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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
Número 6 . 1.o Trimestres de 2016 . www.elevare.pt
Qualidade
-- Os resíduos: a abrangência do problema -- Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015
Normalização Normalização
DOSSIER
MANUTENÇÃO EM ELEVADORES
Ascensores com história Ascensor da Ribeira do Porto
Figuras
Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques
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Ficha técnica
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
DIRETOR Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt
COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, Carlos Alberto Alves, Rui Flores, José Pirralha, Joaquim Ângelo, Fernando Jorge Almeida, Paulo Cabral, Leitão, Ricardo Vieira, Miguel Tato, Bernardo Marques, Pedro Vieira, Pedro Paulino, António Vasconcelos, Ilda Amante, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino
COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt
DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt
CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964
4
Editorial
6
Qualidade, segurança e ambiente [6] Os resíduos: a abrangência do problema [10] Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015
12 14
Normalização Normalização
16
Coluna da AIECE
Posição da AIECE face à Diretiva 95/16/CE
18 Notícias e Produtos 27
Dossier sobre Manutenção em Elevadores [28] Manutenção em elevadores [31] A qualidade dos fluidos hidráulicos e os custos de produção [34] Calibração dos equipamentos: custo ou benefício para a empresa? [38] Ascensores: um mercado em evolução permanente [40] Manutenção: distinção pela qualidade do serviço
[42] Manutenção inteligente de elevadores
44 Entrevista
h.paulino@elevare.pt
DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira a.pereira@cie-comunicacao.pt
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt
Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE e a rastreabilidade dos componentes de segurança
Fernando Cruz, Presidente da APEGAC: “assegurar a qualificação profissional do setor”
46 Informação técnico-comercial [46] ECOLIFT: sistemas de recuperação de energia para elevadores [48] ThyssenKrupp lança MAX: maximização da eficiência urbana com a tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure
[50] OPTIDRIVE™ ELEVATOR: controlo eficiente e preciso
52 Publireportagem O modelo [SOS]Com de 72horas converte Portugal numa referência em segurança para as equipas de manutenção 54
Case study [54] Eficiência energética em óleos de engrenagens e hidráulicos
[60] Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções - 2.ª Parte [62] ThyssenKrupp apela à otimização da sustentabilidade urbana
64 Ascensores com história
Ascensor da Ribeira do Porto
66 Figuras Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng.° António Vasconcelos
Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques
68 Bibliografia 70
Calendário de eventos
72 Consultório técnico
elevare
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Editorial
Este ano de 2016 perspetiva-se como um ano de grande atividade no setor, quer a nível interno quer a nível externo. A nível interno, os trabalhos associados à eventual (na altura da escrita deste texto ainda não há qualquer decisão) revisão da Circular n.° 1 da DGEG poderá dar abertura para a re-
Fernando Maurício Dias
solução de um problema que tem vindo a afetar, em primeira linha, os proprietários e, por
Diretor
afinidade, as EMIEs. Este assunto tem-se arrastado há anos perante a indiferença das mais diversas entidades com responsabilidades neste setor, mas mais vale tarde do que nunca. Outro aspeto relevante, e aparentemente um pouco esquecido, é a entrada em vigor da legislação do Sistema de Certificação Energética de Edifícios, representada pelo Decreto-Lei 118/2013, de 20 de agosto, da publicação da Portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro, e também com a publicação do Despacho 8892/2015 de 11 de agosto, pelo Diretor-Geral de Energia e Geologia. Está assim estabelecida a base para o lançamento da etiquetagem energética para os Ascensores, Escadas Mecânica e Tapetes Rolantes. A Portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro, impõe que os elevadores a instalar em edifícios de comércio e serviços devem obedecer aos requisitos mínimos de eficiência e, acresce, os elevadores a instalar devem cumprir com os seguintes requisitos: a) Controlo de iluminação da cabine; b) Sleep mode para todos os elevadores instalados a partir de 31 de dezembro de 2015; c) Regeneração de energia para todos os elevadores instalados a partir de 31 de dezembro de 2018. Face a estas alterações é muito importante a maior atenção por parte dos instaladores. Também, e já largamente divulgado quer nas Jornadas Técnicas de Elevadores quer na nossa revista, neste ano vamos ter as novas Normas EN 81-20 e a EN 81-50 que num futuro breve irão substituir as conhecidas EN 81-1/2. Outra mudança de peso é a entrada em vigor da nova Diretiva Ascensores (2014/33/UE). No entanto, a entrada em vigor da nova Diretiva Ascensores só se fará com a sua transposição para o direito nacional, é verdade que até à data ainda não há notícias, pese embora o estado português esteja obrigado a fazer a transposição até 20 de abril de 2016, se o não fizer os operadores económicos e demais agentes não estão obrigados a cumprir a Diretiva. Por último, e porque os parágrafos anteriores levantam muitas questões, estão a ser preparadas as IV Jornadas Técnicas de Elevadores, a ter lugar no dia 5 de julho de 2016 no auditório Magno do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, onde estes temas serão abordados com o intuito de promover o debate e os necessários esclarecimentos. Estas Jornadas irão desenvolver-se nos mesmos moldes das anteriores prevendo-se a habitual presença de todas as entidades e interessados neste setor. Iremos dar notícias mais concretas sobre este evento no website da revista “elevare” e através de outros meios.
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elevare
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Qualidade, segurança e ambiente
Os resíduos: a abrangência do problema Carlos Alberto Alves Responsável pela Inovação, Design e Desenvolvimento Extruplás
OS RESÍDUOS
A Gestão de Resíduos Perigosos tem sido
ência e dos erros entretanto cometidos ao
A derradeira meta do desenvolvimento
também considerada como uma prioridade
longo dos últimos anos a tratar este tema.
sustentável é assegurar uma melhor qua-
em muitos países em desenvolvimento que
lidade de vida, quer para a geração atual
estão, neste momento, a desenvolver siste-
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
como para as gerações futuras, através de
mas de controlo ambiental.
Todos os países geram Resíduos Perigosos.
um crescimento económico responsável,
Nas economias em vias de desenvolvimen-
progresso social equitativo e uma efetiva
Aqui expõem-se as razões e os objetivos
to mais pequenas e menos industriais, estes
proteção ambiental.
deste artigo e a sua necessidade resulta do
provêm frequentemente da importação de
contexto histórico da Gestão internacional
substâncias químicas perigosas e, de outros
dos chamados Resíduos Perigosos.
produtos de países mais desenvolvidos.
Depois da recente Conferência de Paris, a
Desta forma, pretende-se ressaltar a im-
Alguns exemplos de Resíduos Perigosos
COP 21, onde felizmente se chegou a acor-
portância de levar a cabo um Programa de
incluem as soluções oleosas; pesticidas
do para a limitação da emissão de gases
Gestão de Resíduos Perigosos e, sobretudo,
redundantes da agricultura; resíduos quí-
com efeito de estufa, convém referir que o
trata-se de abordar o assunto de uma for-
micos do comércio; os ácidos e chumbo
problema ambiental não se confina a este
ma realista, passo a passo.
da reciclagem de baterias; ácidos, bases e
Estas são as 3 dimensões que compõem ou constituem uma sociedade sustentável.
problema.
soluções orgânicas da limpeza industrial. Simultaneamente expõem-se os principais
Outros resíduos também omnipresentes,
Uma abordagem fragmentada da sustenta-
assuntos a tratar e a forma de os abordar,
incluem os resíduos domésticos e uma va-
bilidade só contribuirá para enfraquecer o
para melhorar a gestão desses resíduos e,
riedade de resíduos em menor escala ou,
debate ao invés de contribuir para a resolu-
apresentam-se alguns conhecimentos que
provenientes de muitas pequenas indús-
ção do problema.
foram sendo adquiridos através da experi-
trias denominadas “indústrias familiares”, como oficinas metalomecânicas e de repa-
©publico.pt
ração automóvel, por exemplo. Os países desenvolvidos estabeleceram, nos últimos anos, Sistemas de Gestão de Resíduos Perigosos, os quais, se bem que não sejam infalíveis ou perfeitos, em geral tratam e eliminam os resíduos de maneira ecológica. Adotaram-se medidas de minimização nos países desenvolvidos, mas as economias em vias de desenvolvimento podem e estão a aprender com os erros e a pôr em prática programas de minimização de resíduos de forma muito mais rápida. Existe um número de países, como a Rússia, China e Índia, que têm uma base industrial
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elevare
PUB
estabelecida, mas que ainda não desenvolveram os seus Sistemas de Gestão de Resíduos Perigosos ao mesmo nível. Os países recentemente industrializados, que no passado só tinham que tratar quantidades relativamente pequenas de resíduos, agora devem fazer frente à necessidade de tratar quantidades maiores de diversos resíduos, em parte porque geralmente albergam indústrias que geram Resíduos Perigosos intensamente, como as refinarias de petróleo, produtos petroquímicos, fabricação de produtos farmacêuticos e de metais. ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS Muitos países desenvolvidos aprenderam, por experiência própria, os problemas que gera a largo prazo uma eliminação incontrolada de resíduos perigosos. Na União Europeia os recursos empregues para limpar a contaminação por Resíduos Perigosos do passado excedem aqueles que são necessários para a Gestão dos Resíduos que atualmente estão a ser gerados. Uma ação antecipada para desenvolver um programa de Gestão de Resíduos Perigosos poupará meios financeiros a longo prazo considerando que impede que surjam problemas. TECNOLOGIAS DE TRANSIÇÃO A Gestão de Resíduos Perigosos em economias em vias de desenvolvimento é um desafio global. A tarefa de afrontar o processo de criação de sistemas de controlo e tecnologias para os seus próprios Resíduos Perigosos é, quiçá, ainda mais desmotivadora do que a que é enfrentada pela Europa e a América do Norte, desde há 20 anos. Amiúde o ponto de partida é a descarga totalmente incontrolado de resíduos no solo, ar ou água. O desafio reside em passar de uma situação de “controlo zero” a uma “situação controlada” e o primeiro passo para a realização deste objetivo é através das denominadas tecnologias “de transição”. No entanto, além de sofrerem de uma carência de recursos, as economias em vias de desenvolvimento confrontam-se ainda com o facto de que muitas das tecnologias de transição que foram usadas pelos países desenvolvidos durante os últimos 20 anos não se encontram disponíveis atualmente ao terem sido proibidas pela comunidade internacional. Estas proibições trazem consigo a obrigação do mundo desenvolvido de proporcionar ajuda técnica aos países em vias de desenvolvimento com o fim de guiá-los para identificar e implementar práticas ecológicas de Gestão de Resíduos. PROGRAMAS DE GESTÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS As economias em vias de desenvolvimento têm que começar quanto antes a desenvolver programas de Gestão de Resíduos Perigosos, que devem ser integrados juntamente com outros programas de proteção do meio ambiente.
Qualidade, segurança e ambiente Quando o mundo desenvolvido começou a
indústria de processamento de metais, de
dados obtidos deve ser objeto de muito cui-
forjar e a implementar a Gestão de Resíduos
produção de fertilizantes, de processamen-
dado, por essa razão.
Perigosos, o enfoque era considerado como
to e tratamento de couro e tingimento de
“questão técnica”. Hoje em dia, o enfoque é
têxteis, estão hoje a deslocalizar-se para os
Devido ao facto das variações dos relatórios
mais amplo e inclui medidas sociais e eco-
países menos desenvolvidos, onde o contro-
nacionais, que relatam estes números, não
nómicas como o emprego de instrumentos
lo da poluição é menos exigente e os custos
serem coerentes, deve existir cuidado quan-
fiscais para incentivar o design, a Produção
do trabalho (mão-de-obra) são mais baixos.
do estivermos a comparar países.
resíduos e programas de educação e infor-
Por outro lado, os países industrializados es-
Países como a Estónia, por exemplo, apre-
mação ambiental.
tão entretanto a tornar-se importantes cen-
sentam o mais elevado nível de geração de
tros de produção de óleos refinados, produ-
Resíduos Perigosos, usando o indicador per
Todos os países geram Resíduos Perigosos.
tos químicos finos, produtos farmacêuticos
capita.
As quantidades geradas e os seus impactos
e equipamentos elétricos e eletrónicos.
mais limpa, as iniciativas de minimização de
dependem de muitos fatores, incluindo o ní-
As fontes geradoras de Resíduos Perigosos
vel de desenvolvimento industrial, a forma
Tentar estabelecer qual a quantidade de Re-
não industriais podem ser encontradas em
como são geridos esses resíduos, a postura
síduos Perigosos que é gerada, e a escala
todos os países, apesar de em alguns países
das autoridades relacionadas com o ambien-
do problema é muito difícil e, no passado
as quantidades poderem ser suficientemen-
te e a sua relação com os media.
recente tem havido muito poucos dados
te pequenas para serem consideradas insig-
disponíveis, que permitam fazê-lo de forma
nificantes e frequentemente são, por essa
inequívoca.
razão, simplesmente descartadas com os
Os pequenos países, por exemplo, as ilhas têm muitas vezes sistemas ambientais mui-
resíduos domésticos.
to frágeis que são facilmente afetados, até
A obtenção de alguns desses dados, a nível
mesmo por quantidades muito pequenas de
global é garantida, por exemplo, pelo Global
As pequenas quantidades geradas têm nor-
resíduos mal manuseados.
Waste Survey (GWS).
malmente o inconveniente de serem disper-
Até há bem pouco tempo, as principais fon-
Hoje em dia existem em marcha várias ini-
tes geradoras de Resíduos Perigosos, nos
ciativas para a recolha de dados (por exem-
países menos industrializados, eram prati-
plo a Convenção de Basileia, o ISWA Natio-
A RESPOSTA SOCIAL
camente resíduos como os oriundos de óle-
nal, e outras fontes de informação) e, por
Uma sociedade sustentável, no entanto, não
os usados.
essa razão, existe um melhor entendimen-
pode lograr atingir este desiderato sem o
to sobre a geração destes resíduos e, so-
envolvimento das organizações e das pesso-
No entanto hoje, a origem dos resíduos
bre quais as indústrias que os geram, bem
as, uma vez que estas devem fazer parte do
considerados perigosos, em muitos desses
como quais os métodos alternativos para
projeto de sustentabilidade.
países está nos produtos químicos que são
lidar com estes.
sas provocando, por isso, baixos níveis de
importados.
contaminação.
Os governos nacionais e as diversas instituiNo entanto, é importante notar que as de-
ções começaram já a integrar o desenvolvi-
As indústrias primárias, particularmente
finições de resíduos não são consistentes
mento sustentável como um princípio fun-
as indústrias altamente poluentes, como a
nos diferentes países e, a comparação dos
damental nas suas constituições e tratados.
©ambigroup.com
As organizações não-governamentais e as organizações de negócios consideram cada vez mais o desenvolvimento sustentável como um importante elemento da visão e dos objetivos estratégicos. Para atingir este elevado patamar de consciência, os governos, as instituições e as organizações, necessitam do envolvimento das pessoas para conduzir este processo rumo ao sucesso, com vista a uma mais elevada qualidade de vida para todos. Este processo de mudança rumo à sustentabilidade depende das escolhas feitas pelas pessoas. Este processo termina e começa no ser humano.
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Qualidade, segurança e ambiente
Sistema de Gestão da Qualidade na perspetiva ISO 9001:2015 Rui Flores Auditor coordenador Qualidade, Ambiente e SST da APCER, Formador e consultor Auditor IPAC a Laboratórios de ensaio e calibração
Afinal o que é a qualidade numa
mais importante meta a atingir quando se
1. Introdução de um formato e termi-
organização? Há várias definições de
certifica um Sistema de Gestão. Neste con-
nologia comuns às várias Normas de
qualidade mas a que sempre preferi foi:
texto, a sua contribuição para a organização
Sistemas de Gestão (de acordo com o
Qualidade é o conjunto de princípios e
da empresa, a sistematização das atividades
Anexo SL) que agora tem os mesmos
métodos, organizados numa estratégia
e processos, bem como a avaliação e influ-
capítulos principais facilitando, assim, a
global visando mobilizar toda a empresa
ência na implantação na cultura da empresa
para obter uma melhor satisfação do
de processos de melhoria contínua, são bem
cliente ao menor custo.
mais importantes.
integração de sistemas; 2. Focalização na Liderança (Capítulo 5 da Norma) – comprometimento da alta direção com a Norma e não apenas asse-
Esta definição congrega todos os princípios
O processo de auditoria contribui decisiva-
gurar-se que as atividades de gestão da
pelos quais uma organização se deve reger,
mente para esta meta abordando de forma
qualidade ocorrem - demonstrável num
metodologias estruturadas, organização,
sistemática o Sistema de Gestão numa ava-
processo de auditoria;
estratégia, cultura da empresa, satisfação
liação detalhada e incisiva permitindo, assim,
3. Contexto da organização (Capítulo 4 da
do cliente e relação de custo interno.
parafraseando Confúcio, “através dos olhos
Norma) – identificar os aspetos exter-
de outros ver os nossos próprios defeitos”.
nos e internos que podem ter impacto
Um sistema de gestão para trazer valor
no Sistema de Gestão e nos resultados
acrescentado para uma organização deve
A EVOLUÇÃO NORMATIVA E A ISO 9001:2015
pretendidos
estar perfeitamente integrado na sua forma
Desde a série de Normas EN 29001 que ori-
der as necessidades e expetativas das
de negócio e ser útil para atingir os seus ob-
ginou a atual ISO 9001, a Norma de Sistemas
partes interessadas nas atividades da
jetivos estratégicos.
de Gestão da Qualidade passou por diversas
organização
alterações. Esta transformação além de ter
bem
como
(clientes,
compreen-
fornecedores,
entre outros);
Há organizações que utilizam os referenciais
vindo a reduzir drasticamente a exigência
4. Objetivo e âmbito do Sistema de Gestão
normativos para criar sistemas burocráti-
documental tem evoluído, como seria expe-
– ênfase na definição e conteúdo do âm-
cos excedentários de documentos e registos
tável, nos conceitos sendo hoje muito mais
bito do Sistema de Gestão em relação
e que não refletem a forma como a organi-
orientada para os processos e atividades da
zação trabalha na prática e que, ao invés de
organização.
acrescentar valor, “encrava a engrenagem”
ao contexto da organização; 5. Mais que promover uma abordagem por processos como referido na Norma
e reduz valor por consubstanciar custos e
De um modo geral poderemos dizer que a
anterior, esta Norma entende (Capítulo
desperdício.
Norma mais recente, a ISO 9001 de 2015,
4.4) que esta abordagem é imprescindí-
traz efetivamente alterações importantes,
vel para um sistema de gestão de uma
Também as Normas têm evoluído no sentido
contudo, as entidades que já tinham imple-
de as tornar menos burocráticas, isto é, me-
mentada de uma forma efetiva a Norma de
6. PENSAMENTO BASEADO NO RISCO –
nos exigente do ponto de vista documental a
2008 terão certamente a tarefa facilitada
esta é talvez a mais importante altera-
tarefa da implementação de sistemas bem
para a transição. É de realçar que um dos
ção da Norma. Considerando que por
como a sua certificação como é o caso da
aspetos importantes em qualquer Norma de
definição o Risco é o “efeito da incerteza
Norma ISO 9001:2015.
gestão é a sua inclusão na cultura da orga-
nos resultados”, a Norma refere agora
organização;
nização e este facto é tão mais importante
que as organizações devem conside-
PORQUÊ CERTIFICAR A EMPRESA
quanto o cumprimento dos requisitos das
rar os riscos e oportunidades no seu
É talvez uma frase rotineira referir que a
Normas.
negócio. Assim, as organizações de-
certificação traz uma validação por entida-
vem evidenciar que identificaram, con-
de independente do sistema da qualidade
As principais alterações que a Norma de
sideraram no seu Sistema de Gestão e
implantado, contudo, esta não é decerto a
2015 traz, resume-se basicamente a:
sempre que necessário empreenderam
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elevare
PUB
ações para atuar sobre os riscos (sejam eles negativos ou positivos) e assegurar as oportunidades que tenham impacto na satisfação do cliente. Neste contexto foram suprimidas as “ações preventivas” na aceção da Norma de 2008 estando agora as ações identificadas relacionadas com a avaliação de risco; 7. Melhoria (Capítulo 10) – é agora perfeitamente reconhecido que a melhoria pode resultar tanto de pequenas ações pontuais como de reorganizações profundas. Assim o termo melhoria “contínua” caiu passando apenas a melhoria; 8. Fornecimentos externos (Capítulo 8.4) – maior focalização do que vem do exterior, sejam produtos de fornecedores, serviços de subcontratados ou parcerias com outras organizações; 9. Documentação – documentos e registos, uma vez que toda a Norma fala agora em “informação documentada” que tem de ser controlada, mantida e retida, em vez de falar de documentos e registos como a Norma de 2008; 10. Gestão da mudança - (Capítulo 10) sempre que ocorram mudanças no Sistema de Gestão, as mesmas tem de ser alvo de um planeamento sustentado, de forma a que a execução cumpra o pretendido. Este requerer de um planeamento sustentado vem proporcionar às organizações uma sistemática que permite lidar com a cada vez maior dinâmica e complexidade do ambiente em que operam; 11. Alterações menores: >>
Inclusão do termo “produtos e serviços” em substituição do termo “produtos”, contudo, esta alteração era já consensual uma vez que em termos práticos a Norma era aplicada já a serviços;
>>
A
terminologia
continua
a
estar
na
Norma
ISO 9000:2015 com algumas alterações já referidas (informação documentada, avaliação do risco, e outras); >>
Clareza na linguagem para que algumas questões que eram naturalmente implícitas se tornassem agora explícitas.
"Integração com outros referenciais normativos ISO 14001:2015 para o ambiente (já publicada) e ISO 45001 para a saúde e segurança no trabalho (a publicar)" A implementação e manutenção de vários Sistemas de Gestão nas empresas, nomeadamente nos Sistemas de Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança no Trabalho ficou agora facilitada e será menos trabalhosa dada a estrutura dos requisitos nucleares de todas as Normas ser agora idêntica. A focalização nos requisitos 6 – Planeamento e 8 – Operação é essencial para que este caminho seja percorrido. PRINCIPAIS FONTES: -
Report CQI ISO 9001:2015 - Understanding the International Standard;
-
Sá, Joana (APCER) - ISO DIS 9001:2015 Perspetivas Futuras.
Normalização
Normalização José Pirralha Presidente da CT 63
Como já referimos em artigos anteriores
prEN/Doc.
vivemos um tempo de profunda mudança que se traduz pela revisão de todas as Nor-
das mecânicas e tapetes rolantes – Parte 2: Cál-
CEN
culo e classificação energética para ascensores.
Esta situação é o resultado da publicaEN 81-20/50, razão pela qual todas as
WG
Desempenho energético de ascensores, esca-
EN ISO 25745-2
mas CEN da família EN 81-XX.
ção e harmonização (dezembro 2014) da
Titulo
Comentários Publicada em junho de 2015
Desempenho energético de ascensores, es-
EN ISO 25745-3
Normas da família EN 81-XX, terão que ser
cadas mecânicas e tapetes rolantes – Parte 2: Cálculo e classificação energética para escadas
CEN
Publicada em junho de 2015
mecânicas e tapetes rolantes.
revistas a curto prazo, algumas de forma mais profunda, outras apenas por alteração de referências.
Regras de segurança para fabrico e instalação
EN 81-72
Relembremos que a EN 81-1/2:1998+A3:2009
censores e ascensores de carga - Parte 72: as-
WG6
Publicada em abril de 2015
censores de bombeiros .
deixa de conceder presunção de conformida-
Regras de segurança para fabrico e instalação
de em 31/8/2017, pelo que é objetivo do CEN, tanto quanto possível, ter as Normas subsi-
de elevadores - Aplicação particular para as-
CEN TR 81-12
diárias também elas atualizadas nessa data.
de elevadores - Bases e interpretações - Parte 12: Uso da EN 81-20 e EN 81-50 em mercados
WG1
Publicado em outubro de 2014
específicos. Segurança de escadas mecânicas e tapetes ro-
"(...) no quadro da CT 63, o ano de 2016 será certamente muito intenso, já que esta CT vai ter que se pronunciar sobre um vasto conjunto de normas"
CEN TS 115-4
lantes - Parte 4: Interpretações relativas à famí-
WG2
Publicado em 2015
lia de Normas EN 115. Regras de segurança para o fabrico e instala-
prEN 81-73
ção de elevadores - Aplicação particular para ascensores - Parte 73: Comportamento dos as-
Voto formal posiWG6
censores em caso de incêndio.
tivo em novembro de 2015. Aguarda decisão.
Regras de segurança para fabrico e instalação
prEN 81-71
de elevadores - Aplicação particular para ascensores e ascensores de carga - Parte 71: As-
WG1
Fase de inquérito janeiro de 2016
censores resistentes ao vandalismo.
Assim, no quadro da CT 63, o ano de 2016
Regras de segurança para fabrico e instalação de elevadores - Aplicação particular para
será certamente muito intenso, já que esta CT vai ter que se pronunciar sobre um vas-
prEN 81-70
outros. Para lá, da análise, comentários e
Regras de segurança para fabrico e instalação
prEN 81-21
de elevadores - Aplicação particular para ascensores e ascensores de carga - Parte 21: as-
que esperamos até ao verão possa ser en-
censores novos em edifícios existentes.
viada ao IPQ para verificação e publicação.
Regras de segurança para fabrico e instala-
prEN 81-28
ascensores e ascensores de carga - Parte 28:
mas recentemente publicadas e as Normas
Alarme remoto para ascensores de passagei-
mais relevantes em processo de revisão.
ros e passageiros e carga.
12
elevare
janeiro de 2016
Fase de inquérito WG1
até 14 de abril de 2016
ção de elevadores - Aplicação particular para
Excerto do Programa do CEN, incluindo as Nor-
Fase de inquérito –
cluindo pessoas com deficiência.
prEN 81-21, prEN 81-28, prEN 81-70, entre
está em curso a tradução da EN 81-20/50,
WG7
Acessibilidade aos ascensores para pessoas in-
to conjunto de Normas, nomeadamente
votação dos diversos projetos de revisão
ascensores e ascensores de carga - Parte 70:
WG1
Revisão em preparação
PUB
Coluna da ANIEER
Diretiva 2014/33/UE e a rastreabilidade dos componentes de segurança José Pirralha Presidente da ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes
Como já tivemos ocasião de referir num
cada momento quem lhe forneceu o com-
artigo anterior, a Diretiva 95/16/CE foi
ponente de segurança e a quem o mesmo
reformulada, dando lugar à Diretiva
foi fornecido.
