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elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

Número 3 . 1.o e 2.o Trimestres de 2014 . www.elevare.pt

Nota técnica

Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL

Normalização

EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações

DOSSIER

Eletrónica e Conetividade

Ascensores com história

O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra

Figuras

Resumo biográfico de Alexandre Fernandes


PUB


Ficha técnica

elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas

DIRETOR

4

Editorial

6

Qualidade, segurança e ambiente [6] Instalação de ascensores [10] Certificação e Reconhecimento

11

Normalização EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações

12

Legislação [12] Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia [14] CIVA – IVA - taxa a aplicar a homelift`s (plataformas cabinadas) usadas por pessoas

Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt

COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, António Augusto Araújo Gomes, Paulo Diniz, Orlando Poças, José Pirralha, Ângelo Almeida, La Salette Silva, Vasco Peixoto de Freitas, Miguel Leichsenring Franco, Aidos Ferreira, Ana Rute, Eduardo Restivo, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino

COORDENADOR EDITORIAL

com deficiências físicas e mobilidade reduzida

Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt

16 Coluna da ANIEER Diretiva Ascensores 2014/33/UE – Implicações da reformulação da Diretiva 95/16/CE

DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt

CHEFE DE REDAÇÃO Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt

DESIGN e webdesign

18 Coluna da AIECE AIECE – “A aiece no caminho para a autorregulação do mercado do setor da elevação” 20 Nota técnica Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL 32 Notícias e Produtos

a.pereira@cie-comunicacao.pt

39

Dossier: Eletrónica e Conetividade nos Elevadores [39] Texto de abertura [40] Desenvolvimento Tecnológico dos Elevadores [44] Garantia da proteção de pessoas em instalações elétricas (1.a Parte)

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

[46] Sistemas e Tecnologias para Elevadores

Ana Pereira

CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629

48 Case Study Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação

geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

50 Entrevista Eduardo Silva: "elevadores são dos meios de transporte mais seguros" 52 Ascensores com história O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra 54 Figuras Resumo biográfico de Alexandre Fernandes

Imagem da capa gentilmente cedida por: António Vasconcelos

56

Bibliografia

58 Consultório técnico

elevare

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Editorial

Aproximamo-nos do meio do ano de 2014 e continuamos a aguardar notícias sobre a publicação da legislação que irá alterar o que resta do Decreto-lei n.° 320/2002. Esta espera é tão mais angustiante quanto mais se especula sobre o que irá ser publicado. Nesta altura, e no que toca à legislação neste setor, temos um “pedaço” novo num “tecido" velho o que normalmente não fica bem e muito dificilmente se consegue conjugar. Mas, o mais curioso é que nin-

Fernando Maurício Dias

guém consegue, pelo menos, prever quando ocorrerá a publicação, dessa forma a resposta

Diretor

mais usual e a que apresenta a menor incerteza é "poderá sair amanhã”. Esperemos… Neste número damos destaque à evolução dos elevadores associada à evolução tecnológica em particular à eletrónica que tornou possível alcançarmos um patamar de conforto e de

Dado o interesse crescente na ELEVARE, a re-

segurança. Pena é que não haja alguns incentivos à modernização dos equipamentos mais

dação prepara-se para a publicação de uma

antigos à semelhança do que é efetuado noutros países europeus (alguns também em crise).

newsletter com periodicidade mensal para que todos sejamos contemplados com as

Gostaria de manifestar a minha satisfação, e agradecimento, pelo facto da revista estar a

mais recentes notícias do setor. Considerou-

chegar a mais leitores, o último número apresentou um número de downloads próximo dos

-se que uma publicação trimestral, ao nível

dois milhares (não estão contabilizados os reencaminhamentos que muitos farão) chegando,

da apresentação de notícias, não garante a

para além dos leitores ligados diretamente ao setor, a um número muito significativo de

atualização da informação em tempo opor-

projetistas, arquitetos, municípios e empresas de administração de condomínios. Temos as-

tuno. Em breve, todos seremos contactados

sistido a uma grande participação, de diversos quadrantes, na produção de artigos de elevado

para apresentação da newsletter ELEVARE.

valor técnico, no entanto, não é demais referir que a revista está aberta a acolher artigos de Boa leitura.

Estatuto Editorial

interesse enviados por qualquer leitor.

TÍTULO “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tenologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais.

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CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Coluna da ANIEER >> Coluna dos Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias >> Artigo Técnico >> Nota Técnica >> Investigação e Desenvolvimento

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Dossier Temático Entrevista Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Eventos e Formação Consultório Técnico Links Publicidade

ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.


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Qualidade, segurança e ambiente

Instalação de ascensores Teresa Casaca Técnica Superior do DAESPQ/Instituto Português da Qualidade, I.P.

Introdução

de transposição para o direito nacional dos

legislações dos Estados-Membros, visan-

Os ascensores constituem, atualmente,

objetivos definidos na Diretiva, prevendo

do garantir a segurança da utilização dos

uma parte essencial de qualquer projeto de

uma data limite para esse efeito.

ascensores e dos seus equipamentos e

construção, em especial quando se desti-

eliminar obstáculos à sua comercialização

nam ao transporte de pessoas em edifícios

Em geral, as Diretivas são utilizadas para

no Espaço Económico Europeu.

constituídos por vários pisos.

harmonizar as legislações nacionais, no-

A Diretiva Ascensores aplica-se aos ascen-

meadamente com vista à realização do

sores utilizados de forma permanente em

O avanço tecnológico tem permitido a con-

mercado único (por exemplo, as Normas

edifícios e construções, sendo igualmente

ceção e fabrico dos ascensores modernos

relativas à segurança dos produtos).

aplicável aos componentes de segurança

que conhecemos hoje e que são utilizados

utilizados nesses ascensores.

para o transporte de pessoas, e para o

Os Regulamentos da União Europeia dis-

transporte de cargas ao nível industrial.

tinguem-se das Diretivas porque estes

São, no entanto, excluídos do âmbito de

são aplicados diretamente pelos Estados

aplicação desta Diretiva:

A regulamentação em vigor prevê que o

Membros, sem necessidade de qualquer

>>

ascensor seja acessível a todos os que o

diploma de transposição.

utilizam, em especial a cabine, devendo ser

funiculares; >>

concebida e fabricada de forma a não difi-

A Diretiva 95/16/CE, relativa a Ascensores

cultar ou impedir, em função das suas ca-

No domínio da segurança, a União Europeia

raterísticas estruturais, o acesso e a utili-

adotou a Diretiva 95/16/CE do Parlamen-

zação a pessoas com mobilidade reduzida,

to Europeu e do Conselho de 29 de junho

possibilitando as adaptações adequadas, e

de 1995 (adiante designada por Diretiva

visando facilitar a respetiva utilização.

Ascensores), relativa à aproximação das

As instalações por cabos, incluindo os Os ascensores especialmente concebidos e construídos para fins militares ou de manutenção de ordem pública;

>>

Os aparelhos de elevação destinados a elevar artistas durante representações artísticas;

>>

Os aparelhos de elevação instalados em meios de transporte;

Enquadramento legislativo no

>>

domínio Europeu

Os aparelhos de elevação ligados a uma máquina e destinados, exclusivamente, ao acesso a postos de trabalho, desig-

As Diretivas Comunitárias

nadamente pontos de manutenção e de

Uma Diretiva Comunitária é um ato legis-

inspeção de máquinas;

lativo que fixa um objetivo geral que todos

>>

Os comboios de cremalheira;

os países da União Europeia (UE) devem

>>

Os elevadores de estaleiro;

alcançar, delegando nestes a escolha dos

>>

Os aparelhos de elevação a partir dos

>>

Os aparelhos de elevação cuja velocida-

meios para os atingir, designadamente, quanto às regras exatas a serem adotadas.

quais podem realizar-se trabalhos; de de deslocação seja igual ou inferior a

Nesse sentido, a UE adota diferentes tipos de atos legislativos para alcançar os objetivos estabelecidos nos Tratados comuni-

0,15 m/s; >>

As escadas mecânicas e os tapetes rolantes.

tários, como Diretivas, Regulamentos, Decisões, Recomendações. Em alguns casos,

Esta Diretiva estabelece os requisitos para

esses atos são aplicáveis a todos os países

a conceção, fabrico, instalação, ensaios, con-

da UE, noutros apenas a alguns deles e po-

trolo final e colocação no mercado de novos

dem, ou não, ter caráter vinculativo. Para

ascensores. Simultaneamente, confere es-

que os princípios estabelecidos nas Direti-

pecial importância ao papel a desempenhar

vas produzam efeitos ao nível do cidadão,

pelos organismos notificados, bem como à

o legislador nacional tem de adotar um ato

marcação CE e às Normas harmonizadas

6

elevare


Qualidade, segurança e ambiente aplicáveis, especificando os procedimentos de avaliação da conformidade a serem seguidos pelos instaladores de ascensores para assegurar a conformidade com os requisitos de segurança. O que é um ascensor? De acordo com a Diretiva, um ascensor é um aparelho que serve níveis definidos por meio de uma cabina que se desloca ao longo de guias rígidas e cuja inclinação em relação à horizontal é superior a 15 graus, destinado ao transporte de: >>

Pessoas,

>>

Pessoas e objetos,

>>

Unicamente de objetos se a cabina for acessível, ou seja, se uma pessoa puder nela aceder sem dificuldade, e estiver equipada com elementos de comando

Assim, aos ascensores aplica-se a Diretiva

nhamento com a Decisão n.° 768/2008/CE

situados no seu interior ou ao alcance de

2006/42/CE (Diretiva Máquinas) e o Regu-

de 9 de julho de 2008, relativa a um quadro

qualquer pessoa que nela se encontre.

lamento (UE) n.° 305/2011 (que revoga a Di-

comum para a comercialização de produtos.

retiva n.° 89/106/CEE, relativa a Produtos de O que é um componente de segurança?

Construção). Não obstante, a Diretiva Máqui-

A nova Diretiva irá revogar a Diretiva

Um componente de segurança é um dispo-

nas altera a Diretiva Ascensores aplicando-

95/16/CE, estabelecendo um prazo de dois

sitivo (enumerado no Anexo IV da Diretiva),

se, desta forma, os requisitos essenciais de

anos para a respetiva transposição para

considerado essencial para garantir a se-

saúde e de segurança constantes do Anexo I

direito nacional.

gurança no funcionamento do ascensor.

da Diretiva Máquinas (Diretiva 2006/42/CE), quando existir um risco relevante e não pre-

Enquadramento legislativo

Quem é o instalador de ascensor?

visto no Anexo I, Diretiva Ascensores.

no domínio Nacional

O instalador do ascensor é a pessoa sin-

São estabelecidos pela Diretiva Ascenso-

gular ou coletiva que assume a responsa-

res, um conjunto de disposições aplicáveis

bilidade pela conceção, fabrico, instalação e colocação no mercado de um ascensor, apõe a marcação CE e elabora a declaração CE de conformidade. Quem é o fabricante do componente

«A Diretiva Ascensores estabelece designadamente, os requisitos essenciais de saúde e segurança (...)»

àqueles bens, cobrindo a sua conceção, fabrico, instalação, ensaios e controlo final. O Decreto-Lei n.° 295/98, de 22 de setembro, transpõe para o direito nacional a Diretiva Ascensores. Este diploma introduziu,

de segurança?

a nível nacional, os mecanismos gerais de

O fabricante do componente de seguran-

segurança a que devem obedecer os as-

ça é a pessoa singular ou coletiva que as-

A revisão do novo pacote legislativo

censores e respetivos componentes de se-

sume a responsabilidade pela conceção e

de Diretivas

gurança e os requisitos necessários à sua

fabrico do componente de segurança (es-

Encontra-se em curso a revisão do novo pa-

colocação no mercado.

pecificado no Anexo IV da Diretiva), apõe

cote legislativo de Diretivas designado por

a marcação CE e elabora a declaração CE

New Legislative Framework (NLF).

de conformidade para o componente de segurança.

Com a publicação do Decreto-Lei n.° 176/2008, de 26 de agosto, é assegurada a adaptação

Nesse sentido, a 29 de março de 2014 foi pu-

da legislação existente às novas regras es-

blicado no Jornal Oficial da União Europeia a

tabelecidas pela Diretiva n.° 2006/42/CE, do

Outras Diretivas

Diretiva 2014/33/UE do Parlamento Europeu

Parlamento Europeu e do Conselho, de 17

A Diretiva dos Ascensores prevê, ainda, no

e do Conselho de 26 de fevereiro, relativa à

de maio, relativa a Máquinas.

caso dos ascensores ou dos componentes

harmonização da legislação dos Estados-

de segurança estarem cobertos por outras

-Membros respeitante a ascensores e com-

Diretivas (Alínea a) n.° 4 do Artigo 8.°) relati-

ponentes de segurança para ascensores.

vamente a outros aspetos que obrigam à

Organismos Notificados O Organismo Notificado é uma entidade independente, com competência técnica para

aposição da marcação CE, que seja indica-

À semelhança das restantes Diretivas

proceder à avaliação da conformidade dos

da a presunção da conformidade com as

que fazem parte do pacote NLF, a Diretiva

produtos sujeitos a Diretivas Comunitárias,

disposições dessas Diretivas.

2014/33/UE foi sujeita ao processo de ali-

que estabelecem, entre outros princípios,

elevare

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Qualidade, segurança e ambiente que os produtos a colocar no mercado co-

Normas Harmonizadas

munitário devem ostentar a marcação “CE”,

A normalização europeia contribuiu para

podendo assim ser comercializados livre-

aumentar a competitividade das empresas,

mente nos países da União Europeia.

«A regulamentação em vigor prevê que o ascensor seja acessível a todos os que o utilizam»

facilitando, nomeadamente, a livre circulação de bens e serviços, a interoperabilidade

Nesse sentido, o instalador de ascensores

das redes e dos meios de comunicação, o

ou o fabricante dos componentes de segu-

desenvolvimento tecnológico e a inovação.

rança para ascensores deve envolver um

Um dos objetivos da normalização é a defi-

organismo notificado no procedimento de

nição voluntária de especificações técnicas

avaliação de conformidade.

ou da qualidade com as quais os produtos,

ma. O IPQ é membro das organizações de

processos de produção ou serviços pode-

Normalização europeias e internacionais, e

A Diretiva Ascensores define os procedi-

rão estar conformes.

representa Portugal, entre outros, no Co-

mentos de avaliação de conformidade que

mité Europeu de Normalização (CEN) - em

o instalador do ascensor ou o fabricante

Por outro lado, a normalização europeia é

cujo âmbito o Presidente do IPQ desempe-

dos componentes de segurança para o as-

regida por um quadro legal, dinâmico, que

nha, atualmente, a função de Vice-Presi-

censor têm de seguir previamente à aposi-

procura refletir os últimos desenvolvimen-

dente para a área financeira - no CENELEC

ção da marcação CE.

tos da normalização, abrangendo novos

(European Committee for Electrotechnical

aspetos, respondendo aos desafios futuros

Standardization), na International Organiza-

Os organismos notificados para a Diretiva

da normalização na Europa e no contexto

tion for Standardization (ISO) e na Internacio-

Ascensores são reconhecidos pelo Instituto

internacional, contribuindo para a elimina-

nal Electrotechnical Commission (IEC), sendo

Português da Qualidade, I.P. (IPQ), consultada

ção dos obstáculos técnicos ao comércio

membro da ISO desde 1949 e da IEC desde

a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG),

mundial no quadro da Organização Mundial

1929.

no âmbito do Sistema Português da Qualida-

do Comércio (OMC).

de (SPQ) e verificados os critérios mínimos

O IPQ assegura a gestão do processo e do

estabelecidos no Anexo VII desta Diretiva

Neste enquadramento, o Regulamento (UE)

acervo normativo nacional, tendo em vis-

(critérios mínimos que devem ser tomados

n.° 1025/2012 do Parlamento Europeu e do

ta a edição de documentos normativos e

em consideração pelos Estados-Membros

Conselho de 25 de outubro de 2012, relativo

a promoção das condições adequadas à

para a notificação dos organismos).

à normalização europeia veio alterar, entre

participação das partes interessadas no

outras, a Diretiva Ascensores, suprimindo o

desenvolvimento, manutenção, divulga-

O processo de notificação nacional com-

n.° 1 do Artigo 6.°, com o objetivo de assegu-

ção, distribuição e gestão do acervo nor-

preende a verificação dos critérios referi-

rar a eficácia e eficiência das Normas e da

mativo nacional, bem como a participação

dos anteriormente, e tem como requisito a

normalização como instrumentos estraté-

nacional nos trabalhos aos níveis europeu

prévia acreditação pelo Instituto Português

gicos das políticas europeias, através da co-

e internacional, assegurando a credencia-

de Acreditação (IPAC), o organismo nacio-

operação entre as organizações europeias

ção dos Peritos nacionais que integram os

nal de acreditação.

de normalização, os organismos nacionais

trabalhos das várias Comissões nos domí-

de normalização, os Estados-Membros e a

nios relevantes.

Concluído este processo, a notificação é

Comissão.

comunicada à Comissão Europeia, que disponibiliza esta informação ao público em geral na base NANDO.

A lista de Normas harmonizadas em vigor Este Regulamento define “Norma harmo-

é divulgada no website do IPQ e também

nizada”, como sendo uma Norma Europeia

pode ser consultada na base EUR-Lex que

aprovada com base num pedido apresen-

oferece acesso gratuito ao direito da União

(http://ec.europa.eu/enterprise/newappro-

tado pela Comissão, tendo em vista a apli-

Europeia e a outros documentos de cará-

ach/nando/index.cfm?fuseaction=directive.

cação de legislação da UE, em matéria de

ter público:

notifiedbody&sort=country&dir_id=16)

harmonização.

Os organismos nacionais notificados, no

Em Portugal, o IPQ é o Organismo Nacional

riServ.do?uri=OJ:C:2013:348:0005:0062:P

âmbito da Diretiva Ascensores, são os se-

de Normalização (ONN) e, nessa qualidade,

T:PDF

guidamente indicados:

assegura a coordenação deste Subsiste-

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexU-

Declaração de conformidade Body Type

8

Name

Country

e marcação CE A Diretiva Ascensores estabelece, desig-

NB 0028

Instituto de Soldadura e Qualidade

Portugal

NB 0866

Associação Portuguesa de Certificação

Portugal

NB 0876

Instituto Electrotécnico Português

Portugal

NB 1029

SGS-ICS Serviços Internacionais de Certificação Lda.

Portugal

NB 2504

GATECI - Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

Portugal

elevare

nadamente, os requisitos essenciais de saúde e segurança e define as condições para a comercialização, a aposição da marcação da CE bem como o conteúdo da declaração de conformidade.


PUB

A Declaração de conformidade (Anexo II da Diretiva Ascensores) é um documento que descreve que o produto é considerado em conformidade com a referida Diretiva, sendo emitida pelo instalador ou pelo fabricante, respetivamente, antes da colocação no mercado de um ascensor ou de um componente de segurança. Este documento deve incluir, nomeadamente, o nome e a morada do instalador do ascensor ou fabricante dos componentes de segurança para ascensores, a conformidade do produto para com as caraterísticas essenciais, as normas europeias aplicáveis e o número de identificação do Organismo Notificado que efetuou a verificação do ascensor ou efetuou os controlos de produção dos componentes de segurança para ascensores. Cabe ao Organismo Notificado, escolhido pelo instalador do ascensor ou o fabricante dos componentes de segurança para ascensores, verificar a conformidade com os requisitos essenciais aplicáveis segundo a Diretiva Ascensores, através da realização de uma avaliação de conformidade. Após verificar que o produto se encontra em conformidade, emitirá um certificado de conformidade. Por sua vez, o instalador do ascensor, ou o fabricante dos componentes de segurança para ascensores, elabora a Declaração de Conformidade (DoC) para declarar sob a sua exclusiva responsabilidade a garantia da conformidade com a Diretiva Ascensores. A cópia da Declaração de conformidade deve ser mantida por um período mínimo de dez anos a contar da data de colocação no mercado do ascensor. No caso dos componentes de segurança de ascensores, a cópia da Declaração de conformidade deve manter-se por um período mínimo de dez anos, a contar da última data de fabrico do componente de segurança. A marcação CE indica que o ascensor foi avaliado e que cumpre os requisitos legais ao nível harmonizado para ser colocado no mercado.

Com um grafismo único (conforme definido no Anexo III da Diretiva Ascensores), a marcação CE de conformidade constituída pelas iniciais “CE”, deverá ser aposta no ascensor ou num componente de segurança pelo instalador ou pelo fabricante, respetivamente, antes da sua colocação no mercado.


Qualidade, segurança e ambiente

Certificação e Reconhecimento Ana Francisco Gestora de Cliente da APCER

A APCER é uma entidade certificadora que

com a ISO 9001, concedida por uma entidade

tem por missão auditar e certificar em todo

acreditada pelo IPAC (ou por uma entidade

certificação por um período de 3 anos. Anu-

o mundo, com competência e confiança,

homóloga signatária do acordo multilate-

almente são realizadas auditorias de acom-

verificada essa conformidade, é concedida a

para benefício dos seus clientes. A credibili-

ral da EA), será uma forma de evidenciar as

panhamento que servem para verificar a

dade dos serviços prestados é assegurada

boas práticas no exercício da sua atividade

manutenção da conformidade do sistema.

por rigorosos processos de acreditação,

e um dos meios para se proceder ao pedido

No final do ciclo de certificação, que tem a

de onde destacamos a acreditação pelo

de reconhecimento pela DGEG, dando cum-

duração de três anos, é realizada uma audi-

IPAC – Instituto Português de Acreditação,

primento ao enquadramento legal atual e,

toria de renovação com a reemissão de um

segundo a Norma NP EN ISO/IEC 17021:2013

simultaneamente, ter uma validação por

novo certificado de conformidade por mais

para a certificação de Sistemas de Gestão

uma entidade externa das boas práticas im-

um novo ciclo de certificação.

da Qualidade, ISO 9001:2008.

plementadas.

A APCER é também um Organismo Noti-

O processo de certificação permite eviden-

contempla os requisitos específicos da Di-

ficado pela Comissão Europeia no âmbito

ciar, com credibilidade, que uma entidade

retiva Ascensores, a conformidade com a

da Diretiva 95/16/CE “Ascensores” para os

dispõe de um sistema de gestão da qualida-

Norma ISO 9001 confere uma presunção de

seguintes módulos de avaliação de con-

de em conformidade com os requisitos da

conformidade com os módulos de garantia

formidade, de acordo com o Decreto-Lei

Norma ISO 9001, através de uma avaliação

da qualidade.

n.° 295/98 de 22 de setembro: Anexo VIII,

por uma entidade externa e independente.

Quando o sistema de gestão da qualidade

Anexo IX, Anexo XII, Anexo XIII e Anexo XIV,

Sendo a APCER uma entidade certificadora

alterada pela Diretiva 2006/42/CE de 17 de

Para a obtenção da certificação ISO 9001, a

e, simultaneamente, um organismo noti-

maio (transposta para o direito nacional

empresa candidata à certificação deve consi-

ficado, disponibiliza não só um serviço de

através do Decreto-Lei n.° 103/2008 de

derar, numa 1.a fase, a implementação de um

certificação ISO 9001 acreditado mas tam-

24 de junho), com o n.° 0866.

sistema de gestão de acordo com este refe-

bém a Avaliação de Conformidade de acor-

rencial e que mais se adequa às intenções es-

do com o Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de

A 27 de agosto de 2013 foi publicada a

tratégicas e de gestão da empresa. A Norma

setembro: Anexo VIII, Anexo IX, Anexo XII,

Lei 65/2013, que aprova os requisitos de aces-

ISO 9001 pode ser adquirida no IPQ – Instituto

Anexo XIII e Anexo XIV, alterada pela Diretiva

so e exercício das atividades das Empresas

Português da Qualidade (www.ipq.pt).

2006/42/CE, de 17 de maio (transposta para

(EMIE) e das Entidades Inspetoras de Instala-

Em www.apcer.pt, entre outras informa-

n.° 103/2008, de 24 de junho), sendo pos-

ções de Elevação (EIIE) e seus profissionais.

ções sobre esta temática, encontra-se dis-

sível a prestação de um serviço que vai de

ponível, para download, o guia interpretati-

encontro às necessidades do setor, quer ao

de Manutenção de Instalações de Elevação

o direito nacional através do Decreto-Lei

Relativamente à atuação das EMIE, esta Lei

vo da ISO 9001, onde estão descritos todos

nível normativo, quer ao nível de cumpri-

vem clarificar e uniformizar as responsabi-

os requisitos que deverão ser cumpridos,

mento legal.

lidades e deveres na prestação do serviço

assim como a interpretação da APCER so-

de manutenção de instalações de elevação

bre os mesmos e as evidências que normal-

A APCER com a sua notoriedade e larga

que, consequentemente, leva à consoli-

mente dão suporte ao seu cumprimento.

experiência na certificação de sistemas de

dação de boas práticas no setor, surgindo

gestão e sendo simultaneamente organis-

agora a necessidade de reconhecimento

Uma vez concluída a etapa de implemen-

mo notificado na Diretiva de Ascensores,

destas entidades pela DGEG – Direção-Geral

tação do sistema de gestão, a empresa

tem a expetativa de poder contribuir positi-

de Energia e Geologia, para o exercício da

poderá solicitar a certificação a uma enti-

vamente para o adequado cumprimento do

atividade de manutenção de instalações de

dade certificadora acreditada, através da

atual quadro legislativo deste setor, bem

elevação.

marcação de uma auditoria de concessão.

como para a melhoria dos serviços que

Esta auditoria acontece em duas fases e

são prestados pelas EMIE, tendo sempre

Tal como referido no Ponto 2 do Artigo 4.°

será avaliada a conformidade do sistema

como preocupação a resposta às necessi-

desta Lei, a certificação das EMIE de acordo

com a Norma de referência, ISO 9001. Sendo

dades e expetativas da comunidade.

