5
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
Número 5 . 1.o e 2.o Trimestres de 2015 . www.elevare.pt
Normalização
Normalização - CT 63
Legislação
Eficiência energética nos elevadores
DOSSIER
ILUMINAÇÃO EM ELEVADORES
Ascensores com história O elevador histórico do Curia Palace Hotel
Figuras
Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo
PUB
Ficha técnica
elevare Revista técnica de elevadores e movimentação de cargas
DIRETOR
4
Editorial
6
Qualidade, segurança e ambiente O comportamento dos ascensores em caso de incêndio - 1.a Parte
11
Normalização Normalização - CT 63
12
Legislação Eficiência energética nos elevadores
16
Coluna da ANIEER Diretiva 2014/33/UE e suas implicações: Estamos preparados?
Fernando Maurício Dias fmd@isep.ipp.pt
COLABORAÇÃO REDATORIAL António Vasconcelos, Eduardo Restivo,Erick Alves, Fernando Maurício Dias, Helena Paulino, João E. Almeida, José Pirralha,Miguel Leichsenring Franco, Pedro Paulino, Ricardo Sá e Silva, Rosário Machado, Vitor Amaral
COORDENADOR EDITORIAL Ricardo Sá e Silva, Tel.: +351 225 899 628 r.silva@elevare.pt
18 Coluna da APEGAC DIRETOR COMERCIAL
Apresentação da APEGAC e as inspeções dos elevadores
Júlio Almeida, Tel.: +351 225 899 626 j.almeida@elevare.pt
20 Notícias e Produtos
CHEFE DE REDAÇÃO
29 Dossier sobre iluminação em elevadores [30] Lightwatcher: Apagar/atenuar a luz de cabina segundo a diretiva 95/16/CE [32] Iluminação nos elevadores
Helena Paulino, Tel.: +351 220 933 964 h.paulino@elevare.pt
DESIGN e webdesign
36 Entrevista
Ana Pereira
a.pereira@cie-comunicacao.pt
PROPRIEDADE, REDAÇÃO, EDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.
®
Grupo Publindústria Tel.: +351 225 899 626/8 · Fax: +351 225 899 629
Instituto Português de Qualidade: Organismo nacional de normalização
40 Informação técnico-comercial Portugal aposta no cumprimento da Norma Europeia EN 81.28 através da Nayar Systems
geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt
42 Case study Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções - 1.ª Parte
Os trabalhos assinados são da
46 Ascensores com história
exclusiva responsabilidade dos seus autores.
O elevador histórico do Curia Palace Hotel
48 Figuras Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo
Imagem da capa gentilmente cedida por: Eng. António Vasconcelos
50
Reportagem III Jornadas Técnicas – Elevadores: o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal
53
Calendário de eventos
54
Bibliografia
56 Consultório técnico elevare
3
Editorial
O ano de 2015 tem sido fértil em eventos na área dos elevadores. Esta constatação é de salutar, uma vez que evidencia a dinâmica do setor, embora muitas das vezes essa dinâmica seja castrada pelo poder de decisão que não a consegue acompanhar. Em janeiro, mais concretamente no dia 30, realizou-se o maior evento no setor dos eleva-
Fernando Maurício Dias
dores em Portugal. As Jornadas Técnicas de Elevadores, na sua 3.a edição, tiveram lugar
Diretor
do auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto numa organização conjunta do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, Ordem dos Engenheiros – Região Norte e da Revista "ELEVARE". O conjunto de oradores, de alta qualidade, e a intervenção do público
encontro Ascensores – Diretiva 2014/33/EU
fizeram destas Jornadas um ponto de troca de informação e de debate de ideias. Mais uma
e novas Normas EN81-20 e EN81-50 que se
vez, ficou provado o interesse e a utilidade de eventos deste tipo.
realizou no auditório IPQ a 15 de junho.
No que diz respeito à eficiência energética nos elevadores, o FEE - Fundo de Eficiência Ener-
Com tudo isto pode-se concluir que o setor
gética, através do seu Aviso 9 – Auditoria Energética a Elevadores em Edifícios de Serviços
dos elevadores não está parado. Há inte-
2015, prevê a possibilidade de financiamento de projetos que promovam a eficiência ener-
resse das partes em fazer mais e melhor,
gética dos elevadores. É certo que as verbas envolvidas e a abrangência restrita dos equipa-
e é de relevar a crescente envolvência de
mentos fazem com que esta medida não seja a ideal, no entanto, pode ser o primeiro passo
outras entidades que, até agora, estavam
de algo mais generalizado e com um maior impacto no setor. Com vista à divulgação e
mais afastadas.
esclarecimentos sobre esta ação realizou-se, no passado dia 15 de maio, no auditório do IPQ Para terminar, faço votos que esta dinâmica
nar o conjunto de eventos do 1.° semestre de 2015, e não menos importante, é de referir o
continue para bem de todos.
Estatuto Editorial
– Instituto Português de Qualidade uma sessão aberta a todos os interessados. Para termi-
TÍTULO “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” OBJETO Tecnologias inerentes ao projeto, conceção, montagem, manutenção de elevadores e plataformas de movimentação de cargas. OBJETIVO Difundir informação, tecnologia, produtos e serviços para a valorização profissional de profissionais eletrotécnicos e mecânicos. ENQUADRAMENTO FORMAL A revista “ELEVARE – Revista Técnica de Elevadores e Movimentação de Cargas” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional com experiência na área da formação. Coordenador Editorial – Formação académica em ramo de engenharia afim ao objeto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais. CARATERIZAÇÃO Publicação periódica especializada.
4
elevare
SELEÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. O noticiário técnico-informativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter publicitário nas seguintes condições: >> Com o título de Publi-Reportagem; >> Formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: >> Sumário >> Editorial >> Espaço Opinião >> Espaço Qualidade >> Coluna da ANIEER >> Coluna da APEGAC >> Espaço Condóminos >> Normalização >> Legislação >> Qualidade, Segurança e Ambiente >> Notícias >> Artigo Técnico >> Nota Técnica >> Investigação e Desenvolvimento >> Dossier Temático >> Entrevista
>> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >> >>
Reportagem Publi-Reportagem Case Study Informação Técnico-Comercial Figuras Ascensores com História Produtos e Tecnologias Bibliografia Calendário de Eventos Eventos e Formação Consultório Técnico Links Publicidade
ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da atividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista junto dos seus associados.
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Qualidade, segurança e ambiente
O comportamento dos ascensores em caso de incêndio 1.a Parte Miguel Leichsenring Franco1, João E. Almeida2 1
Engenheiro Eletrotécnico, Administrador Schmitt–Elevadores, Lda., Portugal.
2
Engenheiro, Mestre em Segurança Contra Incêndios Urbanos
Desde a introdução de ascensores em edifícios para auxiliar o transporte vertical de pessoas e bens, surgiu a
As medidas preconizadas na legislação têm
de Segurança contra Incêndio em Edifí-
três propósitos fundamentais: a. reduzir a possibilidade da ocorrência de
questão de salvaguardar a segurança
cios”, RT-SCIE; >>
um incêndio originado pelo ascensor;
Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de setembro que procede à transposição
das pessoas, não apenas durante a sua
b. em caso de incêndio, o ascensor e os
para o Direito Nacional da Diretiva
normal utilização, mas também em caso
seus componentes, incluindo a caixa,
1995/16/CE – “Diretiva Ascensores”, al-
de emergência. Neste artigo aborda-se a
não deverão contribuir para facilitar a
terado pelo Decreto-Lei n.° 176/2008
questão da segurança dos ascensores
sua propagação, seja por combustão
em caso de incêndio.
direta, ou pela passagem de fumo, cha-
de 26 de agosto; >>
mas e de gases de combustão; Introdução
zembro que estabelece as disposições
c. garantir a segurança de pessoas em
aplicáveis à manutenção e inspeção de
caso de incêndio.
A construção de edifícios em altura condu-
Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de de-
ascensores,
ziu à necessidade do desenvolvimento de
monta-cargas,
escadas
mecânicas e tapetes rolantes, após a
meios mecânicos que facilitassem a movi-
Existe ainda a questão da evacuação de
sua entrada em serviço, bem como as
mentação de pessoas e bens entre os vá-
pessoas, em caso de emergência, através
condições de acesso às atividades de
rios pisos.
dos ascensores, ou o seu uso pelas forças
manutenção e de inspeção, alterado
de segurança (bombeiros e outras), durante
pela Lei n.° 65/2013 de 27 de agosto;
Com a introdução dos ascensores surgiu
as operações de socorro. Neste texto não
também a necessidade de garantir a segu-
serão abordados estes dois últimos pontos,
rança das pessoas. Vários regulamentos e
que serão alvo de atenção em próximos ar-
Normas abordam esta temática nas várias
tigos. O foco da análise será exclusivamen-
vertentes: construção dos equipamentos,
te a garantia da segurança das pessoas e
“Regras de Segurança para o fabrico e a
instalação e utilização.
impedir que os ascensores sirvam para au-
instalação de Ascensores – Aplicações
mentar as consequências negativas de um
particulares para ascensores de pessoas
incêndio.
e ascensores de carga – Parte 73: com-
Neste artigo far-se-á uma análise ao com-
>>
to que estabelece as “Normas Técnicas sobre Acessibilidades”; >>
portamento dos ascensores em caso de incêndio.
Decreto-Lei n.° 163/2006 de 8 de agos-
Norma NP EN 81-73:2005 que define as
portamento de ascensores em caso de Legislação em vigor A conceção, o fabrico, a instalação e a manu-
incêndio”; >>
Norma NP EN 81-72:2003 que define as
Segurança contra incêndio
tenção de ascensores obedece a um conjun-
“Regras de Segurança para o fabrico e a
Na construção de um edifício, as preocu-
to de leis e regulamentos que é complemen-
instalação de Ascensores – Aplicações
pações a ter na segurança contra incên-
tado com Normas Europeias harmonizadas.
particulares para ascensores de pessoas
dios encontram-se regulamentadas pelo
Os principais documentos a observar em
e ascensores de carga – Parte 72: Ascen-
Decreto-Lei 220/2008, de 12 de novembro,
Portugal são presentemente os seguintes:
sores prioritários de bombeiros”;
que estabelece o Regulamento Jurídico de
>>
Decreto-Lei n.° 220/2008 de 12 de no-
>>
Norma NP EN 81-1:2000 + A3:2009 que
Segurança Contra Incêndio em Edifícios
vembro que estabelece o “Regime Jurí-
define as “Regras de Segurança para o
(RJ-SCIE) e pela Portaria 1532/2008 de 29
dico da Segurança Contra Incêndios em
Fabrico e Instalação de Elevadores – Par-
de dezembro, que contém o Regulamento
Edifícios”, RJ-SCIE;
te 1: Ascensores Elétricos”;
Técnico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE).
6
elevare
>>
Portaria n.° 1532/2008 de 29 de dezembro que aprova o “Regulamento Técnico
>>
Norma NP EN 81-2:2000 + A3:2009 que define as “Regras de Segurança para o
Qualidade, segurança e ambiente Fabrico e Instalação de Elevadores – Parte 2: Ascensores Hidráulicos”.
c. nos pisos abaixo do plano de referência,
a. EI 60, para as paredes não resistentes;
os acessos aos elevadores que sirvam
b. REI 60, para os pavimentos e as pare-
espaços afetos à utilização como esta-
des resistentes (se forem estruturais,
Para além da legislação que regula a cons-
cionamentos devem ainda ser protegi-
devem respeitar o índice corresponden-
trução dos equipamentos, o RT-SCIE con-
dos por uma câmara corta-fogo, que
te à categoria de risco do edifício, que
tém adicionalmente um conjunto específico
pode ser comum à da caixa da escada;
pode ser superior a 60);
de regras a seguir na instalação e operacionalidade de ascensores em edifícios.
d. os materiais utilizados na construção
c. E 30 C, para as portas.
ou no revestimento de caixas de elevadores devem ter uma reação ao fogo da
O dispositivo de chamada em caso
As regras construtivas impostas pelo
Classe A1, de acordo com o Artigo 42 do
de incêndio
RT-SCIE relativamente ao edifício em que
mesmo regulamento.
Os ascensores devem ser equipados com
se pretende instalar ascensores contem-
dispositivos de chamada em caso de in-
plam os seguintes pontos:
cêndio, acionáveis manualmente, mediante
«A conceção, o fabrico, a instalação e a manutenção de ascensores obedece a um conjunto de leise regulamentos que é complementado com Normas Europeias harmonizadas.»
a. a Caixa dos Ascensores; b. as portas de patamar dos ascensores; c. a casa de máquinas dos ascensores; d. os dispositivos de chamada em caso de incêndio; e. os sistemas de deteção de incêndio; f. as regras de uso. A Caixa dos Ascensores Relativamente à Caixa dos Ascensores, o
uso de chave especial, e automaticamente, a partir de sinal proveniente do quadro de sinalização e comando do sistema de alarme de incêndio, quando este exista (Artigo 103.° da Portaria 1532/2008). A chave especial referida deve estar localizada junto à porta de patamar do piso do plano de referência, alojada numa caixa protegida contra o uso abusivo e sinalizada com a frase “Chave de manobra de emergência
RT-SCIE no seu Art.° 28.° estabelece que as
do elevador”, devendo o posto de seguran-
paredes de isolamento das Caixas de As-
A Caixa de um Ascensor prioritário de bom-
ça, caso exista, dispor de uma cópia dessa
censores ou de baterias de ascensores de-
beiros – estes são de instalação obrigatória
chave. Servirá para comandar o ascensor
vem cumprir as seguintes condições:
em edifícios de altura superior a 28 metros
através de uma fechadura localizada junto
a. num edifício com uma altura até 28 m, e
ou com mais de 2 pisos abaixo do plano de
das portas de patamar do piso do plano de
desde que o piso servido de menor cota
referência - deve ser independente das de-
referência.
seja o imediatamente abaixo do plano
mais Caixas de Ascensores.
de referência, deverão ser garantidas
O acionamento deste dispositivo de chama-
as seguintes classes de resistência ao
As portas de patamar dos ascensores
da deve desencadear as seguintes ações:
fogo padrão:
As portas de patamar dos ascensores são
a. enviar as cabinas para o piso do plano
>>
em paredes não resistentes: EI 601;
obrigatoriamente de funcionamento auto-
de referência, onde devem ficar esta-
>>
em paredes resistentes: REI 60;
mático, devendo ter as seguintes classes
b. nos edifícios com altura superior a 28
de resistência ao fogo padrão:
cionadas com as portas abertas; b. anular todas as ordens de envio ou de
metros, os ascensores podem comu-
a. num edifício com uma altura até 28 me-
nicar diretamente com as circulações
tros e desde que o piso servido de me-
c. neutralizar os botões de chamada dos
chamada eventualmente registadas;
horizontais comuns, com exceção dos
nor cota seja o imediatamente abaixo do
patamares, os botões de envio e de pa-
ascensores prioritários de bombeiros,
plano de referência: E 15 C;
ragem das cabinas e os dispositivos de
que devem ser servidos por átrios com
b. num edifício com uma altura superior a
acesso direto à câmara corta-fogo que
28 metros, ou quando forem servidos
d. se, no momento do acionamento do dis-
comando de abertura das portas;
protege a escada e contém os meios de
mais do que um piso abaixo do plano de
positivo, qualquer das cabinas se encon-
combate a incêndio;
referência: E 30 C.
trar em marcha, afastando-se do piso do plano de referência, deve parar sem abertura das portas e, em seguida, ser
O RJ-SCIE define, no seu Anexo II, a seguinte
A casa de máquinas dos ascensores
classificação de desempenho de resistên-
Segundo o RT-SCIE (Artigo 101), as casas de
cia ao fogo padrão para produtos de cons-
máquinas de ascensores com carga nominal
e. se, no momento do acionamento do dis-
trução: R = Capacidade de suporte de carga;
superior a 100 kg, quando existam, devem
positivo, um ascensor estiver em serviço
E = Estanquidade a chamas e gases quen-
ser instaladas em locais próprios, reserva-
de inspeção ou de manobra de socorro,
tes; I = Isolamento térmico; W = Radiação;
dos a pessoal especializado e isolados dos
M = Ação Mecânica; C = Fecho automático;
restantes espaços do edifício, com exceção
f. se, no momento do acionamento do dis-
S = Passagem de fumo; P ou PH = Continui-
da Caixa do Ascensor ou da bateria de as-
positivo, um ascensor estiver eventual-
dade de Fornecimento de Energia e/ou de
censores, por elementos de construção que
mente bloqueado pela atuação de um
Sinal; G = Resistência ao Fogo; K = Capacida-
garantam a classe de resistência ao fogo
dispositivo de segurança, deve manter-
de de Proteção Contra o Fogo.
padrão:
-se imobilizado.