2014/33/UE, doravante identificada como Nova Diretiva.
Esta questão, se bem que fácil de perceber, é um tanto mais complicada na sua
Todavia e para que esta nova Diretiva seja
aplicação e exige que em sede de transpo-
aplicada em Portugal é necessário que seja
sição sejam tomadas medidas essenciais
transposta para o nosso ordenamento ju-
para que a rastreabilidade efetivamente
rídico - no caso na forma de Decreto-Lei.
funcione.
À medida que se aproxima a data de entra-
No nosso ponto de vista a operacionalida-
da em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril
de de tudo isto passa pela clarificação do
de 2016, cresce a expetativa quanto à for-
papel da autoridade de vigilância de mer-
ma como o estado português irá proceder
cado (ASAE?) e pela sua articulação com
à transposição, havendo até quem se per-
a entidade responsável pela aplicação da
gunte: o que irá acontecer se não houver
Diretiva em Portugal (DGEG?).
"À medida que se aproxima a data de entrada em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril de 2016, cresce a expetativa quanto à forma como o estado português irá proceder à transposição, havendo até quem se pergunte: o que irá acontecer se não houver transposição em tempo útil?"
transposição em tempo útil? Cremos, aliás, que é determinante para a
ou lote, bem como a indicação dos cer-
Deixemos a medida das consequências
efetiva aplicação da Diretiva que se defina
deste eventual atraso para outra altura, e
de uma forma clara quem fiscaliza, quem
3. Seja definido como se controlam os
concentremo-nos na questão que conside-
tem competências técnicas para inter-
componentes de segurança utilizados
ramos a pedra de toque desta Nova Direti-
vir e como se relacionam os operadores
na substituição de outros (com ou sem
va – a rastreabilidade.
económicos
fabricantes,
marcação CE), quando aplicados pe-
importadores e distribuidores) com estas
las EMIE. A não haver controlo destes
Os princípios e objetivos que se preten-
entidades. No fundo quais as regras do
processos, a cadeia de fornecimento
dem alcançar com a rastreabilidade são
jogo que, naturalmente, devem ser claras
simples e facilmente entendíveis. Num
e transparentes.
(instaladores,
mercado global, em que os componentes
tificados UE de exame de tipo;
rompe-se por aqui. 4. As questões da vigilância de mercado a quem se comunica as não-conformi-
de segurança para ascensores podem ser
Na nossa opinião, para que a transposição
dades detetadas, quando se comunica
fabricados na Europa, ou fora dela, é ne-
se adeque às exigências da Diretiva é ne-
e como se comunica, tem de estar cla-
cessário reforçar as medidas de controlo
cessário que:
ramente definidas em sede de trans-
para que quando colocados perante situa-
1. Seja criado um registo central onde se
posição, se necessário através de um
ções graves se possa retroagir e chegar à
lancem os novos ascensores coloca-
origem do problema.
dos no mercado ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE;
diploma específico. Esperemos que estas questões estejam a
Para tal é necessário que cada um dos
2. Nesse mesmo registo sejam identifi-
ser devidamente equacionadas e estuda-
operadores económicos (novo conceito
cados os componentes de segurança,
das para que não se repitam os erros do
introduzido pela Nova Diretiva), saiba em
com os respetivos números de série
passado.
14
elevare
PUB
Coluna AIECE
Posição da AIECE face à Diretiva 95/16/CE Joaquim Ângelo Vice-Presidente da Assembleia Geral AIECE - Associação dos Industriais e Entidades Conservadoras de Elevadores
A Diretiva 95/16/CE teve como objetivo apro-
ção no mercado interno, dos produtos ho-
ximar a legislação dos estados-membros
mologados pelos organismos notificados
da União Europeia, visando garantir a segu-
e legalmente comercializados nos outros
garantindo assim as devidas condições de
rança da utilização dos ascensores, não só
estados-membros.
segurança.
como para o pessoal técnico, com o refor-
Um organismo notificado é uma entidade in-
A AIECE considera também que deve ser fa-
ço da proteção contra a sobre velocidade à
dependente, com competência técnica para
cultada informação e formação às entidades
subida, a introdução de proteções da traje-
proceder à avaliação da conformidade dos
inspetoras, de modo a que, na realização de
tória do contrapeso no poço, o reforço das
equipamentos e componentes sujeitos às
inspeções periódicas não suscitem dúvidas
balaustradas nos tetos das cabinas, a obri-
Diretivas comunitárias. O fabricante deve
nos critérios a aplicar na avaliação de alguns
gatoriedade de meios de comunicação bidi-
submeter os equipamentos produzidos a
itens da Norma, que alguns elevadores não
recional que permitam obter uma ligação
procedimentos de avaliação de conformi-
cumprem, mas que foram devidamente jus-
permanente com um serviço de intervenção
dade, obedecendo a um conjunto de regras
tificados no processo de homologação.
rápida, no interior e no teto da cabina e tam-
e sujeitos aos ensaios previstos na Diretiva
bém no poço do elevador.
aplicável. A estes produtos quando aprova-
A AIECE considera que é essencial também
dos é posta a marcação CE.
que deva ser facilitado o acesso à infor-
para os utilizadores comuns dos elevadores
A Diretiva teve também como objetivo eli-
mação e à livre aquisição no mercado dos
minar os obstáculos à livre utilização dos
A marcação CE colocada num equipamento
componentes de substituição necessários,
ascensores por parte das pessoas porta-
ou componente significa que este foi projeta-
de modo a que quando um elevador sai da
doras de deficiência, quer na definição de
do e desenvolvido com os requisitos básicos
carteira de assistência da empresa que o
dimensões mínimas das cabinas e dos aces-
para cumprir com as Normas e regulamen-
instalou, possam ser feitas as intervenções
sos, quer na definição de algumas regras na
tos da União Europeia.
necessárias por terceiros, sem que sejam
instalação dos comandos à disposição dos utilizadores.
necessárias adaptações e o ascensor manOs Estados membros são responsáveis pelo
tenha as caraterísticas originais de seguran-
reconhecimento dos organismos notifica-
ça, conforme foi projetado, homologado e
A Diretiva 95/16/CE confere também uma
dos, baseados na evidência da sua compe-
instalado, cumprindo as Diretivas e os regu-
especial importância ao papel a desempe-
tência para realizar as tarefas definidas em
lamentos europeus.
nhar pelos organismos notificados, assim
cada Diretiva ou regulamento. A avaliação
como à certificação CE e às Normas comple-
de competência é realizada pelo organismo
É essencial, na opinião da AIECE, a criação de
mentares, como garantia de cumprimento
de acreditação nacional.
uma base de dados onde sejam arquivados
dos requisitos necessários para a colocação
os processos técnicos de todos os elevado-
no mercado dos ascensores e respetivos
A AIECE (Associação de Industriais e En-
res que sejam instalados, para que não se
componentes de segurança.
tidades
Elevadores)
repitam erros do passado e a documentação
reconhece que deve existir um reforço na
possa estar acessível e ser consultada, sem-
Devem os estados-membros adotar me-
fiscalização do mercado da assistência téc-
pre que necessário.
didas legislativas com vista a proporcionar
nica, na divulgação das não-conformidades
uma livre circulação dos produtos, com a
que vão sendo detetadas nos componentes
Intervenção feita pelo Eng.° Joaquim Ângelo repre-
aplicação de regras técnicas nacionais, de
já depois de instalados e ao longo da sua
sentando a AIECE no âmbito da TAIEX a convite da
modo a facilitar as condições de coloca-
vida útil, de modo a que sejam corrigidas,
DGEG a uma delegação do Reino de Marrocos.
16
elevare
Conservadores
de
PUB
Notícias e Produtos Amphitech com produtos inovadores e universais
rência sobre “A liderança na gestão de em-
senkrupp utilizará uma marca comum no
presas”, na qual descreveu os componentes
futuro. Atualmente, existem mais de 180 en-
Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria
da gestão empresarial e a necessidade da
tidades de marca dentro do Grupo, o que re-
na Área de Elevação
liderança por parte da gestão das empre-
sulta numa complexidade acrescida na ges-
Tlm.: +351919 576 425
sas de elevadores.
tão e no uso ineficiente de recursos. A marca comum criará uma imagem unificada entre
geral@elevadores.com.pt • http://elevadores.com.pt
A entrega de diplomas decorreu no Ins-
os clientes e colaboradores. O novo logótipo
tituto Nacional de Administração Pública
também reforça esta ideia. Os símbolos de
(INAP), em Madrid, e após a cerimónia, os
Thyssen e Krupp, que antes surgiam sepa-
participantes
conhecido
rados, formam agora um único elemento. A
restaurante de Madrid. A Docensas é uma
assinatura, “engineering, tomorrow, together”
empresa especializada em formação espe-
sintetiza a promessa de marca e “descreve
cífica para o setor da elevação, com repre-
em três palavras que somos, o que fazemos
sentação em Portugal. Além da sua oferta
e como o fazermos”, afirma Alexander Wi-
formativa, pode criar cursos à medida da
lke, Diretor de Comunicação. A nova marca
sua necessidade.
representa uma evolução, e será implemen-
jantaram
num
Desde 1988, que a Amphitech é especialista
tada progressivamente, de acordo com a si-
no projeto e na fabricação de dispositivos
tuação económica da empresa, não estando previsto um grande investimento publicitá-
mas GSM e telefones de emergência. A Am-
Thyssenkrupp com nova identidade de marca comum a todas as empresas do Grupo
phitech é uma referência no seu setor de
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
e economato e as fardas de trabalho serão
atuação e está agora presente em Portugal
Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
renovados com a nova marca quando for ne-
com produtos dirigidos aos profissionais da
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
cessário fazer-se uma reposição. No total, a
de comunicação como telealarmes para ascensores, porteiros telefónicos, siste-
indústria ascensorista e da indústria de eletricidade de Baixa Tensão.
rio. Os veículos de serviço, os camiões da unidade de logística, o material de escritório
Thyssenkrupp investirá aproximadamente 5 Daqui em diante, a Thyssenkrupp terá uma
milhões de euros com a nova marca.
marca comum em todo o mundo. A renoUm exemplo de inovação é o novo T
U,
vada imagem da marca reflete a transfor-
um produto universal, e inovador pela sua
mação de uma campanha tecnológica em
ficha universal que permite ligar a qualquer
Essen num grupo industrial diversificado.
tipo de altifalante, botão ou pictogramas
A nova marca está mais focada nos clien-
existente, e indicado para manter em stock,
tes e reforça o posicionamento da empresa
já que abarca todas as funções necessárias
como grupo industrial diversificado, bem
num sistema de comunicação bidirecional.
como o seu desejo em trabalhar de forma
É fácil de programar pois inclui um guia vo-
integrada, impulsionada pelas sinergias
cal, tendo uma bateria incorporada e pode
internas e criado valor acrescentado aos
ser ligado a uma linha analógica, a um GSM
clientes, colaboradores a acionistas.
AMPHITECH ou a uma porta analógica IP.
Escadas rolantes e elevador entre Porto e Miragaia
Este é um produto que está de acordo com
A nova marca baseia-se numa pesquisa
a EN 81-70 e a EN 81-28. O módulo de telea-
realizada junto de mais de 6000 clientes,
larme para ascensores é o T
colaboradores, candidatos a postos de em-
A Câmara do Porto tem um projeto para
prego, investidores, membros de comités
construir escadas rolantes e um elevador
U 01.
empresariais, figuras públicas e consumi-
entre Miragaia e os jardins do Palácio de
Entrega de Diplomas do PDIMA 2014/2015
dores. Os resultados deste estudo apontam
Cristal e reativar o elevador da Ponte da Ar-
para o destaque do prestígio da engenharia
rábida. Com este projeto, a Câmara do Por-
Docensas – Formação para Empresas de Elevação
da Thyssenkrupp: a empresa, os seus re-
to prevê gastar 2,75 milhões de euros na
Tel.: +34 902 933 351 • +34 954 294 202
cursos humanos e os seus produtos estão
reativação de um dos elevadores da Ponte
info@docensas.eu • www.docensas.eu
associados à elevada qualidade e fiabilida-
da Arrábida com a construção de novos
de. A nova marca foi concebida sobre esta
caminhos entre o Codeçal e a Avenida de
No passado dia 22 de janeiro de 2016 reali-
imagem e, em simultâneo, sobre um enfo-
Vimara Peres até ao tabuleiro superior da
zou-se, em Madrid, a entrega de diplomas
que ainda mais acentuado sobre as necessi-
Ponto de Luís I e na instalação de escadas
aos alunos do Programa de Direção de
dades dos clientes.
rolantes e de um ascensor na encosta de
Empresas de Instalação e Manutenção de
Miragaia e nos jardins do Palácio de Cristal.
Ascensores 2014/15 e aos alunos do Mó-
A nova marca concentra tudo o que signi-
O desconhecido elevador da Lada é uma
dulo de Engenharia de Elevação. José Maria
fica Thyssenkrupp em apenas um logótipo,
das peças deste plano de mobilidade entre
Compagni abriu o evento com uma confe-
uma assinatura e cores novas. A Thys-
a Baixa e o Centro Histórico da Invicta.
18
elevare
Notícias e Produtos GRUPNOR na Rede PME Inovação
reduza a fatura energética e a emissão de
GRUPNOR – Elevadores de Portugal
gases poluentes para a atmosfera. A Fu-
Tel.: +351 252 615 279
tursolutions está no mercado há 11 anos e
www.grupnor.pt
pode dar-lhe o melhor acompanhamento. Aconselhe-se com a Futursolutions, sem
A GRUPNOR – Elevadores de Portugal inte-
compromissos, e conheça o que o autocon-
gra o restrito grupo de empresas da Rede
sumo pode fazer por si e pelo seu prédio.
PME Inovação da prestigiada organização COTEC. Esta visa “promover o aumento da
difusão de uma cultura e de uma prática de
Autocarro Weidmüller mostra portefólio nas indústrias em Portugal
inovação, bem como do conhecimento resi-
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
dente no país.”
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
Suba no elevador descendo na fatura elétrica Futursolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica, Lda. Tel.: +351 244 471 636
Segundo a Vereadora da Mobilidade do Mu-
info@futursolutions.pt • www.futursolutions.pt
nicípio do Porto, Cristina Pimentel, pretende-se avançar com o concurso público no
Nos dias que correm é crescente a impor-
início do ano de 2016 para a conceção pedo-
tância, económica e ambiental, decorrente
nal pela encosta de Codeçal, aproveitando
do uso de energia. A dificuldade de conta-
o Elevador da Lada, e dos acessos meca-
gem de gastos elétricos advindos de cada
nizados entre Miragaia e os jardins do Pa-
equipamento torna difícil tomar noção do
lácio de Cristal, vencendo a escarpa da Rua
que cada um consome, o que leva a que seja
da Restauração. As escadas rolantes serão
difícil baixar a conta elétrica – que ainda
instaladas nas Escadas das Sereias e que a
no início do ano aumentou novamente. Os
descida seja facilitada por outras escadas
elevadores são alguns dos equipamentos -
A Weidmüller voltou, em 2016, a realizar
rolantes entre o miradouro nos Jardins do
mas não os únicos - que, num prédio, mais
viagens de norte a sul do país através de
Palácio e a Rua da Restauração. No Codeçal,
contribuem para o aumento do consumo
um autocarro com uma exposição dire-
o ascensor já existe - o conhecido Elevador
energético e do consequente aumento do
cionada para os seus produtos da área da
da Lada – apesar de ser ainda desconhecido
valor de condomínio.
indústria, destacando o u-link. O autocarro
de muitos e de pouca utilidade para quem
esteve em Portugal desde o dia 25 de ja-
visita a cidade, servindo sobretudo os mo-
neiro até 25 de fevereiro, visitando nestes
radores e os utentes do Centro Social da Sé.
dias muitos clientes industriais da Weid-
O Município pretende aumentar a utilização
müller, e prosseguindo depois a sua rota
do elevador, reativado em 2010 alargando
europeia.
o seu horário (das 8 às 20 horas entre a Ribeira e as Escadas de Barredo). Para mais
O evento foi um verdadeiro sucesso com o
tarde ficará a reativação do ascensor da
autocarro a ter muita afluência tanto nas
Ponte da Arrábida, esperando que o eleva-
2 semanas que esteve no mercado indus-
dor da parte de Gaia também venha a ser
trial do norte do país como nas restantes
reativado, criando-se assim um percurso
2 semanas que passou no sul com outros
de enorme potencial turístico. O Município
Podem se adotar equipamentos e práticas
clientes industriais da Weidmüller. Os Sales
do Porto pretende reativar o ascensor que
com vista a uma boa eficiência energética.
Field Engineers da empresa germânica que
facilitará a ligação entre a marginal fluvial e
Uma dessas práticas é a adoção de siste-
têm acompanhado o autocarro às indús-
a zona do Campo Alegre, chegando ao Pólo
mas de energia renovável que tornará o
trias de processo, aos fabricantes de má-
Universitário através da Rua das Estrelas.
prédio, além de mais eficiente, mais eco-
quinas, projetistas, fabricantes de moldes,
Num estudo já efetuado indica-se que, face
nómico e mais amigo do ambiente. Neste
entre outros fazem uma demonstração e
ao potencial turístico deste equipamento
momento o autoconsumo é a modalidade
formação, in loco, com tudo aquilo que o
será possível concessioná-lo a privados, li-
mais proveitosa e que permite consumir a
autocarro contém no seu interior uma vez
bertando o orçamento municipal de futuros
energia produzida de forma local. Instale no
que todos os produtos e soluções estão
custos operacionais.
seu prédio até 6 painéis sem burocracias e
operacionais.
elevare 19
Notícias e Produtos O objetivo deste autocarro da Weidmüller
ser consultado em www.sew-eurodrive.
é apostar na ligação com os clientes e na
pt/news/xml_images/d_1214389181.pdf.
ThyssenKrupp lança o MULTI, o elevador sem cabos do mundo
proximidade com os mesmos, mostrando
Os formadores da SEW-EURODRIVE Por-
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
o seu vasto portefólio de produtos e solu-
tugal estão todos habilitados com CAP
Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
ções nomeadamente o u-link que tem sido
(Certificado de Aptidão Profissional), e
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
um sucesso no mercado global ao permitir
assim como entidade certificada pela Di-
um acesso fácil e seguro, e ao ser uma so-
reção Geral do Emprego e das Relações
lução adequada de assistência remota para
de Trabalho (DGERT), a formação técnica
as empresas fabricantes de máquinas. O
ministrada pela SEW-EURODRIVE Portu-
u-link é um sistema de gestão personaliza-
gal possibilita aos clientes o acesso aos
do, podendo ser configurado num tempo
apoios públicos para desenvolver as com-
muito reduzido e permitindo uma manu-
petências dos seus colaboradores, nome-
tenção e diagnósticos remotos seguros,
adamente no âmbito da medida Cheque-
além da monitorização e relatórios.
Formação. Esta medida constitui uma modalidade de financiamento direto da formação a atribuir às entidades empre-
Formação certificada na SEW-EURODRIVE Portugal
gadoras ou aos ativos empregados (para
SEW–EURODRIVE Portugal
de 3 de agosto). A pré-inscrição de partici-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
pantes deverá ser enviada até 10 dias antes
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
da data da formação, carecendo a mesma
mais informações: Portaria n.° 229/2015,
de aprovação, a qual ocorrerá no limite até 5 dias antes da data da sessão. O número de participantes por sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-PLC com um máximo de
A 5 de novembro, um ano depois de lançar a
8 participantes). Outras sessões de forma-
tecnologia revolucionária do elevador MULTI,
ção serão realizadas a pedido.
a ThyssenKrupp inaugurou um modelo totalmente operacional à escala 1:3 no seu Centro de Formação em Gijón, Espanha. O
Enor equipa 1.º Hotel Geriátrico de Viana do Castelo
sistema MULTI utiliza motores lineares em
A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, empresa
Enor, Lda.
deslocação horizontal e que transforma o
formadora acreditada pela DGERT (Dire-
Tel.: +351 229 437 960 • Fax: +351 229 415 934
transporte por um elevador tradicional em
ção Geral de Empresas e das Relações de
geral@enor.pt • www.enor.pt
sistemas verticais semelhantes ao do me-
Trabalho), dá a conhecer aos seus clientes
substituição dos cabos, o que permite a
tropolitano. A tecnologia do MULTI aumenta
a sua gama de Formação Técnica SEW cer-
A Enor equipou, com dois elevadores, o pri-
a capacidade e a eficiência de transporte,
tificada e as respetivas datas. Estas ses-
meiro Hotel Geriátrico de Viana do Castelo,
uma vez que reduz a pegada ecológica e os
sões compreendem formação em Conver-
uma obra de reabilitação de um edifício do
picos de energia da rede elétrica dos edifí-
sores de Frequência MOVITRAC® 07B (29
século XVIII. Foram instalados um eleva-
cios. Pela primeira vez em funcionamento,
de junho em Lisboa e 09 de novembro na
dor de transporte de passageiros com ca-
o sistema MULTI representa um marco re-
Mealhada); MOVITRAC® LT (09 de março na
pacidade de regeneração de energia e um
volucionário no mercado dos elevadores,
Mealhada e 30 de novembro em Lisboa);
monta-cargas que, em conjunto, deverão
tendo o primeiro modelo dois poços de 10
Sistemas
MOVIMOT®,
solucionar diariamente as necessidades de
metros e 4 cabines, aplica a tecnologia do
MOVIFIT (20 de abril e 19 de outubro na
transporte vertical de cerca de meia cen-
motor linear utilizado pelo comboio de le-
Mealhada); Controladores Vetoriais MOVI-
tena de hóspedes.
vitação magnética Transrapid. Sem cabos e
Descentralizados
®
DRIVE® B (16 de março e 14 de setembro
com várias cabines por poço, o MULTI trans-
na Mealhada, 11 de maio e 26 de outubro
“Procuramos apresentar soluções à medi-
formará a mobilidade das pessoas dentro
em Lisboa); Programação Motion Control-
da das necessidades do local, com equipa-
dos edifícios. Esta última inovação de Thys-
ler MOVI-PLC (1 e 2 de junho na Mealhada);
mentos que valorizem o conforto, a estética,
senKrupp é precedida pelo ACCEL, que apli-
Programação em IPOS – C-Compiler (13 de
a poupança de energia e o próprio edifício”,
ca a mesma tecnologia de motor linear e
abril, 25 de maio e 28 de setembro na Me-
afirmou António Balsinha, Diretor-Geral da
que tem transformado a deslocação entre
alhada); Acionamentos Eletromecânicos
Enor Portugal. O projeto, localizado num
distâncias curtas em cidades e aeroportos.
– Seleção, Acionamentos, Manutenção (06
edifício emblemático no centro histórico da
de abril em Lisboa, 12 de outubro na Mea-
cidade de Viana do Castelo, desenvolveu-
Com um funcionamento que se assemelha
lhada). Todas as formações decorrerão das
se a partir de 2006 e ficou concluído em
a um sistema de metro, o MULTI é feito para
10 às 17 horas. O programa completo pode
2015.
ter várias cabines de elevador autopropul-
20
elevare
PUB
Notícias e Produtos soras por poço que funcionam em loop,
mes da investigação tecnológica, incluiu a
Tobar,
aumentando a capacidade de transporte do
ThyssenKrupp na sua lista das “50 Empre-
Executivo Sénior para o Desenvolvimento
poço até 50%, reduzindo para metade a pe-
sas mais inteligentes de 2015”, reconhecen-
de Negócios Brasil & América Latina.
gada energética do elevador nos edifícios.
do em particular as suas inovações mais
Com o MULTI, pela primeira vez, também
recentes, como o ACCEL e o MULTI.
recém-nomeado
Vice-Presidente
será possível deslocar-se horizontalmente num prédio. Sem cabos, o MULTI utiliza um sistema de travagem de múltiplos níveis
LOCS no mercado nacional
e transmissão indutiva de energia, que se
LOCS – Logistics and Oversize Cargo Solutions
transfere do poço para a cabine. O sistema
Tel.: +351 210 190 280 • Tlm.: +351 937 713 971
MULTI requer poços mais pequenos do que
locs@locs.pt • www.locs.pt
os elevadores tradicionais, aumentando a superfície útil de um prédio até 25%. Estes
A LOCS – Logistics and Oversize Cargo Solu-
dados são importantes porque os atuais
tions é uma empresa criada para satisfazer
poços de elevador e de escadas rolantes
a procura cada vez maior de soluções de
podem ocupar até 40% do espaço de um
logística a nível nacional mas também in-
edifício, dependendo da altura do mesmo.
ternacional com vista à redução de custos e
O aumento geral da eficiência também se
otimização de recursos. Esta empresa sus-
traduz numa menor necessidade de es-
tenta a sua capacidade de resposta na expe-
cadas rolantes e de poços de elevadores
riência de cada colaborador, superior a duas
tradicionais, o que resulta numa poupança
décadas, tanto em logística integrada como
significativa de custos de construção e um
em transportes especiais, o que é a grande
aumento do retorno de investimento devido
mais-valia da empresa que trabalha em es-
Rafael Fiestas Hummler, Engenheiro Indus-
à maior disponibilidade de superfície útil. As
treitar colaboração com os principais ope-
trial pelo ICAI e Mestre em Economia e Ges-
limitações de espaço nos edifícios de média
radores europeus deste setor, oferecendo a
tão de Empresas pela IESE, tem uma vasta
e grande altura é uma realidade, as opções
solução mais adequada independentemen-
experiência na área internacional. Já reali-
mais viáveis de construção, o que se traduz
te da origem ou do destino da mercadoria.
zou várias funções como Diretor de Ven-
numa importante procura de elevadores.
das de Produtos de Automação na Siemens
Até 2020 prevê-se que a procura global
Além dos serviços de transporte de carga
Espanha, Diretor Geral da Divisão de Ser-
de equipamentos de elevadores bem como
com dimensões regulares e excecionais,
viços Industriais e Soluções, CEO do setor
serviços para o transporte de pessoas au-
de e para toda a Europa, a empresa dis-
da Geração, Transmissão e Distribuição de
mentará em mais de 4% anualmente e al-
ponibiliza serviços como a organização de
Energia e também ocupou o cargo de CEO
cançará os 61 000 milhões de euros dos
transportes por via terrestre, marítima ou
da Osram Espanha no setor da iluminação.
quais 49 000 milhões de euros correspon-
aérea, gruas móveis de diversas capacida-
dem ao último exercício fiscal.
des, route surveys, pedido de aplicação de
O Centro de Inovação da ThyssenKrupp em
a Europa, bem como escola, gestão de pro-
Novo armazém automático de SSI Schaefer para LIQUATS VEGETALS
Gijón apresenta o MULTI em boa companhia.
jetos de logística, movimentação de cargas
SSI Schaefer
O ACCEL, o sistema de transporte de passa-
em espaços de acesso limitado, logística
Tel.: +34 934 751 717
geiros para cidades e aeroportos, provocou
integrada e inversa, e consultoria técnica de
www.ssi-schaefer.es
reboliço durante a apresentação em 2015
operações de logística.
autorizações especiais de trânsito em toda
e o protótipo progride bem e dentro dos prazos previstos. Por detrás destes desen-
Foi adjudicado à SSI Schaefer, integrador e fornecedor de referência em intralogística,
CEL e o MULTI, além de outras soluções de
Recém-nomeado Vice-Presidente Executivo da Weidmüller do sul da Europa
transporte para o futuro: escadas rolantes
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
getais no setor alimentar. Segundo afirma
inovadoras, passadeiras rolantes, elevado-
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
David Erra, Diretor Técnico de Liquats Vege-
res e passadeiras de embarque de passa-
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
tals, “devido ao nosso crescimento e plano de
volvimentos, 40 engenheiros trabalharam no Centro de Inovação para conceber o AC-
geiros, bem como enfoques totalmente no-
o projeto de desenho, conceção e realização do novo armazém automático de Liquats Vegetals, empresa que produz bebidas ve-
expansão apostamos em ampliar as nossas
vos de segurança e soluções de mobilidade.
