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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

Número 5 . 1.o e 2.o Trimestres de 2015 . www.elevare.pt

Normalização

Normalização - CT 63

Legislação

Eficiência energética nos elevadores

DOSSIER

ILUMINAÇÃO EM ELEVADORES

Ascensores com história O elevador histórico do Curia Palace Hotel

Figuras

Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo


PUB


Ficha técnica

elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

DIRETOR

4

Editorial

6

Qualidade, segurança e ambiente O comportamento dos ascensores em caso de incêndio - 1.a Parte

11

Normalização Normalização - CT 63

12

Legislação Eficiência energética nos elevadores

16

Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE e suas implicações: Estamos preparados?

Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt

COLABORAÇÃO REDATORIAL António Vasconcelos, Eduardo Restivo,Erick Alves, Fernando Maurício Dias, Helena Paulino, João E. Almeida, José Pirralha,Miguel Leichsenring Franco, Pedro Paulino, Ricardo Sá e Silva, Rosário Machado, Vitor Amaral

COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt

18 Coluna da APEGAC DIRETOR COMERCIAL

Apresentação da APEGAC e as inspeções dos elevadores

Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt

20 Notícias e Produtos

CHEFE DE REDAÇÃO

29 Dossier sobre iluminação em elevadores [30] Lightwatcher: Apagar/atenuar a luz de cabina segundo a diretiva 95/16/CE [32] Iluminação nos elevadores

Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt

DESIGN E WEBDESIGN

36 Entrevista

Ana Pereira

a.pereira@cie-comunicacao.pt

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.

®

Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629

Instituto Português de Qualidade: Organismo nacional de normalização

40 Informação técnico-comercial Portugal aposta no cumprimento da Norma Europeia EN 81.28 através da Nayar Systems

geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

42 Case study Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções - 1.ª Parte

Os trabalhos assinados são da

46 Ascensores com história

exclusiva responsabilidade dos seus autores.

O elevador histórico do Curia Palace Hotel

48 Figuras Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo

Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng. António Vasconcelos

50

Reportagem III Jornadas Técnicas – Elevadores: o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal

53

Calendário de eventos

54

Bibliografia

56 Consultório técnico elevare

3


Editorial

O ano de 2015 tem sido fértil em eventos na área dos elevadores. Esta constatação é de salutar, uma vez que evidencia a dinâmica do setor, embora muitas das vezes essa dinâmica seja castrada pelo poder de decisão que não a consegue acompanhar. Em janeiro, mais concretamente no dia 30, realizou-se o maior evento no setor dos eleva-

Fernando Maurício Dias

dores em Portugal. As Jornadas Técnicas de Elevadores, na sua 3.a edição, tiveram lugar

Diretor

do auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto numa organização conjunta do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, Ordem dos Engenheiros – Região Norte e da Revista "ELEVARE". O conjunto de oradores, de alta qualidade, e a intervenção do público

encontro Ascensores – Diretiva 2014/33/EU

fizeram destas Jornadas um ponto de troca de informação e de debate de ideias. Mais uma

e novas Normas EN81-20 e EN81-50 que se

vez, ficou provado o interesse e a utilidade de eventos deste tipo.

realizou no auditório IPQ a 15 de junho.

No que diz respeito à eficiência energética nos elevadores, o FEE - Fundo de Eficiência Ener-

Com tudo isto pode-se concluir que o setor

gética, através do seu Aviso 9 – Auditoria Energética a Elevadores em Edifícios de Serviços

dos elevadores não está parado. Há inte-

2015, prevê a possibilidade de financiamento de projetos que promovam a eficiência ener-

resse das partes em fazer mais e melhor,

gética dos elevadores. É certo que as verbas envolvidas e a abrangência restrita dos equipa-

e é de relevar a crescente envolvência de

mentos fazem com que esta medida não seja a ideal, no entanto, pode ser o primeiro passo

outras entidades que, até agora, estavam

de algo mais generalizado e com um maior impacto no setor. Com vista à divulgação e

mais afastadas.

esclarecimentos sobre esta ação realizou-se, no passado dia 15 de maio, no auditório do IPQ Para terminar, faço votos que esta dinâmica

nar o conjunto de eventos do 1.° semestre de 2015, e não menos importante, é de referir o

continue para bem de todos.

ESTATUTO EDITORIAL

– Instituto Português de Qualidade uma sessão aberta a todos os interessados. Para termi-

TÍTULO “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tecnologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais. CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada.

4

elevare

SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Coluna da ANIEER >> Coluna da APEGAC >> Espaço Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias >> Artigo Técnico >> Nota Técnica >> Investigação e Desenvolvimento >> Dossier Temático >> Entrevista

>> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >>

Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Calendário de Eventos Eventos e Formação Consultório Técnico Links Publicidade

ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.


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Qualidade, segurança e ambiente

O comportamento dos ascensores em caso de incêndio 1.a Parte Miguel Leichsenring Franco1, João E. Almeida2 1

Engenheiro Eletrotécnico, Administrador Schmitt–Elevadores, Lda., Portugal.

2

Engenheiro, Mestre em Segurança Contra Incêndios Urbanos

Desde a introdução de ascensores em edifícios para auxiliar o transporte vertical de pessoas e bens, surgiu a

As medidas preconizadas na legislação têm

de Segurança contra Incêndio em Edifí-

três propósitos fundamentais: a. reduzir a possibilidade da ocorrência de

questão de salvaguardar a segurança

cios”, RT-SCIE; >>

um incêndio originado pelo ascensor;

Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de setembro que procede à transposição

das pessoas, não apenas durante a sua

b. em caso de incêndio, o ascensor e os

para o Direito Nacional da Diretiva

normal utilização, mas também em caso

seus componentes, incluindo a caixa,

1995/16/CE – “Diretiva Ascensores”, al-

de emergência. Neste artigo aborda-se a

não deverão contribuir para facilitar a

terado pelo Decreto-Lei n.° 176/2008

questão da segurança dos ascensores

sua propagação, seja por combustão

em caso de incêndio.

direta, ou pela passagem de fumo, cha-

de 26 de agosto; >>

mas e de gases de combustão; INTRODUÇÃO

zembro que estabelece as disposições

c. garantir a segurança de pessoas em

aplicáveis à manutenção e inspeção de

caso de incêndio.

A construção de edifícios em altura condu-

Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de de-

ascensores,

ziu à necessidade do desenvolvimento de

monta-cargas,

escadas

mecânicas e tapetes rolantes, após a

meios mecânicos que facilitassem a movi-

Existe ainda a questão da evacuação de

sua entrada em serviço, bem como as

mentação de pessoas e bens entre os vá-

pessoas, em caso de emergência, através

condições de acesso às atividades de

rios pisos.

dos ascensores, ou o seu uso pelas forças

manutenção e de inspeção, alterado

de segurança (bombeiros e outras), durante

pela Lei n.° 65/2013 de 27 de agosto;

Com a introdução dos ascensores surgiu

as operações de socorro. Neste texto não

também a necessidade de garantir a segu-

serão abordados estes dois últimos pontos,

rança das pessoas. Vários regulamentos e

que serão alvo de atenção em próximos ar-

Normas abordam esta temática nas várias

tigos. O foco da análise será exclusivamen-

vertentes: construção dos equipamentos,

te a garantia da segurança das pessoas e

“Regras de Segurança para o fabrico e a

instalação e utilização.

impedir que os ascensores sirvam para au-

instalação de Ascensores – Aplicações

mentar as consequências negativas de um

particulares para ascensores de pessoas

incêndio.

e ascensores de carga – Parte 73: com-

Neste artigo far-se-á uma análise ao com-

>>

to que estabelece as “Normas Técnicas sobre Acessibilidades”; >>

portamento dos ascensores em caso de incêndio.

Decreto-Lei n.° 163/2006 de 8 de agos-

Norma NP EN 81-73:2005 que define as

portamento de ascensores em caso de LEGISLAÇÃO EM VIGOR A conceção, o fabrico, a instalação e a manu-

incêndio”; >>

Norma NP EN 81-72:2003 que define as

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

tenção de ascensores obedece a um conjun-

“Regras de Segurança para o fabrico e a

Na construção de um edifício, as preocu-

to de leis e regulamentos que é complemen-

instalação de Ascensores – Aplicações

pações a ter na segurança contra incên-

tado com Normas Europeias harmonizadas.

particulares para ascensores de pessoas

dios encontram-se regulamentadas pelo

Os principais documentos a observar em

e ascensores de carga – Parte 72: Ascen-

Decreto-Lei 220/2008, de 12 de novembro,

Portugal são presentemente os seguintes:

sores prioritários de bombeiros”;

que estabelece o Regulamento Jurídico de

>>

Decreto-Lei n.° 220/2008 de 12 de no-

>>

Norma NP EN 81-1:2000 + A3:2009 que

Segurança Contra Incêndio em Edifícios

vembro que estabelece o “Regime Jurí-

define as “Regras de Segurança para o

(RJ-SCIE) e pela Portaria 1532/2008 de 29

dico da Segurança Contra Incêndios em

Fabrico e Instalação de Elevadores – Par-

de dezembro, que contém o Regulamento

Edifícios”, RJ-SCIE;

te 1: Ascensores Elétricos”;

Técnico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE).

6

elevare

>>

Portaria n.° 1532/2008 de 29 de dezembro que aprova o “Regulamento Técnico

>>

Norma NP EN 81-2:2000 + A3:2009 que define as “Regras de Segurança para o


Qualidade, segurança e ambiente Fabrico e Instalação de Elevadores – Parte 2: Ascensores Hidráulicos”.

c. nos pisos abaixo do plano de referência,

a. EI 60, para as paredes não resistentes;

os acessos aos elevadores que sirvam

b. REI 60, para os pavimentos e as pare-

espaços afetos à utilização como esta-

des resistentes (se forem estruturais,

Para além da legislação que regula a cons-

cionamentos devem ainda ser protegi-

devem respeitar o índice corresponden-

trução dos equipamentos, o RT-SCIE con-

dos por uma câmara corta-fogo, que

te à categoria de risco do edifício, que

tém adicionalmente um conjunto específico

pode ser comum à da caixa da escada;

pode ser superior a 60);

de regras a seguir na instalação e operacionalidade de ascensores em edifícios.

d. os materiais utilizados na construção

c. E 30 C, para as portas.

ou no revestimento de caixas de elevadores devem ter uma reação ao fogo da

O dispositivo de chamada em caso

As regras construtivas impostas pelo

Classe A1, de acordo com o Artigo 42 do

de incêndio

RT-SCIE relativamente ao edifício em que

mesmo regulamento.

Os ascensores devem ser equipados com

se pretende instalar ascensores contem-

dispositivos de chamada em caso de in-

plam os seguintes pontos:

«A conceção, o fabrico, a instalação e a manutenção de ascensores obedece a um conjunto de leise regulamentos que é complementado com Normas Europeias harmonizadas.»

a. a Caixa dos Ascensores; b. as portas de patamar dos ascensores; c. a casa de máquinas dos ascensores; d. os dispositivos de chamada em caso de incêndio; e. os sistemas de deteção de incêndio; f. as regras de uso. A Caixa dos Ascensores Relativamente à Caixa dos Ascensores, o

cêndio, acionáveis manualmente, mediante uso de chave especial, e automaticamente, a partir de sinal proveniente do quadro de sinalização e comando do sistema de alarme de incêndio, quando este exista (Artigo 103.° da Portaria 1532/2008). A chave especial referida deve estar localizada junto à porta de patamar do piso do plano de referência, alojada numa caixa protegida contra o uso abusivo e sinalizada com a frase “Chave de manobra de emergência

RT-SCIE no seu Art.° 28.° estabelece que as

do elevador”, devendo o posto de seguran-

paredes de isolamento das Caixas de As-

A Caixa de um Ascensor prioritário de bom-

ça, caso exista, dispor de uma cópia dessa

censores ou de baterias de ascensores de-

beiros – estes são de instalação obrigatória

chave. Servirá para comandar o ascensor

vem cumprir as seguintes condições:

em edifícios de altura superior a 28 metros

através de uma fechadura localizada junto

a. num edifício com uma altura até 28 m, e

ou com mais de 2 pisos abaixo do plano de

das portas de patamar do piso do plano de

desde que o piso servido de menor cota

referência - deve ser independente das de-

referência.

seja o imediatamente abaixo do plano

mais Caixas de Ascensores.

de referência, deverão ser garantidas

O acionamento deste dispositivo de chama-

as seguintes classes de resistência ao

As portas de patamar dos ascensores

da deve desencadear as seguintes ações:

fogo padrão:

As portas de patamar dos ascensores são

a. enviar as cabinas para o piso do plano

>>

em paredes não resistentes: EI 601;

obrigatoriamente de funcionamento auto-

de referência, onde devem ficar esta-

>>

em paredes resistentes: REI 60;

mático, devendo ter as seguintes classes

b. nos edifícios com altura superior a 28

de resistência ao fogo padrão:

cionadas com as portas abertas; b. anular todas as ordens de envio ou de

metros, os ascensores podem comu-

a. num edifício com uma altura até 28 me-

nicar diretamente com as circulações

tros e desde que o piso servido de me-

c. neutralizar os botões de chamada dos

chamada eventualmente registadas;

horizontais comuns, com exceção dos

nor cota seja o imediatamente abaixo do

patamares, os botões de envio e de pa-

ascensores prioritários de bombeiros,

plano de referência: E 15 C;

ragem das cabinas e os dispositivos de

que devem ser servidos por átrios com

b. num edifício com uma altura superior a

acesso direto à câmara corta-fogo que

28 metros, ou quando forem servidos

d. se, no momento do acionamento do dis-

comando de abertura das portas;

protege a escada e contém os meios de

mais do que um piso abaixo do plano de

positivo, qualquer das cabinas se encon-

combate a incêndio;

referência: E 30 C.

trar em marcha, afastando-se do piso do plano de referência, deve parar sem

1

abertura das portas e, em seguida, ser

O RJ-SCIE define, no seu Anexo II, a seguinte

A casa de máquinas dos ascensores

classificação de desempenho de resistên-

Segundo o RT-SCIE (Artigo 101), as casas de

cia ao fogo padrão para produtos de cons-

máquinas de ascensores com carga nominal

e. se, no momento do acionamento do dis-

trução: R = Capacidade de suporte de carga;

superior a 100 kg, quando existam, devem

positivo, um ascensor estiver em serviço

E = Estanquidade a chamas e gases quen-

ser instaladas em locais próprios, reserva-

de inspeção ou de manobra de socorro,

tes; I = Isolamento térmico; W = Radiação;

dos a pessoal especializado e isolados dos

M = Ação Mecânica; C = Fecho automático;

restantes espaços do edifício, com exceção

f. se, no momento do acionamento do dis-

enviada para o piso referido;

deve soar na cabina um sinal de aviso;

S = Passagem de fumo; P ou PH = Continui-

da Caixa do Ascensor ou da bateria de as-

positivo, um ascensor estiver eventual-

dade de Fornecimento de Energia e/ou de

censores, por elementos de construção que

mente bloqueado pela atuação de um

Sinal; G = Resistência ao Fogo; K = Capacida-

garantam a classe de resistência ao fogo

dispositivo de segurança, deve manter-

de de Proteção Contra o Fogo.

padrão:

-se imobilizado.

elevare

7


Qualidade, segurança e ambiente Os sistemas de deteção de incêndio

Tratando-se de um espaço exíguo e sem sa-

sores não deverão ser utilizados em caso

Os sistemas de deteção de incêndio, quando

ídas de emergência, a paragem do ascensor

de incêndio.

existentes, devem em caso de sinal de alar-

entre pisos poderá aprisionar os seus ocu-

me, enviar um comando a cada ascensor,

pantes durante longos períodos de tempo.

enviando as cabinas para o piso do plano de

Esta paragem poderá ocorrer por falha de

referência, onde devem ficar estacionadas

alimentação elétrica ou por avaria de com-

com as portas abertas.

ponentes mecânicos. Se o incêndio tiver origem na casa das máquinas, ou em algum

Por sua vez, os ascensores prioritários para

componente do ascensor, poderá causar

bombeiros (tema a ser tratado num próxi-

a paragem do seu movimento antes de se

mo artigo) devem ainda ser equipados com

atingir um patamar onde os ocupantes pos-

dispositivos de segurança, que devem ser

sam sair. Também poderá ocorrer um corte

integrados nas instalações de alarme dos

de energia elétrica por curto-circuito, com-

edifícios, quando existam.

bustão dos cabos de alimentação, ou sim-

Estes dispositivos de segurança correspon-

plesmente por corte manual ou automático

Contudo, poderá acontecer que os ascen-

da alimentação elétrica.

sores ainda assim sejam utilizados por des-

dem a detetores de temperatura e de fumo

conhecimento da existência de um incêndio

que devem ser, respetivamente (Artigo

Outro dos perigos consiste na paragem do

no edifício. Para evitar esta possibilidade, o

105.° da Portaria 1532/2008):

elevador, com abertura das portas de pata-

RT-SCIE define que em caso de incêndio to-

a. regulados para 70° C, instalados por

mar, no piso sinistrado, expondo os ocupan-

dos os ascensores devem enviar as cabinas

tes a fumo e chamas.

para o piso do plano de referência, onde

cima das vergas das portas de patamar, exceto se o acesso ao átrio for efetuado por uma câmara corta-fogo;

devem ficar estacionadas com as portas Poderá ainda ocorrer a entrada de chamas

abertas e anular todas as ordens de envio

b. instalados na casa das máquinas dos

e gases quentes na caixa do ascensor, mo-

ou de chamada, eventualmente, regista-

ascensores ou, caso esta não exista, no

tivada pelo efeito chaminé, em que o fumo

das. Deverão ainda neutralizar os botões

topo da Caixa do Ascensor.

tende a subir e a ocupar todos os espaços

de chamada dos patamares, os botões de

disponíveis.

envio e de paragem das cabinas e os dispo-

Regras de uso

sitivos de comando de abertura das portas.

Junto dos acessos aos ascensores deve

UTILIZAÇÃO DE ASCENSORES EM CASO

ser afixado em sinal fotoluminescente, a

DE INCÊNDIO

seguinte inscrição: “Não utilizar o ascensor

É comummente aceite ser perigoso utili-

em caso de incêndio” que poderá ser subs-

zar um ascensor durante um incêndio num

tituída ou complementada por um picto-

edifício. Na grande maioria dos casos estão

grama equivalente (Artigo 102° da Portaria

afixados dísticos nos patamares indicando

1532/2008). A Norma EN81-73 recomenda

que não se devem utilizar os ascensores

que o pictograma tenha uma altura mínima

em caso de incêndio. Aliás no Artigo 102° do

de 50 mm.

RT-SCIE refere-se que junto dos acessos aos ascensores deve ser afixado o sinal de ins-

PERIGOS EM CASO DE INCÊNDIO

crição: “Não utilizar o ascensor em caso de in-

Em caso de incêndio, os ascensores ficam

cêndio” ou com um pictograma equivalente.

vulneráveis e sujeitos a falhas diversas, podendo colocar em risco a vida dos seus

Com algumas notáveis exceções (os ascen-

ocupantes (Tabela 1).

sores prioritários de bombeiros), os ascen-

«Para salvaguardar a vida dos ocupantes, as cabinas poderiam ser dotadas de meios elementares de combate a incêndio, como pequenos extintores, mantas ignífugas, máscaras de proteção e sistemas de comunicação bidirecionais (...)» Para cumprir estas exigências, os ascensores devem ser equipados com dispositivos de chamada em caso de incêndio, acionáveis

Tabela 1 Perigos em caso de incêndio.

Perigos

Motivos >>

1. Paragem da cabina na caixa

devido à falta de alimentação elétrica decorrente do próprio incêndio ou por avaria de componentes mecânicos.

2. O ascensor pára e abre as portas no piso do incêndio 3. Alastramento de fumo através da caixa do ascensor

8

elevare

>>

a porta não fecha mais;

>>

entrada de grandes quantidades de fumo para a caixa do ascensor.

por operação de uma fechadura localizada junto das portas de patamar do piso do plano de referência - mediante uso de chave especial, ou automaticamente por ordem da Central de Deteção de Incêndio (CDI). Porém, se no momento do acionamento do dispositivo qualquer das cabinas se en-

>>

subpressão na janela de ventilação superior da caixa;

contrar em marcha, afastando-se do piso

>>

sobrepressão em todos os restantes pisos;

do plano de referência, deve parar, sem

>>

efeito “chaminé”.

abertura das portas e, em seguida, ser


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enviada para o piso referido. Se, porventura, um ascensor estiver em serviço de inspeção ou de manobra de socorro, deve soar na cabina um sinal de aviso. Por fim, se, na altura em que o dispositivo de chamada for acionado, um ascensor estiver eventualmente bloqueado pela atuação de um dispositivo de segurança, deve manter-se imobilizado. Também a Norma harmonizada EN 81-73 apresenta indicações quanto à garantia de um comportamento adequado dos ascensores em caso de incêndio, com base em sinais que são enviados pela central de deteção de incêndio ao comando do ascensor. Na Norma parte-se do pressuposto de que os edifícios estão equipados com centrais de deteção de incêndio, que enviarão os sinais respetivos aos ascensores. Com a receção dos sinais, o comando do ascensor define a sua reação. A reação do ascensor a um sinal da central de deteção de incêndio, passará por conduzir a cabina para o piso de referência e aí permanecer com as portas abertas. O sinal da CDI leva a que todos os restantes comandos dos patamares e de dentro da cabina sejam inibidos e cancelados. O ascensor será colocado, automaticamente, numa situação normal de funcionamento, quando receber da CDI o respetivo sinal elétrico de funcionamento normal, ou quando houver uma desativação do interruptor manualmente, por pessoal técnico autorizado. MELHORAMENTOS NA SEGURANÇA DOS ASCENSORES DURANTE UM INCÊNDIO Manter em uso ascensores não afetados Nem sempre um incêndio afeta os ascensores, ou pelo menos, a totalidade dos existentes, quando exista mais do que um. Por vezes, em edifícios de maior dimensão, os ascensores encontram-se agrupados em baterias e apenas uma parte poderá ser afetada. Assim, os restantes ascensores poder-se-ão manter em uso, caso o incêndio seja noutra parte do edifício, e a compartimentação corta-fogo salvaguarde que o fumo e as chamas não cheguem a nenhum dos pisos nem a locais servidos por esse(s) ascensor(es). A principal questão que se levanta é como garantir que determinados ascensores possam continuar a ser utilizados em segurança, num edifício com um incêndio em curso, sem que isso afete minimamente a possibilidade de esses ascensores serem atingidos pelo incêndio. Como se poderá fazer esse controlo? Uma possibilidade será a instalação de uma matriz de comando associada a detetores de incêndio endereçáveis para garantir a operacionalidade de um elevador, enquanto TODOS os detetores na envolvente da


Qualidade, segurança e ambiente mar (atualmente não prevista nas Normas

Tabela 2 Razões para a entrada de fumo na caixa do ascensor.

e legislação em vigor). Razões 1. Incêndio na própria caixa do ascensor 2. Incêndio na casa de máquinas

Ocorrência raro.