1
enviada para o piso referido;
deve soar na cabina um sinal de aviso;
elevare
7
Qualidade, segurança e ambiente Os sistemas de deteção de incêndio
Tratando-se de um espaço exíguo e sem sa-
sores não deverão ser utilizados em caso
Os sistemas de deteção de incêndio, quando
ídas de emergência, a paragem do ascensor
de incêndio.
existentes, devem em caso de sinal de alar-
entre pisos poderá aprisionar os seus ocu-
me, enviar um comando a cada ascensor,
pantes durante longos períodos de tempo.
enviando as cabinas para o piso do plano de
Esta paragem poderá ocorrer por falha de
referência, onde devem ficar estacionadas
alimentação elétrica ou por avaria de com-
com as portas abertas.
ponentes mecânicos. Se o incêndio tiver origem na casa das máquinas, ou em algum
Por sua vez, os ascensores prioritários para
componente do ascensor, poderá causar
bombeiros (tema a ser tratado num próxi-
a paragem do seu movimento antes de se
mo artigo) devem ainda ser equipados com
atingir um patamar onde os ocupantes pos-
dispositivos de segurança, que devem ser
sam sair. Também poderá ocorrer um corte
integrados nas instalações de alarme dos
de energia elétrica por curto-circuito, com-
edifícios, quando existam.
bustão dos cabos de alimentação, ou sim-
Estes dispositivos de segurança correspon-
plesmente por corte manual ou automático
Contudo, poderá acontecer que os ascen-
da alimentação elétrica.
sores ainda assim sejam utilizados por des-
dem a detetores de temperatura e de fumo
conhecimento da existência de um incêndio
que devem ser, respetivamente (Artigo
Outro dos perigos consiste na paragem do
no edifício. Para evitar esta possibilidade, o
105.° da Portaria 1532/2008):
elevador, com abertura das portas de pata-
RT-SCIE define que em caso de incêndio to-
a. regulados para 70° C, instalados por
mar, no piso sinistrado, expondo os ocupan-
dos os ascensores devem enviar as cabinas
tes a fumo e chamas.
para o piso do plano de referência, onde
cima das vergas das portas de patamar, exceto se o acesso ao átrio for efetuado por uma câmara corta-fogo;
devem ficar estacionadas com as portas Poderá ainda ocorrer a entrada de chamas
abertas e anular todas as ordens de envio
b. instalados na casa das máquinas dos
e gases quentes na caixa do ascensor, mo-
ou de chamada, eventualmente, regista-
ascensores ou, caso esta não exista, no
tivada pelo efeito chaminé, em que o fumo
das. Deverão ainda neutralizar os botões
topo da Caixa do Ascensor.
tende a subir e a ocupar todos os espaços
de chamada dos patamares, os botões de
disponíveis.
envio e de paragem das cabinas e os dispo-
Regras de uso
sitivos de comando de abertura das portas.
Junto dos acessos aos ascensores deve
Utilização de ascensores em caso
ser afixado em sinal fotoluminescente, a
de incêndio
seguinte inscrição: “Não utilizar o ascensor
É comummente aceite ser perigoso utili-
em caso de incêndio” que poderá ser subs-
zar um ascensor durante um incêndio num
tituída ou complementada por um picto-
edifício. Na grande maioria dos casos estão
grama equivalente (Artigo 102° da Portaria
afixados dísticos nos patamares indicando
1532/2008). A Norma EN81-73 recomenda
que não se devem utilizar os ascensores
que o pictograma tenha uma altura mínima
em caso de incêndio. Aliás no Artigo 102° do
de 50 mm.
RT-SCIE refere-se que junto dos acessos aos ascensores deve ser afixado o sinal de ins-
Perigos em caso de incêndio
crição: “Não utilizar o ascensor em caso de in-
Em caso de incêndio, os ascensores ficam
cêndio” ou com um pictograma equivalente.
vulneráveis e sujeitos a falhas diversas, podendo colocar em risco a vida dos seus
Com algumas notáveis exceções (os ascen-
ocupantes (Tabela 1).
sores prioritários de bombeiros), os ascen-
«Para salvaguardar a vida dos ocupantes, as cabinas poderiam ser dotadas de meios elementares de combate a incêndio, como pequenos extintores, mantas ignífugas, máscaras de proteção e sistemas de comunicação bidirecionais (...)» Para cumprir estas exigências, os ascensores devem ser equipados com dispositivos de chamada em caso de incêndio, acionáveis
Tabela 1 Perigos em caso de incêndio.
Perigos
Motivos >>
1. Paragem da cabina na caixa
devido à falta de alimentação elétrica decorrente do próprio incêndio ou por avaria de componentes mecânicos.
2. O ascensor pára e abre as portas no piso do incêndio 3. Alastramento de fumo através da caixa do ascensor
8
elevare
>>
a porta não fecha mais;
>>
entrada de grandes quantidades de fumo para a caixa do ascensor.
por operação de uma fechadura localizada junto das portas de patamar do piso do plano de referência - mediante uso de chave especial, ou automaticamente por ordem da Central de Deteção de Incêndio (CDI). Porém, se no momento do acionamento do dispositivo qualquer das cabinas se en-
>>
subpressão na janela de ventilação superior da caixa;
contrar em marcha, afastando-se do piso
>>
sobrepressão em todos os restantes pisos;
do plano de referência, deve parar, sem
>>
efeito “chaminé”.
abertura das portas e, em seguida, ser
PUB
enviada para o piso referido. Se, porventura, um ascensor estiver em serviço de inspeção ou de manobra de socorro, deve soar na cabina um sinal de aviso. Por fim, se, na altura em que o dispositivo de chamada for acionado, um ascensor estiver eventualmente bloqueado pela atuação de um dispositivo de segurança, deve manter-se imobilizado. Também a Norma harmonizada EN 81-73 apresenta indicações quanto à garantia de um comportamento adequado dos ascensores em caso de incêndio, com base em sinais que são enviados pela central de deteção de incêndio ao comando do ascensor. Na Norma parte-se do pressuposto de que os edifícios estão equipados com centrais de deteção de incêndio, que enviarão os sinais respetivos aos ascensores. Com a receção dos sinais, o comando do ascensor define a sua reação. A reação do ascensor a um sinal da central de deteção de incêndio, passará por conduzir a cabina para o piso de referência e aí permanecer com as portas abertas. O sinal da CDI leva a que todos os restantes comandos dos patamares e de dentro da cabina sejam inibidos e cancelados. O ascensor será colocado, automaticamente, numa situação normal de funcionamento, quando receber da CDI o respetivo sinal elétrico de funcionamento normal, ou quando houver uma desativação do interruptor manualmente, por pessoal técnico autorizado. Melhoramentos na segurança dos ascensores durante um incêndio Manter em uso ascensores não afetados Nem sempre um incêndio afeta os ascensores, ou pelo menos, a totalidade dos existentes, quando exista mais do que um. Por vezes, em edifícios de maior dimensão, os ascensores encontram-se agrupados em baterias e apenas uma parte poderá ser afetada. Assim, os restantes ascensores poder-se-ão manter em uso, caso o incêndio seja noutra parte do edifício, e a compartimentação corta-fogo salvaguarde que o fumo e as chamas não cheguem a nenhum dos pisos nem a locais servidos por esse(s) ascensor(es). A principal questão que se levanta é como garantir que determinados ascensores possam continuar a ser utilizados em segurança, num edifício com um incêndio em curso, sem que isso afete minimamente a possibilidade de esses ascensores serem atingidos pelo incêndio. Como se poderá fazer esse controlo? Uma possibilidade será a instalação de uma matriz de comando associada a detetores de incêndio endereçáveis para garantir a operacionalidade de um elevador, enquanto TODOS os detetores na envolvente da
Qualidade, segurança e ambiente mar (atualmente não prevista nas Normas
Tabela 2 Razões para a entrada de fumo na caixa do ascensor.
e legislação em vigor). Razões 1. Incêndio na própria caixa do ascensor 2. Incêndio na casa de máquinas
Ocorrência raro.
>>
raro (só crítico se a casa de máquinas for em
sencarceramento e abertura das portas
baixo).
de patamar pelo interior das caixas. As
possível mas pouco frequente.
caixas seriam equipadas com escadas do
>>
a entrada de fumos da área onde deflagra o in-
tipo marinheiro, para permitir a evacuação
4. Incêndio em zona na vizinhança da caixa do ascensor
tados de algumas ferramentas para de-
>>
do ascensor 3. Incêndio na cabina
Os ascensores poderiam ser também do-
>>
cêndio para a caixa devido ao “efeito chaminé”; >>
a entrada de fumo será muito intensa, quando não existir uma antecâmara.
das pessoas. Outras medidas de proteção ativa passam pelo recurso a sprinklers que obrigam a que a os componentes elétricos estejam
Tabela 3 Medidas de proteção de pessoas.
devidamente protegidos contra contactos diretos e indiretos por ação da água. Nos
Tipo
Medidas Paragem do ascensor num piso seguro e desativa-
1. Preventivas
2. Ativas na cabina
3. Ativas na caixa
EUA já há várias Normas (NFPA) a este respeito.
ção com portas abertas (comando de incêndios estático ou dinâmico).
Reposição da normalidade
Máscaras de oxigénio,
Após a extinção do incêndio, ou no caso de
Extintores/Mantas,
alarme intempestivo e quando for reposta
Iluminação de emergência,
a normalidade, o ascensor será colocado
Sistemas de intercomunicação bidirecionais.
automaticamente em situação normal de
Sobrepressão de ar fresco através de ventilação
funcionamento, quando receber da cen-
forçada.
tral de deteção de incêndio o respetivo sinal elétrico de funcionamento normal ou quando houver uma desativação do in-
zona de operação, e em todos os pisos ser-
Outra hipótese seria pressurizar a própria
terruptor de chamada, manualmente, por
vidos por esse ascensor não estiverem em
caixa do elevador. Todavia, a insuflação de
pessoal técnico autorizado.
alarme.
ar novo só poderia ser feita no caso de haver a garantia de que o espaço envolvente
Os ascensores poderão voltar a receber
Outra possibilidade poderia ser a de permitir
não estava com chamas, para evitar ali-
chamadas e a tratar os pedidos da forma
a operação, apenas nos pisos abaixo do piso
mentar a combustão com oxigénio. Para
normal.
sinistrado, e enquanto nesses pisos e na casa
controlar esta situação, seria necessário
das máquinas (caso esta exista) não houves-
uma cuidada interligação à CDI.
se também nenhum alarme de incêndio.
Conclusões Os ascensores são parte integrante dos
Meios de primeira intervenção
edifícios modernos e a sua utilidade é in-
Controlo de fumo na Caixa dos Ascensores
Quando o ascensor, ou os espaços circun-
questionável. Os incêndios são fenómenos
Sabendo-se que o maior perigo para os as-
dantes, já se encontram tomados pelas
raros, mas de consequências dramáticas,
censores é a invasão da caixa por fumo pro-
chamas e fumo, só resta a possibilidade de
se não forem tomadas as medidas de pro-
veniente do incêndio, este poderá ser evitado
recorrer a meios ativos de combate.
teção adequadas. Os ascensores podem
através do recurso à compartimentação
fazer parte do problema ou da sua reso-
corta-fogo. Claro que esta solução só será
Para salvaguardar a vida dos ocupantes,
lução; tal depende do cumprimento das
eficaz se o incêndio tiver origem noutro se-
as cabinas poderiam ser dotadas de meios
Normas de Segurança na sua conceção e
tor que não aquele onde se encontra o as-
elementares de combate a incêndio, como
montagem, mas também e principalmen-
censor (Tabela 2).
pequenos extintores, mantas ignífugas,
te, da sua manutenção e exploração nas
máscaras de proteção e sistemas de co-
devidas condições.
A proteção poderia passar pela criação de
municação bidirecionais, conforme indica-
antecâmaras, com paredes e envolvente
do no Ponto 2 da Tabela 3.
corta-fogo, assim como vãos de acesso de-
Apesar das medidas de segurança existentes atualmente, ainda há espaço para a
vidamente protegidos. Para evitar a eventual
Outra possibilidade, no caso da cabine ficar
implementação de outras que possam re-
contaminação do espaço com fumo durante
encravada entre dois pisos, seria a existên-
duzir os níveis de risco e aumentar as pos-
a abertura das portas, estes locais deveriam
cia de alçapões, com dispositivos que per-
sibilidades de sobrevivência de ocupantes
ser pressurizados, em caso de incêndio, em
mitissem o acesso e a fuga dos ocupantes
presos numa cabine envolta pelas chamas
relação aos compartimentos adjacentes.
pela caixa do ascensor até à porta de pata-
e pelo fumo.
