Separata ELEVARE 1

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elevare Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas

Qualidade, segurança e ambiente «Segurança no setor dos ascensores»

Legislação «A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação»

DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Notas técnicas «A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios»

Figuras «Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva»


Mínimo espaço com máxima precisão na detecção Série PA/ PH18: detectores fotoeléctricos compactos de elevada fiabilidade para ambientes adversos

Com microprocessador integrado a gama PA/PH18 garante um sistema de detecção e de filtragem avançado, que permite soluções personalizadas, seguras e flexíveis. Além disso, estes sensores podem suportar pressões de água até 100 bar assim como agentes de limpeza, em conformidade com ECOLAB, IP67, IP69.

CARLO GAVAZZI UNIPESSOAL LDA

t Velocidade de detecção: 500 imp/ seg t Tensão de alimentação: 10-30 VDC t Corrente de carga: 100 mA t Versões NPN ou PNP com saídas NA e NF.

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Ficha técnica

Sumário

elevare

DIRETOR Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt

Suplemento técnico sobre elevadores e movimentação de cargas

COLABORAÇÃO REDATORIAL Fernando Maurício Dias, Luís Reis Neves, José Pirralha, Marco Pereira, Ângelo Mota Almeida, Francisco Craveiro Duarte, Carlos Dias Gens,

2

EDITORIAL Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal

Aníbal de Almeida, João Fong, Miguel Leichsenring Franco, Matti Turtiainen, Mika Alakotila, Ricardo Sá e Silva e Helena Paulino.

3

COORDENADOR EDITORIAL

ARTIGOS TÉCNICOS [3]

Armazém Automático – Otimização do Binómio Performance/Custo

[8]

Comparação entre GSM e linha fixa

Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@oelectricista.pt

10

NORMALIZAÇÃO A emenda A3 à EN 81-1/2

DIRETOR COMERCIAL Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626

14

Segurança no setor dos ascensores

j.almeida@oelectricista.pt

CHEFE DE REDAÇÃO

QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE

18

NOTAS TÉCNICAS A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios

Helena Paulino h.paulino@oelectricista.pt

22

LEGISLAÇÃO A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação

ASSESSORIA João Miranda j.miranda@oelectricista.pt

25

DOSSIER [25]

Eficiência energética

DESIGN

[28]

Regeneração… O que é e como funciona

Luciano Carvalho

[30]

Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes na União Europeia – Projeto E4

l.carvalho@publindustria.pt

[34]

Normalização sobre eficiência energética em ascensores

WEBDESIGN Martino Magalhães

39

Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva

m.magalhaes@oelectricista.pt

PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

FIGURAS

40

INFORMAÇÃO TÉCNICO-COMERCIAL [40]

CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®

A subir! Os fabricantes de elevadores atingem um novo patamar com o elevado desempenho do drive de máquina ABB

Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629

[43]

Igus: Segurança em altura

geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt

[44]

Schneider Electric Portugal apresenta “Revamping de elevadores”

[46]

Schmersal: Há alguma coisa que seja absolutamente segura?

[48]

Weidmüller: Soluções inteligentes para uma moderna tecnologia

Os trabalhos assinados são da

de elevadores

exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Capa Foto © Claytron

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PRODUTOS E TECNOLOGIAS

elevare

1


Editorial

Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal

A informação é, atualmente, um recurso de extrema importância para a atividade humana. Num mundo altamente globalizado, a partilha de informação revela-se como um instrumento potenciador da produtividade, da economia, da inovação e da integração dos indivíduos e das organizações na sociedade. O setor da elevação é caraterizado por uma forte componente de inovação tecnológica e por uma constante atualização da sua Normalização bem como da sua Legislação. Este

Fernando Maurício Dias

facto obriga a que todos os participantes tenham necessidades prementes de serem co-

Diretor

nhecedores das alterações previstas ou em curso que influenciam a atividade direta ou indiretamente. No sentido de proporcionar ao mercado informação rigorosa, fiável e atualizada, nasce o projeto "ELEVARE" (do latim elevare - “erguer”, formado por ex-, “fora”, mais levare, “tornar leve, fazer subir”, de levis, “leve, de pouco peso”). Pretende-se um olhar para a atualidade e para os problemas do setor em Portugal. Neste suplemento, e tendo como linha orientadora a promoção e melhoria do setor da elevação, todos os intervenientes são convidados a participar na criação dos seus conteúdos, nomeadamente através da partilha de experiências, preocupações, anseios e sugestões. Hoje, neste primeiro número, oferecemos aos leitores um vasto conjunto de artigos técnicos, de elevada qualidade, que certamente serão do interesse do leitor. O tema em destaque neste número é a "eficiência energética", um assunto atual na nossa sociedade e que no nosso setor começa a dar os primeiros passos impulsionado pela, cada vez maior, pressão para racionalizar os consumos, a consciencialização da necessidade de maior respeito pelo ambiente, a ameaça de esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, são alguns dos fatores que promovem a procura de soluções que deem resposta aos asseios da sociedade e que é nosso dever responder afirmativamente de forma a contribuirmos para a garantia de um futuro melhor para as gerações vindouras. Neste sentido, a revisão do Decreto-lei n.o 320/2002 de 28 de dezembro já traduz essa preocupação. Para finalizar desejo que este suplemento vá ao encontro das expetativas dos leitores e que possamos contar com as suas sugestões e críticas de forma a podermos melhorar a nossa Elevare. Boa leitura.

2

elevare


Artigo técnico

Armazém Automático – Otimização do Binómio Performance/Custo Eng.o Luís Reis Neves Diretor Técnico da SEW-EURODRIVE PORTUGAL

1. INTRODUÇÃO

2. O PROBLEMA/DESAFIO

Os armazéns automáticos são sistemas

Devido à geometria da máquina, existem

complexos de elevado desempenho que

elevadas forças de inércia durante as fases

implementam um conceito logístico, tendo

de aceleração e desaceleração. No início da

em conta o fluxo de materiais, fazendo uso

aceleração a coluna move-se momentane-

de um controlo totalmente automático e

amente em sentido contrário ao do movi-

de tecnologia de informação “state-of-the-

mento, devido à sua inércia e, em seguida,

art”. Este conceito, geralmente, maximiza

executa pequenas vibrações naturais ligei-

Tempo de vida útil;

as saídas com uma utilização perfeita do

ramente amortecidas sobre a sua posição

Precisão de posicionamento;

espaço. O seu desempenho é medido atra-

central quasi-estática.

Comportamento no arranque e na

saída por unidade de tempo. A estratégia e

Estas vibrações restringem a operação de

Suavidade de operação, comportamen-

disponibilidade de armazenamento são de-

posicionamento, tendo assim um impacto

cisivamente determinadas pela velocidade

negativo no tempo de ciclo da unidade uma

Tipo de alimentação;

e aceleração dos acionamentos utilizados.

vez que, primeiro, têm que baixar para um

Consumo energético, eficiência, energia Compatibilidade eletromagnética;

vés do número de entregas de entrada e de

paragem; to devido à vibração;

nível admissível antes do ciclo poder ser

regenerativa;

Num armazém automático é possível identi-

feito. Aumentar o desempenho e reduzir a

ficar vários movimentos, nomeadamente, a

carga dinâmica são os requisitos de opera-

Índice de Proteção;

translação, a elevação e o movimento dos

ção do sistema, para que as vibrações se-

Comissionamento, segurança funcio-

braços telescópicos. Frequentemente, estes

jam evitadas ou corrigidas.

nal, manutenção.

eixos são complementados por eixos adicionais que fazem a interface do armazém com

Adicionalmente, as seguintes condições am-

o exterior. Os eixos principais são a elevação

2.1. Critérios de dimensionamento

bientais devem ser tidas em consideração:

e a translação, a qual será abordada mais

A interação entre a engenharia de aciona-

Temperatura ambiente;

em detalhe ao longo deste artigo.

mentos e o controlo em malha fechada,

Presença de agentes de limpeza;

bem como a mecânica (estática/dinâmica/

Armazenamento de produtos químicos;

vibração), determina o comportamento

Áreas com riscos de explosão;

dinâmico, assim como, o desempenho. O

Ambientes sensíveis ao ruído;

comportamento (estabilidade) da carga

Ambientes com sujidade e poeiras.

durante o movimento, particularmente na aceleração e desaceleração, tem um impacto significativo no projeto. Dependendo

3. CONDIÇÕES ADICIONAIS

dos requisitos do sistema são utilizados

Este tipo de aplicações requer que múlti-

motores controlados em velocidade ou em

plas condições adicionais sejam tidas em

posição.

conta antecipadamente, condições que vão afetar decisivamente a qualidade dos resul-

Os seguintes critérios são decisivos para a

tados.

seleção dos acionamentos: Figura 1. Armazém automático (Motion Solution

Massa a movimentar;

Se as condições adicionais não forem tidas

With MOVI-PLC®).

Resistências ao deslocamento;

em consideração e não forem tratadas an-

elevare

3


Artigo técnico tes do arranque serão necessários custos

Normalmente, cada acionamento deve ser

cidos na versão de veio oco, otimizando o

extremamente elevados para garantir uma

configurado para uma utilização de 60%

acoplamento ao veio acionado. Caso a pre-

operação perfeita.

- 70%! Isto porque as rodas têm cargas

cisão de posicionamento seja muito elevada

diferentes durante a aceleração, devido à

(<2 mm), devem ser usados redutores com

distribuição do peso.

folga angular reduzida.

De seguida, apresentam-se fatores influenciadores a considerar durante o projeto.

Imagine-se um redutor com relação de 3.2. Tipo de motor

transmissão de 35,2 e uma folga angular

3.1. Número de acionamentos

A relação do momento de inércia de massa

entre 7’ e 12’. O desvio (erro) causado pela

Normalmente, o sistema de translação

externa e a relação do momento de inércia

folga é dado pela expressão:

desloca-se sobre um carril e as rodas mo-

de massa do motor devem ser tidas em

vem-se numa disposição em linha. É possí-

conta no projeto e para a seleção do motor.

vel acionar uma roda (tração a uma roda)

Esta relação não deve exceder um fator de

ou duas rodas (tração a duas rodas).

20. No caso de sistemas com muita vibra-

Para este caso concreto, teremos um

ção (vibração das colunas durante a ace-

desvio compreendido entre ±0,255 mm e

Tração a uma roda

leração e desaceleração), a relação deve

±0,436 mm, considerando a folga angular

Esta configuração permite acelerações

estar bem abaixo do fator 20 para se ga-

de 7’ e 12’, respetivamente.

<0.35 m/s2 (rodas de aço em carril de aço).

rantir uma boa configuração do sistema de

Com rodas de Vulkolan em carril de aço é

controlo em malha fechada. Se a coluna for

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possível obter acelerações entre 1 e 2.5 m/s .

rígida (praticamente não sofrer quaisquer

3.4. Diferencial eletrónico

No caso da unidade percorrer uma curva

vibrações), a relação entre o momento de

Quando a roda da frente entra na curva, a

utilizando a combinação “2 rodas com 1

inércia da massa externa e o momento de

roda de trás ainda se encontra em linha reta

motorizada”, deve ser instalado um encoder

inércia da massa do motor pode exceder o

e tem que reduzir de velocidade. Por outro

rotativo na segunda roda para ser possível

fator 20.

lado, quando a roda de trás está na curva, a

utilizar a funcionalidade do diferencial ele-

da frente já está em linha reta. O resultado Quando os momentos de inércia exter-

é um incremento elevado na velocidade da

na são muito elevados devem ser usados

roda de trás, através de um fator de dois

Tração a duas rodas

motores assíncronos. Este tipo de motores

ou superior, dependendo do raio e da dis-

Com tração a duas rodas é possível obter

são os mais comuns na indústria. Se as car-

tância entre eixos. Este efeito traduz-se em

acelerações até 0.74 m/s2 (rodas de aço em

gas forem consideravelmente pequenas e

elevadas acelerações transversais durante

carril de aço). Utilizando rodas em Vulkolan

o sistema tiver que ser muito dinâmico, os

o processo da curva. Além de indesejáveis,

em carril de aço atingem-se acelerações

servomotores apresentam-se como sendo

estas forças são prejudiciais e podem criar

até 3.0 m/s2. No caso de a unidade percor-

a melhor solução. Existem ainda situação in-

danos. A velocidade da roda da frente tem

rer uma curva, ambas as rodas são tracio-

termédias em que os servomotores assíncro-

que ser ajustada através de um diferencial

nadas (diferencial eletrónico em operação

nos são vantajosos.

eletrónico com controlo ativo durante a

trónico.

curva. Esta solução tem como pressupos-

mestre-escravo: Ver 3.4).

tos que ambas as rodas são motorizadas

Figura 2. Eixo horizontal: trajeto em curva.

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elevare

3.3. Tipo de redutor

e a distribuição da carga uniforme. Os mo-

Nos armazéns automáticos, o tipo de redu-

tores que acionam as rodas são dotados

tores mais comuns são os de engrenagens

de encoder e controlados por Variadores

helicoidais e os de engrenagens cónicas.

Tecnológicos independentes dotados de co-

Frequentemente, estes últimos são forne-

municação entre si. A velocidade da roda da

Figura 3. Diagrama de estrutura de controlo.


Artigo técnico frente é calculada tendo por base informa-

Passo 1 - Cálculo da relação transmissão do redutor (i):

ção da curva e a velocidade atual das duas rodas. A roda de trás é escrava e controlada em binário. Na Figura 3 é apresentada a estrutura de controlo do diferencial eletrónico. Esta solução possibilita uma elevada performance, mesmo em curvas, com redução das forças transversais. Passo 2 - Binários estático e dinâmico: 3.5. Sistema de mediação da posição Existem várias formas de medição da posição. Antes de efetuar a sua seleção, é necessário saber quão rápido é o sistema, qual a precisão de posicionamento pretendida e qual a gama de medição. O sistema de medição de posição pode ir desde simples sensores para comutação de velocidade e paragem até precisos e dispendiosos sistemas de medição por laser. Passo 3 – Cálculo do binário máximo: Frequentemente, os valores enviados pelos lasers são avaliados tendo em consideração a média de um conjunto de valores recebidos, pelo que tal facto deve ser tido em consideração na avaliação da dinâmica. Normalmente, são usados em sistemas com aceleração até 0,8 m/s2. O redutor é selecionado tendo em consideração o binário máximo e a relação de transmissão. Exemplo de um redutor SEW-EURODRIVE: 4. PROJETO EXEMPLO Tal como mencionado anteriormente, para

KA77, M1max =1125 Nm e i=40,04; redutor cónico, de veio oco

o correto dimensionamento dos acionamentos é necessário conhecer diversas grandezas.

Passo 4 – Binário do motor durante a aceleração:

Na Tabela seguinte apresentam-se os valores para o projeto dos acionamentos da translação: Definição

Valor do exemplo

Peso máximo

9000 Kg

Velocidade máxima

2 m/s

Aceleração máxima

0,35 m/s2

Desaceleração máxima

0,35 m/s2

Diâmetro da roda

500 mm

Resistência ao movimento

100 N/t (aproximadamente 50 N/t de reserva)

Eficiência da carga

90%

Tipo de transmissão

Direta

Fator de duração do ciclo

60% (típico para este tipo de aplicação): trepouso = 8s, tdeslocamento = 10,7s

Tipo de redutor

Transmissão de binário ortogonal, redutor de engrenagens cónicas e veio oco

Rotação máxima do motor

3000 rpm

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Artigo técnico Passo 5 – Binário do motor durante a desaceleração:

O servomotor assíncrono da SEW-EURODRIVE com binário suficiente para a aplicação e dotado do freio tem 0.0071 kgm2 de inércia. A relação entre inércias é de 49,4, conforme a fórmula seguinte.

Passo 6 – Binário do motor durante velocidade constante: Esta relação Jext/Jmotor é demasiado grande. Para melhorar a relação Jext/Jmotor, é selecionado um motor maior, com 0,0158 Kg/m2 de inércia, obtendo-se uma relação entre inércias de 22,2. O binário adicional devido à inércia do motor é negligenciável tendo em consideração a relação entre a inércia da carga e a inércia do motor, conforme se verá adiante.

Passo 7 – Binário rms:

Passo 10 – Verificação do binário adicional devido à inércia do motor:

Existem vários programas para o projeto de acionamentos, de que é exemplo o Graphical Workbench da SEW-EURODRIVE.

Passo 8 – Rotação média:

Passo 9 – Cálculo da relação de inércia Jext / Jmotor: A inércia da carga (Jext) é obtida de acordo com a expressão abaixo.

Figura 4. Programa de Projeto: Graphical Workbench da SEW- EURODRIVE.

Tabela 1. Utilização da energia regenerativa através da ligação dos barramentos CC.

Utilização direta da energia regenerativa noutros eixos Para recuperar a energia gerada, os dois Variadores Tecnológicos, que controlam os eixos vertical e horizontal, partilham os seus barramentos CC. A energia elétrica libertada por um eixo pode ser diretamente reutilizada pelo outro eixo.

O controlador de nível superior MOVI-PLC fornece funções de controlo inteligentes para os eixos vertical e horizontal. O tempo de ciclo é encurtado e a eficiência dos eixos vertical e horizontal é otimizada.

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Artigo técnico Tabela 2. Comparação em termos de custos energéticos.

Comparação de

Variante standard

Solução com partilha de energia

Componentes do projeto

Controlo convencional: a energia libertada é dissipada via resistência de frenagem

Ligação inteligente de barramento CC e Motion Controler MOVI-PLC®

Custos energéticos/ano*

€ 7,200

€ 5,750

Consumo de energia

125%

100%

Tempo de amortização

Imediato

Redução de CO2/ano

10 t

A solução com ligação do barramento CC poupa 7250€ apenas em 5 anos de operação

*Cálculos baseados no consumo de energia por ciclo, considerando 880 ciclos por dia, 350 dias por ano e 0,10 €/KWh.

5. ENERGIA REGENERADA

xos são o horizontal e o vertical. Normalmente, a estrutura

Com os seus movimentos, o sistema gera energia, tornando-

desloca-se sobre carris, sendo que existe a possibilidade de

se num enorme sistema gerador de energia. Num design con-

acionar uma ou ambas as rodas.

vencional, uma resistência de frenagem converte para calor a energia libertada quando o acionamento vertical desce e o

No caso de trajetórias com curva, o diferencial eletrónico

acionamento horizontal desacelera. Isto, do ponto de vista

reduz as cargas transversais, possibilitando velocidades ele-

energético, é um desperdício. Ainda mais quando temos à dis-

vadas. A gestão coordenada dos movimentos possibilita a

posição meios técnicos para, eficientemente, reutilizar a ener-

partilha de energia, alcançando-se poupanças energéticas até

gia libertada, isto é, “reciclá-la”. Uma possibilidade é a ligação

25% sem comprometer o dinamismo do sistema.

do barramento CC dos variadores, conforme se pode ver nas

Esta solução possibilita poupanças de energia até 25%. A energia regenerativa produzida por um eixo pode ser diretamente consumida pelo outro, maximizando assim a eficiência global do sistema. Uma outra possibilidade é o reenvio de energia para a rede, utilizando para o efeito unidades de regeneração. Esta de facto é outra alternativa bastante interessante, tecnicamente mais complexa e que requer um investimento adicional.

6. CONCLUSÃO Os armazéns automáticos são usados para armazenar cargas de forma rápida e segura. A sua dimensão pode ser consideravelmente grande, requerendo a coordenação de forma eficiente de diversos movimentos. Os principais ei-

Figura 5. Partilha de energia entre os Variadores de Translação e da Elevação.

PUB

tabelas apresentadas.


Artigo técnico

Comparação entre GSM e linha fixa Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt

Atualmente a cobertura GSM é quase universal nas zonas urbanas. Os custos das chamadas e a manutenção destas linhas baixam, enquanto os das linhas fixas sobem. Cada vez mais clientes veem os telemóveis como a opção natural para os telefones de emergência, por custo e também por comodidade.

É PERMITIDO UTILIZAR TELEFONES DE

15 euros dos cartões pré-pagos, aproxima-

elevadores, o que lhe confere um controlo

EMERGÊNCIA GSM?

damente.

absoluto sobre os aspetos administrativos e económicos (o custo das chamadas).

A resposta é claramente SIM. A legislação não distingue entre linha fixa ou móvel. As linhas móveis (ou GSM) podem ter o incon-

CUSTO DAS CHAMADAS

veniente de saturações de linha, que se

O preço das chamadas na linha fixa é re-

CUSTO DA INSTALAÇÃO

produzem a certas horas de ponta (como

lativamente barato, em especial nas cha-

Normalmente é cobrado um valor para a

a noite de consoada), mas é improvável

madas locais. Nas linhas GSM é mais caro,

instalação de uma nova linha fixa. Por uma

que falhe toda a rede apenas por um cabo

mas como as chamadas de emergência são

linha GSM são cobrados 10 euros pelo car-

cortado. Na maioria dos casos está dispo-

pouco frequentes e breves, o custo anual

tão SIM, mas este valor é normalmente

nível mais do que uma rede ou operador, o

das chamadas não é superior aos 10 euros.

descontado no valor das chamadas.

apenas ocorrem quando estamos em mo-

CUSTO TOTAL

INSTALAÇÃO

vimento. Os elevadores não dobram esqui-

Tendo em conta os valores médios indica-

Uma linha fixa requer que o técnico instale

nas e por isso a cobertura é estável. Se é

dos, o custo total do sistema GSM é inferior

um cabo até à sala de máquinas do eleva-

boa vai continuar a sê-lo. Ainda que o ter-

ao da linha fixa, se forem realizadas me-

dor. O técnico do elevador deve esperar o

mo “linha fixa” sugira que as chamadas se

nos de quatro chamadas ao mês. Quando

funcionário da companhia telefónica para

transmitem por um cabo, isso é certo ape-

o vandalismo não alcança níveis elevados e

permitir o acesso à sala. Nenhuma empresa

nas no último quiló-

o elevador está em bom estado, apenas se

telefónica pode garantir a presença a uma

metro. As chamadas

realiza uma chamada de teste ao ano.

hora concreta, o que pode significar facil-

que dá uma segurança não disponível nas redes fixas. Os problemas de cobertura

são transmitidas por

mente esperas de quatro horas. O sistema

sistemas de

GSM não requer nenhuma intervenção e é

rádio

ponto a ponto, sem

PEDIDO DE INSTALAÇÃO DA LINHA

configurado pelo próprio funcionário des-

que o utilizador se

TELEFÓNICA

de o seu escritório. É possível configurar e

aperceba, pelo que a

O pedido de instalação da linha telefónica

comprovar o telefone antes da instalação,

normativa não pode

fixa deve ser efetuado pelo proprietário

assegurando o seu bom funcionamento e

dar preferência a um

do edifício. Durante a fase de construção é

poupança de tempo.

sistema ou outro.

possível que o proprietário final ainda não esteja decidido ou estabelecido (por exemplo no caso de vir a ser dividido em várias

TELEFONES EM EDIFÍCIOS NOVOS

CUSTO DA LINHA TELEFÓNICA

frações), pelo que ninguém pode pedir a

As linhas telefónicas são instaladas no final

O custo de manutenção de uma linha tele-

ligação. A empresa de elevadores deve pe-

do processo de construção. Em alguns ca-

fónica fixa pode ser superior a 200 euros

dir ao proprietário que a peça e coordene a

sos não são ativadas até que os inquilinos

anuais. As alternativas GSM vão desde cus-

data de instalação. O sistema GSM é pedi-

se instalem no edifício. Isso significa que

to zero para a manutenção da linha até aos

do e pago pela empresa de manutenção de

durante as mudanças não se possa utilizar

8

elevare


Artigo técnico o elevador, já que não cumpre os requisitos (para estar auto-

O SISTEMA GSM É MAIS BARATO E MAIS SIMPLES

rizado deve dispor de um telefone de emergência funcional).

É evidente que os contratos de linha GSM são muito mais baratos e originam menos problemas. Um cartão de pré-pagamento custa 20 a 30 euros ao ano e alguns operadores

UTILIZAÇÃO DURANTE A CONSTRUÇÃO

de GSM oferecem a manutenção de linha gratuitamente, pelo

O construtor gostaria de poder utilizar o elevador e, em muitos

que apenas se pagam as chamadas. Como o elevador ape-

casos, estaria disposto a pagar por isso. Com o sistema GSM,

nas faz uma chamada quando existir um passageiro preso,

o telefone pode utilizar-se assim que o elevador tiver energia.

o custo anual é de poucos euros. O preço de compra de um telefone de emergência GSM pode ser 100 a 200 euros mais do que um fixo, mas, ainda que a diferença não possa onerada ao cliente, ele será amortizada em menos de um ano.

