7
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
Número 7 . 2.o Trimestre de 2016 . www.elevare.pt
EDIFÍCIO
NOVA PÓVOA Normalização
-- Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE -- Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção NP EN13306:2007 e NP EN 15341:2009
Ascensores com história
Os elevadores do edifício Nova Póvoa
DOSSIER
AUTOMAÇÃO E COMPONENTES PARA ELEVADORES
Qualidade
-- Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros -- O comportamento dos ascensores em caso de incêndio (2.ª Parte)
Figuras
Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho
PUB
Ficha técnica
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
4
Editorial
fmd@isep.ipp.pt
6
Normalização [6] Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE [8] Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção
COLABORAÇÃO REDATORIAL
DIRETOR Fernando Maurício Dias
Fernando Maurício Dias, José Pirralha, C. Pereira Cabrita, A. J. Marques Cardoso, Carlos Alberto Alves, Miguel Leichsenring Franco, João E. Almeida, Fernando Cruz, Eurico Zica Correia, Ana Francisco, Ricardo Solanilla, Luís Reis Neves, Joaquim Espadinha, Paula Maceiras, António Vasconcelos, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino
COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt
NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009
22
Qualidade, segurança e ambiente [22] Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros [24] O comportamento dos ascensores em caso de incêndio (2.a Parte)
30
Coluna da APEGAC
Simplificação e eficácia 32 Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE 34 Nota técnica Motores Elétricos 36
Artigo técnico O impacto da Diretiva n.° 2014/33/EU, de 26 de fevereiro
DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt
CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt
DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira, Tel.: +351 225 934 633 a.pereira@cie-comunicacao.pt
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt
PUBLICAÇÃO PERIÓDICA Registo n.° 126364 Periodicidade: semestral Estatuto editorial em www.elevare.pt
Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
38 Notícias e Produtos 45
Dossier sobre automação e componentes para elevadores [46] Correta utilização e seleção de contactos elétricos para funções de segurança [48] Controlo do movimento e variação de velocidade [52] Sistemas de Controlo de Acessos para elevadores
54
Informação técnico-comercial [54] Nayar Systems e Room Mate Hotel em parceria com a inovação [56] Sistemas de comunicação bidirecionais AMPHITECH e o cumprimento normativo [58] Altivar Process 900: a eficiência total na movimentação de sólidos [60] E2 micro da igus®: condução fácil de energia
62 Publireportagem Nayar Systems e a sua marca 72horas consolidam-se no mercado português, garantindo segurança e legalidade aos seus clientes 64 Reportagem IV Jornadas Técnicas - Elevadores 66 68
Case study Sistemas de televigilância, sintetizadores de voz e indicadores de posição independentes das manobras existentes nos ascensores Figuras Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho
70 Ascensores com história Os elevadores do edifício Nova Póvoa 74
Bibliografia
76 Consultório técnico 78
Calendário de eventos
Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng.° António Vasconcelos
elevare
3
Editorial
Este número da ELEVARE coincide com as IV Jornadas Técnicas – Elevadores que têm vindo a ser, para o bem e para o mal, o único evento nacional em que há a possibilidade de reunir as mais diversas partes interessadas no setor dos elevadores. Este ano, particularmente, é fértil em assuntos que implicam alterações mais ou menos profundas, nomeadamente a transposição da nova Diretiva Ascensores (Diretiva 2014/33/EU) que, neste momento, ainda
Fernando Maurício Dias
não está transposta para o direito nacional; as novas Normas EN 81-20 e EN 81-50 que têm
Diretor
como função a substituição das bem conhecidas Normas EN 81-1 e EN 81-2; a obrigatoriedade da certificação energética de ascensores a instalar em edifícios de comércio e serviços,
urgentemente de respostas para que todos
embora ainda não seja possível concluir o processo com a colocação da correspondente
os intervenientes possam desenvolver a
etiqueta energética e, por último mas não menos importante, a revisão da circular n.º 1 da
sua atividade de uma forma mais previsível
DGEG e a adoção de eventuais medidas que possam permitir ultrapassar o impasse pro-
e focando as suas energias para aquilo que
vocado pela não-existência de documentação dos ascensores instalados na vigência da
verdadeiramente interessa numa perspeti-
Diretiva Ascensores.
va de acrescentar valor à sua organização.
É neste contexto, de alguma incerteza, que os diferentes agentes têm que desenvolver a
Por último, convido à participação nas IV
sua atividade que nem sempre é fácil, embora muitas das dificuldades são dificuldades de
Jornadas Técnicas de Elevadores, a ter lu-
contexto. Assim, podemos colocar algumas questões: i) porque é que não foi efetuada a
gar no dia 5 de julho de 2016 no Auditório
transposição da nova Diretiva para o direito português sabendo que tivemos um período de
Magno do ISEP – Instituto Superior de En-
2 anos para o fazer? ii) porque não é possível, ainda, a emissão da etiqueta da classificação
genharia do Porto, onde estes temas serão
energética dos ascensores quando a legislação impõe a certificação energética desde o iní-
abordados e onde poderão colocar as vos-
cio do ano de 2016? iii) porquê a demora na divulgação da eventual solução para o problema
sas questões e dúvidas que, certamente,
da Circular n.° 1 da DGEG? Efetivamente há diversas questões pertinentes que necessitam
terão uma resposta adequada.
ESTATUTO EDITORIAL TÍTULO “elevare – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tecnologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “elevare – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais.
4
elevare
CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Artigo Técnico >> Espaço ANIEER >> Coluna APEGAC >> Espaço Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias e Produtos >> Nota Técnica
>> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >>
Investigação e Desenvolvimento Dossier Temático Entrevista Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Calendário de Eventos Consultório Técnico Links Publicidade
ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.
PUB
Normalização
Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE José Pirralha Presidente da CT 63
Foi publicada no Jornal Oficial da União Euro-
2014/33/UE como anteriormente para
são das referências à EN 81-20, noutros
peia de 20/04/2016 a lista das Normas har-
a Diretiva 95/16/CE.
para alterações técnicas mais profundas.
monizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE.
2. Contrariamente ao estabelecido no n.° 3 do Artigo 6.° do Decreto-Lei 295/98 de
Com exceção da EN 81-72:2003 que deixará
Para lá da consulta do Jornal Oficial da União
22 de setembro (transposição da Dire-
de conceder presunção de conformidade em
Europeia que vivamente recomendamos,
tiva 95/16/CE), a referência das Normas
31.8.2017, as restantes Normas harmoniza-
gostaríamos de chamar a atenção para os
nacionais que transpõem as Normas Eu-
das continuam a conceder tal presunção até
seguintes aspetos:
ropeias deixa de estar pendente da publi-
31/08/2018.
1. Com
exceção
das
EN
81-20:2014,
cação de qualquer despacho, passando
EN 81-50:2014 e EN 81-72:2015 que
as Normas a estarem harmonizadas
Esta é uma decisão do CEN que visa funda-
substituem as EN 81-1:1998+A3:2009,
uma vez publicadas no Jornal Oficial da
mentalmente simplificar a vida à indústria,
União Europeia.
sem prejuízo dos trabalhos de normalização
EN 81-2:1998+A3:2009 e EN 81-72:2003
6
respetivamente, as restantes Nor-
3. Todas as Normas “afetadas" pelas
continuarem e das Normas virem a ser pu-
mas mantém-se, concedendo presun-
EN 81-20/50, estão em processo de revi-
blicadas à medida que o ciclo de revisão se
ção de conformidade para a Diretiva
são, nalguns casos apenas para a inclu-
cumpra.
elevare
PUB
Normalização
Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009 C. Pereira Cabrita, A. J. Marques Cardoso Professores Catedráticos · Membros Conselheiros e Especialistas em Manutenção Industrial pela Ordem dos Engenheiros CISE – Electromechatronic Systems Research Centre · Universidade da Beira Interior cabrita@ubi.pt, ajmc@ubi.pt
RESUMO
Este trabalho foi apresentado no 17.° Con-
ficas e tecnológicas com uma importância
No tempo presente, onde a globalização
gresso Ibero-Americano de Manutenção,
crescente no domínio dos diversos ramos
crescente em todos os setores de atividade é
em Cascais, nos dias 21 e 22 de novembro
e atividades não só das engenharias, mas
uma realidade indiscutível, a competitividade
de 2013.
também em todos os restantes setores do
é um fator primordial na sobrevivência das
quotidiano. Integra os objetivos das empre-
empresas, obrigando a padrões de qualidade
1. INTRODUÇÃO
sas com a finalidade de se otimizarem as
até então nunca vistos. Por outro lado, para
Como salientou o Eng.º Monteiro Leite,
ações de conservação, tendo um caráter
se conseguir assegurar esses elevados pa-
primeiro Presidente da Associação Portu-
de antecipação e obrigando à definição de
drões, aumentando simultaneamente a efi-
guesa de Manutenção Industrial, “é sabido
políticas de atuação concretas e concisas.
ciência, a disponibilidade e a fiabilidade não
que na indústria moderna os pontos fracos
Ou seja, utilizando uma linguagem de ca-
só da maquinaria envolvida nos processos
podem originar anualmente custos 20 vezes
riz económico, a manutenção industrial é
de fabrico mas também dos equipamentos
mais elevados que o valor da própria instala-
já considerada como um centro de lucro e
produzidos, a “função manutenção”, associa-
ção afetada e se apenas 0,1% desses custos
não como um centro de custo, devendo ser
da à componente qualidade, representa uma
fossem investidos com oportunidade na aná-
entendida não como um encargo inútil mas
área estratégica fundamental, com um peso
lise da origem dos pontos fracos, poder-se-ia
sim como uma atividade produtiva.
elevadíssimo nos índices de produtividade e
ter evitado 50% dessas perdas” [1].
na implantação, consolidação e prestígio das
2. NORMAS PORTUGUESAS
organizações. Como tal, o conhecimento e o
Independentemente da variedade de con-
DE MANUTENÇÃO
cabal cumprimento da normalização exis-
ceitos e definições associados às atividades
Atendendo à panóplia dos domínios téc-
tente, tanto no plano nacional como interna-
da “função manutenção”, sejam eles nor-
nicos associados à sua atuação, é aconse-
cional, é essencial para que aqueles objeti-
malizados ou de cunho prático e pessoal,
lhável que a “função manutenção” recorra
vos sejam cumpridos e se consiga utilizar a
é consensual apresentar-se esta função
a um conjunto vastíssimo de Normas não
mesma linguagem de uma forma supra-na-
como sendo a garantia da disponibilidade
só de engenharia mas também específi-
cional, com práticas verdadeiramente lean.
e da fiabilidade da maquinaria envolvida
cas da manutenção, e que deverão estar
nos processos produtivos assim como dos
acessíveis, nas organizações, a todos os
Neste trabalho, os autores salientam a
bens colocados à disposição da sociedade,
recursos humanos afetos ao respetivo de-
importância da existência da normalização
através da avaliação das imperfeições e
partamento. No domínio concreto da ma-
em manutenção industrial, e qual o papel
defeitos surgidos no património tecnológi-
nutenção tem-se verificado, recentemente,
que as instituições de ensino superior de-
co investido, levando em linha de conta os
uma atividade significativa no sentido de se
verão desempenhar no seu ensino e divul-
objetivos das organizações e realizando-se
uniformizarem terminologias, conceitos,
gação. Adicionalmente, expôem os concei-
no âmbito de uma despesa orçamentada
definições e formas de atuação, recorrendo
tos e definições de falha e avaria, propondo
previamente, e estando diretamente rela-
a Normas internacionais que têm vindo gra-
algumas melhorias e correcções nas Nor-
cionada com uma determinada atividade
dualmente a substituir as Normas e práti-
mas Portuguesas NP EN 13306:2007 e
industrial. Como tal, a manutenção indus-
cas de atuação que já existiam em diversos
NP EN 15341:2009 com vista à sua otimiza-
trial e a qualidade e o seu controlo são já,
países. Esta tendência representa inequivo-
ção e uniformização.
felizmente, encaradas como áreas cientí-
camente um fator positivo, contudo a sua
8
elevare
Normalização eficácia depende, como é óbvio, do realismo
f. medir continuamente os resultados
ços e estabelecer entre ambos um
no número de Normas que se elaboram, do
das modificações ao longo do tempo."
quadro de referência para os serviços de manutenção;
rigor dos seus conteúdos, e da sua utilização intensiva pelos interessados. Seguida-
mente descrevem-se, de forma sucinta, quais os objetivos das Normas Portuguesas
Nas generalidades, está redigido o se-
de manutenção para que os conflitos
“Para abranger este aspeto da manu-
e alterações sejam minimizados;
tenção, este sistema de indicadores de
que dizem respeito à terminologia e às ver-
desempenho está estruturado em três
tentes de organização e gestão:
grupos: indicadores económicos, técnicos
>>
e organizacionais.
Manutenção” [2]. De acordo com a sua
introdução, “A finalidade desta Norma Eu-
>>
determinar o âmbito dos serviços de manutenção e identificar as opções para o seu fornecimento;
>>
assistir e aconselhar na esquematização, organização e negociação de
Os indicadores propostos podem ser
contratos de manutenção e na defi-
ropeia é definir os termos genéricos usa-
avaliados como a razão entre fatores
dos em todos os tipos de manutenção e
(numerador e denominador) medindo ati-
de organização da manutenção, indepen-
vidades, recursos ou eventos, de acordo
nutenção e recomendar a atribuição
dentemente do tipo do bem considerado, à
com uma fórmula específica.
de direitos e deveres entre as partes
exceção das aplicações informáticas.
É da responsabilidade de toda a organi-
dir qualquer aspeto quantitativo ou caraterística de um nível na arborescência e para efetuar comparações homogéneas.
>>
assegurar a disponibilidade do bem
para a função requerida a custos
>>
simplificar comparações entre contratos de manutenção.”
>>
Na Introdução, encontra-se redigido ainda o seguinte: “Devem ser seguidas
Sempre que um fator seja definido como
três etapas quando se utiliza esta Norma:
ótimos;
'interno' ou 'externo', convém utilizar
>>
considerar os requisitos de seguran-
igualmente qualquer indicador derivado,
quais os serviços de manutenção que
ça relativos ao bem e ao pessoal da
unicamente para influências internas ou
serão executados internamente e
manutenção e da operação e, quando
externas.”
quais os serviços que serão contrata-
Etapa 1: O contratante deverá decidir
dos externamente; isto é: explicitar os
necessário, ter em conta o impacto Nos objetivos, salienta-se que “A medi-
serviços que poderão ser comprados
melhorar a durabilidade do bem e/ou
ção e análise destes indicadores podem
ao fornecedor de serviços de manu-
a qualidade do produto ou do serviço
auxiliar a gestão a:
tenção e, por consequência, sujeitos
fornecido, tendo em conta os custos,
>>
definir objetivos;
se necessário.”
>>
planear estratégias e ações;
>>
partilhar resultados a fim de infor-
a que se segue à decisão de contra-
mar e motivar as pessoas.
tar externamente um serviço de ma-
ambiental; >>
identificar tipos de contratos de ma-
do contrato incluindo riscos;
tégia de manutenção de acordo com três >>
nição de regras em caso de conflito; >>
Estes indicadores são utilizados para me-
zação de manutenção definir a sua estracritérios fundamentais:
>>
melhorar a qualidade dos contratos
guinte:
de Manutenção em vigor, em particular as
NP EN 13306:2007, “Terminologia da
>>
NP EN 15341:2009, “Manutenção. Indi-
ao contrato de manutenção; >>
Etapa 2: A fase de pré-qualificação é
nutenção ou parte dele, e é durante
cadores de desempenho da manutenEstes indicadores podem ser utilizados:
este período que a empresa identifica
>>
periodicamente, por exemplo na pre-
os fornecedores de serviços com ca-
sempenho da manutenção, para apoio
paração e acompanhamento de um
pacidade para realizar as tarefas de
da gestão de forma a atingir a excelência
orçamento e na avaliação do desem-
da manutenção e utilizar os bens imobi-
penho;
ção (KPI)” [3]. Na sua introdução, “Esta
Norma estabelece os indicadores de de-
>>
manutenção requeridas; >>
Etapa 3: O contrato de manutenção
pontualmente, por exemplo no âmbi-
poderá ser preparado, utilizando esta
maioria destes indicadores aplica-se a
to de auditorias específicas, estudos
Norma como guia, e o fornecedor
todas as instalações industriais e ser-
e/ou benchmarking.
dos serviços de manutenção deve
lizados de uma maneira competitiva. A
ser selecionado pela negociação do
viços (edifícios, infra-estruturas, transporte, distribuição, redes, entre outros).
A periodicidade a considerar para as me-
Estes indicadores deverão ser utilizados
dições depende da política da empresa e
para:
da abordagem da gestão.”
marking interno e externo); c. diagnosticar (análise de pontos fortes e fracos); d. identificar objetivos e definir metas a alcançar; e. planear ações de melhoria;
>>
NP EN 13460:2009, “Manutenção. Documentação para a manutenção” [5]. É uma
a. medir o estado; b. estabelecer comparações (bench-
preço ou por concurso.”
>>
NP EN 13269:2007, “Manutenção. Instru-
Norma dirigida essencialmente a proje-
ções para a preparação de contratos de
tistas, fabricantes, escritores técnicos e
manutenção" (4). De acordo com a sua
fornecedores de documentação, não in-
Introdução apresenta os seguintes ob-
cluindo documentos relacionados com
jetivos:
a formação e competências dos utili-
>>
“promover o relacionamento entre o
zadores, operadores e pessoal afeto à
contratante e o fornecedor de servi-
manutenção, podendo não ser aplicável
elevare
9
Normalização para a documentação da manutenção
A presente Norma visa aumentar a
incentivando à implementação do
de aplicações informáticas. O seu “Ob-
satisfação do cliente através da apli-
conceito de Custo do Ciclo de Vida em
jetivo e campo de aplicação” estabelece
cação eficaz do sistema, incluindo
substituição do Custo de Aquisição, e
as seguintes linhas gerais de orientação
processos para uma melhoria con-
um vetor de promoção comercial e
para:
tínua, tendo como base os requisitos
de competitividade para a empresa
>>
do cliente e requisitos regulamenta-
>>
“a documentação técnica que deverá ser fornecida com um bem, o mais
res aplicáveis.”
tardar, antes de este ser posto em serviço, de forma a apoiar na sua >>
mecanismo de auto-regulação do próprio mercado, proporcionando
manutenção;
crito que:
o incremento da competência e ino-
a informação/documentação a ser
>>
vação”.
nir uma estratégia de manutenção e
cional do bem, de forma a apoiar as
estabelecer, documentar, implemen-
Encontra-se igualmente disponível uma ou-
necessidades da manutenção.”
tar e manter um sistema de gestão
tra Norma Portuguesa, a NP EN 50126:2000
da manutenção e melhorar continu-
[8], que versa a aplicação da metodologia
Por sua vez, “Os documentos provenien-
amente a sua eficácia de acordo com
RAMS (Reliability, Availability, Maintenability,
tes da fase de preparação” são os se-
os requisitos desta Norma;
Safety – Fiabilidade, Disponibilidade, Manuti-
Os documentos devem contemplar os
bilidade, Segurança), mas apenas para o material ferroviário.
>>
>>
dados técnicos;
termos e definições da NP EN 13306,
>>
manual de operação (de entrada em
e a gestão documental deve refletir
funcionamento);
os requisitos da NP EN 13460. Os uti-
Saliente-se que as Normas NP EN corres-
>>
manual de implantação;
lizadores e os executantes de ma-
pondem às versões portuguesas das Nor-
>>
lista de componentes e recomenda-
nutenção devem aplicar definições
mas Europeias EN. Por exemplo, as Normas
ção de sobressalentes;
formalmente corretas para melhor
NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009 re-
>>
regime do plano de montagem;
se compreenderem os requisitos da
sultam da tradução das respetivas Normas
>>
plano de detalhe;
manutenção. Estes requisitos pode-
Europeias EN 13306:2001 e EN 15341:2007,
>>
plano de lubrificação;
rão ser de importância particular na
tradução essa da responsabilidade do Insti-
>>
diagrama unifilar;
redação dos contratos de manuten-
tuto Português da Qualidade, e elaboradas
>>
diagrama lógico;
ção, pelo que se recomenda o recur-
pela Comissão Técnica CT 94, da APMI –
>>
diagrama de circuito;
so à observância da NP EN 13269.”
Associação Portuguesa de Manutenção In-
>>
diagrama de tubos e instrumentos;
>>
desenho de implantação;
NP 4492:2010, “Requisitos para a presta-
nas três versões oficiais (alemão, francês
>>
desenho de conjunto;
ção de serviços de manutenção” [7]. Os
e inglês), e uma versão noutra língua, obti-
>>
relatório do programa de ensaio;
seus objetivos são os seguintes:
da pela tradução, sob responsabilidade de
>>
certificados.
>>
“Definir os requisitos por forma a que
um membro do CEN – Comité Europeu de
dustrial. Estas Normas Europeias existem >>
os prestadores de serviços de ma-
Normalização, para a sua língua nacional,
No seu Anexo A, esta Norma apresen-
nutenção ofereçam aos seus clien-
e notificada ao Secretariado Central des-
ta os “Documentos provenientes da fase
tes soluções que se alinhem com as
te organismo, tendo o mesmo estatuto
operacional”, no Anexo B define os “Ele-
suas necessidades e objetivos, isto é,
que as versões oficiais, como sucede com
mentos de informação para ordens de
proporcionem uma garantia de previ-
as Normas Portuguesas em questão. Os
trabalho”, e no Anexo C procede à “Apre-
sível desempenho mantendo o ativo
membros do CEN são os organismos na-
sentação genérica da estrutura e dos ob-
operacional e fiável, reduzindo assim
cionais de normalização dos seguintes pa-
jetivos da documentação”.
o tempo ocioso do mesmo;
íses: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,
Constituir um referencial com vista à
Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,
NP 4483:2009, “Guia para a implemen-
certificação de prestadores de ser-
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Gré-
tação do sistema de gestão de manu-
viços de manutenção e seu controlo
cia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letó-
tenção” [6]. No “Objetivo e campo de
periódico por auditorias efetuadas
nia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega,
por uma entidade credenciada;
Países Baixos, Polónia, Portugal (Instituto
Apoiar os prestadores de serviços
Português da Qualidade), Reino Unido, Re-
tos para um sistema de gestão da ma-
de
pública Checa, Roménia, Suécia e Suíça.
nutenção em que uma organização ne-
um meio que permita reconhecer os
cessita demonstrar a sua aptidão para,
seus esforços, distinguindo-os dos
Um outro aspeto que consideramos de
de forma consistente, proporcionar um
seus concorrentes;
substancial importância, até pela nossa
Fazer da qualidade dos serviços de
prática habitual, diz respeito ao ensino da
sitos do cliente, das exigências legais e
manutenção um critério permanen-
normalização, nada usual nos currículos
regulamentares aplicáveis;
te e transparente para o comprador,
dos cursos de engenharia nas instituições
aplicação”, >>
“A presente Norma especifica requisi-
serviço que vá ao encontro dos requi-
10
“A direção da manutenção deve defi-
estabelecida durante a fase opera-
>> >>
Fomentar o estabelecimento de um
Nos “Requisitos gerais” encontra-se es-
guintes:
prestadora de serviços; >>
elevare
>>
>>
manutenção,
fornecendo-lhes
Normalização do Ensino Superior independentemente
NP EN 13306 que “Os termos 'avaria' e 'fa-
Baseado nessa amplitude da definição de
do subsetor, politécnico ou universitário,
lha' são praticamente sinónimos e podem
avaria, na obra citada este autor utiliza
situação esta corroborada de uma forma
utilizar-se indistintamente. É comum, no
praticamente em exclusivo o termo 'avaria'
simples ao constatar-se do reduzidíssi-
entanto, utilizar o termo “avaria” com mais
e não o termo 'falha'.
mo número de Normas existentes nas
amplitude, para um equipamento como um
bibliotecas ao serviço dos estudantes de
todo, e o termo “falha”, em sentido mais
Rui Assis [10] considera que a avaria surge
engenharia. Não basta ensinarem-se por
restrito, dirigido ao órgão. Exemplo: o empi-
como um caso particular de falha, e que “o
exemplo, os princípios do eletromagne-
lhador avariou por falha no sistema hidráu-
termo avaria refere-se não só à ocorrência
tismo e da termodinâmica, os sistemas
lico.” Considera também que “os termos
de uma falha (da função capacidade) mas
mecânicos, as técnicas de projeto eletro-
'avaria' e 'falha' são sinónimos e ambos
integra também a consequência: o equipa-
mecânico, os conversores de eletrónica
são um acontecimento, um evento. O pri-
mento pára (a função capacidade reduz-se
de potência, as máquinas elétricas e a
meiro utiliza-se, normalmente, dirigido ao
a zero). Pode também designar-se como
manutenção industrial, com um comple-
equipamento e nas situações reparáveis –
avariado o estado de um equipamento que
to divórcio das respetivas Normas Indus-
a prensa avariou, repara-se; enquanto que
falhou”. Ao contrário de Saraiva Cabral, Rui
triais que norteiam as terminologias, os
o segundo se utiliza nas situações irrever-
Assis ao longo da sua obra aplica quase
processos de fabrico, o dimensionamen-
síveis – a lâmpada fundiu, falhou, tem que
sempre o termo falha em vez de avaria.
to, os ensaios e os aspetos ambientais e
ser substituída; o tubo rebentou, falhou,
de segurança operacional. Para melhor
tem que pôr um novo. Para exprimir o es-
Quanto aos restantes especialistas re-
entendimento, apresentam-se de seguida
tado decorrente destes acontecimentos as
ferenciados, Varela Pinto [1] e Andrade
alguns exemplos práticos de miscigena-
palavras são as mesmas, mas no passado:
Ferreira [11] utilizam o vocábulo avaria,
ção entre teoria, prática e normalização:
'avariado', 'com falha'." Considera ainda que
Torres Farinha [12] considera por exemplo
>>
No cálculo de estruturas metálicas
“o termo 'avaria' também é mais amplo, na
os indicadores MTBF (Mean Time Between
soldadas e aparafusadas é essencial
medida em que se aplica indistintamente a
Failures) e failure rate como sendo, respe-
consultarem-se
>>
sobre
uma avaria intrínseca ao próprio bem – ava-
tivamente, o Tempo Médio Entre Falhas e a
perfis em aço, soldadura, e parafusos
riou por falha na alimentação de óleo – ou
taxa de avarias, e Didelet Pereira e Vicente
sextavados;
a uma causa fortuita extrínseca – avariou
Sena [13] traduzem por exemplo o MTBF
O ensino de acionamentos em tração
porque caiu água em cima, enquanto que o
para tempo médio de funcionamento entre
elétrica ferroviária deve ser acom-
termo 'falha' só se aplica no primeiro caso.”
duas avarias, o MTTF (Mean Time To Failu-
as
Normas
re) para tempo até à ocorrência de falha
panhado das respetivas Normas, de
>>
>>
modo a utilizar-se a terminologia cor-
Saraiva Cabral escreve ainda que “a língua
em sistemas reparáveis, e o MTTFF (Mean
reta, como pantógrafo, transforma-
portuguesa é, porventura, mais rica para
Time To First Failure) para tempo que me-
dor de tração, motor de corrente on-
descrever as avarias e os fatores que as
deia entre a entrada em funcionamento e a
dulada, bobina de alisamento, escova
determinam do que a inglesa e a francesa
ocorrência da primeira avaria em sistemas
de terra, entre outros;
que utilizam para falha ou avaria, com a
reparáveis.
No cálculo e dimensionamento de mo-
acepção de acontecimento, as palavras 'fai-
tores elétricos de indução trifásicos,
lure' e 'défaillance', e para os termos avaria-
Sem dúvida que esta dicotomia de designa-
torna-se imprescindível a normaliza-
do e com falha, com a acepção de estado,
ções se deve não a questões de sematologia
ção relativa a índices de proteção, clas-
as palavras 'fault' e 'panne'. Assumamos,
mas sim ao facto de se considerar “falha”
ses de isolamento, tipos de serviço,
portanto, sem complexos, essas virtudes.”
e “avaria” como acontecimentos. Por outro
dimensões de chapas magnéticas, de
Por outro lado, considera também que a
lado, a Norma Europeia EN 13306:2001 [2]
veios e de carcaças, e tipos de ensaios;
definição normalizada de avaria não esti-
estabelece as seguintes definições para
O ensino da organização e gestão da
pula de forma exata qual o patamar acima
falha e avaria, respetivamente:
manutenção deve ser acompanhado
do qual um bem se pode considerar avaria-
>>
pela respetiva normalização, de modo
do, colocando por exemplo a seguinte in-
a que os alunos interiorizem as termi-
terrogação: “Uma viatura que funciona mas
nologias e os procedimentos habituais.
que está permanentemente a ir abaixo, um equipamento que está a produzir a 60% do
Failure: Termination of the ability of an item to perform a required function;
>>
Défaillance: Cessation de l’aptitude d’un bien à accomplir une fonction requise;
>>
Fault: State of an item characterized
Com efeito, revela-se extremamente útil
seu rendimento nominal, um motor que está
by the inability to perform a required
incutir nos alunos hábitos de consulta
a consumir mais 30% do que devia: Estarão
function, excluding the inability during
normativa, cada vez mais indispensáveis
avariados? Ou apenas em estado degrada-
preventive maintenance or other plan-
ao exercício da engenharia.
do?” Conclui escrevendo o seguinte: “Existe,
ned actions, or due to lack of external
de facto, alguma amplitude na definição de
resources;
3. DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE FALHA
avaria, pelo que nas situações práticas, por
E AVARIA
exemplo em contratos, se deve ampliar a
plir
Saraiva Cabral [9] considera, como nota
definição normalizada, de forma a contextu-
l’inaptitude due à la maintenance pré-
adicional à definição de avaria na Norma
alizar o conceito no caso específico,…”
ventive ou à d’autres actions program-
>>
Panne: État d’un bien inapte à accomune
fonction
requise,
excluant
elevare
11
Normalização mées ou a un manque de ressources
>>
extérieures. Adicionalmente, na Norma Internacional
>>
Ref. 191-05-01, Fault: NOTE 1 - A fault is
ma delas ficado imobilizada. Este equi-
often the result of a failure of the item
pamento falhou assim 5 vezes, contudo
itself, but may exist without prior failure;
nunca avariou;
Ref. 191-05-01, Panne: NOTE 1 - Une pan-
>>
Numa viagem de 600 kms, o sistema
IEC 60050-191 [14], publicada pela Inter-
ne est souvent la conséquence d’une dé-
de bombagem do óleo de lubrificação
national Electrotechnical Commission [15],
faillance de l’entité elle-même, mais elle
de uma viatura automóvel acusou al-
que serviu de base para a elaboração da
peut exister sans défaillance préalable.
gumas quebras de pressão, mas que
EN 13306:2001, e cujo vocabulário se en-
não impediram que o motor tivesse
contra disponível em [16] na área 191 – De-
De destacar ainda que a Norma IEC 60050
funcionado dentro dos parâmetros de
pendability and quality of service, tem-se,
[14,16], contempla a definição de faulty, en
segurança operacional considerados
respetivamente:
panne, avariado:
normais. Todavia, no final do trajeto a
>>
Ref. 191-05-23, Faulty: Pertaining to an
bomba acusou uma anomalia irrever-
item which has a fault;
sível, que obrigou à imobilização total
Ref. 191-05-23, En panne: Qualifie une
do veículo para manutenção corretiva.
entité en état de panne.