10

elevare


Normalização

EN 81-20/50 – Principais alterações e implicações José Pirralha Presidente da CT 63

Introdução A EN 81-20/50 constitui a maior e mais profunda alteração normativa dos últimos 20 anos, resultado de uma profunda revisão das EN 81-1/2. As razões para a revisão advêm, quer das

Principais alterações e implicações

Reforço da segurança para os técnicos >>

alterações tecnológicas que se tem veri-

Neste breve comentário, limitar-nos-emos

ficado nos últimos tempos, quer como

a enunciar os tópicos do que consideramos

resultado do conjunto de emendas produ-

as alterações mais significativas, não sem

zidas (A1, A2, A3), e ainda do conjunto de

que deixemos a promessa de que nos pró-

interpretações realizado, muitas das quais

ximos números vamos continuar a abordar

a remeterem para uma revisão futura.

este tema de modo tão exaustivo quanto a

poço e topo da caixa; >>

Uso de pictogramas e definição de espaços de acordo com as condições;

>>

Os espaços de refúgio devem ser considerados para cada técnico que possa

importância do tema requer. De igual modo serviram de base à mudan-

Aumento dos espaços de refúgio no

estar sobre a cabina ou no poço; >>

Existência de uma botoneira de mano-

ça a necessidade de incorporação de Re-

Novas definições

bra no poço, a qual deve estar coorde-

quisitos Essenciais de Saúde e Segurança

São dadas novas definições, por exemplo,

nada com a botoneira de revisão no teto

derivados de modificações nas Diretivas

para:

EU, assim como a necessidade de clarifi-

>>

pessoas autorizadas;

cação de textos e a eliminação de alguns

>>

pessoas competentes;

erros.

>>

Circuito de segurança;

>>

……….

da cabina; >>

cabina; >>

Melhoria da balaustrada no teto da cabina com requisitos de resistência míni-

Pese embora a Norma não tenha ainda

ma, adequada;

sido publicada já que se está em fase de

Reforço da segurança dos passageiros

voto formal, fase em que os Organismos

>>

Nacionais podem fazer os seus comentários e propor alterações de caráter edito-

Iluminação de emergência no teto da

>>

>>

…………………

Novos requisitos/critérios para a resistência de portas (cabina e/ou piso),

Fabricantes e instaladores

As portas e os seus aros estão sujeitos

>>

Novas exigências no que refere à ro-

rial, a natureza das alterações e a dimen-

a ensaios de impacto (pêndulo), em pon-

bustez de painéis de portas, cabinas,

são das implicações exigem que quanto

tos e condições exatamente definidas.

aventais, entre outros, o que determina

antes a indústria se prepare para o que aí vem.

a necessidade de novos manuais e/ou Válido para todas as portas sejam ou não de vidro.

Calendário

>>

Aumenta o nível de iluminação na cabina;

O período de voto formal terminou a 27

>>

Medidas para a prevenção da saída de pessoas da cabina quando esta esteja

de abril, podendo adiantar-se que a CT 63

>>

>>

Melhoria dos materiais usados na cons-

Novos procedimentos de ensaio “on site” para comprovar a conformidade do produto;

>>

parada entre pisos;

já se pronunciou e decidiu, por unanimidade, o seu voto favorável.

certificados;

Novos métodos de instalação e avaliação de risco podem vir a ser exigidos;

>>

……………………

trução das cabinas em termos de resisAs datas a seguir indicadas são datas prováveis podendo, todavia, vir a sofrer alguns ajustes ao longo do processo.

>>

tência ao fogo e na utilização de vidros

Estes são apenas alguns tópicos a que da-

de segurança;

remos desenvolvimento nos próximos nú-

…………….

meros.

elevare

11


Legislação

Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Diário da República

Portaria n.° 97/2014 de 6 de maio

(OF) e pela realização de auditorias, ao

organismos notificados ou as EIIE rece-

O n.° 1 do artigo 33.º da Lei n.° 65/2013, de

abrigo do disposto n.° 2 do artigo 33.° da

bem € 250, acrescidos de IVA, pela par-

27 de agosto, estabelece que são devidas

Lei n.° 65/2013, de 27 de agosto.

ticipação de cada um dos seus técnicos, provenientes da taxa cobrada pela DGEG.

taxas à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) pelo reconhecimento das em-

Artigo 2.°

10. As taxas previstas nos números anterio-

presas de manutenção de instalações de

Valor das taxas

res podem ser atualizadas anualmente

elevação (EMIE) e das entidades inspetoras

1. A taxa devida pelo reconhecimento como

até 31 de março, mediante a aplicação

de instalações de elevação (EIIE), pelo re-

EMIE, de entidades que possuam certi-

do índice de preços no cons midor, no

conhecimento de qualificação profissio-

ficação de acordo com a ISO 9001 para

continente, sem habitação, correspon-

nais adquiridas fora do território nacional,

as atividades de manutenção de instala-

dente aos últimos doze meses, publica-

e pela certificação de organismos de for-

ções, concedida por entidade acreditada

do pelo Instituto Nacional de Estatística,

mação (OF) e pela realização de auditorias.

pelo IP AC, I. P., ou por entidade homóloga signatária do acordo multilateral da EA, é fixada em €200.

I. P. (INE, I. P.). 11. Para efeitos do disposto no número anterior, a DGEG publicita os valores atua-

2. A taxa devida pelo reconhecimento

lizados das taxas e a data da respetiva

como EMIE, de entidades que não possu-

entrada em vigor através de aviso do

am certificação a que se refere o núme-

diretor-geral da DGEG publicitado no sí-

ro anterior, é fixada em € 900.

tio da Internet da DGEG e no balcão único

O n.° 2 do mesmo artigo dispõe que o valor,

3. A taxa devida pelo reconhecimento de-

a distribuição do produto e o modo de co-

finitivo como EIIE e pela convolação em

brança das taxas são fixados por portaria

reconhecimento definitivo das EIIE com

Artigo 3.°

do membro do Governo responsável pela

reconhecimento provisório é fixada em

Pagamento

área da energia.

€ 200.

Assim: Ao abrigo do disposto no n.° 2 do artigo 33.° da Lei n.° 65/2013, de 27 de agosto, manda o Governo, pelo Secretário de Estado da Energia, o seguinte: Artigo 1.° Objeto

O pagamento das taxas referidas no artigo

4. A taxa devida pelo reconhecimento pro-

anterior deve ser efetuado no prazo de oito

visório como EIIE é fixada em € 100.

dias contados da notificação para esse efei-

5. A taxa devida pela certificação como OF

to, constituindo condição prévia para a práti-

é fixada em € 500.

ca dos atos previstos no artigo 1.°

6. A taxa devida pelo reconhecimento de qualificações profissionais adquiridas

Artigo 4.°

fora do território nacional é fixada em

Revogação

€ 200. 7. A taxa devida pelas auditorias determi-

A presente portaria fixa o valor das taxas

nadas pela DGEG, no âmbito do acom-

devidas pelo reconhecimento das empre-

panhamento da EMIE e das EIIE, é fixada

sas de manutenção de instalações de ele-

eletrónico dos serviços.

É revogada a Portaria n° 912/2003, de 30 de agosto. Artigo 5.°

em € 700.

Entrada em vigor

vação (EMIE) e das entidades inspet ras de

8. As taxas previstas nos números anterio-

A presente portaria entra em vigor no pri-

instalações de elevação (EIIE), pelo reco-

res são devidas à DGEG pelos respetivos

meiro dia útil seguinte ao da sua publicação.

nhecimento de qualificação profissionais

requerentes.

O Secretário de Estado da Energia, Artur Ál-

adquiridas fora do território nacional, pela

9. Pela prestação de serviço na realização

certificação de organismos de formação

de auditorias previstas nos n.os 2 e 7, os

12

elevare

varo Laurea no Homem da Trindade, em 15 de abril de 2014.


PUB


Legislação

CIVA IVA - taxa a aplicar a homelift`s (plataformas cabinadas) usadas por pessoas com deficiências físicas e mobilidade reduzida Jorge Miguel Pinto & Cruz Elevadores e Instalações

Com a proliferação de soluções técnicas

duzida de 6% no Continente, 5% na Região

de elevação para o transporte de pessoas

Autónoma da Madeira e 4% na Região Autó-

com deficiências físicas e mobilidade redu-

noma dos Açores, mas sim à taxa normal

zida tem surgido equipamentos denomina-

de IVA de 23% no Continente, 22% na Re-

dos HomeLift e no que concerne à questão

gião Autónoma da Madeira e 16% na Região

da taxa do IVA aplicável a este tipo de equi-

Autónoma dos Açores. O não cumprimento

pamentos algumas dúvidas. Esta questão

desta aplicação incorre numa infração fis-

origina em muitas situação até uma concor-

cal e sujeito às sanções previstas por parte

rência desleal entre empresas que comer-

do Ministério das Finanças.

cializam e instalam estes equipamentos, e alguma confusão no cliente final não raras

Despacho n.° 26 026/2006

vezes confrontado com propostas simi-

Em setembro de 2006, o Governo apro-

consoante o estabelecido naquela verba, a

lares para o mesmo tipo de equipamento,

vou, através da Resolução do Conselho de

taxa reduzida do IVA apenas é aplicável aos

com uns instaladores a indicar IVA a 23% e

Ministros n.° 120/2006, de 21 de setembro,

utensílios, aparelhos e objetos que cons-

outros o IVA à taxa reduzida de 6% (Conti-

o 1.° Plano de Ação para integração das

tem de uma lista aprovada por despacho

nente), pelo que urge debruçarmo-nos so-

Pessoas com Deficiências ou Incapacidade

conjunto dos ministros com competência

bre este assunto.

(PAIPDI) que pretende levar à prática uma

nas áreas das finanças, da solidariedade e

nova geração de políticas promotoras da in-

segurança social e da saúde.

É no sentido de esclarecer, quer instalado-

clusão social das pessoas com deficiências

res quer clientes, que pretendem adquirir

e da sua plena participação na sociedade.

estes equipamentos, que passamos a citar

A lista atualmente em vigor foi aprovada através do despacho conjunto n.° 37/99 de

excertos do Despacho n.° 26 026/2006 de

No domínio específico das ajudas técni-

11 de dezembro de 2006, que revogou o

cas, a verba 2.6 da lista I anexa ao Código

ção no Diário da República, 2.a série, n.° 12 de

Despacho conjunto n.° 37/99 de 10 de se-

do Imposto sobre o Valor Acrescentado

15 de janeiro de 1999.

tembro e da Informação Vinculativa n.° 3502

(CIVA),com a redação que lhe foi dada pelo

10 de setembro de 1998, objeto de publica-

da Direção Geral de Impostos - Ministério

n° 3 do Artigo 34 da Lei n.° 127-B/97, de

O tempo entretanto decorrido, com o ine-

das Finanças sobre este tema, os quais são

20 de dezembro, determina a aplicação

rente desenvolvimento técnico e científico,

claros que, ao chamado HomeLift (Mini-Ele-

da taxa reduzida do IVA, correspondente

bem como a oportunidade em contemplar

vador, Elevador Residencial) usados ou não

a 6% no Continente e a 5% na Região Au-

algumas das ajudas técnicas que constam

por pessoas com deficiência física, porque

tónoma da Madeira e 4% na Região Autóno-

do Despacho n.° 19 210/2001 (2. a série), de

são constituídos por uma plataforma com

ma dos Açores e, nas vendas de utensílios,

27 de julho do Secretário Nacional para a

teto (cabinado) e trabalham dentro de um

aparelhos e objetos especificamente con-

Reabilitação e Integração de Pessoas com

poço ou estrutura envolvente, em circuns-

cebidos para utilização por pessoas com

Deficiência, publicado no Diário da Repúbli-

tância alguma não é aplicável IVA à taxa re-

deficiências ou incapacidades. No entanto,

ca, 2. a série, n.° 213, de 13 de setembro de

14

elevare


Legislação 2001, justificam no âmbito das novas polí-

contorno e ângulo da escadaria), trepado-

pacho n.° 26 026/2006 de 22 de dezembro.

ticas introduzidas pelo PAIPDI, uma reformu-

res de escadas e rampas portáteis para

Beneficiam do enquadramento na citada

lação do elenco de bens suscetível de inclu-

cadeiras de rodas;

são no âmbito da verba 2.6 da lista I anexa ao

verba 2.9 da lista I os equipamentos ou utensílios que se encontram previstos no item

CIVA, no sentido de o atualizar e de lhe aditar

Face a algumas dúvidas que ainda persis-

39) do citado Despacho n.° 26 026/2006,

alguns utensílios, aparelhos e objetos para

tem por parte de algumas empresas do se-

designadamente as “plataformas elevatórias

uso específico por pessoas com deficiências

tor, na interpretação deste Despacho (n.° 26

e elevadores para cadeiras de rodas (não pos-

ou incapacidades.

026/2006), citamos também excertos da

suem cobertura e não trabalhem num poço),

Informação Vinculativa n.° 3502 do Ministé-

elevadores para a adaptação a escadas (dis-

Assim:

rio das Finanças (Direção Geral de Impostos)

positivos com assento ou plataforma fixada a

Ao abrigo do disposto na verba 2.6 da lista I

sobre este mesmo tema e que esclarece o

um ou mais varões que seguem o contorno e

anexa ao CIVA, aprovado pelo Decreto-Lei n.°

assunto na sua plenitude.

ângulo da escadaria), trepadores de escadas e

394-B/84, de 26 de dezembro, determina-se o seguinte:

rampas portáteis para cadeiras de rodas". “De harmonia com o disposto na verba 2.9 da

1. Para efeitos de aplicação da taxa reduzi-

lista anexa ao Código do IVA (CIVA), são abran-

De referir, no entanto, que se encontram ex-

da do IVA, é aprovada a seguinte lista de

gidos pela aplicação da taxa reduzida (6% no

cluídos da citada verba 2.9 da lista I anexa

bens:

território do Continente, 4% na Região Autóno-

ao Código do IVA, os equipamentos, nome-

1. ...........

ma dos Açores e 5% na Região Autónoma da

adamente os elevadores para cadeiras de

2. .............

Madeira) os utensílios e quaisquer aparelhos ou

rodas que, para efeitos da sua utilização,

39. Plataformas elevatórias e elevadores

objetos especificamente concebidos para utili-

devam ser instalados dentro de um poço ou

para cadeiras de rodas (não possuem

zação por pessoas com deficiência, desde que

estrutura envolvente, ainda que destinados

cobertura e não trabalham dentro de um

constem de uma lista aprovada por despacho

a pessoas com deficiência física, uma vez

poço), elevadores para adaptar a escadas

conjunto dos Ministérios das Finanças, da So-

que os mesmos não constam de nenhum

(dispositivos com assento ou plataforma

lidariedade e Segurança Social e da Saúde". A

dos itens do Despacho n.° 26 026/2006, de

fixada a um ou mais varões que seguem o

lista a que se refere a Norma consta do Des-

22 de dezembro.

PUB


Coluna da ANIEER

Diretiva Ascensores 2014/33/UE Implicações da reformulação da Diretiva 95/16/CE José Pirralha Presidente da ANIEER

Introdução

Este novo enquadramento legal aplica-se a

O que não se altera?

Publicada no JOUE L96 de 29 de março 2014

um conjunto de Diretivas Nova Abordagem,

>>

Domínio de aplicação;

a Diretiva 2014/33/UE, a qual resulta da re-

nomeadamente:

>>

Os requisitos essenciais (ou seja, a parte

visão/reformulação da Diretiva 95/16/CE,

>>

Diretiva Ascensores;

que a partir de 1 de julho de 1999 se consti-

>>

Diretiva de Compatibilidade Eletromag-

>>

Diretiva de Baixa Tensão;

>>

Entre outros.

Os procedimentos de avaliação de conformidade.

nética;

tuiu como o principal referencial para a colocação no mercado de novos ascensores.

técnica da Diretiva); >>

O que é alterado? >>

Obrigações dos operadores económicos;

A Diretiva 95/16/CE, adotada em 29 de ju-

Os objetivos deste novo enquadramento

>>

Organismos notificados;

nho de 1995, veio a tornar-se de aplicação

são os seguintes:

>>

Procedimentos de salvaguarda (fiscali-

obrigatória a 1 de julho de 1999, e nela se

a. Harmonização dos conceitos chave das

A Diretiva 95/16/CE

zação).

estabelecem:

Diretivas Nova Abordagem da EU com

>>

Os requisitos legais para a conceção,

a legislação, através da harmonização

Resumo das principais alterações

instalação e colocação no mercado de

legislativa;

e suas implicações:

>>

rização da conformidade dos Organis-

ponentes de segurança, devem possuir

Os procedimentos para a avaliação de

mos Notificados. Inclui o incremento do

registos para que possam identificar to-

conformidade que devem ser seguidos

uso da acreditação para ONs;

dos os operadores económicos envolvi-

que concerne a: >>

Instalação de ascensores,

>>

Componentes de segurança.

Objetivos: a livre circulação de ascensores e componentes de segurança no mercado interno; >>

assegurar que esses produtos apresentem um elevado nível de proteção para a saúde e segurança das pessoas.

A Diretiva 2014/33/EU (reformulação da Diretiva 95/16/CE) Esta revisão/reformulação resulta da necessidade de adaptação ao novo quadro legal, designado por NLF - New Legal Framework, que mais não é do que o alinhamento com o Regulamento n.° 765/2008 a Decisão n.° 768/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho.

16

Os instaladores e fabricantes de com-

b. Implementação da avaliação e monito-

segurança para ascensores (Anexo IV);

pelos instaladores e/ou fabricantes, no

>>

i.

novos ascensores e componentes de

elevare

c. Fortalecer a fiscalização do mercado na EU;

dos na cadeia de fornecimento (fornecedores e clientes).

d. Associar a credibilidade da marcação

Tal poderá vir a ser exigido caso se

CE como signo de conformidade com a

verifiquem situações de não-conformi-

legislação relevante, assim como signo

dade que exijam comunicação e forne-

de segurança;

cimento de instruções a todos os en-

e. Alinhamento de várias Diretivas.

volvidos;


PUB

ii. Os instaladores e fabricantes de componentes de segurança estão obrigados a reportar às autoridades nacionais, não conformidades ou questões de segurança detetadas, bem como as medidas corretivas a aplicar; iii. São criados novos e modificados alguns requisitos para acreditação, notificação e operação dos ONs; iv. São definidos novos e modificados alguns dos requisitos aplicáveis aos Estados Membros para a operacionalização das regras de fiscalização do mercado; v. Os RESS (Requisitos Essenciais de Saúde e Segurança) mantêm-se (Anexo I) embora com algumas modificações de terminologia; vi. Alterações de terminologia no Anexo III (lista de componentes de segurança-anterior Anexo IV); Exemplo: Interruptor de segurança, contendo componentes eletrónicos, passa a circuito de segurança, contendo componentes eletrónicos. A redação do Ponto 2 do Anexo III foi alterada face ao disposto na anterior Diretiva, removendo-se a condição de movimento incontrolado em subida e incorporando-se a condição de movimento incontrolado da cabina. Esta nova redação em conjugação com o previsto na secção 3.2 do Anexo I pode vir a resultar na necessidade de incorporar novos componentes de segurança com marcação CE, para incorporação no UCM. Esta é uma questão em aberto que deverá ser clarificada o quanto antes. vii) Alteração editorial ( em quase todos os capítulos). Alterada a ordem dos Anexos (removidos os Anexos III e VII) e renumerados. Calendário >>

A Diretiva 2014/33/EU foi adotada pelo Parlamento Europeu a 5 de fevereiro de 2014;

>>

Adotada pelo Conselho Europeu em 20 de fevereiro 2014;

>>

Publicada no Journal Official a 29 de março de 2014;

>>

Entrada em vigor: 19 de abril de 2014 ( 20 dias pós-publicação);

>>

Período de implementação: 2 anos;

>>

Aplicação da nova Diretiva: a partir de 19 de abril de 2016.

4. Certificados ao abrigo da Diretiva 95/16/CE Os Certificados e as decisões dos ONs, emitidas ao abrigo da Diretiva 95/16/CE (até 20 de abril de 2016) mantêm-se válidos. Nota final: na próxima edição da revista analisaremos em detalhe os pontos críticos da aplicação desta Diretiva, que antecipamos resultantes de um conjunto de requisitos para a rastreabilidade, novas regras e requisitos para ONs e novas exigências aplicáveis aos Estados Membros.


Coluna AIECE

AIECE “A aiece no caminho para a autorregulação do mercado do setor da elevação” A Presidente da AIECE Amadeu Ferreira da Silva, Lda. La Salette Silva

Em Portugal é bem conhecida a

do século passado, com prédios habitacio-

importância das pequenas (com menos

nais e de escritórios cada vez mais altos e

de 50 trabalhadores) e micro-empresas

com maiores necessidades de transportar

(com menos de 10 trabalhadores) que

com regularidade em milhares de viagens

constituem a maioria de empresas de

elevatórias diárias, milhares de pessoas.

Mais recentemente, as Diretivas Europeias vieram introduzir neste setor, como em muitos outros, fatores de exigência crescente

manutenção de elevadores, filiadas na Paralelamente, assistiu-se gradualmente,

em termos de organização das empresas, e

quer devido à evolução da legislação sobre

da qualificação dos seus profissionais e téc-

Do facto, regista a informação oficial no

segurança, como também devido à neces-

nicos, que as micro e pequenas empresas

website do IAPMEI que “segundo dados for-

sidade de formação para acompanhamento

de manutenção de elevadores tem vindo

necidos pelo INE, relativos a 2008, micro e

da evolução tecnológica dos equipamentos

a acompanhar diligentemente, em estreita

pequenas empresas representam a esma-

elevatórios, a uma maior especialização do

cooperação com a Administração Pública,

gadora maioria do tecido empresarial nacio-

setor, quer na instalação de raiz em novos

de modo a que o progresso que todos dese-

nal (96,5%). A importância deste conjunto de

prédios de elevadores, como na sua instala-

jam se faça de forma segura e consistente,

empresas manifesta-se, naturalmente, em

ção e reabilitação ou remodelação em pré-

sem fazer perigar nem os interesses legí-

termos de emprego, e também, ainda que de

dios antigos, como nos complexos comer-

timos dos proprietários dos edifícios, nem

forma mais ténue, em termos de volume de

ciais e serviços públicos modernos, em que

os dos seus inquilinos ou utentes, nem os

negócios, já que micro e pequenas empresas

elevadores, escadas e passadeiras rolan-

das empresas de instalação e manutenção

geram 51,5% do emprego e realizam 35,7%

tes, vieram alargar o mercado tradicional.

de elevadores e similares.

AIECE.

do volume de negócios nacional”. Ou seja, cabe ao Estado Legislador, como Ora, a situação da atividade de manutenção

ao Estado Administração Pública Central

de elevadores em Portugal tem vindo a

e Local, como ainda ao Estado Poder Judi-

evoluir, desde os tempos iniciais em que se

cial, desenvolver uma adequada “Governan-

registavam na atividade vários empresários

ce” (pela boa regulamentação, inspeção e

em nome individual, para estes se transfor-

julgamento) para este setor de atividade

marem gradualmente em sociedades por

económica, arbitrando de forma isenta e

quotas, muitas vezes de raiz familiar, e com

operacional os interesses tripartidos acima

recurso a profissionais qualificados, não

identificados.

apenas pela experiência acumulada mas, já também, em função de habilitações escola-

Nesse sentido, é positiva a exigência de qua-

res e académicas mais exigentes.

lificação das empresas de manutenção de elevadores junto da atual Direcção Geral de

Na verdade vários fatores contribuíram para

Energia e Geologia, como é de salutar que

esse progresso, desde logo pela própria

estas empresas e de forma crescente, se ve-

evolução do urbanismo a acompanhar a ex-

nham a certificar de acordo com a Norma ISO

pansão demográfica a partir da 2.a metade

de qualidade 9001: 2008 (Implementação do

18

elevare


Coluna AIECE Sistema de Gestão da Qualidade), uma vez que atualmente a qualidade é algo fundamental quer ao nível dos Clientes (exterior) quer ao nível da Organização (interior). As chamadas “empresas de vão de escada”, não podem mais subsistir por não preencherem os requisitos de acesso à atividade, e porque as exigência legais e éticas de respeito pela segurança pública, e de respeito pelas regras da concorrência, o exigem num Estado de Direito, como o nosso. Hoje, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (PMEs) da área da manutenção dos elevadores, em especial as que se acham filiadas em associações representativas do setor (quer no nosso País, quer no estrangeiro) apresentam um grau bastante elevado de confiabilidade, que permite aos seus clientes – Serviços públicos, grandes e pequenos

A hora que agora soa para as pequenas e

que justificou inclusive a intervenção do Se-

proprietários do imobiliário, e as empresas

micro-empresas, players responsáveis na

nhor Provedor de Justiça, deu origem aos

gestoras designadamente de administração

área da manutenção de elevadores, e para

dois diplomas: o Decreto-Lei n.° 110/01 de

de condomínios – esperar a prestação de um

a AIECE sua legítima representante como

18 de março e o Decreto-Lei n.° 320/2002

serviço de qualidade por um preço justo.

parceiro social da DGEG, não pode deixar de

de 28 de dezembro que correspondiam a

se assumir de uma postura exigente pelo

essa data, às necessidades do setor, e às

No nosso regime de liberdade de iniciativa

respeito de um código de conduta exemplar

necessidades de salvaguarda da segurança

privada, garantido também constitucional-

pautado por:

dos utilizadores.

mente, tem de haver lugar para que nos pró-

1. Normas éticas e deontológicas de com-

ximos tempos se consiga compatibilizar os custos das exigências de modernização dos equipamentos elevatórios, com as capacidades de investimento dos proprietários que os tenham de realizar e, ao mesmo tempo, ponderando a remuneração séria e objetiva das empresas de manutenção dos elevadores, seja nos casos de contratos de serviço simples, ou de serviço completo.

