluido hidráulico de baixo custo, especial-

de depósitos traduz-se em bombas e moto-

lam a direção e o fluxo de um meio hidráu-

mente os formulados a partir de óleos base

res mais eficientes, com uma vida útil mais

lico desde uma bomba ou uma válvula de

elevare 31


Dossier sobre Manutenção em Elevadores pressão. Nas válvulas o fluido hidráulico

As válvulas elastoméricas podem ser afe-

>>

minimizar o atrito;

é necessário para dissipar o calor, reduzir

tadas quimicamente pela temperatura, o

>>

proteção dos componentes contra a

o desgaste e minimizar o atrito, e evitar a

oxigénio, a água, os aditivos e os produtos

corrosão.

derivados de oxidação do fluido hidráuli-

corrosão; >>

dissipar o calor.

co. Por isso, é vital que os vedantes e o À medida que as empresas tentam obter ní-

fluido hidráulico sejam compatíveis e que,

Na maquinaria moderna, a integridade do

veis de eficiência mais elevados nas máqui-

por sua vez, ofereçam proteção contra

fluido é assim mais importante. Os siste-

nas, através de intervalos de mudança de

o desgaste, dissipem o calor, reduzam o

mas hidráulicos modernos, com menores

óleos mais prolongados e cargas térmicas

atrito e evitem a acumulação de depósitos

volumes nos sistemas, maiores pressões e

mais elevadas, os fluidos hidráulicos de-

nas esquinas ou fissuras que se possam

temperaturas mais elevadas, exigem que o

vem assegurar que não se formem depósi-

formar.

fluido hidráulico circule mais rapidamente,

tos nas reduzidas tolerâncias das válvulas.

criando uma maior tensão sobre o mesmo,

Os fluidos hidráulicos de baixo custo, apre-

CONCLUSÃO

e aumentando a necessidade de um fluido

sentam um maior espessamento com o ar

O fluido hidráulico é muito mais do que um

de alta qualidade.

livre, um baixo rendimento das válvulas, um

simples fluido; é um elemento crítico para

pior rendimento das máquinas e um maior

a utilização eficiente das máquinas em

Apenas utilizando um fluido de qualidade

consumo energético.

geral, realiza uma variedade de funções

as empresas podem garantir a minimiza-

que incluem a limpeza, a refrigeração e a

ção do consumo de energia, maximizar os

proteção dos sistemas.

intervalos de manutenção, minimizar os

COMPONENTES DOS CIRCUITOS Estes componentes incluem depósitos de

desgastes dos componentes e os custos

líquidos, sistemas de filtração, depósitos

Optar por uma alternativa de baixo cus-

de substituição do óleo, maximizar a vida

sob pressão e tubos e mangueiras. O fluido

to põe em perigo a integridade da própria

útil da maquinaria e assegurar um custo

hidráulico deve ser compatível com todos

máquina e pode implicar um aumento de

total mais baixo associado a estes fluidos.

estes materiais, incluindo os revestimentos

custo nos processos empresariais.

Pode parecer que os fluidos hidráulicos

e pinturas de acabamento final.

de baixo custo oferecem um potencial As principais funções de um fluido hidráu-

de poupança, mas o custo total vai muito

VEDANTES, JUNTAS E ELASTÓMEROS

lico são:

mais longe do que uns cêntimos por litro. O

Todos os vedantes ou elastómeros do sis-

>>

transferir pressão e movimento;

fluido hidráulico de baixa qualidade é uma

tema hidráulico ficam expostos, total ou

>>

transferir forças e movimentos quan-

falsa poupança!

parcialmente, ao fluido hidráulico quando o sistema está em funcionamento, pelo que

do se utiliza como lubrificante; minimizar o desgaste das superfícies

A FUCHS é o maior produtor independente

este pode afetar os materiais vedantes fa-

>>

deslizantes sob condições de atrito

de lubrificantes no mundo e é um especia-

zendo com que se dilatem ou encolham.

limite;

lista na área dos fluidos lubrificantes. A FUCHS entende e valoriza o fator crítico que pode ser o fluido hidráulico, e apenas utiliza óleos base e aditivos da melhor qualidade para proporcionar uma melhor proteção de longa duração aos seus ativos mais valiosos. A FUCHS acredita que o fluido hidráulico não deve comprometer o rendimento dos seus produtos e da sua maquinaria. Adicionalmente,

os

seus

lubrificantes

apresentam: >>

uma elevada estabilidade térmica e elevada resistência ao envelhecimento;

>>

compatibilidade com metais e elastómeros;

>>

boa separação do ar;

>>

baixa formação de espuma;

>>

boa filtrabilidade;

>>

boa libertação da água;

>>

boa estabilidade frente ao cisalhamento.

32

elevare


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Dossier sobre Manutenção em Elevadores

Calibração dos equipamentos: custo ou benefício para a empresa? Paulo Cabral - pc@iep.pt Director dos Laboratórios do Instituto Electrotécnico Português (IEP) Coordenador da Especialização em Metrologia da Ordem dos Engenheiros Vice-Presidente do Conselho Directivo da Sociedade Portuguesa de Metrologia

Todos os técnicos que trabalham com equi-

adequadas é essencial que a informação

CALIBRAÇÃO E CONFIRMAÇÃO

pamentos de medição, mais cedo ou mais

que nos chega seja rigorosa. Ora, os equi-

METROLÓGICA

tarde, acabam por serem confrontados com

pamentos de medição são produtos mais

Sendo assim, da mesma forma que um

uma pergunta sacramental: "E esse equipa-

ou menos complexos e são constituídos

elevador ou um veículo automóvel devem

mento está calibrado?". No presente artigo

por numerosos componentes, cada um

ser periodicamente sujeitos a inspecções

procura explicar-se por que razão surge

dos quais está sujeito à variabilidade ine-

que avaliam a sua segurança, também um

essa pergunta, e de que forma lhe podemos

vitável de todos os dispositivos físicos. Es-

equipamento de medição deve ser regu-

responder.

tão sujeitos a utilização em condições que

larmente objecto de uma operação técnica

muitas vezes estão longe de ser as ideais

designada por calibração, a qual tem por

MEDIÇÃO E MEDIDA

(por exemplo em locais que tanto podem

objectivo avaliar se as características me-

Comecemos por nos questionar para que

estar com temperaturas muito altas como

trológicas que conduziram à escolha inicial

serve um equipamento de medição, qualquer

muito baixas, com poeiras, com humida-

desse equipamento se mantém dentro dos

que seja. Sabemos que um voltímetro nos

de, etc.). Sofrem quedas no transporte e

limites estabelecidos. Em função dos resul-

permite conhecer a tensão de um circuito

sobrecargas durante o seu uso. Sabemos

tados assim obtidos, devem ser tomadas

eléctrico; que um termómetro nos ajuda a

também que a passagem do tempo exer-

decisões relativas à continuação em servi-

saber a temperatura de uma máquina; que

ce a sua acção inexorável sobre qualquer

ço do equipamento.

usamos uma fita métrica para medir alturas,

objecto. É, por isso, fácil de perceber que

larguras e distâncias; que com um luxímetro

qualquer equipamento de medição pode

A necessidade de efectuar a calibração

ficamos a saber se a iluminação de um local

apresentar erros que comprometem a sua

dos equipamentos pode surgir da iniciativa

é suficiente para o fim a que se destina; etc.

adequada utilização. Mesmo que o equipa-

do próprio utilizador, que se quer assegu-

Todos esses instrumentos de medição (voltí-

mento seja novo (e até mesmo de alguma

rar de que está a medir correctamente,

metro, termómetro, fita métrica, luxímetro,

marca muito reputada), o erro estará sem-

ou ser uma exigência de terceiros, como

entre muitos outros) têm algo em comum:

pre presente nas medições que com ele

clientes, organismos oficiais ou entidades

o conhecimento que nos dão sobre o mundo

efectuarmos. Não é por isso exagero dizer

certificadoras.

que nos rodeia, conferindo-nos a capacidade

também que medir é errar. Se o erro da

de tomar decisões adequadas e tecnicamen-

medição for demasiado elevado, e tendo

Comecemos por ver algumas definições

te fundamentadas. Podemos assim afirmar

em conta que há decisões importantes que

importantes neste contexto. Para isso, va-

que medir é saber.

são tomadas em função dos resultados

mos socorrer-nos do Vocabulário Interna-

obtidos nas medições, as consequências

cional de Metrologia (VIM), o documento

A palavra medição designa o acto de medir.

desse erro podem ser muito sérias: por

oficial nesta matéria. Segundo o VIM (Defi-

Chama-se medida ao resultado da medição.

exemplo, aprovar uma máquina que apre-

nição 2.39), calibração é a

Utiliza-se também o termo unidade de medi-

senta deficiências graves (com impactos

da para nos referirmos à grandeza com a qual

negativos para os utilizadores dessa má-

especificadas, num primeiro passo, uma

comparamos outra grandeza (do mesmo

quina e em consequência disso com prejuí-

relação entre os valores e as incerte-

tipo) para a exprimir sob a forma de um

zos para a empresa), ou reprovar uma ou-

zas de medição fornecidos por padrões

valor numérico (por exemplo, em "230 V,

tra que na verdade cumpre os respectivos

e as indicações correspondentes com

50 Hz, 16 A" são utilizadas três unidades de me-

requisitos (com óbvios prejuízos para o seu

as incertezas associadas; num segundo

dida: volt, hertz e ampere, respectivamente).

fabricante). Os custos de uma má decisão

passo, utiliza esta informação para esta-

(baseada em medições erradas) podem

belecer uma relação visando a obtenção

Para que o nosso conhecimento seja cor-

ser muito elevados, ou mesmo incompor-

dum resultado de medição a partir duma

recto e assim possamos tomar decisões

táveis para a empresa.

indicação."

34

elevare

"Operação que estabelece, sob condições


Dossier sobre Manutenção em Elevadores Nesta definição surge o conceito de incerteza de medição, que segundo o mesmo VIM (2.26) é o

"Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a uma mensuranda, com base nas informações utilizadas."

É importante perceber que incerteza e erro são conceitos muito diferentes. O erro é a diferença entre o valor indicado pelo equipamento e o valor que ele está efectivamente a

Figura 1

medir, ao passo que a incerteza é a "margem EXEMPLO PRÁTICO

to deve levar-nos a procurar utilizar os

A título de exemplo, vejamos o caso de

equipamentos de forma a obter leituras o

Como se percebe da definição, a calibração

uma pinça multimétrica de um modelo

mais possível próximas do final da escala.

só por si não assegura que o equipamento

bastante comum no nosso mercado. Co-

A Figura 2 ilustra o andamento dos erros,

está a medir correctamente, pois apenas

mecemos por analisar as suas especifi-

tanto em valor absoluto (A) como em va-

determina os seus erros ("relação entre os

cações, tal como são apresentadas pelo

lor relativo (%), ao longo da escala de 40 A

valores [ ] fornecidos por padrões e as indi-

respectivo fabricante. A Figura 1 apresenta

que estamos a analisar.

cações correspondentes [do equipamento]").

um excerto dessas especificações.

de dúvida" em torno do resultado obtido.

O utilizador do equipamento deverá es-

A análise dos erros obtidos e as decisões que decorrem dessa análise fazem parte

O que nos é dito é que, por exemplo, para

tabelecer os seus próprios critérios de

do que se designa por confirmação me-

a escala de Corrente Alternada até 40 A, à

aceitação, definidos em função do uso que

trológica, a qual está definida na Norma

frequência da rede (entre 45 Hz e 66 Hz),

fizer do equipamento. Poderá seguir as

Internacional ISO 10012, que pretende ser

num ambiente com temperatura entre

especificações publicadas pelo fabricante,

um documento auxiliar para quem utiliza

18°C e 28°C e humidade inferior a 75%hr,

apenas uma parte delas (por exemplo, se

as Normas de sistemas de gestão da Sé-

esta pinça deverá ter um erro máximo de

no equipamento acima apenas utilizar al-

rie ISO 9000. Na citada Norma ISO 10012,

±[2,0% da leitura (em A) + 10 dígitos].

gumas das suas funções), ou mesmo definir critérios diferentes daqueles que são

Secção 3.5, diz-se que a confirmação metrológica é

A última parcela, "10 dígitos", causa fre-

publicados pelo fabricante. Neste último

"O conjunto de operações necessárias

quentemente alguma confusão no espírito

caso há que ter o cuidado de verificar se

para assegurar a conformidade de um

dos utilizadores. Isso significa apenas que

os critérios de aceitação não são inferiores

equipamento de medição com os requi-

se devem adicionar “10 vezes a resolução”

aos que foram publicados pelo fabricante,

sitos da utilização pretendida".

da escala em questão (isto é, o algarismo

pois nesse caso o equipamento dificilmen-

menos significativo que nessa escala é

te poderá cumprir o que dele se espera.

