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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
Número 3 . 1.o e 2.o Trimestres de 2014 . www.elevare.pt
Nota técnica
Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL
Normalização
EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações
DOSSIER
Eletrónica e Conetividade
Ascensores com história
O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra
Figuras
Resumo biográfico de Alexandre Fernandes
PUB
Ficha técnica
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
DIRETOR
4
Editorial
6
Qualidade, segurança e ambiente [6] Instalação de ascensores [10] Certificação e Reconhecimento
11
Normalização EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações
12
Legislação [12] Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia [14] CIVA – IVA - taxa a aplicar a homelift`s (plataformas cabinadas) usadas por pessoas
Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt
COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, António Augusto Araújo Gomes, Paulo Diniz, Orlando Poças, José Pirralha, Ângelo Almeida, La Salette Silva, Vasco Peixoto de Freitas, Miguel Leichsenring Franco, Aidos Ferreira, Ana Rute, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino
COORDENADOR EDITORIAL
com deficiências físicas e mobilidade reduzida
Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt
16 Coluna da ANIEER Diretiva Ascensores 2014/33/UE – Implicações da reformulação da Diretiva 95/16/CE
DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt
CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt
DESIGN e webdesign
18 Coluna da AIECE AIECE – “A aiece no caminho para a autorregulação do mercado do setor da elevação” 20 Nota técnica Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL 32 Notícias e Produtos
a.pereira@cie-comunicacao.pt
39
Dossier: Eletrónica e Conetividade nos Elevadores [39] Texto de abertura [40] Desenvolvimento Tecnológico dos Elevadores [44] Garantia da proteção de pessoas em instalações elétricas (1.a Parte)
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
[46] Sistemas e Tecnologias para Elevadores
Ana Pereira
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629
48 Case Study Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação
geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt
Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
50 Entrevista Eduardo Silva: "elevadores são dos meios de transporte mais seguros" 52 Ascensores com história O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra 54 Figuras Resumo biográfico de Alexandre Fernandes
Imagem da capa gentilmente cedida por: António Vasconcelos
56
Bibliografia
58 Consultório técnico
elevare
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Editorial
Aproximamo-nos do meio do ano de 2014 e continuamos a aguardar notícias sobre a publicação da legislação que irá alterar o que resta do Decreto-lei n.° 320/2002. Esta espera é tão mais angustiante quanto mais se especula sobre o que irá ser publicado. Nesta altura, e no que toca à legislação neste setor, temos um “pedaço” novo num “tecido" velho o que normalmente não fica bem e muito dificilmente se consegue conjugar. Mas, o mais curioso é que nin-
Fernando Maurício Dias
guém consegue, pelo menos, prever quando ocorrerá a publicação, dessa forma a resposta
Diretor
mais usual e a que apresenta a menor incerteza é "poderá sair amanhã”. Esperemos… Neste número damos destaque à evolução dos elevadores associada à evolução tecnológica em particular à eletrónica que tornou possível alcançarmos um patamar de conforto e de
Dado o interesse crescente na ELEVARE, a re-
segurança. Pena é que não haja alguns incentivos à modernização dos equipamentos mais
dação prepara-se para a publicação de uma
antigos à semelhança do que é efetuado noutros países europeus (alguns também em crise).
newsletter com periodicidade mensal para que todos sejamos contemplados com as
Gostaria de manifestar a minha satisfação, e agradecimento, pelo facto da revista estar a
mais recentes notícias do setor. Considerou-
chegar a mais leitores, o último número apresentou um número de downloads próximo dos
-se que uma publicação trimestral, ao nível
dois milhares (não estão contabilizados os reencaminhamentos que muitos farão) chegando,
da apresentação de notícias, não garante a
para além dos leitores ligados diretamente ao setor, a um número muito significativo de
atualização da informação em tempo opor-
projetistas, arquitetos, municípios e empresas de administração de condomínios. Temos as-
tuno. Em breve, todos seremos contactados
sistido a uma grande participação, de diversos quadrantes, na produção de artigos de elevado
para apresentação da newsletter ELEVARE.
valor técnico, no entanto, não é demais referir que a revista está aberta a acolher artigos de Boa leitura.
Estatuto Editorial
interesse enviados por qualquer leitor.
TÍTULO “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tenologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais.
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elevare
CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Coluna da ANIEER >> Coluna dos Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias >> Artigo Técnico >> Nota Técnica >> Investigação e Desenvolvimento
>> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >>
Dossier Temático Entrevista Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Eventos e Formação Consultório Técnico Links Publicidade
ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.
PUB
Qualidade, segurança e ambiente
Instalação de ascensores Teresa Casaca Técnica Superior do DAESPQ/Instituto Português da Qualidade, I.P.
Introdução
de transposição para o direito nacional dos
legislações dos Estados-Membros, visan-
Os ascensores constituem, atualmente,
objetivos definidos na Diretiva, prevendo
do garantir a segurança da utilização dos
uma parte essencial de qualquer projeto de
uma data limite para esse efeito.
ascensores e dos seus equipamentos e
construção, em especial quando se desti-
eliminar obstáculos à sua comercialização
nam ao transporte de pessoas em edifícios
Em geral, as Diretivas são utilizadas para
no Espaço Económico Europeu.
constituídos por vários pisos.
harmonizar as legislações nacionais, no-
A Diretiva Ascensores aplica-se aos ascen-
meadamente com vista à realização do
sores utilizados de forma permanente em
O avanço tecnológico tem permitido a con-
mercado único (por exemplo, as Normas
edifícios e construções, sendo igualmente
ceção e fabrico dos ascensores modernos
relativas à segurança dos produtos).
aplicável aos componentes de segurança
que conhecemos hoje e que são utilizados
utilizados nesses ascensores.
para o transporte de pessoas, e para o
Os Regulamentos da União Europeia dis-
transporte de cargas ao nível industrial.
tinguem-se das Diretivas porque estes
São, no entanto, excluídos do âmbito de
são aplicados diretamente pelos Estados
aplicação desta Diretiva:
A regulamentação em vigor prevê que o
Membros, sem necessidade de qualquer
>>
ascensor seja acessível a todos os que o
diploma de transposição.
utilizam, em especial a cabine, devendo ser
funiculares; >>
concebida e fabricada de forma a não difi-
A Diretiva 95/16/CE, relativa a Ascensores
cultar ou impedir, em função das suas ca-
No domínio da segurança, a União Europeia
raterísticas estruturais, o acesso e a utili-
adotou a Diretiva 95/16/CE do Parlamen-
zação a pessoas com mobilidade reduzida,
to Europeu e do Conselho de 29 de junho
possibilitando as adaptações adequadas, e
de 1995 (adiante designada por Diretiva
visando facilitar a respetiva utilização.
Ascensores), relativa à aproximação das
As instalações por cabos, incluindo os Os ascensores especialmente concebidos e construídos para fins militares ou de manutenção de ordem pública;
>>
Os aparelhos de elevação destinados a elevar artistas durante representações artísticas;
>>
Os aparelhos de elevação instalados em meios de transporte;
Enquadramento legislativo no
>>
domínio Europeu
Os aparelhos de elevação ligados a uma máquina e destinados, exclusivamente, ao acesso a postos de trabalho, desig-
As Diretivas Comunitárias
nadamente pontos de manutenção e de
Uma Diretiva Comunitária é um ato legis-
inspeção de máquinas;
lativo que fixa um objetivo geral que todos
>>
Os comboios de cremalheira;
os países da União Europeia (UE) devem
>>
Os elevadores de estaleiro;
alcançar, delegando nestes a escolha dos
>>
Os aparelhos de elevação a partir dos
>>
Os aparelhos de elevação cuja velocida-
meios para os atingir, designadamente, quanto às regras exatas a serem adotadas.
quais podem realizar-se trabalhos; de de deslocação seja igual ou inferior a
Nesse sentido, a UE adota diferentes tipos de atos legislativos para alcançar os objetivos estabelecidos nos Tratados comuni-
0,15 m/s; >>
As escadas mecânicas e os tapetes rolantes.
tários, como Diretivas, Regulamentos, Decisões, Recomendações. Em alguns casos,
Esta Diretiva estabelece os requisitos para
esses atos são aplicáveis a todos os países
a conceção, fabrico, instalação, ensaios, con-
da UE, noutros apenas a alguns deles e po-
trolo final e colocação no mercado de novos
dem, ou não, ter caráter vinculativo. Para
ascensores. Simultaneamente, confere es-
que os princípios estabelecidos nas Direti-
pecial importância ao papel a desempenhar
vas produzam efeitos ao nível do cidadão,
pelos organismos notificados, bem como à
o legislador nacional tem de adotar um ato
marcação CE e às Normas harmonizadas
6
elevare
Qualidade, segurança e ambiente aplicáveis, especificando os procedimentos de avaliação da conformidade a serem seguidos pelos instaladores de ascensores para assegurar a conformidade com os requisitos de segurança. O que é um ascensor? De acordo com a Diretiva, um ascensor é um aparelho que serve níveis definidos por meio de uma cabina que se desloca ao longo de guias rígidas e cuja inclinação em relação à horizontal é superior a 15 graus, destinado ao transporte de: >>
Pessoas,
>>
Pessoas e objetos,
>>
Unicamente de objetos se a cabina for acessível, ou seja, se uma pessoa puder nela aceder sem dificuldade, e estiver equipada com elementos de comando
Assim, aos ascensores aplica-se a Diretiva
nhamento com a Decisão n.° 768/2008/CE
situados no seu interior ou ao alcance de
2006/42/CE (Diretiva Máquinas) e o Regu-
de 9 de julho de 2008, relativa a um quadro
qualquer pessoa que nela se encontre.
lamento (UE) n.° 305/2011 (que revoga a Di-
comum para a comercialização de produtos.
retiva n.° 89/106/CEE, relativa a Produtos de O que é um componente de segurança?
Construção). Não obstante, a Diretiva Máqui-
A nova Diretiva irá revogar a Diretiva
Um componente de segurança é um dispo-
nas altera a Diretiva Ascensores aplicando-
95/16/CE, estabelecendo um prazo de dois
sitivo (enumerado no Anexo IV da Diretiva),
se, desta forma, os requisitos essenciais de
anos para a respetiva transposição para
considerado essencial para garantir a se-
saúde e de segurança constantes do Anexo I
direito nacional.
gurança no funcionamento do ascensor.
da Diretiva Máquinas (Diretiva 2006/42/CE), quando existir um risco relevante e não pre-
Enquadramento legislativo
Quem é o instalador de ascensor?
visto no Anexo I, Diretiva Ascensores.
no domínio Nacional
O instalador do ascensor é a pessoa sin-
São estabelecidos pela Diretiva Ascenso-
gular ou coletiva que assume a responsa-
res, um conjunto de disposições aplicáveis
bilidade pela conceção, fabrico, instalação e colocação no mercado de um ascensor, apõe a marcação CE e elabora a declaração CE de conformidade. Quem é o fabricante do componente
«A Diretiva Ascensores estabelece designadamente, os requisitos essenciais de saúde e segurança (...)»
àqueles bens, cobrindo a sua conceção, fabrico, instalação, ensaios e controlo final. O Decreto-Lei n.° 295/98, de 22 de setembro, transpõe para o direito nacional a Diretiva Ascensores. Este diploma introduziu,
de segurança?
a nível nacional, os mecanismos gerais de
O fabricante do componente de seguran-
segurança a que devem obedecer os as-
ça é a pessoa singular ou coletiva que as-
A revisão do novo pacote legislativo
censores e respetivos componentes de se-
sume a responsabilidade pela conceção e
de Diretivas
gurança e os requisitos necessários à sua
fabrico do componente de segurança (es-
Encontra-se em curso a revisão do novo pa-
colocação no mercado.
pecificado no Anexo IV da Diretiva), apõe
cote legislativo de Diretivas designado por
a marcação CE e elabora a declaração CE
New Legislative Framework (NLF).
de conformidade para o componente de segurança.
Com a publicação do Decreto-Lei n.° 176/2008, de 26 de agosto, é assegurada a adaptação
Nesse sentido, a 29 de março de 2014 foi pu-
da legislação existente às novas regras es-
blicado no Jornal Oficial da União Europeia a
tabelecidas pela Diretiva n.° 2006/42/CE, do
Outras Diretivas
Diretiva 2014/33/UE do Parlamento Europeu
Parlamento Europeu e do Conselho, de 17
A Diretiva dos Ascensores prevê, ainda, no
e do Conselho de 26 de fevereiro, relativa à
de maio, relativa a Máquinas.
caso dos ascensores ou dos componentes
harmonização da legislação dos Estados-
de segurança estarem cobertos por outras
-Membros respeitante a ascensores e com-
Diretivas (Alínea a) n.° 4 do Artigo 8.°) relati-
ponentes de segurança para ascensores.
vamente a outros aspetos que obrigam à
Organismos Notificados O Organismo Notificado é uma entidade independente, com competência técnica para
aposição da marcação CE, que seja indica-
À semelhança das restantes Diretivas
proceder à avaliação da conformidade dos
da a presunção da conformidade com as
que fazem parte do pacote NLF, a Diretiva
produtos sujeitos a Diretivas Comunitárias,
disposições dessas Diretivas.
2014/33/UE foi sujeita ao processo de ali-
que estabelecem, entre outros princípios,
elevare
7
Qualidade, segurança e ambiente que os produtos a colocar no mercado co-
Normas Harmonizadas
munitário devem ostentar a marcação “CE”,
A normalização europeia contribuiu para
podendo assim ser comercializados livre-
aumentar a competitividade das empresas,
mente nos países da União Europeia.
«A regulamentação em vigor prevê que o ascensor seja acessível a todos os que o utilizam»
facilitando, nomeadamente, a livre circulação de bens e serviços, a interoperabilidade
Nesse sentido, o instalador de ascensores
das redes e dos meios de comunicação, o
ou o fabricante dos componentes de segu-
desenvolvimento tecnológico e a inovação.
rança para ascensores deve envolver um
Um dos objetivos da normalização é a defi-
organismo notificado no procedimento de
nição voluntária de especificações técnicas
avaliação de conformidade.
ou da qualidade com as quais os produtos,
ma. O IPQ é membro das organizações de
processos de produção ou serviços pode-
Normalização europeias e internacionais, e
A Diretiva Ascensores define os procedi-
rão estar conformes.
representa Portugal, entre outros, no Co-
mentos de avaliação de conformidade que
mité Europeu de Normalização (CEN) - em
o instalador do ascensor ou o fabricante
Por outro lado, a normalização europeia é
cujo âmbito o Presidente do IPQ desempe-
dos componentes de segurança para o as-
regida por um quadro legal, dinâmico, que
nha, atualmente, a função de Vice-Presi-
censor têm de seguir previamente à aposi-
procura refletir os últimos desenvolvimen-
dente para a área financeira - no CENELEC
ção da marcação CE.
tos da normalização, abrangendo novos
(European Committee for Electrotechnical
aspetos, respondendo aos desafios futuros
Standardization), na International Organiza-
Os organismos notificados para a Diretiva
da normalização na Europa e no contexto
tion for Standardization (ISO) e na Internacio-
Ascensores são reconhecidos pelo Instituto
internacional, contribuindo para a elimina-
nal Electrotechnical Commission (IEC), sendo
Português da Qualidade, I.P. (IPQ), consultada
ção dos obstáculos técnicos ao comércio
membro da ISO desde 1949 e da IEC desde
a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG),
mundial no quadro da Organização Mundial
1929.
no âmbito do Sistema Português da Qualida-
do Comércio (OMC).
de (SPQ) e verificados os critérios mínimos
O IPQ assegura a gestão do processo e do
estabelecidos no Anexo VII desta Diretiva
Neste enquadramento, o Regulamento (UE)
acervo normativo nacional, tendo em vis-
(critérios mínimos que devem ser tomados
n.° 1025/2012 do Parlamento Europeu e do
ta a edição de documentos normativos e
em consideração pelos Estados-Membros
Conselho de 25 de outubro de 2012, relativo
a promoção das condições adequadas à
para a notificação dos organismos).
à normalização europeia veio alterar, entre
participação das partes interessadas no
outras, a Diretiva Ascensores, suprimindo o
desenvolvimento, manutenção, divulga-
O processo de notificação nacional com-
n.° 1 do Artigo 6.°, com o objetivo de assegu-
ção, distribuição e gestão do acervo nor-
preende a verificação dos critérios referi-
rar a eficácia e eficiência das Normas e da
mativo nacional, bem como a participação
dos anteriormente, e tem como requisito a
normalização como instrumentos estraté-
nacional nos trabalhos aos níveis europeu
prévia acreditação pelo Instituto Português
gicos das políticas europeias, através da co-
e internacional, assegurando a credencia-
de Acreditação (IPAC), o organismo nacio-
operação entre as organizações europeias
ção dos Peritos nacionais que integram os
nal de acreditação.
de normalização, os organismos nacionais
trabalhos das várias Comissões nos domí-
de normalização, os Estados-Membros e a
nios relevantes.
Concluído este processo, a notificação é
Comissão.
comunicada à Comissão Europeia, que disponibiliza esta informação ao público em geral na base NANDO.
A lista de Normas harmonizadas em vigor Este Regulamento define “Norma harmo-
é divulgada no website do IPQ e também
nizada”, como sendo uma Norma Europeia
pode ser consultada na base EUR-Lex que
aprovada com base num pedido apresen-
oferece acesso gratuito ao direito da União
(http://ec.europa.eu/enterprise/newappro-
tado pela Comissão, tendo em vista a apli-
Europeia e a outros documentos de cará-
ach/nando/index.cfm?fuseaction=directive.
cação de legislação da UE, em matéria de
ter público:
notifiedbody&sort=country&dir_id=16)
harmonização.
Os organismos nacionais notificados, no
Em Portugal, o IPQ é o Organismo Nacional
riServ.do?uri=OJ:C:2013:348:0005:0062:P
âmbito da Diretiva Ascensores, são os se-
de Normalização (ONN) e, nessa qualidade,
T:PDF
guidamente indicados:
assegura a coordenação deste Subsiste-
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexU-
Declaração de conformidade Body Type
8
Name
Country
e marcação CE A Diretiva Ascensores estabelece, desig-
NB 0028
Instituto de Soldadura e Qualidade
Portugal
NB 0866
Associação Portuguesa de Certificação
Portugal
NB 0876
Instituto Electrotécnico Português
Portugal
NB 1029
SGS-ICS Serviços Internacionais de Certificação Lda.
Portugal
NB 2504
GATECI - Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
Portugal
elevare
nadamente, os requisitos essenciais de saúde e segurança e define as condições para a comercialização, a aposição da marcação da CE bem como o conteúdo da declaração de conformidade.
PUB
A Declaração de conformidade (Anexo II da Diretiva Ascensores) é um documento que descreve que o produto é considerado em conformidade com a referida Diretiva, sendo emitida pelo instalador ou pelo fabricante, respetivamente, antes da colocação no mercado de um ascensor ou de um componente de segurança. Este documento deve incluir, nomeadamente, o nome e a morada do instalador do ascensor ou fabricante dos componentes de segurança para ascensores, a conformidade do produto para com as caraterísticas essenciais, as normas europeias aplicáveis e o número de identificação do Organismo Notificado que efetuou a verificação do ascensor ou efetuou os controlos de produção dos componentes de segurança para ascensores. Cabe ao Organismo Notificado, escolhido pelo instalador do ascensor ou o fabricante dos componentes de segurança para ascensores, verificar a conformidade com os requisitos essenciais aplicáveis segundo a Diretiva Ascensores, através da realização de uma avaliação de conformidade. Após verificar que o produto se encontra em conformidade, emitirá um certificado de conformidade. Por sua vez, o instalador do ascensor, ou o fabricante dos componentes de segurança para ascensores, elabora a Declaração de Conformidade (DoC) para declarar sob a sua exclusiva responsabilidade a garantia da conformidade com a Diretiva Ascensores. A cópia da Declaração de conformidade deve ser mantida por um período mínimo de dez anos a contar da data de colocação no mercado do ascensor. No caso dos componentes de segurança de ascensores, a cópia da Declaração de conformidade deve manter-se por um período mínimo de dez anos, a contar da última data de fabrico do componente de segurança. A marcação CE indica que o ascensor foi avaliado e que cumpre os requisitos legais ao nível harmonizado para ser colocado no mercado.
Com um grafismo único (conforme definido no Anexo III da Diretiva Ascensores), a marcação CE de conformidade constituída pelas iniciais “CE”, deverá ser aposta no ascensor ou num componente de segurança pelo instalador ou pelo fabricante, respetivamente, antes da sua colocação no mercado.
Qualidade, segurança e ambiente
Certificação e Reconhecimento Ana Francisco Gestora de Cliente da APCER
A APCER é uma entidade certificadora que
com a ISO 9001, concedida por uma entidade
tem por missão auditar e certificar em todo
acreditada pelo IPAC (ou por uma entidade
certificação por um período de 3 anos. Anu-
o mundo, com competência e confiança,
homóloga signatária do acordo multilate-
almente são realizadas auditorias de acom-
verificada essa conformidade, é concedida a
para benefício dos seus clientes. A credibili-
ral da EA), será uma forma de evidenciar as
panhamento que servem para verificar a
dade dos serviços prestados é assegurada
boas práticas no exercício da sua atividade
manutenção da conformidade do sistema.
por rigorosos processos de acreditação,
e um dos meios para se proceder ao pedido
No final do ciclo de certificação, que tem a
de onde destacamos a acreditação pelo
de reconhecimento pela DGEG, dando cum-
duração de três anos, é realizada uma audi-
IPAC – Instituto Português de Acreditação,
primento ao enquadramento legal atual e,
toria de renovação com a reemissão de um
segundo a Norma NP EN ISO/IEC 17021:2013
simultaneamente, ter uma validação por
novo certificado de conformidade por mais
para a certificação de Sistemas de Gestão
uma entidade externa das boas práticas im-
um novo ciclo de certificação.
da Qualidade, ISO 9001:2008.
plementadas.
A APCER é também um Organismo Noti-
O processo de certificação permite eviden-
contempla os requisitos específicos da Di-
ficado pela Comissão Europeia no âmbito
ciar, com credibilidade, que uma entidade
retiva Ascensores, a conformidade com a
da Diretiva 95/16/CE “Ascensores” para os
dispõe de um sistema de gestão da qualida-
Norma ISO 9001 confere uma presunção de
seguintes módulos de avaliação de con-
de em conformidade com os requisitos da
conformidade com os módulos de garantia
formidade, de acordo com o Decreto-Lei
Norma ISO 9001, através de uma avaliação
da qualidade.
n.° 295/98 de 22 de setembro: Anexo VIII,
por uma entidade externa e independente.
Quando o sistema de gestão da qualidade
Anexo IX, Anexo XII, Anexo XIII e Anexo XIV,
Sendo a APCER uma entidade certificadora
alterada pela Diretiva 2006/42/CE de 17 de
Para a obtenção da certificação ISO 9001, a
e, simultaneamente, um organismo noti-
maio (transposta para o direito nacional
empresa candidata à certificação deve consi-
ficado, disponibiliza não só um serviço de
através do Decreto-Lei n.° 103/2008 de
derar, numa 1.a fase, a implementação de um
certificação ISO 9001 acreditado mas tam-
24 de junho), com o n.° 0866.
sistema de gestão de acordo com este refe-
bém a Avaliação de Conformidade de acor-
rencial e que mais se adequa às intenções es-
do com o Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de
A 27 de agosto de 2013 foi publicada a
tratégicas e de gestão da empresa. A Norma
setembro: Anexo VIII, Anexo IX, Anexo XII,
Lei 65/2013, que aprova os requisitos de aces-
ISO 9001 pode ser adquirida no IPQ – Instituto
Anexo XIII e Anexo XIV, alterada pela Diretiva
so e exercício das atividades das Empresas
Português da Qualidade (www.ipq.pt).
2006/42/CE, de 17 de maio (transposta para
(EMIE) e das Entidades Inspetoras de Instala-
Em www.apcer.pt, entre outras informa-
n.° 103/2008, de 24 de junho), sendo pos-
ções de Elevação (EIIE) e seus profissionais.
ções sobre esta temática, encontra-se dis-
sível a prestação de um serviço que vai de
ponível, para download, o guia interpretati-
encontro às necessidades do setor, quer ao
de Manutenção de Instalações de Elevação
o direito nacional através do Decreto-Lei
Relativamente à atuação das EMIE, esta Lei
vo da ISO 9001, onde estão descritos todos
nível normativo, quer ao nível de cumpri-
vem clarificar e uniformizar as responsabi-
os requisitos que deverão ser cumpridos,
mento legal.
lidades e deveres na prestação do serviço
assim como a interpretação da APCER so-
de manutenção de instalações de elevação
bre os mesmos e as evidências que normal-
A APCER com a sua notoriedade e larga
que, consequentemente, leva à consoli-
mente dão suporte ao seu cumprimento.
experiência na certificação de sistemas de
dação de boas práticas no setor, surgindo
gestão e sendo simultaneamente organis-
agora a necessidade de reconhecimento
Uma vez concluída a etapa de implemen-
mo notificado na Diretiva de Ascensores,
destas entidades pela DGEG – Direção-Geral
tação do sistema de gestão, a empresa
tem a expetativa de poder contribuir positi-
de Energia e Geologia, para o exercício da
poderá solicitar a certificação a uma enti-
vamente para o adequado cumprimento do
atividade de manutenção de instalações de
dade certificadora acreditada, através da
atual quadro legislativo deste setor, bem
elevação.
marcação de uma auditoria de concessão.
como para a melhoria dos serviços que
Esta auditoria acontece em duas fases e
são prestados pelas EMIE, tendo sempre
Tal como referido no Ponto 2 do Artigo 4.°
será avaliada a conformidade do sistema
como preocupação a resposta às necessi-
desta Lei, a certificação das EMIE de acordo
com a Norma de referência, ISO 9001. Sendo
dades e expetativas da comunidade.