>>

raro (só crítico se a casa de máquinas for em

sencarceramento e abertura das portas

baixo).

de patamar pelo interior das caixas. As

possível mas pouco frequente.

caixas seriam equipadas com escadas do

>>

a entrada de fumos da área onde deflagra o in-

tipo marinheiro, para permitir a evacuação

4. Incêndio em zona na vizinhança da caixa do ascensor

tados de algumas ferramentas para de-

>>

do ascensor 3. Incêndio na cabina

Os ascensores poderiam ser também do-

>>

cêndio para a caixa devido ao “efeito chaminé”; >>

a entrada de fumo será muito intensa, quando não existir uma antecâmara.

das pessoas. Outras medidas de proteção ativa passam pelo recurso a sprinklers que obrigam a que a os componentes elétricos estejam

Tabela 3 Medidas de proteção de pessoas.

devidamente protegidos contra contactos diretos e indiretos por ação da água. Nos

Tipo

Medidas Paragem do ascensor num piso seguro e desativa-

1. Preventivas

2. Ativas na cabina

3. Ativas na caixa

EUA já há várias Normas (NFPA) a este respeito.

ção com portas abertas (comando de incêndios estático ou dinâmico).

REPOSIÇÃO DA NORMALIDADE

Máscaras de oxigénio,

Após a extinção do incêndio, ou no caso de

Extintores/Mantas,

alarme intempestivo e quando for reposta

Iluminação de emergência,

a normalidade, o ascensor será colocado

Sistemas de intercomunicação bidirecionais.

automaticamente em situação normal de

Sobrepressão de ar fresco através de ventilação

funcionamento, quando receber da cen-

forçada.

tral de deteção de incêndio o respetivo sinal elétrico de funcionamento normal ou quando houver uma desativação do in-

zona de operação, e em todos os pisos ser-

Outra hipótese seria pressurizar a própria

terruptor de chamada, manualmente, por

vidos por esse ascensor não estiverem em

caixa do elevador. Todavia, a insuflação de

pessoal técnico autorizado.

alarme.

ar novo só poderia ser feita no caso de haver a garantia de que o espaço envolvente

Os ascensores poderão voltar a receber

Outra possibilidade poderia ser a de permitir

não estava com chamas, para evitar ali-

chamadas e a tratar os pedidos da forma

a operação, apenas nos pisos abaixo do piso

mentar a combustão com oxigénio. Para

normal.

sinistrado, e enquanto nesses pisos e na casa

controlar esta situação, seria necessário

das máquinas (caso esta exista) não houves-

uma cuidada interligação à CDI.

se também nenhum alarme de incêndio.

CONCLUSÕES Os ascensores são parte integrante dos

Meios de primeira intervenção

edifícios modernos e a sua utilidade é in-

Controlo de fumo na Caixa dos Ascensores

Quando o ascensor, ou os espaços circun-

questionável. Os incêndios são fenómenos

Sabendo-se que o maior perigo para os as-

dantes, já se encontram tomados pelas

raros, mas de consequências dramáticas,

censores é a invasão da caixa por fumo pro-

chamas e fumo, só resta a possibilidade de

se não forem tomadas as medidas de pro-

veniente do incêndio, este poderá ser evitado

recorrer a meios ativos de combate.

teção adequadas. Os ascensores podem

através do recurso à compartimentação

fazer parte do problema ou da sua reso-

corta-fogo. Claro que esta solução só será

Para salvaguardar a vida dos ocupantes,

lução; tal depende do cumprimento das

eficaz se o incêndio tiver origem noutro se-

as cabinas poderiam ser dotadas de meios

Normas de Segurança na sua conceção e

tor que não aquele onde se encontra o as-

elementares de combate a incêndio, como

montagem, mas também e principalmen-

censor (Tabela 2).

pequenos extintores, mantas ignífugas,

te, da sua manutenção e exploração nas

máscaras de proteção e sistemas de co-

devidas condições.

A proteção poderia passar pela criação de

municação bidirecionais, conforme indica-

antecâmaras, com paredes e envolvente

do no Ponto 2 da Tabela 3.

corta-fogo, assim como vãos de acesso de-

Apesar das medidas de segurança existentes atualmente, ainda há espaço para a

vidamente protegidos. Para evitar a eventual

Outra possibilidade, no caso da cabine ficar

implementação de outras que possam re-

contaminação do espaço com fumo durante

encravada entre dois pisos, seria a existên-

duzir os níveis de risco e aumentar as pos-

a abertura das portas, estes locais deveriam

cia de alçapões, com dispositivos que per-

sibilidades de sobrevivência de ocupantes

ser pressurizados, em caso de incêndio, em

mitissem o acesso e a fuga dos ocupantes

presos numa cabine envolta pelas chamas

relação aos compartimentos adjacentes.

pela caixa do ascensor até à porta de pata-

e pelo fumo.

10

elevare


Normalização

Normalização - CT 63 José Pirralha Presidente da CT 63

Realizou-se no passado dia 15 de junho 2015

senvolve no CEN/TC10 e na ISO/TC178. Ainda

no IPQ - Instituto Português de Qualidade

assim consideramos que há muito a fazer.

uma Jornada/Encontro na qual se apresentaram e discutiram as implicações da entrada

Centrando-nos na CT 63 – Ascensores,

em vigor da Nova Diretiva – 2014/33/UE e das

monta-cargas, escadas mecânicas e tape-

Novas Normas Harmonizadas EN 81-20/50.

tes rolantes, onde várias questões se podem levantar: >>

É a sua constituição atual representativa de todos os setores económicos

«(...) é chegada a altura de termos claro a importância da normalização como parte essencial do negócio das empresas, qualquer que seja o seu estatuto ou dimensão.»

envolvidos na atividade? >> >>

Como se pode avaliar a eficácia da sua

dos setores que participam nos traba-

ação?

lhos, aumentando o leque de opiniões e

É o número de Normas traduzidas acei-

interesses.

tável face às necessidades da indústria e em particular das PMEs?

Não podemos dar-nos por satisfeitos com a eficácia da CT 63, precisamos ser mais

Desmistificada a ideia de que a normaliza-

ativos, não só pronunciando-nos atempada-

Esta alteração considerada por muitos pe-

ção é um assunto para as multinacionais, é

mente sobre os inquéritos e votações finais

ritos como uma verdadeira revolução, não

chegada a altura de termos claro a impor-

que vêm do CEN/ISO mas, sobretudo, ava-

deixa dúvidas de que se está perante um

tância da normalização como parte essen-

liando as consequências e expressando-

novo paradigma quer para a indústria de

cial do negócio das empresas, qualquer que

-as na forma de propostas.

elevação quer para os demais operadores

seja o seu estatuto ou dimensão. Quanto ao que por muitos é considerado o

que, de uma forma ou de outra forma, estão relacionados com esta atividade - au-

Cremos que é o momento de abrir a CT 63 a

resultado do trabalho da CT 63 (o que de

toridades e organismos de avaliação da

outros setores da sociedade - ordens profis-

facto não corresponde inteiramente à re-

conformidade. Do que são as alterações e

sionais, sindicatos, organizações de defesa

alidade), como a tradução de Normas para

consequências deste novo quadro legal e

dos consumidores, entre outros. No que se

português, muito há a fazer.

normativo, já tivemos ocasião de nos pro-

refere às empresas, pese embora exista já

nunciarmos se bem que, pensamos voltar

hoje uma interessante participação de PME,

Precisamos de uma maior participação, para

ao tema dentro de alguns meses, altura

é necessário que haja um reforço dessa

lá de alguns estímulos financeiros que pos-

em que, se espera que alguns dos pontos

participação.

sibilitem a criação de condições para que a

que hoje permanecem envoltos em dúvidas

tarefa dos Grupos de Trabalho encarregues

possam estar esclarecidos.

das traduções possa ser mais eficaz.

Hoje, quereríamos partir das implicações

Este é um assunto que estamos a discutir

das novas Normas, para uma reflexão so-

com a DGEG e o IPQ, esperando que a breve

bre a situação da normalização no setor

prazo possa haver boas notícias.

nomeadamente no que diz respeito à CT 63. Em resumo precisamos de mais gente de e uma maior disponibilidade para que algumas

QUAL O ESTADO DA NORMALIZAÇÃO DO SETOR EM PORTUGAL?

©eeagrants.org

das dificuldades possam ser ultrapassadas.

Hoje, em Portugal, o processo de normalização do setor assenta no acompanhamen-

O papel da normalização estará tanto mais

Espera-nos a curto prazo a ingente tarefa de

to do processo de normalização que se de-

facilitado quanto maior for a diversidade

tradução das EN 81-20/50.

elevare

11


Legislação

Eficiência energética nos elevadores ADENE

A ADENE - Agência para a Energia é uma

nismo de verificação instituído pelo SEEP

tornou-se obrigatório o cálculo do desem-

entidade que tem por missão promover e

onde se procederá à validação das etique-

penho energético do elevador através do

realizar atividades de interesse público na

tas emitidas e das propostas de melhoria,

recurso à Norma VDI 4707, e a sua instala-

área da energia, eficiência energética, mobi-

por forma a dar uma garantia de qualidade

ção deve cumprir com o requisito mínimo

lidade e eficiência hídrica, conforme indica-

sobre o desempenho apresentado para o

de Classe C. A partir de 1 de janeiro de 2016

do no Decreto-Lei n.° 47/2015 de 9 de abril.

elevador.

este requisito sobe para a Classe B e deve

Uma das principais atividades da ADENE é

ser comprovado através da emissão de uma

a gestão do Sistema de Certificação Ener-

O primeiro produto abrangido por este sis-

etiqueta energética que deve ser afixada no

gética dos Edifícios (SCE) que se encontra

tema foi a janela, e o próximo será o ele-

elevador.

em funcionamento desde julho de 2007 e

vador, esperando-se brevemente incluir as

permite conhecer, com algum detalhe, o

escadas e os tapetes rolantes.

desempenho energético dos edifícios por-

Com a publicação do regulamento, o cálculo da Classe deveria ser efetuado com base na

tugueses através da atribuição de uma

Porquê os elevadores? O grande foco de

Norma VDI 4707 devido à falta de publica-

classe energética. No entanto, no decorrer

atenção tecnológico e legislativo destes

ção de uma Norma Europeia, situação essa

da implementação do SCE verificou-se a

equipamentos está relacionado com a se-

que foi agora ultrapassada com a publicação

importância de avaliar também o desempe-

gurança mas, nos últimos anos, com o

completa da Norma ISO 25745 no passado

nho de alguns dos componentes do edifício,

avanço da normalização e regulamentação,

dia 1 de abril de 2015, que se divide em 3 par-

por forma a avaliar com maior rigor o de-

é possível trazer outro vetor de análise, ou

tes: a Parte 1 (25745-1:2012) relativa à medi-

sempenho energético global. Neste sentido,

seja, o seu consumo energético.

ção do consumo de energia e as restantes

e como complemento ao SCE, foi lançado

Partes 2 e 3 (25745-2:2015 e 25745-3:2015)

o Sistema de Etiquetagem Energética de

O elevador pode representar entre 3 a 5%

referentes ao cálculo do desempenho ener-

Produtos (SEEP) que visa informar os con-

do consumo de energia de um edifício, pelo

gético de elevadores, escadas e tapetes ro-

sumidores sobre o desempenho energético

que é importante conhecer em detalhe o

lantes. Deste modo existe agora um referen-

de produtos que ainda não se encontram

seu valor e identificar a melhor forma de

cial que permite responder completamente

abrangidos pelas Diretivas de Ecodesign e

promover a eficiência energética destes

ao cálculo do desempenho energético de

etiquetagem energética regulados pela Co-

equipamentos. Neste sentido, no Decreto-Lei

instalações de elevação de pessoas.

missão Europeia. O sistema assenta numa

n.° 118/2013 de 20 de agosto o elevador é

plataforma eletrónica acessível através

considerado um sistema técnico do edifício

A Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro

do endereço www.seep.pt onde interagem

e o seu desempenho energético deverá ser

que “estabelece os requisitos de conceção re-

os diferentes intervenientes do processo.

fornecido aos Peritos Qualificados respon-

lativos à qualidade térmica da envolvente e à

A plataforma atua como um portal onde

sáveis pela emissão do Certificado Energé-

eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios

estarão disponibilizados vários conteúdos

tico do Edifício.

novos, dos edifícios sujeitos a grande interven-

que abordem aspetos importantes sobre

ção e dos edifícios existentes", refere a publi-

os elevadores, existindo uma filtragem dos

1. ENQUADRAMENTO LEGAL E NORMATIVO

cação em despacho pelo Diretor Geral de

conteúdos conforme o perfil de utilizador:

A partir da entrada em vigor do Decreto-Lei

Energia e Geologia da definição da metodo-

público, empresa de manutenção, empresa

118/2013, de 20 de agosto, com a publicação

logia a usar para o cálculo do desempenho

de inspeção, entre outros.

da Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro,

energético dos elevadores, bem como a en-

que estabelece os requisitos de conceção

tidade que deverá ser responsável .pela ges-

Na plataforma serão colocados os dados

relativos à qualidade térmica da envolven-

tão da emissão das etiquetas energéticas. A

necessários para obter o desempenho e

te e à eficiência dos sistemas técnicos dos

publicação do Despacho 8892/2015 de 11 de

proceder à respetiva emissão da etiqueta, e

edifícios novos, dos edifícios sujeitos a uma

agosto veio dar resposta a esta necessidade

no caso dos elevadores existentes, propor

grande intervenção e dos edifícios existen-

e define também a metodologia de cálculo

medidas que melhorem o seu desempenho

tes, no seu Ponto 11, nos novos edifícios de

de desempenho energético para as escadas

energético final. O sistema terá um meca-

serviços ou sujeitos a grandes reabilitações

mecânicas e os tapetes rolantes.

12

elevare


Legislação 2. DESEMPENHO ENERGÉTICO

>>

Definição de indicadores de desempe-

A 2.a Parte tem por base a Norma 25745-

DE ELEVADORES

nho energético mínimos, definidos em

2:2015, onde são descritos os passos para

Estão a ser desenvolvidas iniciativas de me-

colaboração com os instaladores de

obter o consumo anual de energia e o de-

lhoria do levantamento estatístico do núme-

elevadores e escadas rolantes.

sempenho energético do elevador.

ro de elevadores e escadas rolantes em Portugal. Este trabalho está a ser feito através

Foi com base nestas recomendações que

A última parte descreve os dados e as re-

da realização de estudos com os objetivos de

foram introduzidos os elevadores na legis-

gras a utilizar na etiquetagem do eleva-

analisar o impacte energético no consumo

lação nacional dos edifícios, tendo a ADENE,

dor, servindo de base para a informação

de energia nos edifícios onde estão inseridos

através do seu sistema de etiquetagem

a apresentar na plataforma informática,

e de promover formas de melhorar e disse-

energética, criado o subsistema de eleva-

que estará disponível para a emissão das

minar as tecnologias mais eficientes energe-

dores e desenvolvido um Guia de Etiqueta-

etiquetas. Com a utilização deste manual,

ticamente. eficientes energeticamente.

gem Energética que permite às empresas

os instaladores de elevadores, empresas

efetuar auditorias energéticas de acordo

de manutenção, empresas de inspeção e

A nível europeu, o projeto de referência

com a Norma Internacional e, ainda, conhe-

outros intervenientes do mercado, irão ter

nesta área foi o “Energy-Efficient Elevators

cer os parâmetros que influenciam a classe

o conhecimento das regras que estão por

and Escalators” (E4) que apresentou os

energética.

detrás da emissão da etiqueta, permitindo

resultados no final de fevereiro de 2013,

tornar o processo mais transparente, com

elaborado a pedido da Comissão Europeia

3. O GUIA DE ETIQUETAGEM ENERGÉTICA

procedimentos bem definidos e, com base

e liderado pelo Prof. Aníbal Traça de Al-

DE ELEVADORES

na sua utilização, poderá ser melhorada e

meida do Instituto de Sistemas e Robóti-

O guia de etiquetagem está dividido em 3

aumentada a informação nele constante, de

ca da Universidade de Coimbra, contando

partes, cada uma refletindo o trabalho a re-

forma a torná-lo uma ferramenta atualiza-

com a participação de outras entidades

alizar para proceder à emissão da etiqueta.

da e ainda mais útil para o setor.

europeias. O estudo teve como objetivo a

O guia encontra-se disponível no website do

avaliação da eficiência energética de ele-

SEEP. A 1.ª Parte, baseada na Norma 25745-

4. EXEMPLOS DE ATRIBUIÇÃO DE ETIQUETA

vadores e escadas rolantes, em edifícios

1:2012, descreve o procedimento experi-

ENERGÉTICA A ELEVADORES EXISTENTES

habitacionais e de serviços, e estimou a

mental a realizar no elevador (aplicável a

Durante a elaboração do guia para a etique-

existência de mais de 4,8 milhões de uni-

um elevador novo ou existente) para obter

tagem foram testados alguns elevadores

dades na EU-27, e um consumo energético

o valor de energia consumida pelo elevador

por forma a experimentar a metodologia e

associado de 18 379 GWh.

em manobra e em modo de standby.

que passamos a apresentar:

Nesta análise são defendidas como estra-

Elevador hidráulico instalado em complexo de Piscinas

tégias a adotar, para promover a eficiência

Foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo:

energética destes equipamentos, as seguintes ações: >>

Sensibilização junto dos vários interve-

do Elevador

Dias de Funcionamento

24h

Categoria de Utilização

1

rial informativo, podendo as agências

Carga (kg)

nacionais de energia desempenhar um

Número de Piso

nientes através da divulgação de mate-

>>

Horário de Funcionamento

do Elevador

365

Número de Viagens

50

630

Contrapeso

0

1

Distância do Curso

3

papel fundamental para esta tarefa;

Velocidade Nominal (m/s)

0,6

-

-

Implementação de uma Norma harmo-

Aceleração Média (m/s2)

0,5

Jerk Médio (m/s3)

1

45

Manutenção da Porta Aberta

nizada para a medição e previsão do consumo energético, que foi completa-

Energia no Ciclo

da com a publicação em abril de 2015

de Referência (Wh)

das Parte 2 e 3 da ISO 25745 – "Energy performance of lifts, escalators and mo-

Potência Inativa (W)

ving walks;" >>

Incluir os elevadores e escadas rolan-

Potência Standby

tes na Diretiva de Eficiência Energética

30 minutos (W)

Tempo de Abertura, 10

e Fecho de Porta(s) Potência Standby

149,03

5 minutos (W)

149,03

-

149,03 -

de Edifícios (EPDB); >>

Implementação de classificação ener-

Resultado

gética semelhante à já utilizada em alguns países europeus, com informação acessível e compreensível para os compradores ou entidades que participem

Consumo Anual

C

1,51 MWh

Performance Manobra 7

Performance Standby 3

149,03 W

na escolha dos elevadores ou escadas

Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a pior

rolantes nos edifícios;

performance.

elevare 13


Legislação Elevadores de tração instalados em edifício de escritórios Edifício de escritórios com dois elevadores de caraterísticas idênticas e com operações de manutenção e modernização equivalentes. Para o Elevador 1 foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo: Horário de Funcionamento do Elevador

Dias de Funcionamento

24 h

do Elevador

365

«O elevador pode representar entre 3 a 5% do consumo de energia de um edifício, pelo que é importante conhecer em detalhe o seu valor (...)»

Categoria de Utilização

3

Número de Viagens

300

Carga (kg)

630

Contrapeso

50%

Número de Piso

14

Distância do Curso

45

Uma observação muito interessante des-

Velocidade Nominal (m/s)

1,6

-

-

tes ensaios a elevadores lado a lado, com

Aceleração Média (m/s2)

0,5

Jerk Médio (m/s3)

1

Energia no Ciclo de Referência (Wh) Potência Inativa (W) Potência Standby 30 minutos (W)

Manutenção da Porta Aberta

7

Potência Standby 5 minutos (W)

199,95

-

valor da energia medida no ciclo de referência diferiu em 11,95 Wh, o que origina uma

e Fecho de Porta(s) 199,95

ção, é a de que os valores obtidos nas auditorias podem ser díspares. Neste caso o

Tempo de Abertura, 81,16

o mesmo tipo de modernização e manuten-

199,95

diferença no consumo anual de 300 kWh. Elevador de tração instalado em edifício

-

com escritórios Horário de Funcionamento

Resultado Consumo Anual

C

Performance Manobra

3,51 MWh

Performance Standby

3

3

pior performance.

do Elevador Categoria de Utilização Carga (kg)

Potência Standby 30 minutos (W)

360 750

300

Distância do Curso

18

Jerk Médio (m/s3)

1,2

Energia no Ciclo

76,04

de Referência (Wh) Jerk médio (m/s3)

1

Manutenção da Porta Aberta

7

e Fecho de Porta(s) Potência Standby

200,07

5 minutos (W)

200,07

-

Potência Inativa (W)

166

Potência Standby

Tempo de Abertura, 93,55

1,0

30%

45

0,5

Aceleração Média (m/s2)

Contrapeso

Distância do curso

Aceleração Média (m/s2)

5 0,6

Número de Viagens

50%

14

Potência Inativa (W)

Número de viagens

Número de Piso Velocidade Nominal (m/s)

365

Contrapeso

1,6

630

do Elevador

630

Número de Piso

de Referência (Wh)

do Elevador

3

Velocidade Nominal (m/s)

Energia no Ciclo

Dias de Funcionamento

24 h

4

Carga (kg)

Dias de Funcionamento

Para o Elevador 2 foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo: Horário de Funcionamento

Categoria de Utilização

199,95 W

Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a

24 h

do Elevador

152

30 minutos (W) Tempo de Abertura, Manutenção da Porta Aberta

200,07

16

e Fecho de Porta (s) Potência Standby

-

152

5 minutos (W) Resultado

Resultado Consumo Anual

C

3,81 MWh

Performance Manobra 3

Performance Standby 4

200,07 W

Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a pior performance.