Rafael Fiestas Hummler é o novo Vice-Pre-
instalações logísticas com um novo armazém
O Centro de Inovação registou 56 patentes
sidente Executivo da Weidmüller do sul da
automático para dar resposta ao nosso au-
nos últimos seis anos, desenvolveu mais de
Europa, tendo agora como funções a lide-
mento de capacidade produtiva na nossa sede
55 projetos e ganhou inúmeros prémios.
rança e a gestão do desenvolvimento de ne-
de Viladrau. Após uma análise cuidadosa das
Recentemente, o Instituto Tecnológico de
gócios em Espanha, Portugal, Itália e Fran-
várias propostas optamos pela SSI Schaefer
Massachussets (MIT), um dos principais no-
ça substituindo assim José Carlos Alvarez
como integrador global e cuja solução de alto
22
elevare
Notícias e Produtos rendimento proposta é a que se ajusta a todas
tos entre os visitantes da feira. Esta edição
ms prepara-se para a apresentação de no-
as nossas necessidades logísticas, permitindo
contou com uma representação de cerca de
vos objetivos e metas.
ao mesmo tempo definir alguns processos de
50 países, distribuídos em 541 expositores
armazenamento e expedição eficientes.”
e mais de 43 000 m², tratando-se da maior superfície de exibição até à data. Nayar Sys-
Fundada em 1991, a Liquats Vegetals con-
tems, como empresa espanhola líder no
verteu-se na primeira empresa em Espa-
setor de telecomunicações no mundo do
nha dedicada à produção e distribuição de
ascensor, não faltou ao encontro e recebeu
bebidas vegetais. Atualmente a empresa é
os seus visitantes no Hall 3,3142.
Guia para igualdade de oportunidades no acesso ao voto A Câmara Municipal de Lisboa lançou um
uma referência na sua categoria com 45
guia em dezembro de 2015, e integrado no
milhões de euros de faturação, juntamente
Plano de Acessibilidade Pedonal da autar-
com mais de 20 referências no seu porte-
quia, para promover a instalação de assem-
fólio e mais de 180 clientes nacionais como
bleias de voto mais acessíveis, em locais
internacionais. Com sede em Viladrau, o
sem desníveis e junto a transportes públi-
novo armazém automático terá uma capa-
cos para garantir igualdade de oportunida-
cidade para mais de 14 000 paletes cujos
des para todos os eleitores. No documen-
fluxos e movimentos internos estarão con-
to, o Vice-Presidente da autarquia, Duarte
trolados e sequenciados pelo SGA WAMAS
Cordeiro, e o Vereador dos Direitos Sociais,
da SSI Schaefer. Graças à potencialidade do
Os representantes de Nayar Systems
João Afonso, ditaram que votar é um dever
SGA pode-se gerir todos os processos lo-
declararam-se altamente satisfeitos pela
cívico e um direito pelo que se deve garantir
gísticos e fluxos de materiais na sua área
aceitação que obtiveram as suas marcas
a acessibilidade nas assembleias de voto.
de armazenamento, assim como gerir os
comerciais, 72horas e Advertisim. Da pri-
Como cabe aos Presidentes de Câmara, em
pedidos, otimizando o sistema e asseguran-
meira, cabe destacar o interesse susci-
parceria com as Juntas de Freguesia, fixar
do o rendimento mais eficiente devido ao
tado pela mensagem "If you are here, you
os locais de funcionamento destas assem-
transelevador com shuttle com capacidade
are everywhere" - "Se estás aqui, estás em
bleias, os autarcas insistem na necessidade
de transportar 2 paletes, em simultâneo.
todo o lado" -, transmitindo a universalida-
de "garantir a igualdade de oportunidades
Com marcas tão conhecidas como Yosoy,
de da SIM global de 72horas. Através desta
para todos os eleitores", tendo em conta
Monsoy e Almendrola, em Liquats Vegetais
é possível atuar em qualquer país onde se
que com o envelhecimento da população
elaboram bebidas vegetais com o melhor
encontre o ascensorista. Assim mesmo,
"haverá cada vez mais eleitores a precisar de
da natureza: a água do Parque Natural do
cabe destacar a grande atração que todas
acessibilidade".
Montseny e uma seleção das melhores ma-
as adaptações apresentadas de Advertisim
térias-primas vegetais, como a soja, arroz
tiveram – formato horizontal, vertical, All In
Este documento é uma "ferramenta de tra-
ou aveia. Uma comprometida e preparada
One e Advertisim Glass; tendo sido apresen-
balho" que sistematiza orientações consa-
equipa de profissionais, uma contínua inova-
tado em diversos tamanhos. Não obstante,
gradas na legislação aplicável e recomen-
ção com a máxima qualidade, permite que
Advertisim Glass reteve todos os olhares,
dações baseadas em boas práticas. São
produzam umas bebidas vegetais muito
tratando-se de um espelho à simples vista
apresentados problemas como a "carência
surpreendentes.
que se converte num ecrã multimédia que
de informação sobre todas as etapas do pro-
permite enviar milhões de comunicações a
cesso eleitoral", a "ausência de um percurso
milhares de pessoas e de forma imediata;
pedonal acessível da residência à urna", a
Interlift 2015 vive uma revolução tecnológica pela mão da Nayar Systems
independentemente do lugar em que se en-
"falta de acessibilidade no edifício da as-
contre instalado, erguendo-se como o pri-
sembleia de voto", a falta de "ressalto zero
meiro espelho do mercado com Advertisim
[piso plano] na entrada" destes espaços e a
Nayar Systems
incorporado.
dificuldade de "entrar no edifício". A equipa propõe também que a escolha das assem-
Tel.: +34 964 066 995 • info@nayarsystems.com
A Nayar Systems recebeu visitas de mais de
bleias de voto tenha em conta a proximida-
300 empresas de numerosos países da Eu-
de a paragens de autocarro e a estações do
A Nayar Systems regressou da Alemanha
ropa – Espanha, Alemanha, Rússia, Croácia,
Metropolitano acessíveis (com elevadores,
depois de finalizar quatro intensos dias na
entre outros; Médio Oriente, Ásia, América
por exemplo) e a existência de um parque
Interlift 2015. A feira internacional líder
do Sul e América Central. E a empresa es-
de estacionamento na envolvente com lu-
do setor do elevador teve lugar de 13 a 16
panhola conta com oito anos de trajetória
gares para pessoas com mobilidade condi-
de outubro em Ausgburgo, onde uma vez
profissional, lançando produtos tecnológi-
cionada e de uma zona reservada à largada
mais, a Nayar Systems obteve um grande
cos e inovadores totalmente adaptados às
e tomada de passageiros. Já os edifícios
sucesso na apresentação das suas últimas
necessidades do mercado; o que é fruto de
dos locais de voto têm de ter entradas sem
inovações tecnológicas. A equipa da Nayar
anos de investigação e desenvolvimento.
desníveis, assim como as mesas/urnas e
Systems está orgulhosa do poder de atra-
Com um novo sucesso através da grande
câmaras de voto, junto às quais deve haver,
ção e interesse que suscitou os seus produ-
aceitação na Interlift 2015, a Nayar Syste-
respetivamente, zonas livres e iluminação.
www.nayarsystems.com
elevare 23
Notícias e Produtos Manutenção e serviços na nuvem para a manutenção de máquinas
suas interfaces intuitivas, os routers e os
de contentores e qualquer outro sítio onde
clientes podem ligar-se facilmente sem
haja cargas para movimentar.
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
que seja necessária uma especialização
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
em IT, o que permite uma rápida ligação de
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
muitas máquinas à nuvem. As máquinas e as fábricas podem ser acedidas à distância
Schmitt+Sohn Elevadores junta-se ao programa VIV’A Baixa no Porto
A manutenção das máquinas e instalações
através de uma conexão VPN segura, in-
Schmitt+Sohn Elevadores
à distância é frequentemente concebida de
dependentemente de onde se localizem. O
Tel.: +351 229 569 000 • Fax: +351 229 569 009
uma forma muito complexa e que ocupa
elevado nível de disponibilidade dos servi-
info@schmitt-elevadores.com
muito tempo além de existir a necessida-
dores baseados na Alemanha permite que
www.schmitt-elevadores.com
de de uma ligação segura e funcional, de-
se tenha um acesso seguro às instalações
dicada aos sistemas IT associados. Para
da produção a qualquer momento. Com o
A Schmitt+Sohn Elevadores juntou-se ao
muitos utilizadores, estas duas questões
Weidmüller Heartbeat, a disponibilidade do
programa VIV’A BAIXA garantindo condições
criam uma grande barreira na ligação
router pode ser relatada ao u-link, permi-
mais vantajosas na contratação dos seus
global entre as plataformas industriais.
tindo a monitorização e o acesso aos rela-
produtos e serviços para projetos de reabi-
O u-link garante um acesso rápido e se-
tórios do router instalado.
litação no Centro Histórico do Porto e que sejam realizados ao abrigo desta iniciativa
guro aos equipamentos e instalações, o
dinamizada pela Porto Vivo – SRU. A empre-
que torna a manutenção à distância mais
sa de elevadores divulga esta parceria numa
linhas de produção e dos utilizadores. As
Correntes Iwis ELITE de alta performance
interfaces intuitivas u-link configuram-se
Juncor – Acessórios Industriais e Agrícolas, S.A.
da Reabilitação Urbana, que está a decorrer
e adaptam-se a processos específicos, fá-
Tel.: +351 226 197 362 • Fax: +351 226 197 361
no Porto até 31 de outubro e que apoia desde
cil e rapidamente. O serviço inovador em
vendasporto@juncor.pt • www.juncor.pt
a primeira edição. “Mais do que uma área de
fácil, possibilitando um controlo eficaz das
altura em que volta a associar-se à Semana
negócio, a reabilitação urbana é uma missão
servidores protegidos na Alemanha fornece uma plataforma online que garante
O desenvolvimento de novos e melhores
para a Schmitt+Sohn Elevadores, procurando
a conformidade entre os diferentes siste-
produtos é o princípio fundamental na Iwis,
sempre incorporar na nossa política de res-
mas IT enquanto se realiza a manutenção
marca representada em Portugal pela Jun-
ponsabilidade social iniciativas que também
à distância. Graças às suas propriedades
cor. Nesse sentido a marca desenvolveu
contribuam para regenerar os centros das
especiais, o u-link é uma ótima base para
uma nova geração de correntes de trans-
nossas cidades. Por isso, e dentro desta linha,
uma montagem segura e rentável, mes-
missão ELITE de alta performance. A cara-
não hesitámos em integrar o programa VIV’A
mo em topologias de manutenção global
terística mais marcante desta nova linha de
BAIXA pois, a nosso ver, esta é uma forma de
à distância.
produtos é a sua maior tensão de fadiga, o
não só expandir o nosso expertise neste seg-
que resulta na capacidade de suportar car-
mento, mas também de permitir aos benefici-
gas mais elevadas. As correntes Elite da
ários do programa fazerem um upgrade pela
Iwis destacam-se também por suportarem
qualidade nos seus projetos de reabilitação”,
maiores cargas de rutura, pela precisão me-
afirma Miguel Franco, Administrador da
lhorada dos componentes individuais, pela
Schmitt+Sohn Elevadores Portugal.
otimização dos ajustes pino-placa e roloA estrutura ilimitada faz com que se con-
placa e pelos contornos de placa otimizados.
O Programa VIV’A BAIXA é uma iniciativa da
siga gerir facilmente múltiplas unidades
São fabricadas através de um processo de
Porto Vivo – SRU, desenvolvida com o obje-
fabris, linhas de produção e utilizadores,
endurecimento conjunto dos componentes
tivo de apoiar e impulsionar o movimento de
com a opção de expansão para incluir
individuais, garantindo que todos são trata-
reabilitação urbana por parte de proprietá-
quantidades adicionais de routers e utiliza-
dos da mesma forma.
rios, de usufrutuários, de senhorios e de arrendatários do edificado localizado na Área
dores extra, permitindo que o u-link possa ser bem adaptado, ao encontro das exigên-
As correntes de elevação Iwis, além da
de Reabilitação Urbana do Centro Histórico
cias específicas de uma empresa. O u-link é
fiabilidade na movimentação de cargas,
e nas Unidades de Intervenção com Docu-
a solução adequada de manutenção à dis-
adaptam-se às necessidades individuais de
mento Estratégico aprovado, áreas sob a
tância para empresas fabricantes de má-
cada cliente e são compatíveis com a Dire-
gestão da Porto Vivo – SRU. Através destes
quinas e operadores de manutenção, e as-
tiva 2006/42/EC. Ao contrário das correntes
protocolos, como o que foi celebrado com
sim poderá manter um sistema produtivo,
de transmissão, as correntes de elevação
a Schmitt+Sohn e de outros que futuramen-
mesmo sem uma especialização em IT. O
são constituídas apenas por pinos e placas
te se venham a celebrar, a Porto Vivo – SRU
u-link pode ser utilizado para gerir utiliza-
podendo, assim, suportar forças de rutu-
tem como objetivo favorecer o acesso à
dores, grupos e os seus direitos de acesso
ra extremamente elevadas. Deste modo,
aquisição de componentes, equipamentos e
com base em exigências individuais como
afiguram-se como a solução indicada para
materiais de construção destinados à reabi-
uma atribuição por grupo ou os direitos de
elevadores, empilhadores, máquinas-ferra-
litação de edifícios, fornecidos pelo conjunto
acesso às linhas de produção. Graças às
menta, indústria siderúrgica, movimentação
de empresas parceiras. A Schmitt + Sohn
24
elevare
PUB
Elevadores integrou o primeiro lote de parceiros, que juntou 9 empresas de diferentes segmentos do setor da construção, comprometendo-se a praticar descontos sobre os seus produtos e serviços nas áreas da consultoria, projeto, produção, instalação e manutenção de equipamentos de elevação que serão fornecidos aos beneficiários do Programa VIV’A BAIXA. Este acordo é valido por um ano, e pressupõe igualmente o apoio da Porto Vivo – SRU na partilha e articulação de informação entre todos os intervenientes.
Módulo de regeneração de potência - MOVIAXIS® MXR81 SEW–EURODRIVE Portugal Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
A SEW-EURODRIVE expandiu o seu sistema de servo-controladores multi-eixo MOVIAXIS® com o módulo central de regeneração de energia MXR81. Trata-se de uma solução de custo otimizado para recuperar a energia a partir dos movimentos de desaceleração e travagem, e devolvê-la ao sistema. O consumo de energia foi um dos principais focos de atenção no processo de desenvolvimento do sistema de servo-controladores multi-eixo MOVIAXIS®. O resultado é a possibilidade de regenerar a energia gerada nas operações de desaceleração e travagem para reduzir o consumo global de energia, otimizando as soluções de acionamento e, assim, reduzir custos. A SEW-EURODRIVE introduziu o novo módulo de regeneração de energia MOVIAXIS® MXR81 para recuperar a energia de travagem. Em função das características do sistema de alimentação, os projetistas de sistemas podem escolher entre o módulo de regeneração sinusoidal MXR80 e o mais recente módulo de regeneração em forma de bloco MXR81. Este novo módulo conta com componentes de custos otimizados como os filtros e indutâncias. Esta solução tem também componentes mais pequenos que reduzem o espaço de instalação necessário para todo o sistema. Os módulos de regeneração de energia podem ser selecionados com base nos requisitos e caraterísticas da rede elétrica. O módulo MXR81 fornece corrente em forma de bloco no sistema de alimentação enquanto o módulo MXR80 fornece corrente sinusoidal - sincronizada com a resposta de fase da tensão da linha. Para minimizar a perturbação da rede
Notícias e Produtos Portos com recorde à vista no movimento de mercadorias
durante a recuperação da energia, esta só é
Com a SWM, a ThyssenKrupp conquistou
ativada em modo regenerativo. A função de
um cliente reconhecido. A instituição, aliada
recuperação de energia é automaticamente
ao MVG, é uma das maiores operadoras no
desativada durante o standby ou quando o
setor dos transportes na Alemanha e, com
Os portos nacionais devem ter registado um
motor está em carga, e assim, reduz-se sig-
mais de 770 escadas mecânicas, funciona
novo recorde de mercadorias movimenta-
nificativamente a perturbação da rede. Com
numa das mais completas redes de escadas
das ao longo de 2015, segundo os dados da
o novo módulo regenerativo MXR81 são dis-
mecânicas. No total, o metropolitano de Mu-
Autoridade Metropolitana de Transportes
ponibilizadas soluções otimizadas do ponto
nique transporta cerca de 400 milhões de
(AMT) entre janeiro e novembro de 2015 que
de vista dos custos para sistemas de alimen-
pessoas anualmente e com este contrato
registaram os 7 maiores portos portugue-
tação fixos. Em redes de menor qualidade, o
permite determinar novos padrões relativa-
ses com um movimento de 81,6 milhões de
módulo regenerativo MXR80 pode assegu-
mente à tecnologia e organização urbanas. O
toneladas de mercadorias, mais 8,2% que
rar a qualidade de alimentação requerida. A
processo de seleção durou mais de um ano,
no período homólogo de 2014. Este registo
SEW-EURODRIVE tem a solução adequada e
desde o pedido de propostas à negociação
representa um novo recorde histórico a nível
económica para cada sistema de alimenta-
do contrato. A encomenda é de uma grande
global e também nos portos de Sines, Lei-
ção. Os dois módulos estão disponíveis com
dimensão a vários níveis uma vez que além
xões e Aveiro, que registaram crescimentos
as potências de 50 kW e 75 kW para o servo-
da instalação das novas escadas mecânicas
de 17,5%, 5,4% e 3,5%, respetivamente, nos
controlador multi-eixo MOVIAXIS®.
e de estarem disponíveis aos consumidores,
primeiros 11 meses do ano passado. Segun-
a ThyssenKrupp também será responsável
do diversas fontes não terão ocorrido ano-
por eliminar e ordenar as antigas instala-
malias em relação a esta tendência durante
Inovação nas escadas mecânicas para a rede de metro em Munique
ções, e suportar os processos de inspeção.
dezembro de 2015, pelo que os dados de
Muitas das grandes cidades sofrem de infra-
movimentação de cargas no setor portuário
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
estruturas cada vez mais sobrecarregadas
nacional deverão ter atingido um novo máxi-
Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
aliadas à crescente população, e assim, des-
mo em 2015.
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
locar o transporte por estrada para meios ferroviários torna-se um desafio. A Thys-
O movimento de contentores no porto de
O negócio dos elevadores da ThyssenKrupp
senKrupp apoia várias cidades com soluções
Sines voltou a ter um desempenho positivo
iniciou 2016 com um importante contrato. A
inovadoras que respondem aos requisitos da
nos primeiros 11 meses de 2015, com mais
instituição pública StadtwerkeMünchenGm-
urbanização. “Queremos remeter os desafios
8,3% para cerca de 1,227 milhões de TEU
bH (SWM) de Munique selecionou a Thys-
da urbanização em conjunto com os consumi-
(medida-padrão equivalente a contentores
senkrupp para a substituição de 102 esca-
dores. É essencial encontrar novas soluções
com 20 pés de comprimento), significando
das rolantes na rede de transportes locais
para o transporte nas cidades que poupem
que o porto alentejano ainda detém uma
do MünchnerVerkehrsgesellschaft (MVG) a
tempo e reduzam os recursos energéticos
quota maior, de 51,3%, neste segmento de
partir deste novo ano. No total, a encomen-
e ambientais”, acrescentou Tietze. Como
carga. Mas o grande destaque no Porto de
da representa um investimento de oito alga-
exemplo, ao otimizar o acesso às estações
Sines no período em análise foi para a mo-
rismos. A instalação das escadas rolantes
atuais de metropolitano, o sistema de trans-
vimentação de granéis líquidos, em particu-
estará completa no prazo de 4 anos, sendo
porte ACCEL tem o potencial de persuadir
lar para o petróleo e refinados petrolíferos,
que a SVM pretende substituir 125 escadas
os passageiros que evitam transportes pú-
com um crescimento de 21% para um total
rolantes até 2019. “Estamos orgulhos que os
blicos, por não estarem ao alcance da sua
de 19,7 milhões de toneladas movimentadas
nossos produtos e que a atenção consistente
estação. Aplicando a tecnologia de motor
nos primeiros 11 meses de 2015. Aliás, o seg-
dos consumidores tenha atraído um cliente
linear do comboio magnético Transrapid, o
mento dos granéis líquidos foi o que ‘puxou’
tão seletivo”, afirma Oliver Tietze, Head of
ACCEL consegue transportar tantos passa-
mais pela movimentação de mercadorias
the Elevator Business na Europa e em África.
geiros como os tradicionais sistemas de ca-
nos portos nacionais entre janeiro e novem-
“Este contrato também nos permitiu conside-
bine, transportando numa direção até 7300
bro, com um aumento de 15,3% face ao perí-
rar este mês como aquele em que batemos o
passageiros por hora. Ao criar novos pontos
odo homólogo de 2015.
recorde para o nosso negócio de elevadores e
de acesso, o ACCEL é capaz de aumentar a
escadas rolantes na Alemanha.”
área de captação de passageiros em cada
Quanto ao mercado de contentores, mais di-
estação e, assim, aumentar o número de
nâmico e com um crescimento notável e evi-
passageiros em até 30%. Com o ACCEL, a
dente, registou um volume de cerca de 2,4
capacidade de utilização dos sistemas de
milhões de TEU, superior em 2,7% ao valor
metropolitano em todo o mundo podem
de janeiro-novembro de 2014, sendo tam-
ser maximizados, oferecendo uma alter-
bém o valor mais elevado de sempre. Mas
nativa à construção intensiva e dispendio-
há portos nacionais com variações negati-
sa de novas estações ou de ligações com
vas nos 11 meses de 2015 - como é o caso do
passagens subterrâneas. Outra vantagem:
Porto da Figueira da Foz, Setúbal, Viana do
o número de veículos na estrada também
Castelo e Lisboa – de respetivamente 7,4%,
baixaria.
-8,7%, -2% e -0,5%.
26
elevare
Dossier Manutenção em Elevadores Fernando Maurício Dias Prof. do Departamento de Engenharia Eletrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)
© elevatorone.ca
Neste 1.° número da revista “elevare” de 2016 é dado especial destaque ao tema da manutenção, este que é e sempre foi um tema controverso uma vez que a manutenção dos ascensores depende fortemente da EMIE, nomeadamente da sua maior ou menor competência para a realizar e, também, do maior ou menor tempo disponibilizado para a sua execução. Partindo do princípio que todas as EMIEs possuem a mesma capacidade técnica para realizar uma adequada manutenção aos equipamentos, somos levados a concluir que a boa, ou má, manutenção está mais associada a questões comerciais. Por outro lado, no nosso setor, embora parecendo esquecidas, há duas Normas Europeias, já com estatuto de Normas Portuguesas, que tratam deste assunto e que são um bom auxílio para tornar a manutenção mais eficiente e eficaz. Saliento que só raras exceções de EMIE conhecem e/ou utilizam estas Normas. Recomendo a leitura e aplicação dos requisitos apresentados em: >>
NP EN 627:1996 - Regras para o registo de ocorrências e vigilância de ascensores, escadas mecânicas e tapetes rolantes;
>>
NP EN 13015:2001+A1:2009 - Manutenção de elevadores e de escadas mecânicas; Regras para as instruções de manutenção.
A Norma NP EN 627:1996 descreve os métodos e os meios para registar dados relativos ao estado do ascensor, escada mecânica e tapete rolante. Estes dados têm por objetivo auxiliar a manutenção e podem aplicar-se em instalações de um ou vários aparelhos. Quanto à Norma NP EN 13015:2001+A1:2009 são especificados os elementos necessários para a preparação de instruções para as operações de manutenção, as quais são fornecidas para as novas instalações de ascensores, ascensores de carga, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes. É de notar que esta Norma não se aplica a instalações existentes, no entanto, pode e deve ser tomada como referência. Neste Dossier encontram artigos de elevado nível sobre o tema da manutenção que esperamos que seja um auxílio para as organizações melhorarem a sua manutenção, quer ao nível da sua organização quer ao nível da identificação dos pontos-chave.
elevare 27
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
Manutenção em elevadores
Fernando Jorge Almeida ISQ
O bom funcionamento e segurança
>>
Outros equipamentos: máquinas, qua-
te, em períodos mais curtos com óleos minerais ou muitos longos com óleos
dos elevadores estão dependentes
dros de comando, cabinas, contrapesos,
do cumprimento de quatro fatores:
guias das cabinas e dos contrapesos e
limpeza, lubrificação, afinação e
suas fixações, corrediças das portas de
conservação.
sintéticos; >>
cabinas e dos patamares.