Neste caso concreto, tanto as quebras
>>
Ref. 191-04-01, Failure: The termination of the ability of an item to perform a re-
>>
quired function; >>
>>
Ref. 191-04-01, Défaillance: Cessation de Por conseguinte, pode-se então escrever
dem ser classificadas como falhas pro-
fonction requise;
na língua portuguesa:
gressivas (ou graduais), tendo a falha
Ref. 191-05-01, Fault: The state of an item
>>
final conduzido a um estado de avaria,
Falha: Cessação da aptidão de um bem
characterized by inability to perform a
(ou item) para desempenhar uma fun-
required function, excluding the inability
ção requerida;
during preventive maintenance or other
>>
de pressão como a anomalia final po-
l’aptitude d’une entité à accomplir une
>>
ou seja, o veículo ficou avariado; >>
Momentos antes da descolagem, um
Avaria: Estado de um bem (ou item)
dos reatores de uma aeronave, sem
planned actions, or due to lack of exter-
caracterizado pela sua inaptidão para
registo de qualquer anomalia prévia
nal resources;
desempenhar uma função requerida,
detetada nas habituais intervenções de
Ref. 191-05-01, Panne: État d’une entité
excluindo a inaptidão devida à manu-
manutenção preventiva sistemática e
inapte à accomplir une fonction requise,
tenção preventiva ou a outras acções
condicionada, sofreu uma explosão in-
non comprise l’inaptitude due à la main-
programadas, ou devida à ausência de
terna que obrigou à imobilização com-
recursos externos;
pleta e permanente do aparelho, para
Avariado: Qualificação de um bem (ou
substituição desse reator. Verificou-se
item) em estado de avaria.
assim uma falha súbita, crítica e catas-
tenance préventive ou à d’autres actions programmées ou due à un manque de
>>
moyens extérieures.
trófica, que avariou completamente, Este vocabulário internacional (Electropedia)
Consequentemente, estas definições nor-
de forma permanente, o reator e, por
apresenta, para todos os termos, as defini-
malizadas são inequívocas, provando-se
consequência, o próprio avião, que fi-
ções constantes da Norma IEC 60050 em
assim que “falha” e “avaria” (ou “avariado”)
cou então em estado de avaria crítica,
inglês e francês, e a tradução de cada ter-
não devem ser entendidas como sinóni-
completa e permanente. Note-se que
mo para mais sete línguas, entre as quais o
mos mas sim respetivamente como um
estes conceitos de “falha súbita”, “fa-
português e o espanhol. As correspondên-
acontecimento (ou mudança de estado) e
lha crítica”, “falha catastrófica”, “avaria
cias entre failure e défaillance, e entre fault
um estado. Através de alguns exemplos
crítica”, “avaria completa” e “avaria per-
e panne, não suscitam quaisquer dúvidas,
práticos simples, consegue-se discernir
manente” têm as suas definições con-
como também se confirma na Norma Inter-
facilmente estas duas situações:
templadas de forma clara na Norma
nacional IEC 61703 [17]. Do mesmo modo, é
>>
Quando se verifica uma interrupção
IEC 60050 [14,16]:
inequívoca a correspondência por um lado
intempestiva no abastecimento de
>>
entre failure, fallo e falha, e por outro entre
energia elétrica, este acontecimento é
faillance Soudaine, Falha Súbita: Fa-
fault, averia e avaria. Adicionalmente, trans-
uma falha, pois representa uma mu-
lha que não pode ser prevista por
crevem-se as notas de esclarecimento ane-
dança de um estado de bom funcio-
um exame prévio ou por monitori-
xas às definições de failure e de fault:
namento para outro estado, sem for-
>>
Ref. 191-04-01, Failure: NOTE 1- After fai-
necimento de energia; ora, ninguém
lure the item has a fault; NOTE 2 - “Failure”
considera esta situação como uma
faillance Critique, Falha Crítica: Fa-
is an event, as distinguished from “fault”,
avaria no abastecimento;
lha considerada como suscetível
Uma caldeira de aquecimento domés-
de causar danos humanos, conse-
Ref. 191-04-01, Défaillance: NOTE 1 -
tica, durante um período de funciona-
quências materiais importantes, ou
Après défaillance d’une entité, cette en-
mento contínuo de 100 horas, apre-
de provocar outras consequências
tité est en état de panne; NOTE 2 - Une
sentou 5 interrupções temporárias de
défaillance est un passage d’un état à
muito curta duração no seu sistema de
un autre, par opposition à une panne,
queimadores, devidas a um refluxo dos
Défaillance Catalectique, Falha Ca-
qui est un état;
gases de escape, não tendo em nenhu-
tastrófica: Falha súbita que resulta
which is a state; >>
12
elevare
>>
Ref. 191-04-10, Sudden Failure, Dé-
zação; >>
Ref. 191-04-02, Critical Failure, Dé-
inaceitáveis; >>
Ref. 191-04-12, Catastrophic Failure,
Normalização
>>
>>
na total inaptidão de um bem (ou
vezes mas sem avariar, teria uma taxa
malmente correctas para melhor se compre-
item) para cumprir todas as fun-
de avarias igual a zero, contrariamente
enderem os requisitos da manutenção.”
ções requeridas;
à taxa de falhas.
Ref. 191-05-02, Critical Fault, Panne
4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE FALHA
Critique, Avaria Crítica: Avaria consi-
Através desta exemplificação, ficou bem pa-
E AVARIA NA NORMA NP EN 13306:2007
derada como suscetível de causar
tente a racionalidade da normalização, que
Com base no exposto anteriormente, consta-
danos
consequências
deverá ser respeitada escrupulosamente,
ta-se haver situações bastante equívocas no
materiais importantes, ou de pro-
de modo a evitarem-se situações dúbias e
que diz respeito às definições e conceitos de
vocar outras consequências inacei-
equívocas. Aliás, como se escreveu anterior-
falha e avaria nesta Norma nacional, onde se
táveis;
mente, a própria Norma NP 4483:2009 [6]
traduziu failure para avaria e acontecimento,
Ref. 191-05-14, Complete Fault, Pan-
impõe que “Os utilizadores e os executantes
e fault para estado, propondo-se assim a revi-
ne Complète, Avaria Completa: Ava-
de manutenção devem aplicar definições for-
são destes termos nas Tabelas 1 e 2 [2].
humanos,
ria caraterizada pela inaptidão total de um bem (ou item) de cumprir to-
Tabela 1. Definições e conceitos de avaria na Norma NP EN 13306, e proposta de revisão.
das as funções requeridas; >>
Ref. 191-05-16, Permanent Fault, Panne Permanente, Avaria Permanente: Avaria de um bem (ou item) que persiste até que se verifique uma intervenção de manutenção corretiva.
Norma EN 13306
Norma NP EN 13306
Propostas de melhoria
3.3 Repairable item Item which may be restored under given conditions, and after a failure to a state in which it can perform a required function.
3.3 Bem reparável Um bem que, depois de uma avaria e sob determinadas condições, pode ser reposto num estado em que poderá desempenhar a função requerida.
3.3 Bem reparável Um bem que, depois de uma falha e sob determinadas condições, pode ser reposto num estado em que poderá desempenhar a função requerida.
3.4 Repaired item Repairable item, which is in fact repaired after a failure.
3.4 Bem reparado Bem reparável, reparado depois de uma avaria.
3.4 Bem reparado Bem reparável, reparado depois de uma falha.
4.9 Useful life Under given conditions, the time interval beginning at a given instant of time and ending when the failure rate becomes unacceptable, or when the item is considered unrepairable as a result of a fault or for other relevant factors.
4.9 Vida útil Intervalo de tempo, que sob determinadas condições, começa num dado instante e termina quando a taxa de avarias se torna inaceitável ou quando o bem é considerado irreparável na sequência de uma avaria ou por outras razões pertinentes. Nota dos autores: esta tradução é incoerente, porque failure e fault são ambas traduzidas para avaria.
4.9 Vida útil Intervalo de tempo, que sob determinadas condições, começa num dado instante e termina quando a taxa de falhas se torna inaceitável ou quando o bem é considerado irreparável na sequência de uma avaria ou por outras razões pertinentes.
4.10 Rate of occurrence of failures Number of failures of an item in a given time interval divided by the time interval.
4.10 Taxa de ocorrência de avarias Número de avarias ocorridas num bem num dado intervalo de tempo, dividido por esse mesmo intervalo de tempo.
4.10 Taxa de ocorrência de falhas Número de falhas ocorridas num bem num dado intervalo de tempo, dividido por esse mesmo intervalo de tempo.
5. Failure and events 5.1 Failure Termination of the ability of an item to perform a required function. NOTE 1: After failure the item has a fault, which may be complete or partial. NOTE 2: “Failure” is an event, as distinguished from “fault”, which is a state.
5. Avarias e acontecimentos 5.1 Avaria Cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida. NOTA 1: Depois da avaria o bem poderá estar em falha, total ou parcial. NOTA 2: “Avaria” é um acontecimento, em “falha” ou “avariado” é um estado.
5. Falhas e acontecimentos 5.1 Falha Cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida. NOTA 1: Depois da falha o bem poderá estar em avaria, total ou parcial. NOTA 2: “Falha” é um acontecimento, distinguindo-se de “avaria” que é um estado.
Aparentemente, poder-se-ia concluir, após a primeira leitura e análise, que não existe diferença entre “falha crítica” e “avaria crítica”. Contudo existe, e bem clarificada: A falha crítica é um acontecimento que tem lugar exatamente quando o reactor explode, deixando-o em estado de avaria crítica, na medida em que, até à intervenção do pessoal de socorro, o reator avariado estaria com um incêndio incontrolado, colocando em risco bens humanos e materiais. Poder-seá assim afirmar que, após a falha crítica, o reator ficou em estado de avaria crítica até à completa extinção do incêndio, passando de seguida a um estado de avaria completa e permanente até à sua substituição. >>
Caso esta explosão do reator tivesse acontecido em pleno voo, estaríamos em presença de uma falha súbita, crítica e catastrófica, não havendo sequer lugar ao posterior estado de avaria na medida em que a aeronave, como consequência, se despenharia;
>>
Os indicadores MTBF (Mean Operating Time Between Failures) e Failure Rate representam efetivamente o Tempo Médio, de bom funcionamento (ou de Operação) Entre Falhas e a Taxa de Falhas, conforme definido na IEC 60050, referências
191-12-09,
191-12-02
e
191-12-03, e não o tempo médio entre avarias e a taxa de avarias. Por exemplo, um bem que, num dado período de funcionamento, tenha falhado algumas
elevare 13
Normalização
Norma EN 13306
Norma NP EN 13306
Propostas de melhoria
5.2 Failure cause Reason leading up to a failure. NOTE: The reasons may be the result of one or more of the following: Design failure, manufacturing failure, installation failure, misuse failure, mishandling failure, maintenance related failure.
5.2 Causa de avaria Razão que origina a avaria. NOTA: As razões poderão resultar de pelo menos um dos seguintes fatores: avaria devida à conceção, à fabricação, à instalação, por má utilização, por falsa manobra e por manutenção desadequada.
5.2 Causa de falha Razão que origina a falha. NOTA: As razões poderão resultar de pelo menos um dos seguintes fatores: falha devido à conceção, à fabricação, à instalação, por má utilização, por falsa manobra e por manutenção desadequada.
5.3. Wear-out failure Failure whose probability of occurrence increases with the operating time or the number of operations of the item or its applied stresses.
5.3 Avaria por desgaste Avaria cuja probabilidade de ocorrência aumenta com o tempo de funcionamento, com o número de unidades de utilização do bem ou com as solicitações que lhe são aplicadas.
5.3 Falha por desgaste Falha cuja probabilidade de ocorrência aumenta com o tempo de funcionamento, com o número de unidades de utilização do bem ou com as solicitações que lhe são aplicadas.
5.4 Ageing failure Failure whose probability of occurrence increases with the passage of time. This time is independent of the operating time of the item.
5.4 Avaria por envelhecimento Avaria cuja probabilidade de ocorrência aumenta ao longo do tempo. Este tempo é independente do tempo de funcionamento do bem.
5.4 Falha por envelhecimento Falha cuja probabilidade de ocorrência aumenta ao longo do tempo. Este tempo é independente do tempo de funcionamento do bem.
5.5 Degradation Irreversible process in one or more characteristics of an item with either time, use or an external cause. NOTE 1: Degradation may lead to failure.
5.5 Degradação Evolução irreversível de uma ou mais caraterísticas de um bem relacionado com a passagem do tempo, a duração de utilização … NOTA 1: A degradação poderá conduzir à avaria.
5.5 Degradação Evolução irreversível de uma ou mais caraterísticas de um bem relacionado com a passagem do tempo, a duração de utilização … NOTA 1: A degradação poderá conduzir à falha.
5.6 Common cause failure Failures of different items resulting from the same direct cause and where these failures are not consequences of each other.
5.6 Avaria devida a uma causa comum Avaria de vários bens que resulta da mesma causa direta, sem que estas avarias sejam causadas umas pelas outras.
5.6 Falha devida a uma causa comum Falha de vários bens que resulta da mesma causa direta, sem que estas falhas sejam causadas umas pelas outras.
5.7 Primary failure A failure of an item not caused either directly or indirectly by a failure or a fault of another item.
5.7 Avaria primária Avaria de um bem que não é causada, direta ou indiretamente, por uma avaria ou estado de falha de um outro bem.
5.7 Falha primária Falha de um bem que não é causada, direta ou indiretamente, por uma falha ou estado de avaria de um outro bem.
5.8 Secondary failure A failure of an item caused either directly or indirectly by a failure or a fault of another item.
5.8 Avaria secundária Avaria de um bem causada, direta ou indiretamente, por uma avaria ou estado de falha de um outro bem.
5.8 Falha secundária Falha de um bem causada, direta ou indiretamente, por uma falha ou estado de avaria de um outro bem.
5.9 Sudden failure Failure that could not be anticipated by prior examination or monitoring.
5.9 Avaria súbita Avaria que não pode ser prevista por um exame prévio ou monitorização.
5.9 Falha súbita Falha que não pode ser prevista por um exame prévio ou monitorização.
5.10 Failure mechanism Physical, chemical or other processes which lead or have led to failure.
5.10 Mecanismo de avaria Processos físicos, químicos ou outros, que conduzem ou tenham conduzido a uma avaria.
5.10 Mecanismo de falha Processos físicos, químicos ou outros, que conduzem ou tenham conduzido a uma falha.
7.1 Preventive maintenance Maintenance carried out at predetermined intervals or according to prescribed criteria and intended to reduce the probability of failure or the degradation of the functioning of an item.
7.1 Manutenção preventiva Manutenção efetuada a intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradação do funcionamento de um bem.
7.1 Manutenção preventiva Manutenção efetuada a intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de falha ou de degradação do funcionamento de um bem.
7.6 Corrective maintenance Maintenance carried out after fault recognition and intended to put an item into a state in which it can perform a required function.
7.6 Manutenção corretiva Manutenção efetuada depois da deteção de uma avaria e destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma função requerida. Nota dos autores: a tradução de fault para avaria é correta, apesar da incoerência da tradução daquele termo ao longo desta Norma, para falha.
-------------------------
9.13 Tempo acumulado de funcionamento até à avaria Duração acumulada dos tempos de funcionamento de um bem, desde a primeira colocação em estado de disponibilidade até ao aparecimento de uma avaria, ou desde a sua reconstrução até à avaria seguinte.
9.13 Tempo até à falha Duração acumulada dos tempos de funcionamento de um bem, desde a primeira colocação em estado de disponibilidade até ao aparecimento de uma falha, ou desde a sua reconstrução até à falha seguinte.
9.13 Time to failure Total time duration of operating time of an item, from the instant it is first put in an up state, until failure or, from the instant of restoration until next failure.
14
elevare
Normalização
Norma EN 13306
Norma NP EN 13306
Propostas de melhoria
9.14 Time between failures The time duration between two consecutive failures of an item.
9.14 Tempo entre avarias Intervalo de tempo de calendário entre duas avarias consecutivas de um bem.
9.14 Tempo entre falhas Intervalo de tempo de calendário entre duas falhas consecutivas de um bem.
9.15 Operating time between failures Total time duration of operating time between two consecutive failures of an item.
9.15 Tempo de funcionamento entre avarias Duração acumulada dos tempos de funcionamento entre duas avarias consecutivas de um bem.
9.15 Tempo de bom funcionamento Duração acumulada dos tempos de funcionamento entre duas falhas consecutivas de um bem.
9.16 Wear-out failure period Final period in the life time of an item during which the failure rate for this item is considerably higher than that of the preceding period.
9.16 Período de avarias por degradação Período final da vida de um bem, durante o qual a taxa de avarias deste bem é consideravelmente superior à taxa de avarias do período precedente.
9.16 Período de falhas por degradação Período final da vida de um bem, durante o qual a taxa de falhas deste bem é consideravelmente superior à taxa de falhas do período precedente.
9.17 Constant failure rate period Period in the life time of an item during which the failure rate is approximately constant.
9.17 Período de taxa de avarias constante Período na vida de um bem durante o qual a taxa de avarias é aproximadamente constante.
9.17 Período de taxa de falhas constante Período na vida de um bem durante o qual a taxa de falhas é aproximadamente constante.
10.3 Failure analysis Logical, systematic examination of a failed item to identify and analyse the failure mechanism, the failure cause and the consequences of failure.
10.3 Análise de avaria Exame lógico e sistemático de um bem que teve uma avaria, a fim de identificar e analisar o mecanismo de avaria, a sua causa e consequências.
10.3 Análise de falha Exame lógico e sistemático de um bem que teve uma falha, a fim de identificar e analisar o mecanismo de falha, a sua causa e consequências.
10.7 Maintenance record Part of maintenance documentation which contains all failures, faults and maintenance information relating to an item. This record may also include maintenance costs, item…
10.7 Caderno de manutenção Parte da documentação de manutenção que regista todas as avarias, estados de falha e informações relativas à manutenção de um bem. Este caderno poderá também, incluir…
10.7 Caderno de manutenção Parte da documentação de manutenção que regista todas as falhas, estados de avaria e informações relativas à manutenção de um bem. Este caderno poderá também, incluir…
11.4 Mean operating time between failures Mathematical expectation of the operating time between failures.
11.4 Tempo médio de funcionamento entre avarias Previsão matemática do tempo de funcionamento entre avarias.
11.4 Tempo médio de funcionamento entre falhas Previsão matemática do tempo de funcionamento entre falhas.
11.5 Mean time between failures Mathematical expectation of the time between failures.
11.5 Tempo médio entre avarias Previsão matemática do tempo de calendário entre avarias.
11.5 Tempo médio entre falhas Previsão matemática do tempo de calendário entre falhas.
Tabela 2. Definições e conceitos de falha na Norma NP EN 13306, e proposta de revisão.
Norma EN 13306
Norma NP EN 13306
Propostas de melhoria
6. Faults and states 6.1 Fault State of an item characterized by the inability to perform a required function, excluding the inability during preventive maintenance or other planned actions, or due to lack of external resources.
6. Falhas e estados 6.1 Em falha Estado de um bem inapto para cumprir uma função requerida, excluindo a inaptidão devida à manutenção preventiva ou outras ações programadas, ou devido à falta de recursos externos.
6. Avarias e estados 6.1 Avaria Estado de um bem inapto para cumprir uma função requerida, excluindo a inaptidão devida à manutenção preventiva ou outras ações programadas, ou devido à falta de recursos externos.
6.2 Fault masking Condition in which a fault exists in a sub-item of an item but cannot be recognized because of a fault of the item or because of another fault of that sub-item or of another sub-item.
6.2 Em falha oculta Situação na qual um estado de falha existe numa parte de um bem, que não pode ser detetada devido à existência de outro estado de falha no bem, nessa mesma ou noutra parte do bem.
6.2 Avaria oculta Situação na qual um estado de avaria existe numa parte de um bem, que não pode ser detetada devido à existência de outro estado de avaria no bem, nessa mesma ou noutra parte do bem.
6.3 Latent fault Existing fault that has not yet been detected.
6.3 Em falha latente Estado de falha existente ainda não detetado.
6.3 Avaria latente Estado de avaria existente ainda não detetado.
6.4 Partial fault Fault characterized by the fact that an item can only perform some but not all of the required functions.
6.4 Em falha parcial Estado de falha que pode permitir ao bem cumprir algumas, mas não todas as funções requeridas.
6.4 Avaria parcial Estado de avaria que pode permitir ao bem cumprir algumas, mas não todas as funções requeridas.
6.5 Fault mode Method by which the inability of an item to perform a required function is established.
6.5 Modo de falha Maneira pela qual é verificada a incapacidade de um bem para cumprir uma função requerida.
6.5 Modo de avaria Maneira pela qual é verificada a incapacidade de um bem para cumprir uma função requerida.
elevare 15
Normalização
Norma EN 13306
Norma NP EN 13306
Propostas de melhoria
6.9 Down state
6.9 Estado de indisponibilidade
6.9 Estado de indisponibilidade
State of an item characterized either by a fault, or
Estado de um bem caraterizado por um estado
Estado de um bem caraterizado por um estado de
by a possible inability to perform a required func-
de falha ou por uma eventual incapacidade para
avaria ou por uma eventual incapacidade para de-
tion during preventive maintenance.
desempenhar uma função requerida durante a
sempenhar uma função requerida durante a ma-
manutenção preventiva.
nutenção preventiva.
7.8 Deferred maintenance
7.8 Manutenção diferida
7.8 Manutenção diferida
Corrective maintenance which is not immediately
Manutenção corretiva que não é efetuada ime-
Manutenção corretiva que não é efetuada imedia-
carried out after a fault detection but is delayed in
diatamente depois da deteção de um estado de
tamente depois da deteção de um estado de ava-
accordance with given maintenance rules.
falha, mas que é retardada de acordo com re-
ria, mas que é retardada de acordo com regras de
gras de manutenção determinadas.
manutenção determinadas.
7.9 Immediate maintenance
7.9 Manutenção de urgência
7.9 Manutenção de urgência
Maintenance which is carried out without delay
Manutenção corretiva que é efetuada imediata-
Manutenção corretiva que é efetuada imediata-
after a fault has been detected to avoid
mente após a deteção de um estado de falha,
mente após a deteção de um estado de avaria,
unacceptable consequences.
para evitar consequências inaceitáveis.
para evitar consequências inaceitáveis.
8.8 Repair
8.8 Reparação
8.8 Reparação
Physical action taken to restore the required
Ações físicas executadas para restabelecer a
Ações físicas executadas para restabelecer a fun-
function of a faulty item.
função requerida de um bem em estado de falha.
ção requerida de um bem em estado de avaria.
8.9 Temporary repair
8.9 Reparação temporária
8.9 Reparação temporária
Physical actions taken to allow a faulty item to
Ações físicas realizadas num bem em falha para
Ações físicas realizadas num bem avariado para
perform its required function for a limited interval
lhe permitir cumprir a sua função requerida du-
lhe permitir cumprir a sua função requerida du-
and until a repair is carried out.
rante um intervalo de tempo limitado, até que a
rante um intervalo de tempo limitado, até que a
reparação seja efetuada.
reparação seja efetuada.
8.10 Fault diagnosis Actions taken for fault recognition, fault localization and cause identification.
8.10 Diagnóstico do estado de falha Ações realizadas para detetar a falha, a sua localização e identificação da causa.
8.10 Diagnóstico de avaria Ações realizadas para detetar a avaria, a sua localização e identificação da causa.
8.11 Fault localization Actions taken to identify the faulty item at the appropriate indenture level.
8.11 Localização da falha Ações realizadas para identificar a que nível de arborescência do bem em falha se situa a causa da falha.
8.11 Localização da avaria Ações realizadas para identificar a que nível de arborescência do bem avariado se situa a causa da avaria.
10.4 Fault analysis Logical, systematic examination of an item to identify and analyse the probability, causes and consequences of potential faults.
10.4 Análise de falha Exame lógico e sistemático de um bem a fim de identificar e analisar a probabilidade, as causas e as consequências de potenciais estados de falhas.
10.4 Análise de avaria Exame lógico e sistemático de um bem a fim de identificar e analisar a probabilidade, as causas e as consequências de potenciais avarias.
Ainda relativamente a esta Norma, no seu
5. CONCEITOS DE FALHA E AVARIA
nição original exposta na Norma Europeia
Anexo C (informativo), situado na página 32
NA NORMA NP EN 15341:2009
EN 15341:2007. Note-se que, conforme indi-
de 37, sugerem-se as seguintes correções:
Pelos mesmos motivos apontados anterior-
cado na Norma, os indicadores encontram-
>>
No título assim como no diagrama
mente, sugere-se para esta Norma [3] a cor-
se estruturados em 3 níveis, que represen-
exemplificativo, a designação “Tempo
reção da definição dos indicadores técnicos
tam a sua estrutura arborescente, sendo os
entre avarias” deverá ser alterada para
T3 (de nível 1), T6 (de nível 2), T11 a T14, T17
indicadores de nível 2 e 3 descrições deta-
“Tempo entre falhas”, na medida em que
e T21 (de nível 3), apresentando-se a defi-
lhadas de indicadores de nível mais elevado.
“falha” é um acontecimento enquanto que “avaria” é um estado. Pelo mesmo
Indicador T3
motivo, nos limites do diagrama “Avaria” deverá ser substituída por “Falha” – note-se que nesses limites dá-se o acontecimento “falha”, ficando o bem inicialmente imobilizado em estado de avaria (ou avariado). >>
Na tabela descritiva dos respetivos tempos, “TBF (time between failures)” deverá ser corrigido para “9.14 Tempo entre falhas”, e “OTBF (operating time between failures)” para “9.15 Tempo de bom funcionamento”.
16
elevare
Indicador T6
Normalização No Anexo A (normativo) desta mesma Norma, que contém a lista dos indicadores, dos fatores, e as respetivas definições e comentários relativamente aos fatores, propôem-se também algumas alterações, Indicador T11
transcrevendo-se para cada uma delas o respetivo texto lavrado na norma original, como se mostra na Tabela 3. Na coluna dos factores indicam-se dentro de parêntesis as alterações propostas. Atendendo ainda a que esta Norma, nalguns indicadores, utiliza o vocábulo “riscos” em
Indicador T12
riscos de acidentes pessoais (T12), riscos de danos ambientais (T14), e em análise de criticidade (T18), convém definir de forma clara e concisa os conceitos de “perigo” e de “risco”. Deste modo, “perigo” representa uma situação com um potencial mais ou menos elevado para causar danos materiais e/ou humanos, enquanto que o “risco” é
Indicador T13
a combinação da probabilidade e das consequências da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso, ou seja, representa a probabilidade do perigo se materializar. Como exemplo, se os condutores não tiverem em atenção o respetivo sinal de trânsito numa curva perigosa, reduzindo a velocidade, correm um risco elevado de aci-
Indicador T14
dente, com graves consequências materiais e humanas. Desempenhar funções numa siderurgia, na operação de altos-fornos ou de fornos de tratamento do aço, é uma atividade perigosa, que envolve riscos pessoais por exemplo de queimaduras. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Indicador T17
Nas Normas NP EN 13306 e NP EN 15341 encontra-se lavrado que “A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 13306:2001 (EN 15341:2007), e tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.”
Curiosamente, a própria Norma original, em língua inglesa, contém a incongruência de es-
Na Norma NP EN 13306 pode ler-se: “A nor-
crever no denominador “Number of failures” em vez de “Total number of failures”, violando
ma IEC 60050 (191) serviu de base para a
as definições expostas no seu Anexo A. Esta mesma situação repete-se no indicador T21.
preparação desta norma.” Adicionalmente, nas suas referências normativas a Norma
Indicador T21
NP EN 15341 refere o seguinte: “Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação da presente Norma. EN 13306:2001 Maintenance Terminology, IEC 60050-191:1990 International electrotechnical vocabulary; chapter: dependability and quality of service”.
elevare 17
Normalização Assim sendo, justifica-se plenamente a
essenciais para a expressão quantitativa
de um rolamento ou de um circuito inte-
elaboração deste trabalho, com o objetivo
da fiabilidade, disponibilidade, manutibili-
grado, quando sofre a sua primeira falha
de proceder às correções necessárias nas
dade e logística de manutenção. Em ter-
atinge o seu limite de vida útil, devendo ser
Normas Portuguesas apontadas, de modo
mos sintéticos, descreve-se na Tabela 4
substituído por outro igual, contrariamen-
a respeitar rigorosamente as Normas origi-
o conjunto das expressões matemáticas
te aos bens reparáveis que, após uma fa-
nais de acordo com um verdadeiro espírito
expostas nesta Norma, para bens não re-
lha, são recuperados e repostos a cumprir
de melhoria contínua.
paráveis (e não reparados), e para bens
as funções requeridas até à próxima falha.
reparáveis (e reparados) com tempo de
Se, após a falha, o bem for imediatamente
Para finalizar, é de todo o interesse focali-
avaria nulo e não nulo, indicando-se para
reposto em funcionamento, então o tempo
zar também a nossa atenção para a Norma
cada expressão, dentro de parêntesis, a
de imobilização por avaria é nulo. Todavia,
IEC 61703 [17], que deve ser utilizada con-
referência da Norma IEC 60050-191, onde
se o bem ficar inativo durante o período de
juntamente com a Norma IEC 60050-191
se encontra a respetiva definição. Note-se
restauração, tem-se um tempo de imobili-
[14], e que contém os conselhos práticos
que um bem não reparável, como é o caso
zação por avaria não nulo.
Tabela 3. Proposta de revisão de algumas definições de fatores dos indicadores da Norma NP EN 15341:2009.
Ind.
E15
Fatores
Custo da manutenção corretiva.
E16
Custo da manutenção preventiva.
T3
Número de avarias (falhas) devidas à manutenção e que causam danos ambientais.
T5
Número de acidentes pessoais devidos à manutenção.
T6
Tempo de indisponibilidade devido a avarias (falhas).
Número de avarias (falhas) que provocam acidentes pessoais.
T11 Número total de avarias (falhas).
18
elevare
Norma EN 15341
Norma NP EN 15341
Propostas de melhoria
Total cost for maintenance carried out after fault has occurred and intended to put an item into a state in which it can perform a required function.
Custo total da manutenção efetuada depois da deteção de uma avaria e destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma função requerida. Nota dos autores: a tradução de fault para avaria é correta, apesar da incoerência da tradução daquele termo ao longo desta Norma, para falha.
-------------------------
Cost for maintenance carried out at predetermined intervals or according to prescribed criteria and intended to reduce the probability of failure or degradation of the functioning of an item.
Custo da manutenção efetuada em intervalos pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradação de funcionamento de um bem.
Custo da manutenção efetuada em intervalos pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de falha ou de degradação de funcionamento de um bem.
Number of failures caused by maintenance or lack of maintenance that have caused damage to the environment.
Número de avarias causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham causado danos ambientais (sic).
Número de falhas causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham causado danos ambientais.
Number of failures caused by maintenance or lack of maintenance that have caused injuries for people.
Número de avarias causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham provocado um acidente pessoal.
Número de falhas causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham provocado acidentes pessoais.
Total downtime lost due to failures.
Intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a avarias.
Intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a falhas. Nota dos autores: as falhas que resultam em estados de avaria são a causa primária da indisponibilidade dos bens.
Number of failures that cause injuries which will result in one or more lost working days.
Número de avarias que, provocando acidentes, deram origem à perda de um ou mais dias de trabalho.
Número de falhas que, provocando acidentes, deram origem à perda de um ou mais dias de trabalho.
Total number of failures. Failure: termination of the ability of an item to perform a required function (see EN 13306:2001, 5.1). NOTE 1: After failure the item has a fault, which may be complete or partial. NOTE 2: “Failure” is an event, as distinguished from “fault”, which is a state.
Número total de avarias. Avaria: cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida (ver EN 13306:2001, 5.1). NOTA 1: depois da avaria, o bem tem uma falha, que poderá ser completa ou parcial. NOTA 2: “Avaria” é um evento, a distinguir de “falha”, que é um estado.
Número total de falhas. Falha: cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida (ver NP EN 13306:2007, 5.1). NOTA 1: depois da falha, o bem poderá estar em avaria, total ou parcial. NOTA 2: “Falha” é um acontecimento, distinguindo-se de “avaria” que é um estado. Nota dos autores: uma vez que a Norma NP EN 13306:2007 é citada, o texto deve ser rigorosamente igual.
Normalização
Ind.
T12
T13
T14
T17
T21
O11
Fatores
Norma EN 15341
Norma NP EN 15341
Propostas de melhoria
Número de avarias (falhas) que criam riscos de acidentes pessoais.
Number of failures that could cause injuries.
Número de avarias que poderão provocar acidentes pessoais.
Número de falhas que poderão provocar acidentes pessoais.
Número total de avarias (falhas).
(See T11).
(Ver T11).
Número de avarias (falhas) que provocam danos ambientais.
Number of failures that cause damage for the environment.
Número de avarias que provocam danos ambientais.
Número total de avarias (falhas).
(See T11).
(Ver T11).
Número de avarias (falhas) que criam riscos de danos ambientais.
Number of failures that could cause damage for the environment.
Número de avarias que poderão provocar danos ambientais.
Número total de avarias (falhas).
(See T11).
(Ver T11).
Número total de avarias (falhas).
(See T11).
(Ver T11).
Sum of the times to restoration. Time to restoration: time interval during which an item is in downstate due to a failure (see IEC 60050-191).
Somatórios dos tempos de reparação. Tempo das reparações: intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a avaria (ver IEC 60050-191).
Número total de avarias (falhas).
(See T11).
(Ver T11).
Tempo dispendido em manutenção corretiva de urgência.
Maintenance, which is carried out without delay after a fault has been detected to avoid unacceptable consequences.
Manutenção efetuada imediatamente após a deteção de um estado de falha a fim de evitar consequências inaceitáveis.
Tempo total das reparações (Tempo total de avaria).
-------------------Número de falhas que provocam danos ambientais.
-------------------Número de falhas que poderão provocar danos ambientais.
--------------------------------------Somatório dos tempos de reparação. Tempo das reparações: intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a falha (ver IEC 60050-191, referências 191-10-05 e 191-13-08). Nota dos autores: as falhas que resultam em estados de avaria, são a causa primária da indisponibilidade dos bens. -------------------Manutenção efetuada imediatamente após a deteção de um estado de avaria a fim de evitar consequências inaceitáveis.
Tabela 4. Síntese das expressões expostas na Norma IEC 61703.