ENTREGA E COBRANÇA DO ELEVADOR O elevador deve estar em funcionamento, comprovado e autorizado, antes do cliente pagar a fatura. Com o sistema GSM o processo pode terminar muito antes do que com uma linha

COMO GANHAR DINHEIRO COM ESSA DIFERENÇA DE PREÇO

fixa. Com isso melhora-se a liquidez da empresa mas também

Trata-se de realizar um contrato no qual se incluam os custos

se evita a responsabilidade por danos que sofra o elevador

das chamadas por um valor anual fixo. Se lhe cobramos 80%

durante a construção.

menos dos seus custos atuais de linha fixa, o cliente ficará satisfeito. Você paga umas dezenas de euros pelas chamadas do telefone GSM e obtêm um benefício adicional de 200 euros

GARANTIR O PAGAMENTO DAS FATURAS TELEFÓNICAS

por elevador em serviço. Para além disso, tem o controlo das

Por vezes o proprietário do edifício esquece-se de pagar à em-

linhas e já não depende de outros. Se o contrato da linha tiver

presa telefónica, ou decide dar baixa da linha, crendo que esta

uma duração diferente à do contrato de manutenção, aumen-

não é utilizada (por não se fazer quase nenhuma chamada).

tará o custo para o cliente sem este desejar mudar de empre-

O problema é que a empresa de manutenção é responsável

sa de manutenção.

pelo funcionamento correto do elevador, e um equipamento

PUB

sem um telefone funcional deve ser posto fora de serviço.

CUSTO DAS COMPROVAÇÕES DE LINHA A Norma EN-81.28 requer uma comprovação de linha a cada três dias. Isso supõe 120 chamadas ao ano. O sistema SLCC da SafeLine (patente em curso) permite realizar essas tarefas sem qualquer custo. O SLCC funciona automaticamente num computador no escritório e pode ser configurado para avisar quais os telefones com defeito através de um correio eletrónico ou um SMS diretamente às pessoas responsáveis. Se tiver incluído o custo das chamadas no contrato de serviço é poupança para o seu bolso.

Sentimos a modernização de elevadores como uma imagem de marca Elevis é uma empresa especialista no ramo dos elevadores, apresentamos soluções, com a instalação de todos os tipos de elevadores e plataformas elevatórias, assim como, soluções em mobilidade reduzida.

DANOS OCASIONADOS POR RAIOS Os raios que induzem picos de Alta Tensão nos cabos danificam muitos telefones de linha fixa. A menos que se instale a antena móvel no telhado este problema não existe nos sistemas GSM.

Elevis Elevadores Rua Professor Egas Moniz, Lote 5, R/C Drtº 8005-272 Montenegro Faro


Normalização

A emenda A3 à EN 81-1/2 Eng.o José Pirralha Diretor Técnico da Thyssenkrupp Elevadores S.A. Presidente da Comissão Técnica CT 63

INTRODUÇÃO A partir da resolução do Conselho Europeu de 1985, é adotada em matéria de harmonização e normalização das regulamentações nacionais uma Nova Abordagem, em matéria de harmonização e normalização das regulamentações nacionais, com o objetivo de facilitar a realização do mercado interno. Em 1989, são aprovadas novas resoluções no sentido da avaliação da conformidade, ao

A aplicação da Diretiva 95/16/CE com os

má-las do conhecimento mais atualizado,

mesmo tempo que se avança no estabele-

RESS, definidos no seu ANEXO I, pode rea-

ou seja, do “estado da arte”.

cimento de procedimentos de certificação e

lizar-se por duas vias principais (embora

ensaio e se lançam bases para a marcação

possam ser adotadas outras):

Centrando-nos na EN 81-1/2:1998+A3:2009,

CE. Cria-se assim, uma nova estrutura de

através do exame CE de tipo ( modelo),

adiante designada apenas por A3, esta não

submetidos a controlo final, ou

é mais do que a última emenda ou altera-

pela aplicação das normas harmoni-

ção introduzida na EN 81-1/2. Para termos

zadas respetivas, as quais concedem a

uma noção de contexto da A3, é necessá-

chamada presunção de conformidade.

rio que se tenha uma ideia das emendas

Diretivas que passaram a designar-se Diretivas Nova Abordagem. Estas Diretivas assentam a sua estrutura

na assunção de um conjunto de Requisitos Essenciais de Saúde e Segurança – RESS, os

anteriores: No que se segue, convém ter presente que

quais, podem ser realizados através de es-

a EN 81-1/2:1998+A3: 2009 é uma Norma

A1 – aprovada pelo CEN (Comité Europeu de

pecificações técnicas que podem assumir a

harmonizada, adquirindo esse estatuto

Normalização) em maio de 2005, é conheci-

forma de normas harmonizadas.

após publicação no JO 2010/C 52/04 de

da pela designação de PESSRAL (Program-

02/03/2010.

mable Electronic System in Safety Related

Nesta abordagem, resulta claro que o re-

Applications for Lifts), que mais não é do

curso às normas harmonizadas é um cami-

que a adoção dos critérios e metodologias

nho privilegiado (não único) para o cumpri-

1. A EMENDA A3 – O QUE É?

da IEC 61508 aos sistemas eletrónicos pro-

mento das Diretivas.

A introdução de emendas às Normas é

gramáveis aplicados em sistema de segu-

um procedimento normal que visa aproxi-

rança para ascensores.

Importa sublinhar que as normas, seja qual for o seu caráter, sejam ou não harmonizadas, não são de cumprimento obrigatório, pese embora, a sua utilização seja um caminho, certamente o mais direto e provavelmente o mais económico, para a garantia de cumprimento de uma Diretiva. Podemos exemplificar esta ideia, recorrendo à aplicação da Diretiva 95/16/CE, como prática do nosso dia-a-dia, para a colocação de ascensores no mercado, isto é, para a sua certificação.

10

elevare


Normalização A2 – aprovada pelo CEN em abril 2004, con-

embora a aplicação dos seus critérios

mento não comandado da cabina quando

siste na incorporação dos ascensores sem

possa ser recomendável, nomeadamente

esta sai do piso, se as portas de patamar

casa de máquina, respondendo ao desen-

quando se substitui o sistema de tração e

não estão na posição de encravadas e se a

volvimento de tal solução pela indústria.

controlo.

porta de cabina não está fechada.

A3 – aprovada pelo CEN em agosto de 2009

Neste conceito, consideram-se todos os

e publicada em dezembro do mesmo ano,

3. AS MODIFICAÇÕES IMPOSTAS PELA A3

movimentos resultantes de qualquer falha

incorpora as modificações resultantes de:

Para lá dos aspetos decorrentes da revisão

num componente da máquina, do sistema

da Diretiva Máquinas, a emenda A3 incorpo-

hidráulico e no sistema de controlo de mo-

2006/427CE;

ra novos requisitos de segurança, nomea-

vimento de que a segurança do movimento

introdução de novos requisitos de segu-

damente medidas para a prevenção do mo-

da cabina dependa.

rança, nomeadamente a prevenção do

vimento da cabina de porta aberta e para a

movimento não comandado da cabina

precisão de paragem.

› ›

revisão

da

Diretiva

Máquinas

Não são consideradas para este efeito as

de portas abertas, a precisão de paragem e o re-nivelamento.

falhas dos seguintes elementos: São as seguintes as

principais modifica-

cabos ou correntes de suspensão;

ções:

rodas de tração, tambores e/ou carre-

A) Decorrentes da revisão da Diretiva Má-

Poderemos assim dizer que, a A3 resulta por um lado da revisão da Diretiva Máqui-

tos da máquina de tração;

nas, e por outro da necessidade de resposta

quinas - 2006/42/CE

a situações de risco identificadas e não devi-

1.

damente acauteladas.

tubagem flexível, ou rígida ou o cilindro no caso de ascensores hidráulicos.

Novas exigências relativas aos sistemas de fixação das proteções,

Nota: Na falha da roda de tração, inclui-se a perda

utilizadas especificamente como

de aderência.

proteção, de situações perigosas, 2. ENTRADA EM VIGOR E DOMÍNIO DE

mecânicas, elétricas ou outras,

O dispositivo – UCM deve ser capaz não só

APLICAÇÃO DA A3

através de barreiras físicas que ne-

de detetar o movimento não comandado da

Publicada em dezembro de 2009, foi con-

cessitam de ser retiradas, para a

cabina, mas também de promover a sua pa-

cedido um prazo de 18 meses para a sua

execução das operações regulares

ragem e mantê-la parada.

entrada em vigor, prazo que viria a ser

de manutenção e controlo.

considerado insuficiente e prolongado pela

O sistema de fixação das proteções

Exceto, se houver redundância construtiva

Comissão Europeia por mais 6 meses, tor-

deve permanecer solidário com es-

e auto-controlo de segurança, o UCM deve

nando-se a data efetiva o dia 1 de janeiro de

tas ou com o equipamento quando a

cumprir a sua função, sem recurso a com-

2012.

proteção é retirada.

ponentes que, em serviço normal, controlem a velocidade, a desaceleração, a para-

Assim, as modificações previstas na A3 en-

2. Aos aparelhos de elevação de

traram em vigor em diferentes momentos:

v ≤ 0,15 m/s, não são aplicáveis os

as alterações resultantes da revisão da

requisitos da Diretiva Ascensores

Nota: Para este efeito considera-se que o travão da

Diretiva Máquinas (2006/42/CE) estão

(art.º 24º da Diretiva 2006/42/CE),e

máquina possui redundância construtiva.

em vigor desde 29 dezembro de 2009,

como tal não estão ao abrigo da A3.

data de entrada em vigor da Diretiva

No caso de utilização do travão como parB) Decorrentes da introdução de novas

te do UCM, o auto-controlo de segurança

as modificações resultantes da aplica-

medidas de segurança, visando o seu

compreenderá a verificação de entrada e

ção de novos critérios de segurança,

reforço em resultado da evolução do

saída do mecanismo ou ainda a verificação

que entraram em vigor em 1 de janeiro

“estado-da-arte”.

do esforço de frenagem.

de 2012.

1.

2006/42/CE; ›

Veremos adiante o conteúdo concreto des-

Controlo do movimento não comandado da cabina com as portas aber-

Nos hidráulicos se forem utilizadas duas

tas.

eletro-válvulas em série, o auto-controlo

tas modificações.

Designado por UCM (Unintended Car

Qual o domínio de aplicação da A3? A emen-

2. Precisão de paragem (± 10 mm) e

Movement); da A3 aplica-se a: › ›

gem e a manutenção da cabina parada.

re-nivelamento (± 20 mm).

de segurança deve controlar de forma separada a abertura e fecho de cada válvula, sob a pressão estática correspondente a cabina vazia.

novas instalações de ascensores, ou na substituição "integral" de ascensores existentes

Se for detetada alguma falha, deve ser im4. PROTEÇÃO CONTRA O MOVIMENTO NÃO

pedida a próxima partida normal.

COMANDADO DA CABINA – UCM Nesta linha a A3 não é de aplicação obri-

Os ascensores devem ser equipados com

O auto-controlo de segurança deve ser ob-

gatória na substituição de componentes,

um dispositivo que permita parar o movi-

jeto de exame de tipo.

elevare

11


Normalização Nota: Trata-se de exame de tipo e não de exame CE de tipo, já que este, só poderá ser realizado a cober-

1

to da Diretiva, o que não é o caso.

O órgão de paragem do dispositivo deve agir sobre: 2

a cabina, ou

o contrapeso, ou

o sistema de cabos (suspensão ou com-

a roda de tração (sobre a roda propria-

pensação), ou mente dita ou sobre o seu veio na proximidade desta), ou ›

3

5

4

o sistema hidráulico, incluindo o grupo motor/bomba, quando em subida.

Uma vez detetada a necessidade de intervenção, a cabina deve ser parada, numa dis-

No decurso da paragem, é necessário que

tância que :

os órgãos que asseguram a mesma, não

não exceda 1,20 m a partir do nível do

provoquem uma desaceleração que exce-

piso, e

da:

não ultrapasse os 200 mm, entendidos

como a distância vertical entre a soleira de piso e a parte mais baixa do avental de cabina, e ›

1.

começam a atuar, reduzindo a velocidade; 2. Eixo da velocidade;

1 gn para movimento não comandado

3. Tempo de resposta dos dispositivos de

da cabina em subida; ›

Instante em que os órgãos de travagem

deteção;

o valor da desaceleração aceite para o

4. Tempo de resposta dos órgãos de tra-

pára-quedas, em descida.

não ultrapasse 1,0 m entre a soleira de

vagem; 5. Eixo dos tempos.

cabina e o lintel da porta de piso, ou en-

Estes valores devem ser obtidos qual-

tre a soleira da porta de piso e o lintel da

quer que seja a carga na cabina, quando

O movimento não comandado da cabina

porta de cabina.

esta a partir do estado de repouso, sai

deve ser detetado pelo menos através

Estas distâncias devem verificar-se

do piso.

de um dispositivo de corte, o mais tardar

qualquer seja a condição de carga da cabina.

quando a cabina deixa a zona de desencraNa curva do tempo de resposta podem ser

vamento.

identificadas as diferentes fases do procesEsquematicamente:

so de atuação do UCM:

Este dispositivo deve ser: ›

um contacto de segurança (cf 14.1.2.2), isto é, com separação positiva de contactos, ou

ser ligado, por forma a satisfazer os requisitos dos circuitos de segurança (cf. 14.1.2.1), ou

satisfazer as exigências do PESSRAL (cf. 14.1.2.6).

O dispositivo deve acionar um dispositivo

≥ 1000 mm

≥ 1000 mm

elétrico de segurança, se atuado. Nota: Este dispositivo pode ser comum com o dispo-

≤ 1200 mm

≤ 1200 mm

sitivo de corte previsto para a deteção do movimen≤ 200 mm

to não comandado da cabina.

Uma vez atuado o dispositivo de deteção ou reconhecida a falha do sistema de paragem, por indicação do sistema de auto-controlo, a reinicialização do ascensor requer a intervenção de pessoa competente. O des-

12

elevare


Normalização bloqueio do dispositivo, não deve requerer

mum, passa pelo exame de tipo do tra-

instalações e/ou substituições), nos exatos

o acesso à cabina ou contrapeso, sendo que

vão da máquina, bem como do sistema

termos definidos pela Diretiva, ou seja:

uma vez desbloqueado, o dispositivo deve

de auto-controlo;

estar em condições de funcionamento.

› ›

Se o dispositivo requer energia externa para

Em ascensores com exame CE de tipo

Soluções de tração com máquinas com

(modelo).

redutor (“geared”)

Competirá ao Organismo Notificado

operar, a ausência de energia deve provocar

que homologou o modelo decidir da va-

a paragem e manter o ascensor parado.

Neste caso, adotar-se-á uma das se-

lidade das soluções implementadas;

guintes soluções: O dispositivo de protecção contra o movi-

a) Conjunto controlo/deteção UCM, li-

mento não comandado da cabina com por-

mitador de velocidade e sistema de

viço é feita em presunção de confor-

pára-quedas;

midade com as Normas harmonizadas

tas abertas é entendido como um dispositivo de segurança e deve ser verificado.

b) Conjunto de controlo/deteção UCM,

5. A RESPOSTA DA INDÚSTRIA –

aplicáveis, o UCM tem que ser necessariamente aplicado.

roda de tração ou veio;

Não é possível qualquer outra solução

c) Conjunto de controlo/deteção UCM associado a sistema de travagem

Após uma primeira fase de alguma he-

adaptado aos cabos de tração.

sitação, que levou aliás ao adiamento da para janeiro 2012, estão clarificadas todas

Em ascensores, cuja colocação em ser-

sistema de travagem adaptado à

PROBLEMAS NA APLICAÇÃO DA A3

entrada em vigor da A3 de junho de 2011

porque pura e simplesmente não existe outra Norma aplicável. Neste sentido, todos os ascensores, colo-

Soluções UCM para ascensores hidráu-

cados em serviço a partir de 1 de janeiro

licos

de 2012 (entendendo-se como momento

as questões decorrentes da aplicação da

de colocação em serviço o da emissão da

A3, quer do ponto de vista dos fabricantes

Do mesmo modo os fabricantes de equi-

declaração de conformidade e respetiva

de componentes e/ou ascensores, quer do

pamento hidráulico, colocam à disposição

marcação CE), independentemente da data

ponto de vista dos instaladores.

de fabricantes e instaladores soluções

da sua contratação, estão obrigados ao

preparadas para a A3, normalmente atra-

cumprimento da A3.

Existem hoje disponíveis no mercado solu-

vés de válvulas especialmente concebi-

ções que permitem responder a todos os

das e integradas, quer através de válvu-

Não ignoramos que em relação aos as-

requisitos que a emenda A3 impõe.

las de segurança aplicáveis aos sistemas

censores contratados anteriormente, que

existentes.

por uma razão ou outra não foram certi-

Sem entrar no domínio da especificação

ficados (alguns nem sequer viram o pro-

técnica das soluções, que não cabe no âm-

De forma geral os princípios são os mes-

cesso de instalação iniciado), haverá ca-

bito deste artigo, poderemos considerar

mos, deteção, atuação e paragem.

sos certamente complicados de resolver,

que existem 3 soluções tipo, cada uma de-

quer em termos comerciais quer mesmo

las com as nuances próprias da especifici-

Não havendo nesta altura dúvidas funda-

em termos técnicos. Importa todavia, não

dade dos equipamentos, a saber:

das quanto às soluções a aplicar, há todavia

perder de vista o essencial – a segurança

que deixar muito claro que os requisitos de

dos utilizadores, o cumprimento da lei e

Soluções de tração com máquinas sem

maior segurança para os utilizadores im-

a uniformidade de critérios traduzida no

redutor (“gearless”)

postos pela aplicação da emenda A3 são

respeito escrupuloso pelas regras da

Neste caso a solução UCM mais co-

aplicáveis a todos os ascensores (novas

concorrência.

PUB


Qualidade, segurança e ambiente

Segurança no setor dos ascensores Marco Pereira Orona Portugal, Lda.

Na conceção de um ascensor é importante ter em conta o design, a adaptabilidade ao edifício, a sustentabilidade, a poupança energética, os aspetos ecológicos, mas sobretudo a segurança para os utilizadores e técnicos de conservação. A nível de segurança, tem sido criada uma legislação adequada, embora sem efeitos retroativos, ou seja, sem aplicação prática aos ascensores já existentes.

Em Portugal, a legislação tem evoluído

tentava-se adequar o regulamento dos

rior a 200 lux na casa de máquinas e a

ao longo dos anos, adaptando-se a regras

ascensores elétricos aos ascensores hi-

50 lux na caixa;

cada vez mais exigentes.

dráulicos.

Em 1924, através do Decreto-Lei n.o 9924

Estas Normas aumentam significativa-

é publicada a primeira legislação relativa

mente a segurança dos utilizadores e dos

a ascensores onde se salienta a obrigato-

técnicos de conservação. Vejamos alguns

A 28 de setembro de 1998 é publicado o De-

riedade da utilização de um pára-quedas.

exemplos:

creto-Lei n.o 295/98 que transpõe a Diretiva

Mais tarde, em 1936 (Decreto-Lei n. 26591),

A caixa é exclusiva do ascensor;

Europeia 95/16/CE alterada posteriormen-

torna-se obrigatória, por exemplo, a utiliza-

É definido um volume de proteção para

te pela Diretiva 2006/42/CE (Decreto-Lei

os técnicos na parte superior da caixa e

n.o 176/2008) que estabelece os princípios

O acesso ao poço terá de ser efetuado através de um dispositivo fixo, por

o

ção de limitador de velocidade. Com a puo

blicação do Decreto-Lei n. 513/70 de 30 de

exemplo uma escada.

do poço;

gerais de segurança a que devem obedecer

outubro que aprova o Regulamento de Se-

A caixa tem de ser iluminada;

os ascensores e respetivos componentes

gurança de Elevadores Elétricos, verifica-

É obrigatória uma tomada de corrente

de segurança. De acordo com esta Direti-

no poço;

va é possível conceber, fabricar e colocar

O acesso à casa de máquinas tem de ser

os ascensores à disposição dos utentes, de

xa fechada, os encravamentos mecânicos e

seguro. No caso de acesso por alçapão,

várias formas, de acordo com os diferentes

elétricos, as portas cheias, a casa de máqui-

a escada tem de estar com uma incli-

anexos.

se um aumento significativo da segurança. Por exemplo, passa a ser obrigatório a cai-

nas exclusiva dos ascensores. Em 1991 são publicadas a Portaria 375/91

o

nação compreendida entre 70 e 76 , os ›

de 2 de maio onde é aprovada a Norma NP 3163/1 (1988) como Regulamento de

o

degraus têm dimensão bem definida;

Numa das formas, o fabricante cumpre in-

A casa de máquinas tem de ter uma al-

tegralmente as Normas Técnicas (EN 81-1

tura mínima de 1,80 m;

Ascensores elétricos e EN 81-2 Ascensores

A botoneira de comando de revisão co-

hidráulicos) e depois, o instalador emite a

Segurança de Ascensores Elétricos, que

locada por cima da cabina tem carate-

declaração de conformidade, se tiver cer-

resultou da atribuição do estatuto de Nor-

rísticas próprias;

tificação para tal (ISO 9001:2008 + Anexo

É obrigatório colocar um dispositivo de

correspondente da Diretiva) ou, caso con-

(1985) e a Portaria 964/91 de 20 de setem-

controlo de rutura ou afrouxamento de

trário, contrata um organismo notificado

bro onde é aprovada a Norma NP EN 81-2

cabos de limitador em todos os ascen-

para efetuar os ensaios finais.

(1990) como Regulamento de Segurança

sores;

ma portuguesa à Norma Europeia EN 81-1

de Ascensores Hidráulicos. Pela primeira

vez aparece regulamentação própria para ascensores hidráulicos. Até esta data,

14

elevare

A cabina terá de ser dotada de um aven-

Outra das formas que esta Diretiva permite

tal com altura superior a 750 mm;

é, no caso de incumprimento de algum dos

O nível de iluminação tem de ser supe-

pontos da Norma, a realização de uma ava-


Qualidade, segurança e ambiente liação de risco por um organismo notificado

a que devem obedecer os ascensores para

Assim sendo, a Norma EN 81-80:2003 tem

para a Diretiva Ascensores e a definição de

facilitar a sua utilização por pessoas com

como objetivo:

medidas compensatórias. Neste caso, na

deficiência, a EN 81-72:2003 – Ascensores

Classificar por categoria diferentes pe-

minha opinião, estamos apenas a minorar

para bombeiros e a EN 81-80:2003 – Regras

rigos e situações perigosas, tendo sido

os riscos existentes e a tornar subjetiva a

para a melhoria da segurança dos ascenso-

efetuada uma avaliação dos riscos para

sua análise.

res existentes.

cada uma delas; ›

Fornecer ações corretivas com vista a

Em 2000, são publicadas as Normas NP EN

Se existem Normas Europeias estudadas

melhorar, de forma seletiva e progres-

81-1/2, com mais um contributo importan-

por comités técnicos especializados e a

siva, a segurança de todo o ascensor de

te para a segurança dos ascensores. Por

serem cumpridas na maioria dos estados

pessoas ou de carga no sentido do esta-

exemplo:

membros, porque é que Portugal não as

do de arte atual;

passa para o direito interno?

Colocação de balaustradas em cima das cabinas, se houver risco de queda

Permitir a possibilidade de verificar cada ascensor e de identificar e pôr em prá-

dos técnicos;

Com tanta evolução para os ascensores no-

tica medidas de segurança, de forma

Proteção da zona do contrapeso no

vos, então o que se tem feito pelos ascen-

progressiva e seletiva, em função da

poço;

sores mais antigos?

frequência e da severidade de cada risco;

Colocação de rede divisória a toda a al-

tura da caixa, se as cabinas estiverem a

O Comité Técnico CEN/TC10 – Comité Euro-

Pode ser utilizada como guia:

menos de 50 cm;

peu de Normalização desenvolveu a Norma

a) Das autoridades nacionais, para deter-

Existência de um sistema de comunica-

EN 81-80:2003 – Regras para a melhoria da

minar o seu próprio programa de imple-

ção bi-direcional com centro de inter-

segurança dos ascensores existentes.

mentação, seguindo um procedimento

venção.

por etapas, através de um processo de De acordo com esta Norma, mais de três

filtragem (Anexo I), de modo razoável e

Apesar da Direção Geral de Geologia e Ener-

milhões de ascensores encontram-se hoje

prático, fundamentado no nível de risco

gia publicar a lista das Normas que trans-

em funcionamento na União Europeia e na

(extremo, alto, médio, baixo) e de consi-

põem as Normas harmonizadas no âmbito

EFTA e quase metade foram instalados há

da Diretiva 95/16/CE relativa a ascenso-

mais de 20 anos. Os ascensores existentes

b) Dos proprietários para adaptar as suas

res (despacho do Diretor Geral da Energia

foram instalados com o nível de segurança

responsabilidades, segundo os regula-

n.o 9644/2010 de 8 de junho), estas não são

apropriado à época da sua instalação. Este

de cumprimento obrigatório!

nível de segurança é inferior ao atual estado de arte.

derações sociais e económicas;

mentos existentes; c) Das empresas de manutenção e/ou dos organismos de controlo, para informar os proprietários sobre o nível de segu-

Destas Normas destacam-se a EN 81-

rança das suas instalações;

28:2003 - Dispositivos de alarme remoto

Além disso, a esperança de vida é maior e

para ascensores e ascensores de carga,

as pessoas portadoras de uma deficiência

d) Dos proprietários, para modernizar os

prevê a realização de testes periódicos e cí-

esperam dispor da mesma acessibilidade

ascensores existentes voluntariamente

clicos para aferir do correto funcionamento

e conforto. Consequentemente, é particu-

e de acordo com a alínea c), na falta de

do sistema de comunicação bi-direcional, a

larmente importante disponibilizar, para as

regulamentação.