Na prática, é muito importante perceber

possível ler). No exemplo acima, a resolu-

a diferença entre os conceitos de calibra-

ção é de 0,01 A, pelo que a parcela "10 dígitos"

ção e de confirmação metrológica. O mais

toma o valor absoluto de 10 X 0,01A = 0,1 A.

habitual é que a calibração seja feita por

Este valor deve ser adicionado a qualquer

um laboratório acreditado, externo à em-

leitura feita com a pinça naquela escala, e

presa. Cabe depois ao detentor do equi-

evita que o erro máximo possa ser zero

pamento a responsabilidade de analisar

para leituras de 0 A (o que corresponde-

os resultados obtidos (apresentados num

ria a um equipamento ideal). Esta parcela

certificado de calibração) e de tomar as

introduz outra consideração muito impor-

decisões adequadas no que se refere à re-

tante para a utilização do equipamento,

posição em serviço desse equipamento. No

que é o efeito da resolução sobre o erro

caso de equipamentos novos, mesmo que

relativo (quociente entre o erro e a leitura,

de marcas bem conhecidas, é importante

que é habitualmente expresso em percen-

verificar se já são fornecidos com certifi-

tagem). De facto, para leituras inferiores

cados de calibração válidos; não é usual

a 2,5 A a contribuição dessa parcela para

O mais habitual (e porventura mais lógico)

que o fornecedor entregue tais certifica-

o erro relativo passa a ser superior ao da

é utilizar as especificações do fabricante,

dos, salvo se a calibração for solicitada em

primeira parcela, fazendo com que em

pelo menos nos primeiros anos de vida do

simultâneo com a encomenda do equipa-

vez dos cerca de 2% que pensávamos ter

equipamento. É também essencial ter em

mento, o que implica normalmente custos

possamos atingir erros relativos que são

conta eventuais requisitos legais, norma-

adicionais.

várias vezes superiores a esse. Tal aspec-

tivos ou contratuais que definam, directa

"A palavra medição designa o acto de medir. Chama-se medida ao resultado da medição. Utiliza-se também o termo unidade de medida para nos referirmos à grandeza com a qual comparamos outra grandeza (...)"

elevare 35


Dossier sobre Manutenção em Elevadores ou indirectamente, quais os erros máximos admissíveis que os equipamentos poderão apresentar. CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO Suponhamos agora que enviámos esta pinça para calibração. Vejamos então como serão apresentados os resultados dessa calibração no respectivo certificado, emitido por um laboratório acreditado (estatuto evidenciado pela aposição do símbolo «IPAC»), olhando para o exemplo que é apresentado na Figura 3. Após receber de volta o equipamento, acompanhado pelo respectivo certificado de calibração, é necessário analisar os resultados e em consequência decidir o que fazer com o equipamento, procedendo-se assim à tarefa de confirmação metrológica já mencionada. Há que verificar antes de mais se o próprio certificado satisfaz os requisitos formais que são exigidos aos laboratórios acreditados (de acordo com a Secção 5.10 da Norma Internacional ISO/IEC 17025). Em seguida, deve ser feita a análise técnica do certificado, o que nos vai permitir averiguar se a pin-

Figura 2

ça satisfaz, ou não, as suas especificações. Para a escala que estamos a considerar no exemplo, verifica-se que para os vários pontos calibrados (10 A; 20 A; 30 A) o erro que a pinça apresenta é sempre inferior ao erro máximo admissível. Mesmo que nesta análise se inclua o efeito da incerteza (|Erro| + |Incerteza|), tal afirmação permanecerá válida (Tabela 1). Feita esta análise é recomendável identificar o estado de calibração do equipamento, apondo-lhe uma etiqueta que evidencie as datas da última e da próxima calibrações, qual é a entidade calibradora, bem como outras indicações que forem de interesse para quem vai utilizar o equipamento (por exemplo, informação de alguma escala que esteja com problemas e que não deva ser

Figura 3

utilizada). Tabela 1

PRAZOS DE CALIBRAÇÃO

36

Valor lido no

Valor lido no

equipamento

padrão

Erro

Incerteza

Uma vez concluído o processo de confir-

Erro Máximo

mação metrológica (calibração e subse-

Admissível

quentes análise e decisão), o equipamento

9,87

A

10,00

A

- 0,13

A

± 0,12

A

± 0,30

A

é reposto em uso até à sua próxima cali-

19,99

A

20,00

A

- 0,01

A

± 0,24

A

± 0,50

A

30,11

A

30,00

A

+ 0,11

A

± 0,36

A

± 0,70

A

bração. Uma questão que surge com fre-

elevare

quência nesta fase é "de quanto em quanto


Dossier sobre Manutenção em Elevadores tempo devo calibrar o equipamento?". Não

que estão conformes. Na falta de outras

Norma ISO/IEC 17025, Requisitos Gerais de

existe uma resposta única a esta pergunta;

orientações vinculativas é por isso usual

Competência para Laboratórios de Ensaio e

na definição dos prazos de calibração de-

estabelecer-se um prazo inicial de 1 ano, o

Calibração: www1.ipq.pt/PT/site/clientes/pa-

verão ter-se em conta aspectos tais como

qual poderá ser posteriormente ajustado

ges/Norma.aspx?docId=IPQDOC-185-97264

a frequência e a severidade de utilização, o

em função dos resultados encontrados nas

tipo de equipamento em causa, o desgaste

sucessivas calibrações a que o equipamen-

Norma ISO 10012, Sistemas de Gestão da

que apresenta, as derivas esperadas tendo

to for submetido.

Medição; Requisitos para Processos de Me-

em conta o histórico das calibrações ante-

dição e Equipamento de Medição:

riores, e ainda as recomendações do fabri-

Excluem-se, naturalmente, desta análise os

www1.ipq.pt/PT/site/clientes/pages/Norma.

cante desse equipamento.

instrumentos de medição que estão abrangi-

aspx?docId=IPQDOC-185-153740

dos pelas disposições do controlo metrolóNote-se que é usual os fabricantes apresen-

gico legal (metrologia legal), como é o caso

SPMet - Sociedade Portuguesa de Metrolo-

tarem as especificações dos equipamentos

dos alcoolímetros e dos radares utilizados

gia: www.spmet.pt e

para o prazo de 1 ano após a calibração, o

pelas polícias na fiscalização rodoviária, dos

que significa que após esse período não se

sonómetros utilizados nas medições de ruí-

dispõe de elementos seguros para prever

do, ou das balanças utilizadas no comércio,

Legislação relativa ao Controlo Metrológico

o seu comportamento. São também de ter

entre diversos outros equipamentos. Nestes

de Métodos e Instrumentos de Medição:

em conta as eventuais consequências de

casos, os prazos são fixados na legislação

www.oern.pt/legislacao.php?id=81&cod

não ter um equipamento calibrado dentro

respectiva.

=0B0C

cações, com todas as implicações que daí

PARA SABER MAIS

IPQ - Instituto Português da Qualidade:

poderão resultar para a empresa, como

VIM - Vocabulário Internacional

www.ipq.pt/

por exemplo aceitar indevidamente má-

de Metrologia:

quinas não-conformes (e que deviam por

www1.ipq.pt/PT/Metrologia/Documents/

IPAC - Instituto Português de Acreditação:

isso ser rejeitadas), ou reprovar instalações

VIM_IPQ_INMETRO_2012.pdf

www.ipac.pt/

/spmetrologia

do período coberto pelas suas especifi-

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Dossier sobre Manutenção em Elevadores

Ascensores: um mercado em evolução permanente Eng.º Leitão SICMALEVA

O que pretendo com este artigo é

PRIETÁRIOS e, acima de tudo, os produtos

abordar uma questão que sugere

PROPRIETÁRIOS.

muitas opiniões. A minha será mais uma neste panorama numa tentativa de

Embora hoje a maioria dos fabricantes

aclarar um assunto que nem sempre é

afirme fornecer produtos NÃO PROPRIETÁ-

Preto ou Branco.

RIOS, a verdade é que muitos poucos realmente o fazem. O Webster dicionário online

Na presente conjuntura económica causada

define um produto PROPRIETÁRIO como

pela crise mundial, com as oportunidades

protegido por Marca Registada/Tradmark,

de trabalho a diminuir, procuram-se solu-

feito, produzido ou distribuído por alguém

não está de acordo com o conceito Open-

ções para competir no mercado cada vez

que detém os direitos exclusivos. Segundo

Archtecture. Ao passo que o sistema de NÃO

mais agressivo. No setor dos ascensores,

os padrões industriais, define o sistema de

PROPRIETÁRIO está de acordo com o con-

têm vindo a surgir e a consolidar-se dois

PROPRIETÁRIO, ou seja OEM (Original Equip-

ceito e, acima de tudo, não coloca o cliente

tipos de produtos: PRODUTOS NÃO PRO-

ment Manufacturer),como um produto que

final à mercê do fornecedor. No maior e mais exigente mercado do mundo que é o da América do Norte, o qual compreende o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA), os profissionais mais exigentes e atentos começam a exigir de forma muito clara e decisiva, nos pedidos de oferta, o novo conceito de NÃO PROPRIEDADE. Este conceito evoluído, não é mais do que a negação do conceito de PROPRIEDADE, posse, prevalecendo o conceito positivo da liberdade de uso de algo sem qualquer restrição. De forma a garantir que o ascensor permaneça sustentável, independentemente de quem possa ser selecionado para prestar os serviços necessários. MAS O QUE SE ENTENDE POR PROPRIETÁRIO NO SETOR DOS ASCENSORES? Alguns fabricantes e profissionais ligados à área dos ascensores consideram os seus equipamentos por natureza de PROPRIEDADE em virtude do seu design, pesquisa e

© www.gmv.it

38

elevare

desenvolvimento. Por este motivo, no pa-


Dossier sobre Manutenção em Elevadores taram por produtos "pobres", de qualidade mínima, ou optaram por montar o ascensor com base em vários fornecedores, não sendo capazes desta forma de garantir, por um período de 10 anos, as peças disponíveis e o suporte técnico, colocando em perigo — mesmo sem querer — o próprio futuro do elevador e a sua manutenção a longo prazo. Aqui também não se garante que quem comprou o ascensor seja o seu verdadeiro proprietário. O QUE SE ENTENDE POR ASCENSOR NÃO PROPRIETÁRIO? Os ascensores NÃO PROPRIEDADE são mais simples e têm um custo de manutenção mais baixo. A informação técnica, peças de reposição e componentes auxiliares de diagnóstico, necessários à manutenção e programação, estão disponíveis sem qualquer reserva do fabricante. Não sendo, por este motivo, controlados por uma única © www.gmv.it

entidade, não se tornando rapidamente obsoletos.

norama dos ascensores há empresas que

turers) ao longo de 10 anos pela empresa

vendem, no mercado final, produtos tecni-

fabricante do equipamento original.

camente perfeitos, mas tecnicamente blindados. Apenas estas empresas podem fornecer peças de substituição e manutenção ao preço que entenderem. O fornecimento das peças de substituição, embora possa ocorrer livremente para outras empresas de ascensores, não resolve o problema dos custos, prazos de entrega e dos componentes auxiliares necessários para o uso dos mesmos. Devido a este comportamento que tem causado uma anomalia no sistema da livre concorrência, foram em 2007 sancionadas algumas empresas a pagar uma

O compromisso do fabricante concede o direito de liberdade ao proprietário do edi-

"O fornecimento das peças de substituição, embora possa ocorrer livremente para outras empresas de ascensores, não resolve o problema dos custos, prazos de entrega e dos componentes auxiliares necessários para o uso dos mesmos"

multa de quase mil milhões de euros à Co-

fício, na sua área geográfica, de escolher a empresa de manutenção com qualificação similar como responsável pela manutenção do seu ascensor. Trata-se de uma opção livre com base na seriedade e confiança no serviço prestado localmente e não por imposição. Existindo assim uma relação entre fabricante, empresa de manutenção e proprietário clara, livre, simples e honesta, sem qualquer vínculo. O cliente final deve receber o melhor serviço possível e isso só é possível com base

missão Europeia pela violação clara a uma

num sistema de NÃO PROPRIEDADE.

das quatro liberdades de circulação - ser-

Se apenas uma empresa pode fornecer

viços - por comportamento concertado de

o serviço e equipamento PROPRIETÁRIO,

NÃO PROPRIEDADE – uma palavra obscu-

empresas privadas colocando em causa o

como é que o proprietário do edifício pode

ra, mas importante, que pode representar

tratado da CE, o qual vem sendo implemen-

controlar os custos de manutenção? Mes-

uma grande poupança em dinheiro e tem-

tado desde 1958 como elemento dinamiza-

mo que o componente auxiliar de diagnós-

po, mais do que se poderia inicialmente

dor do Mercado Interno Europeu.

tico seja fornecido ao proprietário, a sua

imaginar.

funcionalidade é limitada. Além disso, o A negatividade deste conceito faz-se notar

uso da ferramenta pode ser contratual,

A tendência do mercado de livre concorrên-

ainda mais quando analisamos todo o Ciclo

restrito ao proprietário e não aos seus

cia é exigir cada vez mais que os ascensores

de Vida Económico de um ascensor. Não se

representantes.

sejam comercializados com base no con-

pode analisar a situação apenas na perspe-

ceito de NÃO PROPRIEDADE. Esse princípio

tiva do seu custo inicial ser baixo, também

O PROPRIETÁRIO DO ASCENSOR ACABA POR

favorece o cliente final, que pode escolher

devemos tomar em consideração o custo

SER AQUELE QUE VENDEU O EQUIPAMENTO!

a melhor oferta, e tem à sua disposição em-

elevado de manutenção e de reposição das

Dentro deste panorama atual de crise, exis-

presas de instalação e manutenção interes-

peças OEMs (Original Equipment Manufac-

tem também algumas empresas que op-

sadas no seu poder de compra.

elevare 39


Dossier sobre Manutenção em Elevadores

Manutenção: distinção pela qualidade do serviço Ricardo Vieira Elevadores.com.pt – Consultoria e Formação para o Setor de Elevação

A qualidade da prestação do serviço de

te ao facto de se deixar o ascensor parado

manutenção é essencial para que um as-

e passado uns dias enviar um orçamento,

censor ou outro produto se mantenha em

sem dar a cara ao cliente.

boas condições de funcionamento, transmitindo aos utilizadores dos ascensores e

É importante resolver uma avaria de uma

aos clientes das EMIEs, uma boa imagem

vez, mesmo que para isso seja necessário

da empresa que o mantém e a segurança e

dar um valor mais alto ao cliente, ou colo-

conforto que desejam sentir quando viajam

car-lhe essa alternativa, de forma que caso

nos ascensores.

volte a avariar, partilhe a responsabilidade de não ter pretendido solucionar de vez o

Esta perceção de que o ascensor está bem

problema detetado.

mantido e de que o mesmo não avaria com frequência, faz com que o cliente valorize a

A ocorrência de avarias repetitivas, que não

EMIE, a manutenção preventiva efetuada, e

se detetam, provoca uma imediata descon-

a qualidade do serviço prestado, resultan-

fiança no cliente.

©srelevadores.ind.br

bilizado e os valores contratuais tendem a estar no limite do razoável.

do numa relação mais duradoura e numa aceitação por parte do cliente em pagar um

A tendência que se verifica no mercado nos

valor superior pelo bom serviço prestado.

últimos anos é que a qualidade do serviço

A diversidade e quantidade de ascensores,

É, por isso mesmo, que é muito importan-

de manutenção tem vindo a degradar-se.

clientes, preços e tipos de contrato coloca-

te demonstrar ao cliente que se presta um

Esta mudança deu-se sobretudo devido ao

dos em cada rota é vasta e a tendência é a

bom serviço, e se para isso for necessário,

fato das empresas de uma forma geral,

de tratar a todos da mesma forma, tenden-

garantindo as condições de segurança,

tentarem distingir o seu serviço apenas

do a prestar um serviço de qualidade infe-

abrir a porta do ascensor e mostrar o poço

pelo fator preço, ou pelo nome da marca.

rior, independentemente do facto do cliente ter ou não um contrato a um preço superior

e o teto da cabina, limpos e sem fugas de óleo, ou a casa das máquinas limpa e sem

A consequência é que com valores con-

materiais avariados ou fugas de óleo.

tratuais muito reduzidos não é possível

ou inferior.

prestar um serviço de manutenção com a

O cliente apenas se apercebe do serviço

O facto de na situação de uma avaria, pa-

qualidade expetável pelo cliente, o que con-

prestado se comunicarmos com ele, pre-

rarmos, mostrarmos ao cliente o que ava-

sequentemente descredibiliza a marca e

sencialmente, e não através de comuni-

riou, e porque necessita de ser reparado ou

causa desconfiança no cliente.

cações impessoais que lhe transmitem a mensagem de que lhe estão a tentar vender

substituído, e que por esse facto o ascensor não pode eventualmente funcionar, con-

Neste momento, o nome das marcas, e até

quista a confiança do cliente, contrariamen-

o próprio setor, já tende a estar descredi-

mais qualquer coisa. Atualmente existe a perceção no mercado

©controlelevadores.com.br

que o escasso tempo que se passa no ascensor não é a fazer a manutenção preventiva, mas a tentar descobrir o que vender ao cliente, e a dita manutenção preventiva não passa de um formalismo legal ou de uma inspeção visual a alguns dos componentes. A boa comunicação pessoal com o cliente deve de ser valorizada e quando se baixa o

40

elevare


PUB

valor de um contrato, não se pode passar a imagem de que se irá prestar o mesmo serviço, como tem sido feito até agora. É de extrema importância inverter a tendência de descredibilização do setor, dando ao cliente a oportunidade de poder escolher e valorizar um serviço de excelência, que tenha de facto uma manutenção de excelência. É de extrema importância esclarecer o cliente que se se efetua um contrato por um valor inferior não poderá ter o mesmo tipo de serviço ou plano de manutenção e explicar quais as diferenças.