10
elevare
Normalização
Normalização - CT 63 José Pirralha Presidente da CT 63
Realizou-se no passado dia 15 de junho 2015
senvolve no CEN/TC10 e na ISO/TC178. Ainda
no IPQ - Instituto Português de Qualidade
assim consideramos que há muito a fazer.
uma Jornada/Encontro na qual se apresentaram e discutiram as implicações da entrada
Centrando-nos na CT 63 – Ascensores,
em vigor da Nova Diretiva – 2014/33/UE e das
monta-cargas, escadas mecânicas e tape-
Novas Normas Harmonizadas EN 81-20/50.
tes rolantes, onde várias questões se podem levantar: >>
É a sua constituição atual representativa de todos os setores económicos
«(...) é chegada a altura de termos claro a importância da normalização como parte essencial do negócio das empresas, qualquer que seja o seu estatuto ou dimensão.»
envolvidos na atividade? >> >>
Como se pode avaliar a eficácia da sua
dos setores que participam nos traba-
ação?
lhos, aumentando o leque de opiniões e
É o número de Normas traduzidas acei-
interesses.
tável face às necessidades da indústria e em particular das PMEs?
Não podemos dar-nos por satisfeitos com a eficácia da CT 63, precisamos ser mais
Desmistificada a ideia de que a normaliza-
ativos, não só pronunciando-nos atempada-
Esta alteração considerada por muitos pe-
ção é um assunto para as multinacionais, é
mente sobre os inquéritos e votações finais
ritos como uma verdadeira revolução, não
chegada a altura de termos claro a impor-
que vêm do CEN/ISO mas, sobretudo, ava-
deixa dúvidas de que se está perante um
tância da normalização como parte essen-
liando as consequências e expressando-
novo paradigma quer para a indústria de
cial do negócio das empresas, qualquer que
-as na forma de propostas.
elevação quer para os demais operadores
seja o seu estatuto ou dimensão. Quanto ao que por muitos é considerado o
que, de uma forma ou de outra forma, estão relacionados com esta atividade - au-
Cremos que é o momento de abrir a CT 63 a
resultado do trabalho da CT 63 (o que de
toridades e organismos de avaliação da
outros setores da sociedade - ordens profis-
facto não corresponde inteiramente à re-
conformidade. Do que são as alterações e
sionais, sindicatos, organizações de defesa
alidade), como a tradução de Normas para
consequências deste novo quadro legal e
dos consumidores, entre outros. No que se
português, muito há a fazer.
normativo, já tivemos ocasião de nos pro-
refere às empresas, pese embora exista já
nunciarmos se bem que, pensamos voltar
hoje uma interessante participação de PME,
Precisamos de uma maior participação, para
ao tema dentro de alguns meses, altura
é necessário que haja um reforço dessa
lá de alguns estímulos financeiros que pos-
em que, se espera que alguns dos pontos
participação.
sibilitem a criação de condições para que a
que hoje permanecem envoltos em dúvidas
tarefa dos Grupos de Trabalho encarregues
possam estar esclarecidos.
das traduções possa ser mais eficaz.
Hoje, quereríamos partir das implicações
Este é um assunto que estamos a discutir
das novas Normas, para uma reflexão so-
com a DGEG e o IPQ, esperando que a breve
bre a situação da normalização no setor
prazo possa haver boas notícias.
nomeadamente no que diz respeito à CT 63. Em resumo precisamos de mais gente de e uma maior disponibilidade para que algumas
Qual o estado da normalização do setor em Portugal?
©eeagrants.org
das dificuldades possam ser ultrapassadas.
Hoje, em Portugal, o processo de normalização do setor assenta no acompanhamen-
O papel da normalização estará tanto mais
Espera-nos a curto prazo a ingente tarefa de
to do processo de normalização que se de-
facilitado quanto maior for a diversidade
tradução das EN 81-20/50.
elevare
11
Legislação
Eficiência energética nos elevadores ADENE
A ADENE - Agência para a Energia é uma
nismo de verificação instituído pelo SEEP
tornou-se obrigatório o cálculo do desem-
entidade que tem por missão promover e
onde se procederá à validação das etique-
penho energético do elevador através do
realizar atividades de interesse público na
tas emitidas e das propostas de melhoria,
recurso à Norma VDI 4707, e a sua instala-
área da energia, eficiência energética, mobi-
por forma a dar uma garantia de qualidade
ção deve cumprir com o requisito mínimo
lidade e eficiência hídrica, conforme indica-
sobre o desempenho apresentado para o
de Classe C. A partir de 1 de janeiro de 2016
do no Decreto-Lei n.° 47/2015 de 9 de abril.
elevador.
este requisito sobe para a Classe B e deve ser comprovado através da emissão de uma
Uma das principais atividades da ADENE é a gestão do Sistema de Certificação Ener-
O primeiro produto abrangido por este sis-
etiqueta energética que deve ser afixada no
gética dos Edifícios (SCE) que se encontra
tema foi a janela, e o próximo será o ele-
elevador.
em funcionamento desde julho de 2007 e
vador, esperando-se brevemente incluir as
permite conhecer, com algum detalhe, o
escadas e os tapetes rolantes.
Com a publicação do regulamento, o cálculo da Classe deveria ser efetuado com base na
desempenho energético dos edifícios portugueses através da atribuição de uma
Porquê os elevadores? O grande foco de
Norma VDI 4707 devido à falta de publica-
classe energética. No entanto, no decorrer
atenção tecnológico e legislativo destes
ção de uma Norma Europeia, situação essa
da implementação do SCE verificou-se a
equipamentos está relacionado com a se-
que foi agora ultrapassada com a publicação
importância de avaliar também o desempe-
gurança mas, nos últimos anos, com o
completa da Norma ISO 25745 no passado
nho de alguns dos componentes do edifício,
avanço da normalização e regulamentação,
dia 1 de abril de 2015, que se divide em 3 par-
por forma a avaliar com maior rigor o de-
é possível trazer outro vetor de análise, ou
tes: a Parte 1 (25745-1:2012) relativa à medi-
sempenho energético global. Neste sentido,
seja, o seu consumo energético.
ção do consumo de energia e as restantes Partes 2 e 3 (25745-2:2015 e 25745-3:2015)
e como complemento ao SCE, foi lançado o Sistema de Etiquetagem Energética de
O elevador pode representar entre 3 a 5%
referentes ao cálculo do desempenho ener-
Produtos (SEEP) que visa informar os con-
do consumo de energia de um edifício, pelo
gético de elevadores, escadas e tapetes ro-
sumidores sobre o desempenho energético
que é importante conhecer em detalhe o
lantes. Deste modo existe agora um referen-
de produtos que ainda não se encontram
seu valor e identificar a melhor forma de
cial que permite responder completamente
abrangidos pelas Diretivas de Ecodesign e
promover a eficiência energética destes
ao cálculo do desempenho energético de
etiquetagem energética regulados pela Co-
equipamentos. Neste sentido, no Decreto-Lei
instalações de elevação de pessoas.
missão Europeia. O sistema assenta numa
n.° 118/2013 de 20 de agosto o elevador é
plataforma eletrónica acessível através
considerado um sistema técnico do edifício
A Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro
do endereço www.seep.pt onde interagem
e o seu desempenho energético deverá ser
que “estabelece os requisitos de conceção re-
os diferentes intervenientes do processo.
fornecido aos Peritos Qualificados respon-
lativos à qualidade térmica da envolvente e à
A plataforma atua como um portal onde
sáveis pela emissão do Certificado Energé-
eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios
estarão disponibilizados vários conteúdos
tico do Edifício.
novos, dos edifícios sujeitos a grande intervenção e dos edifícios existentes", refere a publi-
que abordem aspetos importantes sobre os elevadores, existindo uma filtragem dos
1. Enquadramento Legal e Normativo
cação em despacho pelo Diretor Geral de
conteúdos conforme o perfil de utilizador:
A partir da entrada em vigor do Decreto-Lei
Energia e Geologia da definição da metodo-
público, empresa de manutenção, empresa
118/2013, de 20 de agosto, com a publicação
logia a usar para o cálculo do desempenho
de inspeção, entre outros.
da Portaria 349-D/2013 de 2 de dezembro,
energético dos elevadores, bem como a en-
que estabelece os requisitos de conceção
tidade que deverá ser responsável .pela ges-
Na plataforma serão colocados os dados
relativos à qualidade térmica da envolven-
tão da emissão das etiquetas energéticas. A
necessários para obter o desempenho e
te e à eficiência dos sistemas técnicos dos
publicação do Despacho 8892/2015 de 11 de
proceder à respetiva emissão da etiqueta, e
edifícios novos, dos edifícios sujeitos a uma
agosto veio dar resposta a esta necessidade
no caso dos elevadores existentes, propor
grande intervenção e dos edifícios existen-
e define também a metodologia de cálculo
medidas que melhorem o seu desempenho
tes, no seu Ponto 11, nos novos edifícios de
de desempenho energético para as escadas
energético final. O sistema terá um meca-
serviços ou sujeitos a grandes reabilitações
mecânicas e os tapetes rolantes.
12
elevare
Legislação 2. Desempenho Energético
>>
Definição de indicadores de desempe-
A 2.a Parte tem por base a Norma 25745-
de Elevadores
nho energético mínimos, definidos em
2:2015, onde são descritos os passos para
Estão a ser desenvolvidas iniciativas de me-
colaboração com os instaladores de
obter o consumo anual de energia e o de-
lhoria do levantamento estatístico do núme-
elevadores e escadas rolantes.
sempenho energético do elevador.
ro de elevadores e escadas rolantes em Portugal. Este trabalho está a ser feito através
Foi com base nestas recomendações que
A última parte descreve os dados e as re-
da realização de estudos com os objetivos de
foram introduzidos os elevadores na legis-
gras a utilizar na etiquetagem do eleva-
analisar o impacte energético no consumo
lação nacional dos edifícios, tendo a ADENE,
dor, servindo de base para a informação
de energia nos edifícios onde estão inseridos
através do seu sistema de etiquetagem
a apresentar na plataforma informática,
e de promover formas de melhorar e disse-
energética, criado o subsistema de eleva-
que estará disponível para a emissão das
minar as tecnologias mais eficientes energe-
dores e desenvolvido um Guia de Etiqueta-
etiquetas. Com a utilização deste manual,
ticamente. eficientes energeticamente.
gem Energética que permite às empresas
os instaladores de elevadores, empresas
efetuar auditorias energéticas de acordo
de manutenção, empresas de inspeção e
A nível europeu, o projeto de referência
com a Norma Internacional e, ainda, conhe-
outros intervenientes do mercado, irão ter
nesta área foi o “Energy-Efficient Elevators
cer os parâmetros que influenciam a classe
o conhecimento das regras que estão por
and Escalators” (E4) que apresentou os
energética.
detrás da emissão da etiqueta, permitindo
resultados no final de fevereiro de 2013,
tornar o processo mais transparente, com
elaborado a pedido da Comissão Europeia
3. O Guia de Etiquetagem Energética
procedimentos bem definidos e, com base
e liderado pelo Prof. Aníbal Traça de Al-
de Elevadores
na sua utilização, poderá ser melhorada e
meida do Instituto de Sistemas e Robóti-
O guia de etiquetagem está dividido em 3
aumentada a informação nele constante, de
ca da Universidade de Coimbra, contando
partes, cada uma refletindo o trabalho a re-
forma a torná-lo uma ferramenta atualiza-
com a participação de outras entidades
alizar para proceder à emissão da etiqueta.
da e ainda mais útil para o setor.
europeias. O estudo teve como objetivo a
O guia encontra-se disponível no website do
avaliação da eficiência energética de ele-
SEEP. A 1.ª Parte, baseada na Norma 25745-
4. Exemplos de atribuição de etiqueta
vadores e escadas rolantes, em edifícios
1:2012, descreve o procedimento experi-
energética a elevadores existentes
habitacionais e de serviços, e estimou a
mental a realizar no elevador (aplicável a
Durante a elaboração do guia para a etique-
existência de mais de 4,8 milhões de uni-
um elevador novo ou existente) para obter
tagem foram testados alguns elevadores
dades na EU-27, e um consumo energético
o valor de energia consumida pelo elevador
por forma a experimentar a metodologia e
associado de 18 379 GWh.
em manobra e em modo de standby.
que passamos a apresentar:
Nesta análise são defendidas como estra-
Elevador hidráulico instalado em complexo de Piscinas
tégias a adotar, para promover a eficiência
Foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo:
energética destes equipamentos, as seguintes ações: >>
Sensibilização junto dos vários interve-
do Elevador
Dias de Funcionamento
24h
Categoria de Utilização
1
rial informativo, podendo as agências
Carga (kg)
nacionais de energia desempenhar um
Número de Piso
nientes através da divulgação de mate-
>>
Horário de Funcionamento
do Elevador
365
Número de Viagens
50
630
Contrapeso
0
1
Distância do Curso
3
papel fundamental para esta tarefa;
Velocidade Nominal (m/s)
0,6
-
-
Implementação de uma Norma harmo-
Aceleração Média (m/s2)
0,5
Jerk Médio (m/s3)
1
45
Manutenção da Porta Aberta
nizada para a medição e previsão do consumo energético, que foi completa-
Energia no Ciclo
da com a publicação em abril de 2015
de Referência (Wh)
das Parte 2 e 3 da ISO 25745 – "Energy performance of lifts, escalators and mo-
Potência Inativa (W)
ving walks;" >>
Incluir os elevadores e escadas rolan-
Potência Standby
tes na Diretiva de Eficiência Energética
30 minutos (W)
Tempo de Abertura, 10
e Fecho de Porta(s) Potência Standby
149,03
5 minutos (W)
149,03
-
149,03 -
de Edifícios (EPDB); >>
Implementação de classificação ener-
Resultado
gética semelhante à já utilizada em alguns países europeus, com informação acessível e compreensível para os compradores ou entidades que participem
Consumo Anual
C
1,51 MWh
Performance Manobra 7
Performance Standby 3
149,03 W
na escolha dos elevadores ou escadas
Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a pior
rolantes nos edifícios;
performance.
elevare 13
Legislação Elevadores de tração instalados em edifício de escritórios Edifício de escritórios com dois elevadores de caraterísticas idênticas e com operações de manutenção e modernização equivalentes. Para o Elevador 1 foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo: Horário de Funcionamento do Elevador
Dias de Funcionamento
24 h
do Elevador
365
«O elevador pode representar entre 3 a 5% do consumo de energia de um edifício, pelo que é importante conhecer em detalhe o seu valor (...)»