EN 81-70:2003 – Acessibilidade dos Ascen-

pessoas idosas ou portadoras de deficiên-

sores a pessoas, incluindo pessoas com

cia, um meio de transporte vertical seguro

A Norma EN 81-80:2003 identifica 74 ris-

deficiência, onde se definem os requisitos

não necessitando de qualquer vigilância.

cos/situações de risco responsáveis pelos

Falta de avental ou com um comprimento inadequa-

Falta de proteção nas partes em movimento (Risco

Má precisão de paragem

do (Risco de queda para os utilizadores durante a

de entalamento ou esmagamento para os técnicos

(Risco de queda para os utilizadores).

operação de resgate).

de conservação).

elevare 15


Qualidade, segurança e ambiente Apenas o Decreto-Lei n.o 320 /2002 de 28 de dezembro no seu artigo 17.o define o se-

Safety

guinte: ›

Os ascensores devem ser dotados de cabina com porta. (Não se aplica a as-

Progressive (when?) and selective (what?)

censores instalados em edifícios exclusivamente habitacionais. Nestes ascenEN81-1/2

&D gy R nolo h c EN81-1/2 e T EN81-1/2

sores, apenas é necessário colocar um

EN81-1/2

dístico aprovado pela DGGE informando para o risco de entalamento/esmagamento, por exemplo, por um contentor

Safety existing lifts

caso este fique preso na soleira da por-

EN81-80 1920

1979

1985

1998

2000 2003

ta de patamar); ›

2010

Os ascensores devem ser dotados de um dispositivo de controlo de carga.

acidentes mais comuns que ocorrem nos

É certo que os ocupantes dos edifícios exis-

Por isso, o Estado Português deveria, à se-

ascensores. Esta Norma não é de cumpri-

tentes nas grandes cidades europeias são

melhança de outros países europeus, criar

mento obrigatório mas, por toda a Europa,

pessoas de maior idade, grande parte delas

um plano, co-financiado ou não, articulado

a grande maioria dos países, após efetuar

reformadas, vivendo das pensões de refor-

com as empresas de conservação para

uma avaliação dos riscos existentes no

ma e, por conseguinte, sem grandes meios

que, após se caraterizar o parque nacional

parque de ascensores instalados nos seus

financeiros para proceder à modernização

de ascensores, se definam quais as medi-

edifícios, traçou um plano de trabalhos

dos ascensores.

das a implementar de imediato e quais a implementar, por exemplo, até à próxima

escalonados no tempo para implementar ações corretivas, de forma a incrementar o

Por outro lado, a atual conjuntura econó-

inspeção periódica ou num espaço tempo-

nível de segurança dos ascensores existen-

mica também não facilita. É um problema

ral de 10 ou 20 anos.

tes. Por exemplo, a Espanha identificou 16

social! Desta forma, teríamos a certeza que, quan-

riscos mais críticos e publicou uma lei (RD 57/2005 de 21 de janeiro) que obriga à sua

E em Portugal? O que se tem feito para me-

do utilizássemos um ascensor antigo, este

implementação.

lhorar a segurança dos utilizadores e dos

cumpriria os padrões mínimos de seguran-

técnicos de conservação nos ascensores

ça utilizados atualmente.

Com estas medidas vamos aproximando o

antigos? É tão fácil!

nível de segurança dos ascensores antigos ao atualmente exigido!

Haja vontade política!

Infelizmente, praticamente nada!

Anexo I – Lista de Riscos/Situações de Risco detetados em ascensores antigos.

Risco n.o

16

Risco/Situação de Risco

Nível de Risco

Risco para Utentes

Risco para Técnicos

Risco para Proprietário X

1

Presença de materiais perigosos

Alto

X

X

2

Sem ou com acesso limitado para deficientes

N/A

X

-

-

3

Má precisão de paragem /nivelamento

Alto

X

-

X

4

Sem ou com resistência anti-vandalismo insuficiente

N/A

X

-

-

5

Sem ou com funções de controlo inadequadas em caso de incêndio

N/A

X

-

-

6

Caixa fechada com paredes perfuradas (rede)

Alto

X

X

X

7

Caixa parcialmente fechada

Alto

X

X

X

8

Sistema de encravamento inadequado para acesso à caixa e ao poço

Alto

X

X

X

9

Superfície vertical inadequada por baixo da soleira da porta

Alto

X

X

X

10

Contrapeso/massa de equilíbrio sem pára-quedas no contrapeso

Baixo

X

-

X

11

Separação CWT/cabina no poço

Baixo

-

X

X

12

Falta ou inadequada separação de poços

Baixo

-

X

X

13

Falta ou inadequada separação de caixas

Alto

-

X

X

14

Falta de espaços de segurança no topo da caixa e no poço

Alto

-

X

X

15

Acesso perigoso ao poço

Alto

-

X

X

16

Falta ou inadequado interruptor de poço ou da casa de rodas

Alto

-

X

X

17

Sem ou inadequada iluminação de caixa

Alto

-

X

X

18

Sem sistema de alarme no poço e no topo da cabina

Médio

-

X

X

elevare


Qualidade, segurança e ambiente

Risco n.o

Risco/Situação de Risco

Nível de Risco

Risco para Utentes

Risco para Técnicos

Risco para Proprietário X

19

Sem acesso ou acesso perigoso às casas de máquina e de rodas

Alto

-

X

20

Pavimento escorregadio da casa de máquina e/ou de rodas

Baixo

-

X

X

21

Folgas insuficientes na casa de máquinas

Médio

-

X

X

22

Falta ou inadequadas proteções dos níveis na casa de máquina e/ou de rodas

Alto

-

X

X

23

Iluminação inadequada da casa de máquinas/de rodas

Alto

-

X

X

24

Meios para movimentação de cargas inadequados (ganchos)

Baixo

-

X

X

25

Portas de lagarto no patamar e/ou na cabina

Alto

X

X

X

26

Design inadequado dos equipamentos das portas de patamar

Alto

X

X

X

27

Vidro inadequado nas portas

Alto

X

X

X

28

Falta ou inadequada proteção contra entalamento dos dedos nas portas automáticas de cabina ou de patamar em vidro

Baixo

X

-

X

29

Falta ou inadequada iluminação na zona das portas de patamar

Médio

X

X

X

30

Falta ou inadequados meios de proteção nas portas automáticas

Alto

X

X

X

31

Sistema de encravamento inadequado das portas de patamar

Alto

X

X

X

32

Desbloqueamento da porta de patamar sem chave especial

Alto

X

-

X

33

Caixa fechada com paredes perfuradas perto dos encravamentos de porta

Alto

X

X

X

34

Portas automáticas sem sistema de encravamento automático

Alto

X

X

35

Ligação inadequada entre painéis da porta de patamar

Médio

X

X

36

Falta de resistência ao fogo das portas de patamar

Médio

X

X

37

Movimentação da porta de cabina quando a porta de patamar está aberta

Médio

X

X

38

Área superior à carga nominal

Baixo

X

39

Comprimento do avental inadequado

Alto

X

X

40

Cabina sem porta

Alto

X

X

41

Encravamento inseguro do alçapão de resgate no teto da cabina

Médio

X

X

42

Falta de resistência do teto da cabina

Baixo

43

Falta ou inadequada balaustrada de cabina

Alto

44

Ventilação insuficiente da cabina

Médio

X

45

Iluminação inadequada da cabina

Médio

X

46

Falta ou inadequada iluminação de emergência de cabina

Médio

X

47

Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens

Médio

48

Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra saída de cabos

Médio

X

X

49

Falta ou inadequada proteção das rodas de tração, de desvio e engrenagens contra a introdução de objetos

Baixo

X

X

50

Falta ou inadequado paraquedas e ou limitador em ascensores elétricos

Alto

X

X

51

Falta ou inadequado interruptor do limitador?

Médio

X

X

52

Falta de sistema de controlo de sobre velocidade da cabina à subida em ascensores elétricos

Médio

X

X

53

Design inadequado das máquinas de tração dos ascensores elétricos

Alto

X

X

54

Falta ou inadequado sistema de proteção contra queda livre; sobre velocidade em ascensores hidráulicos

Alto

X

X

55

Contrapeso guiado por arames

Baixo

X

X

56

Falta ou amortecedores inadequados

Alto

X

X

57

Falta ou inadequados interruptores de fim de curso

Médio

X

X

58

Folga exagerada entre a cabina e parede

Alto

X

X

59

Folga exagerada entre soleiras de porta

Alto

X

X

60

Falta ou inadequado sistema de operação de emergência

Alto

X

X

61

Sem válvula de fecho (hidráulico)

Baixo

X

X

62

Sem contactores de arranque independentes

Alto

X

X

63

Falta ou inadequado sistema de deteção de alongamento de cabos/correntes de suspensão (em caso de 2 cabos/correntes

Médio

X

X

X

X X X X

64

Sem limitador de tempo de funcionamento

Baixo

X

X

65

Falta ou inadequado indicador de baixa pressão

Médio

X

X

66

Proteção insuficiente contra choques elétricos e/ou marcação dos equipamentos elétricos; falta de marcações

Alto

X

X

67

Falta de proteção ao motor de tração

Baixo

X

X

68

Interruptores principais não bloqueáveis

Médio

X

X

69

Sem proteção contra inversão de fase

Baixo

X

X

70

Falta ou inadequado comando de revisão no topo da cabina

Alto

71

Falta ou inadequado sistema de alarme

Alto

X

X

72

Falta ou inadequado sistema de intercomunicação entre cabina e C.M (curso > 30 m)

Médio

X

X

73

Falta ou inadequado sistema de controlo de carga

Baixo

X

X

74

Falta indicações, marcações e instruções de operação

Médio

X

X

X

elevare 17


Notas técnicas

A nova legislação de Segurança contra Incêndio em Edifícios Ângelo Mota Almeida Responsável Técnico da ENOR

O artigo tenta resumir e comentar alguns dos requisitos mais importantes aplicáveis aos ascensores estabelecidos pelo novo regulamento de segurança contra incêndio, servindo como ponto de partida para o conhecimento da legislação.

1. A NOVA LEGISLAÇÃO O Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios, sendo as condições técnicas gerais e específicas estabelecidas pelo regulamento técnico aprovado pela Portaria n.º 1532/2008 de 29 de dezembro. A legislação aqui discutida aplica-se só a edifícios cujo licencia-

Nota: todos os artigos mencionados no artigo referem-se à portaria 1532/2008 exceto quando indicada outra legislação.

mento tenha sido requerido após o dia 1 de janeiro de 2009. A sua aplicação a imóveis classificados está salvaguardada por um

ser isoladas dos restantes espaços do edi-

padrão EI 30, para as paredes não resis-

artigo próprio que prevê a adoção de me-

fício, com exceção da caixa do elevador ou

tentes, REI 30, para as paredes resisten-

didas de auto-proteção adequadas, aprova-

da bateria de elevadores, por elementos de

tes e E 15 C, para as portas de patamar;

das pela Autoridade Nacional de Proteção

construção com as classes de resistência

b) Para edifícios de altura inferior superior

Civil em favor do cumprimento das Normas

ao fogo padrão EI 60, para as paredes não

a 28 m: EI 60, para as paredes não re-

de Segurança Contra Incêndio.

resistentes, REI 60, para os pavimentos e as

sistentes, REI 60, para as paredes resis-

paredes resistentes e E 30 C, para as por-

tentes e E 30 C, para as portas de pata-

Importa para já tomar contacto com os

tas. Realce aqui para as portas das casas

mar.

requisitos básicos aplicáveis ao setor do

das máquinas que encontram finalmente a

transporte vertical uma vez que se está

sua identidade: estanques ao fogo 30 minu-

Devem ainda dispor de paredes EI ou REI 60

ainda no início da aplicação desta legislação

tos com fecho automático (C).

e portas de patamar E 30, quando sirvam mais do que um piso abaixo do plano de re-

cuja aplicação no terreno vai acontecendo em função do licenciamento de novos pro-

Para o significado das letras R, E, I e C ver

ferência. Ter em conta que nos pisos abaixo

jetos de construção civil.

ponto 5.

do plano de referência, os acessos aos elevadores que sirvam espaços afetos à utili-

O isolamento e proteção das caixas dos

zação-tipo II (Estacionamento) devem ainda

2. REQUISITOS BÁSICOS

elevadores apresentados pelo art.º 28 es-

ser protegidos por uma câmara corta-fogo.

DAS INFRA-ESTRUTURAS RELATIVAS

tipula que as paredes e portas de patamar

Ponto importante é o que estabelece que as

A ELEVADORES

devem cumprir:

portas de patamar são obrigatoriamente de

Relativo à casa de máquinas, quando exis-

a) Para edifícios de altura inferior ou igual

funcionamento automático. Este requisito

tir, o art.º 101.º estabelece que estas devem

a 28 m: classes de resistência ao fogo

merece uma atenção especial a ter em con-

18

elevare


Notas técnicas ta em remodelações por causa das áreas

diferença relativamente aos requisitos da

pelo art.º 103º aponta para que os ascen-

disponíveis e na instalação, por exemplo, de

área prevista diante da porta de patamar

sores sejam equipados com dispositivos de

plataformas elevatórias cabinadas vulgo

dos ascensores prioritários de bombeiros

chamada em caso de incêndio, acionáveis

“Homelifts”.

é um tema importante que merece discus-

por operação de uma fechadura com con-

são dadas as questões de segurança que se

tato localizada junto das portas de patamar

Finalmente para edifícios com altura su-

prendem com o comportamento do ascen-

do piso do plano de referência, mediante

perior a 28 m, os elevadores podem co-

sor durante a sua utilização para evacuação

uso de chave especial, e automaticamente,

municar diretamente com as circulações

e combate ao incêndio; a NP EN 81-72, por

a partir de sinal proveniente do quadro de

horizontais, com exceção dos ascensores

exemplo, declara que deixa de ser aplicável

sinalização e comando do sistema de alar-

prioritários de bombeiros que devem ser

no momento em que a câmara corta-fogo

me de incêndio, quando exista.

servidos por um átrio com acesso direto à

for violada pelas chamas.

câmara corta-fogo que protege a escada

O regulamento estabelece que à exceção

e contém os meios de combate a incêndio.

de determinadas situações específicas nele

Refira-se que não existe no regulamento

3. REQUISITOS ESSENCIAIS PARA TODOS

definidas (alínea 1 do artigo 116.º), todos os

definição para átrio mas fica claro que não

OS ASCENSORES

edifícios devem ser equipados com instala-

é uma câmara corta-fogo se levarmos

Olhando agora para as exigências aplicáveis

ções que permitam detetar o incêndio e, em

em conta o texto do artigo 105º o qual dis-

a todos os ascensores instalados em edi-

caso de emergência, difundir o alarme para

pensa o sensor de temperatura por cima

fícios abrangidos pelo novo regulamento,

os seus ocupantes, alertar os bombeiros e

da verga da porta se “o acesso ao átrio for

começamos pelos indicativos de segurança

acionar sistemas e equipamentos de segu-

efetuado por câmara corta-fogo“ – a NP EN

previstos no art.º 102 em que se estabelece

rança.

81-72:2007 dá-nos a sua definição de átrio

que junto dos acessos aos ascensores deve

protegido contra o fogo como um espaço

ser afixado o sinal com a inscrição: «Não

A chave de acionamento do dispositivo de

protegido do fogo, permitindo um acesso

utilizar o ascensor em caso de incêndio» ou

chamada em caso de incêndio deve estar

seguro a partir das áreas de utilização do

com pictograma equivalente. O Dispositivo

localizada junto à porta de patamar do piso

edifício ao ascensor de bombeiros. Esta

de chamada em caso de incêndio referido

do plano de referência, alojada em caixa

PUB


Notas técnicas protegida contra o uso abusivo e sinalizada

gislador adotou alguns dos requisitos es-

funcionamento automático com largura

com a frase «Chave de manobra de emer-

tabelecidos pela Norma Europeia EN 81-72

não inferior a 0,8 m; para equipamentos

gência do elevador». Caso exista um posto

relativa a ascensores de bombeiros.

destinados a evacuação de pessoas em ma-

de segurança, deverá existir aí uma cópia da chave referida.

cas ou camas a cabina deve ter 1,1 m x 2,1 m O regulamento define como ascensor

e as portas não inferiores a 1,1 m.

prioritário para bombeiros, um ”elevador O comportamento do ascensor na sequên-

situado na fachada de um edifício ou no seu

O legislador cria condições para que o

cia da ativação do dispositivo de chamada (e

interior, dispondo neste caso de caixa própria

auto-socorro do bombeiro que utiliza o

que na Norma NP EN 81-72:2007 é designa-

protegida, equipado com maquinaria, fonte

ascensor para o combate ao incêndio seja

do de Fase 1) deve ser o seguinte:

de energia permanente e comandos espe-

possível exigindo um alçapão de socorro

a) Enviar as cabinas para o piso do plano

cialmente protegidos, com dispositivo de co-

no teto da cabina com dimensões mínimas

de referência e mantê-las aí estaciona-

mando para utilização exclusiva pelos bom-

de 0,4 m x 0,5 m para os ascensores de

das com as portas abertas;

beiros, em caso de emergência”.

630 kg e 0,5 m x 0,7 m para os restantes

b) Anular todas as ordens de envio ou de

com meio de acesso a partir do interior

chamada eventualmente registadas;

O art.º 104 refere que este ascensor deve

da cabina, degraus escamoteáveis por

c) Neutralizar os botões de chamada dos

ser aplicado em edifícios de altura superior

exemplo para permitir a abertura do alça-

patamares, os botões de envio e de pa-

a 28 m ou com mais de dois pisos abaixo do

pão além de uma escada que colocada no

ragem das cabinas e os dispositivos de

plano de referência servindo todos os pisos

interior ou exterior da cabina que permite

comando de abertura das portas;

do edifício e cada compartimento corta-fogo

ao bombeiro a saída para o patamar mais

c) Se, no momento do acionamento do dis-

(referência aparentemente distinta da indi-

próximo, medida que perante as distâncias

positivo, qualquer das cabinas se encon-

cada pelo art.º 28º) neles estabelecidos por

entre portas de patamar que podem existir

trar em marcha, afastando-se do piso

via da compartimentação geral e as zonas

nas caixas poderá não ser suficiente, sendo

do plano de referência, devem parar,

de refúgio referidas no artigo 68º. Deve ser

aconselhável seguir o requisito estabeleci-

sem abertura das portas e, em seguida,

identificado no patamar do plano de referên-

do na NP EN 81-72 de colocação de escada

ser enviadas para o piso referido.

cia com a inscrição «Ascensor prioritário de

fixa no interior da caixa do ascensor.

bombeiros» ou pictograma equivalente. A exigir particular atenção está o facto

Deverá estar previsto um sistema de in-

de existir um sinal de aviso que deve soar

Além do dispositivo de chamada referido no

tercomunicação entre a cabina e o piso do

na cabina se, no momento de acionamen-

ponto anterior, está previsto um dispositivo

plano de referência e o posto de segurança,

to do dispositivo, o ascensor se encontrar

complementar acionado por chave própria,

quando exista.

em serviço de inspeção ou de manobra de

colocado no piso do nível de referência, que

socorro. Os técnicos de manutenção de-

desencadeia uma segunda atuação e o co-

Refira-se que se o ascensor partilhar a cai-

verão ser informados em particular sobre

loca ao serviço exclusivo dos bombeiros,

xa com outro ascensor como o caso dos

este ponto e sobre a correta forma de agir.

restabelecendo a operacionalidade dos bo-

ascensores duplos, as paredes da caixa

O funcionário que se encontrar no teto da

tões de envio da cabina e dos dispositivos de

desse ascensor deverão cumprir os re-

cabina, deve sair para o patamar, colocar

comando de abertura das portas devendo a

quisitos do artigo 28.º o que implica que

o ascensor em modo automático para que

chave de manobra cumprir com os requi-

a parede divisória da caixa deverá ter as

regresse ao plano de referência e sair do

sitos da chave do dispositivo de chamada.

caraterísticas, tendo em conta a altura do

edifício através do caminho previsto de eva-

Alerta-se que a chave da manobra de bom-

edifício, de REI30/REI60 ou EI30/EI 60 quer

cuação do edifício. Caso se encontre na casa

beiros deve estar colocada na porta de pa-

se tratem de paredes resistentes ou não.

de máquinas, ou qualquer local de maqui-

tamar e não no interior da cabina.

Quanto ao poço de cada ascensor, este

naria (que para um ascensor sem casa de

deve ser equipado com meios apropriados

máquinas corresponde ao local da máqui-

O regulamento não estabelece mais ne-

para impedir o aumento do nível da água

na e quadro de manobra) deve proceder da

nhum requisito relativamente ao compor-

acima do nível dos amortecedores da ca-

mesma forma.

tamento do ascensor quando é colocado

bina completamente comprimidos, deven-

em modo de uso de bombeiros e que na NP

do ser adotado um sistema de drenagem

EN 81-72: 2007 é referido como Fase 2.

conforme previsto no Capítulo X do regu-

Caso o ascensor esteja imobilizado por atuação de um dispositivo de segurança quan-

lamento.

do for acionado o dispositivo de chamada,

A capacidade de carga nominal exigida não

deve-se manter imobilizado.

pode ser inferior a 630 kg aumentando este

O percurso entre o plano de referência e o

valor para 1000 kg quando são equipamen-

piso mais afastado deste deve ser feito num

tos para evacuação de pessoas em macas

tempo inferior a 60 segundos, que será rea-

4. ASCENSORES PARA USO PRIORITÁRIO

ou camas de ascensores com acesso duplo.

lizado com o ascensor alimentado por uma

DE BOMBEIROS

A cabina de capacidade de carga de 630 kg

fonte de emergência como a definida no

Abordemos agora o ascensor para uso

deve ter dimensões de 1,1 m x 1,4 m com

artigo 72º e que deverá existir sempre que

prioritário de bombeiros para o qual o le-

portas de patamar e cabina deslizantes de

exista ascensores de bombeiros.

20

elevare


Notas técnicas Realce para as classes de proteção exigidas

b) Ter capacidade de carga nominal não

novos patamares o que irá representar um

para certo equipamento elétrico localizado

inferior a 1 600 kg, dimensões mínimas

custo acrescido para os ascensores, colo-

na caixa e cabina (IPX3) e instalado a menos

de 1,3 m × 2,4 m, e portas com largura

cando mais pressão nos custos da cons-

de 1 m do fundo do poço (IP67).

não inferior a 1,3 m.

trução, em especial para edifícios de altura superior a 28 m ou mais de 2 caves e

No artigo 105º mencionam-se os dispositi-

Os artigos 211º e 214º definem as condições

hospitalares e lares de idosos. Fica desde já

vos de segurança contra a elevação anor-

para instalação de uma monta carros em

o repto à Elevare para que convide outros

mal da temperatura.

edifícios de habitação e estacionamento.

profissionais a apresentar a sua experiência e conhecimento da nova legislação de segu-

Os parâmetros que compõem as classes

rança contra incêndio pois, como qualquer

5. OUTROS REQUISITOS

de resistência ao fogo padrão (Anexo II do

documento desta dimensão e complexida-

O artigo 235º estipula que os ascensores a

220/2008) para produtos de construção

de, não estará isento de críticas mas serão

instalar em edifício de utilização tipo V «Hos-

mencionados nos requisitos para ascenso-

estas, juntamente com a experiência do ter-

pitalares e lares de idosos» que não sendo

res são os seguintes:

reno que o poderão fazer evoluir.

de uso prioritário de bombeiros e se desti-

a) R: capacidade de suporte de carga;

nam a apoiar a evacuação de pessoas em

b) E: estanquidade a chamas e gases

camas, com assistência médica, devem, para

quentes;

Deixa-se entretanto uma sugestão: a consulta da Norma NP EN 81-72: 2007 Ascen-

além de alguns dos anteriormente mencio-

c) I: isolamento térmico;

sores de Bombeiros para esclarecimento

nados, cumprir os seguintes requisitos:

f)

e adoção de eventuais medidas para situa-

C: fecho automático;

a) Possuir acesso protegido por câma-

ções consideradas importantes mas que se

ra corta-fogo em todos os pisos, com

encontrem omissas na atual legislação.

exceção dos átrios de acesso direto ao

6. CONCLUSÕES

exterior e sem ligação a outros espaços

Face ao apresentado conclui-se que o grau

Concluímos referindo que a leitura deste

interiores distintos de caixas de escadas

de exigência aumentou relativamente à le-

artigo não dispensa a leitura da legislação a

protegidas;

gislação anterior, levando a segurança para

qual aconselhamos vivamente.

PUB


Legislação

A legislação e o seu papel na regulação do setor de elevação Francisco Craveiro Duarte, José Pirralha ANIEER - Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes

INTRODUÇÃO O setor da elevação tradicionalmente (auto) regulado vive, atualmente, momentos de incerteza a que a não é alheia a profunda crise em que estamos mergulhados. Neste quadro, importa que todos os intervenientes tenham claro o seu papel e que as regras sejam totalmente claras e transparentes. Na presente conjuntura, o papel

Novas instalações;

Como decorre do seu próprio estatuto, es-

da regulação e o suporte da legislação são

Modernizações/reparações

tas Diretivas estão transpostas para o nos-

(instalações existentes);

so ordenamento jurídico, respetivamente

Serviço de assistência técnica/manu-

pelos DL 103/2008 e DL 295/98 com as

tenção.

alterações introduzidas pelo DL 176/2008.

fundamentais, num setor que tem como principal missão assegurar a movimenta-

ção de pessoas em condições de conforto e segurança. Todavia, nem sempre a existência da lei é condição suficiente, se bem

Vejamos então qual a situação e o suporte

De forma simplificada, podemos dizer que

que necessária, sendo fundamental o papel

legal para cada uma das atividades:

a colocação no mercado (ou em serviço) de novas instalações, incluindo-se neste

da tutela para que não haja perversão das regras do jogo.