© controlelevadores.com.br

O cliente pode ser fidelizado pela boa relação de confiança, se o valor praticado for justo para ambas as partes, e se estiver claro que tipo de plano de manutenção e que tempo de serviço está a contratar. É importante aconselhar o cliente para que, sempre que possível, lhe seja dada a hipótese de poder escolher entre um produto de qualidade superior ou inferior. É importante que o cliente possa escolher entre efetuar uma reparação ligeira que continuará a dar alguns problemas no futuro e uma modernização mais profunda.

"A qualidade da prestação do serviço de manutenção é essencial para que um ascensor ou outro produto se mantenha em boas condições de funcionamento(...)" Quando uma EMIE presta a um cliente um serviço com qualidade a um preço justo para ambos, e o cliente tem a perceção adequada dessa qualidade, não tem vontade de mudar de EMIE. A transmissão desta perceção e a boa relação com o cliente é o fator chave, e quando assim o é podemos utilizar minutas contratuais, claras, transparentes, por curtos períodos e sem penalizações por rescisão, que o cliente não muda. Por estes motivos acredito que o setor terá tudo a ganhar se as EMIEs se distinguirem pela qualidade do serviço que prestam, apresentando aos clientes serviços adequados e com planos de manutenção ajustados a cada tipo de utilização.


Dossier sobre Manutenção em Elevadores

Manutenção inteligente de elevadores Miguel Tato Efalift

OBJETIVO

vez, a manutenção exerce um papel funda-

à informação de um sensor, a uma medi-

Este artigo tem dois objetivos: sistematizar

mental na otimização da qualidade do ser-

da de um desgaste, ou outro indicador que

os conceitos associados à manutenção de

viço prestado pelo equipamento.

possa revelar o estado de degradação do

equipamentos e mostrar como a introdu-

equipamento.

ção de novas tecnologias na aquisição e

Custo - Todas as ações de manutenção de-

processamento de informação pode intro-

verão conduzir à minimização do custo da

A manutenção curativa tem por objetivo

duzir um novo paradigma - a manutenção

utilização do equipamento. No entanto, a

a correção de uma avaria ou defeito do

inteligente de elevadores - que permite me-

manutenção em si acarreta custos (mão-de-

equipamento.

lhorar de forma significativa a eficiência na

-obra, peças, tempos de paragem dos equi-

manutenção quer ao nível dos objetivos da

pamentos, e outros) e torna-se necessário

APLICAÇÃO À MANUTENÇÃO

manutenção em si - segurança, fiabilidade,

ponderar estes custos (por exemplo, uma

DE ELEVADORES

entre outros quer ao nível da otimização de

operação de manutenção pode ser dema-

À luz dos conceitos referidos podemos

recursos da entidade que a realiza

siado custosa face à substituição do equipa-

constatar que a manutenção preventiva

mento por um novo).

sistemática de elevadores está normati-

MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

vamente definida e, portanto, acarreta um

A manutenção de um equipamento pode

Disponibilidade - De um modo geral, todos

(elevado) custo fixo e previsível, não haven-

ser definida como um conjunto de ações

os equipamentos deverão estar disponíveis

do grande flexibilidade na sua gestão. Já a

realizadas ao longo da vida útil desse equi-

para a sua utilização, bem como deverá ser

manutenção curativa, por apresentar um

pamento, de forma a manter ou repor a

reduzido ao mínimo o seu tempo de imobili-

caráter mais aleatório, apresenta uma ges-

sua operacionalidade nas melhores con-

zação devido a avaria.

tão mais complexa e com custos variáveis

dições de qualidade, custo e disponibilida-

e difíceis - se não impossíveis - de definir a

de, de uma forma segura. No fundo, estas

TIPOS DE MANUTENÇÃO

priori, facto agravado pela multiplicidade de

ações permitem manter ou controlar o

Para a análise e ponderação dos fatores

equipamentos existentes em manutenção

estado original de funcionamento de um

acima citados é conveniente dissecar a ma-

por uma mesma entidade. A introdução do

equipamento.

nutenção em cada um dos seus aspetos.

conceito de manutenção inteligente de ele-

Assim, a manutenção pode ser:

vadores - baseado no conceito de manuten-

>>

Preventiva:

ção preventiva condicionada - pode permitir

Sistemática,

uma redução substancial do esforço na ma-

Condicionada,

nutenção curativa.

De modo a assegurar os seus objetivos, há fatores que, por poderem conflituar, devem ser analisados de modo a que as operações de manutenção sejam implementadas com

>>

Curativa.

sucesso: Segurança - Genericamente, tem a ver com

Já vimos que a manutenção inteligente tem A manutenção preventiva sistemática é

por base um autodiagnóstico dos equipa-

executada em intervalos fixos.

mentos e a gestão da informação gerada

a segurança dos operadores e dos utiliza-

por esse autodiagnóstico. Tratemos cada

dores dos equipamentos. Através da manu-

A manutenção preventiva condicionada,

tenção criam-se condições para a deteção,

também chamada de manutenção inteli-

avaliação e controlo dos riscos potenciais

gente, é realizada em função do estado

Geração de informação de autodiagnóstico

que o equipamento possa proporcionar.

do equipamento ou de componentes do

A informação relevante para que o ele-

equipamento - a intervenção faz-se apenas

vador possa fazer um autodiagnóstico

Qualidade - Todos os equipamentos devem

com a manifestação da necessidade. É uma

depende muito do tipo de equipamento

proporcionar um alto desempenho com

manutenção preventiva, subordinada a um

em causa, mas podem ser feitas algumas

tendência para o "zero defeitos". Mais uma

tipo de acontecimento auto-diagnosticado:

generalizações:

42

elevare

um desses pontos.


Dossier sobre Manutenção em Elevadores >>

>>

Medição simultânea do estado de com-

A massificação da Internet e da tecnolo-

manutenção curativa: passa-se a agir

ponentes existentes no elevador e ge-

gia GSM de dados (com custos de utiliza-

proativamente consoante as potenciais

ração de sinais de alarme sob condi-

ção cada vez mais reduzidos e, na maioria

ções específicas (por exemplo, fecho do

dos casos, irrisórios) proporcionam uma

travão fora da zona de desencravamen-

alavanca perfeita para a generalização da

mação podendo-se facilmente, por

to, ou abertura da série de seguranças

ainda incipiente tecnologia M2M aplicada

exemplo, recorrer a históricos para

durante o movimento da cabina);

na gestão de elevadores.

decidir ou justificar uma substituição de

avarias, e não a reagir a elas; >>

Medição de outros parâmetros que

Armazenamento sistemático de infor-

componentes;

possam aferir o desgaste ou o mau

Diversos operadores de telecomunicações

>>

funcionamento do elevador enquanto

móveis disponibilizam serviços de voz e de

Hipótese de incluir no sistema outro tipo de informações que pode ser rele-

sistema (por exemplo monitorização da

dados adaptados a esta tecnologia. Estes

vante para a gestão do parque de ele-

temperatura do motor ou do óleo, ou

serviços são genéricos e estão apenas do

vadores: tráfego, consumo, utilização,

medição do nível de vibração da cabina).

lado do canal de comunicações.

entre outros; >>

Gestão otimizada das equipas de manu-

Nenhum destes pontos oferece dificuldade

Já existem gateways GSM comerciais que,

tenção podendo utilizar, por exemplo,

de execução, já que a eletrónica associada é

além de proporcionarem um canal de voz

um algoritmo de otimização de rotas in-

simples e toda a aquisição de dados é feita

(obrigatório em cada elevador), disponi-

tegrado no sistema de processamento

localmente.

bilizam canais de entrada/saída de infor-

de informação;

mação que podem ser lidos/operados re-

>>

Convém não esquecer que a manuten-

Processamento da informação

motamente utilizando a rede GSM dados

ção de elevadores é feita em prol dos

de autodiagnóstico

ligada à Internet. Com o interface adequado,

seus utilizadores, garantindo que o

Uma entidade que faça manutenção de ele-

estes dispositivos podem ser diretamente

equipamento está disponível para uso e

vadores tem forçosamente os seus equipa-

utilizados nos elevadores para a aquisição

em plenas condições de funcionamento

mentos distribuídos por uma área geográfi-

e envio de dados através da Internet para

e segurança. Num mercado de grande

ca mais ou menos ampla. Este facto faz com

um servidor local para armazenamento e

concorrência como o da manutenção

que o processamento da informação de au-

processamento.

de elevadores, a satisfação e confiança

todiagnóstico seja complicado por não exis-

dos utilizadores é a maior mais-valia

tir, de raiz, um canal de comunicações que

O desenvolvimento de um sistema central

que uma entidade que exerce a manu-

permita o trânsito dessa informação entre

e dedicado de armazenamento e proces-

tenção pode ter, e qualquer passo dado

todos os equipamentos. Estamos, portanto,

samento da informação gerada pelos ele-

no sentido de melhorar essa satisfação

perante um modelo de um sistema de aqui-

vadores, capaz de em tempo real dar aos

e confiança é um benefício muito gran-

sição de informação onde a informação está

decisores informação de onde e quando

de; a manutenção inteligente é indiscuti-

distribuída espacialmente, podendo (e de-

atuar, é o próximo passo para que esta

velmente um grande passo dado nesse

vendo) o processamento desta ser local. É

tecnologia possa ser devidamente imple-

sentido.

aqui que os recentes desenvolvimentos de

mentada e utilizada na área da manuten-

canais de comunicação podem entrar, con-

ção de elevadores. Este sistema pode ser

tribuindo para a criação de um canal bidire-

facilmente conseguido por adaptação ou

cional de informação entre todos os equi-

especialização de sistemas genéricos já

pamentos e um centro de comando. Uma

existentes.

tecnologia particularmente interessante e em franco crescimento é a tecnologia M2M

CONCLUSÃO – RUMO À MANUTENÇÃO

(Machine to Machine).

INTELIGENTE DE ELEVADORES Do exposto pode-se concluir que o futu-

De acordo com a Wikipédia, Machine-to-

ro da gestão da manutenção de elevado-

-Machine (M2M) (em português, máquina-a-

res tem forçosamente de passar por uma

-máquina) refere-se a “tecnologias que per-

utilização cada vez maior da manutenção

mitem tanto sistemas com fio quanto sem fio

preventiva condicionada - manutenção in-

a se comunicarem com outros dispositivos

teligente - de elevadores.

que possuam a mesma habilidade”. As vantagens da manutenção inteligente A base da tecnologia M2M é simples: existem

para as entidades que a exercem são mui-

sensores distribuídos e um canal de comuni-

tas, diretas e indiretas. Ressalvo, no entanto,

cações ponto-a-ponto que permite o envio da

estas que, no meu entender, sobressaem:

informação recolhida para um ponto central

>>

Maior controlo no estado de funciona-

A tecnologia existe, está acessível e dispo-

(centro de comando) onde essa informação é

mento dos elevadores em tempo real,

nível. Falta cumprir-se o desafio de a utili-

processada, armazenada e exibida.

com o respetivo benefício de diminuir a

zar em força.

elevare 43


Entrevista

“assegurar a qualificação profissional do setor” por Helena Paulino

Fernando Cruz, o novo Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEFAC), em entrevista, indicou quais as maiores dificuldades do setor e o que planeiam fazer para os minorar, sendo as empresas de condomínios um assunto muito abordado até por algumas lacunas na legislação relativamente a estas. Revista "elevare" (RE): Quem é Fernando Cruz, o novo Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC)? Fernando Cruz (FC): Fernando Cruz, 57 anos de idade, sociólogo, sócio da empresa Ad Urbis de Oeiras, faz parte dos Órgãos Sociais

nutenção do parque habitacional do país

um estudo sobre uma reforma legislativa

da APEGAC desde 2011, integrando a Direção

mas também indispensável na gestão dos

nesta área. Naturalmente apenas com a

como Vogal no mandato anterior.

recursos e das relações que são uma con-

conclusão do estudo que se prevê para o

sequência natural da compropriedade, seja

ano corrente poderão ser avançadas pro-

através de um esforço concertado para a

postas concretas.

"A APEGAC pretende ser uma organização reconhecida pelo grande público, especialmente os quatro milhões de portugueses que vivem ou são proprietários de frações em edifícios sob o regime da propriedade horizontal (...)"

autorregulação da atividade ou através da continuação da contribuição para o proces-

“PROMOÇÃO DA QUALIFICAÇÃO

so de regulação por meio legislativo.

DOS PROFISSIONAIS DO SETOR”

RE: No dia 7 de dezembro decorreu, na APE-

RE: Na mesma conferência foi também

GAC, uma conferência sobre uma reforma

abordada a necessidade de regulamentar a

legislativa do regime da propriedade hori-

atividade profissional da administração de

zontal para demonstrar a necessidade de

condomínios. Quais as necessidades mais

serem feitas alterações ao regime de pro-

prementes das empresas de condomínios e

priedade horizontal. Em que aspetos?

o que falta regulamentar?

FC: De facto a APEGAC promoveu uma

FC: A necessidade de regulamentação da

Conferência da Prof.ª Sandra Passinhas,

atividade profissional de administração de

RE: Quais os seus maiores objetivos para de-

Docente da Faculdade de Direito da Univer-

condomínios tem merecido um profundo

senvolver na/com a APEGAC?

sidade de Coimbra, em que foram apresen-

empenhamento por parte da APEGAC, há

FC: A atual Direção tem por missão asse-

tados os resultados preliminares de um

mais de dez anos. É fundamental que seja

gurar a qualificação profissional do setor

estudo comparativo sobre a legislação da

clara e transparente a especificidade da ati-

assente em princípios éticos, de rigor e de

propriedade horizontal e da comproprie-

vidade, capacitação necessária para o seu

transparência, para que este se torne cada

dade em vários países, nomeadamente

desempenho e também os potenciais con-

vez mais preponderante na necessária ma-

europeus, como um primeiro passo para

flitos de interesses imanentes à atividade.