Mais recentemente tem também a AIECE

portamento e de boas práticas; 2. Consideração

pelos

interesses

dos

clientes no quadro legal existente; 3. Permanente disponibilidade para o diálogo e cooperação com o Estado; 4. Desenvolvimento e apoio a ações de informação da opinião pública;

participado em iniciativas da ANEME – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Metalomecânicas – especialmente nos domínios da formação, mas com potencialidades de envolvimento em outros aspetos e iniciativas de interesse comum.

5. Cooperação associativa e internacional nos domínios da formação.

Decerto que, no futuro, esse desejável clima de bom entendimento associativo se

Abre-se agora, e por isso, um campo de

Resta acrescentar que, já no passado

poderá vir a repetir, e com benefício para

mais estreita colaboração entre as micro e

(1999/2002) em que o setor da manutenção

a atividade reguladora e de supervisão das

pequenas empresas do setor de atividade

e de instalação de elevadores, envolvendo

normas de fiscalização que competem ao

representado pela AIECE, que não poderá

grandes empresas filiadas na ANIEER, e as

Estado, para incrementar a autorregulação

deixar de se insurgir contra as más práti-

Micro e PME filiadas na AIECE, conseguiram

do setor, em especial quanto aos paradig-

cas restritivas do setor, bem como contra

ser representadas no grupo de trabalho de

mas da duração dos contratos de presta-

a oferta de contratação de serviços com

revisão de legislação da DGEG, em especial

ção de serviços, ética e boas práticas de

preços de dumping, e sem correlação com o

nos domínios da fiscalização de elevadores

preços.

custo/hora dos seus encargos e remunera-

e questões de segurança relacionadas com

ções justamente praticadas.

os elevadores sem portas de cabine, e a

Assim se garantirá a sustentabilidade de to-

sua transferência para a competência dos

das as empresas certificadas de instalação

Estas más práticas, que apenas visam iludir

municípios, e de comum acordo com a exis-

e manutenção dos elevadores, com o apoio

proprietários de olhos postos apenas nos

tência de um mesmo jurista representante,

ao esclarecimento dos proprietários imo-

preços que só aparentemente são mais bai-

Professor Doutor Luís Nandin de Carvalho.

biliários nos deveres e direitos recíprocos,

xos, quando na realidade estão a ser atraí-

Nessa ocasião, houve lugar a uma frutuosa

no quadro legal de uma sã concorrência no

dos para contratos leoninos de fidelização,

colaboração associativa, numa atitude co-

mercado, entre empresas qualificadas e

e de sujeição a uma exploração abusiva, de

mum de dignificação da atividade e práti-

pautadas pela objetividade, transparência,

que mais tarde sempre se arrependem.

cas do setor em que o resultado legislativo,

lealdade de procedimentos.

elevare 19


Nota técnica

Comparação entre Ascensores Elétricos e Ascensores Hidráulicos MRL Jorge Leitão SICMALEVA - Sociedade de Comércio e Indústria de Equipamentos de Elevação, S.A.

INTRODUÇÃO Na aplicação de sistemas de transporte vertical é uma decisão importante qual o sistema de acionamento a usar, tração ou hidráulico? Cada tipo tem caraterísticas que o torna particularmente adequado para uma aplicação específica. >>

Conforto na viagem;

Ao longo dos últimos quarenta anos, o as-

>>

Eficiência Energética;

do mundo. Se analisarmos detalhadamente as duas soluções MRL, detetamos alguns

censor hidráulico foi aceite em todo o mun-

>>

Ruído Acústico;

pontos que merecem ser abordados:

do. Com a introdução do ascensor elétrico

>>

Exigências Estruturais. a. Sistema de Resgate: na solução MRL

Machine Room Less (MRL), em 1995, para substituir o ascensor hidráulico, iniciou-se

Estas são, normalmente, as principais pre-

Elétrico, este vem equipado com um sis-

uma forte concorrência pelo mercado nos

ocupações no projeto de um ascensor. Não

tema de alimentação auxiliar de energia

edifícios de baixa altura (Portugal tem um

existe uma solução ideal sem uma análise

que deteta o lado mais favorável em

parque habitacional maioritariamente de

prévia. Considero este ponto muito impor-

função da carga desequilibrada, levan-

baixa altura, cerca de 4 a 6 pisos [13]).Apli-

tante de forma a evitar soluções desajusta-

do a cabina ao piso e libertando o(s)

caram-se, então, estratégias de mercado

das à realidade do edifício.

passageiro(s). Um sistema de ativação é manual, como o sistema de resgate é

bastante agressivas. Existe um conjunto de erros com que nos

elétrico, logo é falível. Na solução MRL

Uma tendência MRL criada em detrimento

deparamos nos cadernos de encargos, e

Hidráulica, este vem equipado com um

da segurança. Os compradores, no entanto,

dou como exemplo os ascensores de dois

sistema de socorro mais simples e efi-

devem ser informados sobre os méritos e

pisos, com um curso de 3 m, que apresen-

caz, baseado na energia potencial. No

defeitos de ambos os sistemas de ascenso-

tam velocidades nominais de 1,0 m/s quan-

fundo não é mais do que uma torneira

res para assegurar a aplicação mais ade-

do, na realidade, o flytime não o permite;

que se abre levando, ao piso mais baixo,

quada e segura de cada tipo.

edifícios de serviço público sem qualquer

a cabina, patamar onde se encontra o

estudo de tráfego com dimensões e veloci-

técnico credenciado a fazer a operação

Neste trabalho, ascensores elétricos e hi-

dades nominais desajustadas e edifícios em

de socorro. Um sistema de ativação é

dráulicos, principalmente MRL, são discuti-

que a construção deveria estar de acordo

manual, como o sistema de resgate é

dos e comparados a fim de esclarecer os

com a Norma antissísmica, mas os seus as-

consumidores.

PROJETO DO ASCENSOR

mecânico, logo é infalível.

censores não estão devidamente projeta-

Analisando uma situação real em que

dos. Esta é uma realidade preocupante uma

temos um problema grave no motor

vez que Portugal continental se encontra

(curto-circuito), no caso da solução MRL

numa zona de risco sísmico moderado.

Elétrico, torna-se impossível de proceder ao resgate do passageiro pela via

O desenvolvimento tecnológico na indústria

normal de procedimentos de socorro.

do ascensor foi impulsionado principalmente pelos seguintes fatores:

SEGURANÇA

Se analisarmos a solução MRL Hidráu-

>>

Segurança;

Com o desenvolvimento tecnológico, os as-

lica verificamos que se consegue fazer

>>

Velocidade Nominal;

censores neste momento são considerados

o resgate do passageiro sem qualquer

>>

Espaço Ocupado;

um dos meios de transporte mais seguros

problema, porque este sistema utili-

20

elevare


Nota técnica za um circuito independente do motor,

sentam a mesma solução. Independen-

Os trabalhadores que lidam com os

aproveitando apenas a energia poten-

temente da situação, quando se verifica

ascensores MRL Elétricos estão expos-

cial para fazer levar a cabina ao piso

a intervenção destes dois órgãos de

tos a um risco mais elevado do que os

mais baixo e libertar o passageiro.

segurança há sempre necessidade de

que trabalham com os ascensores MRL

os rearmar. No ascensor MRL Elétrico,

Hidráulicos. O motivo prende-se pelo

b. Falha de Energia: na solução MRL Elé-

isto pode ser feito pelos contactores de

facto de, na solução MRL Elétrico, a má-

trico, o sistema automático de resgate,

potência o que, na maioria dos casos, é

quina de tração, do limitador e parte de

em caso de falha de energia, é opcional,

impossível devido à sua conceção, pois

potência estarem localizados no último

logo não é de série e depende do for-

encontram-se situados no interior da

piso superior da caixa na projeção da

necedor. Apresenta um custo elevado

caixa do ascensor. A solução implica

cabina e esta solução torna tudo muito

quando se encontra incluído na instala-

a deslocação de pessoal credenciado

mais complicado. No caso da solução

ção, normalmente o que os fabricantes

para suspender a cabina e proceder ao

ascensor MRL Hidráulica, todo o equi-

apresentam é uma solução manual,

rearme dos pára-quedas. É uma ope-

pamento encontra-se instalado a partir

mas implica sempre um técnico cre-

ração muito demorada e complexa lo-

do poço, tornando-se tudo mais fácil e

denciado para proceder ao resgate. Na

gisticamente. Aqui existe um perigo de

solução MRL Hidráulico, o sistema de

responsabilidade civil no caso de estar

A intervenção, por parte do técnico na

resgate, em caso de falha de energia,

instalado num hospital em áreas sen-

máquina de tração do ascensor elétrico,

é automático, de série e de simples

síveis, como é o caso do acesso aos

não pode ser feita a partir do teto da ca-

conceção, não é mais do que uma pe-

blocos operatórios. O ascensor MRL

bina no piso superior da caixa, tem que

quena bateria que alimenta uma bobi-

Hidráulico está equipado de série com

ser retirada para o patamar do último

na de 12 Volts da válvula de descida de

uma bomba manual de manuseamento

piso e depois do edifício e logisticamen-

emergência que aproveita a energia po-

muito simples, a qual permite rearmar

te é um pesadelo. Qualquer intervenção

tencial e leva a cabina ao piso mais baixo

a válvula de queda e o pára-quedas de

na central hidráulica do ascensor/mo-

automaticamente e, ao chegar ao piso,

uma forma fácil e rápida.

tor é sempre feita no poço da caixa e em

abre as portas automaticamente, liber-

seguro para o trabalhador.

segurança e com espaço de trabalho.

tando o passageiro. Embora se detete

d. Segurança dos Trabalhadores: a Rede

O contrapeso do ascensor elétrico

que alguns fabricantes não colocam o

de Informação Ocupacional (O * NET)

corresponde a um elemento adicional

sistema de abertura de portas automá-

realizou um estudo em que classificou

de perigo durante toda a fase de mon-

ticas neste sistema, o que se considera

as profissões em função da sua expo-

tagem, reparação e assistência. Sendo

ser bastante imprudente para todo o

sição a várias situações que são consi-

esta a segunda maior causa de aciden-

sistema de resgate.

deradas como críticas, tais como: tra-

tes [8] a seguir às quedas.

balhar em pontos altos, com andaimes, c. Rearme do Paraquedas: a intervenção

escadas, guinchos e elevação de equi-

e. NP EN81-1/2: 2000+A3: 2009 em As-

deste órgão de segurança pode ocorrer

pamentos, eletricidade, trabalhos reali-

censores Existentes: entende-se que os

por vários motivos. No caso da veloci-

zados em espaços apertados ou em po-

passageiros devem ter o mesmo grau

dade ultrapassar os limites da Norma,

sições incómodas, tendo sido elaborada

de segurança ao usar um ascensor

intervém o pára-quedas no ascensor

uma pontuação à exposição (0 = nunca;

existente como quando se usa um novo

MRL Elétrico e isto deve-se a um erro na

25 = uma vez por ano ou mais, mas não

ascensor, o que neste momento ainda

injeção de corrente do variador, enquan-

a cada mês; 50 = uma vez por mês, mas

to no ascensor MRL Hidráulico atua a

não todas as semanas; 75 = uma vez por

O mercado já dispõe de soluções que

válvula de queda, o que normalmente

semana, mas não todos os dias; 100 = diá-

permitem aumentar o grau de seguran-

se deve a um erro na regulação da ve-

rio). Podemos assim analisar a exposição

ça para ambos os sistemas.

locidade de descida ou mesmo a válvula

do trabalhador na montagem, reparação

Nos ascensores MRL Elétricos, para

de queda estar mal afinada. Se reparar-

e assistência dos ascensores sob 3 crité-

cumprir os pontos 9.11 e 12.15 da Nor-

mos, no ascensor MRL Elétrico, o órgão

rios e classificá-los:

ma NP EN81.1:2000+A3 2009, referente

de segurança que atua é um bloco de

>>

Exposição a condições de traba-

ao movimento incontrolado da cabina e

pára-quedas sobre as guias, no ascen-

lho perigosas = 98* (perigo de ser

precisão na paragem de +/- 10 mm, im-

sor MRL Hidráulico, o órgão de seguran-

atingido por um objeto ou outros

plica a utilização do seguinte sistema:

ça que atua é um bloco de pára-quedas

ferimentos graves como a eletrocussão);

que interrompe a circulação do fluido.

>>

Limitador de velocidade bidirecional

Espaço de trabalho apertado/po-

com um dispositivo deteção e en-

afinados, possuírem folgas excessivas

sições incómodas = 75* (pode criar

cravamento integrado denominado

ou se verificar uma paragem brusca,

lesões e distúrbios lombares de

pode intervir o órgão de segurança

longo prazo);

No caso dos pará-quedas estarem mal

pára-quedas sobre as guias, aqui, se repararmos, ambas as soluções apre-

>>

não acontece.

>>

UCM + Roda tensor de poço; >>

Um módulo eletrónico de monotori-

Trabalho em zonas altas = 100* (pe-

zação e resgate UCM (Unintended Car

rigo de queda).

Movement) + fonte de alimentação

elevare 21


Nota técnica

2.a solução: >>

Utilizar uma nova central completa com o novo bloco regulador digital eletrónico com dupla segurança, de acordo com a A3 + placa eletrónica, que permite fazer a monitorização uma vez por dia e não é necessária qualquer adaptação do quadro de comando antigo ao novo sistema, bastando fazer as ligações à placa interface instalada na central.

Figura 1.

remota que serve de interface entre o limitador e o quadro de comando; >>

1.a solução: >>

Colocação em série de uma válvula

Figura 2.

Pára-quedas progressivos bidire-

de segurança adicional/válvula an-

cionais, que garantam o bloqueio da

tirretorno entre o pistão e o bloco

cabina mesmo em velocidades de

de válvulas existente;

ascensor existente é bastante simples e

Uma placa interface eletrónica que

sem grandes constrangimentos técnicos.

atuação muito baixas com distân-

>>

>>

Este sistema, para ser adaptado a um

cias de paragem muito pequenas

efetua toda a monitorização entre

em ambos os sentidos + sistema de

o bloco de válvulas e o quadro de

transmissão;

comando existente, sem qualquer

podem ser aplicadas à Norma EN81.72

O quadro de manobra necessita de

alteração.

sem qualquer constrangimento.

f. Em Caso de Incêndio: ambas as soluções

ser adequado para proceder à monitorização ou aplicar um dos muitos kits externos A3, sistema universal que se adapta a quase todos os quadros do mercado.

Este sistema, para ser adaptado a um ascensor MRL existente, tem alguns constrangimentos técnicos. O mais complicado é quando existe a necessidade da adaptação do novo pára-quedas progressivo bidirecional na arcada existente equipada com unidirecional. Tudo depende do tamanho e forma do novo e se permite, sem grandes alterações, aplicar-se no espaço existente. Mas é sempre um trabalho muito complicado com muitos problemas de engenharia. a) Ascensor de tração.

b) Ascensor hidráulico.

Nos ascensores MRL Hidráulicos, para cumprir o ponto 9.11 e 12.15 da Norma

22

NP EN81.2:2000+A3 2009 referente

Figure 3. (a). Em caso de incêndio pode ser difícil o acesso ao equipamento de evacuação no topo do edifício.

ao movimento incontrolado da cabina e

Puxar o travão pode provocar que a cabina suba ao invés de descer. (b) Em caso de incêndio aceda ao quadro

precisão na paragem de +/- 10 mm, im-

de comando no rés-do-chão do edifício. Ao abrir a descida manual, a cabina descerá sempre. Ao acionar a

plica a utilização de duas soluções:

bomba manual, a cabina subirá.

elevare


Nota técnica

Mas, como exemplo, analisando um edifício de 6 pisos em que tenha deflagrado um incêndio e que não esteja preparado contra incêndios e que por qualquer motivo superior exista a necessidade do acesso aos comandos para proceder a um resgate de emergência, a situação complica-se.

Com a solução MRL Elétrica pode ser difícil ou mesmo impossível realizar esse resgate devido ao calor, mas principalmente ao fumo, que uma grande parte imigra para a caixa do ascensor, devido ao efeito de chaminé. Todos sabemos que o fogo em si pode não ser mortal, mas o fumo é mortal. A principal causa de mortes nos incêndios é devido à inalação de fumos.

Figura 4.

Quanto à solução MRL Hidráulico, como todo sistema de resgate é feito a partir do piso mais baixo, existem maiores possibilidades de sucesso.

Maquinaria

g. Comportamento Sísmico: o estado atual dos conhecimentos sobre a ação sísmi-

Pistão

ca, e em particular a que afeta Portugal Continental, indica que, a nível mundial, a

Contrapeso

perigosidade sísmica do território Nacio-

Cabine

nal é moderada. Esta perigosidade é um dos fatores que contribui para o risco sísmico de Portugal, embora a avaliação do risco sísmico nas diferentes regiões seja condicionada de forma decisiva por outros fatores fundamentais, nomeada-

Cabine

mente os elementos estruturantes e não estruturantes e a sua vulnerabilidade. Unidade de controlo

Os ascensores são o modo mais usado de transporte vertical em edifícios modernos com mais de três andares.

Esquema do ascensor

Esquema do ascensor

Portanto, é quase certo que são vulne-

hidráulico "Fluitronic"

elétrico com maquinaria

ráveis ​​quando um sismo abala toda a

com centralina no poço

no vão

estrutura do edifício.

Figura 5.

Do ponto de vista de evitar perdas de vida, os ascensores têm tido um de-

não são considerados na avaliação da

sempenho muito bom durante os vários

resistência estrutural, estando os as-

[6]: os EUA e o Japão são os pioneiros no

terramotos, devido aos esforços com-

censores incluídos nesse grupo.

desenvolvimento de medidas de aper-

binados da indústria e dos organismos

Dispositivos de Segurança Sísmica [5] e

Daí a importância em analisar os dispo-

feiçoamento do comportamento sís-

sitivos de segurança sísmica existentes

mico destes sistemas. Existem essen-

Na sequência de sismos registados

no mercado para dotar um ascensor

cialmente duas operações de controlo,

em zonas urbanas ao longo do mundo,

novo ou antigo da Classe 3 com a tec-

uma associada ao interruptor sísmico,

constata-se que o principal fator que

nologia resistente sísmica prEN81-77 e

também conhecido por Seismic Switch

compromete o funcionamento dos hos-

fundamentalmente qual o comporta-

(modo sísmico), e outra ao detetor de

pitais e dos edifícios vitais é a ocorrência

mento dos ascensores MRL elétricos e

de danos não estruturais [3] [4]. Os ele-

ascensores MRL hidráulicos que, neste

mentos não estruturais consistem em

momento, não estejam equipados com

pamentos só devem ser reiniciados por

todos os componentes do edifício que

a tecnologia resistente sísmica.

técnicos autorizados, após garantida a

reguladores.

descarrilamento do contrapeso.

Por questões de segurança, estes equi-

elevare 23


Nota técnica ausência de qualquer perigo, através

>>

Detetor de Descarrilamento do

>>

Contrapeso - tem como função in-

çados, sugerindo ainda a soldagem

Este processo é bastante importante,

terromper o funcionamento do as-

de placas de forma a reforçar as

pois permite evitar a ocorrência de da-

censor, quando detetado o desloca-

suas zonas angulosas ou reforços

nos com maior severidade, os quais po-

mento do contrapeso, para fora do

dem colocar em perigo a vida de futuros

seu plano normal de curso. [9]

ocupantes [8]. >>

Interruptor Sísmico - deteta as pri-

nas ligações das guias [7]; >>

Instalação de apoios intermédios [7];

>>

Utilizar roçadeiras sistema de ro-

Este dispositivo desempenha um

meiras ondas P (longitudinais) até 30s

papel bastante importante na segu-

antes de iniciar o sismo - onda S. De-

rança do sistema, face à ação sísmi-

pendendo da distância onde se en-

ca, uma vez que o descarrilamento

contra o epicentro [8].

do referido componente constitui

das [8];

o dano mais frequente, aquando a ocorrência de um terramoto.

Existem outras medidas que permitem um melhor comportamento do ascensor perante um sismo: >>

Utilização de guias mais pesadas do que as de secção em T de 12 kg/m [7];

Figura 6.

>>

Quadro de comando - após receber informação do sensor sísmico, ativa os procedimentos com um aviso sonoro e visual ao passageiro e leva de imediato a cabina ao piso mais próximo para proceder à evacuação do passageiro da cabina em segurança.

Figura 7.

24

Utilização de brackets menos espa-

da realização de inspeções adequadas.

elevare

Figura 8.

Figura 7.


Nota técnica Principais danos sísmicos observados nos Ascensores Elétricos e Ascensores hidráulicos [8]:

sociado ainda ao facto da casa de máquinas localizar-se nos pisos mais baixos,

ASCENSORES ELÉTRICOS

ASCENSORES HIDRÁULICOS

Descarrilamento do contrapeso.

Descarrilamento da cabine.

Desprendimento das massas do contrapeso.

Colisão do contrapeso ou dos próprios pesos com a cabina. Flexão das guias. Danificação dos sistemas de suporte das guias.

onde as acelerações são, geralmente,

Vazamentos na tubagem hidráulica.

menores, em comparação com os pisos de topo. Também o menor número de componentes integrados no sistema reduz a possibilidade de falha. Desta forma, é possível afirmar que muitos dos danos observados em ascensores de tração não se verificam nos hidráulicos. Posto isto, os ascensores hidráulicos aparentam ser bastante menos suscetíveis a eventos sísmicos

Deslocação ou derrubamento do equipamento

Deslocação ou perda de verticalidade

existente na casa das máquinas.

do Pistão Hidráulico.

(ver Figura 9).

Perda de equilíbrio do reservatório.

O sismo de Seattle – Estados Unidos/fe-

Deslocação dos cabos para fora dos gornes das polias da roda tração.

vereiro de 2001, foi dos mais violentos

Danificação dos cabos devido ao seu emaranhamento em protuberâncias da caixa.

Perda de referência espacial por desalinhamen-

Foram atingidos 4472 ascensores elétricos e 6176 ascensores hidráulicos, segundo

to do sensor eletromagnético responsável pela identificação da posição da cabine.

porque estava muito perto do epicentro.

Deformação das portas da cabine e da caixa.

notificação das empresas de manutenção. Destes, 504 ascensores elétricos e 66 ascensores hidráulicas sofreram danos. Isso

Queda de material constituinte das paredes da caixa de elevador.

indica que 11,3% dos ascensores elétricos

Deformação ou quebra das roçadeiras.

estavam danificados, contra apenas 1%

Danos no interior da cabine.

dos ascensores hidráulicos [11]. Relato dos danos indicados pelas empresas de

A notória discrepância quantitativa e qua-

na maioria dos modelos hidráulicos, uma

litativa de danos observados entre ambos

vez que este, como já foi referido, carate-

os sistemas permite distinguir a suscetibi-

riza-se por ser um dos componentes mais

lidade dos ascensores elétricos de tração.

vulneráveis à ação sísmica.

manutenção: >>

Ascensores fora dos eixos das guias: 18;

>>

Contrapesos que saíram dos eixos das guias: 224;

Constata-se ainda que as falhas verificadas nos elevadores hidráulicos constituem ape-

Uma outra razão consiste na instalação

nas uma pequena fração das registadas em

destes sistemas em edifícios, geralmen-

sistemas de tração [10]. Este facto pode ser

te com menos de sete pisos, e, portanto,

justificado pela ausência de um contrapeso

sujeitos a menores forças de inércia, as-

>>

Colisões entre cabina e contrapesos: 33;

>>

Vigas Máquina de tração deslocadas: 3;

Figura 9. Identificação das forças de inércia geradas num elevador durante um evento sísmico: (a) sistema de tracção; (b) sistema hidráulico [12].

elevare 25


Nota técnica

a)

b)

c)

Figura 10.

>>

Porta de Patamar danificadas: 29;

a segurança em qualquer condição ao seu

Neste caso, não existe uma limitação tecno-

>>

Fixações das guias separados de

utilizador.

lógica da distância máxima de viagem (o limi-

paredes/vigas: 77; >>

te tecnológico da distância está nos 600 m de

Somente 342 ascensores tinham dispositivos de proteção terramoto.

curso devido apenas ao problema redutor do VELOCIDADE NOMINAL

peso dos cabos de suspensão).

Os ascensores de tração elétrica estão voConclusão [11]

cacionados para instalações que não neces-

Os ascensores do tipo hidráulico estão vo-

Os resultados deste estudo indicam que,

sitem de grandes requisitos ao nível da ve-

cacionados para instalações que não ne-

em edifícios de baixa edificação até 6 pisos,

locidade/baixo tráfego, mas também para

cessitem de grandes requisitos ao nível da

o ascensor hidráulico é a solução mais se-

edifícios públicos onde é de extrema im-

velocidade/baixo tráfego, que é o caso dos

gura, prática e de baixo custo para regiões

portância uma velocidade superior/médio

edifícios de habitação com baixo índice de

sísmicas. Isto porque não tem o contrape-

tráfego para poder garantir o escoamento

tráfego, que tipicamente nestes sistemas é

so, é suportado pela fundação do edifício e

de tráfego, principalmente nos períodos de

de 0,63 m/s. Esta é considerada a velocida-

utiliza um cilindro hidráulico que amortece

ponta. A gama preferencial de velocidade

de padrão, embora alguns fabricantes em

consideravelmente as batidas ou a pulsação

nominal situa-se em 1,0 m/s a 1,6 m/s [14].

descida aumentem 20% conseguindo uma

das ondas sísmicas. Tanque de aço, pernas com apoios de borracha e mangueiras flexíveis de 2 ou 3 mangas testados a pressões de 100 bars evitam o vazamento de fluido, a menos que o edifício desmorone completamente. É, ainda, mais fácil e seguro numa operação de resgate de pessoas retidas, outra grande vantagem do ascensor hidráulico nestas situações. O sismo inicial pode não causar muitas armadilhas, mas normalmente é seguido por milhares de réplicas secundárias, durante as quais o número de armadilhas se torna mais pronunciadas. Assim, a facilidade de operação de resgate para as pessoas aprisionadas não deve ser negligenciada em regiões sísmicas e deve ser fácil, rápida e segura. Com este facto nos faz repensar mais uma vez sobre o risco de ter ascensores elétricos de tração em edifícios de baixa edificação em áreas sujeitas a um risco sísmico. Partindo do princípio de que o ascensor deve garantir

26

elevare

Figura 11.

d)


Nota técnica média mais elevada, apesar de alguns fabri-

slim, mas não são suficientemente peque-

Tecnologias no desenvolvimento da Eficiên-

cantes garantirem velocidades de 1 m/s [14]

nas para certos espaços disponíveis e aqui

cia Energética têm abordagens diferentes.