10
elevare
Normalização
EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações José Pirralha Presidente da CT 63
Introdução A EN 81-20/50 constitui a maior e mais profunda alteração normativa dos últimos 20 anos, resultado de uma profunda revisão das EN 81-1/2. As razões para a revisão advêm, quer das
Principais alterações e implicações
Reforço da segurança para os técnicos >>
alterações tecnológicas que se tem veri-
Neste breve comentário, limitar-nos-emos
ficado nos últimos tempos, quer como
a enunciar os tópicos do que consideramos
resultado do conjunto de emendas produ-
as alterações mais significativas, não sem
zidas (A1, A2, A3), e ainda do conjunto de
que deixemos a promessa de que nos pró-
interpretações realizado, muitas das quais
ximos números vamos continuar a abordar
a remeterem para uma revisão futura.
este tema de modo tão exaustivo quanto a
poço e topo da caixa; >>
Uso de pictogramas e definição de espaços de acordo com as condições;
>>
Os espaços de refúgio devem ser considerados para cada técnico que possa
importância do tema requer. De igual modo serviram de base à mudan-
Aumento dos espaços de refúgio no
estar sobre a cabina ou no poço; >>
Existência de uma botoneira de mano-
ça a necessidade de incorporação de Re-
Novas definições
bra no poço, a qual deve estar coorde-
quisitos Essenciais de Saúde e Segurança
São dadas novas definições, por exemplo,
nada com a botoneira de revisão no teto
derivados de modificações nas Diretivas
para:
EU, assim como a necessidade de clarifi-
>>
pessoas autorizadas;
cação de textos e a eliminação de alguns
>>
pessoas competentes;
erros.
>>
Circuito de segurança;
>>
……….
da cabina; >>
cabina; >>
Melhoria da balaustrada no teto da cabina com requisitos de resistência míni-
Pese embora a Norma não tenha ainda
ma, adequada;
sido publicada já que se está em fase de
Reforço da segurança dos passageiros
voto formal, fase em que os Organismos
>>
Nacionais podem fazer os seus comentários e propor alterações de caráter edito-
Iluminação de emergência no teto da
>>
>>
…………………
Novos requisitos/critérios para a resistência de portas (cabina e/ou piso),
Fabricantes e instaladores
As portas e os seus aros estão sujeitos
>>
Novas exigências no que refere à ro-
rial, a natureza das alterações e a dimen-
a ensaios de impacto (pêndulo), em pon-
bustez de painéis de portas, cabinas,
são das implicações exigem que quanto
tos e condições exatamente definidas.
aventais, entre outros, o que determina
antes a indústria se prepare para o que aí vem.
a necessidade de novos manuais e/ou Válido para todas as portas sejam ou não de vidro.
Calendário
>>
Aumenta o nível de iluminação na cabina;
O período de voto formal terminou a 27
>>
Medidas para a prevenção da saída de pessoas da cabina quando esta esteja
de abril, podendo adiantar-se que a CT 63
>>
>>
Melhoria dos materiais usados na cons-
Novos procedimentos de ensaio “on site” para comprovar a conformidade do produto;
>>
parada entre pisos;
já se pronunciou e decidiu, por unanimidade, o seu voto favorável.
certificados;
Novos métodos de instalação e avaliação de risco podem vir a ser exigidos;
>>
……………………
trução das cabinas em termos de resisAs datas a seguir indicadas são datas prováveis podendo, todavia, vir a sofrer alguns ajustes ao longo do processo.
>>
tência ao fogo e na utilização de vidros
Estes são apenas alguns tópicos a que da-
de segurança;
remos desenvolvimento nos próximos nú-
…………….
meros.
elevare
11
Legislação
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Diário da República
Portaria n.° 97/2014 de 6 de maio
(OF) e pela realização de auditorias, ao
organismos notificados ou as EIIE rece-
O n.° 1 do artigo 33.º da Lei n.° 65/2013, de
abrigo do disposto n.° 2 do artigo 33.° da
bem € 250, acrescidos de IVA, pela par-
27 de agosto, estabelece que são devidas
Lei n.° 65/2013, de 27 de agosto.
ticipação de cada um dos seus técnicos, provenientes da taxa cobrada pela DGEG.
taxas à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) pelo reconhecimento das em-
Artigo 2.°
10. As taxas previstas nos números anterio-
presas de manutenção de instalações de
Valor das taxas
res podem ser atualizadas anualmente
elevação (EMIE) e das entidades inspetoras
1. A taxa devida pelo reconhecimento como
até 31 de março, mediante a aplicação
de instalações de elevação (EIIE), pelo re-
EMIE, de entidades que possuam certi-
do índice de preços no cons midor, no
conhecimento de qualificação profissio-
ficação de acordo com a ISO 9001 para
continente, sem habitação, correspon-
nais adquiridas fora do território nacional,
as atividades de manutenção de instala-
dente aos últimos doze meses, publica-
e pela certificação de organismos de for-
ções, concedida por entidade acreditada
do pelo Instituto Nacional de Estatística,
mação (OF) e pela realização de auditorias.
pelo IP AC, I. P., ou por entidade homóloga signatária do acordo multilateral da EA, é fixada em €200.
I. P. (INE, I. P.). 11. Para efeitos do disposto no número anterior, a DGEG publicita os valores atua-
2. A taxa devida pelo reconhecimento
lizados das taxas e a data da respetiva
como EMIE, de entidades que não possu-
entrada em vigor através de aviso do
am certificação a que se refere o núme-
diretor-geral da DGEG publicitado no sí-
ro anterior, é fixada em € 900.
tio da Internet da DGEG e no balcão único
O n.° 2 do mesmo artigo dispõe que o valor,
3. A taxa devida pelo reconhecimento de-
a distribuição do produto e o modo de co-
finitivo como EIIE e pela convolação em
brança das taxas são fixados por portaria
reconhecimento definitivo das EIIE com
Artigo 3.°
do membro do Governo responsável pela
reconhecimento provisório é fixada em
Pagamento
área da energia.
€ 200.
Assim: Ao abrigo do disposto no n.° 2 do artigo 33.° da Lei n.° 65/2013, de 27 de agosto, manda o Governo, pelo Secretário de Estado da Energia, o seguinte: Artigo 1.° Objeto
O pagamento das taxas referidas no artigo
4. A taxa devida pelo reconhecimento pro-
anterior deve ser efetuado no prazo de oito
visório como EIIE é fixada em € 100.
dias contados da notificação para esse efei-
5. A taxa devida pela certificação como OF
to, constituindo condição prévia para a práti-
é fixada em € 500.
ca dos atos previstos no artigo 1.°
6. A taxa devida pelo reconhecimento de qualificações profissionais adquiridas
Artigo 4.°
fora do território nacional é fixada em
Revogação
€ 200. 7. A taxa devida pelas auditorias determi-
A presente portaria fixa o valor das taxas
nadas pela DGEG, no âmbito do acom-
devidas pelo reconhecimento das empre-
panhamento da EMIE e das EIIE, é fixada
sas de manutenção de instalações de ele-
eletrónico dos serviços.
É revogada a Portaria n° 912/2003, de 30 de agosto. Artigo 5.°
em € 700.
Entrada em vigor
vação (EMIE) e das entidades inspet ras de
8. As taxas previstas nos números anterio-
A presente portaria entra em vigor no pri-
instalações de elevação (EIIE), pelo reco-
res são devidas à DGEG pelos respetivos
meiro dia útil seguinte ao da sua publicação.
nhecimento de qualificação profissionais
requerentes.
O Secretário de Estado da Energia, Artur Ál-
adquiridas fora do território nacional, pela
9. Pela prestação de serviço na realização
certificação de organismos de formação
de auditorias previstas nos n.os 2 e 7, os
12
elevare
varo Laurea no Homem da Trindade, em 15 de abril de 2014.
PUB
Legislação
CIVA IVA - taxa a aplicar a homelift`s (plataformas cabinadas) usadas por pessoas com deficiências físicas e mobilidade reduzida Jorge Miguel Pinto & Cruz Elevadores e Instalações
Com a proliferação de soluções técnicas
duzida de 6% no Continente, 5% na Região
de elevação para o transporte de pessoas
Autónoma da Madeira e 4% na Região Autó-
com deficiências físicas e mobilidade redu-
noma dos Açores, mas sim à taxa normal
zida tem surgido equipamentos denomina-
de IVA de 23% no Continente, 22% na Re-
dos HomeLift e no que concerne à questão
gião Autónoma da Madeira e 16% na Região
da taxa do IVA aplicável a este tipo de equi-
Autónoma dos Açores. O não cumprimento
pamentos algumas dúvidas. Esta questão
desta aplicação incorre numa infração fis-
origina em muitas situação até uma concor-
cal e sujeito às sanções previstas por parte
rência desleal entre empresas que comer-
do Ministério das Finanças.
cializam e instalam estes equipamentos, e alguma confusão no cliente final não raras
Despacho n.° 26 026/2006
vezes confrontado com propostas simi-
Em setembro de 2006, o Governo apro-
consoante o estabelecido naquela verba, a
lares para o mesmo tipo de equipamento,
vou, através da Resolução do Conselho de
taxa reduzida do IVA apenas é aplicável aos
com uns instaladores a indicar IVA a 23% e
Ministros n.° 120/2006, de 21 de setembro,
utensílios, aparelhos e objetos que cons-
outros o IVA à taxa reduzida de 6% (Conti-
o 1.° Plano de Ação para integração das
tem de uma lista aprovada por despacho
nente), pelo que urge debruçarmo-nos so-
Pessoas com Deficiências ou Incapacidade
conjunto dos ministros com competência
bre este assunto.
(PAIPDI) que pretende levar à prática uma
nas áreas das finanças, da solidariedade e
nova geração de políticas promotoras da in-
segurança social e da saúde.
É no sentido de esclarecer, quer instalado-
clusão social das pessoas com deficiências
res quer clientes, que pretendem adquirir
e da sua plena participação na sociedade.
estes equipamentos, que passamos a citar
A lista atualmente em vigor foi aprovada através do despacho conjunto n.° 37/99 de
excertos do Despacho n.° 26 026/2006 de
No domínio específico das ajudas técni-
11 de dezembro de 2006, que revogou o
cas, a verba 2.6 da lista I anexa ao Código
ção no Diário da República, 2.a série, n.° 12 de
Despacho conjunto n.° 37/99 de 10 de se-
do Imposto sobre o Valor Acrescentado
15 de janeiro de 1999.
tembro e da Informação Vinculativa n.° 3502
(CIVA),com a redação que lhe foi dada pelo
10 de setembro de 1998, objeto de publica-
da Direção Geral de Impostos - Ministério
n° 3 do Artigo 34 da Lei n.° 127-B/97, de
O tempo entretanto decorrido, com o ine-
das Finanças sobre este tema, os quais são
20 de dezembro, determina a aplicação
rente desenvolvimento técnico e científico,
claros que, ao chamado HomeLift (Mini-Ele-
da taxa reduzida do IVA, correspondente
bem como a oportunidade em contemplar
vador, Elevador Residencial) usados ou não
a 6% no Continente e a 5% na Região Au-
algumas das ajudas técnicas que constam
por pessoas com deficiência física, porque
tónoma da Madeira e 4% na Região Autóno-
do Despacho n.° 19 210/2001 (2. a série), de
são constituídos por uma plataforma com
ma dos Açores e, nas vendas de utensílios,
27 de julho do Secretário Nacional para a
teto (cabinado) e trabalham dentro de um
aparelhos e objetos especificamente con-
Reabilitação e Integração de Pessoas com
poço ou estrutura envolvente, em circuns-
cebidos para utilização por pessoas com
Deficiência, publicado no Diário da Repúbli-
tância alguma não é aplicável IVA à taxa re-
deficiências ou incapacidades. No entanto,
ca, 2. a série, n.° 213, de 13 de setembro de
14
elevare
Legislação 2001, justificam no âmbito das novas polí-
contorno e ângulo da escadaria), trepado-
pacho n.° 26 026/2006 de 22 de dezembro.
ticas introduzidas pelo PAIPDI, uma reformu-
res de escadas e rampas portáteis para
Beneficiam do enquadramento na citada
lação do elenco de bens suscetível de inclu-
cadeiras de rodas;
são no âmbito da verba 2.6 da lista I anexa ao
verba 2.9 da lista I os equipamentos ou utensílios que se encontram previstos no item
CIVA, no sentido de o atualizar e de lhe aditar
Face a algumas dúvidas que ainda persis-
39) do citado Despacho n.° 26 026/2006,
alguns utensílios, aparelhos e objetos para
tem por parte de algumas empresas do se-
designadamente as “plataformas elevatórias
uso específico por pessoas com deficiências
tor, na interpretação deste Despacho (n.° 26
e elevadores para cadeiras de rodas (não pos-
ou incapacidades.
026/2006), citamos também excertos da
suem cobertura e não trabalhem num poço),
Informação Vinculativa n.° 3502 do Ministé-
elevadores para a adaptação a escadas (dis-
Assim:
rio das Finanças (Direção Geral de Impostos)
positivos com assento ou plataforma fixada a
Ao abrigo do disposto na verba 2.6 da lista I
sobre este mesmo tema e que esclarece o
um ou mais varões que seguem o contorno e
anexa ao CIVA, aprovado pelo Decreto-Lei n.°
assunto na sua plenitude.
ângulo da escadaria), trepadores de escadas e
394-B/84, de 26 de dezembro, determina-se o seguinte:
rampas portáteis para cadeiras de rodas". “De harmonia com o disposto na verba 2.9 da
1. Para efeitos de aplicação da taxa reduzi-
lista anexa ao Código do IVA (CIVA), são abran-
De referir, no entanto, que se encontram ex-
da do IVA, é aprovada a seguinte lista de
gidos pela aplicação da taxa reduzida (6% no
cluídos da citada verba 2.9 da lista I anexa
bens:
território do Continente, 4% na Região Autóno-
ao Código do IVA, os equipamentos, nome-
1. ...........
ma dos Açores e 5% na Região Autónoma da
adamente os elevadores para cadeiras de
2. .............
Madeira) os utensílios e quaisquer aparelhos ou
rodas que, para efeitos da sua utilização,
39. Plataformas elevatórias e elevadores
objetos especificamente concebidos para utili-
devam ser instalados dentro de um poço ou
para cadeiras de rodas (não possuem
zação por pessoas com deficiência, desde que
estrutura envolvente, ainda que destinados
cobertura e não trabalham dentro de um
constem de uma lista aprovada por despacho
a pessoas com deficiência física, uma vez
poço), elevadores para adaptar a escadas
conjunto dos Ministérios das Finanças, da So-
que os mesmos não constam de nenhum
(dispositivos com assento ou plataforma
lidariedade e Segurança Social e da Saúde". A
dos itens do Despacho n.° 26 026/2006, de
fixada a um ou mais varões que seguem o
lista a que se refere a Norma consta do Des-
22 de dezembro.
PUB
Coluna da ANIEER
Diretiva Ascensores 2014/33/UE Implicações da reformulação da Diretiva 95/16/CE José Pirralha Presidente da ANIEER
Introdução
Este novo enquadramento legal aplica-se a
O que não se altera?
Publicada no JOUE L96 de 29 de março 2014
um conjunto de Diretivas Nova Abordagem,
>>
Domínio de aplicação;
a Diretiva 2014/33/UE, a qual resulta da re-
nomeadamente:
>>
Os requisitos essenciais (ou seja, a parte
visão/reformulação da Diretiva 95/16/CE,
>>
Diretiva Ascensores;
que a partir de 1 de julho de 1999 se consti-
>>
Diretiva de Compatibilidade Eletromag-
>>
Diretiva de Baixa Tensão;
>>
Entre outros.
Os procedimentos de avaliação de conformidade.
nética;
tuiu como o principal referencial para a colocação no mercado de novos ascensores.
técnica da Diretiva); >>
O que é alterado? >>
Obrigações dos operadores económicos;
A Diretiva 95/16/CE, adotada em 29 de ju-
Os objetivos deste novo enquadramento
>>
Organismos notificados;
nho de 1995, veio a tornar-se de aplicação
são os seguintes:
>>
Procedimentos de salvaguarda (fiscali-
obrigatória a 1 de julho de 1999, e nela se
a. Harmonização dos conceitos chave das
A Diretiva 95/16/CE
zação).
estabelecem:
Diretivas Nova Abordagem da EU com
>>
Os requisitos legais para a conceção,
a legislação, através da harmonização
Resumo das principais alterações
instalação e colocação no mercado de
legislativa;
e suas implicações:
>>
rização da conformidade dos Organis-
ponentes de segurança, devem possuir
Os procedimentos para a avaliação de
mos Notificados. Inclui o incremento do
registos para que possam identificar to-
conformidade que devem ser seguidos
uso da acreditação para ONs;
dos os operadores económicos envolvi-
que concerne a: >>
Instalação de ascensores,
>>
Componentes de segurança.
Objetivos: a livre circulação de ascensores e componentes de segurança no mercado interno; >>
assegurar que esses produtos apresentem um elevado nível de proteção para a saúde e segurança das pessoas.
A Diretiva 2014/33/EU (reformulação da Diretiva 95/16/CE) Esta revisão/reformulação resulta da necessidade de adaptação ao novo quadro legal, designado por NLF - New Legal Framework, que mais não é do que o alinhamento com o Regulamento n.° 765/2008 a Decisão n.° 768/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho.
16
Os instaladores e fabricantes de com-
b. Implementação da avaliação e monito-
segurança para ascensores (Anexo IV);
pelos instaladores e/ou fabricantes, no
>>
i.
novos ascensores e componentes de
elevare
c. Fortalecer a fiscalização do mercado na EU;
dos na cadeia de fornecimento (fornecedores e clientes).
d. Associar a credibilidade da marcação
Tal poderá vir a ser exigido caso se
CE como signo de conformidade com a
verifiquem situações de não-conformi-
legislação relevante, assim como signo
dade que exijam comunicação e forne-
de segurança;
cimento de instruções a todos os en-
e. Alinhamento de várias Diretivas.
volvidos;
PUB
ii. Os instaladores e fabricantes de componentes de segurança estão obrigados a reportar às autoridades nacionais, não conformidades ou questões de segurança detetadas, bem como as medidas corretivas a aplicar; iii. São criados novos e modificados alguns requisitos para acreditação, notificação e operação dos ONs; iv. São definidos novos e modificados alguns dos requisitos aplicáveis aos Estados Membros para a operacionalização das regras de fiscalização do mercado; v. Os RESS (Requisitos Essenciais de Saúde e Segurança) mantêm-se (Anexo I) embora com algumas modificações de terminologia; vi. Alterações de terminologia no Anexo III (lista de componentes de segurança-anterior Anexo IV); Exemplo: Interruptor de segurança, contendo componentes eletrónicos, passa a circuito de segurança, contendo componentes eletrónicos. A redação do Ponto 2 do Anexo III foi alterada face ao disposto na anterior Diretiva, removendo-se a condição de movimento incontrolado em subida e incorporando-se a condição de movimento incontrolado da cabina. Esta nova redação em conjugação com o previsto na secção 3.2 do Anexo I pode vir a resultar na necessidade de incorporar novos componentes de segurança com marcação CE, para incorporação no UCM. Esta é uma questão em aberto que deverá ser clarificada o quanto antes. vii) Alteração editorial ( em quase todos os capítulos). Alterada a ordem dos Anexos (removidos os Anexos III e VII) e renumerados. Calendário >>
A Diretiva 2014/33/EU foi adotada pelo Parlamento Europeu a 5 de fevereiro de 2014;
>>
Adotada pelo Conselho Europeu em 20 de fevereiro 2014;
>>
Publicada no Journal Official a 29 de março de 2014;
>>
Entrada em vigor: 19 de abril de 2014 ( 20 dias pós-publicação);
>>
Período de implementação: 2 anos;
>>
Aplicação da nova Diretiva: a partir de 19 de abril de 2016.
4. Certificados ao abrigo da Diretiva 95/16/CE Os Certificados e as decisões dos ONs, emitidas ao abrigo da Diretiva 95/16/CE (até 20 de abril de 2016) mantêm-se válidos. Nota final: na próxima edição da revista analisaremos em detalhe os pontos críticos da aplicação desta Diretiva, que antecipamos resultantes de um conjunto de requisitos para a rastreabilidade, novas regras e requisitos para ONs e novas exigências aplicáveis aos Estados Membros.
Coluna AIECE
AIECE “A aiece no caminho para a autorregulação do mercado do setor da elevação” A Presidente da AIECE Amadeu Ferreira da Silva, Lda. La Salette Silva
Em Portugal é bem conhecida a
do século passado, com prédios habitacio-
importância das pequenas (com menos
nais e de escritórios cada vez mais altos e
de 50 trabalhadores) e micro-empresas
com maiores necessidades de transportar
(com menos de 10 trabalhadores) que
com regularidade em milhares de viagens
constituem a maioria de empresas de
elevatórias diárias, milhares de pessoas.
Mais recentemente, as Diretivas Europeias vieram introduzir neste setor, como em muitos outros, fatores de exigência crescente
manutenção de elevadores, filiadas na Paralelamente, assistiu-se gradualmente,
em termos de organização das empresas, e
quer devido à evolução da legislação sobre
da qualificação dos seus profissionais e téc-
Do facto, regista a informação oficial no
segurança, como também devido à neces-
nicos, que as micro e pequenas empresas
website do IAPMEI que “segundo dados for-
sidade de formação para acompanhamento
de manutenção de elevadores tem vindo
necidos pelo INE, relativos a 2008, micro e
da evolução tecnológica dos equipamentos
a acompanhar diligentemente, em estreita
pequenas empresas representam a esma-
elevatórios, a uma maior especialização do
cooperação com a Administração Pública,
gadora maioria do tecido empresarial nacio-
setor, quer na instalação de raiz em novos
de modo a que o progresso que todos dese-
nal (96,5%). A importância deste conjunto de
prédios de elevadores, como na sua instala-
jam se faça de forma segura e consistente,
empresas manifesta-se, naturalmente, em
ção e reabilitação ou remodelação em pré-
sem fazer perigar nem os interesses legí-
termos de emprego, e também, ainda que de
dios antigos, como nos complexos comer-
timos dos proprietários dos edifícios, nem
forma mais ténue, em termos de volume de
ciais e serviços públicos modernos, em que
os dos seus inquilinos ou utentes, nem os
negócios, já que micro e pequenas empresas
elevadores, escadas e passadeiras rolan-
das empresas de instalação e manutenção
geram 51,5% do emprego e realizam 35,7%
tes, vieram alargar o mercado tradicional.
de elevadores e similares.
AIECE.
do volume de negócios nacional”. Ou seja, cabe ao Estado Legislador, como Ora, a situação da atividade de manutenção
ao Estado Administração Pública Central
de elevadores em Portugal tem vindo a
e Local, como ainda ao Estado Poder Judi-
evoluir, desde os tempos iniciais em que se
cial, desenvolver uma adequada “Governan-
registavam na atividade vários empresários
ce” (pela boa regulamentação, inspeção e
em nome individual, para estes se transfor-
julgamento) para este setor de atividade
marem gradualmente em sociedades por
económica, arbitrando de forma isenta e
quotas, muitas vezes de raiz familiar, e com
operacional os interesses tripartidos acima
recurso a profissionais qualificados, não
identificados.
apenas pela experiência acumulada mas, já também, em função de habilitações escola-
Nesse sentido, é positiva a exigência de qua-
res e académicas mais exigentes.
lificação das empresas de manutenção de elevadores junto da atual Direcção Geral de
Na verdade vários fatores contribuíram para
Energia e Geologia, como é de salutar que
esse progresso, desde logo pela própria
estas empresas e de forma crescente, se ve-
evolução do urbanismo a acompanhar a ex-
nham a certificar de acordo com a Norma ISO
pansão demográfica a partir da 2.a metade
de qualidade 9001: 2008 (Implementação do
18
elevare
Coluna AIECE Sistema de Gestão da Qualidade), uma vez que atualmente a qualidade é algo fundamental quer ao nível dos Clientes (exterior) quer ao nível da Organização (interior). As chamadas “empresas de vão de escada”, não podem mais subsistir por não preencherem os requisitos de acesso à atividade, e porque as exigência legais e éticas de respeito pela segurança pública, e de respeito pelas regras da concorrência, o exigem num Estado de Direito, como o nosso. Hoje, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (PMEs) da área da manutenção dos elevadores, em especial as que se acham filiadas em associações representativas do setor (quer no nosso País, quer no estrangeiro) apresentam um grau bastante elevado de confiabilidade, que permite aos seus clientes – Serviços públicos, grandes e pequenos
A hora que agora soa para as pequenas e
que justificou inclusive a intervenção do Se-
proprietários do imobiliário, e as empresas
micro-empresas, players responsáveis na
nhor Provedor de Justiça, deu origem aos
gestoras designadamente de administração
área da manutenção de elevadores, e para
dois diplomas: o Decreto-Lei n.° 110/01 de
de condomínios – esperar a prestação de um
a AIECE sua legítima representante como
18 de março e o Decreto-Lei n.° 320/2002
serviço de qualidade por um preço justo.
parceiro social da DGEG, não pode deixar de
de 28 de dezembro que correspondiam a
se assumir de uma postura exigente pelo
essa data, às necessidades do setor, e às
No nosso regime de liberdade de iniciativa
respeito de um código de conduta exemplar
necessidades de salvaguarda da segurança
privada, garantido também constitucional-
pautado por:
dos utilizadores.
mente, tem de haver lugar para que nos pró-
1. Normas éticas e deontológicas de com-
ximos tempos se consiga compatibilizar os custos das exigências de modernização dos equipamentos elevatórios, com as capacidades de investimento dos proprietários que os tenham de realizar e, ao mesmo tempo, ponderando a remuneração séria e objetiva das empresas de manutenção dos elevadores, seja nos casos de contratos de serviço simples, ou de serviço completo.
