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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

Número 7 . 2.o Trimestre de 2016 . www.elevare.pt

EDIFÍCIO

NOVA PÓVOA Normalização

-- Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE -- Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção NP EN13306:2007 e NP EN 15341:2009

Ascensores com história

Os elevadores do edifício Nova Póvoa

DOSSIER

AUTOMAÇÃO E COMPONENTES PARA ELEVADORES

Qualidade

-- Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros -- O comportamento dos ascensores em caso de incêndio (2.ª Parte)

Figuras

Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho


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Ficha técnica

elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

4

Editorial

fmd@isep.ipp.pt

6

Normalização [6] Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE [8] Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção

COLABORAÇÃO REDATORIAL

DIRETOR Fernando Maurício Dias

Fernando Maurício Dias, José Pirralha, C. Pereira Cabrita, A. J. Marques Cardoso, Carlos Alberto Alves, Miguel Leichsenring Franco, João E. Almeida, Fernando Cruz, Eurico Zica Correia, Ana Francisco, Ricardo Solanilla, Luís Reis Neves, Joaquim Espadinha, Paula Maceiras, António Vasconcelos, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino

COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt

NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009

22

Qualidade, segurança e ambiente [22] Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros [24] O comportamento dos ascensores em caso de incêndio (2.a Parte)

30

Coluna da APEGAC

Simplificação e eficácia 32 Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE 34 Nota técnica Motores Elétricos 36

Artigo técnico O impacto da Diretiva n.° 2014/33/EU, de 26 de fevereiro

DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt

CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt

DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira, Tel.: +351 225 934 633 a.pereira@cie-comunicacao.pt

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

PUBLICAÇÃO PERIÓDICA Registo n.° 126364 Periodicidade: semestral Estatuto editorial em www.elevare.pt

Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

38 Notícias e Produtos 45

Dossier sobre automação e componentes para elevadores [46] Correta utilização e seleção de contactos elétricos para funções de segurança [48] Controlo do movimento e variação de velocidade [52] Sistemas de Controlo de Acessos para elevadores

54

Informação técnico-comercial [54] Nayar Systems e Room Mate Hotel em parceria com a inovação [56] Sistemas de comunicação bidirecionais AMPHITECH e o cumprimento normativo [58] Altivar Process 900: a eficiência total na movimentação de sólidos [60] E2 micro da igus®: condução fácil de energia

62 Publireportagem Nayar Systems e a sua marca 72horas consolidam-se no mercado português, garantindo segurança e legalidade aos seus clientes 64 Reportagem IV Jornadas Técnicas - Elevadores 66 68

Case study Sistemas de televigilância, sintetizadores de voz e indicadores de posição independentes das manobras existentes nos ascensores Figuras Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho

70 Ascensores com história Os elevadores do edifício Nova Póvoa 74

Bibliografia

76 Consultório técnico 78

Calendário de eventos

Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng.° António Vasconcelos

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3


Editorial

Este número da ELEVARE coincide com as IV Jornadas Técnicas – Elevadores que têm vindo a ser, para o bem e para o mal, o único evento nacional em que há a possibilidade de reunir as mais diversas partes interessadas no setor dos elevadores. Este ano, particularmente, é fértil em assuntos que implicam alterações mais ou menos profundas, nomeadamente a transposição da nova Diretiva Ascensores (Diretiva 2014/33/EU) que, neste momento, ainda

Fernando Maurício Dias

não está transposta para o direito nacional; as novas Normas EN 81-20 e EN 81-50 que têm

Diretor

como função a substituição das bem conhecidas Normas EN 81-1 e EN 81-2; a obrigatoriedade da certificação energética de ascensores a instalar em edifícios de comércio e serviços,

urgentemente de respostas para que todos

embora ainda não seja possível concluir o processo com a colocação da correspondente

os intervenientes possam desenvolver a

etiqueta energética e, por último mas não menos importante, a revisão da circular n.º 1 da

sua atividade de uma forma mais previsível

DGEG e a adoção de eventuais medidas que possam permitir ultrapassar o impasse pro-

e focando as suas energias para aquilo que

vocado pela não-existência de documentação dos ascensores instalados na vigência da

verdadeiramente interessa numa perspeti-

Diretiva Ascensores.

va de acrescentar valor à sua organização.

É neste contexto, de alguma incerteza, que os diferentes agentes têm que desenvolver a

Por último, convido à participação nas IV

sua atividade que nem sempre é fácil, embora muitas das dificuldades são dificuldades de

Jornadas Técnicas de Elevadores, a ter lu-

contexto. Assim, podemos colocar algumas questões: i) porque é que não foi efetuada a

gar no dia 5 de julho de 2016 no Auditório

transposição da nova Diretiva para o direito português sabendo que tivemos um período de

Magno do ISEP – Instituto Superior de En-

2 anos para o fazer? ii) porque não é possível, ainda, a emissão da etiqueta da classificação

genharia do Porto, onde estes temas serão

energética dos ascensores quando a legislação impõe a certificação energética desde o iní-

abordados e onde poderão colocar as vos-

cio do ano de 2016? iii) porquê a demora na divulgação da eventual solução para o problema

sas questões e dúvidas que, certamente,

da Circular n.° 1 da DGEG? Efetivamente há diversas questões pertinentes que necessitam

terão uma resposta adequada.

ESTATUTO EDITORIAL TÍTULO “elevare – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tecnologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “elevare – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais.

4

elevare

CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Artigo Técnico >> Espaço ANIEER >> Coluna APEGAC >> Espaço Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias e Produtos >> Nota Técnica

>> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >>

Investigação e Desenvolvimento Dossier Temático Entrevista Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Calendário de Eventos Consultório Técnico Links Publicidade

ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.


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Normalização

Normas harmonizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE José Pirralha Presidente da CT 63

Foi publicada no Jornal Oficial da União Euro-

2014/33/UE como anteriormente para

são das referências à EN 81-20, noutros

peia de 20/04/2016 a lista das Normas har-

a Diretiva 95/16/CE.

para alterações técnicas mais profundas.

monizadas ao abrigo da Diretiva 2014/33/UE.

2. Contrariamente ao estabelecido no n.° 3 do Artigo 6.° do Decreto-Lei 295/98 de

Com exceção da EN 81-72:2003 que deixará

Para lá da consulta do Jornal Oficial da União

22 de setembro (transposição da Dire-

de conceder presunção de conformidade em

Europeia que vivamente recomendamos,

tiva 95/16/CE), a referência das Normas

31.8.2017, as restantes Normas harmoniza-

gostaríamos de chamar a atenção para os

nacionais que transpõem as Normas Eu-

das continuam a conceder tal presunção até

seguintes aspetos:

ropeias deixa de estar pendente da publi-

31/08/2018.

1. Com

exceção

das

EN

81-20:2014,

cação de qualquer despacho, passando

EN 81-50:2014 e EN 81-72:2015 que

as Normas a estarem harmonizadas

Esta é uma decisão do CEN que visa funda-

substituem as EN 81-1:1998+A3:2009,

uma vez publicadas no Jornal Oficial da

mentalmente simplificar a vida à indústria,

União Europeia.

sem prejuízo dos trabalhos de normalização

EN 81-2:1998+A3:2009 e EN 81-72:2003

6

respetivamente, as restantes Nor-

3. Todas as Normas “afetadas" pelas

continuarem e das Normas virem a ser pu-

mas mantém-se, concedendo presun-

EN 81-20/50, estão em processo de revi-

blicadas à medida que o ciclo de revisão se

ção de conformidade para a Diretiva

são, nalguns casos apenas para a inclu-

cumpra.

elevare


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Normalização

Conceitos e definições de falha e avaria nas Normas Portuguesas de Manutenção NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009 C. Pereira Cabrita, A. J. Marques Cardoso Professores Catedráticos · Membros Conselheiros e Especialistas em Manutenção Industrial pela Ordem dos Engenheiros CISE – Electromechatronic Systems Research Centre · Universidade da Beira Interior cabrita@ubi.pt, ajmc@ubi.pt

RESUMO

Este trabalho foi apresentado no 17.° Con-

ficas e tecnológicas com uma importância

No tempo presente, onde a globalização

gresso Ibero-Americano de Manutenção,

crescente no domínio dos diversos ramos

crescente em todos os setores de atividade é

em Cascais, nos dias 21 e 22 de novembro

e atividades não só das engenharias, mas

uma realidade indiscutível, a competitividade

de 2013.

também em todos os restantes setores do

é um fator primordial na sobrevivência das

quotidiano. Integra os objetivos das empre-

empresas, obrigando a padrões de qualidade

1. INTRODUÇÃO

sas com a finalidade de se otimizarem as

até então nunca vistos. Por outro lado, para

Como salientou o Eng.º Monteiro Leite,

ações de conservação, tendo um caráter

se conseguir assegurar esses elevados pa-

primeiro Presidente da Associação Portu-

de antecipação e obrigando à definição de

drões, aumentando simultaneamente a efi-

guesa de Manutenção Industrial, “é sabido

políticas de atuação concretas e concisas.

ciência, a disponibilidade e a fiabilidade não

que na indústria moderna os pontos fracos

Ou seja, utilizando uma linguagem de ca-

só da maquinaria envolvida nos processos

podem originar anualmente custos 20 vezes

riz económico, a manutenção industrial é

de fabrico mas também dos equipamentos

mais elevados que o valor da própria instala-

já considerada como um centro de lucro e

produzidos, a “função manutenção”, associa-

ção afetada e se apenas 0,1% desses custos

não como um centro de custo, devendo ser

da à componente qualidade, representa uma

fossem investidos com oportunidade na aná-

entendida não como um encargo inútil mas

área estratégica fundamental, com um peso

lise da origem dos pontos fracos, poder-se-ia

sim como uma atividade produtiva.

elevadíssimo nos índices de produtividade e

ter evitado 50% dessas perdas” [1].

na implantação, consolidação e prestígio das

2. NORMAS PORTUGUESAS

organizações. Como tal, o conhecimento e o

Independentemente da variedade de con-

DE MANUTENÇÃO

cabal cumprimento da normalização exis-

ceitos e definições associados às atividades

Atendendo à panóplia dos domínios téc-

tente, tanto no plano nacional como interna-

da “função manutenção”, sejam eles nor-

nicos associados à sua atuação, é aconse-

cional, é essencial para que aqueles objeti-

malizados ou de cunho prático e pessoal,

lhável que a “função manutenção” recorra

vos sejam cumpridos e se consiga utilizar a

é consensual apresentar-se esta função

a um conjunto vastíssimo de Normas não

mesma linguagem de uma forma supra-na-

como sendo a garantia da disponibilidade

só de engenharia mas também específi-

cional, com práticas verdadeiramente lean.

e da fiabilidade da maquinaria envolvida

cas da manutenção, e que deverão estar

nos processos produtivos assim como dos

acessíveis, nas organizações, a todos os

Neste trabalho, os autores salientam a

bens colocados à disposição da sociedade,

recursos humanos afetos ao respetivo de-

importância da existência da normalização

através da avaliação das imperfeições e

partamento. No domínio concreto da ma-

em manutenção industrial, e qual o papel

defeitos surgidos no património tecnológi-

nutenção tem-se verificado, recentemente,

que as instituições de ensino superior de-

co investido, levando em linha de conta os

uma atividade significativa no sentido de se

verão desempenhar no seu ensino e divul-

objetivos das organizações e realizando-se

uniformizarem terminologias, conceitos,

gação. Adicionalmente, expôem os concei-

no âmbito de uma despesa orçamentada

definições e formas de atuação, recorrendo

tos e definições de falha e avaria, propondo

previamente, e estando diretamente rela-

a Normas internacionais que têm vindo gra-

algumas melhorias e correcções nas Nor-

cionada com uma determinada atividade

dualmente a substituir as Normas e práti-

mas Portuguesas NP EN 13306:2007 e

industrial. Como tal, a manutenção indus-

cas de atuação que já existiam em diversos

NP EN 15341:2009 com vista à sua otimiza-

trial e a qualidade e o seu controlo são já,

países. Esta tendência representa inequivo-

ção e uniformização.

felizmente, encaradas como áreas cientí-

camente um fator positivo, contudo a sua

8

elevare


Normalização eficácia depende, como é óbvio, do realismo

f. medir continuamente os resultados

ços e estabelecer entre ambos um

no número de Normas que se elaboram, do

das modificações ao longo do tempo."

quadro de referência para os serviços de manutenção;

rigor dos seus conteúdos, e da sua utilização intensiva pelos interessados. Seguida-

mente descrevem-se, de forma sucinta, quais os objetivos das Normas Portuguesas

Nas generalidades, está redigido o se-

de manutenção para que os conflitos

“Para abranger este aspeto da manu-

e alterações sejam minimizados;

tenção, este sistema de indicadores de

que dizem respeito à terminologia e às ver-

desempenho está estruturado em três

tentes de organização e gestão:

grupos: indicadores económicos, técnicos

>>

e organizacionais.

Manutenção” [2]. De acordo com a sua

introdução, “A finalidade desta Norma Eu-

>>

determinar o âmbito dos serviços de manutenção e identificar as opções para o seu fornecimento;

>>

assistir e aconselhar na esquematização, organização e negociação de

Os indicadores propostos podem ser

contratos de manutenção e na defi-

ropeia é definir os termos genéricos usa-

avaliados como a razão entre fatores

dos em todos os tipos de manutenção e

(numerador e denominador) medindo ati-

de organização da manutenção, indepen-

vidades, recursos ou eventos, de acordo

nutenção e recomendar a atribuição

dentemente do tipo do bem considerado, à

com uma fórmula específica.

de direitos e deveres entre as partes

exceção das aplicações informáticas.

É da responsabilidade de toda a organi-

dir qualquer aspeto quantitativo ou caraterística de um nível na arborescência e para efetuar comparações homogéneas.

>>

assegurar a disponibilidade do bem

para a função requerida a custos

>>

simplificar comparações entre contratos de manutenção.”

>>

Na Introdução, encontra-se redigido ainda o seguinte: “Devem ser seguidas

Sempre que um fator seja definido como

três etapas quando se utiliza esta Norma:

ótimos;

'interno' ou 'externo', convém utilizar

>>

considerar os requisitos de seguran-

igualmente qualquer indicador derivado,

quais os serviços de manutenção que

ça relativos ao bem e ao pessoal da

unicamente para influências internas ou

serão executados internamente e

manutenção e da operação e, quando

externas.”

quais os serviços que serão contrata-

Etapa 1: O contratante deverá decidir

dos externamente; isto é: explicitar os

necessário, ter em conta o impacto Nos objetivos, salienta-se que “A medi-

serviços que poderão ser comprados

melhorar a durabilidade do bem e/ou

ção e análise destes indicadores podem

ao fornecedor de serviços de manu-

a qualidade do produto ou do serviço

auxiliar a gestão a:

tenção e, por consequência, sujeitos

fornecido, tendo em conta os custos,

>>

definir objetivos;

se necessário.”

>>

planear estratégias e ações;

>>

partilhar resultados a fim de infor-

a que se segue à decisão de contra-

mar e motivar as pessoas.

tar externamente um serviço de ma-

ambiental; >>

identificar tipos de contratos de ma-

do contrato incluindo riscos;

tégia de manutenção de acordo com três >>

nição de regras em caso de conflito; >>

Estes indicadores são utilizados para me-

zação de manutenção definir a sua estracritérios fundamentais:

>>

melhorar a qualidade dos contratos

guinte:

de Manutenção em vigor, em particular as

NP EN 13306:2007, “Terminologia da

>>

NP EN 15341:2009, “Manutenção. Indi-

ao contrato de manutenção; >>

Etapa 2: A fase de pré-qualificação é

nutenção ou parte dele, e é durante

cadores de desempenho da manutenEstes indicadores podem ser utilizados:

este período que a empresa identifica

>>

periodicamente, por exemplo na pre-

os fornecedores de serviços com ca-

sempenho da manutenção, para apoio

paração e acompanhamento de um

pacidade para realizar as tarefas de

da gestão de forma a atingir a excelência

orçamento e na avaliação do desem-

da manutenção e utilizar os bens imobi-

penho;

ção (KPI)” [3]. Na sua introdução, “Esta

Norma estabelece os indicadores de de-

>>

manutenção requeridas; >>

Etapa 3: O contrato de manutenção

pontualmente, por exemplo no âmbi-

poderá ser preparado, utilizando esta

maioria destes indicadores aplica-se a

to de auditorias específicas, estudos

Norma como guia, e o fornecedor

todas as instalações industriais e ser-

e/ou benchmarking.

dos serviços de manutenção deve

lizados de uma maneira competitiva. A

ser selecionado pela negociação do

viços (edifícios, infra-estruturas, transporte, distribuição, redes, entre outros).

A periodicidade a considerar para as me-

Estes indicadores deverão ser utilizados

dições depende da política da empresa e

para:

da abordagem da gestão.”

marking interno e externo); c. diagnosticar (análise de pontos fortes e fracos); d. identificar objetivos e definir metas a alcançar; e. planear ações de melhoria;

>>

NP EN 13460:2009, “Manutenção. Documentação para a manutenção” [5]. É uma

a. medir o estado; b. estabelecer comparações (bench-

preço ou por concurso.”

>>

NP EN 13269:2007, “Manutenção. Instru-

Norma dirigida essencialmente a proje-

ções para a preparação de contratos de

tistas, fabricantes, escritores técnicos e

manutenção" (4). De acordo com a sua

fornecedores de documentação, não in-

Introdução apresenta os seguintes ob-

cluindo documentos relacionados com

jetivos:

a formação e competências dos utili-

>>

“promover o relacionamento entre o

zadores, operadores e pessoal afeto à

contratante e o fornecedor de servi-

manutenção, podendo não ser aplicável

elevare

9


Normalização para a documentação da manutenção

A presente Norma visa aumentar a

incentivando à implementação do

de aplicações informáticas. O seu “Ob-

satisfação do cliente através da apli-

conceito de Custo do Ciclo de Vida em

jetivo e campo de aplicação” estabelece

cação eficaz do sistema, incluindo

substituição do Custo de Aquisição, e

as seguintes linhas gerais de orientação

processos para uma melhoria con-

um vetor de promoção comercial e

para:

tínua, tendo como base os requisitos

de competitividade para a empresa

>>

do cliente e requisitos regulamenta-

>>

“a documentação técnica que deverá ser fornecida com um bem, o mais

res aplicáveis.”

tardar, antes de este ser posto em serviço, de forma a apoiar na sua >>

mecanismo de auto-regulação do próprio mercado, proporcionando

manutenção;

crito que:

o incremento da competência e ino-

a informação/documentação a ser

>>

vação”.

nir uma estratégia de manutenção e

cional do bem, de forma a apoiar as

estabelecer, documentar, implemen-

Encontra-se igualmente disponível uma ou-

necessidades da manutenção.”

tar e manter um sistema de gestão

tra Norma Portuguesa, a NP EN 50126:2000

da manutenção e melhorar continu-

[8], que versa a aplicação da metodologia

Por sua vez, “Os documentos provenien-

amente a sua eficácia de acordo com

RAMS (Reliability, Availability, Maintenability,

tes da fase de preparação” são os se-

os requisitos desta Norma;

Safety – Fiabilidade, Disponibilidade, Manuti-

Os documentos devem contemplar os

bilidade, Segurança), mas apenas para o material ferroviário.

>>

>>

dados técnicos;

termos e definições da NP EN 13306,

>>

manual de operação (de entrada em

e a gestão documental deve refletir

funcionamento);

os requisitos da NP EN 13460. Os uti-

Saliente-se que as Normas NP EN corres-

>>

manual de implantação;

lizadores e os executantes de ma-

pondem às versões portuguesas das Nor-

>>

lista de componentes e recomenda-

nutenção devem aplicar definições

mas Europeias EN. Por exemplo, as Normas

ção de sobressalentes;

formalmente corretas para melhor

NP EN 13306:2007 e NP EN 15341:2009 re-

>>

regime do plano de montagem;

se compreenderem os requisitos da

sultam da tradução das respetivas Normas

>>

plano de detalhe;

manutenção. Estes requisitos pode-

Europeias EN 13306:2001 e EN 15341:2007,

>>

plano de lubrificação;

rão ser de importância particular na

tradução essa da responsabilidade do Insti-

>>

diagrama unifilar;

redação dos contratos de manuten-

tuto Português da Qualidade, e elaboradas

>>

diagrama lógico;

ção, pelo que se recomenda o recur-

pela Comissão Técnica CT 94, da APMI –

>>

diagrama de circuito;

so à observância da NP EN 13269.”

Associação Portuguesa de Manutenção In-

>>

diagrama de tubos e instrumentos;

>>

desenho de implantação;

NP 4492:2010, “Requisitos para a presta-

nas três versões oficiais (alemão, francês

>>

desenho de conjunto;

ção de serviços de manutenção” [7]. Os

e inglês), e uma versão noutra língua, obti-

>>

relatório do programa de ensaio;

seus objetivos são os seguintes:

da pela tradução, sob responsabilidade de

>>

certificados.

>>

“Definir os requisitos por forma a que

um membro do CEN – Comité Europeu de

dustrial. Estas Normas Europeias existem >>

os prestadores de serviços de ma-

Normalização, para a sua língua nacional,

No seu Anexo A, esta Norma apresen-

nutenção ofereçam aos seus clien-

e notificada ao Secretariado Central des-

ta os “Documentos provenientes da fase

tes soluções que se alinhem com as

te organismo, tendo o mesmo estatuto

operacional”, no Anexo B define os “Ele-

suas necessidades e objetivos, isto é,

que as versões oficiais, como sucede com

mentos de informação para ordens de

proporcionem uma garantia de previ-

as Normas Portuguesas em questão. Os

trabalho”, e no Anexo C procede à “Apre-

sível desempenho mantendo o ativo

membros do CEN são os organismos na-

sentação genérica da estrutura e dos ob-

operacional e fiável, reduzindo assim

cionais de normalização dos seguintes pa-

jetivos da documentação”.

o tempo ocioso do mesmo;

íses: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,

Constituir um referencial com vista à

Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,

NP 4483:2009, “Guia para a implemen-

certificação de prestadores de ser-

Espanha, Estónia, Finlândia, França, Gré-

tação do sistema de gestão de manu-

viços de manutenção e seu controlo

cia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letó-

tenção” [6]. No “Objetivo e campo de

periódico por auditorias efetuadas

nia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega,

por uma entidade credenciada;

Países Baixos, Polónia, Portugal (Instituto

Apoiar os prestadores de serviços

Português da Qualidade), Reino Unido, Re-

tos para um sistema de gestão da ma-

de

pública Checa, Roménia, Suécia e Suíça.

nutenção em que uma organização ne-

um meio que permita reconhecer os

cessita demonstrar a sua aptidão para,

seus esforços, distinguindo-os dos

Um outro aspeto que consideramos de

de forma consistente, proporcionar um

seus concorrentes;

substancial importância, até pela nossa

Fazer da qualidade dos serviços de

prática habitual, diz respeito ao ensino da

sitos do cliente, das exigências legais e

manutenção um critério permanen-

normalização, nada usual nos currículos

regulamentares aplicáveis;

te e transparente para o comprador,

dos cursos de engenharia nas instituições

aplicação”, >>

“A presente Norma especifica requisi-

serviço que vá ao encontro dos requi-

10

“A direção da manutenção deve defi-

estabelecida durante a fase opera-

>> >>

Fomentar o estabelecimento de um

Nos “Requisitos gerais” encontra-se es-

guintes:

prestadora de serviços; >>

elevare

>>

>>

manutenção,

fornecendo-lhes


Normalização do Ensino Superior independentemente

NP EN 13306 que “Os termos 'avaria' e 'fa-

Baseado nessa amplitude da definição de

do subsetor, politécnico ou universitário,

lha' são praticamente sinónimos e podem

avaria, na obra citada este autor utiliza

situação esta corroborada de uma forma

utilizar-se indistintamente. É comum, no

praticamente em exclusivo o termo 'avaria'

simples ao constatar-se do reduzidíssi-

entanto, utilizar o termo “avaria” com mais

e não o termo 'falha'.

mo número de Normas existentes nas

amplitude, para um equipamento como um

bibliotecas ao serviço dos estudantes de

todo, e o termo “falha”, em sentido mais

Rui Assis [10] considera que a avaria surge

engenharia. Não basta ensinarem-se por

restrito, dirigido ao órgão. Exemplo: o empi-

como um caso particular de falha, e que “o

exemplo, os princípios do eletromagne-

lhador avariou por falha no sistema hidráu-

termo avaria refere-se não só à ocorrência

tismo e da termodinâmica, os sistemas

lico.” Considera também que “os termos

de uma falha (da função capacidade) mas

mecânicos, as técnicas de projeto eletro-

'avaria' e 'falha' são sinónimos e ambos

integra também a consequência: o equipa-

mecânico, os conversores de eletrónica

são um acontecimento, um evento. O pri-

mento pára (a função capacidade reduz-se

de potência, as máquinas elétricas e a

meiro utiliza-se, normalmente, dirigido ao

a zero). Pode também designar-se como

manutenção industrial, com um comple-

equipamento e nas situações reparáveis –

avariado o estado de um equipamento que

to divórcio das respetivas Normas Indus-

a prensa avariou, repara-se; enquanto que

falhou”. Ao contrário de Saraiva Cabral, Rui

triais que norteiam as terminologias, os

o segundo se utiliza nas situações irrever-

Assis ao longo da sua obra aplica quase

processos de fabrico, o dimensionamen-

síveis – a lâmpada fundiu, falhou, tem que

sempre o termo falha em vez de avaria.

to, os ensaios e os aspetos ambientais e

ser substituída; o tubo rebentou, falhou,

de segurança operacional. Para melhor

tem que pôr um novo. Para exprimir o es-

Quanto aos restantes especialistas re-

entendimento, apresentam-se de seguida

tado decorrente destes acontecimentos as

ferenciados, Varela Pinto [1] e Andrade

alguns exemplos práticos de miscigena-

palavras são as mesmas, mas no passado:

Ferreira [11] utilizam o vocábulo avaria,

ção entre teoria, prática e normalização:

'avariado', 'com falha'." Considera ainda que

Torres Farinha [12] considera por exemplo

>>

No cálculo de estruturas metálicas

“o termo 'avaria' também é mais amplo, na

os indicadores MTBF (Mean Time Between

soldadas e aparafusadas é essencial

medida em que se aplica indistintamente a

Failures) e failure rate como sendo, respe-

consultarem-se

>>

sobre

uma avaria intrínseca ao próprio bem – ava-

tivamente, o Tempo Médio Entre Falhas e a

perfis em aço, soldadura, e parafusos

riou por falha na alimentação de óleo – ou

taxa de avarias, e Didelet Pereira e Vicente

sextavados;

a uma causa fortuita extrínseca – avariou

Sena [13] traduzem por exemplo o MTBF

O ensino de acionamentos em tração

porque caiu água em cima, enquanto que o

para tempo médio de funcionamento entre

elétrica ferroviária deve ser acom-

termo 'falha' só se aplica no primeiro caso.”

duas avarias, o MTTF (Mean Time To Failu-

as

Normas

re) para tempo até à ocorrência de falha

panhado das respetivas Normas, de

>>

>>

modo a utilizar-se a terminologia cor-

Saraiva Cabral escreve ainda que “a língua

em sistemas reparáveis, e o MTTFF (Mean

reta, como pantógrafo, transforma-

portuguesa é, porventura, mais rica para

Time To First Failure) para tempo que me-

dor de tração, motor de corrente on-

descrever as avarias e os fatores que as

deia entre a entrada em funcionamento e a

dulada, bobina de alisamento, escova

determinam do que a inglesa e a francesa

ocorrência da primeira avaria em sistemas

de terra, entre outros;

que utilizam para falha ou avaria, com a

reparáveis.

No cálculo e dimensionamento de mo-

acepção de acontecimento, as palavras 'fai-

tores elétricos de indução trifásicos,

lure' e 'défaillance', e para os termos avaria-

Sem dúvida que esta dicotomia de designa-

torna-se imprescindível a normaliza-

do e com falha, com a acepção de estado,

ções se deve não a questões de sematologia

ção relativa a índices de proteção, clas-

as palavras 'fault' e 'panne'. Assumamos,

mas sim ao facto de se considerar “falha”

ses de isolamento, tipos de serviço,

portanto, sem complexos, essas virtudes.”

e “avaria” como acontecimentos. Por outro

dimensões de chapas magnéticas, de

Por outro lado, considera também que a

lado, a Norma Europeia EN 13306:2001 [2]

veios e de carcaças, e tipos de ensaios;

definição normalizada de avaria não esti-

estabelece as seguintes definições para

O ensino da organização e gestão da

pula de forma exata qual o patamar acima

falha e avaria, respetivamente:

manutenção deve ser acompanhado

do qual um bem se pode considerar avaria-

>>

pela respetiva normalização, de modo

do, colocando por exemplo a seguinte in-

a que os alunos interiorizem as termi-

terrogação: “Uma viatura que funciona mas

nologias e os procedimentos habituais.

que está permanentemente a ir abaixo, um equipamento que está a produzir a 60% do

Failure: Termination of the ability of an item to perform a required function;

>>

Défaillance: Cessation de l’aptitude d’un bien à accomplir une fonction requise;

>>

Fault: State of an item characterized

Com efeito, revela-se extremamente útil

seu rendimento nominal, um motor que está

by the inability to perform a required

incutir nos alunos hábitos de consulta

a consumir mais 30% do que devia: Estarão

function, excluding the inability during

normativa, cada vez mais indispensáveis

avariados? Ou apenas em estado degrada-

preventive maintenance or other plan-

ao exercício da engenharia.

do?” Conclui escrevendo o seguinte: “Existe,

ned actions, or due to lack of external

de facto, alguma amplitude na definição de

resources;

3. DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE FALHA

avaria, pelo que nas situações práticas, por

E AVARIA

exemplo em contratos, se deve ampliar a

plir

Saraiva Cabral [9] considera, como nota

definição normalizada, de forma a contextu-

l’inaptitude due à la maintenance pré-

adicional à definição de avaria na Norma

alizar o conceito no caso específico,…”

ventive ou à d’autres actions program-

>>

Panne: État d’un bien inapte à accomune

fonction

requise,

excluant

elevare

11


Normalização mées ou a un manque de ressources

>>

extérieures. Adicionalmente, na Norma Internacional

>>

Ref. 191-05-01, Fault: NOTE 1 - A fault is

ma delas ficado imobilizada. Este equi-

often the result of a failure of the item

pamento falhou assim 5 vezes, contudo

itself, but may exist without prior failure;

nunca avariou;

Ref. 191-05-01, Panne: NOTE 1 - Une pan-

>>

Numa viagem de 600 kms, o sistema

IEC 60050-191 [14], publicada pela Inter-

ne est souvent la conséquence d’une dé-

de bombagem do óleo de lubrificação

national Electrotechnical Commission [15],

faillance de l’entité elle-même, mais elle

de uma viatura automóvel acusou al-

que serviu de base para a elaboração da

peut exister sans défaillance préalable.

gumas quebras de pressão, mas que

EN 13306:2001, e cujo vocabulário se en-

não impediram que o motor tivesse

contra disponível em [16] na área 191 – De-

De destacar ainda que a Norma IEC 60050

funcionado dentro dos parâmetros de

pendability and quality of service, tem-se,

[14,16], contempla a definição de faulty, en

segurança operacional considerados

respetivamente:

panne, avariado:

normais. Todavia, no final do trajeto a

>>

Ref. 191-05-23, Faulty: Pertaining to an

bomba acusou uma anomalia irrever-

item which has a fault;

sível, que obrigou à imobilização total

Ref. 191-05-23, En panne: Qualifie une

do veículo para manutenção corretiva.

entité en état de panne.