44

elevare


Entrevista A regulamentação, mais do que defender os interesses dos empresários, defenderá diretamente os interesses dos condóminos proporcionando-lhes acrescida confiança e garantias por parte das empresas que contratam para administrar uma parte importante do seu património. Naturalmente que, por outro lado, a regulamentação poderá ajudar a clarificar o mercado e a distinguir as empresas dedicadas à gestão e administração de condomínios que têm esta atividade como principal, (CAE 68322) das empresas ou entidades que a exercem de forma acessória da sua atividade principal, como algumas promo-

ser feito para aumentar o número de asso-

A APEGAC realiza, de forma bienal, um con-

toras e mediadoras imobiliárias, gabinetes

ciados?

gresso aberto a todas as empresas do se-

de contabilidade, e até editores.

FC: A APEGAC irá continuar a dar a conhecer

tor onde são debatidos os temas mais im-

o seu projeto associativo a todas as empre-

portantes da atividade económica.

RE: Quais as maiores dificuldades no se-

sas do setor que tenham como atividade

tor da administração de condomínios que

principal a gestão e administração de con-

RE: As empresas de condomínio têm alguns

pretende resolver enquanto Presidente da

domínios, propondo o seu Código Deontoló-

problemas de que tenham conhecimento

APEGAC?

gico e de Conduta como cerne da sua inicia-

e que estejam relacionadas com a regula-

FC: O setor empresarial da gestão e admi-

tiva de autorregulação, que será um fator

mentação ou outros fatores. Como pode a

nistração de condomínios é um setor pulve-

essencial para trazer maior segurança e

APEGAC ajudá-las nesse aspeto?

rizado por micro, pequenas e, eventualmen-

confiança aos prestadores de serviços do

FC: As empresas de gestão e administração

te, algumas médias empresas, o que não é

setor e aos seus clientes condóminos.

de condomínios têm os problemas comuns

uma exceção na economia portuguesa, e

da maioria das micro e pequenas empresas

como tal enfrenta os constrangimentos tí-

“PROGRAMA CONSISTENTE DE FORMAÇÃO

prestadoras de serviços em Portugal, e que

picos de ausência de massa crítica.

PARA UMA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

se prende com a carga burocrática e fiscal,

DOS SEUS ASSOCIADOS”

particularmente penalizadoras das empre-

A contribuição determinante da APEGAC

sas de pequena dimensão e o facto de en-

será a promoção da qualificação dos pro-

RE: Quais as maiores vantagens para as em-

frentarem, amiúde, por falta de regulação,

fissionais do setor e dar voz às mais de

presas de administração de condomínios ao

práticas de concorrência desleal por parte

1500 empresas, cerca de 20 000 postos de

pertencerem à APEGAC?

de entidades que oferecem serviços sem

trabalho diretos e indiretos. Por outro lado,

FC: A APEGAC é o único projeto associativo,

assegurarem as competências necessárias

mercê das condições conjunturais vividas

de âmbito nacional, que dá voz às empresas

ou sequer as suas obrigações fiscais ou o

no país, os proprietários tenderam a privi-

da atividade económica de Administração

cumprimento da legislação.

legiar prestadores de serviços, por vezes

e Gestão de Condomínios, na sua maioria

sem qualquer condição técnica para admi-

micro e pequenas empresas. A associação

RE: Quais são as suas expetativas para o

nistrar o seu património, dando lugar a uma

tem um programa consistente de forma-

futuro da Associação?

generalização abusiva sobre as empresas

ção em temas relevantes para a atividade

FC: A APEGAC pretende ser uma organiza-

de gestão e administração de condomínios.

económica contribuindo, ativamente, para

ção reconhecida pelo grande público, es-

Aqui, o papel da APEGAC será o de divulgar

uma qualificação profissional dos seus as-

pecialmente os quatro milhões de portu-

o seu Código Deontológico para a atividade,

sociados.

gueses que vivem ou são proprietários de

a que estão obrigados os seus associados e

frações em edifícios sob o regime da pro-

sensibilizar os proprietários para a neces-

A APEGAC tem um conjunto de parcerias

priedade horizontal, como uma instituição

sidade de serem criteriosos na seleção da

e protocolos que visam beneficiar os seus

moderna, atuante e eficiente contribuindo,

empresa de administração que irá gerir o

associados para quem, por exemplo, con-

de forma determinante, para a confiança

seu património, contratando esse serviço

tratou um seguro base de responsabilidade

dos consumidores (condóminos). Na sua

com garantias de confiança no seu desem-

civil de exploração e que constitui uma ga-

qualidade de única associação represen-

penho profissional.

rantia adicional para os condóminos que as

tativa da atividade económica de gestão e

contratem. A filiação na APEGAC é utilizada

administração de condomínios, a APEGAC

RE: Ainda há muitas empresas de adminis-

pelos seus associados como uma creden-

deverá desempenhar um papel essencial

tração de condomínios que não pertencem

cial de credibilidade e confiança junto dos

nos processos de regulação e autorregu-

à APEGAC. O que está a ser e o que poderá

seus clientes.

lação.

elevare 45


Informação técnico-comercial

ECOLIFT: sistemas de recuperação de energia para elevadores Bernardo Marques Responsável de Produção, LIFTECH S.A.

Poupança de energia até 65% em

energia de volta na rede em vez de apenas a

elevadores com VF.

‘deitar fora’. Estes sistemas são constituídos por componentes eletrónicos de elevada

Os supercondensadores, também conheci-

complexidade, dispendiosos e que em mui-

dos como ultracondensadores, permitem

tas situações não trazem um ganho econó-

armazenar perto de 100 vezes mais energia

mico associado à geração de energia, pois

por unidade de volume do que os condensa-

quando esta não é consumida localmente

dores, e conseguem carregar ou entregar

por outros consumidores (iluminação, apa-

energia de forma muito mais rápida do que

relhos AVAC, e outros) é injetada na rede e será consumida por outros clientes mas

as baterias, além de resistirem a muitos mais ciclos de carga e descarga do que as

mais desfavorável e energia gerada na si-

sem qualquer compensação por parte do

baterias recarregáveis. Os supercondensa-

tuação mais favorável) andará próximo dos

operador. Ficamos, assim, com um elevador

dores são utilizados em automóveis e com-

65%, sendo que esta depende da tipologia

mais ecológico mas não mais económico.

boios elétricos para armazenar a energia

do elevador e dos seus componentes. Esta

da travagem regenerativa e agora também

eficiência será ligeiramente inferior num

O novo sistema ecoLift da Liftech foi de-

em elevadores.

elevador de tipo ‘mochila’ e será ligeiramen-

senvolvido utilizando supercondensado-

te superior num elevador com um motor

res para armazenar a energia gerada pelo

síncrono de ímanes permanentes.

motor durante a travagem, como se de

Sempre que o elevador se desloca no sen-

uma bateria se tratasse, e irá reutilizá-

tido favorável (subir vazio ou descer completo), em que é necessário travar o peso

A energia gerada na travagem é, na atua-

-la na viagem seguinte. A sua instalação

em queda por ação da força da gravidade

lidade e na grande maioria das situações,

é extremamente simples pois faz-se pela

terrestre, o motor funciona como um ge-

dissipada sobre a forma de calor na resis-

ligação de duas linhas ao barramento DC

rador de energia. Num elevador moderno a

tência de frenagem que se encontra ligada

de qualquer variador de frequência e com

eficiência no funcionamento como gerador

ao variador. Contudo, existem já sistemas

uma capacidade de armazenamento até

(rácio entre energia consumida na situação

regenerativos que permitem injetar esta

6 kW pode ser utilizado com motores de qualquer potência. Este sistema traz um ganho económico efetivo associado à redução da pegada de carbono do elevador, pois a energia gerada por este é consumida na viagem seguinte ou, caso o elevador fique parado, alimenta o variador enquanto este está em standby, em detrimento da energia da rede. Com uma eficiência de 98% entre a energia entregue e a gerada, o ecoLift permite efetivamente reduzir o consumo do elevador até 65% que se traduzirá na redução real do valor da fatura de eletricidade.

46

elevare


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Informação técnico-comercial

ThyssenKrupp lança MAX: maximização da eficiência urbana com a tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

Para reduzir o stress nas vidas de mais de

que acumulam um total de 190 milhões de

precisa de intervenções, de forma a evitar

mil milhões de pessoas que utilizam eleva-

horas (ou 216 séculos). O MAX foi concebi-

os sinais de “fora de serviço” nas portas dos

dores diariamente – um número que se pre-

do para melhorar significativamente estes

elevadores. Num edifício ligado com o MAX,

vê que aumente para três mil milhões nas

dados, pretendendo cortar os períodos de

as pessoas esperarão menos pelos eleva-

próximas três décadas – a ThyssenKrupp

indisponibilidade para metade.

dores, o que resultará numa diminuição do

acaba de lançar o MAX, o sistema com a

stress e no aumento da qualidade do tempo.

tecnologia The Internet of Things da Micro-

Com o MAX, a informação recolhida em

soft Azure, que aumenta a capacidade de

tempo real de milhões de elevadores

Andreas Schierenbeck, CEO da ThyssenKru-

transporte dentro dos edifícios. Com o re-

ThyssenKrupp ligados é enviada para a

pp Elevadores, afirma que “a nossa missão

volucionário MAX instalado mundialmente,

confiável plataforma na nuvem da Micro-

é revolucionar e fazer o que nunca ninguém

a poupança de tempo para os passageiros

soft Azure, onde um algoritmo calcula o

fez antes: transformar uma indústria com um

de elevadores pode equivaler a 108 sécu-

restante tempo de vida de sistemas-chave

século de existência que confiou até agora na

los de nova disponibilidade em cada ano de

e componentes em cada um destes eleva-

tecnologia pré-estabelecida. As cidades de

operação.

dores. Agora, a equipa da ThyssenKrupp

hoje precisam de inovação que responda aos

de mais de 20 000 engenheiros e técnicos

desafios da urbanização massiva que estão

A ThyssenKrupp Elevadores lança o MAX,

de serviço global podem confiar no MAX

a testemunhar. Estamos muito satisfeitos

um serviço preditivo e preventivo, vanguar-

como o seu braço direito, tornando possível

por trabalhar com a Microsoft para levar a

dista, que estende as capacidades de mo-

informar os proprietários de edifícios com

ThyssenKrupp à era digital e mudar a forma

nitorização remota ao aumento drástico

antecedência quando os sistemas-chave

como o setor oferece serviços de manuten-

dos níveis de disponibilidade de elevadores

ou componentes precisam de ser repara-

ção.” Schierenbeck acrescenta que “o MAX é

existentes e novos. Recorrendo ao poder da

dos ou substituídos e quando o programa

o segundo pilar da nossa revolução e surge

tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure, o MAX permite que um elevador ‘diga’ aos técnicos as suas necessidades reais, incluindo a identificação de reparações em tempo real, substituições de componentes e manutenção pró-ativa de assistência. Hoje, doze milhões de elevadores em todo o mundo transportam mil milhões de pessoas todos os dias, tornando o elevador o meio de transporte mais utilizado – e também o mais rápido – mas, num ano de operações, estes elevadores ficam indisponíveis devido a serviços de intervenção

48

elevare


Informação técnico-comercial depois das tecnologias mecânicas absolutamente vanguardistas existentes, como o elevador TWIN ou o elevador sem cabos MULTI para edifícios do futuro, concebidos para reduzir a pegada ecológica dos elevadores e libertar espaço para receitas adicionais nos edifícios.” Kevin Turner, Chief Operating Officer da Microsoft Corporation, comenta que “construída na nossa plataforma, as capacidades da The Internet of Things da Microsoft Azure estão a ligar milhões de sistemas para a ThyssenKrupp, ajudando-os a integrar e analisar os seus dados para que possam transitar de um modelo de negócio reativo para um próativo. Com informação inteligente, a ThyssenKrupp está claramente a transformar o seu negócio e a forma como interagem com Hoje, a ThyssenKrupp fornece serviços de

viço e a ser mantidos em operações com

manutenção em alguns dos edifícios mais

níveis de desempenho excelente que ronda

Vernon Turner, Senior Vice President da En-

icónicos e em infraestruturas de transpor-

essa mesma percentagem. Para 2020, a

terprise Systems e IDC Fellow da The Inter-

tes, incluindo o recentemente inaugurado

procura global por serviços e por equipa-

net of Things‚ afirma que “a ThyssenKrupp é

One World Trade Center em Nova Iorque e o

mento de elevadores (incluindo elevadores,

um exemplo que demonstra que os dados te-

Denver Airport, nos EUA; o Canal do Panamá,

escadas rolantes e passadeiras rolantes)

lemétricos dos elevadores ThyssenKrupp ins-

no Panamá; o Metro de São Paulo, no Brasil;

deverá aumentar anualmente cerca de 4%

talados a nível mundial podem ser analisa-

a sede da BMW em Munique e o Banco Cen-

para 61 mil milhões, com um valor de pres-

dos de forma a reduzir o tempo de inatividade

tral Europeu, em Frankfurt, na Alemanha; o

tação de serviços de manutenção que ron-

do equipamento através de manutenção pre-

Royal London Hospital em Londres, no Reino

da metade do valor total.

ventiva – antes que as falhas aconteçam.”

Unido; o Aeroporto Madrid-Barajas em Es-

gestores de edifícios.”

panha; a Torre da Federação em Moscovo,

ELEVADORES E EFICIÊNCIA DAS CIDADES

PLANO DO MAX

na Rússia; o aeroporto do Dubai nos UAE; o

Hoje, o tempo desperdiçado por pessoas à

MAX é um marco significativo na estratégia

World Financial Centre em Xangai, na China; o

espera de elevadores é um tema global, por

de negócio da ThyssenKrupp Elevator. Nos

Shinsegae Centum City na Coreia, e milhares

gerar um stress significativo em edifícios de

18 meses do período de lançamento, a em-

de outros edifícios por todo o mundo.

escritórios e com fins variados, afetando os

presa pretende ligar 180 000 unidades na

níveis de eficiência das cidades. Embora este

América do Norte e na Europa, sendo que

TENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO

elemento de stress adicional não seja consi-

os Estados Unidos da América, a Alemanha

E O MERCADO GLOBAL DOS ELEVADORES

derado à medida que a urbanização aconte-

e a Espanha serão países-piloto tal como

A ThyssenKrupp tem um forte compromis-

ce, com mais de três mil milhões de pessoas

outros países europeus, bem como a Ásia e

so para gerar inovações que apoiam os pla-

que se espera que vivam nas cidades nos

a América do Sul.

neadores de cidades, autoridades e pessoas

próximos 35 anos, o impacto do tempo de

que transformam atuais e futuras cidades

espera aumenta exponencialmente. A efici-

nos melhores locais para se viver, que o Ho-

ência dos elevadores existentes precisa de

mem nunca criou. No final deste século, es-

aumentar significativamente, de forma a

tima-se que aproximadamente 70% da po-

tornar as cidades cada vez melhores como

pulação global viva em cidades e que, na era

locais onde se viva da melhor forma.

da tecnologia inteligente, empresas como a ThyssenKrupp tenham um papel preponde-

Na verdade, um projeto sobre transporte

rante em dar forma a paisagens urbanas ao

de elevadores realizado por estudantes da

tornar inteligentes as cidades do futuro, da

Universidade de Colômbia descobriu que,

forma mais eficiente e sustentável possível.

apenas em 2010, os trabalhadores em escritórios em Nova Iorque acumulavam 16,6

A urbanização é uma tendência imparável, e

anos a aguardar por elevadores. Com o

estima-se que se necessite de mais 85% de

MAX instalado, cada um destes trabalhado-

espaço urbano existente até 2025, com o

res recuperaria mais de oito anos de tempo

número de elevadores a necessitar de ser-

livre.

elevare 49


Informação técnico-comercial

OPTIDRIVE™ ELEVATOR: controlo eficiente e preciso REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.