Categoria de Utilização
3
Número de Viagens
300
Carga (kg)
630
Contrapeso
50%
Número de Piso
14
Distância do Curso
45
Uma observação muito interessante des-
Velocidade Nominal (m/s)
1,6
-
-
tes ensaios a elevadores lado a lado, com
Aceleração Média (m/s2)
0,5
Jerk Médio (m/s3)
1
Energia no Ciclo de Referência (Wh) Potência Inativa (W) Potência Standby 30 minutos (W)
Manutenção da Porta Aberta
7
Potência Standby 5 minutos (W)
199,95
-
valor da energia medida no ciclo de referência diferiu em 11,95 Wh, o que origina uma
e Fecho de Porta(s) 199,95
ção, é a de que os valores obtidos nas auditorias podem ser díspares. Neste caso o
Tempo de Abertura, 81,16
o mesmo tipo de modernização e manuten-
199,95
diferença no consumo anual de 300 kWh. Elevador de tração instalado em edifício
-
com escritórios Horário de Funcionamento
Resultado Consumo Anual
C
Performance Manobra
3,51 MWh
Performance Standby
3
3
pior performance.
do Elevador Categoria de Utilização Carga (kg)
Potência Standby 30 minutos (W)
360 750
300
Distância do Curso
18
Jerk Médio (m/s3)
1,2
Energia no Ciclo
76,04
de Referência (Wh) Jerk médio (m/s3)
1
Manutenção da Porta Aberta
7
e Fecho de Porta(s) Potência Standby
200,07
5 minutos (W)
200,07
-
Potência Inativa (W)
166
Potência Standby
Tempo de Abertura, 93,55
1,0
30%
45
0,5
Aceleração Média (m/s2)
Contrapeso
Distância do curso
Aceleração Média (m/s2)
5 0,6
Número de Viagens
50%
14
Potência Inativa (W)
Número de viagens
Número de Piso Velocidade Nominal (m/s)
365
Contrapeso
1,6
630
do Elevador
630
Número de Piso
de Referência (Wh)
do Elevador
3
Velocidade Nominal (m/s)
Energia no Ciclo
Dias de Funcionamento
24 h
4
Carga (kg)
Dias de Funcionamento
Para o Elevador 2 foram considerados os seguintes parâmetros de cálculo: Horário de Funcionamento
Categoria de Utilização
199,95 W
Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a
24 h
do Elevador
152
30 minutos (W) Tempo de Abertura, Manutenção da Porta Aberta
200,07
16
e Fecho de Porta (s) Potência Standby
-
152
5 minutos (W) Resultado
Resultado Consumo Anual
C
3,81 MWh
Performance Manobra 3
Performance Standby 4
200,07 W
Nota: A performance mede-se numa escala de 1 a 7, sendo que 1 representa a melhor performance e 7 a pior performance.
14
elevare
Consumo Anual
E
6,04 MWh
Performance
6
Manobra Performance Standby
3
152 W
PUB
Elevador de tração instalado em edifício de escritórios Horário de Funcionamento
Dias de 24 h
Funcionamento
do Elevador
365
do Elevador
Categoria de
Número
3
Utilização
300
de Viagens
Carga (kg)
800
Contrapeso
50%
Número de Piso
6
Distância do Curso
19,20
Jerk Médio (m/s3)
1,1
Velocidade Nominal
1,6
(m/s) Aceleração Média
1,2
(m/s2)
Tempo de Abertura, Energia no Ciclo de Referência (Wh)
41,44
Manutenção da
20
Porta Aberta e Fecho de Porta (s)
Potência Inativa (W) Potência Standby 30 minutos (W)
45
Potência Standby
45
5 minutos (W)
45
-
-
Resultado Consumo Anual
b
1,33 MWh
Performance Manobra Performance Standby
3 1
45 W
Conclusão O guia desenvolvido, disponível na plataforma SEEP, e a expansão da utilização da etiquetagem em elevadores existentes, de forma voluntária, vão permitir cumprir as metas que o SEEP se propôs com este projeto: 1. Conhecer e cadastrar o nível de desempenho energético do parque nacional de elevadores; 2. Propor formas de melhorar o desempenho energético; 3. Consciencializar para o consumo energético dos elevadores. Estes objetivos são fundamentais para corrigir o desconhecimento atual sobre o número de elevadores instalados, o seu consumo energético e o tipo de tecnologia utilizada, bem como desenvolver junto dos agentes do setor e dos consumidores uma consciencialização sobre a eficiência energética e, desta forma, proporcionar ao proprietário da instalação medidas de melhoria do desempenho energético do elevador, fomentando a redução do consumo de energia do elevador e, por conseguinte da fatura energética. O último objetivo será promovido através da experiência da ADENE enquanto agência nacional de energia, de forma a efetuar-se a divulgação e a promoção de medidas de eficiência junto dos proprietários e utilizadores dos elevadores.
Coluna da ANIEER
Diretiva 2014/33/UE e suas implicações Estamos preparados? José Pirralha Presidente da ANIEER
Como já foi suficientemente divulgado, a
Não podem ser "defraudados" por um ar-
NDA - Nova Diretiva Ascensores, que mais
remedo de solução, por um improviso que
não é do que uma reformulação da atual
nada acrescente, quer em termos de trans-
95/16/CE, entra em vigor no próximo dia
parência, quer, e sobretudo, na garantia de
20 de abril de 2016.
segurança para os utilizadores dos nossos elevadores.
É já "amanhã" portanto! É por isso altura de nos perguntarmos se quer a indústria quer
Que falta então?
o estado português estão preparados para
Estamos a olhar para esta questão com
a implementação da Diretiva 2014/33/UE.
a inquietação de quem já assistiu à implementação da 95/16/CE, com a "enxurrada”
Numa linguagem simples a NDA introduz 3
de problemas que hoje passados 17-18
questões fundamentais:
anos continuam por resolver. ©vpdm.ca
1. Rastreabilidade de componentes de segurança/ascensores;
No nosso entendimento é necessário quan-
2. Obrigatoriedade de informar e apresen-
to antes que o projeto de Decreto-Lei de
condições de segurança aos utilizadores
tar ações corretivas quando se verifi-
transposição da Diretiva seja conhecido
dos equipamentos.
quem situações de não-conformidade;
e que o mesmo responda às seguintes
3. A responsabilidade do estado-membro (no caso estado português), de assegu-
questões:
É urgente que a tutela tome as medidas
>>
Como vai o estado português, assegu-
necessárias para que no dia 20 de abril de
rar uma efetiva vigilância de mercado?
2016 a Diretiva 2014/33/UE possa ser apli-
Quem é a autoridade nacional para a
cada de modo pleno.
rar uma efetiva vigilância de mercado, estabelecendo para isso uma autori-
>>
dade nacional a quem cabe definir os procedimentos a adotar e a colocar no terreno os meios necessários.
vigilância de mercado? >>
Quais são os procedimentos para a vi-
É importante que quanto antes se (re)
gilância de mercado? Vão ser discuti-
conheça a autoridade para a vigilância de
dos com a indústria? Quando?
mercado, se saiba quais os procedimentos
Estamos preparados?
adotados, como se registam os ascenso-
Hoje, e à distância de pouco mais de 9 me-
Os erros cometidos aquando da transpo-
res/componentes de segurança e em que
ses a resposta é claramente NÃO.
sição da Diretiva 95/16/CE – Decreto-Lei
plataforma, que meios técnicos e huma-
295/98, estão aí para quem quiser apren-
nos vão estar disponíveis para o cabal
No entendimento da ANIEER, para lá da
der com eles. Persistir numa solução vo-
cumprimento das responsabilidades que
maior ou menor dificuldade que as empre-
luntarista e esforçada, mas sem condições
incumbem ao estado português nesta ma-
sas terão para assegurar a rastreabilidade
reais para funcionar é um erro a que a
téria, entre outros.
dos componentes de segurança, o papel
ANIEER não pode dar cobertura.
da autoridade nacional é crucial para a implementação da Diretiva.
Para começar é necessário que o projeto As regras da concorrência aplicáveis não
de Decreto-Lei de transposição da Diretiva
podem ser pervertidas por mecanismos
seja conhecido e possa ser discutido.
O esforço a que as empresas vão ser cha-
de vigilância do mercado que introduzam
madas e os custos daí resultantes, têm que
elas próprias distorções no mesmo e mais
Estamos como sempre estivemos dispo-
valer a pena.
do que isso, não garantam as necessárias
níveis.
16
elevare
PUB
Coluna da APEGAC
Apresentação da APEGAC e as inspeções dos elevadores Vitor Amaral
Represento a Associação Portuguesa de
tutela e apresentação de várias propos-
Administração de Condomínios (APEGAC),
tas de alteração à proposta de lei que a
única associação do setor no país, tendo
tutela colocou em discussão pública no
sido para nós uma honra o convite para
início do corrente ano;
participar numa revista técnica de elevada
c. Promover a formação profissional, de
qualidade e de tão grande importância para
forma a contribuir para maior qualifica-
o nosso setor de atividade.
ção dos profissionais de administração de condomínios, o que temos vindo a
Não posso deixar de focalizar a primeira intervenção nesta revista na divulgação
fazer com seminários, conferências e workshops;
dos princípios e objetivos da APEGAC, uma
d. Estabelecer contactos com outras or-
associação nascida há quase 11 anos, com
ganizações profissionais, especialmente
sede na Maia e delegação em Lisboa. Assim,
da fileira da construção e do imobiliários,
a associação tem como principais objetivos:
sendo membros da CPCI (Confederação
lhor prestação dos serviços dos seus
a. Dinamizar contactos com todas as em-
Portuguesa da Construção e do Imobiliá-
associados, como é o caso das parcerias
presas de administração de condomí-
rio) e parceiros do Secovi Rio – Sindicato
com as Faculdades de Direito e de Enge-
nios;
Patronal, que é uma homóloga brasilei-
nharia da Universidade do Porto, Escola
ra, com sede no Rio de Janeiro;
Superior de Administração Imobiliária,
b. Apresentar à tutela projetos de regulamentação da atividade administrativa
e. Celebrar parcerias e protocolos com
entre outras, e o que também justifica
de condomínios, o que já cumprimos
instituições e empresas que, de alguma
o protocolo recentemente criado com a
com a entrega de um projeto de lei à
forma, possam contribuir para uma me-
ELEVARE; f. Dinamizar e implementar o seu código deontológico, onde estão plasmados os deveres das empresas para com a sociedade, a APEGAC, a profissão, os colegas e os clientes. Os profissionais de administração de condomínios têm um importante e até mesmo indispensável papel na nossa sociedade, bastando para isso considerar os seguintes números: >>
Em Portugal existem quase 250 000 prédios sob o regime da PH, com 3 ou mais frações autónomas;
>>
No nosso país existem mais de dois milhões de frações;
©henkel-adhesives.com
>>
18
elevare
Estima-se que vivem em alojamentos caraterizados como condomínios mais de 4 milhões de portugueses, quase 50% da população;
>>
Esta atividade gera um potencial de volume de negócios anual, direto e indire-
Coluna da APEGAC seja pela vida da aplicação (execução) em
to, de cerca de 700 milhões de euros, que é o mesmo, por exemplo, da Câmara Municipal de Lisboa; >>
Estão registadas cerca de 1200 empresas com o CAE – Código de Atividade Económica 68 321 ou 68 322 (administração de imóveis por conta de outrem e administração de condomínios);
>>
Este setor de atividade gera cerca de 50 000 empregos;
>>
Dos cerca de 250 000 prédios em PH, quase nenhum tem plano de manutenção; mais de metade estão a necessitar de obras de manutenção e/ou reabilitação e isso só é possível com uma administração de condomínios profissional e credível.
«(...) a maior parte das empresas de inspeção não alteraram os valores dos honorários pela prestação do seu serviço, o que significa que temos Câmaras Municipais a cobrar pelo preenchimento de uma simples requisição (...)mais de 40% da nossa população. ficou objetivamente prejudicada (...)»
obras, seja por outra qualquer razão, as Câmaras Municipais do nosso país viram aqui um enorme filão, explorado cada uma delas à sua maneira, o que resulta que num determinado concelho se pague, por exemplo, €200,00 e noutro ao lado o valor para o mesmo serviço não ultrapasse os €70,00, mesmo assim o dobro do que se pagava anteriormente. Tomando como exemplo um prédio habitacional apenas com um elevador, o condomínio pagava em dez anos pelo serviço de inspeção a importância de €70,00 e agora paga (tomando o exemplo de uma CM que cobre €200,00) €1000,00!!! Pelo que sabemos, a maior parte das empresas de inspeção não alteraram os va-
Feita esta apresentação e o seu enquadramento, aproveito para abordar uma
rantindo todos os parâmetros de bom fun-
lores dos honorários pela prestação do
questão diretamente relacionada com os
cionamento e segurança. Daí que tenham
seu serviço, o que significa que temos Câ-
elevadores e que trouxe um objetivo pre-
recorrido às mesmas empresas que até aí
maras Municipais a cobrar pelo preenchi-
juízo a todos os condomínios deste país, ou
faziam as inspeções, empresas essas que
mento de uma simples requisição mais de
seja, a mais de 40% da nossa população,
o governo entendeu não terem capacida-
€150,00. Com isto os condóminos, mais de
com a promessa de voltar a ele numa pró-
de e/ou qualidade técnica para tal certifi-
40% da nossa população, ficou objetiva-
xima edição. Em 2002 o governo retirou
cação. O resultado foi muito simples: dos
mente prejudicada, sem que tivesse havido
das empresas de inspeção dos elevado-
cerca de €35,00 que os condomínios pa-
qualquer melhoria do serviço; bem pelo
res a capacidade para validar a inspeção
gavam por cada inspeção e por elevador,
contrário, porque a burocracia aumentou
e passou-a para as Câmaras Municipais
passou-se a pagar, em alguns municípios,
na mesma proporção do aumento da taxa
(Decreto-Lei n.° 320/2002). Estas, como
seis e sete vezes mais, com a agravante da
de inspeção.
é óbvio, não podiam deixar de ser do co-
periodicidade da inspeção ter passado de
nhecimento de quem nos governa, não têm
cinco para dois anos, no caso dos prédios
Aguarda-se, há muito, uma revisão a esta
meios humanos e técnicos para realizar as
habitacionais. Como a maior parte dos co-
lei, mas que ninguém aguarde um retro-
inspeções e certificar os elevadores, ga-
fres das nossas autarquias estão vazios,
cesso no valor das taxas.
PUB
Notícias e Produtos Jornadas Técnicas de Elevação, JTE
Ascensor da Nazaré: viagem centenária
Nas diferentes fases do projeto, o ISQ mobilizou uma equipa multidisciplinar cons-
Schmersal Ibérica, S.L.
tituída por três engenheiros e recorreu ao
Tel.: +351 219 593 835
apoio de vários laboratórios internos para
info-pt@schmersal.com · www.schmersal.pt
a realização dos ensaios não destrutivos e análises de materiais.