O óleo hidráulico nos reservatórios deve ser substituído quando começa a criar humidade, que pode originar ar
LIMPEZAS
Zonas como: pavimento da casa das má-
nas tubagens e no reservatório/bloco
É essencial manter limpas as peças, partes
quinas, cobertura das cabinas e poços dos
de óleo dinâmico, cilindro/êmbolo, ori-
e locais dos elevadores que, sem limpeza,
elevadores limpas, garantem um funciona-
ginando um deficiente funcionamento
estão sujeitos a avarias por deficiências/
mento regular dos elevadores e um ambien-
maus contactos. A limpeza também é im-
te mais respirável nestes locais.
>>
ambiente com higiene no espaço do técnico
LUBRIFICAÇÕES
>>
e do utente. A manutenção destas condi-
A lubrificação é essencial para evitar ru-
res de tração, chumaceiras de rodas
ções garante um bom funcionamento e em
ídos e impedir que peças que devem ser
de aderência, copos de lubrificação
segurança dos elevadores.
lubrificadas periodicamente sejam sujeitas
de rodas de aderência e de desvio em
a um defeito de funcionamento, que pos-
elevadores mais antigos, que não dis-
Exemplo: a limpeza devem incidir sobre:
sam gerar ruídos ou gripar por falta de
põem de rolamentos blindados, como
>>
lubrificação.
as atuais que não necessitam de lubri-
das válvulas e do êmbolo;
Contactos de relés ou contactores dos
Lubrificação de chumaceiras de moto-
ficação;
quadros de comando de elevadores ins>>
Lubrificação dos mecanismos móveis dos freios;
portante para evitar ruídos e manter um
talados anteriormente, até ao século XX;
Exemplo: a substituição periódica de óleo ou
Dispositivos elétricos de fecho e encra-
lubrificação deve ser feita em:
zonas laminadas das guias onde tra-
vamento de portas de cabina e de pa-
>>
Redutores de máquina de tração, cujo
balham/deslizam as guarnições de
óleo deve ser substituído periodicamen-
roçadeiras da cabina e do contrapeso.
tamar;
>>
Lubrificação ou auto-lubrificação das
Com exceção das rodas guiadoras em ©controlelevadores.com.br
que o laminado das guias e as rodas devem manter-se limpas. AFINAÇÕES As verificações e afinações periódicas das peças e partes dos elevadores são essenciais para manter um bom funcionamento destes equipamentos. Exemplo: requerem verificação e afinação os contactos de relés e de contactores não herméticos de quadros de comando convencionais elétricos mais antigos. Os quadros eletrónicos e variadores de frequência não requerem afinações, mas devem ser mantidas as configurações e a
28
elevare
Dossier sobre Manutenção em Elevadores temperatura ambiente mínima e máxima
modo a que a sua atuação seja garantida com
O dispositivo de falta ou inversão de fases
que suportam.
imobilização da cabina ou do contrapeso.
de corrente da rede deve estar operacional.
Nos elevadores com redutor deve ser veri-
CONSERVAÇÃO
obstáculos da cabina ou do contrapeso
ficado o estado das guarnições das maxilas
O estado de boa conservação dos elevado-
deve estar operacional.
de travão, afinação da abertura destas e dos
res é essencial para o bom funcionamento e
núcleos das bobinas dos freios das máqui-
segurança destes.
O dispositivo de proteção de encontro de
nas de tração.
A função do óleo nos redutores das máquinas de tração é lubrificar a engrenagem
Exemplo: a boa conservação e bom fun-
reduzindo, deste modo, o atrito da roda
Nos motores gearless deve efetuar-se veri-
cionamento dos elevadores em segurança
de coroa/sem-fim. O óleo deve ser subs-
ficações periódicas dos freios/embraiagens
reflete-se no bom estado dos relés e con-
tituído quando os índices de viscosidade e
e condições de trabalho destes, tais como:
tactores em ambiente desprovido de sujida-
densidade não forem os estipulados pelo
temperatura ambiente e humidade.
des e humidades, substituí-los é a solução
fabricante, porque nesta condição o óleo
quando o seu estado o requeira.
escorre mais, fica mais contaminado e
As portas de cabina e de patamar por esta-
deteriorado escorrendo da zona do atrito,
rem sujeitas a manipulações ou uso indevido
As placas eletrónicas/variadores de fre-
devem ser sujeitas a verificações periódicas
quência ou as de variação de tensão reque-
e afinações quando necessárias de veloci-
rem a configuração de funcionamento de
Nos motores geradores de Corrente Contí-
dade de movimento destas, dos dispositi-
acordo com os parâmetros do fabricante e
nua por estarem sujeitos a muito desgas-
vos elétricos de fecho, de encravamento e
estarem providos de um ambiente de traba-
te, a atenção deve incidir sobre o desgas-
dos dispositivos de encontro de obstáculos
lho seco e com uma temperatura ambiente
te das escovas de carvão, que trabalham
destas.
que oscile até um mínimo de -5 e máximo
sobre os coletores. A substituição destas
de 40 graus centígrados. Estas performan-
deve ter em atenção a rigidez do carvão
Os pára-quedas da cabina ou do contrapeso,
ces são essenciais para a boa conservação
das escovas para não causar desgaste
quando exista, devem manter-se afinados de
destes equipamentos.
prematuro no coletor e por incidência de
com efeitos de menor lubrificação.
PUB
Dossier sobre Manutenção em Elevadores Os cabos de aço dos órgãos de suspensão e
estado e garantir um bom funcionamento
do limitador de velocidade têm tendência a
no fecho e encravamento destas.
alongar-se e devem ser vigiados periodicamente para não originarem deficiências no
Nas portas de patamar semiautomáticas
funcionamento e falta de segurança/inope-
devem deve ser verificado o estado e fun-
racionalidade dos dispositivos elétricos de
cionamento das molas e amortecedores hi-
segurança dos elevadores, tais como: fins
dráulicos de fecho desta e os vidros destas
de curso quando se vai fica um alongamen-
devem manter-se intactos.
to excessivo dos cabos de suspensão da ©elevemelevadores.com
curto-circuito das bobinas indutoras ou do
cabina/contrapeso ou do dispositivo elétri-
As roçadeiras inferiores das portas auto-
co de deteção de alongamento do cabo do
máticas de cabina ou de patamar sujeitas
limitador de velocidade instalado na roda
a desgaste e, por vezes, a mau uso devem
tensora.
ser verificadas periodicamente. As corrediças das portas e as rodas que lhe dão movi-
induzido. Os dispositivos de manobra manual de res-
mento devem manter-se limpas e as portas
As guarnições das maxilas dos freios das
gate devem ser ensaiados periodicamente,
de patamar devem possuir condições de
máquinas de tração com redutor, sujeitas a
sejam manuais ou elétricas.
movimento de fecho que, na situação de desacopladas, devem fechar só por ação
desgaste contínuo, devem ser verificadas periodicamente. Quando a espessura mínima
As guarnições das roçadeiras da cabina e do
da mola ou do peso que lhe transmitem
destas não garanta um bom desempenho na
contrapeso sujeitas a desgaste devem ser
o movimento de fecho. Esta situação visa
travagem do freio, devem ser substituídas.
verificadas periodicamente. A fricção destas
garantir melhor movimento/funcionamen-
nas guias de cabina ou do contrapeso, assim
to e maior segurança destas nas situações
O atrito dos cabos de suspensão sobre os
como as variações de temperatura, tornam
de emergência em que seja necessário de-
gornes da roda de aderência deve ter em
o material de plástico das guarnições mais
sencravar e abrir a porta de patamar para
conta o ângulo de trabalho e a têmpera/
rijo e origina muito desgaste, e provocam a
socorrer/retirar pessoas encarceradas na
rigidez do material dos gornes segundo os
rutura. A substituição destas deve ser efe-
cabina e que a porta de patamar tenha que
itens do fabricante, e a rigidez dos cabos de
tuada quando apresentem excesso de des-
fechar e encravar só por ação da mola ou
suspensão que, deve ser compatível com a
gaste ou de rigidez. Quando as roçadeiras
peso que lhe auferem este movimento ma-
rigidez dos gornes. Estas condições visam
possuem guarnições em plástico autolubri-
nual de fecho.
garantir atrito suficiente entre esses dois
ficante não é necessário verificar o estado
materiais, sem que quaisquer destes sejam
de lubrificação.
Na cobertura da cabina devem ser observadas as dimensões/folgas mínimas e má-
excessivos. O pára-quedas da cabina ou do contrapeso
ximas, balaustradas de proteção, quando
A duração dos cabos de suspensão dos ele-
se possuir, devem ser sujeitos a ensaios de
existam, estado de funcionamento do dis-
vadores de roda de aderência depende da
segurança periódicos. A inoperacionalidade
positivo de comando e estado dos órgãos
alma interna de cânhamo que autolubrifica
destes dispositivos põe em risco pessoas e
de suspensão da cabina e do contrapeso.
o cabo. Quando a autolubrificação deixa de
bens, e por esse motivo requer uma verifi-
ser efetiva, o cabo de aço fica mais rijo e com
cação imediata das causas que podem pas-
O dispositivo de controlo de carga da ca-
tendência a oxidar e a partir os fios das tran-
sar pela afinação, reparação ou por inerên-
bina deve estar operacional e configurado
ças, originando deterioração do cabo e maior
cia à substituição imediata deste dispositivo
para a capacidade máxima de carga da
atrito, que causa excesso de aderência des-
de segurança máxima. Causas da inopera-
cabina.
tes nos gornes da roda de aderência. A alma
cionalidade destes dispositivos de segu-
interior em cabo requer uma lubrificação
rança podem prover de um alongamento
Os dispositivos de emergência como alar-
periódica com óleo específico recomendado
excessivo e falta de atrito do cabo no gorne
me de socorro, iluminação de emergência
pelo fabricante. Estas situações são também
do limitador de velocidade, por desgaste
e comunicação bidirecional devem ser en-
inerentes ao cabo do limitador de velocidade.
excessivo das cunhas/roletas deste ou por
saiados mensalmente e mantidos ativos.
desgate excessivo das guarnições de roçaA falta de igualização dos cabos de sus-
deiras da cabina ou do contrapeso, quando
A manutenção dos elevadores está a car-
pensão origina um desgaste prematuro
o pára-quedas seja deste.
go das EMIE que devem possuir planos de manutenção afixados na casa da máquina,
dos gornes da roda de aderência e, por inerência, insuficiente atrito dos cabos de
Os dispositivos elétricos de segurança de
onde seja registado a verificação periódica
suspensão da cabina/contrapeso nos gor-
fins de curso devem estar operacionais.
dos dispositivos de segurança.
igualização dos cabos e o estado dos dis-
Os dispositivos elétricos de segurança de
As EIIE têm como missão inspecionar os
positivos que estabilizam e garantem esta
fecho e de encravamento das portas de
elevadores de modo a garantir a seguran-
condição.
cabina e de patamar devem estar em bom
ça de pessoas e bens.
nes. Deve ser verificado periodicamente a
30
elevare
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
A qualidade dos fluidos hidráulicos e os custos de produção Custos e perigos ocultos no uso de fluidos hidráulicos de baixa qualidade FUCHS Lubrificantes Unip., Lda.
A hidráulica é parte da nossa vida diária;
de baixa qualidade, ou de óleos reciclados,
alargada, uma menor carga para o sistema,
há poucas máquinas que funcionam sem
afetará o rendimento do sistema hidráulico
e com isto um menor consumo de energia.
energia hidráulica, incluindo maquinaria
que acabará aumentando os custos do seu
Os fluidos hidráulicos de baixa qualidade
agrícola, de construção, transportadores,
negócio.
não oferecem esta proteção pelo que au-
máquinas-ferramentas, e maquinaria geral
mentam os custos do processo.
na indústria de transformação, como por
Os elementos mais importantes no sistema
exemplo, máquinas para processamento de
hidráulico são:
CILINDROS HIDRÁULICOS
alimentos, aços e papel, incluindo os seto-
>>
Bombas e motores;
Os cilindros hidráulicos transformam a
res aeroespacial e de aviação.
>>
Cilindros hidráulicos;
pressão hidráulica em movimento linear
>>
Válvulas;
que depois realiza o trabalho mecânico. O
>>
Componentes do circuito (depósitos de
fluido hidráulico serve para selar e lubri-
de alta pressão circula por um circuito até
líquidos, sistemas de filtração, depósi-
ficar o pistão e as guias, evitar vibrações,
distintos motores e cilindros hidráulicos.
tos sob pressão, entre outros);
minimizar o desgaste e evitar a corrosão.
Neste tipo de máquinas, o fluido hidráulico
O fluido é controlado diretamente por vál-
>>
Vedantes, juntas e elastómeros.
vulas, distribui-se mediante mangueiras e
É possível que os fluidos hidráulicos de
tubos, flui pelo circuito até passar por um
O fluido hidráulico está formulado para le-
baixo custo contenham baixos valores de
mecanismo de filtração e voltar ao tanque
var a cabo uma função chave em cada um
aditivos antidesgaste, fazendo com que
principal.
destes elementos para assegurar uma óti-
aumente a tendência em surgirem riscos
ma eficiência das máquinas em geral.
nos cilindros, reduzindo o seu rendimento
O fluido hidráulico é um elemento impor-
e aumentando os requisitos energéticos.
tante do sistema hidráulico e a chave para
BOMBAS E MOTORES
A compatibilidade com os materiais de
assegurar uma utilização economicamente
Nos motores hidráulicos, as bombas e os
vedação também pode causar fugas que
mais eficiente destes ativos.
motores têm a função de transferir ener-
resultarão em custos elevados: a falta de
gia e estão sujeitos a uma grande tensão
lubrificação e, em última instância, a fa-
Apesar da natureza crítica do fluido hidráu-
hidráulica que pode chegar aos 700 bar.
lha do sistema. A FUCHS tem relações de
lico, muitas vezes considera-se ser apenas
Como resultado, o fluido hidráulico está
partenariado com fabricantes líderes em
uma matéria-prima com rendimento técni-
formulado para proteger os componentes
materiais de vedação e aditivos, pelo que
co similar, independentemente do fornece-
impulsores e os rolamentos contra o des-
garante um bom rendimento e uma ótima
dor que o oferece. Numa época em que os
gaste e a corrosão, para reduzir o atrito e
compatibilidade.
preços são tão elevados, é natural explorar
as necessidades energéticas.
opções de baixo custo que são oferecidas
VÁLVULAS
por diferentes fornecedores. Contudo, o
A prevenção do desgaste e da acumulação
As válvulas são mecanismos que contro-
fluido hidráulico de baixo custo, especial-
de depósitos traduz-se em bombas e moto-
lam a direção e o fluxo de um meio hidráu-
mente os formulados a partir de óleos base
res mais eficientes, com uma vida útil mais
lico desde uma bomba ou uma válvula de
elevare 31
Dossier sobre Manutenção em Elevadores pressão. Nas válvulas o fluido hidráulico
As válvulas elastoméricas podem ser afe-
>>
minimizar o atrito;
é necessário para dissipar o calor, reduzir
tadas quimicamente pela temperatura, o
>>
proteção dos componentes contra a
o desgaste e minimizar o atrito, e evitar a
oxigénio, a água, os aditivos e os produtos
corrosão.
derivados de oxidação do fluido hidráuli-
corrosão; >>
dissipar o calor.
co. Por isso, é vital que os vedantes e o À medida que as empresas tentam obter ní-
fluido hidráulico sejam compatíveis e que,
Na maquinaria moderna, a integridade do
veis de eficiência mais elevados nas máqui-
por sua vez, ofereçam proteção contra
fluido é assim mais importante. Os siste-
nas, através de intervalos de mudança de
o desgaste, dissipem o calor, reduzam o
mas hidráulicos modernos, com menores
óleos mais prolongados e cargas térmicas
atrito e evitem a acumulação de depósitos
volumes nos sistemas, maiores pressões e
mais elevadas, os fluidos hidráulicos de-
nas esquinas ou fissuras que se possam
temperaturas mais elevadas, exigem que o
vem assegurar que não se formem depósi-
formar.
fluido hidráulico circule mais rapidamente,
tos nas reduzidas tolerâncias das válvulas.
criando uma maior tensão sobre o mesmo,
Os fluidos hidráulicos de baixo custo, apre-
CONCLUSÃO
e aumentando a necessidade de um fluido
sentam um maior espessamento com o ar
O fluido hidráulico é muito mais do que um
de alta qualidade.
livre, um baixo rendimento das válvulas, um
simples fluido; é um elemento crítico para
pior rendimento das máquinas e um maior
a utilização eficiente das máquinas em
Apenas utilizando um fluido de qualidade
consumo energético.
geral, realiza uma variedade de funções
as empresas podem garantir a minimiza-
que incluem a limpeza, a refrigeração e a
ção do consumo de energia, maximizar os
proteção dos sistemas.
intervalos de manutenção, minimizar os
COMPONENTES DOS CIRCUITOS Estes componentes incluem depósitos de
desgastes dos componentes e os custos
líquidos, sistemas de filtração, depósitos
Optar por uma alternativa de baixo cus-
de substituição do óleo, maximizar a vida
sob pressão e tubos e mangueiras. O fluido
to põe em perigo a integridade da própria
útil da maquinaria e assegurar um custo
hidráulico deve ser compatível com todos
máquina e pode implicar um aumento de
total mais baixo associado a estes fluidos.
estes materiais, incluindo os revestimentos
custo nos processos empresariais.
Pode parecer que os fluidos hidráulicos
e pinturas de acabamento final.
de baixo custo oferecem um potencial As principais funções de um fluido hidráu-
de poupança, mas o custo total vai muito
VEDANTES, JUNTAS E ELASTÓMEROS
lico são:
mais longe do que uns cêntimos por litro. O
Todos os vedantes ou elastómeros do sis-
>>
transferir pressão e movimento;
fluido hidráulico de baixa qualidade é uma
tema hidráulico ficam expostos, total ou
>>
transferir forças e movimentos quan-
falsa poupança!
parcialmente, ao fluido hidráulico quando o sistema está em funcionamento, pelo que
do se utiliza como lubrificante; minimizar o desgaste das superfícies
A FUCHS é o maior produtor independente
este pode afetar os materiais vedantes fa-
>>
deslizantes sob condições de atrito
de lubrificantes no mundo e é um especia-
zendo com que se dilatem ou encolham.
limite;
lista na área dos fluidos lubrificantes. A FUCHS entende e valoriza o fator crítico que pode ser o fluido hidráulico, e apenas utiliza óleos base e aditivos da melhor qualidade para proporcionar uma melhor proteção de longa duração aos seus ativos mais valiosos. A FUCHS acredita que o fluido hidráulico não deve comprometer o rendimento dos seus produtos e da sua maquinaria. Adicionalmente,
os
seus
lubrificantes
apresentam: >>
uma elevada estabilidade térmica e elevada resistência ao envelhecimento;
>>
compatibilidade com metais e elastómeros;
>>
boa separação do ar;
>>
baixa formação de espuma;
>>
boa filtrabilidade;
>>
boa libertação da água;
>>
boa estabilidade frente ao cisalhamento.
32
elevare
PUB
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
Calibração dos equipamentos: custo ou benefício para a empresa? Paulo Cabral - pc@iep.pt Director dos Laboratórios do Instituto Electrotécnico Português (IEP) Coordenador da Especialização em Metrologia da Ordem dos Engenheiros Vice-Presidente do Conselho Directivo da Sociedade Portuguesa de Metrologia
Todos os técnicos que trabalham com equi-
adequadas é essencial que a informação
CALIBRAÇÃO E CONFIRMAÇÃO
pamentos de medição, mais cedo ou mais
que nos chega seja rigorosa. Ora, os equi-
METROLÓGICA
tarde, acabam por serem confrontados com
pamentos de medição são produtos mais
Sendo assim, da mesma forma que um
uma pergunta sacramental: "E esse equipa-
ou menos complexos e são constituídos
elevador ou um veículo automóvel devem
mento está calibrado?". No presente artigo
por numerosos componentes, cada um
ser periodicamente sujeitos a inspecções
procura explicar-se por que razão surge
dos quais está sujeito à variabilidade ine-
que avaliam a sua segurança, também um
essa pergunta, e de que forma lhe podemos
vitável de todos os dispositivos físicos. Es-
equipamento de medição deve ser regu-
responder.
tão sujeitos a utilização em condições que
larmente objecto de uma operação técnica
muitas vezes estão longe de ser as ideais
designada por calibração, a qual tem por
MEDIÇÃO E MEDIDA
(por exemplo em locais que tanto podem
objectivo avaliar se as características me-
Comecemos por nos questionar para que
estar com temperaturas muito altas como
trológicas que conduziram à escolha inicial
serve um equipamento de medição, qualquer
muito baixas, com poeiras, com humida-
desse equipamento se mantém dentro dos
que seja. Sabemos que um voltímetro nos
de, etc.). Sofrem quedas no transporte e
limites estabelecidos. Em função dos resul-
permite conhecer a tensão de um circuito
sobrecargas durante o seu uso. Sabemos
tados assim obtidos, devem ser tomadas
eléctrico; que um termómetro nos ajuda a
também que a passagem do tempo exer-
decisões relativas à continuação em servi-
saber a temperatura de uma máquina; que
ce a sua acção inexorável sobre qualquer
ço do equipamento.
usamos uma fita métrica para medir alturas,
objecto. É, por isso, fácil de perceber que
larguras e distâncias; que com um luxímetro
qualquer equipamento de medição pode
A necessidade de efectuar a calibração
ficamos a saber se a iluminação de um local
apresentar erros que comprometem a sua
dos equipamentos pode surgir da iniciativa
é suficiente para o fim a que se destina; etc.
adequada utilização. Mesmo que o equipa-
do próprio utilizador, que se quer assegu-
Todos esses instrumentos de medição (voltí-
mento seja novo (e até mesmo de alguma
rar de que está a medir correctamente,
metro, termómetro, fita métrica, luxímetro,
marca muito reputada), o erro estará sem-
ou ser uma exigência de terceiros, como
entre muitos outros) têm algo em comum:
pre presente nas medições que com ele
clientes, organismos oficiais ou entidades
o conhecimento que nos dão sobre o mundo
efectuarmos. Não é por isso exagero dizer
certificadoras.
que nos rodeia, conferindo-nos a capacidade
também que medir é errar. Se o erro da
de tomar decisões adequadas e tecnicamen-
medição for demasiado elevado, e tendo
Comecemos por ver algumas definições
te fundamentadas. Podemos assim afirmar
em conta que há decisões importantes que
importantes neste contexto. Para isso, va-
que medir é saber.
são tomadas em função dos resultados
mos socorrer-nos do Vocabulário Interna-
obtidos nas medições, as consequências
cional de Metrologia (VIM), o documento
A palavra medição designa o acto de medir.
desse erro podem ser muito sérias: por
oficial nesta matéria. Segundo o VIM (Defi-
Chama-se medida ao resultado da medição.
exemplo, aprovar uma máquina que apre-
nição 2.39), calibração é a
Utiliza-se também o termo unidade de medi-
senta deficiências graves (com impactos
da para nos referirmos à grandeza com a qual
negativos para os utilizadores dessa má-
especificadas, num primeiro passo, uma
comparamos outra grandeza (do mesmo
quina e em consequência disso com prejuí-
relação entre os valores e as incerte-
tipo) para a exprimir sob a forma de um
zos para a empresa), ou reprovar uma ou-
zas de medição fornecidos por padrões
valor numérico (por exemplo, em "230 V,
tra que na verdade cumpre os respectivos
e as indicações correspondentes com
50 Hz, 16 A" são utilizadas três unidades de me-
requisitos (com óbvios prejuízos para o seu
as incertezas associadas; num segundo
dida: volt, hertz e ampere, respectivamente).
fabricante). Os custos de uma má decisão
passo, utiliza esta informação para esta-
(baseada em medições erradas) podem
belecer uma relação visando a obtenção
Para que o nosso conhecimento seja cor-
ser muito elevados, ou mesmo incompor-
dum resultado de medição a partir duma
recto e assim possamos tomar decisões
táveis para a empresa.
indicação."
34
elevare
"Operação que estabelece, sob condições
Dossier sobre Manutenção em Elevadores Nesta definição surge o conceito de incerteza de medição, que segundo o mesmo VIM (2.26) é o
"Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a uma mensuranda, com base nas informações utilizadas."
É importante perceber que incerteza e erro são conceitos muito diferentes. O erro é a diferença entre o valor indicado pelo equipamento e o valor que ele está efectivamente a
Figura 1
medir, ao passo que a incerteza é a "margem EXEMPLO PRÁTICO
to deve levar-nos a procurar utilizar os
A título de exemplo, vejamos o caso de
equipamentos de forma a obter leituras o
Como se percebe da definição, a calibração
uma pinça multimétrica de um modelo
mais possível próximas do final da escala.
só por si não assegura que o equipamento
bastante comum no nosso mercado. Co-
A Figura 2 ilustra o andamento dos erros,
está a medir correctamente, pois apenas
mecemos por analisar as suas especifi-
tanto em valor absoluto (A) como em va-
determina os seus erros ("relação entre os
cações, tal como são apresentadas pelo
lor relativo (%), ao longo da escala de 40 A
valores [ ] fornecidos por padrões e as indi-
respectivo fabricante. A Figura 1 apresenta
que estamos a analisar.
cações correspondentes [do equipamento]").
um excerto dessas especificações.
de dúvida" em torno do resultado obtido.
O utilizador do equipamento deverá es-
A análise dos erros obtidos e as decisões que decorrem dessa análise fazem parte
O que nos é dito é que, por exemplo, para
tabelecer os seus próprios critérios de
do que se designa por confirmação me-
a escala de Corrente Alternada até 40 A, à
aceitação, definidos em função do uso que
trológica, a qual está definida na Norma
frequência da rede (entre 45 Hz e 66 Hz),
fizer do equipamento. Poderá seguir as
Internacional ISO 10012, que pretende ser
num ambiente com temperatura entre
especificações publicadas pelo fabricante,
um documento auxiliar para quem utiliza
18°C e 28°C e humidade inferior a 75%hr,
apenas uma parte delas (por exemplo, se
as Normas de sistemas de gestão da Sé-
esta pinça deverá ter um erro máximo de
no equipamento acima apenas utilizar al-
rie ISO 9000. Na citada Norma ISO 10012,
±[2,0% da leitura (em A) + 10 dígitos].
gumas das suas funções), ou mesmo definir critérios diferentes daqueles que são
Secção 3.5, diz-se que a confirmação metrológica é
A última parcela, "10 dígitos", causa fre-
publicados pelo fabricante. Neste último
"O conjunto de operações necessárias
quentemente alguma confusão no espírito
caso há que ter o cuidado de verificar se
para assegurar a conformidade de um
dos utilizadores. Isso significa apenas que
os critérios de aceitação não são inferiores
equipamento de medição com os requi-
se devem adicionar “10 vezes a resolução”
aos que foram publicados pelo fabricante,
sitos da utilização pretendida".
da escala em questão (isto é, o algarismo
pois nesse caso o equipamento dificilmen-
menos significativo que nessa escala é
te poderá cumprir o que dele se espera.