A INVERTEK apresenta-nos a 2.ª geração de

FLEXIBILIDADE

variadores de frequência dedicada ao con-

Um único produto é compatível com Mo-

trolo de sistemas de elevação e concebi-

tores de Indução (IM) ou de Ímanes Per-

dos para assegurar uma utilização suave e

manentes (IP),quer estejamos perante um

tranquila nos mais variados contextos, com

sistema com redução ou não, para além de

ou sem redutores.

possibilitar um controlo vetorial, em anel fechado ou aberto, de motores IM e IP.

As suas dimensões reduzidas simplificam a instalação e dispõem de interfaces opcio-

SIMPLICIDADE

nais que asseguram a sua compatibilidade

Estamos perante um variador de frequên-

com uma grande variedade de motores.

cia dedicado, com parâmetros lógicos e diversas funcionalidades, que é fornecido já

Os variadores de frequência da INVERTEK

com uma configuração de fábrica para con-

são reconhecidos pela sua eficiência no

textos mais simples e que, portanto, agiliza

controlo de motores elétricos, asseguran-

a sua entrada em serviço.

do um movimento com o máximo conforto

adjacentes, que realça a atenção dedicada ao conforto durante o trajeto, além de um

em qualquer situação. Dispõem de cinco

A programação é feita com o motor em po-

algoritmo de controlo do freio do motor

S-RAMPs independentes e de um algoritmo

sição parada e dispensa a remoção do cabo

para assegurar um funcionamento seguro

para o controlo do freio do elevador que lhe

do elevador. A parametrização é feita sem

e sem sobressaltos.

confere uma performance otimizada além

fios, caso se opte pela utilização do Optistick

de uma grande variedade de afinações.

com o Optitools Studio.

Por outro lado, o variador de frequência

CONFORTO

ELEVATOR incorpora a funcionalidade STO

Este modelo inclui 5 S-RAMPs indepen-

(Safe Torque Off), em consonância com a

dentes, permitindo ajustar a performance

CARATERÍSTICAS AVANÇADAS

normativa EN 13849/EN 62061, e uma va-

do movimento e assegurar um transporte

>>

riedade de valências que incluem, a título de

suave. Integra também um modo de ope-

exemplo, o Modo de Recuperação.

ração para distâncias curtas, para andares

Além destes aspetos, a frequência de comutação do sinal é feita a 32 kHz, assegurando uma operação silenciosa do motor.

Funcionamento em Modo de Recuperação possível com UPS externa;

>>

PLCs de bordo permitem a interação com programas customizados e com

©millwrightautomation.com

um leque alargado de sistemas de controlo; >>

Compatível com encoders incrementais ou EnDAT;

>>

Integra o Protocolo Modbus RTU e CANopen;

>>

Conforme a Norma IEC 61508 (SIL3).

A INVERTEK é representada em Portugal pela REIMAN.

50

elevare


PUB


Publireportagem

O modelo [SOS]Com de 72horas converte Portugal numa referência em segurança para as equipas de manutenção Nayar Systems

72horas, marca líder integrada dentro da

estabelecer automaticamente – simples-

empresa espanhola Nayar Systems, conti-

mente carregando no botão de alarme –

nua a sua firme expansão no mercado lusi-

uma comunicação bidirecional de voz atra-

tano. A empresa alcançou numerosos reco-

vés de um módulo GPRS entre as pessoas

nhecimentos ao longo de 2015, que premiou

presas no interior da cabine do elevador e o

a trajetória empresarial inovadora de oito

centro de avarias da equipa de manutenção.

anos de intenso trabalho. A empresa conta já com mais de 500 clientes em toda a Europa

72horas, através da sua plataforma univer-

e agora centra-se em continuar a oferecer o

sal, serve de base de dados e registo de to-

melhor serviço em Portugal.

das as chamadas de emergência realizadas desde a cabine do elevador. Deste modo, o

Precisamente para isso, a empresa conta

técnico de manutenção dispõe de uma fer-

com uma força comercial portuguesa, im-

ramenta de trabalho rápida e muito útil,

plantada no Porto, que permite à Nayar Sys-

dando-lhe a oportunidade de aceder a tais

tems atender, de perto, com rapidez e como-

bases de dados para conhecer o que ocorreu

este tornou-se numa ferramenta muito

didade o cliente em qualquer necessidade ou

e para dispor de um relatório mais detalha-

solicitada. Para além de estabelecer cha-

exigência que surja, fazendo-lhes ser parte

do da situação.

madas de voz da própria central de avarias

de todas as novidades da empresa.

permite receber chamadas de voz da próDesde o momento em que o responsável de

pria central de avarias, estabelecer uma

Atualmente, 72horas brinda os seus clien-

vendas de 72horas em Portugal apresen-

conversação em modo mãos livres, assim

tes com o sistema [SOS]Com, o qual permite

tou o sistema [SOS]Com aos seus clientes,

como conseguir um completo reconhecimento do estado de linha. Por tudo isto, as equipas de manutenção portuguesas encontram-se cada dia mais interessados no modelo [SOS]Com de 72horas. Uma vez que a Nayar Systems e, em concreto, a sua marca 72horas, sempre ofereceu os seus serviços baseado na legalidade e segurança que a lei obriga, cumprindo escrupulosamente com a normativa europeia EN 81-28; e sendo um exemplo a seguir por todos os seus homólogos europeus, o modelo [SOS]Com é visto como uma referência de segurança. Porque o objetivo prioritário de 72horas é

52

elevare


Publireportagem

sempre facilitar a vida a cada um dos seus

>>

clientes, preocupando-se com eles e com a segurança não só deles como dos seus

>>

passageiros. Graças ao sistema [SOS]Com, o técnico

>>

de manutenção conta com os seguintes benefícios: >>

A informação detalhada do estado de linha é uma segurança que as pessoas

>>

Regulariza o parque de elevadores do

eles encontra-se Portugal. A sua inscrição

cliente;

na comissão de mercado das telecomunica-

Existe uma melhoria de resposta por

ções, o seu aportamento ao mercado fren-

parte da equipa de manutenção peran-

te a outras plataformas mais económicas,

te os requisitos dos clientes;

que não cumprem com nenhum padrão de

Permite conhecer em tempo real o es-

segurança e de legalidade, assim, com os

tado de linha e a sincronização com a

numerosos acordos que consegue com os

plataforma;

principais fabricantes europeus, permitem

Supõe uma melhoria no controlo da hi-

que 72horas seja a opção escolhida pe-

peratividade.

las equipas de manutenção espanholas e portuguesas.

atualmente têm muito em conta; >>

>>

>>

O aviso do nível de cobertura e de ba-

72 horas trabalha sempre com os melho-

teria é ótimo para a equipa de manu-

res fabricantes de equipamentos GSM da

Assim mesmo, o importante investimento

tenção;

Europa, e isto permite à empresa ser líder

em I&D levado a cabo por 72horas permitiu

Oferecem-se todas as informações re-

do setor das telecomunicações no mundo

a implementação de numerosos avanços,

levantes ao ascensorista sobre o esta-

do elevador, tanto a nível nacional como

como o serviço de Echo Test, o qual evita

do da linha telefónica;

em países onde se está a implantar, entre

que os técnicos respondam a milhares de

Utiliza-se telemetria para controlar re-

chamadas de comprovação, gravando a

motamente o telefone;

locução e ficando registado em que dia e a

>>

Configura-se em cerca de 30 segundos;

>>

É incorporado num modelo único (GSM + Telefone);

>>

O equipamento é de rápida e fácil instalação;

>>

O sistema é revisto através de uma chamada cíclica de comprovação;

>>

"(...)72horas é atualmente a única plataforma homologada e aprovada pelas principais empresas do setor da elevação na Europa(...)"

que hora foi realizado pelo técnico a revisão. Por todo isto, 72horas é atualmente a única plataforma homologada e aprovada pelas principais empresas do setor da elevação na Europa, a qual trabalha de forma diária e em maior medida no potencial do mercado português.

A plataforma é utilizada como base de dados e de registos;

Welcome to the Connectivity!

elevare 53


Case study

Eficiência energética em óleos de engrenagens e hidráulicos Pedro Vieira Responsável Técnico da Lubrigrupo

Muitas vezes na atividade empresarial

Estes benefícios podem ser obtidos através

e moentes de cambotas. Nestes casos as

em geral e na manutenção em

da melhoria dos processos de fabrico ao

peças estão permanentemente protegidas

particular apenas se vê a ponta do

nível energético, através de melhorias me-

por um “filme” de óleo. Uma parte signifi-

cânicas e térmicas.

cativa das perdas energéticas que ocorrem

iceberg. Alguns dos fatores de custo mais óbvios podem aparecer primeiro,

nestes sistemas está relacionada com a

mas muitos mais permanecem

Neste estudo são abordados três casos re-

viscosidade do óleo nas condições de tra-

escondidos abaixo da superfície,

levantes, o Mobil SHC TM 600, o Mobil SHC TM

balho (Figura 1).

começando pela otimização dos

Gear e o Mobil DTE 10 EXCELTM.

processos e pela economia energética.

Na lubrificação elástohidrodinâmica a prinNesta abordagem vamos debruçar-nos so-

cipal diferença relativamente à lubrificação

Para iniciarmos a aproximação que a

bre os diferentes regimes de lubrificação,

hidrodinâmica é a pressão no contacto. Este

ExxonMobil preconiza em termos de efici-

hidrodinâmica, elástohidrodinâmica (EHD),

tipo de regime de lubrificação está associa-

ência energética teremos de ter em linha

mista ou limite e os fundamentos da tração

do a componentes onde a carga é supor-

de conta que, para se avaliar qualquer

e a sua medição.

tada numa pequena área. Como exemplos de equipamentos onde este tipo de lubri-

melhoria é necessário, primeiro, termos uma referência em conjunção com a pos-

Começando pelos regimes de lubrificação

ficação acontece temos todos os tipos de

sibilidade de efetuar medições precisas.

existentes, a lubrificação hidrodinâmica

rolamentos, excêntricos (como os veios

Com base neste princípio é necessário pro-

existe em sistemas onde o contacto ocorre

excêntricos dos motores automóveis) e en-

ceder a testes rigorosos apoiados no tra-

numa área relativamente grande. As chu-

grenagens. Nestes contactos a carga é tão

tamento estatístico dos dados sem usar

maceiras que operam sobre este regime de

grande que a superfície deforma‑se elasti-

extrapolações, para avaliar os benefícios

lubrificação podem ser encontradas numa

camente para formar uma pequena área de

energéticos obtidos com cerca de 95% de

larga gama de aplicações, tais como chu-

contacto. A película lubrificante é puxada

confiança.

maceiras de apoio, chumaceiras de impulso

para dentro dessa área, separando as su-

Lubrificação Hidrodinâmica

Figura 1

54

elevare

Lubrificação Elástohidrodinâmica (EHL)

Figura 2


Case study perfícies. O lubrificante é “cortado” nestas

Lubricação Mista e Limite

condições de alta pressão. As perdas energéticas são determinadas pela forma como o óleo se comporta nestas condições extremas (Figura 2). Por fim temos a lubrificação limite, que acontece quando estamos em condições em que existe alguma fricção entre partes dos elementos em jogo. Neste caso podemos estar perante a situação observada na Figura 3. 1. Se as superfícies metálicas se tocam, como se pode ver no Diagrama da Figura 3 em A, então é óbvio que não existe nenhum filme lubrificante entre as su-

Figura 3

perfícies; 2. Por outro lado, mesmo na ausência de lubrificantes, a camada de óxido for-

A Tração e os Óleos Base

mada na superfície de muitos metais, tal como se pode ver em B, confere propriedades físicas diferentes que irão alterar as caraterísticas de fricção e de desgaste dessas mesmas superfícies; 3. Para lidar com estas situações muitos lubrificantes têm na sua formulação aditivos antidesgaste ou aditivos de extrema pressão e, por vezes, também modificadores de fricção como se pode ver em C. Estes tipos de aditivos evitam que exista um contacto direto de metal com metal. Isto dá-se através da formação de um “filme” químico que previne o contacto direto metal com metal. Esta situação é, muitas vezes, chamada

Figura 4

de lubrificação limite. 4. Por fim as superfícies podem estar em alguns pontos separadas com uma fina

pouca influência ao não existir contacto di-

configuração nas respetivas eficiências.

reto entre as superfícies.

Verifica-se que a eficiência está relacionada

camada de lubrificante, não existindo assim contacto entre as superfícies.

com a proporção de deslizamento e as conO facto da tração estar dependente do óleo

dições de contacto entre os elementos das

base pode ser explicada através das dife-

engrenagens.