Neste caso concreto, tanto as quebras

>>

Ref. 191-04-01, Failure: The termination of the ability of an item to perform a re-

>>

quired function; >>

>>

Ref. 191-04-01, Défaillance: Cessation de Por conseguinte, pode-se então escrever

dem ser classificadas como falhas pro-

fonction requise;

na língua portuguesa:

gressivas (ou graduais), tendo a falha

Ref. 191-05-01, Fault: The state of an item

>>

final conduzido a um estado de avaria,

Falha: Cessação da aptidão de um bem

characterized by inability to perform a

(ou item) para desempenhar uma fun-

required function, excluding the inability

ção requerida;

during preventive maintenance or other

>>

de pressão como a anomalia final po-

l’aptitude d’une entité à accomplir une

>>

ou seja, o veículo ficou avariado; >>

Momentos antes da descolagem, um

Avaria: Estado de um bem (ou item)

dos reatores de uma aeronave, sem

planned actions, or due to lack of exter-

caracterizado pela sua inaptidão para

registo de qualquer anomalia prévia

nal resources;

desempenhar uma função requerida,

detetada nas habituais intervenções de

Ref. 191-05-01, Panne: État d’une entité

excluindo a inaptidão devida à manu-

manutenção preventiva sistemática e

inapte à accomplir une fonction requise,

tenção preventiva ou a outras acções

condicionada, sofreu uma explosão in-

non comprise l’inaptitude due à la main-

programadas, ou devida à ausência de

terna que obrigou à imobilização com-

recursos externos;

pleta e permanente do aparelho, para

Avariado: Qualificação de um bem (ou

substituição desse reator. Verificou-se

item) em estado de avaria.

assim uma falha súbita, crítica e catas-

tenance préventive ou à d’autres actions programmées ou due à un manque de

>>

moyens extérieures.

trófica, que avariou completamente, Este vocabulário internacional (Electropedia)

Consequentemente, estas definições nor-

de forma permanente, o reator e, por

apresenta, para todos os termos, as defini-

malizadas são inequívocas, provando-se

consequência, o próprio avião, que fi-

ções constantes da Norma IEC 60050 em

assim que “falha” e “avaria” (ou “avariado”)

cou então em estado de avaria crítica,

inglês e francês, e a tradução de cada ter-

não devem ser entendidas como sinóni-

completa e permanente. Note-se que

mo para mais sete línguas, entre as quais o

mos mas sim respetivamente como um

estes conceitos de “falha súbita”, “fa-

português e o espanhol. As correspondên-

acontecimento (ou mudança de estado) e

lha crítica”, “falha catastrófica”, “avaria

cias entre failure e défaillance, e entre fault

um estado. Através de alguns exemplos

crítica”, “avaria completa” e “avaria per-

e panne, não suscitam quaisquer dúvidas,

práticos simples, consegue-se discernir

manente” têm as suas definições con-

como também se confirma na Norma Inter-

facilmente estas duas situações:

templadas de forma clara na Norma

nacional IEC 61703 [17]. Do mesmo modo, é

>>

Quando se verifica uma interrupção

IEC 60050 [14,16]:

inequívoca a correspondência por um lado

intempestiva no abastecimento de

>>

entre failure, fallo e falha, e por outro entre

energia elétrica, este acontecimento é

faillance Soudaine, Falha Súbita: Fa-

fault, averia e avaria. Adicionalmente, trans-

uma falha, pois representa uma mu-

lha que não pode ser prevista por

crevem-se as notas de esclarecimento ane-

dança de um estado de bom funcio-

um exame prévio ou por monitori-

xas às definições de failure e de fault:

namento para outro estado, sem for-

>>

Ref. 191-04-01, Failure: NOTE 1- After fai-

necimento de energia; ora, ninguém

lure the item has a fault; NOTE 2 - “Failure”

considera esta situação como uma

faillance Critique, Falha Crítica: Fa-

is an event, as distinguished from “fault”,

avaria no abastecimento;

lha considerada como suscetível

Uma caldeira de aquecimento domés-

de causar danos humanos, conse-

Ref. 191-04-01, Défaillance: NOTE 1 -

tica, durante um período de funciona-

quências materiais importantes, ou

Après défaillance d’une entité, cette en-

mento contínuo de 100 horas, apre-

de provocar outras consequências

tité est en état de panne; NOTE 2 - Une

sentou 5 interrupções temporárias de

défaillance est un passage d’un état à

muito curta duração no seu sistema de

un autre, par opposition à une panne,

queimadores, devidas a um refluxo dos

Défaillance Catalectique, Falha Ca-

qui est un état;

gases de escape, não tendo em nenhu-

tastrófica: Falha súbita que resulta

which is a state; >>

12

elevare

>>

Ref. 191-04-10, Sudden Failure, Dé-

zação; >>

Ref. 191-04-02, Critical Failure, Dé-

inaceitáveis; >>

Ref. 191-04-12, Catastrophic Failure,


Normalização

>>

>>

na total inaptidão de um bem (ou

vezes mas sem avariar, teria uma taxa

malmente correctas para melhor se compre-

item) para cumprir todas as fun-

de avarias igual a zero, contrariamente

enderem os requisitos da manutenção.”

ções requeridas;

à taxa de falhas.

Ref. 191-05-02, Critical Fault, Panne

4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE FALHA

Critique, Avaria Crítica: Avaria consi-

Através desta exemplificação, ficou bem pa-

E AVARIA NA NORMA NP EN 13306:2007

derada como suscetível de causar

tente a racionalidade da normalização, que

Com base no exposto anteriormente, consta-

danos

consequências

deverá ser respeitada escrupulosamente,

ta-se haver situações bastante equívocas no

materiais importantes, ou de pro-

de modo a evitarem-se situações dúbias e

que diz respeito às definições e conceitos de

vocar outras consequências inacei-

equívocas. Aliás, como se escreveu anterior-

falha e avaria nesta Norma nacional, onde se

táveis;

mente, a própria Norma NP 4483:2009 [6]

traduziu failure para avaria e acontecimento,

Ref. 191-05-14, Complete Fault, Pan-

impõe que “Os utilizadores e os executantes

e fault para estado, propondo-se assim a revi-

ne Complète, Avaria Completa: Ava-

de manutenção devem aplicar definições for-

são destes termos nas Tabelas 1 e 2 [2].

humanos,

ria caraterizada pela inaptidão total de um bem (ou item) de cumprir to-

Tabela 1. Definições e conceitos de avaria na Norma NP EN 13306, e proposta de revisão.

das as funções requeridas; >>

Ref. 191-05-16, Permanent Fault, Panne Permanente, Avaria Permanente: Avaria de um bem (ou item) que persiste até que se verifique uma intervenção de manutenção corretiva.

Norma EN 13306

Norma NP EN 13306

Propostas de melhoria

3.3 Repairable item Item which may be restored under given conditions, and after a failure to a state in which it can perform a required function.

3.3 Bem reparável Um bem que, depois de uma avaria e sob determinadas condições, pode ser reposto num estado em que poderá desempenhar a função requerida.

3.3 Bem reparável Um bem que, depois de uma falha e sob determinadas condições, pode ser reposto num estado em que poderá desempenhar a função requerida.

3.4 Repaired item Repairable item, which is in fact repaired after a failure.

3.4 Bem reparado Bem reparável, reparado depois de uma avaria.

3.4 Bem reparado Bem reparável, reparado depois de uma falha.

4.9 Useful life Under given conditions, the time interval beginning at a given instant of time and ending when the failure rate becomes unacceptable, or when the item is considered unrepairable as a result of a fault or for other relevant factors.

4.9 Vida útil Intervalo de tempo, que sob determinadas condições, começa num dado instante e termina quando a taxa de avarias se torna inaceitável ou quando o bem é considerado irreparável na sequência de uma avaria ou por outras razões pertinentes. Nota dos autores: esta tradução é incoerente, porque failure e fault são ambas traduzidas para avaria.

4.9 Vida útil Intervalo de tempo, que sob determinadas condições, começa num dado instante e termina quando a taxa de falhas se torna inaceitável ou quando o bem é considerado irreparável na sequência de uma avaria ou por outras razões pertinentes.

4.10 Rate of occurrence of failures Number of failures of an item in a given time interval divided by the time interval.

4.10 Taxa de ocorrência de avarias Número de avarias ocorridas num bem num dado intervalo de tempo, dividido por esse mesmo intervalo de tempo.

4.10 Taxa de ocorrência de falhas Número de falhas ocorridas num bem num dado intervalo de tempo, dividido por esse mesmo intervalo de tempo.

5. Failure and events 5.1 Failure Termination of the ability of an item to perform a required function. NOTE 1: After failure the item has a fault, which may be complete or partial. NOTE 2: “Failure” is an event, as distinguished from “fault”, which is a state.

5. Avarias e acontecimentos 5.1 Avaria Cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida. NOTA 1: Depois da avaria o bem poderá estar em falha, total ou parcial. NOTA 2: “Avaria” é um acontecimento, em “falha” ou “avariado” é um estado.

5. Falhas e acontecimentos 5.1 Falha Cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida. NOTA 1: Depois da falha o bem poderá estar em avaria, total ou parcial. NOTA 2: “Falha” é um acontecimento, distinguindo-se de “avaria” que é um estado.

Aparentemente, poder-se-ia concluir, após a primeira leitura e análise, que não existe diferença entre “falha crítica” e “avaria crítica”. Contudo existe, e bem clarificada: A falha crítica é um acontecimento que tem lugar exatamente quando o reactor explode, deixando-o em estado de avaria crítica, na medida em que, até à intervenção do pessoal de socorro, o reator avariado estaria com um incêndio incontrolado, colocando em risco bens humanos e materiais. Poder-seá assim afirmar que, após a falha crítica, o reator ficou em estado de avaria crítica até à completa extinção do incêndio, passando de seguida a um estado de avaria completa e permanente até à sua substituição. >>

Caso esta explosão do reator tivesse acontecido em pleno voo, estaríamos em presença de uma falha súbita, crítica e catastrófica, não havendo sequer lugar ao posterior estado de avaria na medida em que a aeronave, como consequência, se despenharia;

>>

Os indicadores MTBF (Mean Operating Time Between Failures) e Failure Rate representam efetivamente o Tempo Médio, de bom funcionamento (ou de Operação) Entre Falhas e a Taxa de Falhas, conforme definido na IEC 60050, referências

191-12-09,

191-12-02

e

191-12-03, e não o tempo médio entre avarias e a taxa de avarias. Por exemplo, um bem que, num dado período de funcionamento, tenha falhado algumas

elevare 13


Normalização

Norma EN 13306

Norma NP EN 13306

Propostas de melhoria

5.2 Failure cause Reason leading up to a failure. NOTE: The reasons may be the result of one or more of the following: Design failure, manufacturing failure, installation failure, misuse failure, mishandling failure, maintenance related failure.

5.2 Causa de avaria Razão que origina a avaria. NOTA: As razões poderão resultar de pelo menos um dos seguintes fatores: avaria devida à conceção, à fabricação, à instalação, por má utilização, por falsa manobra e por manutenção desadequada.

5.2 Causa de falha Razão que origina a falha. NOTA: As razões poderão resultar de pelo menos um dos seguintes fatores: falha devido à conceção, à fabricação, à instalação, por má utilização, por falsa manobra e por manutenção desadequada.

5.3. Wear-out failure Failure whose probability of occurrence increases with the operating time or the number of operations of the item or its applied stresses.

5.3 Avaria por desgaste Avaria cuja probabilidade de ocorrência aumenta com o tempo de funcionamento, com o número de unidades de utilização do bem ou com as solicitações que lhe são aplicadas.

5.3 Falha por desgaste Falha cuja probabilidade de ocorrência aumenta com o tempo de funcionamento, com o número de unidades de utilização do bem ou com as solicitações que lhe são aplicadas.

5.4 Ageing failure Failure whose probability of occurrence increases with the passage of time. This time is independent of the operating time of the item.

5.4 Avaria por envelhecimento Avaria cuja probabilidade de ocorrência aumenta ao longo do tempo. Este tempo é independente do tempo de funcionamento do bem.

5.4 Falha por envelhecimento Falha cuja probabilidade de ocorrência aumenta ao longo do tempo. Este tempo é independente do tempo de funcionamento do bem.

5.5 Degradation Irreversible process in one or more characteristics of an item with either time, use or an external cause. NOTE 1: Degradation may lead to failure.

5.5 Degradação Evolução irreversível de uma ou mais caraterísticas de um bem relacionado com a passagem do tempo, a duração de utilização … NOTA 1: A degradação poderá conduzir à avaria.

5.5 Degradação Evolução irreversível de uma ou mais caraterísticas de um bem relacionado com a passagem do tempo, a duração de utilização … NOTA 1: A degradação poderá conduzir à falha.

5.6 Common cause failure Failures of different items resulting from the same direct cause and where these failures are not consequences of each other.

5.6 Avaria devida a uma causa comum Avaria de vários bens que resulta da mesma causa direta, sem que estas avarias sejam causadas umas pelas outras.

5.6 Falha devida a uma causa comum Falha de vários bens que resulta da mesma causa direta, sem que estas falhas sejam causadas umas pelas outras.

5.7 Primary failure A failure of an item not caused either directly or indirectly by a failure or a fault of another item.

5.7 Avaria primária Avaria de um bem que não é causada, direta ou indiretamente, por uma avaria ou estado de falha de um outro bem.

5.7 Falha primária Falha de um bem que não é causada, direta ou indiretamente, por uma falha ou estado de avaria de um outro bem.

5.8 Secondary failure A failure of an item caused either directly or indirectly by a failure or a fault of another item.

5.8 Avaria secundária Avaria de um bem causada, direta ou indiretamente, por uma avaria ou estado de falha de um outro bem.

5.8 Falha secundária Falha de um bem causada, direta ou indiretamente, por uma falha ou estado de avaria de um outro bem.

5.9 Sudden failure Failure that could not be anticipated by prior examination or monitoring.

5.9 Avaria súbita Avaria que não pode ser prevista por um exame prévio ou monitorização.

5.9 Falha súbita Falha que não pode ser prevista por um exame prévio ou monitorização.

5.10 Failure mechanism Physical, chemical or other processes which lead or have led to failure.

5.10 Mecanismo de avaria Processos físicos, químicos ou outros, que conduzem ou tenham conduzido a uma avaria.

5.10 Mecanismo de falha Processos físicos, químicos ou outros, que conduzem ou tenham conduzido a uma falha.

7.1 Preventive maintenance Maintenance carried out at predetermined intervals or according to prescribed criteria and intended to reduce the probability of failure or the degradation of the functioning of an item.

7.1 Manutenção preventiva Manutenção efetuada a intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradação do funcionamento de um bem.

7.1 Manutenção preventiva Manutenção efetuada a intervalos de tempo pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de falha ou de degradação do funcionamento de um bem.

7.6 Corrective maintenance Maintenance carried out after fault recognition and intended to put an item into a state in which it can perform a required function.

7.6 Manutenção corretiva Manutenção efetuada depois da deteção de uma avaria e destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma função requerida. Nota dos autores: a tradução de fault para avaria é correta, apesar da incoerência da tradução daquele termo ao longo desta Norma, para falha.

-------------------------

9.13 Tempo acumulado de funcionamento até à avaria Duração acumulada dos tempos de funcionamento de um bem, desde a primeira colocação em estado de disponibilidade até ao aparecimento de uma avaria, ou desde a sua reconstrução até à avaria seguinte.

9.13 Tempo até à falha Duração acumulada dos tempos de funcionamento de um bem, desde a primeira colocação em estado de disponibilidade até ao aparecimento de uma falha, ou desde a sua reconstrução até à falha seguinte.

9.13 Time to failure Total time duration of operating time of an item, from the instant it is first put in an up state, until failure or, from the instant of restoration until next failure.

14

elevare


Normalização

Norma EN 13306

Norma NP EN 13306

Propostas de melhoria

9.14 Time between failures The time duration between two consecutive failures of an item.

9.14 Tempo entre avarias Intervalo de tempo de calendário entre duas avarias consecutivas de um bem.

9.14 Tempo entre falhas Intervalo de tempo de calendário entre duas falhas consecutivas de um bem.

9.15 Operating time between failures Total time duration of operating time between two consecutive failures of an item.

9.15 Tempo de funcionamento entre avarias Duração acumulada dos tempos de funcionamento entre duas avarias consecutivas de um bem.

9.15 Tempo de bom funcionamento Duração acumulada dos tempos de funcionamento entre duas falhas consecutivas de um bem.

9.16 Wear-out failure period Final period in the life time of an item during which the failure rate for this item is considerably higher than that of the preceding period.

9.16 Período de avarias por degradação Período final da vida de um bem, durante o qual a taxa de avarias deste bem é consideravelmente superior à taxa de avarias do período precedente.

9.16 Período de falhas por degradação Período final da vida de um bem, durante o qual a taxa de falhas deste bem é consideravelmente superior à taxa de falhas do período precedente.

9.17 Constant failure rate period Period in the life time of an item during which the failure rate is approximately constant.

9.17 Período de taxa de avarias constante Período na vida de um bem durante o qual a taxa de avarias é aproximadamente constante.

9.17 Período de taxa de falhas constante Período na vida de um bem durante o qual a taxa de falhas é aproximadamente constante.

10.3 Failure analysis Logical, systematic examination of a failed item to identify and analyse the failure mechanism, the failure cause and the consequences of failure.

10.3 Análise de avaria Exame lógico e sistemático de um bem que teve uma avaria, a fim de identificar e analisar o mecanismo de avaria, a sua causa e consequências.

10.3 Análise de falha Exame lógico e sistemático de um bem que teve uma falha, a fim de identificar e analisar o mecanismo de falha, a sua causa e consequências.

10.7 Maintenance record Part of maintenance documentation which contains all failures, faults and maintenance information relating to an item. This record may also include maintenance costs, item…

10.7 Caderno de manutenção Parte da documentação de manutenção que regista todas as avarias, estados de falha e informações relativas à manutenção de um bem. Este caderno poderá também, incluir…

10.7 Caderno de manutenção Parte da documentação de manutenção que regista todas as falhas, estados de avaria e informações relativas à manutenção de um bem. Este caderno poderá também, incluir…

11.4 Mean operating time between failures Mathematical expectation of the operating time between failures.

11.4 Tempo médio de funcionamento entre avarias Previsão matemática do tempo de funcionamento entre avarias.

11.4 Tempo médio de funcionamento entre falhas Previsão matemática do tempo de funcionamento entre falhas.

11.5 Mean time between failures Mathematical expectation of the time between failures.

11.5 Tempo médio entre avarias Previsão matemática do tempo de calendário entre avarias.

11.5 Tempo médio entre falhas Previsão matemática do tempo de calendário entre falhas.

Tabela 2. Definições e conceitos de falha na Norma NP EN 13306, e proposta de revisão.

Norma EN 13306

Norma NP EN 13306

Propostas de melhoria

6. Faults and states 6.1 Fault State of an item characterized by the inability to perform a required function, excluding the inability during preventive maintenance or other planned actions, or due to lack of external resources.

6. Falhas e estados 6.1 Em falha Estado de um bem inapto para cumprir uma função requerida, excluindo a inaptidão devida à manutenção preventiva ou outras ações programadas, ou devido à falta de recursos externos.

6. Avarias e estados 6.1 Avaria Estado de um bem inapto para cumprir uma função requerida, excluindo a inaptidão devida à manutenção preventiva ou outras ações programadas, ou devido à falta de recursos externos.

6.2 Fault masking Condition in which a fault exists in a sub-item of an item but cannot be recognized because of a fault of the item or because of another fault of that sub-item or of another sub-item.

6.2 Em falha oculta Situação na qual um estado de falha existe numa parte de um bem, que não pode ser detetada devido à existência de outro estado de falha no bem, nessa mesma ou noutra parte do bem.

6.2 Avaria oculta Situação na qual um estado de avaria existe numa parte de um bem, que não pode ser detetada devido à existência de outro estado de avaria no bem, nessa mesma ou noutra parte do bem.

6.3 Latent fault Existing fault that has not yet been detected.

6.3 Em falha latente Estado de falha existente ainda não detetado.

6.3 Avaria latente Estado de avaria existente ainda não detetado.

6.4 Partial fault Fault characterized by the fact that an item can only perform some but not all of the required functions.

6.4 Em falha parcial Estado de falha que pode permitir ao bem cumprir algumas, mas não todas as funções requeridas.

6.4 Avaria parcial Estado de avaria que pode permitir ao bem cumprir algumas, mas não todas as funções requeridas.

6.5 Fault mode Method by which the inability of an item to perform a required function is established.

6.5 Modo de falha Maneira pela qual é verificada a incapacidade de um bem para cumprir uma função requerida.

6.5 Modo de avaria Maneira pela qual é verificada a incapacidade de um bem para cumprir uma função requerida.

elevare 15


Normalização

Norma EN 13306

Norma NP EN 13306

Propostas de melhoria

6.9 Down state

6.9 Estado de indisponibilidade

6.9 Estado de indisponibilidade

State of an item characterized either by a fault, or

Estado de um bem caraterizado por um estado

Estado de um bem caraterizado por um estado de

by a possible inability to perform a required func-

de falha ou por uma eventual incapacidade para

avaria ou por uma eventual incapacidade para de-

tion during preventive maintenance.

desempenhar uma função requerida durante a

sempenhar uma função requerida durante a ma-

manutenção preventiva.

nutenção preventiva.

7.8 Deferred maintenance

7.8 Manutenção diferida

7.8 Manutenção diferida

Corrective maintenance which is not immediately

Manutenção corretiva que não é efetuada ime-

Manutenção corretiva que não é efetuada imedia-

carried out after a fault detection but is delayed in

diatamente depois da deteção de um estado de

tamente depois da deteção de um estado de ava-

accordance with given maintenance rules.

falha, mas que é retardada de acordo com re-

ria, mas que é retardada de acordo com regras de

gras de manutenção determinadas.

manutenção determinadas.

7.9 Immediate maintenance

7.9 Manutenção de urgência

7.9 Manutenção de urgência

Maintenance which is carried out without delay

Manutenção corretiva que é efetuada imediata-

Manutenção corretiva que é efetuada imediata-

after a fault has been detected to avoid

mente após a deteção de um estado de falha,

mente após a deteção de um estado de avaria,

unacceptable consequences.

para evitar consequências inaceitáveis.

para evitar consequências inaceitáveis.

8.8 Repair

8.8 Reparação

8.8 Reparação

Physical action taken to restore the required

Ações físicas executadas para restabelecer a

Ações físicas executadas para restabelecer a fun-

function of a faulty item.

função requerida de um bem em estado de falha.

ção requerida de um bem em estado de avaria.

8.9 Temporary repair

8.9 Reparação temporária

8.9 Reparação temporária

Physical actions taken to allow a faulty item to

Ações físicas realizadas num bem em falha para

Ações físicas realizadas num bem avariado para

perform its required function for a limited interval

lhe permitir cumprir a sua função requerida du-

lhe permitir cumprir a sua função requerida du-

and until a repair is carried out.

rante um intervalo de tempo limitado, até que a

rante um intervalo de tempo limitado, até que a

reparação seja efetuada.

reparação seja efetuada.

8.10 Fault diagnosis Actions taken for fault recognition, fault localization and cause identification.

8.10 Diagnóstico do estado de falha Ações realizadas para detetar a falha, a sua localização e identificação da causa.

8.10 Diagnóstico de avaria Ações realizadas para detetar a avaria, a sua localização e identificação da causa.

8.11 Fault localization Actions taken to identify the faulty item at the appropriate indenture level.

8.11 Localização da falha Ações realizadas para identificar a que nível de arborescência do bem em falha se situa a causa da falha.

8.11 Localização da avaria Ações realizadas para identificar a que nível de arborescência do bem avariado se situa a causa da avaria.

10.4 Fault analysis Logical, systematic examination of an item to identify and analyse the probability, causes and consequences of potential faults.

10.4 Análise de falha Exame lógico e sistemático de um bem a fim de identificar e analisar a probabilidade, as causas e as consequências de potenciais estados de falhas.

10.4 Análise de avaria Exame lógico e sistemático de um bem a fim de identificar e analisar a probabilidade, as causas e as consequências de potenciais avarias.

Ainda relativamente a esta Norma, no seu

5. CONCEITOS DE FALHA E AVARIA

nição original exposta na Norma Europeia

Anexo C (informativo), situado na página 32

NA NORMA NP EN 15341:2009

EN 15341:2007. Note-se que, conforme indi-

de 37, sugerem-se as seguintes correções:

Pelos mesmos motivos apontados anterior-

cado na Norma, os indicadores encontram-

>>

No título assim como no diagrama

mente, sugere-se para esta Norma [3] a cor-

se estruturados em 3 níveis, que represen-

exemplificativo, a designação “Tempo

reção da definição dos indicadores técnicos

tam a sua estrutura arborescente, sendo os

entre avarias” deverá ser alterada para

T3 (de nível 1), T6 (de nível 2), T11 a T14, T17

indicadores de nível 2 e 3 descrições deta-

“Tempo entre falhas”, na medida em que

e T21 (de nível 3), apresentando-se a defi-

lhadas de indicadores de nível mais elevado.

“falha” é um acontecimento enquanto que “avaria” é um estado. Pelo mesmo

Indicador T3

motivo, nos limites do diagrama “Avaria” deverá ser substituída por “Falha” – note-se que nesses limites dá-se o acontecimento “falha”, ficando o bem inicialmente imobilizado em estado de avaria (ou avariado). >>

Na tabela descritiva dos respetivos tempos, “TBF (time between failures)” deverá ser corrigido para “9.14 Tempo entre falhas”, e “OTBF (operating time between failures)” para “9.15 Tempo de bom funcionamento”.

16

elevare

Indicador T6


Normalização No Anexo A (normativo) desta mesma Norma, que contém a lista dos indicadores, dos fatores, e as respetivas definições e comentários relativamente aos fatores, propôem-se também algumas alterações, Indicador T11

transcrevendo-se para cada uma delas o respetivo texto lavrado na norma original, como se mostra na Tabela 3. Na coluna dos factores indicam-se dentro de parêntesis as alterações propostas. Atendendo ainda a que esta Norma, nalguns indicadores, utiliza o vocábulo “riscos” em

Indicador T12

riscos de acidentes pessoais (T12), riscos de danos ambientais (T14), e em análise de criticidade (T18), convém definir de forma clara e concisa os conceitos de “perigo” e de “risco”. Deste modo, “perigo” representa uma situação com um potencial mais ou menos elevado para causar danos materiais e/ou humanos, enquanto que o “risco” é

Indicador T13

a combinação da probabilidade e das consequências da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso, ou seja, representa a probabilidade do perigo se materializar. Como exemplo, se os condutores não tiverem em atenção o respetivo sinal de trânsito numa curva perigosa, reduzindo a velocidade, correm um risco elevado de aci-

Indicador T14

dente, com graves consequências materiais e humanas. Desempenhar funções numa siderurgia, na operação de altos-fornos ou de fornos de tratamento do aço, é uma atividade perigosa, que envolve riscos pessoais por exemplo de queimaduras. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Indicador T17

Nas Normas NP EN 13306 e NP EN 15341 encontra-se lavrado que “A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 13306:2001 (EN 15341:2007), e tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.”

Curiosamente, a própria Norma original, em língua inglesa, contém a incongruência de es-

Na Norma NP EN 13306 pode ler-se: “A nor-

crever no denominador “Number of failures” em vez de “Total number of failures”, violando

ma IEC 60050 (191) serviu de base para a

as definições expostas no seu Anexo A. Esta mesma situação repete-se no indicador T21.

preparação desta norma.” Adicionalmente, nas suas referências normativas a Norma

Indicador T21

NP EN 15341 refere o seguinte: “Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação da presente Norma. EN 13306:2001 Maintenance Terminology, IEC 60050-191:1990 International electrotechnical vocabulary; chapter: dependability and quality of service”.

elevare 17


Normalização Assim sendo, justifica-se plenamente a

essenciais para a expressão quantitativa

de um rolamento ou de um circuito inte-

elaboração deste trabalho, com o objetivo

da fiabilidade, disponibilidade, manutibili-

grado, quando sofre a sua primeira falha

de proceder às correções necessárias nas

dade e logística de manutenção. Em ter-

atinge o seu limite de vida útil, devendo ser

Normas Portuguesas apontadas, de modo

mos sintéticos, descreve-se na Tabela 4

substituído por outro igual, contrariamen-

a respeitar rigorosamente as Normas origi-

o conjunto das expressões matemáticas

te aos bens reparáveis que, após uma fa-

nais de acordo com um verdadeiro espírito

expostas nesta Norma, para bens não re-

lha, são recuperados e repostos a cumprir

de melhoria contínua.

paráveis (e não reparados), e para bens

as funções requeridas até à próxima falha.

reparáveis (e reparados) com tempo de

Se, após a falha, o bem for imediatamente

Para finalizar, é de todo o interesse focali-

avaria nulo e não nulo, indicando-se para

reposto em funcionamento, então o tempo

zar também a nossa atenção para a Norma

cada expressão, dentro de parêntesis, a

de imobilização por avaria é nulo. Todavia,

IEC 61703 [17], que deve ser utilizada con-

referência da Norma IEC 60050-191, onde

se o bem ficar inativo durante o período de

juntamente com a Norma IEC 60050-191

se encontra a respetiva definição. Note-se

restauração, tem-se um tempo de imobili-

[14], e que contém os conselhos práticos

que um bem não reparável, como é o caso

zação por avaria não nulo.

Tabela 3. Proposta de revisão de algumas definições de fatores dos indicadores da Norma NP EN 15341:2009.

Ind.

E15

Fatores

Custo da manutenção corretiva.

E16

Custo da manutenção preventiva.

T3

Número de avarias (falhas) devidas à manutenção e que causam danos ambientais.

T5

Número de acidentes pessoais devidos à manutenção.

T6

Tempo de indisponibilidade devido a avarias (falhas).

Número de avarias (falhas) que provocam acidentes pessoais.

T11 Número total de avarias (falhas).

18

elevare

Norma EN 15341

Norma NP EN 15341

Propostas de melhoria

Total cost for maintenance carried out after fault has occurred and intended to put an item into a state in which it can perform a required function.

Custo total da manutenção efetuada depois da deteção de uma avaria e destinada a repor um bem num estado em que pode realizar uma função requerida. Nota dos autores: a tradução de fault para avaria é correta, apesar da incoerência da tradução daquele termo ao longo desta Norma, para falha.

-------------------------

Cost for maintenance carried out at predetermined intervals or according to prescribed criteria and intended to reduce the probability of failure or degradation of the functioning of an item.

Custo da manutenção efetuada em intervalos pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de degradação de funcionamento de um bem.

Custo da manutenção efetuada em intervalos pré-determinados, ou de acordo com critérios prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de falha ou de degradação de funcionamento de um bem.

Number of failures caused by maintenance or lack of maintenance that have caused damage to the environment.

Número de avarias causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham causado danos ambientais (sic).

Número de falhas causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham causado danos ambientais.

Number of failures caused by maintenance or lack of maintenance that have caused injuries for people.

Número de avarias causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham provocado um acidente pessoal.

Número de falhas causadas pela manutenção ou falta de manutenção e que tenham provocado acidentes pessoais.

Total downtime lost due to failures.

Intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a avarias.

Intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a falhas. Nota dos autores: as falhas que resultam em estados de avaria são a causa primária da indisponibilidade dos bens.

Number of failures that cause injuries which will result in one or more lost working days.

Número de avarias que, provocando acidentes, deram origem à perda de um ou mais dias de trabalho.

Número de falhas que, provocando acidentes, deram origem à perda de um ou mais dias de trabalho.

Total number of failures. Failure: termination of the ability of an item to perform a required function (see EN 13306:2001, 5.1). NOTE 1: After failure the item has a fault, which may be complete or partial. NOTE 2: “Failure” is an event, as distinguished from “fault”, which is a state.

Número total de avarias. Avaria: cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida (ver EN 13306:2001, 5.1). NOTA 1: depois da avaria, o bem tem uma falha, que poderá ser completa ou parcial. NOTA 2: “Avaria” é um evento, a distinguir de “falha”, que é um estado.

Número total de falhas. Falha: cessação da aptidão de um bem para cumprir uma função requerida (ver NP EN 13306:2007, 5.1). NOTA 1: depois da falha, o bem poderá estar em avaria, total ou parcial. NOTA 2: “Falha” é um acontecimento, distinguindo-se de “avaria” que é um estado. Nota dos autores: uma vez que a Norma NP EN 13306:2007 é citada, o texto deve ser rigorosamente igual.


Normalização

Ind.

T12

T13

T14

T17

T21

O11

Fatores

Norma EN 15341

Norma NP EN 15341

Propostas de melhoria

Número de avarias (falhas) que criam riscos de acidentes pessoais.

Number of failures that could cause injuries.

Número de avarias que poderão provocar acidentes pessoais.

Número de falhas que poderão provocar acidentes pessoais.

Número total de avarias (falhas).

(See T11).

(Ver T11).

Número de avarias (falhas) que provocam danos ambientais.

Number of failures that cause damage for the environment.

Número de avarias que provocam danos ambientais.

Número total de avarias (falhas).

(See T11).

(Ver T11).

Número de avarias (falhas) que criam riscos de danos ambientais.

Number of failures that could cause damage for the environment.

Número de avarias que poderão provocar danos ambientais.

Número total de avarias (falhas).

(See T11).

(Ver T11).

Número total de avarias (falhas).

(See T11).

(Ver T11).

Sum of the times to restoration. Time to restoration: time interval during which an item is in downstate due to a failure (see IEC 60050-191).

Somatórios dos tempos de reparação. Tempo das reparações: intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a avaria (ver IEC 60050-191).

Número total de avarias (falhas).

(See T11).

(Ver T11).

Tempo dispendido em manutenção corretiva de urgência.

Maintenance, which is carried out without delay after a fault has been detected to avoid unacceptable consequences.

Manutenção efetuada imediatamente após a deteção de um estado de falha a fim de evitar consequências inaceitáveis.