Bens reparáveis e reparados
Bens não reparáveis e não reparados
com tempo de avaria nulo
com tempo de avaria não nulo
Fiabilidade (191-12-01)
X
X
X
Taxa (instantânea) de falhas (191-12-02)
X
----------
----------
Taxa média de falhas (191-12-03)
X
----------
----------
Tempo médio de funcionamento até à falha MTTF (abreviatura) (191-12-07)
X
X
X
Intensidade (instantânea) de falhas (191-12-04)
----------
X
X
Intensidade média de falhas (191-12-05)
----------
X
X
Tempo médio entre falhas (191-12-08)
----------
X
X
Tempo médio de bom funcionamento MTBF (abreviatura) (191-12-09)
----------
X
X
Tempo médio de disponibilidade TMD (abreviatura) (191-11-11)
----------
X
X
Expressões matemáticas
elevare 19
Normalização
Bens não reparáveis e não reparados
Expressões matemáticas
Bens reparáveis e reparados com tempo de avaria nulo
com tempo de avaria não nulo
Intensidade (instantânea) de falhas (191-12-04)
----------
----------
----------
Disponibilidade instantânea (191-11-01)
----------
----------
X
Indisponibilidade instantânea (191-11-02)
----------
----------
X
Disponibilidade média (191-11-03)
----------
----------
X
Indisponibilidade média (191-11-04)
----------
----------
X
Disponibilidade assintótica (191-11-05)
----------
----------
X
Indisponibilidade assintótica (191-11-07)
----------
----------
X
Tempo médio de indisponibilidade TMI (abreviatura) (191-11-12)
----------
----------
X
Manutibilidade (191-13-01)
----------
----------
X
Taxa média de reparação (191-13-03)
----------
----------
X
Tempo médio de reparação (191-13-05)
----------
----------
X
Tempo médio de manutenção corretiva ativa (191-13-07)
----------
----------
X
Média dos tempos de recuperação MTTR (abreviatura) (191-13-08)
----------
----------
X
Atraso administrativo médio (191-13-11)
----------
----------
X
Atraso logístico médio (191-13-13)
----------
----------
X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.
Carlos Varela Pinto, “Organização e Gestão da Manutenção”. Monitor, Lisboa, 2002;
2. Norma Portuguesa NP EN 13306:2007, “Terminologia da Manutenção”. Instituto Português da Qualidade, 2007; 3. Norma Portuguesa NP EN 15341:2009, “Manutenção. Indicadores de desempenho da manutenção (KPI)”. Idem, 2009; 4. Norma Portuguesa NP EN 13269:2007, “Manutenção. Instruções para a preparação de contratos de manutenção”. Ibidem, 2007;
10. Rui Assis, “Apoio à Decisão em Manutenção na Gestão de Activos Físicos”. Idem, Ibidem, 2010; 11. Luís Andrade Ferreira, “Uma Introdução à Manutenção”. Publindústria, Porto, 1998; 12. J. Torres Farinha, “Manutenção. A Terologia e as Novas Ferramentas de Gestão”. Monitor, Lisboa, 2011; 13. Filipe Didelet Pereira e Francisco Vicente Sena, “Fiabilidade e sua aplicação à Manutenção”. Publindústria, Porto, 2012; 14. Norma Internacional CEI IEC 60050 (191),
5. Norma Portuguesa NP EN 13460:2009, “Ma-
“Vocabulaire Electrotechnique International,
nutenção. Documentação para a manuten-
Chapitre 191: Sûreté de fonctionnement et
ção”. Ibidem, 2009;
qualité de service. International Electrote-
6. Norma Portuguesa NP 4483:2009, “Guia
chnical Vocabulary, Chapter 191: Dependa-
para a implementação do sistema de gestão
bility and quality of service”. Commission
de manutenção”. Ibidem, 2009;
Electrotechnique International, Internatio-
Norma Portuguesa NP 4492:2010, “Requisi-
nal Electrotechnical Commission, Genebra,
tos para a prestação de serviços de manu-
Suíça, 1990;
7.
tenção”. Ibidem, 2010; 8. Norma Portuguesa NP EN 50126:2000, “Aplicações ferroviárias. Especificação e de-
"(...) o conhecimento e o cabal cumprimento da normalização existente, tanto no plano nacional como internacional, é essencial para que aqueles objetivos sejam cumpridos e se consiga utilizar a mesma linguagem de uma forma supra-nacional, com práticas verdadeiramente lean."
15. www.iec.ch/ (Commission Electrotechnique
17. Norma Internacional CEI IEC 61703, “Expres-
International, International Electrotechnical
sions mathématiques pour les termes de
Commission, Genebra, Suíça);
fiabilité, de disponibilité, de maintenabilité et
monstração de Fiabilidade, Disponibilidade,
16. www.electropedia.org/ (Electropedia: The
de logistique de maintenance, Mathematical
Manutibilidade e Segurança (RAMS)”. Ibidem,
World’s Online Electrotechnical Vocabulary,
expressions for reliability, availability, main-
2000;
subject area 191 – Dependability and quality
tainability and maintenance support terms”.
9. José Saraiva Cabral, “Gestão da Manutenção
of service), Commission Electrotechnique
Commission Electrotechnique International,
de Equipamentos, Instalações e Edifícios”.
International, International Electrotechnical
International Electrotechnical Commission,
Lidel, Lisboa, 2009;
Commission, Genebra, Suíça;
Genebra, Suíça, 2001.
20
elevare
PUB
Qualidade, segurança e ambiente
Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros Vantagens Carlos Alberto Alves Responsável pela Inovação, Design e Desenvolvimento Extruplás
INVESTIR NA REDUÇÃO DOS RESÍDUOS
PORQUÊ INVESTIR EM TECNOLOGIAS
um sistema de separação por membranas.
LIMPAS?
A tecnologia limpa inclui:
Introdução
A adoção de tecnologias limpas de pro-
>>
A adoção de tecnologias limpas geralmen-
dução permite a redução do consumo de
no processo, nos sistemas auxiliares e
te conduz a uma maior eficiência na utiliza-
matérias-primas, a redução do consumo
noutras;
ção dos materiais, recursos e energia, com
de água e outros consumíveis, a redução
a consequente redução dos resíduos.
dos resíduos e emissões e a redução nos
>>
sição final de resíduos.
Mudanças no próprio processo, com modificações do mesmo com vista à viabilização da reciclagem, por exemplo;
custos de tratamento de águas e na depoO investimento em tecnologias limpas permi-
Mudanças nas matérias-primas usadas
>>
te por isso às empresas conseguir poupanças
Mudança nas saídas do processo, isto é na conceção, composição ou especifica-
e, simultaneamente, cumprir os requisitos
Para além destes, as tecnologias limpas,
ambientais a que estas estão obrigadas. Os
oferecem frequentemente, benefícios me-
custos das empresas em tecnologias ou so-
nos óbvios (a redução dos chamados cus-
Qualquer mudança nas matérias-primas
luções de fim de linha não garantem às mes-
tos escondidos ou ocultos), tais como a
usadas no processo de produção ou mesmo
mas estas oportunidades.
redução das taxas de seguro conduzindo a
nos produtos, normalmente requerem al-
prémios mais baixos ou a uma redução da
gum investimento de capital. No entanto, isto
monitorização para demonstrar o cumpri-
pode resultar em economias significativas e
mento da legislação vigente.
benefícios ambientais, alguns dos quais po-
"As tradicionais tecnologias de fim de linha estão, geralmente, associadas com o tratamento das emissões ambientais recolhidas ou contidas durante o processo."
ções dos produtos finais.
dem não ser aparentemente imediatos. Tecnologia limpa é simplesmente, materiais ou equipamentos que produzem menos
O investimento em tecnologias limpas é
resíduos ou emissões do que a tecnologia
motivado por:
convencional e que, muitas vezes, pode ser
>>
Potenciais benefícios económicos, ou
incorporada nas linhas de produção exis-
seja, redução de custos e/ou maiores
tentes ou concebidas nos novos processos
retornos financeiros;
de fabrico.
>>
Pressão legislativa ou a necessidade de
A chave para identificar os custos efetivos
As tradicionais tecnologias de fim de linha
>>
e as soluções mais favoráveis do ponto de
estão, geralmente, associadas com o trata-
performances ambientais da empresa
vista ambiental, reside na avaliação das
mento das emissões ambientais recolhidas
feita pelos consumidores, fornecedo-
implicações dos verdadeiros custos das
ou contidas durante o processo. A tecnolo-
res, empregados, bancos e outros.
alternativas.
gia limpa pretende prevenir ou minimizar as
implementação mais exigente; Pressão do mercado para melhorar as
emissões não desejadas através de mudan-
Uma melhor eficiência conduz a:
As quatro técnicas ou formas de avaliar os
ças no processo de produção. Este termo
>>
Menores rejeições;
resultados deste tipo de investimentos são
está também associado a tecnologias que
>>
Melhoria dos prazos;
através de período de retorno, o retorno
permitem a reutilização ou a reciclagem
>>
Melhorias no rendimento;
do capital usado, o valor atual líquido e a
dos recursos, por exemplo, a reutilização
>>
Melhor qualidade dos produtos;
Taxa Interna de Retorno (TIR).
dos efluentes como água do processo após
>>
Melhoria da gama de produtos;
22
elevare
Qualidade, segurança e ambiente >>
Produção mais flexível;
Investimentos de capital de financiamento.
Esta checklist não é exaustiva, os benefícios
>>
Melhores relações com clientes e for-
>>
Identifique as fontes de financiamento
podem variar de empresa para empresa e,
preferenciais;
podem mudar com o tempo. A intenção é a
>>
Prepare o plano de financiamento;
de destacar a gama de poupanças que deve
>>
Selecione e negoceie com as institui-
ser considerada e, se for apropriado, incluir
ções financeiras;
os benefícios no processo de avaliação do
Monitorize e controle o programa de
investimento.
necedores; >>
Redução dos tempos de paragem.
Aumento do valor do produto: >>
Melhor qualidade dos produtos;
>>
Uma produção mais flexível;
>>
Produtos para novos mercados.
>>
investimento; >>
Reveja o ciclo de investimento.
A abordagem sugerida na cheklist anterior pode permitir-lhe identificar e, se for o caso,
Na empresa, os projetos de tecnologias
ALOCAÇÃO DE CUSTOS
calcular o potencial de poupanças geradas
limpas vão competir com outros proje-
Uma questão crítica do processo de ava-
pela escolha da tecnologia limpa em detri-
tos de investimento, pelos recursos li-
liação do investimento é a forma como as
mento das soluções de fim de linha.
mitados de capital. No entanto, os inves-
empresas definem e estimam os custos e
timentos feitos em tecnologias limpas,
benefícios dos projetos. Os investimentos
OS CUSTOS OCULTOS
normalmente produzem um número de
em tecnologia limpa podem dar origem a
Perceber onde é que acontecem os custos
benefícios financeiros e comerciais que
elevados retornos e baixos custos, isto é,
ocultos e alocá-los em conformidade é mui-
não são vistos como investimentos de fim
poupanças. Todos eles, sejam os custos,
to importante. Se você já sabe como esses
de linha. Para incorporar estes benefícios
sejam os benefícios, devem ser contabiliza-
custos surgem, poderá ter um retrato claro
num procedimento de avaliação, é neces-
dos como:
sobre os verdadeiros custos de produção
sário que:
>>
Poupanças facilmente identificadas –
e dos respetivos produtos. Através da alo-
Inclua uma larga gama de custos/be-
aqueles itens que podem ser facilmente
cação dos custos ambientais ao produto
nefícios do projeto, tais como, aumen-
mensurados;
ou processo que os geram, as empresas
Custos ocultos – aqueles itens que são
podem objetivar atividades que reduzam os
como forma de legitimar o cash flow
mais difíceis de quantificar, mas que fre-
seus custos e as que melhoram as perfor-
no processo de avaliação do investi-
quentemente fornecem significativos
mances ambientais, por exemplo, investindo
mento;
benefícios financeiros;
em tecnologia limpa.
>>
to das vendas e redução dos rejeitados,
>>
>>
Alocar custos e benefícios aos proces-
>>
>>
Custos incertos – aqueles itens dos
sos existentes e propostos e aos produ-
quais as poupanças sejam menos óbvias
Nem todos os processos e produtos são
tos, em vez de os tratar como despesas
e para os quais seja necessário tempo
responsáveis de igual forma, pela geração
gerais;
para se tornarem evidentes.
de custos ambientais. Alguns processos
Contabilizar os cash flows incertos que
podem:
podem acontecer num período de tem-
>>
Produzir mais resíduos;
po mais longo. Este processo é conhe-
>>
Utilizar materiais mais perigosos;
cido por cash flows descontados.
>>
Gerar mais emissões por unidade produzida;
Siga os principais passos do ciclo de inves-
>>
timento, desde a ideia inicial de investimen-
Exigir uma maior monitorização e inspeção;
to em tecnologias limpas, até garantir o
>>
Exigir uma formação desproporcionada;
financiamento para um projeto destes.
>>
Ser mais rigidamente regulada;
>>
Fazer subir os riscos o que pode fazer
Identifique oportunidades para poupar di-
aumentar os prémios dos seguros de
nheiro e aumentar a competitividade:
danos futuros nas pessoas ou na pro-
>>
priedade.
Identifique a natureza e o âmbito dos seus problemas ambientais;
>> >>
Identifique o potencial para a adoção
A maior parte dos custos ambientais são, fre-
de tecnologias limpas;
quentemente, classificados como despesas
Avalie todos os custos e benefícios de
gerais. Estas despesas gerais podem depois
investir na tecnologia limpa.
ser alocadas aos produtos e processos, por exemplo, os custos de energia devem ser
Avalie o investimento.
distribuídos e repartidos pelos diferentes de-
>>
Identifique soluções alternativas e os
partamentos, seja através de uma chave de
cash flows associados;
repartição ou de outra qualquer forma. No
Faça a avaliação do investimento em
entanto, os fatores usados para alocar as
>>
tecnologias limpas e das opções alternativas;
despesas gerais, muitas vezes não têm qual©dragon_art
quer relação com a origem desses custos.
elevare 23
Qualidade, segurança e ambiente
O comportamento dos ascensores em caso de incêndio 2.a Parte: Os ascensores prioritários para uso dos bombeiros em caso de incêndio Miguel Leichsenring Franco1, João E. Almeida2 1
Engenheiro Eletrotécnico, Administrador da Schmitt-Elevadores, Lda, Portugal
2
Engenheiro, Mestre em Segurança Contra Incêndios Urbanos, Portugal
RESUMO
pelos regulamentos nacionais de construção,
um ou mais ascensores para uso prioritário
Em caso de incêndio, um conjunto específi-
são equipamentos importantes para o com-
dos bombeiros1. Assim, o projetista deverá
co de ascensores poderá ser utilizado para
bate ao fogo, transportando os bombeiros e
atender às seguintes condições (referidas
o apoio às operações de socorro, pelos
respetivo material.”
no Artigo 104.° do mesmo Regulamento):
ticas que esses ascensores – os ascensores
Neste artigo descrevem-se as particularida-
Os edifícios deverão ser servidos por, pelo
prioritários de bombeiros - deverão possuir
des que os ascensores prioritários de bom-
menos, um ascensor destinado ao uso prio-
e em que situações poderão ser utilizadas.
beiros deverão possuir para poderem ser
ritário dos bombeiros em caso de incêndio,
utilizados como meio de apoio às operações
sempre que:
INTRODUÇÃO
de socorro de uma forma eficaz e segura,
1. o edifício tenha uma altura superior a
No artigo anterior (I - O comportamento dos
por parte das forças de segurança, em par-
ascensores em caso de incêndio) abordou-
ticular dos bombeiros. Tomar-se-á como
-se a questão dos ascensores em caso de
base o Regime Jurídico da Segurança contra
incêndio, desde logo, os requisitos necessá-
Incêndios em Edifícios (RJ-SCIE – Decreto-Lei
rios para o cumprimento da legislação em
n.° 220/2008 de 12 de novembro, atualizado
vigor e algumas considerações sobre me-
pelo Decreto-Lei 224/2015 de 9 de outubro),
lhorias que poderão ser introduzidos para
o Regulamento Técnico de Segurança contra
prioritário de bombeiros como “elevador
aumentar a segurança ao incêndio.
Incêndio em Edifícios (RT-SCIE – Portaria
situado na fachada de um edifício ou no seu
n.° 1532/2008 de 29 de dezembro) e com-
interior, dispondo neste caso de caixa própria
A Norma Portuguesa NP EN 81-72:2007
plementarmente a Norma portuguesa
protegida, equipado com maquinaria, fonte
refere no seu Anexo A que “o desenvolvi-
NP EN 81-72:2007, de 12 de novembro.
de energia permanente e comandos especial-
bombeiros. Este artigo refere as caraterís-
28 m2; 2. tenha mais de dois pisos abaixo do plano de referência.
1
O mesmo Regulamento define ascensor
mente protegidos, com dispositivo de coman-
mento crescente dos edifícios de grande altura colocou aos arquitetos e bombeiros dois
No texto, as referências à NP EN 81-72:2007
do para utilização exclusiva pelos bombeiros,
problemas bem definidos, sendo o primeiro o
serão destacadas utilizando-se esta forma-
em caso de emergência”. De referir que este
de conceber edifícios que resistam à propa-
tação.
ascensor pode ser utilizado como ascensor de transporte de pessoas na ausência de in-
gação do fogo e do fumo e fornecendo um
cêndio.
elevado grau de segurança para os ocupan-
LEGISLAÇÃO
tes. O outro, o de incorporar nestes mesmos
Ascensores de uso prioritário dos bombeiros
edifícios meios permanentes de combate a
O Regulamento Técnico de Segurança con-
tos no RT-SCIE encontra-se definida no Artigo
incêndio e disposições de evacuação que se-
tra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE) define no
1.° do Anexo I do referido Regulamento Técni-
jam ambos eficazes e práticos. Os ascenso-
Título V (Condições gerais das instalações
co, sendo a diferença de quota entre o piso
res [prioritários] de bombeiros, cujo número
técnicas), no Capítulo VII (Ascensores), as
mais desfavorável susceptível de ocupação
e a localização no edifício são determinados
condicionantes que obrigam à existência de
e o plano de referência.
24
elevare
2
A altura de um edifício para os efeitos dispos-
Qualidade, segurança e ambiente Requisitos
do que o número julgado razoável de as-
Dimensões da cabina e das portas
Sempre que for requerida a existência de
censores ou núcleos de ascensores. Assim,
de patamar
um ou mais ascensores para uso prioritário
nestes casos, considera-se que esta con-
As dimensões mínimas úteis que a cabina
de bombeiros, a sua conceção, construção
dição poderá ser cumprida sem um acrés-
deverá ter são de 1,1 x 1,4 metros (largura
e instalação deverá obedecer a requisitos
cimo exagerado de ascensores, necessa-
x profundidade) ou, quando se destine a
bem definidos, que seguidamente se irão
riamente mais onerosos que os normais,
apoiar a evacuação, de pessoas em macas
analisar.
desde que se criem corredores seguros de
ou camas, de 1,1 x 2,1 metros (largura x pro-
interligação entre o acesso ao ascensor e
fundidade).
Desde logo, a caixa destinada ao ascensor
os setores corta-fogo existentes no piso,
prioritário de bombeiros deverá ser inde-
que o ascensor deverá servir.
pendente da de outros ascensores que
As portas de patamar e de cabina, deslizantes de funcionamento automático, deverão
porventura possam existir nas proximida-
A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que
ter uma largura útil não inferior a 0,8 me-
des. A sua construção deverá obedecer às
o ascensor prioritário de bombeiros deve
tros ou, quando o ascensor se destine a
condições de isolamento e proteção que
servir todos os pisos do edifício.
apoiar a evacuação de pessoas em macas
constam no Artigo 28.° do RT-SCIE e que
ou camas, não inferior a 1,1 metros.
são comuns a todos os restantes ascenso-
CARATERÍSTICAS DOS ASCENSORES
res. A envolvente deverá ser da classe de
PARA USO PRIORITÁRIO DOS BOMBEIROS
resistência ao fogo padrão REI 60 para pa-
Alçapão de socorro Para permitir que os bombeiros não fiquem
redes resistentes e EI 60 para paredes não
Dispositivo de chamada
presos no interior da cabina e possam sair
resistentes. As portas de patamar deverão
Cada ascensor deve ser equipado com um
pelos seus próprios meios, sem recurso a
ser da classe de resistência ao fogo padrão
dispositivo de chamada, complementar ao
ajuda do exterior, esta deverá ser dotada de
E 30 C 3.
dispositivo de chamada em caso de incên-
um alçapão de socorro instalado no teto da
dio . Este dispositivo complementar é cons-
cabina, com pontos de abertura ou fecho
A principal particularidade consiste na obri-
tituído por um interruptor acionado por
claramente identificados e cujo acesso não
gatoriedade de, no caso dos edifícios de al-
chave própria, colocado no piso do nível de
esteja obstruído por qualquer elemento ou
tura superior a 28 metros, existir um átrio
referência, que desencadeia uma segunda
dispositivo, com as dimensões mínimas de
com acesso direto à câmara corta-fogo que
atuação e que coloca o ascensor ao serviço
0,5 x 0,7 metros, com exceção dos eleva-
protege a escada de evacuação e contêm os
exclusivo dos bombeiros, restabelecendo
dores de 630 kg, em que tais dimensões
meios de combate a incêndio (meios de 2. a
a operacionalidade dos botões de envio da
devem ser de 0,4 x 0,5 metros.
intervenção, colunas húmidas com bocas-
cabina e dos dispositivos de comando de
-de-incêndio armadas com mangueiras tipo
abertura das portas.
4
teatro).
3
O RJ-SCIE define a seguinte classificação de
A chave de manobra referida deve estar lo-
desempenho de resistência ao fogo padrão
Os restantes requisitos são indicados no
calizada junto à porta de patamar do piso
para produtos de construção: R = Capacidade
Ponto 3 deste artigo e resumidos na Tabela 1.
do plano de referência, alojada em caixa
de suporte de carga; E = Estanquidade a cha-
protegida contra o uso abusivo e sinalizada
mas e gases quentes; I = Isolamento térmico;
Locais que devem ser servidos
com a frase “chave de manobra de emer-
W = Radiação; M = Ação Mecânica; C = Fecho
Sempre que seja obrigatória a existência de
gência do elevador”. Uma cópia desta chave
automático; S = Passagem de fumo; P ou PH
pelo menos um ascensor destinado ao uso
de manobra deverá ser guardada no posto
= continuidade de fornecimento de energia e
prioritário dos bombeiros, o seu número
de segurança do edifício ou recinto, caso
ou de sinal; G = Resistência ao fogo; K = Capa-
será determinado pela quantidade de com-
este exista.
partimentos corta-fogo existentes em cada piso e zonas de refúgio.
cidade de proteção contra o fogo.
4
Este dispositivo de chamada em caso de in-
A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que
cêndio é acionável por operação de uma fe-
o interruptor do dispositivo de chamada
chadura localizada junto das portas de pata-
Sempre que um edifício tenha mais do que
complementar esteja situado a uma dis-
mar do piso do plano de referência, mediante
um setor corta-fogo por piso, mediante
tância horizontal até 2 metros do ascensor
uso de chave especial, e automaticamente, a
a compartimentação existente, seja pela
prioritário de bombeiros e a uma altura en-
partir de sinal proveniente da SADI, quando
existência de locais de risco, ou para limitar
tre 1,8 e 2,1 metros acima do pavimento.
exista. O acionamento deste dispositivo en-
as áreas máximas admissíveis, a alínea a)
viará as cabinas para o piso do plano de re-
do número 2 do Artigo 104.° refere que cada
Capacidade de carga nominal
ferência, onde devem ficar estacionadas com
um destes setores deverá ser servido por
O ascensor deve ter capacidade de carga
as portas abertas, anulará todas as ordens
um ascensor prioritário para bombeiros.
nominal não inferior a 630 kg. Quando se
de envio ou chamada eventualmente regista-
destine a apoiar a evacuação de pessoas
das e neutralizará os botões de chamada dos
A questão que naturalmente se coloca é
em macas ou camas ou se trate de um as-
patamares, os botões de envio e de paragem
a de que, por vezes, poderão existir mais
censor de acesso duplo, a sua capacidade
das cabinas e os dispositivos de comando de
compartimentos corta-fogo em cada piso,
não pode ser inferior a 1000 kg.
abertura de portas.
elevare 25
Qualidade, segurança e ambiente Na cabina deverão existir meios de acesso que permitam a abertura completa e o acesso ao alçapão de socorro a partir do interior, por exemplo com a ajuda de um ou vários degraus escamoteáveis com um passo máximo de 0,4 metros e capazes de suportar uma carga de 1200 N. A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que o acesso ao interior da cabina pelo alçapão de socorro não deve estar obstruído por qualquer dispositivo ou pela iluminação permanente. Caso exista um teto suspenso, este deve ser facilmente rebatível ou removível sem a ajuda de uma ferramenta especial. O(s) ponto(s) de abertura ou fecho deve(m) ser claramente identificado(s) do interior da cabina. Desencarceramento No interior ou no exterior da cabina deverá existir uma escada que permita ao bombeiro, eventualmente encarcerado, o seu autosocorro até ao patamar mais próximo. Essa escada poderá ser substituída pela existência de uma escada permanente na caixa do elevador. Solução 1. Utilizar uma escada portátil existente
Solução 2. Utilizar uma escada portátil, alojada
na cabina.
dentro de um compartimento na cabina.
Legenda 1. Alçapão
4. Degraus
2. Escada portátil existente na cabina
5. Escada portátil existente num compartimento
3. Dispositivo de encravamento da porta de patamar
na cabina
Figura 2. Auto-desencarceramento a partir do interior da cabina (Fonte: NP EN 81-72:2007).
A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda o
ma Norma recomenda o seguinte procedi-
seguinte procedimento de desencarcera-
mento:
mento a partir do exterior da cabina:
i.
i.
O bombeiro abre a porta de patamar
O bombeiro encarcerado abre o alçapão de socorro;
acima da posição onde a cabina do as-
ii. O bombeiro encarcerado sobe para o teto
censor está imobilizada e coloca-se
da cabina utilizando os degraus desta, ou
sobre o teto da cabina;
a escada instalada num armário da cabina;
ii. Sobre o teto da cabina, o bombeiro
iii. O bombeiro encarcerado utiliza (se ne-
abre o alçapão de socorro, retira a es-
cessário) a escada para abrir o encrava-
cada fixada à cabina (a) e coloca-a den-
mento da porta de patamar a partir do
tro desta (b);
interior da caixa e sai da mesma.
iii. A pessoa encarcerada sobe pela escada;
Caixa do elevador
iv. O bombeiro e a pessoa encarcerada
A caixa de cada ascensor deve ser indepen-
1. Alçapão de socorro
saem pela porta de patamar aberta, se
dente, possuindo as seguintes condições de
2. Escada portátil existente na cabina
necessário usando a escada (c).
isolamento e proteção:
Legenda
>>
Paredes não resistentes: EI 60;
Figura 1. Desencarceramento a partir do exterior
Relativamente ao auto-desencarceramen-
>>
Paredes resistentes: REI 60;
da cabina (Fonte: NP EN 81-72:2007).
to a partir do interior da cabina, esta mes-
>>
Portas de patamar: E 30 C.
26
elevare
Qualidade, segurança e ambiente As portas de patamar são obrigatoriamen-
proteções de pelo menos IP X3. Quando
tes centrais de energia de emergência do-
te de funcionamento automático.
localizado a menos de 1 metro do fundo
tadas de sistemas que assegurem o seu
do poço, deve possuir um grau de prote-
arranque automático no tempo máximo
ção IP 67.
de 15 segundos, em caso de falha de ali-
O poço de cada ascensor deve ser equipado com meios apropriados para impedir o au-
mentação de energia da rede pública;
mento do nível da água acima do nível dos
b. Nos edifícios e recintos que possuam
amortecedores da cabina completamente
utilizações-tipo das 1.ª e 2.ª categorias
comprimidos, podendo ser adotado um sis-
de risco devem ser dotadas de fontes
tema de drenagem conforme previsto no
centrais de energia de emergência sem-
regulamento.
pre que disponham de instalações cujo funcionamento seja necessário garantir
A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que
em caso de incêndio e cuja alimentação
cada patamar de acesso ao ascensor priori-
não seja assegurada por fontes locais
tário de bombeiros deve ter um átrio protegi-
de emergência.
do contra o fogo. Por átrio protegido contra o fogo, a Norma entende um espaço prote-
A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda
gido do fogo que permita um acesso seguro
que a fonte de emergência esteja localiza-
a partir das áreas de utilização do edifício ao
da numa zona protegida contra o fogo. Os
ascensor prioritário de bombeiros.
cabos de alimentação elétrica principais e de emergência do ascensor prioritário de bombeiros devem estar protegidos contra o fogo e separados um do outro e de outras alimentações de energia elétrica. A alimentação secundária deve ter potência suficiente para fazer funcionar o ascensor prioritário de bombeiros com a carga nominal e alcançando o piso mais afastado do piso de Legenda
acesso aos bombeiros em menos de 60 se-
1. Cabina do ascensor prioritário
gundos após fecho das portas.
2. Patamar em chamas 3. Posto de comando avançado
Os sistemas de deteção de incêndio
4. Escoamento da água a partir do pavimento
Os ascensores prioritários para bombeiros
do patamar em chama
Legenda
devem ainda ser equipados com dispositivos
5. Zona protegida da água na caixa e sobre a cabina
de segurança por ação de detetores auto-
6. Nível máximo de água de escoamento permitido
máticos de incêndio, que devem ser integrados nas instalações de alarme dos edifícios,
no poço
quando existam.
1. Átrio protegido contra o fogo Figura 4. Proteção do equipamento elétrico
Estes dispositivos de segurança correspon-
(Fonte: NP EN 81-72:2007).
dem a detetores de temperatura e de fumo
Figura 3. Átrio protegido contra o fogo
que devem ser, respetivamente:
(Fonte: NP EN81-72:2007).
Sistema de intercomunicação
a. regulados para 70º C, instalados por
2. Ascensor prioritário de bombeiros
Para permitir a comunicação entre os bom-
cima das vergas das portas de patamar,
Velocidade de deslocamento
beiros no interior da cabine e o comando
exceto se o acesso ao átrio for efetuado
O ascensor deverá ter uma velocidade de
das operações de socorro será dotado de
deslocamento tal que lhe permita efetuar o
um sistema de intercomunicação entre a
b. instalados na casa das máquinas dos
percurso entre o piso do plano de referên-
cabina e o piso do plano de referência e o
ascensores ou, caso esta não exista, no
cia e o piso mais afastado deste, num tem-
posto de segurança, quando exista.
topo da caixa do ascensor.
por uma câmara corta-fogo;
po não superior a sessenta segundos após o fecho das portas.
Alimentação de energia A alimentação de energia deverá ser supor-
5
Classificação em quatro níveis de risco de
Proteção do equipamento elétrico
tada por fontes de energia de emergência
incêndio de qualquer utilização-tipo de um
O equipamento elétrico quando localizado,
de acordo com as seguintes situações (Arti-
edifício e recinto, atendendo a diversos fato-
na caixa do ascensor e na cabina, até 1 me-
go 72.° do RT-SCIE):
res de risco, como a sua altura, o efetivo, o
tro de uma parede da caixa que contenha
a. Nos edifícios e recintos que possuam
efetivo em locais de risco, a carga de incêndio
portas de patamar, deve estar protegido
utilizações-tipo das 3.ª e 4.ª categorias
e a existência de pisos abaixo do plano de re-
contra gotas e salpicos, ou ser provido de
de risco devem ser equipados com fon-
ferência.
5
elevare 27
Qualidade, segurança e ambiente Sinalização
Tabela 1. Resumo das caraterísticas que os ascensores devem possuir para uso prioritário dos bombeiros.
No patamar de acesso ao ascensor localizado no plano de referência deve ser afixado o sinal com a inscrição: “Ascensor prioritário
Elementos
Independente e com envolvente corta-fogo (Artigo 28)
de bombeiros” ou pictograma equivalente. Caixa A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda o
Paredes não resistentes: EI60 Paredes resistentes: REI60 Portas de patamar: E30C
seguinte pictograma com a figura em bran-
Dimensões mínimas úteis:
co e o fundo em vermelho, com uma dimensão de 100 mm x 100 mm:
Caraterísticas
Cabina
- 1,1 x 1,4 metros (largura x profundidade) - 1,1 x 2,1 metros (monta-macas ou monta-camas)
Capacidade de
Não inferior a 630 kg ou a 1000 kg (monta-camas, monta-
carga nominal
-macas ou cabina com acesso duplo) - alimentação por fontes de energia de emergência (Artigo 72) - proteção IP X3 para equipamento dentro da caixa, até 1 me-
Equipamento elétrico Figura 5. Pictograma (Fonte: NP EN 81-72:2007).