1.1. Novas instalações

conceito a instalação de novas unidades em

Vivemos como é sabido uma profunda crise

edifícios existentes ou a substituição de as-

A ANIEER – Associação Nacional dos Indus-

no setor da construção civil com os inevitá-

censores, faz-se com base no Decreto-Lei

triais de Elevadores e Escadas Rolantes,

veis reflexos no negócio de novas instala-

n.o 295/98, no respeito pelos requisitos es-

consciente do seu papel, pretende com este

ções. Esta é, todavia, a área que em termos

senciais de saúde e segurança, recorrendo

artigo contribuir para situar os problemas

de suporte legal está melhor enquadrada

ou não às normas harmonizadas aplicáveis.

e chamar a atenção para os riscos que se

e regulada, pese embora se verifique a ne-

correm se, em tempo oportuno, não forem

cessidade de reforço dos mecanismos de

Neste processo, para lá das empresas, in-

tomadas medidas que re-coloquem a ati-

salvaguarda.

tervém uma nova categoria de agentes, denominados Organismos Notificados (ON), os

vidade no seu verdadeiro lugar. Questões como a aplicação da Diretiva 95/16/CE, o

Em Portugal, tal como na Europa em geral,

quais assumem em todo o processo um pa-

exercício da atividade de manutenção, a

as novas instalações são realizadas com

pel de extrema relevância, quer na certifica-

forma como as inspeções periódicas são ou

base num conjunto de Diretivas, designa-

ção de componentes e ascensores, quer na

não realizadas, devem merecer uma pro-

das Diretivas Nova Abordagem, as quais,

realização do controlo final, pós instalação.

funda reflexão por parte de todas as enti-

são suportadas num conjunto de normas

dades e/ou empresas envolvidas.

harmonizadas. Pese embora, o conjunto de

Em jeito de resumo podemos dizer que as

Diretivas com impacto direto na atividade

novas instalações podem ser colocadas no

seja bastante extenso, no âmbito deste arti-

mercado por duas vias fundamentais:

1. PONTO DE SITUAÇÃO - COMO ESTAMOS?

go faremos referência apenas às duas prin-

No que se segue, pese embora a atividade

cipais, dado o seu papel estruturante para

seja um todo, vamos especializá-la nas di-

todo o setor da elevação.

Ascensores com exame CE de tipo (modelo): neste caso, as empresas diretamente se forem empresas certificadas

ferentes áreas de negócio como forma de melhor podermos caraterizar a situação de

Referimo-nos naturalmente às Diretivas :

com extensão à Diretiva, ou através

cada uma. São as seguintes as três áreas de

Máquinas

2006/42/CE

de organismo notificado, procedem ao

atividade que nos propomos abordar:

Ascensores

95/16/CE

controlo final, e verificadas as condi-

22

elevare


Legislação

ções de instalação procedem à emissão

tindo zonas cinzentas que urge clarificar.

Municipais - em si mesmo uma vantagem,

da declaração de conformidade e à apo-

Sendo certo, nos termos do Decreto-Lei

não tem respondido, antes pelo contrário.

sição da marcação CE na cabina.

n.o 320/2002, que a substituição parcial de

As dificuldades de algumas Câmaras Muni-

componentes deve fazer-se de acordo com

cipais em responder às competências que

Ascensores em presunção de confor-

a Diretiva. Não está, todavia, claro o alcance

lhe estão cometidas pelo Decreto-Lei, a

midade: neste caso deve ser aferida a

e a extensão das suas implicações, havendo

juntar à perspetiva "puramente financeira"

aplicação das normas harmonizadas

interpretações díspares sobre esta matéria.

de algumas outras, leva a que o processo

correspondentes, seja pela própria em-

se tenha afastado dos saudáveis princípios

presa instaladora se para tal possuir

O exemplo mais ilustrativo desta falta de

que levaram à sua instituição – melhorar a

estatuto, seja através de organismo no-

clareza é a situação que resulta da instala-

segurança dos equipamentos, aproveitan-

tificado.

ção de porta de cabina em ascensores que

do para tal o conhecimento e a proximidade

a não possuem.

dos municípes.

declaração de conformidade e com a aposi-

Qual a extensão da intervenção?

Foi partindo desta realidade que nos últi-

ção da marcação CE, como na situação an-

Está claro que a porta deve obedecer aos

mos 3/4 anos dedicamos muito da nossa

terior. A situação do ponto de vista legal é

requisitos da Diretiva 95/16/CE, mas, o que

atenção à necessidade de alteração do DL

hoje suficientemente clara, havendo todavia

dizer do aumento de peso da cabina? Em

320/2002, propondo a melhoria dos aspe-

um défice do ponto de vista de controlo de

que medida se assegura que este aumen-

tos reformáveis, a substituição de outros,

aplicação da Diretiva que importa sublinhar.

to de peso é suportável pelos diversos ór-

bem como a introdução de instrumentos

Este processo fecha-se com a emissão da

gãos do ascensor afetados pela alteração,

que ajudem a melhorar o funcionamento

Começa a ser evidente que o nível de cum-

nomeadamente o pára-quedas? Como se

do diploma e com ele a melhoria de segu-

primento dos requisitos da Diretiva é pouco

refletem estas alterações no cadastro das

rança para os utilizadores. O problema das

consistente, havendo indícios de que há situ-

instalações? Como se inspecionam estes

instalações mais antigas e das suas condi-

ações no mercado pouco regulares, para as

equipamentos no futuro? Deixamos o lei-

ções de segurança é, todavia, uma questão

quais entendemos que a entidade responsá-

tor com estas interrogações, reiterando

comum à grande maioria dos países euro-

vel pela aplicação da Diretiva - DGEG, deve

que esta é uma área muito sensível, quer

peus, razão pela qual em 2000, a Comissão

dirigir a sua atenção.

do ponto de vista das salutares regras de

Europeia concedeu ao CEN (Comité Europeu

concorrência, quer pelas implicações na se-

de Normalização) mandato para a prepara-

gurança dos utilizadores.

ção de uma norma para a melhoria da segu-

1.2. Modernizações/Reparações Esta é a área de atividade onde a falta de re-

rança dos elevadores existentes, que viria a

gulação mais se faz sentir. Tal situação que

1.3. Assistência técnica/manutenção

já era suficientemente difusa em termos

As questões da manutenção estão hoje

de processo e de responsabilidade, assu-

suportadas no Decreto-Lei n.o 320/2002.

Esta norma, EN 81-80:2003, viria a ser

me com o advento dos ascensores modelo

Pese embora o esforço meritório de algu-

conhecida pelo acrónimo de SNEL (Safety

uma particular acuidade. Questões como

mas entidades – Empresas (EMAs), Enti-

Norm for Existing Lifts).

as que resultam da intervenção sobre com-

dades Inspetoras (Eis), Câmaras Municipais

ponentes de segurança (de acordo com o

(CM), e outras – a verdade é que os grandes

O que é a SNEL?

conceito da Diretiva) de ascensores modelo

objetivos desta legislação não foram atingi-

Partindo da constatação de que uma par-

são críticas, exigindo por isso uma resposta

dos. As Inspeções periódicas, peça nuclear

te significativa do parque existente, mais

das autoridades, que impeça uma completa

como garante da segurança das instala-

de 50%, tem 30 ou mais anos e tendo em

perversão dos critérios de segurança sub-

ções, ficaram muito aquém do esperado.

conta a natural evolução do estado de arte,

jacentes à aplicação das Diretivas.

ser publicada em 2003.

chegou-se à conclusão de que existem mais É hoje, um dado adquirido que o número de

de 70 pontos críticos, que correspondem a

Do nosso ponto de vista, qualquer interven-

IPs realizadas, não ultrapassa os 50-60%

outras tantas situações de risco, que afe-

ção sobre ascensores modelo que tenha

do parque, sem esquecer a complexa situa-

tam esses equipamentos. Todavia, reconhe-

que ver com componentes de segurança ou

ção resultante de grande número de reins-

cendo-se que as condições do parque são

outros que possam afetar funções de segu-

peções, que ou não se realizam nos prazos

diferentes de país para país e que as realida-

rança do equipamento só poderá ter um de

legais ou pura e simplesmente não se rea-

de económico-social são distintas, a norma

dois caminhos: ou se substitui o componen-

lizam, deixando fora do processo as situa-

contém em si mesmo os mecanismos para

te por outro igual, ou se se verificar qual-

ções mais problemáticas, gerando uma teia

a adaptação a cada país. Cada país decidi-

quer alteração tal implicará a necessidade

complexa de problemas no âmbito comer-

rá, as suas medidas, quais a prioridades e

de validação por organismo notificado.

cial, em benefício do infrator e agravando o

os respetivos calendários. O mapa a seguir

risco para os utentes.

ilustra a situação de aplicação da SNEL na

De igual modo, a modernização das unida-

Europa, encontrando-se Portugal no lote

des instaladas antes da entrada em vigor da

O diploma apresenta algumas fragilidades,

de países em que pouco ou nada foi feito no

Diretiva Ascensores, está pouco clara, exis-

a que a descentralização pelas Câmaras

sentido da sua aplicação.

elevare 23


Legislação ›

Construção de uma base de dados que institucionalize a obrigatoriedade do registo de todas as unidades, conferindo-lhe as valências necessárias para uma correta identificação do parque de elevadores, suas caraterísticas, legislação aplicável, controlo de IPs, entre outros.

2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela ›

Regulação do processo de IPs, estabelecendo os procedimentos a adotar e definindo regras e instrumentos a utilizar nas inspeções sem esquecer as disposições relativas às garantias de mobilidade segura para os portadores de deficiência;

Reforço do papel das auditorias às entidades envolvidas, empresas e entidades inspetoras;

› A cor significa: Standard EN 81/80 foi implementada através de uma lei nacional, incluindo uma posição definida de filtragem SNEL (definindo as medidas a serem adotadas, incluindo um calendário).

Criar/institucionalizar mecanismos de intervenção imediata sempre que se verifiquem situações e comportamentos que ponham em causa a segurança dos

Esta cor significa legislação nacional ou diretrizes a serem preparadas.

utilizadores ou comportamentos ética/ /profissionalmente reprováveis.

Esta cor significa: um progresso muito lento ou nada foi feito até agora ou nenhuma informação foi recebida/disponibilizada para uma implementação do EN81/80.

3. CONCLUSÕES Do que fica dito, é lícito retirar um conjunto Recolha e divulgação oficial das es-

de ideias força que na nossa opinião deve-

Que podemos esperar nos próximos tem-

tatísticas do parque de equipamentos

rão estar na base de um plano de ação para

pos? De forma telegráfica poderemos sin-

em exploração e em particular dos

os tempos que se avizinham:

tetizar as expetativas do setor em 3 gran-

acidentes;

2. EXPETATIVAS DO SETOR

A revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002

Cumprimento das exigências legais e

como peça nuclear, para melhorar a

2.1. Melhoria da segurança;

regulamentares de mobilidade segura

qualidade do parque instalado e reforçar

2.2. Reforço do controlo/fiscalização e re-

para todos, incluindo os portadores de

des áreas:

gulação da atividade;

deficiência.

a confiança dos proprietários e utentes; ›

A DGEG deve assumir uma liderança clara e efetiva de todo o processo, cha-

2.3. Maior e decisivo envolvimento da tutela. 2.2. Reforço do controlo/fiscalização

mando ao mesmo os meios humanos

Apresentamos na continuação as medidas

e regulação da atividade

necessários, contando para tal com a

que consideramos indispensáveis em cada

cooperação da indústria, em benefício

uma das vertentes, pese embora possamos considerar que as mesmas se entrecruzam

Alargamento do processo de IPs, cobrin-

do consumidor;

do o universo de unidades instaladas; ›

Adoção de medidas de salvaguarda que

As medidas de melhoria da segurança

garantam o normal funcionamento das

tipificadas na SNEL devem ser prioriza-

regras da concorrência, nomeadamente:

das e calendarizadas, processo este que

-

Processos de apoio à cobrança de

deve ser instituído através de um ade-

Nesta matéria consideramos prioritárias as

serviços prestados, naturalmente

quado instrumento legal. Este processo

seguintes medidas:

com a salvaguarda dos legítimos

deve ser desenvolvido com a participa-

direitos dos proprietários;

ção das associações do setor bem como

Acesso a documentação, informa-

de outros intervenientes, nomeadamen-

dades do setor, conferindo às IPs um pa-

ção técnica e ferramentas neces-

te em representação dos consumidores;

pel fundamental como garante das con-

sárias e/ou componentes, que per-

dições de segurança dos equipamentos;

mitam o exercício da atividade de

no seu espírito e letra com total respei-

Regulamentação da SNEL, definindo-se

manutenção de forma séria e res-

to pela segurança dos utilizadores, no-

quais as medidas a adotar e respetivos

ponsável, garantindo a segurança

meadamente das pessoas portadoras

calendários;

dos utilizadores;

de deficiência.

entre si. Vejamos: 2.1. Melhoria da segurança

Revisão do Decreto-Lei n.o 320/2002, por forma a adequá-lo às reais necessi-

24

elevare

-

A legislação existente deve ser aplicada


Dossier: eficiência energética

Eficiência energética F. Maurício Dias Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto, Fundação Politécnico do Porto

SUMÁRIO A eficiência energética é uma preocupação crescente na sociedade face a questões económicas e ambientais. É nesse cenário que o setor da elevação se insere e, também, deve responder afirmativamente ao desafio ultrapassando as barreiras existentes e aproveitando as oportunidades que vão surgindo com vista a contribuir para o © Gideon Tsang

bem comum através de adoção de medidas de promoção da eficiência energética.

PALAVRAS CHAVE Eficiência energética, desenvolvimento sus-

das suas reservas mundiais. Muito em-

final do século XX através da constatação

tentável, elevadores, diretivas comunitá-

bora, nos nossos dias se fale e se aposte

que todo o desenvolvimento económico

rias, modo standby, modo funcionamento.

nas energias renováveis como a solar e a

terá de estar suportado num equilíbrio eco-

eólica, estas apenas servem de comple-

lógico/ambiental e garantir a manutenção

mento a formas de produção de energia

da qualidade de vida das populações. A de-

1. INTRODUÇÃO

mais intensivas. Outro problema associado

finição mais usada para o desenvolvimento

Sempre que desenvolvemos qualquer ta-

à utilização dos combustíveis fósseis para

sustentável [1] é:

refa, tal como: ver televisão, utilizar um

produção de energia está relacionado com

computador, utilizar um veículo motori-

o aumento da concentração de dióxido de

fazer as necessidades da geração atu-

zado, utilizar uma caixa automática para

carbono na atmosfera, agravando o efeito

al, sem comprometer a capacidade das

consulta do saldo de uma conta bancária,

de estufa e tendo como consequência o

gerações futuras de satisfazerem as

utilizar o elevador para sair de casa... esta-

aquecimento global do planeta que arrasta

suas próprias necessidades, significa

mos a consumir energia. Este simples ato

uma série de outros problemas para todos

possibilitar que as pessoas, agora e no

diário, embora passe quase despercebido,

os seres vivos.

futuro, atinjam um nível satisfatório de

O desenvolvimento que procura satis-

desenvolvimento social e económico e

está presente no nosso trabalho, na nossa casa, nos transportes, no nosso conforto,

Perante esta situação estamos num dilema:

de realização humana e cultural, fazen-

ou seja, no nosso modo de vida. Esta depen-

ou abrandamos o consumo e hipotecamos

do, ao mesmo tempo, um uso razoável

dência faz com que a energia, nas suas mais

o nosso modo de vida, ou continuamos a

dos recursos da terra e preservando as

diversas formas, constitua algo de extrema

consumir para manter o estado atual e pro-

espécies e os habitats naturais.

importância para a sociedade atual e cujo

vocamos o colapso do planeta. Certamente

consumo tendencialmente se acentua fruto

a realidade não possui só duas faces, são

Ou seja, não devemos consumir os recur-

do desenvolvimento económico, da procura

possíveis outras saídas para o problema

sos naturais numa taxa superior à taxa de

de maior conforto por parte da população e

que satisfaçam todas as partes.

renovação desses recursos de modo a evitar o seu esgotamento.

do aumento demográfico da mesma. No entanto, há o reverso da medalha. A

2. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A forma de atingir o desenvolvimento sus-

maior parte da energia utilizada provém

A resposta a este problema está certamen-

tentável a nível energético assenta em três

dos combustíveis fósseis, tais como o pe-

te na definição e aplicação de políticas que

vetores complementares [2], ou seja:

tróleo, o carvão e o gás o que representa

tenham por base o conceito de desenvolvi-

uma grande preocupação face à diminuição

mento sustentável. Este conceito surge no

Intensificação da eficiência energética e da cogeração;

elevare 25


Dossier: eficiência energética ›

Aumento das energias renováveis;

que podem (e devem) ser implementadas e

Fixação de dióxido de carbono.

cujos resultados são facilmente visíveis em

variação de velocidade por variação de frequência;

termos económicos. As medidas a adotar

b) Utilização de motores de alto rendi-

No caso dos ascensores, e considerando

podem-se agrupar atendendo ao estado do

mento (Classe IE 3) ou muito alto rendi-

o elevado número de unidades em todo o

elevador, em modo standby e em modo de

mundo, segundo [3], na União Europeia, o

funcionamento.

consumo dos motores elétricos dos eleva-

mento (Classe IE 4); c) Aplicação de variadores de velocidade por variação de frequência a elevado-

dores/escadas mecânicas/tapetes rolantes

O modo standby é responsável por um

é de 11% do consumo de energia elétrica

consumo assinalável do equipamento, e

no setor terciário. Este facto revela que

em equipamentos com baixa utilização

a aplicação de técnicas que promovam a

pode ultrapassar 50% do consumo do

eficiência energética destes equipamentos

elevador. Por este facto deve ser dada

possui resultados extremamente motiva-

muita atenção a este estado quando pre-

Outras medidas de caráter mais geral tam-

dores para a redução dos consumos e com

tendemos tornar o elevador mais eficiente

bém devem ser adotadas para melhorar a

reflexos significativos na redução (indireta)

energeticamente. As principais medidas a

eficiência energética. Dessas medidas des-

de emissões de CO2.

tomar devem incidir em:

tacam-se:

a) Comando do Ascensor: mesmo com o

a) Tornar o elevador mais "leve" através

Com vista a promover uma drástica redu-

elevador parado há diversos equipa-

da utilização de novos materiais para

ção de emissões de CO2, e dar cumprimen-

mentos a consumir energia (autómato,

que a máquina possa ter uma potência

transformadores, ...);

to ao Protocolo de Kioto, a União Europeia emanou Diretivas que, direta ou indireta-

b) Displays nos patamares: lâmpadas ou

mente, abordam o tema da utilização de

segmentos continuamente ligados:

energia. As Diretivas mais relevantes são:

c) Painel de botoeira de cabina: situação idêntica à dos displays nos patamares;

Diretiva 2002/91/CE de 16 de dezembro

res com máquinas de 1 ou 2 velocidades; d) Utilização de variadores eletrónicos de velocidade com regeneração.

inferior; b) Sistema de arrefecimento da casa de máquinas controlado por termóstato; c) Nos ascensores com casa das máquinas, instalação de luminárias de baixo

de 2002 - "EPB - Energy Performance of

d) Variador de frequência: quando o as-

Buildings" (Desempenho Energético de Edi-

censor é dotado de um sistema de va-

fícios), transposta parcialmente para o di-

riação de frequência, o variador estará

d) Prever luminárias de baixo consumo

reito nacional pelo Decreto-Lei n.o 78/2006

sempre ativo, mesmo quando o ascen-

nos patamares, podendo o seu coman-

de 04 de abril, e a Diretiva 2005/32/CE de

sor não se encontra em movimento;

do ser efetuado por sensores de movi-

06 de julho de 2005 – “EuP – Energy Using

e) Cortina foto-elétrica ou célula foto-elétrica: continuamente ativo;

Products” (Requisitos de conceção ecológica dos produtos que consomem energia).

f)

Luz de cabina: em muitos ascensores,

consumo na casa de máquinas do ascensor;

mento; e) Instalação de luminárias de baixo consumo na caixa do ascensor.

além de possuir iluminação incandescente, está permanentemente ligada;

Ambas as Diretivas não referem explici-

Contudo, é importante ter em atenção que

tamente os ascensores quando se aborda

g) Motor da porta de cabina: sempre em

a preocupação com a eficiência energética

a temática do aumento da eficiência ener-

carga, para garantir que a porta de ca-

deve estar presente em todas as fases do

gética. Na Diretiva EPB são referidos es-

bina se mantém fechada;

produto, assim desde a conceção, venda

sencialmente equipamentos técnicos dos

h) Dispositivo de excesso de carga: siste-

edifícios como sistemas de aquecimento,

fício), utilização, manutenção e abate deve-

Extrator instalado no teto da cabina:

mos garantir que tudo foi feito de forma a

temas de isolamento térmico dos edifícios.

quando existe, em certos casos, pode

minimizar o consumo de energia.

Na EuP, por sua vez, também não se indi-

estar permanentemente ligado;

climatização e iluminação, bem como sis-

cam especificamente os ascensores, em-

i)

(adequação do equipamento ao tipo de edi-

ma continuamente ligado;

j)

Sistema de comunicação bidirecional:

bora sejam referidos por exemplo motores

para os ascensores instalados ao abri-

4. PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA –

elétricos, que farão parte integrante de um

go da Diretiva Ascensores a sua instala-

DIFICULDADES/DESAFIOS

ascensor. Em Portugal, o Sistema de Cer-

ção é obrigatória. É um dispositivo que

Nos nossos dias, a preocupação com a efici-

tificação Energética de Edifícios também

deve estar permanentemente ativo,

ência energética nos equipamentos de ele-

não contempla os ascensores com vista à

logo possui um consumo permanente.

vação é algo que começa a dar os primeiros

classificação energética do edifício, o que

passos, logo, a quebrar diversas barreiras

se revela uma lacuna importante e que

Quanto ao modo de funcionamento, tradi-

típicas da mudança. Salvo raras exceções,

urge corrigir.

cionalmente, somos mais sensíveis ao seu

as principais barreiras que se podem apon-

consumo quando comparado com o modo

tar estão associadas a:

standby. Aqui, as medidas a implementar

a) Pouca sensibilidade dos intervenientes

3. SOLUÇÕES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS

poderão incidir nos seguintes aspetos:

no mercado para as questões da efici-

Com vista a potenciar a eficiência energética

a) Utilização de máquinas sem redutor de

ência energética;

dos elevadores existem diversas medidas

ímanes permanentes com controlo por

26

elevare

b) Desconhecimento das tecnologias que


© Sancho McCann

Dossier: eficiência energética

permitem promover a eficiência ener-

finir a metodologia de certificação

das de promoção da eficiência energética

gética dos ascensores;

energética dos elevadores (a Norma

no setor é um dever moral para com as ge-

c) O Sistema Nacional de Certificação

alemã VDI 4707:2009 – Ascensores

rações futuras que todos temos de assumir

Energética e da Qualidade do Ar Interior

– Eficiência Energética (2009), define

e que a ELEVARE está a dar o primeiro passo

a metodologia);

destacando este tema na sua primeira pu-

nos Edifícios (SCE) não contempla os ascensores; d) Os fabricantes/instaladores, na grande

d) Alterações nos regulamentos: a.

maioria dos casos, desconhece o com-

sentação da classificação energéti-

portamento energético dos equipamentos; e) Utilização de tecnologias mais baratas e menos eficientes; f)

Quem adquire o equipamento, normal-

blicação.

Exigência, no ato da venda, de apre-

b.

ca do ascensor;

6. BIBLIOGRAFIA

Nas remodelações exigir que as

[1]

Report of the World Commission on Environ-

alterações sejam realizadas obser-

ment and Development, United Nations, Au-

vando-se as melhores práticas de

gust de 1987;

eficiência energética.