Mais recentemente tem também a AIECE
portamento e de boas práticas; 2. Consideração
pelos
interesses
dos
clientes no quadro legal existente; 3. Permanente disponibilidade para o diálogo e cooperação com o Estado; 4. Desenvolvimento e apoio a ações de informação da opinião pública;
participado em iniciativas da ANEME – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Metalomecânicas – especialmente nos domínios da formação, mas com potencialidades de envolvimento em outros aspetos e iniciativas de interesse comum.
5. Cooperação associativa e internacional nos domínios da formação.
Decerto que, no futuro, esse desejável clima de bom entendimento associativo se
Abre-se agora, e por isso, um campo de
Resta acrescentar que, já no passado
poderá vir a repetir, e com benefício para
mais estreita colaboração entre as micro e
(1999/2002) em que o setor da manutenção
a atividade reguladora e de supervisão das
pequenas empresas do setor de atividade
e de instalação de elevadores, envolvendo
normas de fiscalização que competem ao
representado pela AIECE, que não poderá
grandes empresas filiadas na ANIEER, e as
Estado, para incrementar a autorregulação
deixar de se insurgir contra as más práti-
Micro e PME filiadas na AIECE, conseguiram
do setor, em especial quanto aos paradig-
cas restritivas do setor, bem como contra
ser representadas no grupo de trabalho de
mas da duração dos contratos de presta-
a oferta de contratação de serviços com
revisão de legislação da DGEG, em especial
ção de serviços, ética e boas práticas de
preços de dumping, e sem correlação com o
nos domínios da fiscalização de elevadores
preços.
custo/hora dos seus encargos e remunera-
e questões de segurança relacionadas com
ções justamente praticadas.
os elevadores sem portas de cabine, e a
Assim se garantirá a sustentabilidade de to-
sua transferência para a competência dos
das as empresas certificadas de instalação
Estas más práticas, que apenas visam iludir
municípios, e de comum acordo com a exis-
e manutenção dos elevadores, com o apoio
proprietários de olhos postos apenas nos
tência de um mesmo jurista representante,
ao esclarecimento dos proprietários imo-
preços que só aparentemente são mais bai-
Professor Doutor Luís Nandin de Carvalho.
biliários nos deveres e direitos recíprocos,
xos, quando na realidade estão a ser atraí-
Nessa ocasião, houve lugar a uma frutuosa
no quadro legal de uma sã concorrência no
dos para contratos leoninos de fidelização,
colaboração associativa, numa atitude co-
mercado, entre empresas qualificadas e
e de sujeição a uma exploração abusiva, de
mum de dignificação da atividade e práti-
pautadas pela objetividade, transparência,
que mais tarde sempre se arrependem.
cas do setor em que o resultado legislativo,
lealdade de procedimentos.
elevare 19
Nota técnica
Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL Jorge Leitão SICMALEVA - Sociedade de Comércio e Indústria de Equipamentos de Elevação, S.A.
INTRODUÇÃO Na aplicação de sistemas de transporte vertical é uma decisão importante qual o sistema de acionamento a usar, tração ou hidráulico? Cada tipo tem caraterísticas que o torna particularmente adequado para uma aplicação específica. >>
Conforto na viagem;
Ao longo dos últimos quarenta anos, o as-
>>
Eficiência Energética;
do mundo. Se analisarmos detalhadamente as duas soluções MRL, detetamos alguns
censor hidráulico foi aceite em todo o mun-
>>
Ruído Acústico;
pontos que merecem ser abordados:
do. Com a introdução do ascensor elétrico
>>
Exigências Estruturais. a. Sistema de Resgate: na solução MRL
Machine Room Less (MRL), em 1995, para substituir o ascensor hidráulico, iniciou-se
Estas são, normalmente, as principais pre-
Elétrico, este vem equipado com um sis-
uma forte concorrência pelo mercado nos
ocupações no projeto de um ascensor. Não
tema de alimentação auxiliar de energia
edifícios de baixa altura (Portugal tem um
existe uma solução ideal sem uma análise
que deteta o lado mais favorável em
parque habitacional maioritariamente de
prévia. Considero este ponto muito impor-
função da carga desequilibrada, levan-
baixa altura, cerca de 4 a 6 pisos [13]).Apli-
tante de forma a evitar soluções desajusta-
do a cabina ao piso e libertando o(s)
caram-se, então, estratégias de mercado
das à realidade do edifício.
passageiro(s). Um sistema de ativação é manual, como o sistema de resgate é
bastante agressivas. Existe um conjunto de erros com que nos
elétrico, logo é falível. Na solução MRL
Uma tendência MRL criada em detrimento
deparamos nos cadernos de encargos, e
Hidráulica, este vem equipado com um
da segurança. Os compradores, no entanto,
dou como exemplo os ascensores de dois
sistema de socorro mais simples e efi-
devem ser informados sobre os méritos e
pisos, com um curso de 3 m, que apresen-
caz, baseado na energia potencial. No
defeitos de ambos os sistemas de ascenso-
tam velocidades nominais de 1,0 m/s quan-
fundo não é mais do que uma torneira
res para assegurar a aplicação mais ade-
do, na realidade, o flytime não o permite;
que se abre levando, ao piso mais baixo,
quada e segura de cada tipo.
edifícios de serviço público sem qualquer
a cabina, patamar onde se encontra o
estudo de tráfego com dimensões e veloci-
técnico credenciado a fazer a operação
Neste trabalho, ascensores elétricos e hi-
dades nominais desajustadas e edifícios em
de socorro. Um sistema de ativação é
dráulicos, principalmente MRL, são discuti-
que a construção deveria estar de acordo
manual, como o sistema de resgate é
dos e comparados a fim de esclarecer os
com a Norma antissísmica, mas os seus as-
consumidores.
PROJETO DO ASCENSOR
mecânico, logo é infalível.
censores não estão devidamente projeta-
Analisando uma situação real em que
dos. Esta é uma realidade preocupante uma
temos um problema grave no motor
vez que Portugal continental se encontra
(curto-circuito), no caso da solução MRL
numa zona de risco sísmico moderado.
Elétrico, torna-se impossível de proceder ao resgate do passageiro pela via
O desenvolvimento tecnológico na indústria
normal de procedimentos de socorro.
do ascensor foi impulsionado principalmente pelos seguintes fatores:
SEGURANÇA
Se analisarmos a solução MRL Hidráu-
>>
Segurança;
Com o desenvolvimento tecnológico, os as-
lica verificamos que se consegue fazer
>>
Velocidade Nominal;
censores neste momento são considerados
o resgate do passageiro sem qualquer
>>
Espaço Ocupado;
um dos meios de transporte mais seguros
problema, porque este sistema utili-
20
elevare
Nota técnica za um circuito independente do motor,
sentam a mesma solução. Independen-
Os trabalhadores que lidam com os
aproveitando apenas a energia poten-
temente da situação, quando se verifica
ascensores MRL Elétricos estão expos-
cial para fazer levar a cabina ao piso
a intervenção destes dois órgãos de
tos a um risco mais elevado do que os
mais baixo e libertar o passageiro.
segurança há sempre necessidade de
que trabalham com os ascensores MRL
os rearmar. No ascensor MRL Elétrico,
Hidráulicos. O motivo prende-se pelo
b. Falha de Energia: na solução MRL Elé-
isto pode ser feito pelos contactores de
facto de, na solução MRL Elétrico, a má-
trico, o sistema automático de resgate,
potência o que, na maioria dos casos, é
quina de tração, do limitador e parte de
em caso de falha de energia, é opcional,
impossível devido à sua conceção, pois
potência estarem localizados no último
logo não é de série e depende do for-
encontram-se situados no interior da
piso superior da caixa na projeção da
necedor. Apresenta um custo elevado
caixa do ascensor. A solução implica
cabina e esta solução torna tudo muito
quando se encontra incluído na instala-
a deslocação de pessoal credenciado
mais complicado. No caso da solução
ção, normalmente o que os fabricantes
para suspender a cabina e proceder ao
ascensor MRL Hidráulica, todo o equi-
apresentam é uma solução manual,
rearme dos pára-quedas. É uma ope-
pamento encontra-se instalado a partir
mas implica sempre um técnico cre-
ração muito demorada e complexa lo-
do poço, tornando-se tudo mais fácil e
denciado para proceder ao resgate. Na
gisticamente. Aqui existe um perigo de
solução MRL Hidráulico, o sistema de
responsabilidade civil no caso de estar
A intervenção, por parte do técnico na
resgate, em caso de falha de energia,
instalado num hospital em áreas sen-
máquina de tração do ascensor elétrico,
é automático, de série e de simples
síveis, como é o caso do acesso aos
não pode ser feita a partir do teto da ca-
conceção, não é mais do que uma pe-
blocos operatórios. O ascensor MRL
bina no piso superior da caixa, tem que
quena bateria que alimenta uma bobi-
Hidráulico está equipado de série com
ser retirada para o patamar do último
na de 12 Volts da válvula de descida de
uma bomba manual de manuseamento
piso e depois do edifício e logisticamen-
emergência que aproveita a energia po-
muito simples, a qual permite rearmar
te é um pesadelo. Qualquer intervenção
tencial e leva a cabina ao piso mais baixo
a válvula de queda e o pára-quedas de
na central hidráulica do ascensor/mo-
automaticamente e, ao chegar ao piso,
uma forma fácil e rápida.
tor é sempre feita no poço da caixa e em
abre as portas automaticamente, liber-
seguro para o trabalhador.
segurança e com espaço de trabalho.
tando o passageiro. Embora se detete
d. Segurança dos Trabalhadores: a Rede
O contrapeso do ascensor elétrico
que alguns fabricantes não colocam o
de Informação Ocupacional (O * NET)
corresponde a um elemento adicional
sistema de abertura de portas automá-
realizou um estudo em que classificou
de perigo durante toda a fase de mon-
ticas neste sistema, o que se considera
as profissões em função da sua expo-
tagem, reparação e assistência. Sendo
ser bastante imprudente para todo o
sição a várias situações que são consi-
esta a segunda maior causa de aciden-
sistema de resgate.
deradas como críticas, tais como: tra-
tes [8] a seguir às quedas.
balhar em pontos altos, com andaimes, c. Rearme do Paraquedas: a intervenção
escadas, guinchos e elevação de equi-
e. NP EN81-1/2: 2000+A3: 2009 em As-
deste órgão de segurança pode ocorrer
pamentos, eletricidade, trabalhos reali-
censores Existentes: entende-se que os
por vários motivos. No caso da veloci-
zados em espaços apertados ou em po-
passageiros devem ter o mesmo grau
dade ultrapassar os limites da Norma,
sições incómodas, tendo sido elaborada
de segurança ao usar um ascensor
intervém o pára-quedas no ascensor
uma pontuação à exposição (0 = nunca;
existente como quando se usa um novo
MRL Elétrico e isto deve-se a um erro na
25 = uma vez por ano ou mais, mas não
ascensor, o que neste momento ainda
injeção de corrente do variador, enquan-
a cada mês; 50 = uma vez por mês, mas
to no ascensor MRL Hidráulico atua a
não todas as semanas; 75 = uma vez por
O mercado já dispõe de soluções que
válvula de queda, o que normalmente
semana, mas não todos os dias; 100 = diá-
permitem aumentar o grau de seguran-
se deve a um erro na regulação da ve-
rio). Podemos assim analisar a exposição
ça para ambos os sistemas.
locidade de descida ou mesmo a válvula
do trabalhador na montagem, reparação
Nos ascensores MRL Elétricos, para
de queda estar mal afinada. Se reparar-
e assistência dos ascensores sob 3 crité-
cumprir os pontos 9.11 e 12.15 da Nor-
mos, no ascensor MRL Elétrico, o órgão
rios e classificá-los:
ma NP EN81.1:2000+A3 2009, referente
de segurança que atua é um bloco de
>>
Exposição a condições de traba-
ao movimento incontrolado da cabina e
pára-quedas sobre as guias, no ascen-
lho perigosas = 98* (perigo de ser
precisão na paragem de +/- 10 mm, im-
sor MRL Hidráulico, o órgão de seguran-
atingido por um objeto ou outros
plica a utilização do seguinte sistema:
ça que atua é um bloco de pára-quedas
ferimentos graves como a eletrocussão);
que interrompe a circulação do fluido.
>>
Limitador de velocidade bidirecional
Espaço de trabalho apertado/po-
com um dispositivo deteção e en-
afinados, possuírem folgas excessivas
sições incómodas = 75* (pode criar
cravamento integrado denominado
ou se verificar uma paragem brusca,
lesões e distúrbios lombares de
pode intervir o órgão de segurança
longo prazo);
No caso dos pará-quedas estarem mal
pára-quedas sobre as guias, aqui, se repararmos, ambas as soluções apre-
>>
não acontece.
>>
UCM + Roda tensor de poço; >>
Um módulo eletrónico de monotori-
Trabalho em zonas altas = 100* (pe-
zação e resgate UCM (Unintended Car
rigo de queda).
Movement) + fonte de alimentação
elevare 21
Nota técnica
2.a solução: >>
Utilizar uma nova central completa com o novo bloco regulador digital eletrónico com dupla segurança, de acordo com a A3 + placa eletrónica, que permite fazer a monitorização uma vez por dia e não é necessária qualquer adaptação do quadro de comando antigo ao novo sistema, bastando fazer as ligações à placa interface instalada na central.
Figura 1.
remota que serve de interface entre o limitador e o quadro de comando; >>
1.a solução: >>
Colocação em série de uma válvula
Figura 2.
Pára-quedas progressivos bidire-
de segurança adicional/válvula an-
cionais, que garantam o bloqueio da
tirretorno entre o pistão e o bloco
cabina mesmo em velocidades de
de válvulas existente;
ascensor existente é bastante simples e
Uma placa interface eletrónica que
sem grandes constrangimentos técnicos.
atuação muito baixas com distân-
>>
>>
Este sistema, para ser adaptado a um
cias de paragem muito pequenas
efetua toda a monitorização entre
em ambos os sentidos + sistema de
o bloco de válvulas e o quadro de
transmissão;
comando existente, sem qualquer
podem ser aplicadas à Norma EN81.72
O quadro de manobra necessita de
alteração.
sem qualquer constrangimento.
f. Em Caso de Incêndio: ambas as soluções
ser adequado para proceder à monitorização ou aplicar um dos muitos kits externos A3, sistema universal que se adapta a quase todos os quadros do mercado.
Este sistema, para ser adaptado a um ascensor MRL existente, tem alguns constrangimentos técnicos. O mais complicado é quando existe a necessidade da adaptação do novo pára-quedas progressivo bidirecional na arcada existente equipada com unidirecional. Tudo depende do tamanho e forma do novo e se permite, sem grandes alterações, aplicar-se no espaço existente. Mas é sempre um trabalho muito complicado com muitos problemas de engenharia. a) Ascensor de tração.
b) Ascensor hidráulico.
Nos ascensores MRL Hidráulicos, para cumprir o ponto 9.11 e 12.15 da Norma
22
NP EN81.2:2000+A3 2009 referente
Figure 3. (a). Em caso de incêndio pode ser difícil o acesso ao equipamento de evacuação no topo do edifício.
ao movimento incontrolado da cabina e
Puxar o travão pode provocar que a cabina suba ao invés de descer. (b) Em caso de incêndio aceda ao quadro
precisão na paragem de +/- 10 mm, im-
de comando no rés-do-chão do edifício. Ao abrir a descida manual, a cabina descerá sempre. Ao acionar a
plica a utilização de duas soluções:
bomba manual, a cabina subirá.
elevare
Nota técnica
Mas, como exemplo, analisando um edifício de 6 pisos em que tenha deflagrado um incêndio e que não esteja preparado contra incêndios e que por qualquer motivo superior exista a necessidade do acesso aos comandos para proceder a um resgate de emergência, a situação complica-se.
Com a solução MRL Elétrica pode ser difícil ou mesmo impossível realizar esse resgate devido ao calor, mas principalmente ao fumo, que uma grande parte imigra para a caixa do ascensor, devido ao efeito de chaminé. Todos sabemos que o fogo em si pode não ser mortal, mas o fumo é mortal. A principal causa de mortes nos incêndios é devido à inalação de fumos.
Figura 4.
Quanto à solução MRL Hidráulico, como todo sistema de resgate é feito a partir do piso mais baixo, existem maiores possibilidades de sucesso.
Maquinaria
g. Comportamento Sísmico: o estado atual dos conhecimentos sobre a ação sísmi-
Pistão
ca, e em particular a que afeta Portugal Continental, indica que, a nível mundial, a
Contrapeso
perigosidade sísmica do território Nacio-
Cabine
nal é moderada. Esta perigosidade é um dos fatores que contribui para o risco sísmico de Portugal, embora a avaliação do risco sísmico nas diferentes regiões seja condicionada de forma decisiva por outros fatores fundamentais, nomeada-
Cabine
mente os elementos estruturantes e não estruturantes e a sua vulnerabilidade. Unidade de controlo
Os ascensores são o modo mais usado de transporte vertical em edifícios modernos com mais de três andares.
Esquema do ascensor
Esquema do ascensor
Portanto, é quase certo que são vulne-
hidráulico "Fluitronic"
elétrico com maquinaria
ráveis quando um sismo abala toda a
com centralina no poço
no vão
estrutura do edifício.
Figura 5.
Do ponto de vista de evitar perdas de vida, os ascensores têm tido um de-
não são considerados na avaliação da
sempenho muito bom durante os vários
resistência estrutural, estando os as-
[6]: os EUA e o Japão são os pioneiros no
terramotos, devido aos esforços com-
censores incluídos nesse grupo.
desenvolvimento de medidas de aper-
binados da indústria e dos organismos
Dispositivos de Segurança Sísmica [5] e
Daí a importância em analisar os dispo-
feiçoamento do comportamento sís-
sitivos de segurança sísmica existentes
mico destes sistemas. Existem essen-
Na sequência de sismos registados
no mercado para dotar um ascensor
cialmente duas operações de controlo,
em zonas urbanas ao longo do mundo,
novo ou antigo da Classe 3 com a tec-
uma associada ao interruptor sísmico,
constata-se que o principal fator que
nologia resistente sísmica prEN81-77 e
também conhecido por Seismic Switch
compromete o funcionamento dos hos-
fundamentalmente qual o comporta-
(modo sísmico), e outra ao detetor de
pitais e dos edifícios vitais é a ocorrência
mento dos ascensores MRL elétricos e
de danos não estruturais [3] [4]. Os ele-
ascensores MRL hidráulicos que, neste
mentos não estruturais consistem em
momento, não estejam equipados com
pamentos só devem ser reiniciados por
todos os componentes do edifício que
a tecnologia resistente sísmica.
técnicos autorizados, após garantida a
reguladores.
descarrilamento do contrapeso.
Por questões de segurança, estes equi-
elevare 23
Nota técnica ausência de qualquer perigo, através
>>
Detetor de Descarrilamento do
>>
Contrapeso - tem como função in-
çados, sugerindo ainda a soldagem
Este processo é bastante importante,
terromper o funcionamento do as-
de placas de forma a reforçar as
pois permite evitar a ocorrência de da-
censor, quando detetado o desloca-
suas zonas angulosas ou reforços
nos com maior severidade, os quais po-
mento do contrapeso, para fora do
dem colocar em perigo a vida de futuros
seu plano normal de curso. [9]
ocupantes [8]. >>
Interruptor Sísmico - deteta as pri-
nas ligações das guias [7]; >>
Instalação de apoios intermédios [7];
>>
Utilizar roçadeiras sistema de ro-
Este dispositivo desempenha um
meiras ondas P (longitudinais) até 30s
papel bastante importante na segu-
antes de iniciar o sismo - onda S. De-
rança do sistema, face à ação sísmi-
pendendo da distância onde se en-
ca, uma vez que o descarrilamento
contra o epicentro [8].
do referido componente constitui
das [8];
o dano mais frequente, aquando a ocorrência de um terramoto.
Existem outras medidas que permitem um melhor comportamento do ascensor perante um sismo: >>
Utilização de guias mais pesadas do que as de secção em T de 12 kg/m [7];
Figura 6.
>>
Quadro de comando - após receber informação do sensor sísmico, ativa os procedimentos com um aviso sonoro e visual ao passageiro e leva de imediato a cabina ao piso mais próximo para proceder à evacuação do passageiro da cabina em segurança.
Figura 7.
24
Utilização de brackets menos espa-
da realização de inspeções adequadas.
elevare
Figura 8.
Figura 7.
Nota técnica Principais danos sísmicos observados nos Ascensores Elétricos e Ascensores hidráulicos [8]:
sociado ainda ao facto da casa de máquinas localizar-se nos pisos mais baixos,
ASCENSORES ELÉTRICOS
ASCENSORES HIDRÁULICOS
Descarrilamento do contrapeso.
Descarrilamento da cabine.
Desprendimento das massas do contrapeso.
Colisão do contrapeso ou dos próprios pesos com a cabina. Flexão das guias. Danificação dos sistemas de suporte das guias.
onde as acelerações são, geralmente,
Vazamentos na tubagem hidráulica.
menores, em comparação com os pisos de topo. Também o menor número de componentes integrados no sistema reduz a possibilidade de falha. Desta forma, é possível afirmar que muitos dos danos observados em ascensores de tração não se verificam nos hidráulicos. Posto isto, os ascensores hidráulicos aparentam ser bastante menos suscetíveis a eventos sísmicos
Deslocação ou derrubamento do equipamento
Deslocação ou perda de verticalidade
existente na casa das máquinas.
do Pistão Hidráulico.
(ver Figura 9).
Perda de equilíbrio do reservatório.
O sismo de Seattle – Estados Unidos/fe-
Deslocação dos cabos para fora dos gornes das polias da roda tração.
vereiro de 2001, foi dos mais violentos
Danificação dos cabos devido ao seu emaranhamento em protuberâncias da caixa.
Perda de referência espacial por desalinhamen-
Foram atingidos 4472 ascensores elétricos e 6176 ascensores hidráulicos, segundo
to do sensor eletromagnético responsável pela identificação da posição da cabine.
porque estava muito perto do epicentro.
Deformação das portas da cabine e da caixa.
notificação das empresas de manutenção. Destes, 504 ascensores elétricos e 66 ascensores hidráulicas sofreram danos. Isso
Queda de material constituinte das paredes da caixa de elevador.
indica que 11,3% dos ascensores elétricos
Deformação ou quebra das roçadeiras.
estavam danificados, contra apenas 1%
Danos no interior da cabine.
dos ascensores hidráulicos [11]. Relato dos danos indicados pelas empresas de
A notória discrepância quantitativa e qua-
na maioria dos modelos hidráulicos, uma
litativa de danos observados entre ambos
vez que este, como já foi referido, carate-
os sistemas permite distinguir a suscetibi-
riza-se por ser um dos componentes mais
lidade dos ascensores elétricos de tração.
vulneráveis à ação sísmica.
manutenção: >>
Ascensores fora dos eixos das guias: 18;
>>
Contrapesos que saíram dos eixos das guias: 224;
Constata-se ainda que as falhas verificadas nos elevadores hidráulicos constituem ape-
Uma outra razão consiste na instalação
nas uma pequena fração das registadas em
destes sistemas em edifícios, geralmen-
sistemas de tração [10]. Este facto pode ser
te com menos de sete pisos, e, portanto,
justificado pela ausência de um contrapeso
sujeitos a menores forças de inércia, as-
>>
Colisões entre cabina e contrapesos: 33;
>>
Vigas Máquina de tração deslocadas: 3;
Figura 9. Identificação das forças de inércia geradas num elevador durante um evento sísmico: (a) sistema de tracção; (b) sistema hidráulico [12].
elevare 25
Nota técnica
a)
b)
c)
Figura 10.
>>
Porta de Patamar danificadas: 29;
a segurança em qualquer condição ao seu
Neste caso, não existe uma limitação tecno-
>>
Fixações das guias separados de
utilizador.
lógica da distância máxima de viagem (o limi-
paredes/vigas: 77; >>
te tecnológico da distância está nos 600 m de
Somente 342 ascensores tinham dispositivos de proteção terramoto.
curso devido apenas ao problema redutor do VELOCIDADE NOMINAL
peso dos cabos de suspensão).
Os ascensores de tração elétrica estão voConclusão [11]
cacionados para instalações que não neces-
Os ascensores do tipo hidráulico estão vo-
Os resultados deste estudo indicam que,
sitem de grandes requisitos ao nível da ve-
cacionados para instalações que não ne-
em edifícios de baixa edificação até 6 pisos,
locidade/baixo tráfego, mas também para
cessitem de grandes requisitos ao nível da
o ascensor hidráulico é a solução mais se-
edifícios públicos onde é de extrema im-
velocidade/baixo tráfego, que é o caso dos
gura, prática e de baixo custo para regiões
portância uma velocidade superior/médio
edifícios de habitação com baixo índice de
sísmicas. Isto porque não tem o contrape-
tráfego para poder garantir o escoamento
tráfego, que tipicamente nestes sistemas é
so, é suportado pela fundação do edifício e
de tráfego, principalmente nos períodos de
de 0,63 m/s. Esta é considerada a velocida-
utiliza um cilindro hidráulico que amortece
ponta. A gama preferencial de velocidade
de padrão, embora alguns fabricantes em
consideravelmente as batidas ou a pulsação
nominal situa-se em 1,0 m/s a 1,6 m/s [14].
descida aumentem 20% conseguindo uma
das ondas sísmicas. Tanque de aço, pernas com apoios de borracha e mangueiras flexíveis de 2 ou 3 mangas testados a pressões de 100 bars evitam o vazamento de fluido, a menos que o edifício desmorone completamente. É, ainda, mais fácil e seguro numa operação de resgate de pessoas retidas, outra grande vantagem do ascensor hidráulico nestas situações. O sismo inicial pode não causar muitas armadilhas, mas normalmente é seguido por milhares de réplicas secundárias, durante as quais o número de armadilhas se torna mais pronunciadas. Assim, a facilidade de operação de resgate para as pessoas aprisionadas não deve ser negligenciada em regiões sísmicas e deve ser fácil, rápida e segura. Com este facto nos faz repensar mais uma vez sobre o risco de ter ascensores elétricos de tração em edifícios de baixa edificação em áreas sujeitas a um risco sísmico. Partindo do princípio de que o ascensor deve garantir
26
elevare
Figura 11.
d)
Nota técnica média mais elevada, apesar de alguns fabri-
slim, mas não são suficientemente peque-
Tecnologias no desenvolvimento da Eficiên-
cantes garantirem velocidades de 1 m/s [14]
nas para certos espaços disponíveis e aqui
cia Energética têm abordagens diferentes.