Na prática, é muito importante perceber
possível ler). No exemplo acima, a resolu-
a diferença entre os conceitos de calibra-
ção é de 0,01 A, pelo que a parcela "10 dígitos"
ção e de confirmação metrológica. O mais
toma o valor absoluto de 10 X 0,01A = 0,1 A.
habitual é que a calibração seja feita por
Este valor deve ser adicionado a qualquer
um laboratório acreditado, externo à em-
leitura feita com a pinça naquela escala, e
presa. Cabe depois ao detentor do equi-
evita que o erro máximo possa ser zero
pamento a responsabilidade de analisar
para leituras de 0 A (o que corresponde-
os resultados obtidos (apresentados num
ria a um equipamento ideal). Esta parcela
certificado de calibração) e de tomar as
introduz outra consideração muito impor-
decisões adequadas no que se refere à re-
tante para a utilização do equipamento,
posição em serviço desse equipamento. No
que é o efeito da resolução sobre o erro
caso de equipamentos novos, mesmo que
relativo (quociente entre o erro e a leitura,
de marcas bem conhecidas, é importante
que é habitualmente expresso em percen-
verificar se já são fornecidos com certifi-
tagem). De facto, para leituras inferiores
cados de calibração válidos; não é usual
a 2,5 A a contribuição dessa parcela para
O mais habitual (e porventura mais lógico)
que o fornecedor entregue tais certifica-
o erro relativo passa a ser superior ao da
é utilizar as especificações do fabricante,
dos, salvo se a calibração for solicitada em
primeira parcela, fazendo com que em
pelo menos nos primeiros anos de vida do
simultâneo com a encomenda do equipa-
vez dos cerca de 2% que pensávamos ter
equipamento. É também essencial ter em
mento, o que implica normalmente custos
possamos atingir erros relativos que são
conta eventuais requisitos legais, norma-
adicionais.
várias vezes superiores a esse. Tal aspec-
tivos ou contratuais que definam, directa
"A palavra medição designa o acto de medir. Chama-se medida ao resultado da medição. Utiliza-se também o termo unidade de medida para nos referirmos à grandeza com a qual comparamos outra grandeza (...)"
elevare 35
Dossier sobre Manutenção em Elevadores ou indirectamente, quais os erros máximos admissíveis que os equipamentos poderão apresentar. CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO Suponhamos agora que enviámos esta pinça para calibração. Vejamos então como serão apresentados os resultados dessa calibração no respectivo certificado, emitido por um laboratório acreditado (estatuto evidenciado pela aposição do símbolo «IPAC»), olhando para o exemplo que é apresentado na Figura 3. Após receber de volta o equipamento, acompanhado pelo respectivo certificado de calibração, é necessário analisar os resultados e em consequência decidir o que fazer com o equipamento, procedendo-se assim à tarefa de confirmação metrológica já mencionada. Há que verificar antes de mais se o próprio certificado satisfaz os requisitos formais que são exigidos aos laboratórios acreditados (de acordo com a Secção 5.10 da Norma Internacional ISO/IEC 17025). Em seguida, deve ser feita a análise técnica do certificado, o que nos vai permitir averiguar se a pin-
Figura 2
ça satisfaz, ou não, as suas especificações. Para a escala que estamos a considerar no exemplo, verifica-se que para os vários pontos calibrados (10 A; 20 A; 30 A) o erro que a pinça apresenta é sempre inferior ao erro máximo admissível. Mesmo que nesta análise se inclua o efeito da incerteza (|Erro| + |Incerteza|), tal afirmação permanecerá válida (Tabela 1). Feita esta análise é recomendável identificar o estado de calibração do equipamento, apondo-lhe uma etiqueta que evidencie as datas da última e da próxima calibrações, qual é a entidade calibradora, bem como outras indicações que forem de interesse para quem vai utilizar o equipamento (por exemplo, informação de alguma escala que esteja com problemas e que não deva ser
Figura 3
utilizada). Tabela 1
PRAZOS DE CALIBRAÇÃO
36
Valor lido no
Valor lido no
equipamento
padrão
Erro
Incerteza
Uma vez concluído o processo de confir-
Erro Máximo
mação metrológica (calibração e subse-
Admissível
quentes análise e decisão), o equipamento
9,87
A
10,00
A
- 0,13
A
± 0,12
A
± 0,30
A
é reposto em uso até à sua próxima cali-
19,99
A
20,00
A
- 0,01
A
± 0,24
A
± 0,50
A
30,11
A
30,00
A
+ 0,11
A
± 0,36
A
± 0,70
A
bração. Uma questão que surge com fre-
elevare
quência nesta fase é "de quanto em quanto
Dossier sobre Manutenção em Elevadores tempo devo calibrar o equipamento?". Não
que estão conformes. Na falta de outras
Norma ISO/IEC 17025, Requisitos Gerais de
existe uma resposta única a esta pergunta;
orientações vinculativas é por isso usual
Competência para Laboratórios de Ensaio e
na definição dos prazos de calibração de-
estabelecer-se um prazo inicial de 1 ano, o
Calibração: www1.ipq.pt/PT/site/clientes/pa-
verão ter-se em conta aspectos tais como
qual poderá ser posteriormente ajustado
ges/Norma.aspx?docId=IPQDOC-185-97264
a frequência e a severidade de utilização, o
em função dos resultados encontrados nas
tipo de equipamento em causa, o desgaste
sucessivas calibrações a que o equipamen-
Norma ISO 10012, Sistemas de Gestão da
que apresenta, as derivas esperadas tendo
to for submetido.
Medição; Requisitos para Processos de Me-
em conta o histórico das calibrações ante-
dição e Equipamento de Medição:
riores, e ainda as recomendações do fabri-
Excluem-se, naturalmente, desta análise os
www1.ipq.pt/PT/site/clientes/pages/Norma.
cante desse equipamento.
instrumentos de medição que estão abrangi-
aspx?docId=IPQDOC-185-153740
dos pelas disposições do controlo metrolóNote-se que é usual os fabricantes apresen-
gico legal (metrologia legal), como é o caso
SPMet - Sociedade Portuguesa de Metrolo-
tarem as especificações dos equipamentos
dos alcoolímetros e dos radares utilizados
gia: www.spmet.pt e
para o prazo de 1 ano após a calibração, o
pelas polícias na fiscalização rodoviária, dos
que significa que após esse período não se
sonómetros utilizados nas medições de ruí-
dispõe de elementos seguros para prever
do, ou das balanças utilizadas no comércio,
Legislação relativa ao Controlo Metrológico
o seu comportamento. São também de ter
entre diversos outros equipamentos. Nestes
de Métodos e Instrumentos de Medição:
em conta as eventuais consequências de
casos, os prazos são fixados na legislação
www.oern.pt/legislacao.php?id=81&cod
não ter um equipamento calibrado dentro
respectiva.
=0B0C
cações, com todas as implicações que daí
PARA SABER MAIS
IPQ - Instituto Português da Qualidade:
poderão resultar para a empresa, como
VIM - Vocabulário Internacional
www.ipq.pt/
por exemplo aceitar indevidamente má-
de Metrologia:
quinas não-conformes (e que deviam por
www1.ipq.pt/PT/Metrologia/Documents/
IPAC - Instituto Português de Acreditação:
isso ser rejeitadas), ou reprovar instalações
VIM_IPQ_INMETRO_2012.pdf
www.ipac.pt/
/spmetrologia
do período coberto pelas suas especifi-
PUB
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
Ascensores: um mercado em evolução permanente Eng.º Leitão SICMALEVA
O que pretendo com este artigo é
PRIETÁRIOS e, acima de tudo, os produtos
abordar uma questão que sugere
PROPRIETÁRIOS.
muitas opiniões. A minha será mais uma neste panorama numa tentativa de
Embora hoje a maioria dos fabricantes
aclarar um assunto que nem sempre é
afirme fornecer produtos NÃO PROPRIETÁ-
Preto ou Branco.
RIOS, a verdade é que muitos poucos realmente o fazem. O Webster dicionário online
Na presente conjuntura económica causada
define um produto PROPRIETÁRIO como
pela crise mundial, com as oportunidades
protegido por Marca Registada/Tradmark,
de trabalho a diminuir, procuram-se solu-
feito, produzido ou distribuído por alguém
não está de acordo com o conceito Open-
ções para competir no mercado cada vez
que detém os direitos exclusivos. Segundo
Archtecture. Ao passo que o sistema de NÃO
mais agressivo. No setor dos ascensores,
os padrões industriais, define o sistema de
PROPRIETÁRIO está de acordo com o con-
têm vindo a surgir e a consolidar-se dois
PROPRIETÁRIO, ou seja OEM (Original Equip-
ceito e, acima de tudo, não coloca o cliente
tipos de produtos: PRODUTOS NÃO PRO-
ment Manufacturer),como um produto que
final à mercê do fornecedor. No maior e mais exigente mercado do mundo que é o da América do Norte, o qual compreende o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA), os profissionais mais exigentes e atentos começam a exigir de forma muito clara e decisiva, nos pedidos de oferta, o novo conceito de NÃO PROPRIEDADE. Este conceito evoluído, não é mais do que a negação do conceito de PROPRIEDADE, posse, prevalecendo o conceito positivo da liberdade de uso de algo sem qualquer restrição. De forma a garantir que o ascensor permaneça sustentável, independentemente de quem possa ser selecionado para prestar os serviços necessários. MAS O QUE SE ENTENDE POR PROPRIETÁRIO NO SETOR DOS ASCENSORES? Alguns fabricantes e profissionais ligados à área dos ascensores consideram os seus equipamentos por natureza de PROPRIEDADE em virtude do seu design, pesquisa e
© www.gmv.it
38
elevare
desenvolvimento. Por este motivo, no pa-
Dossier sobre Manutenção em Elevadores taram por produtos "pobres", de qualidade mínima, ou optaram por montar o ascensor com base em vários fornecedores, não sendo capazes desta forma de garantir, por um período de 10 anos, as peças disponíveis e o suporte técnico, colocando em perigo — mesmo sem querer — o próprio futuro do elevador e a sua manutenção a longo prazo. Aqui também não se garante que quem comprou o ascensor seja o seu verdadeiro proprietário. O QUE SE ENTENDE POR ASCENSOR NÃO PROPRIETÁRIO? Os ascensores NÃO PROPRIEDADE são mais simples e têm um custo de manutenção mais baixo. A informação técnica, peças de reposição e componentes auxiliares de diagnóstico, necessários à manutenção e programação, estão disponíveis sem qualquer reserva do fabricante. Não sendo, por este motivo, controlados por uma única © www.gmv.it
entidade, não se tornando rapidamente obsoletos.
norama dos ascensores há empresas que
turers) ao longo de 10 anos pela empresa
vendem, no mercado final, produtos tecni-
fabricante do equipamento original.
camente perfeitos, mas tecnicamente blindados. Apenas estas empresas podem fornecer peças de substituição e manutenção ao preço que entenderem. O fornecimento das peças de substituição, embora possa ocorrer livremente para outras empresas de ascensores, não resolve o problema dos custos, prazos de entrega e dos componentes auxiliares necessários para o uso dos mesmos. Devido a este comportamento que tem causado uma anomalia no sistema da livre concorrência, foram em 2007 sancionadas algumas empresas a pagar uma
O compromisso do fabricante concede o direito de liberdade ao proprietário do edi-
"O fornecimento das peças de substituição, embora possa ocorrer livremente para outras empresas de ascensores, não resolve o problema dos custos, prazos de entrega e dos componentes auxiliares necessários para o uso dos mesmos"
multa de quase mil milhões de euros à Co-
fício, na sua área geográfica, de escolher a empresa de manutenção com qualificação similar como responsável pela manutenção do seu ascensor. Trata-se de uma opção livre com base na seriedade e confiança no serviço prestado localmente e não por imposição. Existindo assim uma relação entre fabricante, empresa de manutenção e proprietário clara, livre, simples e honesta, sem qualquer vínculo. O cliente final deve receber o melhor serviço possível e isso só é possível com base
missão Europeia pela violação clara a uma
num sistema de NÃO PROPRIEDADE.
das quatro liberdades de circulação - ser-
Se apenas uma empresa pode fornecer
viços - por comportamento concertado de
o serviço e equipamento PROPRIETÁRIO,
NÃO PROPRIEDADE – uma palavra obscu-
empresas privadas colocando em causa o
como é que o proprietário do edifício pode
ra, mas importante, que pode representar
tratado da CE, o qual vem sendo implemen-
controlar os custos de manutenção? Mes-
uma grande poupança em dinheiro e tem-
tado desde 1958 como elemento dinamiza-
mo que o componente auxiliar de diagnós-
po, mais do que se poderia inicialmente
dor do Mercado Interno Europeu.
tico seja fornecido ao proprietário, a sua
imaginar.
funcionalidade é limitada. Além disso, o A negatividade deste conceito faz-se notar
uso da ferramenta pode ser contratual,
A tendência do mercado de livre concorrên-
ainda mais quando analisamos todo o Ciclo
restrito ao proprietário e não aos seus
cia é exigir cada vez mais que os ascensores
de Vida Económico de um ascensor. Não se
representantes.
sejam comercializados com base no con-
pode analisar a situação apenas na perspe-
ceito de NÃO PROPRIEDADE. Esse princípio
tiva do seu custo inicial ser baixo, também
O PROPRIETÁRIO DO ASCENSOR ACABA POR
favorece o cliente final, que pode escolher
devemos tomar em consideração o custo
SER AQUELE QUE VENDEU O EQUIPAMENTO!
a melhor oferta, e tem à sua disposição em-
elevado de manutenção e de reposição das
Dentro deste panorama atual de crise, exis-
presas de instalação e manutenção interes-
peças OEMs (Original Equipment Manufac-
tem também algumas empresas que op-
sadas no seu poder de compra.
elevare 39
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
Manutenção: distinção pela qualidade do serviço Ricardo Vieira Elevadores.com.pt – Consultoria e Formação para o Setor de Elevação
A qualidade da prestação do serviço de
te ao facto de se deixar o ascensor parado
manutenção é essencial para que um as-
e passado uns dias enviar um orçamento,
censor ou outro produto se mantenha em
sem dar a cara ao cliente.
boas condições de funcionamento, transmitindo aos utilizadores dos ascensores e
É importante resolver uma avaria de uma
aos clientes das EMIEs, uma boa imagem
vez, mesmo que para isso seja necessário
da empresa que o mantém e a segurança e
dar um valor mais alto ao cliente, ou colo-
conforto que desejam sentir quando viajam
car-lhe essa alternativa, de forma que caso
nos ascensores.
volte a avariar, partilhe a responsabilidade de não ter pretendido solucionar de vez o
Esta perceção de que o ascensor está bem
problema detetado.
mantido e de que o mesmo não avaria com frequência, faz com que o cliente valorize a
A ocorrência de avarias repetitivas, que não
EMIE, a manutenção preventiva efetuada, e
se detetam, provoca uma imediata descon-
a qualidade do serviço prestado, resultan-
fiança no cliente.
©srelevadores.ind.br
bilizado e os valores contratuais tendem a estar no limite do razoável.
do numa relação mais duradoura e numa aceitação por parte do cliente em pagar um
A tendência que se verifica no mercado nos
valor superior pelo bom serviço prestado.
últimos anos é que a qualidade do serviço
A diversidade e quantidade de ascensores,
É, por isso mesmo, que é muito importan-
de manutenção tem vindo a degradar-se.
clientes, preços e tipos de contrato coloca-
te demonstrar ao cliente que se presta um
Esta mudança deu-se sobretudo devido ao
dos em cada rota é vasta e a tendência é a
bom serviço, e se para isso for necessário,
fato das empresas de uma forma geral,
de tratar a todos da mesma forma, tenden-
garantindo as condições de segurança,
tentarem distingir o seu serviço apenas
do a prestar um serviço de qualidade infe-
abrir a porta do ascensor e mostrar o poço
pelo fator preço, ou pelo nome da marca.
rior, independentemente do facto do cliente ter ou não um contrato a um preço superior
e o teto da cabina, limpos e sem fugas de óleo, ou a casa das máquinas limpa e sem
A consequência é que com valores con-
materiais avariados ou fugas de óleo.
tratuais muito reduzidos não é possível
ou inferior.
prestar um serviço de manutenção com a
O cliente apenas se apercebe do serviço
O facto de na situação de uma avaria, pa-
qualidade expetável pelo cliente, o que con-
prestado se comunicarmos com ele, pre-
rarmos, mostrarmos ao cliente o que ava-
sequentemente descredibiliza a marca e
sencialmente, e não através de comuni-
riou, e porque necessita de ser reparado ou
causa desconfiança no cliente.
cações impessoais que lhe transmitem a mensagem de que lhe estão a tentar vender
substituído, e que por esse facto o ascensor não pode eventualmente funcionar, con-
Neste momento, o nome das marcas, e até
quista a confiança do cliente, contrariamen-
o próprio setor, já tende a estar descredi-
mais qualquer coisa. Atualmente existe a perceção no mercado
©controlelevadores.com.br
que o escasso tempo que se passa no ascensor não é a fazer a manutenção preventiva, mas a tentar descobrir o que vender ao cliente, e a dita manutenção preventiva não passa de um formalismo legal ou de uma inspeção visual a alguns dos componentes. A boa comunicação pessoal com o cliente deve de ser valorizada e quando se baixa o
40
elevare
PUB
valor de um contrato, não se pode passar a imagem de que se irá prestar o mesmo serviço, como tem sido feito até agora. É de extrema importância inverter a tendência de descredibilização do setor, dando ao cliente a oportunidade de poder escolher e valorizar um serviço de excelência, que tenha de facto uma manutenção de excelência. É de extrema importância esclarecer o cliente que se se efetua um contrato por um valor inferior não poderá ter o mesmo tipo de serviço ou plano de manutenção e explicar quais as diferenças.
© controlelevadores.com.br
O cliente pode ser fidelizado pela boa relação de confiança, se o valor praticado for justo para ambas as partes, e se estiver claro que tipo de plano de manutenção e que tempo de serviço está a contratar. É importante aconselhar o cliente para que, sempre que possível, lhe seja dada a hipótese de poder escolher entre um produto de qualidade superior ou inferior. É importante que o cliente possa escolher entre efetuar uma reparação ligeira que continuará a dar alguns problemas no futuro e uma modernização mais profunda.
"A qualidade da prestação do serviço de manutenção é essencial para que um ascensor ou outro produto se mantenha em boas condições de funcionamento(...)" Quando uma EMIE presta a um cliente um serviço com qualidade a um preço justo para ambos, e o cliente tem a perceção adequada dessa qualidade, não tem vontade de mudar de EMIE. A transmissão desta perceção e a boa relação com o cliente é o fator chave, e quando assim o é podemos utilizar minutas contratuais, claras, transparentes, por curtos períodos e sem penalizações por rescisão, que o cliente não muda. Por estes motivos acredito que o setor terá tudo a ganhar se as EMIEs se distinguirem pela qualidade do serviço que prestam, apresentando aos clientes serviços adequados e com planos de manutenção ajustados a cada tipo de utilização.
Dossier sobre Manutenção em Elevadores
Manutenção inteligente de elevadores Miguel Tato Efalift
OBJETIVO
vez, a manutenção exerce um papel funda-
à informação de um sensor, a uma medi-
Este artigo tem dois objetivos: sistematizar
mental na otimização da qualidade do ser-
da de um desgaste, ou outro indicador que
os conceitos associados à manutenção de
viço prestado pelo equipamento.
possa revelar o estado de degradação do
equipamentos e mostrar como a introdu-
equipamento.
ção de novas tecnologias na aquisição e
Custo - Todas as ações de manutenção de-
processamento de informação pode intro-
verão conduzir à minimização do custo da
A manutenção curativa tem por objetivo
duzir um novo paradigma - a manutenção
utilização do equipamento. No entanto, a
a correção de uma avaria ou defeito do
inteligente de elevadores - que permite me-
manutenção em si acarreta custos (mão-de-
equipamento.
lhorar de forma significativa a eficiência na
-obra, peças, tempos de paragem dos equi-
manutenção quer ao nível dos objetivos da
pamentos, e outros) e torna-se necessário
APLICAÇÃO À MANUTENÇÃO
manutenção em si - segurança, fiabilidade,
ponderar estes custos (por exemplo, uma
DE ELEVADORES
entre outros quer ao nível da otimização de
operação de manutenção pode ser dema-
À luz dos conceitos referidos podemos
recursos da entidade que a realiza
siado custosa face à substituição do equipa-
constatar que a manutenção preventiva
mento por um novo).
sistemática de elevadores está normati-
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS
vamente definida e, portanto, acarreta um
A manutenção de um equipamento pode
Disponibilidade - De um modo geral, todos
(elevado) custo fixo e previsível, não haven-
ser definida como um conjunto de ações
os equipamentos deverão estar disponíveis
do grande flexibilidade na sua gestão. Já a
realizadas ao longo da vida útil desse equi-
para a sua utilização, bem como deverá ser
manutenção curativa, por apresentar um
pamento, de forma a manter ou repor a
reduzido ao mínimo o seu tempo de imobili-
caráter mais aleatório, apresenta uma ges-
sua operacionalidade nas melhores con-
zação devido a avaria.
tão mais complexa e com custos variáveis
dições de qualidade, custo e disponibilida-
e difíceis - se não impossíveis - de definir a
de, de uma forma segura. No fundo, estas
TIPOS DE MANUTENÇÃO
priori, facto agravado pela multiplicidade de
ações permitem manter ou controlar o
Para a análise e ponderação dos fatores
equipamentos existentes em manutenção
estado original de funcionamento de um
acima citados é conveniente dissecar a ma-
por uma mesma entidade. A introdução do
equipamento.
nutenção em cada um dos seus aspetos.
conceito de manutenção inteligente de ele-
Assim, a manutenção pode ser:
vadores - baseado no conceito de manuten-
>>
Preventiva:
ção preventiva condicionada - pode permitir
•
Sistemática,
uma redução substancial do esforço na ma-
•
Condicionada,
nutenção curativa.
De modo a assegurar os seus objetivos, há fatores que, por poderem conflituar, devem ser analisados de modo a que as operações de manutenção sejam implementadas com
>>
Curativa.
sucesso: Segurança - Genericamente, tem a ver com
Já vimos que a manutenção inteligente tem A manutenção preventiva sistemática é
por base um autodiagnóstico dos equipa-
executada em intervalos fixos.
mentos e a gestão da informação gerada
a segurança dos operadores e dos utiliza-
por esse autodiagnóstico. Tratemos cada
dores dos equipamentos. Através da manu-
A manutenção preventiva condicionada,
tenção criam-se condições para a deteção,
também chamada de manutenção inteli-
avaliação e controlo dos riscos potenciais
gente, é realizada em função do estado
Geração de informação de autodiagnóstico
que o equipamento possa proporcionar.
do equipamento ou de componentes do
A informação relevante para que o ele-
equipamento - a intervenção faz-se apenas
vador possa fazer um autodiagnóstico
Qualidade - Todos os equipamentos devem
com a manifestação da necessidade. É uma
depende muito do tipo de equipamento
proporcionar um alto desempenho com
manutenção preventiva, subordinada a um
em causa, mas podem ser feitas algumas
tendência para o "zero defeitos". Mais uma
tipo de acontecimento auto-diagnosticado:
generalizações:
42
elevare
um desses pontos.
Dossier sobre Manutenção em Elevadores >>
>>
Medição simultânea do estado de com-
A massificação da Internet e da tecnolo-
manutenção curativa: passa-se a agir
ponentes existentes no elevador e ge-
gia GSM de dados (com custos de utiliza-
proativamente consoante as potenciais
ração de sinais de alarme sob condi-
ção cada vez mais reduzidos e, na maioria
ções específicas (por exemplo, fecho do
dos casos, irrisórios) proporcionam uma
travão fora da zona de desencravamen-
alavanca perfeita para a generalização da
mação podendo-se facilmente, por
to, ou abertura da série de seguranças
ainda incipiente tecnologia M2M aplicada
exemplo, recorrer a históricos para
durante o movimento da cabina);
na gestão de elevadores.
decidir ou justificar uma substituição de
avarias, e não a reagir a elas; >>
Medição de outros parâmetros que
Armazenamento sistemático de infor-
componentes;
possam aferir o desgaste ou o mau
Diversos operadores de telecomunicações
>>
funcionamento do elevador enquanto
móveis disponibilizam serviços de voz e de
Hipótese de incluir no sistema outro tipo de informações que pode ser rele-
sistema (por exemplo monitorização da
dados adaptados a esta tecnologia. Estes
vante para a gestão do parque de ele-
temperatura do motor ou do óleo, ou
serviços são genéricos e estão apenas do
vadores: tráfego, consumo, utilização,
medição do nível de vibração da cabina).
lado do canal de comunicações.
entre outros; >>
Gestão otimizada das equipas de manu-
Nenhum destes pontos oferece dificuldade
Já existem gateways GSM comerciais que,
tenção podendo utilizar, por exemplo,
de execução, já que a eletrónica associada é
além de proporcionarem um canal de voz
um algoritmo de otimização de rotas in-
simples e toda a aquisição de dados é feita
(obrigatório em cada elevador), disponi-
tegrado no sistema de processamento
localmente.
bilizam canais de entrada/saída de infor-
de informação;
mação que podem ser lidos/operados re-
>>
Convém não esquecer que a manuten-
Processamento da informação
motamente utilizando a rede GSM dados
ção de elevadores é feita em prol dos
de autodiagnóstico
ligada à Internet. Com o interface adequado,
seus utilizadores, garantindo que o
Uma entidade que faça manutenção de ele-
estes dispositivos podem ser diretamente
equipamento está disponível para uso e
vadores tem forçosamente os seus equipa-
utilizados nos elevadores para a aquisição
em plenas condições de funcionamento
mentos distribuídos por uma área geográfi-
e envio de dados através da Internet para
e segurança. Num mercado de grande
ca mais ou menos ampla. Este facto faz com
um servidor local para armazenamento e
concorrência como o da manutenção
que o processamento da informação de au-
processamento.
de elevadores, a satisfação e confiança
todiagnóstico seja complicado por não exis-
dos utilizadores é a maior mais-valia
tir, de raiz, um canal de comunicações que
O desenvolvimento de um sistema central
que uma entidade que exerce a manu-
permita o trânsito dessa informação entre
e dedicado de armazenamento e proces-
tenção pode ter, e qualquer passo dado
todos os equipamentos. Estamos, portanto,
samento da informação gerada pelos ele-
no sentido de melhorar essa satisfação
perante um modelo de um sistema de aqui-
vadores, capaz de em tempo real dar aos
e confiança é um benefício muito gran-
sição de informação onde a informação está
decisores informação de onde e quando
de; a manutenção inteligente é indiscuti-
distribuída espacialmente, podendo (e de-
atuar, é o próximo passo para que esta
velmente um grande passo dado nesse
vendo) o processamento desta ser local. É
tecnologia possa ser devidamente imple-
sentido.
aqui que os recentes desenvolvimentos de
mentada e utilizada na área da manuten-
canais de comunicação podem entrar, con-
ção de elevadores. Este sistema pode ser
tribuindo para a criação de um canal bidire-
facilmente conseguido por adaptação ou
cional de informação entre todos os equi-
especialização de sistemas genéricos já
pamentos e um centro de comando. Uma
existentes.
tecnologia particularmente interessante e em franco crescimento é a tecnologia M2M
CONCLUSÃO – RUMO À MANUTENÇÃO
(Machine to Machine).