(a experiência pessoal permite-nos afirmar

o hidráulico é mais versátil. Sem entrar em

Abordam diferentes fatores que afetam o

que se pode chegar facilmente a uma velo-

conta com as cargas sobre o edifício exis-

consumo de energia nos ascensores.

cidade em subida de 0,86 m/s e em descida

tente, de que iremos falar mais à frente.

alcançar 1,0 m/s). No entanto, a maior limi-

Estes fatores podem ser divididos em dois

tação desta tecnologia é a distância máxi-

Existem casos, quer em obra nova ou exis-

ma de viagem, que dificilmente ultrapassa

tente, da necessidade de haver um acesso

os 20 metros.

a 90°, deteta-se que algumas soluções de

As causas diretas são aquelas que po-

ascensores MRL Elétricos não são possí-

dem ser diretamente relacionadas com o

veis devido à sua filosofia construtiva. No

equipamento:

Fazendo um pequeno exercício de estimativa de tempos, num edifício de 6 pisos [13] >> >>

que se refere à solução ascensores MRL Hi-

Ascensor MRL Elétrico Vn = 1,0 m/s

dráulicos, não existe qualquer problema de

VVVF;

servir acessos a 90°, desde que a solução

Ascensor MRL Hidráulico Vn Média

existente não seja com pistão central en-

= 0,7 m/s (Vns = 0,63 m/s e Vnd =

terrado, que normalmente se aplicam nos

0,84 m/s) VVVF.

panorâmicos.

Num edifício de 6 pisos [13], tendo como

grandes grupos: diretos e indiretos.

>>

Perdas por atrito incorridos durante a viagem;

>>

Perdas de transmissão (quanto maior o número de rodas maior a perda, sistema de roçadeiras);

>>

Perdas no motor;

>>

Perdas na travagem;

>>

Perdas na iluminação;

>>

Perdas no quadro de comando.

base as velocidades padrão, existe uma di-

CONFORTO NA VIAGEM

ferença de 0,4 m/s mais rápido para a solu-

O desempenho de sistemas mecânicos com

ção ascensor elétrico, o que corresponde a

VVVF e hidráulica nova geração Fluitronic

As causas indiretas estão relacionadas com

10 s mais rápido a fazer um curso total de 15

com válvulas de tecnologia digital eletró-

o funcionamento do equipamento e estão

m (6 pisos). Num edifício de habitação com

nica apresentam iguais níveis de conforto

associados com o utilizador, o seu compor-

5 apartamentos (um apartamento por piso)

mesmo durante a fase mais crítica do ar-

tamento ou as opções de gestão de tráfego.

essa diferença é desprezível, mas num edi-

ranque e a aproximação ao piso.

fício público, o acumulado ao final do dia é significativo para a eficiência do escoamento, principalmente nos períodos de ponta.

No âmbito do protocolo de Quioto torna-se Ambas com uma elevada precisão de paragem ao piso.

imperativo reduzir o consumo de energia nos edifícios, que pode ser alcançado através da melhoria da eficiência energética dos

ESPAÇO OCUPADO

sistemas pertencentes ao edifício.

Obra nova: ambos os sistemas apresen-

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

tam soluções MRL, o espaço ocupado é se-

O aumento da eficiência dos sistemas é

Dependendo do tipo de edifício e dos seus

melhante para um ascensor (Decreto-Lei

uma preocupação cada vez maior, não ape-

utilizadores, o transporte vertical pode as-

n.° 163/2006), carga nominal de 630 kg,

nas devido ao aumento do custo da energia,

sumir um papel significativo, consumindo

8 pessoas, dimensão da cabina LxP = 1100 x

mas também por ser uma forma de marke-

entre 5 e 15% da energia total gasta pelo

1400 mm. Normalmente a caixa necessária

ting. É uma forma de promover a empresa

edifício [14].

para este caso é de 1600 x 1700 mm.

ou o produto que cause menos impacto ambiental e que opera de forma mais eficiente

Atualmente, com as novas necessidades de

Com um poço standard semelhante, que an-

[20]. Existem, portanto, duas equações in-

certificação de edifícios, torna-se necessá-

dam entre 1000 mm a 1200 mm.

separáveis que, por vezes, se confundem.

rio avaliar corretamente o desempenho das

Analisaremos apenas a equação verdadei-

instalações de transporte vertical existen-

Com o último piso superior standard se-

ramente importante que é a eficiência ener-

tes nos mesmos.

melhante, que andam entre 3400 mm a

gética nos ascensores.

3600 mm. Ambos não necessitam de uma

Nesta tentativa, foi criada uma Norma In-

casa das máquinas superior ou lateral

Os edifícios são responsáveis ​​por cerca de

ternacional, ISO/DIS 25745, que contem os

porque todo o equipamento se encontra

um terço da energia que consumimos. Os

procedimentos de estimativa, medição e

no interior da caixa.

ascensores não são os maiores utilizadores

conformidade a efetuar, mencionados na

de energia nos edifícios, mas são suficiente-

1. a Parte da dita Norma, existindo ainda uma

Obra existente: ao nível de dimensões da

mente importantes para justificar medidas

segunda parte, atualmente em estudo, que

caixa, para implementação do ascensor a

de poupança de energia.

definirá a classificação energética das ins-

solução hidráulica, esta está mais vocacio-

talações de transporte vertical.

nada para espaços mais pequenos do que

Nos últimos anos, a indústria de ascenso-

a solução do ascensor elétrico. O espaço

res respondeu de acordo apresentando aos

Foi criado um grupo de estudo composto

que ocupa a máquina de tração + contrape-

seus clientes soluções que atendam a essa

por várias instituições, no âmbito do projeto

so e arcada neste momento são soluções

procura crescente. Soluções eficientes.

E4, liderado pela Universidade de Coimbra,

elevare 27


Nota técnica que executou um estudo de várias instala-

>> Os ascensores MRL Elétricos apre-

ções de transporte vertical, na tentativa de

sentam uma eficiência energética

elevadores e escadas rolantes, pois a Nor-

caraterizar os vários perfis de consumo.

“CLASS B” [22];

ma ISO 25745-1 ainda não dá as respostas

Com esta medida pretende-se criar um

>>

Os ascensores MRL Hidráulicos apre-

sistema de classificação energética mais

sentam

realista.

“CLASS B” [17].

uma

eficiência

logia própria de análise de desempenho de

necessárias.

energética Existem alguns estudos técnicos de consumo de energia em que se sente a presença

Na Norma ISO/DIS 25745-1, Anexo A, é apre-

Edifícios de Categoria 3, com intensidade de

sentado um modelo simples para estimar o

uso: elevador

tivas de tráfego desajustadas [25]. Alguns

consumo de energia dos elevadores. A Nor-

>> Os ascensores MRL Elétricos apre-

pontos detetados:

ma encontra-se atualmente em estudo [15].

sentam uma eficiência energética

Contudo foi criada uma classificação voluntária VDI 4707 que, de algum modo, está a

do marketing que são baseados em estima-

>>

“CLASS A” [18]; >>

servir como diretriz para o grupo de estudo.

via utilizar 7,5 kW para uma carga de

Os ascensores MRL Hidráulicos apresentam

uma

eficiência

energética

630 Kg; >>

“CLASS E ” [17].

200 000/150 000 viagens por ano são valores totalmente desajustados para

Classificação VDI 4707:

a realidade de 80% do mercado portu-

Tem o caráter voluntário e, aplicável a as-

Conclui-se que o ascensor em edifícios

censores, contempla os seguintes parâme-

de categoria 1 (máximo de 10 habitações),

tros na classificação: [16]

com uma intensidade de uso baixa, a efi-

>>

Potência de standby (W);

ciência energética entre o ascensor MRL

>>

Consumo durante a viagem (mWh/m.kg);

Elétrico e o ascensor MRL Hidráulico não é

>>

Classe de eficiência do sistema baseada

significativa.

no consumo específico diário (A, B, C, D, E, F, G).

Potência hidráulica de 11 kW quando de-

guês; >>

Carga nominal de 1000 kg quando no nosso mercado cerca de 80% refere-se a uma carga de 630 kg;

>>

8 paragens e fazem uma análise comparativa com um hidráulico que é totalmente desajustado.

Mas tudo muda quando utilizamos um ascensor em edifícios de categoria 3 com uma

O argumento sobre o consumo de energia

intensidade de uso elevada. O ascensor MRL

dos ascensores deve ser cuidadosamente

Elétrico tem uma maior eficiência energética

tratado, caso contrário, resultados irreais

do que em relação à solução com o ascen-

podem ser interpretados.

sor MRL Hidráulico. Existem no mercado outros dispositivos Esta diferença tem a ver com o consumo

que melhoram o desempenho da eficiên-

em standby dos Gearless ser muito superior

cia energética dos ascensores que vamos

ao dos hidráulicos Fluitronic. Quanto menos

analisar.

tempo o ascensor estiver em modo standby maior será a eficiência da solução Gearless.

TECNOLOGIAS REGENERATIVAS:

Fazendo uma análise simples de custo ano

rar a energia gerada em excesso pelo as-

de energia sem ter em conta o custo da po-

censor e devolvê-la à rede ou ser reutiliza-

tência contratada para uma solução 630 kg,

do, possibilitando uma poupança energética

12 metros de curso, 80 000 viagens ano.

de cerca de 30%.

A tecnologia regenerativa permite recupe-

Figura 12.

Chegamos aos seguintes valores referenCom base na classificação voluntária VDI

ciais de custo ano de consumo:

No caso do ascensor elétrico, todos sabe-

4707, para um edifício de baixa edificação

>>

Gearless Vn = 1,0 m/s: 750 kWh [26] x

mos que quando um ascensor funciona par-

0,1405€ [27] = 105,4 €/ano;

te da energia da rede elétrica devolvida é

Fluitronic Vn = 0,6 m/s: 1.300 kWh x

dissipada num banco de resístores e trans-

0,1405€ [27] = 182,7 €/ano.

formada em calor. Isso acontece porque o

até 6 pisos no máximo com 10 habitações, pode-se classificar segundo dois pontos de vista de intensidade de uso: >> >>

>>

Intensidade de uso: baixa (representa

ascensor devolve parte da energia consu-

80% dos casos);

Importa referir que a classificação VDI 4707

mida em dois momentos: quando sobe com

Intensidade de uso: elevada (representa

serve atualmente como Diretiva para a ela-

a cabina abaixo da metade da sua capacida-

5% dos casos).

boração da futura certificação energética

de ou quando desce com a capacidade aci-

internacional das instalações de transporte

ma de 50%, no caso do ascensor elétrico.

Edifícios de Categoria 1, com intensidade de

vertical.

uso: baixa.

Com o sistema regenerativo nos ascenso-

> > Os ascensores MRL Elétricos apre-

Este processo está a cargo da Comissão

res elétricos, a energia é devolvida a partir

sentam uma eficiência energética

Europeia, ao abrigo do Projeto E4, que tem

da instalação de mais um inversor. O pri-

“CLASS A” [18].

como objetivo a criação de uma metodo-

meiro controla o fluxo de energia da rede

28

elevare


Nota técnica elétrica que é entregue ao inversor do mo-

mulada em baterias, mas sob a forma de

67 dBA. Não é significativa a diferença entre

tor. O segundo inverte a tensão contínua em

pressão que depois é novamente injetada

ambos os sistemas.

alternada para controlar o motor do ascen-

no sistema.

sor. Representa uma economia significativa, tanto financeira como ambiental.

Tecnologia do Conversor de Frequência

EXIGÊNCIAS ESTRUTURAIS

no acionamento do sistema hidráulico do

O ascensor MRL Elétrico como a máquina

Viabilidade da sua Aplicação

ascensor. O que difere esta tecnologia em

de tração se encontra situada no último piso

A importância da regeneração depende da

relação às restantes nos hidráulicos é que

superior implica que as forças e tensões são

totalidade das necessidades energéticas do

o motor e a bomba são executados a uma

transmitidas pelas paredes do edifício até à

ascensor e a frequência com que é usado.

velocidade variável em função da carga so-

base estrutural do edifício. Esta solução é

bre a cabina e da velocidade necessária em

mais exigente estruturalmente.

Nos ascensores de intensidade baixa de uso,

função da curva. Com o controlo de fluido

categoria 1 em edifícios 2-6 paragens com

necessário em cada instante, significa me-

No caso do ascensor MRL Hidráulico como

velocidades nominais até 0,6 m/s e com um

nos energia elétrica consumida, o que re-

todo o equipamento se encontra apoiado na

baixo índice de utilização, o benefício não é

sulta em menos calor gerado, o que signi-

base da caixa, todas as forças e tensões são

suficiente em relação ao investimento. No

fica um melhor rendimento. Os fabricantes

transmitidas diretamente ao piso sem qual-

caso de um edifício hospitalar ou arranha-

indicam que esta solução requer cerca de

quer sobrecarga às paredes do edifício. Esta

-céus com velocidades nominais mais ele-

50% menos de energia do que era neces-

solução é menos exigente estruturalmente.

vadas, a tecnologia regenerativa teria um

sário anteriormente para fazer o mesmo

retorno muito significativo dentro de um

percurso. O balanço térmico do ascensor

Essa exigência torna-se mais evidente quan-

período relativamente curto de tempo [19].

hidráulico, como um todo, é melhorado

do estamos a instalar um ascensor num

em cerca de 40%. Para a maioria das ins-

edifício existente. Por não podermos nor-

Perante a viabilidade da instalação de um

talações significa uma poupança adicional,

malmente reforçar a estrutura do edifício

sistema de frenagem regenerativa sobre o

nomeadamente porque não há necessidade

a solução natural é a aplicação do ascensor

sistema de acionamento de ascensores já

de um permutador de óleo. Podendo fazer

hidráulico.

instalados, os engenheiros de uma empresa

facilmente 200 Arr/hora sem qualquer per-

multinacional verificaram que para potências

mutador, aumenta a longevidade do motor

do sistema de frenagem acima dos 40 kW, o

e reduz o rumor da instalação.

retorno financeiro ocorre em poucos anos.

QUESTÕES AMBIENTAIS: Os ascensores MRL Elétricos ao utilizarem

Para valores de potência menores do que

Tecnologia com um sistema Regenerativo.

a nova geração de máquinas de tração

40 kW, o retorno financeiro ocorre em uma

Com este sistema, até 30% da energia po-

Gearless em que não utilizam óleo mine-

tencial pode ser recuperado e reutilizado. A

ral ou sintético é um grande salto a nível

eficiência energética da unidade de potência

ambiental.

maior quantidade de anos [20]. No caso dos ascensores hidráulicos, como

é aumentada consideravelmente. A energia

não tem normalmente contrapeso, quan-

é armazenada num sistema de baterias à

Existe uma questão ambiental importante

do a cabina se move para cima necessita

semelhança da solução utilizada nos ascen-

que está associada à dependência dos imãs

de mais potência e quando se move para

sores elétricos.

permanentes: depende daquilo que está na

baixo toda a energia potencial acumulada

Tabela Periódica identificado como “terras

é desperdiçada e convertida em calor por

Sistemas regenerativos hoje em dia apre-

raras”; são elementos situados na secção

estrangulamento do fluido. É por este mo-

sentam custos muito elevados, que só são

dos “Lantanídeos” (17 elementos químicos,

tivo que a energia consumida num ascensor

viáveis (o seu investimento) quanto maior

do lantânio até o lutécio). Além disso, estes

hidráulico é maior em comparação com um

for a sua carga nominal e a sua velocida-

minerais necessitam de um processamen-

ascensor elétrico. Para reduzir o consumo e

de. Embora a nível de marketing este ponto

to pesado, envolvendo a extração de uma

o requisito de potência da instalação, desen-

nunca seja referido.

certa quantidade de radiação, além de su-

volveram-se mecanismos de frenagem re-

cessivas lavagens e refinação de areias e

generativa nos ascensores hidráulicos [20]:

terras que resultam na produção de lixo POTÊNCIA ACÚSTICA

tóxico, algo ainda muito pouco regulado

No seu artigo, Yang (2006) introduz um

Apenas se podem constatar os dados que

ou fiscalizado devido à origem dos países

método de frenagem regenerativa que não

os fabricantes transmitem nas suas folhas

exportadores onde existem muito poucas

é mais do que um Acumulador Hidráulico

técnicas, que aliás são muito vagas ao nível

preocupações ambientais.

(contrapeso hidráulico) [29], consiste num

do rigor da informação. Temos fabricantes

reservatório de óleo pressurizado. Yang

que indicam para o ascensor MRL Elétrico

Os ascensores MRL Hidráulico estão asso-

(2006) conclui o artigo afirmando que com

uma potência acústica gerada entre 53 dBA–

ciados a serem pouco amigos do ambien-

o seu método a eficiência é 70,8% maior do

– 55dBA - 65 dBA. Comparando com os as-

te pelo facto de utilizarem cerca de 100 a

que a de um ascensor hidráulico sem tal

censores MRL Hidráulicos, estes têm uma

200 litros de óleo mineral. Tecnicamente

sistema. Neste sistema a energia não é acu-

potência acústica na ordem dos 63 dBA e os

não estou muito de acordo porque se ana-

elevare 29


Nota técnica lisarmos este fluido trabalha dentro de um

A patente, geralmente de nível inovador

manutenção. Aqui não existe uma

pistão e de uma central e apresentam uma

na solução de transporte vertical, serve

forte dependência sobre a Tecnolo-

vida útil de aproximadamente dez anos ou

para banir a eventualidade de termos mais

gia Fechada.

mais, deve-se lembrar que a mesma quan-

competitivos que são oferecidos por ou-

tidade de combustível é usada por apenas

tras empresas de serviços qualificados.

um veículo no prazo de um mês.

Todos os principais fabricantes de ascensores, bem como os principais fabricantes

O cliente é, naturalmente, prejudicado for-

de motores especializados na tecnologia

Para ultrapassar esta questão, os fabri-

temente em muitos aspetos em relação a

do transporte vertical, já apresentaram as

cantes de ascensores MRL Hidráulicos co-

um fornecedor com material patenteado

suas próprias soluções MRL com base no

meçam a utilizar um fluido biodegradável

quando se trata da manutenção e na aqui-

conceito de motores síncronos de ímanes

à prova de fogo, amigo do meio ambiente,

sição de peças de reposição, o que pode

permanentes - Permanent magnet Syncro-

pela sua caraterística ecológica. Com esta

ter um efeito alarmante nos preços [2].

nous Machine (PMSM). As soluções MRL

solução eliminam-se os argumentos que

Por este motivo cada vez mais existe uma

encontram-se patenteadas e, por isso, é di-

ainda hoje se sentem no marketing mas

corrente de que os Ascensores devem ser

fícil introduzir outras novas soluções MRL

na parte técnica esta questão encontra-se

de “Tecnologia Aberta” e não, como neste

que seriam mais rentáveis, sem infringir as

ultrapassada.

momento nos apercebemos, que todas as

patentes existentes. Direitos reservados

PATENTES:

soluções que são apresentadas no mer-

da patente proíbem outras empresas qua-

cado como inovadoras são de “Tecnologia

lificadas de utilizar a solução MRL. Como

Fechada”.

resultado, um grupo de empresas multina-

A patente é um conjunto de direitos exclu-

cionais, cada vez mais, controlam o merca-

sivos concedidos por uma situação a um

As vantagens de uma Tecnologia Aber-

do de ascensores nas edificações de baixa

inventor (ou representante) de um novo

ta em relação a uma Tecnologia Fechada

e média altura. As soluções elétricas MRL

produto capaz de ser utilizado industrial-

traduzem-se nos seguintes pontos:

normalmente são oferecidas com preços

mente, por um tempo limitado, em troca

>>

Tecnologia Fechada – Direito de pro-

muito competitivos, mas durante a manu-

da divulgação do período de invenção.

priedade. O custo de manutenção

tenção, por vezes, as peças de reposição

Uma patente é uma forma de propriedade

e peças de reposição têm preços

são cobradas a um alto custo. Obtenção

intelectual [1], não protege ideias por con-

mais elevados porque utilizam con-

das peças de reposição de unidades MRL

siderar que essas devem ser de livre circu-

sumíveis do fabricante e, assim,

também é difícil, já que o serviço só pode

lação e, assim, a proteção só é concedida

limita o número de empresas de

ser feito pelo instalador original ou pelos

para algo que já foi criado.

serviços que podem prestar ma-

seus parceiros de serviços.

nutenção. Quem sai prejudicado é A propriedade intelectual compreende a

o proprietário do ascensor, porque,

Fazendo uma comparação entre o as-

propriedade industrial e o direito de au-

embora seja da sua propriedade

censor MRL Elétricos e o ascensor MRL

tor. A propriedade industrial protege as

continua preso à questão da tecno-

Hidráulicos, da forma como o mercado

logia fechada. Patente.

hoje se apresenta cada vez mais fechado,

Tecnologia Aberta – Não proprieda-

conclui-se que a solução ascensora MRL

inovador patenteado corresponde a uma

de. O custo de manutenção e peças

Elétrico é de longe o que apresenta mais

nova abordagem sobre um determinado

de reposição possuem preços mais

pontos negativos com Tecnologia Fechada

problema com vantagens a diversos ní-

baixos porque utilizam consumíveis

em relação ao Ascensor Hidráulico.

veis, quer para o utilizador quer para o

correntes e qualquer empresa de

ambiente.

serviços credenciada pode prestar

invenções (patente de invenção ou modelo de utilidade). Por norma, um produto

>>

POSIÇÃO DA SOLUÇÃO MRL ELÉTRICO Versus MRL HIDRÁULICO: TECNOLOGIA FECHADA NOS ASCENSORES MRL

1. Cabos de suspensão cintas de aço planas revestidas a poliuretano. 2. Cabos de suspensão redondos revestidos a poliuretano. Ascensores MRL Elétricos

der com uma cota de mercado a rondar os

4. Quadro de Comando/Placas específicas/Códigos acessos.

80% nas vendas.

5. Sistema de resgate muito próprio e específico. 7. Consolas de programação.

Hidráulicos

30

elevare

neste momento no mercado europeu é lí-

3. Variados que só funcionam com a Máquina do Fabricante.

6. Display, pulsadores e botoeiras táteis.

Ascensores MRL

Com a introdução da solução MRL (Machine Room Less) Elétrico no mercado em 1995,

1. Distribuidor Hidráulico. 2. Quadro de Comando/Placas específicas/Códigos acessos. 4. Consolas de Programação.

Dada a forte dominância dos modelos de tração MRL na comercialização dos equipamentos desenvolveram-se os sistemas hidráulicos sem casa de máquinas e, neste momento, ocupam na Europa um mercado de vendas correspondente a 20%.


Nota técnica

Figura 13.

Se olharmos para o mercado dos Estados

[6] McGavin, G. L. Earthquake Protection of Essential

[20] Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Unidos a realidade apresenta-se com 70%

Building Equipment: Design, Engineering, Insta-

– Projeto de Diplomação Frenagem Regene-

de ascensores hidráulicos e os restantes

lation. John Wiley & Sons, NewYork, 1981;

30% elétricos.