(a experiência pessoal permite-nos afirmar
o hidráulico é mais versátil. Sem entrar em
Abordam diferentes fatores que afetam o
que se pode chegar facilmente a uma velo-
conta com as cargas sobre o edifício exis-
consumo de energia nos ascensores.
cidade em subida de 0,86 m/s e em descida
tente, de que iremos falar mais à frente.
alcançar 1,0 m/s). No entanto, a maior limi-
Estes fatores podem ser divididos em dois
tação desta tecnologia é a distância máxi-
Existem casos, quer em obra nova ou exis-
ma de viagem, que dificilmente ultrapassa
tente, da necessidade de haver um acesso
os 20 metros.
a 90°, deteta-se que algumas soluções de
As causas diretas são aquelas que po-
ascensores MRL Elétricos não são possí-
dem ser diretamente relacionadas com o
veis devido à sua filosofia construtiva. No
equipamento:
Fazendo um pequeno exercício de estimativa de tempos, num edifício de 6 pisos [13] >> >>
que se refere à solução ascensores MRL Hi-
Ascensor MRL Elétrico Vn = 1,0 m/s
dráulicos, não existe qualquer problema de
VVVF;
servir acessos a 90°, desde que a solução
Ascensor MRL Hidráulico Vn Média
existente não seja com pistão central en-
= 0,7 m/s (Vns = 0,63 m/s e Vnd =
terrado, que normalmente se aplicam nos
0,84 m/s) VVVF.
panorâmicos.
Num edifício de 6 pisos [13], tendo como
grandes grupos: diretos e indiretos.
>>
Perdas por atrito incorridos durante a viagem;
>>
Perdas de transmissão (quanto maior o número de rodas maior a perda, sistema de roçadeiras);
>>
Perdas no motor;
>>
Perdas na travagem;
>>
Perdas na iluminação;
>>
Perdas no quadro de comando.
base as velocidades padrão, existe uma di-
CONFORTO NA VIAGEM
ferença de 0,4 m/s mais rápido para a solu-
O desempenho de sistemas mecânicos com
ção ascensor elétrico, o que corresponde a
VVVF e hidráulica nova geração Fluitronic
As causas indiretas estão relacionadas com
10 s mais rápido a fazer um curso total de 15
com válvulas de tecnologia digital eletró-
o funcionamento do equipamento e estão
m (6 pisos). Num edifício de habitação com
nica apresentam iguais níveis de conforto
associados com o utilizador, o seu compor-
5 apartamentos (um apartamento por piso)
mesmo durante a fase mais crítica do ar-
tamento ou as opções de gestão de tráfego.
essa diferença é desprezível, mas num edi-
ranque e a aproximação ao piso.
fício público, o acumulado ao final do dia é significativo para a eficiência do escoamento, principalmente nos períodos de ponta.
No âmbito do protocolo de Quioto torna-se Ambas com uma elevada precisão de paragem ao piso.
imperativo reduzir o consumo de energia nos edifícios, que pode ser alcançado através da melhoria da eficiência energética dos
ESPAÇO OCUPADO
sistemas pertencentes ao edifício.
Obra nova: ambos os sistemas apresen-
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
tam soluções MRL, o espaço ocupado é se-
O aumento da eficiência dos sistemas é
Dependendo do tipo de edifício e dos seus
melhante para um ascensor (Decreto-Lei
uma preocupação cada vez maior, não ape-
utilizadores, o transporte vertical pode as-
n.° 163/2006), carga nominal de 630 kg,
nas devido ao aumento do custo da energia,
sumir um papel significativo, consumindo
8 pessoas, dimensão da cabina LxP = 1100 x
mas também por ser uma forma de marke-
entre 5 e 15% da energia total gasta pelo
1400 mm. Normalmente a caixa necessária
ting. É uma forma de promover a empresa
edifício [14].
para este caso é de 1600 x 1700 mm.
ou o produto que cause menos impacto ambiental e que opera de forma mais eficiente
Atualmente, com as novas necessidades de
Com um poço standard semelhante, que an-
[20]. Existem, portanto, duas equações in-
certificação de edifícios, torna-se necessá-
dam entre 1000 mm a 1200 mm.
separáveis que, por vezes, se confundem.
rio avaliar corretamente o desempenho das
Analisaremos apenas a equação verdadei-
instalações de transporte vertical existen-
Com o último piso superior standard se-
ramente importante que é a eficiência ener-
tes nos mesmos.
melhante, que andam entre 3400 mm a
gética nos ascensores.
3600 mm. Ambos não necessitam de uma
Nesta tentativa, foi criada uma Norma In-
casa das máquinas superior ou lateral
Os edifícios são responsáveis por cerca de
ternacional, ISO/DIS 25745, que contem os
porque todo o equipamento se encontra
um terço da energia que consumimos. Os
procedimentos de estimativa, medição e
no interior da caixa.
ascensores não são os maiores utilizadores
conformidade a efetuar, mencionados na
de energia nos edifícios, mas são suficiente-
1. a Parte da dita Norma, existindo ainda uma
Obra existente: ao nível de dimensões da
mente importantes para justificar medidas
segunda parte, atualmente em estudo, que
caixa, para implementação do ascensor a
de poupança de energia.
definirá a classificação energética das ins-
solução hidráulica, esta está mais vocacio-
talações de transporte vertical.
nada para espaços mais pequenos do que
Nos últimos anos, a indústria de ascenso-
a solução do ascensor elétrico. O espaço
res respondeu de acordo apresentando aos
Foi criado um grupo de estudo composto
que ocupa a máquina de tração + contrape-
seus clientes soluções que atendam a essa
por várias instituições, no âmbito do projeto
so e arcada neste momento são soluções
procura crescente. Soluções eficientes.
E4, liderado pela Universidade de Coimbra,
elevare 27
Nota técnica que executou um estudo de várias instala-
>> Os ascensores MRL Elétricos apre-
ções de transporte vertical, na tentativa de
sentam uma eficiência energética
elevadores e escadas rolantes, pois a Nor-
caraterizar os vários perfis de consumo.
“CLASS B” [22];
ma ISO 25745-1 ainda não dá as respostas
Com esta medida pretende-se criar um
>>
Os ascensores MRL Hidráulicos apre-
sistema de classificação energética mais
sentam
realista.
“CLASS B” [17].
uma
eficiência
logia própria de análise de desempenho de
necessárias.
energética Existem alguns estudos técnicos de consumo de energia em que se sente a presença
Na Norma ISO/DIS 25745-1, Anexo A, é apre-
Edifícios de Categoria 3, com intensidade de
sentado um modelo simples para estimar o
uso: elevador
tivas de tráfego desajustadas [25]. Alguns
consumo de energia dos elevadores. A Nor-
>> Os ascensores MRL Elétricos apre-
pontos detetados:
ma encontra-se atualmente em estudo [15].
sentam uma eficiência energética
Contudo foi criada uma classificação voluntária VDI 4707 que, de algum modo, está a
do marketing que são baseados em estima-
>>
“CLASS A” [18]; >>
servir como diretriz para o grupo de estudo.
via utilizar 7,5 kW para uma carga de
Os ascensores MRL Hidráulicos apresentam
uma
eficiência
energética
630 Kg; >>
“CLASS E ” [17].
200 000/150 000 viagens por ano são valores totalmente desajustados para
Classificação VDI 4707:
a realidade de 80% do mercado portu-
Tem o caráter voluntário e, aplicável a as-
Conclui-se que o ascensor em edifícios
censores, contempla os seguintes parâme-
de categoria 1 (máximo de 10 habitações),
tros na classificação: [16]
com uma intensidade de uso baixa, a efi-
>>
Potência de standby (W);
ciência energética entre o ascensor MRL
>>
Consumo durante a viagem (mWh/m.kg);
Elétrico e o ascensor MRL Hidráulico não é
>>
Classe de eficiência do sistema baseada
significativa.
no consumo específico diário (A, B, C, D, E, F, G).
Potência hidráulica de 11 kW quando de-
guês; >>
Carga nominal de 1000 kg quando no nosso mercado cerca de 80% refere-se a uma carga de 630 kg;
>>
8 paragens e fazem uma análise comparativa com um hidráulico que é totalmente desajustado.
Mas tudo muda quando utilizamos um ascensor em edifícios de categoria 3 com uma
O argumento sobre o consumo de energia
intensidade de uso elevada. O ascensor MRL
dos ascensores deve ser cuidadosamente
Elétrico tem uma maior eficiência energética
tratado, caso contrário, resultados irreais
do que em relação à solução com o ascen-
podem ser interpretados.
sor MRL Hidráulico. Existem no mercado outros dispositivos Esta diferença tem a ver com o consumo
que melhoram o desempenho da eficiên-
em standby dos Gearless ser muito superior
cia energética dos ascensores que vamos
ao dos hidráulicos Fluitronic. Quanto menos
analisar.
tempo o ascensor estiver em modo standby maior será a eficiência da solução Gearless.
TECNOLOGIAS REGENERATIVAS:
Fazendo uma análise simples de custo ano
rar a energia gerada em excesso pelo as-
de energia sem ter em conta o custo da po-
censor e devolvê-la à rede ou ser reutiliza-
tência contratada para uma solução 630 kg,
do, possibilitando uma poupança energética
12 metros de curso, 80 000 viagens ano.
de cerca de 30%.
A tecnologia regenerativa permite recupe-
Figura 12.
Chegamos aos seguintes valores referenCom base na classificação voluntária VDI
ciais de custo ano de consumo:
No caso do ascensor elétrico, todos sabe-
4707, para um edifício de baixa edificação
>>
Gearless Vn = 1,0 m/s: 750 kWh [26] x
mos que quando um ascensor funciona par-
0,1405€ [27] = 105,4 €/ano;
te da energia da rede elétrica devolvida é
Fluitronic Vn = 0,6 m/s: 1.300 kWh x
dissipada num banco de resístores e trans-
0,1405€ [27] = 182,7 €/ano.
formada em calor. Isso acontece porque o
até 6 pisos no máximo com 10 habitações, pode-se classificar segundo dois pontos de vista de intensidade de uso: >> >>
>>
Intensidade de uso: baixa (representa
ascensor devolve parte da energia consu-
80% dos casos);
Importa referir que a classificação VDI 4707
mida em dois momentos: quando sobe com
Intensidade de uso: elevada (representa
serve atualmente como Diretiva para a ela-
a cabina abaixo da metade da sua capacida-
5% dos casos).
boração da futura certificação energética
de ou quando desce com a capacidade aci-
internacional das instalações de transporte
ma de 50%, no caso do ascensor elétrico.
Edifícios de Categoria 1, com intensidade de
vertical.
uso: baixa.
Com o sistema regenerativo nos ascenso-
> > Os ascensores MRL Elétricos apre-
Este processo está a cargo da Comissão
res elétricos, a energia é devolvida a partir
sentam uma eficiência energética
Europeia, ao abrigo do Projeto E4, que tem
da instalação de mais um inversor. O pri-
“CLASS A” [18].
como objetivo a criação de uma metodo-
meiro controla o fluxo de energia da rede
28
elevare
Nota técnica elétrica que é entregue ao inversor do mo-
mulada em baterias, mas sob a forma de
67 dBA. Não é significativa a diferença entre
tor. O segundo inverte a tensão contínua em
pressão que depois é novamente injetada
ambos os sistemas.
alternada para controlar o motor do ascen-
no sistema.
sor. Representa uma economia significativa, tanto financeira como ambiental.
Tecnologia do Conversor de Frequência
EXIGÊNCIAS ESTRUTURAIS
no acionamento do sistema hidráulico do
O ascensor MRL Elétrico como a máquina
Viabilidade da sua Aplicação
ascensor. O que difere esta tecnologia em
de tração se encontra situada no último piso
A importância da regeneração depende da
relação às restantes nos hidráulicos é que
superior implica que as forças e tensões são
totalidade das necessidades energéticas do
o motor e a bomba são executados a uma
transmitidas pelas paredes do edifício até à
ascensor e a frequência com que é usado.
velocidade variável em função da carga so-
base estrutural do edifício. Esta solução é
bre a cabina e da velocidade necessária em
mais exigente estruturalmente.
Nos ascensores de intensidade baixa de uso,
função da curva. Com o controlo de fluido
categoria 1 em edifícios 2-6 paragens com
necessário em cada instante, significa me-
No caso do ascensor MRL Hidráulico como
velocidades nominais até 0,6 m/s e com um
nos energia elétrica consumida, o que re-
todo o equipamento se encontra apoiado na
baixo índice de utilização, o benefício não é
sulta em menos calor gerado, o que signi-
base da caixa, todas as forças e tensões são
suficiente em relação ao investimento. No
fica um melhor rendimento. Os fabricantes
transmitidas diretamente ao piso sem qual-
caso de um edifício hospitalar ou arranha-
indicam que esta solução requer cerca de
quer sobrecarga às paredes do edifício. Esta
-céus com velocidades nominais mais ele-
50% menos de energia do que era neces-
solução é menos exigente estruturalmente.
vadas, a tecnologia regenerativa teria um
sário anteriormente para fazer o mesmo
retorno muito significativo dentro de um
percurso. O balanço térmico do ascensor
Essa exigência torna-se mais evidente quan-
período relativamente curto de tempo [19].
hidráulico, como um todo, é melhorado
do estamos a instalar um ascensor num
em cerca de 40%. Para a maioria das ins-
edifício existente. Por não podermos nor-
Perante a viabilidade da instalação de um
talações significa uma poupança adicional,
malmente reforçar a estrutura do edifício
sistema de frenagem regenerativa sobre o
nomeadamente porque não há necessidade
a solução natural é a aplicação do ascensor
sistema de acionamento de ascensores já
de um permutador de óleo. Podendo fazer
hidráulico.
instalados, os engenheiros de uma empresa
facilmente 200 Arr/hora sem qualquer per-
multinacional verificaram que para potências
mutador, aumenta a longevidade do motor
do sistema de frenagem acima dos 40 kW, o
e reduz o rumor da instalação.
retorno financeiro ocorre em poucos anos.
QUESTÕES AMBIENTAIS: Os ascensores MRL Elétricos ao utilizarem
Para valores de potência menores do que
Tecnologia com um sistema Regenerativo.
a nova geração de máquinas de tração
40 kW, o retorno financeiro ocorre em uma
Com este sistema, até 30% da energia po-
Gearless em que não utilizam óleo mine-
tencial pode ser recuperado e reutilizado. A
ral ou sintético é um grande salto a nível
eficiência energética da unidade de potência
ambiental.
maior quantidade de anos [20]. No caso dos ascensores hidráulicos, como
é aumentada consideravelmente. A energia
não tem normalmente contrapeso, quan-
é armazenada num sistema de baterias à
Existe uma questão ambiental importante
do a cabina se move para cima necessita
semelhança da solução utilizada nos ascen-
que está associada à dependência dos imãs
de mais potência e quando se move para
sores elétricos.
permanentes: depende daquilo que está na
baixo toda a energia potencial acumulada
Tabela Periódica identificado como “terras
é desperdiçada e convertida em calor por
Sistemas regenerativos hoje em dia apre-
raras”; são elementos situados na secção
estrangulamento do fluido. É por este mo-
sentam custos muito elevados, que só são
dos “Lantanídeos” (17 elementos químicos,
tivo que a energia consumida num ascensor
viáveis (o seu investimento) quanto maior
do lantânio até o lutécio). Além disso, estes
hidráulico é maior em comparação com um
for a sua carga nominal e a sua velocida-
minerais necessitam de um processamen-
ascensor elétrico. Para reduzir o consumo e
de. Embora a nível de marketing este ponto
to pesado, envolvendo a extração de uma
o requisito de potência da instalação, desen-
nunca seja referido.
certa quantidade de radiação, além de su-
volveram-se mecanismos de frenagem re-
cessivas lavagens e refinação de areias e
generativa nos ascensores hidráulicos [20]:
terras que resultam na produção de lixo POTÊNCIA ACÚSTICA
tóxico, algo ainda muito pouco regulado
No seu artigo, Yang (2006) introduz um
Apenas se podem constatar os dados que
ou fiscalizado devido à origem dos países
método de frenagem regenerativa que não
os fabricantes transmitem nas suas folhas
exportadores onde existem muito poucas
é mais do que um Acumulador Hidráulico
técnicas, que aliás são muito vagas ao nível
preocupações ambientais.
(contrapeso hidráulico) [29], consiste num
do rigor da informação. Temos fabricantes
reservatório de óleo pressurizado. Yang
que indicam para o ascensor MRL Elétrico
Os ascensores MRL Hidráulico estão asso-
(2006) conclui o artigo afirmando que com
uma potência acústica gerada entre 53 dBA–
ciados a serem pouco amigos do ambien-
o seu método a eficiência é 70,8% maior do
– 55dBA - 65 dBA. Comparando com os as-
te pelo facto de utilizarem cerca de 100 a
que a de um ascensor hidráulico sem tal
censores MRL Hidráulicos, estes têm uma
200 litros de óleo mineral. Tecnicamente
sistema. Neste sistema a energia não é acu-
potência acústica na ordem dos 63 dBA e os
não estou muito de acordo porque se ana-
elevare 29
Nota técnica lisarmos este fluido trabalha dentro de um
A patente, geralmente de nível inovador
manutenção. Aqui não existe uma
pistão e de uma central e apresentam uma
na solução de transporte vertical, serve
forte dependência sobre a Tecnolo-
vida útil de aproximadamente dez anos ou
para banir a eventualidade de termos mais
gia Fechada.
mais, deve-se lembrar que a mesma quan-
competitivos que são oferecidos por ou-
tidade de combustível é usada por apenas
tras empresas de serviços qualificados.
um veículo no prazo de um mês.
Todos os principais fabricantes de ascensores, bem como os principais fabricantes
O cliente é, naturalmente, prejudicado for-
de motores especializados na tecnologia
Para ultrapassar esta questão, os fabri-
temente em muitos aspetos em relação a
do transporte vertical, já apresentaram as
cantes de ascensores MRL Hidráulicos co-
um fornecedor com material patenteado
suas próprias soluções MRL com base no
meçam a utilizar um fluido biodegradável
quando se trata da manutenção e na aqui-
conceito de motores síncronos de ímanes
à prova de fogo, amigo do meio ambiente,
sição de peças de reposição, o que pode
permanentes - Permanent magnet Syncro-
pela sua caraterística ecológica. Com esta
ter um efeito alarmante nos preços [2].
nous Machine (PMSM). As soluções MRL
solução eliminam-se os argumentos que
Por este motivo cada vez mais existe uma
encontram-se patenteadas e, por isso, é di-
ainda hoje se sentem no marketing mas
corrente de que os Ascensores devem ser
fícil introduzir outras novas soluções MRL
na parte técnica esta questão encontra-se
de “Tecnologia Aberta” e não, como neste
que seriam mais rentáveis, sem infringir as
ultrapassada.
momento nos apercebemos, que todas as
patentes existentes. Direitos reservados
PATENTES:
soluções que são apresentadas no mer-
da patente proíbem outras empresas qua-
cado como inovadoras são de “Tecnologia
lificadas de utilizar a solução MRL. Como
Fechada”.
resultado, um grupo de empresas multina-
A patente é um conjunto de direitos exclu-
cionais, cada vez mais, controlam o merca-
sivos concedidos por uma situação a um
As vantagens de uma Tecnologia Aber-
do de ascensores nas edificações de baixa
inventor (ou representante) de um novo
ta em relação a uma Tecnologia Fechada
e média altura. As soluções elétricas MRL
produto capaz de ser utilizado industrial-
traduzem-se nos seguintes pontos:
normalmente são oferecidas com preços
mente, por um tempo limitado, em troca
>>
Tecnologia Fechada – Direito de pro-
muito competitivos, mas durante a manu-
da divulgação do período de invenção.
priedade. O custo de manutenção
tenção, por vezes, as peças de reposição
Uma patente é uma forma de propriedade
e peças de reposição têm preços
são cobradas a um alto custo. Obtenção
intelectual [1], não protege ideias por con-
mais elevados porque utilizam con-
das peças de reposição de unidades MRL
siderar que essas devem ser de livre circu-
sumíveis do fabricante e, assim,
também é difícil, já que o serviço só pode
lação e, assim, a proteção só é concedida
limita o número de empresas de
ser feito pelo instalador original ou pelos
para algo que já foi criado.
serviços que podem prestar ma-
seus parceiros de serviços.
nutenção. Quem sai prejudicado é A propriedade intelectual compreende a
o proprietário do ascensor, porque,
Fazendo uma comparação entre o as-
propriedade industrial e o direito de au-
embora seja da sua propriedade
censor MRL Elétricos e o ascensor MRL
tor. A propriedade industrial protege as
continua preso à questão da tecno-
Hidráulicos, da forma como o mercado
logia fechada. Patente.
hoje se apresenta cada vez mais fechado,
Tecnologia Aberta – Não proprieda-
conclui-se que a solução ascensora MRL
inovador patenteado corresponde a uma
de. O custo de manutenção e peças
Elétrico é de longe o que apresenta mais
nova abordagem sobre um determinado
de reposição possuem preços mais
pontos negativos com Tecnologia Fechada
problema com vantagens a diversos ní-
baixos porque utilizam consumíveis
em relação ao Ascensor Hidráulico.
veis, quer para o utilizador quer para o
correntes e qualquer empresa de
ambiente.
serviços credenciada pode prestar
invenções (patente de invenção ou modelo de utilidade). Por norma, um produto
>>
POSIÇÃO DA SOLUÇÃO MRL ELÉTRICO Versus MRL HIDRÁULICO: TECNOLOGIA FECHADA NOS ASCENSORES MRL
1. Cabos de suspensão cintas de aço planas revestidas a poliuretano. 2. Cabos de suspensão redondos revestidos a poliuretano. Ascensores MRL Elétricos
der com uma cota de mercado a rondar os
4. Quadro de Comando/Placas específicas/Códigos acessos.
80% nas vendas.
5. Sistema de resgate muito próprio e específico. 7. Consolas de programação.
Hidráulicos
30
elevare
neste momento no mercado europeu é lí-
3. Variados que só funcionam com a Máquina do Fabricante.
6. Display, pulsadores e botoeiras táteis.
Ascensores MRL
Com a introdução da solução MRL (Machine Room Less) Elétrico no mercado em 1995,
1. Distribuidor Hidráulico. 2. Quadro de Comando/Placas específicas/Códigos acessos. 4. Consolas de Programação.
Dada a forte dominância dos modelos de tração MRL na comercialização dos equipamentos desenvolveram-se os sistemas hidráulicos sem casa de máquinas e, neste momento, ocupam na Europa um mercado de vendas correspondente a 20%.
Nota técnica
Figura 13.
Se olharmos para o mercado dos Estados
[6] McGavin, G. L. Earthquake Protection of Essential
[20] Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Unidos a realidade apresenta-se com 70%
Building Equipment: Design, Engineering, Insta-
– Projeto de Diplomação Frenagem Regene-
de ascensores hidráulicos e os restantes
lation. John Wiley & Sons, NewYork, 1981;
30% elétricos.