Tempo total das reparações (Tempo total de avaria).

-------------------Número de falhas que provocam danos ambientais.

-------------------Número de falhas que poderão provocar danos ambientais.

--------------------------------------Somatório dos tempos de reparação. Tempo das reparações: intervalo de tempo durante o qual um bem está em estado de indisponibilidade devido a falha (ver IEC 60050-191, referências 191-10-05 e 191-13-08). Nota dos autores: as falhas que resultam em estados de avaria, são a causa primária da indisponibilidade dos bens. -------------------Manutenção efetuada imediatamente após a deteção de um estado de avaria a fim de evitar consequências inaceitáveis.

Tabela 4. Síntese das expressões expostas na Norma IEC 61703.

Bens reparáveis e reparados

Bens não reparáveis e não reparados

com tempo de avaria nulo

com tempo de avaria não nulo

Fiabilidade (191-12-01)

X

X

X

Taxa (instantânea) de falhas (191-12-02)

X

----------

----------

Taxa média de falhas (191-12-03)

X

----------

----------

Tempo médio de funcionamento até à falha MTTF (abreviatura) (191-12-07)

X

X

X

Intensidade (instantânea) de falhas (191-12-04)

----------

X

X

Intensidade média de falhas (191-12-05)

----------

X

X

Tempo médio entre falhas (191-12-08)

----------

X

X

Tempo médio de bom funcionamento MTBF (abreviatura) (191-12-09)

----------

X

X

Tempo médio de disponibilidade TMD (abreviatura) (191-11-11)

----------

X

X

Expressões matemáticas

elevare 19


Normalização

Bens não reparáveis e não reparados

Expressões matemáticas

Bens reparáveis e reparados com tempo de avaria nulo

com tempo de avaria não nulo

Intensidade (instantânea) de falhas (191-12-04)

----------

----------

----------

Disponibilidade instantânea (191-11-01)

----------

----------

X

Indisponibilidade instantânea (191-11-02)

----------

----------

X

Disponibilidade média (191-11-03)

----------

----------

X

Indisponibilidade média (191-11-04)

----------

----------

X

Disponibilidade assintótica (191-11-05)

----------

----------

X

Indisponibilidade assintótica (191-11-07)

----------

----------

X

Tempo médio de indisponibilidade TMI (abreviatura) (191-11-12)

----------

----------

X

Manutibilidade (191-13-01)

----------

----------

X

Taxa média de reparação (191-13-03)

----------

----------

X

Tempo médio de reparação (191-13-05)

----------

----------

X

Tempo médio de manutenção corretiva ativa (191-13-07)

----------

----------

X

Média dos tempos de recuperação MTTR (abreviatura) (191-13-08)

----------

----------

X

Atraso administrativo médio (191-13-11)

----------

----------

X

Atraso logístico médio (191-13-13)

----------

----------

X

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.

Carlos Varela Pinto, “Organização e Gestão da Manutenção”. Monitor, Lisboa, 2002;

2. Norma Portuguesa NP EN 13306:2007, “Terminologia da Manutenção”. Instituto Português da Qualidade, 2007; 3. Norma Portuguesa NP EN 15341:2009, “Manutenção. Indicadores de desempenho da manutenção (KPI)”. Idem, 2009; 4. Norma Portuguesa NP EN 13269:2007, “Manutenção. Instruções para a preparação de contratos de manutenção”. Ibidem, 2007;

10. Rui Assis, “Apoio à Decisão em Manutenção na Gestão de Activos Físicos”. Idem, Ibidem, 2010; 11. Luís Andrade Ferreira, “Uma Introdução à Manutenção”. Publindústria, Porto, 1998; 12. J. Torres Farinha, “Manutenção. A Terologia e as Novas Ferramentas de Gestão”. Monitor, Lisboa, 2011; 13. Filipe Didelet Pereira e Francisco Vicente Sena, “Fiabilidade e sua aplicação à Manutenção”. Publindústria, Porto, 2012; 14. Norma Internacional CEI IEC 60050 (191),

5. Norma Portuguesa NP EN 13460:2009, “Ma-

“Vocabulaire Electrotechnique International,

nutenção. Documentação para a manuten-

Chapitre 191: Sûreté de fonctionnement et

ção”. Ibidem, 2009;

qualité de service. International Electrote-

6. Norma Portuguesa NP 4483:2009, “Guia

chnical Vocabulary, Chapter 191: Dependa-

para a implementação do sistema de gestão

bility and quality of service”. Commission

de manutenção”. Ibidem, 2009;

Electrotechnique International, Internatio-

Norma Portuguesa NP 4492:2010, “Requisi-

nal Electrotechnical Commission, Genebra,

tos para a prestação de serviços de manu-

Suíça, 1990;

7.

tenção”. Ibidem, 2010; 8. Norma Portuguesa NP EN 50126:2000, “Aplicações ferroviárias. Especificação e de-

"(...) o conhecimento e o cabal cumprimento da normalização existente, tanto no plano nacional como internacional, é essencial para que aqueles objetivos sejam cumpridos e se consiga utilizar a mesma linguagem de uma forma supra-nacional, com práticas verdadeiramente lean."

15. www.iec.ch/ (Commission Electrotechnique

17. Norma Internacional CEI IEC 61703, “Expres-

International, International Electrotechnical

sions mathématiques pour les termes de

Commission, Genebra, Suíça);

fiabilité, de disponibilité, de maintenabilité et

monstração de Fiabilidade, Disponibilidade,

16. www.electropedia.org/ (Electropedia: The

de logistique de maintenance, Mathematical

Manutibilidade e Segurança (RAMS)”. Ibidem,

World’s Online Electrotechnical Vocabulary,

expressions for reliability, availability, main-

2000;

subject area 191 – Dependability and quality

tainability and maintenance support terms”.

9. José Saraiva Cabral, “Gestão da Manutenção

of service), Commission Electrotechnique

Commission Electrotechnique International,

de Equipamentos, Instalações e Edifícios”.

International, International Electrotechnical

International Electrotechnical Commission,

Lidel, Lisboa, 2009;

Commission, Genebra, Suíça;

Genebra, Suíça, 2001.

20

elevare


PUB


Qualidade, segurança e ambiente

Investir na redução dos resíduos para aumentar os lucros Vantagens Carlos Alberto Alves Responsável pela Inovação, Design e Desenvolvimento Extruplás

INVESTIR NA REDUÇÃO DOS RESÍDUOS

PORQUÊ INVESTIR EM TECNOLOGIAS

um sistema de separação por membranas.

LIMPAS?

A tecnologia limpa inclui:

Introdução

A adoção de tecnologias limpas de pro-

>>

A adoção de tecnologias limpas geralmen-

dução permite a redução do consumo de

no processo, nos sistemas auxiliares e

te conduz a uma maior eficiência na utiliza-

matérias-primas, a redução do consumo

noutras;

ção dos materiais, recursos e energia, com

de água e outros consumíveis, a redução

a consequente redução dos resíduos.

dos resíduos e emissões e a redução nos

>>

sição final de resíduos.

Mudanças no próprio processo, com modificações do mesmo com vista à viabilização da reciclagem, por exemplo;

custos de tratamento de águas e na depoO investimento em tecnologias limpas permi-

Mudanças nas matérias-primas usadas

>>

te por isso às empresas conseguir poupanças

Mudança nas saídas do processo, isto é na conceção, composição ou especifica-

e, simultaneamente, cumprir os requisitos

Para além destes, as tecnologias limpas,

ambientais a que estas estão obrigadas. Os

oferecem frequentemente, benefícios me-

custos das empresas em tecnologias ou so-

nos óbvios (a redução dos chamados cus-

Qualquer mudança nas matérias-primas

luções de fim de linha não garantem às mes-

tos escondidos ou ocultos), tais como a

usadas no processo de produção ou mesmo

mas estas oportunidades.

redução das taxas de seguro conduzindo a

nos produtos, normalmente requerem al-

prémios mais baixos ou a uma redução da

gum investimento de capital. No entanto, isto

monitorização para demonstrar o cumpri-

pode resultar em economias significativas e

mento da legislação vigente.

benefícios ambientais, alguns dos quais po-

"As tradicionais tecnologias de fim de linha estão, geralmente, associadas com o tratamento das emissões ambientais recolhidas ou contidas durante o processo."

ções dos produtos finais.

dem não ser aparentemente imediatos. Tecnologia limpa é simplesmente, materiais ou equipamentos que produzem menos

O investimento em tecnologias limpas é

resíduos ou emissões do que a tecnologia

motivado por:

convencional e que, muitas vezes, pode ser

>>

Potenciais benefícios económicos, ou

incorporada nas linhas de produção exis-

seja, redução de custos e/ou maiores

tentes ou concebidas nos novos processos

retornos financeiros;

de fabrico.

>>

Pressão legislativa ou a necessidade de

A chave para identificar os custos efetivos

As tradicionais tecnologias de fim de linha

>>

e as soluções mais favoráveis do ponto de

estão, geralmente, associadas com o trata-

performances ambientais da empresa

vista ambiental, reside na avaliação das

mento das emissões ambientais recolhidas

feita pelos consumidores, fornecedo-

implicações dos verdadeiros custos das

ou contidas durante o processo. A tecnolo-

res, empregados, bancos e outros.

alternativas.

gia limpa pretende prevenir ou minimizar as

implementação mais exigente; Pressão do mercado para melhorar as

emissões não desejadas através de mudan-

Uma melhor eficiência conduz a:

As quatro técnicas ou formas de avaliar os

ças no processo de produção. Este termo

>>

Menores rejeições;

resultados deste tipo de investimentos são

está também associado a tecnologias que

>>

Melhoria dos prazos;

através de período de retorno, o retorno

permitem a reutilização ou a reciclagem

>>

Melhorias no rendimento;

do capital usado, o valor atual líquido e a

dos recursos, por exemplo, a reutilização

>>

Melhor qualidade dos produtos;

Taxa Interna de Retorno (TIR).

dos efluentes como água do processo após

>>

Melhoria da gama de produtos;

22

elevare


Qualidade, segurança e ambiente >>

Produção mais flexível;

Investimentos de capital de financiamento.

Esta checklist não é exaustiva, os benefícios

>>

Melhores relações com clientes e for-

>>

Identifique as fontes de financiamento

podem variar de empresa para empresa e,

preferenciais;

podem mudar com o tempo. A intenção é a

>>

Prepare o plano de financiamento;

de destacar a gama de poupanças que deve

>>

Selecione e negoceie com as institui-

ser considerada e, se for apropriado, incluir

ções financeiras;

os benefícios no processo de avaliação do

Monitorize e controle o programa de

investimento.

necedores; >>

Redução dos tempos de paragem.

Aumento do valor do produto: >>

Melhor qualidade dos produtos;

>>

Uma produção mais flexível;

>>

Produtos para novos mercados.

>>

investimento; >>

Reveja o ciclo de investimento.

A abordagem sugerida na cheklist anterior pode permitir-lhe identificar e, se for o caso,

Na empresa, os projetos de tecnologias

ALOCAÇÃO DE CUSTOS

calcular o potencial de poupanças geradas

limpas vão competir com outros proje-

Uma questão crítica do processo de ava-

pela escolha da tecnologia limpa em detri-

tos de investimento, pelos recursos li-

liação do investimento é a forma como as

mento das soluções de fim de linha.

mitados de capital. No entanto, os inves-

empresas definem e estimam os custos e

timentos feitos em tecnologias limpas,

benefícios dos projetos. Os investimentos

OS CUSTOS OCULTOS

normalmente produzem um número de

em tecnologia limpa podem dar origem a

Perceber onde é que acontecem os custos

benefícios financeiros e comerciais que

elevados retornos e baixos custos, isto é,

ocultos e alocá-los em conformidade é mui-

não são vistos como investimentos de fim

poupanças. Todos eles, sejam os custos,

to importante. Se você já sabe como esses

de linha. Para incorporar estes benefícios

sejam os benefícios, devem ser contabiliza-

custos surgem, poderá ter um retrato claro

num procedimento de avaliação, é neces-

dos como:

sobre os verdadeiros custos de produção

sário que:

>>

Poupanças facilmente identificadas –

e dos respetivos produtos. Através da alo-

Inclua uma larga gama de custos/be-

aqueles itens que podem ser facilmente

cação dos custos ambientais ao produto

nefícios do projeto, tais como, aumen-

mensurados;

ou processo que os geram, as empresas

Custos ocultos – aqueles itens que são

podem objetivar atividades que reduzam os

como forma de legitimar o cash flow

mais difíceis de quantificar, mas que fre-

seus custos e as que melhoram as perfor-

no processo de avaliação do investi-

quentemente fornecem significativos

mances ambientais, por exemplo, investindo

mento;

benefícios financeiros;

em tecnologia limpa.

>>

to das vendas e redução dos rejeitados,

>>

>>

Alocar custos e benefícios aos proces-

>>

>>

Custos incertos – aqueles itens dos

sos existentes e propostos e aos produ-

quais as poupanças sejam menos óbvias

Nem todos os processos e produtos são

tos, em vez de os tratar como despesas

e para os quais seja necessário tempo

responsáveis de igual forma, pela geração

gerais;

para se tornarem evidentes.

de custos ambientais. Alguns processos

Contabilizar os cash flows incertos que

podem:

podem acontecer num período de tem-

>>

Produzir mais resíduos;

po mais longo. Este processo é conhe-

>>

Utilizar materiais mais perigosos;

cido por cash flows descontados.

>>

Gerar mais emissões por unidade produzida;

Siga os principais passos do ciclo de inves-

>>

timento, desde a ideia inicial de investimen-

Exigir uma maior monitorização e inspeção;

to em tecnologias limpas, até garantir o

>>

Exigir uma formação desproporcionada;

financiamento para um projeto destes.

>>

Ser mais rigidamente regulada;

>>

Fazer subir os riscos o que pode fazer

Identifique oportunidades para poupar di-

aumentar os prémios dos seguros de

nheiro e aumentar a competitividade:

danos futuros nas pessoas ou na pro-

>>

priedade.

Identifique a natureza e o âmbito dos seus problemas ambientais;

>> >>

Identifique o potencial para a adoção

A maior parte dos custos ambientais são, fre-

de tecnologias limpas;

quentemente, classificados como despesas

Avalie todos os custos e benefícios de

gerais. Estas despesas gerais podem depois

investir na tecnologia limpa.

ser alocadas aos produtos e processos, por exemplo, os custos de energia devem ser

Avalie o investimento.

distribuídos e repartidos pelos diferentes de-

>>

Identifique soluções alternativas e os

partamentos, seja através de uma chave de

cash flows associados;

repartição ou de outra qualquer forma. No

Faça a avaliação do investimento em

entanto, os fatores usados para alocar as

>>

tecnologias limpas e das opções alternativas;

despesas gerais, muitas vezes não têm qual©dragon_art

quer relação com a origem desses custos.

elevare 23


Qualidade, segurança e ambiente

O comportamento dos ascensores em caso de incêndio 2.a Parte: Os ascensores prioritários para uso dos bombeiros em caso de incêndio Miguel Leichsenring Franco1, João E. Almeida2 1

Engenheiro Eletrotécnico, Administrador da Schmitt-Elevadores, Lda, Portugal

2

Engenheiro, Mestre em Segurança Contra Incêndios Urbanos, Portugal

RESUMO

pelos regulamentos nacionais de construção,

um ou mais ascensores para uso prioritário

Em caso de incêndio, um conjunto específi-

são equipamentos importantes para o com-

dos bombeiros1. Assim, o projetista deverá

co de ascensores poderá ser utilizado para

bate ao fogo, transportando os bombeiros e

atender às seguintes condições (referidas

o apoio às operações de socorro, pelos

respetivo material.”

no Artigo 104.° do mesmo Regulamento):

ticas que esses ascensores – os ascensores

Neste artigo descrevem-se as particularida-

Os edifícios deverão ser servidos por, pelo

prioritários de bombeiros - deverão possuir

des que os ascensores prioritários de bom-

menos, um ascensor destinado ao uso prio-

e em que situações poderão ser utilizadas.

beiros deverão possuir para poderem ser

ritário dos bombeiros em caso de incêndio,

utilizados como meio de apoio às operações

sempre que:

INTRODUÇÃO

de socorro de uma forma eficaz e segura,

1. o edifício tenha uma altura superior a

No artigo anterior (I - O comportamento dos

por parte das forças de segurança, em par-

ascensores em caso de incêndio) abordou-

ticular dos bombeiros. Tomar-se-á como

-se a questão dos ascensores em caso de

base o Regime Jurídico da Segurança contra

incêndio, desde logo, os requisitos necessá-

Incêndios em Edifícios (RJ-SCIE – Decreto-Lei

rios para o cumprimento da legislação em

n.° 220/2008 de 12 de novembro, atualizado

vigor e algumas considerações sobre me-

pelo Decreto-Lei 224/2015 de 9 de outubro),

lhorias que poderão ser introduzidos para

o Regulamento Técnico de Segurança contra

prioritário de bombeiros como “elevador

aumentar a segurança ao incêndio.

Incêndio em Edifícios (RT-SCIE – Portaria

situado na fachada de um edifício ou no seu

n.° 1532/2008 de 29 de dezembro) e com-

interior, dispondo neste caso de caixa própria

A Norma Portuguesa NP EN 81-72:2007

plementarmente a Norma portuguesa

protegida, equipado com maquinaria, fonte

refere no seu Anexo A que “o desenvolvi-

NP EN 81-72:2007, de 12 de novembro.

de energia permanente e comandos especial-

bombeiros. Este artigo refere as caraterís-

28 m2; 2. tenha mais de dois pisos abaixo do plano de referência.

1

O mesmo Regulamento define ascensor

mente protegidos, com dispositivo de coman-

mento crescente dos edifícios de grande altura colocou aos arquitetos e bombeiros dois

No texto, as referências à NP EN 81-72:2007

do para utilização exclusiva pelos bombeiros,

problemas bem definidos, sendo o primeiro o

serão destacadas utilizando-se esta forma-

em caso de emergência”. De referir que este

de conceber edifícios que resistam à propa-

tação.

ascensor pode ser utilizado como ascensor de transporte de pessoas na ausência de in-

gação do fogo e do fumo e fornecendo um

cêndio.

elevado grau de segurança para os ocupan-

LEGISLAÇÃO

tes. O outro, o de incorporar nestes mesmos

Ascensores de uso prioritário dos bombeiros

edifícios meios permanentes de combate a

O Regulamento Técnico de Segurança con-

tos no RT-SCIE encontra-se definida no Artigo

incêndio e disposições de evacuação que se-

tra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE) define no

1.° do Anexo I do referido Regulamento Técni-

jam ambos eficazes e práticos. Os ascenso-

Título V (Condições gerais das instalações

co, sendo a diferença de quota entre o piso

res [prioritários] de bombeiros, cujo número

técnicas), no Capítulo VII (Ascensores), as

mais desfavorável susceptível de ocupação

e a localização no edifício são determinados

condicionantes que obrigam à existência de

e o plano de referência.

24

elevare

2

A altura de um edifício para os efeitos dispos-


Qualidade, segurança e ambiente Requisitos

do que o número julgado razoável de as-

Dimensões da cabina e das portas

Sempre que for requerida a existência de

censores ou núcleos de ascensores. Assim,

de patamar

um ou mais ascensores para uso prioritário

nestes casos, considera-se que esta con-

As dimensões mínimas úteis que a cabina

de bombeiros, a sua conceção, construção

dição poderá ser cumprida sem um acrés-

deverá ter são de 1,1 x 1,4 metros (largura

e instalação deverá obedecer a requisitos

cimo exagerado de ascensores, necessa-

x profundidade) ou, quando se destine a

bem definidos, que seguidamente se irão

riamente mais onerosos que os normais,

apoiar a evacuação, de pessoas em macas

analisar.

desde que se criem corredores seguros de

ou camas, de 1,1 x 2,1 metros (largura x pro-

interligação entre o acesso ao ascensor e

fundidade).

Desde logo, a caixa destinada ao ascensor

os setores corta-fogo existentes no piso,

prioritário de bombeiros deverá ser inde-

que o ascensor deverá servir.

pendente da de outros ascensores que

As portas de patamar e de cabina, deslizantes de funcionamento automático, deverão

porventura possam existir nas proximida-

A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que

ter uma largura útil não inferior a 0,8 me-

des. A sua construção deverá obedecer às

o ascensor prioritário de bombeiros deve

tros ou, quando o ascensor se destine a

condições de isolamento e proteção que

servir todos os pisos do edifício.

apoiar a evacuação de pessoas em macas

constam no Artigo 28.° do RT-SCIE e que

ou camas, não inferior a 1,1 metros.

são comuns a todos os restantes ascenso-

CARATERÍSTICAS DOS ASCENSORES

res. A envolvente deverá ser da classe de

PARA USO PRIORITÁRIO DOS BOMBEIROS

resistência ao fogo padrão REI 60 para pa-

Alçapão de socorro Para permitir que os bombeiros não fiquem

redes resistentes e EI 60 para paredes não

Dispositivo de chamada

presos no interior da cabina e possam sair

resistentes. As portas de patamar deverão

Cada ascensor deve ser equipado com um

pelos seus próprios meios, sem recurso a

ser da classe de resistência ao fogo padrão

dispositivo de chamada, complementar ao

ajuda do exterior, esta deverá ser dotada de

E 30 C 3.

dispositivo de chamada em caso de incên-

um alçapão de socorro instalado no teto da

dio . Este dispositivo complementar é cons-

cabina, com pontos de abertura ou fecho

A principal particularidade consiste na obri-

tituído por um interruptor acionado por

claramente identificados e cujo acesso não

gatoriedade de, no caso dos edifícios de al-

chave própria, colocado no piso do nível de

esteja obstruído por qualquer elemento ou

tura superior a 28 metros, existir um átrio

referência, que desencadeia uma segunda

dispositivo, com as dimensões mínimas de

com acesso direto à câmara corta-fogo que

atuação e que coloca o ascensor ao serviço

0,5 x 0,7 metros, com exceção dos eleva-

protege a escada de evacuação e contêm os

exclusivo dos bombeiros, restabelecendo

dores de 630 kg, em que tais dimensões

meios de combate a incêndio (meios de 2. a

a operacionalidade dos botões de envio da

devem ser de 0,4 x 0,5 metros.

intervenção, colunas húmidas com bocas-

cabina e dos dispositivos de comando de

-de-incêndio armadas com mangueiras tipo

abertura das portas.

4

teatro).

3

O RJ-SCIE define a seguinte classificação de

A chave de manobra referida deve estar lo-

desempenho de resistência ao fogo padrão

Os restantes requisitos são indicados no

calizada junto à porta de patamar do piso

para produtos de construção: R = Capacidade

Ponto 3 deste artigo e resumidos na Tabela 1.

do plano de referência, alojada em caixa

de suporte de carga; E = Estanquidade a cha-

protegida contra o uso abusivo e sinalizada

mas e gases quentes; I = Isolamento térmico;

Locais que devem ser servidos

com a frase “chave de manobra de emer-

W = Radiação; M = Ação Mecânica; C = Fecho

Sempre que seja obrigatória a existência de

gência do elevador”. Uma cópia desta chave

automático; S = Passagem de fumo; P ou PH

pelo menos um ascensor destinado ao uso

de manobra deverá ser guardada no posto

= continuidade de fornecimento de energia e

prioritário dos bombeiros, o seu número

de segurança do edifício ou recinto, caso

ou de sinal; G = Resistência ao fogo; K = Capa-

será determinado pela quantidade de com-

este exista.

partimentos corta-fogo existentes em cada piso e zonas de refúgio.

cidade de proteção contra o fogo.

4

Este dispositivo de chamada em caso de in-

A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que

cêndio é acionável por operação de uma fe-

o interruptor do dispositivo de chamada

chadura localizada junto das portas de pata-

Sempre que um edifício tenha mais do que

complementar esteja situado a uma dis-

mar do piso do plano de referência, mediante

um setor corta-fogo por piso, mediante

tância horizontal até 2 metros do ascensor

uso de chave especial, e automaticamente, a

a compartimentação existente, seja pela

prioritário de bombeiros e a uma altura en-

partir de sinal proveniente da SADI, quando

existência de locais de risco, ou para limitar

tre 1,8 e 2,1 metros acima do pavimento.

exista. O acionamento deste dispositivo en-

as áreas máximas admissíveis, a alínea a)

viará as cabinas para o piso do plano de re-

do número 2 do Artigo 104.° refere que cada

Capacidade de carga nominal

ferência, onde devem ficar estacionadas com

um destes setores deverá ser servido por

O ascensor deve ter capacidade de carga

as portas abertas, anulará todas as ordens

um ascensor prioritário para bombeiros.

nominal não inferior a 630 kg. Quando se

de envio ou chamada eventualmente regista-

destine a apoiar a evacuação de pessoas

das e neutralizará os botões de chamada dos

A questão que naturalmente se coloca é

em macas ou camas ou se trate de um as-

patamares, os botões de envio e de paragem

a de que, por vezes, poderão existir mais

censor de acesso duplo, a sua capacidade

das cabinas e os dispositivos de comando de

compartimentos corta-fogo em cada piso,

não pode ser inferior a 1000 kg.

abertura de portas.

elevare 25


Qualidade, segurança e ambiente Na cabina deverão existir meios de acesso que permitam a abertura completa e o acesso ao alçapão de socorro a partir do interior, por exemplo com a ajuda de um ou vários degraus escamoteáveis com um passo máximo de 0,4 metros e capazes de suportar uma carga de 1200 N. A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que o acesso ao interior da cabina pelo alçapão de socorro não deve estar obstruído por qualquer dispositivo ou pela iluminação permanente. Caso exista um teto suspenso, este deve ser facilmente rebatível ou removível sem a ajuda de uma ferramenta especial. O(s) ponto(s) de abertura ou fecho deve(m) ser claramente identificado(s) do interior da cabina. Desencarceramento No interior ou no exterior da cabina deverá existir uma escada que permita ao bombeiro, eventualmente encarcerado, o seu autosocorro até ao patamar mais próximo. Essa escada poderá ser substituída pela existência de uma escada permanente na caixa do elevador. Solução 1. Utilizar uma escada portátil existente

Solução 2. Utilizar uma escada portátil, alojada

na cabina.

dentro de um compartimento na cabina.

Legenda 1. Alçapão

4. Degraus

2. Escada portátil existente na cabina

5. Escada portátil existente num compartimento

3. Dispositivo de encravamento da porta de patamar

na cabina

Figura 2. Auto-desencarceramento a partir do interior da cabina (Fonte: NP EN 81-72:2007).

A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda o

ma Norma recomenda o seguinte procedi-

seguinte procedimento de desencarcera-

mento:

mento a partir do exterior da cabina:

i.

i.

O bombeiro abre a porta de patamar

O bombeiro encarcerado abre o alçapão de socorro;

acima da posição onde a cabina do as-

ii. O bombeiro encarcerado sobe para o teto

censor está imobilizada e coloca-se

da cabina utilizando os degraus desta, ou

sobre o teto da cabina;

a escada instalada num armário da cabina;

ii. Sobre o teto da cabina, o bombeiro

iii. O bombeiro encarcerado utiliza (se ne-

abre o alçapão de socorro, retira a es-

cessário) a escada para abrir o encrava-

cada fixada à cabina (a) e coloca-a den-

mento da porta de patamar a partir do

tro desta (b);

interior da caixa e sai da mesma.

iii. A pessoa encarcerada sobe pela escada;

Caixa do elevador

iv. O bombeiro e a pessoa encarcerada

A caixa de cada ascensor deve ser indepen-

1. Alçapão de socorro

saem pela porta de patamar aberta, se

dente, possuindo as seguintes condições de

2. Escada portátil existente na cabina

necessário usando a escada (c).

isolamento e proteção:

Legenda

>>

Paredes não resistentes: EI 60;

Figura 1. Desencarceramento a partir do exterior

Relativamente ao auto-desencarceramen-

>>

Paredes resistentes: REI 60;

da cabina (Fonte: NP EN 81-72:2007).

to a partir do interior da cabina, esta mes-

>>

Portas de patamar: E 30 C.

26

elevare


Qualidade, segurança e ambiente As portas de patamar são obrigatoriamen-

proteções de pelo menos IP X3. Quando

tes centrais de energia de emergência do-

te de funcionamento automático.

localizado a menos de 1 metro do fundo

tadas de sistemas que assegurem o seu

do poço, deve possuir um grau de prote-

arranque automático no tempo máximo

ção IP 67.

de 15 segundos, em caso de falha de ali-

O poço de cada ascensor deve ser equipado com meios apropriados para impedir o au-

mentação de energia da rede pública;

mento do nível da água acima do nível dos

b. Nos edifícios e recintos que possuam

amortecedores da cabina completamente

utilizações-tipo das 1.ª e 2.ª categorias

comprimidos, podendo ser adotado um sis-

de risco devem ser dotadas de fontes

tema de drenagem conforme previsto no

centrais de energia de emergência sem-

regulamento.

pre que disponham de instalações cujo funcionamento seja necessário garantir

A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda que

em caso de incêndio e cuja alimentação

cada patamar de acesso ao ascensor priori-

não seja assegurada por fontes locais

tário de bombeiros deve ter um átrio protegi-

de emergência.

do contra o fogo. Por átrio protegido contra o fogo, a Norma entende um espaço prote-

A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda

gido do fogo que permita um acesso seguro

que a fonte de emergência esteja localiza-

a partir das áreas de utilização do edifício ao

da numa zona protegida contra o fogo. Os

ascensor prioritário de bombeiros.

cabos de alimentação elétrica principais e de emergência do ascensor prioritário de bombeiros devem estar protegidos contra o fogo e separados um do outro e de outras alimentações de energia elétrica. A alimentação secundária deve ter potência suficiente para fazer funcionar o ascensor prioritário de bombeiros com a carga nominal e alcançando o piso mais afastado do piso de Legenda

acesso aos bombeiros em menos de 60 se-

1. Cabina do ascensor prioritário

gundos após fecho das portas.

2. Patamar em chamas 3. Posto de comando avançado

Os sistemas de deteção de incêndio

4. Escoamento da água a partir do pavimento

Os ascensores prioritários para bombeiros

do patamar em chama

Legenda

devem ainda ser equipados com dispositivos

5. Zona protegida da água na caixa e sobre a cabina

de segurança por ação de detetores auto-

6. Nível máximo de água de escoamento permitido

máticos de incêndio, que devem ser integrados nas instalações de alarme dos edifícios,

no poço

quando existam.

1. Átrio protegido contra o fogo Figura 4. Proteção do equipamento elétrico

Estes dispositivos de segurança correspon-

(Fonte: NP EN 81-72:2007).

dem a detetores de temperatura e de fumo

Figura 3. Átrio protegido contra o fogo

que devem ser, respetivamente:

(Fonte: NP EN81-72:2007).

Sistema de intercomunicação

a. regulados para 70º C, instalados por

2. Ascensor prioritário de bombeiros

Para permitir a comunicação entre os bom-

cima das vergas das portas de patamar,

Velocidade de deslocamento

beiros no interior da cabine e o comando

exceto se o acesso ao átrio for efetuado

O ascensor deverá ter uma velocidade de

das operações de socorro será dotado de

deslocamento tal que lhe permita efetuar o

um sistema de intercomunicação entre a

b. instalados na casa das máquinas dos

percurso entre o piso do plano de referên-

cabina e o piso do plano de referência e o

ascensores ou, caso esta não exista, no

cia e o piso mais afastado deste, num tem-

posto de segurança, quando exista.

topo da caixa do ascensor.

por uma câmara corta-fogo;

po não superior a sessenta segundos após o fecho das portas.

Alimentação de energia A alimentação de energia deverá ser supor-

5

Classificação em quatro níveis de risco de

Proteção do equipamento elétrico

tada por fontes de energia de emergência

incêndio de qualquer utilização-tipo de um

O equipamento elétrico quando localizado,

de acordo com as seguintes situações (Arti-

edifício e recinto, atendendo a diversos fato-

na caixa do ascensor e na cabina, até 1 me-

go 72.° do RT-SCIE):

res de risco, como a sua altura, o efetivo, o

tro de uma parede da caixa que contenha

a. Nos edifícios e recintos que possuam

efetivo em locais de risco, a carga de incêndio

portas de patamar, deve estar protegido

utilizações-tipo das 3.ª e 4.ª categorias

e a existência de pisos abaixo do plano de re-

contra gotas e salpicos, ou ser provido de

de risco devem ser equipados com fon-

ferência.

5

elevare 27


Qualidade, segurança e ambiente Sinalização

Tabela 1. Resumo das caraterísticas que os ascensores devem possuir para uso prioritário dos bombeiros.