CONCLUSÃO

rativa;

[7] Suarez, L. e Singh, M. Review of Earthquake

[21] Guidelines on Energy Efficiency of Lift and Es-

Performance, Seismic Codes, and Dynamic

calator Installations-Electrical and Mechani-

Analysis of Elevators. Earthquake Spectra,16

cal Services Department The Government of

(4) (novembro 2000), 853-878;

the Hong Kong Special Administrative Region;

Ao analisar as diferenças que existem em

[8] Comportamento Sísmico de Sistemas de Ele-

ambas as situações é com estranheza que

vadores em Hospitais, Joana Isabel Freire

Schindler

observo a cota de mercado que ocupa a

Palha, Dissertação para obtenção do Grau de

5300;

solução elétrica em relação à hidráulica na

Mestre em Engenharia Civil;

[22] Efficient mobility. Sustainable technology. 3100/Schindler

3300/Schindler

[23] Modeling and simulation of hydrostatic

Europa. Uma vez que ambas as soluções

[9] Draka.EP.US Counterweight Displacement Kit;

transmission system with energy regenera-

apresentam vantagens e desvantagens

[10] Celik, Ferhat. Elevator safety in seismic re-

tion using hydraulic accumulator†Triet Hung

mas nada justifica, tecnicamente, tão gran-

gions. Blain Hydraulics, Germany, 2005;

HO1 and Kyoung Kwan AHN2,* - Journal of

de diferença de critérios nas vendas. Julgo

[11] A survey for the effect of 2011 Van earth-

Mechanical Science and Technology 24 (5)

que o fator decisivo foi quando em 1995 as

quakes on elevators - Prepared by Professor

4 BIG começaram apostar na solução do ascensor MRL Elétrico, e aqui inverteu-se a tendência do mercado.

C.E.İmrak January 2012 – AYSAD; [12] DR. C. Erdem Imrak – A survey on the effects of the 2011 Van, Turkey e Arthquakes on Elevators – ELEVATORWORLINDIA; [13] INE-O Parque Habitacional e a sua Reabilita-

Referências [1] Wikipedia Patente; [2] W. H. Hundt, “Series Production or Special lift Systems?”. Lift Journal, November 2004, pp. 28; [3] Gould, N. e Griffin, M. Earthquake Performance of Nonstructural Components (January 2003);

ção – Análise e Evolução 2001-2011; [14] “Transportation systems in buildings”, CIBSE Guide D, 2005;

(2010) 1163~1175; [24] L. E. White, ‘Energy Consumption: Hydraulic Elevators and Traction elevators’, Elevator World, abril de 1984; [25]Dr. Ferhat ÇELİK1 & Dr. Banu KORBAHTI2- Blain Hydraulics GmbH, 74078-Heilbronn, Alemanha. Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Istambul, Turquia; [26] Source: Swiss Federal Office of Energy, stu-

[15] Eficiência energética de transporte vertical -

dy by the S.A.F.E. Schweizerische Agentur für

Tiago Ruibal de Azevedo Pires Faculdade de

Energieeffizienz (Swiss Agency for Energy

Engenharia da Universidade do Porto; [16] VDI 4707 Guideline;

Efficiency), final report on power consumption and savings potential with lifts;

[4] Mondal, G. e Jain, S. Design of non-structural

[17] Conradin Jost - Member of directive com-

[27] EDP Serviço Universal, 2013-Tarifas Social/

elements for buildings: A review of codal

mittee „VDI 4707/2 Energy efficiency of lift

Transitórias de Venda a Clientes Finais em

provisions. The Indian Concrete Journal (Au-

components“Article February 2010 – Energy

gust 2005), 22-28;

efficiency class – BUCHER;

Portugal Continental; [28] Yang 2006;

[5] Ayres, J. M., Sun, T. Y., e Brown, F.R. Nonstructural

[18] Top class energy-efficiency VDI 4707 - A

[29] C. E. Thoeny, ‘Smart Hydronics for the Ele-

damage to buildings, in The Great Alaska Ear-

CLASS FROM SMALL RESIDENTIAL BUILDIN-

vator Future’, Elevator World, abril de 2004,

thquake of 1964: Engineering. Division of Earth

GS TO HIGH-RISE OFFICE BUILDINGS – KONE;

Sciences, National Research Council, National Academy of Sciences, Washington, 1973a;

[19] UNIVERSAL ELEVATORS Energy saving solutions for the Lift and Escalator Industry;

p.118. [30] ELEVATOR INDUSTRY JOBSITE SAFETY (2013 ELEVATOR WORLD.

elevare 31


Notícias e Produtos Legislação para a reabilitação de edifícios

vés da captação de novos clientes, ou no

menos espaço, sendo facilmente aplicá-

fortalecimento das marcas na região. Na

vel em praticamente todas as escadas.

No passado dia 8 de abril foi publicado o

América Latina são instalados, aproxima-

Permite uma confortável e descontraída

Decreto-Lei n.° 53/2014 que estabelece um

damente, 20 mil novos equipamentos por

utilização a pessoas com dificuldades de

regime excecional e temporário a aplicar à

ano, com um total de aproximadamente

locomoção. É possível recolher o assento,

reabilitação de edifícios ou de frações, cuja

600 mil elevadores existentes, tendo ainda

quando não está a ser utilizada de forma a

construção tenha sido concluída há pelo

um grande parque disponível para moder-

minimizar o espaço ocupado. E incorpora

menos 30 anos ou localizados em áreas de

nização. Não há uma estimativa de quantas

todos os sistemas de segurança necessá-

reabilitação urbana. A exceção aplica-se a

escadas rolantes existam no continente,

rios e, em caso de falha de rede, pode fun-

edifícios ou frações que estejam afetos ou

mas acredita-se que só no Brasil este nú-

cionar com recurso a baterias.

se destinem a ser afetos total ou predomi-

mero ultrapasse as 15 mil unidades.

nantemente ao uso habitacional. Inclui-se neste novo diploma o seguinte ar-

latino-americana das indústrias do setor,

Interlift 2015: prepare-se para o maior evento do setor

tigo: "assim, no que respeita ao Regulamen-

atraindo um público cada vez mais entu-

VFA - Interlift e.V. Verband fur Aufzugstechnik

to Geral das Edificações Urbanas aprovado

siasmado, e com as oportunidades de ge-

Tel.: +49 40 727 301 50 • Fax: +49 40 727 301 60

pelo Decreto-Lei n.° 38 382, de 7 de agosto

ração de novos negócios. Todos os anos

info@vfa-interlift.de • www.vfa-interlift.de

de 1951, prevê-se a dispensa da observância

a Expoelevador acontece simultaneamen-

A Expoelevador consolida-se como a feira

de disposições técnicas cujo cumprimento

te com a Predialtec - Feira de Tecnologia

A próxima edição da Interlift em 2015 de-

importa custos incomportáveis e que não se

de Automação Predial e Residencial. Em

correrá de 13 a 16 de outubro. Já se en-

traduzem numa verdadeira garantia da habi-

2014 a Predialtec atrai um público com

contra disponível a documentação para

tabilidade do edificado reabilitado. A referida

um perfil muito especial, constituído por

participar neste evento, organizado pela

dispensa incide, designadamente, sobre as-

empresas construtoras que começam a

AFAG e que o promove a nível mundial. A

petos relacionados com áreas mínimas de

participar como expositoras do evento,

Interlift é a feira de referência no setor e

habitação, altura do pé-direito ou instalação

apresentando os seus projetos de imóveis

onde são apresentadas as ofertas funda-

de ascensores."

com perfis inovadores, recheados de tec-

mentais do mercado e as mais recentes

nologia.

técnicas. O VFA-Interlift, como promotor especializado do evento, em 2015 também

Fórum Ascensores em Braga

complementará a Academia VFA com o

A Eleveminho organiza a 30 de maio o Fó-

Cadeira de Escada

Fórum VFA Interlift e formação. Os tópi-

rum Ascensores, no Auditório Industrial do

Liftech, S.A.

cos são apresentados por oradores de

Minho, em Braga. Dos assuntos abordados

Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839

renome de todo o mundo no Fórum VFA

destaca-se as importantes diretivas para

info@liftech.pt • www.liftech.pt

da Interlift 2015, e as comunicações serão

ascensores e qual a melhor relação com as

traduzidas em simultâneo para alemão/

empresas dos mesmos, a enumeração de

inglês/alemão.

estratégias para uma maior eficiência energética e desempenho e as diferenças entre ascensores hidráulicos e gearless.

ExpoElevador 2014 já com 90% das áreas vendidas ExpoElevador Tel.: +22 26 489 751 • expoelevador@gmail.com www.expoelevador.com.br

A V edição da ExpoElevador, que decorre a 12 e 13 de agosto de 2014, já está com pra-

A Interlift 2013 superou as melhores mar-

ticamente 90% de áreas destinadas aos

cas até à data desde a sua estreia em 1991,

expositores vendidos. Com a participação

e por isso esta feira da especialidade em

de associações da Argentina, China, Itália,

técnicas de elevadores tornou-se há muito

Alemanha e Espanha, o evento conquis-

Este é um equipamento particularmen-

tempo num evento incontornável no setor.

tou credibilidade no setor internacional,

te adequado para ambientes domésticos

Em 2013, 70% dos 515 expositores eram

tornando-se a porta de entrada para as

ou espaços públicos, onde não é possí-

oriundos de 40 países diferentes e recebeu

empresas que procuram conquistar es-

vel aplicar nenhum sistema destinado ao

a visita de cerca de 19 mil visitantes de 84

paço no mercado latino-americano atra-

transporte de cadeira de rodas. Ocupa

países, cerca de mais de 10 mil visitantes.

32

elevare


Notícias e Produtos Esta internacionalização em contínua evo-

experiência de oito anos na área dos eleva-

nha-céus de 213 metros para investigar e

lução ao longo dos anos é o verdadeiro

dores e escadas rolantes. A forte presença

desenvolver novos elevadores. A Toshiba e

motor de crescimento da Interlift.

no mercado angolano, onde já se encon-

o grupo japones Mitsubishi Electric são ou-

tram há duas décadas, e a experiência na

tros grupos empresariais também conheci-

instalação de aparelhos da marca Schindler

dos por desenvolverem elevadores.

Pinto & Cruz em Moçambique

será bastante importante nesta fase inicial

Pinto & Cruz

dada a proximidade com Moçambique.

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com a entrada no mercado moçambicano através da aquisição de uma participação

Na vanguarda da formação técnica, a

maioritária no capital social da Tecno Ele-

SEW-EURODRIVE Portugal organizou a 6

vadores, Lda., reforçando assim a sua pre-

de novembro em Setúbal, um Seminário

sença no continente africano.

Técnico sobre as soluções SEW ao nível

A Tecno Elevadores, sociedade de direito

com a participação de cerca de 80 clientes

dos Redutores Industriais. O evento contou moçambicano, é detida em 90% pela P&C

SEW-EURODRIVE Portugal. No evento, mo-

SGPS e os restantes 10% pelo anterior pro-

A empresa japonesa Hitachi anunciou o de-

derado pelo seu Diretor Geral, Nuno Sarai-

prietário, Fernando Ramos Julião. Constituída

senvolvimento do elevador mais rápido do

va, os temas centrais remeteram para as

em dezembro de 1996, e tendo como nome

mundo, capaz de subir 94 andares em ape-

Soluções SEW na área dos Redutores In-

original Tecnel Elevadores, Lda, dedica-se à

nas 43 segundos, o que equivale a uma ve-

dustriais. João Guerreiro, Diretor Comer-

comercialização, instalação, manutenção e

locidade de 72 quilómetros por hora. O novo

cial, abriu a formação técnica começando

reparação de elevadores e equipamentos de

modelo bate assim o anterior recordista, um

por dar as boas-vindas a todos os presen-

elevação, sendo uma referência no país. Ao

elevador de uma torre de Taiwan, cuja cabi-

tes e apresentando as mais recentes novi-

longo da sua existência a empresa já sofreu

ne alcança os 60 km/h. Para conseguir obter

dades da SEW-EURODRIVE.

diversas alterações na estrutura, tendo

um aparelho mais veloz, o grupo nipónico diz

inicialmente o nome de Schindler Moçam-

ter desenvolvido um sistema com motores

bique, Lda. entre 2000 e 2009, período em

mais poderosos e reduziu o peso dos cabos.

que teve como sócio a Schindler Lifts, Lda.

As técnicas de estabilização também foram otimizadas.

Desde a sua fundação que é representante exclusivo da marca Schindler no merca-

Dois elevadores com o novo sistema, ainda

do moçambicano, sendo responsável por

em fase de protótipo, irão ser instalados

algumas das grandes instalações de ele-

num arranha-céus chinês de 530 metros

vadores como o edifício do Ministério dos

com 111 andares em 2016. O edifício terá ainda

David Braga, Responsável pelo Departa-

Transportes e Comunicação, a sede da Vo-

mais 95 elevadores que serão modelos ante-

mento de Serviços SEW Portugal e espe-

dacom, o edifício do Millenium Park, a sede

riores com um desempenho inferior. Segundo

cialista em Redutores Industriais, abordou

do Barclays Bank Moçambique e o Banco de

a Hitachi, a construção em força de arranha-

os temas relacionados com a Gama de

Moçambique. Num passado mais recente,

céus na China faz com que este país alimente

Redutores Industriais SEW - Séries X e P e

a empresa tem sentido alguma dificulda-

60% do mercado dos elevadores. Vários gru-

com os Serviços especializados em Redu-

de em manter os padrões de qualidade de

pos industriais japoneses estão envolvidos na

tores Industriais disponíveis para os clien-

serviço exigidos pelos clientes e pelo mer-

construção de elevadores, que deixaram de

tes. Como convidado internacional este Se-

cado moçambicano, isto porque devido ao

ser máquinas simples para passarem a ser

minário contou com a presença do colega

desenvolvimento do país houve um maior

tecnologia de ponta, controlada por sistemas

da SEW Alemanha, Hans-Günther Welters,

crescimento na construção de edifícios ha-

eletrónicos cada vez mais complexos.

que se debruçou sobre algumas Aplicações

bitacionais e de serviços, com um grau de

em Redutores Industriais, nomeadamente

complexidade e exigência mais elevado, e a

A Hitachi começou a produzir elevadores para

somar a isso, com o desenvolvimento tec-

arranha-céus em 1968, com uma velocidade

O convidado especial, Alves Machado da

nológico houve uma maior necessidade de

de 18 quilómetros por hora (300 metros por

Empresa EUROCRANE – Equipamentos de

recursos técnicos e humanos adequados. O

minuto), para equipar uma das primeiras tor-

Elevação, versou acerca dos Guindastes

Grupo Pinto & Cruz pretende reverter esta

res de Tóquio, no centro da capital japonesa.

EUROCRANE (JIB CRANE), com a engenharia

situação levando o know-how adquirido na

Recentemente, o grupo adquiriu um arra-

portuguesa ao serviço da indústria.

Transportadores e Sistemas de elevação.

elevare 33


Notícias e Produtos Centro de Competências REABILITAR

Para quantificar estes benefícios, os variado-

n.° 129/2002 de 11 de maio, alterado pelo

res das séries 3G3MX2 e 3G3RX incorporam

Decreto-Lei n.° 96/2008 de 9 de junho, com

Schmitt+Sohn Elevadores

um algoritmo que informa o utilizador da pou-

exceção das que tenham por objeto partes

Tel.: +351 229 569 000 • Fax: +351 229 569 009

pança energética obtida, sem necessidade de

do edifício ou frações autónomas destinados

info@schmitt-elevadores.com

utilizar equipamentos externos de medição.

a usos não habitacionais. No âmbito deste regime, as obras estão ainda dispensadas de

www.schmitt-elevadores.com

Os variadores das séries 3G3MX2 e 3G3RX

alguns requisitos mínimos de eficiência ener-

A Schmitt+Sohn Elevadores criou, em Por-

têm um algoritmo que permite ao utilizador

gética e qualidade térmica, e não é obrigatória

tugal, o primeiro centro de Investigação &

efetuar a monitorização da energia e do valor

a instalação de gás nos edifícios intervencio-

Desenvolvimento do setor especificamen-

poupado na instalação, em relação a um siste-

nados. De acordo com o Governo, no mesmo

te para a área da Reabilitação Urbana. O

ma que não utiliza um variador de frequência.

documento, este novo regime surge numa

Centro de Competências REABILITAR da

Para efetuar a monitorização não necessita

altura em que "a reabilitação do edificado exis-

Schmitt+Sohn prevê o desenvolvimento

de nenhum equipamento de medição, apenas

tente em Portugal representa apenas cerca de

de produtos e serviços que respondam às

tem de introduzir nos parâmetros do variador

6,5% do total da atividade do setor da cons-

várias necessidades da reabilitação urbana.

o preço do kWh e a potência do motor. Du-

trução, bastante aquém da média europeia de

Para além dos ascensores padrão, desen-

rante o funcionamento, o variador calcula a

37%." Pode também ler-se que "a política do

volve elevadores à medida de cada projeto,

poupança obtida em kWh e o valor da energia

ordenamento do território do Governo dá priori-

ajustando assim o equipamento às neces-

poupada. Estes valores podem ser visuali-

dade a uma aposta num paradigma de cidades

sidades e constrangimentos técnicos da

zados em qualquer momento na consola do

com sistemas coerentes e bairros vividos."

reabilitação.

variador, e realizar a monitorização ou análise da amortização do investimento. A Omron contribui, deste modo, para reduzir os custos

Plataforma de Escada

associados à produção industrial, permitindo

Liftech, S.A.

aos clientes que utilizam estes variadores

Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839

serem mais competitivos e cada vez mais

info@liftech.pt • www.liftech.pt

comprometidos com a preservação do meio ambiente.

Esta é uma solução aplicável para vencer uma escada (reta ou com curvas). Ao serem equipamentos pensados para o

Regime Excecional para Reabilitação de Edifícios publicado em Diário da República

transporte de cadeira de rodas podem, no

O novo Regime Excecional para a Reabilita-

aplicados tanto no interior como no exte-

entanto, incorporar um assento para a utilização de pessoas autónomas. Podem ser

Variador 3G3RX poupa energia e calcula a poupança na sua fatura elétrica

ção de Edifícios já foi publicado em Diário da

rior tendo, neste caso, cuidados especiais

República, nomeadamente através do Decre-

de construção.

Omron Electronics Iberia, S.A.

durante 7 anos. Este documento estabelece

Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899

um regime excecional e temporário aplicado

info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt

à reabilitação urbana de edifícios ou trações,

to-Lei n.º 53/2014 de 8 de abril, e irá vigorar

cuja construção tenha sido concluída há pelo menos 30 anos, ou que se localizem em áreas de reabilitação urbana, sempre que estejam afetos ou se destinem a ser afetos, total ou predominantemente, ao uso habitacional. As operações urbanísticas feitas no âmbito deste regime dispensam o cumprimento de Normas técnicas de acessibilidades previstas no regime que define as condições de acessibiliA Omron, consciente de que no ambien-

dade a satisfazer no projeto e na construção

te industrial atual a redução de custos de

de espaços públicos, equipamentos coletivos

produção é fundamental para manter a

e edifícios públicos e habitacionais, aprovadas

competitividade das empresas e torná-las

pelo Decreto-Lei n.° 163/2006 de 8 de agosto.

viáveis, tem promovido ao longo dos últimos

Destaque também para a dispensa do cum-

anos a utilização de acionamentos com varia-

primento de requisitos acústicos previstos

As caraterísticas desta plataforma de es-

dor de frequência e os seus benefícios na pou-

no Regulamento dos Requisitos Acústicos

cada passam por exigirem uma largura

pança de energia nos processos industriais.

dos Edifícios, aprovado pelo Decreto-Lei

mínima para a escada, a função do traçado

34

elevare


PUB


Notícias e Produtos e do modelo de plataforma. Incorporam to-

primeira empresa do setor de elevadores

funcionam também como o recurso prin-

dos os sistemas de segurança necessários

a nível mundial, certificada no Ecodesign

cipal da atividade desenvolvida ao nível da

como sensores de deteção de obstáculos,

segundo a Norma ISO 14006 e as soluções

formação profissional técnica, conceben-

limitadores de velocidade, fins de curso,

Orona 3G X-15 e X-16 obtiveram a máxima

do módulos de formação que permitem a

entre outros. Em casa de falha de rede po-

certificação energética de Classe AAA, ava-

transmissão de conhecimentos teóricos

dem funcionar a partir de baterias. Pode-se

liada pelo prestigiado organismo europeu

e práticos ajustados às reais necessida-

parquear a plataforma recolhendo-a na sua

Liftinstitut B.V, segundo a Norma VDI 4707

des internas (da SEW) e externas dos seus

posição vertical para minimizar o espaço

nas 5 categorias de utilização estabele-

clientes, otimizando o desempenho dos

ocupado. A colocação da plataforma nesta

cidas, tanto para o consumo em standby

profissionais no exercício das suas ativida-

posição pode ser automática, assim como a

como em funcionamento.

des quotidianas. Em setembro de 2013, a SEW-EURODRIVE Portugal foi certificada

sua colocação em posição de serviço.

como entidade formadora, no âmbito do disposto na Portaria n.° 851/2010, de 6 de se-

Orona: eficiência energética com as novas cabinas 3G

Certificação da SEW-EURODRIVE Portugal como Entidade Formadora

Orona Portugal

SEW-EURODRIVE PORTUGAL

áreas de educação e formação: 520 - Enge-

Tel.: +351 219 154 790/ 227 169 740

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

nharia e técnicas afins, 523 - Eletrónica e au-

lisboa@orona.pt • porto@orona.pt

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

tomação. É, assim, reconhecido o empenho

tembro, alterada e republicada pela Portaria n.° 208/2013 de 26 de junho nas seguintes

da SEW-EURODRIVE Portugal na prestação

www.orona.pt

A SEW-EURODRIVE Portugal é uma empre-

de serviços de alta qualidade em Sistemas

sa do grupo SEW-EURODRIVE GmbH & Co.,

de Acionamento Eletromecânicos, de valor

um importante grupo industrial multinacio-

reconhecido pelos clientes, em ambiente de

nal, atualmente com 15 fábricas de produ-

melhoria contínua da performance económi-

ção e 75 centros de montagem distribuídos

ca, financeira e da qualidade de serviço.

por 44 países. O objeto da sociedade SEW-EURODRIVE Portugal consiste na produção e comercialização de produtos relacionados com as técnicas de transmissão e eletrónica de potência como motorredutores, motores elétricos e controladores eletrónicos da marca SEW; produção, importação e exportação de outros produtos industriais, designadamente componentes para transmissão mecânica, autómatos e componentes eletrónicos; e a prestação de serviços A Orona apresenta-se como uma empresa

relacionados com aqueles produtos como

de referência comprometida com a susten-

a instalação, manutenção e formação pro-

tabilidade, a partir de um ponto integral e

fissional. A SEW Portugal dispõe de uma

estratégico. A sua principal novidade são as

valiosa equipa de recursos humanos com

Renovado Palácio da Pena com elevadores ecológicos

cabinas Orona 3G com um menor peso que

elevadas competências técnico-profissio-

O Palácio da Pena, em Sintra, terminou em

reduzem em 20% o impacto na utilização

nais nas suas áreas de atuação. Na vertente

abril a remodelação de três espaços que

de materiais, resultando geralmente num

operacional do negócio a equipa é compos-

já podem ser usufruídos pelo público: loja,

menor impacto em termos ambientais ao

ta por colaboradores experientes nas áreas

cafetaria e restaurante. Segundo a Parques

longo da vida do ascensor (84%). As cabi-

da eletromecânica, mecatrónica e eletróni-

Sintra – Monte da Lua, gestora da Pena e de

nas incluem kits ECO de série, uma ilumina-

ca, capazes de executar as mais complexas

outros espaços na zona, a intervenção "vem

ção eficiente que poupa até 50% da ener-

operações com curtos prazos de entrega,

dar resposta ao aumento constante do núme-

gia consumida em funcionamento e 100%

à medida das necessidades de cada cliente.

ro de visitantes" do palácio (que, adiantam, em 2013 recebeu cerca de 780 mil visitan-

em modo standby. Na sua conceção foram desenvolvidos processos específicos sem

O Departamento de Engenharia da SEW

tes), além de facilitar as visitas dos cidadãos

soldadura e nem pintura para garantir

Portugal é composto por engenheiros e

com mobilidade condicionada. Os três espa-

uma montagem mais ergonómica e facili-

técnicos especializados em mecânica, ele-

ços, um investimento de 750 mil euros, são

tar a manutenção posterior do elevador.

tricidade, mecatrónica e eletrónica, respon-

exclusivos para os visitantes do parque e do

Também desenvolveram uma nova porta

sáveis pelo apoio aos clientes na definição

palácio e estão abertos todos os dias das 10

Solid, mais robusta e resistente, concebida

e implementação dos produtos e soluções

às 19 horas.

especialmente para a sua utilização em ins-

para as diversas aplicações. As competên-

Entre as novidades, destacam-se os dois

talações com imenso tráfego. A Orona é a

cias e a experiência dos seus colaboradores

elevadores que entram ao serviço, constru-

36

elevare


Notícias e Produtos ídos a partir da área antes ocupada por um

carro que esteve exposto no local. O primei-

Domuslift da Liftech

simples monta-cargas. Um dos elevadores

ro Mustang foi apresentado numa campa-

Liftech, S.A.

fica ao serviço do público permitindo uma

nha televisiva a 16 de abril de 1964, antes de

Tel.: +351 229 432 830 • Fax: +351 229 432 839

"melhor acessibilidade entre os três pisos, no-

ser exibido na Feira Mundial de Nova Iorque,

info@liftech.pt • www.liftech.pt

meadamente para os visitantes com mobilida-

a 17 de abril, e o automóvel começou a ser

de reduzida." Os novos elevadores obedecem

comercializado nesse mesmo dia.

também a critérios ecológicos, já que ambos

O Domuslift é um elevador projetado para responder às necessidades de mobilidade

possuem um sistema de geração de energia

vertical em edifícios públicos e privados, proporcionando uma maior comodidade

tamente no funcionamento dos elevadores

Elevado padrão de qualidade para cumprir necessidades de monitorização

(iluminação, ventilação e som).