14

elevare

Consumo Anual

E

6,04 MWh

Performance

6

Manobra Performance Standby

3

152 W


PUB

Elevador de tração instalado em edifício de escritórios Horário de Funcionamento

Dias de 24 h

Funcionamento

do Elevador

365

do Elevador

Categoria de

Número

3

Utilização

300

de Viagens

Carga (kg)

800

Contrapeso

50%

Número de Piso

6

Distância do Curso

19,20

Jerk Médio (m/s3)

1,1

Velocidade Nominal

1,6

(m/s) Aceleração Média

1,2

(m/s2)

Tempo de Abertura, Energia no Ciclo de Referência (Wh)

41,44

Manutenção da

20

Porta Aberta e Fecho de Porta (s)

Potência Inativa (W) Potência Standby 30 minutos (W)

45

Potência Standby

45

5 minutos (W)

45

-

-

Resultado Consumo Anual

B

1,33 MWh

Performance Manobra Performance Standby

3 1

45 W

CONCLUSÃO O guia desenvolvido, disponível na plataforma SEEP, e a expansão da utilização da etiquetagem em elevadores existentes, de forma voluntária, vão permitir cumprir as metas que o SEEP se propôs com este projeto: 1. Conhecer e cadastrar o nível de desempenho energético do parque nacional de elevadores; 2. Propor formas de melhorar o desempenho energético; 3. Consciencializar para o consumo energético dos elevadores. Estes objetivos são fundamentais para corrigir o desconhecimento atual sobre o número de elevadores instalados, o seu consumo energético e o tipo de tecnologia utilizada, bem como desenvolver junto dos agentes do setor e dos consumidores uma consciencialização sobre a eficiência energética e, desta forma, proporcionar ao proprietário da instalação medidas de melhoria do desempenho energético do elevador, fomentando a redução do consumo de energia do elevador e, por conseguinte da fatura energética. O último objetivo será promovido através da experiência da ADENE enquanto agência nacional de energia, de forma a efetuar-se a divulgação e a promoção de medidas de eficiência junto dos proprietários e utilizadores dos elevadores.


Coluna da ANIEER

Diretiva 2014/33/UE e suas implicações Estamos preparados? José Pirralha Presidente da ANIEER

Como já foi suficientemente divulgado, a

Não podem ser "defraudados" por um ar-

NDA - Nova Diretiva Ascensores, que mais

remedo de solução, por um improviso que

não é do que uma reformulação da atual

nada acrescente, quer em termos de trans-

95/16/CE, entra em vigor no próximo dia

parência, quer, e sobretudo, na garantia de

20 de abril de 2016.

segurança para os utilizadores dos nossos elevadores.

É já "amanhã" portanto! É por isso altura de nos perguntarmos se quer a indústria quer

Que falta então?

o estado português estão preparados para

Estamos a olhar para esta questão com

a implementação da Diretiva 2014/33/UE.

a inquietação de quem já assistiu à implementação da 95/16/CE, com a "enxurrada”

Numa linguagem simples a NDA introduz 3

de problemas que hoje passados 17-18

questões fundamentais:

anos continuam por resolver. ©vpdm.ca

1. Rastreabilidade de componentes de segurança/ascensores;

No nosso entendimento é necessário quan-

2. Obrigatoriedade de informar e apresen-

to antes que o projeto de Decreto-Lei de

condições de segurança aos utilizadores

tar ações corretivas quando se verifi-

transposição da Diretiva seja conhecido

dos equipamentos.

quem situações de não-conformidade;

e que o mesmo responda às seguintes

3. A responsabilidade do estado-membro (no caso estado português), de assegu-

questões:

É urgente que a tutela tome as medidas

>>

Como vai o estado português, assegu-

necessárias para que no dia 20 de abril de

rar uma efetiva vigilância de mercado?

2016 a Diretiva 2014/33/UE possa ser apli-

Quem é a autoridade nacional para a

cada de modo pleno.

rar uma efetiva vigilância de mercado, estabelecendo para isso uma autori-

>>

dade nacional a quem cabe definir os procedimentos a adotar e a colocar no terreno os meios necessários.

vigilância de mercado? >>

Quais são os procedimentos para a vi-

É importante que quanto antes se (re)

gilância de mercado? Vão ser discuti-

conheça a autoridade para a vigilância de

dos com a indústria? Quando?

mercado, se saiba quais os procedimentos

ESTAMOS PREPARADOS?

adotados, como se registam os ascenso-

Hoje, e à distância de pouco mais de 9 me-

Os erros cometidos aquando da transpo-

res/componentes de segurança e em que

ses a resposta é claramente NÃO.

sição da Diretiva 95/16/CE – Decreto-Lei

plataforma, que meios técnicos e huma-

295/98, estão aí para quem quiser apren-

nos vão estar disponíveis para o cabal

No entendimento da ANIEER, para lá da

der com eles. Persistir numa solução vo-

cumprimento das responsabilidades que

maior ou menor dificuldade que as empre-

luntarista e esforçada, mas sem condições

incumbem ao estado português nesta ma-

sas terão para assegurar a rastreabilidade

reais para funcionar é um erro a que a

téria, entre outros.

dos componentes de segurança, o papel

ANIEER não pode dar cobertura.

da autoridade nacional é crucial para a implementação da Diretiva.

Para começar é necessário que o projeto As regras da concorrência aplicáveis não

de Decreto-Lei de transposição da Diretiva

podem ser pervertidas por mecanismos

seja conhecido e possa ser discutido.

O esforço a que as empresas vão ser cha-

de vigilância do mercado que introduzam

madas e os custos daí resultantes, têm que

elas próprias distorções no mesmo e mais

Estamos como sempre estivemos dispo-

valer a pena.

do que isso, não garantam as necessárias

níveis.

16

elevare


PUB


Coluna da APEGAC

Apresentação da APEGAC e as inspeções dos elevadores Vitor Amaral

Represento a Associação Portuguesa de

tutela e apresentação de várias propos-

Administração de Condomínios (APEGAC),

tas de alteração à proposta de lei que a

única associação do setor no país, tendo

tutela colocou em discussão pública no

sido para nós uma honra o convite para

início do corrente ano;

participar numa revista técnica de elevada

c. Promover a formação profissional, de

qualidade e de tão grande importância para

forma a contribuir para maior qualifica-

o nosso setor de atividade.

ção dos profissionais de administração de condomínios, o que temos vindo a

Não posso deixar de focalizar a primeira intervenção nesta revista na divulgação

fazer com seminários, conferências e workshops;

dos princípios e objetivos da APEGAC, uma

d. Estabelecer contactos com outras or-

associação nascida há quase 11 anos, com

ganizações profissionais, especialmente

sede na Maia e delegação em Lisboa. Assim,

da fileira da construção e do imobiliários,

a associação tem como principais objetivos:

sendo membros da CPCI (Confederação

lhor prestação dos serviços dos seus

a. Dinamizar contactos com todas as em-

Portuguesa da Construção e do Imobiliá-

associados, como é o caso das parcerias

presas de administração de condomí-

rio) e parceiros do Secovi Rio – Sindicato

com as Faculdades de Direito e de Enge-

nios;

Patronal, que é uma homóloga brasilei-

nharia da Universidade do Porto, Escola

ra, com sede no Rio de Janeiro;

Superior de Administração Imobiliária,

b. Apresentar à tutela projetos de regulamentação da atividade administrativa

e. Celebrar parcerias e protocolos com

entre outras, e o que também justifica

de condomínios, o que já cumprimos

instituições e empresas que, de alguma

o protocolo recentemente criado com a

com a entrega de um projeto de lei à

forma, possam contribuir para uma me-

ELEVARE; f. Dinamizar e implementar o seu código deontológico, onde estão plasmados os deveres das empresas para com a sociedade, a APEGAC, a profissão, os colegas e os clientes. Os profissionais de administração de condomínios têm um importante e até mesmo indispensável papel na nossa sociedade, bastando para isso considerar os seguintes números: >>

Em Portugal existem quase 250 000 prédios sob o regime da PH, com 3 ou mais frações autónomas;

>>

No nosso país existem mais de dois milhões de frações;

©henkel-adhesives.com

>>

18

elevare

Estima-se que vivem em alojamentos caraterizados como condomínios mais de 4 milhões de portugueses, quase 50% da população;

>>

Esta atividade gera um potencial de volume de negócios anual, direto e indire-


Coluna da APEGAC seja pela vida da aplicação (execução) em

to, de cerca de 700 milhões de euros, que é o mesmo, por exemplo, da Câmara Municipal de Lisboa; >>

Estão registadas cerca de 1200 empresas com o CAE – Código de Atividade Económica 68 321 ou 68 322 (administração de imóveis por conta de outrem e administração de condomínios);

>>

Este setor de atividade gera cerca de 50 000 empregos;

>>

Dos cerca de 250 000 prédios em PH, quase nenhum tem plano de manutenção; mais de metade estão a necessitar de obras de manutenção e/ou reabilitação e isso só é possível com uma administração de condomínios profissional e credível.

«(...) a maior parte das empresas de inspeção não alteraram os valores dos honorários pela prestação do seu serviço, o que significa que temos Câmaras Municipais a cobrar pelo preenchimento de uma simples requisição (...)mais de 40% da nossa população. ficou objetivamente prejudicada (...)»

obras, seja por outra qualquer razão, as Câmaras Municipais do nosso país viram aqui um enorme filão, explorado cada uma delas à sua maneira, o que resulta que num determinado concelho se pague, por exemplo, €200,00 e noutro ao lado o valor para o mesmo serviço não ultrapasse os €70,00, mesmo assim o dobro do que se pagava anteriormente. Tomando como exemplo um prédio habitacional apenas com um elevador, o condomínio pagava em dez anos pelo serviço de inspeção a importância de €70,00 e agora paga (tomando o exemplo de uma CM que cobre €200,00) €1000,00!!! Pelo que sabemos, a maior parte das empresas de inspeção não alteraram os va-

Feita esta apresentação e o seu enquadramento, aproveito para abordar uma

rantindo todos os parâmetros de bom fun-

lores dos honorários pela prestação do

questão diretamente relacionada com os

cionamento e segurança. Daí que tenham

seu serviço, o que significa que temos Câ-

elevadores e que trouxe um objetivo pre-

recorrido às mesmas empresas que até aí

maras Municipais a cobrar pelo preenchi-

juízo a todos os condomínios deste país, ou

faziam as inspeções, empresas essas que

mento de uma simples requisição mais de

seja, a mais de 40% da nossa população,

o governo entendeu não terem capacida-

€150,00. Com isto os condóminos, mais de

com a promessa de voltar a ele numa pró-

de e/ou qualidade técnica para tal certifi-

40% da nossa população, ficou objetiva-

xima edição. Em 2002 o governo retirou

cação. O resultado foi muito simples: dos

mente prejudicada, sem que tivesse havido

das empresas de inspeção dos elevado-

cerca de €35,00 que os condomínios pa-

qualquer melhoria do serviço; bem pelo

res a capacidade para validar a inspeção

gavam por cada inspeção e por elevador,

contrário, porque a burocracia aumentou

e passou-a para as Câmaras Municipais

passou-se a pagar, em alguns municípios,

na mesma proporção do aumento da taxa

(Decreto-Lei n.° 320/2002). Estas, como

seis e sete vezes mais, com a agravante da

de inspeção.

é óbvio, não podiam deixar de ser do co-

periodicidade da inspeção ter passado de

nhecimento de quem nos governa, não têm

cinco para dois anos, no caso dos prédios

Aguarda-se, há muito, uma revisão a esta

meios humanos e técnicos para realizar as

habitacionais. Como a maior parte dos co-

lei, mas que ninguém aguarde um retro-

inspeções e certificar os elevadores, ga-

fres das nossas autarquias estão vazios,

cesso no valor das taxas.

PUB


Notícias e Produtos Jornadas Técnicas de Elevação, JTE

Ascensor da Nazaré: viagem centenária

Nas diferentes fases do projeto, o ISQ mobilizou uma equipa multidisciplinar cons-

Schmersal Ibérica, S.L.

tituída por três engenheiros e recorreu ao

Tel.: +351 219 593 835

apoio de vários laboratórios internos para

info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt

a realização dos ensaios não destrutivos e análises de materiais.

Nos dias 08 e 09 de setembro de 2015 realizaram-se em Lisboa e no Porto, respe-

A colaboração entre as duas entidades teve

tivamente, as próximas sessões integradas

início em 2008 e a reabilitação da estrutu-

nas Jornadas Técnicas de Elevação. Em co-

ra tem sido repartida por várias fases. Em

laboração com as empresas Ziehl-Abbeg,

2012 procedeu-se à recuperação do passa-

Gustav Wolf e o Instituto Tecnológico de

diço e em 2014/2015 realizou-se a reabilita-

Aragón, e com o objetivo de facilitar a as-

Inaugurado a 28 de julho de 1889, o Ascen-

ção da torre do elevador, nas fachadas Nas-

sistência de qualquer profissional dedicado

sor da Nazaré foi construído para servir os

cente e Sul. Encontra-se agora em curso a

ao setor da elevação, independentemente

interesses da população local e diminuir

3.a fase, estando a reabilitar-se a torre do

do seu perfil laboral, a Schmersal realiza as

a dificuldade de acesso à praia e ao Sítio.

elevador, fachada Poente e Norte. A 4.a fase

sessões em diferentes cidades do território

“Temos de ser realistas, a paisagem é fan-

ocorrerá em 2016 e prevê a reabilitação do

ibérico de forma programada.

tástica e qualquer pessoa fica encantada”,

interior da torre do elevador.

declara César Mendes, funcionário do eleAs jornadas compreenderam uma série de

vador. Manuel Silvino, de 77 anos, também

temas da atualidade e convidou à participa-

concorda: “É ponto de passagem obrigató-

ção ativa com o intercâmbio de informação

rio, as pessoas vêm cá de propósito para

entre profissionais do setor. O objetivo des-

mirar isto”.

tas jornadas era ser um ponto de encontro num ambiente informal onde podia ampliar

Contando já com 126 anos, o Ascensor é

conhecimentos, não apenas da atualidade

um dos transportes com maior volume de

mas também ver quais as tendências do fu-

tráfego. Sandra Lopes, dos Serviços Muni-

turo. De acesso gratuito mediante inscrição

cipalizados, refere: "Este equipamento é, se-

prévia, as sessões decorreram desde as

gundo especialistas em funiculares, o último

09h00 até às 15h00.

em funcionamento em Portugal que continua a laborar todos os dias como serviço público de transporte urbano e componente

Instalação de casas de banho em elevadores de edíficios no Japão

turística, a mais relevante e rentável". Com

A ocorrência frequente de sismos e terra-

te uma vista única sobre a praia da Nazaré.

uma inclinação de 42%, o elevador permi-

motos leva o governo japonês a repensar as políticas de integridade e segurança

Elevador na Ponte 25 de abril a partir de 2016

recipientes de água potável para auxiliar,

Carris convida ISQ a inspecionar e supervisonar as obras de reabilitação do elevador de Santa Justa

em situações de emergência, aqueles que

ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade

visita. A empresa Infra-Estruturas de Por-

ficam presos em elevadores de prédios.

Tel.: +351 214 228 100 • Fax: +351 214 228 120

tugal está a estudar a construção de um

Esta iniciativa surge no rescaldo do sismo

info@isq.pt • www.isq.pt

elevador junto à ponte, que chegará aos 70

dos seus habitantes. Neste sentido, as autoridades japonesas estão a analisar a implantação de infraestruturas sanitárias e

com magnitude de 7,8 na escala de Ritcher.

A partir de 2016, a Ponte 25 de abril, em Lisboa, poderá ter um novo motivo para uma

metros de altura a partir da base do pilar O Grupo ISQ – Instituto de Soldadura e Qua-

de Alcântara, onde está gravado o nome da

Com a frequência dos movimentos sismí-

lidade foi novamente escolhido pela Carris,

infraestrutura e que neste momento está

cos, a grande maioria dos elevadores do

atual Transportes de Lisboa, para conduzir

coberto com publicidade. O objetivo é "criar

país são programdos para detetar os tre-

os trabalhos de levantamento do estado

um pólo de atração turística e cultural, em que

mores e parar de forma automática no

de conservação da estrutura metálica do

o elevador seria apenas uma das vertentes",

andar mais próximo como medida de segu-

Elevador de Santa Justa. Para o projeto, o

refere uma fonte ligada ao processo. No en-

rança. Apenas em Tóquio, cerca de 20 000

ISQ desenvolveu um conjunto de especifi-

tanto, a Infra-Estruturas de Portugal está à

elevadores ficaram completamente inope-

cações técnicas para as obras de conser-

procura de parceiros capazes de desenvol-

rantes após o último sismo registado. Des-

vação e beneficiação, dado o aparecimento

ver e gerir este novo equipamento, uma vez

tes, mais de metade ficaram parados mais

de situações anómalas na estrutura metá-

que a construção deste não se encaixa no

de 9 horas entre os andares do edifício.

lica centenária do elevador.

seu perfil.

20

elevare


Notícias e Produtos mais intuitivo e permitem uma visão geral

Viking M, uma solução inteligente. A incor-

mais rápida dos dados para a resolução de

poração de baterias inteligentes, que indi-

problemas. O software PowerView3 garan-

cam sempre o estado atual da carga, ou

te a análise detalhada dos dados gravados,

o novo controlo manual remoto, permite

leitura direta do cartão de memória mi-

uma posição de trabalho mais ergonómica,

croSD e criação automática de relatórios.

devido à inexistência de cabos a atrapalhar.

Tem como benefícios: suporte para cartão

A inteligência da nova gama vem do Liko

de memória microSD (8 GB fornecido com o

Diagnostic System™, sistema único desen-

instrumento) até 32 GB; terminais de entra-

volvido pela Liko e integrado na caixa de

O novo pólo poderá ocupar uma parte do

da codificados por cores e rótulos segundo

controlo do elevador. Permite indicar ao

terreno à volta do pilar de Alcântara, cujo

a região da aplicação; menu principal com

pessoal e ao comprador informação impor-

acesso se faz pela Avenida da Índia, ao

ícones de tamanho significativo para tor-

tante sobre o modo de utilização do Viking M

lado do Hotel Vila da Galé Ópera. A cons-

nar o equipamento muito fácil de navegar e

e alerta na altura de efetuar o serviço de

trução do equipamento pretende a ocupa-

configurar; software PowerView3 que per-

manutenção.

ção reduzida de espaço, sendo provável a

mite fazer o download e a análise dos dados

sua implantação do lado de Belém, estan-

registados e criação de um relatório pro-

do prevista a sua inauguração para o dia 6

fissional; pinças flexíveis estão incluídas. O

de agosto de 2016, data emblemática para

analisador de energia MI 2892 Master Po-

Elevadores no Metro são "imprescindíveis"

a Ponte 25 de abril, que celebra 50 anos

wer da Metrel tem aplicabilidade em audi-

A importância de plataformas elevatórias

sobre a sua construção. A elevação até ao

torias de qualidade de energia e reparação

como meio de acesso ao Metro tem desen-

nível do tabuleiro da ponte com vista para

de sistemas elétricos de Baixa e Média Ten-

cadeado a necessidade de obras de cons-

Belém permitirá ao visitante alcançar uma

são, verificação da eficácia de sistemas de

trução de elevadores em infraestruturas.

vista abrangente de Lisboa.

correção do fator de potência como bancos

Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo

de condensadores, análises energéticas de

da Câmara de Lisboa, indicou que é "abso-

longa duração, manutenção preventiva, e

lutamente imprescindível" a existência de

verificação da capacidade de um sistema

elevadores dentro e até à superfície das

elétrico antes de se aumentar a carga.

estações metropolitanas e ferroviárias, de

F.Fonseca apresenta novo analisador de energia MI-2892 da Metrel

forma a assegurar a acessibilidade a todos os cidadãos. "Infelizmente, a Câmara de Lis-

F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com

Primeiro elevador pacientes inteligente

boa não tem jurisdição sobre o Metropolitano. Há várias situações em que não existem elevadores e que era absolutamente impres-

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

cindível".

O novo analisador de energia MI 2892 Mas-

Neste contexto, está prevista a construção

ter Power da Metrel é um instrumento por-

de um elevador até à superfície no Chiado,

tátil trifásico com um ecrã a cores de fácil

precisamente na Escadinha do Espírito San-

leitura gráfica, o que permite ao utilizador,

to, entre a Rua do Crucifixo e a Rua Nova do

por exemplo, detetar harmónicos e anoma-

Almada. Manuel Salgado abordou, de igual

lias nas formas de onda de uma instalação.

forma, o Plano de Acessibilidade Pedonal de

O analisador de energia MI 2892 Master Po-

Lisboa, que define a estratégia do munícipio

wer da Metrel permite um registo de longa

A série Viking, família de elevadores móveis

para promover a acessibilidade em Lisboa

duração, bem como solucionar problemas

mais moderna e mais funcional, com a uti-

até ao final de 2017, considerando "uma

de qualidade de energia em sistemas de

lização de alumínio, permitindo uma maior

prioridade das prioridades na reabilitação do

distribuição monofásicos e trifásicos. As te-

resistência, leveza e eficiência energética

espaço público". O autarca assegura que o

clas de configuração tornam o instrumento

dos seus equipamentos, apresenta o novo

"plano está a ser executado, nomeadamente

elevare 21


Notícias e Produtos há obras que estão a decorrer", adiantando

Todos os produtos de LED Hansen são ca-

ção tecnológica e educativa, reconheceu a

que "até ao final deste ano, há outras em-

raterizados pelo facto de serem feitos por

ThyssenKrupp, integrando-a na lista das 50

preitadas que vão ser lançadas", podendo

medida, independentemente da quantidade

empresas mais inteligentes em 2015, no-

integrar o programa "Uma praça em cada

encomendada, serem fornecidos prontos

meadamente pela reinvenção do setor dos

bairro" ou o programa "Repavimentar". A

para a conexão e terem origem em ape-

elevadores. De acordo com a MIT Technolo-

Câmara Munipal de Lisboa procura desta

nas uma fonte. Especialistas em soluções

gy Review, para constar na lista as empre-

forma melhorar a acessibilidade na cida-

especializadas, as soluções da Hansen são

sas devem aliar as soluções de tecnologia à

de, alargando os passeios e colocando

desenvolvidas e fabricadas in-house, com a

inovação, possuindo de igual forma um mo-

pavimentos confortáveis e seguros, im-

garantias de entrega de 5 a 10 dias.

delo de negócio prático e ambicioso, resul-

pedindo a queda de pessoas sob um piso

tando no seu posicionamento como líder no

escorregadio. Este extenso processo de

seu campo ao longo dos últimos 12 meses.

reestruturação irá abranger cerca de 150

Elevador com Jardim Público

arruamentos da cidade até 2017, tradu-

Está em curso a construção do Elevador do

Com as mais recentes inovações de siste-

zindo-se num investimento total de 25

Jardim Público, na Covilhã, detinado a esta-

mas de transporte de passageiros, a Thys-

milhões de euros.

belecer a ligação entre o Jardim Público à

senKrupp disponibiliza soluções que ultra-

cota 664.12, e o Largo da Avenida Marquês

passam os desafios da urbanização global.

de Ávila e Bolama, junto à nova ponte so-

Tanto o MULTI, primeiro elevador sem ca-

Hansen – especialista em iluminação LED para elevadores e escadas rolantes

bre a Ribeira da Carpinteira, à cota 620.000,

bos no mundo, como o ACCEL, passadeira

através de dois passadiços de peões e dois

rolante única, possuem uma tecnologia

elevadores verticais, implantados segundo

magnética de levitação da ThyssenKrupp,

Hansen Neon GmbH

um alinhamento reto.

contribuindo para que aumente a capaci-

Tel.: +49 4843 2009 410 • Fax: +49 4843 2009 610

dade de transporte enquanto é reduzido o

marketing@hansen-neon.de • www.hansen-neon.de

consumo energético e tempo de viagem em áreas urbanas.