[2] Manual de Boas Práticas de Eficiência Ener-

mente, não é o cliente final, logo, no ato

e) As empresas de maior dimensão já apre-

gética, ISR – Departamento de Engenharia

da compra, a sua maior preocupação é

sentam soluções energeticamente mais

Eletrotécnica e de Computadores da Univer-

o preço;

eficientes o que faz com que o mercado

sidade de Coimbra, novembro 2005;

g) A eficiência energética dos equipamen-

tendencialmente as acompanhe.

tos não é um fator que pese na escolha

[3] Ferreira, F.; Coelho, D.; “Otimização de Sistemas Elétricos de Força Motriz", Revista Manu-

do equipamento, concorre com outros

tenção, n.o 85, 2005;

fatores mais valorizados (conforto, es-

5. CONCLUSÕES

tética, ...);

[4] Diretiva 1995/16/CE do Parlamento Europeu

As principais conclusões relativas ao tema

e do Conselho de 29 de junho de 1995 – Di-

h) Não existe uma norma europeia ou na-

da eficiência energética não são novas e

retiva Ascensores. Jornal Oficial das Comuni-

cional que defina os critérios com vista

aparecem numa perspetiva muito abran-

à determinação da classe energética

gente a nível global. A União Europeia, atra-

[5] Diretiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu

dos ascensores.

vés da publicação de Diretivas, pretende

e do Conselho de 16 de dezembro de 2002

colocar os seus membros numa posição

– EPB – Energy Performance of Buildings –

No entanto, existem outros aspetos que

ativa face a estas questões. O caso dos

Desempenho Energético de Edifícios. Jornal

podem ser considerados com vista a pro-

elevadores é uma peça deste puzzle com-

Oficial das Comunidades Europeias;

mover a aplicação de técnicas e tecnolo-

plexo mas com grande relevância face ao

[6] Diretiva 2005/32/CE do Parlamento Euro-

gias ao nível da eficiência energética des-

número de equipamentos instalados, o que

peu e do Conselho de 06 de julho de 2005

tacando-se:

representa uma fatia significativa nos con-

– EuP – Energy Using Products – Requisitos

a) O aumento crescente do preço da ener-

sumos de energia elétrica. No entanto, vá-

de Conceção Ecológica dos Produtos que

rios fatores, nomeadamente económicos e

Consomem Energia. Jornal Oficial das Comu-

gia elétrica;

dades Europeias;

b) Incentivos à adoção de medidas que vi-

desconhecimento técnico, levam a que haja

sem o fomento da eficiência energética;

alguma dificuldade na implementação das

[7] Norma Alemã VDI 4707:2009 – Ascensores

c) Adoção/criação de normas euro-

medidas. Independentemente de questões

– Eficiência Energética (2009), Verein Deuts-

peias ou nacionais com vista a de-

técnicas e económicas, a adoção de medi-

cher Ingenieure (VDI).

nidades Europeias;

elevare 27


Dossier: eficiência energética

Regeneração… O que é e como funciona Carlos Dias Gens Jorge Miguel Vasconcelos Pinto & Cruz elevadores e instalações

A regeneração é uma das tecnologias mais recentes para fazer frente à escalada dos preços da energia. Esta tecnologia permite utilizar a energia inercial proveniente da mecânica do elevador, escadas e tapetes rolantes e reaproveita-la colocando-a na rede elétrica do edifício. Nos elevadores elétricos, sendo nestes que se conseguem melhores resultados, a instalação de quadros de comando com variadores/conversores de frequência ou a adaptação ao comando existente de kits de variação de frequência tornou-se já uma

variadores têm de ter a mesma potência e

a vários variadores de frequência com a

técnica usual para a redução do consumo

essa situação por vezes não existe.

vantagem de podermos no mesmo grupo

energético do elevador, do desgaste mecâ-

de elevadores interligar vários equipamen-

nico das máquinas de tração e melhorar o

Com o aparecimento dos variadores re-

tos de potências diferentes e, até mesmo,

conforto dos passageiros nas deslocações

generadores, ou seja unidades que têm a

de marcas diferentes.

da cabina.

função de controlar o motor e aproveitar a energia que este produz quando está a

Apesar de todas as vantagens existentes ao

frenar colocando-a na rede elétrica, a ques-

ENTÃO COMO FUNCIONA A REGENERAÇÃO

nível da redução de consumo de energia, ao

tão acima descrita fica solucionada, mas

EM GRUPO?

utilizar a variação/conversor de frequência

o enorme custo por unidade desencoraja

Todos os quadros de comando de elevado-

nos elevadores, escadas e tapetes rolantes,

qualquer um, o que levou a Pinto & Cruz a

res, escadas e tapetes rolantes equipados

era do conhecimento geral que existia uma

procurar outra solução.

com variação de frequência têm incorpora-

percentagem de energia que era desper-

do resistências de frenagem cuja função é

diçada em forma de calor dissipada pelas

Essa solução apareceu mais recentemente

dissipar a energia produzida pelo motor da

resistências de frenagem dos variadores,

sobre a forma de uma unidade regenerado-

máquina de tração durante o seu funciona-

resultante do controlo de velocidade do

ra universal, que é composta por um inver-

mento nos momentos de frenagem e que,

elevador (frenagem). Uma das formas de

sor e uma reatância que além da função de

nesse instante, está a ser devolvida ao va-

aproveitar essa energia é interligar os bar-

filtro faz a leitura da sequência de fases, o

riador de frequência. Como este não tem

ramentos dos variadores/conversores de

que permite a ligação em paralelo com a

a capacidade de a devolver à rede, o que

forma que se um elevador estiver a frenar,

rede sem o menor problema para esta.

aumentaria substancialmente a energia no

o outro possa estar a aproveitar a energia

barramento com todos os inconvenientes

para tracionar a cabina, mas apesar de ser

Apesar de ser uma solução versátil, conti-

que daí advém, o variador envia automati-

uma situação interessante em especial por

nua a ser uma solução extremamente dis-

camente essa energia excedente para as

ser uma solução relativamente barata, esta

pendiosa quando colocada unitariamente

resistências de frenagem que a dissipa em

solução é pouco eficiente porque é preciso

por elevador. A solução encontrada pela

forma de calor.

que os elevadores estejam a funcionar em

Pinto & Cruz para contornar esta situação

condições inversas ao mesmo tempo, ou

foi, como se diz na linguagem popular, “divi-

Com a presença de uma única unidade re-

seja um a frenar e o outro a utilizar essa

dir o mal pelas aldeias”, ou seja pegar numa

generadora, temos a possibilidade de a li-

energia. A outra condição é que todos os

unidade regeneradora e ligar essa unidade

garmos em grupo entre vários variadores/

28

elevare


Dossier: eficiência energética conversores de frequências dos distintos

do consumo de energia em -30% no seu

elevadores, que automaticamente moni-

conjunto. Após a instalação do regenerador,

toriza a existência de excedente de energia

foi novamente monitorizada a instalação no

derivado das suas manobras e que seriam

mesmo intervalo de tempo e verificou-se

dissipadas pelas resistências de frenagem e

que a energia devolvida à rede era cerca de

reenvia essa energia para a rede elétrica do

17% que adicionado à redução de consumo

edifício perfeitamente limpa.

de energia pela instalação dos conversores de frequência concluiu-se que por cada ano

A primeira instalação deste equipamento

de consumo energético do grupo dos sete

com o conceito acima descrito foi executa-

elevadores, o equivalente a 2 (dois) meses

da pela Pinto & Cruz no Hospital Sra. da Oli-

são devolvidos à rede e dado que se trata de

veira em Guimarães, no qual utilizamos os

um unidade de saúde cujo tráfego é relati-

sete elevadores existentes com potências

vamente elevado o retorno do investimento

de 11 kW cada e interligamos em paralelo

será inferir a 5 (cinco) anos.

todos os variadores de frequência a um regenerador de 45 kW.

Em conclusão, a instalação de sistemas de regeneração de energia em elevadores, escadas e tapetes rolantes, além de mais ecológicos são economicamente vantajo-

A LIGAÇÃO DO REGENERADOR PODE SER FEITA DE DUAS FORMAS:

programada para enviar para a rede um ní-

sos essencialmente em edifícios de médio e

Através da saída da resistência de frena-

vel inferior àquele a que o conversor está

alto tráfego tais como hotéis, hospitais, edi-

gem, controlada pelo variador, e a outra

programado para enviar para a resistência

fícios de serviços, centros comerciais, aero-

através da ligação do barramento direta-

de frenagem.

portos e similares. Esta condição é fundamental para o aproveitamento energético,

mente, sendo aí o regenerador o principal elemento no controlo da energia existente

Nesta instalação foram utilizados um con-

dado que a energia que retorna se não for

no barramento, neste caso dos sete varia-

junto de 7 (sete) ascensores equipados de

utilizada pelos equipamentos de elevação é

dores existentes.

origem com máquina assíncrona com redu-

utilizada por outros equipamentos que na-

tora, dos quais apenas 2 (dois) já estavam

quele momento estejam ligados na coluna

A configuração utilizada no Hospital Sra.

equipados com comandos com controlo

de alimentação do edifício.

da Oliveira em Guimarães foi a segunda,

por variação de frequência, sendo os res-

uma vez que esta nos permite manter as

tantes de duas velocidades. Foi colocado

Cada vez mais se verifica que existem en-

resistências de frenagem presentes e em

um contador energético à entrada da insta-

tidades sensíveis às questões ecológicas,

caso de um possível bloqueio da unidade

lação antes de se proceder à remodelação

às poupanças energéticas e à renta-

regeneradora os elevadores continuam a

e monitorizado num período de tempo de-

bilidade

funcionar normalmente e sem qualquer

finido. Após a instalação de variadores de

mostrando-se recetivas às novas soluções

problema. Apesar das resistências estarem

frequência nos restantes cinco elevadores,

que o mercado vai oferecendo nesta área a

presentes, estas nunca irão dissipar a ener-

procedeu-se novamente à monitorização

que a Pinto & Cruz elevadores e instalações,

gia em excesso, salvo em caso de anomalia

da contagem energética no mesmo inter-

tem-se mantido pioneira na oferta das mais

da unidade regeneradora, porque esta está

valo de tempo e constatou-se uma redução

diversas soluções inovadoras.

dos equipamentos instalados,

elevare 29


Dossier: eficiência energética

Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes na União Europeia – Projeto E4 Aníbal de Almeida e João Fong ISR – Universidade de Coimbra

INTRODUÇÃO Atualmente existem cerca de 4,8 milhões de elevadores, bem como cerca de 75 mil escadas e tapetes rolantes instalados por toda a União Europeia dos 27. Todos os anos, 115 mil novos elevadores e 3,5 mil escadas rolantes são colocados em fun-

Figura 1. Distribuição de elevadores por setor.

cionamento. Tendo em conta as tendências demográficas, bem como uma necessidade crescente por conveniência, é esperado que

de associações nacionais de elevadores e

tributo para melhorar a compreensão do

o número de elevadores e escadas rolan-

escadas rolantes da Associação Europeia

consumo de energia e eficiência energética

tes instalados mundialmente aumente, tal

de Elevadores (ELA) de 19 países europeus

de elevadores e escalas rolantes na Euro-

como na Europa. O consumo energético

– Alemanha, Áustria, Bélgica, República

pa. Os objetivos desta campanha foram a

dos elevadores estima-se atualmente em

Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Gré-

ampliação da base empírica do consumo de

3 a 5% do consumo global de um edifício

cia, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Polónia,

energia de elevadores e escadas rolantes,

[1] [2]. Cerca de um terço do consumo fi-

Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, No-

fornecer dados de monitorização disponí-

nal de energia na Comunidade é utilizado

ruega e Suíça. O objetivo deste inquérito foi

veis publicamente e encontrar dicas para

no setor terciário e residencial, sobretudo

a caraterização dos equipamentos instala-

configurações de sistemas de elevada efi-

em edifícios. Devido à crescente exigência

dos, de acordo com as suas caraterísticas

ciência. O número inicial de instalações a

de conforto, o consumo de energia em edi-

tecnológicas básicas e o tipo de edifício

serem monitorizadas no âmbito deste Pro-

fícios registou recentemente um aumento

onde estão instalados. De acordo com os

jeto era de 50 mas, no final, 74 elevadores

significativo, sendo este um dos principais

resultados do inquérito existem cerca de

e 7 escadas rolantes, isto é, um total de 81

motivos que levaram a uma maior quan-

4,5 milhões de elevadores instalados nos

instalações, foram analisadas nos quatro

tidade de emissões de CO2. Existem, neste

19 países pesquisados. A Figura 1 mostra a

países em estudo: Alemanha, Itália, Polónia

setor, elevados potenciais de poupança

distribuição, por setor, dos elevadores ins-

e Portugal.

inexplorados em equipamentos energica-

talados em cada um dos países estudados. Foi feito um esforço para selecionar eleva-

mente eficientes, decisões de investimento e abordagens comportamentais. O Projeto

Nos países estudados, os elevadores re-

dores com diferentes idades e utilizando di-

E4 teve como objetivo melhorar o desem-

sidenciais representam, de longe, o maior

ferentes tecnologias de forma a permitir a

penho energético dos elevadores e escadas

grupo com cerca de 2,9 milhões de eleva-

comparação da performance de uma vasta

rolantes, nos edifícios do setor terciário e

dores em utilização. Segue-se o setor ter-

gama de elevadores com diferentes cara-

nos edifícios residenciais multi-familiares.

ciário com cerca de 1,4 milhões de elevado-

terísticas.

Este artigo tem como objetivo apresentar

res instalados e no setor industrial existem

os principais resultados do projeto.

apenas 180 mil elevadores.

A Figura 2 mostra a segmentação das unidades monitorizadas pelo tipo de tecnologia utilizada.

MERCADO EUROPEU DE ELEVADORES E

CONSUMO DE ENERGIA DOS ELEVADORES E

ESCADAS ROLANTES

ESCALAS ROLANTES

Foi utilizada uma metodologia comum a

Como parte do Projeto E4 foi realizado um

Uma campanha de monitorização foi rea-

todos os parceiros para garantir a repe-

inquérito com a colaboração dos membros

lizada no âmbito do Projeto E4 como con-

tibilidade das medições [3]. Esta metodo-

30

elevare


Dossier: eficiência energética solas operacionais, em cada piso e dentro da cabine do elevador, utilizados. Nos elevadores analisados, a gama de potência varia entre 15 W e 710 W. A importância relativa do consumo em standby varia entre 5% a 95%. Esta diferença surge sobretudo pela existência de diferentes perfis de utilização (quanto maior o número de viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo), mas também pela diferença nos valores medidos de consumo em viagem e em standby. Figura 2. Instalações monitorizadas por um tipo de tecnologia.

Combinando os resultados do inquérito de mercado e da campanha de monitorização, foi feita uma estimativa da energia utilizada nos elevadores europeus. A Figura 7 mostra uma estimativa do consumo de energia dos elevadores europeus em funcionamento e em standby, no setor residencial e terciário. Embora haja um número menor de elevadores instalados no setor terciário, os seus consumos de energia são muito maiores do que no setor residencial, devido à sua utilização mais intensa. A energia elétrica total consumida pelos eleFigura 3. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor ter-

vadores estima-se em 18,4 TWh, dos quais

ciário [mWh/kg.m].

6,7 TWh no setor residencial, 10,9 TWh no setor terciário e apenas 810 GWh no setor industrial.

logia descreve a medição da energia elé-

Os valores medidos da potência em standby

Como pode ser visto, o consumo de energia

trica consumida durante um período de

também apresentam uma grande variação.

eléctrica em standby representa uma parte

utilização normal de elevadores, escalas

Este consumo em standby deriva dos siste-

importante do consumo total de eletricida-

e tapetes rolantes. Em particular é feita

ma de controlo, iluminação, displays e con-

de, sobretudo em elevadores instalados no

a distinção entre o consumo em funcionamento e em standby nos equipamentos analisados. O consumo total de energia para um ciclo completo é influenciado por numerosos fatores internos, como o consumo do sistema de controlo, o conversor de frequência, equipamento auxiliar, aceleração e desaceleração para nomear apenas alguns, mas também varia com a carga e especialmente com o comprimento do poço do elevador, tornando difícil a comparação direta dos valores de consumo de um ciclo durante a fase de funcionamento. Por esta razão, uma abordagem normalizada, utilizando o consumo específico em viagem em mWh/

Figura 4. Consumo específico de energia, em viagem, em elevadores monitorizados no setor residencial

(kg*m), pode facilitar a comparação.

[mWh/kg.m].

elevare 31


Dossier: eficiência energética

Figura 7. Consumo anual de energia elétrica nos elevadores, UE-27.

Figura 5. Medição de energia em elevadores em standby no setor terciário.

Figura 8. Proporção do modo standby e modo de funcionamento em todo o consumo de energia dos elevadores [4].

custo-eficácia da utilização destas tecnologias; –

Os sobrecustos de manutenção, como a mão-de-obra e a substituição de peças, não foi incluída nos cálculos;

– Figura 6. Medição da energia em elevadores em standby no setor residencial.

Algumas tecnologias podem aumentar o consumo em standby enquanto reduzem o consumo durante a fase de funcionamento. Portanto, a sua aplica-

setor residencial onde o tempo gasto no

ainda não se encontram disponíveis para

ção deve ser cuidadosamente avaliada,

modo standby é maior. A Figura 8 apresen-

comercialização.

caso a caso.

ta a proporção do consumo de energia em modo de funcionamento e em standby, rela-

No que diz respeito aos valores alcançados

A Figura 9 mostra a estimativa do consumo

tivamente ao total, em elevadores do setor

de potencial de poupança, é importante re-

de energia nos elevadores, de acordo com

residencial e terciário.

ferir que:

os diferentes cenários propostos.

O custo inicial das tecnologias utilizadas, sendo uma questão importante

Os resultados mostram que é possível uma

ESTIMATIVA DAS POUPANÇAS ENERGÉTICAS

relativamente a esta aplicação não foi

poupança global de mais de 65%. A redu-

A estimativa de poupanças energéticas em

considerado, não se podendo, por isso,

ção de 10 TWh consegue-se utilizando as

elevadores é feita de acordo com uma me-

retirar conclusões quanto à relação

Melhores Tecnologias Disponíveis e de 12

tolodogia previamente descrita ao assumir dois cenários: 1. São utilizadas as Melhores Tecnologias Disponíveis (Best Available Technologies - BAT), 2. São utilizadas as Melhores Tecnologias Ainda não Disponíveis (Best Not yet Available Technologies - BNAT). As Melhores Tecnologias Disponíveis são atualmente os melhores componentes a serem comercializados e as Melhores Tecnologias Não Disponíveis são tecnologias em estado-de-arte que têm sido recentemente desenvolvidas mas que

32

elevare

Figura 9. Estimativa do consumo total de eletricidade em elevadores, de acordo com diferentes cenários.


PUB

TWh quando as tecnologias que estão a ser desenvolvidas são utilizadas, o que se traduz numa redução de cerca de 4,4 milhões de toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de CO2eq, respetivamente, com os métodos atuais de produção de eletricidade. A poupança no consumo de energia em standby é particularmente notável, mesmo no cenário BAT onde, embora sejam utilizados equipamentos de baixa potência estes estão sempre ligados, mesmo quando não estão a ser utilizados, o que é atualmente uma prática comum. A redução da po-

Weidmüller

Weidmüller

tência em standby de mais de 80% é considerada viável

Fontes de Alimentação

Conectores Industriais

com tecnologias “off-the-shelf”. Em particular, a utilização de iluminação LED pode desempenhar um papel crucial nesta redução.

CONCLUSÕES O potencial de redução da energia consumida no modo standby é uma oportunidade para a eficiência energética que não pode

Weidmüller

Weidmüller

Quadros para Fotovoltaicas

Ethernet/Profibus

ser ignorada: a necessidade energética no modo standby pode ser reduzida em mais do que 70% se for utilizada a melhor tecnologia disponível. No entanto, a percentagem do modo standby nos elevadores representa 5 a 95% do consumo total, o que é um amplo intervalo. Este amplo intervalo deriva, por um lado, do padrão de utilização – quanto maior o número de

Carlo Gavazzi

Carlo Gavazzi

viagens, maior a importância relativa deste tipo de consumo

Sensores de Nível

Sensores de Vento

– e, por outro lado, o consumo de energia durante o modo de funcionamento e o modo de standby é determinado pela tecnologia utilizada e pela sua eficiência energética. Os resultados da estimativa de poupanças mostram que é possível uma poupança global de mais do que 65%. A redução de 10 TWh é garantida pela BAT e de 12 TWh na BNAT,

Carlo Gavazzi

Carlo Gavazzi

o que se traduz numa redução de cerca de 4,4 milhões de

Relés de Estado Sólido

Contadores Analógicos e Digitais

toneladas de CO2eq e 5,2 milhões de toneladas de CO2eq, respetivamente, uma estimativa com base nos métodos actuais de produção de energia eléctrica.

REFERÊNCIAS [1]

Sachs, H. M. “Opportunities for elevator energy efficiency impro-

Schmersal

Schmersal

Autómatos de Segurança

Barreiras de Segurança IP69K

vements”, ACEEE, April 2005. www.aceee.org/buildings/coml_ equp/elevators.pdf; [2]

E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP3 D3.2-Country reports with the results of the monitoring campaign”, Report elaborated for the EC, December 2009, www.e4project.eu (documents section);

[3]

Brzoza-Brzezina, Krzysztof (2008): Methodology of energy me-

Enda

Enda

asurement and estimation of annual energy consumption of lifts

Controladores de Temperatura

Potenciometros Digitais

(elevators), escalators and moving walks. Project report of the E4 project. www.e4project.eu (documents section); [4] De Almeida, A. T., Patrão C., Fong J., Nunes U., Araújo, R. E4 - Energy Efficient Elevators and Escalators, “WP4 D4.2: Estimation of Savings”, Report elaborated for the EC, December 2009, www. e4project.eu (documents section).

AVControlo - Material Eléctrico, Lda. Centro Empresarial AAA - Rua Ponte de Pedra - 240 D19 - 4470-108 Gueifães - Maia Telefone: 220 187 283 - Fax: 222 455 240 www.avcontrolo.pt - geral@avcontrolo.pt


Dossier: eficiência energética

Normalização sobre eficiência energética em ascensores Miguel Leichsenring Franco

Baixo consumo

Eng.o Eletrotécnico,

A

Administrador da Schmitt-Elevadores, Lda

A

B C D

1. INTRODUÇÃO

E

A segurança, o conforto e o aproveitamento do espaço são os temas centrais com que

F

a indústria de ascensores normalmente se

G

preocupa. A eficiência energética não era

Alto consumo

discutida até há alguns anos. Contudo, o auFigura 1a.

Figura 1b.

conduziu ao rápido aumento de importân-

Europeia emanou várias Diretivas que se

posta parcialmente para o direito nacional

cia da temática da eficiência energética em

relacionam direta ou indiretamente com a

pelo Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril,

ascensores. Assim, quer para novos ascen-

temática da utilização de energia. As mais

e a Diretiva 2005/32/CE de 06 de julho de

sores quer para ascensores já instalados,

importantes são entre outras, a Diretiva

2005 – “EuP – Energy Using Products” (Requi-

são necessários métodos e procedimentos

2002/91/CE de 16 de dezembro de 2002 -

sitos de conceção ecológica dos produtos

que permitam a determinação e avaliação

“EPB - Energy Performance of Buildings” (De-

que consomem energia)3.

mento substancial do custo da energia elétrica associado à relevância da temática das alterações climáticas e à sustentabilidade,

da necessidade energética de ascensores e

2

sempenho Energético de Edifícios) , trans-

que possibilitem uma comparabilidade das diferentes soluções oferecidas pelos fabri-

mente para a ordem jurídica nacional esta O objetivo desta Diretiva passa pela promo-

Diretiva Comunitária, tendo como finalidade

cantes através de uma identificação fácil,

ção da melhoria do desempenho energético

assegurar a aplicação regulamentar, nome-

uniforme e normalizada da classe de efici-

dos edifícios na Comunidade, tendo em conta

adamente no que respeita às condições de

ência energética.

as condições climáticas externas e as condi-

eficiência energética, à utilização de sistemas

ções locais, bem como as exigências em ma-

de energias renováveis e, ainda, às condições

Este artigo apresentará um breve resumo

téria de clima interior e a rentabilidade eco-

de garantia da qualidade do ar interior, de

de algumas das normas atualmente exis-

nómica. Esta Diretiva estabelece requisitos

acordo com as exigências e disposições con-

tentes ou em fase de elaboração sobre a

em termos de:

eficiência energética em ascensores.

2

a)

enquadramento geral para uma metodologia

tidas em: a)

tamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) – De-

de cálculo do desempenho energético inte-

creto-Lei 80/2006 de 04 de abril, e

grado dos edifícios; b)

2. AS NORMAS EXISTENTES 1

Segundo um estudo da União Europeia , o setor dos edifícios será responsável por

c)

aplicação de requisitos mínimos para o de-

Regulamento das Caraterísticas de Compor-

b)

Regulamento dos Sistemas Energéticos e de

sempenho energético de novos edifícios;

Climatização dos Edifícios (RSECE) – Decreto-

aplicação de requisitos mínimos para o de-

Lei 79/2006 de 04 de abril.

cerca de 40% do consumo total de energia

sempenho energético de grandes edifícios

neste espaço geográfico. Cerca de 70% do

existentes que sejam sujeitos a importantes

consumo de energia deste setor verificar-

obras de renovação;

requisitos comunitários de concepção ecoló-

3

Esta Diretiva cria um quadro de definição dos

-se-á nos edifícios residenciais. Em Portu-

d)

certificação energética dos edifícios;

gica dos produtos consumidores de energia

gal, mais de 28% da energia final e 60% da

e)

inspeção regular de caldeiras e instalações

com o objetivo de garantir a livre circulação

de ar-condicionado nos edifícios e, comple-

destes produtos no mercado interno.

mentarmente, avaliação da instalação de

Prevê ainda a definição de requisitos a obser-

Por forma a dar cumprimento ao Protocolo

aquecimento quando as caldeiras tenham

var pelos produtos consumidores de energia

de Kyoto, no qual se definiu uma drástica

mais de 15 anos.

abrangidos por medidas de execução, com

redução da emissão de CO2, a Comunidade

O Decreto-Lei n.º 78/2006 de 04 de abril –

vista à sua colocação no mercado e/ou co-

Sistema Nacional de Certificação Energética

locação em serviço. Contribui para o desen-

e da Qualidade do Ar (SCE), transpõe parcial-

volvimento sustentável, na medida em que

energia elétrica é consumida em edifícios.