Por vezes existe alguma confusão entre os

rentes estruturas moleculares dos óleos

termos tração e fricção. Como se pode ver

minerais e dos óleos sintéticos, tal como se

Devido ao maior grau de deslizamento e à

na Figura 3 a fricção está geralmente as-

pode ver na Figura 4, através do seu com-

sua menor eficiência intrínseca, as engrena-

sociada às interações entre as superfícies,

portamento quando sujeitos às altas pres-

gens sem-fim são mais suscetíveis de be-

normalmente assumindo estarmos em

sões de corte existentes na lubrificação

neficiarem com a utilização de lubrificantes

presença de lubrificação limite. Por outro

elástohidrodinâmica.

sintéticos de menor coeficiente de tração.

lado a tração está geralmente relacionada

Este benefício pode verificar-se no gráfico

com a força desenvolvida pelo corte do fil-

Os vários tipos de engrenagens existentes

da Figura 6, onde se pode observar a gran-

me de óleo sob as altas pressões de con-

têm diferentes eficiências energéticas, de-

de diferença de coeficientes de tração entre

tacto existentes nas condições de lubrifica-

pendendo da quantidade de “deslizamentos”

um lubrificante mineral e um lubrificante

ção elástohidrodinâmica (EHL).

que carateriza cada um desses tipos de

sintético de base Polialfaolefina (PAO) na

engrenagens.

zona de trabalho de uma engrenagem sem-

Deste modo as propriedades de tração de-

-fim (zona A – grande deslizamento). No

pendem essencialmente da seleção do tipo

Na Figura 5 podem ver-se os diferentes ti-

caso dos restantes tipos de engrenagens a

de óleo base tendo os aditivos utilizados

pos de engrenagens e a influência da sua

sua eficiência é maior mas, também se pode

elevare 55


Case study verificar que existe um ganho significativo no coeficiente de tração nas suas zonas de trabalho (zona B) que vai do ponto inicial de contacto com deslizamento positivo, ponto de pressão na linha do diâmetro primitivo (deslizamento nulo) e deslizamento negativo no ponto de fuga. Através da diferença das curvas do coeficiente de tração de um óleo base sintético (PAO) e de um óleo base mineral podemos verificar o aumento de eficiência energética demonstrado na área sombreada que corresponde à redução integrada das perdas. Os ganhos estão sempre dependentes de vários fatores como o tipo de engrenagens,

Figura 5 Deslizamento e eficiência por tipo de engrenagem.

o ciclo de carga e as condições de lubrificação (mista/limite versus EHL). Nos casos das engrenagens de dentes em aço (veios paralelos ou cónicas), o ganho de eficiência, após a mudança de um lubrificante de base mineral para um lubrificante de base sintética, verificado experimentalmente e no campo, varia entre 0,25% e 0,5% por cada conjunto de engrenagens, pelo que quantos mais conjuntos uma caixa tiver, maiores serão os potenciais ganhos. Os testes realizados pela ExxonMobil confirmaram ganhos significativos na eficiência energética de redutores sem-fim através da comprovação da diminuição da temperatura de funcionamento do mesmo redutor funcionando com um óleo de base

Figura 6 Coeficientes de Tração versus rácio Deslizamento-Rolamento.

mineral e o Mobil SHCTM Gear 460. A redução da temperatura do óleo no cárter foi de 16° C como se pode ver na Figura 7. Esta diminuição permite um decréscimo significativo no consumo energético (até 3,6%) face a um óleo convencional. Exemplos de situações já comprovadas na indústria em situações reais: >>

1 – Mobil SHC TM 632 – Setor: fabrico de papel;

>>

Operação: Caixa de engrenagens de fábrica de papel (prensa);

>>

Melhoria da eficiência versus óleo mineral – 6,5%;

>>

Queda de 8° C na temperatura de operação da caixa;

>>

>3300 horas de Operação;

>>

Sem sinais de oxidação;

>>

Metais de desgaste ≤2 ppm;

56

elevare

Figura 7 Coeficientes de Tração versus rácio Deslizamento-Rolamento.


Case study de de se otimizar o seu desempenho ener-

e superar as perdas por atrito dos fluidos é

gético, relativamente aos sistemas hidráuli-

despendida energia que faz baixar a eficiên-

cos, sabe-se que para se obter uma máxima

cia energética (Figura 10).

eficiência, a viscosidade do óleo tem de ser consistente numa gama alargada de tem-

Verifica-se que, devido a um melhor fluxo, à

peraturas de funcionamento e terá de estar

medida que a temperatura aumenta, a efici-

de acordo com a viscosidade para a qual o

ência mecânica melhora. Simultaneamente

sistema foi projetado para trabalhar.

acontece o oposto à eficiência volumétrica que piora devido ao aumento das perdas

Figura 8

Analisando o problema da eficiência ener-

com o aumento da temperatura (Figura 11).

gética observa-se que as perdas nos siste>>

2 – MobilTM Gear 220 – Setor: Mineração

mas hidráulicos podem ser mecânicas ou

A conclusão que se pode retirar destes

– Mina de Taconite (minério de ferro

volumétricas.

factos é que ao mantermos a viscosidade

> 15% Fe); >>

estável numa ampla gama de temperatura

Detalhes do equipamento:

Relativamente às perdas volumétricas sa-

aumentamos a eficiência do sistema. Para

>>

Transportador Primário de minério;

bemos que todas as bombas têm peque-

isto é necessário termos fluidos hidráulicos

>>

Entrada: 1150 Hp, 1792 RPM;

nas fugas internas. Nas bombas de pistões

de alto índice de viscosidade estáveis ao

>>

Redução: 39.4:1;

axiais existem sempre pequenas fugas en-

“corte”, como é o caso do novo Mobil DTE

>>

Saída: ~45 RPM.

tre o cilindro e o pistão. Para girar a bomba

10 ExcelTM.

CONCLUSÕES: >>

Horas de operação: >5000 horas;

>>

Condição do óleo: Excelente, sem sinais de oxidação;

>>

Metais de desgaste ≤2 ppm;

>>

Melhoria da Eficiência versus óleo mineral – 3,6% com um intervalo de confiança de 95% ±1,3%.

Condições de teste de Eficiência Energética: >>

As medições do consumo foram feitas por uma empresa independente de serviços de engenharia elétrica;

>>

O Mobil SHCTM Gear 220 foi comparado com um óleo de engrenagens ISO VG 220 de base mineral, utilizando uma sequên-

Figura 10 Bomba de Pistões axiais.

cia de teste A-B-A-B; >>

A ExxonMobil Research & Engineering fez uma análise estatística das medições de potência para os dois óleos com carga total e em vazio.

Figura 9

SISTEMAS HIDRÁULICOS Aplicando o mesmo princípio com que antes analisámos as engrenagens e a possibilida-

Figura 11 Eficiência.

elevare 57


Case study Em testes (Denison T6C) realizados com o

Bomba de Palhetas Denison T6C

Mobil DTE 10 ExcelTM (IV 161) face a óleos hidráulicos (Figura 12) de tecnologia convencional pode ser comprovado um aumento significativo da eficiência sob várias condições de funcionamento. Através das imagens térmicas (Figura 13) podemos verificar as diferenças de temperatura da mesma bomba funcionando com os dois tipos de fluidos, permitindo uma melhor perceção da eficiência dos mesmos face à temperatura que geram (Figura 14). Para corroborar estas primeiras conclusões também foram feitos testes de

Figura 12 Teste de eficiência hidráulica Mobil DTE 10 ExcelTM.

campo. Nestes testes tentou-se sempre seguir uma metodologia que permitisse retirar conclusões válidas e realmente comparáveis das variáveis monitorizadas (Figura 15): >>

Fazer os testes no mesmo equipamento, com o mesmo operador, a mesma operação, nas mesmas condições de temperatura ambiente, temperatura do equipamento e do óleo, pressão do óleo, caudal do óleo, carga e taxa de produção constantes;

>>

Foram feitos os procedimentos de flushing e de enchimento cuidadosos para não haver contaminações cruzadas, nomeadamente foram feitas análises ao óleo do flushing;

>>

Projeto estatístico dos testes e da análi-

Figura 13 Análise termográfica.

se dos seus dados; >>

Sequência de testes Óleo A, Óleo B, Óleo A, Óleo B, de maneira a minimizar a variabilidade do ensaio e/ou o seu desvio;

>>

Recolha e registo de dados de alta qualidade;

>>

Dados recolhidos de medidores de energia e de medidores de fluxo de combustível de grande precisão;

>>

Análise estatística dos resultados obtidos com intervalos de confiança de 95%.

Testes feitos: 1. Economia de combustível – Chassis Dyno Lab Sarnia, Canada: >>

O benefício de usar o Mobil DTE 10

Figura 14 Circuito hidráulico simples sem arrefecer.

ExcelTM 46 (IV 161) face ao Mobil DTE 15M (IV 141) numa carregado-

>>

Escavadora executando uma série

trabalho

aumento de 4% na sua eficiência,

D320, Carolina do Norte, USA (Figura 16)

>>

Apenas um Operator;

traduzida na redução do consumo

>>

Mobil DTE 10 ExcelTM 46 versus óleo

>>

Lote único de combustível;

hidráulico 10 W;

>>

Flushing entre os óleos de teste;

de combustível.

58

2. Economia de combustível em ciclo de

ra de rodas (Bobcat) saldou-se no

elevare

de

escavadora

Caterpillar

prescrita de movimentos;


Case study >>

Teste alternado dos produtos para evitar desvios (A-B-A);

>>

Consumo de combustível por ciclo e tempo para completar o ciclo.

>>

Resultados:

--

Média no decréscimo no consumo de combustível – 6%;

--

Média da melhoria no tempo do ciclo – 5% (5,45% versus Cat HYDO, 3,63% versus Cat HYDO Advanced);

--

Redução no tempo do ciclo: Óleo Hidráulico 10 W = 64,02s; Mobil DTE 10 ExcelTM 46 = 60,53s;

--

Poupança no custo do combustível baseada no consumo de 20 lt/h, 12 h/

Figura 15 Mobil DTE 10 ExcelTM 46 Versus Mobil DTE 10 M.

dia, 260 dias/ano, 1,3 €/lt e 6% de redução de combustível – 4,867€. 3. Economia de combustível em fábrica de injeção de plástico em Illinois, USA >>

Extrusora Van Dorn Caliber, Modelo 1430;

>>

Motores Elétricos: 1 - 100 HP, 2 - 75 HP;

>>

Bombas hidráulicas: 4 bombas de palhetas de volume fixo, 1 bomba axial de pistões de volume variável;

>>

Reservatório de 1250 litros;

>>

Analisador de potência Fluke 1760, alimentação 500 Amp, 480 VAC;

>>

Figura 16 Extrusora Van Dorn Caliber – ciclo energético.

Teste alternado dos produtos para evitar desvios (A-B-A);

>>

Teste feito comparando o Mobil

>>

Resultados:

DTE 10 ExcelTM com óleo hidráuli-

--

Poupança de energia em operação contínua – até 2,2% (+/- 0,3%)*

co mineral Mobil DTE 25.

--

Poupança de 1700€/ano em eletricidade.

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Case study

Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções 2.ª Parte Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores

No artigo anterior publicado na revista “elevare” foi abordado o tema dedicado aos deveres das Autarquias para uma boa gestão das inspeções. O presente artigo pretende desmitificar um pouco os direitos das Autarquias sobre esta matéria. Como estamos recordados em janeiro 2015 decorreu a 3.a edição das Jornadas Técnicas sobre Elevadores. Neste encontro tive a oportunidade de abordar o tema dos Deveres e Direitos das Autarquias para uma boa gestão das inspeções onde, de forma muito participativa, foram detalhados os vários deveres e direitos das Autarquias. No último artigo da revista “elevare” mencionei nesta temática os seguintes deveres:

de cobrar taxas pelos serviços prestados.

e que não executam atempadamente as

Cadastro/Segurança/Inspeções e Gestão de

O valor da taxa deverá ser calculado com

inspeções comprometendo seriamente al-

Qualidade.

base no custo do valor hora e o tempo des-

guns dos deveres nesta área.

pendido pelos vários serviços da Instituição

"É imperativo que a gestão e controlo deste setor continuem no âmbito das competências das Autarquias como entidades fiscalizadoras e concretizadoras das inspeções."

que estão envolvidas no processo das ins-

Taxas de Inspeções/Reinspeções

peções de ascensores. Logo à partida surge

Como referi anteriormente, a cobrança das

um problema que se verifica um pouco por

taxas deverá ser um direito da instituição.

todo o país: porque razão os valores das

No que concerne especificamente aos va-

taxas de inspeção/reinspeção diferem de

lores praticados entre a inspeção e reins-

concelho para concelho?

peção deverá haver uma diferença entre as duas taxas.

Numa breve explicação a diferenciação de valores de taxas entre Municípios prende-

Esta diferença, sendo a taxa de inspeção mais

-se, essencialmente, pelo valor hora que

elevada, deverá ser justificada pelo tempo

cada Município atribuiu a cada serviço que

de execução da mesma e também para po-

tem a competência de gestão das inspeções

tenciar a que as entidades de manutenção de

Mas quais são os Direitos das Autarquias no

e o tempo despendido na sua gestão e a efi-

ascensores e proprietários estejam cientes

âmbito de uma boa gestão das inspeções?

cácia de execução. Ora, o valor da taxa não

da responsabilidade de terem os ascensores

pode à partida estar associado ou significar

nas devidas condições para a inspeção.

Direito – cobrar taxas

um bom ou mau desempenho na execução

Todas e qualquer instituição pública ou pri-

e gestão das inspeções. Como é sabido há

Por seu lado, o valor da taxa de reinspeção

vada que realize inspeções tem o direito

Municípios com valores de taxas elevadas

deverá ser menor uma vez que o tempo de

60

elevare


Case study execução é manifestamente inferior face a

2.ª INTERPRETAÇÃO

Aplicação de Coimas

uma inspeção.

Outra alternativa encontrada por alguns

Apesar de estar consagrada a sua aplica-

Municípios é aplicar a taxa de selagem

ção nos vários diplomas sobre a matéria,

Taxa de selagem

somente aquando da desselagem do as-

a sua eficácia, nos dias que correm, não é

Esta taxa pode ter duas interpretações na

censor para efeitos de inspeção. Como é

totalmente certa em termos de retorno

sua aplicação por parte do Município e que

sabido, o processo de selagem efetiva de

financeiro. Se uma Administração de Con-

vai diferenciar toda a gestão na área das

um equipamento envolve custos para a

domínio não tem possibilidades financeiras

inspeções.

Autarquia que incluem o valor a ser pago

para proceder ao pedido de inspeção de

à Entidade Inspetora, bem como os proce-

um ascensor, terá capacidades financeiras

1.ª INTERPRETAÇÃO

dimentos internos com o envolvimento da

para efetuar pagamento de coimas de valo-

Em alguns Municípios esta taxa está con-

Fiscalização Municipal no local aquando da

res mais elevados? E durante o tempo em

sagrada na tabela de taxas e receitas mu-

selagem.

que o processo corre nos serviços jurídi-

nicipais, podendo ser cobrada. Nesta inter-

cos e tribunais, os ascensores ficariam em

pretação de aplicação da taxa de selagem,

Ao se aplicar, desta forma, a taxa de se-

está aberta a porta a que os proprietários

lagem, está a ser imputado os custos aos

dos ascensores possam "pagar” para que

proprietários, que por motivos alheios ao

Atualmente são poucos os Municípios que

os equipamentos sejam selados pelo Autar-

Município não solicitaram as devidas ins-

aplicam coimas, sendo cada vez mais utili-

quia. Mas levanto aqui algumas questões:

peções aos equipamentos havendo a ne-

zada a taxa de selagem a ser cobrada jun-

>>

E se em determinada altura todos os

cessidade de se proceder à selagem dos

tamente com a inspeção para os casos dos

proprietários

mesmos.

equipamentos se encontrarem selados.

tos mediante o pagamento da taxa de

Desta forma permite responsabilizar as

CONCLUSÃO

selagem?

próprias Administrações de Condomínios e

O papel das Autarquias no âmbito das ins-

Não estaria o Município a ir contra o

não está fechada a porta à Autarquia em

peções de ascensores é muito importante

Regime Geral das Edificações Urbanas

aplicar coimas se assim o entender.

e deve ser cada vez mais reconhecido. Há

resolvessem

proceder

funcionamento?

ao pedido de selagem dos equipamen-

>>

onde diz que os ascensores devem es-

Municípios que têm feito um trabalho ex-

tar em funcionamento uma vez que o

Esta alternativa tem sido cada vez mais

traordinário nesta matéria, consolidando

edifício foi aprovado nessas condições?

utilizada pelos Municípios que encontram,

o aspeto da segurança dos equipamentos

assim, uma forma fácil, direta de aplicar

mediante a tomada de medidas de fiscaliza-

Neste modelo de aplicação da taxa de se-

uma multa mais leve, demonstrando as-

ção e controlo, bem como têm consolidado

lagem não se torna coerente por parte do

sim o caráter penalizador para os proprie-

o aspeto ao nível da qualidade do serviço

Município aceitar um pedido de selagem e

tários dos equipamentos. Esta medida é

prestado aos Munícipes, adotando procedi-

posteriormente aplicar aos proprietários e

vista também como uma alternativa à apli-

mentos facilitadores para a eficácia de ges-

às EMIEs as coimas previstas ao abrigo do

cação de coimas mais pesadas e previstas

tão e de tempo.