A Hansen oferece uma grande variedade de produtos LED, permitindo uma poupança

Tecnologias energéticas eficientes, como

de energia para aplicações especiais como

o MULTI ou o ACCEL, criadas pelas equipas

uma iluminação interior de elevadores,

de ThyssenKrupp, disponibilizam um vasto

grandes superfícies iluminadas em esca-

leque de vantagens que tornam as cidades

das rolantes ou simplesmente para fins de

mais habitáveis.

iluminação do assento. Através de uma extrema baixa profundidade de apenas 11 mm ou 13 mm, os painéis luminosos da Hansen

Os passadiços pedonais são estruturas

Criação de elevadores espaciais

são a solução ideal para grandes áreas de

metálicas autoportantes, lançadas entre

Com o objetivo de possibilitar o transporte

superfície. As formas LED são placas pré-

os encontros perdidos nas plataformas su-

de pessoas para o espaço, várias empresas

fabricadas, fáceis de instalar, podendo ser

periores e os núcleos de betão armado que

estão a desenvolver projetos que visam a

utilizadas, por exemplo, na iluminação de

constituem as Caixas dos Ascensores, sendo

criação de um elevador espacial. Dentro do

fundo para grandes áreas de teto e de pare-

os contraventamentos assegurados por tra-

leque de entidades empresariais destaca-se

de. A gama Hansen LED Profiles é particu-

vessas diagonais em perfilados metálicos.

o Google X, laboratório secreto do Google.

nhas iluminadas em escadas e corrimão ou

A Betar é a marca responsável pelos proje-

A ideia do elevador espacial não é propria-

para enfatizar caraterísticas arquitetónicas.

tos de Fundações e Estruturas e Hidráulica.

mente nova. A primeira referência ocorreu

Outra aplicação frequente é a iluminação de

A Geotest foi responsável pelo projeto de

em 1985, pelo cientista russo Konstantin

orientação.

Escavação e Contenção Periférica. O proje-

Tsiolkovsky, que defendia a necessidade

to de Arquitetura Paisagista é da autoria do

da extensão de um cabo ancorado à Terra

Atelier Arpas.

até ao Espaço. Atualmente, a elaboração

larmente adequada para a prestação de li-

do projeto procura a implementação de um ponto de ancoragem na linha do equador,

ThyssenKrupp entre as 50 empresas mais inteligentes

com um cabo que se estenda por 100 mil km

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

ligado a uma estação de contrapeso e or-

Tel.: +351 214 308 150 · Fax: +351 214 308 297

bitraria com o planeta. Várias empresas

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

já se demonstraram interessadas, apre-

acima da superfície da Terra. O cabo seria

sentando os seus distintos projetos. No

22

elevare

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts

entanto adiantam que o grande obstáculo

(MIT), entidade conceituada na investiga-

para a construção de uma torre gigante


Notícias e Produtos que torne possível transportar pessoas é a

Operacional de Potencial Humano, inscrito

do do que o seu antecessor, este PLC com-

falta de um material com força suficiente

no Quadro de Referência Estratégico – QREN.

pacto irá melhorar não só o desempenho do

para ser utilizado na estrutura. Uma outra

sistema como também a sua produtividade.

questão adicional foi lançada, estendendo a

Com funções integradas, como contadores

complexidade do projeto: a imunidade face

de alta velocidade e saídas por impulso,

a vibrações, colisões de pássaros e detritos

pode executar tarefas de posicionamento de

espaciais.

alta performance com uma grande relação custo-benefício. A série FX5 tem integrado

Perante este grau de complexidade, os de-

um interface Ethernet assim como entradas

fensores do projeto vêem nas nanofibras

e saídas digitais e analógicas.

de carbono a matéria-prima resistente o suficiente para permitir a implementação do elevador espacial. Segundo a NASA, o elevador deverá ter 230 mil km, pelo que

A pré-inscrição de participantes deverá ser

a falta de nanofibras interrompeu a pes-

enviada até 10 dias antes da data da forma-

quisa da Google X. Os nanofilamentos de

ção, carecendo a mesma de aprovação, a

diamante apresentam-se como a solução

qual ocorrerá no limite até 5 dias antes da

mais credível. No entanto ainda não existem

data da sessão. O número de participantes

empresas com capacidade de produção su-

por sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-

ficiente.

PLC com o máximo de 8 participantes). Outras sessões de formação serão realizadas a pedido.

SEW-EURODRIVE Portugal – Formação Certificada

O novo controlador FX5 da Mitsubishi Electric pode realizar tarefas ainda mais complexas de posicionamento, sem módulos

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

Evolução da cidade de Nova Iorque em time-lapse

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

O edíficio One Trade Center, construído em

rápidos e saídas de impulsos até uma fre-

memória às antigas Torres Gémeas, em

quência de 200 kHz, permitindo controlar

A SEW-EURODRIVE Portugal, empresa for-

Nova Iorque irá permitir aos seus visitan-

até 4 eixos independentes. A série MELSEC

madora acreditada pela DGERT – Direção-

tes e utilizadores um conhecimento sobre

FX5 também é compatível universalmente

Geral de Empresas e das Relações de Tra-

a evolução histórica da cidade. A existência

com a série anterior e oferece uma migra-

balho, apresenta aos seus clientes a sua

de cinco elevadores, além de permitir uma

ção fácil e de baixo custo a partir do MELSEC

gama certificada de Formação Técnica. Es-

visão panorâmica, irá também exibir em

FX3. Com um conversor de barramento, os

tas sessões compreendem formação em

time-lapse o desenvolvimento da cidade

módulos de expansão da série FX3 existen-

Conversores de frequência MOVITRAC 07B

nova-iorquina desde meados do século XVI

te também podem ser usados na nova série

(11 de novembro), MOVITRAC® LT (25 de no-

até à atualidade.

FX5. Este produto tem aplicabilidade em

SEW–EURODRIVE Portugal

®

vembro), SISTEMAS DESCENTRALIZADOS®,

unidades base as funções com contadores

qualquer indústria, independentemente do

Controladores vectoriais MOVIDRIVE® B (21

A experiência única é assegurada pela exi-

de outubro), Motion Controller MOVI-PLC,

bição de imagens de elevada qualidade. Os

Programação em IPOS (23 de setembro),

visitantes que se desloquem até ao 102° an-

Acionamentos Eletromecânicos (14 de ou-

dar poderão assistir a uma recriação da "Big

tubro). Todas estas formações irão decorrer

Apple" em apenas 47 segundos.

na Mealhada à exceção da MOVIDRIVE® B que será em Lisboa. O programa completo pode

adicionais. São intrínsecas em todas as

setor de atividade.

Estádio do Dragão instala elevadores A direção do Futebol Clube do Porto anunciou a futura instalação de dois elevadores

news/xml_images/d_1214389181.pdf.

F.Fonseca apresenta FX5: nova geração de autómatos compactos da Mitsubishi Electric

O núcleo de formadores da SEW-EURODRI-

F.Fonseca, S.A.

VE Portugal, encontra-se totalmente ha-

Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910

"Uma coisa que me incomodava muito, e que

bilitado com CAP – Certificado de Aptidão

ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com

decidimos resolver, era ver os sócios com

ser consultado em www.sew-eurodrive.pt/

Profissional. Enquanto entidade certificada

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

pela DGERT, a formação técnica ministrada

gigantes no estádio, uma medida a pensar nas dificuldades dos adeptos em subir toda a escadaria das bancadas.

dificuldades em se deslocar terem de subir aquela escadaria no estádio para virem ao fu-

pela SEW-EURODRIVE Portugal possibilita

A série FX5 MELSEC da Mitsubishi Electric é

tebol. Vamos resolver o problema com dois

aos clientes aceder aos apoios públicos para

o novo standard “tudo incluído” no segmento

elevadores gigantes, que permitirão que as

desenvolver as competências dos seus Co-

dos controladores compactos modernos.

pessoas evitem subir essas escadas", refere

laboradores, no âmbito do POPH - Programa

Com um processador três vezes mais rápi-

Pinto da Costa, Presidente do clube.

elevare 23


Notícias e Produtos F.Fonseca Day a 8 de outubro de 2015

dos de propostas, na sua maioria devido à

Relativamente ao acidente ocorrido na China,

existência de um parque de ascensores en-

José Pirralha, Presidente da AINEER, refere

F.Fonseca, S.A.

velhecido, que pode ver agora o seu desem-

que "É uma situação anormal e nunca vista".

Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910

penho melhorar ao nível da segurança, bem

Adianta ainda que "Somos dos poucos países

ffonseca@ffonseca.com • www.ffonseca.com

como da eficiência energética e ambiental.

que, além das manutenções, tem também inspeções obrigatórias de dois em dois anos. São

/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

Foi no sentido de tirar o máximo proveito do

máquinas seguras do ponto de vista da cons-

espaço já ocupado que a Enor desenvolveu

trução, mas por um conjunto de razões são

o enorMOD, um kit de modernização, prati-

geradoras de um número bastante elevado

camente universal, capaz de ser aplicado

de acidentes. Não nos podemos esquecer que

à grande maioria de marcas e modelos de

os utilizadores estão em contacto direto com o

elevadores existentes no mercado, permi-

equipamento em funcionamento. Não falando

tindo torná-los mais seguros, mais confor-

dos acidentes provocados por paragens brus-

táveis e eficientes. "Procuramos apresentar

cas ou uma grande aglomeração de pessoas

soluções à medida das necessidades tanto

à saída, e entalamento relacionado com calça-

dos equipamentos existentes como dos clien-

do mais flexível como ténis".

tes, tendo em vista a melhoria de aspetos como a segurança, o conforto, a estética,

Diretor-Geral da Enor Portugal. Recorde-

CIE e JABA – Translations oficializam parceria de colaboração

-se que os elevadores sem porta na cabine

Procurando garantir a melhor e mais preci-

constituem mais de 20% do total de eleva-

sa informação técnica de artigos de língua

dores, o que representa uma necessidade

estrangeira, a CIE – Comunicação e Impren-

de intervenção no sentido de garantir mais

sa Especializada e a JABA – Translations ofi-

segurança aos seus utilizadores.

cializaram, a 06 de julho, uma parceria de

o consumo de energia e a própria valorização do edifício”, afirma António Balsinha,

Realiza-se no próximo dia 08 de outubro a 1.ª

colaboração.

edição do F.Fonseca Day, no Hotel Meliá Ria em Aveiro. Com o objetivo de estar em conambiente descontraído, a F.Fonseca procu-

Escadas rolantes – perigo para os utilizadores?

ra proporcionar um dia especial a todos os

ANIEER - Associação Nacional dos Industriais

participantes. A iniciativa terá início com a

de Elevadores e Escadas Rolantes

realização de seminários tecnológicos que

Tel.: +351 934 104 468

abordarão a visão atual do setor industrial e

anieer@gmail.com • www.anieer.com

tacto próximo com os seus clientes, e num

terciário, seguido de almoço volante e posterior acesso ao showroom, onde estarão expostas as mais recentes novidades de diferentes segmentos e soluções de vanguarda de 18 marcas mundialmente reconhecidas,

Como plataforma empresarial na edição

muitas delas líderes mundiais nas suas áre-

de 5 revistas técnicas direcionadas para

as de atuação. Saiba mais em www.ffonseca.

os mercados tecnológicos (“o electricista”,

com/ffonsecaday.

“renováveis magazine”, “Manutenção”, “robótica” e ELEVARE), a CIE pretende garantir uma mais rigorosa e exata transmissão de

Modernização de elevador garante mais segurança

Em Portugal, existem cerca de 1700 esca-

informação e formação para os seus leito-

das rolantes. Apesar de ser um número re-

res através da parceria com a JABA – Trans-

Enor, Lda.

duzido quando comparado com o número

lations. A JABA – Translations é uma marca

Tel.: +351 229 437 960 · Fax: +351 229 415 934

de elevadores, os acidentes são frequen-

exclusiva na área da tradução, acumulando

geral@enor.pt · www.enor.es

tes. A Associação Nacional dos Industriais

experiência em projetos de média e grande

de Elevadores e Escadas Rolantes (ANIEER)

envergadura nos mais diversos setores da

A Enor registou no 1.° trimeste deste ano

garante que os equipamentos são seguros

indústria nacional e internacional. Através

um aumento de 128% no número de con-

defendendo, no entanto, a realização de ins-

de uma vasta gama de serviços, adaptada

sultas para a modernização de equipamen-

peções anuais nos locais com maior utiliza-

às necessidades dos seus clientes, a JABA

tos antigos, quando em comparação com o

ção e legislação que obrigue à atualização

tornou-se igualmente numa marca portu-

ano anterior. Lisboa e Porto são as cidades

dos mesmos garantindo, desta forma, a

guesa de excelência na elaboração de docu-

onde se verifica um maior número de pedi-

segurança dos seus utilizadores.

mentação técnica.

24

elevare


Notícias e Produtos Porto de Sines: movimento de cargas aumenta 25%

de posição são extremamente compactos.

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei

As suas dimensões são menores quando

n.° 118/2013 de 20 de agosto de 2013 e da

No 1.° semestre de 2015, o Porto de Sines re-

comparadas com os interruptores normali-

publicação da Portaria 349-D/2013 de 2 de

gistou um total de movimentação de cargas

zados segundo EN 50041/50047, o que per-

dezembro, tornou-se obrigatório o cálculo

de 21,8 milhões de toneladas de mercado-

mite a sua montagem e a monitorização da

do desempenho energético do elevador, de-

ria, traduzindo-se num crescimento de 25%,

sua posição em reduzidos espaços.

vendo a sua instalação cumprir o requisito

em comparação com o mesmo período de

mínimo da Classe C. A partir de 01 de janeiro

tempo em 2014. A APS - Administração dos

de 2016, este requisito sobe para a Classe B,

Portos de Sines e do Algarve, realçou a im-

devendo ser comprovado através da emis-

portância que todos os segmentos de carga

são de uma etiqueta energética afixada no

tiveram neste novo valor máximo. "Todos

elevador.

eles tiveram um comportamento positivo, o que na prática significa dizer que todos os terminais especializados do Porto de Sines cresceram", refere. A mesma entidade referiu que foram movimentados um total de 676 898 TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés), o que traduz "um crescimento superior a 13%", acrescentando que "o 2.° trimestre de 2015 permitiu este importante

Estão disponíveis quatro formatos de invó-

resultado, com o mês de junho a atingir os

lucro, que se diferenciam pela posição de

140 947 TEU movimentados". A movimenta-

saída do cabo ou do conector. A sua forma

ção de bancas (combustíveis para navios)

simétrica do invólucro e a possibilidade de o

registou um "aumento de 30%", atingindo

atuador girar a 45° permite a utilização do

as 162 807 toneladas, o "número de navios

mesmo interruptor para a versão esquerda

em operação comercial cresceu 8%" e que "o

e direita. Todos os interruptores de posição

Gross Tonnage cresceu 11%".

da nova série dispõem de contactos NF de abertura forçada segundo EN 60947-5-1. Em consequência disso podem ser utilizados como interruptores de formato 1 segundo EN ISO 14119 em aplicações técnicas

A ADENE desenvolveu um Guia de Etique-

se segurança, como, por exemplo, para a

tagem Energética, permitindo às empresas

consulta de posição de proteções de segu-

efetuar auditorias energéticas de acordo

rança. Junto com um relé de segurança é

com a Norma Internacional, assim como

possível utilizar um único interruptor de po-

conhecer os parâmetros que influenciam a

sição de segurança até à categoria 2. Com

classe energética.

dois interruptores de posição de seguranJoão Franco, Presidente do Porto de Sines,

ça alcança-se a categoria 3 ou 4 segundo

prevê o crescimento da atividade em mais

EN ISO 13849-1. De referir que a nova série

de 25%, quando comparado com 2014, res-

cumpre também com as exigências da nor-

Nayar Systems lança Advertisim em setembro de 2015

salvando o respeito que a infraeestrutura

ma EN 81-1 para a utilização da tecnologia

Nayar Systems

adquira perante portos concorrentes nacio-

de elevadores.

Tel.: +34 964 066 995 • info@nayarsystems.com

nais ou estrangeiros e operadores econó-

www.nayarsystems.com

micos.

Nova série de interruptores de posição PS116

Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos: agora também para Elevadores

A empresa espanhola Nayar Systems continua a sua expansão no mercado luso. A uma potente força comercial portuguesa

Depois da janela ter sido o primeiro produto

no Porto, que reforça a liderança da sua

Schmersal Ibérica, S.L.

a ser catalogado com a etiqueta SEEP, che-

marca 72 horas – especializada no mercado

Tel.: +351 219 593 835

gou a vez dos elevadores, esperando-se que

dos elevadores – ,soma-se uma autêntica

info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt

o sistema no futuro inclua, de igual forma, as

revolução no mercado das telecomunica-

escadas e tapetes rolantes. Representando

ções, fruto da dilatada trajetória empresa-

Os novos interruptores de posição PS116 da

cerca de 3 a 5% do consumo energético dos

rial da empresa. A 1 de setembro de 2015

Schmersal além de robustos e versáteis, es-

edifícios, é importante conhecer o seu valor

apresentam Advertisim, a primeira mar-

tão dirigidos a um amplo âmbito de aplica-

e identificar a melhor forma de promover a

ca europeia com selo espanhol capaz de

ção. Os invólucros dos novos interruptores

eficiência energética destes equipamentos.

oferecer informação e conteúdos publici-

elevare 25


Notícias e Produtos tários em elevadores, receções, salas de

adro da Sé, e um funicular da Rua dos Laga-

cronos. Ou seja, todos os motores assíncro-

congressos ou em qualquer cabine móvel.

res até ao Miradouro Sophia de Mello Brey-

nos de 2-, 4- e 6- pólos, com uma potência

Tais conteúdos podem ser modificados

ner Andresen, são as soluções que a Câmara

entre 7,5 kW e 375 kW que são colocados

pelo utilizador em tempo real apenas com

Municipal de Lisboa apresentou para promo-

no mercado na União Europeia, na Suíça, e

um clique, graças aos cartões SIM M2M e

ver e melhorar a acessibilidade pedonal na

na Turquia devem atender aos requisitos da

aos seus displays. Advertisim é hardware

colina do Castelo de S. Jorge.

classe de eficiência energética IE3.

e software, erguendo-se como o primeiro ecrã do mercado com comunicação cons-

Os motores assíncronos com menor efici-

tante na “nuvem” mediante tecnologia 3G

ência energética não são mais permitidos

e wi-fi. Advertisim abre novas janelas de

para esta faixa de potência, com algumas

comunicação que permitem a ascenso-

exceções. A partir de 01 de janeiro de 2017,

ristas e a anunciantes comunicar com os

a exigência IE3 entrará em vigor para todos

seus clientes finais em tempo real, e num

os motores assíncronos, com uma potên-

ambiente de confiança e privacidade.

cia entre 0,75 kW e 375 kW. Os motores são identificados com IE3 de acordo com a

A marca espanhola já foi implantada em

Os estudos levados a cabo foram aprovados

diversas localizações no mercado nacio-

em reunião pública do executivo municipal.

nal, tendo ótimos resultados. A Nayar

Embora já estando a funcionar dois elevado-

Systems procurou em todos os momen-

res entre a Baixa e a Costa do Castelo, em

tos potenciar um novo canal de comunica-

Alfama e no interior de um imóvel, ligando

Teleférico sobrevoa Sintra em 2017

ção com este dispositivo. Assim, o suces-

a Rua Norberto Araújo ao Miradouro de San-

Com o objetivo de retirar automóveis do cen-

so de Advertisim, não passa apenas por

ta Luzia, a Câmara de Lisboa espera conse-

tro histórico e obter benefícios ambientais, e

ter um ecrã com ótima qualidade HD,3G,

guir operacionalizar o projeto até meados

caso a construção seja aprovada no estudo

Wi-fi e um design minimalista; sendo ain-

do próximo ano. Manuel Salgado, Vereador

de impactos, Sintra terá a partir de 2017 um

da capaz de conetar o passageiro com o

do Urbanismo, realça que o "objetivo é que o

teleférico que permitirá o transporte de pas-

que deseje: desde o ascensorista até o

elevador aproveite, num edifício, um beco sem

sageiros da periferia para o Palácio da Pena.

administrador da propriedade. No último

saída que tem entrada pela Porta do Mar e que

O investimento será de ordem privada e ron-

tempo pode-se observar como cabines,

permita subir até às imediações do monumen-

dará os 25 milhões de euros, anunciou Ba-

com um custo de milhares de euros situ-

to". O design do projeto e da sob responsabi-

sílio Horta, Presidente da Câmara de Sintra.

ados em hotéis, organismos públicos ou

lidade de Pedro Matos Gameiro Arquitetos.

edifícios emblemáticos, estavam literal-

IEC 60034-30-1.

O primeiro projeto para o teleférico de Sintra

mente cobertas com papéis anunciando

data do ano de 1910. Em 2001 anunciou-se um segundo projeto, que não chegou a ser

se encontravam desfasadas. Advertisim

Novo motor assíncrono IE3, série DRN

mudou o conceito, modificando a forma

SEW–EURODRIVE Portugal

projeto para tratar a questão da mobilidade,

de entender a comunicação numa cabi-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

que só pode ser resolvida com a construção

ne, revolucionando a comunicação entre

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

de um teleférico e de um silo", adianta Basí-

informações que, na maioria dos casos

levado a cabo. "Resolvemos retomar este

passageiro e a empresa onde se encontre

lio Horta. "Quem vai ao Palácio da Pena ou ao

implementada. Portugal prepara-se para

Castelo, deixa o carro no silo, vai de teleférico e

dar as boas-vindas à conetividade de uma

faz a visita", finaliza.

forma inimaginável até ao momento. Tanto mensagens personalizadas, imagens, podem ser enviados de forma automáti-

Museu dos Coches com elevadores e plataformas LIFTECH

ca onde se encontre instalado o ecrã de

LIFTECH, S.A.