Omron Electronics Iberia, S.A.

mobilidade condicionada porque confere-

Tel.: +351 219 429 400 • Fax: +351 219 417 899

lhe autonomia, libertando-as da utilização

info.pt@eu.omron.com • http://industrial.omron.pt

das escadas. Disponibiliza-se uma grande

que utilizam para seu próprio consumo: a energia gerada na descida é utilizada dire-

e conforto aos utentes. Esta é a solução adequada para as pessoas idosas e/ou com

Mustang sobe Empire State de elevador no 50.º aniversário

Uma alimentação comutada com eleva-

assim como diferentes tamanhos. Tem a

Para recriar uma das ações que marcaram o

da imunidade ao ruído em todos os K8AK

vantagem de ser facilmente adaptável a

lançamento do Mustang original, há 50 anos,

garante uma elevada fiabilidade. A Omron

qualquer espaço, e de se integrar em qual-

a Ford colocou uma unidade do novo modelo

lançou uma nova gama de produtos de mo-

quer ambiente, valorizando o mesmo. Pos-

no topo do Empire State, o prédio mais alto de

nitorização, a série K8AK/K8DS, que oferece

sui um design italiano e disponibiliza uma

Nova Iorque com 102 andares. O automóvel

uma ampla gama de produtos de monito-

grande variedade de acessórios e acaba-

ficou exposto no mirante do prédio (que fica

rização num formato compacto (22,5 milí-

mentos de elevada qualidade de acessó-

no 86.º andar), a quase 400 metros de altura

metros e 17,5 milímetros) para instalação

rios e acabamentos de elevada qualidade,

(são 373,2 m até o último andar e 381 m até

em calha DIN. Esta nova gama é baseada na

assim como diferentes tamanhos.

o telhado, sendo 443,2 m contando a ante-

reconhecida série de produtos de monitori-

na) nos dias 16 e 17 de abril. "Nova Iorque é

zação K8AB e foi desenvolvida segundo os

uma das maiores cidades do mundo e o lugar

standard globais de potência e segurança.

onde a história do Ford Mustang começou há

Os designers também melhoraram o de-

50 anos", afirmou Mark Fields, Chefe de Ope-

sempenho global dos produtos e concebe-

rações da Ford. "Estavamos empolgados em

ram um circuito de alimentação de alta qua-

visitar esse marco arquitetónico que foi o co-

lidade para garantir uma ótima imunidade

ração do horizonte de Manhattan há 83 anos,

a ruídos.

diversidade de acessórios e acabamentos,

com a nova geração do carro que é a alma da Ford." E como é que o carro subiu 86 andares? Não foi de guindaste nem de helicóptero mas pelo elevador. Quando o edifício foi aberto, em 1931, ninguém imaginou transportar um carro nos seus elevadores mas em 1965 um

A série K8 é composta por 11 modelos, in-

protótipo do Mustang conversível foi corta-

cluindo modelos para a monitorização de

do em três partes, juntamente com o pára-

tensão e corrente em sistemas monofási-

-brisa, para caber nos elevadores. "A nossa

cos, monitorização de tensão em sistemas

O Domuslift é o elevador indicado para

equipa trabalhou duplamente para garantir

trifásicos, nível de condutividade e tempe-

moradias (novas ou existentes) propor-

que o Mustang possa subir nos elevadores",

ratura. Este novo produto carateriza-se

cionando estilo e comodidade de vida po-

afirmou Dave Pericak, engenheiro-chefe do

pela simples parametrização no frontal do

dendo também ser utilizado em edifícios

Mustang. "Tal como a equipa que fez o mes-

equipamento (exceto K8AK-PH e K8DS-PH),

públicos. Pode ser fornecido com uma es-

mo em 1965, os nossos profissionais visita-

um LED indicador de alimentação, ativa-

trutura autoportante envidraçada ou pode

ram o Empire State Building e tiraram medidas

ção da saída, e estado do alarme (incluindo

ser montado em caixa de alvenaria tradi-

cuidadosas dos novos elevadores e portas an-

K8AK-AS/AW/VS/VW/PW/PM/PA), um DIP

cional, estando disponível numa grande

tes de cortar o carro." É um grande desafio,

switch de configuração (exceto KA8K-PH &

variedade de modelos de interior e exte-

principalmente tendo em conta que o novo

K8DS-PH). Destaca-se ainda pelo seu corpo

rior. Pode ser montado sem poço (embora

Mustang é 18 centímetros mais comprido e

compacto de 17,5 mm (K8AK-PH) e 22,5 mm,

o ideal seja prever um poço com 10 cm) e

10 cm mais largo do que o original. Quando

responde aos standard globais de potência

o pé direito do piso superior pode ser de

tudo subiu os 86 andares, os técnicos tive-

e segurança e tem uma ótima imunidade ao

apenas 245 cm. Utiliza uma alimentação

ram menos de seis horas para remontar o

ruído de frequência elevada.

de 220 V monofásica, ou 3 x 380 V tri-

elevare 37


Notícias e Produtos fásica, e o seu consumo é muito reduzido

te ainda um controlo de acessos através

des alterações na conceção da porta do

(inferior a uma máquina de lavar domésti-

da pronúncia da senha e a identificação de

ascensor se pretende substituir o aciona-

ca). Este elevador é muito silencioso, tem

voz em diversos idiomas.

mento mecânico do bloqueio de portas por

dimensões reduzidas e é fácil de adaptar

um elétrico. Assim, o SOL-AV é sobretudo

a qualquer espaço, tendo uma Classe A de eficiência energética.

Identificação por voz para elevadores Pinto & Cruz

adequado para uma montagem posterior

Schmersal: solenóide para dispositivos de bloqueio de portas

em ascensores já existentes.

Tel.: +351 219 593 835 • Fax: +351 219 594 283

Armazenamento prolongado de redutores

info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt

SEW-EURODRIVE PORTUGAL

Schmersal Ibérica, S.L.

Tel.: +351 226 150 500/707 225 500

Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685

Fax: +351 220 400 909 • office@pintocruz.pt

O Grupo Schmersal apresentou um novo

www.pintocruz.pt

solenóide para o acionamento elétrico di-

infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt

reto dos dispositivos de bloqueio de portas

Dependendo das condições de acondicio-

Na procura constante de soluções inova-

AV. O solenóide, denominado SOL-AV, des-

namento e período de armazenamento, os

doras e que vão ao encontro das necessi-

taca-se pelo seu formato extremamente

redutores podem/devem ser fornecidos

dades dos clientes e do mercado em ge-

compacto e pode ser montado inclusiva-

com diferentes tipos de proteção. Da Ta-

ral, a Pinto & Cruz apresentou o primeiro

mente em perfis muito pequenos (50 x

bela conclui-se que, para períodos de ar-

sistema mundial de identificação por voz

50 mm) em quadro ou em barra da por-

mazenamento de redutores superiores a

para elevadores. Mas como funciona o

ta. Apesar destas compactas dimensões

6 meses é necessário proteger o redutor

sistema? A cabine possui na botoneira

alcança uma força de acionamento muito

para um Armazenamento Prolongado.

de registos um botão extra que, depois

elevada, uma vez que durante o momento

de pressionado, solicita aos passageiros

de ligação, a bobina encapsulada do íman é

Existem algumas ações para o Armazena-

para pronunciar o seu destino sendo assim

ativada por um dispositivo eletrónico.

mento Prolongado: proteger com um pro-

transferidos para o andar desejado ao di-

duto anticorrosivo todas as superfícies ex-

zer apenas, e por exemplo, primeiro piso,

teriores não pintadas, maquinadas; retirar o

piso dois, saída, entre outros. Também é

respiro, colocar um bujão e encher o redutor

possível pronunciar o nome de um indiví-

com um produto inibidor de corrosão ou, em

duo ou empresa ou qualquer outra palavra

alternativa, atestar a unidade com o lubrifi-

relacionada com o piso pretendido como

cante adequado; controlar de 6 em 6 meses

consultas, internamentos, serviços admi-

a evolução geral do estado da pintura da

nistrativos, e outros.

unidade e retocar as áreas em que a pintura tenha sido removida ou esteja degradada; ar-

Os utilizadores podem utilizar o elevador

mazenar a unidade numa zona arejada, sem

de uma forma convencional, pressionan-

Através da combinação com o solenóide

grandes diferenças de temperatura ao lon-

do os botões de registo de cabina, permi-

SOL-AV, o programa completo dos dispo-

go do dia e sem humidade; não submeter a

tindo numa fase de transição para o sis-

sitivos de bloqueio de portas AV (incluin-

unidade a vibrações decorrentes do normal

tema de identificação por voz manter, em

do as séries AV 25 e AV 28 para portas de

funcionamento de outras máquinas; rodar

simultâneo, as duas soluções. O botão ex-

dupla folha) possuem agora um âmbito de

periodicamente o veio de entrada da unida-

tra foi especialmente projetado para ser

aplicação muito maior. O fabricante de as-

de, de forma a alterar o posicionamento dos

acessível aos utilizadores com mobilidade

censores já não necessita de efetuar gran-

rolamentos/elementos rolantes.

reduzida, de cadeira de rodas bem como pessoas com deficiência visual. As outras vantagens do sistema passam por ser aplicável em qualquer modelo ou marca de elevador independentemente da data da sua instalação, uma maior facilidade e rapidez no acesso de visitantes ou habitantes do edifício. Permite uma economia do tempo em grandes edifícios (escritórios, hospitais, serviços públicos, entre outros), aliado à sua grande precisão e redução de defeitos de movimento no interior do edifício. E este sistema mundial de controlo de elevadores por voz permi-

38

elevare


Dossier: Reabilitação

Dossier de Eletrónica e Conetividade nos Elevadores Fernando Maurício Dias

O Homem já domina a técnica das grandes construções há vários séculos, no entanto, um problema que se colocava era “como subir”. Efetivamente, o elevador veio dar resposta a esse problema. Inicialmente, controladores mecânicos eram usados para permitir o movimento do elevador de acordo com as instruções dos utilizadores. Mais tarde, muitas partes mecânicas foram substituídas por partes elétricas. A automação dos elevadores permitiu dotá-los de “inteligência”, facilitando a realização de diversas funções de uma forma fácil, ou seja, com o apertar de um botão, todas as operações de fechar porta, arrancar, contar os andares, parar, nivelar e abrir a porta automaticamente. No princípio, toda esta automação foi realizada através de sistemas de relés eletromecânicos (esta técnica ainda existe em vários elevadores). Até à década de 80 esta tecnologia pouco evoluiu devido ao facto de ser suficiente para as necessidades da época. No entanto, com a entrada da tecnologia dos microprocessadores, os elevadores evoluíram significativamente. Os comandos com microprocessadores são muito mais fiáveis, logo, menos sujeitos a falhas. Com esta tecnologia o elevador ganhou novos horizontes: o controlo do tráfego é otimizado, o consumo de energia é reduzido, o interface com o utilizador é mais amigável (indicadores digitais, anunciador de voz, barreiras de infravermelhos, comunicação bidirecional, proteção para chamadas falsas, entre outros). Hoje, em boa verdade, o elevador não é considerado um bem de consumo que, passado algum tempo, é substituído por outro novo. Assim, para ultrapassar esta dificuldade opta-se por efetuar a sua modernização tecnológica, ou seja, uma reforma que substitui os quadros de comando antigos por outros com tecnologia recente. Outros componentes mecânicos, porque possuem uma vida útil mais longa, são aproveitados (máquina de tração, guias, portas, …).

elevare 39


Dossier: Eletrónica e Conetividade

Garantia da proteção de pessoas em instalações elétricas (1.a Parte) Sérgio Ramos Instituto Superior de Engenharia do Porto

Introdução

sas) normalmente sem tensão ligadas

Nas sociedades modernas atuais não conce-

ao condutor de neutro;

bemos o nosso estilo de vida sem a utilização

ra, e que garante a condição de explora-

de energia elétrica. O uso e a exploração das

ção do condutor neutro da instalação, e

transformador isolado ou ligado à terra

instalações elétricas e dos equipamentos a

as partes metálicas empunháveis (mas-

através de uma impedância, e as partes

elas ligadas requerem meios de proteção

sas), normalmente sem tensão, ligadas

metálicas empunháveis (massas) nor-

adequados, de forma a garantir a segurança

diretamente à terra;

malmente sem tensão ligadas direta-

TN - Ponto neutro do secundário do

mente à terra.

de pessoas e bens. O presente artigo aborda,

>>

>>

IT - Ponto neutro do secundário do

de uma forma breve, e sucinta as medidas

transformador ligado diretamente à ter-

ativas e operativas na conceção e utilização

ra, e que garante a condição de explora-

O quadro seguinte resume o significado do

das instalações elétricas para garantir a se-

ção do condutor neutro da instalação, e

primeiro e segundo dígito de cada um dos

gurança dos seus utilizadores.

as partes metálicas empunháveis (mas-

diversos regimes de neutro.

Quadro 1. Codificação dos regimes de neutro.

Regimes de Neutro A conceção e garantia da proteção de pesso-

Define a situação do ponto

as e bens, decorrentes da utilização das ins-

Neutro em relação à Terra

1.ª Letra

talações elétricas, estão intimamente ligaT

modo sucinto, existem três tipos de regimes de neutro: >>

T

TT - Ponto neutro do secundário do transformador ligado diretamente à ter-

I

Figura 1. Esquemas de regime de neutro em Corrente Alternada. Fonte: Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT).

40

elevare

2.ª Letra

Designação

das com o tipo de regime de neutro imposto para uma dada instalação. Assim, e de um

Define a situação da ligação

Ponto Neutro Ligado à Terra Ponto Neutro Ligado à Terra Ponto Neutro Isolado da Terra

das Massas Designação

T N T

Massas Ligadas Diretamente à Terra Massas Ligadas Diretamente ao Neutro Massas Ligadas Diretamente à Terra


Dossier: Eletrónica e Conetividade As figuras anteriores ilustram os esquemas dos diversos sistemas de regime de neutro em Corrente Alternada. Em função do tipo de sistema de regime de neutro, os aparelhos que garantem a proteção de pessoas e bens pode variar entre aparelhos sensíveis à corrente residual diferencial, disjuntores magnetotérmicos ou corta circuitos fusíveis. Se a instalação estiver bem dimensionada qualquer um dos aparelhos de corte automático garantem eficazmente a proteção de pessoas e bens, não havendo um que se sobreponha ao outro em termos de eficácia. Figura 3. Defeito de isolamento num recetor alimentado por uma rede trifásica num regime de neutro TT.

Proteção de pessoas – O sistema TT Neste primeiro artigo versamos as medi-

proteção considere-se a Figura 3 que esquematiza um defeito de isolamento num recetor

das a ter em conta em instalações elétricas

alimentado por uma rede trifásica, cujo ponto neutro está diretamente ligado à terra.

com regime de neutro do tipo TT. Em caso de defeito de isolamento estabelece-se uma corrente no circuito de defeito (I d). A A proteção contra contactos indiretos (con-

proteção é assegurada se a diferença de potencial U c (tensão de contacto) entre a massa

tacto com uma massa que normalmente

sob tensão e um elemento condutor, suposto ao potencial da terra, não for superior ao

não está em tensão, mas que, acidentalmen-

limite perigoso. As duas condições às quais deve satisfazer a medida são as seguintes:

te e por defeito de isolamento de um con-

1. A corrente de defeito franco (R d =0 Ω) deve assegurar o funcionamento tão rápido

dutor ativo pode ficar em tensão – Tensão de Contacto Uc) visa defender as pessoas

quanto possível do dispositivo de corte automático; 2. Qualquer massa não pode ficar, em relação a uma tomada de terra eletricamente

contra os riscos a que podem ficar sujeitas

distinta, a um potencial superior a um limite considerado como perigoso (25 Volt –

em resultado de as massas ficarem aciden-

locais húmidos ou 50 Volt – restantes locais).

talmente sob tensão (RTIEBT – 131.2.12). O valor da corrente de defeito será obtido pela equação (1), em que U 0 é a tensão simples, R d a resistência do defeito (normalmente desprezável), R A a resistência de ligação à terra das massas (terra de proteção) e R B a resistência de ligação à terra do neutro (terra de serviço).

(1)

O valor da tensão de contacto será dado por UC, equação (2) e o valor da sensibilidade do Figura 2. Exemplo de um contacto indireto.

aparelho diferencial (I Δn) será dada pela equação (3).

Basicamente, as medidas ativas ou operativas consistem na garantia de ligação di-

(2)

reta das massas à terra e utilização de um aparelho de proteção de corte automático associado. É no aparelho de corte automá-

(3)

tico que se baseia a segurança desta medida e, em particular, na coordenação entre a regulação do dispositivo de corte e o valor da resistência de terra. A ligação das

O valor da tensão de contacto será dado por UC, equação (2) e o valor da sensibilidade do

massas à terra só é eficaz se o dispositivo

aparelho diferencial (I Δn) será dada pela equação (3). Entende-se por sensibilidade apare-

de corte automático associado obedecer

lho sensível à corrente residual diferencial o valor da corrente resultante de um defei-

às regras a seguir enunciadas. Para com-

to – corrente diferencial-residual estipulada I Δn – que faz abrir obrigatoriamente o circuito

preender o mecanismo desta medida de

defeituoso.

elevare 41


Dossier: Eletrónica e Conetividade dos dos tempos de funcionamento máximo e de não funcionamento em interruptores diferenciais devem obedecer ao disposto no Ponto 539.3 das RTIEBT. Por exemplo, no caso de utilização de aparelhos diferenciais do tipo geral, se o defeito for igual a duas vezes a corrente diferencial o disparo deve realizar-se em menos de 0,15 s, por outro lado se o defeito for igual ao valor da corrente defeito o disparo deve realizar-se em Figura 4. Exemplo de um aparelho de corte sensível à corrente residual diferencial.

menos de 0,3 s.

Quadro 2. Sensibilidades dos aparelhos diferenciais.

No que se refere ao valor a partir do qual o aparelho diferencial dispara, este pode

Sensibilidade

I∆n (mA)

Valores Típicos

Valores RA (Ω)

Alta sensibilidade

I ∆n ≤ 30

6; 10; 30 mA

R ≤ 1.666,67

Média sensibilidade

30 < I ∆n ≤ 500

100; 300; 500 mA

R ≤ 166,67

Baixa sensibilidade

I ∆n > 500

1; 3; 5; 10; 20 A

R ≤ 16,67

Na medida do possível a resistência de terra não deve exceder os 100 Ω (RTIEBT – 801.5.6.1).

tomar qualquer valor a partir dos 50% do valor da sensibilidade do dispositivo. Tipicamente, os aparelhos sensíveis a corrente residual diferencial são exclusivamente para instalações de Corrente Alternada (CA). A diferença encontra-se no tipo de correntes de fuga que são capazes de detetar. Assim,

Assim, e no caso de instalações com regi-

a instalação elétrica tenha uma equipa de

podem-se caraterizar e distinguir as seguin-

me de neutro TT, o aparelho de proteção

manutenção. Tipicamente, os aparelhos di-

tes classes:

que garante a proteção concomitante de

ferenciais distinguem-se pelo valor da sua

>>

pessoas e bens é o aparelho de corte sen-

sensibilidade. Assim o Quadro 2 apresenta a

fugas de Corrente Alternada. Esta é a

sível à corrente residual diferencial, vulgar-

distinção efetuada.

classe para as aplicações mais comuns

mente denominado de aparelho diferencial

Classe AC – capazes de detetar apenas

em Portugal;

(interruptor ou disjuntor diferencial). A sua

Relativamente ao tempo de atuação dos

abertura obriga o corte à primeira situação

aparelhos diferenciais e, de acordo com a

Corrente Alternada e Correntes Alterna-

da ocorrência do defeito. Não obriga a que

Norma EN 61008-1, os valores normaliza-

das com componente contínua (contínu-

Figura 5. Princípio de funcionamento de um aparelho diferencial.

42

elevare

>>

Classe A - capazes de detetar fugas de


PUB

as pulsantes), geradas por cargas não lineares, como por exemplo, retificadores de onda (tipo Ponte de Wheatstone); >>

Classe B - capazes de detetar fugas de Corrente Alternada, Corrente Alternada com componente contínua (contínuas pulsantes) e Correntes Contínuas alisadas. Ideais para variadores trifásicos, inversores, ascensores, equipamentos médicos e unidades de alimentação ininterrupta (UPS – Unit Power Supply).

A Figura 5 ilustra, de um modo muito sucinto, o princípio de funcionamento subjacente ao funcionamento de um aparelho diferencial residual. Na ausência de defeito a corrente da fase é igual à do neutro pelo que o fluxo da bobine da fase é igual à do neutro não havendo, assim, corrente induzida na bobine de deteção que aciona o relé. Os contactos permanecem fechados e a instalação funciona normalmente. Porém, na presença de um defeito de isolamento a corrente na fase será maior do que a do neutro, visto que há uma corrente de defeito para a terra, pelo que a diferença dos fluxos será diferente de zero, promovendo o aparecimento de uma corrente induzida na bobine de deteção que aciona o relé. Os contactos abrem e a instalação é desligada.

«A garantia da proteção de pessoas e bens pelo uso das instalações elétricas deve ser cuidadosamente dimensionado e projetado por técnicos devidamente habilitados»

Conclusão Neste primeiro artigo sobre a proteção de pessoas e bens decorrentes do uso das instalações elétricas, incidimos sobre as medidas a ter em conta nessas mesmas instalações elétricas com regime de neutro do tipo TT. De um modo simplista podemos afirmar que na presença deste regime de neutro o aparelho que garante a proteção de pessoas é o aparelho sensível à corrente diferencial residual. Há, no entanto, outros tipos de cuidado aquando do seu dimensionamento e instalação, nomeadamente no que se refere à escolha do valor da sensibilidade, quer respeitando regulamentos quer associados a valores de resistência de terra obtidos, na garantia de seletividade vertical numa cascata de sucessivas proteções diferenciais de diferentes respostas e sensibilidades, bem como na escolha de dispositivos diferenciais de alta imunização, os quais apresentam um ligeiro atraso intencional no disparo em relação aos instantâneos. A garantia da proteção de pessoas e bens pelo uso das instalações elétricas deve ser cuidadosamente dimensionado e projetado por técnicos devidamente habilitados, dado que não existe uma solução única para todas as situações, devendo todas serem alvo de uma rigorosa e séria avaliação.


Dossier: Eletrónica e Conetividade

Desenvolvimento Tecnológico dos Elevadores Carlos Gens Pinto & Cruz Elevadores e Instalações

O elevador tornou-se, sem dúvida, um dos

dispositivos eletromecânicos simples que

to de “coletivo” é utilizado como a forma que

sistemas de transporte mais utilizados e se-

recorriam a relés e contactores com con-

o elevador tem de colecionar e organizar as

guros do mundo. Neste artigo vou, de for-

tactos de grafite. Nos edifícios com poucos

chamadas na mesma direção. A partir daqui

ma resumida, explicar um pouco a evolução

pisos era possível estes terem um funcio-

evoluiu-se para o conceito de “duplex” que

deste equipamento ao nível do seu controlo

namento automático em manobra universal

consistia em chamar no piso o elevador mais

e o seu atual estado da arte.

(uma chamada por utilizador) e as motoriza-

próximo dos dois, com recurso a uma boto-

ções eram, regra geral, motores assíncro-

neira de chamada para os dois elevadores.

nos de uma velocidade. Nos edifícios com

Em alguns casos utilizava-se apenas a técni-

muitos pisos e com muito tráfego os co-

ca do par e impar, ou seja um elevador servia

mandos eram um pouco mais complicados

pisos pares e o outro servia pisos ímpares

já que na altura só existia a possibilidade de

mas havia sistemas bem mais complexos

regular a velocidade das máquinas através

que recorriam a matrizes de díodos e relés

de Corrente Continua com recurso a reósta-

para alcançar o objetivo de otimização.

tos, e assim cada elevador tinha um grupo gerador e uma máquina de tração de Cor-

Os comandos a relés ainda hoje são utiliza-

rente Continua. Ao nível da lógica de contro-

dos mas em situações muito específicas e

lo recorria-se a um manobrador, chamado

muito simplificadas.

de ascensorista que controlava a paragem, a velocidade e o atendimento, e cada vez que O elevador, segundo reza a história, é um

um utilizador carregava num botão acendia

equipamento já utilizado no tempo dos egíp-

uma luz de um quadro de alvos dentro do

cios mas, nessa altura, este seria apenas

elevador e aí o ascensorista sabia que tinha

para transporte de carga e era acionado por

de ir buscar alguém ao piso marcado. Esta

mão-de-obra escrava. Foi à cerca de 150

era a forma mais eficaz de juntar várias pes-

anos que Elisha Graves Otis numa feira da

soas que se deslocavam para a mesma dire-

época cortou a corda que suportava a pla-

ção de destino, a aceleração, desaceleração

taforma onde se encontrava e demonstrou

e velocidade eram controlados por uma ala-

assim a sua invenção, o elevador seguro,

vanca existente na cabina à semelhança da

perante o olhar estupefacto da assistência.

existente nos Carros Elétricos.