INTELIGENTE DE ELEVADORES Do exposto pode-se concluir que o futu-
De acordo com a Wikipédia, Machine-to-
ro da gestão da manutenção de elevado-
-Machine (M2M) (em português, máquina-a-
res tem forçosamente de passar por uma
-máquina) refere-se a “tecnologias que per-
utilização cada vez maior da manutenção
mitem tanto sistemas com fio quanto sem fio
preventiva condicionada - manutenção in-
a se comunicarem com outros dispositivos
teligente - de elevadores.
que possuam a mesma habilidade”. As vantagens da manutenção inteligente A base da tecnologia M2M é simples: existem
para as entidades que a exercem são mui-
sensores distribuídos e um canal de comuni-
tas, diretas e indiretas. Ressalvo, no entanto,
cações ponto-a-ponto que permite o envio da
estas que, no meu entender, sobressaem:
informação recolhida para um ponto central
>>
Maior controlo no estado de funciona-
A tecnologia existe, está acessível e dispo-
(centro de comando) onde essa informação é
mento dos elevadores em tempo real,
nível. Falta cumprir-se o desafio de a utili-
processada, armazenada e exibida.
com o respetivo benefício de diminuir a
zar em força.
elevare 43
Entrevista
“assegurar a qualificação profissional do setor” por Helena Paulino
Fernando Cruz, o novo Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEFAC), em entrevista, indicou quais as maiores dificuldades do setor e o que planeiam fazer para os minorar, sendo as empresas de condomínios um assunto muito abordado até por algumas lacunas na legislação relativamente a estas. Revista "elevare" (RE): Quem é Fernando Cruz, o novo Presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC)? Fernando Cruz (FC): Fernando Cruz, 57 anos de idade, sociólogo, sócio da empresa Ad Urbis de Oeiras, faz parte dos Órgãos Sociais
nutenção do parque habitacional do país
um estudo sobre uma reforma legislativa
da APEGAC desde 2011, integrando a Direção
mas também indispensável na gestão dos
nesta área. Naturalmente apenas com a
como Vogal no mandato anterior.
recursos e das relações que são uma con-
conclusão do estudo que se prevê para o
sequência natural da compropriedade, seja
ano corrente poderão ser avançadas pro-
através de um esforço concertado para a
postas concretas.
"A APEGAC pretende ser uma organização reconhecida pelo grande público, especialmente os quatro milhões de portugueses que vivem ou são proprietários de frações em edifícios sob o regime da propriedade horizontal (...)"
autorregulação da atividade ou através da continuação da contribuição para o proces-
“PROMOÇÃO DA QUALIFICAÇÃO
so de regulação por meio legislativo.
DOS PROFISSIONAIS DO SETOR”
RE: No dia 7 de dezembro decorreu, na APE-
RE: Na mesma conferência foi também
GAC, uma conferência sobre uma reforma
abordada a necessidade de regulamentar a
legislativa do regime da propriedade hori-
atividade profissional da administração de
zontal para demonstrar a necessidade de
condomínios. Quais as necessidades mais
serem feitas alterações ao regime de pro-
prementes das empresas de condomínios e
priedade horizontal. Em que aspetos?
o que falta regulamentar?
FC: De facto a APEGAC promoveu uma
FC: A necessidade de regulamentação da
Conferência da Prof.ª Sandra Passinhas,
atividade profissional de administração de
RE: Quais os seus maiores objetivos para de-
Docente da Faculdade de Direito da Univer-
condomínios tem merecido um profundo
senvolver na/com a APEGAC?
sidade de Coimbra, em que foram apresen-
empenhamento por parte da APEGAC, há
FC: A atual Direção tem por missão asse-
tados os resultados preliminares de um
mais de dez anos. É fundamental que seja
gurar a qualificação profissional do setor
estudo comparativo sobre a legislação da
clara e transparente a especificidade da ati-
assente em princípios éticos, de rigor e de
propriedade horizontal e da comproprie-
vidade, capacitação necessária para o seu
transparência, para que este se torne cada
dade em vários países, nomeadamente
desempenho e também os potenciais con-
vez mais preponderante na necessária ma-
europeus, como um primeiro passo para
flitos de interesses imanentes à atividade.
44
elevare
Entrevista A regulamentação, mais do que defender os interesses dos empresários, defenderá diretamente os interesses dos condóminos proporcionando-lhes acrescida confiança e garantias por parte das empresas que contratam para administrar uma parte importante do seu património. Naturalmente que, por outro lado, a regulamentação poderá ajudar a clarificar o mercado e a distinguir as empresas dedicadas à gestão e administração de condomínios que têm esta atividade como principal, (CAE 68322) das empresas ou entidades que a exercem de forma acessória da sua atividade principal, como algumas promo-
ser feito para aumentar o número de asso-
A APEGAC realiza, de forma bienal, um con-
toras e mediadoras imobiliárias, gabinetes
ciados?
gresso aberto a todas as empresas do se-
de contabilidade, e até editores.
FC: A APEGAC irá continuar a dar a conhecer
tor onde são debatidos os temas mais im-
o seu projeto associativo a todas as empre-
portantes da atividade económica.
RE: Quais as maiores dificuldades no se-
sas do setor que tenham como atividade
tor da administração de condomínios que
principal a gestão e administração de con-
RE: As empresas de condomínio têm alguns
pretende resolver enquanto Presidente da
domínios, propondo o seu Código Deontoló-
problemas de que tenham conhecimento
APEGAC?
gico e de Conduta como cerne da sua inicia-
e que estejam relacionadas com a regula-
FC: O setor empresarial da gestão e admi-
tiva de autorregulação, que será um fator
mentação ou outros fatores. Como pode a
nistração de condomínios é um setor pulve-
essencial para trazer maior segurança e
APEGAC ajudá-las nesse aspeto?
rizado por micro, pequenas e, eventualmen-
confiança aos prestadores de serviços do
FC: As empresas de gestão e administração
te, algumas médias empresas, o que não é
setor e aos seus clientes condóminos.
de condomínios têm os problemas comuns
uma exceção na economia portuguesa, e
da maioria das micro e pequenas empresas
como tal enfrenta os constrangimentos tí-
“PROGRAMA CONSISTENTE DE FORMAÇÃO
prestadoras de serviços em Portugal, e que
picos de ausência de massa crítica.
PARA UMA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
se prende com a carga burocrática e fiscal,
DOS SEUS ASSOCIADOS”
particularmente penalizadoras das empre-
A contribuição determinante da APEGAC
sas de pequena dimensão e o facto de en-
será a promoção da qualificação dos pro-
RE: Quais as maiores vantagens para as em-
frentarem, amiúde, por falta de regulação,
fissionais do setor e dar voz às mais de
presas de administração de condomínios ao
práticas de concorrência desleal por parte
1500 empresas, cerca de 20 000 postos de
pertencerem à APEGAC?
de entidades que oferecem serviços sem
trabalho diretos e indiretos. Por outro lado,
FC: A APEGAC é o único projeto associativo,
assegurarem as competências necessárias
mercê das condições conjunturais vividas
de âmbito nacional, que dá voz às empresas
ou sequer as suas obrigações fiscais ou o
no país, os proprietários tenderam a privi-
da atividade económica de Administração
cumprimento da legislação.
legiar prestadores de serviços, por vezes
e Gestão de Condomínios, na sua maioria
sem qualquer condição técnica para admi-
micro e pequenas empresas. A associação
RE: Quais são as suas expetativas para o
nistrar o seu património, dando lugar a uma
tem um programa consistente de forma-
futuro da Associação?
generalização abusiva sobre as empresas
ção em temas relevantes para a atividade
FC: A APEGAC pretende ser uma organiza-
de gestão e administração de condomínios.
económica contribuindo, ativamente, para
ção reconhecida pelo grande público, es-
Aqui, o papel da APEGAC será o de divulgar
uma qualificação profissional dos seus as-
pecialmente os quatro milhões de portu-
o seu Código Deontológico para a atividade,
sociados.
gueses que vivem ou são proprietários de
a que estão obrigados os seus associados e
frações em edifícios sob o regime da pro-
sensibilizar os proprietários para a neces-
A APEGAC tem um conjunto de parcerias
priedade horizontal, como uma instituição
sidade de serem criteriosos na seleção da
e protocolos que visam beneficiar os seus
moderna, atuante e eficiente contribuindo,
empresa de administração que irá gerir o
associados para quem, por exemplo, con-
de forma determinante, para a confiança
seu património, contratando esse serviço
tratou um seguro base de responsabilidade
dos consumidores (condóminos). Na sua
com garantias de confiança no seu desem-
civil de exploração e que constitui uma ga-
qualidade de única associação represen-
penho profissional.
rantia adicional para os condóminos que as
tativa da atividade económica de gestão e
contratem. A filiação na APEGAC é utilizada
administração de condomínios, a APEGAC
RE: Ainda há muitas empresas de adminis-
pelos seus associados como uma creden-
deverá desempenhar um papel essencial
tração de condomínios que não pertencem
cial de credibilidade e confiança junto dos
nos processos de regulação e autorregu-
à APEGAC. O que está a ser e o que poderá
seus clientes.
lação.
elevare 45
Informação técnico-comercial
ECOLIFT: sistemas de recuperação de energia para elevadores Bernardo Marques Responsável de Produção, LIFTECH S.A.
Poupança de energia até 65% em
energia de volta na rede em vez de apenas a
elevadores com VF.
‘deitar fora’. Estes sistemas são constituídos por componentes eletrónicos de elevada
Os supercondensadores, também conheci-
complexidade, dispendiosos e que em mui-
dos como ultracondensadores, permitem
tas situações não trazem um ganho econó-
armazenar perto de 100 vezes mais energia
mico associado à geração de energia, pois
por unidade de volume do que os condensa-
quando esta não é consumida localmente
dores, e conseguem carregar ou entregar
por outros consumidores (iluminação, apa-
energia de forma muito mais rápida do que
relhos AVAC, e outros) é injetada na rede e será consumida por outros clientes mas
as baterias, além de resistirem a muitos mais ciclos de carga e descarga do que as
mais desfavorável e energia gerada na si-
sem qualquer compensação por parte do
baterias recarregáveis. Os supercondensa-
tuação mais favorável) andará próximo dos
operador. Ficamos, assim, com um elevador
dores são utilizados em automóveis e com-
65%, sendo que esta depende da tipologia
mais ecológico mas não mais económico.
boios elétricos para armazenar a energia
do elevador e dos seus componentes. Esta
da travagem regenerativa e agora também
eficiência será ligeiramente inferior num
O novo sistema ecoLift da Liftech foi de-
em elevadores.
elevador de tipo ‘mochila’ e será ligeiramen-
senvolvido utilizando supercondensado-
te superior num elevador com um motor
res para armazenar a energia gerada pelo
síncrono de ímanes permanentes.
motor durante a travagem, como se de
Sempre que o elevador se desloca no sen-
uma bateria se tratasse, e irá reutilizá-
tido favorável (subir vazio ou descer completo), em que é necessário travar o peso
A energia gerada na travagem é, na atua-
-la na viagem seguinte. A sua instalação
em queda por ação da força da gravidade
lidade e na grande maioria das situações,
é extremamente simples pois faz-se pela
terrestre, o motor funciona como um ge-
dissipada sobre a forma de calor na resis-
ligação de duas linhas ao barramento DC
rador de energia. Num elevador moderno a
tência de frenagem que se encontra ligada
de qualquer variador de frequência e com
eficiência no funcionamento como gerador
ao variador. Contudo, existem já sistemas
uma capacidade de armazenamento até
(rácio entre energia consumida na situação
regenerativos que permitem injetar esta
6 kW pode ser utilizado com motores de qualquer potência. Este sistema traz um ganho económico efetivo associado à redução da pegada de carbono do elevador, pois a energia gerada por este é consumida na viagem seguinte ou, caso o elevador fique parado, alimenta o variador enquanto este está em standby, em detrimento da energia da rede. Com uma eficiência de 98% entre a energia entregue e a gerada, o ecoLift permite efetivamente reduzir o consumo do elevador até 65% que se traduzirá na redução real do valor da fatura de eletricidade.
46
elevare
PUB
Informação técnico-comercial
ThyssenKrupp lança MAX: maximização da eficiência urbana com a tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
Para reduzir o stress nas vidas de mais de
que acumulam um total de 190 milhões de
precisa de intervenções, de forma a evitar
mil milhões de pessoas que utilizam eleva-
horas (ou 216 séculos). O MAX foi concebi-
os sinais de “fora de serviço” nas portas dos
dores diariamente – um número que se pre-
do para melhorar significativamente estes
elevadores. Num edifício ligado com o MAX,
vê que aumente para três mil milhões nas
dados, pretendendo cortar os períodos de
as pessoas esperarão menos pelos eleva-
próximas três décadas – a ThyssenKrupp
indisponibilidade para metade.
dores, o que resultará numa diminuição do
acaba de lançar o MAX, o sistema com a
stress e no aumento da qualidade do tempo.
tecnologia The Internet of Things da Micro-
Com o MAX, a informação recolhida em
soft Azure, que aumenta a capacidade de
tempo real de milhões de elevadores
Andreas Schierenbeck, CEO da ThyssenKru-
transporte dentro dos edifícios. Com o re-
ThyssenKrupp ligados é enviada para a
pp Elevadores, afirma que “a nossa missão
volucionário MAX instalado mundialmente,
confiável plataforma na nuvem da Micro-
é revolucionar e fazer o que nunca ninguém
a poupança de tempo para os passageiros
soft Azure, onde um algoritmo calcula o
fez antes: transformar uma indústria com um
de elevadores pode equivaler a 108 sécu-
restante tempo de vida de sistemas-chave
século de existência que confiou até agora na
los de nova disponibilidade em cada ano de
e componentes em cada um destes eleva-
tecnologia pré-estabelecida. As cidades de
operação.
dores. Agora, a equipa da ThyssenKrupp
hoje precisam de inovação que responda aos
de mais de 20 000 engenheiros e técnicos
desafios da urbanização massiva que estão
A ThyssenKrupp Elevadores lança o MAX,
de serviço global podem confiar no MAX
a testemunhar. Estamos muito satisfeitos
um serviço preditivo e preventivo, vanguar-
como o seu braço direito, tornando possível
por trabalhar com a Microsoft para levar a
dista, que estende as capacidades de mo-
informar os proprietários de edifícios com
ThyssenKrupp à era digital e mudar a forma
nitorização remota ao aumento drástico
antecedência quando os sistemas-chave
como o setor oferece serviços de manuten-
dos níveis de disponibilidade de elevadores
ou componentes precisam de ser repara-
ção.” Schierenbeck acrescenta que “o MAX é
existentes e novos. Recorrendo ao poder da
dos ou substituídos e quando o programa
o segundo pilar da nossa revolução e surge
tecnologia The Internet of Things da Microsoft Azure, o MAX permite que um elevador ‘diga’ aos técnicos as suas necessidades reais, incluindo a identificação de reparações em tempo real, substituições de componentes e manutenção pró-ativa de assistência. Hoje, doze milhões de elevadores em todo o mundo transportam mil milhões de pessoas todos os dias, tornando o elevador o meio de transporte mais utilizado – e também o mais rápido – mas, num ano de operações, estes elevadores ficam indisponíveis devido a serviços de intervenção
48
elevare
Informação técnico-comercial depois das tecnologias mecânicas absolutamente vanguardistas existentes, como o elevador TWIN ou o elevador sem cabos MULTI para edifícios do futuro, concebidos para reduzir a pegada ecológica dos elevadores e libertar espaço para receitas adicionais nos edifícios.” Kevin Turner, Chief Operating Officer da Microsoft Corporation, comenta que “construída na nossa plataforma, as capacidades da The Internet of Things da Microsoft Azure estão a ligar milhões de sistemas para a ThyssenKrupp, ajudando-os a integrar e analisar os seus dados para que possam transitar de um modelo de negócio reativo para um próativo. Com informação inteligente, a ThyssenKrupp está claramente a transformar o seu negócio e a forma como interagem com Hoje, a ThyssenKrupp fornece serviços de
viço e a ser mantidos em operações com
manutenção em alguns dos edifícios mais
níveis de desempenho excelente que ronda
Vernon Turner, Senior Vice President da En-
icónicos e em infraestruturas de transpor-
essa mesma percentagem. Para 2020, a
terprise Systems e IDC Fellow da The Inter-
tes, incluindo o recentemente inaugurado
procura global por serviços e por equipa-
net of Things‚ afirma que “a ThyssenKrupp é
One World Trade Center em Nova Iorque e o
mento de elevadores (incluindo elevadores,
um exemplo que demonstra que os dados te-
Denver Airport, nos EUA; o Canal do Panamá,
escadas rolantes e passadeiras rolantes)
lemétricos dos elevadores ThyssenKrupp ins-
no Panamá; o Metro de São Paulo, no Brasil;
deverá aumentar anualmente cerca de 4%
talados a nível mundial podem ser analisa-
a sede da BMW em Munique e o Banco Cen-
para 61 mil milhões, com um valor de pres-
dos de forma a reduzir o tempo de inatividade
tral Europeu, em Frankfurt, na Alemanha; o
tação de serviços de manutenção que ron-
do equipamento através de manutenção pre-
Royal London Hospital em Londres, no Reino
da metade do valor total.
ventiva – antes que as falhas aconteçam.”
Unido; o Aeroporto Madrid-Barajas em Es-
gestores de edifícios.”
panha; a Torre da Federação em Moscovo,
ELEVADORES E EFICIÊNCIA DAS CIDADES
PLANO DO MAX
na Rússia; o aeroporto do Dubai nos UAE; o
Hoje, o tempo desperdiçado por pessoas à
MAX é um marco significativo na estratégia
World Financial Centre em Xangai, na China; o
espera de elevadores é um tema global, por
de negócio da ThyssenKrupp Elevator. Nos
Shinsegae Centum City na Coreia, e milhares
gerar um stress significativo em edifícios de
18 meses do período de lançamento, a em-
de outros edifícios por todo o mundo.
escritórios e com fins variados, afetando os
presa pretende ligar 180 000 unidades na
níveis de eficiência das cidades. Embora este
América do Norte e na Europa, sendo que
TENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO
elemento de stress adicional não seja consi-
os Estados Unidos da América, a Alemanha
E O MERCADO GLOBAL DOS ELEVADORES
derado à medida que a urbanização aconte-
e a Espanha serão países-piloto tal como
A ThyssenKrupp tem um forte compromis-
ce, com mais de três mil milhões de pessoas
outros países europeus, bem como a Ásia e
so para gerar inovações que apoiam os pla-
que se espera que vivam nas cidades nos
a América do Sul.
neadores de cidades, autoridades e pessoas
próximos 35 anos, o impacto do tempo de
que transformam atuais e futuras cidades
espera aumenta exponencialmente. A efici-
nos melhores locais para se viver, que o Ho-
ência dos elevadores existentes precisa de
mem nunca criou. No final deste século, es-
aumentar significativamente, de forma a
tima-se que aproximadamente 70% da po-
tornar as cidades cada vez melhores como
pulação global viva em cidades e que, na era
locais onde se viva da melhor forma.
da tecnologia inteligente, empresas como a ThyssenKrupp tenham um papel preponde-
Na verdade, um projeto sobre transporte
rante em dar forma a paisagens urbanas ao
de elevadores realizado por estudantes da
tornar inteligentes as cidades do futuro, da
Universidade de Colômbia descobriu que,
forma mais eficiente e sustentável possível.
apenas em 2010, os trabalhadores em escritórios em Nova Iorque acumulavam 16,6
A urbanização é uma tendência imparável, e
anos a aguardar por elevadores. Com o
estima-se que se necessite de mais 85% de
MAX instalado, cada um destes trabalhado-
espaço urbano existente até 2025, com o
res recuperaria mais de oito anos de tempo
número de elevadores a necessitar de ser-
livre.
elevare 49
Informação técnico-comercial
OPTIDRIVE™ ELEVATOR: controlo eficiente e preciso REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.
A INVERTEK apresenta-nos a 2.ª geração de
FLEXIBILIDADE
variadores de frequência dedicada ao con-
Um único produto é compatível com Mo-
trolo de sistemas de elevação e concebi-
tores de Indução (IM) ou de Ímanes Per-
dos para assegurar uma utilização suave e
manentes (IP),quer estejamos perante um
tranquila nos mais variados contextos, com
sistema com redução ou não, para além de
ou sem redutores.
possibilitar um controlo vetorial, em anel fechado ou aberto, de motores IM e IP.
As suas dimensões reduzidas simplificam a instalação e dispõem de interfaces opcio-
SIMPLICIDADE
nais que asseguram a sua compatibilidade
Estamos perante um variador de frequên-
com uma grande variedade de motores.
cia dedicado, com parâmetros lógicos e diversas funcionalidades, que é fornecido já
Os variadores de frequência da INVERTEK
com uma configuração de fábrica para con-
são reconhecidos pela sua eficiência no
textos mais simples e que, portanto, agiliza
controlo de motores elétricos, asseguran-
a sua entrada em serviço.
do um movimento com o máximo conforto
adjacentes, que realça a atenção dedicada ao conforto durante o trajeto, além de um
em qualquer situação. Dispõem de cinco
A programação é feita com o motor em po-
algoritmo de controlo do freio do motor
S-RAMPs independentes e de um algoritmo
sição parada e dispensa a remoção do cabo
para assegurar um funcionamento seguro
para o controlo do freio do elevador que lhe
do elevador. A parametrização é feita sem
e sem sobressaltos.
confere uma performance otimizada além
fios, caso se opte pela utilização do Optistick
de uma grande variedade de afinações.
com o Optitools Studio.
Por outro lado, o variador de frequência
CONFORTO
ELEVATOR incorpora a funcionalidade STO
Este modelo inclui 5 S-RAMPs indepen-
(Safe Torque Off), em consonância com a
dentes, permitindo ajustar a performance
CARATERÍSTICAS AVANÇADAS
normativa EN 13849/EN 62061, e uma va-
do movimento e assegurar um transporte
>>
riedade de valências que incluem, a título de
suave. Integra também um modo de ope-
exemplo, o Modo de Recuperação.
ração para distâncias curtas, para andares
Além destes aspetos, a frequência de comutação do sinal é feita a 32 kHz, assegurando uma operação silenciosa do motor.
Funcionamento em Modo de Recuperação possível com UPS externa;
>>
PLCs de bordo permitem a interação com programas customizados e com
©millwrightautomation.com
um leque alargado de sistemas de controlo; >>
Compatível com encoders incrementais ou EnDAT;
>>
Integra o Protocolo Modbus RTU e CANopen;
>>
Conforme a Norma IEC 61508 (SIL3).
A INVERTEK é representada em Portugal pela REIMAN.