Advertisim. Nayar Systems inicia uma

Tel.: +351 229 432 830 · Fax: +351 229 432 839

vídeos ou informações meteorológica

nova era no setor das telecomunicações

info@liftech.pt · www.liftech.pt

em Portugal, tendo conseguido a máxima

A eficiência energética e a sustentabilidade

precisão em cada um dos elementos.

são cada vez mais fatores importantes no

O novo Museu dos Coches, em Lisboa, foi

desenvolvimento e na re-engenharia de pro-

inaugurado no passado dia 22 de maio de

dutos da indústria, especialmente devido a

2015. Retrato de uma simbiose perfeita en-

Castelo de S. Jorge em Lisboa com acesso mais facilitado

exigências legais mais rigorosas. Desde 01

tre o passado e o presente, a nova infraes-

de janeiro de 2015 a segunda fase do Regu-

trutura, além de novos coches, berlindas,

A implementação de três escadas rolantes

lamento 640/2009 da Comissão Europeia

liteiras e cadeirinhas, conta também com

ao ar livre na Mouraria, um elevador dentro

entrou em vigor, exigindo uma maior eficiên-

a existência de elevadores e plataformas

de um edifício entre o Campo das Cebolas e o

cia energética em motores trifásicos assín-

LIFTECH.

26

elevare


Notícias e Produtos IEE Expo 2016 Virgo Communications And Exhibitions, Ltd. Tel.: + 80 253 570 28/9 · Fax: + 91 802 535 702 8 info@virgo-comm.com · www.ieeexpo.com

As plataformas elevatórias permitirão a simplificação das operações com peças de grande dimensão. Vão funcionar com um sistemas hidráulico de dupla tesoura com um dispositivo bastante complexo que peA 6.a edição da International Elevator & Es-

mitirá a extensão a vários níveis, movendo-

calator Expo (IEEE), exposição internacional

se na hotizontal em sincronia com o movi-

de Equipamentos e Plataformas Elevató-

mento vertical. A ThyssenKrupp Elevator

rias irá realiza-se entre 17 e 19 de março

ficará igualmente responsável por todo o

de 2016, no Centro de Exposições de Bom-

trabalho de engenharia e de planeamento.

baim, Índia. Uma plataforma exclusiva para Todos os equipamentos foram desenhados

os profissionais na área dos equipamentos

e fabricados à medida, cumprindo assim as

verticais de transporte, permite comparti-

rígidas indicações dos arquitetos. Salien-

lhar e mostrar os mais recentes produtos e

tam-se os dois elevadores principais do

inovações tecnológicas, atraindo desta for-

Elevador Lacerda iluminado de azul em campanha contra o tráfico de pessoas

museu, com capacidade para 75 pessoas e

ma participantes e expositores nacionais e

A iniciativa "Coração Azul" enquadradrou-se

com duplo acionamento hidráulico. Portas a

Internacionais nas últimas cinco edições.

na comemoração do Dia Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos, a 30 de

180°, de 6 folhas, com abertura útil a toda a largura da cabina. Foram ainda fornecidos

A Elevador Internacional & Expo (IEE) desta-

julho. Neste sentido, durante o mês de ju-

mais três elevadores elétricos, do tipo MRL,

ca-se na indústria da elevação desde 2007,

lho, o Elevador Lacerda, no Brasil, esteve

com capacidade para 10 pessoas, além de

oferecendo a oportunidade perfeita para

iluminado de azul, simbolizando a mobi-

uma plataforma de tesoura, com 3000 kg

explorar parcerias com players internacio-

lização. A ação conta com a parceria en-

de capacidade de carga destinada a fazer o

nais e expandir negócios. A revista "ELEVA-

tre a SPM - Superintendência de Políticas

transporte dos coches para o piso superior

RE" será media partner do evento.

para as Mulheres, Semop - Secretaria Municipal de Ordem Pública, distintos orgãos

do edifício.

federais e estaduais, além da participação da UNODC - Escritório das Nações Unidas

Os responsáveis por uma montanha na Suí-

ThyssenKrupp será a fornecedora de plataformas elevatórias da Airbus

ça desenvolveram um modelo de teleférico

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

Em celebração deste dia, é tradição ilu-

"conversível" permitindo, além do transpor-

Tel.: +351 214 308 150 · Fax: +351 214 308 297

minar importantes monumentos em todo

te de turistas para o cumes das montanhas,

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

o mundo com a cor azul, como meio de

CabriO: o teleférico "conversível"

sobre Drogas e Crimes.

chamar a atenção sobre a incidência do

um contacto direto com o ar e a montanha. Chamado de "CabriO", o teleférico é aponta-

A Divisão de Linhas Especiais da Thys-

crime. A iniciativa "Coração Azul" que mar-

do como o primeiro equipamento com um

senKrupp Elevator assinou um contrato

ca a campanha mundial da UNODC contra

segundo andar aberto em todo o mundo.

para fornecer e instalar plataformas ele-

o tráfico de pessoas, foi lançada no Brasil

No total, cerca de 60 pessoas podem ser

vatórias de trabalho nos centros da Airbus

em maio de 2013.

transportadas de cada vez – 30 na parte

localizados em llescas (Toledo, Espanha)

superior.

e Stade (Alemanha). Esta parceria entre a ThyssenKrupp Elevator e a ThyssenKrupp

Schmersal comemora 70 anos

O equipamento faz a travessia até ao Mon-

System Engineering procura o fornecimen-

Schmersal Ibérica, S.L.

te Stanserhorn, que fica perto de Lucerna

to e instalação destas plataformas, que

Tel.: +351 219 593 835

e tem 1898 metros de altura. Mesmo não

serão utilizadas para o desenvolvimento

info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt

sendo a montanha mais alta da região,

de operações manuais de várias partes da

apresenta uma boa estrutura, com restau-

linha de montagem. Este projeto represen-

A história do Grupo Schmersal inicia-se em

rante e miradouro, permitindo a observa-

ta um grande desafio devido às exigências

agosto de 1945, pelas mãos dos irmãos

ção da paisagem.

técnicas e prazos apertados.

Kurt Andreas Schmersal e Ernst Schmer-

elevare 27


Notícias e Produtos sal. Produzindo inicialmente componentes

Consulting, rede mundial de engenheiros de

simples e inteligente. Os profissionais per-

para a construção de elevadores, e após

segurança qualificados, que prestará con-

sonalizados podem, por exemplo, ligar o

a destruição provocada pela guerra na ci-

sultoria sobre avaliação de riscos das má-

diagnóstico de hardware utilizando um cabo

dade de Wuppertal, a empresa regista um

quinas, escolha dos dispositivos de proteção

de dados ou um opcional cabo de alimenta-

aumento da procura dos seus produtos. Já

adequados, entre outros, aos seus clientes

ção. O FrontCom® Vario é a primeira escolha dos clientes da construção de máquinas,

em 1950 a Schmersal aumenta a produção

indústria de processo e potência e na enge-

de interruptores mecânicos, principalmente sensores de limite para a indústria da construção civil.

FontCom da Weidmüller garante 1.º lugar do Prémio AUTOMATION 2014

nharia de tráfego – e apenas ocupa metade

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

planeamento e equipa os profissionais para

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

o futuro - um portefólio de mais do que

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

5000 combinações oferece a conceção de

®

do espaço na Norma do mercado atual. O FontCom® Vario oferece uma segurança no

possibilidades para praticamente qualquer Os visitantes da exposição SPS/IPC/Drives

aplicação ou ciclo de vida de uma máqui-

fizeram a sua escolha: na categoria “Solu-

na ou sistema. O sistema suporta uma in-

ções no Controlo da Tecnologia e Sistemas”

finidade de standards para as interfaces da

ganhou o primeiro lugar na AUTOMATION

comunicação em diversos modelos, como

Desde a sua fundação, a linha de produção

AWARD 2014 para a interface de serviço

o RJ45, USB ou D-Sub, tal como diferentes

da Schmersal procurou o desenvolvimento

FrontCom Vario da Weidmüller. O prémio é

sistemas de anilhas específicos para cada

de produtos inovadores, focando-se atu-

um dos mais prestigiados na indústria auto-

país. Como uma interface de serviço modu-

almente na produção de interruptores de

móvel alemã e é atribuída na exposição SPS/

lar, a FrontCom® Vario oferece sempre a

segurança eletromecânicos e eletrónicos,

IPC/Drives em Nuremberga. Os expositores

perfeita combinação de quadros individuais,

assim como controladores de segurança.

desta feira estão autorizados a mostrar as

inserções de sinais e dados, e energia, tal

Com uma extensa presença em 17 países e

últimas inovações dos seus produtos. O júri

como a placa de inserção correta.

contando com 1750 colaboradores, a Sch-

– representado pelo Comité do Congresso

mersal conta com mais de sete fábricas de

da SPS/IPC/Drives, VDMA, ZVEI e o grupo

produção na Europa, Ásia e América do Sul,

editorial da revista “elektro AUTOMATION” –

além de estar mundialmente presente com

nomearam desde logo cinco produtos em

filiais e representantes de vendas em mais

duas categorias. A partir destes “5 Melho-

de 60 países. Com um número de produção

res Produtos”, os visitantes votaram nos

de cerca de 25 000 tipos de interruptores,

seus favoritos durante a feira da SPS/IPC/

a marca apresenta-se como referência atu-

Drives. A FrontCom® Vario impressionou os

al do mercado. Como resultado, em 2014 a

visitantes de todos os setores e assim, com

Schmersal faturou cerca de 7%, isto é, 210

44,6% dos votos asseguraram a primeira

milhões de euros, o que permitiu assegu-

posição. “Estamos especialmente satisfeitos

rar a solidez financeira da marca. "Mesmo

com este prémio uma vez que é dado pelos

com tanto sucesso não queremos descansar

nossos parceiros, clientes e utilizadores”,

A segurança do investimento está prevista,

e continuaremos a avançar com o novo re-

ditou Klaus Leuchs, Gestor da Produto da

por exemplo, para as inserções CAT 6A RJ45

alinhamento estratégico definido há alguns

FontCom

Vario. “Isso demonstra que as

das séries STEADYTEC® da Weidmüller, que

anos. O nosso objetivo é expandir ainda mais

nossas soluções inovadoras respondem às

oferece o máximo desempenho (CAT 6A = até

a nossa posição no mercado como fornece-

necessidades dos nossos clientes e estes es-

10 GB por segundo) e as melhores proprie-

dores de sistemas e soluções", explica Philip

tão impressionados com os benefícios ofere-

dades de transmissão. A proteção ao toque

Schmersal, sócio-diretor do Grupo Schmer-

cidos pelos nossos produtos.”

no interior oferece possibilidades de marca-

®

®

ção adicionais para cada porta, permitindo

sal. "Queremos oferecer soluções completas aos nossos clientes. Entre elas também está

FrontCom® Vario é um serviço de interface

que cada interface seja também claramente

a Safety Consulting, uma consultoria especia-

compacto para controlo e comutação de

identificado dentro do armário. A Weidmüller

lizada para os nossos clientes, e a Application

armários, garantindo um fácil acesso ao

também fornece um configurador online que

Engineering, com foco na implementação de

sistema de controlo/PC e à eletrónica. As-

pode utilizar para localizar e configurar ade-

soluções em tecnologia de segurança. Acom-

segura uma grande eficiência e disponibili-

quadas interfaces na Internet a partir de mais

panhamos os nossos clientes desde o primei-

dade nos processos tal como uma redução

de 5000 combinações da FrontCom® Vario.

ro contacto à colocação em funcionamento",

de tempo e dinheiro. Sem paragens ou mais

O armazenamento de um conjunto de peças

finaliza Philip.

profissionais, os técnicos podem utilizar a

com todos os componentes individuais pode

interface de serviço para executar tarefas

ser imediatamente consultado online depois

Comemorando 70 anos, a Schmersal procu-

de manutenção ou retificar erros no pro-

do processo de configuração (http://galaxy.

ra hoje fortalecer a organização da Safety

cesso de produção – é, ao mesmo tempo,

weidmueller.com/frontcom).

28

elevare


Dossier iluminação em elevadores

Lightwatcher: Apagar/atenuar a luz de cabina segundo a diretiva 95/16/CE PROTAGONISTAS

Schmersal Ibérica, S.L.

Iluminação nos elevadores

Erick Alves, Efalift – Sistemas e Tecnologias para Elevadores, Lda.

elevare 29


Dossier Dossier sobre sobre Iluminação Iluminação emem Elevadores Elevadores

Lightwatcher: Apagar/Atenuar a luz de cabina segundo a Diretiva 95/16/CE Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 • Fax: +351 219 594 283 info-pt@schmersal.com • www.schmersal.com

A poupança energética é uma preocupação comum e os elevadores não são uma exceção para a sua aplicação e, ainda que as soluções sejam variadas, nem todas são válidas, atendendo aos requisitos de segurança. Este artigo argumenta a utilização do equipamento Lightwatcher conforme a Diretiva 95/16/CE.

Qualquer elevador colocado em serviço ou

que o sistema de controlo de iluminação

taure o serviço com normalidade. É impres-

que vá ser atualizado (mudança de máqui-

deverá detetar a abertura das portas para

cindível inibir o sistema neste caso para

na, manobra, e outros) deveria cumprir o

garantir que esteja ligada. Portanto, qual-

evitar que um potencial aprisionado fique

relativo ao controlo das luzes de cabina.

quer sistema de deteção de presença do

às escuras. Neste caso a poupança ener-

De seguida teremos em conta as caraterís-

interior da cabina não apenas deve cobrir o

gética fica sem feito à condição excecional

ticas do tipo de aplicação para argumentar

habitáculo, como também deve monitorizar

de assistência ao utilizador e deve deixar de

o procedimento de apagar ou atenuar a luz

a abertura da porta.

funcionar.

de cabina. No caso de um elevador ficar parado fora

Os elevadores com portas automáticas po-

De notar que, em alguns países, como em

de piso, o sistema de apagar a luz de cabina

dem apagar ou atenuar a luz de cabina com

Espanha, foi legislado especificamente nes-

deve ser inibido totalmente até que se res-

porta fechada e no piso. Fora do piso, ou

te sentido. Este texto toma como referência os requisitos desta lei para argumentar o problema e solucioná-lo adequadamente. No caso de um elevador os requisitos de apagar ou atenuar a luz de cabina são diferentes no caso destes estarem equipados com portas automáticas ou semi-automáticas e manuais. Neste segundo caso cabe distinguir entre portas que permitem ver a cabina desde o exterior (com janela transparente) e as que não permitem. Em qualquer caso parece razoável que a condição de iluminação obrigatória seja dada pela abertura das portas (que são a àrea de acesso ao interior da cabina), pelo

30

elevare

©royelevatorcabs.com


Dossier sobre Iluminação em Elevadores seja, em movimento, ou na situação explicada anteriormente, não é possível. Isto implica que o sistema de apagar/atenuar a luz de cabina não deve apenas detetar a presença como também deve ser capaz de detetar o movimento da cabina, e se está ou não no piso (se o elevador se move com ou sem pessoas a luz de cabina deve estar acesa). Os elevadores de portas manuais* ou semiautomáticas** apenas podem apagar a luz de cabina se a porta não tiver um aceso visual à cabina, caso contrário apenas se pode atenuar. No segundo caso, o sistema deverá ter alguma forma de acender de maneira seletiva se existirem vários pontos de luz, usar algum tipo de regulador no caso de um único ponto ou utilizar de forma alternativa a luz de emergência que deve estar sempre ©pinterest.com

presente. Em qualquer caso a iluminação deve ser suficiente para que não haja dúvida de que a cabina esteja no piso antes de abrir

impedir que a luz se apague durante o mo-

portas fechadas, não deixando o utilizador

a porta, de modo a evitarmos o potencial

vimento da cabina (independentemente se

às escuras.

perigo de um acesso involuntário ao fosso.

está ou não vazia).

Em ambos os casos, o sistema de controlo

No caso de ficar fora de serviço pode ser

é um produto totalmente viável tanto com

de luzes atua quando a cabina está parada

utilizada qualquer das três entradas que o

possibilidade de conetar à manobra como

e com a porta fechada e deve permanecer

desabilitam (portanto a luz seria acionada

utilizando

enquanto estiver parada. De novo, e de igual

de forma imediata). Este sinal pode ou não

magnético.

modo, no caso de elevadores com portas

vir da manobra. Uma solução totalmente

automáticas é necessário que o sistema

independente da manobra é adicionar como

possa detetar quando a cabina está ou não

entrada um sensor magnético para detetar

no piso e, se está em movimento.

que a cabina não está no piso (é indiferente

Em resumo, o equipamento Lightwatcher

adicionalmente

um

detetor

o tipo de contacto elétrico já que as entraO sistema de desligamento automático da

das se podem inverter graças ao dip-switch

luz de cabina Lightwatcher é um equipa-

que inclui o equipamento).

mento específico para elevadores que cum-

DADOS TÉCNICOS ›

Tensão de alimentação elétrica 230 VAC;

É possível atenuar a luz de cabina quando

Consumo elétrico 2 VAC;

seja necessário graças às três saídas a

Saídas a relé 3;

O equipamento realiza a deteção por movi-

relé. Na primeira saída podem-se desco-

Tensão máxima de comutação 250 VAC;

mento (regulável por potenciómetro) me-

netar todos os pontos de luz e na segun-

Pico de corrente máximo 15 A;

diante uns sensores interiores e pode ser

da uma parte (fazendo com que a luz se

Corrente máxima 10 A;

instalado em qualquer lugar solidário ao

atenue ao diminuir o número de lâmpa-

Carga mínima de comutação 0,3 W;

exterior da cabina (teto, solo, laterais) sem

das). Outra possibilidade é usar a terceira

Entradas adicionais 3;

necessidade de fazer nenhuma intervenção

saída para acender a luz de emergência, de

Voltagem de controlo 12 V - 230 V AC/DC;

que implique aceso ao interior da cabina.

modo a garantir que exista luz suficiente,

Dimensões 106 x 90 x 58 mm;

Também não é suscetível de ser manipula-

tal como mencionamos, para distinguir

do ou afetado por atos de vandalismo pelo

quando a cabina está ou não no piso. De

que se assegura a sua atuação perante pos-

forma adicional permite a regulação do

síveis manipulações.

tempo de espera, entre um e dez minutos

pre com o estipulado neste documento.

entre que não detete movimento e apague

Escala de temporização ajustável 1 a 10 minutos.

* Portas manuais: a porta de piso e de cabina são de acionamento manual.

Dado que deteta movimento, incluindo o

a luz de cabina. No caso mais restritivo

** Portas semi-automáticas: a porta de piso

das portas no caso de portas automáticas,

passa um minuto até que a luz de cabina se

é de acionamento manual e a porta de ca-

cumpre rigorosamente com a normativa ao

apague, uma vez que esteja no piso com as

bina é de acionamento automático.

elevare 31


Dossier Dossier sobre sobre Iluminação Iluminação emem Elevadores Elevadores

Iluminação nos elevadores

Erick Alves Efalift – Sistemas e Tecnologias para Elevadores, Lda.

A eficiência energética de edifícios tem,

É na iluminação da cabina que é consumida

nos dias de hoje, um papel de relevo na

a maior parte da energia usada para a ilumi-

conceção de novos edifícios bem como na

nação de toda a instalação. Nas instalações

remodelação de edifícios existentes, tanto

já existentes não se justifica o investimento

ao nível da envolvente térmica como ao

em lâmpadas de baixo consumo para a ilu-

nível da energia elétrica, onde se inclui a

minação do poço e casa de máquinas, pelo

energia consumida para a climatização do

seu reduzido números de horas de funcio-

edifício, a energia utilizada para a ilumina-

namento. No entanto na cabina do elevador

ção, para a mobilidade, entre outras.

o uso de lâmpadas de baixo consumo pode

Figura 1 Teto de cabina com iluminação LED.

ser fundamental para a redução do seu

SUBSTITUIÇÃO DAS LÂMPADAS

consumo energético. O tipo de lâmpadas

CONVENCIONAIS POR LÂMPADAS

usadas na iluminação da cabina e o tempo

DE BAIXO CONSUMO

de funcionamento das mesmas são funda-

Na Tabela 1 estão descritos os custos asso-

mentais para uma maior poupança.

ciados a cada tipo de lâmpada, consideran-

© forms-surfaces.com

do o custo do kWh de 0,17€ e um funcionaExistem então duas formas de reduzir o

mento anual ininterrupto totalizando 8760

custo com a iluminação: a primeira passa

horas (número total de horas de um ano).

pela substituição de lâmpadas existentes,

Para o efeito usamos como exemplo uma

por outras de baixo consumo. A segunda

cabina com capacidade máxima de 6 pesso-

passa pela diminuição do tempo de funcio-

as, garantindo um fluxo luminoso constante

namento das lâmpadas, passando as mes-

e uniforme ao nível do solo de 100 lux, con-

mas a estarem ligadas só durante o perí-

forme imposição da norma EN 81-20.

odo de funcionamento do elevador, com o inconveniente de reduzir o tempo de vida

Os valores apresentados na Tabela têm por

Parte considerável do consumo energéti-

das lâmpadas provocado pelo seu constan-

base a informação fornecida por uma conhe-

co de um edifício é da responsabilidade dos

te acender e apagar. Segue-se uma análise

cida marca de fabricante de lâmpadas. Não

elevadores. Existe assim a necessidade de

mais detalhada dos dois casos.

foram considerados os consumos dos ba-

tornar o elevador um meio de transporte cada vez mais eficiente não só no aspeto

Tabela 1 Custo energético anual de lâmpadas convencionais em funcionamento permanente.

funcional bem como no consumo energétiIncandescente

Fluorescentes

Halogéneo

60 W

18 W

35 W

N.° de lâmpadas

3

4

6

Tempo de vida

1000 Horas

20000 Horas

2000 Horas

iluminação é a parte exclusivamente elétri-

Custo lâmpadas

3,07€

2,79€

3,99€

ca que consome mais energia num eleva-

Custo aquisição/ substituição das

dor, sendo por isso um dos principais pon-

lâmpadas (1.° ano)

73,68€

11,16€

95,75€

Custo do consumo

268,05€

94,60€

312,73€

Custo total anual

341,73€

105,76€

408,49€

co. Parte substancial da eficiência prendese com o desenvolvimento de novas soluções a nível mecânico, mas em termos

Tipo de lâmpada

elétricos existem nos últimos anos avanços tecnológicos que permitem uma redução substancial do consumo energético. A

tos onde se pode atuar para aumentar a eficiência energética de um elevador, principalmente em instalações já existentes.