- grau de proteção IP 67 para equipamento localizado a menos de 1 metro do fundo do poço - dispositivo de chamada por chave para permitir o controlo
CONCLUSÕES
pelos bombeiros
Num edifício de grande altura (superior a
Percurso entre o piso do plano de referência e o piso mais
28 metros) ou que tenha mais de 2 pisos abaixo do plano de referência, a instalação
tro de uma parede de caixa que contenha portas de patamar
Velocidade nominal
afastado deverá ser efetuado num tempo não superior a
de um ascensor prioritário de bombeiros é
60 segundos
obrigatória. É necessário que este ascensor
Dimensões mínimas:
seja facilmente disponibilizado e adequada-
- 0,4 x 0,5 metros (630 kg)
mente concebido para ser utilizado pelos bombeiros e que permaneça em funciona-
Alçapão de socorro
- 0,5 x 0,7 metros (restantes situações) - escada ou degraus que permitam acesso ao topo da cabi-
mento o máximo de tempo possível duran-
na, com passo máximo de 0,4 metros e capacidade de su-
te as operações de combate ao incêndio.
portar uma carga de 1200 N
Por princípio os bombeiros continuarão a
Escada para
utilizar o ascensor no interior de um edifí-
auto-socorro
cio, mesmo quando este já se encontra num estado de degradação avançada originada pelo próprio incêndio. A fiabilidade da alimentação de energia elétrica e da insta-
Sistema de intercomunicação
lação elétrica é por isso essencial para o
No interior ou exterior da cabina para permitir o acesso por dentro da caixa do ascensor à porta de patamar mais próxima Deve permitir a comunicação entre o interior da cabina, o piso do plano de referência e o posto de segurança, quando este exista Detetores de temperatura e de fumo a instalar por cima
funcionamento do ascensor prioritário de
Sistemas de deteção
das vergas das portas de patamar e na casa das máquinas
bombeiros.
de incêndio
(ou no topo da caixa do ascensor, se não existir casa de máquinas).
Dada a sua natureza, o combate a incêndios implica habitualmente a utilização de quantidades consideráveis de água e é, por consequência, essencial que a instalação do
Afixação de sinal com a inscrição “Ascensor prioritário de Sinalização
bombeiros” ou pictograma equivalente, no patamar de acesso ao ascensor no plano de referência.
ascensor seja concebida de modo a fornecer uma proteção do equipamento elétrico
se possam libertar pelos seus próprios
rido para funcionar em serviço de bombei-
contra este perigo.
meios ou serem socorridos por outros.
ros, a sua utilização para transporte de lixos
Todavia, é possível que, mesmo com todos
Por fim convém referir que este ascensor,
os elementos de segurança previstos, o
apesar de estar instalado numa caixa inde-
Neste artigo abordaram-se as caraterís-
ascensor possa avariar, com pessoas en-
pendente, pode ser utilizado como um trans-
ticas que os ascensores deverão ter para
carceradas no seu interior. Por isso, a cabi-
porte normal de pessoas na ausência de um
cumprir o exigido pelo Regulamento de Se-
na deve estar equipada com um acesso de
incêndio. Para reduzir o risco de que o acesso
gurança Contra Incêndios, e também cum-
emergência para que os bombeiros presos
esteja obstruído quando o ascensor é reque-
prir a NP EN 81-72:2007.
ou mercadorias deve ser restringida.
28
elevare
PUB
Coluna da APEGAC
Simplificação e eficácia Fernando Cruz Presidente da Direção da APEGAC - Associação de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios
A burocracia implica uma sistematização
da União Europeia, visando garantir a segu-
cujas consequências desejadas se resu-
rança da utilização dos ascensores, não só
mem na previsibilidade do seu funciona-
para os utilizadores comuns dos elevadores
mento no sentido de obter a maior eficiên-
como para os técnicos.
cia da organização. Esta Diretiva confere também uma especial Todavia, ao estudar as consequências pre-
importância ao papel a desempenhar pelos
vistas (ou desejadas) da burocracia que a
organismos notificados, assim como à cer-
conduzem à máxima eficiência, é possível
tificação CE e às Normas complementares,
observar também as consequências impre-
como garantia de cumprimento dos requisi-
vistas (ou indesejadas) e que a levam à ine-
tos necessários para a colocação no merca-
quando um elevador sai da carteira de as-
ficiência e às imperfeições. Estas anomalias
do dos ascensores e respetivos componen-
sistência da empresa que o instalou, através
de funcionamento são responsáveis pelo
tes de segurança.
da criação de uma base de dados onde sejam
sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto dos leigos no assunto.
"Em plena era das ferramentas digitais e da simplificação administrativa, urge quanto antes um acesso simplificado às certificações de conformidade técnicas dos ascensores (...)"
arquivados os processos técnicos de todos As Empresas de Gestão e Administração de
os elevadores que sejam instalados, para
Condomínios têm vindo a confrontar-se com
que não se repitam erros do passado e a
a necessidade de obtenção de segundas vias
documentação possa estar acessível e ser
das declarações de CE Conformidade, junto
consultada, sempre que necessário.
das Entidades Instaladoras, para sua apresentação nos atos de inspeção aos ascen-
Importa ainda lembrar que as Declarações
sores dos edifícios que administram. Esta
CE de Conformidade estão obrigatoriamen-
necessidade, sobretudo quando a entidade
te arquivadas nas Câmaras Municipais a que
responsável pela conservação do equipa-
reportam as EI- Entidades Inspetoras. Isto
mento e a entidade instaladora não são a
pode, provavelmente, ser um ponto de parti-
mesma, obrigam os condomínios a incorrer
da para o livre acesso à informação sem que
em inusitados e elevados custos.
os proprietários se vejam confrontados com custos acrescidos para a obtenção dessa
A APEGAC considera, naturalmente, que
informação por parte das empresas instala-
A necessidade de documentar e de formalizar
deve ser facultada informação às entidades
doras, que face à estrita obrigatoriedade de
todas as comunicações dentro da burocracia
inspetoras, de modo a que, na realização de
apresentação dos certificados no ato de ins-
a fim de que tudo possa ser devidamente
inspeções periódicas não suscitem dúvidas
peção, se permitem onerar o fornecimento
testemunhado por escrito pode conduzir à
nos critérios a aplicar na avaliação de alguns
daquela documentação, incrementando des-
tendência ao excesso de formalismo, de do-
itens da Norma que alguns elevadores não
necessariamente os custos do condomínio.
cumentação e, consequentemente, de exces-
cumprem, mas que foram devidamente jus-
so de papel o que constitui uma das mais gri-
tificados no processo de homologação.
tantes disfunções da burocracia, o que leva o
Em plena era das ferramentas digitais e da simplificação administrativa, urge quan-
cidadão comum, muitas vezes, a imaginar que
Desta forma, a bem da tão necessária efi-
to antes um acesso simplificado às cer-
toda a burocracia tem necessariamente um
cácia na utilização dos recursos, a APEGAC
tificações de conformidade técnicas dos
volume inusitado de papel, de vias adicionais
subscreve totalmente a posição pública
ascensores entregues e arquivadas nas
de formulários e de comunicações.
assumida pela AIECE - Associação dos In-
autarquias locais, de forma rápida e essen-
dustriais e Entidades Conservadoras de
cialmente com custos controlados, a bem
A Diretiva 95/16/CE teve como objetivo apro-
Elevadores em considerar que é essencial
da eficiência da produtividade essenciais ao
ximar a legislação dos estados-membros
que seja facilitado o acesso à informação,
desenvolvimento.
30
elevare
PUB
Coluna da ANIEER
Diretiva 2014/33/UE José Pirralha Presidente da ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes
No artigo publicado na Elevare n.° 6 do
Na altura em que nos interrogamos sobre o
A não-transposição da Diretiva e a não exis-
1.° trimestre de 2016 escrevemos:
que poderia acontecer ao não haver trans-
tência de Organismos Notificados nacionais
posição prometemos para outro momento
tem consequências a vários níveis:
a avaliação de consequências.
>>
“À medida que se aproxima a data de entrada em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril
Desde logo o incumprimento face às regras da UE com que estamos compro-
de 2016, cresce a expetativa quanto à for-
Confesso que ao remeter o assunto para
metidos, afeta a credibilidade do país,
ma como o estado português irá proceder à
outro momento alimentava a secreta es-
interna e externamente.
transposição, havendo até quem se pergunte
perança que a situação se regularizasse
– o que acontecerá se não houver transposi-
entretanto.
ção em tempo útil? Deixemos a medida das
Neste momento fazemos parte do pequeno grupo de 6 ou 7 países que ainda não trans-
consequências deste eventual atraso para
Tal não aconteceu e as consequências aí
outra altura, e concentremo-nos na questão
estão.
que consideramos a pedra de toque desta
puseram a Diretiva. Que significado tem isto?
nova Diretiva – a rastreabilidade.” Elevare n° 6, 1.° trimestre de 2016
Infelizmente confirmaram-se as piores suspeitas e passados que estão cerca de 2 meses sobre a data da entrada em vigor da Diretiva 2014/33/UE (20 de abril 2016), a mesma não está transposta para o direito nacional e pior ainda não existem Organismos Notificados nacionais que habilitem os instaladores
Sendo certo que a Diretiva está publicada
"(...) a mesma não está transposta para o direito nacional e pior ainda não existem Organismos Notificados nacionais que habilitem os instaladores a colocar ascensores no mercado."
a colocar ascensores no mercado.
há mais de 2 anos não encontramos explicação razoável para este atraso a não ser por incúria, desconhecimento dos impactos ou insensibilidade para as previsíveis consequências para a indústria de elevadores e para todo o setor em geral. Temos sérias preocupações com o que poderão ser as consequências para o futuro. O Estado, na pessoa de quem o representa não pode dar esta imagem de "deixa andar" e ao mesmo tempo prever “coimas” para os incumprimentos. Que mensagem é esta que estamos a passar aos operadores económicos? Enquanto Associação responsável recusamos o laxismo e recomendamos aos nossos associados e às empresas em geral que se organizem por forma a que a Diretiva seja cumprida desde já por parte das empresas ( no que delas depender) e em particular tenham atenção à rastreabilidade dos ascensores e componentes de segurança. >>
Mapa com a situação atualizada (vermelho - países que ainda não transpuseram a Diretiva).
32
elevare
Para além de um quadro que não é famoso em termos gerais, há consequên-
Coluna da ANIEER cias imediatas desta situação que as
ram de poder operar no âmbito da Diretiva
empresas instaladoras em particular
2014/33/UE.
sentem na pele. Onde nos leva esta situação? Como podem as empresas instaladoras colocar ascensores no mercado ao abrigo da
Um instalador que tenha que colocar um
Diretiva 2014/33/UE?
ascensor em serviço porque o seu cliente legitimamente o exige o que faz?
A resposta a esta pergunta é simples: no quadro dos organismos nacionais NÃO PO-
Ao dia de hoje (escrevo este artigo a 12 de
DEM colocar ascensores no mercado.
junho de 2016), o instalador pode cumprir todos os requisitos da Diretiva no que res-
A não ser que... recorram a Organismos No-
peita ao produto, mas não pode emitir a De-
tificados estrangeiros.
claração de Conformidade e apôr a marcação CE na cabina, ou seja não pode colocar
Porquê?
o ascensor no mercado.
Há um segundo aspeto desta questão que
Como se poderá ultrapassar este bloqueio?
"Ao dia de hoje (escrevo este artigo a 12 de junho de 2016), o instalador pode cumprir todos os requisitos da Diretiva no que respeita ao produto, mas não pode emitir a Declaração de Conformidade e apôr a marcação CE na cabina, ou seja não pode colocar o ascensor no mercado."
pese embora não seja consequência direta da não transposição, foi por ela arrastada e
Não vejo outro caminho que não seja de-
Porque estamos seriamente preocupados,
que tem a ver com o facto de não existirem
mandar das autoridades, ou seja, da DGEG
vamos continuar a acompanhar de muito
organismos notificados em Portugal.
resposta para estas situações, não excluindo
perto o evoluir desta situação esperando
obviamente o recurso a Organismos Notifica-
que a breve prazo se dissipem algumas "nu-
Os que existiam, notificados para a Direti-
dos estrangeiros com os custos que a deslo-
vens" no horizonte, prometendo tudo fazer
va 95/16/CE, a partir de 20/04/2016 deixa-
cação a Portugal desses organismos implica.
para ajudar a desbloquear esta situação.
PUB
Nota técnica
Motores Elétricos Eng.� Eurico Zica Correia
RECEÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS
pentinas de vapor encerrados conjun-
nho da máquina e a profundidade do bloco
Normalmente a fábrica entrega os motores
tamente com a máquina em divis ão fe-
depende da firmeza do terreno. O plano su-
elétricos depois de devidamente ensaiados em
chada. Deve, no entanto, haver algumas
perior do bloco deve estar um pouco acima
mesas de ensaio próprias. No entanto, antes
abert uras para ventilação com o objeti-
do nível do chão ( ≅ 20 cm) de modo a que
do pôr em funcionamento é de boa norma fa-
vo de eliminar a humidade.
em caso de fugas de água, a máquina não
zer-se previamente uma revisão. Assim, entre
3. Secagem por ar quente: pode também
outras, deve verificar-se a sua resistência de
utilizar-se um secador de ar quente, di-
isolamento, utilizando para isso um megaoh-
retamente sobre a máquina, podendo a
Uma vez colocado o motor no seu lugar,
mímetro. Este ensaio durará cerca de dois mi-
temperatura do ar atingir os 95° C.
este deve ser nivelado e alinhado com a
nutos. No caso do isolamento ser fraco deve
seja atingida.
máquina a que vai ser acoplado. Se o aco-
proceder-se à secagem do motor para lhe
COLOCAÇÃO DOS MOTORES
plamento é feito por correia e tambor co-
retirar possíveis humidades. Os motores de
Os motores são geralmente montados so-
loca-se o motor nos carris tensores, cen-
baixa potência são secos em estufa, sem que
bre bancadas de ferro fundido ou sobre blo-
trando-o e nivelando-o seguidamente sem
a temperatura ultrapasse os 90º C. Em má-
cos de cimento fixos. Os blocos de cimento
o apertar contra os carris.
quinas de grande potência que, devido às suas
são normalmente de betão armado. Para
dimensões, é difícil secar na estufa, utiliza-se
os grandes motores o fabricante costuma
Para a nivelação coloca-se o nível sobre
um dos seguintes métodos:
indicar as dimensões do bloco.
os carris tensores, utilizando para o efeito
1. Secagem com Corrente Contínua: este
cunhas de ferro. Seguidamente centra-se o
método é aplicável em todas as máquinas
Na Figura 1 representamos uma fixação fá-
tambor do motor com a carga, conforme é
de Corrente Alternada e efetua-se com a
cil; as suas dimensões dependem do tama-
sugerido na Figura 2.
máquina parada. É preciso dispor de uma fonte de alimentação de elevada intensidade. As fases do estator podem ser ligadas em série ou em paralelo. É preferível ter correntes equilibradas nas três fases: contudo, em máquinas ligadas em estrela com apenas três terminais é necessário ligar duas fases em paralelo e estas em série com a terceira fase. Em qualquer dos casos a intensidade máxima por fase será limitada ao valor necessário para que o enrolamento atinja a temperatura de 9º C (medida através de resistência, detetor de temperatura ou termómetro). O aquecimento deve ser controlado de forma que a máquina fique a esta temperatura durante um período compreendido entre duas e seis horas. Com a máquina parada, a intensidade necessária para que ela atinja a temperatura desejada é bastante mais baixa que a nominal (da ordem dos 25% a 50%). 2. Secagem por calor externo: para esta secagem utiliza-se um forno ou ser-
34
elevare
Figura 1.
Nota técnica
"(...) antes do pôr em funcionamento é de boa norma fazer-se previamente uma revisão. Assim, entre outras, deve verificar-se a sua resistência de isolamento, utilizando para isso um megaohmímetro. Este ensaio durará cerca de dois minutos."
Ambos os motores devem ficar paralelos, portanto no mesmo plano. Em muitos casos (acoplamento de motores a bombas centrífugas ou a compressores rotativos, por exemplo) utilizam-se uniões de veio elásticas com o objetivo de evitar as vibrações, conforme é sugerido na Figura 3. Para o efeito é utilizado o dispositivo de alinhamento da Figura 3. Vejamos
então
qual
a
sequência
de
procedimentos: Figura 2. A posição paralela dos eixos consegue-se quando (com polias da mesma largura) os Pontos A, B, C e D estão em linha reta.
1. Colocam-se as máquinas de forma que à primeira vista pareçam sensivelmente alinhadas. 2. Monta-se o dispositivo conforme é indicado na figura, deslocando-o até que as duas pontas fiquem quase em contacto. 3. Faz-se rodar a união de veios, manualmente. Se a distância entre as pontas não varia durante a rotação, então a máquina está alinhada. Uma vez alinhada, a máquina fixa-se à banca-
Figura 3.
da, apertando os pernos conforme é indicado na Figura 4. Ordem a respeitar ao apertar os pemos que fixam um motor elétrico à sua soa bancada Os números indicam a ordem a seguir, que pode ser uma ou outra conforme convenha. 1-3-2-4; 4-3-1-2; 3-4-1-2; 2-1-4-3; e outros. Continuação no próximo número - Ligação e coman-
Figura 4.
do de motores.
elevare 35
Artigo técnico
O impacto da Diretiva n.� 2014/33/EU, de 26 de fevereiro Ana Francisco Gestora de Clientes APCER
No passado dia 20 de abril de 2016 entrou
senciais de saúde e de segurança e os pro-
em vigor a Diretiva n.° 2014/33/UE, de 26 de
cedimentos de avaliação de conformidade,
fevereiro, relativa à harmonização da legis-
quase não se verificando alterações ao nível
lação dos Estados-Membros respeitante a
técnico.
"Estas normas têm como objetivo primordial eliminar ou mitigar o risco associado ao uso, instalação e manutenção (...)"
ascensores e componentes de segurança para ascensores, que veio revogar a Diretiva
As alterações verificam-se ao nível adminis-
n.° 95/16/CE publicada há cerca de 20 anos.
trativo, nova numeração, novas definições o que implicará necessariamente a alteração
Esta nova Diretiva resulta da revisão da
de documentação, a declaração CE de con-
Diretiva 95/16/CE, de 29 de junho e do
formidade passa a denominar-se declaração
processo de alinhamento com o Novo
EU de conformidade, mantendo, no entanto,
No quadro jurídico desta nova Diretiva,
Quadro Legislativo (NQL) definido pela
a sua essência, apenas sujeita a alterações
também está incluída a previsão de pu-
Decisão n.° 768/2008/CE de 9 de julho de
menores.
blicação de duas novas Normas Europeias, que substituem as atuais EN 81-1:
2008, relativa a um quadro comum para a comercialização de produtos e pelo Regu-
As grandes alterações surgem ao nível das
2000+A3:2009 e EN 81-2:2000+A3:2009
lamento n.° 765/2008 de 9 de julho de 2008,
obrigações dos Organismos Notificados e
>>
que estabelece os requisitos de acreditação
Operadores Económicos (assegurar a con-
rança para a construção e instalação de
e fiscalização do mercado relativos à co-
formidade com os Requisitos Essenciais de
ascensores. Ascensores para o trans-
mercialização de produtos, que refletem as
Saúde e de Segurança e rastreabilidade) e,
porte de cargas e de pessoas. Parte 20:
medidas tomadas pela Comissão Europeia :
ao nível dos procedimentos para a Vigilância
ascensores para pessoas e pessoas e
>>
Alinhamento entre as Diretivas, defini-
do Mercado (no que diz respeito à monitori-
ções, terminologia e procedimentos de
zação e controlo de produto não conforme).
>>
>>
cargas; >>
EN 81-50:2014: define as regras de segurança para a construção e instalação
avaliação da conformidade; >>
EN 81-20:2014: define as regras de segu-
Clarificação das obrigações dos opera-
Há um maior ênfase dado à rastreabilidade
de ascensores. Parte 50: regras de de-
dores económicos, ao nível da verifica-
dos componentes de segurança dos ascen-
senho, cálculos, inspeções e ensaios de
ção de conformidade dos produtos com
sores, uma vez que qualquer operador eco-
componentes do ascensor.
marcação CE, e da validação dos docu-
nómico deve ser capaz de identificar durante
mentos obrigatórios, no que se refere à
um período de 10 anos a quem comprou ou
Estas normas têm como objetivo primor-
informação necessária para garantir a
a quem vendeu determinado componentes
dial eliminar ou mitigar o risco associado ao
sua rastreabilidade;
de segurança. No mesmo sentido, instala-
uso, instalação e manutenção, melhorando
Garantir que os fabricantes fornecem
dores e fabricantes devem assegurar que
a segurança para utilizadores e operadores
informação sobre a segurança do equi-
os elevadores ou componente de segurança
de manutenção, através da, evolução tecno-
pamento num idioma de fácil perceção
contenham elementos que permitam a sua
lógica preconizada em fase de fabrico e em
para os consumidores e utilizadores
identificação como o tipo ou número de série
operação, bem como as regras de conceção,
finais;
nos próprios equipamentos.
cálculo, inspeção e teste de componentes de ascensores,
Definir requisitos para as entidades competentes (notificadoras);
Uma outra alteração de relevo é a necessida-
Garantir a qualidade das atividades efe-
de por parte dos instaladores e fabricantes
A partir do dia 1 de setembro de 2017 estas
tuadas pelos organismos notificados.
de registar e investigar reclamações contra
normas passam a ser efetivas, com impacto
ascensores ou componentes de segurança
apenas para os ascensores instalados após
Face à Diretiva atualmente revogada, a
não conformes, sempre que, atendendo ao
a mesma. Durante este período de transição
95/16/CE, são mantidos quase inalterados,
risco e à saúde e segurança dos consumido-
as novas normas vão conviver com as an-
o âmbito de aplicação, os requisitos es-
res, tal seja considerado apropriado.
teriores.
>>
36
elevare
PUB
Notícias e Produtos ThyssenKrupp desenvolve elevador com iluminação LED
construção da forma atual de se conceber
fábrica da ABB em Pequim, em novembro
um elevador. "Dividimos a nossa equipa, sec-
de 2015. O décimo milionésimo variador irá
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
cionamos o elevador e partimos para a mis-
para a empresa Wuhan GuideElectric Co.,
Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
são de tentar reinventar o que já existia", con-
Ltd., na China, uma integradora de sistemas
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
ta. Além da customização pretendiam criar
que fabrica sistemas elétricos de contro-
um produto robusto - o que reduz as cha-
lo para gruas portuárias. O Variador de
As evoluções da conhecida Indústria 4.0 co-
madas ocorrências não previstas - e con-
Velocidade número 10 milhões é um drive
meçam também a chegar ao segmento dos
fortável para os utilizadores, ou seja, capaz
industrial ACS880 que faz parte do porte-
elevadores. Na unidade da ThyssenKrupp
de manter a disponibilidade do serviço. "Ti-
fólio de drives de compatibilidade total da
em Guaíba (RS) está a ser produzido o Sy-
vemos que buscar uma alternativa, e a nossa
ABB, sendo compatível com praticamente
nergy One, pensado e produzido de forma
área de marketing sinalizou para as oportuni-
todo o tipo de processos, motores, siste-
customizada para responder a um mercado
dades dos empreendimentos residenciais, de
mas de automação e utilizadores, os drives
específico: prédios residenciais com duas a
tamanho mais limitado", observa.
estão desenhados para controlar qualquer
12 paradas, limite de até oito pessoas e fun-
tipo de aplicação acionada por motores em
ciona com uma velocidade de 1 metro por
qualquer ramo de atividade, independente-
segundo. O diferencial de se pensar um pro-
mente da faixa de potência. A inovação por
duto desses com foco direcionado, segundo
trás da compatibilidade completa é a nova
o Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da
arquitetura de drives que simplifica a opera-
ThyssenKrupp, Reinaldo Paixão, é a escolha
ção, otimiza a eficiência energética e ajuda
certeira da potência do motor e dos compo-
a maximizar os resultados do processo. A
nentes que devem ser usados. "A grande ino-
Série ACS880 é composta por drives indivi-
vação desse produto foi que, como tudo foi di-
duais, multidrives e drives modulares.
mensionado para essa faixa de aplicação, não agregamos aos custos itens que não eram necessários, como um motor mais potente do que o necessário", exemplifica. A máquina de tração é sem engrenagem, com motor
Alguns elevadores da ThyssenKrupp de
de imãs permanentes, que melhora o rendi-
elevada performance já recebem informa-
mento e reduz o gasto de energia. A cabina
ções do quadro de comando, que chegam
possui iluminação LED, que reduz em 75% o
através dos sensores. Com isso, os técnicos
consumo elétrico em comparação com as
conseguem identificar se ocorreu alguma
lâmpadas comuns, e sua durabilidade é cin-
queda de energia e se as partidas estão a
co vezes maior do que a fluorescente.
decorrer sem interrupção. Tudo é monitorizado e, se algo for detetado, o técnico é no-
A gama de drives industriais ACS880 faz
O Synergy One também chega ao mercado
tificado. "Isso permite que o reparo possa ser
parte da gama de compatibilidade total da
com algumas funcionalidades extras. Uma
agendado de acordo com o melhor momento
ABB. “Exigimos muito dos nossos fornecedo-
delas é a de entrar em standby cerca de cin-
para a empresa e para o prédio, e também
res, especialmente no que toca à qualidade
co minutos depois de estar totalmente pa-
garante a correção antes que se torne um
do produto, fiabilidade e serviço. Os drives da
rado. Quando isso acontece, toda a parte de
problema mais sério", explica. E mesmo os
ABB estão à altura dos nossos requisitos, e já
exaustores é automaticamente desligada,
elevadores das linhas mais populares da
há dez anos que temos a ABB como parceira
garantindo um consumo mínimo de ener-
marca monitorizam dados como número
estratégica,” ditou Li Xiang, CTO da Wuhan
gia. Para religar, basta um utilizador fazer
de partidas e de encerramento de portas -
GuideElectricGroup Co., Ltd.A ABB desen-
uma chamada. Outra caraterística é o res-
cada elevador está dimensionado para um
volveu o seu primeiro drive de CA nos anos
gate automático: em situações de falta de
número de manobras e, quando esse núme-
70 e, atualmente, oferece a mais avançada
energia, o elevador entra em funcionamen-
ro é atingido, o técnico é acionado para as
gama de Variadores de Velocidade do mun-
to pleno, movimenta-se até ao próximo an-
trocas de componentes.
do. Os drives da ABB cobrem uma extensa
dar, nivela e automaticamente abre a porta
variedade de potências e tensões, incluindo
para que as pessoas possam sair tranquila-
tensões até 13,8 quilovolts e potências até 100 megawatts. Utilizar drives para contro-
pessoas quando ficam presas no elevador.
ABB entrega o seu Variador de Velocidade número 10 000 000
O elevador possui versões com painéis de
ABB, S.A.
a eficiência energética. Durante mais de 40
uma cor ou cores combinadas - como bege
Tel.: +351 214 256 000 • Fax: +351 214 256 247
anos a ABB tem fornecido milhões de dri-
e branca ou vermelha e branca - e um mo-
comunicacao-corporativa@pt.abb.com• www.abb.pt
ves para todos os ramos de atividade, pou-
mente, evitando o desconforto causado às
delo em aço inox escovado combinado com
lar motores de modo inteligente aumenta
pando uma enorme quantidade de energia.
o aço inox polido. O desenvolvimento do
O variador de Baixa Tensão número 10 000
Apenas em 2014, a base instalada de drives
Synergy One partiu de uma espécie de des-
000 da ABB saiu da linha de montagem da
da ABB economizou cerca de 445 terawatt-
38
elevare
Notícias e Produtos horas (TWh), equivalentes ao consumo
O Bailong é composto por três elevadores
de acrescida de produção, a procura de
anual de mais de 110 milhões de casas na
panorâmicos, com capacidade para 50 pes-
produção de maquinaria têm aumentado,
União Europeia. Se estes 445 TWh tivessem
soas cada. As cabines são feitas de vidro e
dado que os tempos de inatividade não pla-
sido fornecidos por centrais de geração de
aço, o que proporciona um visual espetacu-
neados se podem tornar muito morosos
eletricidade acionadas por combustíveis
lar para as montanhas pontiagudas da re-
e dispendiosos. Caso haja um problema
fósseis, os drives da ABB teriam contribuído
gião. Por tudo isso, é preciso ter coragem
com sistemas e máquinas complexos, os
com uma redução de emissões de CO2 em
para entrar e viajar neste elevador mas o
profissionais da manutenção consultam os
2014 de cerca de370 milhões de toneladas,
pior de tudo é que essa é a opção mais aces-
especialistas do fabricante. A opção mais
correspondentes a aproximadamente mais
sível para quem deseja chegar ao topo das
dispendiosa e morosa é uma visita do lo-
de 90 milhões de automóveis.
montanhas de Wulingyuan. Apenas conse-
cal, mas existem agora alternativas muito
gue fazer o mesmo através de trilhas, pas-
mais eficientes: a solução de telesserviço
sando por lugares ainda mais vertiginosos,
da Weidmüller que permite às unidades de
ou escalando pela montanha. A região de
produção disponibilizar aos seus clientes
Wulingyuan é muito visitada por chineses,
serviços personalizados em todo o ciclo
por ser um lugar selvagem e de grande re-
de vida de uma máquina, o que inclui uma
levância histórica. O território é protegido
equipa de apoio para fornecer respostas
por diversos parques nacionais, e serviu de
rápidas a perguntas sobre o funcionamen-
inspiração para filmes e séries internacio-
to, otimização de processos e manutenção
nais - incluindo o filme "Avatar", um dos fil-
de máquinas e unidades. As soluções do
mes mais vistos da história do cinema.
sistema da Weidmüller consistem numa
Elevador panorâmico mais alto do mundo na China
rede de componentes, como routers de segurança industrial e interrutores Ethernet,
TeleService Weidmüller: conceção e manutenção personalizados
o sistema de E/S remoto u-remote e servi-
apertados, sem grandes atrativos, e que servem apenas para transportar pessoas.
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
sistema detalhado, componentes de auto-
Mas existe um inusitado elevador na China,
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
mação com mais comunicação e a solução
localizado na região paisagística de Wulin-
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
de telesserviço com base na web u-link.
Habitualmente os elevadores são lugares
gyuan, o Bailong, que é considerado como o
dores web integrados para diagnóstico de
Algumas das soluções do sistema podem
maior elevador do planeta. O elevador tem
Atualmente, as empresas de produção
ser configuradas numa base específica do
capacidade para subir 330 metros na bei-
devem reagir de forma muito rápida às
cliente, por exemplo, o sistema u-remote.
ra de um penhasco em apenas um minuto,
alterações dos requisitos dos clientes. O
Para os fabricantes de máquinas em série,
garantindo um lugar no Livro do Guinness
resultado são sistemas mais complexos
o sistema não só oferece uma ótima facili-
como o elevador de grande capacidade
que devem ser compreendidos, contro-
dade de utilização como é uma solução to-
mais rápido do planeta.
lados e mantidos, tal como a flexibilida-
talmente integrada para a parametrização
PUB
Notícias e Produtos do sistema de E/S que pode ser utilizada múltiplas vezes.
Bem-vindo a uma nova dimensão: SEW-EURODRIVE Online Support
O trabalho interior da Torre de Testes está
SEW-EURODRIVE Portugal
de combate a incêndios foi instalado no iní-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
cio do ano e já está a transportar colabora-
www.sew-eurodrive.pt • infosew@sew-eurodrive.pt
dores para os andares mais altos a uma ve-
online-support@sew-eurodrive.pt
locidade de quatro metros por segundo. O
em pleno andamento. O elevador de serviço
elevador panorâmico foi instalado em maio e é perfeitamente visível através da cobertura de vidro. No futuro, irá permitir aos visitantes acederem à mais alta plataforma na Alemanha, numa altura de 232 metros. O Online Support é a mais recente solução
Em Neuhausen a empresa tem a maior uni-
para aceder a todos os serviços online da
dade de acionamento pronta a ser instala-
Os benefícios mais evidentes do portal u-
SEW-EURODRIVE Portugal. Encontra-se di-
da. Esta unidade irá brevemente fazer des-
link incluem um acesso remoto seguro,
vidida nas secções “Engenharia & Seleção”,
locar o elevador na Torre de Testes a uma
uma estrutura de sistema flexível, gestão
“Consulta & Encomenda”, “Entrega & Fluxo de
velocidade de 18 metros por segundo. Uma
eficiente, telediagnóstico rápido e manuten-
Material” e “Colocação em Funcionamento &
unidade similar já está em funcionamento
ção da unidade acelerada. O acesso remo-
Manutenção”, o que permite acesso direto à
no World Trade Center em Nova Iorque e no
to seguro é garantido por um portal web
função pretendida ou área de interesse.