1

34

Ver Diretiva 2002/91/CE de 16.12.2002.

elevare


Dossier: eficiência energética Os ascensores não são referidos explici-

Contudo a sua adoção falha na falta de co-

energética e uma classificação em ter-

tamente nestas duas Diretivas, quando se

nhecimento e divulgação, bem como na dis-

mos energéticos de ascensores. É atu-

aborda a temática do aumento da eficiência

tribuição dos custos resultantes.

almente a Norma mais utilizada pelos

energética. Na Diretiva EPB são referidos

Um ascensor representa cerca de 3% a 8%

principais fabricantes europeus de as-

essencialmente equipamentos técnicos dos

do consumo anual global estimado de ener-

edifícios como sistemas de aquecimento,

gia elétrica de um edifício, em função da es-

climatização e iluminação, bem como sis-

trutura do edifício, do seu tipo de utilização,

Comité Técnico ISO/TC178 em colabora-

temas de isolamento térmico dos edifícios.

do tipo e da quantidade de ascensores neles

ção com o Comité Técnico CEN/TC10 ini-

Na EuP, por sua vez, também não se indicam

instalados. Este consumo anual de energia

ciou o desenvolvimento da Norma prEN

especificamente os ascensores, embora

elétrica é determinado por três fatores:

ISO 25745:2010.

sejam referidos, por exemplo, motores

a.

o consumo durante o standby5;

elétricos, que farão parte integrante de um

b.

o consumo durante cada manobra;

ascensor.

c.

a frequência de utilização do ascensor.

De acordo com um estudo da S.A.F.E –

O consumo de energia elétrica de um as-

mundo a incluir exigências em termos de

“Agência Suíça para a Utilização Eficiente da

censor é relativamente baixo quando com-

consumo de energia elétrica em ascenso-

Energia”, realizado em 2005, os ascensores

parado com outros equipamentos elétricos

res. A Norma SIA 380/4 “Energia elétrica

podem representar uma parte significativa

instalados num edifício, como os sistemas

em edifícios em altura” descreve, na parte

do consumo de energia num edifício (o con-

de aquecimento, de arrefecimento, venti-

referente a ascensores, baseia-se num es-

sumo energético de um ascensor poder re-

lação e iluminação. Mas perante o elevado

tudo de consumo de energia elétrica de as-

presentar em média 5% do consumo total

número de ascensores instalados num país

censores e os seus potenciais de poupança.

de energia de um edifício de escritórios). Na

(em Portugal estima-se que estejam ins-

Pela primeira vez faz-se referência à impor-

Suíça estima-se que o somatório do consu-

talados mais de 130.000 ascensores) ou

tância que assume o consumo de energia

mo de energia dos cerca de 150.000 ascen-

numa região, o consumo global dos equi-

elétrica em standby em ascensores.

sores instalados represente cerca de 0,5%

pamentos de elevação pode assumir uma

do total de 280 GWh de consumo energéti-

grande relevância.

censores; –

Em 2010 o grupo de trabalho WG10 do

2.1. A Norma suíça SIA 380/4 A Suíça foi um dos primeiros países do

co do país.

Para a Norma SIA 380/4 foi desenvolvido um método de cálculo do consumo ener-

Existem várias tentativas nacionais na defi-

gético de um ascensor a partir dos valores

O Projeto E4 – “Energy efficient elevators

nição de Normas que permitam comparar o

de consumo de energia elétrica extremos

and escalators”4 foi concluído em abril de

consumo energético de ascensores e ava-

medidos na manobra à subida e na mano-

2010 e tinha como objetivo a melhoria da

liar a eficiência energética:

bra à descida, ao longo de todo o curso do

eficiência energética de ascensores e esca-

ascensor.

Em 2000, em Hong-Kong, foram defini-

das mecânicas em edifícios de serviços e de

das regras para a eficiência energética

habitação.

de ascensores, tendo sido prescritos

Para a determinação do consumo anual de

valores limite para o consumo dos mo-

energia a partir dos valores medidos, é uti-

Como resultado do projeto verificou-se

tores elétricos, em função da velocida-

lizado o seguinte modelo:

que, do ponto de vista técnico, é possível

de e carga nominal dos ascensores;

obter-se uma redução no consumo ener-

Em 2005 foi introduzida na Suíça a

EF, a =

ZF * k1 * k2 * hmax * Pm

[Eq. 1]

v* 3600

gético através da adoção de modernas tec-

Norma SIA 380/4 “Energia elétrica em

nologias (máquinas gearless, variadores de

edifícios em altura” que descreve, entre

Legenda:

frequência de última geração, iluminação

outras, as exigências em relação aos

EF,a: consumo de energia para a movimentação da

por intermédio de lâmpadas LED, e outros).

ascensores; –

ZF: número de manobras por ano;

aumenta a eficiência energética e o nível de

4707 – Parte 1 pela Associação dos En-

k 1:

proteção do ambiente, e permite ao mesmo

genheiros Alemães (Verein Deutscher

tempo aumentar a segurança do forneci-

Ingenieure). É a base para a avaliação

mento de energia.

4

cabina (manobras) [kWh/ano];

Em 2009 (março) foi publicada a VDI

O Projeto E4 foi fomentado oficialmente pela Comissão Europeia no âmbito do programa “Intelligent Energy Europe” e foi desenvolvido conjuntamente entre a ELA (European Lift Association), a Universidade de Coimbra, a ENEA (Agências de energia italianas), a KAPE (Polónia) e o Frauenhofer Institut für System- und Innovationsforschung (Alemanha).

5

Estado em que se encontra o ascensor quan-

ascensor elétrico: k1=0,35; ascensor hidráulico: k1=0,30. k 2: fator de curso, curso médio/curso máximo: k 2=1 para 2 pisos;

do não está em movimento (ascendente ou descendente). O consumo de energia elétrica de standby é provocado por vários componentes do ascensor, nomeadamente o comando do ascensor, a sinalização (displays) instalados nos patamares, o variador de frequência e luz de cabina constantemente ligada.

fator de carga médio (fator tecnológico):

k 2=0,5 para > 2 pisos. Hmax: curso máximo, entre piso inferior e piso superior; Pm: Potência da máquina – indicada na chapa de caraterísticas [kW]; v:

velocidade [m/s]; 1 : tempo de viagem em horas vx3600 (simplificado)

elevare 35


Dossier: eficiência energética Este modelo descreve os fatores de carga,

ascensores é o facto de a eficácia desses

do as manobras de abertura e de fecho da

bem como um fator de curso, a partir dos

dados só poder ser verificada após a entra-

porta de cabina.

quais, com a indicação do curso máximo, da

da em funcionamento do ascensor.

potência do sistema de tração e velocida-

Para normalizar o valor do consumo ener-

de do ascensor, bem como do número de

A parte 2 desta Norma, que se encontra em

gético ao longo da manobra de referência,

viagens, é possível calcular o consumo de

preparação, deverá permitir que a classifi-

cria-se uma relação entre a manobra e a

energia anual para movimentação do as-

cação em termos de eficiência energética

carga nominal do ascensor e o seu consu-

censor.

seja possível para os componentes indivi-

mo energético efetivo. Desta forma obtém-

duais do ascensor. O objetivo é o de poder

-se uma dada energia de manobra em

O consumo em standby é determinado a

planear a classe de eficiência energética de

mWh/kgm, que pode ser utilizada para ela-

partir das medições e baseia-se no pressu-

um ascensor através da escolha dos com-

borar a comparação de ascensores com

posto de um funcionamento do ascensor de

ponentes adequados, antes do ascensor ser

diferentes dimensões.

8.760 horas (365 dias x 24 horas) / ano.

instalado.

O número de viagens é determinante para o

A VDI 4707 apresentou novos impulsos

3. A NORMA VDI 4707:2009 PARTE 1

cálculo do consumo de energia do ascensor

para o desenvolvimento de novos produ-

Com a Norma Alemã VDI 4707:2009 – Parte

em movimento. Assim, são considerados

tos mais eficientes energeticamente, sendo

1 pretende-se realizar uma avaliação e clas-

os seguintes valores para o número de via-

a Norma atualmente mais utilizada pelos

sificação universal e transparente da efici-

gens em função do tipo de edifício:

fabricantes europeus de ascensores, pelo

ência energética de ascensores, com base

que a iremos apresentar em mais detalhe

em critérios standardizados.

Tabela 1. Número de viagens por ano, em função do

no ponto 3.

tipo de edifício.

3.1. Os objetivos da Norma: Tipo de Edifício

Nº de Viagens / Ano

2.3. prEN ISO 25745

Habitação

60.000

A Norma prEN ISO 25745:2010 “Eficiência

universal e transparente da eficiência

Escritórios

200.000

Shopping-Centre

200.000

energética de ascensores, escadas mecâni-

energética de ascensores, baseada em

Hospital

200.000

cas e tapetes rolantes” será constituída por

métodos de cálculo e teste dos seus

Parque Estacionamento

150.000

duas partes: a parte 1 incidirá sobre a de-

Indústria

60.000

terminação e a medição das necessidades

2. Disponibilizar um enquadramento que

energéticas de ascensores e a parte 2 des-

permita incluir a procura de energia de

Para comparar o consumo energético do

creverá a avaliação e as ações a desenvol-

ascensores na avaliação da eficiência

ascensor em movimento e em standby,

ver para aumentar a eficiência energética

energética do edifício e assim selecio-

será calculado o consumo de energia por

de ascensores.

Permitir uma avaliação e classificação

consumos energéticos;

nar os equipamentos mais adequados; 3. Servir de base para um rating energé-

ano para a movimentação da cabina a partir da equação 1.

1.

Trata-se de uma Norma elaborada como

tico de ascensores no âmbito da efici-

reação ao aumento da necessidade de sal-

ência energética total do edifício, dando

O consumo de energia elétrica determina-

vaguarda e apoio à utilização eficiente e

origem à elaboração de um certificado

do, por viagem e por ano para os ascenso-

eficaz da energia elétrica. Esta proposta de

energético.

res tipificados, permitirá obter uma grande-

Norma apresenta um procedimento unifor-

za da relação energética.

me para a medição do consumo energético

3.2. O âmbito da Norma:

de ascensores, escadas mecânicas e tape-

A Norma aplica-se à avaliação e classifica-

tes rolantes já instalados em edifícios. Isto

ção de novos ascensores de pessoas e de

2.2. A Norma alemã VDI 4707

possibilitará a elaboração de um certifica-

cargas, quanto à sua eficiência energética.

A VDI 4707 é a base para a avaliação ener-

do da conformidade energética de um dado

Pode igualmente ser utilizada para a:

gética e uma classificação em termos

equipamento.

a.

Determinação da eficiência energética

publicada em março de 2009, define um

Trata-se de uma tentativa internacional de

b.

Comprovação dos parâmetros forneci-

procedimento através do qual o ascen-

apresentar um método de medição unifor-

sor no seu todo, dada uma determinada

me do consumo energético para ascenso-

utilização, é classificado de acordo com o

res, escadas mecânicas e tapetes rolantes.

seu consumo energético em standby e em

Ao contrário da VDI 4707, os ascensores

movimento. A VDI 4707 Parte 1 apresenta

não são subdivididos em categorias. O ciclo

3.3. Os valores caraterísticos:

explicitamente a forma como se devem

da manobra de referência é idêntico ao de-

A necessidade energética, isto é, o valor

obter os dados dos consumos energéticos

finido na VDI 4707: uma cabina vazia sobe

esperado de consumo de energia, calcula-

através de medições. Problemático para os

e depois desce ao longo de todo o curso,

do com base em determinadas premissas,

fabricantes e empresas de montagem de

medindo-se o consumo energético, incluin-

pode ser caraterizada com base na:

de ascensores já instalados;

energéticos de ascensores. A Parte 1, já

36

elevare

dos pelos fabricantes de ascensores; c.

Determinação do consumo energético estimado.


Dossier: eficiência energética 1.

Necessidade energética de standby e;

Tabela 2. Categorias de Utilização.

2. Necessidade energética de manobra. Categoria de Utilização

A necessidade energética de manobra é a

1

Intensidade de Utilização muito baixa

2

3

4

5

baixa

média

elevada

muito elevada

Frequência de Utilização muito rara

rara

pontualmente

elevada

muito elevada

Tempo médio de manobra (horas / por dia)

0,2 (≤0,3)

0,5 (>0,3-1)

1,5 (>1-2)

3 (>2-4,5)

6 (>4,5)

terminada carga específica.

Tempo médio de standby (horas / por dia)

23,8

23,5

22,5

21

18

Dependendo dos valores de necessidade

Tipo de Edifício e de utilização

Edifício de habitação com até 6 apartamentos

Edifício de habitação com até 20 apartamentos

Edifício de habitação com até 50 apartamentos

Edifício de habitação com mais de 50 apartamentos

Pequeno edifício de escritórios e de serviços com pouco movimento

Pequeno edifício de escritórios e de serviços com 2 a 5 pisos

Edifício de escritórios e de serviços com até 10 pisos

Edifício de escritórios e de serviços em altura com mais de 10 pisos

necessidade energética total do ascensor durante a manobra para um ciclo de manobras previamente definido e com uma de-

energética, os ascensores são divididos em classes de necessidade energética de standby e de manobra. Estes dois valores de necessidade energética determinam a classe de eficiência

Pequeno Hotel Hotel de dimensão média

energética do ascensor, dependendo da sua intensidade de utilização. Existem sete classes de necessidade energética e de eficiência energética, represen-

Ascensor de carga com pouco movimento

tadas pelas letras A a G. A classe A representa a menor necessidade energética, e

Ascensor de carga com movimento médio

logo a de melhor eficiência energética.

Edifício de escritórios e de serviços em altura com mais de 100m

Grande Hotel

Hospital de pequena ou média dimensão

Grande hospital

Ascensor de carga integrado no processo produtivo, com 1 turno

Ascensor de carga integrado no processo produtivo, com vários turnos

A necessidade energética global de um

As necessidades energéticas de manobra

As necessidades energéticas de manobra

ascensor depende, para além da sua con-

são determinadas para manobras de refe-

determinadas nas manobras de referência

ceção, especialmente da sua utilização. De-

rência utilizando-se cargas individuais com

são divididas pela carga nominal da cabi-

pendente do tipo de edifício, da utilização do

referência à carga nominal de acordo com

na e pela distância percorrida durante a

ascensor e do número de passageiros, são

a seguinte Tabela:

manobra de referência. Para garantir uma

definidas 5 categorias de utilização que diferem entre si devido ao tempo médio de

boa qualidade de dados, as manobras de referência deverão ser realizadas diversas

Tabela 3. Espetro de Cargas.

manobra diário. Dependendo da parcela temporal entre a necessidade energética de

vezes. Carga em % da carga nominal

% de manobras

standby e de manobra, podem ser calcula-

0%

50%

As medições dos valores de consumo de

das várias classes de eficiência energética

25%

30%

50%

10%

energia devem ser feitas a seguir ao inter-

75%

10%

100%

0%

para as 5 categorias de utilização. Na Tabela 2 são apresentadas as 5 catego-

ruptor principal do circuito de potência e a seguir ao interruptor para os circuitos de iluminação.

rias de utilização, os tempos médios de ma-

As manobras de referência são constituí-

nobra e de standby, bem como exemplos

das pelo seguinte ciclo de manobra:

As medições devem ocorrer em condições

de ascensores que se enquadram nessas

1.

Início da manobra de referência com a

reais de funcionamento do ascensor, não

porta aberta do ascensor;

se podendo desligar quaisquer cargas, que

categorias:

2. Fechar a porta do ascensor;

normalmente estejam ativas durante o nor-

3. Viagem para cima ou para baixo utili-

mal funcionamento do ascensor.

3.4. Determinação das especificações e dos valores caraterísticos

zando todo o curso do ascensor; 4. Abrir e fechar imediatamente a porta do

As necessidades energéticas de standby podem ser determinadas por medição ou pela

ascensor; 5. Viagem para baixo ou para cima utili-

soma dos valores de necessidades energé-

zando todo o curso do ascensor;

3.5. Necessidades energéticas e classes de eficiência energética O ascensor é atribuído a uma classe de ne-

ticas individuais, desde que suficientemente

6. Abrir a porta;

cessidade energética tomando por base as

conhecidos.

7.

Tabelas 2 e 3, e de acordo com as necessi-

Fim da manobra de referência.

dades energéticas de standby e de manobra. As necessidades energéticas de standby

As manobras de referência são somadas

são determinadas 5 minutos após a conclu-

de acordo com o rácio temporal indicado na

As classes de eficiência energética para um

são da última manobra.

Tabela 3.

ascensor são determinadas a partir dos va-

elevare 37


Dossier: eficiência energética lores de consumo de energia em standby e em manobra, projetando a potência em standby

3.6. Certificado

e a necessidade energética em manobra com os tempos médios de standby e viagem para

Os valores caraterísticos poderão ser final-

a obtenção do consumo diário, de acordo com a Tabela 3 e dividindo o valor obtido pelo

mente apresentados num certificado ener-

número de metros percorridos e pela carga nominal. Obtém-se assim a energia necessária

gético. Apresenta-se um exemplo de um

total específica para o ascensor.

certificado energético para um ascensor já existente.

Para a atribuição das necessidades específicas de energia a classes de eficiência energética, os valores limite para a manobra e para as necessidades de standby pertencentes a uma mesma classe são combinados de acordo com as Tabelas 4 e 5, utilizando-se a seguinte

4. CONCLUSÃO

equação:

Apesar do ascensor ser responsável por

EAscensor, max = Emanobra, max +

uma parte reduzida do consumo global

Pstand-by, max × tstand-by × 1000

[Eq. 2]

Q × vnominal × tmanobra × 3600

anual de energia elétrica de um edifício, o consumo global de todos os ascensores instalados num país ou em todo o espaço

Pstandby deverá ser indicado em mW e tmanobra em h.

geográfico da comunidade europeia, aumenta substancialmente a sua relevância. A eficiência energética de ascensores é um

Tabela 4. Classes de necessidades energéticas – standby.

dos maiores desafios que se coloca à indústria de ascensores, procurando-se atu-

Classes de necessidades energéticas - standby Potência / Output (W)

≤ 50

≤ 100

≤ 200

≤ 400

≤ 800

≤ 1600

> 1600

almente propor métodos de medição, ava-

Classe

A

B

C

D

E

F

G

liação e classificação, bem como medidas de ação para reduzir o consumo energético

Tabela 5. Classes de eficiência energética - manobra

numa base normalizada e por todos aceite. Os ascensores deviam ser incluídos nas

Classes de eficiência energética - Manobra

avaliações indicadas na Diretiva Comuni-

Consumo energético específico

tária EPB. Dessa forma, o tema eficiência ≤ 0,56

≤ 0,84

≤ 1,26

≤ 1,89

≤ 2,80

≤ 4,20

> 4,20

A

B

C

D

E

F

G

(mWh/(kg.m) Classe

de uma Norma harmonizada (como é o caso

Figura 2. Certificado energético para um ascensor.

38

elevare

energética conduziria à rápida introdução das Normas da família EN81).


Figuras

Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva

Amadeu Moura Ferreira da Silva, nascido a 20 de fevereiro de 1934, no Porto,

empresa lhe confiassem desde muito cedo obras de grande importância.

muito cedo começou a contactar com o mundo dos materiais elétricos através

Por volta dos vinte anos, já fazia parte da

da antiga empresa de engenheiros “G.

equipa que esta empresa destacou para

Perez, Lda” representante na altura

trabalhar na “Barragem de Picote”.

em Portugal dos ascensores suíços Schlieren, do Porto.

Aos vinte e quatro anos, nomeado chefe de montagens, foi transferido para Lisboa,

O seu pai, António Ferreira da Silva Júnior

tendo ficado responsável pela instalação

foi nesta empresa também um técnico es-

e montagem do elevador num dos pilares

pecializado e desde muito cedo começou a

do Cristo-Rei com uma equipa de cinco co-

levar os filhos com ele para a empresa nas

legas.

férias da escola. Pode-se imaginar o esforço e o engenho

Mais informações:

Rapaz sagaz, curioso e inteligente desde mui-

que foram necessários àqueles homens

Pesquisa Google: “Elevador vai durar

to cedo começou a ter a estima e carinho dos

para que, no espaço de quinze meses, com

mais 50 anos” ou http://videos.sapo.pt

trabalhadores mais velhos e até dos pró-

as escassas ajudas técnicas que existiam

prios donos desta empresa que, como ele

naquela época, tivessem pronto no prazo

considerava, foi a sua “Maior Universidade”.

previsto o elevador “Schlieren”.

aquilo que construía, apesar de todos os contratempos por que tinha passado. Dedi-

Foi ali que, depois de ter completado o ciclo

Atualmente, continua a funcionar como no

cou grande atenção a todos os projetos em

preparatório da “Escola Industrial Infante D.

primeiro dia e está apto para funcionar por

que participou, mas demonstrava um cari-

Henrique” no Porto, se quis empregar e con-

mais uns largos anos. “A Schlieren”, empre-

nho especial pelo “projeto do Cristo-Rei” e

tinuar a aprender com aqueles que já muito

sa suíça, que faliu nos finais dos anos seten-

pelo “Projeto da EDP”da Rua Camilo Castelo

respeitava pelo empenhamento, dedicação

ta do século passado apostava na qualidade

Branco, 43 em Lisboa.

e capacidade de ensino aos mais novos.

e segurança dos materiais para que estes

Mas esta era só uma das vertentes que ele

tivessem uma longa duração e segurança

Como lembrava muitas vezes, parafrase-

para os utentes.

ando Lavoisier, "na natureza nada se cria,

considerava muito importante, e que acha-

nada se perde, tudo se transforma". Era esta

va não ser suficiente e por isso continuou a

Desta qualidade era adepto Amadeu Ferrei-

máxima que servia para pautar tudo quan-

estudar no curso noturno da escola acima

ra da Silva, pois conhecia deveras os com-

to fazia. No seu trabalho, tentava todos os

referida. Como Amadeu Ferreira da Silva di-

ponentes da marca, dado que tinha estuda-

dias aprender e descobrir algo de relevante,

zia: para toda a prática havia sempre uma

do profundamente todos os seus atributos.

que lhe garantiu o reconhecimento de téc-

razão teórica e toda a teoria somente fazia

Entre eles estava o sistema de pára-quedas

nico conhecedor, responsável e eficiente.

sentido quando podia ser aplicada à prática.

que garantia a segurança das pessoas que

Na sua vida pessoal, em que o seu traba-

Continuou a estudar, chegando a frequentar

se encontravam dentro da cabine em caso

lho era uma das suas principais paixões,

o antigo “Instituto Industrial”, cujo curso não

de desprendimento dos cabos, que em 1970

tentou transformar os seus valores e co-

terminou, pois a sua opção a tempo inteiro

ainda não era conhecido pelos engenheiros

nhecimentos em sabedoria, o que fez deste

foi a dedicação à “G. Perez Lda”.

portugueses.

“Homem”, uma pessoa, solidária, atenciosa, amante de valores altruístas e da partilha

O seu interesse, empenhamento e perfecio-

Falava do seu trabalho com uma paixão

dos seus conhecimentos, com todos os que

nismo, fez com que os responsáveis desta

intensa, própria de quem amava a vida e

com ele lidavam.

elevare 39


Informação técnico-comercial

A subir! Os fabricantes de elevadores atingem um novo patamar com o elevado desempenho do drive de máquina ABB Matti Turtiainen ABB Drives, Helsinki, Finland, matti.turtiainen@fi.abb.com

Mika Alakotila ABB Automation Products, Mölndal, Sweden, mika.alakotila@se.abb.com

A elevada performance do novo drive de máquina ABB está a ter um grande impacto entre os utilizadores e integradores de sistemas para Original Equipment Manufacturers (OEM), de uma ampla gama de indústrias e aplicações exigentes. Motala Hissar, um fabricante sueco de elevadores para mercados

Figura 1. Drive de máquinas de elevado desempenho ABB.

em toda a Europa, é um exemplo disso mesmo. Perante uma dificuldade técnica que outros fornecedores de

que eles podem adaptar de forma precisa

específicas de clientes individuais, combina

outros drives podem não solucionar de

às suas exigências. Equipado com o Con-

as seguintes caraterísticas cruciais num drive altamente versátil e de baixo custo:

uma forma satisfatória, Motala Hissar

trolo Direto de Binário, uma tecnologia da

recebeu uma chamada oportuna da ABB.

ABB, o novo drive pode controlar qualquer

Design modular;

O resultado: o problema foi resolvido

tipo de motor no modo de circuito aberto

Unidade de memória em separado;

dentro de horas e Motala Hissar tinha

ou fechado.

Funcionalidades ilimitadas.

um produto que era “melhor, simples e mais competitivo” do que antes.

O drive de máquina ABB fornece um controlo da velocidade, do binário e de movimen-

DESIGN MODULAR

tos para uma elevada gama de aplicações

A ABB separou as principais funcionalida-

num dos eventos-chave no calendário da

exigentes. Indústrias onde o drive já marca

des do hardware e do software em três mó-

automação – a feira anual SPS/IPC/Drives

a diferença nas operações dos clientes são

dulos – uma unidade eletrónica de potência,

em Nuremberga, Alemanha – o drive ABB

o caso da indústria alimentar e de bebidas,

uma unidade de controlo eletrónico e uma

de máquina de elevado desempenho provo-

movimentação de material, indústria têxtil,

unidade de memória de software.

cou rapidamente um impacto significativo

de impressão, de plásticos e borrachas, e

na ampla gama de aplicações em máquinas

de madeira.