32

elevare


Dossier sobre Iluminação em Elevadores lastros e transformadores usados em lâm-

Tabela 2 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento permanente.

padas fluorescentes e de halogéneo.

Tipo de lâmpada

Fluorescente compacta 11 W

LED 5.3 W

N.° de lâmpadas

3

4

Como é possível verificar, o custo do consu-

Tempo de vida

6000 Horas

15000 Horas

mo energético das lâmpadas convencionais

Custo lâmpadas

4,59€

7,99€

em elevadores que tenham a luz de cabina

27,54€

31,96€

Custo do consumo

43,36€

31,57€

Custo total anual

70,90€

63,53€

Custo aquisição/ substituição das lâmpadas (1.° ano)

permanentemente acesa pode representar uma fatia importante do orçamento de um condomínio residencial. Já as lâmpadas de baixo consumo, apesar de um custo superior, apresentam custos de consumo bastante inferiores, acabando por compensar

Tabela 3 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento intermitente (residencial).

o investimento feito neste tipo de lâmpadas a curto prazo. Depreende-se também que a

Incand.

Fluoresc.

Halogéneo

Fluoresc.

60W

18W

35W

compacta 11 W

3

4

6

3

4

25.000

4.000

25.000

6.000

100.000

3,07€

2,79€

3,99€

4,59€

7,99€

com grande tráfego.

18,42€

66,96€

47,88€

55,08€

31,96€

DIMINUIÇÃO DO TEMPO

Custo do consumo

80,42€

28,38€

156,37€

21,68€

9,47€

Neste caso vale a pena distinguir o tipo de

Custo total anual

98,44€

95,34€

141,70€

68,10€

41,43€

instalações servidas pelos elevadores para

Tipo de lâmpada N.° de lâmpadas N.° máx. ciclos liga/ desliga Custo lâmpadas

LED 5.3W

percentagem do consumo das lâmpadas no total do consumo do elevador difere consoante o tempo de funcionamento do elevador, ou seja, em elevadores com baixo tráfego a percentagem é maior do que em elevadores

Custo aquisição/ substituição das

DE FUNCIONAMENTO DAS LÂMPADAS

lâmpadas (1.° ano)

PUB


Dossier sobre Iluminação em Elevadores Tabela 4 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento intermitente (serviços).

Elevador instalado num edifício de serviços Segundo o estudo do “Projeto E4 – Eficiência

Fluoresc.

Incandesc.

Fluoresc.

Halogéneo

60 W

18 W

35 W

3

4

6

3

4

25,000

4,000

25,000

6,000

100,000

3,07€

2,79€

3,99€

4,59€

7,99€

36,84€

279,00€

95,76€

220,34€

63,92€

Custo do consumo

104,03€

47,30€

93.82€

13,01€

15,79€

Custo total anual

140,87€

326,30€

189,52€

357,26€

79,71€

Tipo de lâmpada N.° de lâmpadas N.° máx. ciclos liga/ desliga Custo lâmpadas

compacta 11 W

LED 5.3 W

tes”, a percentagem do tempo de funcionamento de um elevador instalado num edifício de serviços é, em média, 50%. Portanto vamos considerar o custo do consumo

Custo aquisição/ substituição das

Energética em Elevadores e Escadas Rolan-

lâmpadas (1.° ano)

energético como 50% do consumo anual em elevadores com luz de cabina Assumindo que em média o número de viagens num edifício residencial é de 300 000 viagens, vamos considerar que o número de vezes em que as lâmpadas ligam e desligam é 100 000. Desta forma verificamos que houve uma diminuição no custo da energia gasta anualmente, no caso das lâmpadas incandescentes e de halogéneo. Já as lâmpadas de LED, apesar de um baixo custo de consumo energético, acabam por ficar mais caros do que se tivermos as lâmpadas sempre acesas. Já as lâmpadas fluorescentes têm um aumento do custo enorme se compararmos com o custo das mesmas no caso em que elas ficam sempre acesas. CONCLUSÕES Podemos concluir que a utilização de lâmpadas do tipo LED, independentemente do tipo de utilização e tipo de instalação, é claramente mais vantajosa do que qualquer outro tipo de lâmpada conseguindo-se

Gráfico 1 Gráfico comparativo dos custos anuais.

assim, uma maior eficiência energética no que concerne a iluminação. se poder definir a percentagem de tempo em funcionamento e o número médio de viagens anuais. Eis dois exemplos: um elevador instalado num edifício residencial e outro num edifício de serviços. Elevador instalado num edifício residencial Segundo o estudo do “Projeto E4 – Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes”, a percentagem do tempo de funcionamento de um elevador instalado num edifício residencial é, em média, 30%. Por-

«As reduções do consumo de energia através da eficiência da iluminação, podem ser significativas principalmente em elevadores residenciais que representam cerca de 70% do parque de elevadores a nível nacional.»

Em regra, desligar a iluminação quando o elevador está parado pode reduzir o custo mas está dependente do tipo de lâmpada e do tipo de utilização que o elevador tenha, pois os ciclos liga/desliga ganham maior relevância com o aumento de número de viagens. As reduções do consumo de energia através da eficiência da iluminação podem ser significativas, principalmente em elevadores residenciais que representam cerca de 70% do parque de elevadores a nível nacional. O payback do investimento

tanto, vamos considerar o custo do consumo energético como 30% do consumo

viagens, vamos considerar que o número

nas lâmpadas está também dependente do

anual em elevadores com luz de cabina

de vezes em que as lâmpadas ligam e des-

tipo de instalação que o elevador sirva.

permanente, mas tendo em atenção o nú-

ligam é 50,000. Desta forma verificamos

mero médio de viagens anuais e o número

que houve uma diminuição drástica no custo

Desta forma podemos concluir que é sem

máximo de ciclos liga/desliga.

da energia consumida anualmente no caso

dúvida alguma vantajoso apostar na re-

das lâmpadas convencionais. Nas lâmpadas

dução do custo energético do elevador

Assumindo que em média o número de via-

de baixo consumo também se verificou uma

através da melhoria da eficiência da sua

gens num edifício residencial é de 100,000

diminuição, se bem que mais pequena.

iluminação.

34

elevare


PUB


Entrevista

Instituto Português de Qualidade Organismo nacional de normalização por Helena Paulino

A entrada em vigor da Diretiva 2014/33/

Revista “ELEVARE” (RE): Que implicações

EU de 26 de fevereiro e as novas

para o setor traz a entrada em vigor da

Normas sobre ascensores criaram um

“Diretiva 2014/33/UE, relativa à harmoni-

novo paradigma para a atividade. A

zação da legislação dos Estados-Membros

revista ELEVARE conversou com Maria

respeitante a ascensores e componentes

João Graça, Diretora do Departamento

de segurança para ascensores” e das novas

de Normalização do IPQ, no sentido de

normas EN 81-20 e EN 81-50?

saber alguns dos impactos que podem

Maria João Graça (MJG): A Diretiva 2014/33/

advir para o setor.

UE resulta da necessidade de proceder à atualização da Diretiva 95/16/CE, sobre

lhora a consistência dos procedimentos de

ascensores, publicada há já 20 anos, refor-

avaliação da conformidade.

mulando-a e introduzindo agora alterações substanciais, na medida em que harmoniza

Para os operadores económicos, os impac-

conceitos, introduz melhorias ao nível da

tos são sobretudo ao nível da necessidade

avaliação, monitorização e coordenação

de (re)criar e implementar sistemas de ras-

dos Organismos Notificados, do reforço da

treabilidade de ascensores e componentes

vigilância do mercado na UE, criando con-

de segurança; fazer a monitorização das

dições para uma maior credibilização da

reclamações e não conformidades, avalian-

marcação CE. Finalmente, clarifica as obri-

do-as e propondo ações corretivas. Consi-

gações dos operadores económicos e me-

derando que a interoperabilidade entre os inúmeros sistemas de rastreabilidade das empresas é complicada, o ideal seria a criação de um repositório de dados nacional, eventualmente coordenado pela entidade de fiscalização/vigilância. Quanto às Normas EN 81-20 e EN 81-50, a sua revisão decorre da necessidade de consolidar centenas de novas interpretações e de integrar as várias emendas, entretanto elaboradas, resultantes dos contributos de organismos europeus representativos do setor e da própria Comissão Europeia, tendo em vista a necessária harmonização dos trabalhos a nível internacional e europeu. Em traços muito gerais, as novas normas dão resposta às novas tecnologias procedendo à atualização do estado da arte e, nesta medida, consubstanciando uma evolução relativamente às versões anteriores,

36

elevare


Entrevista na medida em que aportam um considerável aumento da segurança e da acessibilidade, quer para passageiros quer para técnicos/inspetores. Implícito tem também um maior esforço para os fabricantes ao nível da revisão/adequação do produto, que naturalmente terá algum impacto nos custos. RE: Qual a importância da normalização no âmbito das Diretivas Comunitárias e que vantagens podemos retirar daí? MJG: A referência à normalização nas Diretivas Comunitárias permite formas de legislar mais flexíveis e menos restringentes em áreas onde, de outra forma, cada detalhe teria de ser determinado pela legislação. O importante papel que a normalização europeia desempenha no desenvolvimento e consolidação do Mercado Único Europeu, e o suporte que dá às restantes políticas europeias, criaram uma forte ligação entre Aos produtos que cumpram as normas

normativos europeus e internacionais e pelo

atual avaliação do sistema europeu de nor-

harmonizadas é dada presunção da

ajustamento de legislação nacional sobre

malização.

conformidade com os requisitos essen-

produtos à legislação da União Europeia.

normalização e legislação que justificam a

>>

ciais das diretivas correspondentes; A definição de procedimentos de avalia-

No quadro das suas competências enquan-

va usada na área da livre circulação de mer-

ção da conformidade apropriados ten-

to ONN, o IPQ assegura a representação de

cadorias desde 1985. O aspeto inovador da

do em conta, designadamente, o tipo de

Portugal em inúmeras estruturas europeias

Nova Abordagem é o facto de ter por ob-

risco relacionado com os produtos em

e internacionais, designadamente, no Euro-

jetivo desenvolver legislação flexível e tec-

causa;

pean Committee for Standardization (CEN),

A Nova Abordagem é uma técnica legislati-

>>

A aposição da marcação CE, pela qual

no European Committee for Electrotechnical

sitos técnicos específicos relativos a cada

o fabricante declara a conformidade

Standardization (CENELEC), na International

produto, em favor da definição de requisitos

com os requisitos das diretivas aplicá-

Electrotechnical Commission (IEC) e na Inter-

essenciais para tipos de produtos. Devido à

veis, significando que o produto cum-

national Organization for Standardization (ISO).

sua flexibilidade, esta abordagem legislati-

pre os requisitos legais exigidos e que

va tem a vantagem de promover a inovação

tem condições para ser comercializado

A atividade de normalização em Portugal

e, portanto, a competitividade. Por outro

em todo o Espaço Económico Europeu

é realizada de forma descentralizada por

lado, o sucesso do modelo da normalização

(Estados Membros e países da EFTA,

Organismos de Normalização Setorial e

europeia e a eficiência do sistema servem

Islândia, Noruega, Liechtenstein, Suíça,

Organismos Gestores de Comissão Téc-

igualmente os interesses dos stakeholders

bem como na Turquia).

nica (OGCT), qualificados pelo IPQ para os

A obrigação de os Estados-Membros

mais diversos setores da economia e da

tomarem todas as medidas de fiscaliza-

sociedade.

nologicamente neutra, ao preterir os requi-

europeus e permitem a consolidação contínua do Mercado Único Europeu.

>>

>>

ção adequadas, incluindo vigilância do Poderemos identificar as seguintes princi-

mercado, para garantir que os produ-

O IPQ conta neste momento com uma rede

pais vantagens da Nova Abordagem:

tos não conformes sejam retirados do

de 60 ONS e OGCT, 170 Comissões Técnicas

>>

mercado.

e cerca de 3600 peritos que desenvolvem

A definição de requisitos essenciais obri-

e colaboram no desenvolvimento da ativi-

gatórios destinados a assegurar um ní-

>>

vel elevado de proteção do interesse pú-

RE: Qual o papel do IPQ no decorrer do pro-

dade de normalização em Portugal, com a

blico em questão, nomeadamente saúde,

cesso da Normalização em Portugal?

particularidade de se tratar de uma coope-

segurança, defesa do consumidor ou

MJG: Como Organismo Nacional de Normali-

ração no domínio estritamente voluntário.

proteção do ambiente;

zação (ONN), o IPQ coordena e promove a ela-

O facto de os fabricantes poderem es-

boração de normas portuguesas, garantindo

O ONS qualificado para a área dos “Ascen-

colher qualquer solução técnica apro-

a coerência e a atualidade do acervo norma-

sores e monta-cargas, escadas mecânicas

priada desde que respeite os requisitos

tivo nacional, sendo responsável pelos pro-

e tapetes rolantes” é a Direção Geral de

essenciais;

cessos de votação nacional dos documentos

Energia e Geologia (DGEG), que coordena

elevare 37


Entrevista a Comissão Técnica - CT 63 - “Elevadores,

Organismos Europeus de Normalização

O IPQ, enquanto ONN, está consciente das

escadas mecânicas e tapetes rolantes”, e

(CEN, CENELEC e ETSI) no âmbito de man-

suas obrigações, na promoção e na divul-

que vem acompanhando todo o trabalho

datos da Comissão Europeia e contam com

gação da atividade de normalização em

normativo europeu e internacional produzi-

a participação das entidades representa-

Portugal, e acionará os mecanismos ne-

do neste âmbito, nomeadamente a revisão

tivas dos agentes económicos e dos con-

cessários e todos os canais para que, de

destas normas.

sumidores dos Estados-Membros, através

forma atempada, os operadores económi-

dos ONN.

cos e as entidades responsáveis, em geral, tenham conhecimento das versões nacio-

O estatuto de norma harmonizada resulta,

nais das normas com a maior celeridade.

finalmente, da respetiva publicitação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE). No

RE: Sendo uma transição legal e normativa,

caso em apreço, as Normas EN 81-20 e EN

existem fatores de risco para as empresas

81-50 foram publicitadas no JOUE de 12 de

do setor de elevadores e ascensores?

dezembro de 2014, no âmbito da Diretiva

MJG: Qualquer mudança pode trazer riscos

dos ascensores.

se não forem tomadas as medidas adequadas de antecipação e que, de alguma

RE: Quais são os próximos passos quer

forma, previnem e evitem esses mesmos

da Diretiva 2014/33/UE, quer das Normas

riscos. Contudo, convém recordar que es-

EN 81-20 e EN 81-50?

tamos perante um procedimento já rotina-

MJG: Os Estados-Membros são responsá-

do e generalizado a outros âmbitos, pelo

veis pela transposição correta e atempada

que não constituirá novidade para os ope-

de diretivas adotadas pelas competentes

radores económicos, porquanto traduz as

instituições da UE. Neste caso, sendo a

regras e os mecanismos de funcionamen-

Direção-Geral de Energia e Geologia a enti-

to da União Europeia.

dade que tutela o setor, deverá assegurar a respetiva transposição para a ordem jurídi-

Assim sendo, continua a ser necessário que

RE: Sendo uma Diretiva aplicada à Comuni-

ca interna e contribuir para uma boa aplica-

as empresas estejam atentas e se prepa-

dade Europeia, Portugal é obrigado a adotar

ção do direito da UE.

rem para a mudança tendo em conta que,

as Normas Europeias de uma forma rígida?

apesar da obrigatoriedade das Normas a

Ou há alguma flexibilidade na aplicação das

A Diretiva 2014/33/UE entrará em vigor a 20

partir de 31 de agosto de 2017, as mesmas

Normas em Portugal?

de abril de 2016, pelo que até lá a sua trans-

são aplicáveis a instalações já muito tempo

MJG: Ao proceder à transposição de uma

posição terá de ser efetuada. Entretanto, os

antes contratadas (variável com a nature-

diretiva - um ato jurídico previsto no Tra-

Estados-Membros não podem impedir a co-

za e dimensão dos projetos). Este é o risco

tado da União Europeia - para o direito na-

locação em serviço de ascensores ou a dis-

maior, para o qual há que estar preveni-

cional, nos prazos estabelecidos, o Estado

ponibilização no mercado de componentes

do. A leitura da Diretiva 2014/33/UE e das

Português obriga-se ao seu cumprimento

de segurança para ascensores abrangidos

EN 81-20 e EN 81-50 e a sua implementa-

integral, bem como os restantes Estados-

pela Diretiva 95/16/CE que estejam em con-

ção rápida e adequada são, naturalmente,

Membros.

formidade com essa Diretiva e que tenham

indispensáveis.

sido colocados no mercado antes de 20 de Se é verdade que no processo da transpo-

abril de 2016. A transposição da Diretiva, vai

Face à eventual complexidade e às inúme-

sição de diretivas europeias é conferido aos

permitir o reconhecimento dos Organismos

ras alterações introduzidas, sobretudo nas

Estados-Membros a possibilidade de efetu-

Notificados e a definição da estrutura de vi-

Normas, aconselha-se, sempre que neces-

arem adaptações tendo em vista a imple-

gilância de mercado, sem os quais não será

sário, o esclarecimento junto das respeti-

mentação da legislação ao nível nacional,

possível a implementação da Diretiva.

vas Associações e a participação em se-

o mesmo já não sucede com as normas

minários e workshops, que um pouco por

europeias harmonizadas, porquanto são in-

Quanto às Normas EN 81-20 e EN 81-50,

dispensáveis à presunção da conformidade

elas foram elaboradas pelo Comité Eu-

dos produtos com os requisitos essenciais

ropeu de Normalização (CEN) e adotadas

Consciente da importância do tema, e pro-

de segurança ou saúde de uma determina-

como Normas nacionais, existindo de mo-

curando chamar a atenção dos operado-

da diretiva e condição para o seu reconhe-

mento apenas na versão francesa, inglesa

res económicos nacionais com sentido de

cimento pelos mercados, pelas entidades

e alemã, línguas oficiais do CEN. No entanto,

oportunidade, o IPQ realizou recentemente

fiscalizadoras e, finalmente, pelos consu-

a CT 63 já incluiu no seu plano de ativida-

- no passado dia 15 de junho - um seminário

midores no Espaço Económico Europeu.

des para este ano a elaboração da versão

sobre o tema, com um balanço final fran-

portuguesa destas duas Normas que, como

camente positivo e está disponível para

Deve ter-se em conta que as normas euro-

é consensual, são de extrema importância

retomar o tema com novas iniciativas no

peias harmonizadas são elaboradas pelos

para o setor.

futuro.

38

elevare

todo o país vêm sendo realizados.


PUB


Informação técnico-comercial

Portugal aposta no cumprimento da Norma Europeia EN 81.28 através da Nayar Systems Nayar Systems

A empresa internacional Nayar Systems é

Pelas palavras de José Luis Sanchis, Dire-

uma empresa de engenharia de telecomuni-

tor de Marketing e Vendas da Nayar Sys-

cações espanhola com uma ampla trajetória

tems, “Apenas apostando num investimento

profissional, que se ergue como pilar de três

constante de grande calibre em investigação

marcas comerciais: 72horas, Advertisim e

e desenvolvimento, assim como planea-

Net4machines. Fundada há 8 anos, com um

mento cuidadoso das campanhas de co-

modelo de gestão baseado na inovação e

municação realizadas, pode-se ser líder do

qualidade, com uma firme aposta de inves-

mercado!”

timento em novos desenvolvimentos tecnológicos, permitindo-lhe, assim garantir uma

Além disso, os parceiros estratégicos e o

ampla expansão a nível nacional e interna-

capital humano com que conta a empre-

72horas é a única plataforma que cumpre

cional. Portugal converteu-se num mercado

sa, são duas das suas grandes fortalezas.

escrupulosamente com a normativa euro-

potencial onde a empresa tem a sua força co-

Nayar Systems é atualmente parceiro

peia EN 81.28, sendo que a chamada de voz

mercial no Porto, e assim, a Nayar Systems

global de grandes empresas internacio-

deve ser sempre feita pelo telealarme ao

consegue responder com prontidão e rapidez

nais como é o caso da Telefónica, multi-

sistema para comprovar que realmente fun-

às tarefas necessárias no mercado luso.

nacional espanhola de telecomunicações

ciona, e não o software à cabine.

mais importante da Europa com presença em mais de 20 países, com Portugal entre

Segundo as palavras de Fernando Sarrión,

eles. Da sua parte, o investimento cons-

Diretor de Vendas da Companhia, “sentimo-

tante em recursos humanos possibilita

-nos orgulhosos de que todas as empresas

que a equipa se incrementasse anualmen-

que dia a dia confiam em nós possam dormir

te com novas e talentosas incorporações.

tranquilas e dedicar-se ao que realmente lhes importa, que é fazer a manutenção adequa-

Pelo que se refere às marcas comerciais,

da dos elevadores”. O objetivo primordial

Cabe destacar que a empresa, atualmente,

cabe destacar 72horas, de momento a

da 72horas é facilitar a vida aos seus cien-

investe 80% dos seus benefícios no Depar-

única das marcas já implantadas em Por-

tes e por isso brindá-los com o serviço de

tamento de I&D, contando com acordos glo-

tugal. 72horas é a marca líder dentro da

Echo Test, que evita responder a milhares

bais com empresas líderes em telecomuni-

empresa, dedicada exclusivamente ao se-

de chamadas de comprovação a cargo dos

cações e oferecendo os seus serviços a mais

tor dos elevadores e inscrita na Comissão

técnicos, gravando a locução e registando a

de 130 países por todo o mundo. Uma das

de Mercado das Telecomunicações. 72 ho-

que dia e a que horas foi realizado a revisão

vantagens competitivas da Nayar Systems,

ras é a principal empresa de Espanha es-

pelo técnico. O departamento de pós-venda

prende-se em brindar os seus clientes com

pecializada em comunicação M2M- Machi-

da 72horas gere mais de 450 chamadas diá-

o controlo total da sua informação e disposi-

ne to Machine- para o sector da elevação.

rias de técnicos para programar os telealar-

tivos, mas estes, por sua vez, encontram-se

A marca conta com mais de 500 clientes

mes e os módulos GSM à distância graças à

salvaguardados pela segurança e experiên-

em toda a Europa, destacando o merca-

plataforma 72horas, reduzindo em todos os

cia que lhes proporciona a empresa espa-

do português como um nicho altamente

momentos o tempo que os técnicos levaram

nhola.

potencial.

a fazer as suas revisões.

elevare 41


Informação técnico-comercial nhecer as importantes novidades que se desvendarão na Feira. Todos os clientes da empresa comprovarão que o compromisso com a empresa durante todos estes anos valeu a pena, apresentando algo totalmente único e inovador. Tal como foi indicado anteriormente, apenas a marca 72horas da empresa Nayar Systems está presente de momento em Portugal. Não obstante, esta situação mu72horas não vende apenas SIMS. Vende se-

da Europa, oferecendo garantia vitalícia do

dará num futuro muito próximo. No dia 1 de

gurança, legalidade e tecnologia. A empre-

material vendido. Deste modo, 72horas é a

setembro de 2015 apresentou-se no mer-

sa dá a mão aos seus clientes brindando-

opção mais segura, profissional e econó-

cado luso Advertisim, uma revolução tec-

-os com uma cobertura legal, demons-

mica do mercado, emergindo como uma

nológica que já não é de uso exclusivo do

trando que se fez uma chamada de voz

referência na segurança.

mercado dos elevadores. Convertendo-se

real desde o elevador que gerou um con-

num ecrã multimédia também válido para

sumo, e protegendo os seus clientes as-

E como a empresa é líder no setor do ele-

receções, salas de congressos e qualquer

censoristas. Devido à plataforma Web, a

vador, voltará a estar presente na Feira In-

cabine móvel. Hardware e software com

cada três dias 72horas conhece o estado

terlift 2015, que se celebra em Augsburg-

excelente qualidade que se unem a pres-

dos telefones e reduz os prazos de falha,

Alemanha-, de 13 a 16 de outubro. Trata-se

tações de gestão e controlo total dos con-

evitando as queixas dos operadores e dos

de um evento que acontece a cada 2 anos

teúdos por parte do utilizador, revolucio-

utilizadores. E assim mesmo, encarrega-

sendo a feira mais importante a nível mun-

nando a comunicação entre passageiro e a

se de enviar o material em 24 horas e de

dial de elevadores, que terá importantes

empresa onde se encontre implementada.

o repôr por adiantado em caso de avaria

inovações no setor. Nayar Systems esta-

Um investimento de 750 000€ num pro-

em 24 horas. A marca também paralisa o

rá presente no Hall 3 Stand 3142, com um

jeto que já é uma realidade em Espanha,

número do cartão SIM dos seus clientes

espaço expositivo maior do que nos anos

e que num futuro não muito longínquo o

que tenham perdido a manutenção até que

anteriores e com uma equipa ampla que

será também em Portugal.

o técnico a volte a instalar, e apenas traba-

terá todo o prazer em atender todas as

lha com os melhores fabricantes de GSM

pessoas que desejem aproximar-se e co-

«72 horas é a única plataforma que cumpre escrupulosamente com a normativa europeia EN81.28, sendo que a chamada de voz deve ser sempre feita pelo telealarme (...)»