No patamar de acesso ao ascensor localizado no plano de referência deve ser afixado o sinal com a inscrição: “Ascensor prioritário

Elementos

Independente e com envolvente corta-fogo (Artigo 28)

de bombeiros” ou pictograma equivalente. Caixa A Norma NP EN 81-72:2007 recomenda o

Paredes não resistentes: EI60 Paredes resistentes: REI60 Portas de patamar: E30C

seguinte pictograma com a figura em bran-

Dimensões mínimas úteis:

co e o fundo em vermelho, com uma dimensão de 100 mm x 100 mm:

Caraterísticas

Cabina

- 1,1 x 1,4 metros (largura x profundidade) - 1,1 x 2,1 metros (monta-macas ou monta-camas)

Capacidade de

Não inferior a 630 kg ou a 1000 kg (monta-camas, monta-

carga nominal

-macas ou cabina com acesso duplo) - alimentação por fontes de energia de emergência (Artigo 72) - proteção IP X3 para equipamento dentro da caixa, até 1 me-

Equipamento elétrico Figura 5. Pictograma (Fonte: NP EN 81-72:2007).

- grau de proteção IP 67 para equipamento localizado a menos de 1 metro do fundo do poço - dispositivo de chamada por chave para permitir o controlo

CONCLUSÕES

pelos bombeiros

Num edifício de grande altura (superior a

Percurso entre o piso do plano de referência e o piso mais

28 metros) ou que tenha mais de 2 pisos abaixo do plano de referência, a instalação

tro de uma parede de caixa que contenha portas de patamar

Velocidade nominal

afastado deverá ser efetuado num tempo não superior a

de um ascensor prioritário de bombeiros é

60 segundos

obrigatória. É necessário que este ascensor

Dimensões mínimas:

seja facilmente disponibilizado e adequada-

- 0,4 x 0,5 metros (630 kg)

mente concebido para ser utilizado pelos bombeiros e que permaneça em funciona-

Alçapão de socorro

- 0,5 x 0,7 metros (restantes situações) - escada ou degraus que permitam acesso ao topo da cabi-

mento o máximo de tempo possível duran-

na, com passo máximo de 0,4 metros e capacidade de su-

te as operações de combate ao incêndio.

portar uma carga de 1200 N

Por princípio os bombeiros continuarão a

Escada para

utilizar o ascensor no interior de um edifí-

auto-socorro

cio, mesmo quando este já se encontra num estado de degradação avançada originada pelo próprio incêndio. A fiabilidade da alimentação de energia elétrica e da insta-

Sistema de intercomunicação

lação elétrica é por isso essencial para o

No interior ou exterior da cabina para permitir o acesso por dentro da caixa do ascensor à porta de patamar mais próxima Deve permitir a comunicação entre o interior da cabina, o piso do plano de referência e o posto de segurança, quando este exista Detetores de temperatura e de fumo a instalar por cima

funcionamento do ascensor prioritário de

Sistemas de deteção

das vergas das portas de patamar e na casa das máquinas

bombeiros.

de incêndio

(ou no topo da caixa do ascensor, se não existir casa de máquinas).

Dada a sua natureza, o combate a incêndios implica habitualmente a utilização de quantidades consideráveis de água e é, por consequência, essencial que a instalação do

Afixação de sinal com a inscrição “Ascensor prioritário de Sinalização

bombeiros” ou pictograma equivalente, no patamar de acesso ao ascensor no plano de referência.

ascensor seja concebida de modo a fornecer uma proteção do equipamento elétrico

se possam libertar pelos seus próprios

rido para funcionar em serviço de bombei-

contra este perigo.

meios ou serem socorridos por outros.

ros, a sua utilização para transporte de lixos

Todavia, é possível que, mesmo com todos

Por fim convém referir que este ascensor,

os elementos de segurança previstos, o

apesar de estar instalado numa caixa inde-

Neste artigo abordaram-se as caraterís-

ascensor possa avariar, com pessoas en-

pendente, pode ser utilizado como um trans-

ticas que os ascensores deverão ter para

carceradas no seu interior. Por isso, a cabi-

porte normal de pessoas na ausência de um

cumprir o exigido pelo Regulamento de Se-

na deve estar equipada com um acesso de

incêndio. Para reduzir o risco de que o acesso

gurança Contra Incêndios, e também cum-

emergência para que os bombeiros presos

esteja obstruído quando o ascensor é reque-

prir a NP EN 81-72:2007.

ou mercadorias deve ser restringida.

28

elevare


PUB


Coluna da APEGAC

Simplificação e eficácia Fernando Cruz Presidente da Direção da APEGAC - Associação de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios

A burocracia implica uma sistematização

da União Europeia, visando garantir a segu-

cujas consequências desejadas se resu-

rança da utilização dos ascensores, não só

mem na previsibilidade do seu funciona-

para os utilizadores comuns dos elevadores

mento no sentido de obter a maior eficiên-

como para os técnicos.

cia da organização. Esta Diretiva confere também uma especial Todavia, ao estudar as consequências pre-

importância ao papel a desempenhar pelos

vistas (ou desejadas) da burocracia que a

organismos notificados, assim como à cer-

conduzem à máxima eficiência, é possível

tificação CE e às Normas complementares,

observar também as consequências impre-

como garantia de cumprimento dos requisi-

vistas (ou indesejadas) e que a levam à ine-

tos necessários para a colocação no merca-

quando um elevador sai da carteira de as-

ficiência e às imperfeições. Estas anomalias

do dos ascensores e respetivos componen-

sistência da empresa que o instalou, através

de funcionamento são responsáveis pelo

tes de segurança.

da criação de uma base de dados onde sejam

sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto dos leigos no assunto.

"Em plena era das ferramentas digitais e da simplificação administrativa, urge quanto antes um acesso simplificado às certificações de conformidade técnicas dos ascensores (...)"

arquivados os processos técnicos de todos As Empresas de Gestão e Administração de

os elevadores que sejam instalados, para

Condomínios têm vindo a confrontar-se com

que não se repitam erros do passado e a

a necessidade de obtenção de segundas vias

documentação possa estar acessível e ser

das declarações de CE Conformidade, junto

consultada, sempre que necessário.

das Entidades Instaladoras, para sua apresentação nos atos de inspeção aos ascen-

Importa ainda lembrar que as Declarações

sores dos edifícios que administram. Esta

CE de Conformidade estão obrigatoriamen-

necessidade, sobretudo quando a entidade

te arquivadas nas Câmaras Municipais a que

responsável pela conservação do equipa-

reportam as EI- Entidades Inspetoras. Isto

mento e a entidade instaladora não são a

pode, provavelmente, ser um ponto de parti-

mesma, obrigam os condomínios a incorrer

da para o livre acesso à informação sem que

em inusitados e elevados custos.

os proprietários se vejam confrontados com custos acrescidos para a obtenção dessa

A APEGAC considera, naturalmente, que

informação por parte das empresas instala-

A necessidade de documentar e de formalizar

deve ser facultada informação às entidades

doras, que face à estrita obrigatoriedade de

todas as comunicações dentro da burocracia

inspetoras, de modo a que, na realização de

apresentação dos certificados no ato de ins-

a fim de que tudo possa ser devidamente

inspeções periódicas não suscitem dúvidas

peção, se permitem onerar o fornecimento

testemunhado por escrito pode conduzir à

nos critérios a aplicar na avaliação de alguns

daquela documentação, incrementando des-

tendência ao excesso de formalismo, de do-

itens da Norma que alguns elevadores não

necessariamente os custos do condomínio.

cumentação e, consequentemente, de exces-

cumprem, mas que foram devidamente jus-

so de papel o que constitui uma das mais gri-

tificados no processo de homologação.

tantes disfunções da burocracia, o que leva o

Em plena era das ferramentas digitais e da simplificação administrativa, urge quan-

cidadão comum, muitas vezes, a imaginar que

Desta forma, a bem da tão necessária efi-

to antes um acesso simplificado às cer-

toda a burocracia tem necessariamente um

cácia na utilização dos recursos, a APEGAC

tificações de conformidade técnicas dos

volume inusitado de papel, de vias adicionais

subscreve totalmente a posição pública

ascensores entregues e arquivadas nas

de formulários e de comunicações.

assumida pela AIECE - Associação dos In-

autarquias locais, de forma rápida e essen-

dustriais e Entidades Conservadoras de

cialmente com custos controlados, a bem

A Diretiva 95/16/CE teve como objetivo apro-

Elevadores em considerar que é essencial

da eficiência da produtividade essenciais ao

ximar a legislação dos estados-membros

que seja facilitado o acesso à informação,

desenvolvimento.

30

elevare


PUB


Coluna da ANIEER

Diretiva 2014/33/UE José Pirralha Presidente da ANIEER ­­­- Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes

No artigo publicado na Elevare n.° 6 do

Na altura em que nos interrogamos sobre o

A não-transposição da Diretiva e a não exis-

1.° trimestre de 2016 escrevemos:

que poderia acontecer ao não haver trans-

tência de Organismos Notificados nacionais

posição prometemos para outro momento

tem consequências a vários níveis:

a avaliação de consequências.

>>

“À medida que se aproxima a data de entrada em vigor da Nova Diretiva – 20 de abril

Desde logo o incumprimento face às regras da UE com que estamos compro-

de 2016, cresce a expetativa quanto à for-

Confesso que ao remeter o assunto para

metidos, afeta a credibilidade do país,

ma como o estado português irá proceder à

outro momento alimentava a secreta es-

interna e externamente.

transposição, havendo até quem se pergunte

perança que a situação se regularizasse

– o que acontecerá se não houver transposi-

entretanto.

ção em tempo útil? Deixemos a medida das

Neste momento fazemos parte do pequeno grupo de 6 ou 7 países que ainda não trans-

consequências deste eventual atraso para

Tal não aconteceu e as consequências aí

outra altura, e concentremo-nos na questão

estão.

que consideramos a pedra de toque desta

puseram a Diretiva. Que significado tem isto?

nova Diretiva – a rastreabilidade.” Elevare n° 6, 1.° trimestre de 2016

Infelizmente confirmaram-se as piores suspeitas e passados que estão cerca de 2 meses sobre a data da entrada em vigor da Diretiva 2014/33/UE (20 de abril 2016), a mesma não está transposta para o direito nacional e pior ainda não existem Organismos Notificados nacionais que habilitem os instaladores

Sendo certo que a Diretiva está publicada

"(...) a mesma não está transposta para o direito nacional e pior ainda não existem Organismos Notificados nacionais que habilitem os instaladores a colocar ascensores no mercado."

a colocar ascensores no mercado.

há mais de 2 anos não encontramos explicação razoável para este atraso a não ser por incúria, desconhecimento dos impactos ou insensibilidade para as previsíveis consequências para a indústria de elevadores e para todo o setor em geral. Temos sérias preocupações com o que poderão ser as consequências para o futuro. O Estado, na pessoa de quem o representa não pode dar esta imagem de "deixa andar" e ao mesmo tempo prever “coimas” para os incumprimentos. Que mensagem é esta que estamos a passar aos operadores económicos? Enquanto Associação responsável recusamos o laxismo e recomendamos aos nossos associados e às empresas em geral que se organizem por forma a que a Diretiva seja cumprida desde já por parte das empresas ( no que delas depender) e em particular tenham atenção à rastreabilidade dos ascensores e componentes de segurança. >>

Mapa com a situação atualizada (vermelho - países que ainda não transpuseram a Diretiva).

32

elevare

Para além de um quadro que não é famoso em termos gerais, há consequên-


Coluna da ANIEER cias imediatas desta situação que as

ram de poder operar no âmbito da Diretiva

empresas instaladoras em particular

2014/33/UE.

sentem na pele. Onde nos leva esta situação? Como podem as empresas instaladoras colocar ascensores no mercado ao abrigo da

Um instalador que tenha que colocar um

Diretiva 2014/33/UE?

ascensor em serviço porque o seu cliente legitimamente o exige o que faz?

A resposta a esta pergunta é simples: no quadro dos organismos nacionais NÃO PO-

Ao dia de hoje (escrevo este artigo a 12 de

DEM colocar ascensores no mercado.

junho de 2016), o instalador pode cumprir todos os requisitos da Diretiva no que res-

A não ser que... recorram a Organismos No-

peita ao produto, mas não pode emitir a De-

tificados estrangeiros.

claração de Conformidade e apôr a marcação CE na cabina, ou seja não pode colocar

Porquê?

o ascensor no mercado.

Há um segundo aspeto desta questão que

Como se poderá ultrapassar este bloqueio?

"Ao dia de hoje (escrevo este artigo a 12 de junho de 2016), o instalador pode cumprir todos os requisitos da Diretiva no que respeita ao produto, mas não pode emitir a Declaração de Conformidade e apôr a marcação CE na cabina, ou seja não pode colocar o ascensor no mercado."

pese embora não seja consequência direta da não transposição, foi por ela arrastada e

Não vejo outro caminho que não seja de-

Porque estamos seriamente preocupados,

que tem a ver com o facto de não existirem

mandar das autoridades, ou seja, da DGEG

vamos continuar a acompanhar de muito

organismos notificados em Portugal.

resposta para estas situações, não excluindo

perto o evoluir desta situação esperando

obviamente o recurso a Organismos Notifica-

que a breve prazo se dissipem algumas "nu-

Os que existiam, notificados para a Direti-

dos estrangeiros com os custos que a deslo-

vens" no horizonte, prometendo tudo fazer

va 95/16/CE, a partir de 20/04/2016 deixa-

cação a Portugal desses organismos implica.

para ajudar a desbloquear esta situação.

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Nota técnica

Motores Elétricos Eng.� Eurico Zica Correia

RECEÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS

pentinas de vapor encerrados conjun-

nho da máquina e a profundidade do bloco

Normalmente a fábrica entrega os motores

tamente com a máquina em divi­s ão fe-

depende da firmeza do terreno. O plano su-

elétricos depois de devidamente ensaiados em

chada. Deve, no entanto, haver algumas

perior do bloco deve estar um pouco acima

mesas de ensaio próprias. No entanto, antes

aber­t uras para ventilação com o objeti-

do nível do chão ( ≅ 20 cm) de modo a que

do pôr em funcionamento é de boa norma fa-

vo de eliminar a humidade.

em caso de fugas de água, a máquina não

zer-se previamente uma revisão. Assim, entre

3. Secagem por ar quente: pode também

outras, deve verificar-se a sua resistência de

utilizar-se um secador de ar quente, di-

isolamento, utilizan­do para isso um megaoh-

retamente sobre a máquina, podendo a

Uma vez colocado o motor no seu lugar,

mímetro. Este ensaio durará cerca de dois mi-

temperatura do ar atingir os 95° C.

este deve ser nivelado e alinhado com a

nutos. No caso do isolamento ser fraco deve

seja atingida.

máquina a que vai ser acoplado. Se o aco-

proceder-se à secagem do motor para lhe

COLOCAÇÃO DOS MOTORES

plamento é feito por correia e tambor co-

retirar possíveis humidades. Os motores de

Os motores são geralmente montados so-

loca-se o motor nos carris tensores, cen-

baixa potência são secos em estufa, sem que

bre ban­cadas de ferro fundido ou sobre blo-

trando-o e nivelando-o seguidamente sem

a temperatura ultrapasse os 90º C. Em má-

cos de cimento fixos. Os blocos de cimento

o apertar contra os carris.

quinas de grande potência que, devido às suas

são normalmente de betão armado. Para

dimensões, é difícil secar na estufa, utiliza-se

os grandes motores o fabricante costuma

Para a nivelação coloca-se o nível sobre

um dos seguintes métodos:

indicar as dimensões do bloco.

os carris tensores, utilizando para o efeito

1. Secagem com Corrente Contínua: este

cunhas de ferro. Seguidamente centra-se o

método é aplicável em todas as máquinas

Na Figura 1 representamos uma fixação fá-

tambor do motor com a carga, conforme é

de Corrente Alternada e efetua-se com a

cil; as suas dimensões dependem do tama-

sugerido na Figura 2.

máquina parada. É preciso dispor de uma fonte de alimentação de elevada intensidade. As fases do estator podem ser ligadas em série ou em paralelo. É preferível ter correntes equilibradas nas três fases: contudo, em máquinas ligadas em estrela com apenas três termi­nais é necessário ligar duas fases em paralelo e estas em série com a terceira fase. Em qualquer dos casos a intensidade máxima por fase será limitada ao valor necessário para que o enrolamento atinja a temperatura de 9º C (medida através de resistência, detetor de temperatura ou termómetro). O aqueci­mento deve ser controlado de forma que a máquina fique a esta temperatura durante um período com­preendido entre duas e seis horas. Com a máquina parada, a intensidade necessária para que ela atinja a temperatura desejada é bastante mais baixa que a nominal (da ordem dos 25% a 50%). 2. Secagem por calor externo: para esta seca­gem utiliza-se um forno ou ser-

34

elevare

Figura 1.


Nota técnica

"(...) antes do pôr em funcionamento é de boa norma fazer-se previamente uma revisão. Assim, entre outras, deve verificar-se a sua resistência de isolamento, utilizan­do para isso um megaohmímetro. Este ensaio durará cerca de dois minutos."

Ambos os motores devem ficar paralelos, portanto no mesmo plano. Em muitos casos (acoplamento de motores a bombas centrífugas ou a compressores rotativos, por exemplo) utilizam-se uniões de veio elásticas com o objetivo de evitar as vibrações, conforme é sugerido na Figura 3. Para o efeito é utilizado o dispositivo de alinha­mento da Figura 3. Vejamos

então

qual

a

sequência

de

procedimen­tos: Figura 2. A posição paralela dos eixos consegue-se quando (com polias da mesma largura) os Pontos A, B, C e D estão em linha reta.

1. Colocam-se as máquinas de forma que à primeira vista pareçam sensivelmente alinhadas. 2. Monta-se o dispositivo conforme é indicado na figura, deslocando-o até que as duas pontas fiquem quase em contacto. 3. Faz-se rodar a união de veios, manualmente. Se a distância entre as pontas não varia durante a rotação, então a máquina está alinhada. Uma vez alinhada, a máquina fixa-se à banca-

Figura 3.

da, apertando os pernos conforme é indicado na Figura 4. Ordem a respeitar ao apertar os pemos que fixam um motor elétrico à sua soa bancada Os números indicam a ordem a seguir, que pode ser uma ou outra conforme convenha. 1-3-2-4; 4-3-1-2; 3-4-1-2; 2-1-4-3; e outros. Continuação no próximo número - Ligação e coman-

Figura 4.

do de motores.

elevare 35


Artigo técnico

O impacto da Diretiva n.� 2014/33/EU, de 26 de fevereiro Ana Francisco Gestora de Clientes APCER

No passado dia 20 de abril de 2016 entrou

senciais de saúde e de segurança e os pro-

em vigor a Diretiva n.° 2014/33/UE, de 26 de

cedimentos de avaliação de conformidade,

fevereiro, relativa à harmonização da legis-

quase não se verificando alterações ao nível

lação dos Estados-Membros respeitante a

técnico.

"Estas normas têm como objetivo primordial eliminar ou mitigar o risco associado ao uso, instalação e manutenção (...)"

ascensores e componentes de segurança para ascensores, que veio revogar a Diretiva

As alterações verificam-se ao nível adminis-

n.° 95/16/CE publicada há cerca de 20 anos.

trativo, nova numeração, novas definições o que implicará necessariamente a alteração

Esta nova Diretiva resulta da revisão da

de documentação, a declaração CE de con-

Diretiva 95/16/CE, de 29 de junho e do

formidade passa a denominar-se declaração

processo de alinhamento com o Novo

EU de conformidade, mantendo, no entanto,

No quadro jurídico desta nova Diretiva,

Quadro Legislativo (NQL) definido pela

a sua essência, apenas sujeita a alterações

também está incluída a previsão de pu-

Decisão n.° 768/2008/CE de 9 de julho de

menores.

blicação de duas novas Normas Europeias, que substituem as atuais EN 81-1:

2008, relativa a um quadro comum para a comercialização de produtos e pelo Regu-

As grandes alterações surgem ao nível das

2000+A3:2009 e EN 81-2:2000+A3:2009

lamento n.° 765/2008 de 9 de julho de 2008,

obrigações dos Organismos Notificados e

>>

que estabelece os requisitos de acreditação

Operadores Económicos (assegurar a con-

rança para a construção e instalação de

e fiscalização do mercado relativos à co-

formidade com os Requisitos Essenciais de

ascensores. Ascensores para o trans-

mercialização de produtos, que refletem as

Saúde e de Segurança e rastreabilidade) e,

porte de cargas e de pessoas. Parte 20:

medidas tomadas pela Comissão Europeia :

ao nível dos procedimentos para a Vigilância

ascensores para pessoas e pessoas e

>>

Alinhamento entre as Diretivas, defini-

do Mercado (no que diz respeito à monitori-

ções, terminologia e procedimentos de

zação e controlo de produto não conforme).

>>

>>

cargas; >>

EN 81-50:2014: define as regras de segurança para a construção e instalação

avaliação da conformidade; >>

EN 81-20:2014: define as regras de segu-

Clarificação das obrigações dos opera-

Há um maior ênfase dado à rastreabilidade

de ascensores. Parte 50: regras de de-

dores económicos, ao nível da verifica-

dos componentes de segurança dos ascen-

senho, cálculos, inspeções e ensaios de

ção de conformidade dos produtos com

sores, uma vez que qualquer operador eco-

componentes do ascensor.

marcação CE, e da validação dos docu-

nómico deve ser capaz de identificar durante

mentos obrigatórios, no que se refere à

um período de 10 anos a quem comprou ou

Estas normas têm como objetivo primor-

informação necessária para garantir a

a quem vendeu determinado componentes

dial eliminar ou mitigar o risco associado ao

sua rastreabilidade;

de segurança. No mesmo sentido, instala-

uso, instalação e manutenção, melhorando

Garantir que os fabricantes fornecem

dores e fabricantes devem assegurar que

a segurança para utilizadores e operadores

informação sobre a segurança do equi-

os elevadores ou componente de segurança

de manutenção, através da, evolução tecno-

pamento num idioma de fácil perceção

contenham elementos que permitam a sua

lógica preconizada em fase de fabrico e em

para os consumidores e utilizadores

identificação como o tipo ou número de série

operação, bem como as regras de conceção,

finais;

nos próprios equipamentos.

cálculo, inspeção e teste de componentes de ascensores,

Definir requisitos para as entidades competentes (notificadoras);

Uma outra alteração de relevo é a necessida-

Garantir a qualidade das atividades efe-

de por parte dos instaladores e fabricantes

A partir do dia 1 de setembro de 2017 estas

tuadas pelos organismos notificados.

de registar e investigar reclamações contra

normas passam a ser efetivas, com impacto

ascensores ou componentes de segurança

apenas para os ascensores instalados após

Face à Diretiva atualmente revogada, a

não conformes, sempre que, atendendo ao

a mesma. Durante este período de transição

95/16/CE, são mantidos quase inalterados,

risco e à saúde e segurança dos consumido-

as novas normas vão conviver com as an-

o âmbito de aplicação, os requisitos es-

res, tal seja considerado apropriado.

teriores.

>>

36

elevare


PUB


Notícias e Produtos ThyssenKrupp desenvolve elevador com iluminação LED

construção da forma atual de se conceber

fábrica da ABB em Pequim, em novembro

um elevador. "Dividimos a nossa equipa, sec-

de 2015. O décimo milionésimo variador irá

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

cionamos o elevador e partimos para a mis-

para a empresa Wuhan GuideElectric Co.,

Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

são de tentar reinventar o que já existia", con-

Ltd., na China, uma integradora de sistemas

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

ta. Além da customização pretendiam criar

que fabrica sistemas elétricos de contro-

um produto robusto - o que reduz as cha-

lo para gruas portuárias. O Variador de

As evoluções da conhecida Indústria 4.0 co-

madas ocorrências não previstas - e con-

Velocidade número 10 milhões é um drive

meçam também a chegar ao segmento dos

fortável para os utilizadores, ou seja, capaz

industrial ACS880 que faz parte do porte-

elevadores. Na unidade da ThyssenKrupp

de manter a disponibilidade do serviço. "Ti-

fólio de drives de compatibilidade total da

em Guaíba (RS) está a ser produzido o Sy-

vemos que buscar uma alternativa, e a nossa

ABB, sendo compatível com praticamente

nergy One, pensado e produzido de forma

área de marketing sinalizou para as oportuni-

todo o tipo de processos, motores, siste-

customizada para responder a um mercado

dades dos empreendimentos residenciais, de

mas de automação e utilizadores, os drives

específico: prédios residenciais com duas a

tamanho mais limitado", observa.

estão desenhados para controlar qualquer

12 paradas, limite de até oito pessoas e fun-

tipo de aplicação acionada por motores em

ciona com uma velocidade de 1 metro por

qualquer ramo de atividade, independente-

segundo. O diferencial de se pensar um pro-

mente da faixa de potência. A inovação por

duto desses com foco direcionado, segundo

trás da compatibilidade completa é a nova

o Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da

arquitetura de drives que simplifica a opera-

ThyssenKrupp, Reinaldo Paixão, é a escolha

ção, otimiza a eficiência energética e ajuda

certeira da potência do motor e dos compo-

a maximizar os resultados do processo. A

nentes que devem ser usados. "A grande ino-

Série ACS880 é composta por drives indivi-

vação desse produto foi que, como tudo foi di-

duais, multidrives e drives modulares.

mensionado para essa faixa de aplicação, não agregamos aos custos itens que não eram necessários, como um motor mais potente do que o necessário", exemplifica. A máquina de tração é sem engrenagem, com motor

Alguns elevadores da ThyssenKrupp de

de imãs permanentes, que melhora o rendi-

elevada performance já recebem informa-

mento e reduz o gasto de energia. A cabina

ções do quadro de comando, que chegam

possui iluminação LED, que reduz em 75% o

através dos sensores. Com isso, os técnicos

consumo elétrico em comparação com as

conseguem identificar se ocorreu alguma

lâmpadas comuns, e sua durabilidade é cin-

queda de energia e se as partidas estão a

co vezes maior do que a fluorescente.

decorrer sem interrupção. Tudo é monitorizado e, se algo for detetado, o técnico é no-

A gama de drives industriais ACS880 faz

O Synergy One também chega ao mercado

tificado. "Isso permite que o reparo possa ser

parte da gama de compatibilidade total da

com algumas funcionalidades extras. Uma

agendado de acordo com o melhor momento

ABB. “Exigimos muito dos nossos fornecedo-

delas é a de entrar em standby cerca de cin-

para a empresa e para o prédio, e também

res, especialmente no que toca à qualidade

co minutos depois de estar totalmente pa-

garante a correção antes que se torne um

do produto, fiabilidade e serviço. Os drives da

rado. Quando isso acontece, toda a parte de

problema mais sério", explica. E mesmo os

ABB estão à altura dos nossos requisitos, e já

exaustores é automaticamente desligada,

elevadores das linhas mais populares da

há dez anos que temos a ABB como parceira

garantindo um consumo mínimo de ener-

marca monitorizam dados como número

estratégica,” ditou Li Xiang, CTO da Wuhan

gia. Para religar, basta um utilizador fazer

de partidas e de encerramento de portas -

GuideElectricGroup Co., Ltd.A ABB desen-

uma chamada. Outra caraterística é o res-

cada elevador está dimensionado para um

volveu o seu primeiro drive de CA nos anos

gate automático: em situações de falta de

número de manobras e, quando esse núme-

70 e, atualmente, oferece a mais avançada

energia, o elevador entra em funcionamen-

ro é atingido, o técnico é acionado para as

gama de Variadores de Velocidade do mun-

to pleno, movimenta-se até ao próximo an-

trocas de componentes.

do. Os drives da ABB cobrem uma extensa

dar, nivela e automaticamente abre a porta

variedade de potências e tensões, incluindo

para que as pessoas possam sair tranquila-

tensões até 13,8 quilovolts e potências até 100 megawatts. Utilizar drives para contro-

pessoas quando ficam presas no elevador.

ABB entrega o seu Variador de Velocidade número 10 000 000

O elevador possui versões com painéis de

ABB, S.A.

a eficiência energética. Durante mais de 40

uma cor ou cores combinadas - como bege

Tel.: +351 214 256 000 • Fax: +351 214 256 247

anos a ABB tem fornecido milhões de dri-

e branca ou vermelha e branca - e um mo-

comunicacao-corporativa@pt.abb.com• www.abb.pt

ves para todos os ramos de atividade, pou-

mente, evitando o desconforto causado às

delo em aço inox escovado combinado com

lar motores de modo inteligente aumenta

pando uma enorme quantidade de energia.

o aço inox polido. O desenvolvimento do

O variador de Baixa Tensão número 10 000

Apenas em 2014, a base instalada de drives

Synergy One partiu de uma espécie de des-

000 da ABB saiu da linha de montagem da

da ABB economizou cerca de 445 terawatt-

38

elevare


Notícias e Produtos horas (TWh), equivalentes ao consumo

O Bailong é composto por três elevadores

de acrescida de produção, a procura de

anual de mais de 110 milhões de casas na

panorâmicos, com capacidade para 50 pes-

produção de maquinaria têm aumentado,

União Europeia. Se estes 445 TWh tivessem

soas cada. As cabines são feitas de vidro e

dado que os tempos de inatividade não pla-

sido fornecidos por centrais de geração de

aço, o que proporciona um visual espetacu-

neados se podem tornar muito morosos

eletricidade acionadas por combustíveis

lar para as montanhas pontiagudas da re-

e dispendiosos. Caso haja um problema

fósseis, os drives da ABB teriam contribuído

gião. Por tudo isso, é preciso ter coragem

com sistemas e máquinas complexos, os

com uma redução de emissões de CO2 em

para entrar e viajar neste elevador mas o

profissionais da manutenção consultam os

2014 de cerca de370 milhões de toneladas,

pior de tudo é que essa é a opção mais aces-

especialistas do fabricante. A opção mais

correspondentes a aproximadamente mais

sível para quem deseja chegar ao topo das

dispendiosa e morosa é uma visita do lo-

de 90 milhões de automóveis.

montanhas de Wulingyuan. Apenas conse-

cal, mas existem agora alternativas muito

gue fazer o mesmo através de trilhas, pas-

mais eficientes: a solução de telesserviço

sando por lugares ainda mais vertiginosos,

da Weidmüller que permite às unidades de

ou escalando pela montanha. A região de

produção disponibilizar aos seus clientes

Wulingyuan é muito visitada por chineses,

serviços personalizados em todo o ciclo

por ser um lugar selvagem e de grande re-

de vida de uma máquina, o que inclui uma

levância histórica. O território é protegido

equipa de apoio para fornecer respostas

por diversos parques nacionais, e serviu de

rápidas a perguntas sobre o funcionamen-

inspiração para filmes e séries internacio-

to, otimização de processos e manutenção

nais - incluindo o filme "Avatar", um dos fil-

de máquinas e unidades. As soluções do

mes mais vistos da história do cinema.

sistema da Weidmüller consistem numa

Elevador panorâmico mais alto do mundo na China

rede de componentes, como routers de segurança industrial e interrutores Ethernet,

TeleService Weidmüller: conceção e manutenção personalizados

o sistema de E/S remoto u-remote e servi-

apertados, sem grandes atrativos, e que servem apenas para transportar pessoas.

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

sistema detalhado, componentes de auto-

Mas existe um inusitado elevador na China,

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

mação com mais comunicação e a solução

localizado na região paisagística de Wulin-

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

de telesserviço com base na web u-link.

Habitualmente os elevadores são lugares

gyuan, o Bailong, que é considerado como o

dores web integrados para diagnóstico de

Algumas das soluções do sistema podem

maior elevador do planeta. O elevador tem

Atualmente, as empresas de produção

ser configuradas numa base específica do

capacidade para subir 330 metros na bei-

devem reagir de forma muito rápida às

cliente, por exemplo, o sistema u-remote.

ra de um penhasco em apenas um minuto,

alterações dos requisitos dos clientes. O

Para os fabricantes de máquinas em série,

garantindo um lugar no Livro do Guinness

resultado são sistemas mais complexos

o sistema não só oferece uma ótima facili-

como o elevador de grande capacidade

que devem ser compreendidos, contro-

dade de utilização como é uma solução to-

mais rápido do planeta.

lados e mantidos, tal como a flexibilida-

talmente integrada para a parametrização

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Notícias e Produtos do sistema de E/S que pode ser utilizada múltiplas vezes.