A partir daí o mundo dos elevadores evoluiu imenso com a possibilidade de se chegar

Entretanto a evolução continuou e com a

cada vez mais alto e mais rápido.

redução do tamanho dos componentes eletromecânicos, nomeadamente os relés, foi

Construíram-se elevadores com depósitos

possível construir elevadores mais autóno-

de água com nível variável no contrapeso,

mos e, consequentemente, substituiu-se o

com tração a vapor e pouco tempo mais tar-

ascensorista por enormes quadros a relés

de passamos para o acionamento elétrico, e

localizados nas casas das máquinas. Assim

é a partir daqui que todo um manancial de

nasceu aquilo que hoje chamamos de Cole-

equipamentos se desenvolve. Os comandos

tivo à Descida (CD) ou Subida (CS) e Coletivo

elétricos dos elevadores inicialmente eram

Seletivo Subida e Descida (CSD). Este concei-

44

elevare


Dossier: Eletrónica e Conetividade Há cerca de trinta anos atrás os enormes comandos eletromecânicos foram sendo substituídos por comandos eletrónicos que além de aumentarem as capacidades e versatilidade reduziram em muito a dimensão. Até aqui, no que respeita ao controlo de tração, os elevadores poderiam ter várias topologias de controlo, no que respeita aos elétricos passava pela utilização da topologia DC para grandes velocidades, duas velocidades, uma velocidade e elevadores hidráulicos com duas e uma velocidade para velocidades abaixo de 1 m/s. Ao nível do controlo de potência das máquinas de tração elétrica começou a ser possível, por exemplo, regular a velocidade das máquinas elétricas assíncronas, através do controlo por tiristores e injeção de tensão DC num enrolamento extra para fazer a frenagem das mesmas, o que fez com que se abandonasse a topologia DC lentamente. Com o aparecimento do conversor de frequência e dos comandos com placas eletrónicas dedicadas os elevadores tornaram-se equipamentos mais flexíveis, confortáveis, seguros e menos dispendiosos quer na instalação, manutenção e utilização. A eletrónica atualmente influencia o elevador em todos os aspetos, desde a gestão de cha-

Recorrendo à tecnologia de máquinas sín-

nologia ainda continua a avançar e como se

madas até ao controlo das máquinas de

cronas ou assíncronas de última geração,

costuma dizer o céu é o limite.

tração sendo elas puramente elétricas ou

variadores de frequência ligados direta-

hidráulicas, manutenção, monitorização e

mente aos comandos através de comuni-

Apesar de tudo de positivo que a eletró-

segurança.

cações e encoders absolutos que indicam

nica trouxe existe um senão: a utilização

com precisão milimétrica a posição da ca-

de software com protocolos específicos

Atualmente os comandos têm cablagem

bina na caixa é possível um elevador arran-

das marcas e consolas de monitorização

e dimensão muito mais reduzida graças

car de um piso e parar sem que o utilizador

específicas para cada marca, faz com que

a sistemas de comunicação robustos tipo

se aperceba que se tenha movido.

o dono do elevador fique dependente dos preços e peças apenas daquela marca o

“Can-Bus” e placas de comando extremamente pequenas recorrendo à tecnologia

No que respeita à gestão de chamadas

que provoca normalmente uma inflação

“SMD” (Surface-Mount Device) com capa-

ainda se utilizam os tradicionais “coletivos”

de preços não muito clara.

cidades de processamento enorme e ex-

agora com capacidade para gerir até 8 ele-

tremamente flexíveis através do seu sof-

vadores em bateria, mas a mais recente

Ainda existia muito mais para dizer mas a

tware. Com os variadores de frequência

tecnologia é o sistema de gestão de fluxo

tecnologia nos elevadores é tão diversa e

(elétricos) e válvulas de variação de cau-

de passageiros que consiste em juntar o

existiram e existem soluções tão interes-

dal (hidráulicos até 8 pisos) os elevadores

maior número de pessoas com os destinos

santes, que daria para escrever um livro,

tornaram-se extremamente confortáveis,

compatíveis. Para isso recorre a uma boto-

apenas e só, sobre tecnologia dos eleva-

compactos com extrema precisão de pa-

neira por piso com o teclado onde o utiliza-

dores. Por isso vou ficar por aqui deixando

ragem e muito mais eficientes do que os

dor indica o piso de destino e o sistema diz

um bem-haja a todos os que contribuíram

seus antecessores, atingindo velocidades

em qual o elevador deverá ir. Este sistema

e contribuem para que o nosso dia-a-dia na

até 17 m/s em edifícios com caixas de 800

reduziu os comandos de cabina apenas ao

deslocação vertical seja mais simples, se-

metros de altura.

botão de abrir portas e alarme. Mas a tec-

guro e confortável

elevare 45


Dossier: Eletrónica e Conetividade

Sistemas e Tecnologias para Elevadores Miguel Tato EFALIFT - Sistemas e Tecnologias para Elevadores

Este artigo pretende descrever a forma

com um componente que, entre outras fun-

como os circuitos eletrónicos têm vindo

ções, pode funcionar como um comutador

a substituir os circuitos eletromecânicos

extremamente rápido, barato, fiável, extre-

nos quadros de comando para

mamente pequeno e com um baixíssimo

elevadores, e de que modo essa

consumo energético. Depressa se chegou

substituição traz vantagens para todos:

à conclusão que toda a lógica baseada em

para o utilizador, para o instalador e,

eletromecânica poderia ser substituída por

indiretamente, para todos através da

este novo conceito de interruptor sólido

otimização da eficiência energética.

com imensas vantagens.

Desde que foi inventado no fim do sécu-

O elevador como transporte seguro de pes-

Os quadros de comando para elevadores

lo XIX, o elevador seguro para transporte

soas começou a ser amplamente utilizado

não foram exceção a esta revolução: da

vertical de pessoas dependia quase exclu-

desde a sua invenção e proporcionou o ar-

utilização de dezenas de dispositivos de co-

sivamente de dispositivos eletromecâni-

ranque da construção em altura em larga

mutação podia agora passar-se facilmente

cos para a implementação da sua lógica de

escala. Com o passar do tempo e o aumen-

para as centenas ou milhares e ainda assim

funcionamento.

to do número de utilizadores, as exigências

poupando em espaço e consumo energéti-

no funcionamento do elevador foram cada

co. As restrições que condicionavam o au-

Tal acontece porque a eletricidade é um fe-

vez maiores e pressionaram fortemente a

mento de complexidade deixaram de existir

nómeno físico que revela particular apetên-

melhoria da lógica do seu funcionamento. O

e abriram-se as portas para novos níveis de

cia para a aquisição de ordens, para o pro-

sempre crescente aumento de tráfego e da

lógica de funcionamento até então vedados.

cessamento lógico dessas ordens e para a

dimensão dos edifícios, aliada a uma socie-

realização de comandos baseados nessas

dade que, ao modernizar-se, se tornava cada

ordens processadas: é fácil implementar

vez mais exigente e apressada, requeria

uma ordem com um contacto elétrico, é fácil

cada vez mais complexidade na gestão das

processar essa ordem usando uma “lógica

chamadas de forma a otimizar o tempo de

de contactos”, e é fácil realizar um coman-

espera. Essa complexidade era conseguida

do usando um sinal elétrico num atuador

pelos projetistas através da utilização cria-

adequado.

tiva de mais e mais dispositivos eletromecâ-

«O estabelecimento de protocolos rápidos e seguros de comunicação eletrónica foi outro fator de melhoria»

nicos, interligando-se numa rede de lógica A utilização de eletricidade como força mo-

de contactos progressivamente maior. Os

A crescente miniaturização do transístor

triz é também bastante vantajosa quer pela

quadros de controlo dos elevadores come-

abriu caminho para outra invenção que im-

facilidade de construção de máquinas elétri-

çaram assim a tornar-se grandes e comple-

pulsionou ainda mais o desenvolvimento do

cas capazes de a produzir, quer pelo elevado

xos, utilizando quantidades consideráveis de

comando do elevador: o microprocessador.

rendimento energético que essas máquinas

energia apenas para o controlo.

Com um microprocessador, a lógica deixou de ser implementada com contactos e pas-

conseguem. De algumas décadas para cá a eletrónica é,

sou a ser programável. Passou-se de uma

Da conjunção de todos estes fatores não é

talvez, a disciplina tecnológica que mais tem

situação onde o quadro de comando era fei-

de admirar que o processo de eleição para o

vindo a evoluir. A invenção do transístor em

to à medida para cada caso para uma outra

comando de um elevador seja, desde há mais

1947 potenciou, de forma extraordinária,

em que o quadro é standard, e apenas se al-

de um século, feito através da eletricidade.

essa evolução, já que dotou os projetistas

teram parâmetros específicos à instalação.

46

elevare


Dossier: Eletrónica e Conetividade Além disso, novas funcionalidades podiam

do fabricante, do instalador e da ma-

agora ser implementadas de forma simples:

nutenção;

serviço de bombeiros, controlo de acessos,

>>

Elevada capacidade de processamento

chamadas prioritárias, um sem número de

de informação: possibilidade de imple-

regimes especiais antes impensáveis.

mentar algoritmos dinâmicos e ótimo atendimento de chamadas. Vantagem

O estabelecimento de protocolos rápidos

para o utilizador;

e seguros de comunicação eletrónica foi

>>

Funcionalidades acrescidas: controlo de

outro fator de melhoria introduzido: é pos-

acessos, chamadas prioritárias, alarme

sível transportar informação não crítica–

de incêndio, e muitas outras. Vantagem

–chamadas, entradas e saídas básicas – uti-

para o utilizador.

lizando poucos condutores. Este facto re-

>>

duz de forma substancial a quantidade de

Ferramentas de diagnóstico: ao ser mais “inteligente”, o comando informa – tipica-

condutores utilizados e, portanto, a quanti-

dução substancial do consumo energético

mente utilizando uma consola ou ligando

dade de cobre. A instalação da parte elétri-

e do espaço utilizado.

ao computador – de qual o seu estado

ca do elevador fica bastante simplificada.

e quais os erros de funcionamento. VanSendo por si só a otimização do consumo

tagem para a manutenção e para o uti-

energético um facto suficiente para que a

lizador.

Conclusão

substituição da eletromecânica pela eletró-

O que a eletrónica veio trazer de novo ao

nica seja fortemente recomendável, outros

zando comunicações eletrónicas conse-

universo dos quadros de comando de eleva-

há que se repercutem diretamente em be-

gue-se passar mais informação utilizan-

dores foi um facto simples mas de impacto

nefícios para todos:

do menos condutores elétricos, o que

elevado: ao utilizá-la foi possível aumentar

>>

>>

Redução da quantidade de cobre: utili-

Universalidade do quadro de comando:

reduz drasticamente o cobre utilizado

a complexidade da lógica de comando em

um mesmo quadro para qualquer ins-

na instalação. Vantagem para todos os

várias ordens de grandeza e com uma re-

talação. Vantagens do ponto de vista

intervenientes.

PUB


Case Study

Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei

compromisso perante a sociedade civil que

vista à obtenção de resultados satisfatórios

n.º 320/2002 a competência de gestão

consiste em manter o parque dos equipa-

e atingir os objetivos mensais e anuais do

e controlo das inspeções transferiu-se

mentos existentes no Concelho fiscalizado,

Serviço gestor desta área. Nesta triangu-

para as Câmaras Municipais. Este artigo

em prol da segurança de todos os utiliza-

lação todas as entidades envolvidas que

pretende levantar questões pertinentes

dores. Mas qual a razão de existir essa di-

referi precisam da colaboração umas das

e apontar caminhos para uma gestão e

ferença de gestão e controlo das inspeções

outras, direta ou indiretamente.

controlo eficaz das inspeções periódicas

quando o objetivo é o mesmo entre os vários

aos equipamentos de elevação.

Municípios? Está provado que um Município

O papel da Câmara Municipal, nomeada-

que dispõe de poucos equipamentos existen-

mente do serviço gestor, tem como prin-

te na sua área geográfica executa uma me-

cipal objetivo abarcar esta triangulação e

Ao longo destes últimos anos tem-se ve-

lhor gestão e controlo das inspeções? Não

fiscalizar os vários intervenientes no pro-

rificado que, de Município para Município, o

está. O modelo que pretendo apresentar

cesso das inspeções. No que respeita às

modelo de gestão e controlo das inspeções

nos próximos pontos poderá ser aplicado

Entidades Inspetoras, sendo uma parte im-

varia muito entre si e que tem influência nos

em qualquer Município independentemente

portante no processo das inspeções e habi-

resultados obtidos, quer na quantidade de

da dimensão do parque existente.

tualmente ser uma prestadora de serviços

inspeções realizadas, quer nos valores de

contratualizada pelo Município, é de todo

receita obtidos. Sim, não podemos escon-

A Triangulação

importante garantir e fiscalizar a eficácia

der que a receita obtida pela taxa cobrada

Na minha experiência como gestor na área

na realização das inspeções, nomeadamen-

por cada inspeção e/ou reinspeção tem um

de controlo das inspeções e gestão de ele-

te, o tempo de marcação e realização das

peso cada vez mais importante na gestão

vadores, considero que para haver uma

mesmas, a emissão dos relatórios em tem-

autárquica.

gestão eficaz nesta área é necessário fazer

po útil, a gestão processual do cadastro fí-

a triangulação entre as Entidades Inspeto-

sico dos vários equipamentos, a capacidade

Não obstante os valores de receita obtidos

ras, as EMIEs e as Administrações de Con-

de resposta às solicitações levantadas pelo

por uma gestão eficaz, as Câmaras Munici-

domínios. Compete à Câmara Municipal ge-

serviço gestor da Autarquia ou de outras

pais como entidades fiscalizadoras têm um

rir, de forma eficaz, esta triangulação com

entidades (EMIEs e Administrações de Condomínios/Proprietários), o acompanhamento diário e permanente ao email do serviço gestor autárquico, a emissão correta do mapa mensal com os resultados e validades dos equipamentos. No que respeita às EMIEs, o papel destas é mais abrangente. Se, por um lado, têm a função de realizar as manutenções aos abrigos dos contratos celebrados com os proprietários dos equipamentos, por outro lado deverão ter um papel participativo na ação de informação às Câmaras Municipais de todos os pormenores dos equipamentos sob a sua alçada de manutenção, ou seja, se entrou ou saiu da carteira de clientes, se os equipamentos estão em obras, comuni-

48

elevare


Case Study cação de acidentes. Compete à Câmara

tes. Normalmente a aplicação mais usada

Municipal fiscalizar/verificar corretamen-

para este tipo de gestão será uma base

te todas as comunicações fornecidas pe-

de dados construída em Access com pro-

las EMIEs contento informações com os

cedimentos simples, eficazes e rápidos

equipamentos.

para executar todas as tarefas inerentes ao serviço de gestão. Quantos mais proce-

Por último, a função fiscalizadora por

dimentos existirem na Base de Dados me-

parte da Câmara Municipal nas Adminis-

lhor é o controlo da gestão.

trações de Condomínios resume-se essencialmente pela verificação das validades

Esta base de dados deverá ser partilhada

expiradas dos equipamentos, comunicar

por todos os colaboradores que perten-

atempadamente a todas as Administra-

cem ao processo de gestão e controlo de

ções que tenham os equipamentos nessa

inspeções. Só desta forma será possível

situação e agir em conformidade com as

concentrar toda a informação e ser do co-

competências enquadradas ao abrigo do

nhecimento de toda a equipa.

Decreto-Lei n.° 320/2002. Qualquer base de dados corretamente deComo tenho vindo a referir, a Câmara Mu-

senhada e construída será capaz de res-

nicipal como entidade fiscalizadora deverá

ponder às questões pertinentes de forma

ser o motor para o bom funcionamento

rápida e concisa. A equipa de gestão ganha

deste triângulo. Se for descorada alguma

tempo e mais qualidade operacional.

das partes intervenientes no processo de gestão de inspeções podem surgir graves

>>

É controlado o número de inspeções que a Entidade Inspetora executa?

Implementação

É verificado na faturação mensal em

O modelo de gestão que tenho vindo a pre-

a inspeção à Câmara que por sua vez pro-

relação ao pedido de inspeções com o

conizar nestes últimos anos e que tenho

cede à marcação da mesma com a Entida-

que realmente é executado pela Enti-

feito uma pequena abordagem neste ar-

de Inspetora e que comunica às EMIEs. Em

dade Inspetora?

tigo, está implementado em 11 Municípios.

É feita a gestão financeira entre os cus-

A gestão eficaz do serviço de inspeções

dade de se efetuar correções, volta-se ao

tos das inspeções com a receita gerada

recorrendo à base de dados totalmente

início do processo com o novo pedido de

pelos pedidos de inspeção?

desenhada e pensada para a gestão de

problemas de gestão. E o caminho é fácil de entender: as Administrações solicitam

caso de reprovação, e havendo a necessi-

>>

>>

inspeções tem trazido resultados muitos

reinspeção, a marcação, entre outros. Ter sempre presente estas questões e fa-

satisfatórios e reconhecidos pelas entida-

zer com que as respostas às mesmas se-

des externas às Câmaras Municipais onde

Questões pertinentes

jam sempre possíveis de obtê-las de for-

está implementado o sistema e o modelo

Para uma boa gestão e controlo das inspe-

ma rápida e eficaz é o segredo para uma

de gestão.

ções não basta ter em conta o esquema da

boa gestão, quer ao nível de cadastro, quer

triangulação em mente.

ao nível financeiro.

O gestor autárquico deverá saber respon-

Ter a capacidade de adotar medidas de ges-

der tanto quanto possível a várias ques-

tão simples, práticas e eficazes será o ponto

controlo do parque existente e consequen-

tões que serão o ponto de partida para

forte para executar uma boa gestão e con-

te fiscalização para evitar que equipamen-

uma gestão controlada e com fortes pro-

trolo das inspeções.

tos estejam em funcionamento sem a de-

As EMIEs que operam nos Concelhos onde está implementado o modelo de gestão têm vindo a reconhecer um aumento do

vida inspeção.

babilidades de sucesso. Deixo aqui algumas questões que considero pertinentes:

Durante a minha gestão nesta área tenho

>>

Quantos elevadores existem no Con-

desenvolvido e implementado procedimen-

O desenvolvimento da base de dados de

celho?

tos, por forma a responder a estas e outras

forma abrangente de todas as ações de

Quantos elevadores estão fora de vali-

questões levantadas ao longo do processo

gestão previstas no âmbito da gestão das

dade de inspeção?

de gestão e controlo das inspeções de equi-

inspeções tem conferido a estes Municí-

Quantos elevadores estão a funcionar

pamentos de elevação.

pios um aumento significativo do número

>> >>

de inspeções mensais, traduzindo-se natu-

sem Empresa de Manutenção? >> >>

As Administrações são notificadas dos

Para que o processo de gestão seja eficaz,

ralmente num aumento de receita com a

elevadores fora de validade?

o gestor autárquico deverá estar munido

cobrança da taxa de inspeções.

São controlados os prazos de validade,

de ferramentas informáticas preparadas

entre o período de uma reinspeção até

para responder em qualquer altura do

Na próxima edição irei continuar a falar

à inspeção?

processo a todas as questões pertinen-

deste modelo de gestão….

elevare 49


Entrevista

"elevadores são dos meios de transporte mais seguros" Por Helena Paulino

Eduardo Silva da Direção de Serviços de

é muito prejudicial aos verdadeiros técnicos

RE: E o que ainda é necessário mudar e como

Energia da Divisão de Energia Elétrica

de elevadores, pessoas com grande forma-

pode e deve ser feito?

do Ministério da Economia caraterizou

ção profissional, assim como a possível eli-

ES: Não é fácil porque estão muitos inte-

a situação atual da fiscalização de

minação das empresas de menor dimensão

resses em jogo, quer por parte das empre-

elevadores, tal como a importância

do setor. Sou um adepto da formação, mas

sas de manutenção como das entidades de

da existência das empresas de

será que estão criadas as condições para

inspeção, mas julgo que deveria existir uma

manutenção e fiscalização para um

dar oportunidade a todos os técnicos sem

entidade “reguladora” que tivesse o bom sen-

bom funcionamento dos elevadores.

formação superior que existem de norte a

so de zelar pela segurança e não tanto pelo

sul no país?

interesse económico. Uma maior formação

Exigência, critérios rigorosos e coerência foram os aspetos ressalvados em todo o setor.

das entidades de inspeção de modo a que não No que diz respeito às inspeções houve uma

existam disparidades, como impôr cláusulas

grande alteração e gerou-se uma “guerra”

não relacionadas com o elevador que foi ins-

entre as entidades inspetoras. A maioria

pecionado (impôr clausulas da EN 81 a um

REVISTA ELEVARE (RE): Atendendo ao seu

das câmaras cobra bem pelo serviço e as

elevador que foi instalado em 1979 ao abri-

passado ligado à fiscalização de elevado-

entidades inspetoras cada vez dão valores

go do Decreto-Lei n.° 513/70 e não sofreu

res, como vê a situação atual do setor?

mais baixos nos concursos, quando diziam

alterações a que tal fosse obrigado). Consi-

Eduardo Silva (ES): Vejo a situação ainda

em 2000 que 35 euros só davam prejuízo

dero que o valor das inspeções deveria ser

em fase de desenvolvimento, isto é ainda

(têm razão porque tudo baixou desde essa

fixo para todo o país, como as inspeções

se aguardam alterações ao Decreto-Lei

altura até ao presente). Quanto às empre-

aos automóveis, pois na situação atual e

n.° 320/2002, alterações que se diz ser de

sas de manutenção continuam iguais, tendo

dada a disparidade do valor praticado pelas

grande interesse. Uma alteração entretan-

como objetivo aumentar a sua carteira de

diversas câmaras é, em muitos casos, na

to já publicada, no Decreto-Lei n.° 65/2013,

elevadores a qualquer custo.

minha opinião bastante elevado para o cidadão até porque depois do trabalho de inspeção ser elaborado, esta recebe na maioria valores que são quase metade do praticado em 2002. Verificar a pedido dos proprietários se as reparações pedidas pelas empresas de manutenção são necessárias, e após esta inspeção, verificar as respetivas alterações. Em relação ao tempo de contrato de manutenção não podemos estar amarrados uma vida inteira a uma empresa por muito boa que seja. E, portanto, julgo que os contratos devem ser anuais. Uma penalização exemplar para as empresas de manutenção que façam contratos de elevadores não certificados também é importante. E a penalização

50

elevare


Entrevista exemplar para as empresas que efetuem manutenção a elevadores e não inscritas na DGEG, assim aos seus proprietários (na minha opinião deveria ser da competência da ASAE). Tudo isto seria desnecessário se fossemos mais cultos e não víssemos só o interesse pessoal.

RE: A proteção das pessoas nos elevadores é muito importante. O que ainda há a fazer para melhorar a manutenção dos elevadores e, assim, aumentar a segurança de quem os utiliza? ES: Os elevadores são dos meios de transporte mais seguros. Os acidentes ocorridos

vadores não implicar desgaste de compo-

cidadão. Assim as empresas de manuten-

são, na maioria dos casos, provocados pela

nentes como na situação de uso misto.

ção deverão ser mais rigorosas nos seus

má utilização das pessoas. Julgo que deve-

orçamentos para beneficiação ou repara-

mos evoluir na tecnologia para criarmos

Dos dispositivos de controlo de carga dos

equipamentos que nos garantam o mínimo

instalados quantos estão a funcionar? Seria

de falhas para aumentar a segurança dos

necessário que todos estivessem até por-

utilizadores e uma maior eficiência. Deve-

que ocorreram situações de acidente nas

RE: Mas que consequências podem advir

mos criar regras de forma a remodelar

quais se justificou essa imposição. Passou a

da inspeção de elevadores para os consu-

os elevadores para as novas tecnologias

haver um maior acompanhamento sobre a

midores?

quando as anteriores não cumprem a sua

atividade das empresas de manutenção as-

ES: As inspeções dos elevadores são o ga-

função e é possível a sua adaptação.

sim como das entidades de inspeção, embo-

rante de que os mesmos estão em condi-

ção dos elevadores.

ra na minha opinião esse acompanhamento

ções de segurança para transportar pes-

A remodelação dos elevadores não deve

tenha de ser efetuado mais no terreno e

soas e bens. Entretanto as entidades de

ser por imposição mas por necessidade,

menos na secretária.

inspeção devem ter critérios rigorosos e

obrigação só para elementos de seguran-

coerentes efetuando a inspeção ao eleva-

ça. O que atrás foi dito deverá ser verificado

dor de acordo com a lei em que o mesmo

através do controlo das empresas de ma-

RE: E em relação à aplicação da Diretiva As-

foi instalado e não criando leis próprias.

nutenção, sendo esse controlo efetuado

censores. Qual a sua opinião sobre a mesma?

Os consumidores deverão ser exigentes, e

pelas entidades de inspeção, e ambas con-

ES: Penso que devemos caminhar no sen-

assim, obrigam as entidades inspetoras a

troladas aleatoriamente pela DGEG.

tido da uniformização e os ascensores não

serem melhores, porque os utilizadores de

devem ser excluídos. Nesse seguimento

elevadores assim o irão exigir, e os proprie-

“maior acompanhamento sobre a

considero que podemos dar uma maior

tários escolherão os melhores para efetu-

atividade das empresas de manutenção

segurança e conforto aos utilizadores dos

ar a inspeção do seu elevador.

e das entidades de inspeção”

transportes verticais. Entretanto devemos ter cuidado na aplicação, tendo em conta

RE: 10 anos após a publicação do Decreto-

as dificuldades de todos e não olhar mera-

RE: Atualmente, qual é o seu contacto com

-Lei n.° 320, qual a sua opinião relativamente

mente para o nosso bem-estar.

os elevadores?

às mudanças introduzidas por esse diploma?

ES: Deixei de efetuar vistorias e inspeções

ES: O Decreto-Lei n.° 320/2002 tem a sua

“as entidades de inspeção devem ter

aos elevadores por força do Decreto-Lei

“morte” anunciada há já algum tempo, indo

critérios rigorosos e coerentes”

n.° 320/2002, e entretanto acompanho a

terminar sem cumprir um dos seus gran-

DGEG no reconhecimento das empresas de

des objetivos: inspecionar todos os eleva-

RE: Considera aceitável que a atividade de

dores durante todos estes anos porque

inspeção de elevadores se desenvolva num

colaboro nos exames de técnicos de manu-

sabe-se que ainda existem elevadores por

ambiente de mercado?

tenção e inspetores, além de dar resposta

inspecionar. A periodicidade das inspeções

ES: Sim, mas com regras bem definidas

às questões do Artigo 17.° do Decreto-Lei

conforme previsto no n.° 3 do Artigo 8.º é,

para que os proprietários não sejam pre-

n.° 320/2002. Por vezes sou abordado por

na minha opinião, muito penalizadora para

judicados com exigências desnecessárias.

técnicos das empresas de manutenção,

os proprietários de elevadores de uso ha-

Não se trata de nada de anormal até porque

inspetores e condóminos que pedem a mi-

bitacional, dado serem obrigados a ter um

existem outras atividades que requerem

nha opinião em alguns assuntos relaciona-

contrato de manutenção com periodicidade

inspeções, e não é imposto ser a empresa A

dos com elevadores, e que dou com muito

mensal e o movimento dos respetivos ele-

ou B a efetuar o serviço. A escolha parte do

gosto.

manutenção e entidades inspetoras. E ainda

elevare 51


Ascensores com história

O Elevador inclinado do Mercado D. Pedro V, de Coimbra António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)

O elevador inclinado do Mercado

des, na Baixa, junto ao Mercado com o mes-

D. Pedro V, de Coimbra, é uma instalação

mo nome, à Rua Padre António Vieira, na zona

inovadora, destinada a ligar a Alta e

Alta da cidade, junto da Cidade Universitária.

a Baixa da cidade. Resultou de uma iniciativa da Câmara Municipal de

Entrou em serviço em novembro de 2001

Coimbra e entrou em serviço em 2001.

e é facilmente reconhecido pelo grande impacto visual da torre do elevador vertical e respetivo passadiço.

A zona central e mais antiga da Cidade de Coimbra é constituída por uma colina eleva-

A gestão e exploração deste equipamento

da – a “Alta” - e outra junto à margem do rio

ficaram a cargo dos SMTUC - Serviços Mu-

Mondego – a “Baixa”.

nicipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra.