42

elevare

Seja Bem-vindo à conetividade!


Case study

Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções 1.ª Parte Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores

Nos artigos publicados nos números

No passado mês de janeiro decorreu no

tente na área territorial de cada concelho.

anteriores da revista ELEVARE

ISEP - Instituto Superior Técnico do Porto a

Este dever mexe com o quotidiano de todos

abordaram-se os temas relacionados

3. edição das Jornadas Técnicas sobre ele-

os munícipes por garantir a segurança de

com a gestão e controlo das inspeções

vadores. Este ano, foi incluído no programa

todos os utilizadores dos equipamentos em

de equipamentos de elevação que as

das Jornadas uma componente dedicada

questão.

Autarquias devem observar, bem como

às Autarquias. Estas instituições públicas

o tema de uma gestão para a qualidade.

já mereciam um espaço de debate público

Nas 3.as Jornadas Técnicas tive oportunida-

Neste artigo irei abordar o tema Deveres

sobre a área, que desde o ano 2002 têm o

de de explanar o que considero ser os deve-

e Direitos das Autarquias no âmbito das

dever de realizar as inspeções obrigatórias

res principais e os direitos das Autarquias

inspeções.

a todos os equipamentos de elevação exis-

no âmbito das inspeções.

a

Como deveres principais das Autarquias podemos catalogá-los em 4 categorias: Cadastro, Garantir a Segurança, Inspeções e, por fim, Gestão de Qualidade. DEVER – CADASTRO Nesta categoria, temos que salientar que para o sucesso de uma boa gestão na área das inspeções é dever da Autarquia manter atualizado o cadastro informático de todos os equipamentos existentes na área geográfica do Concelho. Para tal como base de trabalho há que haver condições de obter respostas concisas às seguintes questões: >>

Quantos equipamentos existem no Concelho?

>>

Quantos equipamentos estão imobilizados?

>>

Quantos equipamentos estão selados?

>>

Qual a validade dos equipamentos?

O gestor responsável pela área das inspeções deverá ter a consciência que sem as respostas a estas questões a gestão fica difícil. A solução passa por ter uma base de dados eficaz e devidamente bem desenvolvida, com o objetivo de ajudá-lo © Zorana Godosev

42

elevare

a obter resultado com vista a uma gestão eficaz.


Case study DEVER - GARANTIR A SEGURANÇA A segurança de todos os utilizadores dos equipamentos de elevação deverá ser o dever principal para o qual qualquer Autarquia se deve esforçar. Atualmente existem duas formas de garantir a segurança. Uma delas é a selagem efetiva de equipamentos e a outra forma é a realização de inspeções. No que respeita à 1. a forma, compete às Autarquias a selagem dos equipamentos com base do DL 320/2002 de 28 de dezembro. Esta selagem deverá ser feita em duas situações distintas: quando os equipamentos estão fora de validade, não se tendo verificado intenção por parte dos proprie-

entramos na 3. a categoria de deveres das

nível da gestão de condomínios, os 30 dias

tários procederem ao pedido de inspeção,

Autarquias.

previstos no referido decreto-lei não são

ou quando se verifica que o equipamento

suficientes para a marcação de uma reu-

de elevação está sem empresa de manu-

DEVER - INSPEÇÕES

nião de condóminos, à luz da lei de condo-

tenção a cargo da assistência.

Este dever da Autarquia é deveras impor-

mínios, quanto mais para a realização de

tante não só pelo mencionado no ponto

uma reinspeção. Após uma reprovação

No que concerne ao tema das selagens,

anterior bem como por demonstrar a ca-

há orçamentos que devem ser analisados

tem-se verificado que ainda há municípios

pacidade da autarquia em cumprir com o

pelos condóminos para tomadas de posi-

que não têm esta prática, pondo em risco

estipulado no DL 320/2002 de 28 dezem-

ções, em prol da resolução dos problemas

a segurança dos munícipes e aumentando

bro, no que concerne à obrigatoriedade em

verificados na inspeção. Findas as reuniões

assim a responsabilidade para a Autarquia

realizar as inspeções.

necessárias para aprovação do orçamento

em caso de acidente. Algumas razões po-

apresentado pela EMIE, há ainda o tempo

dem ser apontadas para esta inércia, sen-

de realização dos trabalhos por parte da

do uma delas por questões políticas da Administração da Autarquia, que não quer ver privada a utilização dos equipamentos por partes dos munícipes. Outra razão para a ineficácia das selagens poderá passar também pela má informação existente ao nível do cadastro, por não serem observadas as questões do dever da Autarquia em

«A troca de partilha de experiências entre Autarquias é deveras importante. Só desta forma o setor fica mais forte, evitando desigualdades (...)»

manter o cadastro atualizado, levando o

mesma. Com esta pequena descrição do que atualmente acontece na maioria dos condomínios existentes por este país fora, levanta-se uma questão: porque razão não se dilata o prazo para que a Administração possa pedir a reinspeção, tendo tempo suficiente para que os trabalhos de repara-

gestor desta área a não agir face a equipa-

ção sejam realizados?

mentos que estejam fora de validade sem

Neste âmbito, e no que diz respeito aos

o devido conhecimento da Autarquia.

prazos de realização das inspeções, com-

Atualmente há municípios que tomaram a

pete à Autarquia saber adaptar-se à reali-

decisão de dilatar este prazo para no má-

Outra forma de garantir a segurança dos

dade do mercado do setor e que envolve

ximo de 180 dias. Este prazo tem-se mos-

munícipes é criar as condições necessárias

não só as empresas de manutenção bem

trado suficiente para a execução dos tra-

para que os equipamentos sejam inspe-

como as Administrações de Condomínio.

balhos e a realização da reinspeção. Esta

cionados de forma atempada e em prazos

dilatação de prazo vem igualmente faci-

razoáveis após a solicitação por parte dos

O Decreto-Lei 320/2002 de 28 dezembro

litar a gestão ao nível do serviço respon-

proprietários dos equipamentos.

determina que uma reinspeção a um equi-

sável dentro da Autarquia, porque evita os

pamento que tenha sido reprovado com

pedidos de adiamento devido a obras.

Mais uma vez, e no que concerne a este

cláusulas C2 deva ser efetuada num prazo

ponto, tem-se verificado uma diferença de

de 30 dias. Tive oportunidade de demons-

Outro ponto importante a ter em conta no

atuação entre alguns municípios que, por

trar que tal prazo previsto no decreto-lei

dever das Autarquias ao nível das inspe-

não realizarem atempadamente as inspe-

com quase 15 anos de existência está to-

ções é a capacidade de realização de ins-

ções aos equipamentos, estão a colocar

talmente desfasado da realidade atual.

peções urgentes. Estas inspeções devem

em risco os seus utilizadores. E é aqui que

Atualmente com as exigências legais ao

ser utilizadas em casos muito específicos,

elevare 43


Case study

como numa situação em que um determina-

urgente e selagens e outros municípios

Estas comunicações devem ser encaradas

do equipamento estava selado e os proprie-

que demoram, no pior dos prazos, quase 2

como alertas em relação aos términos de

tários solicitaram a inspeção. Ter a capaci-

anos para a realização de inspeções. Por-

datas de validades dos equipamentos, por

dade de realizar estas inspeções num prazo

que razão alguns municípios conseguem a

forma a serem tomadas medidas para evi-

reduzido até 10 dias vem demonstrar uma

eficácia desejada e outros não? A respos-

tar selagens. Manter estes laços estreitos

eficácia de execução, aumentando, assim,

ta a esta pergunta compete aos decisores

de cooperação no seio do setor vem au-

os níveis de qualidade de serviço público

políticos em analisar o que está mal no seu

mentar a eficácia e a gestão de qualidade,

prestado e também satisfazer a vontade

concelho e criar condições para que o pro-

que por sua vez se traduz em maior receita

dos munícipes em querem colocar em fun-

blema seja resolvido.

para o município e, consequentemente, um

cionamento equipamentos que estavam selados.

aumento da segurança. O Decreto-Lei 320/2002 de 28 dezembro concede um prazo até 60 dias para a reali-

CONCLUSÃO

Ainda no âmbito das inspeções, é dever da

zação da inspeção após o pedido por parte

Estas 4 áreas de atuação ao nível dos deve-

Autarquia fazer cumprir os prazos previsto

dos proprietários. Porque razão não reduzir

res das Autarquias são, a meu ver, os princi-

na circular n.° 1 da DGEG. Esta circular con-

esse prazo para 45 dias? Alguns municípios

pais para que a gestão nesta área ganhe um

cede aos proprietários o prazo de 90 para

têm feito esforços nesse sentido obtendo

impulso considerado, trazendo dividendos

a entrega da documentação do equipamen-

uma elevada taxa de sucesso de eficácia.

para o próprio município. Tendo como pano

to quando essa entrega não se verificou

de fundo a segurança de todos os utiliza-

em sede de inspeção. Findo o prazo de 90

Porque razão não executar inspeções ur-

dores dos equipamentos, estas medidas,

dias, o equipamento deverá ser selado pela

gentes num prazo até 10 dias e a selagem

a serem implementadas, irão trazer igual-

Autarquia.

de equipamentos até um prazo máximo de

mente proveitos do foro financeiro à autar-

15 dias?

quia por ver maior rendimento de execução

DEVER - GESTÃO DE QUALIDADE

do serviço.

Cada vez mais, o serviço público de qua-

Este pequeno ajustes nos prazos de execu-

lidade deve ser uma bandeira ao nível de

ção vem aumentar a eficácia para um ver-

A troca de partilha de experiências entre

gestão das Autarquias. Ter a população

dadeiro serviço público de qualidade.

Autarquias é deveras importante. Só desta

satisfeita com a qualidade e eficácia de

forma o setor fica mais forte, evitando desi-

execução do serviço ao nível das inspe-

Outro ponto que o gestor desta área deverá

gualdades de tratamento entre municípios

ções tem sido um dos objetivos a que me

ter em conta ao nível da Gestão de Quali-

para situações idênticas.

tenho debruçado nos últimos 2 anos. É

dade é a comunicação constante com todas

incompreensível ver uma disparidade de

as partes envolvidas no processo das ins-

No próximo artigo falarei dos direitos das

ação entre municípios capazes de realizar

peções, as EMIEs e as Administrações de

Autarquias ao nível das inspeções de equi-

atempadamente as inspeções, inspeções

Condomínio.

pamentos de elevação.

44

elevare


PUB

Case study

elevare 45


Ascensores com história

O elevador histórico do Curia Palace Hotel António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)

Este histórico Hotel foi inaugurado a 25 de

A 30 de maio de 2008 o renascido Curia

julho de 1926 com 400 quartos sendo, na

Palace Hotel reabriu as suas portas, apre-

época, o maior de Portugal e um dos maio-

sentando-se sempre com o mesmo gla-

res da Europa. Situado nas conhecidas

mour dos anos 20, com 100 quartos mo-

Termas da Curia, e após a remodelação

dernizados.

efetuada em 2008, é atualmente o melhor Hotel destas termas, quer pelo seu impo-

Passamos a porta de entrada do Hotel e

nente edifício, quer pela decoração, estilo

entramos no amplo vestíbulo conservado

Arte Nova com modernos quartos e ins-

ao pormenor no grande hall de entrada. Ra-

talações anexas: jardins, piscina exterior,

pidamente avistamos entre os balcões da

campo de ténis e um moderno SPA, com

receção e do bar, a cabina de um elevador

piscina interior.

construído pela empresa alemã Maschinenfabrik Wiesbaden em 1926, certamente um

Em 2002, este Hotel fechou para uma com-

dos mais antigos de Portugal e com carate-

pleta remodelação preservando a sua alma

rísticas únicas.

e identidade, nunca descurando os traços do projeto de 1926 de Norte Júnior, grande

A sua bela cabina é construída em madeira e

arquiteto português, baseando-se numa

vidro biselado com proteções em ferro for-

ideia de Alexandre de Almeida (fundador da

jado e capacidade para 10 pessoas, 750 kg,

e com uma caraterística inusual: um ban-

empresa e do grupo hoteleiro).

tendo funcionado sempre com ascensorista

quinho onde os passageiros tinham a opor-

Figura 2 Contrapeso.

tunidade de descansar enquanto faziam a viagem de elevador. A velocidade é estimada em 0,6 m/s. As duas portas da cabina são também em madeira e as portas de patamar são em ferro forjado. Na porta do piso de entrada e a da mezzanine pode-se ver um elemento decorativo constituído por um pequeno vitral colorido com decoração Arte Nova, com um motivo relacionado como o emble-

«A sua bela cabina é construída em madeira e vidro biselado com proteções em ferro forjado e capacidade para 10 pessoas, 750 kg, tendo funcionado sempre com ascensorista (...)» Figura 1 Cabina.

46

elevare


Ascensores com história

Figura 5 Hall de entrada.

Figura 3 Indicador de posição.

Figura 6 Chapa de características.

ma do Hotel. A arcada do elevador é em fer-

situação muito invulgar. Dispõe de 5 pisos

suspensos sobre o pavimento axadrezado

ro e está suspensa por 2 cabos de aço.

com um curso aproximado de 12 metros,

em mármore róseo e branco.

sendo muito interessante a sinalização anaÉ de referir que a máquina elétrica de tra-

lógica da localização da cabina efetuada por

Este elevador histórico foi desativado por

ção situa-se na parte inferior do piso térreo,

uma espécie de relógio, onde um ponteiro

razões de segurança desde 2002 e substi-

com acesso por um alçapão. Curiosamente

acionado por um cabo indica a posição da

tuído por um moderno elevador com portas

alguns contactores do comando elétrico

cabina.

automáticas e capacidade para 8 pessoas.

estão fixados à caixa redutora. Este Hotel e uma referência nacional dos

O autor agradece ao Dr. Alexandre Almeida,

A caixa do elevador é rodeada por uma

Hotéis de Termas dos anos 20, que nos

Presidente do grupo Thema Hotels & Re-

escada em caracol alcatifada, encostada

remetem para um passado de luxo, com

sorts, proprietário deste Hotel, não só as in-

a uma parede semicircular. Desta maneira

vitrais Arte Nova originais, no relógio Paul

formações técnicas recolhidas, assim como a

o contrapeso move-se no exterior dessa

Garnier de Paris com toda a sua elegância,

autorização para o autor fotografar os aspe-

parede, protegido por uma caixa metálica,

na mezzanine, nos candelabros em ferro

tos mais notáveis deste elevador.

Figura 4 Edificio.

elevare 47


Figuras

Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo José Pirralha Presidente da CT 63

O autor deste texto trabalhou com o Engº Mota e Melo na CT 63.

final do estágio a temperatura baixou até aos 26° negativos.

Esta nota biográfica é uma singela homenagem, que entendo de toda a

É nesta empresa, que fundada na Suíça em

justiça e é ao mesmo tempo a expressão

1874, viria a instalar-se em Portugal em

do reconhecimento pelo muito que

1948 que o Eng.° Mota e Melo viria a fazer

aprendi com o Engº Mota e Melo.

todo o seu percurso, tornando-se um dos

Bem haja!

técnicos mais reputados no setor, nacional e internacionalmente.

«(...) considera-se um privilegiado porque passou parte significativa da sua vida a ser desafiado, a aprender e a ensinar (...) »

Nascido em Lisboa nos anos 30, numa altura em que em Portugal, e depois da grande

Nos 45 anos que dedicou à Schindler (a sua

depressão de 29, se ensaiavam os primeiros

mulher “acusava-o” de ter casado com a em-

Com o seu saber, contribui decisivamente

passos para a industrialização do país, João

presa), o Eng.° Mota e Melo foi uma testemu-

para a melhoria da segurança e da funcio-

Pedro Mota e Melo é uma figura incontorná-

nha privilegiada relativamente à evolução do

nalidade dos ascensores, influenciando o

vel nos elevadores em Portugal.

estado da arte nos elevadores na segunda

legislador no sentido de se repercutir sobre

metade do século XX.

os elevadores existentes os mais avançados

Após estudos secundários no Liceu Camões,

critérios de segurança para passageiros e

onde pontificava a figura do Professor Ró-

Desde os avanços da mecânica - dos pára-

mulo de Carvalho (Poeta António Gedeão),

quedas aos sistemas de abertura de por-

ingressou no Instituto Superior Técnico onde

tas, passando pelos significativos avanços

Na fase final da sua carreira, ainda na Schin-

viria a licenciar-se em Engenharia Eletrotéc-

na tecnologia de tração - dos sistemas

dler mas a que viria a dar continuidade fora

nica com elevada classificação, em meados

Ward-Leonard

aos

desta empresa dedicou os últimos anos aos

da década de 50.

conversores de frequência e chegando aos

temas da Qualidade, terminando a sua ati-

sofisticados sistemas de controlo a micro-

vidade profissional na SGS ICS como perito

Recorda, entre outros, alguns dos seus mes-

processador, tudo isto o Eng.° Mota e Melo

técnico em auditorias de extensão à Diretiva

tres no Técnico: o ilustre matemático Prof.

acompanhou, estudou e aplicou no terreno.

Ascensores.

Mira Fernandes, e o grande impulsionador da industrialização do país e por muitos considerado o mentor do setor elétrico – Prof. Ferreira Dias. Nada mais terminar o curso entra no mundo dos elevadores de onde já não sairá. Inicia a sua atividade profissional na SCHINDLER com um estágio de 1 ano na Suíça, mais exatamente em Lucerna. Desses tempos, guarda uma memória viva dos trabalhos que realizou, das secções por onde foi passando, com uma precisão de "relógio suíço", mas lembra-se sobretudo do mês de fevereiro de 1956 em que já na fase

48

elevare

(Corrente

Contínua)

técnicos.


PUB

Organizado, metódico e extremamente rigoroso, o biografado teve, desde muito cedo, a perceção da importância da Normalização no setor e viria a ter uma participação decisiva na formação da Comissão Técnica CT 63.

Esta Comissão Técnica, inicialmente designada como CT 63 – Aparelhos de Elevação viria a ter a sua primeira reunião constitutiva a 12 de fevereiro de 1979. Participante desde a 1.a hora, numa altura em que as tarefas de normalização se focavam na criação de Normas Portuguesas (NP), o Eng.° Mota e Melo viria a ser o seu Presidente entre 1996 e 2002. Como perito indicado pelo IPQ - Instituto Português da Qualidade, integrou ainda o CEN/TC10-WG02 Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes e participou em reuniões da EFLA - o Fórum Europeu das Associações de Elevadores, predecessora do que viria a ser a ELA - European Lift Association. Uma carreira tão longa e vivida de forma tão intensa é certamente marcada por muitos episódios, alguns dos quais são recordados com muita emoção, tal o desafio e o esforço de superação a que obrigaram. Alguns casos são recordados ao longo da conversa que previamente tivemos com o Eng.° Mota Melo, estando sempre presente nesses casos o desafio, o extremo cuidado com que se estudavam todas as hipóteses e a avaliação de riscos que sempre estava presente. Arrojo sim, aventura não. De entre os casos de maior relevo, merecem destaque desde logo os ascensores do Hotel Ritz, o ascensor da Sociedade Central de Cervejas em Vialonga, que tinha a particularidade de subir à sala das caldeiras onde o acesso só poderia ser feito por alçapão e a remodelação nos anos 80 dos ascensores do edifício Mobil, em que numa bateria triplex o “velho" WardLeonard foi substituído, não se interrompendo o serviço. Hoje, do alto dos seus mais de oitenta anos, o Eng.° Mota e Melo considera-se um privilegiado porque passou parte significativa da sua vida a ser desafiado, a aprender e a ensinar, guardando de toda a sua carreira uma grata recordação e uma enorme saudade dos tempos de vida ativa. O vírus em definitivo não tem antídoto!