Bem-vindo a uma nova dimensão: SEW-EURODRIVE Online Support

O trabalho interior da Torre de Testes está

SEW-EURODRIVE Portugal

de combate a incêndios foi instalado no iní-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

cio do ano e já está a transportar colabora-

www.sew-eurodrive.pt • infosew@sew-eurodrive.pt

dores para os andares mais altos a uma ve-

online-support@sew-eurodrive.pt

locidade de quatro metros por segundo. O

em pleno andamento. O elevador de serviço

elevador panorâmico foi instalado em maio e é perfeitamente visível através da cobertura de vidro. No futuro, irá permitir aos visitantes acederem à mais alta plataforma na Alemanha, numa altura de 232 metros. O Online Support é a mais recente solução

Em Neuhausen a empresa tem a maior uni-

para aceder a todos os serviços online da

dade de acionamento pronta a ser instala-

Os benefícios mais evidentes do portal u-

SEW-EURODRIVE Portugal. Encontra-se di-

da. Esta unidade irá brevemente fazer des-

link incluem um acesso remoto seguro,

vidida nas secções “Engenharia & Seleção”,

locar o elevador na Torre de Testes a uma

uma estrutura de sistema flexível, gestão

“Consulta & Encomenda”, “Entrega & Fluxo de

velocidade de 18 metros por segundo. Uma

eficiente, telediagnóstico rápido e manuten-

Material” e “Colocação em Funcionamento &

unidade similar já está em funcionamento

ção da unidade acelerada. O acesso remo-

Manutenção”, o que permite acesso direto à

no World Trade Center em Nova Iorque e no

to seguro é garantido por um portal web

função pretendida ou área de interesse.

Shanghai World Financial Center.

com um servidor de encontro VPN virtual na Alemanha, um router com SPI Firewall

Por exemplo, se for Projetista ou Progra-

integrado (inspeção de monitorização de

mador e pretender configurar um produ-

estado), autenticação através de x.509

to, deverá selecionar a secção “Engenharia

com base em certificados (VPN aberto com

e Seleção”. Caso esteja à procura de dados

encriptação SSL) e permissões de acesso

CAD, documentação, software para down-

manual para a máquina. O u-link garante

load ou informação técnica de determina-

uma comunicação rápida e eficaz entre o

do produto, deverá neste caso entrar em

utilizador e a unidade, funções consistentes

“Dados e Documentação”. Pode navegar li-

de diagnóstico para todos os dispositivos

vremente no nosso Online Support sem ter

com capacidade de comunicação, e uma

que fazer login. Só necessita de login com o

tipologia da unidade que pode ser facilmen-

seu email e password para aceder a funções

te expandida. A gestão eficiente suporta o

que estejam sinalizadas com cadeado, que

No fim de janeiro, um enorme pêndulo

operador front-end intuitivo com navegação

necessitam dos dados do cliente. Após login

seguro por motores lineares eletromag-

de utilizador clara e uma gestão de permis-

terá acesso a outras funções e pode perso-

néticos foi instalado no interior da Torre

sões de utilizador e grupo com base nos

nalizar as suas configurações como forma-

- numa altura de 193 metros – pela GERB

requisitos individuais. O telediagnóstico de

tos de CAD, idioma para documentação ou

Schwingungsisolierungen GmbH. Enquanto

máquinas ou unidades através do Portal u-

configurações de pesquisa.

esta tecnologia já é utilizada em arranha-

link é rápido e está disponível 24/7 todo o

céus em Nova Iorque, Xanguai e Dubai, este

ano, além do acesso direto a todos os dis-

dispositivo em particular é o primeiro no

Construção da Torre de Testes da ThyssenKrupp avança

mundo que combina movimentos ativos e

lise remota também é possível com as ferramentas de diagnóstico integral, como o

ThyssenKrupp Elevadores, S.A.

nheiros da ThyssenKrupp já podem tes-

servidor web u-remote. A solução de teles-

Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

tar os sistemas dos elevadores como em

serviço da Weidmüller permite a manuten-

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

condições reais. A ThyssenKrupp começou

positivos com base TCP/IP. A profunda aná-

passivos. Graças a este pêndulo, os enge-

a construir esta Torre de Testes em 2014.

ção da unidade, dando aos utilizadores um acesso remoto direto a todas as funções do

A construção da Torre de Testes da Thys-

Entre as tecnologias de ponta que vão ser

sistema e permitindo-lhes adaptarem-se às

senKrupp em Rottweil avança segundo o

testadas em Rottweil, está a nova geração

configurações e programas e aplicar atua-

previsto. Andreas Schierenbeck, CEO da

de elevadores, o MULTI. Três dos doze veios

lizações de firmware. No sistema u-remote,

ThyssenKrupp Elevadores avançou numa

da Torre estão reservados para o sistema

os simuladores de função ampla suportam

conferência de imprensa que “graças ao

MULTI, equipado com a tecnologia maglev

o comissionamento dos sistemas, além da

trabalho dedicado de uma grande equipa, a

do Transrapid e que oferece uma série de

opção de configuração de máquinas em sé-

Torre foi erguida sem imprevistos. No futuro,

vantagens: o design do cabo livre permite

rie para uma utilização mais fácil. Eventuais

a Torre de Testes de Rottweil vai desempe-

que vários cabos possam ser operados

erros da unidade podem ser facilmente de-

nhar um papel fundamental na estratégia

num único veio. Isto aumenta a capacidade

tetados e solucionados com o sistema em

global de inovação da ThyssenKrupp, um dos

de passageiros por veio até 50% e reduz, ao

funcionamento.

fatores críticos para o sucesso da empresa.”

mesmo tempo, a pegada ecológica do ele-

40

elevare


Notícias e Produtos vador para metade. Ainda, os elevadores

precisa a EMEL em declarações à agência

de terminais e os sistemas de marcação,

podem mover-se na horizontal e vertical

Lusa, estimando que este "esteja operacio-

os Remote I/O, os relés, o fornecimento de

sem limitação de altura, permitindo uma

nal no verão de 2017", dependendo das vicis-

energia, a proteção contra sobretensões,

série de novas aplicações e possibilidades

situdes dos trabalhos arqueológicos a rea-

o processamento de sinais e os terminais

do ponto de vista arquitetónico.

lizar. Quanto ao percurso da Graça, haverá

PCB. Todos os produtos da Weidmüller na

um funicular a ligar a Rua dos Lagares e

EPLAN Data Portal estão disponíveis para

o Miradouro da Graça que já tem um con-

os clientes EPLAN com um Contrato de Ser-

curso a decorrer para apurar a viabilidade

viço de Software.

Escadas rolantes vão ligar Martim Moniz ao Castelo de São Jorge

da abertura do canal onde deverá circular a composição, também ela sujeita a fortes

A Empresa Municipal de Mobilidade e Esta-

condicionantes arqueológicas. Este canal

cionamento de Lisboa (EMEL) informou que

também será gratuito.

as escadas rolantes que vão ligar a praça do Martim Moniz ao Castelo de São Jorge

É de relembrar que, em termos de novas

vão estar em funcionamento no final de

acessibilidades foi inaugurado em junho de

2016/início de 2017. A EMEL indica que em

2015 o elevador que liga a Rua Norberto

causa estão três troços: as Escadinhas da

Araújo ao miradouro de Santa Luzia. Depois

Saúde que ligarão a porta da Mouraria à Rua

da inauguração esteve inoperativo devido

Marquês Ponte de Lima, as Escadinhas do

a problemas relacionados com o forneci-

Palácio da Rosa que farão a ligação entre as

mento de energia, mas alguns dias depois

Novo datalogger MSR165, um aliado no controlo de qualidade de um elevador da Zeben

ruas Marquês de Ponte de Lima e Costa do

voltou a estar operacional e a funcionar

Zeben - Sistemas Electrónicos, Lda.

Castelo e ainda as Escadinhas de São Lou-

sem problemas e registando um elevado

Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851

renço para as quais serão recuperadas as

nível de utilização. A estes meios de trans-

info@zeben.pt • www.zeben.pt

escadas já existentes entre a Rua da Costa

porte somam-se ainda os dois elevadores

do Castelo ao interior do Castelo de São Jor-

que fazem a ligação entre a Rua dos Fan-

O MSR 165 é um pequeno datalogger que

ge. O primeiro e o terceiro troços, a cargo

queiros e a Rua da Madalena e entre esta e a

eleva o controlo da qualidade de um ele-

da EMEL, deverão entrar em funcionamen-

Calçada do Marquês de Tancos.

vador ao máximo. O MSR 165 é um equipamento modular e completo para análise de

to no final de 2016/início de 2017 e a sua

todos os fatores que afetam a qualidade

utilização será gratuita, segundo referiu a

e conforto de um elevador. O novo data-

vas acessibilidades até à colina do Castelo

Produtos Weidmüller para EPLAN Data Portal

de São Jorge para atenuar a topografia do

Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

de choques e vibrações. Com capacidade

terreno e as caraterísticas desta zona his-

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

para 1600 registos por segundo, este é um

tórica através da introdução de meios me-

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

equipamento que regista até 32 medições

EMEL. Estes acessos dizem respeito às no-

logger permite a monitorização e registo

imediatamente antes do choque/vibração

cânicos. Mais de 11 500 produtos e dados sobre os

acontecer.

mesmos da Weidmüller estão disponíveis no EPLAN Data Portal, desde a SPS IPC Drives em novembro de 2015. Isto inclui 4865 novos produtos e 6656 produtos com atualizações. A Weidmüller melhora, continuamente, tanto o número como a quantidade de produtos disponíveis no futuro. O conjunto de produtos inclui uma atualização de cerca Além do percurso da Mouraria, estão pre-

de 15 000 produtos para a Feira de Hanôver,

Graças à sua bateria recarregável de lítio,

vistos ainda a construção de acessos sua-

que decorreu em abril de 2016 e uma atua-

o MSR165 pode registar os valores por um

ves à Sé e à Graça. No primeiro caso haverá

lização adicional para cerca de 20 000 arti-

período até 6 meses, permitindo um maior

um elevador a ligar as Escadinhas das Por-

gos para a SPS IPC Drives que irá decorrer

controlo da qualidade do elevador através

tas do Mar (junto ao Campo das Cebolas)

no mês de novembro de 2016. Os produtos

de medições de parâmetros como tempe-

ao Largo da Sé. "Atendendo a que esta obra

da Weidmüller incluem o lançamento de

ratura, humidade, luminosidade e pressão

decorrerá numa zona muito rica em termos

novos produtos que estarão disponíveis

absoluta, tornando-se um importante alia-

arqueológicos, a primeira empreitada, agora

no EPLAN Data Portal a partir de 2017. O

do para técnicos e empresas de desenvol-

lançada, visa apenas escavar o poço onde

EPLAN Data Portal já abrange a gama de

vimento, instalação e manutenção. Das

será posteriormente instalado o elevador",

produtos da Weidmüller como os blocos

suas caraterísticas gerais destacam-se

elevare 41


Notícias e Produtos a capacidade de memória para 2 milhões

centes inovações, como o MULTI, o eleva-

um sistema de acionamento mecatrónico

de registos, que com a opção de cartão

dor mais tecnológico do mundo que anda

inteligente que oferece altos níveis de fia-

microSD ascende a 1 bilião, e a bateria de

na horizontal, e o Max, uma aplicação que

bilidade e durabilidade, garantindo uma

lítio de 900 mAh, indicado para medições

funciona como manutenção preventiva.

elevada disponibilidade do sistema e a

a longo prazo. É um equipamento à prova

máxima fiabilidade operacional. A sua fle-

de água, com invólucro em alumínio ano-

xibilidade, elevada eficiência energética e

dizado, e tem um consumo muito reduzido

desempenho excecional tornam o DRC..

devido ao seu acelerómetro de três eixos

uma solução com uma ótima relação per-

de alto desempenho. Este robusto datalo-

formance/custo, inovadora e indicada para

gger permite, de forma simples e eficaz,

as suas necessidades. Destaca-se pela sua

monitorizar o nível de vibrações e também

elevada eficiência do sistema que garante

as suavidades do arranque e paragem dos

que até 50% menos energia é usada em

elevadores, sendo a ferramenta adequada

comparação com sistemas de acionamento

para o controlo da qualidade e o bom fun-

convencionais. Graças à faixa de ajuste de

cionamento de um elevador.

ThyssenKrupp distingue EnergyOT na Maker Faire Lisbon 2016

velocidade com binário constante e eleva-

Motor eletrónico DRC..

da capacidade de sobrecarga, uma variante

SEW-EURODRIVE Portugal

pode ser usada em muitas tarefas. Ao com-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

binar potência e comunicação num cabo mi-

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

nimiza os custos de instalação e riscos de erro e possui uma completa integração de

ThyssenKrupp Elevadores, S.A. Tel.: +351 214 308 150 • Fax: +351 214 308 297

O motor eletrónico DRC.. expande o por-

componentes e design compacto que redu-

www.thyssenkrupp-elevadores.pt

tefólio SEW de sistemas de acionamento

zem o espaço de instalação necessário sem

mecatrónicos para aplicações descentra-

comprometer o desempenho. Os custos de

Após analisar criteriosamente os cerca

lizadas e oferece uma solução altamente

armazenamento para peças sobressalen-

de 100 projetos presentes na Maker Faire

eficiente, com o máximo de flexibilidade,

tes e os custos operacionais são reduzidos

Lisbon 2016, a ThyssenKrupp escolheu a

para as tarefas que se estendem além do

graças às caraterísticas específicas e bene-

Energy Of Things como o projeto que me-

convencional. Todas as aplicações, desde

fícios do produto. O motor DRC.. pode ser

lhor se enquadra no presente e no futuro da

a simples movimentação de materiais até

utilizado em aplicações de movimentação

empresa em Portugal, e inicia um processo

ao posicionamento complexo, podem ser

de materiais ou como motor de aplicação

para avaliar a possibilidade da criação de si-

concretizadas. O design compacto do motor

universal em vários ramos do setor de lo-

nergias no futuro próximo. No âmbito des-

DRC.. integra eletrónica com servomotor

gística como, por exemplo, na intralogística,

ta distinção, os responsáveis da EnergyOT

síncrono de ímanes permanentes, ofere-

logística de aeroportos, indústria alimentar

vão viajar até Rottweil, na Alemanha, e ex-

cendo a melhor solução para aplicações

e de bebidas e indústria automóvel.

perienciar em primeira mão o MULTI, o ele-

descentralizadas onde a máxima flexibilida-

vador mais tecnológico do mundo que vai

de é uma obrigação. Quando acoplado a um

ser instalado na Torre de Testes da Thys-

redutor de engrenagens cónicas ou de veios

senKrupp, em maio de 2017.

paralelos de elevada eficiência, ou mesmo

Inovação no setor dos elevadores

quando utilizado como motor isolado, o

Nos últimos tempos temos sido informa-

Para Carlos Pinto, CEO da ThyssenKrupp

DRC.. é uma unidade de acionamento des-

dos de muitos avanços tecnológicos no

Elevadores Portugal “este é um projeto

centralizada de alto desempenho. O DRC..

setor dos elevadores. De relembrar que

inovador mas acima de tudo eficiente, dois

apresenta as mesmas variantes de comu-

este é um mercado que tem cerca de 150

dos pilares que regem a atividade da Thys-

nicação que o MOVIGEAR® e está disponível

anos, com o ano de 1853 a ser um marco

senKrupp, pelo que estamos convictos que

em quatro tamanhos, com potências de

importante neste setor uma vez que foi

esta parceria, que nasceu de forma natural

0,55 kW a 4 kW, o que permite binários con-

quando foi inventado a travagem de segu-

na Maker Faire, vai crescer e vai-nos permitir

tínuos de 2,6 Nm a 19,1 Nm.

rança para os elevadores de Elisha Otis e

complementar o serviço prestado atualmen-

os edifícios raramente os 7 andares. Mas, a

te, no que respeita à tangibilização dos índices

partir daí, as construções têm aumentado

de poupança dos nossos equipamentos e/ou

em termos de número de pisos e em 2009

serviços”. De relembrar que a ThyssenKru-

o edifício mais alto do mundo, o Burj Khali-

pp esteve presente na Maker Faire Lisbon

fa, atingiu a marca de 163 pisos acessíveis

e durante dois dias pôs à prova miúdos e

através de elevadores da marca Otis.

graúdos em desafios que implicavam destreza física e outros que estimulavam o

Os habituais cabos de aço utilizados nos

raciocínio rápido. No espaço ThyssenKrupp

elevadores atingiam no máximo 500 me-

mais de 3000 pessoas assistiram a vídeos,

Estas caraterísticas, aliadas aos compo-

tros, a UltraRope, uma tecnologia desen-

através da realidade virtual, das mais re-

nentes integrados, fazem do motor DRC..

volvida pela empresa finlandesa KONE e

42

elevare


Notícias e Produtos lançada no ano passa que permite que os

por serem simples relés que oferecem

sua carreira em 1979 como Diretor Admi-

elevadores percorram uma distância de 1

monitorização, controlo e proteção de

nistrativo da Weidmüller Espanha. Em 2003

km sem interrupções, aumentando assim a

motores elétricos. A gama DSP - VIP é um

foi-lhe entregue a responsabilidade de toda

distância. Para aumentar a capacidade dos

completo sistema de gestão de motores

a região do Sul da Europa (França, Itália, Por-

elevadores, a empresa alemã ThyssenKru-

que faz a monitorização, a proteção e o

tugal, Espanha, Suíça e Norte de África) e foi

pp desenvolveu a tecnologia TWIN que

registo de todas as avarias diagnosticadas

nomeado Vice-Presidente Executivo de Ven-

coloca dois elevadores no mesmo fosso,

pelo equipamento. Esta é uma gama de tal

das e Marketing para a região do Sul da Euro-

duplicando a eficiência. A empresa também

eficácia que permite a proteção de cargas

pa em 2012. Posteriormente ocupou o cargo

desenvolveu a MULTI, um sistema que elimi-

mecânicas conetadas aos mesmos. O DSP

de Vice-Presidente Executivo Sénior para o

na a necessidade dos cabos, permitindo que

VIP monitoriza a tensão juntamente com

Brasil e América Latina em 2015.

os elevadores se desloquem tanto vertical-

a corrente para uma proteção mais com-

mente como horizontalmente.

pleta e fiável, funcionando também como analisador de energia. E contém também

A somar a todas estas inovações, algumas

entradas digitais para controlo do motor a

empresas começaram a utilizar a Internet

partir de controladores/sensores externos,

das Coisas para melhorar a funcionalidade

e está disponível com comunicação RS 232

dos seus sistemas de elevadores. Neste

e RS 485, com capacidade de conexão de

âmbito, a ThyssenKrupp, juntamente com

módulo de adaptação ou datalogger.

a Microsoft, lançou um sistema conhecido como MAX que oferece feedbacks aos técni-

O DSP – VIP oferece proteções contra so-

cos, em tempo real, relativamente aos ele-

bre e subcarga, sobre e subtensão, falta de

vadores para que os técnicos saibam quais

fase, inversão de fases, desequilíbrio de fa-

os componentes que necessitam de uma

ses, rotor bloqueado, stall e derivação à ter-

reparação antes que ocorra uma avaria. A

ra (transformador externo ou interno). Dos

Schindler Transit Management Group lan-

inúmeros benefícios financeiros que pode

çou um aplicativo denominado myPORT que

ter com estes equipamentos destacamos

É visto como um modelo pela maneira

melhora a interatividade edifício-pessoas.

a redução dos tempos de inoperação, o

como implementou com sucesso a estra-

Os utilizadores podem definir o seu desti-

aumento do tempo de vida útil da máquina,

tégia corporativa do Grupo Weidmüller,

no e as preferências de percurso e, assim

a redução dos gastos de manutenção e a

em particular no domínio da tecnologia de

sendo, um elevador será automaticamente

redução dos gastos energéticos. A sua ele-

automação. "As nossas vendas e atividades

chamado e chegará exatamente quando for

vada versatilidade e as caraterísticas e fun-

de marketing estão centradas em compreen-

necessário.

cionalidades dos protetores de motor DSP

der os nossos clientes, trabalhando com eles

tornam possível a sua utilização sobre um

para desenvolver soluções e, posteriormen-

elevado espetro de aplicações para a pro-

te, na criação de valor acrescentado para os

Proteção para motores DSP da Zeben

teção de todos os tipos de motores, e não

clientes", explicou Alvarez Tobar. A fim de

só. A sua aplicação é possível em bombas,

melhorar a sustentabilidade do Grupo Wei-

Zeben - Sistemas Electrónicos, Lda.

ventiladores, elevadores, gruas, guindas-

dmüller, as futuras atividades de marketing

Tel.: +351 253 818 850 • Fax: +351 253 818 851

tes, cintas transportadoras, trituradores,

e vendas irão focar, reforçar e expandir

info@zeben.pt • www.zeben.pt

compressores e muito mais.

principalmente a sua presença global e a proximidade com o cliente, particularmente nos mercados em crescimento da Ásia,

José Carlos Alvarez Tobar novo Diretor de Marketing e Vendas do Grupo Weidmüller

EMEA e nas Américas."Estamos muito satis-

Weidmüller - Sistemas de Interface, S.A.

Carlos Alvarez Tobar, que tem implementado

Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871

medidas rigorosas mas necessárias para o

weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt

desenvolvimento do nosso grupo e desolu-

feitos por ter encontrado um administrador muito experiente e bem-sucedidoem José

ções para os nossos fornecedores", comenA01 de março de 2016, José Carlos Alvarez

tou Peter Köhler, CEO do Grupo Weidmüller.

Tobar assumiu o cargo de Diretor de MarkeOs protetores de motor DSP (Digital Supe-

ting e Vendas do Grupo Weidmüllerna Ale-

rior Protection) permitem-lhe a otimização

manha, tornando-se responsável pelas ven-

de máquinas e processos, a preços com-

das globais e comunicações com o mercado.

Roda de Falkirk: elevador giratório de barcos

proteções tradicionais como, por exemplo,

José Carlos Alvarez Tobarjá ocupou vários

A Roda de Falkirk é uma estrutura de eleva-

os térmicos bimetálicos. Caraterizam-se

cargos na Weidmüller, tendo começado a

ção de navios única no mundo. Foi construída

petitivos, quando comparados com outras

elevare 43


Notícias e Produtos em Falkirk, na Escócia, para permitir o tráfe-

gôndolas precisa de ser equilibrado e para

Tendo consciência de que é necessário estar

go fluvial entre os canais Union, Forth e Cly-

isso usa-se o Princípio de Arquimedes, ou

mais próximo do cliente, fornecendo respos-

de, que estão desnivelados em cerca de 25

seja, a massa do barco desloca o proporcio-

tas on-time às suas solicitações, e devido ao

metros. Há uns anos atrás, para contornar o

nal de água para dentro do compartimento

nível de industrialização no norte de Portugal

desnivelamento, os dois canais eram ligados

do elevador. Os níveis da água são mantidos

e aos pedidos mais exigentes dos clientes,

por uma série de 11 eclusas, ou seja, degraus

em cerca de 37 centímetros de altura dentro

em linha com o aumento da complexidade da

hidráulicos que permitem que as embarca-

dos caissons de 6,5 metros de comprimen-

carteira de soluções, este investimento per-

ções subam ou desçam rios que possam so-

to, e o resto do trabalho é feito por 10 moto-

mitiu criar um novo posto de trabalho na área

frer de um desnivelamento mas este desvio

res hidráulicos, além de sensores de água,

da Engenharia de Aplicações. Além disto, as

tinha a desvantagem de levar quase um dia

comportas e bombas, um processo que une

novas instalações dispõem de uma sala onde

inteiro a ser feito, representado muito tempo

recursos digitais e hidráulicos. O melhor de

poderá ser dada formação certificada a clien-

para quem estava na embarcação.

tudo é que o gasto de energia com todo o

tes e onde poderão ser realizadas reuniões de

procedimento de elevação, que demora cer-

projeto com melhores condições. A concre-

Entre os anos 30 e meados dos anos 90,

ca de quatro minutos, é baixo já que o peso

tização deste novo investimento permitirá à

os canais começaram a ser encerrados e

do barco (ou a quantidade de água) que desce

SEW-EURODRIVE Portugal reforçar a sua po-

foram efetuadas propostas de resolução

ajuda a levantar o que está na outra ponta.

lítica de proximidade ao cliente, aliada à cria-

para este problema. A British Waterways,

ção de novas oportunidades de negócio junto

órgão britânico criado no período para re-

Cerca de 400 mil pessoas visitam a Roda de

dos atuais e futuros clientes. A estratégia de

gularizar este problema, criou um plano

Falkirk anualmente e, até janeiro de 2014,

serviços da SEW-EURODRIVE assenta num

para reabrir os canais e, de 1997 a 2005,

mais de 4,4 milhões de turistas já haviam

fator simples - clientes satisfeitos – e assim

juntou-se a outras instituições para criar

passado pelo local — dessa multidão, 1,3

poderá conhecer a SEW-EURODRIVE Portu-

um elevador rotativo. Assim surgiu a Roda

milhão fizeram o tour de barco. A roda tam-

gal na Rua Monte da Bela, n.° 191, Fração X, em

de Falkirk que une ambos os canais, fa-

bém já foi premiada, mais do que uma vez

Ermesinde ou através do telefone 229 350

zendo com que as embarcações possam

pela GTBS, organização britânica ligada ao

383, e/ou email, esc.porto@sew-eurodrive.pt.

transitar do Estuário de Clyde para o Union,

turismo verde, que reconheceu os esforços

elevando-as a uma altura equivalente a um

dos seus idealizadores para fazer dela um

prédio de oito andares.

projeto eficiente, que usa pouca energia e

Esta é considerada por muitos como uma

que produz quase nenhum impacto no meio

das soluções mais inteligentes e criativas na

ambiente.

Elevador une Sé e Campo das Cebolas em Lisboa

área da mobilidade num projeto que substi-

O projeto de um elevador que facilite a mo-

tuiu as 11 eclusas e mais de 32 obstruções

bilidade entre o Campo das cebolas e a Sé

SEW-EURODRIVE Portugal: novo escritório técnico no Porto

de Lisboa já foi apresentado aos moradores

como um elevador giratório composto por braços maciços que giram ao redor de um

SEW-EURODRIVE Portugal

arquiteto João Favila Menezes, responsável

centro e que, por sua vez, é movimenta-

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

pelo projeto, sublinha o facto de tentarem

do por motores hidráulicos. O formato da

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

não colocar um elemento perturbador junto

de navegação. Este projeto ficou conhecido

construção, originalmente concebido como

e os trabalhos devem começar em breve. O

à Sé, monumento nacional. Segundo ima-

uma roda gigante com 4 gôndolas, não era

Prosseguindo uma política de bem servir os

gens do projeto já divulgadas, vê-se uma das

exatamente aquilo que a British Waterways

seus clientes e de progressiva melhoria, a

paredes laterais da Sé e do outro lado da rua,

procurou mas respondeu às necessidades

SEW-EURODRIVE Portugal adquiriu, em 2015,

em cima do passeio, uma estrutura através

depois de alguns ajustes. Toni Kettle lide-

novas instalações no Porto. Este investimen-

da qual se fará o acesso ao novo elevador,

rava a equipa de arquitetos e designers e

to, numa zona industrial, permitiu aumentar

numa estrutura redonda em pedra lioz. O

modelou o sistema de engrenagens com as

a área de stock disponível e iniciar o projeto

elevador será bastante pequeno, deslocado

peças de Lego da sua filha de oito anos e a

de um futuro centro de assistência técnica a

e recuado relativamente à fachada da Sé.

inspiração para o design foram machados

acionamentos eletromecânicos e eletrónicos.

celtas de duas lâminas, hélices de navios e

Este elevador terá capacidade para trans-

a caixa torácica de uma baleia. Tony Kettle

portar 13 pessoas de cada vez, partindo do

descreveu a Roda de Falkirk como “uma coi-

topo das Escadinhas das Portas do Mar, às

sa linda e de fluidez orgânica como a espinha

quais se chega depois de atravessar o arco

de um peixe.”

com o mesmo nome e que, por sua vez, pare da Rua dos Bacalhoeiros. Segundo o arquite-

O diâmetro da Roda tem cerca de 35 metros

to explicou, o elevador vai dar continuidade

e sua estrutura possui dois braços de 15 me-

às escadinhas até porque neste momento

tros de posições opostas que são cheios de

estas não têm continuidade, esbarrando

água, cada um suporta 250 mil litros, e gi-

quem sobe os seus degraus num muro sem

ram 180 graus. O nível de água de ambas as

passagem.

44

elevare


Dossier automação e componentes para elevadores Fernando Maurício Dias Prof. do Departamento de Engenharia Eletrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

Neste número, e em particular neste dossier, é dado destaque a dois aspetos relevantes de um elevador, a automação e os seus componentes. A automação (do latim automatus que significa mover-se por si), pode ser definida como um sistema que emprega processos automáticos que comandam e controlam os mecanismos para o seu próprio funcionamento fazendo uso de técnicas computadorizadas ou mecânicas com o objetivo de dinamizar e otimizar todos os processos de funcionamento do elevador. Este aspeto é intrínseco aos elevadores inicialmente, e numa fase já ultrapassada a automação era efetuada recorrendo a técnicas essencialmente mecânicas. Hoje em dia foram adicionadas técnicas computadorizadas fazendo com que os atuais elevadores sejam equipamentos complexos ao nível da conceção dos seus comandos com o grande objetivo da promoção de um maior conforto para os utilizadores, maior eficiência energética, melhores condições de segurança e maior capacidade na obtenção de informações sobre o equipamento. A evolução da automação está associada à evolução concetual dos comandos dos elevadores, pelo que é sempre importante estarmos atentos às tendências desta área. O outro aspeto, embora parecendo básico, “os componentes” dos elevadores são um meio diferenciador do elevador quer ao nível económico, de segurança, fiabilidade, conforto e eficiência energética. Uma escolha criteriosa dos componentes faz toda a diferença entre um “bom” elevador e um “mau” elevador. Outro aspeto relevante, e com a nova Diretiva essa relevância é reforçada, são os componentes ditos de segurança que devem ter um tratamento especial, ou seja, tão importante como o componente propriamente dito é a existência da sua documentação e a garantia da sua rastreabilidade. Se me permitem um conselho, deve ser dada tanta importância ao componente como à sua documentação, por isso, na compra não descurem a documentação, exijam a mesma de acordo com o estipulado na Diretiva Ascensores. Essa vossa ação, certamente, irá evitar no futuro outras situações bastante desagradáveis (Circular n.° 1 da DGEG).

elevare 45


Dossier sobre automação e componentes para elevadores

Correta utilização e seleção de contactos elétricos para funções de segurança Ricardo Solanilla Key Account no Setor da Elevação Schmersal Ibérica

Requisitos que devem cumprir os equipamentos destinados a cumprir

um componente eletrónico ou selecionar o

desenho da função de segurança, na qual

adequado.

intervêm estes elementos pode não ser o

funções de segurança, tomando e

correto.

ampliando os requisitos da norma

Mas o que ocorre, por exemplo, com os ele-

EN 81-20, referente aos contactos

mentos eletromecânicos, em forma de fins

A seleção correta, continuando com o nos-

elétricos em funções de segurança.

de curso, que se utilizam em inúmeras fun-

so exemplo de um fim de curso, de um

ções de segurança? À pergunta, “É suficien-

elemento que intervém numa função de se-

Os contactos de segurança, tal como indica

te cumprir os requisitos que contempla a EN

gurança também deve ter em conta o uso

a EN 81-20, intervêm em funções de segu-

81-20 no Ponto 5.11.2, para garantir que uma

particular, ou seja, a frequência de utiliza-

rança, ou seja, não devem apenas realizar

função de segurança na qual intervêm estes

ção, as exigências das condições de traba-

a sua função, mas também devem cumprir

elementos é correta?” a resposta é negativa.

lho, os possíveis agentes externos que pos-

alguns requisitos mínimos que garantam

Ainda que tenhamos alguns requisitos de

sam afetar a integridade do equipamento,

um funcionamento correto e mantido ao

acordo com as prestações a nível elétrico

bem como as exclusões de falha.

longo do tempo, que não comprometa a se-

(EN 60947-5-1) ou o grau de proteção em

gurança, inclusive em caso de rutura.

relação a agentes externos (EN 60529), ou

Exemplos práticos: suponhamos que, para

ainda o princípio de segurança de rutura po-

a nossa função de segurança seleciona-

Este tipo de elementos não estão compi-

sitiva, que deriva da Norma EN ISO 12100-2

mos um fim de curso que cumpre com o

lados, na sua totalidade, na lista de “com-

no Ponto 4.5 e que se cita, com outras pa-

princípio de rutura positiva para o contacto

ponentes de segurança” que cita o Anexo III

lavras no Ponto 5.11.2.2.2 da EN 81-20, o

NF (Normalmente Fechado), e um contacto

da Diretiva de Ascensores 2014/33/UE (o Ponto 6 apenas contempla os eletrónicos), deixando de lado os componentes eletromecânicos que, de um modo geral, são os mais utilizados hoje em dia em forma de fins de curso, micro interruptores e detetores magnéticos, entre outros. Os componentes eletrónicos que intervêm em funções de segurança, denominados PESSRAL (definido segundo EN 81-20, Ponto 3.40) para além de serem considerados “componentes de segurança”, devem cumprir um requisito de fiabilidade adicional, SIL (definido segundo EN 81-20, Ponto 3.52) segundo a utilização especificada na Tabela A.1 da EN 81-20. Para entender estes requisitos devemos utilizar como referência a norma EN 62061 que define o conceito de SIL e proporciona as pautas para fabricar

46

elevare


Dossier sobre automação e componentes para elevadores NA (adicional). Para além disso cumprimos

Norma de referência para o desenho e va-

com os requisitos elétricos e de proteção

lidação de funções de segurança. De apli-

IP mencionados anteriormente. Se utilizar-

cação para máquinas em geral, incluindo

mos o contacto NA para monitorizar a nos-

componentes de segurança eletromecâ-

sa função de segurança, a utilização não é

nicos com ou sem eletrónica, parte hi-

correta. Não utilizamos o contacto NF que

dráulica e pneumática referente à segu-

é o que garante a rutura positiva. O con-

rança. Define o PL como o “performance

tacto NF comuta mesmo que previamente

level” de uma função de segurança, ou por

os contactos estejam colados através de

outras palavras, a garantia/desempenho

uma mola mecânica. Em resumo, o contac-

dessa função. A escala de PL vai de “a”,

to NF, neste caso (o fabricante deve indicar

mais baixo, a “e”, mais alto. No total define

expressamente se possui rutura positiva),

cinco níveis. Não descreve a utilização de

dá-nos uma garantia, inclusive em caso de

componentes concretos para resolver um

rutura permanente, o que não nos oferece

perigo, mas dá as pautas para a seleção

o contacto NA.

dos mesmos e a sua utilização, como arquiteturas de um só canal ou redundan-

Segundo caso. Suponhamos que agora uti-

tes, bem como a conveniência no que diz

lizamos o contacto NF, e adicionalmente

respeito à frequência/severidade do peri-

utilizamos um atuador de haste lisa, com

go e o tipo de tecnologia utilizada na solu-

roldana. As caraterísticas do equipamento

ção (com desgaste mecânico/diagnóstico/

continuam as mesmas do que no caso ante-

auto-controlo). Define parâmetros base

rior. O desenho desta função de segurança

para entender a fiabilidade de uma função

também não é correto. Neste caso o atu-

de segurança, como o B10d (número mé-

ador está a introduzir uma falha de causa

dio de ciclos até uma falha perigosa) ou o

comum previsível. Um pequeno afrouxa-

PFHd (probabilidade de falha perigosa por

mento do parafuso que permite o ajuste da

hora) e obter um valor PL para a função

longitude da haste e, portanto, do ponto de

(desde os elementos de deteção aos de

comutação, pode fazer variar o comporta-

controlo).

mento do interruptor até ao ponto de que

mente do resto das caraterísticas do inter-

inclusive não chegue a cumprir a sua fun-

ruptor, não é adequado nessa utilização.