Lançado para a indústria no final de 2006

(Figura 1).

UNIDADE ESPECÍFICA DE MEMÓRIA Equipado com a tecnologia ABB de Controlo

A unidade de memória pré-programada

Como resultado de um programa de pes-

Direto de Binário, este drive de máquina de

contém todas as aplicações de software do

quisa e desenvolvimento de três anos, este

elevado desempenho pode controlar qual-

drive e configurações do parâmetro para

drive fortalece o portfólio da ABB no que

quer tipo de motor – síncrono ou assíncro-

uma substituição mais fácil, e um módulo

diz respeito ao estado-de-arte dos con-

no, servo ou com elevado binário, de uma

simples de instalar.

versores para baixas potências nominais,

gama de 0.75 a 110 kW (1 a 150 hp), em modo

enquanto fornece Original Equipment Manu-

de circuito aberto ou fechado. Projetado

facturers (OEMs), integradores de sistemas

para responder às enormes necessidades

FUNCIONALIDADE ILIMITADA

e clientes finais, aliado ao facto de ser um

do fabricante e dos fabricantes de máqui-

Apesar da solução Plug-and-Play pré-fabri-

produto de flexibilidade e potência únicas

nas, bem como à aplicação de exigências

cada, os programas estão disponíveis para

40

elevare


Informação técnico-comercial aplicação na maioria das máquinas de ele-

Muitas opções de ligação para exten-

ças à tecnologia de cadeia guiada que a em-

vado desempenho. A única abertura do dri-

sões I/O, interfaces do estado do motor

presa desenvolveu e patenteou na década

ve permite que os utilizadores se adaptem

e comunicações.

de 90 e a qual exige o mínimo espaço para o

e modifiquem esses programas segundo

elevador subir ou descer (Figura 2).

as suas exatas necessidades. A combinação destas caraterísticas tem benefícios

ULTRAPASSAR EXPETATIVAS

“O drive ABB ajudou-nos a simplificar o pro-

consideráveis para muitos construtores de

Uma das muitas aplicações de máquinas

duto. O Motala 6000 é mais fácil de montar,

máquinas em termos de engenharia e mon-

na qual o elevado desempenho do drive

mais fácil no serviço e na inspeção. Isto reduz

tagem final, distribuição e logística, além da

ABB teve um impacto significativo é nos

os nossos custos operacionais e o dos nos-

proteção e substituição de componentes.

elevadores. Uma empresa que selecionou

sos clientes”, segundo Ari Nieminen, Mana-

este drive e obteve mais benefícios do que

ger Local, Motala Hissar

A ABB separou o hardware principal e a fun-

o anteriormente previsto foi a fabricante de

cionalidade do software em três módulos

elevadores sueca, Motala Hissar.

– uma unidade de eletrónica de potência,

Como parte do seu programa de pesquisa e desenvolvimento relacionado com o produ-

uma unidade de controlo eletrónica e uma

Parte da Kone Corporation, um dos princi-

to, a Motala Hissar redesenhou recentemen-

unidade de software de memória.

pais fabricantes de elevadores e escadas

te esta tecnologia para um novo elevador,

rolantes, Motala Hissar fabrica dois produ-

o Motala 6000, através da substituição da

Os módulos de hardware (unidades de po-

tos especializados: a plataforma elevatória

corrente guiada por um único sistema de

tência e de controlo eletrónicos) podem

Motala 2000 para pessoas deficientes e

correia de drive que permite que o elevador

ser entregues ao cliente final através dos

fisicamente imobilizadas; e o Motala 3000,

funcione duas vezes mais rápido – e com

habituais horários de distribuição, enquan-

um elevador compacto para edifícios que

menor ruído e mais conforto – do que o seu

to a entrega da unidade de memória pode

foram concebidos originalmente sem ele-

concorrente mais próximo (Figura 3). Foi tão

ser adiada até ao último momento. Não

vador. A empresa vende cerca de 1.000

grande a procura deste novo elevador por

existe necessidade de custos de viagem

elevadores por ano para todo o mercado

parte do cliente que foram vendidas mais de

através do envio de engenheiros para colo-

europeu. Tem cerca de 60 funcionários e

30 unidades antes do seu lançamento ofi-

car em funcionamento – um técnico local

rendimentos anuais à volta de 22 milhões

cial. O principal fator do sucesso deste ele-

com formação básica em drives pode ligar

de dólares (SEK 140 milhões).

vador e da tecnologia que está por detrás

facilmente a unidade de memória no local.

do mesmo passa pelo elevado desempenho

O número de componentes do produto e

A Motala Hissar diferencia-se dos concor-

do drive de máquina ABB. Ari Nieminen, Ma-

as suas variantes é mínimo, e os direitos

rentes com o slogan “Maior no interior – me-

nager Local na fábrica da Hotala Hissar no

de propriedade intelectual para OEMs que

nor no exterior”. As cabines dos seus ele-

centro da Suécia, explica as razões.

desenvolvem as suas próprias funções de

vadores possuem as maiores dimensões

controlo são protegidos por criptografia.

internas e as menores áreas de cobertura

“Tínhamos atingido uma fase onde se aproxi-

Se a unidade de memória ou um dos módu-

do mercado, caraterísticas possíveis gra-

mava a nossa data de lançamento mas tive-

de a gama 0.75 até 110 kW/1 até 150 hp;

Figura 2. O Motala 6000 é geralmente instalado

Figura 3. Motala 6000 mostrando o sistema de

Controlo de circuito aberto ou circuito

numa escada já existente, algo possível pela capaci-

correia do drive em amarelo e o motor na parte su-

fechado;

dade compacta do design.

perior do eixo.

los de hardware falha durante o trabalho é facilmente removido e substituído por uma ligação.

CARATERÍSTICAS DO DRIVE ›

Design compacto modular: –

3 módulos separados para uma potência, controlo e memória eletrónicos;

Controlo de velocidade, binário e movimento;

Unidade de memória separada para uma facilitada instalação Plug-and-Play;

Memória programável com funcionalidades ilimitadas;

Programas

pré-fabricados

disponíveis

Controlos de qualquer tipo de motor des-

para a maioria das aplicações de máquinas;

elevare 41


Informação técnico-comercial mos um problema técnico que não podíamos

ao desenvolver uma segunda caraterística

resolver”, explica Nieminen. “Como o eleva-

que distingue o Motala 6000 dos seus con-

dor foi projetado sem um contra-peso para

correntes. Os elevadores estão sujeitos a

economizar espaço, produzia uma sensação

rigorosas normas de segurança. Na maio-

de movimentos bruscos antes de começar a

ria dos países, os elevadores são testados

funcionar. Abordámos vários fornecedores

por inspetores independentes pelo menos

de drives para nos garantirem uma solução

uma vez por ano; em Espanha – um dos

que impediria o pendular do elevador e sem

principais mercados – os elevadores são

utilizar um codificador, mas nenhum deles

inspecionados uma vez por mês. A inspeção

conseguiu resolver o problema de forma

inclui o carregamento do elevador com ele-

satisfatória. Depois surgiu a ABB com o seu

vadas cargas para assegurar que ele pode

drive de máquinas de elevado desempenho

funcionar de forma segura na sua máxima

e uma equipa de especialistas para trabalha-

carga. Este é um procedimento dispendioso

rem no problema. Dentro de horas não só

e demorado. A Motala Hissar resolveu isto

tínhamos uma solução, como tínhamos um

ao programar o drive ABB para simular o

produto melhor, mais simples e mais compe-

teste de inspeção – e sem utilizar um sen-

uma gama completa de produtos de auto-

titivo.”

sor de carga – de uma forma aceitável para

mação e de potência e sistemas para fabri-

os reguladores. A poupança de tempo e

cantes mundiais de elevadores e escalas

No centro do drive de elevado desempenho

despesas para os clientes da Motala Hissar

rolantes. O elevado desempenho do drive

da ABB está o binário de resposta notável e

foram significativos.

de máquinas ABB adiciona a capacidade do

a velocidade de precisão da tecnologia Con-

fabricante de personalizar o seu próprio

trolo Direto de Binário (DTC) da ABB. Isto e a

“O drive ABB tem-nos ajudado a simplificar

interface (com ou sem a ajuda da ABB) e

capacidade do programa do drive com fun-

o produto”, disse Nieminen. “O Motala 6000

controla qualquer tipo de motor, ou liga se

cionalidades ilimitadas resultam numa ca-

é mais fácil de montar, mais fácil no serviço

necessário a qualquer tipo de dispositivo de

pacidade poderosa que continua inigualável

e mais fácil de inspecionar. Assim reduzimos

retorno ou fieldbus. Se o drive falhar pode

perante qualquer outro tipo de drive.

o nosso custo operacional e o dos nossos

ser facilmente substituído por um técnico

clientes. E temos um elevador que funcio-

do edifício com conhecimentos elétricos bá-

A tecnologia DTC tem não só a capacidade

na duas vezes mais rápido do que o modelo

sicos – todos os dados da aplicação estão

de fornecer uma precisão no controlo do

do nosso elevador anterior. Estes todos são

na unidade de memória.

circuito aberto com velocidade baixa ou

pontos importantes na venda para os nos-

sem velocidade – fornecendo assim o exigi-

sos clientes.”

do para que o elevador comece a funcionar

A ABB presta apoio aos drives dos seus clientes com o seu próprio serviço técnico

– mas para fazê-lo sem necessidade de um

“Testamos os níveis de ruído de drive de di-

e uma extensa rede global de ABB Drives

codificador ou outro dispositivo de respos-

ferentes marcas e o drive ABB era o mais

Alliance. Um especial apoio é dado aos

ta (drives concorrentes necessitam de um

silencioso.” – Ari Nieminem, Manager Local,

clientes OEM, independentemente da região

codificador para garantir um arranque sua-

Motala Hissar.

onde se encontrem.

ve mas não poderiam fazê-lo com controlo do circuito aberto).

Os níveis de ruído são mais baixos do que no elevador anterior, uma melhoria torna-

VANTAGENS DO MOTALA HISSAR ›

Em segundo lugar, o drive está programa-

da possível através de uma combinação da

do para calcular o peso combinado dos

tecnologia de correias do drive e o elevado

Arranque suave do elevador;

passageiros na cabine, e assim ele sabe a

desempenho do drive. “Testamos os níveis de

Elevado conforto dos passageiros.

quantidade de binário a aplicar para o ele-

ruído de drive de diferentes marcas e o drive

Função única de sensor de peso;

vador arrancar e preveni-lo de abanar nos

ABB era o mais silencioso”, disse Nieminen.

Solução de circuito aberto (sem enco-

importantes milímetros de arranque. Quan-

“A maioria dos nossos clientes está satisfei-

to mais pessoas estiverem na cabine do ele-

ta com o novo elevador, tal como, de acordo

Potência ilimitada para funcionalidades

vador, mais é requerido o binário. Esta é a

com a nossa pesquisa, os passageiros. O fun-

maior inovação na indústria de elevadores,

cionamento é rápido, silencioso e suave. Não

e que foi possível graças ao potencial do

existem vibrações e paragens e arranques

Sem dispositivos de substituição;

programa de drive da ABB com as suas fun-

tremidos. Tudo isto contribui ao máximo para

Sem células de carga.

cionalidades personalizadas. Além disso, o

o conforto dos passageiros.”

drive faz isto sem necessidade de utilização e custo adicional de um sensor de carga.

futuras; ›

Poupança anual de custos derivado a:

Vantagens para os nossos clientes: ›

Duas vezes mais rápido;

Testes de peso facilitados;

a Motala Hissar avaliou o travão do mo-

Menos peças, menos desgaste me-

tor e considerou a utilização de circuito de

porou esta capacidade de sensor de peso

seccionadores e contatores. A ABB fornece

elevare

ders);

Para reduzir ainda mais os níveis de ruído,

Em terceiro lugar, a Motala Hissar incor-

42

Binário total a velocidade zero para:

cânico; ›

Menor manutenção.


Informação técnico-comercial

Segurança em altura igus®, Lda. Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321 info@igus.pt · www.igus.pt

Em aplicações verticais de calhas porta-

de energia e dados seguro, em armazéns

-cabos articuladas as alturas são cada vez

de mercadorias e frigoríficos, gruas ou por

maiores, os cursos mais longos e tudo isto

exemplo em instalações eólicas.

com elevadas velocidades e acelerações. Podem acontecer frequentemente movimentos laterais bruscos da calha articula-

NOVO: REDUÇÃO DE 80%

da, particularmente com elevadas acelera-

NOS CUSTOS DAS GUIAS

ções transversais, por exemplo na direção

Se antigamente a calha porta-cabos arti-

das estantes. No caso da calha embater de-

culada suspensa era guiada verticalmente

vido à sua dinâmica, em suportes metálicos

com um perfil fechado ou com outra so-

ou paletes, podem ocorrer ruturas. Para

lução semelhante, hoje em dia é possível

este fim a igus, especialista em calhas por-

prescindir de tais alojamentos dispendiosos

ta-cabos, acabou de desenvolver o sistema

e complicados. A partir de agora, já não é

ativados automaticamente, fixam a calha

“Guidelok Slimline (SL)”. A calha articulada

necessário uma guia contínua em metal, o

articulada na sua posição.

mantém-se sempre alinhada com seguran-

que leva a uma redução do custo das guias

ça em alturas de mastros e de torres até 50

até 80%, segundo afirmações da igus. Pois

Os dispositivos basculantes – peças fulcrais

metros e mais.

graças a um truque de construção, a calha

deste sistema – formam um mecanismo

articulada encaixa no novo sistema “Guide-

de travamento que funciona do seguinte

O novo sistema é destinado a aplicações de

lok SL”, através de dispositivos em plástico

modo: quando a curva da calha passa pelo

calhas porta-cabos articuladas verticais

basculantes.

segmento da guia, o dispositivo basculante

com grandes alturas de elevação em ar-

é ativado mantendo a calha articulada fixa

mazéns automáticos, elevadores e disposi-

na sua posição. Este mecanismo, além de

tivos de transporte de materiais. Através de

DISPOSITIVOS PLÁSTICOS BASCULANTES

tornar o funcionamento seguro, também

uma montagem compacta e fácil, mesmo à

FIXAM A CALHA NA SUA POSIÇÃO

permite um funcionamento suave, baixando

posteriori, este sistema torna o transporte

A calha funciona livremente e de forma

claramente o nível sonoro. Para além disso,

segura entre pequenos segmentos metáli-

em caso de manutenção, a calha articula-

cos de guia. Estas unidades de guia de fácil

da é acessível muito mais facilmente, visto

montagem e económicas, segundo indica-

já não se encontrar num canal contínuo. O

ções do fabricante, são aplicadas em inter-

novo sistema “Guidelok SL” já é usado com

valos de somente dois metros. Dois dispo-

êxito em vários fabricantes de armazéns

sitivos basculantes nos segmentos da guia,

automáticos.

elevare 43


Informação tÊcnico-comercial

Schneider Electric Portugal apresenta “Revamping de elevadoresâ€? Schneider Electric Portugal 6GN Ă€ (CZ RV EQOWPKECECQ"UEJPGKFGT GNGEVTKE EQO Ă€ YYY UEJPGKFGTGNGEVTKE EQO RV

Atualmente, o parque instalado de eleva-

dução do número de intervençþes para ma-

dores antigos em que o arranque da mĂĄ-

nutenção e respetivos custos associados,

quina ĂŠ efetuado por intermĂŠdio de conta-

maior conforto dos passageiros, economia

tores (arranque direto - DOL), representa

de energia entre outras vantagens. No en-

um nĂşmero considerĂĄvel de unidades ins-

tanto, a substituição de um sistema antigo

taladas no paĂ­s. No entanto, este tipo de

por um da atual geração, representa um

arranque conduz a um elevado stress me-

investimento considerĂĄvel para o condomĂ­-

cânico e elÊtrico do equipamento, tendo

nio, por vezes atĂŠ incomportĂĄvel.

como consequência um maior desgaste do mesmo, redução do seu tempo de vida,

A pensar nas necessidades dos proďŹ ssio-

aumento do nĂşmero de avarias e conse-

nais deste ramo, a Schneider Electric Por-

quentemente um acrĂŠscimo dos custos de

tugal tem na sua oferta, conversores de

manutenção associados, desconforto dos

frequência que integram funçþes dedicadas

utilizadores, bem como o transtorno cau-

à elevação em elevadores. Representando

sado aquando das paragens por avaria ou

este tipo de conversores de frequĂŞncia uma

manutenção.

alternativa mais económica em termos de remodelação do acionamento motor do

Com a evolução tecnológica, as måquinas

›

PrecisĂŁo de velocidade: 10% do escorregamento nominal do motor em malha aberta e 0,01% em malha fechada;

›

Possibilidade de utilizar vĂĄrios tipos de encoder, para funcionamento em malha

elevador.

fechada;

atualmente instaladas integram converso›

Acionamento de motores sĂ­ncronos.

res de frequência dedicados à elevação em

Ao nĂ­vel de conversores de frequĂŞncia da

elevadores, com os quais se obtĂŞm melho-

Schneider Electric, a oferta disponĂ­vel para

rias substanciais ao nĂ­vel da performance,

aplicaçþes de elevação em elevadores Ê

Relativamente Ă s funcionalidades do Alti-

longevidade do equipamento instalado, re-

constituĂ­da por duas famĂ­lias:

var 71 dedicadas Ă elevação em elevadores, salientam-se as seguintes: ›

Controlo de freio;

ALTIVAR 71

›

Controlo de contatores a jusante;

Destacando-se as seguintes caraterĂ­sticas

›

Elevação de alta velocidade;

do Altivar 71:

›

Velocidades prĂŠ-selecionadas;

›

Potência (400 V): 0,75‌500 kW;

›

Duas rampas conďŹ gurĂĄveis para a ace-

›

Funcionamento em malha aberta ou fechada;

›

leração e para a desaceleração; ›

em S, personalizĂĄveis independente-

corrente em malha aberta e em corren-

mente, para melhoria do conforto no arranque e na paragem;

te em malha fechada; ›

Sobre-binĂĄrio de 170% do binĂĄrio no-

›

e 220% do binĂĄrio nominal do motor

› ›

elevare

Medida de carga via cĂŠlulas de carga externas;

da corrente nominal do conversor de

44

Proteção do motor, tÊrmica e/ou por sondas PTC;

durante 2 segundos; Corrente mĂĄxima transitĂłria de 150%

Paragem em roda livre para a manobra de inspeção;

minal do motor durante 60 segundos

›

Rampas de aceleração e desaceleração

Controlo vetorial de uxo em tensão ou

frequĂŞncia durante 60 segundos e

›

Função de evacuação;

165% durante 2 segundos;

›

Função de piso intermÊdio.


Informação técnico-comercial ALTIVAR 312

dos maiores fabricantes de elevadores,

Relativamente às caraterísticas do Altivar

com o intuito de desenvolver e melhorar

312, destacam-se as seguintes:

funcionalidades dedicadas a este tipo de

Potência (400 V): 0,75…15 kW;

aplicação. Tendo, ao longo dos anos, de-

Funcionamento em malha aberta;

senvolvido e testado várias soluções para o

Controlo vetorial de fluxo;

comando de conversores de frequência no

Sobre-binário de 170…200% do binário

acionamento de motores em sistemas de

nominal do motor;

elevação em elevadores.

Corrente máxima transitória de 150% da corrente nominal do conversor de

Apresenta-se seguidamente o esquema de

frequência durante 60 segundos.

princípio para a solução mais económica utilizando o conversor de frequência Alti-

Relativamente às funcionalidades do Alti-

var 312, para um acionamento de motor de

var 312 dedicadas à elevação em elevado-

elevação de elevador, com uma velocidade.

res, salientam-se as seguintes: ›

Controlo de freio;

Velocidades pré-selecionadas;

Duas rampas de aceleração e de desaceleração configuráveis;

Rampas de aceleração e desaceleração em S, personalizáveis independentemente, para melhoria do conforto;

Paragem em roda livre para a manobra

Proteção do motor, térmica e/ou por

de inspeção; sondas PTC. No âmbito da continuidade de desenvolvimento de novas funcionalidades e à melhoria das existentes disponibilizadas pelos conversores de frequência, a Schneider Electric tem uma equipa de engenheiros dedicados a este tipo de aplicações (ADEs, Applications Developement Engineers), os quais trabalham em parceria com alguns Paralelamente, a Schneider Electric Portu-

tado à utilização com elevadores, ou seja,

gal desenvolveu ainda uma nova gama de

possui uma sinalização luminosa a 360º e é

botoneiras, específica para utilização com

do tipo “carregar-puxar” com encravamen-

elevadores e radical genérico XALF.

to brusco; a visualização do seu estado é efetuada por:

Esta nova gama de botoneiras está per-

duas “janelas” na face frontal do botão;

feitamente adaptada aos problemas de

um sinalizador luminoso branco no cen-

um “anel” verde/vermelho na totalidade

segurança e de conformidade para o setor de elevadores, permitindo controlar o mo-

tro da cabeça;

vimento do elevador e, associada a outros

da “circunferência” do botão.

componentes de manobra, facilitar as operações de inspeção e de manutenção.

Esta nova gama Schneider Electric foi desenvolvida em conformidade com as Normas:

A nova oferta está dividida em três tipos:

IEC/EN 60947-1;

“teto de cabina”, “fundo da fossa” e “de co-

IEC/EN 60947-5-1;

luna”, podendo ser vendida já equipada, ou

IEC/EN 60947-5-4;

com a botoneira vazia, para posterior mon-

IEC/EN 60947-5-5;

tagem pelo utilizador de unidades de co-

EN 418 (paragens de emergência com

mando e de sinalização tipo XB5 ou XB7. O botão “paragem de emergência” está adap-

encravamento brusco); ›

EN 81 (Norma para elevadores).

elevare 45


Informação técnico-comercial

Há alguma coisa que seja absolutamente segura? Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283 info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt

Os ascensores são os “meios de transporte” mais seguros – a segurança absoluta é inatingível. Mas devemos trabalhar para aproximar-nos o máximo possível do objetivo de 100% e para encontrar soluções para superar a diferença que nos separa de 100%. Deste ponto de vista, a SafeLine gosta de tratar o tema da “comunicação” ou, mais concretamente, o das ligações telefónicas de emergência.

Na sequência do hardware em cascata de um elevador a partir da rede de comunicação até à ligação e à intervenção, há muitas ações individuais e interfaces. Estas últimas, nomeadamente, podem ser problemáticas.

tema de atualidade. Entretanto há muita

linhas (de dados) VoIP, as ligações telefónicas

Qualquer pessoa que esteja sempre a pro-

oferta de soluções GSM. Mas aqueles que

de emergência também podem fazê-lo”. Am-

curar os componentes mais baratos por

durante décadas apenas se ocuparam da

bas as afirmações são falsas.

razões históricas ou de preço, talvez poupe

tecnologia de transmissão analógica tive-

uns euros. Mas, a que preço? No melhor dos

ram problemas rapidamente. Consulte o

A SafeLine pode transmitir tons DTMF via

casos, isto envolve custos adicionais e de-

seu fornecedor sobre a supressão do eco,

GSM e aparelhos de fax que, em geral, não

sencantamento dos clientes e, no pior caso,

as descontinuidades ou os atrasos e pode

operam como dispositivos de ligações te-

um risco para a segurança.

recolher manifestações do tipo “os tons

lefónicas de emergência. Por isso, a última

DTMF não podem ser transmitidos via GSM”;

afirmação é enganosa e pode ser perigosa

ou “se os aparelhos de fax trabalham com

se se der a aparência de que realmente a

A REDE DE COMUNICAÇÃO

segurança não existe.

Há apenas poucos anos, não se tinha completa consciência de que existiam alterna-

Vários fornecedores apenas oferecem a

tivas às redes analógicas de linha fixa. Por

sua unidade GSM juntamente com “o seu”

conseguinte, os produtos tradicionais são

cartão SIM, o qual vendem como uma “van-

concebidos para se adaptarem apenas a

tagem para o cliente”. Isto esconde um pe-

esses serviços analógicos. O facto de as li-

rigoso problema: aqueles que não possam

nhas telefónicas não serem populares nem

transmitir tons DTMF via GSM recorrem

baratas para os clientes é uma coisa sim-

rapidamente a utilizar o canal de dados do

plesmente aceite neste sentido.

cartão SIM. Mas o funcionamento simultâneo dos canais de voz e de dados não é pos-

Devido à nossa entrada no mercado, a questão do GSM tornou-se rapidamente um

46

elevare

sível para todos os fornecedores de redes Sistema de monitorização de baterias: Safeline BC1.

em todas as localizações. Por conseguinte,


Informação técnico-comercial a eleição entre possíveis fornecedores fica

abertos, existe a função de auto-correção.

restringida.