Shanghai World Financial Center.
com um servidor de encontro VPN virtual na Alemanha, um router com SPI Firewall
Por exemplo, se for Projetista ou Progra-
integrado (inspeção de monitorização de
mador e pretender configurar um produ-
estado), autenticação através de x.509
to, deverá selecionar a secção “Engenharia
com base em certificados (VPN aberto com
e Seleção”. Caso esteja à procura de dados
encriptação SSL) e permissões de acesso
CAD, documentação, software para down-
manual para a máquina. O u-link garante
load ou informação técnica de determina-
uma comunicação rápida e eficaz entre o
do produto, deverá neste caso entrar em
utilizador e a unidade, funções consistentes
“Dados e Documentação”. Pode navegar li-
de diagnóstico para todos os dispositivos
vremente no nosso Online Support sem ter
com capacidade de comunicação, e uma
que fazer login. Só necessita de login com o
tipologia da unidade que pode ser facilmen-
seu email e password para aceder a funções
te expandida. A gestão eficiente suporta o
que estejam sinalizadas com cadeado, que
No fim de janeiro, um enorme pêndulo
operador front-end intuitivo com navegação
necessitam dos dados do cliente. Após login
seguro por motores lineares eletromag-
de utilizador clara e uma gestão de permis-
terá acesso a outras funções e pode perso-
néticos foi instalado no interior da Torre
sões de utilizador e grupo com base nos
nalizar as suas configurações como forma-
- numa altura de 193 metros – pela GERB
requisitos individuais. O telediagnóstico de
tos de CAD, idioma para documentação ou
Schwingungsisolierungen GmbH. Enquanto
máquinas ou unidades através do Portal u-
configurações de pesquisa.
esta tecnologia já é utilizada em arranha-
link é rápido e está disponível 24/7 todo o
céus em Nova Iorque, Xanguai e Dubai, este
ano, além do acesso direto a todos os dis-
dispositivo em particular é o primeiro no
Construção da Torre de Testes da ThyssenKrupp avança
mundo que combina movimentos ativos e
lise remota também é possível com as ferramentas de diagnóstico integral, como o
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
nheiros da ThyssenKrupp já podem tes-
servidor web u-remote. A solução de teles-
Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
tar os sistemas dos elevadores como em
serviço da Weidmüller permite a manuten-
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
condições reais. A ThyssenKrupp começou
positivos com base TCP/IP. A profunda aná-
passivos. Graças a este pêndulo, os enge-
a construir esta Torre de Testes em 2014.
ção da unidade, dando aos utilizadores um acesso remoto direto a todas as funções do
A construção da Torre de Testes da Thys-
Entre as tecnologias de ponta que vão ser
sistema e permitindo-lhes adaptarem-se às
senKrupp em Rottweil avança segundo o
testadas em Rottweil, está a nova geração
configurações e programas e aplicar atua-
previsto. Andreas Schierenbeck, CEO da
de elevadores, o MULTI. Três dos doze veios
lizações de firmware. No sistema u-remote,
ThyssenKrupp Elevadores avançou numa
da Torre estão reservados para o sistema
os simuladores de função ampla suportam
conferência de imprensa que “graças ao
MULTI, equipado com a tecnologia maglev
o comissionamento dos sistemas, além da
trabalho dedicado de uma grande equipa, a
do Transrapid e que oferece uma série de
opção de configuração de máquinas em sé-
Torre foi erguida sem imprevistos. No futuro,
vantagens: o design do cabo livre permite
rie para uma utilização mais fácil. Eventuais
a Torre de Testes de Rottweil vai desempe-
que vários cabos possam ser operados
erros da unidade podem ser facilmente de-
nhar um papel fundamental na estratégia
num único veio. Isto aumenta a capacidade
tetados e solucionados com o sistema em
global de inovação da ThyssenKrupp, um dos
de passageiros por veio até 50% e reduz, ao
funcionamento.
fatores críticos para o sucesso da empresa.”
mesmo tempo, a pegada ecológica do ele-
40
elevare
Notícias e Produtos vador para metade. Ainda, os elevadores
precisa a EMEL em declarações à agência
de terminais e os sistemas de marcação,
podem mover-se na horizontal e vertical
Lusa, estimando que este "esteja operacio-
os Remote I/O, os relés, o fornecimento de
sem limitação de altura, permitindo uma
nal no verão de 2017", dependendo das vicis-
energia, a proteção contra sobretensões,
série de novas aplicações e possibilidades
situdes dos trabalhos arqueológicos a rea-
o processamento de sinais e os terminais
do ponto de vista arquitetónico.
lizar. Quanto ao percurso da Graça, haverá
PCB. Todos os produtos da Weidmüller na
um funicular a ligar a Rua dos Lagares e
EPLAN Data Portal estão disponíveis para
o Miradouro da Graça que já tem um con-
os clientes EPLAN com um Contrato de Ser-
curso a decorrer para apurar a viabilidade
viço de Software.
Escadas rolantes vão ligar Martim Moniz ao Castelo de São Jorge
da abertura do canal onde deverá circular a composição, também ela sujeita a fortes
A Empresa Municipal de Mobilidade e Esta-
condicionantes arqueológicas. Este canal
cionamento de Lisboa (EMEL) informou que
também será gratuito.
as escadas rolantes que vão ligar a praça do Martim Moniz ao Castelo de São Jorge
É de relembrar que, em termos de novas
vão estar em funcionamento no final de
acessibilidades foi inaugurado em junho de
2016/início de 2017. A EMEL indica que em
2015 o elevador que liga a Rua Norberto
causa estão três troços: as Escadinhas da
Araújo ao miradouro de Santa Luzia. Depois
Saúde que ligarão a porta da Mouraria à Rua
da inauguração esteve inoperativo devido
Marquês Ponte de Lima, as Escadinhas do
a problemas relacionados com o forneci-
Palácio da Rosa que farão a ligação entre as
mento de energia, mas alguns dias depois
Novo datalogger MSR165, um aliado no controlo de qualidade de um elevador da Zeben
ruas Marquês de Ponte de Lima e Costa do
voltou a estar operacional e a funcionar
Zeben - Sistemas Electrónicos, Lda.
Castelo e ainda as Escadinhas de São Lou-
sem problemas e registando um elevado
Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851
renço para as quais serão recuperadas as
nível de utilização. A estes meios de trans-
info@zeben.pt • www.zeben.pt
escadas já existentes entre a Rua da Costa
porte somam-se ainda os dois elevadores
do Castelo ao interior do Castelo de São Jor-
que fazem a ligação entre a Rua dos Fan-
O MSR 165 é um pequeno datalogger que
ge. O primeiro e o terceiro troços, a cargo
queiros e a Rua da Madalena e entre esta e a
eleva o controlo da qualidade de um ele-
da EMEL, deverão entrar em funcionamen-
Calçada do Marquês de Tancos.
vador ao máximo. O MSR 165 é um equipamento modular e completo para análise de
to no final de 2016/início de 2017 e a sua
todos os fatores que afetam a qualidade
utilização será gratuita, segundo referiu a
e conforto de um elevador. O novo data-
vas acessibilidades até à colina do Castelo
Produtos Weidmüller para EPLAN Data Portal
de São Jorge para atenuar a topografia do
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
de choques e vibrações. Com capacidade
terreno e as caraterísticas desta zona his-
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
para 1600 registos por segundo, este é um
tórica através da introdução de meios me-
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
equipamento que regista até 32 medições
EMEL. Estes acessos dizem respeito às no-
logger permite a monitorização e registo
imediatamente antes do choque/vibração
cânicos. Mais de 11 500 produtos e dados sobre os
acontecer.
mesmos da Weidmüller estão disponíveis no EPLAN Data Portal, desde a SPS IPC Drives em novembro de 2015. Isto inclui 4865 novos produtos e 6656 produtos com atualizações. A Weidmüller melhora, continuamente, tanto o número como a quantidade de produtos disponíveis no futuro. O conjunto de produtos inclui uma atualização de cerca Além do percurso da Mouraria, estão pre-
de 15 000 produtos para a Feira de Hanôver,
Graças à sua bateria recarregável de lítio,
vistos ainda a construção de acessos sua-
que decorreu em abril de 2016 e uma atua-
o MSR165 pode registar os valores por um
ves à Sé e à Graça. No primeiro caso haverá
lização adicional para cerca de 20 000 arti-
período até 6 meses, permitindo um maior
um elevador a ligar as Escadinhas das Por-
gos para a SPS IPC Drives que irá decorrer
controlo da qualidade do elevador através
tas do Mar (junto ao Campo das Cebolas)
no mês de novembro de 2016. Os produtos
de medições de parâmetros como tempe-
ao Largo da Sé. "Atendendo a que esta obra
da Weidmüller incluem o lançamento de
ratura, humidade, luminosidade e pressão
decorrerá numa zona muito rica em termos
novos produtos que estarão disponíveis
absoluta, tornando-se um importante alia-
arqueológicos, a primeira empreitada, agora
no EPLAN Data Portal a partir de 2017. O
do para técnicos e empresas de desenvol-
lançada, visa apenas escavar o poço onde
EPLAN Data Portal já abrange a gama de
vimento, instalação e manutenção. Das
será posteriormente instalado o elevador",
produtos da Weidmüller como os blocos
suas caraterísticas gerais destacam-se
elevare 41
Notícias e Produtos a capacidade de memória para 2 milhões
centes inovações, como o MULTI, o eleva-
um sistema de acionamento mecatrónico
de registos, que com a opção de cartão
dor mais tecnológico do mundo que anda
inteligente que oferece altos níveis de fia-
microSD ascende a 1 bilião, e a bateria de
na horizontal, e o Max, uma aplicação que
bilidade e durabilidade, garantindo uma
lítio de 900 mAh, indicado para medições
funciona como manutenção preventiva.
elevada disponibilidade do sistema e a
a longo prazo. É um equipamento à prova
máxima fiabilidade operacional. A sua fle-
de água, com invólucro em alumínio ano-
xibilidade, elevada eficiência energética e
dizado, e tem um consumo muito reduzido
desempenho excecional tornam o DRC..
devido ao seu acelerómetro de três eixos
uma solução com uma ótima relação per-
de alto desempenho. Este robusto datalo-
formance/custo, inovadora e indicada para
gger permite, de forma simples e eficaz,
as suas necessidades. Destaca-se pela sua
monitorizar o nível de vibrações e também
elevada eficiência do sistema que garante
as suavidades do arranque e paragem dos
que até 50% menos energia é usada em
elevadores, sendo a ferramenta adequada
comparação com sistemas de acionamento
para o controlo da qualidade e o bom fun-
convencionais. Graças à faixa de ajuste de
cionamento de um elevador.
ThyssenKrupp distingue EnergyOT na Maker Faire Lisbon 2016
velocidade com binário constante e eleva-
Motor eletrónico DRC..
da capacidade de sobrecarga, uma variante
SEW-EURODRIVE Portugal
pode ser usada em muitas tarefas. Ao com-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
binar potência e comunicação num cabo mi-
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
nimiza os custos de instalação e riscos de erro e possui uma completa integração de
ThyssenKrupp Elevadores, S.A. Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297
O motor eletrónico DRC.. expande o por-
componentes e design compacto que redu-
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
tefólio SEW de sistemas de acionamento
zem o espaço de instalação necessário sem
mecatrónicos para aplicações descentra-
comprometer o desempenho. Os custos de
Após analisar criteriosamente os cerca
lizadas e oferece uma solução altamente
armazenamento para peças sobressalen-
de 100 projetos presentes na Maker Faire
eficiente, com o máximo de flexibilidade,
tes e os custos operacionais são reduzidos
Lisbon 2016, a ThyssenKrupp escolheu a
para as tarefas que se estendem além do
graças às caraterísticas específicas e bene-
Energy Of Things como o projeto que me-
convencional. Todas as aplicações, desde
fícios do produto. O motor DRC.. pode ser
lhor se enquadra no presente e no futuro da
a simples movimentação de materiais até
utilizado em aplicações de movimentação
empresa em Portugal, e inicia um processo
ao posicionamento complexo, podem ser
de materiais ou como motor de aplicação
para avaliar a possibilidade da criação de si-
concretizadas. O design compacto do motor
universal em vários ramos do setor de lo-
nergias no futuro próximo. No âmbito des-
DRC.. integra eletrónica com servomotor
gística como, por exemplo, na intralogística,
ta distinção, os responsáveis da EnergyOT
síncrono de ímanes permanentes, ofere-
logística de aeroportos, indústria alimentar
vão viajar até Rottweil, na Alemanha, e ex-
cendo a melhor solução para aplicações
e de bebidas e indústria automóvel.
perienciar em primeira mão o MULTI, o ele-
descentralizadas onde a máxima flexibilida-
vador mais tecnológico do mundo que vai
de é uma obrigação. Quando acoplado a um
ser instalado na Torre de Testes da Thys-
redutor de engrenagens cónicas ou de veios
senKrupp, em maio de 2017.
paralelos de elevada eficiência, ou mesmo
Inovação no setor dos elevadores
quando utilizado como motor isolado, o
Nos últimos tempos temos sido informa-
Para Carlos Pinto, CEO da ThyssenKrupp
DRC.. é uma unidade de acionamento des-
dos de muitos avanços tecnológicos no
Elevadores Portugal “este é um projeto
centralizada de alto desempenho. O DRC..
setor dos elevadores. De relembrar que
inovador mas acima de tudo eficiente, dois
apresenta as mesmas variantes de comu-
este é um mercado que tem cerca de 150
dos pilares que regem a atividade da Thys-
nicação que o MOVIGEAR® e está disponível
anos, com o ano de 1853 a ser um marco
senKrupp, pelo que estamos convictos que
em quatro tamanhos, com potências de
importante neste setor uma vez que foi
esta parceria, que nasceu de forma natural
0,55 kW a 4 kW, o que permite binários con-
quando foi inventado a travagem de segu-
na Maker Faire, vai crescer e vai-nos permitir
tínuos de 2,6 Nm a 19,1 Nm.
rança para os elevadores de Elisha Otis e
complementar o serviço prestado atualmen-
os edifícios raramente os 7 andares. Mas, a
te, no que respeita à tangibilização dos índices
partir daí, as construções têm aumentado
de poupança dos nossos equipamentos e/ou
em termos de número de pisos e em 2009
serviços”. De relembrar que a ThyssenKru-
o edifício mais alto do mundo, o Burj Khali-
pp esteve presente na Maker Faire Lisbon
fa, atingiu a marca de 163 pisos acessíveis
e durante dois dias pôs à prova miúdos e
através de elevadores da marca Otis.
graúdos em desafios que implicavam destreza física e outros que estimulavam o
Os habituais cabos de aço utilizados nos
raciocínio rápido. No espaço ThyssenKrupp
elevadores atingiam no máximo 500 me-
mais de 3000 pessoas assistiram a vídeos,
Estas caraterísticas, aliadas aos compo-
tros, a UltraRope, uma tecnologia desen-
através da realidade virtual, das mais re-
nentes integrados, fazem do motor DRC..
volvida pela empresa finlandesa KONE e
42
elevare
Notícias e Produtos lançada no ano passa que permite que os
por serem simples relés que oferecem
sua carreira em 1979 como Diretor Admi-
elevadores percorram uma distância de 1
monitorização, controlo e proteção de
nistrativo da Weidmüller Espanha. Em 2003
km sem interrupções, aumentando assim a
motores elétricos. A gama DSP - VIP é um
foi-lhe entregue a responsabilidade de toda
distância. Para aumentar a capacidade dos
completo sistema de gestão de motores
a região do Sul da Europa (França, Itália, Por-
elevadores, a empresa alemã ThyssenKru-
que faz a monitorização, a proteção e o
tugal, Espanha, Suíça e Norte de África) e foi
pp desenvolveu a tecnologia TWIN que
registo de todas as avarias diagnosticadas
nomeado Vice-Presidente Executivo de Ven-
coloca dois elevadores no mesmo fosso,
pelo equipamento. Esta é uma gama de tal
das e Marketing para a região do Sul da Euro-
duplicando a eficiência. A empresa também
eficácia que permite a proteção de cargas
pa em 2012. Posteriormente ocupou o cargo
desenvolveu a MULTI, um sistema que elimi-
mecânicas conetadas aos mesmos. O DSP
de Vice-Presidente Executivo Sénior para o
na a necessidade dos cabos, permitindo que
VIP monitoriza a tensão juntamente com
Brasil e América Latina em 2015.
os elevadores se desloquem tanto vertical-
a corrente para uma proteção mais com-
mente como horizontalmente.
pleta e fiável, funcionando também como analisador de energia. E contém também
A somar a todas estas inovações, algumas
entradas digitais para controlo do motor a
empresas começaram a utilizar a Internet
partir de controladores/sensores externos,
das Coisas para melhorar a funcionalidade
e está disponível com comunicação RS 232
dos seus sistemas de elevadores. Neste
e RS 485, com capacidade de conexão de
âmbito, a ThyssenKrupp, juntamente com
módulo de adaptação ou datalogger.
a Microsoft, lançou um sistema conhecido como MAX que oferece feedbacks aos técni-
O DSP – VIP oferece proteções contra so-
cos, em tempo real, relativamente aos ele-
bre e subcarga, sobre e subtensão, falta de
vadores para que os técnicos saibam quais
fase, inversão de fases, desequilíbrio de fa-
os componentes que necessitam de uma
ses, rotor bloqueado, stall e derivação à ter-
reparação antes que ocorra uma avaria. A
ra (transformador externo ou interno). Dos
Schindler Transit Management Group lan-
inúmeros benefícios financeiros que pode
çou um aplicativo denominado myPORT que
ter com estes equipamentos destacamos
É visto como um modelo pela maneira
melhora a interatividade edifício-pessoas.
a redução dos tempos de inoperação, o
como implementou com sucesso a estra-
Os utilizadores podem definir o seu desti-
aumento do tempo de vida útil da máquina,
tégia corporativa do Grupo Weidmüller,
no e as preferências de percurso e, assim
a redução dos gastos de manutenção e a
em particular no domínio da tecnologia de
sendo, um elevador será automaticamente
redução dos gastos energéticos. A sua ele-
automação. "As nossas vendas e atividades
chamado e chegará exatamente quando for
vada versatilidade e as caraterísticas e fun-
de marketing estão centradas em compreen-
necessário.
cionalidades dos protetores de motor DSP
der os nossos clientes, trabalhando com eles
tornam possível a sua utilização sobre um
para desenvolver soluções e, posteriormen-
elevado espetro de aplicações para a pro-
te, na criação de valor acrescentado para os
Proteção para motores DSP da Zeben
teção de todos os tipos de motores, e não
clientes", explicou Alvarez Tobar. A fim de
só. A sua aplicação é possível em bombas,
melhorar a sustentabilidade do Grupo Wei-
Zeben - Sistemas Electrónicos, Lda.
ventiladores, elevadores, gruas, guindas-
dmüller, as futuras atividades de marketing
Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851
tes, cintas transportadoras, trituradores,
e vendas irão focar, reforçar e expandir
info@zeben.pt • www.zeben.pt
compressores e muito mais.
principalmente a sua presença global e a proximidade com o cliente, particularmente nos mercados em crescimento da Ásia,
José Carlos Alvarez Tobar novo Diretor de Marketing e Vendas do Grupo Weidmüller
EMEA e nas Américas."Estamos muito satis-
Weidmüller - Sistemas de Interface, S.A.
Carlos Alvarez Tobar, que tem implementado
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
medidas rigorosas mas necessárias para o
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
desenvolvimento do nosso grupo e desolu-
feitos por ter encontrado um administrador muito experiente e bem-sucedidoem José
ções para os nossos fornecedores", comenA01 de março de 2016, José Carlos Alvarez
tou Peter Köhler, CEO do Grupo Weidmüller.
Tobar assumiu o cargo de Diretor de MarkeOs protetores de motor DSP (Digital Supe-
ting e Vendas do Grupo Weidmüllerna Ale-
rior Protection) permitem-lhe a otimização
manha, tornando-se responsável pelas ven-
de máquinas e processos, a preços com-
das globais e comunicações com o mercado.
Roda de Falkirk: elevador giratório de barcos
proteções tradicionais como, por exemplo,
José Carlos Alvarez Tobarjá ocupou vários
A Roda de Falkirk é uma estrutura de eleva-
os térmicos bimetálicos. Caraterizam-se
cargos na Weidmüller, tendo começado a
ção de navios única no mundo. Foi construída
petitivos, quando comparados com outras
elevare 43
Notícias e Produtos em Falkirk, na Escócia, para permitir o tráfe-
gôndolas precisa de ser equilibrado e para
Tendo consciência de que é necessário estar
go fluvial entre os canais Union, Forth e Cly-
isso usa-se o Princípio de Arquimedes, ou
mais próximo do cliente, fornecendo respos-
de, que estão desnivelados em cerca de 25
seja, a massa do barco desloca o proporcio-
tas on-time às suas solicitações, e devido ao
metros. Há uns anos atrás, para contornar o
nal de água para dentro do compartimento
nível de industrialização no norte de Portugal
desnivelamento, os dois canais eram ligados
do elevador. Os níveis da água são mantidos
e aos pedidos mais exigentes dos clientes,
por uma série de 11 eclusas, ou seja, degraus
em cerca de 37 centímetros de altura dentro
em linha com o aumento da complexidade da
hidráulicos que permitem que as embarca-
dos caissons de 6,5 metros de comprimen-
carteira de soluções, este investimento per-
ções subam ou desçam rios que possam so-
to, e o resto do trabalho é feito por 10 moto-
mitiu criar um novo posto de trabalho na área
frer de um desnivelamento mas este desvio
res hidráulicos, além de sensores de água,
da Engenharia de Aplicações. Além disto, as
tinha a desvantagem de levar quase um dia
comportas e bombas, um processo que une
novas instalações dispõem de uma sala onde
inteiro a ser feito, representado muito tempo
recursos digitais e hidráulicos. O melhor de
poderá ser dada formação certificada a clien-
para quem estava na embarcação.
tudo é que o gasto de energia com todo o
tes e onde poderão ser realizadas reuniões de
procedimento de elevação, que demora cer-
projeto com melhores condições. A concre-
Entre os anos 30 e meados dos anos 90,
ca de quatro minutos, é baixo já que o peso
tização deste novo investimento permitirá à
os canais começaram a ser encerrados e
do barco (ou a quantidade de água) que desce
SEW-EURODRIVE Portugal reforçar a sua po-
foram efetuadas propostas de resolução
ajuda a levantar o que está na outra ponta.
lítica de proximidade ao cliente, aliada à cria-
para este problema. A British Waterways,
ção de novas oportunidades de negócio junto
órgão britânico criado no período para re-
Cerca de 400 mil pessoas visitam a Roda de
dos atuais e futuros clientes. A estratégia de
gularizar este problema, criou um plano
Falkirk anualmente e, até janeiro de 2014,
serviços da SEW-EURODRIVE assenta num
para reabrir os canais e, de 1997 a 2005,
mais de 4,4 milhões de turistas já haviam
fator simples - clientes satisfeitos – e assim
juntou-se a outras instituições para criar
passado pelo local — dessa multidão, 1,3
poderá conhecer a SEW-EURODRIVE Portu-
um elevador rotativo. Assim surgiu a Roda
milhão fizeram o tour de barco. A roda tam-
gal na Rua Monte da Bela, n.° 191, Fração X, em
de Falkirk que une ambos os canais, fa-
bém já foi premiada, mais do que uma vez
Ermesinde ou através do telefone 229 350
zendo com que as embarcações possam
pela GTBS, organização britânica ligada ao
383, e/ou email, esc.porto@sew-eurodrive.pt.
transitar do Estuário de Clyde para o Union,
turismo verde, que reconheceu os esforços
elevando-as a uma altura equivalente a um
dos seus idealizadores para fazer dela um
prédio de oito andares.
projeto eficiente, que usa pouca energia e
Esta é considerada por muitos como uma
que produz quase nenhum impacto no meio
das soluções mais inteligentes e criativas na
ambiente.
Elevador une Sé e Campo das Cebolas em Lisboa
área da mobilidade num projeto que substi-
O projeto de um elevador que facilite a mo-
tuiu as 11 eclusas e mais de 32 obstruções
bilidade entre o Campo das cebolas e a Sé
SEW-EURODRIVE Portugal: novo escritório técnico no Porto
de Lisboa já foi apresentado aos moradores
como um elevador giratório composto por braços maciços que giram ao redor de um
SEW-EURODRIVE Portugal
arquiteto João Favila Menezes, responsável
centro e que, por sua vez, é movimenta-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
pelo projeto, sublinha o facto de tentarem
do por motores hidráulicos. O formato da
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
não colocar um elemento perturbador junto
de navegação. Este projeto ficou conhecido
construção, originalmente concebido como
e os trabalhos devem começar em breve. O
à Sé, monumento nacional. Segundo ima-
uma roda gigante com 4 gôndolas, não era
Prosseguindo uma política de bem servir os
gens do projeto já divulgadas, vê-se uma das
exatamente aquilo que a British Waterways
seus clientes e de progressiva melhoria, a
paredes laterais da Sé e do outro lado da rua,
procurou mas respondeu às necessidades
SEW-EURODRIVE Portugal adquiriu, em 2015,
em cima do passeio, uma estrutura através
depois de alguns ajustes. Toni Kettle lide-
novas instalações no Porto. Este investimen-
da qual se fará o acesso ao novo elevador,
rava a equipa de arquitetos e designers e
to, numa zona industrial, permitiu aumentar
numa estrutura redonda em pedra lioz. O
modelou o sistema de engrenagens com as
a área de stock disponível e iniciar o projeto
elevador será bastante pequeno, deslocado
peças de Lego da sua filha de oito anos e a
de um futuro centro de assistência técnica a
e recuado relativamente à fachada da Sé.
inspiração para o design foram machados
acionamentos eletromecânicos e eletrónicos.
celtas de duas lâminas, hélices de navios e
Este elevador terá capacidade para trans-
a caixa torácica de uma baleia. Tony Kettle
portar 13 pessoas de cada vez, partindo do
descreveu a Roda de Falkirk como “uma coi-
topo das Escadinhas das Portas do Mar, às
sa linda e de fluidez orgânica como a espinha
quais se chega depois de atravessar o arco
de um peixe.”
com o mesmo nome e que, por sua vez, pare da Rua dos Bacalhoeiros. Segundo o arquite-
O diâmetro da Roda tem cerca de 35 metros
to explicou, o elevador vai dar continuidade
e sua estrutura possui dois braços de 15 me-
às escadinhas até porque neste momento
tros de posições opostas que são cheios de
estas não têm continuidade, esbarrando
água, cada um suporta 250 mil litros, e gi-
quem sobe os seus degraus num muro sem
ram 180 graus. O nível de água de ambas as
passagem.
44
elevare
Dossier automação e componentes para elevadores Fernando Maurício Dias Prof. do Departamento de Engenharia Eletrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)
Neste número, e em particular neste dossier, é dado destaque a dois aspetos relevantes de um elevador, a automação e os seus componentes. A automação (do latim automatus que significa mover-se por si), pode ser definida como um sistema que emprega processos automáticos que comandam e controlam os mecanismos para o seu próprio funcionamento fazendo uso de técnicas computadorizadas ou mecânicas com o objetivo de dinamizar e otimizar todos os processos de funcionamento do elevador. Este aspeto é intrínseco aos elevadores inicialmente, e numa fase já ultrapassada a automação era efetuada recorrendo a técnicas essencialmente mecânicas. Hoje em dia foram adicionadas técnicas computadorizadas fazendo com que os atuais elevadores sejam equipamentos complexos ao nível da conceção dos seus comandos com o grande objetivo da promoção de um maior conforto para os utilizadores, maior eficiência energética, melhores condições de segurança e maior capacidade na obtenção de informações sobre o equipamento. A evolução da automação está associada à evolução concetual dos comandos dos elevadores, pelo que é sempre importante estarmos atentos às tendências desta área. O outro aspeto, embora parecendo básico, “os componentes” dos elevadores são um meio diferenciador do elevador quer ao nível económico, de segurança, fiabilidade, conforto e eficiência energética. Uma escolha criteriosa dos componentes faz toda a diferença entre um “bom” elevador e um “mau” elevador. Outro aspeto relevante, e com a nova Diretiva essa relevância é reforçada, são os componentes ditos de segurança que devem ter um tratamento especial, ou seja, tão importante como o componente propriamente dito é a existência da sua documentação e a garantia da sua rastreabilidade. Se me permitem um conselho, deve ser dada tanta importância ao componente como à sua documentação, por isso, na compra não descurem a documentação, exijam a mesma de acordo com o estipulado na Diretiva Ascensores. Essa vossa ação, certamente, irá evitar no futuro outras situações bastante desagradáveis (Circular n.° 1 da DGEG).
elevare 45
Dossier sobre automação e componentes para elevadores
Correta utilização e seleção de contactos elétricos para funções de segurança Ricardo Solanilla Key Account no Setor da Elevação Schmersal Ibérica
Requisitos que devem cumprir os equipamentos destinados a cumprir
um componente eletrónico ou selecionar o
desenho da função de segurança, na qual
adequado.
intervêm estes elementos pode não ser o
funções de segurança, tomando e
correto.
ampliando os requisitos da norma
Mas o que ocorre, por exemplo, com os ele-
EN 81-20, referente aos contactos
mentos eletromecânicos, em forma de fins
A seleção correta, continuando com o nos-
elétricos em funções de segurança.
de curso, que se utilizam em inúmeras fun-
so exemplo de um fim de curso, de um
ções de segurança? À pergunta, “É suficien-
elemento que intervém numa função de se-
Os contactos de segurança, tal como indica
te cumprir os requisitos que contempla a EN
gurança também deve ter em conta o uso
a EN 81-20, intervêm em funções de segu-
81-20 no Ponto 5.11.2, para garantir que uma
particular, ou seja, a frequência de utiliza-
rança, ou seja, não devem apenas realizar
função de segurança na qual intervêm estes
ção, as exigências das condições de traba-
a sua função, mas também devem cumprir
elementos é correta?” a resposta é negativa.
lho, os possíveis agentes externos que pos-
alguns requisitos mínimos que garantam
Ainda que tenhamos alguns requisitos de
sam afetar a integridade do equipamento,
um funcionamento correto e mantido ao
acordo com as prestações a nível elétrico
bem como as exclusões de falha.
longo do tempo, que não comprometa a se-
(EN 60947-5-1) ou o grau de proteção em
gurança, inclusive em caso de rutura.
relação a agentes externos (EN 60529), ou
Exemplos práticos: suponhamos que, para
ainda o princípio de segurança de rutura po-
a nossa função de segurança seleciona-
Este tipo de elementos não estão compi-
sitiva, que deriva da Norma EN ISO 12100-2
mos um fim de curso que cumpre com o
lados, na sua totalidade, na lista de “com-
no Ponto 4.5 e que se cita, com outras pa-
princípio de rutura positiva para o contacto
ponentes de segurança” que cita o Anexo III
lavras no Ponto 5.11.2.2.2 da EN 81-20, o
NF (Normalmente Fechado), e um contacto
da Diretiva de Ascensores 2014/33/UE (o Ponto 6 apenas contempla os eletrónicos), deixando de lado os componentes eletromecânicos que, de um modo geral, são os mais utilizados hoje em dia em forma de fins de curso, micro interruptores e detetores magnéticos, entre outros. Os componentes eletrónicos que intervêm em funções de segurança, denominados PESSRAL (definido segundo EN 81-20, Ponto 3.40) para além de serem considerados “componentes de segurança”, devem cumprir um requisito de fiabilidade adicional, SIL (definido segundo EN 81-20, Ponto 3.52) segundo a utilização especificada na Tabela A.1 da EN 81-20. Para entender estes requisitos devemos utilizar como referência a norma EN 62061 que define o conceito de SIL e proporciona as pautas para fabricar
46
elevare
Dossier sobre automação e componentes para elevadores NA (adicional). Para além disso cumprimos
Norma de referência para o desenho e va-
com os requisitos elétricos e de proteção
lidação de funções de segurança. De apli-
IP mencionados anteriormente. Se utilizar-
cação para máquinas em geral, incluindo
mos o contacto NA para monitorizar a nos-
componentes de segurança eletromecâ-
sa função de segurança, a utilização não é
nicos com ou sem eletrónica, parte hi-
correta. Não utilizamos o contacto NF que
dráulica e pneumática referente à segu-
é o que garante a rutura positiva. O con-
rança. Define o PL como o “performance
tacto NF comuta mesmo que previamente
level” de uma função de segurança, ou por
os contactos estejam colados através de
outras palavras, a garantia/desempenho
uma mola mecânica. Em resumo, o contac-
dessa função. A escala de PL vai de “a”,
to NF, neste caso (o fabricante deve indicar
mais baixo, a “e”, mais alto. No total define
expressamente se possui rutura positiva),
cinco níveis. Não descreve a utilização de
dá-nos uma garantia, inclusive em caso de
componentes concretos para resolver um
rutura permanente, o que não nos oferece
perigo, mas dá as pautas para a seleção
o contacto NA.
dos mesmos e a sua utilização, como arquiteturas de um só canal ou redundan-
Segundo caso. Suponhamos que agora uti-
tes, bem como a conveniência no que diz
lizamos o contacto NF, e adicionalmente
respeito à frequência/severidade do peri-
utilizamos um atuador de haste lisa, com
go e o tipo de tecnologia utilizada na solu-
roldana. As caraterísticas do equipamento
ção (com desgaste mecânico/diagnóstico/
continuam as mesmas do que no caso ante-
auto-controlo). Define parâmetros base
rior. O desenho desta função de segurança
para entender a fiabilidade de uma função
também não é correto. Neste caso o atu-
de segurança, como o B10d (número mé-
ador está a introduzir uma falha de causa
dio de ciclos até uma falha perigosa) ou o
comum previsível. Um pequeno afrouxa-
PFHd (probabilidade de falha perigosa por
mento do parafuso que permite o ajuste da
hora) e obter um valor PL para a função
longitude da haste e, portanto, do ponto de
(desde os elementos de deteção aos de
comutação, pode fazer variar o comporta-
controlo).
mento do interruptor até ao ponto de que
mente do resto das caraterísticas do inter-
inclusive não chegue a cumprir a sua fun-
ruptor, não é adequado nessa utilização.