ção (a haste não tenha acionamento). A

UNE-EN ISO 14119. Segurança de máquinas. Dispositivos de encravamento associados

solução passaria por utilizar um atuador

Quarto caso. Selecionamos um fim de cur-

a proteções. Princípios para o desenho e

não ajustável (eliminamos o risco) ou utili-

so, desta vez com atuador em forma de

a seleção.

zar uma haste de ajuste por passos, para

rodízio e com IP40. De acordo com os requi-

que, se existir um afrouxamento, o risco de

sitos da EN 81-20 está conforme, tem um

Norma de referência para o desenho e

que este provoque um deslocamento ime-

isolamento de 250 V e categoria AC-15 (cir-

critério de seleção de dispositivos de se-

diato da haste seja muito reduzido. Assim,

cuito alternado). Está situado no fosso, per-

gurança com encravamento (função bies-

algo tão aparentemente pouco importante

to do solo e a humidade é alta, com elevada

tável), com ou sem bloqueio, para a mo-

como a seleção de um atuador para um

probabilidade de inundação e contacto de

nitorização de proteções (por exemplo

equipamento que cumpre “todos os requisi-

água com o interruptor. Uma vez que o IP40

portas e tampas). Detalha os requisitos

tos de contacto elétrico de segurança” marca

não garante que o interruptor possa funcio-

técnicos, bem como as diferentes tecnolo-

a diferença entre garantir a função de se-

nar com garantias, se estiver em contacto

gias e a sua correta utilização e aplicação

gurança, e portanto a utilização correta,

com a água, ainda que não seja de forma

(como vimos anteriormente, um dispositi-

ou pelo contrário, temos riscos previsíveis

permanente, este equipamento não cumpre

vo de segurança que não é utilizado corre-

que podem afetar e inclusive anular a nossa

os requisitos essenciais para garantir a fun-

tamente pode provocar perda de seguran-

função de segurança.

ção de segurança.

ça e, portanto, risco de acidente).

Terceiro caso. O atuador é do tipo vareta

Para poder completar com garantias os re-

O desenho de uma adequada função de

(metálica, plástica ou similar). Da mesma

quisitos da EN 81-20, no que se refere aos

segurança vai mais além da utilização

forma, a utilização não é apropriada, devi-

contactos elétricos de segurança necessi-

de equipamentos conhecidos, de forma

do a uma falha de causa comum previsível.

tamos complementar os requisitos com os

indiscriminada. É responsabilidade do

As varetas, e quanto mais compridas mais

das seguintes Normas:

projetista ter em conta a utilização e as

provável, dobram-se com facilidade ou po-

condições concretas de uso e dimensio-

dem partir-se. Este tipo de atuador não tem

UNE-EN ISO 13849. Segurança de máquinas.

nar adequadamente a aplicação tendo

as garantias necessárias para monitorizar

Partes dos sistemas de comando relativas

sempre como premissa garantir a função

uma função de segurança e independente-

à segurança.

de segurança.

elevare 47


Dossier sobre automação e componentes para elevadores

Controlo do movimento e variação de velocidade Eng.º Luís Reis Neves Departamento de Engenharia SEW-EURODRIVE Portugal

INTRODUÇÃO

rendo a sistemas que permitem a alteração

O controlo de movimento no seio das indús-

da relação de transmissão de forma contí-

trias tem de responder aos requisitos atuais

nua. Contudo, o estado da arte da eletrónica

de flexibilidade, produtividade e eficiência,

está a levar ao desaparecimento gradual

atingidos um rigoroso cumprimento legal.

destes sistemas.

Os acionamentos são responsáveis por mais

2. O CONVERSOR DE FREQUÊNCIA

de 90% dos movimentos, atuando sobre

A necessidade de flexibilização dos proces-

sistemas inanimados. São autênticos trans-

sos e das máquinas, motivada pela diver-

dutores de energia elétrica em movimento e verdadeiros motores do desenvolvimento.

sidade da procura e pela necessidade de Figura 1. Motorredutor com conversor de frequência

encurtamento dos prazos de entrega, lan-

integrado MOVIMOT® da SEW-EURODRIVE.

çou novos desafios à engenharia dos acio-

Se, em tempos, motor e redutor se confun-

namentos. Passou a ser imperativo adaptar

diam com acionamentos e eram os princi-

monitorização do movimento, analisando

as rotações em amplas gamas, fazendo-o

pais (senão os únicos!) responsáveis pelo

sinais periféricos, dialogando entre si e com

de forma simples, rápida, fiável e segura.

movimento, atualmente essa abordagem é

os operadores de forma direta. Ao tradicio-

A resposta a estas exigências é dada pelos

bastante limitativa. O acionamento deixou

nal controlador de nível superior é dado o

conversores de frequência: a sua combina-

de ser o músculo desprovido de inteligên-

papel de supervisor.

ção com motores assíncronos trifásicos

cia que age cegamente às ordens de um

praticamente erradicou os acionamentos

controlador de nível superior, tendo emer-

A Variação da Velocidade é feita recorrendo

gido para um nível superior impulsionado

a conversores de frequência e é impossí-

pelas exigências da engenharia moderna.

vel desvincular a sua ação do controlo de

2.1. Princípio de funcionamento do conversor

Os componentes anteriormente menciona-

movimento.

de frequência

dos são complementados com poderosos,

de Corrente Contínua do tecido empresarial.

Na Figura 2 apresenta-se sob a forma de

compactos e versáteis conversores de fre-

Nota: também é possível fazer a Variação

blocos o princípio de funcionamento do con-

quência (também designados por Variado-

da Velocidade de forma mecânica, recor-

versor de frequência.

res Eletrónicos de Velocidade), controladores, monitores de segurança e amigáveis interfaces Homem-Máquina. Por outras palavras, os acionamentos são a combinação harmoniosa da mecânica, eletricidade, eletrónica, informática e automação: mecatrónica. Os controladores de alto nível (normalmente PLC ou PCi) confiam cada vez mais o controlo do movimento e ações de automação aos acionamentos, verificando-se uma migração da inteligência, ou seja, descentralização. Cada vez mais os acionamentos são independentes na geração, controlo e

48

elevare

Figura 2. Princípio de funcionamento.


Dossier sobre automação e componentes para elevadores A tensão da alimentação (A) é retificada e

Em qualquer dos casos, a baixas frequên-

tes). Adicionalmente, ainda é possível dis-

estabilizada através do DC Link (B). Poste-

cias, os motores estão sobrealimentados

tinguir entre controlo vetorial em modo de

riormente o inversor converte esta tensão

e, consequentemente, a sua temperatura

tensão e em modo de corrente.

num sinal modulado por largura de pulso

pode aumentar.

(PWM). A forma da saída pulsada é função

O desafio deste tipo de controlo para moto-

da frequência de saída solicitada (C). A aná-

res assíncronos é manter uma magnetização

lise de Fourier mostra que esta saída em

do rotor constante, por forma a virtualmente

tensão pulsada tem o mesmo efeito num

ter o mesmo desempenho que um sistema

motor assíncrono trifásico que uma tensão

servo. Como o rotor de um motor assíncrono

sinusoidal da mesma amplitude e da mes-

não é magnético, o sistema tem que se apoiar

ma frequência.

em modelos. Desta forma, tendo por base um determinado número de parâmetros do

A regulação de todo o sistema é concretiza-

sistema é possível calcular a magnetização

da pela secção de controlo. Nos converso-

do rotor com exatidão imediatamente após

res de frequência atuais, o campo magnéti-

Legenda: [1]; Escorregamento; [2]; 2 x Escorrega-

uma breve fase de transição seguinte à liga-

co, comunicação, processamento de sinais

mento; [3]; Gama de ajuste do Boost; neck - Frequên-

ção do sistema de alimentação. Uma vez co-

de referência e de sinais PWM são proces-

cia base.

nhecido o campo magnético resultante, este

sados de forma totalmente digital.

pode ser orientado com o campo do estator. Figura 4. Utilização de Boost para aumento do binário a baixa rotação.

2.2.2.1. Controlo vetorial em modo de tensão O controlo vetorial em modo de tensão

O desempenho do sistema é aperfeiçoado

pode, ou não, usar sistemas de realimenta-

se houver realimentação. Nesta situação, a

ção (encoder). Em ambos os casos, aumen-

precisão da rotação e o incremento de bi-

ta as propriedades dinâmicas, assegurando

nário melhoram significativamente. Neste

que o motor não aquece em demasia a bai-

modo de controlo não é usado o modelo de

xas rotações e, em função do rigor do mo-

motor para o cálculo da corrente, tensão e

delo do motor e do cálculo das tensões de

magnetização.

fase, otimiza a performance.

2.2.2. Modo de controlo vetorial

As vantagens do controlo vetorial em modo

Figura 3. Conversor de frequência: o parceiro ideal do motor.

Controlo vetorial significa que dois campos

de tensão são:

2.2. Modos de controlo

magnéticos são orientados um contra o

>>

Fundamentalmente, os modos de controlo

outro. O controlo vetorial é o mesmo para

de rotação 1:20 (1:200 com sistema de

podem ser classificados em não vetorial

motores assíncronos e motores síncronos

realimentação);

(escalar) e vetorial.

(servomotores). Contudo, a física dos dife-

>>

magnetização constante do motor;

rentes tipos de motor desempenha um pa-

>>

tratamento cuidado dos componentes

2.2.1. Controlo não vetorial

pelo menos 150% do binário na gama

mecânicos através de aceleração e de-

pel importante.

Trata-se do modo de controlo mais sim-

saceleração controladas;

ples. A relação entre a tensão (U) e a fre-

No caso dos servomotores, o campo mag-

>>

aumento da frequência de arranque;

quência (f) é mantida constante desde zero

nético do estator é alinhado com o campo

>>

remoção da carga do sistema de ali-

até à frequência base do acionamento. Aci-

do rotor provocado pelos ímanes perma-

ma dessa frequência já não se verifica um

nentes. Os dados de orientação são forne-

aumento de tensão aplicada ao motor e

cidos através do sistema de realimentação.

2.2.2.2. Controlo vetorial em modo

assiste-se a uma diminuição do binário dis-

Para a orientação do campo de motores

de corrente

ponível. Adicionalmente, a baixas rotações

assíncronos é necessário considerar um

Neste modo de controlo é necessário um

(o mesmo será dizer a baixas frequências),

número significativo de parâmetros físicos

sistema de realimentação e um conheci-

este método não oferece o binário nominal.

para assegurar uma magnetização cons-

mento rigoroso do modelo do motor. Como

Naturalmente existem técnicas para con-

tante do rotor.

a injeção de corrente no motor tem de ser

tornar este efeito. A mais frequente consis-

mentação.

precisa não é possível este tipo de contro-

te em utilizar um offset de tensão, isto é, em

Os sistemas com controlo vetorial têm

lo em grupos de motores. Este modo de

vez da tensão começar em zero V, tem início

uma excelente reposta em termos de biná-

controlo possibilita um dinamismo elevado

a partir de um determinado valor. Este mé-

rio, dinamismo e precisão rotacional.

e, virtualmente, consegue-se obter de um

todo é designado por "Boost” e está repre-

motor assíncrono o mesmo desempenho

sentado na Figura 4. Em alternativa, esse

É possível implementar controlo vetorial

disponibilizado por um servomotor síncro-

offset de tensão pode variar em função da

com ou sem sistemas de realimentação

no. Na fase de dimensionamento, o dinamis-

corrente (IxR), ou seja, em função da carga.

(naturalmente, com performances diferen-

mo é um critério primário de decisão.

elevare 49


Dossier sobre automação e componentes para elevadores As principais vantagens deste modo de con-

Os acionamentos descentralizados estão

coincidentes. Ora, isto implica uma eleva-

trolo são:

disponíveis em diversas tecnologias de bus

da capacidade de sobrecarga e constante

>>

caraterísticas semelhantes às de ser-

de campo, facilitando a sua integração nas

adaptação, ou seja, acionamentos meca-

vo-acionamentos, nomeadamente em

mais díspares topologias de automação.

trónicos. Em termos práticos, significa que

termos dinâmicos e de resposta a alte>> >>

>>

a potência instalada pode ser considera-

ração da carga;

4. O ACIONAMENTO MECATRÓNICO

operação ilimitada a zero rpm, graças

Cada vez mais, a integração e descentrali-

velmente reduzida.

a sistema de realimentação standard;

zação se apresentam como a chave para o

Na Figura 7 apresentam-se o perfil de car-

pelo menos 160% do binário em imo-

sucesso presente e futuro dos acionamen-

ga típico de um transportador e as curvas

bilização (desde que o acionamento te-

tos. No mesmo sentido, as constantes (e

de binário de um motorredutor com con-

nha sido corretamente dimensionado);

justificadas!) preocupações ambientais di-

versor de frequência e de um acionamento

precisão da rotação estática igual ou

tam novas regras no que respeita a classes

mecatrónico, ilustrando o que anterior-

inferior a 0,1% da rotação nominal.

de eficiência.

mente foi mencionado.

Há muito que gerar movimento deixou de

Os acionamentos mecatrónicos surgem

ser condição suficiente para definir um acio-

assim como a evolução natural dos acio-

namento. Obviamente que continua a ser

namentos descentralizados. Resultam da

necessário gerar o movimento, mas tem de

harmoniosa combinação entre um motor,

ser de forma eficiente e com maximização

redutor e eletrónica de potência, numa uni-

da relação performance/custo. É precisa-

dade extremamente compacta e com ele-

mente aqui que entram os acionamentos

vado rendimento.

mecatrónicos: acionamentos tecnicamente evoluídos, munidos "de inteligência própria"

Às vantagens dos acionamentos descen-

e capacidade de adaptação às inconstantes

tralizados convencionais, acrescem o re-

Figura 5. Tempos de resposta do controlo vetorial em

e imprevisíveis necessidades de aplicação,

duzido número de versões, a facilidade de

modo de tensão (VFC) e em modo de corrente (CFC).

designadamente em termos de binário e de

limpeza, o funcionamento extremamente

rotação.

silencioso (não possui ventilador) e a re-

3. DESCENTRALIZAÇÃO

dução dos custos (instalação, operação e

Os conversores de frequência não têm ne-

No arranque, o binário solicitado pelas

cessariamente de ser montados em qua-

aplicações é elevado e de curta duração.

manutenção).

dros elétricos. Podem migrar para o campo

Uma vez vencida esta fase, as exigências

5. TIPOS DE CARGA

e, em muitos casos, estar diretamente alo-

são consideravelmente inferiores. É nes-

Todas as aplicações são dotadas de espe-

jados no motor. A este processo chama-se

te regime, designado por contínuo, que o

cificidades e os respetivos acionamentos

descentralização.

acionamento vai funcionar a maior parte do

têm que possuir um desempenho diferen-

tempo. Para cumprir estas imposições os

ciado e que colmate as necessidades diag-

Os cabos entre o motor e o conversor são

acionamentos convencionais têm de ser so-

nosticadas. No projeto e na seleção é im-

severamente encurtados (no limite, ine-

bredimensionados. O ideal é que as curvas

perativo o conhecimento do perfil da carga

xistentes!), resultando em soluções com-

do perfil de carga e do acionamento fossem

em questão. A relação entre o binário (M) e

pactas e bastante otimizadas nos mais diversos pontos de vista: projeto, instalação, comissionamento, operação e manutenção, o que acarreta vantagens na redução de custos.

Figura 6. Acionamento descentralizado MOVIPRO® da SEW-EURODRIVE.

50

elevare

Figura 7. Perfil de carga de um transportador e curvas de binário de acionamentos.


Dossier sobre automação e componentes para elevadores Tabela 1. Diferentes tipos de carga.

Tipo de aplicação

Enroladores, cortadoras rotativas, fusos

Elevadores, transportadores, laminadores, plainas

Freios de corrente de eddy, calandras com fricção viscosa

Bombas, ventiladores, centrifugadores

Binário

M ~ 1/n

M = constante

M~n

M ~ n²

Potência

P = constante

P~n

P ~ n²

P ~ n³

Diagrama

a potência (P) depende do tipo de aplicação.

A produção tem que reagir rapidamente

eletrónica de controlo. De facto, o aciona-

Na Tabela 1, para algumas cargas típicas,

(para não dizer imediatamente!) a aconteci-

mento há muito que deixou de ser apenas

é apresentada a relação entre estas duas

mentos e partilhar os mesmos com outros

músculo. Depois dos circuitos integrados

grandezas e a rotação (n).

setores diretos ou indiretos.

se juntarem às engrenagens, foi a vez dos bits e dos bytes também o fazerem e de

Facilmente se conclui que a gama de ro-

O virtual é cada vez mais real e a fronteira

coabitarem harmoniosamente no mesmo

tações tem um peso considerável na de-

entre ambos torna-se cada vez mais débil.

habitat. Controla-se o movimento que se

terminação da potência e do binário e é

A inteligência própria é cada vez menos um

gera, de forma eficiente e integrando fun-

imprescindível que a aplicação real seja

privilégio apenas dos humanos. Cabe ao

ções e segurança.

coincidente com os dados de seleção, sob

homem a tarefa de se adaptar a esta nova

pena do acionamento se revelar inadequa-

realidade, em que máquinas autónomas se

Por outros termos, os acionamentos assu-

do. O sistema de variação da velocidade

encarregam de processos parciais.

mem um papel fulcral na geração e con-

tem de garantir o controlo adequado do

trolo do movimento.

movimento em toda a gama, não menosprezando os consumos e em estrito alinhamento com a nova realidade energética no que respeita à eficiência. 6. A INTERNET DAS COISAS Indústria 4.0, Internet das Coisas ou Integrated Industry são termos para designar a revolução industrial que estamos a viver. Depois da 1. a revolução industrial com a máquina a vapor, da 2. a revolução com o motor de combustão e da 3. a revolução com a Internet e a robótica, chegou a vez

Flexibilização da produção impõe adaptabi-

"Não existem soluções ímpares e apenas uma abordagem inovadora, com constante confrontação entre alternativas e em clara consciência do risco que conduz à melhor solução técnico/económica ao longo da vida útil do sistema."

lidade. O mesmo é dizer variação da velocidade. Controlo do movimento e variação de velocidade caminham de mãos dadas rumo ao desenvolvimento. Tão importante como a gama de variação necessária ao cumprimento dos requisitos é a forma (método) de controlo utilizado para o fazer. A adequada seleção (incluindo o método de controlo) é uma técnica e uma arte multidisciplinar, onde se assume uma lógica de aplicação.

da automação completa com máquinas

Não existem soluções ímpares e apenas

autónomas comunicantes entre si no que

uma abordagem inovadora, com constante

concerne aos dados de estado e de coman-

confrontação entre alternativas e em cla-

do: a 4. revolução.

7. CONCLUSÃO

ra consciência do risco que conduz à me-

Onde existe movimento existem aciona-

lhor solução técnico/económica ao longo

Os acionamentos são um dos impulsiona-

mentos. Os acionamentos eletromecâni-

da vida útil do sistema.

dores do desenvolvimento, assumindo cada

cos e, mais recentemente, mecatrónicos,

vez mais o controlo do movimento e inte-

apresentam-se como a solução ótima para

São estas as exigências de um mundo mo-

ragindo diretamente com as tecnologias de

a maior parte das situações. Os aciona-

derno, mais eficiente e amigo do ambiente,

gestão da produção. Falam entre si e com

mentos mecatrónicos podem ser definidos

onde os clientes não exigem a produção de

outros dispositivos, sendo elementos chave

como sistemas indivisos constituídos por

produtos, mas sim do seu produto, disponi-

de uma autêntica teia de comunicação.

motor, redutor, conversor de frequência e

bilizado onde e quando quiserem.

a

elevare 51


Dossier sobre automação e componentes para elevadores

Sistemas de Controlo de Acessos para elevadores EFALIFT

INTRODUÇÃO

do a isso, o chip tem que ser colocado na

Um Sistema de Controlo de Acessos (SCA) é

proximidade do leitor para ser lido, a uma

um método eficaz para garantir segurança

distância tipicamente inferior a 15 cm;

de edifícios, bens e pessoas.

>>

Ativos de proximidade — Iguais aos passivos de proximidade, mas com alimenta-

No caso específico dos elevadores, o SCA é

ção própria. Isto faz com que a distância

utilizado para restringir o acesso de pessoas

de leitura possa ser maior, sendo tipica-

a todos ou apenas alguns pisos, permitindo

mente entre 0,5 metros e 10 metros;

que apenas pessoas autorizadas aí possam aceder. Essa autorização é garantida através

>>

RFID — São muito semelhantes aos car-

Cartão magnético — Têm uma banda mag-

tões passivos de proximidade, mas pos-

nética para guardar informação, que é lida

suem uma memória maior e o leitor de

pelo leitor movendo o cartão em relação

cartões pode ler e escrever no cartão,

CREDENCIAIS

a este. São baratos mas facilmente copiá-

permitindo utilizações mais complexas.

Uma credencial pode ser um objeto físico,

veis e deterioram-se com facilidade, tendo

>>

de uma credencial, cujo tipo pode variar.

uma informação ou um traço físico de um in-

de ser substituídos;

Biometria

De contacto — Cartões com chip, ou

Os dados biométricos são algo que o uti-

de pisos. Tipicamente, as credenciais são algo

chip com outro tipo de encapsulamen-

lizador é. Há uma quantidade grande de

que o utilizador sabe (tal como uma pas-

to (por exemplo iButtons). É necessário

tecnologias de leitura biométrica disponí-

sword ou um PIN), algo que o utilizador tem

encostar a chave a um leitor para que

veis, mas que cabem em duas categorias:

(por exemplo uma chave) ou algo que o utili-

a informação seja lida. Mais difíceis de

a verificação biométrica e a identificação

zador é (uma ou mais caraterísticas biométri-

copiar e mais duráveis que os cartões

biométrica.

divíduo que lhe garante acesso a um conjunto

>>

cas). A credencial mais usual é uma chave no seu sentido genérico: um cartão, uma chave

magnéticos; Passivos de proximidade — São chips em-

A verificação biométrica acontece quando o

butidos, normalmente num cartão plásti-

indivíduo se identifica primeiro ao sistema

co, que não necessitam de alimentação,

com uma chave não biométrica e só depois

Segue-se uma lista dos tipos de credenciais

já que é o próprio leitor que os alimenta

os dados biométricos são lidos e compara-

possíveis.

através de ondas eletromagnéticas. Devi-

dos com a base de dados de utilizadores.

física, uma chave eletrónica, entre outros.

>>

Código

Tabela 1. Comparação de tecnologias biométricas. Os dados desta Tabela estão sujeitos a variação devido a

Um código é algo que o utilizador sabe. São

avanços tecnológicos e são indicativos do estado atual.

normalmente numéricos e têm de 4 a 6 dígitos. Para poderem ser introduzidos, pode existir um teclado dedicado ou, caso seja inserido apenas dentro da cabina, a botoneira pode ser utilizada. Não é uma credencial muito segura já que o utilizador pode estar acompanhado na cabina. Chave Uma chave é algo que o utilizador tem. Há vários tipos:

52

elevare

Caraterística biométrica

Aceitação

Precisão

Custo

Impressão digital

Alta

Baixa a alta

Baixo a alto

Reconhecimento facial

Média

Alta

Médio

Iris

Média

Alta

Médio

Retina

Baixa

Alta

Alto

Geometria da mão

Média

Média

Médio

Padrões de veias

Alta

Alta

Médio

Reconhecimento de voz

Alta

Baixa

Médio


PUB

Isto faz com que apenas uma comparação entre os dados recolhidos e os dados armazenados seja feita, e portanto a verificação é rápida. Na identificação biométrica os dados lidos do indivíduo são comparados com todos os dados na base de dados até se encontrar (identificar) quem ele é. A velocidade deste método degrada-se substancialmente com a quantidade de indivíduos na base de dados. As tecnologias de leitura biométrica têm diferentes graus de precisão e de custos, bem como de aceitação por parte dos utilizadores. A Tabela anterior sumariza estes fatores. LEITORES Os leitores de controlo de acessos podem ser classificados de acordo com as funções que são capazes de desempenhar: Leitores independentes Estes leitores possuem todo o hardware (entradas e saídas), a base de dados dos utilizadores e a capacidade de processamento para operarem sozinhos. Não estão ligados a nenhuma central e toda a programação (adição de novos utilizadores, entre outros) é feita localmente. Leitores de sistema Estes leitores apenas leem a credencial e comunicam o resultado a um sistema central de processamento. Normalmente também possuem um meio audiovisual de feedback para informar se a autenticação foi bem-sucedida ou não. Normalmente o sistema também permite o armazenamento do histórico de acessos, o que torna este tipo de topologia a indicada para edifícios onde a segurança é essencial. Leitores mistos Estes leitores combinam as duas funções. Detêm uma cópia da base de dados de utilizadores que lhe permite tomar decisões quando não conseguem comunicar com o sistema central. CONCLUSÃO São inúmeras as soluções que existem para implementar um sistema de controlo de acesso para elevadores. Fatores como o nível de segurança, a precisão, o custo e o desconforto permissível para os utilizadores são fatores que podem e devem ser tidos em conta para a escolha do sistema a implementar. No caso mais frequente, onde se pretende apenas limitar o acesso a determinados pisos ao utilizador comum (por exemplo, vedar o acesso às garagens aos não moradores, ou limitar o acesso a pisos sensíveis a apenas alguns utilizadores) os sistemas de chave ou código com um leitor independente é o mais comum, já que fornece um grau de segurança razoável a um preço atrativo, e permite a programação de acessos de forma normalmente muito fácil e intuitiva. No entanto, em edifícios onde a segurança é um ponto-chave, os sistemas centralizados serão os mais indicados.


Informação técnico-comercial

Nayar Systems e Room Mate Hotel em parceria com a inovação Nayar Systems

Kike Sarasola, Presidente da Room Mate Hotels, aposta na publicidade ao transporte mais utilizado do mundo - o elevador - através da Nayar Systems. A empresa de engenharia espanhola, Nayar Systems, através da sua marca Advertisim, estreitou laços com a Room Mate Hotels assinando um acordo a nível mundial que converte a cadeia hoteleira na primeira a levar a comunicação em tempo real às cabinas dos seus elevadores. E é assim que a Advertisim é sinónimo de inovação e vanguarda, tratando-se de um produto mais potente do que um mero display multimédia. A Advertisim está pensada para uma

mítico Hotel Room Mate Óscar de Madrid,

exploração online e em tempo real de con-

onde fica patente as sinergias entre ambas

teúdos, fazendo chegar milhares de men-

as marcas ao ter instalado Advertisim nos

sagens a milhões de dispositivos através

seus elevadores, e onde ambos os empre-

de um só clique. Com a Advertisim, a cadeia

sários falaram sobre novas oportunidades,

drid, a Barcelona, passando por Málaga ou

Room Mate Hotels aposta na vanguarda ao

empreendimentos e inovação nas suas

Milão – Room Mate Hotels pode mostrar

dar um passo mais à frente na sua identida-

respetivas empresas. Nas palavras de Kike

vídeos em HD de máxima qualidade, men-

de corporativa baseada em ouvir o cliente,

Sarasola, “estamos obcecados com a comu-

sagens e anúncios de interesse, imagens,

mimá-lo e fazê-lo sentir como se estivesse

nicação, e com o cliente porque penso que o

publicidade, notícias da atualidade, o tempo

na sua própria casa, vá onde vá.

que não comunica, não existe. Por isso, esta-

em cada uma das cidades e/ou países onde

mos encantados por trabalhar com a Nayar

se encontrem instalados os seus displays,

Systems.”

serviços do hotel, horários, menus, atra-

Recentemente, Kike Sarasola, Presidente da Room Mate Hotels, e José Luis Sanchis, Sa-

ções turísticas dos lugares onde se en-

les & Marketing Director de Advertisim, gra-

Com os displays Advertisim já instalados

contram instalados, e outras informações

varam uma vídeo entrevista no terraço do

em diversos hotéis da cadeia – desde Ma-

de interesse, de um modo personalizado e em tempo real graças à plataforma online Advertisim Manager. É de destacar que a cadeia hoteleira conta atualmente com 23 hotéis e segundo o Presidente: “abriremos mais 8 nos próximos 10 meses.” Advertisim é o presente e o futuro no setor hoteleiro, e Room Mate Hotels já acolheu a conetividade sem limites e a gestão do conteúdo Multimédia.

54

elevare


PUB


Informação técnico-comercial

Sistemas de comunicação bidirecionais AMPHITECH e o cumprimento normativo Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria na Área de Elevação

A AMPHITECH oferece ao mercado

censores. Isto porque todos os ascensores

sistema de comunicação não está de acor-

sistemas de comunicação e de controlo

novos têm de possuir um sistema de comu-

do com os RESS.

automático das chamadas cíclicas a

nicação bidirecional conforme a NP EN81-28

cada 72 horas, económicos e que vão

e conforme a NP EN 81-70.

Porque deve um ascensor ser diferente?