A Cidade sempre sonhou em dispor de ligações fáceis que melhorassem a acessibilida-

Vence um desnível total de 52,2 metros, divi-

de entre estas duas zonas.

didos em 2 troços: o primeiro com 19 metros de desnível é concretizado por um elevador

Com esta instalação pioneira em Portugal,

Concretizando este desejo antigo de melho-

vertical, do tipo panorâmico no interior de

facilitou-se o acesso pedonal à Alta da Cida-

res e mais fáceis ligações entre a “Alta” e a

uma torre envidraçada, e o segundo com

de, e consequentemente à zona das Facul-

“Baixa” a Câmara Municipal de Coimbra, no

33,2 metros de desnível por um elevador

dades1. O acesso inferior, na Baixa da Cidade,

ano de 1999, deliberou abrir um concurso pú-

inclinado. A ligação entre os dois troços é

está integrado num edifício, junto à entra-

blico internacional de conceção e construção

efetuada através de um passadiço coberto e

da do elevador vertical. O acesso superior

do Elevador do Mercado Municipal D. Pedro V

envidraçado, passando por cima da Rua Mar-

do elevador, na Alta de Coimbra, é dotado

para ligar a Rua Olímpio Nicolau Rui Fernan-

tins de Carvalho.

de uma estação coberta com uma grande pala, junto a um miradouro onde se avista um belo panorama da cidade de Coimbra. O elevador inclinado dispõe de uma única cabina, que se move ao ar livre, com capacidade para 20 pessoas, dotada de portas automáticas e amplas janelas. É apoiada em quatro rodas de borracha maciça, que se movem numa pista de rolamento metálica. O guiamento da cabina é efetuado através de uma guia, onde se apoiam roletes de eixo vertical. Refira-se que este elevador, bem como o vertical, dispõem de ascensorista. 1

Em março de 2009 entrou em serviço o segundo elevador inclinado de Portugal, nas escadas de Santo André, na Covilhã.

52

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Este elevador dispõe de um contrapeso de betão, que se move apoiado em guias, num plano inferior ao da cabine. A máquina de tração, equipada com motor trifásico de CA, está localizada na estação inferior. O elevador do Mercado, desde a sua inauguração em 2001, tem sido muito utilizado pelos habitantes de Coimbra. Prova disso são os cerca de 87 mil utentes no ano de 2012.

Horário de Funcionamento: ›

Segunda-feira a sábado: 7.30h – 21h

› Domingo e feriados: 10h – 21h

Ficha da instalação Cidade - Coimbra Localização - Liga a Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes à Rua Padre António Vieira Entidade proprietária - Câmara Municipal de Coimbra Gestão e exploração - S.M.T.U.C. Entrada em serviço - novembro de 2001 Empreiteiro geral - Etermar Fornecedor dos equipamentos eletromecânicos - Maspero Elevatori S.r.l. (empresa italiana, sediada em Génova, especialista neste tipo de instalações) Curso - 59,4 m Desnível - 33,2 m Inclinação - 56% Via - própria Distância entre os centros das 4 rodas de apoio da cabina 1,4 metros Nº de vias - 1 Nº de cabinas - 1 Capacidade da cabina - 20 passageiros Sistema de tração - motor elétrico trifásico de 11,5 kW Velocidade - 1,5 m/s Tempo de viagem - 1 min

O autor agradece as informações cedidas pelos S.M.T.U.C. As fotos são do autor, devidamente autorizadas pela mesma empresa


Figuras

Resumo biográfico de Alexandre Fernandes Miguel Leichsenring Franco

Alexandre Fernando Monteiro Fernandes,

trico Alcodi, Lda. juntamente com dois só-

nascido a 25.05.1935 no Porto, desde cedo

cios, Sr. Diamantino e o Sr. Costa. O nome

nhou essa função com grande dedicação durante mais de 22 anos, tendo desen-

enveredou pelo mundo dos elevadores.

Alcodi resulta precisamente da junção

volvido fortemente o negócio da empresa

Um dos últimos grandes decanos do setor

das duas primeiras letras dos nomes

na região da Grande Lisboa e Algarve. Foi

de elevadores em Portugal, ainda no ativo,

dos três sócios e amigos: o ALexandre, o

ainda membro da Comissão Técnica CT63,

continua a cativar quem com ele trabalha

COsta e o Diamantino. No dia da escritu-

tendo participado ativamente na elabora-

pela sua forma competente, polida, afável,

ra de constituição da empresa o Sr. Costa

ção e na introdução da Norma EN81 em

atenciosa e amiga.

terá desistido de fazer parte do capital da

Portugal.

mesma. Quando fundaram a empresa, tiEnquanto jovem, e após o curso industrial

nham como objetivo a comercialização e

na Escola Industrial D. Henrique no Porto,

montagem de elevadores da prestigiada

miu a Direção Nacional de Novas Instala-

Alexandre Fernandes começou a sua vida

marca alemã Schmitt+Sohn em Portugal

ções da Alcodi, Lda, hoje Schmitt-Eleva-

profissional na antiga Soprel (empresa de

mas também a produção de elevadores.

dores, Lda. Desenvolveu e acompanhou inúmeros projetos de grande envergadu-

fabricação de elevadores e de instalações elétricas) como desenhador de elevadores.

Em 1995, e regressando ao Porto, assu-

Em 1971 quando a empresa foi integrada

ra e complexidade técnica, dos quais se

no Grupo Schmitt+Sohn, o Sr. Alexandre

destacam, a passagem superior de peões

Em 1955 fundou, com apenas 20 anos, a

Fernandes assumiu a Direção da Delega-

em Alcântara, Lisboa com inúmeros tape-

empresa Representações de Material Elé-

ção da Alcodi, Lda. em Lisboa. Desempe-

tes e escadas rolantes, entretanto desativados, o Palácio da Justiça do Porto, o IPO de Lisboa, os diversos empreendimentos da EPUL em Lisboa, bem como um variado número de estações do metropolitano de Lisboa. Hoje, com quase 79 anos, é um dos grandes especialistas na “arte dos elevadores” em Portugal e que ainda continua no ativo. Trata-se de uma pessoa com uma energia inesgotável e para quem “problemas” não existem. Existem sim, desafios. Tem para todos os desafios uma solução: a afirmação “não é possível” não faz parte do seu léxico. Com a sua enorme experiência e com a sua superior sapiência tem inspirado diversas gerações de quadros superiores do Grupo Schmitt+Sohn, desde engenheiros a gestores.

Alexandre Fernandes

54

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Bem-haja.


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Bibliografia

Proteção de Instalações de Produção Elétricas Centralizadas e Descentralizadas Conteúdo: Este livro examina diversos problemas ligados à proteção das instalações de produção elétricas clássicas (centrais a combustíveis fósseis, centrais nucleares,…) e das centrais de produção que utilizam, principalmente, fontes de energias renováveis e o princípio de cogeração. Nos seus 13 capítulos são examinados temas como: necessidade de proteção, tipos comuns de ocorrências que afetam as instalações (tais como os curto-circuitos e outros defeitos), estruturação e filosofia de aplicação das 14,90 € Autor: Manuel dos Santos Delgado ISBN: 9789897230165 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 148 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com

proteções, medidas a tomar no seguimento da atuação das proteções, estudo da proteção dos grupos de produção elétrica clássica (centralizada), ligações dos alternadores às redes elétricas (consideradas como fatores de influência na escolha e na organização das proteções dos grupos de produção elétrica), distinção – do ponto de vista das proteções – entre o esquema de ligação direta dos alternadores às redes a Média Tensão e o esquema de ligação indireta à rede a Alta Tensão, delimitação de zonas dos defeitos, proteções do rotor, proteções do estator, proteção de terra restrita, proteções contra os curto-circuitos entre fases na rede, contra sobretensões, contra um fluxo excessivo, contra uma dissimetria na rede, contra o retorno de potência, contra sobre velocidades, contra frequência excessiva, contra mínimo de frequência, e ainda contra o escorregamento dos pólos. Não foram esquecidos tópicos como: a proteção contra a colocação em tensão acidental de um alternador parado fora de tensão, contra defeitos de barramentos, a proteção de reserva dos disjuntores, proteção dos grupos de produção de eletricidade baseados nas energias renováveis e na cogeração, as condições de ligação desses grupos às redes elétricas, bem como as considerações sobre os esquemas de ligações dos alternadores às redes elétricas como fatores de influência na escolha e na organização das proteções nas instalações de produção descentralizada, as proteções do rotor, proteções contra os curto-circuitos polifásicos do lado do grupo, contra o efeito de rutura em enrolamentos, contra os defeitos monofásicos do lado do grupo, contra os defeitos monofásicos ou polifásicos do lado da rede, proteções contra o retorno de energia ativa, contra o efeito de um desequilíbrio na rede, contra as falhas dos disjuntores e contra defeitos de barramentos. O autor aborda ainda a adaptação das proteções das ligações existentes nas redes de ligação do grupo descentralizado (a proteção de barramentos a Média Tensão e as proteções de grupos de socorro e de pequenos alternadores privados). O livro apresenta esquemas de proteção elétricos correspondentes a alguns casos de aplicação na geração de potência. O livro termina com três apêndices e uma lista de obras de referência. Índice:Objetivo. Considerações gerais. Condições estruturais a respeitar para um bom comportamento funcional das instalações elétricas. Aspetos fundamentais na aplicação de proteção nas instalações de produção elétricas. Qualidades exigidas das proteções e sistemas de proteção. Delimitação de zonas de proteção. Princípio da dupla proteção. Estruturação e filosofia de aplicação das proteções das instalações de produção elétricas. Medidas a tomar no seguimento da atuação das proteções das instalações de produção elétricas. Estudo geral da proteção dos grupos de produção elétrica centralizada. Estudo geral da proteção dos grupos de produção elétrica descentralizada. Grupos de socorro e pequenos alternadores privados. Esquemas de proteção elétrica de instalações de produção descentralizada à base de energia clássica e energia eólica.

ABC das Regras Técnicas - Inclui CD com tabelas de cálculo Conteúdo: O conteúdo deste livro, que se baseia nas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), pretende elucidar e transmitir os conhecimentos essenciais e necessários para que, tanto os estudantes como os profissionais principiantes encarem o mundo do trabalho com realidade 25 € −10% 22,50 € Autor: Hilário Dias Nogueira ISBN: 9789728953836 Editora: PUBLINDUSTRIA Número de Páginas: 112 Edição: 2011 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com

e confiança. Tendo como objetivo essa aplicação (RTIEBT) foi concebido para contemplar, de um modo prático, os assuntos que se consideraram como os mais interessantes, principais e indispensáveis à realização futura de pequenos projetos de execução das instalações elétricas de utilização. Índice: Aplicação das RTIEBT. Decreto-Lei n.° 226/2005 de 28 de Dezembro e que estabeleceu a sua aprovação pela Portaria 949/A 2006 de 11 de Setembro. As RTIEBT no aspecto de mais interesse e com algumas aplicações práticas. Características das instalações eléctricas. Regras para instalações em locais especiais. Tipo de canalizações. Cálculo das secções segundo as condições estipuladas pelas RTIEBT. Localização e definição de instalações. Protecções. Instalações coletivas. Ligações à terra e condutores de proteção. Inspecção de instalações. Ficha de verificação. Ficha de verificação. Índice remissivo das RTIEBT n.° 949-A/2006, de 11 de Setembro de 2006 - Diário da República, 1.a Série - N.o 175.

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Bibliografia

Tecnologia da Soldadura Conteúdo: Tecnologia da Soldadura, uma abordagem técnico didática é uma obra que pretende ser uma referência na área da soldadura, não só para estudantes do ensino superior, como também do ensino profissional, bem como profissionais que estão a iniciar as suas atividades neste ramo. Todos os temas abordados estão complementados com imagens e esquemas que agilizam a compreensão dos temas abordados, aspeto que vai ao encontro da faceta didática deste manual, elaborado por Francisco Silva, 29,90 €

Autor: Francisco J. G. Silva ISBN: 9789897230622 Editora: PUBLINDUSTRIA. Número de Páginas: 312 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com

um experiente professor na área da soldadura. Neste livro o leitor poderá encontrar uma abordagem aos principais processos de soldadura, tais como elétrodo revestido, MIG-MAG, Fio Fluxado, TIG, Plasma, Arco Submerso, Soldadura Laser, por Feixe de Eletrões, por Fricção, por Explosão, Resistência, Oxiacetilénica e Brasagem, dando-se também atenção aos defeitos associados a este processo de fabrico. Abordam-se ainda as técnicas de ensaio destrutivo e não-destrutivo que lhe poderão estar associadas e os principais defeitos deste processo, bem como as técnicas de controlo que podem ser usadas no controlo dos cordões de soldadura e na sua caraterização. Índice: Introdução aos Processos de Ligação. Soldadura. Classificação dos Processos de Soldadura. Nomenclatura usada na soldadura. Preparação de Juntas Soldadas. Simbologia de Soldadura. Soldadura por Arco Elétrico. Processos de Soldadura por Arco Elétrico. Outros processos de soldadura. Soldadura tendo o gás como fonte de calor. Brasagem.

Análise de Circuitos e Dispositivos Eletrónicos Conteúdo: Esta obra apresenta os principais conteúdos básicos da área de Eletrónica, recorrendo a uma linguagem simples e clara, sem descurar simultaneamente o rigor técnico e científico que uma obra deste tipo exige. No final de cada capítulo apresenta-se ainda um conjunto de exercícios resolvidos que permitem ao leitor aplicar os conhecimentos apreendidos. O livro subdivide-se em quatro capítulos interdependentes. No primeiro capítulo abordam-se alguns conceitos básicos de eletricidade como a defi22,20 €

Autor: Acácio Manuel Raposo Amaral ISBN: 9789897230349 Editora: PUBLINDUSTRIA. Número de Páginas: 288 Edição: 2013 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com

nição das principais grandezas elétricas e as suas unidades de medida, os elementos básicos ideais mas, também, se introduzem alguns conceitos importantes relacionados com a análise de circuitos elétricos. No segundo capítulo introduzem-se algumas técnicas de análise e teoremas de simplificação de circuitos elétricos. O terceiro capítulo introduz um dos componentes fundamentais de Eletrónica, o díodo. Para melhor compreender o seu princípio de funcionamento apresentam-se alguns conceitos importantes. Após uma breve introdução teórica analisam-se alguns dos circuitos onde habitualmente este elemento é mais utilizado, aplicando-se várias metodologias de análise aos referidos circuitos. O quarto capítulo, à semelhança do antecessor, procura introduzir um novo componente fundamental em Eletrónica, o transístor. Nas primeiras secções introduzem-se alguns conceitos teóricos que permitem compreender o princípio de funcionamento do transístor para, de seguida, se iniciar o estudo de diferentes circuitos com transístores, utilizando-se sempre várias metodologias de análise. Índice: Introdução. Análise de circuitos em corrente contínua. Díodos. Transístores bipolares de junção (BJT). Bibliografia.

Circuitos Eléctricos – 8.ª edição Conteúdo: Ao longo dos oito capítulos desta obra são explicados os processos de condução de corrente elétrica, as grandezas elétricas fundamentais, as leis fundamentais dos circuitos elétricos, os aparelhos de medida elétrica, as fontes de energia elétrica, os métodos de análise de um circuito elétrico, a análise de circuitos elétricos não lineares, o funcionamento de condensadores e de bobinas e a análise de circuitos elétricos de Corrente Alternada sinusoidal monofásica. Cada assunto abordado é complementado 31,50 €

Autor: Victor Meireles ISBN: 9789727575862 Editora: LIDEL Número de Páginas: 506 Edição: 2010 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com

pela resolução de um Exercício de Aplicação. A partir da 2.a edição, a obra foi substancialmente reestruturada e aumentada. Na 3.a edição foram efetuadas alterações ao texto em vários pontos, foram adicionados novos exercícios e foi melhorado o aspeto gráfico, de modo a aperfeiçoar o aspeto pedagógico e o apoio à prática. O livro termina com uma lista de mais de 300 exercícios propostos, muitos dos quais retirados de testes e exames de disciplinas lecionadas pelo autor. Índice: Índice Resumido. O Fenómeno de Condução de Corrente Eléctrica. Grandezas Eléctricas. Métodos Básicos de Análise. Fontes de Energia Eléctrica. Métodos Gerais de Análise. Circuitos não Lineares. Condensadores e Bobinas. Corrente Alternada. Exercícios Propostos. Solução dos Exercícios Propostos. Índice dos Exercícios de Aplicação.

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Consultório técnico

Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.

Qual é a periodicidade das inspeções periódicas de ascensores, monta-cargas,

verificar o cumprimento dessas cláusulas, nos termos definidos no Anexo V.

4. Após a realização da inspeção periódica e encontrando-se a instalação nas

6. Os utilizadores poderão participar à Câ-

condições regulamentares, deverá ser

Atualmente esta periodicidade é regida pelo

mara Municipal competente o deficiente

emitido pela entidade que efetuou a

Artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 320/2002 de

funcionamento das instalações, ou a sua

inspeção o certificado de inspeção pe-

28 de dezembro, que diz:

manifesta falta de segurança, podendo

riódica, o qual deve mencionar o mês

1. As instalações devem ser sujeitas a ins-

a Câmara Municipal determinar a reali-

em que deverá ser solicitada a próxima

peção com a seguinte periodicidade:

zação de uma inspeção extraordinária.

inspeção (…).

escadas mecânicas e tapetes rolantes?

4.2. O certificado de inspeção periódica

a. Ascensores: i.

Dois anos, quando situados em edi-

O que diz, de relevante, o Anexo V do

obedece ao modelo aprovado por Des-

fícios comerciais ou de prestação de

referido Decreto-Lei quanto ao cumprimento

pacho do Diretor-Geral da Energia (...).

serviços, abertos ao público;

de prazos relativamente às inspeções

ii. Quatro anos, quando situados em

e reinspeções periódicas?

6. O certificado de inspeção periódica

edifícios mistos, de habitação e co-

Diz que:

não pode ser emitido se a instalação

merciais ou de prestação de serviços;

1. As inspeções periódicas das instala-

apresentar deficiências que colidam

iii. Quatro anos, quando situados em

ções cuja manutenção está a seu cargo

com a segurança de pessoas, sendo

edifícios habitacionais com mais de

devem ser requeridas por escrito pela

impostas as cláusulas adequadas ao

EMA, no prazo legal, à respetiva Câmara

proprietário ou ao explorador com co-

32 fogos ou mais de oito pisos; iv. Seis anos, quando situados em edifícios habitacionais não incluídos no número anterior; v. Seis anos, quando situados em estabelecimentos industriais; vi. Seis anos, nos casos não previstos nos números anteriores; b. Escadas mecânicas e tapetes rolan-

Municipal.

nhecimento à EMA, para cumprimento

1.1. O requerimento é acompanhado do

num prazo máximo de 30 dias.

comprovativo do pagamento da respetiva taxa;

número anterior deve ser solicita-

1.2. A inspeção periódica é efetuada no

da a reinspeção da instalação, nos

prazo máximo de 60 dias contados

mesmos termos do requerimento

da data da entrega dos documentos

para a realização de inspeção peri-

referidos no número anterior (…).

ódica, e emitido o certificado de inspeção periódica se a instalação es-

tes, dois anos; c. Monta-cargas, seis anos.

6.1. Tendo expirado o prazo referido no

3. A contagem dos períodos de tempo

tiver em condições de segurança,

para a realização de inspeções perió-

salvo se ainda forem detetadas de-

dicas, estabelecidos no n.° 1 do Artigo

ficiências, situação em que a EMA

são considerados os estabelecimentos

8.° do presente diploma, inicia-se:

deve solicitar nova reinspeção (…).

comerciais ou de prestação de serviços

a. Para as instalações que entrem em

situados ao nível do acesso principal do

serviço após a entrada em vigor do

Qual o despacho do Diretor-Geral de

edifício.

diploma, a partir da data de entrada

Energia que aprova o modelo de certificado

em serviço das instalações;

de inspeção periódica referido no Ponto 4.2

2. Para efeitos do número anterior, não

3. Sem prejuízo de menor prazo que re-

da questão anterior?

sulte da aplicação do disposto no n.° 1,

b. Para instalações que já foram su-

decorridas que sejam duas inspeções

jeitas a inspeção, a partir da última

É o Despacho n.° 14316/2003 (2. a Série) de

inspeção periódica;

6 de julho que aprova o modelo e respe-

periódicas, as mesmas passarão a ter

c. Para as instalações existentes e que

tivas instruções de certificado de inspe-

4. As inspeções periódicas devem obede-

não foram sujeitas a inspeção, a par-

ção periódica de uma instalação (ascensor,

cer ao disposto no Anexo V do presente

tir da data da sua entrada em servi-

monta-cargas, escada mecânica ou tapete

ço, devendo a inspeção ser pedida no

rolante).

periodicidade bienal.

diploma, que dele faz parte integrante. 5. Se, em resultado das inspeções perió-

prazo de três meses após a entrada

dicas, forem impostas cláusulas refe-

em vigor do presente diploma, no

O anexo a este despacho, estipula que o

rentes à segurança de pessoas, deverá

caso de já ter sido ultrapassada a

certificado de inspeção periódica deve ser

proceder-se a uma reinspeção, para

periodicidade estabelecida.

impresso em papel autocolante de cor alu-

58

elevare


Consultório técnico mínio mate e conter os dizeres e a informa-

peções e validade de certificados de inspeção

dos períodos de tempo, tal como decorre

ção segundo o modelo abaixo.

periódica de ascensores” (Ref.a Ec 2.1/11) que

do disposto na Alínea c) do n.° 3 do Anexo V,

diz: “Face à utilização de critérios diferentes

do diploma citado efetua-se a partir do ano

Caraterísticas dimensionais gráficas: as

na definição da data a partir da qual se conta

da entrada em funcionamento do ascensor.

dimensões do certificado são, aproxima-

o prazo para efetuar uma nova inspeção, bem

Quando, temporalmente, forem ultrapassa-

damente, 100 × 70 mm; As inscrições são

como da data de emissão dos certificados de

dos os dois primeiros períodos em que as

a negro, com possível exceção do logóti-

inspeção periódica, pretende a DGEG clarificar

inspeções deveriam ter sido realizadas e não

po da entidade inspetora; A designação da

a situação com a adoção de critérios unifor-

o foram, os prazos passam a ser bienais a

entidade e as restantes inscrições serão

mes para a aplicação por todas as entidades

partir da data da primeira inspeção. Entre-

no tipo de letra Arial, tamanho 10, sendo o

envolvidas no setor dos ascensores. Assim, a

tanto, dado não ter sido uniforme os critérios

título “Certificado de inspeção periódica”, es-

DGEG entende que o que define a data a partir

utilizados pelas diferentes Entidades Inspe-

crito com letras maiúsculas e em negrito.

do qual se conta o prazo de uma nova inspe-

toras, a DGEG considera que o entendimento

ção periódica é a data em que foi efetuada a

agora expresso apenas deverá ter aplicação

inspeção ou a data em que foram verificadas

a partir da data da presente circular.”

(Logótipo e designação da Entidade Inspetora)

todas as cláusulas aplicadas. Em consequên-

CERTIFICADO DE INSPEÇÃO PERIÓDICA

cia deverá a data da nova inspeção e do certi-

Um caso simples, para exemplo: elevador

Instalação: tipo (1)

ficado coincidir com:

instalado ao abrigo da Diretiva Ascensores

N.° (2)

1. A data da inspeção caso não exista

num edifício habitacional com mais de 32

Emissão: (ano-mês-dia) Validade: (ano-mês-dia) Requerer Inspeção Periódica até: (ano-mês-dia)

cláusulas. 2. A data da última reinspeção caso existam cláusulas.

fogos que entrou ao serviço em 08.05.2010. Uma dos aspetos que temos de ter em atenção é onde está registada a entrada em serviço do ascensor. Poderá estar

Notas de preenchimento

O entendimento agora expresso deve ser

registada no Livro de Registos existente

(1) Ascensor, monta-cargas, escada mecâ-

aplicado a partir da receção da presente

na casa das máquinas, mas como a colo-

nica ou tapete rolante.

circular.”

cação no mercado ou em serviço, neste

(2) Número do processo atribuído pela res-

caso, só poderá ocorrer depois de emitida No caso de ascensores antigos que nunca

a Declaração CE de Conformidade pode-

foram sujeitos a inspeção como se processa

mos tomar a data desta declaração como

a contagem dos prazos?

referência. Sendo assim, a primeira inspe-

Como é que as Entidades Inspetoras

A Direção Geral de Energia e Geologia, na

ção deverá ter lugar a 08.05.2014, sendo

contabilizam estes prazos? O que a Direção

Circular (Ref. 2.1/4) de 28 de abril de 2006

que o respetivo pedido deverá entrar na

Geral de Energia e Geologia estipula sobre a

esclarece: “Os períodos de tempo iniciais que

Câmara Municipal três meses antes. Se na

referida contagem?

determinam a realização das inspeções aos

primeira inspeção o elevador ficar aprova-

Tendo havido disparidade de critérios no

ascensores, quer novos quer antigos, estão

do o certificado emitido terá a validade de

petiva Câmara Municipal.

a

modo como as Entidades Inspetoras conta-

estabelecidos no n.° 1 do Artigo 8° do Decre-

quatro anos. Isto é, a segunda inspeção do

bilizavam os prazos e preenchiam o certi-

to-Lei 320/2002 de 28 de dezembro. Após a

elevador terá lugar a 08.05.2018. Só a par-

ficado acima, a Direção Geral de Energia e

realização de duas inspeções a periodicida-

tir desta data e tendo a instalação ficado

Geologia emitiu a Circular n.° 01 /2008 de 14

de passa a ser bienal, independentemente

novamente aprovada, é que a periodicidade

de janeiro “Definição de critérios para as ins-

do tipo de ascensor em causa. A contagem

passará a ser bienal.

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