CONCLUSÃO
rativa;
[7] Suarez, L. e Singh, M. Review of Earthquake
[21] Guidelines on Energy Efficiency of Lift and Es-
Performance, Seismic Codes, and Dynamic
calator Installations-Electrical and Mechani-
Analysis of Elevators. Earthquake Spectra,16
cal Services Department The Government of
(4) (novembro 2000), 853-878;
the Hong Kong Special Administrative Region;
Ao analisar as diferenças que existem em
[8] Comportamento Sísmico de Sistemas de Ele-
ambas as situações é com estranheza que
vadores em Hospitais, Joana Isabel Freire
Schindler
observo a cota de mercado que ocupa a
Palha, Dissertação para obtenção do Grau de
5300;
solução elétrica em relação à hidráulica na
Mestre em Engenharia Civil;
[22] Efficient mobility. Sustainable technology. 3100/Schindler
3300/Schindler
[23] Modeling and simulation of hydrostatic
Europa. Uma vez que ambas as soluções
[9] Draka.EP.US Counterweight Displacement Kit;
transmission system with energy regenera-
apresentam vantagens e desvantagens
[10] Celik, Ferhat. Elevator safety in seismic re-
tion using hydraulic accumulator†Triet Hung
mas nada justifica, tecnicamente, tão gran-
gions. Blain Hydraulics, Germany, 2005;
HO1 and Kyoung Kwan AHN2,* - Journal of
de diferença de critérios nas vendas. Julgo
[11] A survey for the effect of 2011 Van earth-
Mechanical Science and Technology 24 (5)
que o fator decisivo foi quando em 1995 as
quakes on elevators - Prepared by Professor
4 BIG começaram apostar na solução do ascensor MRL Elétrico, e aqui inverteu-se a tendência do mercado.
C.E.İmrak January 2012 – AYSAD; [12] DR. C. Erdem Imrak – A survey on the effects of the 2011 Van, Turkey e Arthquakes on Elevators – ELEVATORWORLINDIA; [13] INE-O Parque Habitacional e a sua Reabilita-
Referências [1] Wikipedia Patente; [2] W. H. Hundt, “Series Production or Special lift Systems?”. Lift Journal, November 2004, pp. 28; [3] Gould, N. e Griffin, M. Earthquake Performance of Nonstructural Components (January 2003);
ção – Análise e Evolução 2001-2011; [14] “Transportation systems in buildings”, CIBSE Guide D, 2005;
(2010) 1163~1175; [24] L. E. White, ‘Energy Consumption: Hydraulic Elevators and Traction elevators’, Elevator World, abril de 1984; [25]Dr. Ferhat ÇELİK1 & Dr. Banu KORBAHTI2- Blain Hydraulics GmbH, 74078-Heilbronn, Alemanha. Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Istambul, Turquia; [26] Source: Swiss Federal Office of Energy, stu-
[15] Eficiência energética de transporte vertical -
dy by the S.A.F.E. Schweizerische Agentur für
Tiago Ruibal de Azevedo Pires Faculdade de
Energieeffizienz (Swiss Agency for Energy
Engenharia da Universidade do Porto; [16] VDI 4707 Guideline;
Efficiency), final report on power consumption and savings potential with lifts;
[4] Mondal, G. e Jain, S. Design of non-structural
[17] Conradin Jost - Member of directive com-
[27] EDP Serviço Universal, 2013-Tarifas Social/
elements for buildings: A review of codal
mittee „VDI 4707/2 Energy efficiency of lift
Transitórias de Venda a Clientes Finais em
provisions. The Indian Concrete Journal (Au-
components“Article February 2010 – Energy
gust 2005), 22-28;
efficiency class – BUCHER;
Portugal Continental; [28] Yang 2006;
[5] Ayres, J. M., Sun, T. Y., e Brown, F.R. Nonstructural
[18] Top class energy-efficiency VDI 4707 - A
[29] C. E. Thoeny, ‘Smart Hydronics for the Ele-
damage to buildings, in The Great Alaska Ear-
CLASS FROM SMALL RESIDENTIAL BUILDIN-
vator Future’, Elevator World, abril de 2004,
thquake of 1964: Engineering. Division of Earth
GS TO HIGH-RISE OFFICE BUILDINGS – KONE;
Sciences, National Research Council, National Academy of Sciences, Washington, 1973a;
[19] UNIVERSAL ELEVATORS Energy saving solutions for the Lift and Escalator Industry;
p.118. [30] ELEVATOR INDUSTRY JOBSITE SAFETY (2013 ELEVATOR WORLD.
elevare 31
Notícias e Produtos Legislação para a reabilitação de edifícios
vés da captação de novos clientes, ou no
menos espaço, sendo facilmente aplicá-
fortalecimento das marcas na região. Na
vel em praticamente todas as escadas.
No passado dia 8 de abril foi publicado o
América Latina são instalados, aproxima-
Permite uma confortável e descontraída
Decreto-Lei n.° 53/2014 que estabelece um
damente, 20 mil novos equipamentos por
utilização a pessoas com dificuldades de
regime excecional e temporário a aplicar à
ano, com um total de aproximadamente
locomoção. É possível recolher o assento,
reabilitação de edifícios ou de frações, cuja
600 mil elevadores existentes, tendo ainda
quando não está a ser utilizada de forma a
construção tenha sido concluída há pelo
um grande parque disponível para moder-
minimizar o espaço ocupado. E incorpora
menos 30 anos ou localizados em áreas de
nização. Não há uma estimativa de quantas
todos os sistemas de segurança necessá-
reabilitação urbana. A exceção aplica-se a
escadas rolantes existam no continente,
rios e, em caso de falha de rede, pode fun-
edifícios ou frações que estejam afetos ou
mas acredita-se que só no Brasil este nú-
cionar com recurso a baterias.
se destinem a ser afetos total ou predomi-
mero ultrapasse as 15 mil unidades.
nantemente ao uso habitacional. Inclui-se neste novo diploma o seguinte ar-
latino-americana das indústrias do setor,
Interlift 2015: prepare-se para o maior evento do setor
tigo: "assim, no que respeita ao Regulamen-
atraindo um público cada vez mais entu-
VFA - Interlift e.V. Verband fur Aufzugstechnik
to Geral das Edificações Urbanas aprovado
siasmado, e com as oportunidades de ge-
Tel.: +49 40 727 301 50 • Fax: +49 40 727 301 60
pelo Decreto-Lei n.° 38 382, de 7 de agosto
ração de novos negócios. Todos os anos
info@vfa-interlift.de • www.vfa-interlift.de
de 1951, prevê-se a dispensa da observância
a Expoelevador acontece simultaneamen-
A Expoelevador consolida-se como a feira
de disposições técnicas cujo cumprimento
te com a Predialtec - Feira de Tecnologia
A próxima edição da Interlift em 2015 de-
importa custos incomportáveis e que não se
de Automação Predial e Residencial. Em
correrá de 13 a 16 de outubro. Já se en-
traduzem numa verdadeira garantia da habi-
2014 a Predialtec atrai um público com
contra disponível a documentação para
tabilidade do edificado reabilitado. A referida
um perfil muito especial, constituído por
participar neste evento, organizado pela
dispensa incide, designadamente, sobre as-
empresas construtoras que começam a
AFAG e que o promove a nível mundial. A
petos relacionados com áreas mínimas de
participar como expositoras do evento,
Interlift é a feira de referência no setor e
habitação, altura do pé-direito ou instalação
apresentando os seus projetos de imóveis
onde são apresentadas as ofertas funda-
de ascensores."
com perfis inovadores, recheados de tec-
mentais do mercado e as mais recentes
nologia.
técnicas. O VFA-Interlift, como promotor especializado do evento, em 2015 também
Fórum Ascensores em Braga
complementará a Academia VFA com o
A Eleveminho organiza a 30 de maio o Fó-
Cadeira de Escada
Fórum VFA Interlift e formação. Os tópi-
rum Ascensores, no Auditório Industrial do
Liftech, S.A.
cos são apresentados por oradores de
Minho, em Braga. Dos assuntos abordados
Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839
renome de todo o mundo no Fórum VFA
destaca-se as importantes diretivas para
info@liftech.pt • www.liftech.pt
da Interlift 2015, e as comunicações serão
ascensores e qual a melhor relação com as
traduzidas em simultâneo para alemão/
empresas dos mesmos, a enumeração de
inglês/alemão.
estratégias para uma maior eficiência energética e desempenho e as diferenças entre ascensores hidráulicos e gearless.
ExpoElevador 2014 já com 90% das áreas vendidas ExpoElevador Tel.: +22 26 489 751 • expoelevador@gmail.com www.expoelevador.com.br
A V edição da ExpoElevador, que decorre a 12 e 13 de agosto de 2014, já está com pra-
A Interlift 2013 superou as melhores mar-
ticamente 90% de áreas destinadas aos
cas até à data desde a sua estreia em 1991,
expositores vendidos. Com a participação
e por isso esta feira da especialidade em
de associações da Argentina, China, Itália,
técnicas de elevadores tornou-se há muito
Alemanha e Espanha, o evento conquis-
Este é um equipamento particularmen-
tempo num evento incontornável no setor.
tou credibilidade no setor internacional,
te adequado para ambientes domésticos
Em 2013, 70% dos 515 expositores eram
tornando-se a porta de entrada para as
ou espaços públicos, onde não é possí-
oriundos de 40 países diferentes e recebeu
empresas que procuram conquistar es-
vel aplicar nenhum sistema destinado ao
a visita de cerca de 19 mil visitantes de 84
paço no mercado latino-americano atra-
transporte de cadeira de rodas. Ocupa
países, cerca de mais de 10 mil visitantes.
32
elevare
Notícias e Produtos Esta internacionalização em contínua evo-
experiência de oito anos na área dos eleva-
nha-céus de 213 metros para investigar e
lução ao longo dos anos é o verdadeiro
dores e escadas rolantes. A forte presença
desenvolver novos elevadores. A Toshiba e
motor de crescimento da Interlift.
no mercado angolano, onde já se encon-
o grupo japones Mitsubishi Electric são ou-
tram há duas décadas, e a experiência na
tros grupos empresariais também conheci-
instalação de aparelhos da marca Schindler
dos por desenvolverem elevadores.
Pinto & Cruz em Moçambique
será bastante importante nesta fase inicial
Pinto & Cruz
dada a proximidade com Moçambique.
Tel.: +351 226 150 500/707 225 500 Fax: +351 220 400 909 • office@pintocruz.pt www.pintocruz.pt
Elevador mais rápido do mundo anda a 72 km/h
SEW-EURODRIVE partilha conhecimento técnico especializado em seminário SEW-EURODRIVE PORTUGAL
O Grupo Pinto & Cruz, em dezembro de
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
2014, alargou as suas fronteiras de negócio
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
com a entrada no mercado moçambicano através da aquisição de uma participação
Na vanguarda da formação técnica, a
maioritária no capital social da Tecno Ele-
SEW-EURODRIVE Portugal organizou a 6
vadores, Lda., reforçando assim a sua pre-
de novembro em Setúbal, um Seminário
sença no continente africano.
Técnico sobre as soluções SEW ao nível
A Tecno Elevadores, sociedade de direito
com a participação de cerca de 80 clientes
dos Redutores Industriais. O evento contou moçambicano, é detida em 90% pela P&C
SEW-EURODRIVE Portugal. No evento, mo-
SGPS e os restantes 10% pelo anterior pro-
A empresa japonesa Hitachi anunciou o de-
derado pelo seu Diretor Geral, Nuno Sarai-
prietário, Fernando Ramos Julião. Constituída
senvolvimento do elevador mais rápido do
va, os temas centrais remeteram para as
em dezembro de 1996, e tendo como nome
mundo, capaz de subir 94 andares em ape-
Soluções SEW na área dos Redutores In-
original Tecnel Elevadores, Lda, dedica-se à
nas 43 segundos, o que equivale a uma ve-
dustriais. João Guerreiro, Diretor Comer-
comercialização, instalação, manutenção e
locidade de 72 quilómetros por hora. O novo
cial, abriu a formação técnica começando
reparação de elevadores e equipamentos de
modelo bate assim o anterior recordista, um
por dar as boas-vindas a todos os presen-
elevação, sendo uma referência no país. Ao
elevador de uma torre de Taiwan, cuja cabi-
tes e apresentando as mais recentes novi-
longo da sua existência a empresa já sofreu
ne alcança os 60 km/h. Para conseguir obter
dades da SEW-EURODRIVE.
diversas alterações na estrutura, tendo
um aparelho mais veloz, o grupo nipónico diz
inicialmente o nome de Schindler Moçam-
ter desenvolvido um sistema com motores
bique, Lda. entre 2000 e 2009, período em
mais poderosos e reduziu o peso dos cabos.
que teve como sócio a Schindler Lifts, Lda.
As técnicas de estabilização também foram otimizadas.
Desde a sua fundação que é representante exclusivo da marca Schindler no merca-
Dois elevadores com o novo sistema, ainda
do moçambicano, sendo responsável por
em fase de protótipo, irão ser instalados
algumas das grandes instalações de ele-
num arranha-céus chinês de 530 metros
vadores como o edifício do Ministério dos
com 111 andares em 2016. O edifício terá ainda
David Braga, Responsável pelo Departa-
Transportes e Comunicação, a sede da Vo-
mais 95 elevadores que serão modelos ante-
mento de Serviços SEW Portugal e espe-
dacom, o edifício do Millenium Park, a sede
riores com um desempenho inferior. Segundo
cialista em Redutores Industriais, abordou
do Barclays Bank Moçambique e o Banco de
a Hitachi, a construção em força de arranha-
os temas relacionados com a Gama de
Moçambique. Num passado mais recente,
céus na China faz com que este país alimente
Redutores Industriais SEW - Séries X e P e
a empresa tem sentido alguma dificulda-
60% do mercado dos elevadores. Vários gru-
com os Serviços especializados em Redu-
de em manter os padrões de qualidade de
pos industriais japoneses estão envolvidos na
tores Industriais disponíveis para os clien-
serviço exigidos pelos clientes e pelo mer-
construção de elevadores, que deixaram de
tes. Como convidado internacional este Se-
cado moçambicano, isto porque devido ao
ser máquinas simples para passarem a ser
minário contou com a presença do colega
desenvolvimento do país houve um maior
tecnologia de ponta, controlada por sistemas
da SEW Alemanha, Hans-Günther Welters,
crescimento na construção de edifícios ha-
eletrónicos cada vez mais complexos.
que se debruçou sobre algumas Aplicações
bitacionais e de serviços, com um grau de
em Redutores Industriais, nomeadamente
complexidade e exigência mais elevado, e a
A Hitachi começou a produzir elevadores para
somar a isso, com o desenvolvimento tec-
arranha-céus em 1968, com uma velocidade
O convidado especial, Alves Machado da
nológico houve uma maior necessidade de
de 18 quilómetros por hora (300 metros por
Empresa EUROCRANE – Equipamentos de
recursos técnicos e humanos adequados. O
minuto), para equipar uma das primeiras tor-
Elevação, versou acerca dos Guindastes
Grupo Pinto & Cruz pretende reverter esta
res de Tóquio, no centro da capital japonesa.
EUROCRANE (JIB CRANE), com a engenharia
situação levando o know-how adquirido na
Recentemente, o grupo adquiriu um arra-
portuguesa ao serviço da indústria.
Transportadores e Sistemas de elevação.
elevare 33
Notícias e Produtos Centro de Competências REABILITAR
Para quantificar estes benefícios, os variado-
n.° 129/2002 de 11 de maio, alterado pelo
res das séries 3G3MX2 e 3G3RX incorporam
Decreto-Lei n.° 96/2008 de 9 de junho, com
Schmitt+Sohn Elevadores
um algoritmo que informa o utilizador da pou-
exceção das que tenham por objeto partes
Tel.: +351 229 569 000 • Fax: +351 229 569 009
pança energética obtida, sem necessidade de
do edifício ou frações autónomas destinados
info@schmitt-elevadores.com
utilizar equipamentos externos de medição.
a usos não habitacionais. No âmbito deste regime, as obras estão ainda dispensadas de
www.schmitt-elevadores.com
Os variadores das séries 3G3MX2 e 3G3RX
alguns requisitos mínimos de eficiência ener-
A Schmitt+Sohn Elevadores criou, em Por-
têm um algoritmo que permite ao utilizador
gética e qualidade térmica, e não é obrigatória
tugal, o primeiro centro de Investigação &
efetuar a monitorização da energia e do valor
a instalação de gás nos edifícios intervencio-
Desenvolvimento do setor especificamen-
poupado na instalação, em relação a um siste-
nados. De acordo com o Governo, no mesmo
te para a área da Reabilitação Urbana. O
ma que não utiliza um variador de frequência.
documento, este novo regime surge numa
Centro de Competências REABILITAR da
Para efetuar a monitorização não necessita
altura em que "a reabilitação do edificado exis-
Schmitt+Sohn prevê o desenvolvimento
de nenhum equipamento de medição, apenas
tente em Portugal representa apenas cerca de
de produtos e serviços que respondam às
tem de introduzir nos parâmetros do variador
6,5% do total da atividade do setor da cons-
várias necessidades da reabilitação urbana.
o preço do kWh e a potência do motor. Du-
trução, bastante aquém da média europeia de
Para além dos ascensores padrão, desen-
rante o funcionamento, o variador calcula a
37%." Pode também ler-se que "a política do
volve elevadores à medida de cada projeto,
poupança obtida em kWh e o valor da energia
ordenamento do território do Governo dá priori-
ajustando assim o equipamento às neces-
poupada. Estes valores podem ser visuali-
dade a uma aposta num paradigma de cidades
sidades e constrangimentos técnicos da
zados em qualquer momento na consola do
com sistemas coerentes e bairros vividos."
reabilitação.
variador, e realizar a monitorização ou análise da amortização do investimento. A Omron contribui, deste modo, para reduzir os custos
Plataforma de Escada
associados à produção industrial, permitindo
Liftech, S.A.
aos clientes que utilizam estes variadores
Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839
serem mais competitivos e cada vez mais
info@liftech.pt • www.liftech.pt
comprometidos com a preservação do meio ambiente.
Esta é uma solução aplicável para vencer uma escada (reta ou com curvas). Ao serem equipamentos pensados para o
Regime Excecional para Reabilitação de Edifícios publicado em Diário da República
transporte de cadeira de rodas podem, no
O novo Regime Excecional para a Reabilita-
aplicados tanto no interior como no exte-
entanto, incorporar um assento para a utilização de pessoas autónomas. Podem ser
Variador 3G3RX poupa energia e calcula a poupança na sua fatura elétrica
ção de Edifícios já foi publicado em Diário da
rior tendo, neste caso, cuidados especiais
República, nomeadamente através do Decre-
de construção.
Omron Electronics Iberia, S.A.
durante 7 anos. Este documento estabelece
Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899
um regime excecional e temporário aplicado
info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt
à reabilitação urbana de edifícios ou trações,
to-Lei n.º 53/2014 de 8 de abril, e irá vigorar
cuja construção tenha sido concluída há pelo menos 30 anos, ou que se localizem em áreas de reabilitação urbana, sempre que estejam afetos ou se destinem a ser afetos, total ou predominantemente, ao uso habitacional. As operações urbanísticas feitas no âmbito deste regime dispensam o cumprimento de Normas técnicas de acessibilidades previstas no regime que define as condições de acessibiliA Omron, consciente de que no ambien-
dade a satisfazer no projeto e na construção
te industrial atual a redução de custos de
de espaços públicos, equipamentos coletivos
produção é fundamental para manter a
e edifícios públicos e habitacionais, aprovadas
competitividade das empresas e torná-las
pelo Decreto-Lei n.° 163/2006 de 8 de agosto.
viáveis, tem promovido ao longo dos últimos
Destaque também para a dispensa do cum-
anos a utilização de acionamentos com varia-
primento de requisitos acústicos previstos
As caraterísticas desta plataforma de es-
dor de frequência e os seus benefícios na pou-
no Regulamento dos Requisitos Acústicos
cada passam por exigirem uma largura
pança de energia nos processos industriais.
dos Edifícios, aprovado pelo Decreto-Lei
mínima para a escada, a função do traçado
34
elevare
PUB
Notícias e Produtos e do modelo de plataforma. Incorporam to-
primeira empresa do setor de elevadores
funcionam também como o recurso prin-
dos os sistemas de segurança necessários
a nível mundial, certificada no Ecodesign
cipal da atividade desenvolvida ao nível da
como sensores de deteção de obstáculos,
segundo a Norma ISO 14006 e as soluções
formação profissional técnica, conceben-
limitadores de velocidade, fins de curso,
Orona 3G X-15 e X-16 obtiveram a máxima
do módulos de formação que permitem a
entre outros. Em casa de falha de rede po-
certificação energética de Classe AAA, ava-
transmissão de conhecimentos teóricos
dem funcionar a partir de baterias. Pode-se
liada pelo prestigiado organismo europeu
e práticos ajustados às reais necessida-
parquear a plataforma recolhendo-a na sua
Liftinstitut B.V, segundo a Norma VDI 4707
des internas (da SEW) e externas dos seus
posição vertical para minimizar o espaço
nas 5 categorias de utilização estabele-
clientes, otimizando o desempenho dos
ocupado. A colocação da plataforma nesta
cidas, tanto para o consumo em standby
profissionais no exercício das suas ativida-
posição pode ser automática, assim como a
como em funcionamento.
des quotidianas. Em setembro de 2013, a SEW-EURODRIVE Portugal foi certificada
sua colocação em posição de serviço.
como entidade formadora, no âmbito do disposto na Portaria n.° 851/2010, de 6 de se-
Orona: eficiência energética com as novas cabinas 3G
Certificação da SEW-EURODRIVE Portugal como Entidade Formadora
Orona Portugal
SEW-EURODRIVE PORTUGAL
áreas de educação e formação: 520 - Enge-
Tel.: +351 219 154 790/ 227 169 740
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
nharia e técnicas afins, 523 - Eletrónica e au-
lisboa@orona.pt • porto@orona.pt
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
tomação. É, assim, reconhecido o empenho
tembro, alterada e republicada pela Portaria n.° 208/2013 de 26 de junho nas seguintes
da SEW-EURODRIVE Portugal na prestação
www.orona.pt
A SEW-EURODRIVE Portugal é uma empre-
de serviços de alta qualidade em Sistemas
sa do grupo SEW-EURODRIVE GmbH & Co.,
de Acionamento Eletromecânicos, de valor
um importante grupo industrial multinacio-
reconhecido pelos clientes, em ambiente de
nal, atualmente com 15 fábricas de produ-
melhoria contínua da performance económi-
ção e 75 centros de montagem distribuídos
ca, financeira e da qualidade de serviço.
por 44 países. O objeto da sociedade SEW-EURODRIVE Portugal consiste na produção e comercialização de produtos relacionados com as técnicas de transmissão e eletrónica de potência como motorredutores, motores elétricos e controladores eletrónicos da marca SEW; produção, importação e exportação de outros produtos industriais, designadamente componentes para transmissão mecânica, autómatos e componentes eletrónicos; e a prestação de serviços A Orona apresenta-se como uma empresa
relacionados com aqueles produtos como
de referência comprometida com a susten-
a instalação, manutenção e formação pro-
tabilidade, a partir de um ponto integral e
fissional. A SEW Portugal dispõe de uma
estratégico. A sua principal novidade são as
valiosa equipa de recursos humanos com
Renovado Palácio da Pena com elevadores ecológicos
cabinas Orona 3G com um menor peso que
elevadas competências técnico-profissio-
O Palácio da Pena, em Sintra, terminou em
reduzem em 20% o impacto na utilização
nais nas suas áreas de atuação. Na vertente
abril a remodelação de três espaços que
de materiais, resultando geralmente num
operacional do negócio a equipa é compos-
já podem ser usufruídos pelo público: loja,
menor impacto em termos ambientais ao
ta por colaboradores experientes nas áreas
cafetaria e restaurante. Segundo a Parques
longo da vida do ascensor (84%). As cabi-
da eletromecânica, mecatrónica e eletróni-
Sintra – Monte da Lua, gestora da Pena e de
nas incluem kits ECO de série, uma ilumina-
ca, capazes de executar as mais complexas
outros espaços na zona, a intervenção "vem
ção eficiente que poupa até 50% da ener-
operações com curtos prazos de entrega,
dar resposta ao aumento constante do núme-
gia consumida em funcionamento e 100%
à medida das necessidades de cada cliente.
ro de visitantes" do palácio (que, adiantam, em 2013 recebeu cerca de 780 mil visitan-
em modo standby. Na sua conceção foram desenvolvidos processos específicos sem
O Departamento de Engenharia da SEW
tes), além de facilitar as visitas dos cidadãos
soldadura e nem pintura para garantir
Portugal é composto por engenheiros e
com mobilidade condicionada. Os três espa-
uma montagem mais ergonómica e facili-
técnicos especializados em mecânica, ele-
ços, um investimento de 750 mil euros, são
tar a manutenção posterior do elevador.
tricidade, mecatrónica e eletrónica, respon-
exclusivos para os visitantes do parque e do
Também desenvolveram uma nova porta
sáveis pelo apoio aos clientes na definição
palácio e estão abertos todos os dias das 10
Solid, mais robusta e resistente, concebida
e implementação dos produtos e soluções
às 19 horas.
especialmente para a sua utilização em ins-
para as diversas aplicações. As competên-
Entre as novidades, destacam-se os dois
talações com imenso tráfego. A Orona é a
cias e a experiência dos seus colaboradores
elevadores que entram ao serviço, constru-
36
elevare
Notícias e Produtos ídos a partir da área antes ocupada por um
carro que esteve exposto no local. O primei-
Domuslift da Liftech
simples monta-cargas. Um dos elevadores
ro Mustang foi apresentado numa campa-
Liftech, S.A.
fica ao serviço do público permitindo uma
nha televisiva a 16 de abril de 1964, antes de
Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839
"melhor acessibilidade entre os três pisos, no-
ser exibido na Feira Mundial de Nova Iorque,
info@liftech.pt • www.liftech.pt
meadamente para os visitantes com mobilida-
a 17 de abril, e o automóvel começou a ser
de reduzida." Os novos elevadores obedecem
comercializado nesse mesmo dia.
também a critérios ecológicos, já que ambos
O Domuslift é um elevador projetado para responder às necessidades de mobilidade
possuem um sistema de geração de energia
vertical em edifícios públicos e privados, proporcionando uma maior comodidade
tamente no funcionamento dos elevadores
Elevado padrão de qualidade para cumprir necessidades de monitorização
(iluminação, ventilação e som).