ção (a haste não tenha acionamento). A
UNE-EN ISO 14119. Segurança de máquinas. Dispositivos de encravamento associados
solução passaria por utilizar um atuador
Quarto caso. Selecionamos um fim de cur-
a proteções. Princípios para o desenho e
não ajustável (eliminamos o risco) ou utili-
so, desta vez com atuador em forma de
a seleção.
zar uma haste de ajuste por passos, para
rodízio e com IP40. De acordo com os requi-
que, se existir um afrouxamento, o risco de
sitos da EN 81-20 está conforme, tem um
Norma de referência para o desenho e
que este provoque um deslocamento ime-
isolamento de 250 V e categoria AC-15 (cir-
critério de seleção de dispositivos de se-
diato da haste seja muito reduzido. Assim,
cuito alternado). Está situado no fosso, per-
gurança com encravamento (função bies-
algo tão aparentemente pouco importante
to do solo e a humidade é alta, com elevada
tável), com ou sem bloqueio, para a mo-
como a seleção de um atuador para um
probabilidade de inundação e contacto de
nitorização de proteções (por exemplo
equipamento que cumpre “todos os requisi-
água com o interruptor. Uma vez que o IP40
portas e tampas). Detalha os requisitos
tos de contacto elétrico de segurança” marca
não garante que o interruptor possa funcio-
técnicos, bem como as diferentes tecnolo-
a diferença entre garantir a função de se-
nar com garantias, se estiver em contacto
gias e a sua correta utilização e aplicação
gurança, e portanto a utilização correta,
com a água, ainda que não seja de forma
(como vimos anteriormente, um dispositi-
ou pelo contrário, temos riscos previsíveis
permanente, este equipamento não cumpre
vo de segurança que não é utilizado corre-
que podem afetar e inclusive anular a nossa
os requisitos essenciais para garantir a fun-
tamente pode provocar perda de seguran-
função de segurança.
ção de segurança.
ça e, portanto, risco de acidente).
Terceiro caso. O atuador é do tipo vareta
Para poder completar com garantias os re-
O desenho de uma adequada função de
(metálica, plástica ou similar). Da mesma
quisitos da EN 81-20, no que se refere aos
segurança vai mais além da utilização
forma, a utilização não é apropriada, devi-
contactos elétricos de segurança necessi-
de equipamentos conhecidos, de forma
do a uma falha de causa comum previsível.
tamos complementar os requisitos com os
indiscriminada. É responsabilidade do
As varetas, e quanto mais compridas mais
das seguintes Normas:
projetista ter em conta a utilização e as
provável, dobram-se com facilidade ou po-
condições concretas de uso e dimensio-
dem partir-se. Este tipo de atuador não tem
UNE-EN ISO 13849. Segurança de máquinas.
nar adequadamente a aplicação tendo
as garantias necessárias para monitorizar
Partes dos sistemas de comando relativas
sempre como premissa garantir a função
uma função de segurança e independente-
à segurança.
de segurança.
elevare 47
Dossier sobre automação e componentes para elevadores
Controlo do movimento e variação de velocidade Eng.º Luís Reis Neves Departamento de Engenharia SEW-EURODRIVE Portugal
INTRODUÇÃO
rendo a sistemas que permitem a alteração
O controlo de movimento no seio das indús-
da relação de transmissão de forma contí-
trias tem de responder aos requisitos atuais
nua. Contudo, o estado da arte da eletrónica
de flexibilidade, produtividade e eficiência,
está a levar ao desaparecimento gradual
atingidos um rigoroso cumprimento legal.
destes sistemas.
Os acionamentos são responsáveis por mais
2. O CONVERSOR DE FREQUÊNCIA
de 90% dos movimentos, atuando sobre
A necessidade de flexibilização dos proces-
sistemas inanimados. São autênticos trans-
sos e das máquinas, motivada pela diver-
dutores de energia elétrica em movimento e verdadeiros motores do desenvolvimento.
sidade da procura e pela necessidade de Figura 1. Motorredutor com conversor de frequência
encurtamento dos prazos de entrega, lan-
integrado MOVIMOT® da SEW-EURODRIVE.
çou novos desafios à engenharia dos acio-
Se, em tempos, motor e redutor se confun-
namentos. Passou a ser imperativo adaptar
diam com acionamentos e eram os princi-
monitorização do movimento, analisando
as rotações em amplas gamas, fazendo-o
pais (senão os únicos!) responsáveis pelo
sinais periféricos, dialogando entre si e com
de forma simples, rápida, fiável e segura.
movimento, atualmente essa abordagem é
os operadores de forma direta. Ao tradicio-
A resposta a estas exigências é dada pelos
bastante limitativa. O acionamento deixou
nal controlador de nível superior é dado o
conversores de frequência: a sua combina-
de ser o músculo desprovido de inteligên-
papel de supervisor.
ção com motores assíncronos trifásicos
cia que age cegamente às ordens de um
praticamente erradicou os acionamentos
controlador de nível superior, tendo emer-
A Variação da Velocidade é feita recorrendo
gido para um nível superior impulsionado
a conversores de frequência e é impossí-
pelas exigências da engenharia moderna.
vel desvincular a sua ação do controlo de
2.1. Princípio de funcionamento do conversor
Os componentes anteriormente menciona-
movimento.
de frequência
dos são complementados com poderosos,
de Corrente Contínua do tecido empresarial.
Na Figura 2 apresenta-se sob a forma de
compactos e versáteis conversores de fre-
Nota: também é possível fazer a Variação
blocos o princípio de funcionamento do con-
quência (também designados por Variado-
da Velocidade de forma mecânica, recor-
versor de frequência.
res Eletrónicos de Velocidade), controladores, monitores de segurança e amigáveis interfaces Homem-Máquina. Por outras palavras, os acionamentos são a combinação harmoniosa da mecânica, eletricidade, eletrónica, informática e automação: mecatrónica. Os controladores de alto nível (normalmente PLC ou PCi) confiam cada vez mais o controlo do movimento e ações de automação aos acionamentos, verificando-se uma migração da inteligência, ou seja, descentralização. Cada vez mais os acionamentos são independentes na geração, controlo e
48
elevare
Figura 2. Princípio de funcionamento.
Dossier sobre automação e componentes para elevadores A tensão da alimentação (A) é retificada e
Em qualquer dos casos, a baixas frequên-
tes). Adicionalmente, ainda é possível dis-
estabilizada através do DC Link (B). Poste-
cias, os motores estão sobrealimentados
tinguir entre controlo vetorial em modo de
riormente o inversor converte esta tensão
e, consequentemente, a sua temperatura
tensão e em modo de corrente.
num sinal modulado por largura de pulso
pode aumentar.
(PWM). A forma da saída pulsada é função
O desafio deste tipo de controlo para moto-
da frequência de saída solicitada (C). A aná-
res assíncronos é manter uma magnetização
lise de Fourier mostra que esta saída em
do rotor constante, por forma a virtualmente
tensão pulsada tem o mesmo efeito num
ter o mesmo desempenho que um sistema
motor assíncrono trifásico que uma tensão
servo. Como o rotor de um motor assíncrono
sinusoidal da mesma amplitude e da mes-
não é magnético, o sistema tem que se apoiar
ma frequência.
em modelos. Desta forma, tendo por base um determinado número de parâmetros do
A regulação de todo o sistema é concretiza-
sistema é possível calcular a magnetização
da pela secção de controlo. Nos converso-
do rotor com exatidão imediatamente após
res de frequência atuais, o campo magnéti-
Legenda: [1]; Escorregamento; [2]; 2 x Escorrega-
uma breve fase de transição seguinte à liga-
co, comunicação, processamento de sinais
mento; [3]; Gama de ajuste do Boost; neck - Frequên-
ção do sistema de alimentação. Uma vez co-
de referência e de sinais PWM são proces-
cia base.
nhecido o campo magnético resultante, este
sados de forma totalmente digital.
pode ser orientado com o campo do estator. Figura 4. Utilização de Boost para aumento do binário a baixa rotação.
2.2.2.1. Controlo vetorial em modo de tensão O controlo vetorial em modo de tensão
O desempenho do sistema é aperfeiçoado
pode, ou não, usar sistemas de realimenta-
se houver realimentação. Nesta situação, a
ção (encoder). Em ambos os casos, aumen-
precisão da rotação e o incremento de bi-
ta as propriedades dinâmicas, assegurando
nário melhoram significativamente. Neste
que o motor não aquece em demasia a bai-
modo de controlo não é usado o modelo de
xas rotações e, em função do rigor do mo-
motor para o cálculo da corrente, tensão e
delo do motor e do cálculo das tensões de
magnetização.
fase, otimiza a performance.
2.2.2. Modo de controlo vetorial
As vantagens do controlo vetorial em modo
Figura 3. Conversor de frequência: o parceiro ideal do motor.
Controlo vetorial significa que dois campos
de tensão são:
2.2. Modos de controlo
magnéticos são orientados um contra o
>>
Fundamentalmente, os modos de controlo
outro. O controlo vetorial é o mesmo para
de rotação 1:20 (1:200 com sistema de
podem ser classificados em não vetorial
motores assíncronos e motores síncronos
realimentação);
(escalar) e vetorial.
(servomotores). Contudo, a física dos dife-
>>
magnetização constante do motor;
rentes tipos de motor desempenha um pa-
>>
tratamento cuidado dos componentes
2.2.1. Controlo não vetorial
pelo menos 150% do binário na gama
mecânicos através de aceleração e de-
pel importante.
Trata-se do modo de controlo mais sim-
saceleração controladas;
ples. A relação entre a tensão (U) e a fre-
No caso dos servomotores, o campo mag-
>>
aumento da frequência de arranque;
quência (f) é mantida constante desde zero
nético do estator é alinhado com o campo
>>
remoção da carga do sistema de ali-
até à frequência base do acionamento. Aci-
do rotor provocado pelos ímanes perma-
ma dessa frequência já não se verifica um
nentes. Os dados de orientação são forne-
aumento de tensão aplicada ao motor e
cidos através do sistema de realimentação.
2.2.2.2. Controlo vetorial em modo
assiste-se a uma diminuição do binário dis-
Para a orientação do campo de motores
de corrente
ponível. Adicionalmente, a baixas rotações
assíncronos é necessário considerar um
Neste modo de controlo é necessário um
(o mesmo será dizer a baixas frequências),
número significativo de parâmetros físicos
sistema de realimentação e um conheci-
este método não oferece o binário nominal.
para assegurar uma magnetização cons-
mento rigoroso do modelo do motor. Como
Naturalmente existem técnicas para con-
tante do rotor.
a injeção de corrente no motor tem de ser
tornar este efeito. A mais frequente consis-
mentação.
precisa não é possível este tipo de contro-
te em utilizar um offset de tensão, isto é, em
Os sistemas com controlo vetorial têm
lo em grupos de motores. Este modo de
vez da tensão começar em zero V, tem início
uma excelente reposta em termos de biná-
controlo possibilita um dinamismo elevado
a partir de um determinado valor. Este mé-
rio, dinamismo e precisão rotacional.
e, virtualmente, consegue-se obter de um
todo é designado por "Boost” e está repre-
motor assíncrono o mesmo desempenho
sentado na Figura 4. Em alternativa, esse
É possível implementar controlo vetorial
disponibilizado por um servomotor síncro-
offset de tensão pode variar em função da
com ou sem sistemas de realimentação
no. Na fase de dimensionamento, o dinamis-
corrente (IxR), ou seja, em função da carga.
(naturalmente, com performances diferen-
mo é um critério primário de decisão.
elevare 49
Dossier sobre automação e componentes para elevadores As principais vantagens deste modo de con-
Os acionamentos descentralizados estão
coincidentes. Ora, isto implica uma eleva-
trolo são:
disponíveis em diversas tecnologias de bus
da capacidade de sobrecarga e constante
>>
caraterísticas semelhantes às de ser-
de campo, facilitando a sua integração nas
adaptação, ou seja, acionamentos meca-
vo-acionamentos, nomeadamente em
mais díspares topologias de automação.
trónicos. Em termos práticos, significa que
termos dinâmicos e de resposta a alte>> >>
>>
a potência instalada pode ser considera-
ração da carga;
4. O ACIONAMENTO MECATRÓNICO
operação ilimitada a zero rpm, graças
Cada vez mais, a integração e descentrali-
velmente reduzida.
a sistema de realimentação standard;
zação se apresentam como a chave para o
Na Figura 7 apresentam-se o perfil de car-
pelo menos 160% do binário em imo-
sucesso presente e futuro dos acionamen-
ga típico de um transportador e as curvas
bilização (desde que o acionamento te-
tos. No mesmo sentido, as constantes (e
de binário de um motorredutor com con-
nha sido corretamente dimensionado);
justificadas!) preocupações ambientais di-
versor de frequência e de um acionamento
precisão da rotação estática igual ou
tam novas regras no que respeita a classes
mecatrónico, ilustrando o que anterior-
inferior a 0,1% da rotação nominal.
de eficiência.
mente foi mencionado.
Há muito que gerar movimento deixou de
Os acionamentos mecatrónicos surgem
ser condição suficiente para definir um acio-
assim como a evolução natural dos acio-
namento. Obviamente que continua a ser
namentos descentralizados. Resultam da
necessário gerar o movimento, mas tem de
harmoniosa combinação entre um motor,
ser de forma eficiente e com maximização
redutor e eletrónica de potência, numa uni-
da relação performance/custo. É precisa-
dade extremamente compacta e com ele-
mente aqui que entram os acionamentos
vado rendimento.
mecatrónicos: acionamentos tecnicamente evoluídos, munidos "de inteligência própria"
Às vantagens dos acionamentos descen-
e capacidade de adaptação às inconstantes
tralizados convencionais, acrescem o re-
Figura 5. Tempos de resposta do controlo vetorial em
e imprevisíveis necessidades de aplicação,
duzido número de versões, a facilidade de
modo de tensão (VFC) e em modo de corrente (CFC).
designadamente em termos de binário e de
limpeza, o funcionamento extremamente
rotação.
silencioso (não possui ventilador) e a re-
3. DESCENTRALIZAÇÃO
dução dos custos (instalação, operação e
Os conversores de frequência não têm ne-
No arranque, o binário solicitado pelas
cessariamente de ser montados em qua-
aplicações é elevado e de curta duração.
manutenção).
dros elétricos. Podem migrar para o campo
Uma vez vencida esta fase, as exigências
5. TIPOS DE CARGA
e, em muitos casos, estar diretamente alo-
são consideravelmente inferiores. É nes-
Todas as aplicações são dotadas de espe-
jados no motor. A este processo chama-se
te regime, designado por contínuo, que o
cificidades e os respetivos acionamentos
descentralização.
acionamento vai funcionar a maior parte do
têm que possuir um desempenho diferen-
tempo. Para cumprir estas imposições os
ciado e que colmate as necessidades diag-
Os cabos entre o motor e o conversor são
acionamentos convencionais têm de ser so-
nosticadas. No projeto e na seleção é im-
severamente encurtados (no limite, ine-
bredimensionados. O ideal é que as curvas
perativo o conhecimento do perfil da carga
xistentes!), resultando em soluções com-
do perfil de carga e do acionamento fossem
em questão. A relação entre o binário (M) e
pactas e bastante otimizadas nos mais diversos pontos de vista: projeto, instalação, comissionamento, operação e manutenção, o que acarreta vantagens na redução de custos.
Figura 6. Acionamento descentralizado MOVIPRO® da SEW-EURODRIVE.
50
elevare
Figura 7. Perfil de carga de um transportador e curvas de binário de acionamentos.
Dossier sobre automação e componentes para elevadores Tabela 1. Diferentes tipos de carga.
Tipo de aplicação
Enroladores, cortadoras rotativas, fusos
Elevadores, transportadores, laminadores, plainas
Freios de corrente de eddy, calandras com fricção viscosa
Bombas, ventiladores, centrifugadores
Binário
M ~ 1/n
M = constante
M~n
M ~ n²
Potência
P = constante
P~n
P ~ n²
P ~ n³
Diagrama
a potência (P) depende do tipo de aplicação.
A produção tem que reagir rapidamente
eletrónica de controlo. De facto, o aciona-
Na Tabela 1, para algumas cargas típicas,
(para não dizer imediatamente!) a aconteci-
mento há muito que deixou de ser apenas
é apresentada a relação entre estas duas
mentos e partilhar os mesmos com outros
músculo. Depois dos circuitos integrados
grandezas e a rotação (n).
setores diretos ou indiretos.
se juntarem às engrenagens, foi a vez dos bits e dos bytes também o fazerem e de
Facilmente se conclui que a gama de ro-
O virtual é cada vez mais real e a fronteira
coabitarem harmoniosamente no mesmo
tações tem um peso considerável na de-
entre ambos torna-se cada vez mais débil.
habitat. Controla-se o movimento que se
terminação da potência e do binário e é
A inteligência própria é cada vez menos um
gera, de forma eficiente e integrando fun-
imprescindível que a aplicação real seja
privilégio apenas dos humanos. Cabe ao
ções e segurança.
coincidente com os dados de seleção, sob
homem a tarefa de se adaptar a esta nova
pena do acionamento se revelar inadequa-
realidade, em que máquinas autónomas se
Por outros termos, os acionamentos assu-
do. O sistema de variação da velocidade
encarregam de processos parciais.
mem um papel fulcral na geração e con-
tem de garantir o controlo adequado do
trolo do movimento.
movimento em toda a gama, não menosprezando os consumos e em estrito alinhamento com a nova realidade energética no que respeita à eficiência. 6. A INTERNET DAS COISAS Indústria 4.0, Internet das Coisas ou Integrated Industry são termos para designar a revolução industrial que estamos a viver. Depois da 1. a revolução industrial com a máquina a vapor, da 2. a revolução com o motor de combustão e da 3. a revolução com a Internet e a robótica, chegou a vez
Flexibilização da produção impõe adaptabi-
"Não existem soluções ímpares e apenas uma abordagem inovadora, com constante confrontação entre alternativas e em clara consciência do risco que conduz à melhor solução técnico/económica ao longo da vida útil do sistema."
lidade. O mesmo é dizer variação da velocidade. Controlo do movimento e variação de velocidade caminham de mãos dadas rumo ao desenvolvimento. Tão importante como a gama de variação necessária ao cumprimento dos requisitos é a forma (método) de controlo utilizado para o fazer. A adequada seleção (incluindo o método de controlo) é uma técnica e uma arte multidisciplinar, onde se assume uma lógica de aplicação.
da automação completa com máquinas
Não existem soluções ímpares e apenas
autónomas comunicantes entre si no que
uma abordagem inovadora, com constante
concerne aos dados de estado e de coman-
confrontação entre alternativas e em cla-
do: a 4. revolução.
7. CONCLUSÃO
ra consciência do risco que conduz à me-
Onde existe movimento existem aciona-
lhor solução técnico/económica ao longo
Os acionamentos são um dos impulsiona-
mentos. Os acionamentos eletromecâni-
da vida útil do sistema.
dores do desenvolvimento, assumindo cada
cos e, mais recentemente, mecatrónicos,
vez mais o controlo do movimento e inte-
apresentam-se como a solução ótima para
São estas as exigências de um mundo mo-
ragindo diretamente com as tecnologias de
a maior parte das situações. Os aciona-
derno, mais eficiente e amigo do ambiente,
gestão da produção. Falam entre si e com
mentos mecatrónicos podem ser definidos
onde os clientes não exigem a produção de
outros dispositivos, sendo elementos chave
como sistemas indivisos constituídos por
produtos, mas sim do seu produto, disponi-
de uma autêntica teia de comunicação.
motor, redutor, conversor de frequência e
bilizado onde e quando quiserem.
a
elevare 51
Dossier sobre automação e componentes para elevadores
Sistemas de Controlo de Acessos para elevadores EFALIFT
INTRODUÇÃO
do a isso, o chip tem que ser colocado na
Um Sistema de Controlo de Acessos (SCA) é
proximidade do leitor para ser lido, a uma
um método eficaz para garantir segurança
distância tipicamente inferior a 15 cm;
de edifícios, bens e pessoas.
>>
Ativos de proximidade — Iguais aos passivos de proximidade, mas com alimenta-
No caso específico dos elevadores, o SCA é
ção própria. Isto faz com que a distância
utilizado para restringir o acesso de pessoas
de leitura possa ser maior, sendo tipica-
a todos ou apenas alguns pisos, permitindo
mente entre 0,5 metros e 10 metros;
que apenas pessoas autorizadas aí possam aceder. Essa autorização é garantida através
>>
RFID — São muito semelhantes aos car-
Cartão magnético — Têm uma banda mag-
tões passivos de proximidade, mas pos-
nética para guardar informação, que é lida
suem uma memória maior e o leitor de
pelo leitor movendo o cartão em relação
cartões pode ler e escrever no cartão,
CREDENCIAIS
a este. São baratos mas facilmente copiá-
permitindo utilizações mais complexas.
Uma credencial pode ser um objeto físico,
veis e deterioram-se com facilidade, tendo
>>
de uma credencial, cujo tipo pode variar.
uma informação ou um traço físico de um in-
de ser substituídos;
Biometria
De contacto — Cartões com chip, ou
Os dados biométricos são algo que o uti-
de pisos. Tipicamente, as credenciais são algo
chip com outro tipo de encapsulamen-
lizador é. Há uma quantidade grande de
que o utilizador sabe (tal como uma pas-
to (por exemplo iButtons). É necessário
tecnologias de leitura biométrica disponí-
sword ou um PIN), algo que o utilizador tem
encostar a chave a um leitor para que
veis, mas que cabem em duas categorias:
(por exemplo uma chave) ou algo que o utili-
a informação seja lida. Mais difíceis de
a verificação biométrica e a identificação
zador é (uma ou mais caraterísticas biométri-
copiar e mais duráveis que os cartões
biométrica.
divíduo que lhe garante acesso a um conjunto
>>
cas). A credencial mais usual é uma chave no seu sentido genérico: um cartão, uma chave
magnéticos; Passivos de proximidade — São chips em-
A verificação biométrica acontece quando o
butidos, normalmente num cartão plásti-
indivíduo se identifica primeiro ao sistema
co, que não necessitam de alimentação,
com uma chave não biométrica e só depois
Segue-se uma lista dos tipos de credenciais
já que é o próprio leitor que os alimenta
os dados biométricos são lidos e compara-
possíveis.
através de ondas eletromagnéticas. Devi-
dos com a base de dados de utilizadores.
física, uma chave eletrónica, entre outros.
>>
Código
Tabela 1. Comparação de tecnologias biométricas. Os dados desta Tabela estão sujeitos a variação devido a
Um código é algo que o utilizador sabe. São
avanços tecnológicos e são indicativos do estado atual.
normalmente numéricos e têm de 4 a 6 dígitos. Para poderem ser introduzidos, pode existir um teclado dedicado ou, caso seja inserido apenas dentro da cabina, a botoneira pode ser utilizada. Não é uma credencial muito segura já que o utilizador pode estar acompanhado na cabina. Chave Uma chave é algo que o utilizador tem. Há vários tipos:
52
elevare
Caraterística biométrica
Aceitação
Precisão
Custo
Impressão digital
Alta
Baixa a alta
Baixo a alto
Reconhecimento facial
Média
Alta
Médio
Iris
Média
Alta
Médio
Retina
Baixa
Alta
Alto
Geometria da mão
Média
Média
Médio
Padrões de veias
Alta
Alta
Médio
Reconhecimento de voz
Alta
Baixa
Médio
PUB
Isto faz com que apenas uma comparação entre os dados recolhidos e os dados armazenados seja feita, e portanto a verificação é rápida. Na identificação biométrica os dados lidos do indivíduo são comparados com todos os dados na base de dados até se encontrar (identificar) quem ele é. A velocidade deste método degrada-se substancialmente com a quantidade de indivíduos na base de dados. As tecnologias de leitura biométrica têm diferentes graus de precisão e de custos, bem como de aceitação por parte dos utilizadores. A Tabela anterior sumariza estes fatores. LEITORES Os leitores de controlo de acessos podem ser classificados de acordo com as funções que são capazes de desempenhar: Leitores independentes Estes leitores possuem todo o hardware (entradas e saídas), a base de dados dos utilizadores e a capacidade de processamento para operarem sozinhos. Não estão ligados a nenhuma central e toda a programação (adição de novos utilizadores, entre outros) é feita localmente. Leitores de sistema Estes leitores apenas leem a credencial e comunicam o resultado a um sistema central de processamento. Normalmente também possuem um meio audiovisual de feedback para informar se a autenticação foi bem-sucedida ou não. Normalmente o sistema também permite o armazenamento do histórico de acessos, o que torna este tipo de topologia a indicada para edifícios onde a segurança é essencial. Leitores mistos Estes leitores combinam as duas funções. Detêm uma cópia da base de dados de utilizadores que lhe permite tomar decisões quando não conseguem comunicar com o sistema central. CONCLUSÃO São inúmeras as soluções que existem para implementar um sistema de controlo de acesso para elevadores. Fatores como o nível de segurança, a precisão, o custo e o desconforto permissível para os utilizadores são fatores que podem e devem ser tidos em conta para a escolha do sistema a implementar. No caso mais frequente, onde se pretende apenas limitar o acesso a determinados pisos ao utilizador comum (por exemplo, vedar o acesso às garagens aos não moradores, ou limitar o acesso a pisos sensíveis a apenas alguns utilizadores) os sistemas de chave ou código com um leitor independente é o mais comum, já que fornece um grau de segurança razoável a um preço atrativo, e permite a programação de acessos de forma normalmente muito fácil e intuitiva. No entanto, em edifícios onde a segurança é um ponto-chave, os sistemas centralizados serão os mais indicados.
Informação técnico-comercial
Nayar Systems e Room Mate Hotel em parceria com a inovação Nayar Systems
Kike Sarasola, Presidente da Room Mate Hotels, aposta na publicidade ao transporte mais utilizado do mundo - o elevador - através da Nayar Systems. A empresa de engenharia espanhola, Nayar Systems, através da sua marca Advertisim, estreitou laços com a Room Mate Hotels assinando um acordo a nível mundial que converte a cadeia hoteleira na primeira a levar a comunicação em tempo real às cabinas dos seus elevadores. E é assim que a Advertisim é sinónimo de inovação e vanguarda, tratando-se de um produto mais potente do que um mero display multimédia. A Advertisim está pensada para uma
mítico Hotel Room Mate Óscar de Madrid,
exploração online e em tempo real de con-
onde fica patente as sinergias entre ambas
teúdos, fazendo chegar milhares de men-
as marcas ao ter instalado Advertisim nos
sagens a milhões de dispositivos através
seus elevadores, e onde ambos os empre-
de um só clique. Com a Advertisim, a cadeia
sários falaram sobre novas oportunidades,
drid, a Barcelona, passando por Málaga ou
Room Mate Hotels aposta na vanguarda ao
empreendimentos e inovação nas suas
Milão – Room Mate Hotels pode mostrar
dar um passo mais à frente na sua identida-
respetivas empresas. Nas palavras de Kike
vídeos em HD de máxima qualidade, men-
de corporativa baseada em ouvir o cliente,
Sarasola, “estamos obcecados com a comu-
sagens e anúncios de interesse, imagens,
mimá-lo e fazê-lo sentir como se estivesse
nicação, e com o cliente porque penso que o
publicidade, notícias da atualidade, o tempo
na sua própria casa, vá onde vá.
que não comunica, não existe. Por isso, esta-
em cada uma das cidades e/ou países onde
mos encantados por trabalhar com a Nayar
se encontrem instalados os seus displays,
Systems.”
serviços do hotel, horários, menus, atra-
Recentemente, Kike Sarasola, Presidente da Room Mate Hotels, e José Luis Sanchis, Sa-
ções turísticas dos lugares onde se en-
les & Marketing Director de Advertisim, gra-
Com os displays Advertisim já instalados
contram instalados, e outras informações
varam uma vídeo entrevista no terraço do
em diversos hotéis da cadeia – desde Ma-
de interesse, de um modo personalizado e em tempo real graças à plataforma online Advertisim Manager. É de destacar que a cadeia hoteleira conta atualmente com 23 hotéis e segundo o Presidente: “abriremos mais 8 nos próximos 10 meses.” Advertisim é o presente e o futuro no setor hoteleiro, e Room Mate Hotels já acolheu a conetividade sem limites e a gestão do conteúdo Multimédia.
54
elevare
PUB
Informação técnico-comercial
Sistemas de comunicação bidirecionais AMPHITECH e o cumprimento normativo Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria na Área de Elevação
A AMPHITECH oferece ao mercado
censores. Isto porque todos os ascensores
sistema de comunicação não está de acor-
sistemas de comunicação e de controlo
novos têm de possuir um sistema de comu-
do com os RESS.
automático das chamadas cíclicas a
nicação bidirecional conforme a NP EN81-28
cada 72 horas, económicos e que vão
e conforme a NP EN 81-70.
Porque deve um ascensor ser diferente?
EN81-28, da NP EN 81-70 e da
A NP EN 81-70 deve sempre ser aplicada pelo
Se o risco é similar, o mesmo sistema deve-
Lei 65/2013.
princípio de igualdade de tratamento consa-
ria ser obrigatório para ascensores existen-
grado na Diretiva 2000/78/CE, transposta
tes, mas não o sendo, pode ainda assim ser
O momento atual passa por algumas mu-
para o Direito Nacional desde 2004, fazendo
proposto voluntariamente aos proprietá-
danças nos produtos de comunicação da
parte do atual Código do Trabalho. O Decreto-
rios de ascensores existentes, pelas EMIEs,
maioria das empresas que os preparam
Lei 163/2006 prevê que caso exista regula-
que podem assim promover uma melhoria
para dar uma resposta mais adequada ao
mentação especifica mais exigente a mesma
dos RESS.
mercado de pós-venda e ao cumprimento
seja aplicada, por este motivo a NP EN 81-70
normativo, o que não é o caso da AMPHI-
também deve ser cumprida e as entidades
AMPHITECH atingiu já um nível de qualidade
TECH que já possui os seus produtos pre-
inspetoras e Organismos notificados devem
e diversidade de produtos que entendemos
parados para uma vasta gama de opções,
verificar a sua aplicação de forma adequada.
como acima da média e ainda que a AMPHI-
mais além do cumprimento total da NP
que cobre todas as solicitações do merca-
TECH continue a desenvolver soluções ino-
do, poupando muitas horas de instalação e
A fiscalização deve verificar a existência
vadoras, entendemos que, neste momento,
adaptação.
de pictogramas conforme a ISO 4190‑5 no
estes produtos não necessitam de uma
sistema de comunicação na cabina, e ve-
evolução tecnológica imediata e significa-
A nova Diretiva 2014/33/EU já está em vi-
rificar que o sistema de comunicação e o
tiva, mas sim que as entidades oficiais veri-
gor e não altera os Requisitos Essenciais de
próprio GSM, quando exista, possui bateria
fiquem no terreno que os sistemas que se
Saúde e de Segurança (RESS), e por isso não
de emergência e efetua o controlo mesma.
aplicam cumprem com todos os requisitos
introduzirá mudanças nestes produtos de
Deve também também verificar outros
das Normas aplicáveis, nomeadamente
comunicação. Não obstante surgem novas
pontos da Norma que não sejam incompa-
que as EMIEs possuem e mantém funcio-
responsabilidades para todos os operado-
tíveis com o Decreto-Lei 163/2006, sendo
nal um sistema de comunicação bidirecio-
res económicos relativamente à rastreabi-
que em caso de incompatibilidade prevale-
nal que lhes permita oferecer atendimento
lidade dos componentes de segurança.
ce a Norma Europeia, conforme estipula o
permanente e serviços de socorro em ca-
mesmo diploma. No caso dos ascensores
sos de emergência, garantindo os pressu-
O mercado também deve ter em conside-
existentes importa verificar se o sistema de
postos da NP EN 81-28, da NP EN 81-70 e
ração que se o sistema de comunicação
comunicação instalado na cabina está con-
da Lei 65/2013, para todos os ascensores
aplicado num ascensor não cumpre a 100%
forme a NP EN 81‑28 e com a NP EN 81-70. A
multimarcas da sua carteira de manuten-
as normas harmonizadas nos termos da Di-
colocação destes ascensores em conformi-
ção, instalados após a primeira publicação
retiva 2014/33/UE, não está a cumprir com
dade pode ser uma excelente oportunidade
dos referidos documentos.
a mesma e, portanto, não pode ser coloca-
de negócio para as EMIEs.
do no mercado. O sistema de comunicação
A solução passa por uma fiscalização ade-
terá de cumprir com a NP EN 81-70 e com
Estas Normas Europeias consagram a ideia
quada, não existe outra forma melhor do
a NP EN 81-28 a 100% e para todos os as-
de que o CEN entende que um ascensor sem
que o momento da própria inspeção peri-
56
elevare
Informação técnico-comercial ódica para verificar o funcionamento adequado do sistema de comunicação, sendo que a desigualdade entre os sistemas comercializados no mercado, e a falta de verificação do funcionamento das chamadas cíclicas a cada 72 horas, estabelece desigualdades entre os operadores do mercado, o que não deveria ocorrer tratando-se de Normas harmonizadas. O sistema de comunicação bidirecional AMPHITECH TAU 01 com funcionamento conforme a NP EN 81-28, a NP EN 81-70 e a Lei 65/2013, dependendo dos periféricos aplicados é uma excelente e inovadora solução para utilizar de forma universal na sua empresa. Possui: >>
Bornes universais para ligar a alimenta-
A aplicação de um acoplador acústico, pre-
Bateria de emergência incorporada, com
>>
ção; filtro de chamadas; botão de cha-
visto na NP EN 81-70, e disponível na AMPHI-
controlo permanente da tensão e da ca-
mada ou de alarme; pictogramas, micro-
TECH, pode ser incluído no sistema de co-
fone, altifalante;
municação bidirecional, para permitir a sua
Em conjunto com a Central ORA04, per-
utilização por portadores de aparelho audi-
pacidade de carga; >>
Guia vocal de programação;
>>
Permite ligar simultaneamente até 8x
mite a gestão automática das chamadas,
tivo, o que é importante, face a uma popula-
TAU 01 a apenas uma ligação GSM AS350
transformando-se numa das soluções
ção com uma esperança de vida superior e,
3G (Voz + Dados) da AMPHITECH (ou a
mais económicas e fiáveis disponíveis
por isso mesmo, deveria ser proposto aos
uma linha analógica);
atualmente no mercado.
clientes finais com mais frequência.