Reportagem

III Jornadas Técnicas – Elevadores: o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal Rosário Machado

Atendendo ao sucesso e aceitação das duas anteriores Jornadas Técnicas – Elevadores realizaram-se no passado dia 30 de janeiro de 2015, no Auditório Magno do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, as III Jornadas Técnicas sobre Elevadores, o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal. Reunindo a parceria entre o ISEP, a OE – Ordem dos Engenheiros da Região Norte e a revista ELEVARE, em destaque, estiveram temáticas como a mudança dos referenciais normativos, a publicação e a previsão

empresas do setor para que apoiassem o

de uma nova legislação associada à revi-

projeto.

são do Decreto-Lei n.°230/2002 de 28 de dezembro, as perspetivas de evolução do

REVISÃO DO DECRETO-LEI N.° 320/2002

mercado, a eficiência energética nos ascen-

O Eng.° Filipe Pinto, enquanto membro da

sores, o papel dos consumidores e dos mu-

DGEG - Direção-Geral de Energia e Geologia,

nicípios face às perspetivas futuras foram

dirigiu o seu discurso para a apresentação

tema de debate durante o encontro.

desta entidade, focando as suas competências. Enquanto serviço central da adminis-

O professor Doutor José António Beleza de

tração direta do Estado, a DGEG tem como

Carvalho iniciou o evento, dando as boas-

missão contribuir para a conceção, pro-

vindas a todos os participantes e agrade-

moção e avaliação das políticas relativas à

cendo a presença e participação dos orado-

energia. Neste contexto, entre outras com-

res. O Eng.° José Manuel Freitas agradeceu

petências, cabe à DGEG concebe a legislação

de igual modo ao importante apoio dado

e regulamentação relativa ao licenciamen-

pelos patrocinadores – ISEP, OE da Região

to das infraestruturas ligadas à produção,

Norte e da revista ELEVARE, que permiti-

transporte, distribuição e utilização de ener-

ram que o evento se realizasse com forte

gia elétrica, bem como da responsabilidade

adesão e sucesso. Por fim, o Eng.° Maurício

técnica e à segurança técnica e de abasteci-

Dias, diretor da revista “ELEVARE”, apresen-

mento, e zelar pela aplicação das respetivas

lamentadas aos preceitos da Lei n.° 9/2009 e

tou o projeto “ELEVARE”, enquanto única re-

disciplinas de exercício das atividades. Sa-

do Decreto-Lei n.° 92/2010. Neste contexto,

vista na área da elevação em Portugal, em

lientou ainda que durante o processo de re-

surge a necessidade de proceder a uma re-

formato digital, estando assim disponível a

visão do Decreto-Lei 320/2002 se verificou

visão da legislação até então vigente, origi-

toda a gente. Por fim, dirigiu um apelo às

a necessidade de adaptar as profissões regu-

nando a Lei n.° 65/2013 de 28 de agosto que

50

elevare


Reportagem implementa o Regime de reconhecimento das entidades e profissionais do setor das instalações de elevação. PAPEL DAS ASSOCIAÇÕES. PROBLEMAS E DESAFIOS O Eng.° Iñaki Aranburu, da ELA – European Lift Association debateu o papel das associações e da administração pública na manutenção e segurança dos equipamentos de elevação após a venda, baseando a sua comunicação no desempenho da ELA. Recorrendo à importância assumida pela SNEL – Safety Norm for Existing Lifts, abordou a atualização, extensão e aplicação comparativa da Norma entre países europeus, nomeadamente Espanha e França.

O Eng.° Carlos Schurman, da ANIEER – Asso-

dico legal do setor de elevação em Portugal.

ciação Nacional dos Industriais de Elevado-

Assim, a necessidade de uma conclusão da

A Dra. La Salete Silva, por parte da AIECE

res e Escalas Rolantes debateu os desafios

publicação da legislação em falta, com audi-

– Associação dos Industriais e Entidades

da indústria de elevadores num contexto de

ção efetiva das associações representativas

Conservadoras de Elevadores, apontou os

crise. Após caracterizar o mercado de equi-

das empresas; a existência de alterações

desafios que se colacam hoje às pequenas

pamentos de elevação em Portugal e de o

legislativas inovadoras sobre as àreas contí-

e médias empresas – PME´s - do setor até

enquadrar a nível sócioeconómico, apre-

guas à atividade do setor, a problemática da

2020. A necessidade de uma legislação

sentou os principais desafios/problemas

política de reabiltação urbana em considerar

integrada, de uma adequada governança

do setor da elevação: a necessidade de uma

a importãncia dos elevadores, assim como

– permitindo uma boa regulamentação,

nova legislação, de uma forte tutela e de um

a criação de incentivos financeiros e fiscais

inspeção e julgamento, o papel da Admin-

corpo associativo, um novo método de orga-

para financiamento de obras destacaram-se

tração Pública na criação de incentivos às

nização assim como um plano de ação. Por

no conjunto de reflexões debatidas.

empresas, a audição permanente das asso-

fim, reforçou o importante papel que a SNEL

ciações representativas das PME, a neces-

desempenha na segurança dos utilizadores.

sidade de rigor e pertinência nas bases de

O Dr. Adalberto Costa dirigiu a sua comunicação para o contrato de manutenção de

dados do setor, assim como a cooperação

DIREITOS E DEVERES DAS EMIE,

ascensores. A indicação dos sujeitos e ob-

entre entidades de setores de conhecimen-

DOS PROPRIETÁRIOS E DOS MUNICÍPIOS

jeto do contrato, o início e duração, os tipos

to diferenciado apresentaram-se como os

O Professor Doutor Nandin de Carvalho ini-

de contrato, a periodicidade das inspeções,

desafios principais na estruturação e de-

ciou este segundo período de debates pro-

a atividade de manutenção de ascensores,

senvolvimento do setor da elevação.

pondo uma reflexão relativa ao quadro jurí-

a problemática da falta de contrato, a na-

«(...) a cooperação entre entidades de setores de conhecimento diferenciado apresentaram-se como os desafios principais na estruturação e desenvolvimento do setor da elevação.»

elevare 51


Reportagem tureza jurídica do contrato de manutenção de ascensor, nomeadamente a prestação de serviços ou empreitada, e as vicissitudes existentes à volta do contrato de manutenção foram os apontamentos feitos pelo Dr. Adalberto Costa em relação ao Regime Jurídico do Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de dezembro. Pedro Paulino, gestor de Serviços de Inspeção de Elevadores, apontou os Deveres e Direitos das Autarquias para uma boa gestão das inspeções, onde as entidades devem assegurar o cadastro, selando os equipamentos, garantir a segurança dos equipamentos e respetivos utilizadores, realizar inspeções e garantir a gestão da qualidade. No incumprimento ou na aplicação das normas de segurança , as entidades autárquicas têm o direito de aplicar taxas. NORMALIZAÇÃO, NOVOS DESAFIOS. REVISÃO DA DIRETIVA ASCENSORES O Eng.° Miguel Franco deu seguimento ao conjunto de debates, focando a sua comunicação na eficiência energética e as normas em vigor. Neste contexto, apontou a precária legislação específica sobre a temática quer a nível nacional quer a nível das diferentes diretivas europeias. Salienta ainda que na legislação nacional apenas a portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro impõe um conjunto de regras que os ascensores têm de cumprir em termos de eficiência energética. Finalizando o painel de comunicações da iniciativa, o Eng.° José Pirralha, membro da Comissão Técnica 63 - Elevadores, escadas mecânicas e tapetes rolantes, debateu a revisão da Diretiva Ascensores e as novas normas EN 81-20/50, defendendo a harmonização de conceitos nela presentes, a melhoria de avaliação e monitorização dos Organismos Notificados, o reforço da vigilância do mercado na União Europeia, assim como credibilizar a marcação CE. Um encontro técnico com as empresas do setor (nacionais ou estrangeiras), projetistas, tutela, municípios, entidades fiscalizadoras, construtores e proprietários, tendo como palavras-chave a discussão e a troca de conhecimentos entre os diferentes participantes no setor de elevação, as III Jornadas Técnicas – Elevadores relançaram o seu sucesso e importância no setor da elevação.

52

elevare


Ca endár o de eventos fe ras DES GNAÇÃO 5

SYMPOS UM ON L FT

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NAEC S 66TH ANNUAL CONVENT ON & 20 5 EXPOS T ON

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de Cons ução e Tecno og as de E evado es

L FTECH EXPO

CONTACTO

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Fe a n e nac ona pa a

Fe a n e nac ona NTERL FT

DATA

Ausbu g A emanha

Fe a de Comé c o Reg ona de

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E evado es e Escadas Ro an es

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Bibliografia

VÁLVULAS: INDUSTRIAIS, SEGURANÇA E CONTROLE - TIPO, SELEÇÃO, DIMENSIONAMENTO - 2.a EDIÇÃO Conteúdo: Após o sucesso da primeira edição de Válvulas: Industriais, Segurança e Controle, a Artliber Editora lançou a 2.a versão revista e ampliada deste livro, de autoria de Artur Cardozo Mathia. Com 552 páginas (88 páginas a mais do que na primeira edição), ele é dividido em três partes. Na primeira, há uma 59,00 € −20% 47,92 € Autor: Artur Cardozo Mathias ISBN: 8588098415 Editora: ARTLIBER Número de Páginas: 552 Edição: 2014 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

introdução ao tema, com explicações dos termos utilizados, além de detalhes que se aplicam a todos os tipos de válvulas. Nela também são abordados os principais tipos de válvulas industriais disponíveis no mercado (gaveta, globo, retenção, esfera, borboleta e tipo macho). As válvulas de segurança ganharam um capítulo à parte, no qual são explorados os tipos utilizados em caldeiras; as válvulas de segurança e/ou alívio para processos (válvulas de pressão e tubulações) e as de segurança e alívio piloto-operadas. A terceira parte do livro foi reservada exclusivamente para as válvulas de controle. Neste caso são apresentados os diferentes tipos de internos, as caraterísticas de vazão mais aplicadas, os atuadores disponíveis, além das equações utilizadas para os cálculos de seleção. Com isso, o autor fornece subsídios suficientes para que o leitor identifique a válvula ideal para a necessidade das instalações industriais como um todo, evitando paragens imprevistas da produção, o que se reverte em despesas extras. Aqui, vale mencionar que as válvulas representam, em média, 15% das despesas com instalações industriais, montante este que só tende a aumentar quando a especificação do produto é incorreta. Portanto, evite prejuízos, compre hoje mesmo e garanta o seu exemplar de Válvulas: Industriais, Segurança e Controle. Índice: Introdução às Válvulas. Válvulas gaveta. Válvulas globo. Válvulas de retenção. Válvulas de guilhotina. Válvulas diafragma. Válvulas esfera. Válvulas borboleta. Válvulas macho. Atuadores elétricos. Válvulas de segurança. Válvulas de segurança e alívio. Válvulas de alívio. Mola. Bocal e disco. Válvulas de segurança e alívio piloto-operadas. Fenómenos operacionais. Instalação e inspeção. Dimensionamento de válvulas de segurança. Válvulas de controle. Características de vazão. Atuadores. Dimensionamento de válvulas de controle. Ruído. Instalação e seleção. Cavitação e flashing em válvulas.

ANÁLISE DE CIRCUITOS E DISPOSITIVOS ELETRÓNICOS - 2ª EDIÇÃO Conteúdo: Esta obra apresenta os principais conteúdos básicos da área de Eletrónica, recorrendo a uma linguagem simples e clara, sem descurar, simultaneamente, o rigor técnico e científico que uma obra deste tipo exige. No final de cada capítulo, apresenta-se ainda um conjunto de exercícios resolvidos que permitem ao leitor aplicar os conhecimentos apreendidos. O livro subdivide-se em quatro capítulos interdependentes. No primeiro capítulo abordam-se alguns 22,20 € Autor: Acácio Manuel Raposo Amaral ISBN: 9789897230868 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 315 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

conceitos básicos de eletricidade, como a definição das principais grandezas elétricas e suas unidades de medida, apresentam-se os elementos básicos ideais mas também se introduzem alguns conceitos importantes relacionados com a análise de circuitos elétricos. No segundo capítulo introduzem-se algumas técnicas de análise e teoremas de simplificação de circuitos elétricos. O terceiro capítulo introduz um dos componentes fundamentais de Eletrónica, o díodo. Para melhor compreender o seu princípio de funcionamento apresentam-se alguns conceitos importantes. Após uma breve introdução teórica analisam-se alguns dos circuitos onde habitualmente este elemento é mais utilizado, aplicando-se várias metodologias de análise aos referidos circuitos. O quarto capítulo, à semelhança do antecessor, procura introduzir um novo componente fundamental em Eletrónica, o transístor. Nas primeiras secções introduzem-se alguns conceitos teóricos que permitem compreender o princípio de funcionamento do transístor para, de seguida, se iniciar o estudo de diferentes circuitos com transístores, empregando-se sempre várias metodologias de análise. Índice: Introdução. Análise de Circuitos em Corrente Contínua. Díodos. Transístores Bipolares de Junção (BJT)

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Bibliografia

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA - SUA RELEVÂNCIA NA SOCIEDADE E NA VIDA CONTEMPORÂNEA Conteúdo: O principal objetivo de elaborar este livro digital foi o de suscitar a curiosidade pela Engenharia Mecânica e disponibilizar informação básica sobre as suas múltiplas áreas de intervenção, potencialidades e desafios. A inclusão de três capítulos não técnicos, (‘Revoluções Tecnológicas e Sociais’, 39,00 € −10% 35,10 € Autor: António Barbedo de Magalhães, Abel Dias dos Santos, João Falcão Cunha ISBN: 9789897231049 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 630 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

‘Desafios do Século XXI e Papel do Engenheiro Mecânico no Futuro’, ‘A Evolução dos Modelos Educativos e a Formação de Engenheiros-Cidadãos para o Mundo’) visa enquadrar a evolução científica e tecnológica no quadro da evolução da humanidade e destacar as relações entre engenharia, cultura, sociedade e educação numa visão mais ampla de interação entre estas realidades e os vetores de desenvolvimento. Responder às necessidades humanas, sociais e ambientais, de forma sustentável e equilibrada, é o desiderato último deste livro. Índice: Introdução. Revoluções Tecnológicas e Sociais. Mecanismos e Órgãos de Máquinas. Energia. Materiais e Estruturas. Experimentação em Engenharia, Medições e Ensaios. Processos de Fabrico. Sistemas Automáticos. Biomecânica. Química Física da Vida: Fotossíntese, Energia, Mecanobiologia, Microfluídica e Membranas. Gestão Industrial. A Matemática e a Engenharia Mecânica. Simulação em Mecânica Estrutural e Processos. Projeto e Desenvolvimento de Produto. Desafios do Século XXI e Papel dos Engenheiros Mecânicos no Futuro. A Evolução dos Modelos Educativos e a Formação de Engenheiros-Cidadãos para o Mundo.

AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICA - 3.a EDIÇÃO Conteúdo: Este livro é o resultado de um trabalho desenvolvido pelos autores ao longo de vários anos de ensino na área de Automação e, talvez por isso, o seu carácter fundamentalmente didáctico. Destinase, pois, particularmente a alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Electrotecnia, a profissionais na 23,95 € −10% 21,56 €

Autor: Adriano Manuel de Almeida Santos, António José de Sousa Ferreira da Silva ISBN: 9789897230721 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 340 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

área da Automação Pneumática, bem como a todos aqueles que, de algum modo, estão ligados à área da pneumática. Neste livro são focadas as principais técnicas de comando de sistemas pneumáticos, recorrendo sempre que possível a software de simulação, de forma a tornar mais simples e atractiva a sua completa compreensão. São ainda abordados temas relacionados com a produção, tratamento e distribuição do ar comprimido. O dimensionamento de redes de ar comprimido, de cilindros e geração de vácuo não foram descorados nesta nova edição. Como incentivo ao fortalecimento da componente prática na área da pneumática, os autores disponibilizam uma série de exercícios resolvidos em: www. publindustria.pt/autop/problemas_ap_3aed.pdf Índice: A Pneumática – Nota histórica. Produção e tratamento de ar comprimido. Distribuição do ar comprimido, dimensionamento de redes. Atuadores pneumáticos. Dimensionamento de atuadores pneumáticos. Válvulas. Ttécnicas de comando pneumático. Técnicas de comando elétrico. Anexo A – Estimativa de consumo de ar para os cilindros pneumáticos. Anexo B – Comprimentos equivalentes em metros. Anexo C - Diâmetros comerciais de tubos (DIN 2440). Anexo D - Diagramas de encurvadura, Critério de Euler. Anexo E - Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC. Anexo F - Tabelas comerciais, cilindros normalizados FESTO. Anexo G - Força de reação das molas cilindros simples efeito, SMC. Anexo H - Seleção do diâmetro, amortecimento, SMC. Anexo I - Tabela de Ventosas Planas PFYN (Schmalz). Anexo J - Tabela de Geradores de Vácuo (Schmalz). Anexo L - Diagrama Pressão - Força, FESTO. Anexo M - Diagrama de encurvadura, FESTO. Anexo N - Densidades dos materiais. Anexo O - Fator de Simultaneidade. Anexo P - Simbologia pneumática. Bibliografia. Índice Remissivo.

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Consultório técnico

Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

Em sede de inspeção periódica foi

que se trata da validação de um modelo

agora em diante designados por instala-

identificada uma Não Conformidade

e não daquilo que pode ser interpretado

ções, após a sua entrada em serviço, bem

de tipo C2 (por exemplo, inexistência

como uma deficiência.

como as condições de acesso à atividade de manutenção e de inspeção.

de comunicação bidirecional a partir da cobertura da cabina e do poço).

Um aparelho de elevação, designado

Trata-se de um elevador modelo possuidor

correntemente por monta-cargas,

A questão tem sido formulada amiúde pelo

de certificado CE de Tipo que já foi alvo

plataforma, monta-autos ou monta-pratos

facto do n.° 2 deste mesmo artigo fazer re-

de uma análise de risco e respetiva validação

de 100 kg, com velocidade de deslocação

ferência ao Decreto-Lei n.° 295/98 de 22

por parte de um Organismo Notificado que é

de 0,15 m/s, cabinado ou não é sujeito

de Setembro ao excluir do âmbito da apli-

simultaneamente responsável pela aplicação

a inspeção periódica pelo Decreto-lei

cação Decreto-Lei n.° 320/2002, as insta-

da Diretiva 95/16/CE. Como resolver esta

n.° 320/2002?

lações identificadas no n.° 2 do artigo 2.° do

Não Conformidade?

Sim. Pelo Decreto –Lei n.° 320/2002 ape-

Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Setembro.

Reportando-nos ao exemplo apontado, está

nas se excluem do âmbito da aplicação do

em causa o cumprimento do disposto nos

mesmo diploma as instalações identifica-

Ora, tendo este n.° 2 do artigo 2.° do Decre-

pontos 5.10 e 14.2.3.3 da Norma EN 81-1

das no n.° 2 do artigo 2.° do Decreto –Lei n.°

to-Lei n.° 295/98 de 22 de Setembro sido

(2000) que constitui o Regulamento de Se-

295/98 de 22 de Setembro, bem como os

alterado pelo Decreto - Lei 176/2008 de

gurança de Ascensores Elétricos, desde a

monta-cargas de carga nominal inferior a

26 de Agosto, fazendo incluir as escadas

entrada em vigor da Portaria n.° 376/91 de

100 kg. Ora este monta-cargas tem a car-

mecânicas e tapetes rolantes na enume-

2 de Maio.

ga exata de 100 kg, pelo que se encontra

ração das instalações excluídas do âmbito

no âmbito do Decreto-Lei n.° 320/2002 de

do Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Setem-

28 de Dezembro.

bro, alguns interpretaram que as mesmas

Se existe perigo de encarceramento de pes-

seriam igualmente excluídas do âmbito do

soas trabalhando no interior da caixa, sem estar prevista saída através da cabina ou

Muito embora tenha havido, pelo Decreto

Decreto-Lei n.° 320/2002. Somos de opi-

pela caixa, deve instalar-se um sistema de

- Lei 176/2008 de 26 de Agosto, uma al-

nião que isso não faria sentido pelas se-

alarme nos locais onde esse risco existe.

teração posterior do n.° 2 do artigo 2.° do

guintes razões:

Decreto – Lei n.° 295/98 de 22 de Setem-

1. Terem, o Decreto-Lei n.° 320/2002 e o

O inspetor verifica se se consegue estabele-

bro, em que foram incluídos os aparelhos

Decreto-Lei n.º 295/98 de 22 de Setem-

cer a referida comunicação bidirecional, se

de elevação cuja velocidade de deslocação

não, regista a cláusula. Aparentemente não

seja igual ou inferior a 0,15 m/s, considera-

2. A referência do Decreto-Lei n.° 320/2002

foram cumpridos os pontos já mencionados.

se a carga, única característica constan-

ao Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Se-

te no Decreto-Lei nº 320/2002 de 28 de

tembro para nele incluir as exclusões

Torna-se necessário evidenciar, junto do

Dezembro, a característica da instalação

deste nas suas exclusões, não deve ter

inspetor por via documental, qual a forma

prevalecente e a ter em conta. Na res-

outras implicações do que as de excluir

como foi concebido e aprovado o cumpri-

posta à pergunta 3 apresentam-se mais

das inspeções periódicas os ascensores

mento dos pontos em causa pelo Organis-

justificações.

bro, objetivos e âmbitos distintos;

fora do âmbito da Diretiva 95/16/CE. 3. O facto de não ter havido nenhuma al-

mo Notificado. As escadas mecânicas e tapetes rolantes

teração nem revogação de partes do

O ascensor modelo pode ter sido aprovado

não estão sujeitas a inspeções periódicas

Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de De-

sem necessidade de ter a comunicação bidi-

pelo Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28

zembro e o Decreto - Lei 176/2008 de

recional na cobertura da cabina e no poço,

de Dezembro?

26 de Agosto ser posterior a este.

devendo o inspetor ter conhecimento da al-

Sim. O ponto n.° 1 do artigo 1.° do Decreto-

ternativa que foi encontrada para o cumpri-

Lei n.° 320/2002 de 28 de Dezembro, diz

Estas razões justificam igualmente o facto

mento dos pontos em causa.

expressamente, que o diploma estabelece

de na resposta anterior se ter considerado o

as disposições aplicáveis à manutenção e

monta-cargas dentro do âmbito das inspe-

Só mediante a apresentação dessa docu-

inspeção de ascensores, monta-cargas,

ções periódicas, mesmo sendo de velocida-

mentação é que o inspetor pode assumir

escadas mecânicas e tapetes rolantes, de

de de deslocação de 0,15 m/s.

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elevare


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