Nos dias 08 e 09 de setembro de 2015 realizaram-se em Lisboa e no Porto, respe-
A colaboração entre as duas entidades teve
tivamente, as próximas sessões integradas
início em 2008 e a reabilitação da estrutu-
nas Jornadas Técnicas de Elevação. Em co-
ra tem sido repartida por várias fases. Em
laboração com as empresas Ziehl-Abbeg,
2012 procedeu-se à recuperação do passa-
Gustav Wolf e o Instituto Tecnológico de
diço e em 2014/2015 realizou-se a reabilita-
Aragón, e com o objetivo de facilitar a as-
Inaugurado a 28 de julho de 1889, o Ascen-
ção da torre do elevador, nas fachadas Nas-
sistência de qualquer profissional dedicado
sor da Nazaré foi construído para servir os
cente e Sul. Encontra-se agora em curso a
ao setor da elevação, independentemente
interesses da população local e diminuir
3.a fase, estando a reabilitar-se a torre do
do seu perfil laboral, a Schmersal realiza as
a dificuldade de acesso à praia e ao Sítio.
elevador, fachada Poente e Norte. A 4.a fase
sessões em diferentes cidades do território
“Temos de ser realistas, a paisagem é fan-
ocorrerá em 2016 e prevê a reabilitação do
ibérico de forma programada.
tástica e qualquer pessoa fica encantada”,
interior da torre do elevador.
declara César Mendes, funcionário do eleAs jornadas compreenderam uma série de
vador. Manuel Silvino, de 77 anos, também
temas da atualidade e convidou à participa-
concorda: “É ponto de passagem obrigató-
ção ativa com o intercâmbio de informação
rio, as pessoas vêm cá de propósito para
entre profissionais do setor. O objetivo des-
mirar isto”.
tas jornadas era ser um ponto de encontro num ambiente informal onde podia ampliar
Contando já com 126 anos, o Ascensor é
conhecimentos, não apenas da atualidade
um dos transportes com maior volume de
mas também ver quais as tendências do fu-
tráfego. Sandra Lopes, dos Serviços Muni-
turo. De acesso gratuito mediante inscrição
cipalizados, refere: "Este equipamento é, se-
prévia, as sessões decorreram desde as
gundo especialistas em funiculares, o último
09h00 até às 15h00.
em funcionamento em Portugal que continua a laborar todos os dias como serviço público de transporte urbano e componente
Instalação de casas de banho em elevadores de edíficios no Japão
turística, a mais relevante e rentável". Com
A ocorrência frequente de sismos e terra-
te uma vista única sobre a praia da Nazaré.
uma inclinação de 42%, o elevador permi-
motos leva o governo japonês a repensar as políticas de integridade e segurança
Elevador na Ponte 25 de abril a partir de 2016
recipientes de água potável para auxiliar,
Carris convida ISQ a inspecionar e supervisonar as obras de reabilitação do elevador de Santa Justa
em situações de emergência, aqueles que
ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade
visita. A empresa Infra-Estruturas de Por-
ficam presos em elevadores de prédios.
Tel.: +351 214 228 100 • Fax: +351 214 228 120
tugal está a estudar a construção de um
Esta iniciativa surge no rescaldo do sismo
info@isq.pt • www.isq.pt
elevador junto à ponte, que chegará aos 70
dos seus habitantes. Neste sentido, as autoridades japonesas estão a analisar a implantação de infraestruturas sanitárias e
com magnitude de 7,8 na escala de Ritcher.
A partir de 2016, a Ponte 25 de abril, em Lisboa, poderá ter um novo motivo para uma
metros de altura a partir da base do pilar O Grupo ISQ – Instituto de Soldadura e Qua-
de Alcântara, onde está gravado o nome da
Com a frequência dos movimentos sismí-
lidade foi novamente escolhido pela Carris,
infraestrutura e que neste momento está
cos, a grande maioria dos elevadores do
atual Transportes de Lisboa, para conduzir
coberto com publicidade. O objetivo é "criar
país são programdos para detetar os tre-
os trabalhos de levantamento do estado
um pólo de atração turística e cultural, em que
mores e parar de forma automática no
de conservação da estrutura metálica do
o elevador seria apenas uma das vertentes",
andar mais próximo como medida de segu-
Elevador de Santa Justa. Para o projeto, o
refere uma fonte ligada ao processo. No en-
rança. Apenas em Tóquio, cerca de 20 000
ISQ desenvolveu um conjunto de especifi-
tanto, a Infra-Estruturas de Portugal está à
elevadores ficaram completamente inope-
cações técnicas para as obras de conser-
procura de parceiros capazes de desenvol-
rantes após o último sismo registado. Des-
vação e beneficiação, dado o aparecimento
ver e gerir este novo equipamento, uma vez
tes, mais de metade ficaram parados mais
de situações anómalas na estrutura metá-
que a construção deste não se encaixa no
de 9 horas entre os andares do edifício.
lica centenária do elevador.
seu perfil.
20
elevare
Notícias e Produtos mais intuitivo e permitem uma visão geral
Viking M, uma solução inteligente. A incor-
mais rápida dos dados para a resolução de
poração de baterias inteligentes, que indi-
problemas. O software PowerView3 garan-
cam sempre o estado atual da carga, ou
te a análise detalhada dos dados gravados,
o novo controlo manual remoto, permite
leitura direta do cartão de memória mi-
uma posição de trabalho mais ergonómica,
croSD e criação automática de relatórios.
devido à inexistência de cabos a atrapalhar.
Tem como benefícios: suporte para cartão
A inteligência da nova gama vem do Liko
de memória microSD (8 GB fornecido com o
Diagnostic System™, sistema único desen-
instrumento) até 32 GB; terminais de entra-
volvido pela Liko e integrado na caixa de
O novo pólo poderá ocupar uma parte do
da codificados por cores e rótulos segundo
controlo do elevador. Permite indicar ao
terreno à volta do pilar de Alcântara, cujo
a região da aplicação; menu principal com
pessoal e ao comprador informação impor-
acesso se faz pela Avenida da Índia, ao
ícones de tamanho significativo para tor-
tante sobre o modo de utilização do Viking M
lado do Hotel Vila da Galé Ópera. A cons-
nar o equipamento muito fácil de navegar e
e alerta na altura de efetuar o serviço de
trução do equipamento pretende a ocupa-
configurar; software PowerView3 que per-
manutenção.
ção reduzida de espaço, sendo provável a
mite fazer o download e a análise dos dados
sua implantação do lado de Belém, estan-
registados e criação de um relatório pro-
do prevista a sua inauguração para o dia 6
fissional; pinças flexíveis estão incluídas. O
de agosto de 2016, data emblemática para
analisador de energia MI 2892 Master Po-
Elevadores no Metro são "imprescindíveis"
a Ponte 25 de abril, que celebra 50 anos
wer da Metrel tem aplicabilidade em audi-
A importância de plataformas elevatórias
sobre a sua construção. A elevação até ao
torias de qualidade de energia e reparação
como meio de acesso ao Metro tem desen-
nível do tabuleiro da ponte com vista para
de sistemas elétricos de Baixa e Média Ten-
cadeado a necessidade de obras de cons-
Belém permitirá ao visitante alcançar uma
são, verificação da eficácia de sistemas de
trução de elevadores em infraestruturas.
vista abrangente de Lisboa.
correção do fator de potência como bancos
Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo
de condensadores, análises energéticas de
da Câmara de Lisboa, indicou que é "abso-
longa duração, manutenção preventiva, e
lutamente imprescindível" a existência de
verificação da capacidade de um sistema
elevadores dentro e até à superfície das
elétrico antes de se aumentar a carga.
estações metropolitanas e ferroviárias, de
F.Fonseca apresenta novo analisador de energia MI-2892 da Metrel
forma a assegurar a acessibilidade a todos os cidadãos. "Infelizmente, a Câmara de Lis-
F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com
Primeiro elevador pacientes inteligente
boa não tem jurisdição sobre o Metropolitano. Há várias situações em que não existem elevadores e que era absolutamente impres-
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
cindível".
O novo analisador de energia MI 2892 Mas-
Neste contexto, está prevista a construção
ter Power da Metrel é um instrumento por-
de um elevador até à superfície no Chiado,
tátil trifásico com um ecrã a cores de fácil
precisamente na Escadinha do Espírito San-
leitura gráfica, o que permite ao utilizador,
to, entre a Rua do Crucifixo e a Rua Nova do
por exemplo, detetar harmónicos e anoma-
Almada. Manuel Salgado abordou, de igual
lias nas formas de onda de uma instalação.
forma, o Plano de Acessibilidade Pedonal de
O analisador de energia MI 2892 Master Po-
Lisboa, que define a estratégia do munícipio
wer da Metrel permite um registo de longa
A série Viking, família de elevadores móveis
para promover a acessibilidade em Lisboa
duração, bem como solucionar problemas
mais moderna e mais funcional, com a uti-
até ao final de 2017, considerando "uma
de qualidade de energia em sistemas de
lização de alumínio, permitindo uma maior
prioridade das prioridades na reabilitação do
distribuição monofásicos e trifásicos. As te-
resistência, leveza e eficiência energética
espaço público". O autarca assegura que o
clas de configuração tornam o instrumento
dos seus equipamentos, apresenta o novo
"plano está a ser executado, nomeadamente
elevare 21
Notícias e Produtos há obras que estão a decorrer", adiantando
Todos os produtos de LED Hansen são ca-
ção tecnológica e educativa, reconheceu a
que "até ao final deste ano, há outras em-
raterizados pelo facto de serem feitos por
ThyssenKrupp, integrando-a na lista das 50
preitadas que vão ser lançadas", podendo
medida, independentemente da quantidade
empresas mais inteligentes em 2015, no-
integrar o programa "Uma praça em cada
encomendada, serem fornecidos prontos
meadamente pela reinvenção do setor dos
bairro" ou o programa "Repavimentar". A
para a conexão e terem origem em ape-
elevadores. De acordo com a MIT Technolo-
Câmara Munipal de Lisboa procura desta
nas uma fonte. Especialistas em soluções
gy Review, para constar na lista as empre-
forma melhorar a acessibilidade na cida-
especializadas, as soluções da Hansen são
sas devem aliar as soluções de tecnologia à
de, alargando os passeios e colocando
desenvolvidas e fabricadas in-house, com a
inovação, possuindo de igual forma um mo-
pavimentos confortáveis e seguros, im-
garantias de entrega de 5 a 10 dias.
delo de negócio prático e ambicioso, resul-
pedindo a queda de pessoas sob um piso
tando no seu posicionamento como líder no
escorregadio. Este extenso processo de
seu campo ao longo dos últimos 12 meses.
reestruturação irá abranger cerca de 150
Elevador com Jardim Público
arruamentos da cidade até 2017, tradu-
Está em curso a construção do Elevador do
Com as mais recentes inovações de siste-
zindo-se num investimento total de 25
Jardim Público, na Covilhã, detinado a esta-
mas de transporte de passageiros, a Thys-
milhões de euros.
belecer a ligação entre o Jardim Público à
senKrupp disponibiliza soluções que ultra-
cota 664.12, e o Largo da Avenida Marquês
passam os desafios da urbanização global.
de Ávila e Bolama, junto à nova ponte so-
Tanto o MULTI, primeiro elevador sem ca-
Hansen – especialista em iluminação LED para elevadores e escadas rolantes
bre a Ribeira da Carpinteira, à cota 620.000,
bos no mundo, como o ACCEL, passadeira
através de dois passadiços de peões e dois
rolante única, possuem uma tecnologia
elevadores verticais, implantados segundo
magnética de levitação da ThyssenKrupp,
Hansen Neon GmbH
um alinhamento reto.
contribuindo para que aumente a capaci-
Tel.: +49 4843 2009 410 • Fax: +49 4843 2009 610
dade de transporte enquanto é reduzido o
marketing@hansen-neon.de • www.hansen-neon.de
consumo energético e tempo de viagem em áreas urbanas.
A Hansen oferece uma grande variedade de produtos LED, permitindo uma poupança
Tecnologias energéticas eficientes, como
de energia para aplicações especiais como
o MULTI ou o ACCEL, criadas pelas equipas
uma iluminação interior de elevadores,
de ThyssenKrupp, disponibilizam um vasto
grandes superfícies iluminadas em esca-
leque de vantagens que tornam as cidades
das rolantes ou simplesmente para fins de
mais habitáveis.
iluminação do assento. Através de uma extrema baixa profundidade de apenas 11 mm ou 13 mm, os painéis luminosos da Hansen
Os passadiços pedonais são estruturas
Criação de elevadores espaciais
são a solução ideal para grandes áreas de
metálicas autoportantes, lançadas entre
Com o objetivo de possibilitar o transporte
superfície. As formas LED são placas pré-
os encontros perdidos nas plataformas su-
de pessoas para o espaço, várias empresas
fabricadas, fáceis de instalar, podendo ser
periores e os núcleos de betão armado que
estão a desenvolver projetos que visam a
utilizadas, por exemplo, na iluminação de
constituem as Caixas dos Ascensores, sendo
criação de um elevador espacial. Dentro do
fundo para grandes áreas de teto e de pare-
os contraventamentos assegurados por tra-
leque de entidades empresariais destaca-se
de. A gama Hansen LED Profiles é particu-
vessas diagonais em perfilados metálicos.
o Google X, laboratório secreto do Google.
nhas iluminadas em escadas e corrimão ou
A Betar é a marca responsável pelos proje-
A ideia do elevador espacial não é propria-
para enfatizar caraterísticas arquitetónicas.
tos de Fundações e Estruturas e Hidráulica.
mente nova. A primeira referência ocorreu
Outra aplicação frequente é a iluminação de
A Geotest foi responsável pelo projeto de
em 1985, pelo cientista russo Konstantin
orientação.
Escavação e Contenção Periférica. O proje-
Tsiolkovsky, que defendia a necessidade
to de Arquitetura Paisagista é da autoria do
da extensão de um cabo ancorado à Terra
Atelier Arpas.
até ao Espaço. Atualmente, a elaboração
larmente adequada para a prestação de li-
do projeto procura a implementação de um ponto de ancoragem na linha do equador,
ThyssenKrupp entre as 50 empresas mais inteligentes
com um cabo que se estenda por 100 mil km
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
ligado a uma estação de contrapeso e or-
Tel.: +351 214 308 150 · Fax: +351 214 308 297
bitraria com o planeta. Várias empresas
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
já se demonstraram interessadas, apre-
acima da superfície da Terra. O cabo seria
sentando os seus distintos projetos. No
22
elevare
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts
entanto adiantam que o grande obstáculo
(MIT), entidade conceituada na investiga-
para a construção de uma torre gigante
Notícias e Produtos que torne possível transportar pessoas é a
Operacional de Potencial Humano, inscrito
do do que o seu antecessor, este PLC com-
falta de um material com força suficiente
no Quadro de Referência Estratégico – QREN.
pacto irá melhorar não só o desempenho do
para ser utilizado na estrutura. Uma outra
sistema como também a sua produtividade.
questão adicional foi lançada, estendendo a
Com funções integradas, como contadores
complexidade do projeto: a imunidade face
de alta velocidade e saídas por impulso,
a vibrações, colisões de pássaros e detritos
pode executar tarefas de posicionamento de
espaciais.
alta performance com uma grande relação custo-benefício. A série FX5 tem integrado
Perante este grau de complexidade, os de-
um interface Ethernet assim como entradas
fensores do projeto vêem nas nanofibras
e saídas digitais e analógicas.
de carbono a matéria-prima resistente o suficiente para permitir a implementação do elevador espacial. Segundo a NASA, o elevador deverá ter 230 mil km, pelo que
A pré-inscrição de participantes deverá ser
a falta de nanofibras interrompeu a pes-
enviada até 10 dias antes da data da forma-
quisa da Google X. Os nanofilamentos de
ção, carecendo a mesma de aprovação, a
diamante apresentam-se como a solução
qual ocorrerá no limite até 5 dias antes da
mais credível. No entanto ainda não existem
data da sessão. O número de participantes
empresas com capacidade de produção su-
por sessão está limitado a 12 (exceto MOVI-
ficiente.