Decreto-Lei 320/2002 pela não-realização

no Decreto-Lei 320/2002 e que se tornam

das inspeções e as suas manutenções.

por vezes difíceis em termos de aplicação.

Ao longo destes dois artigos abordei os Deveres e Direitos das Autarquias como parte integrante no processo das inspeções de ascensores, ao qual as restantes entidades envolvidas devem ter consciência do papel importante que as Autarquias têm para o controlo e para a fiscalização. É imperativo que a gestão e controlo deste setor continuem no âmbito das competências das Autarquias como entidades fiscalizadoras e concretizadoras das inspeções. É imperativo que haja mais partilha de experiências entre os vários Municípios em prol da segurança dos utentes dos equipamentos. É imperativo valorizar os Municípios que trabalham afincadamente sobre esta matéria sendo exemplos a adotar para outros Municípios "menos” qualificados.

elevare 61


Case study

ThyssenKrupp apela à otimização da sustentabilidade urbana ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

O grupo industrial ThyssenKrupp continua a apelar ao desenvolvimento

tar três mil milhões de árvores durante o mesmo período.

energético mais eficiente nos cenários urbanos, depois de apurar que nos

Schierenbeck acrescentou que “a produção

edifícios a poupança poderá ser

elétrica face ao diálogo sobre o consumo

otimizada atualmente para alcançar

não é recente, mas o rápido aumento da

resultados significativos em apenas

organização em todo o mundo continua a

15 anos. Os prédios de hoje são

acelerar neste preciso momento, o que re-

responsáveis por 40% do consumo de

quer medidas mais urgentes na criação de

eletricidade a nível global.

um ambiente energético mais eficiente. Em 2030, até 60% da população global viverá

"(...) a produção elétrica face ao diálogo sobre o consumo não é recente, mas o rápido aumento da organização em todo o mundo continua a acelerar neste preciso momento, o que requer medidas mais urgentes (...)"

Em Barcelona, na Smart City Expo 2015 –

em cidades e a energia consumida nestas

o maior Congresso Mundial sobre Cidades

áreas urbanas aumentará até um quarto.

Inteligentes, o CEO da ThyssenKrupp Ele-

Como resultado, os prédios com energia ine-

ência energética. Nas cidades, a tendência

vator AG, Andreas Schierenbeck, afirmou

ficiente não conseguirão responder à forte

dos edifícios vira-se para o diálogo sobre

que “os edifícios nas nossas cidades estão

exigência crescente, o que torna imperativas

como os permitir funcionar de forma mais

limitados a fracos padrões energéticos por

as decisões de desenvolvimento urbano to-

inteligente, minimizando o consumo e re-

serviços ineficientes com uma média de ciclo

madas hoje para que as cidades do futuro

duzindo a sua pegada. Com os prédios a

de vida de 15 anos. Instalações como eleva-

se foquem na sustentabilidade para as ge-

tornarem-se cada vez mais altos, os ele-

dores, aquecedores, ventilação e refrigera-

rações seguintes.”

vadores são das instalações integrais que

ção não estão a funcionar nos níveis mais

mais energias consomem nas cidades e,

eficientes, pelo que é de extrema importân-

Considerando a grande quota de energia

assim, uma área de reflexão quando se

cia que respondamos com celeridade a esta

utilizada (40%), os prédios são cada vez

procuram novas e melhores soluções de

questão e que atualizemos estas instala-

mais o tema central no debate sobre efici-

eficiência energética.

ções de forma mais engenhosa, de forma a otimizar os níveis energéticos até 2030.” Cada um dos edifícios comerciais construídos, atualmente requer uma média de 12 000 MWh de consumo elétrico durante os próximos 15 anos. Apenas nos Estados Unidos da América, anualmente mais de 150 000 prédios são construídos, o que resulta num consumo de eletricidade de 120 Twh por ano, o equivalente ao consumo anual nos Países Baixos. Reduzindo estes valores em 10% é agora possível poupar o equivalente a 180 TWh nos próximos 15 anos, nivelando a redução de emissões de carbono nas 180 milhões toneladas de CO2, o equivalente a reduzir o número de carros nas ruas a dois milhões por ano ou a plan-

62

elevare


Case study tes devem ser reparados ou substituídos ou quando são necessárias intervenções, evitando os sinais de “Fora de serviço” nas portas dos elevadores. Num prédio ligado com o MAX, as pessoas esperarão menos pelos elevadores, o que resulta numa diminuição do stress e de um maior tempo de qualidade. Schierenbeck concluiu que “a necessidade de uma urbanização sustentável é algo que já não podemos ignorar e, com um vasto leque de vantagens tangíveis, as soluções de eficiência energética dos elevadores tornam-se centrais na criação de cidades autenticamente sustentáveis no futuro. É agora que temos de integrar estes sistemas nos edifícios. O conhecimento e os produtos já existem; o desafio passa por acelerarmos o processo de integração à Andreas Schierenbeck referiu o sistema

solução vanguardista: o MAX é uma solu-

MULTI da ThyssenKrupp como uma das

ção de serviço revolucionária preditiva e

soluções que pode contribuir para cidades

preventiva que prolonga a capacidade de

Numa altura em que a Internet e as re-

tecnologicamente inovadoras. A 5 de no-

monitorização remota ao aumento drásti-

des sociais definem diálogos globais so-

vembro de 2015, apenas um ano depois de

co de níveis de disponibilidade dos elevado-

bre uma série de temas, a URBAN HUB da

anunciar o conceito da tecnologia do ele-

res existentes e futuros.

ThyssenKrupp foi desenhada como uma

vador MULTI, a empresa apresentou um

atualização.”

revista digital internacional com conteú-

modelo à escala 1:3 em Gijón, Espanha. O

Com o MAX, a informação é recolhida em

dos completos, promovendo discussões

sistema MULTI utiliza motores lineares em

tempo real em milhões de elevadores

interativas sobre a urbanização e sobre

substituição de cabos, permitindo também

ThyssenKrupp conetados e enviada para a

o que significa para todos os envolvidos

a deslocação horizontal e transformando

plataforma confiável nuvem Azure, onde

quando se dá forma às nossas cidades.

a transportação convencional de elevador

um algoritmo calcula o tempo de vida dos

Abordando temas como cidades inteli-

em sistemas de metro vertical. A tecnolo-

sistemas-chave e componentes em cada ele-

gentes e inovação na mobilidade urbana

gia do elevador MULTI aumenta a capaci-

vador. Agora, as equipas da ThyssenKrupp

eficiente, a URBAN HUB inclui vídeos, foto-

dade de transporte e a eficiência enquanto

podem confiar no MAX como o seu braço

grafias, ilustrações e conteúdos de tercei-

reduz a pegada energética e picos de con-

direito, tornando possível informar atem-

ros em inglês, alemão, espanhol, francês

sumo nos edifícios.

padamente os proprietários dos edifícios

e português. Trabalha-se presentemente

quando os sistemas-chave ou componen-

numa tradução para Mandarim.

O sistema ACCEL facilita a movimentação de passageiros para as estações de metro, tornando-as mais acessíveis mesmo para aqueles que normalmente não utilizam o metro devido à distância do seu ponto de partida. A capacidade do sistema de metro pode agora ser maximizada com novos pontos de acesso e, aumentando a ligação entre as atuais linhas de metropolitano, este novo sistema de transporte poderá transportar mais 30% de passageiros adicionais. O ACCEL funciona como uma alternativa a novas e dispendiosas estações ou ligações subterrâneas complexas, com resultados que se traduzem numa redução significativa do número de automóveis na estrada. Para além destes produtos inovadores, a ThyssenKrupp lançou recentemente uma

elevare 63


Ascensores com história

Ascensor da Ribeira do Porto António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)

O Ascensor da Ribeira do Porto, também

seja de 1974 a 1999. Este programa desig-

tónio Moura, Paula Silva, Manuel Furtado

usualmente designado por “Elevador da

nado por CRUARB (Comissariado para a

Mendonça, Alberto Marcos, entre outros.

Lada”, marca indelevelmente a paisagem da

Renovação Urbana da Área Ribeira Barre-

Ribeira.

do), destinou-se a recuperar a degradada

Hoje pode considerar-se a recuperação do

zona do Barredo, da cidade do Porto. Já

Barredo um exemplo notável de interven-

A sua inauguração aconteceu no dia 13 de

nos anos sessenta o plano Diretor de Ro-

ção urbanística, dando lugar a uma zona

abril de 1994, com a presença do então Pre-

bert Auzelle previa a completa demolição

turística por excelência com habitação

sidente da Republica, Dr. Mário Soares, do

do Barredo para nela serem implantadas

social, esplanadas, restaurantes típicos,

Presidente da Câmara Municipal do Porto,

áreas verdes, modernos edifícios de habi-

hotéis, miradouros, tudo enquadrado por

Dr. Fernando Gomes, do Vereador do Urba-

tação e parques para automóveis, obrigan-

uma magnífica paisagem em frente ao rio

nismo, Arq. Gomes Fernandes e de outras

do os seus humildes e pobres habitantes

Douro e muito visível de Vila Nova de Gaia.

altas individualidades, numa festiva cerimó-

a serem deslocados para outras zonas da

Registe-se que a Classificação pela UNES-

nia, incluída na Presidência Aberta, dedica-

cidade.

CO, em 1996, do Centro Histórico do Porto, como Património Mundial da Humanidade

da ao Ambiente. Nessa ocasião, o Dr. Mário Soares foi a primeira pessoa a entrar no

O plano inicial do CRUARB foi baseado num

não teria sido possível sem o trabalho de

Elevador da Lada e depois subiu intrepida-

estudo prévio do Arq. Fernando Távora. A

recuperação urbana da Ribeira, realizada

mente até ao varandim da casa da máquina.

sua concretização foi da responsabilidade

pelo programa CRUARB.

Projetado pelo Arq. António Moura, a cons-

de vários arquitetos, um dos quais o pri-

trução do Elevador da Lada inseriu-se no

meiro Comissário, o Arq. Jorge Gigante. No

Com a construção do “Elevador da Lada”

plano de reabilitação do Barredo, que se

CRUARB colaboraram outros prestigiados

pretendeu-se facilitar o acesso à zona

desenrolou durante cerca de 25 anos, ou

Arquitetos, entre os quais salientamos An-

central do Barredo, utilizando meios mecânicos. A solução escolhida foi um elevador vertical panorâmico, funcionando no interior de uma torre metálica reticulada aberta, com 33,9 metros de altura, seguida de um passadiço metálico aberto com piso de madeira e cobertura metálica, com 20 metros de comprimento. A entrada faz-se pela Rua dos Arcos da Ribeira, n.° 66, junto às “Alminhas da Ponte”. Importa destacar que a torre está embutida num prédio de habitação social, ao longo de 14 metros. Assim, a primeira parte da viagem faz-se no escuro e subitamente entra a luz pela cabina totalmente envidraçada com uma vista soberba sobre a ponte Luís I, o Mosteiro da Serra do Pilar e a ribeira de Vila Nova de Gaia. Também o seu passadiço é um local privilegiado para se avistar uma grandiosa e pitoresca paisagem sobre a Ribeira e o rio Douro, muito apreciada pelos

Corte longitudinal do ascensor da Ribeira, gentileza do Arq. António Moura.

64

elevare

turistas. A casa da máquina situa-se na par-


Ascensores com história

te superior da torre, com acesso por uma ín-

O “Elevador da Lada” dá acesso a vários

greme escada exterior, sendo dotada de um

equipamentos urbanos, tais como a um

varandim. Uma das particularidades deste

centro de apoio do RSI (Rendimento Social

>>

Diâmetro da roda de cabos: 900 mm

elevador é o facto do contrapeso ter uma

de Inserção), ao Centro Social do Barredo e

>>

Tipo de acionamento: variação de velo-

suspensão diferencial, ou seja com apenas

à sede da Associação Nacional de Treinado-

metade do curso. Deste modo, este compo-

res de Futebol.

nente não é visível do exterior, dado que se movimenta na parte embutida do elevador.

cidade por variação de frequência >>

Cabos de suspensão: 6 x Ø15 mm

>>

Suspensão diferencial do contrapeso: suspensão 2:1 (curso na metade inferior da caixa)

das 8 às 20 horas. Lamentavelmente está encerrado aos sábados e domingos.

contrariamente a outros casos idênticos, tais como o Elevador do Mercado de Coim-

CARATERÍSTICAS TÉCNICAS MAIS

bra e o Elevador de Santa Justa, em Lisboa,

IMPORTANTES DO ELEVADOR DA LADA:

que funcionam no interior de torres fecha-

>>

das, o “Elevador da Lada” funciona numa tor-

Dono da Obra: Câmara Municipal do Porto

>>

Inauguração: 13 de abril de 1994

>>

Fabricante: Efacec Elevadores, S.A.

>>

Remodelado em 2004 pela empresa

al, menor exposição ao vento e uma similitude com a estrutura da ponte Luís I.

relação de 42,5:1

elevador aberto de segunda a sexta-feira, plexas e custosas soluções técnicas, pois

As vantagens são um menor impacto visu-

Máquina redutora: tipo Planetária com

Atualmente a viagem é gratuita, estando o

Esta solução arquitetónica obrigou a com-

re aberta.

>>

>>

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: --

O Comércio do Porto, 14 de abril de 1994;

--

Arquiteturas de Reabilitação, “O TRIPEIRO”, n.° 12 jan./fev. 95;

--

CRUARB 25 anos de Reabilitação Urbana, C. M. do Porto, 2000.

Schindler Ascensores, S.A.