50
elevare
PUB
Publireportagem
O modelo [SOS]Com de 72horas converte Portugal numa referência em segurança para as equipas de manutenção Nayar Systems
72horas, marca líder integrada dentro da
estabelecer automaticamente – simples-
empresa espanhola Nayar Systems, conti-
mente carregando no botão de alarme –
nua a sua firme expansão no mercado lusi-
uma comunicação bidirecional de voz atra-
tano. A empresa alcançou numerosos reco-
vés de um módulo GPRS entre as pessoas
nhecimentos ao longo de 2015, que premiou
presas no interior da cabine do elevador e o
a trajetória empresarial inovadora de oito
centro de avarias da equipa de manutenção.
anos de intenso trabalho. A empresa conta já com mais de 500 clientes em toda a Europa
72horas, através da sua plataforma univer-
e agora centra-se em continuar a oferecer o
sal, serve de base de dados e registo de to-
melhor serviço em Portugal.
das as chamadas de emergência realizadas desde a cabine do elevador. Deste modo, o
Precisamente para isso, a empresa conta
técnico de manutenção dispõe de uma fer-
com uma força comercial portuguesa, im-
ramenta de trabalho rápida e muito útil,
plantada no Porto, que permite à Nayar Sys-
dando-lhe a oportunidade de aceder a tais
tems atender, de perto, com rapidez e como-
bases de dados para conhecer o que ocorreu
este tornou-se numa ferramenta muito
didade o cliente em qualquer necessidade ou
e para dispor de um relatório mais detalha-
solicitada. Para além de estabelecer cha-
exigência que surja, fazendo-lhes ser parte
do da situação.
madas de voz da própria central de avarias
de todas as novidades da empresa.
permite receber chamadas de voz da próDesde o momento em que o responsável de
pria central de avarias, estabelecer uma
Atualmente, 72horas brinda os seus clien-
vendas de 72horas em Portugal apresen-
conversação em modo mãos livres, assim
tes com o sistema [SOS]Com, o qual permite
tou o sistema [SOS]Com aos seus clientes,
como conseguir um completo reconhecimento do estado de linha. Por tudo isto, as equipas de manutenção portuguesas encontram-se cada dia mais interessados no modelo [SOS]Com de 72horas. Uma vez que a Nayar Systems e, em concreto, a sua marca 72horas, sempre ofereceu os seus serviços baseado na legalidade e segurança que a lei obriga, cumprindo escrupulosamente com a normativa europeia EN 81-28; e sendo um exemplo a seguir por todos os seus homólogos europeus, o modelo [SOS]Com é visto como uma referência de segurança. Porque o objetivo prioritário de 72horas é
52
elevare
Publireportagem
sempre facilitar a vida a cada um dos seus
>>
clientes, preocupando-se com eles e com a segurança não só deles como dos seus
>>
passageiros. Graças ao sistema [SOS]Com, o técnico
>>
de manutenção conta com os seguintes benefícios: >>
A informação detalhada do estado de linha é uma segurança que as pessoas
>>
Regulariza o parque de elevadores do
eles encontra-se Portugal. A sua inscrição
cliente;
na comissão de mercado das telecomunica-
Existe uma melhoria de resposta por
ções, o seu aportamento ao mercado fren-
parte da equipa de manutenção peran-
te a outras plataformas mais económicas,
te os requisitos dos clientes;
que não cumprem com nenhum padrão de
Permite conhecer em tempo real o es-
segurança e de legalidade, assim, com os
tado de linha e a sincronização com a
numerosos acordos que consegue com os
plataforma;
principais fabricantes europeus, permitem
Supõe uma melhoria no controlo da hi-
que 72horas seja a opção escolhida pe-
peratividade.
las equipas de manutenção espanholas e portuguesas.
atualmente têm muito em conta; >>
>>
>>
O aviso do nível de cobertura e de ba-
72 horas trabalha sempre com os melho-
teria é ótimo para a equipa de manu-
res fabricantes de equipamentos GSM da
Assim mesmo, o importante investimento
tenção;
Europa, e isto permite à empresa ser líder
em I&D levado a cabo por 72horas permitiu
Oferecem-se todas as informações re-
do setor das telecomunicações no mundo
a implementação de numerosos avanços,
levantes ao ascensorista sobre o esta-
do elevador, tanto a nível nacional como
como o serviço de Echo Test, o qual evita
do da linha telefónica;
em países onde se está a implantar, entre
que os técnicos respondam a milhares de
Utiliza-se telemetria para controlar re-
chamadas de comprovação, gravando a
motamente o telefone;
locução e ficando registado em que dia e a
>>
Configura-se em cerca de 30 segundos;
>>
É incorporado num modelo único (GSM + Telefone);
>>
O equipamento é de rápida e fácil instalação;
>>
O sistema é revisto através de uma chamada cíclica de comprovação;
>>
"(...)72horas é atualmente a única plataforma homologada e aprovada pelas principais empresas do setor da elevação na Europa(...)"
que hora foi realizado pelo técnico a revisão. Por todo isto, 72horas é atualmente a única plataforma homologada e aprovada pelas principais empresas do setor da elevação na Europa, a qual trabalha de forma diária e em maior medida no potencial do mercado português.
A plataforma é utilizada como base de dados e de registos;
Welcome to the Connectivity!
elevare 53
Case study
Eficiência energética em óleos de engrenagens e hidráulicos Pedro Vieira Responsável Técnico da Lubrigrupo
Muitas vezes na atividade empresarial
Estes benefícios podem ser obtidos através
e moentes de cambotas. Nestes casos as
em geral e na manutenção em
da melhoria dos processos de fabrico ao
peças estão permanentemente protegidas
particular apenas se vê a ponta do
nível energético, através de melhorias me-
por um “filme” de óleo. Uma parte signifi-
cânicas e térmicas.
cativa das perdas energéticas que ocorrem
iceberg. Alguns dos fatores de custo mais óbvios podem aparecer primeiro,
nestes sistemas está relacionada com a
mas muitos mais permanecem
Neste estudo são abordados três casos re-
viscosidade do óleo nas condições de tra-
escondidos abaixo da superfície,
levantes, o Mobil SHC TM 600, o Mobil SHC TM
balho (Figura 1).
começando pela otimização dos
Gear e o Mobil DTE 10 EXCELTM.
processos e pela economia energética.
Na lubrificação elástohidrodinâmica a prinNesta abordagem vamos debruçar-nos so-
cipal diferença relativamente à lubrificação
Para iniciarmos a aproximação que a
bre os diferentes regimes de lubrificação,
hidrodinâmica é a pressão no contacto. Este
ExxonMobil preconiza em termos de efici-
hidrodinâmica, elástohidrodinâmica (EHD),
tipo de regime de lubrificação está associa-
ência energética teremos de ter em linha
mista ou limite e os fundamentos da tração
do a componentes onde a carga é supor-
de conta que, para se avaliar qualquer
e a sua medição.
tada numa pequena área. Como exemplos de equipamentos onde este tipo de lubri-
melhoria é necessário, primeiro, termos uma referência em conjunção com a pos-
Começando pelos regimes de lubrificação
ficação acontece temos todos os tipos de
sibilidade de efetuar medições precisas.
existentes, a lubrificação hidrodinâmica
rolamentos, excêntricos (como os veios
Com base neste princípio é necessário pro-
existe em sistemas onde o contacto ocorre
excêntricos dos motores automóveis) e en-
ceder a testes rigorosos apoiados no tra-
numa área relativamente grande. As chu-
grenagens. Nestes contactos a carga é tão
tamento estatístico dos dados sem usar
maceiras que operam sobre este regime de
grande que a superfície deforma‑se elasti-
extrapolações, para avaliar os benefícios
lubrificação podem ser encontradas numa
camente para formar uma pequena área de
energéticos obtidos com cerca de 95% de
larga gama de aplicações, tais como chu-
contacto. A película lubrificante é puxada
confiança.
maceiras de apoio, chumaceiras de impulso
para dentro dessa área, separando as su-
Lubrificação Hidrodinâmica
Figura 1
54
elevare
Lubrificação Elástohidrodinâmica (EHL)
Figura 2
Case study perfícies. O lubrificante é “cortado” nestas
Lubricação Mista e Limite
condições de alta pressão. As perdas energéticas são determinadas pela forma como o óleo se comporta nestas condições extremas (Figura 2). Por fim temos a lubrificação limite, que acontece quando estamos em condições em que existe alguma fricção entre partes dos elementos em jogo. Neste caso podemos estar perante a situação observada na Figura 3. 1. Se as superfícies metálicas se tocam, como se pode ver no Diagrama da Figura 3 em A, então é óbvio que não existe nenhum filme lubrificante entre as su-
Figura 3
perfícies; 2. Por outro lado, mesmo na ausência de lubrificantes, a camada de óxido for-
A Tração e os Óleos Base
mada na superfície de muitos metais, tal como se pode ver em B, confere propriedades físicas diferentes que irão alterar as caraterísticas de fricção e de desgaste dessas mesmas superfícies; 3. Para lidar com estas situações muitos lubrificantes têm na sua formulação aditivos antidesgaste ou aditivos de extrema pressão e, por vezes, também modificadores de fricção como se pode ver em C. Estes tipos de aditivos evitam que exista um contacto direto de metal com metal. Isto dá-se através da formação de um “filme” químico que previne o contacto direto metal com metal. Esta situação é, muitas vezes, chamada
Figura 4
de lubrificação limite. 4. Por fim as superfícies podem estar em alguns pontos separadas com uma fina
pouca influência ao não existir contacto di-
configuração nas respetivas eficiências.
reto entre as superfícies.
Verifica-se que a eficiência está relacionada
camada de lubrificante, não existindo assim contacto entre as superfícies.
com a proporção de deslizamento e as conO facto da tração estar dependente do óleo
dições de contacto entre os elementos das
base pode ser explicada através das dife-
engrenagens.
Por vezes existe alguma confusão entre os
rentes estruturas moleculares dos óleos
termos tração e fricção. Como se pode ver
minerais e dos óleos sintéticos, tal como se
Devido ao maior grau de deslizamento e à
na Figura 3 a fricção está geralmente as-
pode ver na Figura 4, através do seu com-
sua menor eficiência intrínseca, as engrena-
sociada às interações entre as superfícies,
portamento quando sujeitos às altas pres-
gens sem-fim são mais suscetíveis de be-
normalmente assumindo estarmos em
sões de corte existentes na lubrificação
neficiarem com a utilização de lubrificantes
presença de lubrificação limite. Por outro
elástohidrodinâmica.
sintéticos de menor coeficiente de tração.
lado a tração está geralmente relacionada
Este benefício pode verificar-se no gráfico
com a força desenvolvida pelo corte do fil-
Os vários tipos de engrenagens existentes
da Figura 6, onde se pode observar a gran-
me de óleo sob as altas pressões de con-
têm diferentes eficiências energéticas, de-
de diferença de coeficientes de tração entre
tacto existentes nas condições de lubrifica-
pendendo da quantidade de “deslizamentos”
um lubrificante mineral e um lubrificante
ção elástohidrodinâmica (EHL).
que carateriza cada um desses tipos de
sintético de base Polialfaolefina (PAO) na
engrenagens.
zona de trabalho de uma engrenagem sem-
Deste modo as propriedades de tração de-
-fim (zona A – grande deslizamento). No
pendem essencialmente da seleção do tipo
Na Figura 5 podem ver-se os diferentes ti-
caso dos restantes tipos de engrenagens a
de óleo base tendo os aditivos utilizados
pos de engrenagens e a influência da sua
sua eficiência é maior mas, também se pode
elevare 55
Case study verificar que existe um ganho significativo no coeficiente de tração nas suas zonas de trabalho (zona B) que vai do ponto inicial de contacto com deslizamento positivo, ponto de pressão na linha do diâmetro primitivo (deslizamento nulo) e deslizamento negativo no ponto de fuga. Através da diferença das curvas do coeficiente de tração de um óleo base sintético (PAO) e de um óleo base mineral podemos verificar o aumento de eficiência energética demonstrado na área sombreada que corresponde à redução integrada das perdas. Os ganhos estão sempre dependentes de vários fatores como o tipo de engrenagens,
Figura 5 Deslizamento e eficiência por tipo de engrenagem.
o ciclo de carga e as condições de lubrificação (mista/limite versus EHL). Nos casos das engrenagens de dentes em aço (veios paralelos ou cónicas), o ganho de eficiência, após a mudança de um lubrificante de base mineral para um lubrificante de base sintética, verificado experimentalmente e no campo, varia entre 0,25% e 0,5% por cada conjunto de engrenagens, pelo que quantos mais conjuntos uma caixa tiver, maiores serão os potenciais ganhos. Os testes realizados pela ExxonMobil confirmaram ganhos significativos na eficiência energética de redutores sem-fim através da comprovação da diminuição da temperatura de funcionamento do mesmo redutor funcionando com um óleo de base
Figura 6 Coeficientes de Tração versus rácio Deslizamento-Rolamento.
mineral e o Mobil SHCTM Gear 460. A redução da temperatura do óleo no cárter foi de 16° C como se pode ver na Figura 7. Esta diminuição permite um decréscimo significativo no consumo energético (até 3,6%) face a um óleo convencional. Exemplos de situações já comprovadas na indústria em situações reais: >>
1 – Mobil SHC TM 632 – Setor: fabrico de papel;
>>
Operação: Caixa de engrenagens de fábrica de papel (prensa);
>>
Melhoria da eficiência versus óleo mineral – 6,5%;
>>
Queda de 8° C na temperatura de operação da caixa;
>>
>3300 horas de Operação;
>>
Sem sinais de oxidação;
>>
Metais de desgaste ≤2 ppm;
56
elevare
Figura 7 Coeficientes de Tração versus rácio Deslizamento-Rolamento.
Case study de de se otimizar o seu desempenho ener-
e superar as perdas por atrito dos fluidos é
gético, relativamente aos sistemas hidráuli-
despendida energia que faz baixar a eficiên-
cos, sabe-se que para se obter uma máxima
cia energética (Figura 10).
eficiência, a viscosidade do óleo tem de ser consistente numa gama alargada de tem-
Verifica-se que, devido a um melhor fluxo, à
peraturas de funcionamento e terá de estar
medida que a temperatura aumenta, a efici-
de acordo com a viscosidade para a qual o
ência mecânica melhora. Simultaneamente
sistema foi projetado para trabalhar.
acontece o oposto à eficiência volumétrica que piora devido ao aumento das perdas
Figura 8
Analisando o problema da eficiência ener-
com o aumento da temperatura (Figura 11).
gética observa-se que as perdas nos siste>>
2 – MobilTM Gear 220 – Setor: Mineração
mas hidráulicos podem ser mecânicas ou
A conclusão que se pode retirar destes
– Mina de Taconite (minério de ferro
volumétricas.
factos é que ao mantermos a viscosidade
> 15% Fe); >>
estável numa ampla gama de temperatura
Detalhes do equipamento:
Relativamente às perdas volumétricas sa-
aumentamos a eficiência do sistema. Para
>>
Transportador Primário de minério;
bemos que todas as bombas têm peque-
isto é necessário termos fluidos hidráulicos
>>
Entrada: 1150 Hp, 1792 RPM;
nas fugas internas. Nas bombas de pistões
de alto índice de viscosidade estáveis ao
>>
Redução: 39.4:1;
axiais existem sempre pequenas fugas en-
“corte”, como é o caso do novo Mobil DTE
>>
Saída: ~45 RPM.
tre o cilindro e o pistão. Para girar a bomba
10 ExcelTM.
CONCLUSÕES: >>
Horas de operação: >5000 horas;
>>
Condição do óleo: Excelente, sem sinais de oxidação;
>>
Metais de desgaste ≤2 ppm;
>>
Melhoria da Eficiência versus óleo mineral – 3,6% com um intervalo de confiança de 95% ±1,3%.
Condições de teste de Eficiência Energética: >>
As medições do consumo foram feitas por uma empresa independente de serviços de engenharia elétrica;
>>
O Mobil SHCTM Gear 220 foi comparado com um óleo de engrenagens ISO VG 220 de base mineral, utilizando uma sequên-
Figura 10 Bomba de Pistões axiais.
cia de teste A-B-A-B; >>
A ExxonMobil Research & Engineering fez uma análise estatística das medições de potência para os dois óleos com carga total e em vazio.
Figura 9
SISTEMAS HIDRÁULICOS Aplicando o mesmo princípio com que antes analisámos as engrenagens e a possibilida-
Figura 11 Eficiência.
elevare 57
Case study Em testes (Denison T6C) realizados com o
Bomba de Palhetas Denison T6C
Mobil DTE 10 ExcelTM (IV 161) face a óleos hidráulicos (Figura 12) de tecnologia convencional pode ser comprovado um aumento significativo da eficiência sob várias condições de funcionamento. Através das imagens térmicas (Figura 13) podemos verificar as diferenças de temperatura da mesma bomba funcionando com os dois tipos de fluidos, permitindo uma melhor perceção da eficiência dos mesmos face à temperatura que geram (Figura 14). Para corroborar estas primeiras conclusões também foram feitos testes de
Figura 12 Teste de eficiência hidráulica Mobil DTE 10 ExcelTM.
campo. Nestes testes tentou-se sempre seguir uma metodologia que permitisse retirar conclusões válidas e realmente comparáveis das variáveis monitorizadas (Figura 15): >>
Fazer os testes no mesmo equipamento, com o mesmo operador, a mesma operação, nas mesmas condições de temperatura ambiente, temperatura do equipamento e do óleo, pressão do óleo, caudal do óleo, carga e taxa de produção constantes;
>>
Foram feitos os procedimentos de flushing e de enchimento cuidadosos para não haver contaminações cruzadas, nomeadamente foram feitas análises ao óleo do flushing;
>>
Projeto estatístico dos testes e da análi-
Figura 13 Análise termográfica.
se dos seus dados; >>
Sequência de testes Óleo A, Óleo B, Óleo A, Óleo B, de maneira a minimizar a variabilidade do ensaio e/ou o seu desvio;
>>
Recolha e registo de dados de alta qualidade;
>>
Dados recolhidos de medidores de energia e de medidores de fluxo de combustível de grande precisão;
>>
Análise estatística dos resultados obtidos com intervalos de confiança de 95%.
Testes feitos: 1. Economia de combustível – Chassis Dyno Lab Sarnia, Canada: >>
O benefício de usar o Mobil DTE 10
Figura 14 Circuito hidráulico simples sem arrefecer.
ExcelTM 46 (IV 161) face ao Mobil DTE 15M (IV 141) numa carregado-
>>
Escavadora executando uma série
trabalho
aumento de 4% na sua eficiência,
D320, Carolina do Norte, USA (Figura 16)
>>
Apenas um Operator;
traduzida na redução do consumo
>>
Mobil DTE 10 ExcelTM 46 versus óleo
>>
Lote único de combustível;
hidráulico 10 W;
>>
Flushing entre os óleos de teste;
de combustível.
58
2. Economia de combustível em ciclo de
ra de rodas (Bobcat) saldou-se no
elevare
de
escavadora
Caterpillar
prescrita de movimentos;
Case study >>
Teste alternado dos produtos para evitar desvios (A-B-A);
>>
Consumo de combustível por ciclo e tempo para completar o ciclo.
>>
Resultados:
--
Média no decréscimo no consumo de combustível – 6%;
--
Média da melhoria no tempo do ciclo – 5% (5,45% versus Cat HYDO, 3,63% versus Cat HYDO Advanced);
--
Redução no tempo do ciclo: Óleo Hidráulico 10 W = 64,02s; Mobil DTE 10 ExcelTM 46 = 60,53s;
--
Poupança no custo do combustível baseada no consumo de 20 lt/h, 12 h/
Figura 15 Mobil DTE 10 ExcelTM 46 Versus Mobil DTE 10 M.
dia, 260 dias/ano, 1,3 €/lt e 6% de redução de combustível – 4,867€. 3. Economia de combustível em fábrica de injeção de plástico em Illinois, USA >>
Extrusora Van Dorn Caliber, Modelo 1430;
>>
Motores Elétricos: 1 - 100 HP, 2 - 75 HP;
>>
Bombas hidráulicas: 4 bombas de palhetas de volume fixo, 1 bomba axial de pistões de volume variável;
>>
Reservatório de 1250 litros;
>>
Analisador de potência Fluke 1760, alimentação 500 Amp, 480 VAC;
>>
Figura 16 Extrusora Van Dorn Caliber – ciclo energético.
Teste alternado dos produtos para evitar desvios (A-B-A);
>>
Teste feito comparando o Mobil
>>
Resultados:
DTE 10 ExcelTM com óleo hidráuli-
--
Poupança de energia em operação contínua – até 2,2% (+/- 0,3%)*
co mineral Mobil DTE 25.
--
Poupança de 1700€/ano em eletricidade.
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Case study
Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções 2.ª Parte Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores
No artigo anterior publicado na revista “elevare” foi abordado o tema dedicado aos deveres das Autarquias para uma boa gestão das inspeções. O presente artigo pretende desmitificar um pouco os direitos das Autarquias sobre esta matéria. Como estamos recordados em janeiro 2015 decorreu a 3.a edição das Jornadas Técnicas sobre Elevadores. Neste encontro tive a oportunidade de abordar o tema dos Deveres e Direitos das Autarquias para uma boa gestão das inspeções onde, de forma muito participativa, foram detalhados os vários deveres e direitos das Autarquias. No último artigo da revista “elevare” mencionei nesta temática os seguintes deveres:
de cobrar taxas pelos serviços prestados.
e que não executam atempadamente as
Cadastro/Segurança/Inspeções e Gestão de
O valor da taxa deverá ser calculado com
inspeções comprometendo seriamente al-
Qualidade.
base no custo do valor hora e o tempo des-
guns dos deveres nesta área.
pendido pelos vários serviços da Instituição
"É imperativo que a gestão e controlo deste setor continuem no âmbito das competências das Autarquias como entidades fiscalizadoras e concretizadoras das inspeções."
que estão envolvidas no processo das ins-
Taxas de Inspeções/Reinspeções
peções de ascensores. Logo à partida surge
Como referi anteriormente, a cobrança das
um problema que se verifica um pouco por
taxas deverá ser um direito da instituição.
todo o país: porque razão os valores das
No que concerne especificamente aos va-
taxas de inspeção/reinspeção diferem de
lores praticados entre a inspeção e reins-
concelho para concelho?
peção deverá haver uma diferença entre as duas taxas.
Numa breve explicação a diferenciação de valores de taxas entre Municípios prende-
Esta diferença, sendo a taxa de inspeção mais
-se, essencialmente, pelo valor hora que
elevada, deverá ser justificada pelo tempo
cada Município atribuiu a cada serviço que
de execução da mesma e também para po-
tem a competência de gestão das inspeções
tenciar a que as entidades de manutenção de
Mas quais são os Direitos das Autarquias no
e o tempo despendido na sua gestão e a efi-
ascensores e proprietários estejam cientes
âmbito de uma boa gestão das inspeções?
cácia de execução. Ora, o valor da taxa não
da responsabilidade de terem os ascensores
pode à partida estar associado ou significar
nas devidas condições para a inspeção.
Direito – cobrar taxas
um bom ou mau desempenho na execução
Todas e qualquer instituição pública ou pri-
e gestão das inspeções. Como é sabido há
Por seu lado, o valor da taxa de reinspeção
vada que realize inspeções tem o direito
Municípios com valores de taxas elevadas
deverá ser menor uma vez que o tempo de
60
elevare
Case study execução é manifestamente inferior face a
2.ª INTERPRETAÇÃO
Aplicação de Coimas
uma inspeção.
Outra alternativa encontrada por alguns
Apesar de estar consagrada a sua aplica-
Municípios é aplicar a taxa de selagem
ção nos vários diplomas sobre a matéria,
Taxa de selagem
somente aquando da desselagem do as-
a sua eficácia, nos dias que correm, não é
Esta taxa pode ter duas interpretações na
censor para efeitos de inspeção. Como é
totalmente certa em termos de retorno
sua aplicação por parte do Município e que
sabido, o processo de selagem efetiva de
financeiro. Se uma Administração de Con-
vai diferenciar toda a gestão na área das
um equipamento envolve custos para a
domínio não tem possibilidades financeiras
inspeções.
Autarquia que incluem o valor a ser pago
para proceder ao pedido de inspeção de
à Entidade Inspetora, bem como os proce-
um ascensor, terá capacidades financeiras
1.ª INTERPRETAÇÃO
dimentos internos com o envolvimento da
para efetuar pagamento de coimas de valo-
Em alguns Municípios esta taxa está con-
Fiscalização Municipal no local aquando da
res mais elevados? E durante o tempo em
sagrada na tabela de taxas e receitas mu-
selagem.
que o processo corre nos serviços jurídi-
nicipais, podendo ser cobrada. Nesta inter-
cos e tribunais, os ascensores ficariam em
pretação de aplicação da taxa de selagem,
Ao se aplicar, desta forma, a taxa de se-
está aberta a porta a que os proprietários
lagem, está a ser imputado os custos aos
dos ascensores possam "pagar” para que
proprietários, que por motivos alheios ao
Atualmente são poucos os Municípios que
os equipamentos sejam selados pelo Autar-
Município não solicitaram as devidas ins-
aplicam coimas, sendo cada vez mais utili-
quia. Mas levanto aqui algumas questões:
peções aos equipamentos havendo a ne-
zada a taxa de selagem a ser cobrada jun-
>>
E se em determinada altura todos os
cessidade de se proceder à selagem dos
tamente com a inspeção para os casos dos
proprietários
mesmos.
equipamentos se encontrarem selados.
tos mediante o pagamento da taxa de
Desta forma permite responsabilizar as
CONCLUSÃO
selagem?
próprias Administrações de Condomínios e
O papel das Autarquias no âmbito das ins-
Não estaria o Município a ir contra o
não está fechada a porta à Autarquia em
peções de ascensores é muito importante
Regime Geral das Edificações Urbanas
aplicar coimas se assim o entender.
e deve ser cada vez mais reconhecido. Há
resolvessem
proceder
funcionamento?
ao pedido de selagem dos equipamen-
>>
onde diz que os ascensores devem es-
Municípios que têm feito um trabalho ex-
tar em funcionamento uma vez que o
Esta alternativa tem sido cada vez mais
traordinário nesta matéria, consolidando
edifício foi aprovado nessas condições?
utilizada pelos Municípios que encontram,
o aspeto da segurança dos equipamentos
assim, uma forma fácil, direta de aplicar
mediante a tomada de medidas de fiscaliza-
Neste modelo de aplicação da taxa de se-
uma multa mais leve, demonstrando as-
ção e controlo, bem como têm consolidado
lagem não se torna coerente por parte do
sim o caráter penalizador para os proprie-
o aspeto ao nível da qualidade do serviço
Município aceitar um pedido de selagem e
tários dos equipamentos. Esta medida é
prestado aos Munícipes, adotando procedi-
posteriormente aplicar aos proprietários e
vista também como uma alternativa à apli-
mentos facilitadores para a eficácia de ges-
às EMIEs as coimas previstas ao abrigo do
cação de coimas mais pesadas e previstas
tão e de tempo.
Decreto-Lei 320/2002 pela não-realização
no Decreto-Lei 320/2002 e que se tornam
das inspeções e as suas manutenções.
por vezes difíceis em termos de aplicação.
Ao longo destes dois artigos abordei os Deveres e Direitos das Autarquias como parte integrante no processo das inspeções de ascensores, ao qual as restantes entidades envolvidas devem ter consciência do papel importante que as Autarquias têm para o controlo e para a fiscalização. É imperativo que a gestão e controlo deste setor continuem no âmbito das competências das Autarquias como entidades fiscalizadoras e concretizadoras das inspeções. É imperativo que haja mais partilha de experiências entre os vários Municípios em prol da segurança dos utentes dos equipamentos. É imperativo valorizar os Municípios que trabalham afincadamente sobre esta matéria sendo exemplos a adotar para outros Municípios "menos” qualificados.
elevare 61
Case study
ThyssenKrupp apela à otimização da sustentabilidade urbana ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
O grupo industrial ThyssenKrupp continua a apelar ao desenvolvimento
tar três mil milhões de árvores durante o mesmo período.
energético mais eficiente nos cenários urbanos, depois de apurar que nos
Schierenbeck acrescentou que “a produção
edifícios a poupança poderá ser
elétrica face ao diálogo sobre o consumo
otimizada atualmente para alcançar
não é recente, mas o rápido aumento da
resultados significativos em apenas
organização em todo o mundo continua a
15 anos. Os prédios de hoje são
acelerar neste preciso momento, o que re-
responsáveis por 40% do consumo de
quer medidas mais urgentes na criação de
eletricidade a nível global.
um ambiente energético mais eficiente. Em 2030, até 60% da população global viverá
"(...) a produção elétrica face ao diálogo sobre o consumo não é recente, mas o rápido aumento da organização em todo o mundo continua a acelerar neste preciso momento, o que requer medidas mais urgentes (...)"