PLC com o máximo de 8 participantes). Outras sessões de formação serão realizadas a pedido.
SEW-EURODRIVE Portugal – Formação Certificada
O novo controlador FX5 da Mitsubishi Electric pode realizar tarefas ainda mais complexas de posicionamento, sem módulos
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
Evolução da cidade de Nova Iorque em time-lapse
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
O edíficio One Trade Center, construído em
rápidos e saídas de impulsos até uma fre-
memória às antigas Torres Gémeas, em
quência de 200 kHz, permitindo controlar
A SEW-EURODRIVE Portugal, empresa for-
Nova Iorque irá permitir aos seus visitan-
até 4 eixos independentes. A série MELSEC
madora acreditada pela DGERT – Direção-
tes e utilizadores um conhecimento sobre
FX5 também é compatível universalmente
Geral de Empresas e das Relações de Tra-
a evolução histórica da cidade. A existência
com a série anterior e oferece uma migra-
balho, apresenta aos seus clientes a sua
de cinco elevadores, além de permitir uma
ção fácil e de baixo custo a partir do MELSEC
gama certificada de Formação Técnica. Es-
visão panorâmica, irá também exibir em
FX3. Com um conversor de barramento, os
tas sessões compreendem formação em
time-lapse o desenvolvimento da cidade
módulos de expansão da série FX3 existen-
Conversores de frequência MOVITRAC 07B
nova-iorquina desde meados do século XVI
te também podem ser usados na nova série
(11 de novembro), MOVITRAC® LT (25 de no-
até à atualidade.
FX5. Este produto tem aplicabilidade em
SEW–EURODRIVE Portugal
®
vembro), SISTEMAS DESCENTRALIZADOS®,
unidades base as funções com contadores
qualquer indústria, independentemente do
Controladores vectoriais MOVIDRIVE® B (21
A experiência única é assegurada pela exi-
de outubro), Motion Controller MOVI-PLC,
bição de imagens de elevada qualidade. Os
Programação em IPOS (23 de setembro),
visitantes que se desloquem até ao 102° an-
Acionamentos Eletromecânicos (14 de ou-
dar poderão assistir a uma recriação da "Big
tubro). Todas estas formações irão decorrer
Apple" em apenas 47 segundos.
na Mealhada à exceção da MOVIDRIVE® B que será em Lisboa. O programa completo pode
adicionais. São intrínsecas em todas as
setor de atividade.
Estádio do Dragão instala elevadores A direção do Futebol Clube do Porto anunciou a futura instalação de dois elevadores
news/xml_images/d_1214389181.pdf.
F.Fonseca apresenta FX5: nova geração de autómatos compactos da Mitsubishi Electric
O núcleo de formadores da SEW-EURODRI-
F.Fonseca, S.A.
VE Portugal, encontra-se totalmente ha-
Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910
"Uma coisa que me incomodava muito, e que
bilitado com CAP – Certificado de Aptidão
ffonseca@ffonseca.com ∙ www.ffonseca.com
decidimos resolver, era ver os sócios com
ser consultado em www.sew-eurodrive.pt/
Profissional. Enquanto entidade certificada
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
pela DGERT, a formação técnica ministrada
gigantes no estádio, uma medida a pensar nas dificuldades dos adeptos em subir toda a escadaria das bancadas.
dificuldades em se deslocar terem de subir aquela escadaria no estádio para virem ao fu-
pela SEW-EURODRIVE Portugal possibilita
A série FX5 MELSEC da Mitsubishi Electric é
tebol. Vamos resolver o problema com dois
aos clientes aceder aos apoios públicos para
o novo standard “tudo incluído” no segmento
elevadores gigantes, que permitirão que as
desenvolver as competências dos seus Co-
dos controladores compactos modernos.
pessoas evitem subir essas escadas", refere
laboradores, no âmbito do POPH - Programa
Com um processador três vezes mais rápi-
Pinto da Costa, Presidente do clube.
elevare 23
Notícias e Produtos F.Fonseca Day a 8 de outubro de 2015
dos de propostas, na sua maioria devido à
Relativamente ao acidente ocorrido na China,
existência de um parque de ascensores en-
José Pirralha, Presidente da AINEER, refere
F.Fonseca, S.A.
velhecido, que pode ver agora o seu desem-
que "É uma situação anormal e nunca vista".
Tel.: +351 234 303 900 • Fax: +351 234 303 910
penho melhorar ao nível da segurança, bem
Adianta ainda que "Somos dos poucos países
ffonseca@ffonseca.com • www.ffonseca.com
como da eficiência energética e ambiental.
que, além das manutenções, tem também inspeções obrigatórias de dois em dois anos. São
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
Foi no sentido de tirar o máximo proveito do
máquinas seguras do ponto de vista da cons-
espaço já ocupado que a Enor desenvolveu
trução, mas por um conjunto de razões são
o enorMOD, um kit de modernização, prati-
geradoras de um número bastante elevado
camente universal, capaz de ser aplicado
de acidentes. Não nos podemos esquecer que
à grande maioria de marcas e modelos de
os utilizadores estão em contacto direto com o
elevadores existentes no mercado, permi-
equipamento em funcionamento. Não falando
tindo torná-los mais seguros, mais confor-
dos acidentes provocados por paragens brus-
táveis e eficientes. "Procuramos apresentar
cas ou uma grande aglomeração de pessoas
soluções à medida das necessidades tanto
à saída, e entalamento relacionado com calça-
dos equipamentos existentes como dos clien-
do mais flexível como ténis".
tes, tendo em vista a melhoria de aspetos como a segurança, o conforto, a estética,
Diretor-Geral da Enor Portugal. Recorde-
CIE e JABA – Translations oficializam parceria de colaboração
-se que os elevadores sem porta na cabine
Procurando garantir a melhor e mais preci-
constituem mais de 20% do total de eleva-
sa informação técnica de artigos de língua
dores, o que representa uma necessidade
estrangeira, a CIE – Comunicação e Impren-
de intervenção no sentido de garantir mais
sa Especializada e a JABA – Translations ofi-
segurança aos seus utilizadores.
cializaram, a 06 de julho, uma parceria de
o consumo de energia e a própria valorização do edifício”, afirma António Balsinha,
Realiza-se no próximo dia 08 de outubro a 1.ª
colaboração.
edição do F.Fonseca Day, no Hotel Meliá Ria em Aveiro. Com o objetivo de estar em conambiente descontraído, a F.Fonseca procu-
Escadas rolantes – perigo para os utilizadores?
ra proporcionar um dia especial a todos os
ANIEER - Associação Nacional dos Industriais
participantes. A iniciativa terá início com a
de Elevadores e Escadas Rolantes
realização de seminários tecnológicos que
Tel.: +351 934 104 468
abordarão a visão atual do setor industrial e
anieer@gmail.com • www.anieer.com
tacto próximo com os seus clientes, e num
terciário, seguido de almoço volante e posterior acesso ao showroom, onde estarão expostas as mais recentes novidades de diferentes segmentos e soluções de vanguarda de 18 marcas mundialmente reconhecidas,
Como plataforma empresarial na edição
muitas delas líderes mundiais nas suas áre-
de 5 revistas técnicas direcionadas para
as de atuação. Saiba mais em www.ffonseca.
os mercados tecnológicos (“o electricista”,
com/ffonsecaday.
“renováveis magazine”, “Manutenção”, “robótica” e ELEVARE), a CIE pretende garantir uma mais rigorosa e exata transmissão de
Modernização de elevador garante mais segurança
Em Portugal, existem cerca de 1700 esca-
informação e formação para os seus leito-
das rolantes. Apesar de ser um número re-
res através da parceria com a JABA – Trans-
Enor, Lda.
duzido quando comparado com o número
lations. A JABA – Translations é uma marca
Tel.: +351 229 437 960 · Fax: +351 229 415 934
de elevadores, os acidentes são frequen-
exclusiva na área da tradução, acumulando
geral@enor.pt · www.enor.es
tes. A Associação Nacional dos Industriais
experiência em projetos de média e grande
de Elevadores e Escadas Rolantes (ANIEER)
envergadura nos mais diversos setores da
A Enor registou no 1.° trimeste deste ano
garante que os equipamentos são seguros
indústria nacional e internacional. Através
um aumento de 128% no número de con-
defendendo, no entanto, a realização de ins-
de uma vasta gama de serviços, adaptada
sultas para a modernização de equipamen-
peções anuais nos locais com maior utiliza-
às necessidades dos seus clientes, a JABA
tos antigos, quando em comparação com o
ção e legislação que obrigue à atualização
tornou-se igualmente numa marca portu-
ano anterior. Lisboa e Porto são as cidades
dos mesmos garantindo, desta forma, a
guesa de excelência na elaboração de docu-
onde se verifica um maior número de pedi-
segurança dos seus utilizadores.
mentação técnica.
24
elevare
Notícias e Produtos Porto de Sines: movimento de cargas aumenta 25%
de posição são extremamente compactos.
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei
As suas dimensões são menores quando
n.° 118/2013 de 20 de agosto de 2013 e da
No 1.° semestre de 2015, o Porto de Sines re-
comparadas com os interruptores normali-
publicação da Portaria 349-D/2013 de 2 de
gistou um total de movimentação de cargas
zados segundo EN 50041/50047, o que per-
dezembro, tornou-se obrigatório o cálculo
de 21,8 milhões de toneladas de mercado-
mite a sua montagem e a monitorização da
do desempenho energético do elevador, de-
ria, traduzindo-se num crescimento de 25%,
sua posição em reduzidos espaços.
vendo a sua instalação cumprir o requisito
em comparação com o mesmo período de
mínimo da Classe C. A partir de 01 de janeiro
tempo em 2014. A APS - Administração dos
de 2016, este requisito sobe para a Classe B,
Portos de Sines e do Algarve, realçou a im-
devendo ser comprovado através da emis-
portância que todos os segmentos de carga
são de uma etiqueta energética afixada no
tiveram neste novo valor máximo. "Todos
elevador.
eles tiveram um comportamento positivo, o que na prática significa dizer que todos os terminais especializados do Porto de Sines cresceram", refere. A mesma entidade referiu que foram movimentados um total de 676 898 TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés), o que traduz "um crescimento superior a 13%", acrescentando que "o 2.° trimestre de 2015 permitiu este importante
Estão disponíveis quatro formatos de invó-
resultado, com o mês de junho a atingir os
lucro, que se diferenciam pela posição de
140 947 TEU movimentados". A movimenta-
saída do cabo ou do conector. A sua forma
ção de bancas (combustíveis para navios)
simétrica do invólucro e a possibilidade de o
registou um "aumento de 30%", atingindo
atuador girar a 45° permite a utilização do
as 162 807 toneladas, o "número de navios
mesmo interruptor para a versão esquerda
em operação comercial cresceu 8%" e que "o
e direita. Todos os interruptores de posição
Gross Tonnage cresceu 11%".
da nova série dispõem de contactos NF de abertura forçada segundo EN 60947-5-1. Em consequência disso podem ser utilizados como interruptores de formato 1 segundo EN ISO 14119 em aplicações técnicas
A ADENE desenvolveu um Guia de Etique-
se segurança, como, por exemplo, para a
tagem Energética, permitindo às empresas
consulta de posição de proteções de segu-
efetuar auditorias energéticas de acordo
rança. Junto com um relé de segurança é
com a Norma Internacional, assim como
possível utilizar um único interruptor de po-
conhecer os parâmetros que influenciam a
sição de segurança até à categoria 2. Com
classe energética.
dois interruptores de posição de seguranJoão Franco, Presidente do Porto de Sines,
ça alcança-se a categoria 3 ou 4 segundo
prevê o crescimento da atividade em mais
EN ISO 13849-1. De referir que a nova série
de 25%, quando comparado com 2014, res-
cumpre também com as exigências da nor-
Nayar Systems lança Advertisim em setembro de 2015
salvando o respeito que a infraeestrutura
ma EN 81-1 para a utilização da tecnologia
Nayar Systems
adquira perante portos concorrentes nacio-
de elevadores.
Tel.: +34 964 066 995 • info@nayarsystems.com
nais ou estrangeiros e operadores econó-
www.nayarsystems.com
micos.
Nova série de interruptores de posição PS116
Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos: agora também para Elevadores
A empresa espanhola Nayar Systems continua a sua expansão no mercado luso. A uma potente força comercial portuguesa
Depois da janela ter sido o primeiro produto
no Porto, que reforça a liderança da sua
Schmersal Ibérica, S.L.
a ser catalogado com a etiqueta SEEP, che-
marca 72 horas – especializada no mercado
Tel.: +351 219 593 835
gou a vez dos elevadores, esperando-se que
dos elevadores – ,soma-se uma autêntica
info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt
o sistema no futuro inclua, de igual forma, as
revolução no mercado das telecomunica-
escadas e tapetes rolantes. Representando
ções, fruto da dilatada trajetória empresa-
Os novos interruptores de posição PS116 da
cerca de 3 a 5% do consumo energético dos
rial da empresa. A 1 de setembro de 2015
Schmersal além de robustos e versáteis, es-
edifícios, é importante conhecer o seu valor
apresentam Advertisim, a primeira mar-
tão dirigidos a um amplo âmbito de aplica-
e identificar a melhor forma de promover a
ca europeia com selo espanhol capaz de
ção. Os invólucros dos novos interruptores
eficiência energética destes equipamentos.
oferecer informação e conteúdos publici-
elevare 25
Notícias e Produtos tários em elevadores, receções, salas de
adro da Sé, e um funicular da Rua dos Laga-
cronos. Ou seja, todos os motores assíncro-
congressos ou em qualquer cabine móvel.
res até ao Miradouro Sophia de Mello Brey-
nos de 2-, 4- e 6- pólos, com uma potência
Tais conteúdos podem ser modificados
ner Andresen, são as soluções que a Câmara
entre 7,5 kW e 375 kW que são colocados
pelo utilizador em tempo real apenas com
Municipal de Lisboa apresentou para promo-
no mercado na União Europeia, na Suíça, e
um clique, graças aos cartões SIM M2M e
ver e melhorar a acessibilidade pedonal na
na Turquia devem atender aos requisitos da
aos seus displays. Advertisim é hardware
colina do Castelo de S. Jorge.
classe de eficiência energética IE3.
e software, erguendo-se como o primeiro ecrã do mercado com comunicação cons-
Os motores assíncronos com menor efici-
tante na “nuvem” mediante tecnologia 3G
ência energética não são mais permitidos
e wi-fi. Advertisim abre novas janelas de
para esta faixa de potência, com algumas
comunicação que permitem a ascenso-
exceções. A partir de 01 de janeiro de 2017,
ristas e a anunciantes comunicar com os
a exigência IE3 entrará em vigor para todos
seus clientes finais em tempo real, e num
os motores assíncronos, com uma potên-
ambiente de confiança e privacidade.
cia entre 0,75 kW e 375 kW. Os motores são identificados com IE3 de acordo com a IEC 60034-30-1.