Omron Electronics Iberia, S.A.
mobilidade condicionada porque confere-
Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899
lhe autonomia, libertando-as da utilização
info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt
das escadas. Disponibiliza-se uma grande
que utilizam para seu próprio consumo: a energia gerada na descida é utilizada dire-
e conforto aos utentes. Esta é a solução adequada para as pessoas idosas e/ou com
Mustang sobe Empire State de elevador no 50.º aniversário
Uma alimentação comutada com eleva-
assim como diferentes tamanhos. Tem a
Para recriar uma das ações que marcaram o
da imunidade ao ruído em todos os K8AK
vantagem de ser facilmente adaptável a
lançamento do Mustang original, há 50 anos,
garante uma elevada fiabilidade. A Omron
qualquer espaço, e de se integrar em qual-
a Ford colocou uma unidade do novo modelo
lançou uma nova gama de produtos de mo-
quer ambiente, valorizando o mesmo. Pos-
no topo do Empire State, o prédio mais alto de
nitorização, a série K8AK/K8DS, que oferece
sui um design italiano e disponibiliza uma
Nova Iorque com 102 andares. O automóvel
uma ampla gama de produtos de monito-
grande variedade de acessórios e acaba-
ficou exposto no mirante do prédio (que fica
rização num formato compacto (22,5 milí-
mentos de elevada qualidade de acessó-
no 86.º andar), a quase 400 metros de altura
metros e 17,5 milímetros) para instalação
rios e acabamentos de elevada qualidade,
(são 373,2 m até o último andar e 381 m até
em calha DIN. Esta nova gama é baseada na
assim como diferentes tamanhos.
o telhado, sendo 443,2 m contando a ante-
reconhecida série de produtos de monitori-
na) nos dias 16 e 17 de abril. "Nova Iorque é
zação K8AB e foi desenvolvida segundo os
uma das maiores cidades do mundo e o lugar
standard globais de potência e segurança.
onde a história do Ford Mustang começou há
Os designers também melhoraram o de-
50 anos", afirmou Mark Fields, Chefe de Ope-
sempenho global dos produtos e concebe-
rações da Ford. "Estavamos empolgados em
ram um circuito de alimentação de alta qua-
visitar esse marco arquitetónico que foi o co-
lidade para garantir uma ótima imunidade
ração do horizonte de Manhattan há 83 anos,
a ruídos.
diversidade de acessórios e acabamentos,
com a nova geração do carro que é a alma da Ford." E como é que o carro subiu 86 andares? Não foi de guindaste nem de helicóptero mas pelo elevador. Quando o edifício foi aberto, em 1931, ninguém imaginou transportar um carro nos seus elevadores mas em 1965 um
A série K8 é composta por 11 modelos, in-
protótipo do Mustang conversível foi corta-
cluindo modelos para a monitorização de
do em três partes, juntamente com o pára-
tensão e corrente em sistemas monofási-
-brisa, para caber nos elevadores. "A nossa
cos, monitorização de tensão em sistemas
O Domuslift é o elevador indicado para
equipa trabalhou duplamente para garantir
trifásicos, nível de condutividade e tempe-
moradias (novas ou existentes) propor-
que o Mustang possa subir nos elevadores",
ratura. Este novo produto carateriza-se
cionando estilo e comodidade de vida po-
afirmou Dave Pericak, engenheiro-chefe do
pela simples parametrização no frontal do
dendo também ser utilizado em edifícios
Mustang. "Tal como a equipa que fez o mes-
equipamento (exceto K8AK-PH e K8DS-PH),
públicos. Pode ser fornecido com uma es-
mo em 1965, os nossos profissionais visita-
um LED indicador de alimentação, ativa-
trutura autoportante envidraçada ou pode
ram o Empire State Building e tiraram medidas
ção da saída, e estado do alarme (incluindo
ser montado em caixa de alvenaria tradi-
cuidadosas dos novos elevadores e portas an-
K8AK-AS/AW/VS/VW/PW/PM/PA), um DIP
cional, estando disponível numa grande
tes de cortar o carro." É um grande desafio,
switch de configuração (exceto KA8K-PH &
variedade de modelos de interior e exte-
principalmente tendo em conta que o novo
K8DS-PH). Destaca-se ainda pelo seu corpo
rior. Pode ser montado sem poço (embora
Mustang é 18 centímetros mais comprido e
compacto de 17,5 mm (K8AK-PH) e 22,5 mm,
o ideal seja prever um poço com 10 cm) e
10 cm mais largo do que o original. Quando
responde aos standard globais de potência
o pé direito do piso superior pode ser de
tudo subiu os 86 andares, os técnicos tive-
e segurança e tem uma ótima imunidade ao
apenas 245 cm. Utiliza uma alimentação
ram menos de seis horas para remontar o
ruído de frequência elevada.
de 220 V monofásica, ou 3 x 380 V tri-
elevare 37
Notícias e Produtos fásica, e o seu consumo é muito reduzido
te ainda um controlo de acessos através
des alterações na conceção da porta do
(inferior a uma máquina de lavar domésti-
da pronúncia da senha e a identificação de
ascensor se pretende substituir o aciona-
ca). Este elevador é muito silencioso, tem
voz em diversos idiomas.
mento mecânico do bloqueio de portas por
dimensões reduzidas e é fácil de adaptar
um elétrico. Assim, o SOL-AV é sobretudo
a qualquer espaço, tendo uma Classe A de eficiência energética.
Identificação por voz para elevadores Pinto & Cruz
adequado para uma montagem posterior
Schmersal: solenóide para dispositivos de bloqueio de portas
em ascensores já existentes.
Tel.: +351 219 593 835 • Fax: +351 219 594 283
Armazenamento prolongado de redutores
info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt
SEW-EURODRIVE PORTUGAL
Schmersal Ibérica, S.L.
Tel.: +351 226 150 500/707 225 500
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
Fax: +351 220 400 909 • office@pintocruz.pt
O Grupo Schmersal apresentou um novo
www.pintocruz.pt
solenóide para o acionamento elétrico di-
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
reto dos dispositivos de bloqueio de portas
Dependendo das condições de acondicio-
Na procura constante de soluções inova-
AV. O solenóide, denominado SOL-AV, des-
namento e período de armazenamento, os
doras e que vão ao encontro das necessi-
taca-se pelo seu formato extremamente
redutores podem/devem ser fornecidos
dades dos clientes e do mercado em ge-
compacto e pode ser montado inclusiva-
com diferentes tipos de proteção. Da Ta-
ral, a Pinto & Cruz apresentou o primeiro
mente em perfis muito pequenos (50 x
bela conclui-se que, para períodos de ar-
sistema mundial de identificação por voz
50 mm) em quadro ou em barra da por-
mazenamento de redutores superiores a
para elevadores. Mas como funciona o
ta. Apesar destas compactas dimensões
6 meses é necessário proteger o redutor
sistema? A cabine possui na botoneira
alcança uma força de acionamento muito
para um Armazenamento Prolongado.
de registos um botão extra que, depois
elevada, uma vez que durante o momento
de pressionado, solicita aos passageiros
de ligação, a bobina encapsulada do íman é
Existem algumas ações para o Armazena-
para pronunciar o seu destino sendo assim
ativada por um dispositivo eletrónico.
mento Prolongado: proteger com um pro-
transferidos para o andar desejado ao di-
duto anticorrosivo todas as superfícies ex-
zer apenas, e por exemplo, primeiro piso,
teriores não pintadas, maquinadas; retirar o
piso dois, saída, entre outros. Também é
respiro, colocar um bujão e encher o redutor
possível pronunciar o nome de um indiví-
com um produto inibidor de corrosão ou, em
duo ou empresa ou qualquer outra palavra
alternativa, atestar a unidade com o lubrifi-
relacionada com o piso pretendido como
cante adequado; controlar de 6 em 6 meses
consultas, internamentos, serviços admi-
a evolução geral do estado da pintura da
nistrativos, e outros.
unidade e retocar as áreas em que a pintura tenha sido removida ou esteja degradada; ar-
Os utilizadores podem utilizar o elevador
mazenar a unidade numa zona arejada, sem
de uma forma convencional, pressionan-
Através da combinação com o solenóide
grandes diferenças de temperatura ao lon-
do os botões de registo de cabina, permi-
SOL-AV, o programa completo dos dispo-
go do dia e sem humidade; não submeter a
tindo numa fase de transição para o sis-
sitivos de bloqueio de portas AV (incluin-
unidade a vibrações decorrentes do normal
tema de identificação por voz manter, em
do as séries AV 25 e AV 28 para portas de
funcionamento de outras máquinas; rodar
simultâneo, as duas soluções. O botão ex-
dupla folha) possuem agora um âmbito de
periodicamente o veio de entrada da unida-
tra foi especialmente projetado para ser
aplicação muito maior. O fabricante de as-
de, de forma a alterar o posicionamento dos
acessível aos utilizadores com mobilidade
censores já não necessita de efetuar gran-
rolamentos/elementos rolantes.
reduzida, de cadeira de rodas bem como pessoas com deficiência visual. As outras vantagens do sistema passam por ser aplicável em qualquer modelo ou marca de elevador independentemente da data da sua instalação, uma maior facilidade e rapidez no acesso de visitantes ou habitantes do edifício. Permite uma economia do tempo em grandes edifícios (escritórios, hospitais, serviços públicos, entre outros), aliado à sua grande precisão e redução de defeitos de movimento no interior do edifício. E este sistema mundial de controlo de elevadores por voz permi-
38
elevare
Dossier: Reabilitação
Dossier de Eletrónica e Conetividade nos Elevadores Fernando Maurício Dias
O Homem já domina a técnica das grandes construções há vários séculos, no entanto, um problema que se colocava era “como subir”. Efetivamente, o elevador veio dar resposta a esse problema. Inicialmente, controladores mecânicos eram usados para permitir o movimento do elevador de acordo com as instruções dos utilizadores. Mais tarde, muitas partes mecânicas foram substituídas por partes elétricas. A automação dos elevadores permitiu dotá-los de “inteligência”, facilitando a realização de diversas funções de uma forma fácil, ou seja, com o apertar de um botão, todas as operações de fechar porta, arrancar, contar os andares, parar, nivelar e abrir a porta automaticamente. No princípio, toda esta automação foi realizada através de sistemas de relés eletromecânicos (esta técnica ainda existe em vários elevadores). Até à década de 80 esta tecnologia pouco evoluiu devido ao facto de ser suficiente para as necessidades da época. No entanto, com a entrada da tecnologia dos microprocessadores, os elevadores evoluíram significativamente. Os comandos com microprocessadores são muito mais fiáveis, logo, menos sujeitos a falhas. Com esta tecnologia o elevador ganhou novos horizontes: o controlo do tráfego é otimizado, o consumo de energia é reduzido, o interface com o utilizador é mais amigável (indicadores digitais, anunciador de voz, barreiras de infravermelhos, comunicação bidirecional, proteção para chamadas falsas, entre outros). Hoje, em boa verdade, o elevador não é considerado um bem de consumo que, passado algum tempo, é substituído por outro novo. Assim, para ultrapassar esta dificuldade opta-se por efetuar a sua modernização tecnológica, ou seja, uma reforma que substitui os quadros de comando antigos por outros com tecnologia recente. Outros componentes mecânicos, porque possuem uma vida útil mais longa, são aproveitados (máquina de tração, guias, portas, …).
elevare 39
Dossier: Eletrónica e Conetividade
Garantia da proteção de pessoas em instalações elétricas (1.a Parte) Sérgio Ramos Instituto Superior de Engenharia do Porto
Introdução
sas) normalmente sem tensão ligadas
Nas sociedades modernas atuais não conce-
ao condutor de neutro;
bemos o nosso estilo de vida sem a utilização
ra, e que garante a condição de explora-
de energia elétrica. O uso e a exploração das
ção do condutor neutro da instalação, e
transformador isolado ou ligado à terra
instalações elétricas e dos equipamentos a
as partes metálicas empunháveis (mas-
através de uma impedância, e as partes
elas ligadas requerem meios de proteção
sas), normalmente sem tensão, ligadas
metálicas empunháveis (massas) nor-
adequados, de forma a garantir a segurança
diretamente à terra;
malmente sem tensão ligadas direta-
TN - Ponto neutro do secundário do
mente à terra.
de pessoas e bens. O presente artigo aborda,
>>
>>
IT - Ponto neutro do secundário do
de uma forma breve, e sucinta as medidas
transformador ligado diretamente à ter-
ativas e operativas na conceção e utilização
ra, e que garante a condição de explora-
O quadro seguinte resume o significado do
das instalações elétricas para garantir a se-
ção do condutor neutro da instalação, e
primeiro e segundo dígito de cada um dos
gurança dos seus utilizadores.
as partes metálicas empunháveis (mas-
diversos regimes de neutro.
Quadro 1. Codificação dos regimes de neutro.
Regimes de Neutro A conceção e garantia da proteção de pesso-
Define a situação do ponto
as e bens, decorrentes da utilização das ins-
Neutro em relação à Terra
1.ª Letra
talações elétricas, estão intimamente ligaT
modo sucinto, existem três tipos de regimes de neutro: >>
T
TT - Ponto neutro do secundário do transformador ligado diretamente à ter-
I
Figura 1. Esquemas de regime de neutro em Corrente Alternada. Fonte: Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT).
40
elevare
2.ª Letra
Designação
das com o tipo de regime de neutro imposto para uma dada instalação. Assim, e de um
Define a situação da ligação
Ponto Neutro Ligado à Terra Ponto Neutro Ligado à Terra Ponto Neutro Isolado da Terra
das Massas Designação
T N T
Massas Ligadas Diretamente à Terra Massas Ligadas Diretamente ao Neutro Massas Ligadas Diretamente à Terra
Dossier: Eletrónica e Conetividade As figuras anteriores ilustram os esquemas dos diversos sistemas de regime de neutro em Corrente Alternada. Em função do tipo de sistema de regime de neutro, os aparelhos que garantem a proteção de pessoas e bens pode variar entre aparelhos sensíveis à corrente residual diferencial, disjuntores magnetotérmicos ou corta circuitos fusíveis. Se a instalação estiver bem dimensionada qualquer um dos aparelhos de corte automático garantem eficazmente a proteção de pessoas e bens, não havendo um que se sobreponha ao outro em termos de eficácia. Figura 3. Defeito de isolamento num recetor alimentado por uma rede trifásica num regime de neutro TT.
Proteção de pessoas – O sistema TT Neste primeiro artigo versamos as medi-
proteção considere-se a Figura 3 que esquematiza um defeito de isolamento num recetor
das a ter em conta em instalações elétricas
alimentado por uma rede trifásica, cujo ponto neutro está diretamente ligado à terra.
com regime de neutro do tipo TT. Em caso de defeito de isolamento estabelece-se uma corrente no circuito de defeito (I d). A A proteção contra contactos indiretos (con-
proteção é assegurada se a diferença de potencial U c (tensão de contacto) entre a massa
tacto com uma massa que normalmente
sob tensão e um elemento condutor, suposto ao potencial da terra, não for superior ao
não está em tensão, mas que, acidentalmen-
limite perigoso. As duas condições às quais deve satisfazer a medida são as seguintes:
te e por defeito de isolamento de um con-
1. A corrente de defeito franco (R d =0 Ω) deve assegurar o funcionamento tão rápido
dutor ativo pode ficar em tensão – Tensão de Contacto Uc) visa defender as pessoas
quanto possível do dispositivo de corte automático; 2. Qualquer massa não pode ficar, em relação a uma tomada de terra eletricamente
contra os riscos a que podem ficar sujeitas
distinta, a um potencial superior a um limite considerado como perigoso (25 Volt –
em resultado de as massas ficarem aciden-
locais húmidos ou 50 Volt – restantes locais).
talmente sob tensão (RTIEBT – 131.2.12). O valor da corrente de defeito será obtido pela equação (1), em que U 0 é a tensão simples, R d a resistência do defeito (normalmente desprezável), R A a resistência de ligação à terra das massas (terra de proteção) e R B a resistência de ligação à terra do neutro (terra de serviço).
(1)
O valor da tensão de contacto será dado por UC, equação (2) e o valor da sensibilidade do Figura 2. Exemplo de um contacto indireto.
aparelho diferencial (I Δn) será dada pela equação (3).
Basicamente, as medidas ativas ou operativas consistem na garantia de ligação di-
(2)
reta das massas à terra e utilização de um aparelho de proteção de corte automático associado. É no aparelho de corte automá-
(3)
tico que se baseia a segurança desta medida e, em particular, na coordenação entre a regulação do dispositivo de corte e o valor da resistência de terra. A ligação das
O valor da tensão de contacto será dado por UC, equação (2) e o valor da sensibilidade do
massas à terra só é eficaz se o dispositivo
aparelho diferencial (I Δn) será dada pela equação (3). Entende-se por sensibilidade apare-
de corte automático associado obedecer
lho sensível à corrente residual diferencial o valor da corrente resultante de um defei-
às regras a seguir enunciadas. Para com-
to – corrente diferencial-residual estipulada I Δn – que faz abrir obrigatoriamente o circuito
preender o mecanismo desta medida de
defeituoso.
elevare 41
Dossier: Eletrónica e Conetividade dos dos tempos de funcionamento máximo e de não funcionamento em interruptores diferenciais devem obedecer ao disposto no Ponto 539.3 das RTIEBT. Por exemplo, no caso de utilização de aparelhos diferenciais do tipo geral, se o defeito for igual a duas vezes a corrente diferencial o disparo deve realizar-se em menos de 0,15 s, por outro lado se o defeito for igual ao valor da corrente defeito o disparo deve realizar-se em Figura 4. Exemplo de um aparelho de corte sensível à corrente residual diferencial.
menos de 0,3 s.
Quadro 2. Sensibilidades dos aparelhos diferenciais.
No que se refere ao valor a partir do qual o aparelho diferencial dispara, este pode
Sensibilidade
I∆n (mA)
Valores Típicos
Valores RA (Ω)
Alta sensibilidade
I ∆n ≤ 30
6; 10; 30 mA
R ≤ 1.666,67
Média sensibilidade
30 < I ∆n ≤ 500
100; 300; 500 mA
R ≤ 166,67
Baixa sensibilidade
I ∆n > 500
1; 3; 5; 10; 20 A
R ≤ 16,67
Na medida do possível a resistência de terra não deve exceder os 100 Ω (RTIEBT – 801.5.6.1).
tomar qualquer valor a partir dos 50% do valor da sensibilidade do dispositivo. Tipicamente, os aparelhos sensíveis a corrente residual diferencial são exclusivamente para instalações de Corrente Alternada (CA). A diferença encontra-se no tipo de correntes de fuga que são capazes de detetar. Assim,
Assim, e no caso de instalações com regi-
a instalação elétrica tenha uma equipa de
podem-se caraterizar e distinguir as seguin-
me de neutro TT, o aparelho de proteção
manutenção. Tipicamente, os aparelhos di-
tes classes:
que garante a proteção concomitante de
ferenciais distinguem-se pelo valor da sua
>>
pessoas e bens é o aparelho de corte sen-
sensibilidade. Assim o Quadro 2 apresenta a
fugas de Corrente Alternada. Esta é a
sível à corrente residual diferencial, vulgar-
distinção efetuada.
classe para as aplicações mais comuns
mente denominado de aparelho diferencial
Classe AC – capazes de detetar apenas
em Portugal;
(interruptor ou disjuntor diferencial). A sua
Relativamente ao tempo de atuação dos
abertura obriga o corte à primeira situação
aparelhos diferenciais e, de acordo com a
Corrente Alternada e Correntes Alterna-
da ocorrência do defeito. Não obriga a que
Norma EN 61008-1, os valores normaliza-
das com componente contínua (contínu-
Figura 5. Princípio de funcionamento de um aparelho diferencial.
42
elevare
>>
Classe A - capazes de detetar fugas de
PUB
as pulsantes), geradas por cargas não lineares, como por exemplo, retificadores de onda (tipo Ponte de Wheatstone); >>
Classe B - capazes de detetar fugas de Corrente Alternada, Corrente Alternada com componente contínua (contínuas pulsantes) e Correntes Contínuas alisadas. Ideais para variadores trifásicos, inversores, ascensores, equipamentos médicos e unidades de alimentação ininterrupta (UPS – Unit Power Supply).
A Figura 5 ilustra, de um modo muito sucinto, o princípio de funcionamento subjacente ao funcionamento de um aparelho diferencial residual. Na ausência de defeito a corrente da fase é igual à do neutro pelo que o fluxo da bobine da fase é igual à do neutro não havendo, assim, corrente induzida na bobine de deteção que aciona o relé. Os contactos permanecem fechados e a instalação funciona normalmente. Porém, na presença de um defeito de isolamento a corrente na fase será maior do que a do neutro, visto que há uma corrente de defeito para a terra, pelo que a diferença dos fluxos será diferente de zero, promovendo o aparecimento de uma corrente induzida na bobine de deteção que aciona o relé. Os contactos abrem e a instalação é desligada.
«A garantia da proteção de pessoas e bens pelo uso das instalações elétricas deve ser cuidadosamente dimensionado e projetado por técnicos devidamente habilitados»
Conclusão Neste primeiro artigo sobre a proteção de pessoas e bens decorrentes do uso das instalações elétricas, incidimos sobre as medidas a ter em conta nessas mesmas instalações elétricas com regime de neutro do tipo TT. De um modo simplista podemos afirmar que na presença deste regime de neutro o aparelho que garante a proteção de pessoas é o aparelho sensível à corrente diferencial residual. Há, no entanto, outros tipos de cuidado aquando do seu dimensionamento e instalação, nomeadamente no que se refere à escolha do valor da sensibilidade, quer respeitando regulamentos quer associados a valores de resistência de terra obtidos, na garantia de seletividade vertical numa cascata de sucessivas proteções diferenciais de diferentes respostas e sensibilidades, bem como na escolha de dispositivos diferenciais de alta imunização, os quais apresentam um ligeiro atraso intencional no disparo em relação aos instantâneos. A garantia da proteção de pessoas e bens pelo uso das instalações elétricas deve ser cuidadosamente dimensionado e projetado por técnicos devidamente habilitados, dado que não existe uma solução única para todas as situações, devendo todas serem alvo de uma rigorosa e séria avaliação.
Dossier: Eletrónica e Conetividade
Desenvolvimento Tecnológico dos Elevadores Carlos Gens Pinto & Cruz Elevadores e Instalações
O elevador tornou-se, sem dúvida, um dos
dispositivos eletromecânicos simples que
to de “coletivo” é utilizado como a forma que
sistemas de transporte mais utilizados e se-
recorriam a relés e contactores com con-
o elevador tem de colecionar e organizar as
guros do mundo. Neste artigo vou, de for-
tactos de grafite. Nos edifícios com poucos
chamadas na mesma direção. A partir daqui
ma resumida, explicar um pouco a evolução
pisos era possível estes terem um funcio-
evoluiu-se para o conceito de “duplex” que
deste equipamento ao nível do seu controlo
namento automático em manobra universal
consistia em chamar no piso o elevador mais
e o seu atual estado da arte.
(uma chamada por utilizador) e as motoriza-
próximo dos dois, com recurso a uma boto-
ções eram, regra geral, motores assíncro-
neira de chamada para os dois elevadores.
nos de uma velocidade. Nos edifícios com
Em alguns casos utilizava-se apenas a técni-
muitos pisos e com muito tráfego os co-
ca do par e impar, ou seja um elevador servia
mandos eram um pouco mais complicados
pisos pares e o outro servia pisos ímpares
já que na altura só existia a possibilidade de
mas havia sistemas bem mais complexos
regular a velocidade das máquinas através
que recorriam a matrizes de díodos e relés
de Corrente Continua com recurso a reósta-
para alcançar o objetivo de otimização.
tos, e assim cada elevador tinha um grupo gerador e uma máquina de tração de Cor-
Os comandos a relés ainda hoje são utiliza-
rente Continua. Ao nível da lógica de contro-
dos mas em situações muito específicas e
lo recorria-se a um manobrador, chamado
muito simplificadas.
de ascensorista que controlava a paragem, a velocidade e o atendimento, e cada vez que O elevador, segundo reza a história, é um
um utilizador carregava num botão acendia
equipamento já utilizado no tempo dos egíp-
uma luz de um quadro de alvos dentro do
cios mas, nessa altura, este seria apenas
elevador e aí o ascensorista sabia que tinha
para transporte de carga e era acionado por
de ir buscar alguém ao piso marcado. Esta
mão-de-obra escrava. Foi à cerca de 150
era a forma mais eficaz de juntar várias pes-
anos que Elisha Graves Otis numa feira da
soas que se deslocavam para a mesma dire-
época cortou a corda que suportava a pla-
ção de destino, a aceleração, desaceleração
taforma onde se encontrava e demonstrou
e velocidade eram controlados por uma ala-
assim a sua invenção, o elevador seguro,
vanca existente na cabina à semelhança da
perante o olhar estupefacto da assistência.
existente nos Carros Elétricos.