O autor agradece ao Arq. António Mou-

Atual empresa responsável pela manu-

ra o seu inestimável apoio na redação

tenção: Schmitt - Elevadores, Lda.

deste texto e também às seguintes en-

As desvantagens são uma grande exposi-

>>

Curso: 26,8 metros, 2 pisos

tidades

ção às intempéries, que obrigaram a com-

>>

Cabina: capacidade de 1600 kg/21 pes-

>>

plexas soluções técnicas e cuidados na conservação, que mesmo assim não evitam

portas automáticas telescópicas, com

alguma degradação dos equipamentos. O

uma abertura de 1100 mm e protegida

que determinou que esta instalação sofres-

Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner - V. N. de Gaia

soas, com 2 acessos a 180º, dotada de >>

Schmitt- Elevadores, Lda.

contra as intempéries

se já várias importantes obras de conserva-

>>

Velocidade: 1 m/s

ção, chegando mesmo a estar imobilizada

>>

Tempo de viagem: 35 segundos

Nota: fotos do autor e esquema gentilmente

de 2008 e 2010.

>>

Potência do motor: 14 kW, 920 rpm

cedido pelo Arq. António Moura.

elevare 65


Figuras

Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques D. Ilda Amante

Jesuvino da Conceição Marques Amante

Correios de Portugal, facto desconhecido

nasceu em Mouriscas, Abrantes, a 08 de

da maioria das pessoas. Entrou no “mundo”

dezembro de 1938.

dos elevadores pela mão do Sr. Fernando Oliveira, que lhe deu a conhecer a área que

Contou no seu currículo profissional car-

seria a sua aptidão e paixão durante toda

gos como:

a vida.

>>

Oficial Eletricista e Chefe de Reparações na Fortis;

>>

Diretor da Fortis, na Manutenção, Reparações e Montagens. Foi responsável pela abertura de inúmeras delegações a nível nacional tal como no Arquipélago da Madeira, dos Açores, na cidade do Porto, entre outras;

>>

Sócio Fundador da empresa Tecnieleva;

Homem dedicado à família, deixou a espo-

>>

Sócio Fundador da empresa Abrantes;

sa Ilda Amante, sua fiel companheira de

>>

Sócio Fundador da empresa Eleva-

vida, casados há 58 anos, e o filho, Manuel

brantes;

Amante.

>>

Sócio Fundador da empresa Tecniabrantes, empresa na qual desempe-

Teve no seu passado uma força irevogável

nhou as suas funções até ao último dia,

de vontade e caráter, nunca renegando as

já com enorme sacrifício pessoal, mas

suas origens.

tendo sempre em mente os colaboradores que consigo trabalhavam.

Ilda Amante é a atual sócio-gerente da empresa Tecniabrantes. Manuel Amante

Dado curioso passa pelo início da sua car-

e Paulo Sousa são os restantes sócios da

reira profissional como funcionário dos

empresa.

66

elevare

"Entrou no 'mundo' dos elevadores pela mão do Sr. Fernando Oliveira, que lhe deu a conhecer a área que seria a sua aptidão e paixão durante toda a vida."


PUB


Bibliografia

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Conteúdo: O principal objetivo desta obra é o de apresentar os princípios fundamentais para a compreensão do dimensionamento da resistência mecânica,estabilidade e rigidez de peças ou componentes de uma determinada estrutura ou equipamento. Para tal contém informação teórica detalhada sobre as distintas principais fases de cálculo,complementada com um conjunto alargado de exemplos práticos resolvidos em detalhe (mais de 250 exemplos), aos quais se somam mais de 250 problemas propostos 55,00 € Autor: Paulo J. F. Gomes ISBN: 9789899869707 Editora: Edição de Autor Número de Páginas: 545 Edição: 2015 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

e respetivas soluções. Índice: Equilíbrio Estático - Diagrama do Corpo Livre. Esforços Internos. Tensões - Cargas Axiais. Deformações. Torção. Flexão. Flexão - Tensões de Corte em Vigas. Tensões Compostas. Combinação entre Tensões Normais e de Corte. Encurvadura. Critérios de Resistência. Deformação de Vigas. Anexos.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS BÁSICAS Conteúdo: A segurança eletrónica é uma das áreas do vasto mundo da segurança que tem vindo a ganhar cada vez mais importância e que se ocupa da proteção e diminuição dos riscos nas áreas da segurança contra incêndios em edifícios, anti-intrusão e roubo, controlo de acessos e vídeovigilância. A sua contribuição para a diminuição do risco é feita, em grande parte, 24 horas por dia, todos os dias por ano, através de equipamentos eletrónicos. 24,00 € Autor: Carlos Aníbal Xavier Nobre ISBN: 9789899651418 Editora: APSEI Número de Páginas: 336 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

Este manual tem como objetivo explicar o funcionamento e os limites de aplicabilidade destes sistemas de segurança e, desta forma, contribuir para a formação dos atuais e futuros profissionais desta área, bem como de todos os interessados pela proteção de pessoas e bens. Índice: Sistemas Automáticos de Deteção de Incêndio. Sistemas Automáticos de Deteção de Gases. Sistemas de Alarme de Intrusão. Sistemas de Controlo de Acessos. Sistemas de Videovigilância.

QUALIDADE NA ENERGIA ELÉTRICA – 2.ª EDIÇÃO Conteúdo: Em Qualidade na Energia Elétrica, o autor, Ricardo Aldabó Lopez, parte do princípio que qualquer problema de energia manifestado por desvios de tensão, corrente ou frequência, que resulte em falhas ou na operação incorreta de equipamentos, pode afetar a qualidade da energia elétrica. As consequências que daí derivam são as mais variadas e bem conhecidas de todos, indo de perdas de dados, desligamentos indevidos de computadores, falhas em processos automatizados, interferência em rádios e 25,71 € Autor: Ricardo Aldabó Lopez ISBN: 9788588098770 Editora: ARTLIBER Número de Páginas: 527 Edição: 2013 (Obra em Português do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

68

elevare

sistemas de imagem, até lâmpadas com luminosidade oscilante. A apresentação destes problemas, as suas causas e efeitos para o utilizador estão entre os temas abordados neste livro, além das soluções para o restabelecimento da qualidade da energia elétrica. Esta obra destina-se a estudantes dos níveis médio e superior e profissionais das áreas de tecnologia e energia elétrica, que têm nesta obra uma ferramenta de auxílio para a identificação, compreensão e solução destes problemas. Índice: Sistemas de energia elétrica. Distúrbios na energia elétrica. Efeitos dos distúrbios de energia. Soluções para os distúrbios de energia. Diagnóstico dos distúrbios de energia. Tópicos de eletrônica de potência. Controle de motor industrial. Sistemas de armazenamento de energia. Ruído em sinais analógicos. Ruído em sinais digitais. Conceitos e procedimentos..


Bibliografia

CINEMÁTICA E DINÂMICA DE ENGRENAGENS – TEORIA E EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO Conteúdo: O principal objetivo desta obra é o de apresentar os princípios fundamentais para o estudo cinemático e dinâmico de engrenagens. Os temas abordados, neste livro, estão divididos em 6 capítulos. Numa primeira fase, expõem-se os conceitos básicos e gerais sobre engrenagens, onde se apresentam os tipos de engrenagens, as suas aplicações, a geração dos perfis dos dentes, o princípio fundamental do engrenamento, entre outros. Posteriormente, são analisados os principais tipos de engrenagens, 21,90 € Autor: João Flores, José Gomes ISBN: 9789897231360 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 256 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

que vão desde as engrenagens mais simples, até às mais complexas e onde se discutem os principais parâmetros de desempenho como a continuidade do engrenamento, o rendimento, a problemática das interferências, entre outros. Finalmente, é apresentada a análise dinâmica de engrenagens, vulgo análise de forças, que visa o cálculo dos dentes, o dimensionamento dos veios, bem como a seleção dos apoios para veios. Para além dos aspetos mais teóricos, este livro contém ainda um vasto leque de exercícios de aplicação resolvidos, assim como um conjunto de exercícios de revisão de conhecimentos. Trata-se, pois, de um texto de apoio a professores e estudantes do ensino superior, que poderá ser também útil para aqueles que se interessam pelas temáticas relacionadas com as engrenagens. Índice: Aspetos Gerais sobre Engrenagens. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Inclinados. Engrenagens Cónicas. Engrenagens de Parafuso Sem-Fim. Dinâmica de Engrenagens.

MANUAL DE MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS – GUIA PRÁTICO – 2.ª EDIÇÃO Conteúdo: A manutenção de edifícios é uma atividade complexa que tem ganho cada vez mais importância nos dias que correm. O constante aumento do custo da eletricidade, assim como das matériasprimas em geral, torna fundamental aplicarem-se metodologias corretas e adequadas na manutenção de edifícios para otimizar o rendimento do funcionamento do imóvel. A complexidade dos conhecimentos necessários para uma correta manutenção dos edifícios vai desde 29,00 € Autor: António Barbedo de Magalhães, Abel Dias dos Santos, João Falcão Cunha ISBN: 9789897231049 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 630 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

conhecer os materiais básicos até ao conhecimento geral das diversas especialidades existentes nas instalações. Esta ação passa por conhecer os parafusos básicos até às regras de jardinagem ou funcionamento de máquinas de frio. As exigências operacionais das instalações de dimensão considerável assim como o conhecimento técnico do edifício e do equipamento existente, exige a concretização de uma manutenção adequada e sóbria. Pela utilização dos edifícios assim como o tempo, surgem diversas variáveis que causam degradação e danos quase irreversíveis nos imóveis, pelo que a (adequada) manutenção de edifícios deve ser uma preocupação constante dos responsáveis de manutenção. Só através de um conhecimento profundo do edifício, poderá adaptar técnicas e estratégias eficazes para garantir um prolongamento eficaz da vida útil das instalações. Os principais fundamentos a ter em conta na manutenção de edifícios são a Gestão Técnica Centralizada e a gestão orçamental. Um edifício deve ser seguro e manter um bom estado para evitar riscos desnecessários. A boa manutenção de edifícios prevê e elimina perigos e consequentemente aumenta a sua segurança. Índice: Prefácio. Nota do Autor. Gestão da Manutenção em Edifícios. Manutenção Preditiva. Tratamento de Águas. Separadores de Ar e Partículas. Chillers. Torres de Arrefecimento. Unidades de Tratamento de Ar (UTA). Postos de Transformação. Transformadores de Isolamento. Geradores. Iluminação. Instalação e Manutenção de Bombas e Sistemas de Bombeamento. Central de Bombagem para Serviços de Incêndio. ATEX - Atmosferas Explosivas. Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes. Inspeção à Rede de Gás, Avaliação Acústica e Licenciamento de Equipamentos sob Pressão. Extintores. Registos de Segurança. Manutenção de Espaços Verdes. Índice de Figuras. Índice de Tabelas. Bibliografia.

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PARAMETR ZAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 05 a 9 CENF M ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 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e eva e


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Consultório técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

É obrigatório os novos elevadores terem

Quais os requisitos a que deve obedecer

telefone?

este dispositivo de pedido de socorro?

Sim, mas somente a partir do dia 1 de julho

O Ponto 14.2.3 da Norma NP EN 81-1 (2000)

de 1999. O Decreto-Lei n.° 295/1998, de 22

diz que (14.2.3.1) “a fim de poderem obter

de setembro, que transpôs para o direito

uma ajuda exterior, os passageiros devem

interno a Diretiva n.° 95/16/CE, de 29 de ju-

ter, à sua disposição na cabina um dispo-

nho, diz no seu Anexo I, Ponto 5.5, que "as

sitivo facilmente identificável e acessível

cabinas devem ser equipadas com meios

permitindo chamar por socorro. Aquele dis-

de comunicação bidirecionais que permitam

positivo (14.2.3.3) deve permitir a comunica-

obter uma ligação permanente com um ser-

ção vocal nos dois sentidos possibilitando

viço de intervenção rápida".

um contacto permanente com um serviço de socorro. Após a ativação do sistema de

No entanto existem os ofícios circulares da

comunicação não deve ser necessária mais

Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG)

nenhuma ação pelo utente encarcerado na

de 14/01/1999 e 26/01/1999, que clarificam

cabina.”

o Artigo 16.° do Decreto-Lei n.° 295/98 de

©kochelevator.com

Poderei colocar telefone em elevadores

22 de setembro, estabelecendo as con-

O sistema de comunicação bidirecional entre

instalados antes de 1 de julho de 1999?

dições exigidas para que o instalador pu-

a cabina e o exterior tem obrigatoriamente

Sim, através de obras de melhoramento. O

desse optar pelo anterior quadro legal de

de ser através de uma linha telefónica fixa?

Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de dezem-

licenciamento, (sem a obrigatoriedade da

Não necessariamente. Também pode ser

bro, prevê a instalação de um sistema de

comunicação bidirecional) nomeadamente

usado a linha móvel, o sistema GSM. Im-

comunicação bidirecional nos ascensores

em situações em que o contrato de forne-

portante é que, em ambos os casos, a co-

em obras de beneficiação - Anexo III, B).

cimento entre o instalador e o proprietário

municação bidirecional se possa estabele-

tivesse sido estabelecido até 1 de março de

cer sem uma alimentação elétrica.

1999 e com licença de construção do edifício anterior a 1 de janeiro de 1999.

A comunicação bidirecional está restringida à cabina do ascensor?

É obrigatório que o sistema de comunicação

Não. Deverá existir igualmente na cober-

bidirecional entre a cabina e o exterior

tura da cabina e no poço, locais onde há

permita a este saber a origem e localização

perigo de encarceramento. Neste caso o

da chamada?

objetivo não é a segurança dos passagei-

Ainda não, embora seja uma mais-valia

ros mas dos técnicos de manutenção de

pois o passageiro dentro da cabina pode

elevadores.

não saber a sua localização. [...] que obriga a que do exterior se saiba a origem e loca-

O Ponto 5.10 da Norma NP EN 81-1 (2000)

lização da chamada.

diz o seguinte: “Se existe perigo de encarceramento de pessoas trabalhando no inte-

©elevatorcommunity.wikia.com

72

elevare

Quando poderá ser testada essa comunicação

rior da caixa, sem estar prevista saída atra-

bidirecional?

vés da cabina ou pela caixa deve instalar-se

Deverá ser testada nas inspeções periódi-

um sistema de alarme nos locais onde esse

cas dos elevadores, regidas pelo Decreto-

risco existe. Este sistema de alarme deve

-Lei n.° 320/2002 de 28 de dezembro. O já

obedecer às prescrições de 14.2.3.3", que

referido Despacho n.° 10500/2004 (2.a Sé-

passam por “permitir a comunicação vocal

rie) de 12 de maio da Direção de Energia e

nos dois sentidos possibilitando um contac-

Geologia prevê o cumprimento da Norma

to permanente com um serviço de socorro.

EN 81­­­-28 de 2003, a qual obriga, entre ou-

Após a ativação do sistema de comunica-

tras coisas, que as comunicações bidirecio-

ção, não deve ser necessária mais nenhu-

nais sejam testadas de 72 em 72 horas.

ma ação pelo utente encarcerado..."


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