A marca espanhola já foi implantada em
Os estudos levados a cabo foram aprovados
diversas localizações no mercado nacio-
em reunião pública do executivo municipal.
nal, tendo ótimos resultados. A Nayar
Embora já estando a funcionar dois elevado-
Systems procurou em todos os momen-
res entre a Baixa e a Costa do Castelo, em
tos potenciar um novo canal de comunica-
Alfama e no interior de um imóvel, ligando
Teleférico sobrevoa Sintra em 2017
ção com este dispositivo. Assim, o suces-
a Rua Norberto Araújo ao Miradouro de San-
Com o objetivo de retirar automóveis do cen-
so de Advertisim, não passa apenas por
ta Luzia, a Câmara de Lisboa espera conse-
tro histórico e obter benefícios ambientais, e
ter um ecrã com ótima qualidade HD,3G,
guir operacionalizar o projeto até meados
caso a construção seja aprovada no estudo
Wi-fi e um design minimalista; sendo ain-
do próximo ano. Manuel Salgado, Vereador
de impactos, Sintra terá a partir de 2017 um
da capaz de conetar o passageiro com o
do Urbanismo, realça que o "objetivo é que o
teleférico que permitirá o transporte de pas-
que deseje: desde o ascensorista até o
elevador aproveite, num edifício, um beco sem
sageiros da periferia para o Palácio da Pena.
administrador da propriedade. No último
saída que tem entrada pela Porta do Mar e que
O investimento será de ordem privada e ron-
tempo pode-se observar como cabines,
permita subir até às imediações do monumen-
dará os 25 milhões de euros, anunciou Ba-
com um custo de milhares de euros situ-
to". O design do projeto e da sob responsabi-
sílio Horta, Presidente da Câmara de Sintra.
ados em hotéis, organismos públicos ou
lidade de Pedro Matos Gameiro Arquitetos.
edifícios emblemáticos, estavam literal-
O primeiro projeto para o teleférico de Sintra
mente cobertas com papéis anunciando
data do ano de 1910. Em 2001 anunciou-se um segundo projeto, que não chegou a ser
se encontravam desfasadas. Advertisim
Novo motor assíncrono IE3, série DRN
mudou o conceito, modificando a forma
SEW–EURODRIVE Portugal
projeto para tratar a questão da mobilidade,
de entender a comunicação numa cabi-
Tel.: +351 231 209 670 • Fax: +351 231 203 685
que só pode ser resolvida com a construção
ne, revolucionando a comunicação entre
infosew@sew-eurodrive.pt • www.sew-eurodrive.pt
de um teleférico e de um silo", adianta Basí-
informações que, na maioria dos casos
levado a cabo. "Resolvemos retomar este
passageiro e a empresa onde se encontre
lio Horta. "Quem vai ao Palácio da Pena ou ao
implementada. Portugal prepara-se para
Castelo, deixa o carro no silo, vai de teleférico e
dar as boas-vindas à conetividade de uma
faz a visita", finaliza.
forma inimaginável até ao momento. Tanto mensagens personalizadas, imagens, podem ser enviados de forma automáti-
Museu dos Coches com elevadores e plataformas LIFTECH
ca onde se encontre instalado o ecrã de
Liftech, S.A.
Advertisim. Nayar Systems inicia uma
Tel.: +351 229 432 830 · Fax: +351 229 432 839
vídeos ou informações meteorológica
nova era no setor das telecomunicações
info@liftech.pt · www.liftech.pt
em Portugal, tendo conseguido a máxima
A eficiência energética e a sustentabilidade
precisão em cada um dos elementos.
são cada vez mais fatores importantes no
O novo Museu dos Coches, em Lisboa, foi
desenvolvimento e na re-engenharia de pro-
inaugurado no passado dia 22 de maio de
dutos da indústria, especialmente devido a
2015. Retrato de uma simbiose perfeita en-
Castelo de S. Jorge em Lisboa com acesso mais facilitado
exigências legais mais rigorosas. Desde 01
tre o passado e o presente, a nova infraes-
de janeiro de 2015 a segunda fase do Regu-
trutura, além de novos coches, berlindas,
A implementação de três escadas rolantes
lamento 640/2009 da Comissão Europeia
liteiras e cadeirinhas, conta também com
ao ar livre na Mouraria, um elevador dentro
entrou em vigor, exigindo uma maior eficiên-
a existência de elevadores e plataformas
de um edifício entre o Campo das Cebolas e o
cia energética em motores trifásicos assín-
LIFTECH.
26
elevare
Notícias e Produtos IEE Expo 2016 Virgo Communications And Exhibitions, Ltd. Tel.: + 80 253 570 28/9 · Fax: + 91 802 535 702 8 info@virgo-comm.com · www.ieeexpo.com
As plataformas elevatórias permitirão a simplificação das operações com peças de grande dimensão. Vão funcionar com um sistemas hidráulico de dupla tesoura com um dispositivo bastante complexo que peA 6.a edição da International Elevator & Es-
mitirá a extensão a vários níveis, movendo-
calator Expo (IEEE), exposição internacional
se na hotizontal em sincronia com o movi-
de Equipamentos e Plataformas Elevató-
mento vertical. A ThyssenKrupp Elevator
rias irá realiza-se entre 17 e 19 de março
ficará igualmente responsável por todo o
de 2016, no Centro de Exposições de Bom-
trabalho de engenharia e de planeamento.
baim, Índia. Uma plataforma exclusiva para Todos os equipamentos foram desenhados
os profissionais na área dos equipamentos
e fabricados à medida, cumprindo assim as
verticais de transporte, permite comparti-
rígidas indicações dos arquitetos. Salien-
lhar e mostrar os mais recentes produtos e
tam-se os dois elevadores principais do
inovações tecnológicas, atraindo desta for-
Elevador Lacerda iluminado de azul em campanha contra o tráfico de pessoas
museu, com capacidade para 75 pessoas e
ma participantes e expositores nacionais e
A iniciativa "Coração Azul" enquadradrou-se
com duplo acionamento hidráulico. Portas a
Internacionais nas últimas cinco edições.
na comemoração do Dia Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos, a 30 de
180°, de 6 folhas, com abertura útil a toda a largura da cabina. Foram ainda fornecidos
A Elevador Internacional & Expo (IEE) desta-
julho. Neste sentido, durante o mês de ju-
mais três elevadores elétricos, do tipo MRL,
ca-se na indústria da elevação desde 2007,
lho, o Elevador Lacerda, no Brasil, esteve
com capacidade para 10 pessoas, além de
oferecendo a oportunidade perfeita para
iluminado de azul, simbolizando a mobi-
uma plataforma de tesoura, com 3000 kg
explorar parcerias com players internacio-
lização. A ação conta com a parceria en-
de capacidade de carga destinada a fazer o
nais e expandir negócios. A revista "ELEVA-
tre a SPM - Superintendência de Políticas
transporte dos coches para o piso superior
RE" será media partner do evento.
para as Mulheres, Semop - Secretaria Municipal de Ordem Pública, distintos orgãos
do edifício.
federais e estaduais, além da participação da UNODC - Escritório das Nações Unidas
Os responsáveis por uma montanha na Suí-
ThyssenKrupp será a fornecedora de plataformas elevatórias da Airbus
ça desenvolveram um modelo de teleférico
ThyssenKrupp Elevadores, S.A.
Em celebração deste dia, é tradição ilu-
"conversível" permitindo, além do transpor-
Tel.: +351 214 308 150 · Fax: +351 214 308 297
minar importantes monumentos em todo
te de turistas para o cumes das montanhas,
www.thyssenkrupp-elevadores.pt
o mundo com a cor azul, como meio de
CabriO: o teleférico "conversível"
sobre Drogas e Crimes.
chamar a atenção sobre a incidência do
um contacto direto com o ar e a montanha. Chamado de "CabriO", o teleférico é aponta-
A Divisão de Linhas Especiais da Thys-
crime. A iniciativa "Coração Azul" que mar-
do como o primeiro equipamento com um
senKrupp Elevator assinou um contrato
ca a campanha mundial da UNODC contra
segundo andar aberto em todo o mundo.
para fornecer e instalar plataformas ele-
o tráfico de pessoas, foi lançada no Brasil
No total, cerca de 60 pessoas podem ser
vatórias de trabalho nos centros da Airbus
em maio de 2013.
transportadas de cada vez – 30 na parte
localizados em llescas (Toledo, Espanha)
superior.
e Stade (Alemanha). Esta parceria entre a ThyssenKrupp Elevator e a ThyssenKrupp
Schmersal comemora 70 anos
O equipamento faz a travessia até ao Mon-
System Engineering procura o fornecimen-
Schmersal Ibérica, S.L.
te Stanserhorn, que fica perto de Lucerna
to e instalação destas plataformas, que
Tel.: +351 219 593 835
e tem 1898 metros de altura. Mesmo não
serão utilizadas para o desenvolvimento
info-pt@schmersal.com • www.schmersal.pt
sendo a montanha mais alta da região,
de operações manuais de várias partes da
apresenta uma boa estrutura, com restau-
linha de montagem. Este projeto represen-
A história do Grupo Schmersal inicia-se em
rante e miradouro, permitindo a observa-
ta um grande desafio devido às exigências
agosto de 1945, pelas mãos dos irmãos
ção da paisagem.
técnicas e prazos apertados.
Kurt Andreas Schmersal e Ernst Schmer-
elevare 27
Notícias e Produtos sal. Produzindo inicialmente componentes
Consulting, rede mundial de engenheiros de
simples e inteligente. Os profissionais per-
para a construção de elevadores, e após
segurança qualificados, que prestará con-
sonalizados podem, por exemplo, ligar o
a destruição provocada pela guerra na ci-
sultoria sobre avaliação de riscos das má-
diagnóstico de hardware utilizando um cabo
dade de Wuppertal, a empresa regista um
quinas, escolha dos dispositivos de proteção
de dados ou um opcional cabo de alimenta-
aumento da procura dos seus produtos. Já
adequados, entre outros, aos seus clientes
ção. O FrontCom® Vario é a primeira escolha dos clientes da construção de máquinas,
em 1950 a Schmersal aumenta a produção
indústria de processo e potência e na enge-
de interruptores mecânicos, principalmente sensores de limite para a indústria da construção civil.
FontCom da Weidmüller garante 1.º lugar do Prémio AUTOMATION 2014
nharia de tráfego – e apenas ocupa metade
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
planeamento e equipa os profissionais para
Tel.: +351 214 459 191 • Fax: +351 214 455 871
o futuro - um portefólio de mais do que
weidmuller@weidmuller.pt • www.weidmuller.pt
5000 combinações oferece a conceção de
®
do espaço na Norma do mercado atual. O FontCom® Vario oferece uma segurança no
possibilidades para praticamente qualquer Os visitantes da exposição SPS/IPC/Drives
aplicação ou ciclo de vida de uma máqui-
fizeram a sua escolha: na categoria “Solu-
na ou sistema. O sistema suporta uma in-
ções no Controlo da Tecnologia e Sistemas”
finidade de standards para as interfaces da
ganhou o primeiro lugar na AUTOMATION
comunicação em diversos modelos, como
Desde a sua fundação, a linha de produção
AWARD 2014 para a interface de serviço
o RJ45, USB ou D-Sub, tal como diferentes
da Schmersal procurou o desenvolvimento
FrontCom Vario da Weidmüller. O prémio é
sistemas de anilhas específicos para cada
de produtos inovadores, focando-se atu-
um dos mais prestigiados na indústria auto-
país. Como uma interface de serviço modu-
almente na produção de interruptores de
móvel alemã e é atribuída na exposição SPS/
lar, a FrontCom® Vario oferece sempre a
segurança eletromecânicos e eletrónicos,
IPC/Drives em Nuremberga. Os expositores
perfeita combinação de quadros individuais,
assim como controladores de segurança.
desta feira estão autorizados a mostrar as
inserções de sinais e dados, e energia, tal
Com uma extensa presença em 17 países e
últimas inovações dos seus produtos. O júri
como a placa de inserção correta.
contando com 1750 colaboradores, a Sch-
– representado pelo Comité do Congresso
mersal conta com mais de sete fábricas de
da SPS/IPC/Drives, VDMA, ZVEI e o grupo
produção na Europa, Ásia e América do Sul,
editorial da revista “elektro AUTOMATION” –
além de estar mundialmente presente com
nomearam desde logo cinco produtos em
filiais e representantes de vendas em mais
duas categorias. A partir destes “5 Melho-
de 60 países. Com um número de produção
res Produtos”, os visitantes votaram nos
de cerca de 25 000 tipos de interruptores,
seus favoritos durante a feira da SPS/IPC/
a marca apresenta-se como referência atu-
Drives. A FrontCom® Vario impressionou os
al do mercado. Como resultado, em 2014 a
visitantes de todos os setores e assim, com
Schmersal faturou cerca de 7%, isto é, 210
44,6% dos votos asseguraram a primeira
milhões de euros, o que permitiu assegu-
posição. “Estamos especialmente satisfeitos
rar a solidez financeira da marca. "Mesmo
com este prémio uma vez que é dado pelos
com tanto sucesso não queremos descansar
nossos parceiros, clientes e utilizadores”,
A segurança do investimento está prevista,
e continuaremos a avançar com o novo re-
ditou Klaus Leuchs, Gestor da Produto da
por exemplo, para as inserções CAT 6A RJ45
alinhamento estratégico definido há alguns
FontCom
Vario. “Isso demonstra que as
das séries STEADYTEC® da Weidmüller, que
anos. O nosso objetivo é expandir ainda mais
nossas soluções inovadoras respondem às
oferece o máximo desempenho (CAT 6A = até
a nossa posição no mercado como fornece-
necessidades dos nossos clientes e estes es-
10 GB por segundo) e as melhores proprie-
dores de sistemas e soluções", explica Philip
tão impressionados com os benefícios ofere-
dades de transmissão. A proteção ao toque
Schmersal, sócio-diretor do Grupo Schmer-
cidos pelos nossos produtos.”
no interior oferece possibilidades de marca-
®
®
ção adicionais para cada porta, permitindo
sal. "Queremos oferecer soluções completas FrontCom® Vario é um serviço de interface
que cada interface seja também claramente
a Safety Consulting, uma consultoria especia-
compacto para controlo e comutação de
identificado dentro do armário. A Weidmüller
lizada para os nossos clientes, e a Application
armários, garantindo um fácil acesso ao
também fornece um configurador online que
Engineering, com foco na implementação de
sistema de controlo/PC e à eletrónica. As-
pode utilizar para localizar e configurar ade-
soluções em tecnologia de segurança. Acom-
segura uma grande eficiência e disponibili-
quadas interfaces na Internet a partir de mais
panhamos os nossos clientes desde o primei-
dade nos processos tal como uma redução
de 5000 combinações da FrontCom® Vario.
ro contacto à colocação em funcionamento",
de tempo e dinheiro. Sem paragens ou mais
O armazenamento de um conjunto de peças
finaliza Philip.
profissionais, os técnicos podem utilizar a
com todos os componentes individuais pode
interface de serviço para executar tarefas
ser imediatamente consultado online depois
Comemorando 70 anos, a Schmersal procu-
de manutenção ou retificar erros no pro-
do processo de configuração (http://galaxy.
ra hoje fortalecer a organização da Safety
cesso de produção – é, ao mesmo tempo,
weidmueller.com/frontcom).
aos nossos clientes. Entre elas também está
28
elevare
Dossier iluminação em elevadores
Lightwatcher: Apagar/atenuar a luz de cabina segundo a diretiva 95/16/CE PROTAGONISTAS
Schmersal Ibérica, S.L.