EN81-28, da NP EN 81-70 e da

A NP EN 81-70 deve sempre ser aplicada pelo

Se o risco é similar, o mesmo sistema deve-

Lei 65/2013.

princípio de igualdade de tratamento consa-

ria ser obrigatório para ascensores existen-

grado na Diretiva 2000/78/CE, transposta

tes, mas não o sendo, pode ainda assim ser

O momento atual passa por algumas mu-

para o Direito Nacional desde 2004, fazendo

proposto voluntariamente aos proprietá-

danças nos produtos de comunicação da

parte do atual Código do Trabalho. O Decreto-

rios de ascensores existentes, pelas EMIEs,

maioria das empresas que os preparam

Lei 163/2006 prevê que caso exista regula-

que podem assim promover uma melhoria

para dar uma resposta mais adequada ao

mentação especifica mais exigente a mesma

dos RESS.

mercado de pós-venda e ao cumprimento

seja aplicada, por este motivo a NP EN 81-70

normativo, o que não é o caso da AMPHI-

também deve ser cumprida e as entidades

AMPHITECH atingiu já um nível de qualidade

TECH que já possui os seus produtos pre-

inspetoras e Organismos notificados devem

e diversidade de produtos que entendemos

parados para uma vasta gama de opções,

verificar a sua aplicação de forma adequada.

como acima da média e ainda que a AMPHI-

mais além do cumprimento total da NP

que cobre todas as solicitações do merca-

TECH continue a desenvolver soluções ino-

do, poupando muitas horas de instalação e

A fiscalização deve verificar a existência

vadoras, entendemos que, neste momento,

adaptação.

de pictogramas conforme a ISO 4190‑5 no

estes produtos não necessitam de uma

sistema de comunicação na cabina, e ve-

evolução tecnológica imediata e significa-

A nova Diretiva 2014/33/EU já está em vi-

rificar que o sistema de comunicação e o

tiva, mas sim que as entidades oficiais veri-

gor e não altera os Requisitos Essenciais de

próprio GSM, quando exista, possui bateria

fiquem no terreno que os sistemas que se

Saúde e de Segurança (RESS), e por isso não

de emergência e efetua o controlo mesma.

aplicam cumprem com todos os requisitos

introduzirá mudanças nestes produtos de

Deve também também verificar outros

das Normas aplicáveis, nomeadamente

comunicação. Não obstante surgem novas

pontos da Norma que não sejam incompa-

que as EMIEs possuem e mantém funcio-

responsabilidades para todos os operado-

tíveis com o Decreto-Lei 163/2006, sendo

nal um sistema de comunicação bidirecio-

res económicos relativamente à rastreabi-

que em caso de incompatibilidade prevale-

nal que lhes permita oferecer atendimento

lidade dos componentes de segurança.

ce a Norma Europeia, conforme estipula o

permanente e serviços de socorro em ca-

mesmo diploma. No caso dos ascensores

sos de emergência, garantindo os pressu-

O mercado também deve ter em conside-

existentes importa verificar se o sistema de

postos da NP EN 81-28, da NP EN 81-70 e

ração que se o sistema de comunicação

comunicação instalado na cabina está con-

da Lei 65/2013, para todos os ascensores

aplicado num ascensor não cumpre a 100%

forme a NP EN 81‑28 e com a NP EN 81-70. A

multimarcas da sua carteira de manuten-

as normas harmonizadas nos termos da Di-

colocação destes ascensores em conformi-

ção, instalados após a primeira publicação

retiva 2014/33/UE, não está a cumprir com

dade pode ser uma excelente oportunidade

dos referidos documentos.

a mesma e, portanto, não pode ser coloca-

de negócio para as EMIEs.

do no mercado. O sistema de comunicação

A solução passa por uma fiscalização ade-

terá de cumprir com a NP EN 81-70 e com

Estas Normas Europeias consagram a ideia

quada, não existe outra forma melhor do

a NP EN 81-28 a 100% e para todos os as-

de que o CEN entende que um ascensor sem

que o momento da própria inspeção peri-

56

elevare


Informação técnico-comercial ódica para verificar o funcionamento adequado do sistema de comunicação, sendo que a desigualdade entre os sistemas comercializados no mercado, e a falta de verificação do funcionamento das chamadas cíclicas a cada 72 horas, estabelece desigualdades entre os operadores do mercado, o que não deveria ocorrer tratando-se de Normas harmonizadas. O sistema de comunicação bidirecional AMPHITECH TAU 01 com funcionamento conforme a NP EN 81-28, a NP EN 81-70 e a Lei 65/2013, dependendo dos periféricos aplicados é uma excelente e inovadora solução para utilizar de forma universal na sua empresa. Possui: >>

Bornes universais para ligar a alimenta-

A aplicação de um acoplador acústico, pre-

Bateria de emergência incorporada, com

>>

ção; filtro de chamadas; botão de cha-

visto na NP EN 81-70, e disponível na AMPHI-

controlo permanente da tensão e da ca-

mada ou de alarme; pictogramas, micro-

TECH, pode ser incluído no sistema de co-

fone, altifalante;

municação bidirecional, para permitir a sua

Em conjunto com a Central ORA04, per-

utilização por portadores de aparelho audi-

pacidade de carga; >>

Guia vocal de programação;

>>

Permite ligar simultaneamente até 8x

mite a gestão automática das chamadas,

tivo, o que é importante, face a uma popula-

TAU 01 a apenas uma ligação GSM AS350

transformando-se numa das soluções

ção com uma esperança de vida superior e,

3G (Voz + Dados) da AMPHITECH (ou a

mais económicas e fiáveis disponíveis

por isso mesmo, deveria ser proposto aos

uma linha analógica);

atualmente no mercado.

clientes finais com mais frequência.

>>

PUB


Informação técnico-comercial

Altivar Process 900: a eficiência total na movimentação de sólidos Joaquim Espadinha Drives Systems Product Manager Schneider Electric

A movimentação de sólidos, seja através

A gama inclui soluções para aplicações

de sistemas de elevação industrial

de uso intensivo (severo) nos setores pe-

(guindastes, gruas e pontes rolantes e

trolífero (O&G) e de mineração, minerais e

pórticos), transportadores ou moinhos

metalúrgico (MMM), permitindo uma am-

e trituradores, é uma parte importante

pla variedade de funcionalidades, desde o

da economia tendo a sua eficiência e

acionamento de um único motor a soluções

segurança influência direta no retorno

Multidrive para o acionamento e vários mo-

financeiro das mercadorias. Assim, é

tores que envolvem funções avançadas,

de elevada importância a melhoria do

como aquelas relacionadas com o equilí-

desempenho de processo, otimização de

"Ao nível da conetividade, a nova gama de Variadores de Velocidade Altivar Process Série 900 integra de base um Webserver e comunicação Ethernet/IP (...)"

brio de carga.

energia e gestão de ativos.

sivamente dedicadas à elevação industrial, Na continuidade dos Variadores de Velo-

resultando

Variadores de Velocidade, como o Altivar

cidade de gerações anteriores, dedicados

deste novo acionamento eletrónico face

Process Série 900 da Schneider Electric™,

a aplicações de elevação industrial e con-

à aplicação pretendida pelo utilizador, no-

ajudam a otimizar o desempenho dos negó-

tando com o vasto know-how da Schneider

meadamente o controlo do freio do motor

cios, ao reduzir o tempo de comissionamen-

ElectricTM nesta área, a que se junta décadas

para movimentos verticais ou horizontais,

to e melhorar significativamente o tempo

de experiência, nasce a nova geração de

elevação de alta velocidade, comutação

de produção. Todos os Variadores de Velo-

acionamentos eletrónicos, Altivar Process

de alta velocidade, equilíbrio de travagem,

cidade da gama Altivar Process Série 900

Série 900, fruto das sinergias dos vários

mestre/escravo com ligação elástica, mes-

são projetados para a otimização da utiliza-

Departamentos RD (Research and Devolep-

tre/escravo com ligação rígida, equilíbrio de

ção energética e aumento da poupança de

ment) de drives da Schneider ElectricTM, no-

carga entre motores, e boost para motores

energia, podendo acionar uma vasta gama

meadamente Pacy-sur-Eure/França, Viena/

de rotor cónico.

de motores, desde os tradicionais motores

Áustria, Houston/E.U.A. e Mie/Japão.

numa

grande

versatilidade

Ao nível da conetividade, a nova gama de

de indução ou assíncronos, aos motores síncronos, motores de rotor cónico e ainda

A nova gama de conversores de frequên-

variadores de velocidade Altivar Process

motores de relutância.

cia Altivar Process Série 900 destina-se a

Série 900 integra de base um Webserver e

uma utilização pesada ou serviço intensivo,

comunicação Ethernet/IP, o que permite ao

disponibilizando vários tipos de controlo de

utilizador fazer a monitorização e ajustes à

motor para o acionamento do motor em

programação do equipamento a partir de

malha aberta ou em malha fechada. Poden-

qualquer lugar e em qualquer momento.

do acionar motores trifásicos assíncronos, síncronos de ímans permanentes, de rotor

Com a integração de base da comunicação

cónico e uma das mais recentes tecnologias

Ethernet/IP, destaca-se a seguinte aplicação:

de motores, os motores de relutância.

>>

É possível fazer um anel em rede Ethernet/IP entre os vários Variadores de

58

elevare

Da vasta biblioteca de funcionalidades de

Velocidade e Altivar Process Série 900,

aplicação (macros) conta ainda com diver-

a qual é particularmente vantajosa na

sas funções de aplicação (macros) exclu-

situação em que vários motores acio-


Informação técnico-comercial nam a mesma carga mecânica, tendo

versão regenerativa do Altivar Process

efeito de Joule nos cabos de alimenta-

como objetivo a distribuição equalitativa

Série 900, o Altivar Process 980. Além

ção de potência e transformadores de

da carga entre os motores, como na ro-

de regenerativa, esta versão tem tam-

potência, as quais são devidas à THDi,

tação da lança de uma grua acionada por

bém uma baixa taxa de distorção har-

resultando numa redução dos custos

mais de um motor. Desta forma, cada

mónica em corrente (THDi<5%), que

energéticos nas potências ativa e reati-

Variadores de Velocidade Altivar Pro-

permite o reaproveitamento de energia

va, pois com redução da THDi (Taxa de

cess Série 900 mede em tempo real o

aquando do funcionamento do motor

Distorção Harmónica Total em (Corren-

binário resistente a que está sujeito o seu

em quadrante gerador, enviando essa

te)) obtêm-se, por consequência, uma

motor e comunicando com os restantes

energia de volta para a rede, para que

melhoria do fator de potência.

Variadores Altivar Process que estão

a mesma possa alimentar outra carga.

no mesmo anel de Ethernet/IP. Esta co-

Por outro lado, sendo um Variadores

Estão disponíveis as seguintes versões do

municação permite o cálculo contínuo

de Velocidade com baixa THDi, oferece

Altivar Process Série 900 que se encon-

efetuado pelos Variadores Altivar Pro-

a vantagem da redução de perdas por

tram no Quadro seguinte:

cess para ajustar o controlo do motor e, consequentemente, a sincronização e distribuição de esforços entre motores, resultando num equilíbrio equalitativo de esforços bem como numa perfeita sincronização, entre outros.

Sendo a Schneider Electric™, um dos maiores especialistas de gestão de

Altivar Process 930

380...480 V – 50/60 Hz

Altivar Process 930

380...440 V – 50/60 Hz

Altivar Process 950

380...480 V – 50/60 Hz

Altivar Process 950

380...440 V – 50/60 Hz

Altivar Process 960

380...440 V – 50/60 Hz

Altivar Process 980

380...440 V – 50/60 Hz

energia empenhada na eficiência energética bem como em formas de poupança de energia, desenvolveu uma

0,75...160 kW (versão de montagem mural - IP21) 110...315 kW (versão em armário IP21) 0,75...90 kW (versão de montagem mural – IP55) 110...315 kW (versão em armário IP54) 110...800 kW (versão em armário IP23 ou IP54) 110...800 kW (versão regenerativa em armário IP23 ou IP54)

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Informação técnico-comercial

E2 micro da igus®: condução fácil de energia igus®, Lda.

Com a ferramenta de abertura gratuita em todas as encomendas para a montagem da calha articulada em segundos. A igus®, especialista em calhas porta-cabos articuladas, demonstra através das Séries de calhas micro E2.10 e E2.15 como é possível, atualmente, conduzir energia de forma inteligente: segura, modular e simples. As calhas E2 micro estão agora disponíveis em seis novas larguras interiores assim como diversos raios de curvatura. Todas as calhas micro vão acompanhadas por uma ferramenta de abertura gratuita. Assim é

Figura 1. Todas as travessas das calhas E2 micro podem ser abertas fácil e rapidamente através de uma

possível encurtar bastante os tempos de

ferramenta de abertura. Esta ferramenta acompanha todas as encomendas de forma gratuita (Fonte: igus®).

montagem reduzindo, desta maneira, os respetivos custos.

a montagem ainda mais fácil e rápida: a

sa ou vertical com a curva para cima, circu-

ferramenta de abertura fácil de calhas fa-

lar ou mesmo de lado, as calhas E2 micro

As Séries de calhas micro E2.10 e E2.15 com

bricada em plástico encontra-se dotada de

podem ser fixas com diversos elementos

alturas interiores de 10 e 15 mm são peque-

asas laterais capazes de abrir e rodar todas

terminais em todas as direções da calha e

nas e leves e mesmo assim extremamente

as travessas em poucos segundos. Desta

na máquina. Através de uma flange opcio-

estáveis. Através de um sistema de duplo

maneira, reduz-se um décimo no tempo de

nal, a calha também pode ser fixa de topo.

batente conseguiu-se aumentar o peso adi-

montagem. A ferramenta de abertura da

cional admissível na Série E2.15 em 100%,

igus® acompanha todas as encomendas fei-

O CONFIGURADOR ONLINE FACILITA

comparativamente, aos modelos anterio-

tas pelos clientes.

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO

res de idêntica dimensão e o comprimento

Para além de um processo rápido, a igus®

sem suporte foi aumentado em 25%, isto é

180 VARIANTES GRAÇAS A UM SISTEMA

tem como objetivo oferecer a seleção mais

para 1,25 metros.

MODULAR INTELIGENTE

adequada, assim como a aquisição dos

Até hoje as três variantes das E2 micro só

componentes o mais fácil possível para o

ABRIR AS CALHAS MICRO DEZ VEZES

estavam disponíveis com uma largura in-

cliente. Para este efeito, o configurador

MAIS RÁPIDO

terior de 20 mm; agora juntaram-se mais

online dá uma boa ajuda ao indicar os parâ-

A família E2 está disponível em três varian-

seis larguras interiores (10, 13, 16, 30, 40

metros da sua aplicação. Desde o peso adi-

tes, de uma só peça, com elos fechados e

e 50 mm) assim como vários raios de cur-

cional na calha até ao terminal de fixação é

de duas peças com a travessa que pode

vatura. Desta maneira, o princípio modular

possível configurar todo o sistema de calha

abrir pelo raio interior ou exterior. Por meio

da igus proporciona cerca de 180 variantes

articulada online. E pode incluir também os

das travessas com abertura é possível co-

para os mais pequenos espaços de instala-

cabos confecionados, prontos a instalar,

locar os condutores fácil e rapidamente na

ção e, por conseguinte, a solução mais ade-

1030 tipos de cabos especialmente conce-

calha. Para além da excelente construção,

quada para qualquer tipo de exigência. Seja

bidos para serem aplicados em calhas arti-

a igus desenvolveu uma ferramenta para

uma aplicação horizontal, vertical suspen-

culadas e disponíveis em stock.

®

60

elevare

®


PUB


Publireportagem

Nayar Systems e a sua marca 72horas consolidam-se no mercado português, garantindo segurança e legalidade aos seus clientes Nayar Systems

A empresa espanhola é líder no

No primeiro momento, foi a 72horas – a

cumprimento da Normativa Europeia

marca mais veterana da empresa – a que se

EN 81.28, e em dois anos conseguiu o

comercializou em Portugal, dado que se de-

triunfo das suas marcas comercias em

tetou um nicho de mercado a cobrir no país.

Portugal.

Deste modo, 72horas, que sempre zelou pelo cumprimento escrupuloso da Norma-

Desde que a Nayar Systems começou a

tiva Europeia EN 81.28, converteu-se num

sua expansão internacional, muitos foram

exemplo a seguir pelos seus homólogos

os países onde se implementou: Alemanha,

europeus, vigiando a segurança dos seus

Espanha, França, Irlanda, Itália, Reino Unido,

clientes e dos seus passageiros; e causan-

Estados Unidos, Colômbia, Líbano, Singapu-

do com isto uma imagem positiva da marca

ra, Emirados Árabes, Turquia, Grécia e tam-

em Portugal. Fruto da sua trajetória profis-

qual permite estabelecer automaticamen-

bém Portugal. O país vizinho sempre foi um

sional, 72horas atualmente trabalha com

te – pressionando o botão de alarme – uma

dos objetivos a alcançar pela empresa, pelo

os melhores fabricantes de equipamentos

comunicação bidirecional de voz através de

que há dois anos, iniciou o seu caminho es-

GSM da Europa e lidera o setor das teleco-

um módulo de GPRS entre a pessoa presa

tabelecendo permanentemente uma pode-

municações no mundo do elevador, sendo a

no interior da cabine do ascensor e o centro

rosa força comercial no Porto, encarrega-

opção escolhida pelas equipas de manuten-

de avarias da equipa de manutenção. 72ho-

da de oferecer uma relação de proximidade

ção espanholas e portuguesas.

ras, através da sua plataforma universal,

direta com os clientes que iam apostando

serve de base de dados e registo de todas

na Nayar Systems e confiando na qualidade

Boa parte do sucesso obtido em Portugal

as chamadas de emergência realizadas

dos serviços oferecidos.

deve-se ao sistema [SOS]Com de 72horas, o

desde a cabine do ascensor. Deste modo, o técnico de manutenção dispõe de uma ferramenta de trabalho rápida e útil, dando-lhe a oportunidade de aceder a bases de dados para saber o que ocorreu e para dispor de um relatório detalhado da situação. Pedro Pinto, responsável de vendas de 72horas em Portugal, assinala o interesse que esta ferramenta suscitou entre as equipas de manutenção permitindo-lhes dispor de um completo reconhecimento do estado da linha. Graças ao sistema [SOS]Com, o técnico de manutenção possui um ótimo nível ótimo de cobertura e bateria, oferecendo todas as

62

elevare


Publireportagem informações relevantes sobre o estado da

sitivos, por ser a única plataforma homo-

milhares de pessoas de forma imediata,

linha, utiliza-se telemetria para controlar

logada e apoiada pelas principais empresas

independentemente do lugar em que se en-

remotamente os telefones, configura-se

do setor de elevação na Europa. 72horas

contre instalado, erguendo-se como o pri-

num período de 30 segundos, incorpora um

não só vende SIMS como também vende se-

meiro espelho do mercado com Advertisim

modelo único - GSM + Telefone -, aposta-se

gurança, legalidade e tecnologia. Por isso, a

incorporado.

na agilidade da instalação, o sistema leva

marca está a afirmar-se diariamente e, em

a cabo uma chamada cíclica de compro-

maior medida, no mercado lusitano.

As primeiras instalações de Advertisim em Portugal já são um feito, convertendo-se

vação. A plataforma de 72horas é, assim, utilizada como base de dados e de registo,

Devido ao sucesso de 72horas em Portugal,

no primeiro display multimédia do mercado

o que supõe uma regularização do parque

a Nayar Systems também apostou na intro-

português que permite uma interação única

de elevadores, implica uma melhoria cons-

dução de uma outra marca sua no mercado.

entre o cliente e a sua equipa de manutenção.

tante quanto aos requisitos e controlo da

Trata-se da Advertisim, uma plataforma de

Hardware e Software com excelente qualida-

hiperatividade, e para além disso, permite

comunicação que reproduz conteúdos mul-

de que se une a uma fácil gestão e contro-

conhecer em tempo real o estado de linha e

timédia e que pode integrar-se num vasto

lo total do conteúdo por parte do utilizador.

sincronização com a plataforma.

leque de setores. Se bem que em Portugal

Um investimento de cerca de 1150 000€ que

iniciou-se no setor dos elevadores, os dis-

permitiu fazer deste projeto uma realidade,

Deste modo, 72horas apresenta um siste-

plays Advertisim criaram uma autêntica re-

para que os clientes de Nayar Systems se-

ma integrado e um modelo único de insta-

volução tecnológica. Em Espanha, a marca

jam líderes tecnológicos.

lação, tendo conseguido uma integração

alcançou importantes acordos e encontra-

poderosa no mercado português. É de su-

-se consolidada nos setores hoteleiros e da

Tudo isto possibilitou que a empresa es-

blinhar que, atualmente, a 72horas é a única

elevação, introduzindo-se recentemente no

panhola tenha recebido vários reconheci-

plataforma capaz de cumprir com a Nor-

setor do retail. Advertisim dispõe atualmen-

mentos como o prémio pela sua trajetória

mativa Europeia EN 81.28, garantindo uma

te de diversos tamanhos – 10 e 15 polega-

empresarial inovadora, obtendo também

total cobertura dos telefones de emergên-

das -, assim como diversos formatos como

recentemente a distinção de PME inovado-

cia e apostando num serviço que cobre as

horizontal, vertical, All-in-one e Advertisim

ra concedido pelo Ministério de Economia e

necessidades do mercado. Por esta razão,

Glass, o qual se trata de um espelho à vis-

Competitividade de Espanha.

72horas converteu-se numa marca que os

ta desarmada, que se converte num display

portugueses têm em conta, em termos po-

multimédia que permite comunicar com

Welcome to the Connectivity!

elevare 63


Reportagem

IV Jornadas Técnicas - Elevadores

Fernando Maurício Dias

As Jornadas Técnicas — Elevadores têm

marcou a internacionalização do evento ao

sido, ao longo dos últimos anos, o único

nível da participação de oradores. Passa-

fórum de discussão em Portugal onde é

do pouco mais de um ano, e face às rele-

possível a presença de todos os interve-

vantes alterações, entretanto surgidas,

nientes do setor dos elevadores, assim,

considerou-se oportuno organizar as IV

temos contado com a presença de cons-

Jornadas Técnicas — Elevadores sendo es-

trutores civis, proprietários, empresas de

colhido o dia 05-07-2016.

administração de condomínios, câmaras municipais, gabinetes de projetos, gabine-

É de salientar que, desde as I Jornadas Téc-

tes de fiscalização, entidades inspetoras,

nicas — Elevadores, a organização esteve

docentes e alunos do ensino superior. É de

sempre a cargo do ISEP — Instituto Supe-

relevar o facto de contarmos com a parti-

rior de Engenharia da Porto e da OE — Or-

cipação de colegas de outros países o que

dem dos Engenheiros (Região Norte) aos

evidencia a relevância destes encontros.

quais se juntou a Revista "elevare"na 3. a e 4. a edição das Jornadas.

Este evento nasceu da identificação da necessidade em encontrar-se uma forma

Este ano, será dado destaque à certifica-

de aproximar os diferentes intervenientes

ção energética de ascensores, à nova Dire-

e criar um ponto de discussão e partilha

tiva Ascensores, às novas Normas EN 81-

de ideias aberto à sociedade. Assim, em

20 e EN 81-50 e às alterações à circular n.°

18-02-2011 realizaram-se as I Jornadas Téc-

1 da DGEG.Estamos convictos de que será

nicas — Elevadores. Fruto do sucesso da

mais um momento altamente produtivo

primeira edição e face a diversos pedidos,

para os presentes e que esperamos tenha

o projeto foi repetido em 15-06-2012 com

o mesmo nível de participação e de inte-

igual êxito. Após um interregno de cerca

resse das edições anteriores.

de dois anos, em 30-01-2015 realizaram-se as III Jornadas Técnicas — Elevadores que

64

elevare

Contamos consigo.


PUB

PROGRAMA 08:45 Recepção dos participantes e distribuição de documentação 09:15 Sessão de abertura 09:45 10:30 11:00

Painel 1 - Nova Diretiva Ascensores (2014/33/UE) Orador: Eng.° José Pirralha (ANIEER – Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes) Período de discussão Pausa para café + visita à exposição

11:45 12:30

Painel 2 – Normas EN 81-20 e EN 81-50 (substituição das normas EN 81-1/2) Orador: Eng.° Esfandiar Gharibaan (Chairman of CEN/TC10 – Lifts, Escalators and Moving Walks) Período de discussão

13:00

Intervalo para almoço + visita à exposição

14:30 15:15 15:45

Painel 3 – Certificação Energética de Ascensores Orador: Eng.° Manuel Casquiço, Eng.° Luís Bandarra (ADENE – Agência para a Energia) Período de discussão Pausa para café + visita à exposição

16:30 17:15

Painel 4 – Alteração à Circular n.° 1 da DGEG Orador: Eng.° Filipe Pinto (DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia) Período de discussão

17:45

Sessão de encerramento


Case study

Sistemas de televigilância, sintetizadores de voz e indicadores de posição independentes das manobras existentes nos ascensores Elevadores.com.pt – Serviços de Consultadoria na Área da Elevação

A AMPHITECH oferece ao mercado

manutenção do parque de ascensores. Op-

O PTU 80V5 + SVA STS é um sistema

sistemas de televigilância, sintetizadores

cionalmente, os indicadores de posição na

evolutivo “bloco a bloco” que pode ser

de voz e indicadores de posição

cabina e no piso DIS podem aplicar-se à

composto por um tele-alarme: sistema

independentes das manobras existentes

instalação para a colocação em conformi-

de comunicação bidirecional para ascen-

nos ascensores.

dade total com a acessibilidade para todos

sores, um sistema de vigilância técnica e

com um sintetizador de voz, indicadores de

supervisão e um anúncio vocal de pisos e

posição e com setas de sentido de marcha.

de controlo dos indicadores de posição de

Estes sistemas são da máxima importância quando perante a existência de ascensores,

cabina e de patamar.

novos ou existentes, se pretende adicionar

Com o seu captador autónomo (CAPT U),

funcionalidades que nem sempre estão dis-

o conjunto PTU80V5 STS otimiza o funcio-

O PTU80V5 STS, com a sua vigilância téc-

poníveis para as manobras já instaladas ou

namento do tele-alarme criando assim a

nica e a sua análise do estado de funcio-

para as que se pretendem adquirir.

sua própria Filtragem de Alarme, indepen-

namento do ascensor, é capaz de gerar a

dentemente das diferentes tecnologias de

chamada de fim de alarme: "modo FAMA”.

O produto AMPHITECH PTU 80V5 STS

ascensores, podendo até ser um ascensor

permite que se mantenha ligado aos seus

com comando de relés.

ascensores. Para uma maior segurança e

O custo de aquisição do PTU 80V5 STS permite, facilmente, a sua amortização

um melhor serviço garantido aos utentes,

O sensor autónomo CAPT U é instalado so-

através de uma real redução dos custos

os ascensoristas e os gestores do parque

bre o teto de cabina, e capta a informação

de exploração (exemplo: 1 a 5 tele-alar-

de ascensores têm acesso direto e anteci-

de funcionamento do ascensor. É universal

mes STS com apenas 1 ligação e subscri-

pado à informação do funcionamento dos

e independente do modelo ou marca da

ção GSM).

seus ascensores. Esta informação arma-

manobra.

zena-se em servidores dedicados seguros

Pode assim optar por uma única tecnolo-

e disponíveis na Internet.

gia para uniformizar e otimizar o seu parque de ascensores, obtendo informações

O PTU80V5 STS permite a evolução do tele-alarme exigido pela regulamentação até à vigilância técnica, ao seguimento dos acontecimentos e à análise de tráfego dos ascensores. A informação de todas as ocorrências está acessível à distância para uma transparência total da vida do ascensor. O histórico de informação de avarias, intervenções técnicas, do tráfego e das chamadas realizadas

"A AMPHITECH, marca de excelência europeia em tele-alarmes para ascensores, oferece uma solução global ajudando a cumprir os requisitos para a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada."

sobre: >>

Data e hora de início de avaria e de informação de retorno ao funcionamento normal do ascensor;

>>

Avaria detetada pelo captador autónomo, CAPT U, de forma independente do armário de manobra;

>>

Data e hora de chegada e de saída do técnico, com informação do motivo da intervenção;

>>

Número de viagens da cabina e núme-

pelo tele-alarme transmitem-se assim ao

ro de aberturas de porta para cada

destino do gestor e/ou ao responsável pela

um dos pisos;

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>>

Indicação de chamada de passageiro retido;

>>

Indicação de chamadas técnicas: >>

Chamadas de teste cíclico,

>>

Indicação de chamada de fim de alarme,

>>

Falha de alimentação (bateria e alimentação),

>>

Falha do botão de chamada.

Em caso de necessidade podem ser aplicados indicadores de posição e sentido de marcha compatíveis da AMPHITECH, também eles independentes da manobra que permitem remodelar facilmente os ascensores existentes, e ou uniformizar esteticamente ascensores com diversos modelos de sinalizadores num mesmo edifício. Estes sinalizadores com uma moderna imagem encontram-se disponíveis para montagem de superfície, horizontal ou vertical. O seu ecrã TFT de alta resolução e a alta intensidade de luz permitem uma visualização excelente e acima da média. O sinalizador pode ainda mostrar os pictogramas regulamentares do sistema de comunicação, e apresentar informações relativas ao excesso de carga e de ascensor fora de serviço. O sintetizador de voz pode ser integrado nos sinalizadores de cabina. A AMPHITECH, marca de excelência europeia em tele-alarmes para ascensores, oferece uma solução global ajudando a cumprir os requisitos para a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada. Com a aplicação de uma central AMPHITECH ORA04, estes sistemas podem ser instalados em grandes clientes finais que necessitem de tais funcionalidades, ou a quem as EMIEs necessitem de prestar informação detalhada e rapidamente. Os clientes finais que normalmente requerem este tipo de solução são grandes clientes institucionais como bancos, metro, caminho-de-ferro, aeroportos, hospitais, centros comerciais, entre outros. Estes sistemas cumprem as seguintes Normas Europeias:

EN 81 28 Dispositivo de alarme remoto para ascensores e ascensores de carga.

Normas Europeias

EN 81 70 Acessibilidade dos ascensores a pessoas, incluindo pessoas com deficiência. EN 81 71 Ascensores resistentes ao vandalismo.


Figuras

Resumo biográfico de Carlos David Santos Coelho Paula Maceiras

“A Morte não é o sono eterno, mas sim o

do desporto automóvel: a legalização dos

início da imortalidade”

chamados “ralis pirata”, enquanto respon-

(Robespierre)

sável do Clube Motorizado de Poiares, na década de 90; as muitas provas de rali

Carlos David Santos Coelho nasceu em

que, fruto do seu trabalho, na qualida-

Vila Nova de Poiares, a 7 de março de

de de Diretor de Prova ou de Comissário

1964 e faleceu a 22 de março de 2016, na

Desportivo, e dos que consigo formavam

cidade de Coimbra, duas semanas após

uma equipa incansável, sempre foram

ter completado 52 anos.

qualificadas como tendo uma organização magnífica; a sua participação no Tro-

Mas a sua vida não pode ser resumida

féu Nacional de Kartcross, com um kart

apenas a estas curtas e insuficientes fra-

feito integralmente por si, onde investia

ses. Carlos Coelho deixa um legado: uma

horas, para tirar uns gramas a cada com-

filha, Maria David Maceiras Coelho, a “sua

ponente. Apesar de não ser propriamente

princesa” de 9 anos, fruto do seu casa-

um homem do mar, sempre demonstrou o

mento com Paula Maceiras, sua esposa,

seu gosto em acompanhar os Amigos no

tes passatempos era, para si, o convívio.

sua sócia e sua companheira de mais de

veleiro “Bigmania” em diversas regatas. E,

Tantas vezes à volta de uma mesa, onde

um quarto de século. A vida pregou-lhe

nos poucos tempos livres, a paixão pela

gostava de estar com os que estimava.

uma partida, e nessa partida deixa uma

pesca, particularmente de trutas, que de-

Onde gostava de degustar o primeiro dos

família que o admirou sempre e a quem,

pois devolvia ao frio rio Ceira, para que no

dois tipos de vinho que conhecia: “Há os

com a sua personalidade, deixa marcas: a

futuro sempre houvesse renovação da

que sabem bem, e os que não.” Muitos re-

sua Mãe, Maria José; os seus dois irmãos,

espécie. Tão ou mais importante que es-

cordarão a sua expressão caraterística,

o Nando, o do meio e o Pedro, o mais

sempre que lhe falavam em alguma ativi-

novo; a Alice, afilhada dos seus pais que

dade ou em alguma iguaria que apreciava.

foi como que uma irmã desde o tempo em que era ainda um bebé; as cunhadas; os quatro sobrinhos que sempre o adoraram; os tios; os primos,… Deixa ainda a sua marca num grupo enorme de Amigos, os quais não é possível nomear, porque de muitos se tratam. Amigos que o tiveram ao seu lado, nos bons mas também nos maus momentos (nunca dizia que não a um pedido de um Amigo), e que mostraram ser verdadeiros Amigos ao acompanharem-no sempre ao longo da vida. Nos bons momentos, nas festas, no trabalho, mas também nos problemas, nas tristezas, na doença,… na morte. Não restam dúvidas que muitos o recordarão sempre pelo seu trabalho em prol

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elevare

"A Liftime Elevadores, Lda., o seu projeto de vida, que foi o culminar de uma carreira de anos a pensar a engenharia mecânica em geral e os elevadores em particular. Empresa que sempre teve a sua sede em Coimbra, a sua cidade, e que posteriormente se estendeu a Maputo, e onde criou uma equipa não só de colaboradores, mas também de Amigos."