>>
PUB
Informação técnico-comercial
Altivar Process 900: a eficiência total na movimentação de sólidos Joaquim Espadinha Drives Systems Product Manager Schneider Electric
A movimentação de sólidos, seja através
A gama inclui soluções para aplicações
de sistemas de elevação industrial
de uso intensivo (severo) nos setores pe-
(guindastes, gruas e pontes rolantes e
trolífero (O&G) e de mineração, minerais e
pórticos), transportadores ou moinhos
metalúrgico (MMM), permitindo uma am-
e trituradores, é uma parte importante
pla variedade de funcionalidades, desde o
da economia tendo a sua eficiência e
acionamento de um único motor a soluções
segurança influência direta no retorno
Multidrive para o acionamento e vários mo-
financeiro das mercadorias. Assim, é
tores que envolvem funções avançadas,
de elevada importância a melhoria do
como aquelas relacionadas com o equilí-
desempenho de processo, otimização de
"Ao nível da conetividade, a nova gama de Variadores de Velocidade Altivar Process Série 900 integra de base um Webserver e comunicação Ethernet/IP (...)"
brio de carga.
energia e gestão de ativos.
sivamente dedicadas à elevação industrial, Na continuidade dos Variadores de Velo-
resultando
Variadores de Velocidade, como o Altivar
cidade de gerações anteriores, dedicados
deste novo acionamento eletrónico face
Process Série 900 da Schneider Electric™,
a aplicações de elevação industrial e con-
à aplicação pretendida pelo utilizador, no-
ajudam a otimizar o desempenho dos negó-
tando com o vasto know-how da Schneider
meadamente o controlo do freio do motor
cios, ao reduzir o tempo de comissionamen-
ElectricTM nesta área, a que se junta décadas
para movimentos verticais ou horizontais,
to e melhorar significativamente o tempo
de experiência, nasce a nova geração de
elevação de alta velocidade, comutação
de produção. Todos os Variadores de Velo-
acionamentos eletrónicos, Altivar Process
de alta velocidade, equilíbrio de travagem,
cidade da gama Altivar Process Série 900
Série 900, fruto das sinergias dos vários
mestre/escravo com ligação elástica, mes-
são projetados para a otimização da utiliza-
Departamentos RD (Research and Devolep-
tre/escravo com ligação rígida, equilíbrio de
ção energética e aumento da poupança de
ment) de drives da Schneider ElectricTM, no-
carga entre motores, e boost para motores
energia, podendo acionar uma vasta gama
meadamente Pacy-sur-Eure/França, Viena/
de rotor cónico.
de motores, desde os tradicionais motores
Áustria, Houston/E.U.A. e Mie/Japão.
numa
grande
versatilidade
Ao nível da conetividade, a nova gama de
de indução ou assíncronos, aos motores síncronos, motores de rotor cónico e ainda
A nova gama de conversores de frequên-
variadores de velocidade Altivar Process
motores de relutância.
cia Altivar Process Série 900 destina-se a
Série 900 integra de base um Webserver e
uma utilização pesada ou serviço intensivo,
comunicação Ethernet/IP, o que permite ao
disponibilizando vários tipos de controlo de
utilizador fazer a monitorização e ajustes à
motor para o acionamento do motor em
programação do equipamento a partir de
malha aberta ou em malha fechada. Poden-
qualquer lugar e em qualquer momento.
do acionar motores trifásicos assíncronos, síncronos de ímans permanentes, de rotor
Com a integração de base da comunicação
cónico e uma das mais recentes tecnologias
Ethernet/IP, destaca-se a seguinte aplicação:
de motores, os motores de relutância.
>>
É possível fazer um anel em rede Ethernet/IP entre os vários Variadores de
58
elevare
Da vasta biblioteca de funcionalidades de
Velocidade e Altivar Process Série 900,
aplicação (macros) conta ainda com diver-
a qual é particularmente vantajosa na
sas funções de aplicação (macros) exclu-
situação em que vários motores acio-
Informação técnico-comercial nam a mesma carga mecânica, tendo
versão regenerativa do Altivar Process
efeito de Joule nos cabos de alimenta-
como objetivo a distribuição equalitativa
Série 900, o Altivar Process 980. Além
ção de potência e transformadores de
da carga entre os motores, como na ro-
de regenerativa, esta versão tem tam-
potência, as quais são devidas à THDi,
tação da lança de uma grua acionada por
bém uma baixa taxa de distorção har-
resultando numa redução dos custos
mais de um motor. Desta forma, cada
mónica em corrente (THDi<5%), que
energéticos nas potências ativa e reati-
Variadores de Velocidade Altivar Pro-
permite o reaproveitamento de energia
va, pois com redução da THDi (Taxa de
cess Série 900 mede em tempo real o
aquando do funcionamento do motor
Distorção Harmónica Total em (Corren-
binário resistente a que está sujeito o seu
em quadrante gerador, enviando essa
te)) obtêm-se, por consequência, uma
motor e comunicando com os restantes
energia de volta para a rede, para que
melhoria do fator de potência.
Variadores Altivar Process que estão
a mesma possa alimentar outra carga.
no mesmo anel de Ethernet/IP. Esta co-
Por outro lado, sendo um Variadores
Estão disponíveis as seguintes versões do
municação permite o cálculo contínuo
de Velocidade com baixa THDi, oferece
Altivar Process Série 900 que se encon-
efetuado pelos Variadores Altivar Pro-
a vantagem da redução de perdas por
tram no Quadro seguinte:
cess para ajustar o controlo do motor e, consequentemente, a sincronização e distribuição de esforços entre motores, resultando num equilíbrio equalitativo de esforços bem como numa perfeita sincronização, entre outros.
Sendo a Schneider Electric™, um dos maiores especialistas de gestão de
Altivar Process 930
380...480 V – 50/60 Hz
Altivar Process 930
380...440 V – 50/60 Hz
Altivar Process 950
380...480 V – 50/60 Hz
Altivar Process 950
380...440 V – 50/60 Hz
Altivar Process 960
380...440 V – 50/60 Hz
Altivar Process 980
380...440 V – 50/60 Hz
energia empenhada na eficiência energética bem como em formas de poupança de energia, desenvolveu uma
0,75...160 kW (versão de montagem mural - IP21) 110...315 kW (versão em armário IP21) 0,75...90 kW (versão de montagem mural – IP55) 110...315 kW (versão em armário IP54) 110...800 kW (versão em armário IP23 ou IP54) 110...800 kW (versão regenerativa em armário IP23 ou IP54)
PUB
Informação técnico-comercial
E2 micro da igus®: condução fácil de energia igus®, Lda.
Com a ferramenta de abertura gratuita em todas as encomendas para a montagem da calha articulada em segundos. A igus®, especialista em calhas porta-cabos articuladas, demonstra através das Séries de calhas micro E2.10 e E2.15 como é possível, atualmente, conduzir energia de forma inteligente: segura, modular e simples. As calhas E2 micro estão agora disponíveis em seis novas larguras interiores assim como diversos raios de curvatura. Todas as calhas micro vão acompanhadas por uma ferramenta de abertura gratuita. Assim é
Figura 1. Todas as travessas das calhas E2 micro podem ser abertas fácil e rapidamente através de uma
possível encurtar bastante os tempos de
ferramenta de abertura. Esta ferramenta acompanha todas as encomendas de forma gratuita (Fonte: igus®).
montagem reduzindo, desta maneira, os respetivos custos.
a montagem ainda mais fácil e rápida: a
sa ou vertical com a curva para cima, circu-
ferramenta de abertura fácil de calhas fa-
lar ou mesmo de lado, as calhas E2 micro
As Séries de calhas micro E2.10 e E2.15 com
bricada em plástico encontra-se dotada de
podem ser fixas com diversos elementos
alturas interiores de 10 e 15 mm são peque-
asas laterais capazes de abrir e rodar todas
terminais em todas as direções da calha e
nas e leves e mesmo assim extremamente
as travessas em poucos segundos. Desta
na máquina. Através de uma flange opcio-
estáveis. Através de um sistema de duplo
maneira, reduz-se um décimo no tempo de
nal, a calha também pode ser fixa de topo.
batente conseguiu-se aumentar o peso adi-
montagem. A ferramenta de abertura da
cional admissível na Série E2.15 em 100%,
igus® acompanha todas as encomendas fei-
O CONFIGURADOR ONLINE FACILITA
comparativamente, aos modelos anterio-
tas pelos clientes.
O PROCESSO DE AQUISIÇÃO
res de idêntica dimensão e o comprimento
Para além de um processo rápido, a igus®
sem suporte foi aumentado em 25%, isto é
180 VARIANTES GRAÇAS A UM SISTEMA
tem como objetivo oferecer a seleção mais
para 1,25 metros.
MODULAR INTELIGENTE
adequada, assim como a aquisição dos
Até hoje as três variantes das E2 micro só
componentes o mais fácil possível para o
ABRIR AS CALHAS MICRO DEZ VEZES
estavam disponíveis com uma largura in-
cliente. Para este efeito, o configurador
MAIS RÁPIDO
terior de 20 mm; agora juntaram-se mais
online dá uma boa ajuda ao indicar os parâ-
A família E2 está disponível em três varian-
seis larguras interiores (10, 13, 16, 30, 40
metros da sua aplicação. Desde o peso adi-
tes, de uma só peça, com elos fechados e
e 50 mm) assim como vários raios de cur-
cional na calha até ao terminal de fixação é
de duas peças com a travessa que pode
vatura. Desta maneira, o princípio modular
possível configurar todo o sistema de calha
abrir pelo raio interior ou exterior. Por meio
da igus proporciona cerca de 180 variantes
articulada online. E pode incluir também os
das travessas com abertura é possível co-
para os mais pequenos espaços de instala-
cabos confecionados, prontos a instalar,
locar os condutores fácil e rapidamente na
ção e, por conseguinte, a solução mais ade-
1030 tipos de cabos especialmente conce-
calha. Para além da excelente construção,
quada para qualquer tipo de exigência. Seja
bidos para serem aplicados em calhas arti-
a igus desenvolveu uma ferramenta para
uma aplicação horizontal, vertical suspen-
culadas e disponíveis em stock.
®
60
elevare
®
PUB
Publireportagem
Nayar Systems e a sua marca 72horas consolidam-se no mercado português, garantindo segurança e legalidade aos seus clientes Nayar Systems
A empresa espanhola é líder no
No primeiro momento, foi a 72horas – a
cumprimento da Normativa Europeia
marca mais veterana da empresa – a que se
EN 81.28, e em dois anos conseguiu o
comercializou em Portugal, dado que se de-
triunfo das suas marcas comercias em
tetou um nicho de mercado a cobrir no país.
Portugal.
Deste modo, 72horas, que sempre zelou pelo cumprimento escrupuloso da Norma-
Desde que a Nayar Systems começou a
tiva Europeia EN 81.28, converteu-se num
sua expansão internacional, muitos foram
exemplo a seguir pelos seus homólogos
os países onde se implementou: Alemanha,
europeus, vigiando a segurança dos seus
Espanha, França, Irlanda, Itália, Reino Unido,
clientes e dos seus passageiros; e causan-
Estados Unidos, Colômbia, Líbano, Singapu-
do com isto uma imagem positiva da marca
ra, Emirados Árabes, Turquia, Grécia e tam-
em Portugal. Fruto da sua trajetória profis-
qual permite estabelecer automaticamen-
bém Portugal. O país vizinho sempre foi um
sional, 72horas atualmente trabalha com
te – pressionando o botão de alarme – uma
dos objetivos a alcançar pela empresa, pelo
os melhores fabricantes de equipamentos
comunicação bidirecional de voz através de
que há dois anos, iniciou o seu caminho es-
GSM da Europa e lidera o setor das teleco-
um módulo de GPRS entre a pessoa presa
tabelecendo permanentemente uma pode-
municações no mundo do elevador, sendo a
no interior da cabine do ascensor e o centro
rosa força comercial no Porto, encarrega-
opção escolhida pelas equipas de manuten-
de avarias da equipa de manutenção. 72ho-
da de oferecer uma relação de proximidade
ção espanholas e portuguesas.
ras, através da sua plataforma universal,
direta com os clientes que iam apostando
serve de base de dados e registo de todas
na Nayar Systems e confiando na qualidade
Boa parte do sucesso obtido em Portugal
as chamadas de emergência realizadas
dos serviços oferecidos.
deve-se ao sistema [SOS]Com de 72horas, o
desde a cabine do ascensor. Deste modo, o técnico de manutenção dispõe de uma ferramenta de trabalho rápida e útil, dando-lhe a oportunidade de aceder a bases de dados para saber o que ocorreu e para dispor de um relatório detalhado da situação. Pedro Pinto, responsável de vendas de 72horas em Portugal, assinala o interesse que esta ferramenta suscitou entre as equipas de manutenção permitindo-lhes dispor de um completo reconhecimento do estado da linha. Graças ao sistema [SOS]Com, o técnico de manutenção possui um ótimo nível ótimo de cobertura e bateria, oferecendo todas as
62
elevare
Publireportagem informações relevantes sobre o estado da
sitivos, por ser a única plataforma homo-
milhares de pessoas de forma imediata,
linha, utiliza-se telemetria para controlar
logada e apoiada pelas principais empresas
independentemente do lugar em que se en-
remotamente os telefones, configura-se
do setor de elevação na Europa. 72horas
contre instalado, erguendo-se como o pri-
num período de 30 segundos, incorpora um
não só vende SIMS como também vende se-
meiro espelho do mercado com Advertisim
modelo único - GSM + Telefone -, aposta-se
gurança, legalidade e tecnologia. Por isso, a
incorporado.
na agilidade da instalação, o sistema leva
marca está a afirmar-se diariamente e, em
a cabo uma chamada cíclica de compro-
maior medida, no mercado lusitano.
As primeiras instalações de Advertisim em Portugal já são um feito, convertendo-se
vação. A plataforma de 72horas é, assim, utilizada como base de dados e de registo,
Devido ao sucesso de 72horas em Portugal,
no primeiro display multimédia do mercado
o que supõe uma regularização do parque
a Nayar Systems também apostou na intro-
português que permite uma interação única
de elevadores, implica uma melhoria cons-
dução de uma outra marca sua no mercado.
entre o cliente e a sua equipa de manutenção.
tante quanto aos requisitos e controlo da
Trata-se da Advertisim, uma plataforma de
Hardware e Software com excelente qualida-
hiperatividade, e para além disso, permite
comunicação que reproduz conteúdos mul-
de que se une a uma fácil gestão e contro-
conhecer em tempo real o estado de linha e
timédia e que pode integrar-se num vasto
lo total do conteúdo por parte do utilizador.
sincronização com a plataforma.
leque de setores. Se bem que em Portugal
Um investimento de cerca de 1150 000€ que
iniciou-se no setor dos elevadores, os dis-
permitiu fazer deste projeto uma realidade,
Deste modo, 72horas apresenta um siste-
plays Advertisim criaram uma autêntica re-
para que os clientes de Nayar Systems se-
ma integrado e um modelo único de insta-
volução tecnológica. Em Espanha, a marca
jam líderes tecnológicos.
lação, tendo conseguido uma integração
alcançou importantes acordos e encontra-
poderosa no mercado português. É de su-
-se consolidada nos setores hoteleiros e da
Tudo isto possibilitou que a empresa es-
blinhar que, atualmente, a 72horas é a única
elevação, introduzindo-se recentemente no
panhola tenha recebido vários reconheci-
plataforma capaz de cumprir com a Nor-
setor do retail. Advertisim dispõe atualmen-
mentos como o prémio pela sua trajetória
mativa Europeia EN 81.28, garantindo uma
te de diversos tamanhos – 10 e 15 polega-
empresarial inovadora, obtendo também
total cobertura dos telefones de emergên-
das -, assim como diversos formatos como
recentemente a distinção de PME inovado-
cia e apostando num serviço que cobre as
horizontal, vertical, All-in-one e Advertisim
ra concedido pelo Ministério de Economia e
necessidades do mercado. Por esta razão,
Glass, o qual se trata de um espelho à vis-
Competitividade de Espanha.
72horas converteu-se numa marca que os
ta desarmada, que se converte num display
portugueses têm em conta, em termos po-
multimédia que permite comunicar com
Welcome to the Connectivity!
elevare 63
Reportagem
IV Jornadas Técnicas - Elevadores
Fernando Maurício Dias
As Jornadas Técnicas — Elevadores têm
marcou a internacionalização do evento ao
sido, ao longo dos últimos anos, o único
nível da participação de oradores. Passa-
fórum de discussão em Portugal onde é
do pouco mais de um ano, e face às rele-
possível a presença de todos os interve-
vantes alterações, entretanto surgidas,
nientes do setor dos elevadores, assim,
considerou-se oportuno organizar as IV
temos contado com a presença de cons-
Jornadas Técnicas — Elevadores sendo es-
trutores civis, proprietários, empresas de
colhido o dia 05-07-2016.
administração de condomínios, câmaras municipais, gabinetes de projetos, gabine-
É de salientar que, desde as I Jornadas Téc-
tes de fiscalização, entidades inspetoras,
nicas — Elevadores, a organização esteve
docentes e alunos do ensino superior. É de
sempre a cargo do ISEP — Instituto Supe-
relevar o facto de contarmos com a parti-
rior de Engenharia da Porto e da OE — Or-
cipação de colegas de outros países o que
dem dos Engenheiros (Região Norte) aos
evidencia a relevância destes encontros.
quais se juntou a Revista "elevare"na 3. a e 4. a edição das Jornadas.
Este evento nasceu da identificação da necessidade em encontrar-se uma forma
Este ano, será dado destaque à certifica-
de aproximar os diferentes intervenientes
ção energética de ascensores, à nova Dire-
e criar um ponto de discussão e partilha
tiva Ascensores, às novas Normas EN 81-
de ideias aberto à sociedade. Assim, em
20 e EN 81-50 e às alterações à circular n.°
18-02-2011 realizaram-se as I Jornadas Téc-
1 da DGEG.Estamos convictos de que será
nicas — Elevadores. Fruto do sucesso da
mais um momento altamente produtivo
primeira edição e face a diversos pedidos,
para os presentes e que esperamos tenha
o projeto foi repetido em 15-06-2012 com
o mesmo nível de participação e de inte-
igual êxito. Após um interregno de cerca
resse das edições anteriores.
de dois anos, em 30-01-2015 realizaram-se as III Jornadas Técnicas — Elevadores que
64
elevare
Contamos consigo.
PUB
PROGRAMA 08:45 Recepção dos participantes e distribuição de documentação 09:15 Sessão de abertura 09:45 10:30 11:00
Painel 1 - Nova Diretiva Ascensores (2014/33/UE) Orador: Eng.° José Pirralha (ANIEER – Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes) Período de discussão Pausa para café + visita à exposição
11:45 12:30
Painel 2 – Normas EN 81-20 e EN 81-50 (substituição das normas EN 81-1/2) Orador: Eng.° Esfandiar Gharibaan (Chairman of CEN/TC10 – Lifts, Escalators and Moving Walks) Período de discussão
13:00
Intervalo para almoço + visita à exposição
14:30 15:15 15:45
Painel 3 – Certificação Energética de Ascensores Orador: Eng.° Manuel Casquiço, Eng.° Luís Bandarra (ADENE – Agência para a Energia) Período de discussão Pausa para café + visita à exposição
16:30 17:15
Painel 4 – Alteração à Circular n.° 1 da DGEG Orador: Eng.° Filipe Pinto (DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia) Período de discussão
17:45
Sessão de encerramento
Case study
Sistemas de televigilância, sintetizadores de voz e indicadores de posição independentes das manobras existentes nos ascensores Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria na Área da Elevação
A AMPHITECH oferece ao mercado
manutenção do parque de ascensores. Op-
O PTU 80V5 + SVA STS é um sistema
sistemas de televigilância, sintetizadores
cionalmente, os indicadores de posição na
evolutivo “bloco a bloco” que pode ser
de voz e indicadores de posição
cabina e no piso DIS podem aplicar-se à
composto por um tele-alarme: sistema
independentes das manobras existentes
instalação para a colocação em conformi-
de comunicação bidirecional para ascen-
nos ascensores.
dade total com a acessibilidade para todos
sores, um sistema de vigilância técnica e
com um sintetizador de voz, indicadores de
supervisão e um anúncio vocal de pisos e
posição e com setas de sentido de marcha.
de controlo dos indicadores de posição de
Estes sistemas são da máxima importância quando perante a existência de ascensores,
cabina e de patamar.
novos ou existentes, se pretende adicionar
Com o seu captador autónomo (CAPT U),
funcionalidades que nem sempre estão dis-
o conjunto PTU80V5 STS otimiza o funcio-
O PTU80V5 STS, com a sua vigilância téc-
poníveis para as manobras já instaladas ou
namento do tele-alarme criando assim a
nica e a sua análise do estado de funcio-
para as que se pretendem adquirir.
sua própria Filtragem de Alarme, indepen-
namento do ascensor, é capaz de gerar a
dentemente das diferentes tecnologias de
chamada de fim de alarme: "modo FAMA”.
O produto AMPHITECH PTU 80V5 STS
ascensores, podendo até ser um ascensor
permite que se mantenha ligado aos seus
com comando de relés.
ascensores. Para uma maior segurança e
O custo de aquisição do PTU 80V5 STS permite, facilmente, a sua amortização
um melhor serviço garantido aos utentes,
O sensor autónomo CAPT U é instalado so-
através de uma real redução dos custos
os ascensoristas e os gestores do parque
bre o teto de cabina, e capta a informação
de exploração (exemplo: 1 a 5 tele-alar-
de ascensores têm acesso direto e anteci-
de funcionamento do ascensor. É universal
mes STS com apenas 1 ligação e subscri-
pado à informação do funcionamento dos
e independente do modelo ou marca da
ção GSM).
seus ascensores. Esta informação arma-
manobra.
zena-se em servidores dedicados seguros
Pode assim optar por uma única tecnolo-
e disponíveis na Internet.
gia para uniformizar e otimizar o seu parque de ascensores, obtendo informações
O PTU80V5 STS permite a evolução do tele-alarme exigido pela regulamentação até à vigilância técnica, ao seguimento dos acontecimentos e à análise de tráfego dos ascensores. A informação de todas as ocorrências está acessível à distância para uma transparência total da vida do ascensor. O histórico de informação de avarias, intervenções técnicas, do tráfego e das chamadas realizadas
"A AMPHITECH, marca de excelência europeia em tele-alarmes para ascensores, oferece uma solução global ajudando a cumprir os requisitos para a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada."
sobre: >>
Data e hora de início de avaria e de informação de retorno ao funcionamento normal do ascensor;
>>
Avaria detetada pelo captador autónomo, CAPT U, de forma independente do armário de manobra;
>>
Data e hora de chegada e de saída do técnico, com informação do motivo da intervenção;
>>
Número de viagens da cabina e núme-
pelo tele-alarme transmitem-se assim ao
ro de aberturas de porta para cada
destino do gestor e/ou ao responsável pela
um dos pisos;
66
elevare
PUB
>>
Indicação de chamada de passageiro retido;
>>
Indicação de chamadas técnicas: >>
Chamadas de teste cíclico,
>>
Indicação de chamada de fim de alarme,
>>
Falha de alimentação (bateria e alimentação),
>>
Falha do botão de chamada.
Em caso de necessidade podem ser aplicados indicadores de posição e sentido de marcha compatíveis da AMPHITECH, também eles independentes da manobra que permitem remodelar facilmente os ascensores existentes, e ou uniformizar esteticamente ascensores com diversos modelos de sinalizadores num mesmo edifício. Estes sinalizadores com uma moderna imagem encontram-se disponíveis para montagem de superfície, horizontal ou vertical. O seu ecrã TFT de alta resolução e a alta intensidade de luz permitem uma visualização excelente e acima da média. O sinalizador pode ainda mostrar os pictogramas regulamentares do sistema de comunicação, e apresentar informações relativas ao excesso de carga e de ascensor fora de serviço. O sintetizador de voz pode ser integrado nos sinalizadores de cabina. A AMPHITECH, marca de excelência europeia em tele-alarmes para ascensores, oferece uma solução global ajudando a cumprir os requisitos para a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada. Com a aplicação de uma central AMPHITECH ORA04, estes sistemas podem ser instalados em grandes clientes finais que necessitem de tais funcionalidades, ou a quem as EMIEs necessitem de prestar informação detalhada e rapidamente. Os clientes finais que normalmente requerem este tipo de solução são grandes clientes institucionais como bancos, metro, caminho-de-ferro, aeroportos, hospitais, centros comerciais, entre outros. Estes sistemas cumprem as seguintes Normas Europeias:
EN 81 28 Dispositivo de alarme remoto para ascensores e ascensores de carga.
Normas Europeias
EN 81 70 Acessibilidade dos ascensores a pessoas, incluindo pessoas com deficiência. EN 81 71 Ascensores resistentes ao vandalismo.
Figuras
Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho Paula Maceiras
“A Morte não é o sono eterno, mas sim o
do desporto automóvel: a legalização dos
início da imortalidade”
chamados “ralis pirata”, enquanto respon-
(Robespierre)
sável do Clube Motorizado de Poiares, na década de 90; as muitas provas de rali
Carlos David Santos Coelho nasceu em
que, fruto do seu trabalho, na qualida-
Vila Nova de Poiares, a 7 de março de
de de Diretor de Prova ou de Comissário
1964 e faleceu a 22 de março de 2016, na
Desportivo, e dos que consigo formavam
cidade de Coimbra, duas semanas após
uma equipa incansável, sempre foram
ter completado 52 anos.
qualificadas como tendo uma organização magnífica; a sua participação no Tro-
Mas a sua vida não pode ser resumida
féu Nacional de Kartcross, com um kart
apenas a estas curtas e insuficientes fra-
feito integralmente por si, onde investia
ses. Carlos Coelho deixa um legado: uma
horas, para tirar uns gramas a cada com-
filha, Maria David Maceiras Coelho, a “sua
ponente. Apesar de não ser propriamente
princesa” de 9 anos, fruto do seu casa-
um homem do mar, sempre demonstrou o
mento com Paula Maceiras, sua esposa,
seu gosto em acompanhar os Amigos no
tes passatempos era, para si, o convívio.
sua sócia e sua companheira de mais de
veleiro “Bigmania” em diversas regatas. E,
Tantas vezes à volta de uma mesa, onde
um quarto de século. A vida pregou-lhe
nos poucos tempos livres, a paixão pela
gostava de estar com os que estimava.
uma partida, e nessa partida deixa uma
pesca, particularmente de trutas, que de-
Onde gostava de degustar o primeiro dos
família que o admirou sempre e a quem,
pois devolvia ao frio rio Ceira, para que no
dois tipos de vinho que conhecia: “Há os
com a sua personalidade, deixa marcas: a
futuro sempre houvesse renovação da
que sabem bem, e os que não.” Muitos re-
sua Mãe, Maria José; os seus dois irmãos,
espécie. Tão ou mais importante que es-
cordarão a sua expressão caraterística,
o Nando, o do meio e o Pedro, o mais
sempre que lhe falavam em alguma ativi-
novo; a Alice, afilhada dos seus pais que
dade ou em alguma iguaria que apreciava.
foi como que uma irmã desde o tempo em que era ainda um bebé; as cunhadas; os quatro sobrinhos que sempre o adoraram; os tios; os primos,… Deixa ainda a sua marca num grupo enorme de Amigos, os quais não é possível nomear, porque de muitos se tratam. Amigos que o tiveram ao seu lado, nos bons mas também nos maus momentos (nunca dizia que não a um pedido de um Amigo), e que mostraram ser verdadeiros Amigos ao acompanharem-no sempre ao longo da vida. Nos bons momentos, nas festas, no trabalho, mas também nos problemas, nas tristezas, na doença,… na morte. Não restam dúvidas que muitos o recordarão sempre pelo seu trabalho em prol
68
elevare
"A Liftime Elevadores, Lda., o seu projeto de vida, que foi o culminar de uma carreira de anos a pensar a engenharia mecânica em geral e os elevadores em particular. Empresa que sempre teve a sua sede em Coimbra, a sua cidade, e que posteriormente se estendeu a Maputo, e onde criou uma equipa não só de colaboradores, mas também de Amigos."
No dia 6 de março, já hospitalizado, à pergunta, se lhe saberia bem uma “lampreiazinha”. Respondeu sem hesitar: - “Isso é que era…”. E, no dia seguinte, no seu último aniversário, assim foi. Mas porque sempre quis mostrar e defender as suas ideias, conseguiu ainda ter tempo para, durante 12 anos, fazer parte da Assembleia Municipal do seu Concelho de Vila Nova de Poiares. Também na sua vida profissional Carlos Coelho deixa, não apenas saudades, mas um trabalho feito. A Liftime Elevadores, Lda., o seu projeto de vida, que foi o culminar de uma carreira de anos a pensar a engenharia mecânica em geral e os eleva-
PUB
dores em particular. Empresa que sempre teve a sua sede em Coimbra, a sua cidade, e que posteriormente se estendeu a Maputo, e onde criou uma equipa não só de colaboradores, mas também de Amigos. Tendo desde criança trabalhado no setor automóvel, na oficina e sucata do seu Pai, cedo demonstrou o seu gosto e as suas apetências para esta área. Demonstrativo desta tendência é o facto de, no 10.° ano de escolaridade, e talvez por algumas pressões, ter ingressado na área A, de ciências, para uma possível carreira na área da saúde, para no ano seguinte perceber que não era essa a sua verdadeira vocação e ter mudado para a área B, de tecnologias. Estava destinado ser Engenheiro! Após ter cumprido o seu serviço militar, tendo passado por Mafra e pelo BIMEC (Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Santa Margarida), ingressou em Engenharia Mecânica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde veio a licenciar-se. É também aqui, nos tempos de estudante, que conhece e inicia o seu namoro com aquela que viria a ser a mulher da sua vida. Em 1999, porque tinha vontade de saber cada vez mais, ingressou na Universidade de Saragoça para uma Pós-graduação em Transporte Vertical. Dez anos mais tarde, dando continuidade à sua formação, frequentou o Mestrado em Engenharia Mecânica, na Universidade de Coimbra. Enquanto empresário e empreendedor, como já referido, desde tenra idade começou a trabalhar na empresa do seu Pai, Nelson Coelho. Entre 1994 e até 2004, foi Diretor de Produção da Elevadores Padrão, Lda. onde, entre outras funções, foi ainda o responsável pelo desenvolvimento de novos produtos e novos processos e pela implementação do Sistema de Gestão de Qualidade, ISO 9001. E foi nesse ano de 2004 que decidiu ser dono do seu próprio projeto - a LIFTIME - empresa que criou e que ao longo de uma dúzia de anos construiu e fez crescer. Mas, apesar do muito tempo que este novo projeto o obrigava a despender, nunca deixou de partilhar com os outros os seus conhecimentos. Assim, participou em diversas formações e seminários, pertenceu à Comissão Técnica de Elevadores, CT 63, onde foi vogal e participou na tradução para português das Normas Espanholas. Sempre aceitou os convites que lhe formularam para ser orador, e assim transmitir o seu saber, como por exemplo em: “O Fabrico dos elevadores em Portugal”, nas Jornadas Técnicas da ADITEC e na Palestra sobre “Implementação da segurança em elevadores” que proferiu nas Jornadas Técnicas da ESTGA – UA, em 2010, ou ainda, como formador, na Especialização Pós-Graduada em Gestão e Manutenção de Equipamentos de Elevação - Elevadores no Politécnico do Porto. Pelo que foi como Pai, como homem de família e como Amigo, mas também como profissional e como homem presente e ativo na Comunidade, Carlos Coelho, estará sempre connosco. E, pelo menos os mais próximos, continuarão a ouvi-lo dizer, como respondia em cada telefonema: -“Transmita!”.