A partir daí o mundo dos elevadores evoluiu imenso com a possibilidade de se chegar
Entretanto a evolução continuou e com a
cada vez mais alto e mais rápido.
redução do tamanho dos componentes eletromecânicos, nomeadamente os relés, foi
Construíram-se elevadores com depósitos
possível construir elevadores mais autóno-
de água com nível variável no contrapeso,
mos e, consequentemente, substituiu-se o
com tração a vapor e pouco tempo mais tar-
ascensorista por enormes quadros a relés
de passamos para o acionamento elétrico, e
localizados nas casas das máquinas. Assim
é a partir daqui que todo um manancial de
nasceu aquilo que hoje chamamos de Cole-
equipamentos se desenvolve. Os comandos
tivo à Descida (CD) ou Subida (CS) e Coletivo
elétricos dos elevadores inicialmente eram
Seletivo Subida e Descida (CSD). Este concei-
44
elevare
Dossier: Eletrónica e Conetividade Há cerca de trinta anos atrás os enormes comandos eletromecânicos foram sendo substituídos por comandos eletrónicos que além de aumentarem as capacidades e versatilidade reduziram em muito a dimensão. Até aqui, no que respeita ao controlo de tração, os elevadores poderiam ter várias topologias de controlo, no que respeita aos elétricos passava pela utilização da topologia DC para grandes velocidades, duas velocidades, uma velocidade e elevadores hidráulicos com duas e uma velocidade para velocidades abaixo de 1 m/s. Ao nível do controlo de potência das máquinas de tração elétrica começou a ser possível, por exemplo, regular a velocidade das máquinas elétricas assíncronas, através do controlo por tiristores e injeção de tensão DC num enrolamento extra para fazer a frenagem das mesmas, o que fez com que se abandonasse a topologia DC lentamente. Com o aparecimento do conversor de frequência e dos comandos com placas eletrónicas dedicadas os elevadores tornaram-se equipamentos mais flexíveis, confortáveis, seguros e menos dispendiosos quer na instalação, manutenção e utilização. A eletrónica atualmente influencia o elevador em todos os aspetos, desde a gestão de cha-
Recorrendo à tecnologia de máquinas sín-
nologia ainda continua a avançar e como se
madas até ao controlo das máquinas de
cronas ou assíncronas de última geração,
costuma dizer o céu é o limite.
tração sendo elas puramente elétricas ou
variadores de frequência ligados direta-
hidráulicas, manutenção, monitorização e
mente aos comandos através de comuni-
Apesar de tudo de positivo que a eletró-
segurança.
cações e encoders absolutos que indicam
nica trouxe existe um senão: a utilização
com precisão milimétrica a posição da ca-
de software com protocolos específicos
Atualmente os comandos têm cablagem
bina na caixa é possível um elevador arran-
das marcas e consolas de monitorização
e dimensão muito mais reduzida graças
car de um piso e parar sem que o utilizador
específicas para cada marca, faz com que
a sistemas de comunicação robustos tipo
se aperceba que se tenha movido.
o dono do elevador fique dependente dos preços e peças apenas daquela marca o
“Can-Bus” e placas de comando extremamente pequenas recorrendo à tecnologia
No que respeita à gestão de chamadas
que provoca normalmente uma inflação
“SMD” (Surface-Mount Device) com capa-
ainda se utilizam os tradicionais “coletivos”
de preços não muito clara.
cidades de processamento enorme e ex-
agora com capacidade para gerir até 8 ele-
tremamente flexíveis através do seu sof-
vadores em bateria, mas a mais recente
Ainda existia muito mais para dizer mas a
tware. Com os variadores de frequência
tecnologia é o sistema de gestão de fluxo
tecnologia nos elevadores é tão diversa e
(elétricos) e válvulas de variação de cau-
de passageiros que consiste em juntar o
existiram e existem soluções tão interes-
dal (hidráulicos até 8 pisos) os elevadores
maior número de pessoas com os destinos
santes, que daria para escrever um livro,
tornaram-se extremamente confortáveis,
compatíveis. Para isso recorre a uma boto-
apenas e só, sobre tecnologia dos eleva-
compactos com extrema precisão de pa-
neira por piso com o teclado onde o utiliza-
dores. Por isso vou ficar por aqui deixando
ragem e muito mais eficientes do que os
dor indica o piso de destino e o sistema diz
um bem-haja a todos os que contribuíram
seus antecessores, atingindo velocidades
em qual o elevador deverá ir. Este sistema
e contribuem para que o nosso dia-a-dia na
até 17 m/s em edifícios com caixas de 800
reduziu os comandos de cabina apenas ao
deslocação vertical seja mais simples, se-
metros de altura.
botão de abrir portas e alarme. Mas a tec-
guro e confortável
elevare 45
Dossier: Eletrónica e Conetividade
Sistemas e Tecnologias para Elevadores Miguel Tato EFALIFT - Sistemas e Tecnologias para Elevadores
Este artigo pretende descrever a forma
com um componente que, entre outras fun-
como os circuitos eletrónicos têm vindo
ções, pode funcionar como um comutador
a substituir os circuitos eletromecânicos
extremamente rápido, barato, fiável, extre-
nos quadros de comando para
mamente pequeno e com um baixíssimo
elevadores, e de que modo essa
consumo energético. Depressa se chegou
substituição traz vantagens para todos:
à conclusão que toda a lógica baseada em
para o utilizador, para o instalador e,
eletromecânica poderia ser substituída por
indiretamente, para todos através da
este novo conceito de interruptor sólido
otimização da eficiência energética.
com imensas vantagens.
Desde que foi inventado no fim do sécu-
O elevador como transporte seguro de pes-
Os quadros de comando para elevadores
lo XIX, o elevador seguro para transporte
soas começou a ser amplamente utilizado
não foram exceção a esta revolução: da
vertical de pessoas dependia quase exclu-
desde a sua invenção e proporcionou o ar-
utilização de dezenas de dispositivos de co-
sivamente de dispositivos eletromecâni-
ranque da construção em altura em larga
mutação podia agora passar-se facilmente
cos para a implementação da sua lógica de
escala. Com o passar do tempo e o aumen-
para as centenas ou milhares e ainda assim
funcionamento.
to do número de utilizadores, as exigências
poupando em espaço e consumo energéti-
no funcionamento do elevador foram cada
co. As restrições que condicionavam o au-
Tal acontece porque a eletricidade é um fe-
vez maiores e pressionaram fortemente a
mento de complexidade deixaram de existir
nómeno físico que revela particular apetên-
melhoria da lógica do seu funcionamento. O
e abriram-se as portas para novos níveis de
cia para a aquisição de ordens, para o pro-
sempre crescente aumento de tráfego e da
lógica de funcionamento até então vedados.
cessamento lógico dessas ordens e para a
dimensão dos edifícios, aliada a uma socie-
realização de comandos baseados nessas
dade que, ao modernizar-se, se tornava cada
ordens processadas: é fácil implementar
vez mais exigente e apressada, requeria
uma ordem com um contacto elétrico, é fácil
cada vez mais complexidade na gestão das
processar essa ordem usando uma “lógica
chamadas de forma a otimizar o tempo de
de contactos”, e é fácil realizar um coman-
espera. Essa complexidade era conseguida
do usando um sinal elétrico num atuador
pelos projetistas através da utilização cria-
adequado.
tiva de mais e mais dispositivos eletromecâ-
«O estabelecimento de protocolos rápidos e seguros de comunicação eletrónica foi outro fator de melhoria»
nicos, interligando-se numa rede de lógica A utilização de eletricidade como força mo-
de contactos progressivamente maior. Os
A crescente miniaturização do transístor
triz é também bastante vantajosa quer pela
quadros de controlo dos elevadores come-
abriu caminho para outra invenção que im-
facilidade de construção de máquinas elétri-
çaram assim a tornar-se grandes e comple-
pulsionou ainda mais o desenvolvimento do
cas capazes de a produzir, quer pelo elevado
xos, utilizando quantidades consideráveis de
comando do elevador: o microprocessador.
rendimento energético que essas máquinas
energia apenas para o controlo.
Com um microprocessador, a lógica deixou de ser implementada com contactos e pas-
conseguem. De algumas décadas para cá a eletrónica é,
sou a ser programável. Passou-se de uma
Da conjunção de todos estes fatores não é
talvez, a disciplina tecnológica que mais tem
situação onde o quadro de comando era fei-
de admirar que o processo de eleição para o
vindo a evoluir. A invenção do transístor em
to à medida para cada caso para uma outra
comando de um elevador seja, desde há mais
1947 potenciou, de forma extraordinária,
em que o quadro é standard, e apenas se al-
de um século, feito através da eletricidade.
essa evolução, já que dotou os projetistas
teram parâmetros específicos à instalação.
46
elevare
Dossier: Eletrónica e Conetividade Além disso, novas funcionalidades podiam
do fabricante, do instalador e da ma-
agora ser implementadas de forma simples:
nutenção;
serviço de bombeiros, controlo de acessos,
>>
Elevada capacidade de processamento
chamadas prioritárias, um sem número de
de informação: possibilidade de imple-
regimes especiais antes impensáveis.
mentar algoritmos dinâmicos e ótimo atendimento de chamadas. Vantagem
O estabelecimento de protocolos rápidos
para o utilizador;
e seguros de comunicação eletrónica foi
>>
Funcionalidades acrescidas: controlo de
outro fator de melhoria introduzido: é pos-
acessos, chamadas prioritárias, alarme
sível transportar informação não crítica–
de incêndio, e muitas outras. Vantagem
–chamadas, entradas e saídas básicas – uti-
para o utilizador.
lizando poucos condutores. Este facto re-
>>
duz de forma substancial a quantidade de
Ferramentas de diagnóstico: ao ser mais “inteligente”, o comando informa – tipica-
condutores utilizados e, portanto, a quanti-
dução substancial do consumo energético
mente utilizando uma consola ou ligando
dade de cobre. A instalação da parte elétri-
e do espaço utilizado.
ao computador – de qual o seu estado
ca do elevador fica bastante simplificada.
e quais os erros de funcionamento. VanSendo por si só a otimização do consumo
tagem para a manutenção e para o uti-
energético um facto suficiente para que a
lizador.
Conclusão
substituição da eletromecânica pela eletró-
O que a eletrónica veio trazer de novo ao
nica seja fortemente recomendável, outros
zando comunicações eletrónicas conse-
universo dos quadros de comando de eleva-
há que se repercutem diretamente em be-
gue-se passar mais informação utilizan-
dores foi um facto simples mas de impacto
nefícios para todos:
do menos condutores elétricos, o que
elevado: ao utilizá-la foi possível aumentar
>>
>>
Redução da quantidade de cobre: utili-
Universalidade do quadro de comando:
reduz drasticamente o cobre utilizado
a complexidade da lógica de comando em
um mesmo quadro para qualquer ins-
na instalação. Vantagem para todos os
várias ordens de grandeza e com uma re-
talação. Vantagens do ponto de vista
intervenientes.
PUB
Case Study
Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei
compromisso perante a sociedade civil que
vista à obtenção de resultados satisfatórios
n.º 320/2002 a competência de gestão
consiste em manter o parque dos equipa-
e atingir os objetivos mensais e anuais do
e controlo das inspeções transferiu-se
mentos existentes no Concelho fiscalizado,
Serviço gestor desta área. Nesta triangu-
para as Câmaras Municipais. Este artigo
em prol da segurança de todos os utiliza-
lação todas as entidades envolvidas que
pretende levantar questões pertinentes
dores. Mas qual a razão de existir essa di-
referi precisam da colaboração umas das
e apontar caminhos para uma gestão e
ferença de gestão e controlo das inspeções
outras, direta ou indiretamente.
controlo eficaz das inspeções periódicas
quando o objetivo é o mesmo entre os vários
aos equipamentos de elevação.
Municípios? Está provado que um Município
O papel da Câmara Municipal, nomeada-
que dispõe de poucos equipamentos existen-
mente do serviço gestor, tem como prin-
te na sua área geográfica executa uma me-
cipal objetivo abarcar esta triangulação e
Ao longo destes últimos anos tem-se ve-
lhor gestão e controlo das inspeções? Não
fiscalizar os vários intervenientes no pro-
rificado que, de Município para Município, o
está. O modelo que pretendo apresentar
cesso das inspeções. No que respeita às
modelo de gestão e controlo das inspeções
nos próximos pontos poderá ser aplicado
Entidades Inspetoras, sendo uma parte im-
varia muito entre si e que tem influência nos
em qualquer Município independentemente
portante no processo das inspeções e habi-
resultados obtidos, quer na quantidade de
da dimensão do parque existente.
tualmente ser uma prestadora de serviços
inspeções realizadas, quer nos valores de
contratualizada pelo Município, é de todo
receita obtidos. Sim, não podemos escon-
A Triangulação
importante garantir e fiscalizar a eficácia
der que a receita obtida pela taxa cobrada
Na minha experiência como gestor na área
na realização das inspeções, nomeadamen-
por cada inspeção e/ou reinspeção tem um
de controlo das inspeções e gestão de ele-
te, o tempo de marcação e realização das
peso cada vez mais importante na gestão
vadores, considero que para haver uma
mesmas, a emissão dos relatórios em tem-
autárquica.
gestão eficaz nesta área é necessário fazer
po útil, a gestão processual do cadastro fí-
a triangulação entre as Entidades Inspeto-
sico dos vários equipamentos, a capacidade
Não obstante os valores de receita obtidos
ras, as EMIEs e as Administrações de Con-
de resposta às solicitações levantadas pelo
por uma gestão eficaz, as Câmaras Munici-
domínios. Compete à Câmara Municipal ge-
serviço gestor da Autarquia ou de outras
pais como entidades fiscalizadoras têm um
rir, de forma eficaz, esta triangulação com
entidades (EMIEs e Administrações de Condomínios/Proprietários), o acompanhamento diário e permanente ao email do serviço gestor autárquico, a emissão correta do mapa mensal com os resultados e validades dos equipamentos. No que respeita às EMIEs, o papel destas é mais abrangente. Se, por um lado, têm a função de realizar as manutenções aos abrigos dos contratos celebrados com os proprietários dos equipamentos, por outro lado deverão ter um papel participativo na ação de informação às Câmaras Municipais de todos os pormenores dos equipamentos sob a sua alçada de manutenção, ou seja, se entrou ou saiu da carteira de clientes, se os equipamentos estão em obras, comuni-
48
elevare
Case Study cação de acidentes. Compete à Câmara
tes. Normalmente a aplicação mais usada
Municipal fiscalizar/verificar corretamen-
para este tipo de gestão será uma base
te todas as comunicações fornecidas pe-
de dados construída em Access com pro-
las EMIEs contento informações com os
cedimentos simples, eficazes e rápidos
equipamentos.
para executar todas as tarefas inerentes ao serviço de gestão. Quantos mais proce-
Por último, a função fiscalizadora por
dimentos existirem na Base de Dados me-
parte da Câmara Municipal nas Adminis-
lhor é o controlo da gestão.
trações de Condomínios resume-se essencialmente pela verificação das validades
Esta base de dados deverá ser partilhada
expiradas dos equipamentos, comunicar
por todos os colaboradores que perten-
atempadamente a todas as Administra-
cem ao processo de gestão e controlo de
ções que tenham os equipamentos nessa
inspeções. Só desta forma será possível
situação e agir em conformidade com as
concentrar toda a informação e ser do co-
competências enquadradas ao abrigo do
nhecimento de toda a equipa.
Decreto-Lei n.° 320/2002. Qualquer base de dados corretamente deComo tenho vindo a referir, a Câmara Mu-
senhada e construída será capaz de res-
nicipal como entidade fiscalizadora deverá
ponder às questões pertinentes de forma
ser o motor para o bom funcionamento
rápida e concisa. A equipa de gestão ganha
deste triângulo. Se for descorada alguma
tempo e mais qualidade operacional.
das partes intervenientes no processo de gestão de inspeções podem surgir graves
>>
É controlado o número de inspeções que a Entidade Inspetora executa?
Implementação
É verificado na faturação mensal em
O modelo de gestão que tenho vindo a pre-
a inspeção à Câmara que por sua vez pro-
relação ao pedido de inspeções com o
conizar nestes últimos anos e que tenho
cede à marcação da mesma com a Entida-
que realmente é executado pela Enti-
feito uma pequena abordagem neste ar-
de Inspetora e que comunica às EMIEs. Em
dade Inspetora?
tigo, está implementado em 11 Municípios.
É feita a gestão financeira entre os cus-
A gestão eficaz do serviço de inspeções
dade de se efetuar correções, volta-se ao
tos das inspeções com a receita gerada
recorrendo à base de dados totalmente
início do processo com o novo pedido de
pelos pedidos de inspeção?
desenhada e pensada para a gestão de
problemas de gestão. E o caminho é fácil de entender: as Administrações solicitam
caso de reprovação, e havendo a necessi-
>>
>>
inspeções tem trazido resultados muitos
reinspeção, a marcação, entre outros. Ter sempre presente estas questões e fa-
satisfatórios e reconhecidos pelas entida-
zer com que as respostas às mesmas se-
des externas às Câmaras Municipais onde
Questões pertinentes
jam sempre possíveis de obtê-las de for-
está implementado o sistema e o modelo
Para uma boa gestão e controlo das inspe-
ma rápida e eficaz é o segredo para uma
de gestão.
ções não basta ter em conta o esquema da
boa gestão, quer ao nível de cadastro, quer
triangulação em mente.
ao nível financeiro.
O gestor autárquico deverá saber respon-
Ter a capacidade de adotar medidas de ges-
der tanto quanto possível a várias ques-
tão simples, práticas e eficazes será o ponto
controlo do parque existente e consequen-
tões que serão o ponto de partida para
forte para executar uma boa gestão e con-
te fiscalização para evitar que equipamen-
uma gestão controlada e com fortes pro-
trolo das inspeções.
tos estejam em funcionamento sem a de-
As EMIEs que operam nos Concelhos onde está implementado o modelo de gestão têm vindo a reconhecer um aumento do
vida inspeção.
babilidades de sucesso. Deixo aqui algumas questões que considero pertinentes:
Durante a minha gestão nesta área tenho
>>
Quantos elevadores existem no Con-
desenvolvido e implementado procedimen-
O desenvolvimento da base de dados de
celho?
tos, por forma a responder a estas e outras
forma abrangente de todas as ações de
Quantos elevadores estão fora de vali-
questões levantadas ao longo do processo
gestão previstas no âmbito da gestão das
dade de inspeção?
de gestão e controlo das inspeções de equi-
inspeções tem conferido a estes Municí-
Quantos elevadores estão a funcionar
pamentos de elevação.
pios um aumento significativo do número
>> >>
de inspeções mensais, traduzindo-se natu-
sem Empresa de Manutenção? >> >>
As Administrações são notificadas dos
Para que o processo de gestão seja eficaz,
ralmente num aumento de receita com a
elevadores fora de validade?
o gestor autárquico deverá estar munido
cobrança da taxa de inspeções.
São controlados os prazos de validade,
de ferramentas informáticas preparadas
entre o período de uma reinspeção até
para responder em qualquer altura do
Na próxima edição irei continuar a falar
à inspeção?
processo a todas as questões pertinen-
deste modelo de gestão….
elevare 49
Entrevista
"elevadores são dos meios de transporte mais seguros" Por Helena Paulino
Eduardo Silva da Direção de Serviços de
é muito prejudicial aos verdadeiros técnicos
RE: E o que ainda é necessário mudar e como
Energia da Divisão de Energia Elétrica
de elevadores, pessoas com grande forma-
pode e deve ser feito?
do Ministério da Economia caraterizou
ção profissional, assim como a possível eli-
ES: Não é fácil porque estão muitos inte-
a situação atual da fiscalização de
minação das empresas de menor dimensão
resses em jogo, quer por parte das empre-
elevadores, tal como a importância
do setor. Sou um adepto da formação, mas
sas de manutenção como das entidades de
da existência das empresas de
será que estão criadas as condições para
inspeção, mas julgo que deveria existir uma
manutenção e fiscalização para um
dar oportunidade a todos os técnicos sem
entidade “reguladora” que tivesse o bom sen-
bom funcionamento dos elevadores.
formação superior que existem de norte a
so de zelar pela segurança e não tanto pelo
sul no país?
interesse económico. Uma maior formação
Exigência, critérios rigorosos e coerência foram os aspetos ressalvados em todo o setor.
das entidades de inspeção de modo a que não No que diz respeito às inspeções houve uma
existam disparidades, como impôr cláusulas
grande alteração e gerou-se uma “guerra”
não relacionadas com o elevador que foi ins-
entre as entidades inspetoras. A maioria
pecionado (impôr clausulas da EN 81 a um
REVISTA ELEVARE (RE): Atendendo ao seu
das câmaras cobra bem pelo serviço e as
elevador que foi instalado em 1979 ao abri-
passado ligado à fiscalização de elevado-
entidades inspetoras cada vez dão valores
go do Decreto-Lei n.° 513/70 e não sofreu
res, como vê a situação atual do setor?
mais baixos nos concursos, quando diziam
alterações a que tal fosse obrigado). Consi-
Eduardo Silva (ES): Vejo a situação ainda
em 2000 que 35 euros só davam prejuízo
dero que o valor das inspeções deveria ser
em fase de desenvolvimento, isto é ainda
(têm razão porque tudo baixou desde essa
fixo para todo o país, como as inspeções
se aguardam alterações ao Decreto-Lei
altura até ao presente). Quanto às empre-
aos automóveis, pois na situação atual e
n.° 320/2002, alterações que se diz ser de
sas de manutenção continuam iguais, tendo
dada a disparidade do valor praticado pelas
grande interesse. Uma alteração entretan-
como objetivo aumentar a sua carteira de
diversas câmaras é, em muitos casos, na
to já publicada, no Decreto-Lei n.° 65/2013,
elevadores a qualquer custo.
minha opinião bastante elevado para o cidadão até porque depois do trabalho de inspeção ser elaborado, esta recebe na maioria valores que são quase metade do praticado em 2002. Verificar a pedido dos proprietários se as reparações pedidas pelas empresas de manutenção são necessárias, e após esta inspeção, verificar as respetivas alterações. Em relação ao tempo de contrato de manutenção não podemos estar amarrados uma vida inteira a uma empresa por muito boa que seja. E, portanto, julgo que os contratos devem ser anuais. Uma penalização exemplar para as empresas de manutenção que façam contratos de elevadores não certificados também é importante. E a penalização
50
elevare
Entrevista exemplar para as empresas que efetuem manutenção a elevadores e não inscritas na DGEG, assim aos seus proprietários (na minha opinião deveria ser da competência da ASAE). Tudo isto seria desnecessário se fossemos mais cultos e não víssemos só o interesse pessoal.
RE: A proteção das pessoas nos elevadores é muito importante. O que ainda há a fazer para melhorar a manutenção dos elevadores e, assim, aumentar a segurança de quem os utiliza? ES: Os elevadores são dos meios de transporte mais seguros. Os acidentes ocorridos
vadores não implicar desgaste de compo-
cidadão. Assim as empresas de manuten-
são, na maioria dos casos, provocados pela
nentes como na situação de uso misto.
ção deverão ser mais rigorosas nos seus
má utilização das pessoas. Julgo que deve-
orçamentos para beneficiação ou repara-
mos evoluir na tecnologia para criarmos
Dos dispositivos de controlo de carga dos
equipamentos que nos garantam o mínimo
instalados quantos estão a funcionar? Seria
de falhas para aumentar a segurança dos
necessário que todos estivessem até por-
utilizadores e uma maior eficiência. Deve-
que ocorreram situações de acidente nas
RE: Mas que consequências podem advir
mos criar regras de forma a remodelar
quais se justificou essa imposição. Passou a
da inspeção de elevadores para os consu-
os elevadores para as novas tecnologias
haver um maior acompanhamento sobre a
midores?
quando as anteriores não cumprem a sua
atividade das empresas de manutenção as-
ES: As inspeções dos elevadores são o ga-
função e é possível a sua adaptação.
sim como das entidades de inspeção, embo-
rante de que os mesmos estão em condi-
ção dos elevadores.
ra na minha opinião esse acompanhamento
ções de segurança para transportar pes-
A remodelação dos elevadores não deve
tenha de ser efetuado mais no terreno e
soas e bens. Entretanto as entidades de
ser por imposição mas por necessidade,
menos na secretária.
inspeção devem ter critérios rigorosos e
obrigação só para elementos de seguran-
coerentes efetuando a inspeção ao eleva-
ça. O que atrás foi dito deverá ser verificado
dor de acordo com a lei em que o mesmo
através do controlo das empresas de ma-
RE: E em relação à aplicação da Diretiva As-
foi instalado e não criando leis próprias.
nutenção, sendo esse controlo efetuado
censores. Qual a sua opinião sobre a mesma?
Os consumidores deverão ser exigentes, e
pelas entidades de inspeção, e ambas con-
ES: Penso que devemos caminhar no sen-
assim, obrigam as entidades inspetoras a
troladas aleatoriamente pela DGEG.
tido da uniformização e os ascensores não
serem melhores, porque os utilizadores de
devem ser excluídos. Nesse seguimento
elevadores assim o irão exigir, e os proprie-
“maior acompanhamento sobre a
considero que podemos dar uma maior
tários escolherão os melhores para efetu-
atividade das empresas de manutenção
segurança e conforto aos utilizadores dos
ar a inspeção do seu elevador.
e das entidades de inspeção”
transportes verticais. Entretanto devemos ter cuidado na aplicação, tendo em conta
RE: 10 anos após a publicação do Decreto-
as dificuldades de todos e não olhar mera-
RE: Atualmente, qual é o seu contacto com
-Lei n.° 320, qual a sua opinião relativamente
mente para o nosso bem-estar.
os elevadores?
às mudanças introduzidas por esse diploma?
ES: Deixei de efetuar vistorias e inspeções
ES: O Decreto-Lei n.° 320/2002 tem a sua
“as entidades de inspeção devem ter
aos elevadores por força do Decreto-Lei
“morte” anunciada há já algum tempo, indo
critérios rigorosos e coerentes”
n.° 320/2002, e entretanto acompanho a
terminar sem cumprir um dos seus gran-
DGEG no reconhecimento das empresas de
des objetivos: inspecionar todos os eleva-
RE: Considera aceitável que a atividade de
dores durante todos estes anos porque
inspeção de elevadores se desenvolva num
colaboro nos exames de técnicos de manu-
sabe-se que ainda existem elevadores por
ambiente de mercado?
tenção e inspetores, além de dar resposta
inspecionar. A periodicidade das inspeções
ES: Sim, mas com regras bem definidas
às questões do Artigo 17.° do Decreto-Lei
conforme previsto no n.° 3 do Artigo 8.º é,
para que os proprietários não sejam pre-
n.° 320/2002. Por vezes sou abordado por
na minha opinião, muito penalizadora para
judicados com exigências desnecessárias.
técnicos das empresas de manutenção,
os proprietários de elevadores de uso ha-
Não se trata de nada de anormal até porque
inspetores e condóminos que pedem a mi-
bitacional, dado serem obrigados a ter um
existem outras atividades que requerem
nha opinião em alguns assuntos relaciona-
contrato de manutenção com periodicidade
inspeções, e não é imposto ser a empresa A
dos com elevadores, e que dou com muito
mensal e o movimento dos respetivos ele-
ou B a efetuar o serviço. A escolha parte do
gosto.
manutenção e entidades inspetoras. E ainda
elevare 51
Ascensores com história
O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)
O elevador inclinado do Mercado
des, na Baixa, junto ao Mercado com o mes-
D. Pedro V, de Coimbra, é uma instalação
mo nome, à Rua Padre António Vieira, na zona
inovadora, destinada a ligar a Alta e
Alta da cidade, junto da Cidade Universitária.
a Baixa da cidade. Resultou de uma iniciativa da Câmara Municipal de
Entrou em serviço em novembro de 2001
Coimbra e entrou em serviço em 2001.
e é facilmente reconhecido pelo grande impacto visual da torre do elevador vertical e respetivo passadiço.
A zona central e mais antiga da Cidade de Coimbra é constituída por uma colina eleva-
A gestão e exploração deste equipamento
da – a “Alta” - e outra junto à margem do rio
ficaram a cargo dos SMTUC - Serviços Mu-
Mondego – a “Baixa”.
nicipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra.