O resultado é um funcionamento muito estável. O facto de existir uma vantagem

É preciso dispor de forma contínua das re-

económica para os clientes como resultado

des de voz e de dados. Se uma delas falhar,

da oportunidade de escolher também é um

não se pode continuar a dispor da função

aspeto importante. Muitos centros de apoio

de ligações telefónicas de emergência. Irão

telefónico e as suas empresas de softwa-

argumentar que a “segurança da transmis-

re implementaram o protocolo P100 reco-

são” foi resolvida adequadamente com os

mendado pela SafeLine.

serviços de redes analógicas de linha fixa. Mas, por um lado, nenhum fornecedor de redes fixas poderá garantir uma plena dis-

A INTERVENÇÃO

ponibilidade. E, por outro lado, é bem co-

A SafeLine, como fabricante de hardware e

nhecido, em geral, que o futuro das redes

o primeiro da sequência, confia em parcei-

telefónicas analógicas não é demasiado

ros fiáveis e que contem com os respetivos

prometedor.

certificados. Sala de controlo de serviços e de ligações

Por isso, estamos muito perto do objetivo

de emergência do Centro de Comunicações

MEDIDAS QUE NOS APROXIMAM DE UMA

de 100%. Uma simples ligação opcional

da Bosch.

SEGURANÇA DE 100%

sem ativar complicados códigos de progra-

A SafeLine apresentou na Interlift 2011

ma aumenta a segurança.

um produto que proporciona redes fixas e transmissão GSM de forma simultânea. Porquê? Se apenas se utilizar uma rede

A REDE DE FORNECIMENTO ELÉTRICO E A

RESUMO

continua a existir uma diferença de 3% se

SUA ESTABILIDADE

Não existe nada que seja absolutamente se-

se assumir uma disponibilidade de 97% da

Frequentemente, não há qualquer controlo

guro. Mas há muitos aspetos que nos apro-

rede; mas, se a rede cobrir automaticamen-

sobre o funcionamento do sistema de con-

ximam deste objetivo. Basta dar passos na

te a referida diferença, a mesma baixa até

trolo. A SafeLine resolveu este problema

direção correta. Em geral, é certo que os

0,09%.

mediante a função de controlo standard da

sistemas abertos corrigem os seus pró-

bateria. Evidentemente, esta função pode

prios erros, enquanto os sistemas fechados

ser atualizada.

são caros e propensos ao erro. A SafeLine

Se o dispositivo puder reconhecer um erro de corrente e enviar um impulso ao disposi-

oferece soluções interessantes. Apenas

tivo de controlo para chegar até ao seguinte

Se o fornecedor A sempre transmitir ape-

aqueles que dominam toda a sequência po-

andar, a diferença até 100% reduz-se ainda

nas para o recipiente A, a correção de er-

dem garantir segurança. A qualidade fala

mais.

ros reduz-se muito. No caso de protocolos

por si.

Otimização de trocas individuais e de coordenação de interfaces através de medidas técnicas e organizativas.

Hardware

Comunicação

Centro de apoio

Intervenção

telefónico Elevar o nível de

À UWRTGUU£Q FQ GEQ

segurança até 100%

À FGUEQPVKPWKFCFG

redundante (rede

para a correção

(medidas técnicas)

À EQPVTQNQ FC DCVGTKC

de linha fixa, GSM)

de erros

À TQVCU FG VTCPUOKUU£Q

À RTQVQEQNQ CDGTVQ

À P­XGN FG SWCNKFCFG certificado À RTQEGUUQ DGO estabelecido

À WUQ ºPKEQ FQ ECPCN de voz, não do canal de dados Tratamento da

À EQPJGEKOGPVQ FC

À NKIC§£Q QREKQPCN FG

À NKPJC NKXTG G VGUVG

À UKPCN FG GTTQ FC TGFG

diferença que falta

de funcionamento

de transmissão para

não disponibilidade

retorno sem códigos

de segurança (medidas

(teste de 72 horas)

a rede de controlo

de ligações

de programa

telefónicas de

complicados

organizativas)

À ĵEJGKTQ FG TGIKUVQ de erros para a sua

emergência com

análise

as suas respetivas medidas

elevare 47


Informação técnico-comercial

Soluções inteligentes para uma moderna tecnologia de elevadores Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt

Quer sejam elevadores ou monta-cargas, tanto para pequenas soluções como para uma construção de edifícios altos, com o rápido desenvolvimento da arquitetura também aumentam as exigências de mercado no que se refere a elevadores. A instalação tradicional de sistemas elétricos para elevadores ainda requer uma grande quantidade de tempo. Não temos de pensar no fabrico da cablagem, nos conetores,

e contribui, de forma decisiva, para a otimi-

cional estabelece-se uma pressão de

na colocação da tubagem dos cabos,

zação dos seus processos de trabalho e as

contacto contra o isolamento de plás-

na montagem e instalação dos cabos

estruturas relacionadas com os gastos. E,

tico do condutor e isto deve ser evitado

no fosso do elevador… o tempo e o

naturalmente, oferece uma vantagem rela-

devido à flexibilidade do cobre. Da mes-

tivamente à concorrência.

ma forma, também se garante, com

dinheiro gastos nestas operações são elevados. Já para não falar das taxas

toda a segurança, uma ligação segura

de erro existentes nas diferentes fases

As vantagens do sistema KonboX® re-

do cabo durante décadas, graças ao

do trabalho. É necessário analisar

sultam da inteligente combinação de di-

fecho do núcleo de cobre entre os dois

os erros e as correções que convém

ferentes componentes inovadores, espe-

contactos.

implementar, além do reduzido tempo e

cialmente concebidos à medida das suas

fator económico.

necessidades:

Cabo plano de 14 pólos: tudo num só Um único cabo ao invés de fios isolados.

Estes problemas pertencem agora

Técnica de inserção direta PUSH IN: Rá-

Assim poderá ligar, em simultâneo, o

pida e segura

circuito para o controlo da porta, um

profissional do setor e um dos principais

Este desenvolvimento especial da Weid-

sistema de bus e a iluminação do fosso

fornecedores de tecnologia de ligação

müller garante uma ligação segura dos

através de um interruptor. Além disso,

elétrica, a Weidmüller oferece soluções

bornes de forma simples e fácil. O cabo

poderá dispor livremente de outros

ao passado. Como um parceiro

inteligentes que, depois de uma análise

é inserido e fica preparado.

profunda de mercado, são desenvolvidas com a máxima precisão para aplicações de elevadores.

Contacto TwinPiercing: se é duplo, segura melhor Com este desenvolvimento melhorou-se o desempenho do contacto da

KONBOX® MARCA A DIFERENÇA

perfuração normal. A otimização está

A nossa mais recente inovação denomina-

relacionada com a ponta dupla, na me-

-se KonboX® e é um revolucionário sistema

tade da qual estão sujeitos os fios de

de cablagem para a caixa do fosso dos ele-

cobre. Deste modo duplica-se o núme-

vadores que reduz o tempo de instalação

ro de pontos de contacto, aumentando

e o material necessário e aumenta a segu-

substancialmente a segurança. Como

rança. O sistema KonboX® define o padrão

comparação, na perfuração conven-

48

elevare


Informação técnico-comercial quatro condutores; por exemplo, para

piso, indicadores luminosos, digital display,

ligações de serviço técnico, iluminação

campainha, entre outros). Finalmente, o

ou botão de paragem de emergência.

sistema é configurado mediante o softwa-

Assim poderá trabalhar de forma rá-

re fornecido, de acordo com a cablagem

pida, segura e cómoda. É praticamente

correspondente.

impossível que surjam erros. No caso de utilizar um PLC como controlo ›

A caixa: Qualidade com um simples

do elevador, pode-se fornecer o softwa-

movimento

re para se comunicar diretamente com os

A robusta e compacta caixa reúne to-

circuitos da instalação, sem necessidade de

dos os componentes e pode ser facil-

utilizar o circuito Concentrador.

mente montada, sem necessidade de parafusos. Basta uma chave de fendas normal e já temos o KonBoX® ligado.

CAIXA DE FOSSO: POUPANÇA DE TEMPO E

Mais simples é impossível. E, se neces-

REDUÇÃO DE CUSTOS

sário, também pode engatar na porta

Para facilitar a cablagem do fosso do eleva-

do elevador o sistema já montado sem necessidade de o aparafusar. A combinação destes elementos individuais

dor com o KonboX®, a Weidmüller desen› ›

garante inúmeras vantagens em todos os âmbitos.

Ligação segura graças às suas posi-

volveu uma caixa de fosso especial. A caixa

ções de contacto fixas;

já está completamente cablada e pode ser

Maior segurança pela ausência da calha

ligada de forma simples e rápida como uma

de plástico no fosso do elevador;

solução Plug & Play.

Simplificação na instalação. As caraterísticas técnicas destas configu-

Aproveite também estes benefícios. Au-

rações são feitas à medida para a sua uti-

VANTAGENS CONVINCENTES

mente a eficiência e a segurança. Reduza os

lização com o KonBoX®, e oferecem vanta-

Quando se opta por uma tecnologia nova é

custos de mão-de-obra e o material utiliza-

gens decisivas:

normal que, no início, surjam as seguintes

do de forma a conseguir ótimos benefícios,

questões comerciais e tecnológicas:

além de clientes satisfeitos e vantagens pe-

rante a concorrência.

Podem-se reduzir os tempos de trabalho, e em simultâneo, os custos de

Já não é necessário realizar nenhuma cablagem;

Redução do tempo de instalação

Caixas de diferentes dimensões, o que permite uma utilização flexível.

mão-de-obra? ›

Pode-se poupar material?

APLICAÇÃO DO EASY WIRING

A montagem é simplificada? Aumenta a

O circuito Concentrador Easy Wiring, como

No entanto, uma caixa standard nem sem-

segurança?

unidade de controlo, representa uma liga-

pre satisfaz as exigências: por isso desen-

A taxa de erros é reduzida?

ção com as suas entradas e saídas do ar-

volvemos e produzimos estas caixas com

mário de distribuição do elevador. Median-

uma configuração individual, consoante as

Com o sistema KonBoX® todas estas per-

te uma linha de ligação de quatro pólos,

suas necessidades.

guntas têm a mesma resposta, um Sim,

de preferência o cabo plano do KonboX®,

pois oferece um verdadeiro e real rendi-

são unidas as diferentes instalações entre

mento relativamente à cablagem tradicio-

si mediante slaves do Easy Wiring. Cada

nal devido à sua…

uma destas instalações pode ter várias entradas e saídas consoante o seu modelo

... poupança de tempo

(por exemplo: botões de chamada de cada

... maior segurança ... e facilidade de instalação. Mais especificamente, a soma das caraterísticas apresentadas anteriormente fornecem os seguintes resultados positivos: ›

Redução significativa do tempo de instalação no fosso do elevador;

Redução dos componentes da instalação, e por isso, dos custos de material;

Montagem simples e isenta de erros

A caixa de fosso da Weidmüller é a solução ideal

tanto no fosso do elevador como na

para uma cablagem do fosso do elevador com uma

produção;

otimização de tempo e de gastos.

Sistema

Sistema novo

tradicional

com Easy Writing

elevare 49


Produtos e tecnologias

Notícias

iluminação uniforme onde quer que se apli-

13.6.3.2, 6.3.7 – confirma a necessidade da

que, mesmo em espaços pequenos.

existência de um ponto de luz perto das zonas de trabalho e de máquinas. Para

As suas caraterísticas especiais passam

dar cumprimento a este requisito são ins-

HL1: Loop magnético para tecto de cabine

por ser uma luminária LED economizado-

talados pontos de comando em cada piso

ra e para encastrar com os LEDs de ele-

dos elevadores, assim como um relé, ori-

Schmersal Ibérica, S.L.

vado fluxo OSRAM OSLON. Tem uma liga-

ginando um custo mais elevado devido ao

Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283

ção direta a 220 – 240 V, uma longa vida

número de pontos de comando necessá-

info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt

média de 20 mil horas, aros de remate

rios e respetivas cablagens. Assim sendo,

em branco mate e alumínio anodizado, é

utilizando apenas o interruptor FR 573 há

O HL1 faz com que o seu elevador seja

extremamente compacta com 13 mm de

um comando de luz por cada um dos pisos,

plenamente acessível para pessoas com

profundidade de instalação e um diâmetro

utilizando somente a sua própria cablagem,

dificuldades auditivas. Este é um produto

de perfuração de 68 mm. Encontra-se dis-

sem haver necessidade de outros pontos de

adequado para a comunicação entre passa-

ponível em 2 temperaturas de cor (830 e

luz, relés e outro tipo de cablagens. O inter-

geiros com dificuldades auditivas e o centro

840) e pode substituir o downlights de 20 W

ruptor encontra-se fixado na parte superior

de assistência. Está disponível para novas

de halogéneo.

do elevador, sendo-lhe anexado um cordão

instalações ou atualizações de instalações existentes. Além disso há diferentes ver-

com passagem decrescente (de cima para

...

baixo) junto à cabine do elevador.

sões de montagem, como em superfície, encastrado ou no tecto da cabine.

Interruptor de sinalização para elevadores – FR 573

O cordão deve ser guiado através dos anéis

O tamanho do HL1 é muito compacto e ape-

Casa das Lâmpadas, S.A.

devido à circulação de ar na cabine. Ao lon-

nas requer a ligação a uma alimentação e à

Tel.: +351 229 059 000 · Fax: +351 229 024 596

go do cordão, em intervalos regulares, por

alta-voz. O HLI pode ser aplicado em edifí-

calamp@casadaslampadas.com

norma, em cada andar, é anexado um indi-

cios públicos, prédios, centros de saúde, es-

www.casadaslampadas.com

cador que nos fornece indicações da respe-

critórios de turismo, centros de formação

de forma a evitar flutuações excessivas

tiva função. Na extremidade final do cordão,

e administração. Ou para centros de lazer

O interruptor FR 573 da Pizzato Elettrica,

o indicador possui um peso, o qual permite

como centros comerciais, cinemas, teatros

representada em Portugal pela Casa das

manter o cordão sob tensão. Desta forma

ou salas de exposição.

Lâmpadas, foi especificamente estudado

o operador, em qualquer posição, ao longo

para o comando da luz no vão dos eleva-

do espaço da cabine do elevador, pode acio-

dores. A Norma EN 81 – parágrafos 6.4.9,

nar o interruptor, puxando o dispositivo ou

...

diretamente o cordão. O interruptor FR 573

LEDVANCE® DOWNLIGHT S da OSRAM

possui uma modalidade de funcionamento

OSRAM

o primeiro acionamento estreita os con-

Tel.: +351 214 165 860 · Fax: +351 214 171 259

tactos, e no seguinte os contactos abrem,

osram@osram.pt · www.osram.pt

e assim sucessivamente. Com tal descrição

em posição constante, o que significa que

conclui-se que o interruptor FR 573 possui capacidade para substituir a utilização do relé. Este interruptor foi testado com 20 lâmpadas de Neon de 36 W, superando 100.000 manobras. O funcionamento é simples: para acender a luz no elevador, basta puxar o cordão e para a desligar, basta repetir a mesma operação. Esta é uma inovadora luminária LED para encastrar que necessita apenas de 13 mm de profundidade para instalação. É adequada para a iluminação de espaços pequenos, tendo um corpo em alumínio e anéis em alumínio anodizado ou em branco e estando equipada com uma fonte de alimentação e com os LEDs OSRAM OSLON de alto fluxo (eficiência 50 lm/W) para uma economia até 70% de energia. Proporciona uma ótima

50

elevare



Produtos e tecnologias F.Fonseca apresenta barreiras óticas SGS da Sick

metros através do one-touch teach-in, sem

da qualidade e empenho que carateriza a

PC. A sincronização ótica elimina a neces-

UNIMEC e razão da longa cooperação com

F.Fonseca, S.A.

sidade de passar cabos, poupando tempo.

a Pietro Carnaghi. A UNIMEC é representada

Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910

Apresentam a opção de botão de teach-in

em Portugal pela REIMAN.

ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com

capacitivo e LEDs para facilitar ainda mais

www.facebook.com/FFonseca.SA.Solucoes.

a instalação em soluções mais complexas,

de.Vanguarda

assim como Plug & Play com auto-teach e

...

sistema de instalação Click & Go para uma

Interruptor de posição com desbloqueio remoto ZSM 476

instalação ainda mais rápida são outras das

Schmersal Ibérica, S.L.

inúmeras vantagens oferecidas pelas bar-

Tel.: +351 219 593 835 · Fax: +351 219 594 283

reiras óticas SGS da Sick.

info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt

auto-muting. A ajuda no alinhamento e o

...

Quer seja esguio, plano, curto ou longo,

UNIMEC: produz os seus maiores gatos mecânicos

nada consegue passar despercebido pelas

REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais,

barreiras de luz inteligentes SGS da Sick que

Lda.

abrem a porta para a deteção inteligente.

Tel.: +351 229 618 090 · Fax: +351 229 618 001

As barreiras óticas SGS da Sick podem ser

geral@reiman.pt · www.reiman.pt

montadas dentro de portas, portões e pontos de entrada/saída. Como resultado, elas são o maior grupo de barreiras da família SLG, possuem teach-in por comando remoto e têm o maior alcance entre emissor e

Com o ZSM 476, o Grupo Schmersal apre-

recetor. As barreiras óticas SGS da Sick po-

senta um interruptor de posição de encra-

dem ser instaladas facilmente graças ao

vamento com múltiplos contactos, que

sistema de instalação simples Click & Go.

pode ser utilizado tanto na tecnologia de

Adicionalmente, caraterísticas como auto-

elevação como na construção geral de má-

-muting, auto-teach e ajuda ao alinhamento

quinas. O interruptor de posição com função de segurança incorpora uma função de

permitem uma disponibilidade de funcionamento mais elevada. Existe ainda um esta-

A UNIMEC atingiu recentemente um novo

desbloqueio com ativação elétrica. Quando

bilizador em alumínio para montagem indi-

patamar na construção de gatos mecâni-

o interruptor for acionado, o pistão aciona-

vidual, o que torna a instalação ainda mais

cos ao fabricar o maior equipamento da sua

dor fecha, abrindo ou fechando circuitos

simples.

gama, em dimensões e capacidade de car-

elétricos. O interruptor não volta automa-

ga, para a Pietro Carnaghi, especialista na

ticamente à sua posição original, mas deve

Ao nível das caraterísticas destacamos as

construção de tornos verticais e máquinas

ser desbloqueado de forma intencionada,

alturas de deteção variáveis de 600 mm a

ferramenta de pórticos móveis de desbaste

um desbloqueio que pode ser realizado de

1.400 mm (em incrementos de 160 mm);

vertical. Estes gatos mecânicos têm fusos

forma manual ou através de um sinal elé-

alcance máximo de 10 m; o teach-in sim-

de 8 m com 160 mm de diâmetro e passo

trico. Nas zonas de difícil acesso ou com um

ples via cabo de configuração; ajuste de

de 28 mm, e irão fazer parte de um torno

espaço mínimo, a função de desbloqueio

parâmetros opcionais através do botão de

vertical de 12 m de altura e 20 m de compri-

remoto torna o ZSM 476 numa opção em

teach-in, sem necessidade de PC; o tempo

mento a ser instalado no Brasil.

comparação com outros tipos de interruptores convencionais. O valor de disparo do

de resposta de 18 ms; objeto mínimo detetável de 25 mm ou 45 mm; a imunidade

Esta não é a primeira vez que a UNIMEC

contacto, de apenas 0,3 mm, juntamente

muito elevada à luz solar até 150.000 lx e

fabrica equipamentos de dimensões espe-

com a reduzida força de atuação de 6 +/-2N,

uma zona morta muito pequena de 11 mm.

ciais, tendo já construído 20 gatos mecâni-

garante que o ZSM 476 possa ser utilizado

O design pequeno, fino e elegante permite

cos de 12 m de comprimento de fuso, sendo

em aplicações críticas para a segurança,

uma integração simples nas aplicações. Os

estes, no entanto, os mais importantes pe-

como, por exemplo, reguladores de veloci-

modelos esguios e planos das barreiras

las suas dimensões e capacidade de carga.

dade dos elevadores.

óticas SGS oferecem opções de montagem

Os requisitos desta construção estendem-

flexíveis e otimizam espaço de prateleira

se também à precisão, pois a tolerância

Para diferenciá-lo do modelo anterior, o

enquanto reduzem a possibilidade de so-

no passo entre os dois fusos é de apenas

novo ZSM 476 oferece-se com uma gama

frerem danos. Oferecem configuração de

0,28 mm entre os dois fusos de 8 metros.

de alavancas em ângulo e de rolo, o que

opções pré-definidas ou ajuste de parâ-

Esta realização é apenas mais uma prova

faz com que esta série se adapte de forma

52

elevare


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Produtos e tecnologias ainda mais universal a toda uma ampla va-

proporcionam estabilidade na velocidade e

e um ótimo equilíbrio ecológico, graças aos

riedade de aplicações. Tendo uma classe de

uma rotação suave do motor, mesmo em

reduzidos requisitos energéticos na produ-

proteção IP 67, esta gama de interruptores

velocidades de rotação reduzidas. Outras

ção e no funcionamento, sem mercúrio e

é adequada para ambientes com humidade

funções como travagem controlada após

com um menor desperdício e baixo consu-

ou com pó. Oferecem-se diferentes comu-

paragem em emergência, controlo opcional

mo de recursos graças à muito longa du-

tadores com um máximo de três contactos

em malha fechada e um PLC integrado são

ração. De destacar algumas caraterísticas

NF e também há disponível uma combina-

algumas das mais-valias desta série.

importantes desta lâmpada PARATHOM®

ção de dois contactos NF e 1 contacto NA.

PAR16 20 como: uma vida média até 35.000

As opções de tensão são de 24 V, 110 V e

Ao nível de caraterísticas do variador de

horas (ciclos de manobras 165 minutos li-

230 V. Da mesma forma que os interrupto-

velocidade FR-A700 da Mitsubishi Electric

gada, 15 minutos desligada), um ângulo de

res estandardizados convencionais, o resis-

destacam-se a alimentação: 3x400 VAC;

abertura de 35°, um casquilho GU10, e é

tente invólucro plástico possui uma largura

potência: 0,75 KW a 630 KW; frequência de

adequada para a substituição direta de lâm-

de apenas 30 mm; além disso, o interruptor

Saída: 0 a 400 Hz; e o tipo de Controlo: Ve-

padas de halogéneo 20 W.

possui as mesmas dimensões de monta-

torial avançado sensorless. As vantagens

gem. O cabo de ligação pode ser fornecido,

deste variador são inúmeras desde o biná-

de forma opcional, em três dos lados do

rio de arranque excecional; filtro EMC inte-

invólucro. Além de oferecer as vantagens

grado; controlo do motor em malha aberta

Sistema telefónico de emergência

de numerosas possibilidades de seleção

ou fechada; controlo de velocidade, binário

Schmersal Ibérica, S.L.

e uma classe de proteção elevada, o ZSM

ou posição; alerta de manutenção e PLC in-

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476 constitui uma alternativa mais flexível

tegrado. As aplicações típicas são máquinas

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e económica em relação à série ZSM 241 já

de elevada performance onde a precisão na

disponível.

velocidade é de elevada importância, como

...

elevadores, guindastes e posicionamento

... F.Fonseca apresenta Variador de Velocidade Topo de Gama - FR-A700 da Mitsubishi Electric

(embalagem, paletização, indexação).

...

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PARATHOM® PAR16 20: lâmpada LED da OSRAM

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Este é um sistema a 2 fios, disponíveis em PSTN e GSM e instalados ao mesmo tempo.

de.Vanguarda

Uma das suas caraterísticas e vantagens passa pelas 6 estações de que faz parte a funcionalidade integrada para sistemas de intercomunicação de incêndio e evacuação. Além de uma elevada resistência ao ruído sem necessidade de cabos protegidos. Além disso tem um interface USB para programação, com um interface CANopen-Lift opcional. Esta é uma gama inovadora de lâmpadas

O sistema a dois fios é de fácil instalação e

A série de variadores de velocidade FR-

LED com formas variadas e casquilhos

tem disponíveis PSTN e GSM instalados ao

A700 da Mitsubishi Electric apresenta-se ao

tradicionais, que oferece uma economia

mesmo tempo, sendo imune a falhas por

mercado como a melhor escolha quando é

convincente, funcionalidade e variedade.

redundância. As estações extras são sis-

requerida uma elevada performance. Com-

As suas caraterísticas passam pela luz

temas de comunicação sem equipamentos

binando uma elevada robustez, modo de

100% instantânea, baixo desenvolvimento

separados, incluindo sistemas de comuni-

funcionamento e tecnologias de controlo

térmico, sem UV e reduzida radiação infra-

cação de incêndio. Tem ainda uma bateria

de potência avançadas, a gama A700 pos-

vermelha, luz branca com boa restituição

monitorizada, algo requerido pela EN 81-28

sui a flexibilidade e o desempenho neces-

de cores, resistente a impactos e vibrações.

e sem paragens imprevistas. E como tem uma luz de emergência não é necessário

sários e para soluções de engenharia topo de gama ou aplicações muito exigentes.

Além disso tem até 90% menos emissão

Tecnologias como controlo vetorial sem

de CO2 comparada com as lâmpadas con-

recurso a sensores e auto-tuning online

vencionais incandescentes e de halogéneo,

54

elevare

um sistema externo.

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comunicação industrial Pautando pela exigência com que atua nos serviços que oferece e na eficácia de concretização dos mesmos, garantimos sempre o respeito e o reconhecimento dos nossos clientes.

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