Em Barcelona, na Smart City Expo 2015 –
em cidades e a energia consumida nestas
o maior Congresso Mundial sobre Cidades
áreas urbanas aumentará até um quarto.
Inteligentes, o CEO da ThyssenKrupp Ele-
Como resultado, os prédios com energia ine-
ência energética. Nas cidades, a tendência
vator AG, Andreas Schierenbeck, afirmou
ficiente não conseguirão responder à forte
dos edifícios vira-se para o diálogo sobre
que “os edifícios nas nossas cidades estão
exigência crescente, o que torna imperativas
como os permitir funcionar de forma mais
limitados a fracos padrões energéticos por
as decisões de desenvolvimento urbano to-
inteligente, minimizando o consumo e re-
serviços ineficientes com uma média de ciclo
madas hoje para que as cidades do futuro
duzindo a sua pegada. Com os prédios a
de vida de 15 anos. Instalações como eleva-
se foquem na sustentabilidade para as ge-
tornarem-se cada vez mais altos, os ele-
dores, aquecedores, ventilação e refrigera-
rações seguintes.”
vadores são das instalações integrais que
ção não estão a funcionar nos níveis mais
mais energias consomem nas cidades e,
eficientes, pelo que é de extrema importân-
Considerando a grande quota de energia
assim, uma área de reflexão quando se
cia que respondamos com celeridade a esta
utilizada (40%), os prédios são cada vez
procuram novas e melhores soluções de
questão e que atualizemos estas instala-
mais o tema central no debate sobre efici-
eficiência energética.
ções de forma mais engenhosa, de forma a otimizar os níveis energéticos até 2030.” Cada um dos edifícios comerciais construídos, atualmente requer uma média de 12 000 MWh de consumo elétrico durante os próximos 15 anos. Apenas nos Estados Unidos da América, anualmente mais de 150 000 prédios são construídos, o que resulta num consumo de eletricidade de 120 Twh por ano, o equivalente ao consumo anual nos Países Baixos. Reduzindo estes valores em 10% é agora possível poupar o equivalente a 180 TWh nos próximos 15 anos, nivelando a redução de emissões de carbono nas 180 milhões toneladas de CO2, o equivalente a reduzir o número de carros nas ruas a dois milhões por ano ou a plan-
62
elevare
Case study tes devem ser reparados ou substituídos ou quando são necessárias intervenções, evitando os sinais de “Fora de serviço” nas portas dos elevadores. Num prédio ligado com o MAX, as pessoas esperarão menos pelos elevadores, o que resulta numa diminuição do stress e de um maior tempo de qualidade. Schierenbeck concluiu que “a necessidade de uma urbanização sustentável é algo que já não podemos ignorar e, com um vasto leque de vantagens tangíveis, as soluções de eficiência energética dos elevadores tornam-se centrais na criação de cidades autenticamente sustentáveis no futuro. É agora que temos de integrar estes sistemas nos edifícios. O conhecimento e os produtos já existem; o desafio passa por acelerarmos o processo de integração à Andreas Schierenbeck referiu o sistema
solução vanguardista: o MAX é uma solu-
MULTI da ThyssenKrupp como uma das
ção de serviço revolucionária preditiva e
soluções que pode contribuir para cidades
preventiva que prolonga a capacidade de
Numa altura em que a Internet e as re-
tecnologicamente inovadoras. A 5 de no-
monitorização remota ao aumento drásti-
des sociais definem diálogos globais so-
vembro de 2015, apenas um ano depois de
co de níveis de disponibilidade dos elevado-
bre uma série de temas, a URBAN HUB da
anunciar o conceito da tecnologia do ele-
res existentes e futuros.
ThyssenKrupp foi desenhada como uma
vador MULTI, a empresa apresentou um
atualização.”
revista digital internacional com conteú-
modelo à escala 1:3 em Gijón, Espanha. O
Com o MAX, a informação é recolhida em
dos completos, promovendo discussões
sistema MULTI utiliza motores lineares em
tempo real em milhões de elevadores
interativas sobre a urbanização e sobre
substituição de cabos, permitindo também
ThyssenKrupp conetados e enviada para a
o que significa para todos os envolvidos
a deslocação horizontal e transformando
plataforma confiável nuvem Azure, onde
quando se dá forma às nossas cidades.
a transportação convencional de elevador
um algoritmo calcula o tempo de vida dos
Abordando temas como cidades inteli-
em sistemas de metro vertical. A tecnolo-
sistemas-chave e componentes em cada ele-
gentes e inovação na mobilidade urbana
gia do elevador MULTI aumenta a capaci-
vador. Agora, as equipas da ThyssenKrupp
eficiente, a URBAN HUB inclui vídeos, foto-
dade de transporte e a eficiência enquanto
podem confiar no MAX como o seu braço
grafias, ilustrações e conteúdos de tercei-
reduz a pegada energética e picos de con-
direito, tornando possível informar atem-
ros em inglês, alemão, espanhol, francês
sumo nos edifícios.
padamente os proprietários dos edifícios
e português. Trabalha-se presentemente
quando os sistemas-chave ou componen-
numa tradução para Mandarim.
O sistema ACCEL facilita a movimentação de passageiros para as estações de metro, tornando-as mais acessíveis mesmo para aqueles que normalmente não utilizam o metro devido à distância do seu ponto de partida. A capacidade do sistema de metro pode agora ser maximizada com novos pontos de acesso e, aumentando a ligação entre as atuais linhas de metropolitano, este novo sistema de transporte poderá transportar mais 30% de passageiros adicionais. O ACCEL funciona como uma alternativa a novas e dispendiosas estações ou ligações subterrâneas complexas, com resultados que se traduzem numa redução significativa do número de automóveis na estrada. Para além destes produtos inovadores, a ThyssenKrupp lançou recentemente uma
elevare 63
Ascensores com história
Ascensor da Ribeira do Porto António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)
O Ascensor da Ribeira do Porto, também
seja de 1974 a 1999. Este programa desig-
tónio Moura, Paula Silva, Manuel Furtado
usualmente designado por “Elevador da
nado por CRUARB (Comissariado para a
Mendonça, Alberto Marcos, entre outros.
Lada”, marca indelevelmente a paisagem da
Renovação Urbana da Área Ribeira Barre-
Ribeira.
do), destinou-se a recuperar a degradada
Hoje pode considerar-se a recuperação do
zona do Barredo, da cidade do Porto. Já
Barredo um exemplo notável de interven-
A sua inauguração aconteceu no dia 13 de
nos anos sessenta o plano Diretor de Ro-
ção urbanística, dando lugar a uma zona
abril de 1994, com a presença do então Pre-
bert Auzelle previa a completa demolição
turística por excelência com habitação
sidente da Republica, Dr. Mário Soares, do
do Barredo para nela serem implantadas
social, esplanadas, restaurantes típicos,
Presidente da Câmara Municipal do Porto,
áreas verdes, modernos edifícios de habi-
hotéis, miradouros, tudo enquadrado por
Dr. Fernando Gomes, do Vereador do Urba-
tação e parques para automóveis, obrigan-
uma magnífica paisagem em frente ao rio
nismo, Arq. Gomes Fernandes e de outras
do os seus humildes e pobres habitantes
Douro e muito visível de Vila Nova de Gaia.
altas individualidades, numa festiva cerimó-
a serem deslocados para outras zonas da
Registe-se que a Classificação pela UNES-
nia, incluída na Presidência Aberta, dedica-
cidade.
CO, em 1996, do Centro Histórico do Porto, como Património Mundial da Humanidade
da ao Ambiente. Nessa ocasião, o Dr. Mário Soares foi a primeira pessoa a entrar no
O plano inicial do CRUARB foi baseado num
não teria sido possível sem o trabalho de
Elevador da Lada e depois subiu intrepida-
estudo prévio do Arq. Fernando Távora. A
recuperação urbana da Ribeira, realizada
mente até ao varandim da casa da máquina.
sua concretização foi da responsabilidade
pelo programa CRUARB.
Projetado pelo Arq. António Moura, a cons-
de vários arquitetos, um dos quais o pri-
trução do Elevador da Lada inseriu-se no
meiro Comissário, o Arq. Jorge Gigante. No
Com a construção do “Elevador da Lada”
plano de reabilitação do Barredo, que se
CRUARB colaboraram outros prestigiados
pretendeu-se facilitar o acesso à zona
desenrolou durante cerca de 25 anos, ou
Arquitetos, entre os quais salientamos An-
central do Barredo, utilizando meios mecânicos. A solução escolhida foi um elevador vertical panorâmico, funcionando no interior de uma torre metálica reticulada aberta, com 33,9 metros de altura, seguida de um passadiço metálico aberto com piso de madeira e cobertura metálica, com 20 metros de comprimento. A entrada faz-se pela Rua dos Arcos da Ribeira, n.° 66, junto às “Alminhas da Ponte”. Importa destacar que a torre está embutida num prédio de habitação social, ao longo de 14 metros. Assim, a primeira parte da viagem faz-se no escuro e subitamente entra a luz pela cabina totalmente envidraçada com uma vista soberba sobre a ponte Luís I, o Mosteiro da Serra do Pilar e a ribeira de Vila Nova de Gaia. Também o seu passadiço é um local privilegiado para se avistar uma grandiosa e pitoresca paisagem sobre a Ribeira e o rio Douro, muito apreciada pelos
Corte longitudinal do ascensor da Ribeira, gentileza do Arq. António Moura.
64
elevare
turistas. A casa da máquina situa-se na par-
Ascensores com história
te superior da torre, com acesso por uma ín-
O “Elevador da Lada” dá acesso a vários
greme escada exterior, sendo dotada de um
equipamentos urbanos, tais como a um
varandim. Uma das particularidades deste
centro de apoio do RSI (Rendimento Social
>>
Diâmetro da roda de cabos: 900 mm
elevador é o facto do contrapeso ter uma
de Inserção), ao Centro Social do Barredo e
>>
Tipo de acionamento: variação de velo-
suspensão diferencial, ou seja com apenas
à sede da Associação Nacional de Treinado-
metade do curso. Deste modo, este compo-
res de Futebol.
nente não é visível do exterior, dado que se movimenta na parte embutida do elevador.
cidade por variação de frequência >>
Cabos de suspensão: 6 x Ø15 mm
>>
Suspensão diferencial do contrapeso: suspensão 2:1 (curso na metade inferior da caixa)
das 8 às 20 horas. Lamentavelmente está encerrado aos sábados e domingos.
contrariamente a outros casos idênticos, tais como o Elevador do Mercado de Coim-
CARATERÍSTICAS TÉCNICAS MAIS
bra e o Elevador de Santa Justa, em Lisboa,
IMPORTANTES DO ELEVADOR DA LADA:
que funcionam no interior de torres fecha-
>>
das, o “Elevador da Lada” funciona numa tor-
Dono da Obra: Câmara Municipal do Porto
>>
Inauguração: 13 de abril de 1994
>>
Fabricante: Efacec Elevadores, S.A.
>>
Remodelado em 2004 pela empresa
al, menor exposição ao vento e uma similitude com a estrutura da ponte Luís I.
relação de 42,5:1
elevador aberto de segunda a sexta-feira, plexas e custosas soluções técnicas, pois
As vantagens são um menor impacto visu-
Máquina redutora: tipo Planetária com
Atualmente a viagem é gratuita, estando o
Esta solução arquitetónica obrigou a com-
re aberta.
>>
>>
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: --
O Comércio do Porto, 14 de abril de 1994;
--
Arquiteturas de Reabilitação, “O TRIPEIRO”, n.° 12 jan./fev. 95;
--
CRUARB 25 anos de Reabilitação Urbana, C. M. do Porto, 2000.
Schindler Ascensores, S.A.
O autor agradece ao Arq. António Mou-
Atual empresa responsável pela manu-
ra o seu inestimável apoio na redação
tenção: Schmitt - Elevadores, Lda.
deste texto e também às seguintes en-
As desvantagens são uma grande exposi-
>>
Curso: 26,8 metros, 2 pisos
tidades
ção às intempéries, que obrigaram a com-
>>
Cabina: capacidade de 1600 kg/21 pes-
>>
plexas soluções técnicas e cuidados na conservação, que mesmo assim não evitam
portas automáticas telescópicas, com
alguma degradação dos equipamentos. O
uma abertura de 1100 mm e protegida
que determinou que esta instalação sofres-
Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner - V. N. de Gaia
soas, com 2 acessos a 180º, dotada de >>
Schmitt- Elevadores, Lda.
contra as intempéries
se já várias importantes obras de conserva-
>>
Velocidade: 1 m/s
ção, chegando mesmo a estar imobilizada
>>
Tempo de viagem: 35 segundos
Nota: fotos do autor e esquema gentilmente
de 2008 e 2010.
>>
Potência do motor: 14 kW, 920 rpm
cedido pelo Arq. António Moura.
elevare 65
Figuras
Resumo biográfico de Jesuvino da Conceição Marques D. Ilda Amante
Jesuvino da Conceição Marques Amante
Correios de Portugal, facto desconhecido
nasceu em Mouriscas, Abrantes, a 08 de
da maioria das pessoas. Entrou no “mundo”
dezembro de 1938.
dos elevadores pela mão do Sr. Fernando Oliveira, que lhe deu a conhecer a área que
Contou no seu currículo profissional car-
seria a sua aptidão e paixão durante toda
gos como:
a vida.
>>
Oficial Eletricista e Chefe de Reparações na Fortis;
>>
Diretor da Fortis, na Manutenção, Reparações e Montagens. Foi responsável pela abertura de inúmeras delegações a nível nacional tal como no Arquipélago da Madeira, dos Açores, na cidade do Porto, entre outras;
>>
Sócio Fundador da empresa Tecnieleva;
Homem dedicado à família, deixou a espo-
>>
Sócio Fundador da empresa Abrantes;
sa Ilda Amante, sua fiel companheira de
>>
Sócio Fundador da empresa Eleva-
vida, casados há 58 anos, e o filho, Manuel
brantes;
Amante.
>>
Sócio Fundador da empresa Tecniabrantes, empresa na qual desempe-
Teve no seu passado uma força irevogável
nhou as suas funções até ao último dia,
de vontade e caráter, nunca renegando as
já com enorme sacrifício pessoal, mas
suas origens.
tendo sempre em mente os colaboradores que consigo trabalhavam.
Ilda Amante é a atual sócio-gerente da empresa Tecniabrantes. Manuel Amante
Dado curioso passa pelo início da sua car-
e Paulo Sousa são os restantes sócios da
reira profissional como funcionário dos
empresa.
66
elevare
"Entrou no 'mundo' dos elevadores pela mão do Sr. Fernando Oliveira, que lhe deu a conhecer a área que seria a sua aptidão e paixão durante toda a vida."
PUB
Bibliografia
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Conteúdo: O principal objetivo desta obra é o de apresentar os princípios fundamentais para a compreensão do dimensionamento da resistência mecânica,estabilidade e rigidez de peças ou componentes de uma determinada estrutura ou equipamento. Para tal contém informação teórica detalhada sobre as distintas principais fases de cálculo,complementada com um conjunto alargado de exemplos práticos resolvidos em detalhe (mais de 250 exemplos), aos quais se somam mais de 250 problemas propostos 55,00 € Autor: Paulo J. F. Gomes ISBN: 9789899869707 Editora: Edição de Autor Número de Páginas: 545 Edição: 2015 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
e respetivas soluções. Índice: Equilíbrio Estático - Diagrama do Corpo Livre. Esforços Internos. Tensões - Cargas Axiais. Deformações. Torção. Flexão. Flexão - Tensões de Corte em Vigas. Tensões Compostas. Combinação entre Tensões Normais e de Corte. Encurvadura. Critérios de Resistência. Deformação de Vigas. Anexos.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS BÁSICAS Conteúdo: A segurança eletrónica é uma das áreas do vasto mundo da segurança que tem vindo a ganhar cada vez mais importância e que se ocupa da proteção e diminuição dos riscos nas áreas da segurança contra incêndios em edifícios, anti-intrusão e roubo, controlo de acessos e vídeovigilância. A sua contribuição para a diminuição do risco é feita, em grande parte, 24 horas por dia, todos os dias por ano, através de equipamentos eletrónicos. 24,00 € Autor: Carlos Aníbal Xavier Nobre ISBN: 9789899651418 Editora: APSEI Número de Páginas: 336 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
Este manual tem como objetivo explicar o funcionamento e os limites de aplicabilidade destes sistemas de segurança e, desta forma, contribuir para a formação dos atuais e futuros profissionais desta área, bem como de todos os interessados pela proteção de pessoas e bens. Índice: Sistemas Automáticos de Deteção de Incêndio. Sistemas Automáticos de Deteção de Gases. Sistemas de Alarme de Intrusão. Sistemas de Controlo de Acessos. Sistemas de Videovigilância.
QUALIDADE NA ENERGIA ELÉTRICA – 2.ª EDIÇÃO Conteúdo: Em Qualidade na Energia Elétrica, o autor, Ricardo Aldabó Lopez, parte do princípio que qualquer problema de energia manifestado por desvios de tensão, corrente ou frequência, que resulte em falhas ou na operação incorreta de equipamentos, pode afetar a qualidade da energia elétrica. As consequências que daí derivam são as mais variadas e bem conhecidas de todos, indo de perdas de dados, desligamentos indevidos de computadores, falhas em processos automatizados, interferência em rádios e 25,71 € Autor: Ricardo Aldabó Lopez ISBN: 9788588098770 Editora: ARTLIBER Número de Páginas: 527 Edição: 2013 (Obra em Português do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
68
elevare
sistemas de imagem, até lâmpadas com luminosidade oscilante. A apresentação destes problemas, as suas causas e efeitos para o utilizador estão entre os temas abordados neste livro, além das soluções para o restabelecimento da qualidade da energia elétrica. Esta obra destina-se a estudantes dos níveis médio e superior e profissionais das áreas de tecnologia e energia elétrica, que têm nesta obra uma ferramenta de auxílio para a identificação, compreensão e solução destes problemas. Índice: Sistemas de energia elétrica. Distúrbios na energia elétrica. Efeitos dos distúrbios de energia. Soluções para os distúrbios de energia. Diagnóstico dos distúrbios de energia. Tópicos de eletrônica de potência. Controle de motor industrial. Sistemas de armazenamento de energia. Ruído em sinais analógicos. Ruído em sinais digitais. Conceitos e procedimentos..
Bibliografia
CINEMÁTICA E DINÂMICA DE ENGRENAGENS – TEORIA E EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO Conteúdo: O principal objetivo desta obra é o de apresentar os princípios fundamentais para o estudo cinemático e dinâmico de engrenagens. Os temas abordados, neste livro, estão divididos em 6 capítulos. Numa primeira fase, expõem-se os conceitos básicos e gerais sobre engrenagens, onde se apresentam os tipos de engrenagens, as suas aplicações, a geração dos perfis dos dentes, o princípio fundamental do engrenamento, entre outros. Posteriormente, são analisados os principais tipos de engrenagens, 21,90 € Autor: João Flores, José Gomes ISBN: 9789897231360 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 256 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
que vão desde as engrenagens mais simples, até às mais complexas e onde se discutem os principais parâmetros de desempenho como a continuidade do engrenamento, o rendimento, a problemática das interferências, entre outros. Finalmente, é apresentada a análise dinâmica de engrenagens, vulgo análise de forças, que visa o cálculo dos dentes, o dimensionamento dos veios, bem como a seleção dos apoios para veios. Para além dos aspetos mais teóricos, este livro contém ainda um vasto leque de exercícios de aplicação resolvidos, assim como um conjunto de exercícios de revisão de conhecimentos. Trata-se, pois, de um texto de apoio a professores e estudantes do ensino superior, que poderá ser também útil para aqueles que se interessam pelas temáticas relacionadas com as engrenagens. Índice: Aspetos Gerais sobre Engrenagens. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Inclinados. Engrenagens Cónicas. Engrenagens de Parafuso Sem-Fim. Dinâmica de Engrenagens.
MANUAL DE MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS – GUIA PRÁTICO – 2.ª EDIÇÃO Conteúdo: A manutenção de edifícios é uma atividade complexa que tem ganho cada vez mais importância nos dias que correm. O constante aumento do custo da eletricidade, assim como das matériasprimas em geral, torna fundamental aplicarem-se metodologias corretas e adequadas na manutenção de edifícios para otimizar o rendimento do funcionamento do imóvel. A complexidade dos conhecimentos necessários para uma correta manutenção dos edifícios vai desde 29,00 € Autor: António Barbedo de Magalhães, Abel Dias dos Santos, João Falcão Cunha ISBN: 9789897231049 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 630 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
conhecer os materiais básicos até ao conhecimento geral das diversas especialidades existentes nas instalações. Esta ação passa por conhecer os parafusos básicos até às regras de jardinagem ou funcionamento de máquinas de frio. As exigências operacionais das instalações de dimensão considerável assim como o conhecimento técnico do edifício e do equipamento existente, exige a concretização de uma manutenção adequada e sóbria. Pela utilização dos edifícios assim como o tempo, surgem diversas variáveis que causam degradação e danos quase irreversíveis nos imóveis, pelo que a (adequada) manutenção de edifícios deve ser uma preocupação constante dos responsáveis de manutenção. Só através de um conhecimento profundo do edifício, poderá adaptar técnicas e estratégias eficazes para garantir um prolongamento eficaz da vida útil das instalações. Os principais fundamentos a ter em conta na manutenção de edifícios são a Gestão Técnica Centralizada e a gestão orçamental. Um edifício deve ser seguro e manter um bom estado para evitar riscos desnecessários. A boa manutenção de edifícios prevê e elimina perigos e consequentemente aumenta a sua segurança. Índice: Prefácio. Nota do Autor. Gestão da Manutenção em Edifícios. Manutenção Preditiva. Tratamento de Águas. Separadores de Ar e Partículas. Chillers. Torres de Arrefecimento. Unidades de Tratamento de Ar (UTA). Postos de Transformação. Transformadores de Isolamento. Geradores. Iluminação. Instalação e Manutenção de Bombas e Sistemas de Bombeamento. Central de Bombagem para Serviços de Incêndio. ATEX - Atmosferas Explosivas. Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes. Inspeção à Rede de Gás, Avaliação Acústica e Licenciamento de Equipamentos sob Pressão. Extintores. Registos de Segurança. Manutenção de Espaços Verdes. Índice de Figuras. Índice de Tabelas. Bibliografia.
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Consultório técnico
Consultório técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
É obrigatório os novos elevadores terem
Quais os requisitos a que deve obedecer
telefone?
este dispositivo de pedido de socorro?
Sim, mas somente a partir do dia 1 de julho
O Ponto 14.2.3 da Norma NP EN 81-1 (2000)
de 1999. O Decreto-Lei n.° 295/1998, de 22
diz que (14.2.3.1) “a fim de poderem obter
de setembro, que transpôs para o direito
uma ajuda exterior, os passageiros devem
interno a Diretiva n.° 95/16/CE, de 29 de ju-
ter, à sua disposição na cabina um dispo-
nho, diz no seu Anexo I, Ponto 5.5, que "as
sitivo facilmente identificável e acessível
cabinas devem ser equipadas com meios
permitindo chamar por socorro. Aquele dis-
de comunicação bidirecionais que permitam
positivo (14.2.3.3) deve permitir a comunica-
obter uma ligação permanente com um ser-
ção vocal nos dois sentidos possibilitando
viço de intervenção rápida".
um contacto permanente com um serviço de socorro. Após a ativação do sistema de
No entanto existem os ofícios circulares da
comunicação não deve ser necessária mais
Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG)
nenhuma ação pelo utente encarcerado na
de 14/01/1999 e 26/01/1999, que clarificam
cabina.”
o Artigo 16.° do Decreto-Lei n.° 295/98 de
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Poderei colocar telefone em elevadores
22 de setembro, estabelecendo as con-
O sistema de comunicação bidirecional entre
instalados antes de 1 de julho de 1999?
dições exigidas para que o instalador pu-
a cabina e o exterior tem obrigatoriamente
Sim, através de obras de melhoramento. O
desse optar pelo anterior quadro legal de
de ser através de uma linha telefónica fixa?
Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de dezem-
licenciamento, (sem a obrigatoriedade da
Não necessariamente. Também pode ser
bro, prevê a instalação de um sistema de
comunicação bidirecional) nomeadamente
usado a linha móvel, o sistema GSM. Im-
comunicação bidirecional nos ascensores
em situações em que o contrato de forne-
portante é que, em ambos os casos, a co-
em obras de beneficiação - Anexo III, B).
cimento entre o instalador e o proprietário
municação bidirecional se possa estabele-
tivesse sido estabelecido até 1 de março de
cer sem uma alimentação elétrica.
1999 e com licença de construção do edifício anterior a 1 de janeiro de 1999.
A comunicação bidirecional está restringida à cabina do ascensor?
É obrigatório que o sistema de comunicação
Não. Deverá existir igualmente na cober-
bidirecional entre a cabina e o exterior
tura da cabina e no poço, locais onde há
permita a este saber a origem e localização
perigo de encarceramento. Neste caso o
da chamada?
objetivo não é a segurança dos passagei-
Ainda não, embora seja uma mais-valia
ros mas dos técnicos de manutenção de
pois o passageiro dentro da cabina pode
elevadores.
não saber a sua localização. [...] que obriga a que do exterior se saiba a origem e loca-
O Ponto 5.10 da Norma NP EN 81-1 (2000)
lização da chamada.
diz o seguinte: “Se existe perigo de encarceramento de pessoas trabalhando no inte-
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elevare
Quando poderá ser testada essa comunicação
rior da caixa, sem estar prevista saída atra-
bidirecional?
vés da cabina ou pela caixa deve instalar-se
Deverá ser testada nas inspeções periódi-
um sistema de alarme nos locais onde esse
cas dos elevadores, regidas pelo Decreto-
risco existe. Este sistema de alarme deve
-Lei n.° 320/2002 de 28 de dezembro. O já
obedecer às prescrições de 14.2.3.3", que
referido Despacho n.° 10500/2004 (2.a Sé-
passam por “permitir a comunicação vocal
rie) de 12 de maio da Direção de Energia e
nos dois sentidos possibilitando um contac-
Geologia prevê o cumprimento da Norma
to permanente com um serviço de socorro.
EN 81-28 de 2003, a qual obriga, entre ou-
Após a ativação do sistema de comunica-
tras coisas, que as comunicações bidirecio-
ção, não deve ser necessária mais nenhu-
nais sejam testadas de 72 em 72 horas.
ma ação pelo utente encarcerado..."
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