A Cidade sempre sonhou em dispor de ligações fáceis que melhorassem a acessibilida-
Vence um desnível total de 52,2 metros, divi-
de entre estas duas zonas.
didos em 2 troços: o primeiro com 19 metros de desnível é concretizado por um elevador
Com esta instalação pioneira em Portugal,
Concretizando este desejo antigo de melho-
vertical, do tipo panorâmico no interior de
facilitou-se o acesso pedonal à Alta da Cida-
res e mais fáceis ligações entre a “Alta” e a
uma torre envidraçada, e o segundo com
de, e consequentemente à zona das Facul-
“Baixa” a Câmara Municipal de Coimbra, no
33,2 metros de desnível por um elevador
dades1. O acesso inferior, na Baixa da Cidade,
ano de 1999, deliberou abrir um concurso pú-
inclinado. A ligação entre os dois troços é
está integrado num edifício, junto à entra-
blico internacional de conceção e construção
efetuada através de um passadiço coberto e
da do elevador vertical. O acesso superior
do Elevador do Mercado Municipal D. Pedro V
envidraçado, passando por cima da Rua Mar-
do elevador, na Alta de Coimbra, é dotado
para ligar a Rua Olímpio Nicolau Rui Fernan-
tins de Carvalho.
de uma estação coberta com uma grande pala, junto a um miradouro onde se avista um belo panorama da cidade de Coimbra. O elevador inclinado dispõe de uma única cabina, que se move ao ar livre, com capacidade para 20 pessoas, dotada de portas automáticas e amplas janelas. É apoiada em quatro rodas de borracha maciça, que se movem numa pista de rolamento metálica. O guiamento da cabina é efetuado através de uma guia, onde se apoiam roletes de eixo vertical. Refira-se que este elevador, bem como o vertical, dispõem de ascensorista. 1
Em março de 2009 entrou em serviço o segundo elevador inclinado de Portugal, nas escadas de Santo André, na Covilhã.
52
elevare
PUB
Este elevador dispõe de um contrapeso de betão, que se move apoiado em guias, num plano inferior ao da cabine. A máquina de tração, equipada com motor trifásico de CA, está localizada na estação inferior. O elevador do Mercado, desde a sua inauguração em 2001, tem sido muito utilizado pelos habitantes de Coimbra. Prova disso são os cerca de 87 mil utentes no ano de 2012.
Horário de Funcionamento: ›
Segunda-feira a sábado: 7.30h – 21h
› Domingo e feriados: 10h – 21h
Ficha da instalação Cidade - Coimbra Localização - Liga a Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes à Rua Padre António Vieira Entidade proprietária - Câmara Municipal de Coimbra Gestão e exploração - S.M.T.U.C. Entrada em serviço - novembro de 2001 Empreiteiro geral - Etermar Fornecedor dos equipamentos eletromecânicos - Maspero Elevatori S.r.l. (empresa italiana, sediada em Génova, especialista neste tipo de instalações) Curso - 59,4 m Desnível - 33,2 m Inclinação - 56% Via - própria Distância entre os centros das 4 rodas de apoio da cabina 1,4 metros Nº de vias - 1 Nº de cabinas - 1 Capacidade da cabina - 20 passageiros Sistema de tração - motor elétrico trifásico de 11,5 kW Velocidade - 1,5 m/s Tempo de viagem - 1 min
O autor agradece as informações cedidas pelos S.M.T.U.C. As fotos são do autor, devidamente autorizadas pela mesma empresa
Figuras
Resumo biográfico de Alexandre Fernandes Miguel Leichsenring Franco
Alexandre Fernando Monteiro Fernandes,
trico Alcodi, Lda. juntamente com dois só-
nascido a 25.05.1935 no Porto, desde cedo
cios, Sr. Diamantino e o Sr. Costa. O nome
nhou essa função com grande dedicação durante mais de 22 anos, tendo desen-
enveredou pelo mundo dos elevadores.
Alcodi resulta precisamente da junção
volvido fortemente o negócio da empresa
Um dos últimos grandes decanos do setor
das duas primeiras letras dos nomes
na região da Grande Lisboa e Algarve. Foi
de elevadores em Portugal, ainda no ativo,
dos três sócios e amigos: o ALexandre, o
ainda membro da Comissão Técnica CT63,
continua a cativar quem com ele trabalha
COsta e o Diamantino. No dia da escritu-
tendo participado ativamente na elabora-
pela sua forma competente, polida, afável,
ra de constituição da empresa o Sr. Costa
ção e na introdução da Norma EN81 em
atenciosa e amiga.
terá desistido de fazer parte do capital da
Portugal.
mesma. Quando fundaram a empresa, tiEnquanto jovem, e após o curso industrial
nham como objetivo a comercialização e
na Escola Industrial D. Henrique no Porto,
montagem de elevadores da prestigiada
miu a Direção Nacional de Novas Instala-
Alexandre Fernandes começou a sua vida
marca alemã Schmitt+Sohn em Portugal
ções da Alcodi, Lda, hoje Schmitt-Eleva-
profissional na antiga Soprel (empresa de
mas também a produção de elevadores.
dores, Lda. Desenvolveu e acompanhou inúmeros projetos de grande envergadu-
fabricação de elevadores e de instalações elétricas) como desenhador de elevadores.
Em 1995, e regressando ao Porto, assu-
Em 1971 quando a empresa foi integrada
ra e complexidade técnica, dos quais se
no Grupo Schmitt+Sohn, o Sr. Alexandre
destacam, a passagem superior de peões
Em 1955 fundou, com apenas 20 anos, a
Fernandes assumiu a Direção da Delega-
em Alcântara, Lisboa com inúmeros tape-
empresa Representações de Material Elé-
ção da Alcodi, Lda. em Lisboa. Desempe-
tes e escadas rolantes, entretanto desativados, o Palácio da Justiça do Porto, o IPO de Lisboa, os diversos empreendimentos da EPUL em Lisboa, bem como um variado número de estações do metropolitano de Lisboa. Hoje, com quase 79 anos, é um dos grandes especialistas na “arte dos elevadores” em Portugal e que ainda continua no ativo. Trata-se de uma pessoa com uma energia inesgotável e para quem “problemas” não existem. Existem sim, desafios. Tem para todos os desafios uma solução: a afirmação “não é possível” não faz parte do seu léxico. Com a sua enorme experiência e com a sua superior sapiência tem inspirado diversas gerações de quadros superiores do Grupo Schmitt+Sohn, desde engenheiros a gestores.
Alexandre Fernandes
54
elevare
Bem-haja.
PUB
Bibliografia
Proteção de Instalações de Produção Elétricas Centralizadas e Descentralizadas Conteúdo: Este livro examina diversos problemas ligados à proteção das instalações de produção elétricas clássicas (centrais a combustíveis fósseis, centrais nucleares,…) e das centrais de produção que utilizam, principalmente, fontes de energias renováveis e o princípio de cogeração. Nos seus 13 capítulos são examinados temas como: necessidade de proteção, tipos comuns de ocorrências que afetam as instalações (tais como os curto-circuitos e outros defeitos), estruturação e filosofia de aplicação das 14,90 € Autor: Manuel dos Santos Delgado ISBN: 9789897230165 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 148 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com
proteções, medidas a tomar no seguimento da atuação das proteções, estudo da proteção dos grupos de produção elétrica clássica (centralizada), ligações dos alternadores às redes elétricas (consideradas como fatores de influência na escolha e na organização das proteções dos grupos de produção elétrica), distinção – do ponto de vista das proteções – entre o esquema de ligação direta dos alternadores às redes a Média Tensão e o esquema de ligação indireta à rede a Alta Tensão, delimitação de zonas dos defeitos, proteções do rotor, proteções do estator, proteção de terra restrita, proteções contra os curto-circuitos entre fases na rede, contra sobretensões, contra um fluxo excessivo, contra uma dissimetria na rede, contra o retorno de potência, contra sobre velocidades, contra frequência excessiva, contra mínimo de frequência, e ainda contra o escorregamento dos pólos. Não foram esquecidos tópicos como: a proteção contra a colocação em tensão acidental de um alternador parado fora de tensão, contra defeitos de barramentos, a proteção de reserva dos disjuntores, proteção dos grupos de produção de eletricidade baseados nas energias renováveis e na cogeração, as condições de ligação desses grupos às redes elétricas, bem como as considerações sobre os esquemas de ligações dos alternadores às redes elétricas como fatores de influência na escolha e na organização das proteções nas instalações de produção descentralizada, as proteções do rotor, proteções contra os curto-circuitos polifásicos do lado do grupo, contra o efeito de rutura em enrolamentos, contra os defeitos monofásicos do lado do grupo, contra os defeitos monofásicos ou polifásicos do lado da rede, proteções contra o retorno de energia ativa, contra o efeito de um desequilíbrio na rede, contra as falhas dos disjuntores e contra defeitos de barramentos. O autor aborda ainda a adaptação das proteções das ligações existentes nas redes de ligação do grupo descentralizado (a proteção de barramentos a Média Tensão e as proteções de grupos de socorro e de pequenos alternadores privados). O livro apresenta esquemas de proteção elétricos correspondentes a alguns casos de aplicação na geração de potência. O livro termina com três apêndices e uma lista de obras de referência. Índice:Objetivo. Considerações gerais. Condições estruturais a respeitar para um bom comportamento funcional das instalações elétricas. Aspetos fundamentais na aplicação de proteção nas instalações de produção elétricas. Qualidades exigidas das proteções e sistemas de proteção. Delimitação de zonas de proteção. Princípio da dupla proteção. Estruturação e filosofia de aplicação das proteções das instalações de produção elétricas. Medidas a tomar no seguimento da atuação das proteções das instalações de produção elétricas. Estudo geral da proteção dos grupos de produção elétrica centralizada. Estudo geral da proteção dos grupos de produção elétrica descentralizada. Grupos de socorro e pequenos alternadores privados. Esquemas de proteção elétrica de instalações de produção descentralizada à base de energia clássica e energia eólica.
ABC das Regras Técnicas - Inclui CD com tabelas de cálculo Conteúdo: O conteúdo deste livro, que se baseia nas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), pretende elucidar e transmitir os conhecimentos essenciais e necessários para que, tanto os estudantes como os profissionais principiantes encarem o mundo do trabalho com realidade 25 € −10% 22,50 € Autor: Hilário Dias Nogueira ISBN: 9789728953836 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 112 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com
e confiança. Tendo como objetivo essa aplicação (RTIEBT) foi concebido para contemplar, de um modo prático, os assuntos que se consideraram como os mais interessantes, principais e indispensáveis à realização futura de pequenos projetos de execução das instalações elétricas de utilização. Índice: Aplicação das RTIEBT. Decreto-Lei n.° 226/2005 de 28 de Dezembro e que estabeleceu a sua aprovação pela Portaria 949/A 2006 de 11 de Setembro. As RTIEBT no aspecto de mais interesse e com algumas aplicações práticas. Características das instalações eléctricas. Regras para instalações em locais especiais. Tipo de canalizações. Cálculo das secções segundo as condições estipuladas pelas RTIEBT. Localização e definição de instalações. Protecções. Instalações coletivas. Ligações à terra e condutores de proteção. Inspecção de instalações. Ficha de verificação. Ficha de verificação. Índice remissivo das RTIEBT n.° 949-A/2006, de 11 de Setembro de 2006 - Diário da República, 1.a Série - N.o 175.
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Bibliografia
Tecnologia da Soldadura Conteúdo: Tecnologia da Soldadura, uma abordagem técnico didática é uma obra que pretende ser uma referência na área da soldadura, não só para estudantes do ensino superior, como também do ensino profissional, bem como profissionais que estão a iniciar as suas atividades neste ramo. Todos os temas abordados estão complementados com imagens e esquemas que agilizam a compreensão dos temas abordados, aspeto que vai ao encontro da faceta didática deste manual, elaborado por Francisco Silva, 29,90 €
Autor: Francisco J. G. Silva ISBN: 9789897230622 Editora: PUBLINDUSTRIA. Número de Páginas: 312 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com
um experiente professor na área da soldadura. Neste livro o leitor poderá encontrar uma abordagem aos principais processos de soldadura, tais como elétrodo revestido, MIG-MAG, Fio Fluxado, TIG, Plasma, Arco Submerso, Soldadura Laser, por Feixe de Eletrões, por Fricção, por Explosão, Resistência, Oxiacetilénica e Brasagem, dando-se também atenção aos defeitos associados a este processo de fabrico. Abordam-se ainda as técnicas de ensaio destrutivo e não-destrutivo que lhe poderão estar associadas e os principais defeitos deste processo, bem como as técnicas de controlo que podem ser usadas no controlo dos cordões de soldadura e na sua caraterização. Índice: Introdução aos Processos de Ligação. Soldadura. Classificação dos Processos de Soldadura. Nomenclatura usada na soldadura. Preparação de Juntas Soldadas. Simbologia de Soldadura. Soldadura por Arco Elétrico. Processos de Soldadura por Arco Elétrico. Outros processos de soldadura. Soldadura tendo o gás como fonte de calor. Brasagem.
Análise de Circuitos e Dispositivos Eletrónicos Conteúdo: Esta obra apresenta os principais conteúdos básicos da área de Eletrónica, recorrendo a uma linguagem simples e clara, sem descurar simultaneamente o rigor técnico e científico que uma obra deste tipo exige. No final de cada capítulo apresenta-se ainda um conjunto de exercícios resolvidos que permitem ao leitor aplicar os conhecimentos apreendidos. O livro subdivide-se em quatro capítulos interdependentes. No primeiro capítulo abordam-se alguns conceitos básicos de eletricidade como a defi22,20 €
Autor: Acácio Manuel Raposo Amaral ISBN: 9789897230349 Editora: PUBLINDUSTRIA. Número de Páginas: 288 Edição: 2013 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com
nição das principais grandezas elétricas e as suas unidades de medida, os elementos básicos ideais mas, também, se introduzem alguns conceitos importantes relacionados com a análise de circuitos elétricos. No segundo capítulo introduzem-se algumas técnicas de análise e teoremas de simplificação de circuitos elétricos. O terceiro capítulo introduz um dos componentes fundamentais de Eletrónica, o díodo. Para melhor compreender o seu princípio de funcionamento apresentam-se alguns conceitos importantes. Após uma breve introdução teórica analisam-se alguns dos circuitos onde habitualmente este elemento é mais utilizado, aplicando-se várias metodologias de análise aos referidos circuitos. O quarto capítulo, à semelhança do antecessor, procura introduzir um novo componente fundamental em Eletrónica, o transístor. Nas primeiras secções introduzem-se alguns conceitos teóricos que permitem compreender o princípio de funcionamento do transístor para, de seguida, se iniciar o estudo de diferentes circuitos com transístores, utilizando-se sempre várias metodologias de análise. Índice: Introdução. Análise de circuitos em corrente contínua. Díodos. Transístores bipolares de junção (BJT). Bibliografia.
Circuitos Eléctricos – 8.ª edição Conteúdo: Ao longo dos oito capítulos desta obra são explicados os processos de condução de corrente elétrica, as grandezas elétricas fundamentais, as leis fundamentais dos circuitos elétricos, os aparelhos de medida elétrica, as fontes de energia elétrica, os métodos de análise de um circuito elétrico, a análise de circuitos elétricos não lineares, o funcionamento de condensadores e de bobinas e a análise de circuitos elétricos de Corrente Alternada sinusoidal monofásica. Cada assunto abordado é complementado 31,50 €
Autor: Victor Meireles ISBN: 9789727575862 Editora: LIDEL Número de Páginas: 506 Edição: 2010 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com
pela resolução de um Exercício de Aplicação. A partir da 2.a edição, a obra foi substancialmente reestruturada e aumentada. Na 3.a edição foram efetuadas alterações ao texto em vários pontos, foram adicionados novos exercícios e foi melhorado o aspeto gráfico, de modo a aperfeiçoar o aspeto pedagógico e o apoio à prática. O livro termina com uma lista de mais de 300 exercícios propostos, muitos dos quais retirados de testes e exames de disciplinas lecionadas pelo autor. Índice: Índice Resumido. O Fenómeno de Condução de Corrente Eléctrica. Grandezas Eléctricas. Métodos Básicos de Análise. Fontes de Energia Eléctrica. Métodos Gerais de Análise. Circuitos não Lineares. Condensadores e Bobinas. Corrente Alternada. Exercícios Propostos. Solução dos Exercícios Propostos. Índice dos Exercícios de Aplicação.
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Consultório técnico
Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
Qual é a periodicidade das inspeções periódicas de ascensores, monta-cargas,
verificar o cumprimento dessas cláusulas, nos termos definidos no Anexo V.
4. Após a realização da inspeção periódica e encontrando-se a instalação nas
6. Os utilizadores poderão participar à Câ-
condições regulamentares, deverá ser
Atualmente esta periodicidade é regida pelo
mara Municipal competente o deficiente
emitido pela entidade que efetuou a
Artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 320/2002 de
funcionamento das instalações, ou a sua
inspeção o certificado de inspeção pe-
28 de dezembro, que diz:
manifesta falta de segurança, podendo
riódica, o qual deve mencionar o mês
1. As instalações devem ser sujeitas a ins-
a Câmara Municipal determinar a reali-
em que deverá ser solicitada a próxima
peção com a seguinte periodicidade:
zação de uma inspeção extraordinária.
inspeção (…).
escadas mecânicas e tapetes rolantes?
4.2. O certificado de inspeção periódica
a. Ascensores: i.
Dois anos, quando situados em edi-
O que diz, de relevante, o Anexo V do
obedece ao modelo aprovado por Des-
fícios comerciais ou de prestação de
referido Decreto-Lei quanto ao cumprimento
pacho do Diretor-Geral da Energia (...).
serviços, abertos ao público;
de prazos relativamente às inspeções
ii. Quatro anos, quando situados em
e reinspeções periódicas?
6. O certificado de inspeção periódica
edifícios mistos, de habitação e co-
Diz que:
não pode ser emitido se a instalação
merciais ou de prestação de serviços;
1. As inspeções periódicas das instala-
apresentar deficiências que colidam
iii. Quatro anos, quando situados em
ções cuja manutenção está a seu cargo
com a segurança de pessoas, sendo
edifícios habitacionais com mais de
devem ser requeridas por escrito pela
impostas as cláusulas adequadas ao
EMA, no prazo legal, à respetiva Câmara
proprietário ou ao explorador com co-
32 fogos ou mais de oito pisos; iv. Seis anos, quando situados em edifícios habitacionais não incluídos no número anterior; v. Seis anos, quando situados em estabelecimentos industriais; vi. Seis anos, nos casos não previstos nos números anteriores; b. Escadas mecânicas e tapetes rolan-
Municipal.
nhecimento à EMA, para cumprimento
1.1. O requerimento é acompanhado do
num prazo máximo de 30 dias.
comprovativo do pagamento da respetiva taxa;
número anterior deve ser solicita-
1.2. A inspeção periódica é efetuada no
da a reinspeção da instalação, nos
prazo máximo de 60 dias contados
mesmos termos do requerimento
da data da entrega dos documentos
para a realização de inspeção peri-
referidos no número anterior (…).
ódica, e emitido o certificado de inspeção periódica se a instalação es-
tes, dois anos; c. Monta-cargas, seis anos.
6.1. Tendo expirado o prazo referido no
3. A contagem dos períodos de tempo
tiver em condições de segurança,
para a realização de inspeções perió-
salvo se ainda forem detetadas de-
dicas, estabelecidos no n.° 1 do Artigo
ficiências, situação em que a EMA
são considerados os estabelecimentos
8.° do presente diploma, inicia-se:
deve solicitar nova reinspeção (…).
comerciais ou de prestação de serviços
a. Para as instalações que entrem em
situados ao nível do acesso principal do
serviço após a entrada em vigor do
Qual o despacho do Diretor-Geral de
edifício.
diploma, a partir da data de entrada
Energia que aprova o modelo de certificado
em serviço das instalações;
de inspeção periódica referido no Ponto 4.2
2. Para efeitos do número anterior, não
3. Sem prejuízo de menor prazo que re-
da questão anterior?
sulte da aplicação do disposto no n.° 1,
b. Para instalações que já foram su-
decorridas que sejam duas inspeções
jeitas a inspeção, a partir da última
É o Despacho n.° 14316/2003 (2. a Série) de
inspeção periódica;
6 de julho que aprova o modelo e respe-
periódicas, as mesmas passarão a ter
c. Para as instalações existentes e que
tivas instruções de certificado de inspe-
4. As inspeções periódicas devem obede-
não foram sujeitas a inspeção, a par-
ção periódica de uma instalação (ascensor,
cer ao disposto no Anexo V do presente
tir da data da sua entrada em servi-
monta-cargas, escada mecânica ou tapete
ço, devendo a inspeção ser pedida no
rolante).
periodicidade bienal.
diploma, que dele faz parte integrante. 5. Se, em resultado das inspeções perió-
prazo de três meses após a entrada
dicas, forem impostas cláusulas refe-
em vigor do presente diploma, no
O anexo a este despacho, estipula que o
rentes à segurança de pessoas, deverá
caso de já ter sido ultrapassada a
certificado de inspeção periódica deve ser
proceder-se a uma reinspeção, para
periodicidade estabelecida.
impresso em papel autocolante de cor alu-
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elevare
Consultório técnico mínio mate e conter os dizeres e a informa-
peções e validade de certificados de inspeção
dos períodos de tempo, tal como decorre
ção segundo o modelo abaixo.
periódica de ascensores” (Ref.a Ec 2.1/11) que
do disposto na Alínea c) do n.° 3 do Anexo V,
diz: “Face à utilização de critérios diferentes
do diploma citado efetua-se a partir do ano
Caraterísticas dimensionais gráficas: as
na definição da data a partir da qual se conta
da entrada em funcionamento do ascensor.
dimensões do certificado são, aproxima-
o prazo para efetuar uma nova inspeção, bem
Quando, temporalmente, forem ultrapassa-
damente, 100 × 70 mm; As inscrições são
como da data de emissão dos certificados de
dos os dois primeiros períodos em que as
a negro, com possível exceção do logóti-
inspeção periódica, pretende a DGEG clarificar
inspeções deveriam ter sido realizadas e não
po da entidade inspetora; A designação da
a situação com a adoção de critérios unifor-
o foram, os prazos passam a ser bienais a
entidade e as restantes inscrições serão
mes para a aplicação por todas as entidades
partir da data da primeira inspeção. Entre-
no tipo de letra Arial, tamanho 10, sendo o
envolvidas no setor dos ascensores. Assim, a
tanto, dado não ter sido uniforme os critérios
título “Certificado de inspeção periódica”, es-
DGEG entende que o que define a data a partir
utilizados pelas diferentes Entidades Inspe-
crito com letras maiúsculas e em negrito.
do qual se conta o prazo de uma nova inspe-
toras, a DGEG considera que o entendimento
ção periódica é a data em que foi efetuada a
agora expresso apenas deverá ter aplicação
inspeção ou a data em que foram verificadas
a partir da data da presente circular.”
(Logótipo e designação da Entidade Inspetora)
todas as cláusulas aplicadas. Em consequên-
CERTIFICADO DE INSPEÇÃO PERIÓDICA
cia deverá a data da nova inspeção e do certi-
Um caso simples, para exemplo: elevador
Instalação: tipo (1)
ficado coincidir com:
instalado ao abrigo da Diretiva Ascensores
N.° (2)
1. A data da inspeção caso não exista
num edifício habitacional com mais de 32
Emissão: (ano-mês-dia) Validade: (ano-mês-dia) Requerer Inspeção Periódica até: (ano-mês-dia)
cláusulas. 2. A data da última reinspeção caso existam cláusulas.
fogos que entrou ao serviço em 08.05.2010. Uma dos aspetos que temos de ter em atenção é onde está registada a entrada em serviço do ascensor. Poderá estar
Notas de preenchimento
O entendimento agora expresso deve ser
registada no Livro de Registos existente
(1) Ascensor, monta-cargas, escada mecâ-
aplicado a partir da receção da presente
na casa das máquinas, mas como a colo-
nica ou tapete rolante.
circular.”
cação no mercado ou em serviço, neste
(2) Número do processo atribuído pela res-
caso, só poderá ocorrer depois de emitida No caso de ascensores antigos que nunca
a Declaração CE de Conformidade pode-
foram sujeitos a inspeção como se processa
mos tomar a data desta declaração como
a contagem dos prazos?
referência. Sendo assim, a primeira inspe-
Como é que as Entidades Inspetoras
A Direção Geral de Energia e Geologia, na
ção deverá ter lugar a 08.05.2014, sendo
contabilizam estes prazos? O que a Direção
Circular (Ref. 2.1/4) de 28 de abril de 2006
que o respetivo pedido deverá entrar na
Geral de Energia e Geologia estipula sobre a
esclarece: “Os períodos de tempo iniciais que
Câmara Municipal três meses antes. Se na
referida contagem?
determinam a realização das inspeções aos
primeira inspeção o elevador ficar aprova-
Tendo havido disparidade de critérios no
ascensores, quer novos quer antigos, estão
do o certificado emitido terá a validade de
petiva Câmara Municipal.
a
modo como as Entidades Inspetoras conta-
estabelecidos no n.° 1 do Artigo 8° do Decre-
quatro anos. Isto é, a segunda inspeção do
bilizavam os prazos e preenchiam o certi-
to-Lei 320/2002 de 28 de dezembro. Após a
elevador terá lugar a 08.05.2018. Só a par-
ficado acima, a Direção Geral de Energia e
realização de duas inspeções a periodicida-
tir desta data e tendo a instalação ficado
Geologia emitiu a Circular n.° 01 /2008 de 14
de passa a ser bienal, independentemente
novamente aprovada, é que a periodicidade
de janeiro “Definição de critérios para as ins-
do tipo de ascensor em causa. A contagem
passará a ser bienal.
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