No dia 6 de março, já hospitalizado, à pergunta, se lhe saberia bem uma “lampreiazinha”. Respondeu sem hesitar: - “Isso é que era…”. E, no dia seguinte, no seu último aniversário, assim foi. Mas porque sempre quis mostrar e defender as suas ideias, conseguiu ainda ter tempo para, durante 12 anos, fazer parte da Assembleia Municipal do seu Concelho de Vila Nova de Poiares. Também na sua vida profissional Carlos Coelho deixa, não apenas saudades, mas um trabalho feito. A Liftime Elevadores, Lda., o seu projeto de vida, que foi o culminar de uma carreira de anos a pensar a engenharia mecânica em geral e os eleva-


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dores em particular. Empresa que sempre teve a sua sede em Coimbra, a sua cidade, e que posteriormente se estendeu a Maputo, e onde criou uma equipa não só de colaboradores, mas também de Amigos. Tendo desde criança trabalhado no setor automóvel, na oficina e sucata do seu Pai, cedo demonstrou o seu gosto e as suas apetências para esta área. Demonstrativo desta tendência é o facto de, no 10.° ano de escolaridade, e talvez por algumas pressões, ter ingressado na área A, de ciências, para uma possível carreira na área da saúde, para no ano seguinte perceber que não era essa a sua verdadeira vocação e ter mudado para a área B, de tecnologias. Estava destinado ser Engenheiro! Após ter cumprido o seu serviço militar, tendo passado por Mafra e pelo BIMEC (Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Santa Margarida), ingressou em Engenharia Mecânica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde veio a licenciar-se. É também aqui, nos tempos de estudante, que conhece e inicia o seu namoro com aquela que viria a ser a mulher da sua vida. Em 1999, porque tinha vontade de saber cada vez mais, ingressou na Universidade de Saragoça para uma Pós-graduação em Transporte Vertical. Dez anos mais tarde, dando continuidade à sua formação, frequentou o Mestrado em Engenharia Mecânica, na Universidade de Coimbra. Enquanto empresário e empreendedor, como já referido, desde tenra idade começou a trabalhar na empresa do seu Pai, Nelson Coelho. Entre 1994 e até 2004, foi Diretor de Produção da Elevadores Padrão, Lda. onde, entre outras funções, foi ainda o responsável pelo desenvolvimento de novos produtos e novos processos e pela implementação do Sistema de Gestão de Qualidade, ISO 9001. E foi nesse ano de 2004 que decidiu ser dono do seu próprio projeto - a LIFTIME - empresa que criou e que ao longo de uma dúzia de anos construiu e fez crescer. Mas, apesar do muito tempo que este novo projeto o obrigava a despender, nunca deixou de partilhar com os outros os seus conhecimentos. Assim, participou em diversas formações e seminários, pertenceu à Comissão Técnica de Elevadores, CT 63, onde foi vogal e participou na tradução para português das Normas Espanholas. Sempre aceitou os convites que lhe formularam para ser orador, e assim transmitir o seu saber, como por exemplo em: “O Fabrico dos elevadores em Portugal”, nas Jornadas Técnicas da ADITEC e na Palestra sobre “Implementação da segurança em elevadores” que proferiu nas Jornadas Técnicas da ESTGA – UA, em 2010, ou ainda, como formador, na Especialização Pós-Graduada em Gestão e Manutenção de Equipamentos de Elevação - Elevadores no Politécnico do Porto. Pelo que foi como Pai, como homem de família e como Amigo, mas também como profissional e como homem presente e ativo na Comunidade, Carlos Coelho, estará sempre connosco. E, pelo menos os mais próximos, continuarão a ouvi-lo dizer, como respondia em cada telefonema: -“Transmita!”.


Ascensores com história

Os elevadores do edifício Nova Póvoa António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)

Por razões de segurança, o edifício possui dois lanços de escadas, um do lado esquerdo e outro do lado direito. O edifício dispõe de um gerador de grande potência destinado a alimentar, no caso de falta de energia, os elevadores e monta-cargas, a iluminação dos patamares e as bombas de água, que enchem os depósitos no piso superior que abastecem os apartamentos por gravidade. Este edifício é servido por quatro elevadores, cada um com capacidade para 10 pessoas (800 kg) e um monta-cargas com capacidade para 12 pessoas (900 kg). Os Com os seus 28 andares, o edifício “Nova

certeza, o maior complexo exclusivamente

elevadores estão agrupados dois a dois

Póvoa”, na Póvoa do Varzim, é um mais dos

habitacional.

(um grupo do lado esquerdo – n.° 1 e 2 e outro do lado direito – n.° 3 e 4). A velocidade

altos do nosso país. Possui 286 apartamentos, em regime de propriedade horizontal, à

Foi construído entre 1973 e 1980, pela

dos elevadores é de 2 m/s enquanto a do

razão de 10 apartamentos (nove T2 e um T1)

empresa João Marquês da Cruz, com um

monta-cargas é de 1 m/s. Todos os apare-

por cada andar. Localiza-se na zona norte da

projeto de arquitetura do Arquiteto Carlos

Póvoa de Varzim, na Avenida Repatriamento

Garcia, depois de muita polémica dado o

dos Poveiros, n.° 779, muito perto do Hotel

seu impacto visual na cidade, em virtude da

Axis Vermar e da Praça de Touros.

sua grande altura de cerca de 90 metros. A escolha da cor do edifício em “amarelo

Na sua maioria os apartamentos são apenas

ocre” foi objeto de criteriosos estudos, pri-

habitados na época balnear e nessa época

vilegiando a exposição solar, a proximidade

a população do prédio atinge mais de mil

do mar e o enquadramento estético com os

pessoas. Apesar de existirem em Portugal

edifícios envolventes.

prédios mais altos, o Nova Póvoa é, com A vista do telhado é soberba, alcançando a Refinaria da Galp em Matosinhos e as Tor-

"Este edifício é servido por quatro elevadores, cada um com capacidade para 10 pessoas (800 kg) e um monta-cargas com capacidade para 12 pessoas (900 kg)."

res de habitação de Ofir. Se o céu estiver muito limpo, é mesmo possível avistar o Monte de Santa Tecla na Galiza, em frente a Caminha. A planta do edifício é irregular de maneira a maximizar a exposição solar. As paredes exteriores e interiores são integralmente de betão armado.

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lhos param na cave, (onde estão alojadas as garagens), no piso de entrada e no último piso (28.°). No entanto, em cada grupo, um deles pára nos pisos intermédios pares e o outro nos pisos ímpares. Com esta solução muito peculiar reduziu-se substancialmente o custo dos elevadores, sem redução da qualidade do serviço, dado ser praticamente nulo o tráfego inter-pisos. No entanto, dadas as suas funções, o monta-cargas pára em todos os pisos. Os elevadores foram instalados pela EFACEC, em 1980, com máquinas com redutor e motores de tração de 20 kW, 1100 rpm, de Corrente Contínua, sistema Ward Leonard, excitação independente, fabrico EFACEC1.

O grupo motogerador era constituído por um gerador de Corrente Contínua, excitação independente, fabrico EFACEC, acionado por um motor assíncrono trifásico EFACEC de 25 kW -1450 rpm. 1. Nessa época o sistema Ward Leonard era o único sistema de acionamento recomendado para elevadores com velocidade superiores a 1,2 m/s, pois permitia acelerações de arranque e travagem bastante suaves, da ordem dos 1 m/s2 e um acerto ao piso, da ordem dos 5 mm.

Para além dos elevadores do edifício Nova Póvoa, a EFACEC instalou vários elevadores com este tipo de acionamento, dos quais destacamos:

Na zona Norte: no Porto: 4 elevadores no Hotel Infante D. Henrique, 2 na Sede do Jornal de Notícias, 2 no edifício Urbaine, na Rua de Santa Catarina, 2 na Caixa Geral de Depósitos na Avenida dos Aliados (montagem Pinto&Cruz), 7 no edifício da Companhia de Seguros Tranquilidade junto ao Palácio de Cristal (idem) e 2 no Hotel Fundador, em Guimarães.

Na zona Sul: em Lisboa : 4 elevadores no Banco BIP, 4 no Hotel Altis, 6 na Sede da RTP, na Rua 5 de Outubro e 2 num Aparthotel na Figueira da Foz.

Mais tarde, na década de noventa, os sistemas Ward Leonard foram substituídos por motores assíncronos trifásicos, de velocidade variável, comandados por conversores eletrónicos de frequência, bastante mais eficientes e com menor necessidade de manutenção.


Ascensores com história

O comando de tração era efetuado por

efetuada por um grupo de 6 cabos de aço,

mente a velocidade real foi reduzida ele-

um equipamento eletrónico, designado

de 10 mm de diâmetro, dispondo de cabos

tronicamente, para 1100 rpm, (velocidade

por ARVA (Armário de Regulação de Velo-

de compensação, constituídos por duas

nominal dos antigos motores de cc), de ma-

cidade de Elevadores), desenvolvido pela

grossas correntes, entrelaçadas com cabo

neira a manter a velocidade de 2 m/s.

EFACEC, que comandava a excitação do ge-

de cânhamo.

rador através de uma ponte retificadora a

Algum tempo depois os elevadores foram

tiristores, que por sua vez provocava uma

intervencionados pela Schindler que mo-

tensão de saída variável do dito gerador. Essa tensão aplicada ao motor fazia com que ele rodasse a uma velocidade variável, tal como era pretendido. A regulação de velocidade era controlada em malha fechada (feedback), através de um dínamo taquímetro, acoplado ao motor. Assim o elevador acelerava continuamente e suavemente até atingir a velocidade máxima. Na travagem passava-se o contrário, com uma desaceleração progressiva.

"Os elevadores foram instalados pela EFACEC, em 1980, com máquinas com redutor e motores de tração de 20 kW, 1100 rpm, de Corrente Contínua, sistema Ward Leonard, excitação independente, fabrico EFACEC (...)"

Os redutores são EFACEC, tipo RXX, do tipo sem-fim-roda de coroa, com relação de

Mais tarde, estes elevadores foram remo-

transmissão de 45/2 e as rodas de cabos

delados pela Liftech, sendo retirados os

têm o diâmetro exterior de 840 mm.

motores e geradores EFACEC e substituídos por motores assíncronos trifásicos

dernizou as botoneiras de cabine e patamar. O monta-cargas foi instalado pela antiga empresa Comportel e mais tarde remodelado pela OTIS. Dispõe de portas automáticas de cabina e patamares e pára em todos os pisos. Está situado ao lado do elevador n.° 4. AGRADECIMENTOS >>

Dr. Costa e Silva, Administrador do Condomínio;

>>

Sr. Jorge Silva, Porteiro do edifício;

>>

Eng.° António Garrido, Diretor da Liftech;

>>

Sr. Fernando Almeida, antigo funcionário da EFACEC;

>>

Jornal “Povoa Semanário”, 12/8/2009, No Topo da Povoa, Pedro Ferreira da Silva.

As portas de patamar são do tipo Semiau-

alemães Loher, de 15 kW, 1450 rpm, com

tomático e as de cabina são automáticas,

comando eletrónico de variação de velo-

As imagens são do autor devidamente autorizadas

tipo telescópico. A suspensão das cabinas é

cidade, por variação de frequência. Obvia-

pela Administração do Condomínio.

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Bibliografia VENTILAÇÃO Conteúdo: Com conhecimentos científicos básicos, da Termodinâmica, da Mecânica dos Fluidos e da Transmissão de Calor, foram analisadas neste compêndio, de acordo com as normas vigentes, as diversas técnicas mais indicadas, para a solução dos problemas de ventilação tanto natural como artificial, 52,12 € −20% 41,70 € Autor: Ennio Cruz da Costa ISBN: 9788521201045 Editora: Blucher Número de Páginas: 271 Edição: 2005 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

dos ambientes habitacionais e industriais, assim como as soluções para o prático transporte pneumático de materiais a granel. Ennio Cruz da Costa, engenheiro mecânico, eletricista, foi ainda Professor Catedrático da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, onde lecionou de 1947 a 1984 várias disciplinas da área de termotécnica com vários volumes publicados sobre o assunto, tendo resolvido inúmeros problemas nesta área ao longo dos muitos anos em que trabalhou como consultor industrial. Índice: Sistema de unidades. Símbolos adotados. Generalidades: Definições; Modificações físicas e químicas do ar ambiente; Quantidade de ar necessária à ventilação; Classificação dos sistemas de ventilação. Ventilação Natural: Ventilação por ação dos ventos; Ventilação por diferenças de temperatura. Ventilação Mecânica Diluidora: Generalidades. Ventilação Local Exaustora: Generalidades; Captores; Canalizações; Coletores.

LUBRIFICANTES & LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL Conteúdo: Esta obra destina-se aos estudiosos, aos engenheiros e a todos os profissionais de manutenção, preenchendo uma lacuna na bibliografia nacional sobre óleos lubrificantes e lubrificação automotiva e industrial, e também lubrificação em motores marítimos e ferroviários. 82,52 € −20% 66,02 € Autor: Pedro Nelson Belmiro, Ronald Carreteiro ISBN: 9789897521706 Editora: Interciência Número de Páginas: 504 Edição: 2006 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

O livro desperta para as práticas de reciclagem e rerrefino dos óleos utilizados, bem como para as técnicas de lubrificação dos principais elementos de máquinas e de segmentos industriais, abordando de forma ampla e profunda os aspetos da lubrificação automotiva, formulação e aditivos habitualmente utilizados. O livro aponta para os ensinamentos de armazenagem de óleos e graxas lubrificantes, além de abordar aspetos tecnológicos e práticos da lubrificação em geral. Índice: Parte I - O petróleo: Histórico. Refino. Bases lubrificantes. Parte II: Óleos lubrificantes. Aditivos em lubrificantes. Mistura. Graxas lubrificantes. Lubrificantes sólidos. Parte III - Princípios básicos de lubrificação: Atrito e desgaste. Lubrificação hidrodinâmica. Lubrificação limítrofe. Projeto de filmes em mancais de deslizamento. Reologia. Parte IV - Lubrificação de equipamentos específicos: Mancais. Engrenagens. Sistema hidráulico. Correntes, acoplamentos e cabos de aço. Motores eléctricos e moto-redutores. Compressores. Bombas. Refrigeração. Máquinas operatrizes. Lubrificação automotiva. Motores disel marítimos. Motores disel ferroviários. Turbinas hidráulicas. Turbinas a vapor e sua lubrificação. Ferramentas pneumáticas. Equipamentos de terraplenagem. Parte V - Lubrificação de indústrias específicas: Usina siderúrgica. Indústria têxtil. Usina de açúcar. Fábrica de cimento. Fábrica de papel. Usina nuclear. Parte VI - Produtos especiais: Óleo isolante. . Armazenagem e manuseio. Interpretação de análise do óleo usado. Reciclagem e rerrefino de óleos usados.

TOLERÂNCIAS, AJUSTES, DESVIOS E ANÁLISE DE DIMENSÕES Conteúdo: Neste livro são discutidos os conceitos de Fabricação; os Sistemas de Ajuste, de Tolerâncias, de Desvios de Forma e Posição; com exemplos de aplicação objetivos e reais, juntamente com princípios gerais de Cotagem e Rugosidade Superficial. 48,66 € −20% 38,93 € Autor: Oswaldo Luiz Agostinho, Antonio Carlos dos Santos Rodrigues, João Lirani ISBN: 9788521200505 Editora: Blucher Número de Páginas: 312 Edição: 1977 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

Índice: Aplicação de tolerâncias e acabamento superficial: Introdução; Medida nominal; Intercambiabilidade; Tolerâncias. Sistema de ajuste abnt - sistemas furo-base e eixo-base: medidas, diferenças, tolerâncias, ajustes, jogos e interferências, tolerância de ajuste TP, classes de ajustes, sistemas de ajuste, ajustes ISO-ABNT. Introdução. Diâmetros fundamentais. Qualidade de trabalho - tolerâncias fundamentais. Zonas toleradas para medidas exteriores (eixos) e medidas interiores (furos). Posição das zonas toleradas- representação gráfica. Abreviaturas. Sistemas de ajuste. Furo-base e eixo-base. Sistema misto. Determinação das diferenças. Classes de ajustes. Extensão do sistema de 500 a 3 150 mm. Escolha dos ajustes. Tabelas de ajustes recomendados. Aplicações. Tolerâncias para perfis estriados e chavetas. Aplicação de buchas entre eixo e cubo. Tolerâncias para rolamentos. Algumas aplicações típicas. Exercícios de aplicação. Tolerâncias geométricas - necessidade e implicações. Forma e diferença de forma. Diferença da reta (retilineidade). Diferença do plano (planicidade). Diferença do círculo (circularidade). Diferença da forma cilíndrica (cilindricidade). Diferença de forma de uma linha qualquer. Diferença de forma de uma superfície qualquer. posição e diferenças de posição. Orientação para dois elementos associados. Posição para elementos associados. Desvio de localização. Desvios de simetria. Desvios de concentricidade. Desvios de coaxialidade. Desvios compostos de forma e posição. Desvios da verdadeira posição de um ponto - condição de máximo material. Desvios de batida. Conclusão. Simbologia e indicações em desenhos.

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Bibliografia MANUAL DE TECNOLOGIA METAL MECÂNICA Conteúdo: Este livro é um manual indispensável para quem deseja aprender a trabalhar com metais. Porém é um estudo muito útil para trabalhos de mestres ou qualificações técnicas e para estudantes universitários em geral. Esta publicação contém dados sobre os seguintes tópicos: Matemática básica, Ciências básicas, Comunicação técnica, Aspectos tecnológicos de Materiais, Padrões, Produção tecnoló71,13 € −20% 56,90 € Autor: Ulrich Fischer, Roland Gomeringer, Max Heinzler, Roland Kilgus, Friedrich Näher, Stefan Oesterle, Heinz Paetzold, Andreas Stephan ISBN: 9788521205944 Editora: Blucher Número de Páginas: 414 Edição: 2011 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

gica, Técnicas de regulação e controle e Tecnologia da informação. Índice: Matemática: Tabelas numéricas; Funções Trigonométricas; Fundamentos de Matemática Uso de parênteses, potências e raízes; Símbolos, Unidades Símbolos em fórmulas, símbolos matemáticos; Comprimentos; Áreas; Volume e Área de superfície; Massa; Centróides - centro de gravidade. Física: Movimento; Forças; Trabalho, Potência, Eficiência; Atrito; Pressão em líquidos e gases; Resistência de materiais; Termodinâmica; Eletricidade. Comunicação técnica: Construções geométricas básicas; Gráficos; Elementos de desenho técnico; Representação em desenho; Inserção de dimensões; Elementos de máquinas; Elementos de peças; Solda e estanhagem; Superfícies; Tolerâncias ISO e Ajustes. Ciência dos materiais: Materiais; Aços, sistema de designação; Aços, Tipos de aço; Aços, Produtos acabados; Tratamento térmico; Ferro fundido; Tecnologia de fundição; Metais leves; Metais pesados; Outros materiais metálicos; Plásticos, Apresentação; Testes de materiais, Apresentação; Corrosão, proteção contra corrosão; Materiais perigosos. Elementos de máquinas: Roscas; Parafusos; Escareados; Porcas; Arruelas; Pinos e pivôs; Junções eixo-cubo; Molas, ferramentaria; Elementos de acionamento; Mancais. Técnicas de fabricação: Gerenciamento da qualidade Normas, termos; Planejamento da produção; Usinagem de corte; Erosão; Separação por cisalhamento; Unir, juntar; Proteção do meio ambiente e segurança do trabalho. Automação e tecnologia da informação: Automação, conceitos básicos; Circuitos eletrotécnicos; Fluxogramas e diagramas funcionais; Hidráulica e pneumática; Comandos SPS; Manipulação e robótica; Tecnologia NC; Tecnologia da informação. Índice de normas. Índice remissivo.

MANUAL DE HIDRÁULICA Conteúdo: Este livro é voltado aos profissionais e estudantes de Engenharia e permanece indispensável à biblioteca mínima dos técnicos do setor, procurando atender também àqueles que, embora não especialistas, precisem interagir com essa especialidade. 96,08 € −20% 76,86 € Autor: José Martiniano de Azevedo Netto, Miguel Fernandez y Fernandez ISBN: 9788521205005 Editora: Blucher Número de Páginas: 632 Edição: 2015 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

Desenvolve conceitos e princípios básicos necessários ao entendimento da teoria e compreensão dos fenómenos. Também apresenta comentários, aplicações práticas, dados técnicos e exemplos de dimensionamentos e projetos de unidades e sistemas em que a água está presente, seja como técnica predominante, seja como coadjuvante: estruturas hidráulicas, tubulações, canais, bombeamentos, turbinas, unidades de tratamento, redes de distribuição de água e de coleta de esgotos, reservatórios, instalações prediais, irrigação, drenagem pluvial, medições e acessórios frequentes. Apresenta parâmetros que permitem desenvolver anteprojetos ao citar Normas Técnicas adotadas pelas entidades normalizadoras, e ao sugerir valores consagrados pela prática usual e pela experiência do autor. Esta 9.ª edição, preparada pelo engenheiro Miguel Fernández y Fernández, escolhido pelo Prof. Azevedo Netto para esse fim, mantém muito das edições anteriores, mas apresenta reorganizações, modificações, acréscimos, informações e atualizações significativas. Índice: Princípios Básicos. Hidrostática. Equilíbrio dos Corpos Flutuantes. Hidrodinâmica. Orifícios, Bocais e Tubos Curtos. Vertedores. Escoamento em Tubulações. Cálculo do Escoamento em Tubulações sob Pressão. Condutos Forçados. Acessórios de Tubulações. Bombeamentos. Golpe de Aríete/Transiente Hidráulico. Sistemas de Tubulações. Condutos Livres ou Canais. Hidrometria. Sistemas Urbanos. Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água. Sistemas Urbanos de Esgotos Sanitários. Sistemas de Drenagem Pluvial. Instalações Prediais. Instalações Prediais de Água. Instalações Prediais de Esgotos. Instalações Prediais de Águas Pluviais. Hidráulica Aplicada à Irrigação. Uso da Água pelas Culturas Agrícolas. Características do Solo. Métodos de Irrigação. Elaboração de Projeto – Dimensionamento. Diversos. Bombas e Casas de Bombas. Medições – Indicações e Cuidados na Medição de Vazões. Sistema Internacional de Unidades (SI). Apresentação.

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Consultório técnico

Consultório técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

O RSEE prevê no Artigo 2 do Artigo 75°

geneizar os critérios com vista à realização

diz que em substituições de componentes

(Decreto n.° 513/70 de 30 de outubro)

das inspeções periódicas.

devemos colocar os que cumprem a legislação

um dispositivo que provoque a paragem

mais recente será legítimo aplicar um novo

da máquina de tração, em menos de 20

O que se pretende assegurar com o

dispositivo para cumprir o Artigo 75° mas com

segundos, logo que a cabina ou o contrapeso

cumprimento do Artigo 75º no Decreto-Lei n.°

a nova temporização?

se encontrem anormalmente imobilizados.

513/70?

Não. Deve-se olhar, neste caso particular,

Será que a legislação é clara porque se põe

Quando o elevador se encontrar anormal-

não ao dispositivo em si mesmo, mas à

a questão de uma nova temporização para

mente imobilizado deve um dispositivo pro-

função que este pretende cumprir. O novo

este artigo?

vocar a paragem da máquina de tração em

dispositivo, no Decreto-Lei n.° 513/70 deve

Verificou-se, na altura da transição do De-

menos de 20 segundos com dois objetivos

assegurar o cumprimento do Artigo 75º

creto n.° 513/70 (RSEE) para os regulamen-

principais: a) assegurar a imobilização do

e os seus 20 segundos e não, pelo facto

tos aprovados pelas Portarias n.° 376/91

elevador; b) com o corte elétrico assegurar

de ser novo, pretender-se que ele altere a

de 2 de maio (RSAE) e n.º 964/91 de 20 de

que a máquina deixa de estar sob tensão.

legislação. Ele visa assegurar a seguran-

setembro (RSAH), o surgimento em eleva-

ça da instalação que continua a mesma.

dores novos ainda instalados ao abrigo do

A imobilização do elevador é importante

Quando se diz que o componente deve

RSEE ou em remodelações de elevadores

por uma questão de segurança das pes-

cumprir a legislação mais recente suben-

antigos, de quadros de comando com tem-

soas e o tempo em que esta ocorre torna-

tende-se que o próprio componente deve

porizações conforme o RSAE (EN 81-1) e o

-se preocupante quando nos encontramos

obedecer a critérios mais exigentes de

RSAH (EN 81-2). O RSAE (EN 81-1) na secção

num elevador sem porta de cabina – o mais

fabrico e segurança e não contribuir para

10.6.2.2 e o RSAH (EN 81-2) na secção 12.12.1

frequente em elevadores deste Decreto.

que, com a sua aplicação, a segurança da

têm disposições equivalentes ao Artigo

instalação se torne menos restritiva, como

75° do RSEE, mas com as seguintes tem-

O que se pretende assegurar com o

porizações: para ascensores elétricos não

cumprimento dos Pontos 10.6.2.2 do RSAE

deve exceder o mais baixo de a) 45 segun-

(EN81-1) e 12.12.1 do RSAH (EN 81-2)?

Qual o comportamento das Empresas de

dos ou b) duração do percurso total, au-

Porque é que o tempo para imobilização é

Manutenção de Ascensores e das Entidades

mentado de 10 segundos, com um mínimo

menos restrito?

Inspetoras relativamente a este assunto?

de 20 segundos, se a duração do curso é

Sensivelmente o mesmo que com o Artigo

Algumas Empresas de Manutenção de As-

inferior a 10 segundos; para os ascensores

75° do RSEE. Para além destes elevadores

censores pretendem que o parecer da DGEG

hidráulicos 60 segundos mais o tempo de

serem providos de outras seguranças o

se torne universal e obrigatório e tenha a

percurso completo da subida.

facto de estas instalações serem obrigato-

força de alteração do Decreto. Já esque-

riamente providas de portas de cabina faz a

ceram o porquê do parecer – o surgimen-

que

diferença. Em caso de imobilização o uten-

to de quadros de comando com as novas

começaram a surgir quadros de comando

te é protegido pela própria cabina e tem-se

temporizações em elevadores com porta

cumprindo a nova legislação mas aplicados

mais em conta a necessidade da máquina

de cabina - e pretendem por facilidade ou

a instalações novas ou remodelações

deixar de estar sob tensão.

Neste

período

de

transição

em

seria o caso.

de instalações ao abrigo do Decreto n.° 513/70, qual foi o parecer da DGEG?

De referir que situando-nos no tempo de

A DGEG emitiu o ofício n.° 1251 de 20 de ja-

transição em que as duas legislações fo-

neiro de 1997, informando que é possível,

ram confrontadas os últimos elevadores

no caso em apreço, aplicar a nova legisla-

ao abrigo do Decreto-Lei n.° 513/70 já ti-

ção, salvaguardando-se, contudo que esta

nham portas de cabina.

aplicação não é obrigatória. Acrescentou que não via inconveniente na aplicação de

Vimos que o surgimento de quadros de comando

legislação mais recente em remodelações

que cumpriam a nova legislação e não a antiga

dos quadros de comando. Salientou ainda

deu origem a esta questão da temporização

que o ofício não teve como objetivo homo-

do Artigo 75°. Olhando para a Diretiva que

76

elevare

"Algumas Entidades Inspetoras mais atentas ao problema original aceitam a nova temporização apenas com a substituição do quadro de comando completo."


Consultório técnico economia que a substituição apenas do dis-

©wikihow_com

positivo dê lugar a uma nova temporização, principalmente quando o tempo total do curso é inferior aos 20 segundos. Algumas Entidades Inspetoras mais atentas ao problema original aceitam a nova temporização apenas com a substituição do quadro de comando completo. Porque é que o tempo de atuação do Artigo 75° deve ser o mais curto possível? Porque é que é abusivo pretender que se aplique a nova temporização a todos os elevadores do Decreto por igual? Pela razão já apontada da segurança das pessoas em elevadores de cabina sem porta. Porque existem elevadores diferentes, uns

Situação n.° 2: O utente num elevador que

tamar superior. O próprio corpo do técnico,

sem e outros com porta de cabina e uns

fica imobilizado, por qualquer motivo, num

em última estância, pode ser o obstácu-

mais antigos e outros modernos que evi-

patamar ou perto dele. Admitamos um

lo que o elevador encontra. Quanto mais

denciam seguranças muito diferentes.

obstáculo que passado um tempo deixa de

cedo atuar o Artigo 75° melhor. 45 segun-

existir. Existe uma folga entre a travessa

dos será uma eternidade.

Quais as situações para as quais a atuação

superior do enquadramento do acesso da

do Artigo 75° é relevante em termos de

cabina e a parede da caixa em frente desse

Situação n.° 5: O utente com chave de por-

segurança?

acesso compreendida entre 7 cm<d<12 cm.

tas desce ao poço para recolher as chaves

Existem inúmeras situações para as quais

Se o utente estiver com o braço a pressio-

de casa que caíram. A sua mulher segura a

o tempo de atuação do Artigo 75° é rele-

nar a porta de patamar e o elevador entrar

porta de patamar. Entretanto a iluminação

vante em termos de segurança para além

subitamente em movimento de descida,

do patamar apaga-se e ela aproxima-se

da proteção ao motor, todas em elevado-

o braço poderá, por estar imobilizado a

do interruptor para acendê-la. Não segu-

res sem porta de cabina que é a situação

exercer pressão na porta, encaixar-se na

ra bem a porta de patamar que se fecha.

mais frequente nas instalações ao abrigo

referida folga. De referir que se o eleva-

O elevador que tinha o registo para o piso

deste Decreto-Lei n.° 513/70, a saber:

dor estiver entre guias com uma distância

extremo inferior entra em movimento de

considerável entre as fixações, os 12 cm da

descida. O homem retira a escada do poço

Situação n.° 1: O utente num elevador que

folga podem aumentar com esforço. Com

e com ela tenta obstaculizar o elevador

fica imobilizado, por qualquer motivo, num

a agravante de nesta situação de descida já

que a esmaga parcialmente. Quanto mais

patamar ou perto dele. Admitamos um

não ser possível ao utente acionar o patim

cedo atuar o Artigo 75º melhor. 45 segun-

obstáculo que passado um tempo deixa

móvel porque fica distante dele. Quanto

dos será uma eternidade.

de existir. O utente está junto à porta de

mais cedo atuar o Artigo 75° melhor. 45

patamar a tentar abri-la e se o elevador

segundos será uma eternidade.

entra em movimento de subida o utente

Como devem atuar os inspetores quando a temporização do Artigo 75 for superior a

poderá aleijar-se pelo movimento repenti-

Situação n.° 3: O técnico de manutenção

20 segundos em elevadores instalados ao

no dependendo da posição das mãos e do

está por baixo da cabina a verificar o pára-

abrigo do referido Decreto-Lei?

braço que podem ir contra os braços dos

- quedas. Embora o stop tenha sido atuado

Os inspetores têm a obrigação de cumprir

encravamentos (mesmo tendo tido tempo

houve falha na verificação desta avaria. É

a legislação em vigor e aplicar a cláusula

para atuar o patim, o que será raro). A si-

feito um registo para o piso extremo infe-

condizente com a situação encontrada e

tuação agravar-se-á muito, caso o utente

rior. O técnico cai no poço e tenta colocar

com a tipologia constante na listagem de

após a paragem entre em pânico e tente

a mala das ferramentas no amortecedor

cláusulas. Caso encontrem situações pare-

sair pelos visores da porta de patamar,

para obstaculizar o elevador que a esma-

cidas com as que deram origem ao parecer

(mesmo que estes tenham as dimensões

ga. Quanto mais cedo atuar o Artigo 75°

da DGEG devem ajuizar da sua aplicação ou

regulamentares que não permite a sua sa-

melhor. 45 segundos será uma eternidade.

não, certificar-se se o elevador tem porta de

ída), ou parta os visores estenda o braço

cabina ou não, avaliar o estado de velhice e

para pedir socorro e o elevador entrar em

Situação n.° 4: O técnico de manutenção

as condições de segurança gerais da instala-

movimento de subida. Quanto mais cedo

está por cima da cabina e o comutador de

ção, nunca descurando e tendo sempre em

atuar o Artigo 75° melhor. 45 segundos

revisão que tem botão de rodar parte-se.

conta o objetivo principal duma inspeção: ga-

será uma eternidade.

O elevador assumiu um registo para o pa-

rantir a segurança das pessoas.

elevare 77


Ca endár o de eventos fe ras DES GNAÇÃO EXPO PRED AL TEC

EXPO ELEVADOR

AUTOMAT ON MUMBA

MTS

TEMÁT CA

LOCAL

Fe a de Tecno og as de S s emas

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São Pau o

sob e T anspo e Ve

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ATEC – Academ a de Fo mação

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ATEC – Academ a de Fo mação

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ATEC – Academ a de Fo mação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO Fo mação na Á ea Pa me a se emb o a ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. n opa me a@a ec p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. COM EMP LHADORES da Mov men ação Po uga 0 ou ub o ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 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................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 0 ou ub o CENF M ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Po o ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. SOLDADOR A Fo mação na Á ea da So dadu a 20 6 a 29 e mes nde@cenfim p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Po uga ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. u ho 20 7 www cenfim p ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 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78

e eva e


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