Ascensores com história
Os elevadores do edifício Nova Póvoa António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)
Por razões de segurança, o edifício possui dois lanços de escadas, um do lado esquerdo e outro do lado direito. O edifício dispõe de um gerador de grande potência destinado a alimentar, no caso de falta de energia, os elevadores e monta-cargas, a iluminação dos patamares e as bombas de água, que enchem os depósitos no piso superior que abastecem os apartamentos por gravidade. Este edifício é servido por quatro elevadores, cada um com capacidade para 10 pessoas (800 kg) e um monta-cargas com capacidade para 12 pessoas (900 kg). Os Com os seus 28 andares, o edifício “Nova
certeza, o maior complexo exclusivamente
elevadores estão agrupados dois a dois
Póvoa”, na Póvoa do Varzim, é um mais dos
habitacional.
(um grupo do lado esquerdo – n.° 1 e 2 e outro do lado direito – n.° 3 e 4). A velocidade
altos do nosso país. Possui 286 apartamentos, em regime de propriedade horizontal, à
Foi construído entre 1973 e 1980, pela
dos elevadores é de 2 m/s enquanto a do
razão de 10 apartamentos (nove T2 e um T1)
empresa João Marquês da Cruz, com um
monta-cargas é de 1 m/s. Todos os apare-
por cada andar. Localiza-se na zona norte da
projeto de arquitetura do Arquiteto Carlos
Póvoa de Varzim, na Avenida Repatriamento
Garcia, depois de muita polémica dado o
dos Poveiros, n.° 779, muito perto do Hotel
seu impacto visual na cidade, em virtude da
Axis Vermar e da Praça de Touros.
sua grande altura de cerca de 90 metros. A escolha da cor do edifício em “amarelo
Na sua maioria os apartamentos são apenas
ocre” foi objeto de criteriosos estudos, pri-
habitados na época balnear e nessa época
vilegiando a exposição solar, a proximidade
a população do prédio atinge mais de mil
do mar e o enquadramento estético com os
pessoas. Apesar de existirem em Portugal
edifícios envolventes.
prédios mais altos, o Nova Póvoa é, com A vista do telhado é soberba, alcançando a Refinaria da Galp em Matosinhos e as Tor-
"Este edifício é servido por quatro elevadores, cada um com capacidade para 10 pessoas (800 kg) e um monta-cargas com capacidade para 12 pessoas (900 kg)."
res de habitação de Ofir. Se o céu estiver muito limpo, é mesmo possível avistar o Monte de Santa Tecla na Galiza, em frente a Caminha. A planta do edifício é irregular de maneira a maximizar a exposição solar. As paredes exteriores e interiores são integralmente de betão armado.
70
elevare
PUB
lhos param na cave, (onde estão alojadas as garagens), no piso de entrada e no último piso (28.°). No entanto, em cada grupo, um deles pára nos pisos intermédios pares e o outro nos pisos ímpares. Com esta solução muito peculiar reduziu-se substancialmente o custo dos elevadores, sem redução da qualidade do serviço, dado ser praticamente nulo o tráfego inter-pisos. No entanto, dadas as suas funções, o monta-cargas pára em todos os pisos. Os elevadores foram instalados pela EFACEC, em 1980, com máquinas com redutor e motores de tração de 20 kW, 1100 rpm, de Corrente Contínua, sistema Ward Leonard, excitação independente, fabrico EFACEC1.
O grupo motogerador era constituído por um gerador de Corrente Contínua, excitação independente, fabrico EFACEC, acionado por um motor assíncrono trifásico EFACEC de 25 kW -1450 rpm. 1. Nessa época o sistema Ward Leonard era o único sistema de acionamento recomendado para elevadores com velocidade superiores a 1,2 m/s, pois permitia acelerações de arranque e travagem bastante suaves, da ordem dos 1 m/s2 e um acerto ao piso, da ordem dos 5 mm.
Para além dos elevadores do edifício Nova Póvoa, a EFACEC instalou vários elevadores com este tipo de acionamento, dos quais destacamos:
Na zona Norte: no Porto: 4 elevadores no Hotel Infante D. Henrique, 2 na Sede do Jornal de Notícias, 2 no edifício Urbaine, na Rua de Santa Catarina, 2 na Caixa Geral de Depósitos na Avenida dos Aliados (montagem Pinto&Cruz), 7 no edifício da Companhia de Seguros Tranquilidade junto ao Palácio de Cristal (idem) e 2 no Hotel Fundador, em Guimarães.
Na zona Sul: em Lisboa : 4 elevadores no Banco BIP, 4 no Hotel Altis, 6 na Sede da RTP, na Rua 5 de Outubro e 2 num Aparthotel na Figueira da Foz.
Mais tarde, na década de noventa, os sistemas Ward Leonard foram substituídos por motores assíncronos trifásicos, de velocidade variável, comandados por conversores eletrónicos de frequência, bastante mais eficientes e com menor necessidade de manutenção.
Ascensores com história
O comando de tração era efetuado por
efetuada por um grupo de 6 cabos de aço,
mente a velocidade real foi reduzida ele-
um equipamento eletrónico, designado
de 10 mm de diâmetro, dispondo de cabos
tronicamente, para 1100 rpm, (velocidade
por ARVA (Armário de Regulação de Velo-
de compensação, constituídos por duas
nominal dos antigos motores de cc), de ma-
cidade de Elevadores), desenvolvido pela
grossas correntes, entrelaçadas com cabo
neira a manter a velocidade de 2 m/s.
EFACEC, que comandava a excitação do ge-
de cânhamo.
rador através de uma ponte retificadora a
Algum tempo depois os elevadores foram
tiristores, que por sua vez provocava uma
intervencionados pela Schindler que mo-
tensão de saída variável do dito gerador. Essa tensão aplicada ao motor fazia com que ele rodasse a uma velocidade variável, tal como era pretendido. A regulação de velocidade era controlada em malha fechada (feedback), através de um dínamo taquímetro, acoplado ao motor. Assim o elevador acelerava continuamente e suavemente até atingir a velocidade máxima. Na travagem passava-se o contrário, com uma desaceleração progressiva.
"Os elevadores foram instalados pela EFACEC, em 1980, com máquinas com redutor e motores de tração de 20 kW, 1100 rpm, de Corrente Contínua, sistema Ward Leonard, excitação independente, fabrico EFACEC (...)"
Os redutores são EFACEC, tipo RXX, do tipo sem-fim-roda de coroa, com relação de
Mais tarde, estes elevadores foram remo-
transmissão de 45/2 e as rodas de cabos
delados pela Liftech, sendo retirados os
têm o diâmetro exterior de 840 mm.
motores e geradores EFACEC e substituídos por motores assíncronos trifásicos
dernizou as botoneiras de cabine e patamar. O monta-cargas foi instalado pela antiga empresa Comportel e mais tarde remodelado pela OTIS. Dispõe de portas automáticas de cabina e patamares e pára em todos os pisos. Está situado ao lado do elevador n.° 4. AGRADECIMENTOS >>
Dr. Costa e Silva, Administrador do Condomínio;
>>
Sr. Jorge Silva, Porteiro do edifício;
>>
Eng.° António Garrido, Diretor da Liftech;
>>
Sr. Fernando Almeida, antigo funcionário da EFACEC;
>>
Jornal “Povoa Semanário”, 12/8/2009, No Topo da Povoa, Pedro Ferreira da Silva.
As portas de patamar são do tipo Semiau-
alemães Loher, de 15 kW, 1450 rpm, com
tomático e as de cabina são automáticas,
comando eletrónico de variação de velo-
As imagens são do autor devidamente autorizadas
tipo telescópico. A suspensão das cabinas é
cidade, por variação de frequência. Obvia-
pela Administração do Condomínio.
72
elevare
PUB
Bibliografia VENTILAÇÃO Conteúdo: Com conhecimentos científicos básicos, da Termodinâmica, da Mecânica dos Fluidos e da Transmissão de Calor, foram analisadas neste compêndio, de acordo com as normas vigentes, as diversas técnicas mais indicadas, para a solução dos problemas de ventilação tanto natural como artificial, 52,12 € −20% 41,70 € Autor: Ennio Cruz da Costa ISBN: 9788521201045 Editora: Blucher Número de Páginas: 271 Edição: 2005 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
dos ambientes habitacionais e industriais, assim como as soluções para o prático transporte pneumático de materiais a granel. Ennio Cruz da Costa, engenheiro mecânico, eletricista, foi ainda Professor Catedrático da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, onde lecionou de 1947 a 1984 várias disciplinas da área de termotécnica com vários volumes publicados sobre o assunto, tendo resolvido inúmeros problemas nesta área ao longo dos muitos anos em que trabalhou como consultor industrial. Índice: Sistema de unidades. Símbolos adotados. Generalidades: Definições; Modificações físicas e químicas do ar ambiente; Quantidade de ar necessária à ventilação; Classificação dos sistemas de ventilação. Ventilação Natural: Ventilação por ação dos ventos; Ventilação por diferenças de temperatura. Ventilação Mecânica Diluidora: Generalidades. Ventilação Local Exaustora: Generalidades; Captores; Canalizações; Coletores.
LUBRIFICANTES & LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL Conteúdo: Esta obra destina-se aos estudiosos, aos engenheiros e a todos os profissionais de manutenção, preenchendo uma lacuna na bibliografia nacional sobre óleos lubrificantes e lubrificação automotiva e industrial, e também lubrificação em motores marítimos e ferroviários. 82,52 € −20% 66,02 € Autor: Pedro Nelson Belmiro, Ronald Carreteiro ISBN: 9789897521706 Editora: Interciência Número de Páginas: 504 Edição: 2006 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
O livro desperta para as práticas de reciclagem e rerrefino dos óleos utilizados, bem como para as técnicas de lubrificação dos principais elementos de máquinas e de segmentos industriais, abordando de forma ampla e profunda os aspetos da lubrificação automotiva, formulação e aditivos habitualmente utilizados. O livro aponta para os ensinamentos de armazenagem de óleos e graxas lubrificantes, além de abordar aspetos tecnológicos e práticos da lubrificação em geral. Índice: Parte I - O petróleo: Histórico. Refino. Bases lubrificantes. Parte II: Óleos lubrificantes. Aditivos em lubrificantes. Mistura. Graxas lubrificantes. Lubrificantes sólidos. Parte III - Princípios básicos de lubrificação: Atrito e desgaste. Lubrificação hidrodinâmica. Lubrificação limítrofe. Projeto de filmes em mancais de deslizamento. Reologia. Parte IV - Lubrificação de equipamentos específicos: Mancais. Engrenagens. Sistema hidráulico. Correntes, acoplamentos e cabos de aço. Motores eléctricos e moto-redutores. Compressores. Bombas. Refrigeração. Máquinas operatrizes. Lubrificação automotiva. Motores disel marítimos. Motores disel ferroviários. Turbinas hidráulicas. Turbinas a vapor e sua lubrificação. Ferramentas pneumáticas. Equipamentos de terraplenagem. Parte V - Lubrificação de indústrias específicas: Usina siderúrgica. Indústria têxtil. Usina de açúcar. Fábrica de cimento. Fábrica de papel. Usina nuclear. Parte VI - Produtos especiais: Óleo isolante. . Armazenagem e manuseio. Interpretação de análise do óleo usado. Reciclagem e rerrefino de óleos usados.
TOLERÂNCIAS, AJUSTES, DESVIOS E ANÁLISE DE DIMENSÕES Conteúdo: Neste livro são discutidos os conceitos de Fabricação; os Sistemas de Ajuste, de Tolerâncias, de Desvios de Forma e Posição; com exemplos de aplicação objetivos e reais, juntamente com princípios gerais de Cotagem e Rugosidade Superficial. 48,66 € −20% 38,93 € Autor: Oswaldo Luiz Agostinho, Antonio Carlos dos Santos Rodrigues, João Lirani ISBN: 9788521200505 Editora: Blucher Número de Páginas: 312 Edição: 1977 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
Índice: Aplicação de tolerâncias e acabamento superficial: Introdução; Medida nominal; Intercambiabilidade; Tolerâncias. Sistema de ajuste abnt - sistemas furo-base e eixo-base: medidas, diferenças, tolerâncias, ajustes, jogos e interferências, tolerância de ajuste TP, classes de ajustes, sistemas de ajuste, ajustes ISO-ABNT. Introdução. Diâmetros fundamentais. Qualidade de trabalho - tolerâncias fundamentais. Zonas toleradas para medidas exteriores (eixos) e medidas interiores (furos). Posição das zonas toleradas- representação gráfica. Abreviaturas. Sistemas de ajuste. Furo-base e eixo-base. Sistema misto. Determinação das diferenças. Classes de ajustes. Extensão do sistema de 500 a 3 150 mm. Escolha dos ajustes. Tabelas de ajustes recomendados. Aplicações. Tolerâncias para perfis estriados e chavetas. Aplicação de buchas entre eixo e cubo. Tolerâncias para rolamentos. Algumas aplicações típicas. Exercícios de aplicação. Tolerâncias geométricas - necessidade e implicações. Forma e diferença de forma. Diferença da reta (retilineidade). Diferença do plano (planicidade). Diferença do círculo (circularidade). Diferença da forma cilíndrica (cilindricidade). Diferença de forma de uma linha qualquer. Diferença de forma de uma superfície qualquer. posição e diferenças de posição. Orientação para dois elementos associados. Posição para elementos associados. Desvio de localização. Desvios de simetria. Desvios de concentricidade. Desvios de coaxialidade. Desvios compostos de forma e posição. Desvios da verdadeira posição de um ponto - condição de máximo material. Desvios de batida. Conclusão. Simbologia e indicações em desenhos.
74
elevare
Bibliografia MANUAL DE TECNOLOGIA METAL MECÂNICA Conteúdo: Este livro é um manual indispensável para quem deseja aprender a trabalhar com metais. Porém é um estudo muito útil para trabalhos de mestres ou qualificações técnicas e para estudantes universitários em geral. Esta publicação contém dados sobre os seguintes tópicos: Matemática básica, Ciências básicas, Comunicação técnica, Aspectos tecnológicos de Materiais, Padrões, Produção tecnoló71,13 € −20% 56,90 € Autor: Ulrich Fischer, Roland Gomeringer, Max Heinzler, Roland Kilgus, Friedrich Näher, Stefan Oesterle, Heinz Paetzold, Andreas Stephan ISBN: 9788521205944 Editora: Blucher Número de Páginas: 414 Edição: 2011 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
gica, Técnicas de regulação e controle e Tecnologia da informação. Índice: Matemática: Tabelas numéricas; Funções Trigonométricas; Fundamentos de Matemática Uso de parênteses, potências e raízes; Símbolos, Unidades Símbolos em fórmulas, símbolos matemáticos; Comprimentos; Áreas; Volume e Área de superfície; Massa; Centróides - centro de gravidade. Física: Movimento; Forças; Trabalho, Potência, Eficiência; Atrito; Pressão em líquidos e gases; Resistência de materiais; Termodinâmica; Eletricidade. Comunicação técnica: Construções geométricas básicas; Gráficos; Elementos de desenho técnico; Representação em desenho; Inserção de dimensões; Elementos de máquinas; Elementos de peças; Solda e estanhagem; Superfícies; Tolerâncias ISO e Ajustes. Ciência dos materiais: Materiais; Aços, sistema de designação; Aços, Tipos de aço; Aços, Produtos acabados; Tratamento térmico; Ferro fundido; Tecnologia de fundição; Metais leves; Metais pesados; Outros materiais metálicos; Plásticos, Apresentação; Testes de materiais, Apresentação; Corrosão, proteção contra corrosão; Materiais perigosos. Elementos de máquinas: Roscas; Parafusos; Escareados; Porcas; Arruelas; Pinos e pivôs; Junções eixo-cubo; Molas, ferramentaria; Elementos de acionamento; Mancais. Técnicas de fabricação: Gerenciamento da qualidade Normas, termos; Planejamento da produção; Usinagem de corte; Erosão; Separação por cisalhamento; Unir, juntar; Proteção do meio ambiente e segurança do trabalho. Automação e tecnologia da informação: Automação, conceitos básicos; Circuitos eletrotécnicos; Fluxogramas e diagramas funcionais; Hidráulica e pneumática; Comandos SPS; Manipulação e robótica; Tecnologia NC; Tecnologia da informação. Índice de normas. Índice remissivo.
MANUAL DE HIDRÁULICA Conteúdo: Este livro é voltado aos profissionais e estudantes de Engenharia e permanece indispensável à biblioteca mínima dos técnicos do setor, procurando atender também àqueles que, embora não especialistas, precisem interagir com essa especialidade. 96,08 € −20% 76,86 € Autor: José Martiniano de Azevedo Netto, Miguel Fernandez y Fernandez ISBN: 9788521205005 Editora: Blucher Número de Páginas: 632 Edição: 2015 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
Desenvolve conceitos e princípios básicos necessários ao entendimento da teoria e compreensão dos fenómenos. Também apresenta comentários, aplicações práticas, dados técnicos e exemplos de dimensionamentos e projetos de unidades e sistemas em que a água está presente, seja como técnica predominante, seja como coadjuvante: estruturas hidráulicas, tubulações, canais, bombeamentos, turbinas, unidades de tratamento, redes de distribuição de água e de coleta de esgotos, reservatórios, instalações prediais, irrigação, drenagem pluvial, medições e acessórios frequentes. Apresenta parâmetros que permitem desenvolver anteprojetos ao citar Normas Técnicas adotadas pelas entidades normalizadoras, e ao sugerir valores consagrados pela prática usual e pela experiência do autor. Esta 9.ª edição, preparada pelo engenheiro Miguel Fernández y Fernández, escolhido pelo Prof. Azevedo Netto para esse fim, mantém muito das edições anteriores, mas apresenta reorganizações, modificações, acréscimos, informações e atualizações significativas. Índice: Princípios Básicos. Hidrostática. Equilíbrio dos Corpos Flutuantes. Hidrodinâmica. Orifícios, Bocais e Tubos Curtos. Vertedores. Escoamento em Tubulações. Cálculo do Escoamento em Tubulações sob Pressão. Condutos Forçados. Acessórios de Tubulações. Bombeamentos. Golpe de Aríete/Transiente Hidráulico. Sistemas de Tubulações. Condutos Livres ou Canais. Hidrometria. Sistemas Urbanos. Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água. Sistemas Urbanos de Esgotos Sanitários. Sistemas de Drenagem Pluvial. Instalações Prediais. Instalações Prediais de Água. Instalações Prediais de Esgotos. Instalações Prediais de Águas Pluviais. Hidráulica Aplicada à Irrigação. Uso da Água pelas Culturas Agrícolas. Características do Solo. Métodos de Irrigação. Elaboração de Projeto – Dimensionamento. Diversos. Bombas e Casas de Bombas. Medições – Indicações e Cuidados na Medição de Vazões. Sistema Internacional de Unidades (SI). Apresentação.
W W W. E N G E B O O K . C O M A SUA LIVRARIA TÉCNICA!
Consultório técnico
Consultório técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
O RSEE prevê no Artigo 2 do Artigo 75°
geneizar os critérios com vista à realização
diz que em substituições de componentes
(Decreto n.° 513/70 de 30 de outubro)
das inspeções periódicas.
devemos colocar os que cumprem a legislação
um dispositivo que provoque a paragem
mais recente será legítimo aplicar um novo
da máquina de tração, em menos de 20
O que se pretende assegurar com o
dispositivo para cumprir o Artigo 75° mas com
segundos, logo que a cabina ou o contrapeso
cumprimento do Artigo 75º no Decreto-Lei n.°
a nova temporização?
se encontrem anormalmente imobilizados.
513/70?
Não. Deve-se olhar, neste caso particular,
Será que a legislação é clara porque se põe
Quando o elevador se encontrar anormal-
não ao dispositivo em si mesmo, mas à
a questão de uma nova temporização para
mente imobilizado deve um dispositivo pro-
função que este pretende cumprir. O novo
este artigo?
vocar a paragem da máquina de tração em
dispositivo, no Decreto-Lei n.° 513/70 deve
Verificou-se, na altura da transição do De-
menos de 20 segundos com dois objetivos
assegurar o cumprimento do Artigo 75º
creto n.° 513/70 (RSEE) para os regulamen-
principais: a) assegurar a imobilização do
e os seus 20 segundos e não, pelo facto
tos aprovados pelas Portarias n.° 376/91
elevador; b) com o corte elétrico assegurar
de ser novo, pretender-se que ele altere a
de 2 de maio (RSAE) e n.º 964/91 de 20 de
que a máquina deixa de estar sob tensão.
legislação. Ele visa assegurar a seguran-
setembro (RSAH), o surgimento em eleva-
ça da instalação que continua a mesma.
dores novos ainda instalados ao abrigo do
A imobilização do elevador é importante
Quando se diz que o componente deve
RSEE ou em remodelações de elevadores
por uma questão de segurança das pes-
cumprir a legislação mais recente suben-
antigos, de quadros de comando com tem-
soas e o tempo em que esta ocorre torna-
tende-se que o próprio componente deve
porizações conforme o RSAE (EN 81-1) e o
-se preocupante quando nos encontramos
obedecer a critérios mais exigentes de
RSAH (EN 81-2). O RSAE (EN 81-1) na secção
num elevador sem porta de cabina – o mais
fabrico e segurança e não contribuir para
10.6.2.2 e o RSAH (EN 81-2) na secção 12.12.1
frequente em elevadores deste Decreto.
que, com a sua aplicação, a segurança da
têm disposições equivalentes ao Artigo
instalação se torne menos restritiva, como
75° do RSEE, mas com as seguintes tem-
O que se pretende assegurar com o
porizações: para ascensores elétricos não
cumprimento dos Pontos 10.6.2.2 do RSAE
deve exceder o mais baixo de a) 45 segun-
(EN81-1) e 12.12.1 do RSAH (EN 81-2)?
Qual o comportamento das Empresas de
dos ou b) duração do percurso total, au-
Porque é que o tempo para imobilização é
Manutenção de Ascensores e das Entidades
mentado de 10 segundos, com um mínimo
menos restrito?
Inspetoras relativamente a este assunto?
de 20 segundos, se a duração do curso é
Sensivelmente o mesmo que com o Artigo
Algumas Empresas de Manutenção de As-
inferior a 10 segundos; para os ascensores
75° do RSEE. Para além destes elevadores
censores pretendem que o parecer da DGEG
hidráulicos 60 segundos mais o tempo de
serem providos de outras seguranças o
se torne universal e obrigatório e tenha a
percurso completo da subida.
facto de estas instalações serem obrigato-
força de alteração do Decreto. Já esque-
riamente providas de portas de cabina faz a
ceram o porquê do parecer – o surgimen-
que
diferença. Em caso de imobilização o uten-
to de quadros de comando com as novas
começaram a surgir quadros de comando
te é protegido pela própria cabina e tem-se
temporizações em elevadores com porta
cumprindo a nova legislação mas aplicados
mais em conta a necessidade da máquina
de cabina - e pretendem por facilidade ou
a instalações novas ou remodelações
deixar de estar sob tensão.
Neste
período
de
transição
em
seria o caso.
de instalações ao abrigo do Decreto n.° 513/70, qual foi o parecer da DGEG?
De referir que situando-nos no tempo de
A DGEG emitiu o ofício n.° 1251 de 20 de ja-
transição em que as duas legislações fo-
neiro de 1997, informando que é possível,
ram confrontadas os últimos elevadores
no caso em apreço, aplicar a nova legisla-
ao abrigo do Decreto-Lei n.° 513/70 já ti-
ção, salvaguardando-se, contudo que esta
nham portas de cabina.
aplicação não é obrigatória. Acrescentou que não via inconveniente na aplicação de
Vimos que o surgimento de quadros de comando
legislação mais recente em remodelações
que cumpriam a nova legislação e não a antiga
dos quadros de comando. Salientou ainda
deu origem a esta questão da temporização
que o ofício não teve como objetivo homo-
do Artigo 75°. Olhando para a Diretiva que
76
elevare
"Algumas Entidades Inspetoras mais atentas ao problema original aceitam a nova temporização apenas com a substituição do quadro de comando completo."
Consultório técnico economia que a substituição apenas do dis-
©wikihow_com
positivo dê lugar a uma nova temporização, principalmente quando o tempo total do curso é inferior aos 20 segundos. Algumas Entidades Inspetoras mais atentas ao problema original aceitam a nova temporização apenas com a substituição do quadro de comando completo. Porque é que o tempo de atuação do Artigo 75° deve ser o mais curto possível? Porque é que é abusivo pretender que se aplique a nova temporização a todos os elevadores do Decreto por igual? Pela razão já apontada da segurança das pessoas em elevadores de cabina sem porta. Porque existem elevadores diferentes, uns
Situação n.° 2: O utente num elevador que
tamar superior. O próprio corpo do técnico,
sem e outros com porta de cabina e uns
fica imobilizado, por qualquer motivo, num
em última estância, pode ser o obstácu-
mais antigos e outros modernos que evi-
patamar ou perto dele. Admitamos um
lo que o elevador encontra. Quanto mais
denciam seguranças muito diferentes.
obstáculo que passado um tempo deixa de
cedo atuar o Artigo 75° melhor. 45 segun-
existir. Existe uma folga entre a travessa
dos será uma eternidade.
Quais as situações para as quais a atuação
superior do enquadramento do acesso da
do Artigo 75° é relevante em termos de
cabina e a parede da caixa em frente desse
Situação n.° 5: O utente com chave de por-
segurança?
acesso compreendida entre 7 cm<d<12 cm.
tas desce ao poço para recolher as chaves
Existem inúmeras situações para as quais
Se o utente estiver com o braço a pressio-
de casa que caíram. A sua mulher segura a
o tempo de atuação do Artigo 75° é rele-
nar a porta de patamar e o elevador entrar
porta de patamar. Entretanto a iluminação
vante em termos de segurança para além
subitamente em movimento de descida,
do patamar apaga-se e ela aproxima-se
da proteção ao motor, todas em elevado-
o braço poderá, por estar imobilizado a
do interruptor para acendê-la. Não segu-
res sem porta de cabina que é a situação
exercer pressão na porta, encaixar-se na
ra bem a porta de patamar que se fecha.
mais frequente nas instalações ao abrigo
referida folga. De referir que se o eleva-
O elevador que tinha o registo para o piso
deste Decreto-Lei n.° 513/70, a saber:
dor estiver entre guias com uma distância
extremo inferior entra em movimento de
considerável entre as fixações, os 12 cm da
descida. O homem retira a escada do poço
Situação n.° 1: O utente num elevador que
folga podem aumentar com esforço. Com
e com ela tenta obstaculizar o elevador
fica imobilizado, por qualquer motivo, num
a agravante de nesta situação de descida já
que a esmaga parcialmente. Quanto mais
patamar ou perto dele. Admitamos um
não ser possível ao utente acionar o patim
cedo atuar o Artigo 75º melhor. 45 segun-
obstáculo que passado um tempo deixa
móvel porque fica distante dele. Quanto
dos será uma eternidade.
de existir. O utente está junto à porta de
mais cedo atuar o Artigo 75° melhor. 45
patamar a tentar abri-la e se o elevador
segundos será uma eternidade.
entra em movimento de subida o utente
Como devem atuar os inspetores quando a temporização do Artigo 75 for superior a
poderá aleijar-se pelo movimento repenti-
Situação n.° 3: O técnico de manutenção
20 segundos em elevadores instalados ao
no dependendo da posição das mãos e do
está por baixo da cabina a verificar o pára-
abrigo do referido Decreto-Lei?
braço que podem ir contra os braços dos
- quedas. Embora o stop tenha sido atuado
Os inspetores têm a obrigação de cumprir
encravamentos (mesmo tendo tido tempo
houve falha na verificação desta avaria. É
a legislação em vigor e aplicar a cláusula
para atuar o patim, o que será raro). A si-
feito um registo para o piso extremo infe-
condizente com a situação encontrada e
tuação agravar-se-á muito, caso o utente
rior. O técnico cai no poço e tenta colocar
com a tipologia constante na listagem de
após a paragem entre em pânico e tente
a mala das ferramentas no amortecedor
cláusulas. Caso encontrem situações pare-
sair pelos visores da porta de patamar,
para obstaculizar o elevador que a esma-
cidas com as que deram origem ao parecer
(mesmo que estes tenham as dimensões
ga. Quanto mais cedo atuar o Artigo 75°
da DGEG devem ajuizar da sua aplicação ou
regulamentares que não permite a sua sa-
melhor. 45 segundos será uma eternidade.
não, certificar-se se o elevador tem porta de
ída), ou parta os visores estenda o braço
cabina ou não, avaliar o estado de velhice e
para pedir socorro e o elevador entrar em
Situação n.° 4: O técnico de manutenção
as condições de segurança gerais da instala-
movimento de subida. Quanto mais cedo
está por cima da cabina e o comutador de
ção, nunca descurando e tendo sempre em
atuar o Artigo 75° melhor. 45 segundos
revisão que tem botão de rodar parte-se.
conta o objetivo principal duma inspeção: ga-
será uma eternidade.
O elevador assumiu um registo para o pa-
rantir a segurança das pessoas.
elevare 77
Ca endár o de eventos fe ras DES GNAÇÃO EXPO PRED AL TEC
EXPO ELEVADOR
AUTOMAT ON MUMBA
MTS
TEMÁT CA
LOCAL
Fe a de Tecno og as de S s emas
São Pau o
P ed a s
B as
Expos ção de Tecno og a
São Pau o
sob e T anspo e Ve
B as
ca
Fe a na Á ea da Au omação
Fe a pa a a ndús
a Me a ú g ca
Fe a n e nac ona de Máqu nas EMAF
Equ pamen os e Se v ços pa a a ndús
NTERL FT
a
Mumba nd a
Ch cago EUA
Po o Po uga
Fe a n e nac ona de Cons ução
Ausbu g
e Tecno og as de E evado es
A emanha
DATA
CONTACTO
2a 4
AURES DE
u ho
con a o@au es de o g b
20 6
www au es de o g b
3e 4
Ca doso A me da Even os
u ho
n o@expoe evado com
20 6
www expoe evado com
22 a 25
ED Commun ca ons L d
agos o
a ok aswamy@ edcommun ca ons com
20 6
www edcommun ca ons com
2a 7 se emb o 20 6
AMT – The Assoc a on o Manu ac u ng Techno ogy am @am on ne o g www am on ne o g
23 a 26
EXPONOR Fe a n e nac ona do Po o
novemb o
s v a osa@expono p
20 6
www expono p
7 a 20
AFAG Messen und Auss e ungen GmbH
ou ub o
n o@a ag de
20 7
www a ag com
formação e even os DES GNAÇÃO FORMAÇÃO BÁS CA EM SEGURANÇA VAR AÇÃO DE VELOC DADE CONF GURAÇÃO E PARAMETR ZAÇÃO
NTRODUÇÃO AOS AUTOMAT SMOS
TEMÁT CA Fo mação na Á ea da Segu ança
LOCAL E mes nde Po uga
Fo mação na Á ea da Va ação
Po o
de Ve oc dade
Po uga
Fo mação na Á ea da Au omação
Po o Po uga
DATA
CONTACTO
05 a 9
CENF M
u ho
e mes nde@cenfim p
20 6
www cenfim p
2a 4
n opo o@a ec p
20 6
www a ec p
3a 5
TECNOLOG A MECATRÓN CA
Fo mação na Á ea da Meca ón ca
ATEC – Academ a de Fo mação
se emb o
n opo o@a ec p
20 6
www a ec p
26 E mes nde
ATEC – Academ a de Fo mação
u ho
se emb o
CENF M e mes nde@cenfim p
Po uga 20 6 a 3 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. www cenfim p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. u ho 20 8 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 30 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ATEC – Academ a de Fo mação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO Fo mação na Á ea Pa me a se emb o a ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. n opa me a@a ec p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. COM EMP LHADORES da Mov men ação Po uga 0 ou ub o ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. www a ec p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 20 5 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 0 ou ub o CENF M ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Po o ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. SOLDADOR A Fo mação na Á ea da So dadu a 20 6 a 29 e mes nde@cenfim p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Po uga ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. u ho 20 7 www cenfim p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. .....................................................................................................................................................................................................................................................
78
e eva e
.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
PUB
PUB