Iluminação nos elevadores
Erick Alves, Efalift – Sistemas e Tecnologias para Elevadores, Lda.
elevare 29
Dossier Dossier sobre sobre Iluminação Iluminação emem Elevadores Elevadores
Lightwatcher: Apagar/Atenuar a luz de cabina segundo a Diretiva 95/16/CE Schmersal Ibérica, S.L. Tel.: +351 219 593 835 • Fax: +351 219 594 283 info-pt@schmersal.com • www.schmersal.com
A poupança energética é uma preocupação comum e os elevadores não são uma exceção para a sua aplicação e, ainda que as soluções sejam variadas, nem todas são válidas, atendendo aos requisitos de segurança. Este artigo argumenta a utilização do equipamento Lightwatcher conforme a Diretiva 95/16/CE.
Qualquer elevador colocado em serviço ou
que o sistema de controlo de iluminação
taure o serviço com normalidade. É impres-
que vá ser atualizado (mudança de máqui-
deverá detetar a abertura das portas para
cindível inibir o sistema neste caso para
na, manobra, e outros) deveria cumprir o
garantir que esteja ligada. Portanto, qual-
evitar que um potencial aprisionado fique
relativo ao controlo das luzes de cabina.
quer sistema de deteção de presença do
às escuras. Neste caso a poupança ener-
De seguida teremos em conta as caraterís-
interior da cabina não apenas deve cobrir o
gética fica sem feito à condição excecional
ticas do tipo de aplicação para argumentar
habitáculo, como também deve monitorizar
de assistência ao utilizador e deve deixar de
o procedimento de apagar ou atenuar a luz
a abertura da porta.
funcionar.
de cabina. No caso de um elevador ficar parado fora
Os elevadores com portas automáticas po-
De notar que, em alguns países, como em
de piso, o sistema de apagar a luz de cabina
dem apagar ou atenuar a luz de cabina com
Espanha, foi legislado especificamente nes-
deve ser inibido totalmente até que se res-
porta fechada e no piso. Fora do piso, ou
te sentido. Este texto toma como referência os requisitos desta lei para argumentar o problema e solucioná-lo adequadamente. No caso de um elevador os requisitos de apagar ou atenuar a luz de cabina são diferentes no caso destes estarem equipados com portas automáticas ou semi-automáticas e manuais. Neste segundo caso cabe distinguir entre portas que permitem ver a cabina desde o exterior (com janela transparente) e as que não permitem. Em qualquer caso parece razoável que a condição de iluminação obrigatória seja dada pela abertura das portas (que são a àrea de acesso ao interior da cabina), pelo
30
elevare
©royelevatorcabs.com
Dossier sobre Iluminação em Elevadores seja, em movimento, ou na situação explicada anteriormente, não é possível. Isto implica que o sistema de apagar/atenuar a luz de cabina não deve apenas detetar a presença como também deve ser capaz de detetar o movimento da cabina, e se está ou não no piso (se o elevador se move com ou sem pessoas a luz de cabina deve estar acesa). Os elevadores de portas manuais* ou semiautomáticas** apenas podem apagar a luz de cabina se a porta não tiver um aceso visual à cabina, caso contrário apenas se pode atenuar. No segundo caso, o sistema deverá ter alguma forma de acender de maneira seletiva se existirem vários pontos de luz, usar algum tipo de regulador no caso de um único ponto ou utilizar de forma alternativa a luz de emergência que deve estar sempre ©pinterest.com
presente. Em qualquer caso a iluminação deve ser suficiente para que não haja dúvida de que a cabina esteja no piso antes de abrir
impedir que a luz se apague durante o mo-
portas fechadas, não deixando o utilizador
a porta, de modo a evitarmos o potencial
vimento da cabina (independentemente se
às escuras.
perigo de um acesso involuntário ao fosso.
está ou não vazia).
Em ambos os casos, o sistema de controlo
No caso de ficar fora de serviço pode ser
é um produto totalmente viável tanto com
de luzes atua quando a cabina está parada
utilizada qualquer das três entradas que o
possibilidade de conetar à manobra como
e com a porta fechada e deve permanecer
desabilitam (portanto a luz seria acionada
utilizando
enquanto estiver parada. De novo, e de igual
de forma imediata). Este sinal pode ou não
magnético.
modo, no caso de elevadores com portas
vir da manobra. Uma solução totalmente
automáticas é necessário que o sistema
independente da manobra é adicionar como
possa detetar quando a cabina está ou não
entrada um sensor magnético para detetar
no piso e, se está em movimento.
que a cabina não está no piso (é indiferente
O sistema de desligamento automático da
das se podem inverter graças ao dip-switch
luz de cabina Lightwatcher é um equipa-
que inclui o equipamento).
Em resumo, o equipamento Lightwatcher
adicionalmente
um
detetor
o tipo de contacto elétrico já que as entra-
mento específico para elevadores que cum-
Dados técnicos ›
Tensão de alimentação elétrica 230 VAC;
É possível atenuar a luz de cabina quando
›
Consumo elétrico 2 VAC;
seja necessário graças às três saídas a
›
Saídas a relé 3;
O equipamento realiza a deteção por movi-
relé. Na primeira saída podem-se desco-
›
Tensão máxima de comutação 250 VAC;
mento (regulável por potenciómetro) me-
netar todos os pontos de luz e na segun-
›
Pico de corrente máximo 15 A;
diante uns sensores interiores e pode ser
da uma parte (fazendo com que a luz se
›
Corrente máxima 10 A;
instalado em qualquer lugar solidário ao
atenue ao diminuir o número de lâmpa-
›
Carga mínima de comutação 0,3 W;
exterior da cabina (teto, solo, laterais) sem
das). Outra possibilidade é usar a terceira
›
Entradas adicionais 3;
necessidade de fazer nenhuma intervenção
saída para acender a luz de emergência, de
›
Voltagem de controlo 12 V - 230 V AC/DC;
que implique aceso ao interior da cabina.
modo a garantir que exista luz suficiente,
›
Dimensões 106 x 90 x 58 mm;
Também não é suscetível de ser manipula-
tal como mencionamos, para distinguir
›
Escala de temporização ajustável 1 a 10
do ou afetado por atos de vandalismo pelo
quando a cabina está ou não no piso. De
que se assegura a sua atuação perante pos-
forma adicional permite a regulação do
síveis manipulações.
tempo de espera, entre um e dez minutos
pre com o estipulado neste documento.
entre que não detete movimento e apague
minutos. * Portas manuais: a porta de piso e de cabina são de acionamento manual.
Dado que deteta movimento, incluindo o
a luz de cabina. No caso mais restritivo
** Portas semi-automáticas: a porta de piso
das portas no caso de portas automáticas,
passa um minuto até que a luz de cabina se
é de acionamento manual e a porta de ca-
cumpre rigorosamente com a normativa ao
apague, uma vez que esteja no piso com as
bina é de acionamento automático.
elevare 31
Dossier Dossier sobre sobre Iluminação Iluminação emem Elevadores Elevadores
Iluminação nos elevadores
Erick Alves Efalift – Sistemas e Tecnologias para Elevadores, Lda.
A eficiência energética de edifícios tem,
É na iluminação da cabina que é consumida
nos dias de hoje, um papel de relevo na
a maior parte da energia usada para a ilumi-
conceção de novos edifícios bem como na
nação de toda a instalação. Nas instalações
remodelação de edifícios existentes, tanto
já existentes não se justifica o investimento
ao nível da envolvente térmica como ao
em lâmpadas de baixo consumo para a ilu-
nível da energia elétrica, onde se inclui a
minação do poço e casa de máquinas, pelo
energia consumida para a climatização do
seu reduzido números de horas de funcio-
edifício, a energia utilizada para a ilumina-
namento. No entanto na cabina do elevador
ção, para a mobilidade, entre outras.
o uso de lâmpadas de baixo consumo pode
Figura 1 Teto de cabina com iluminação LED.
ser fundamental para a redução do seu
Substituição das lâmpadas
consumo energético. O tipo de lâmpadas
convencionais por lâmpadas
usadas na iluminação da cabina e o tempo
de baixo consumo
de funcionamento das mesmas são funda-
Na Tabela 1 estão descritos os custos asso-
mentais para uma maior poupança.
ciados a cada tipo de lâmpada, consideran-
© forms-surfaces.com
do o custo do kWh de 0,17€ e um funcionaExistem então duas formas de reduzir o
mento anual ininterrupto totalizando 8760
custo com a iluminação: a primeira passa
horas (número total de horas de um ano).
pela substituição de lâmpadas existentes,
Para o efeito usamos como exemplo uma
por outras de baixo consumo. A segunda
cabina com capacidade máxima de 6 pesso-
passa pela diminuição do tempo de funcio-
as, garantindo um fluxo luminoso constante
namento das lâmpadas, passando as mes-
e uniforme ao nível do solo de 100 lux, con-
mas a estarem ligadas só durante o perí-
forme imposição da norma EN 81-20.
odo de funcionamento do elevador, com o inconveniente de reduzir o tempo de vida
Os valores apresentados na Tabela têm por
Parte considerável do consumo energéti-
das lâmpadas provocado pelo seu constan-
base a informação fornecida por uma conhe-
co de um edifício é da responsabilidade dos
te acender e apagar. Segue-se uma análise
cida marca de fabricante de lâmpadas. Não
elevadores. Existe assim a necessidade de
mais detalhada dos dois casos.
foram considerados os consumos dos ba-
tornar o elevador um meio de transporte cada vez mais eficiente não só no aspeto
Tabela 1 Custo energético anual de lâmpadas convencionais em funcionamento permanente.
funcional bem como no consumo energétiIncandescente
Fluorescentes
Halogéneo
60 W
18 W
35 W
N.° de lâmpadas
3
4
6
Tempo de vida
1000 Horas
20000 Horas
2000 Horas
iluminação é a parte exclusivamente elétri-
Custo lâmpadas
3,07€
2,79€
3,99€
ca que consome mais energia num eleva-
Custo aquisição/ substituição das
dor, sendo por isso um dos principais pon-
lâmpadas (1.° ano)
73,68€
11,16€
95,75€
Custo do consumo
268,05€
94,60€
312,73€
Custo total anual
341,73€
105,76€
408,49€
co. Parte substancial da eficiência prendese com o desenvolvimento de novas soluções a nível mecânico, mas em termos
Tipo de lâmpada
elétricos existem nos últimos anos avanços tecnológicos que permitem uma redução substancial do consumo energético. A
tos onde se pode atuar para aumentar a eficiência energética de um elevador, principalmente em instalações já existentes.
32
elevare
Dossier sobre Iluminação em Elevadores lastros e transformadores usados em lâm-
Tabela 2 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento permanente.
padas fluorescentes e de halogéneo.
Tipo de lâmpada
Fluorescente compacta 11 W
LED 5.3 W
N.° de lâmpadas
3
4
Como é possível verificar, o custo do consu-
Tempo de vida
6000 Horas
15000 Horas
mo energético das lâmpadas convencionais
Custo lâmpadas
4,59€
7,99€
em elevadores que tenham a luz de cabina
27,54€
31,96€
Custo do consumo
43,36€
31,57€
Custo total anual
70,90€
63,53€
Custo aquisição/ substituição das lâmpadas (1.° ano)
permanentemente acesa pode representar uma fatia importante do orçamento de um condomínio residencial. Já as lâmpadas de baixo consumo, apesar de um custo superior, apresentam custos de consumo bastante inferiores, acabando por compensar
Tabela 3 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento intermitente (residencial).
o investimento feito neste tipo de lâmpadas a curto prazo. Depreende-se também que a
Incand.
Fluoresc.
Halogéneo
Fluoresc.
60W
18W
35W
compacta 11 W
3
4
6
3
4
25.000
4.000
25.000
6.000
100.000
3,07€
2,79€
3,99€
4,59€
7,99€
com grande tráfego.
18,42€
66,96€
47,88€
55,08€
31,96€
Diminuição do tempo
Custo do consumo
80,42€
28,38€
156,37€
21,68€
9,47€
Neste caso vale a pena distinguir o tipo de
Custo total anual
98,44€
95,34€
141,70€
68,10€
41,43€
instalações servidas pelos elevadores para
Tipo de lâmpada N.° de lâmpadas N.° máx. ciclos liga/ desliga Custo lâmpadas
LED 5.3W
percentagem do consumo das lâmpadas no total do consumo do elevador difere consoante o tempo de funcionamento do elevador, ou seja, em elevadores com baixo tráfego a percentagem é maior do que em elevadores
Custo aquisição/ substituição das
de funcionamento das lâmpadas
lâmpadas (1.° ano)
PUB
Dossier sobre Iluminação em Elevadores Tabela 4 Custo energético anual de lâmpadas de baixo consumo em funcionamento intermitente (serviços).
Elevador instalado num edifício de serviços Segundo o estudo do “Projeto E4 – Eficiência
Fluoresc.
LED
Incandesc.
Fluoresc.
Halogéneo
60 W
18 W
35 W
3
4
6
3
4
25,000
4,000
25,000
6,000
100,000
3,07€
2,79€
3,99€
4,59€
7,99€
36,84€
279,00€
95,76€
220,34€
63,92€
Custo do consumo
104,03€
47,30€
93.82€
13,01€
15,79€
Custo total anual
140,87€
326,30€
189,52€
357,26€
79,71€
Tipo de lâmpada N.° de lâmpadas N.° máx. ciclos liga/ desliga Custo lâmpadas
compacta 11 W
5.3 W
tes”, a percentagem do tempo de funcionamento de um elevador instalado num edifício de serviços é, em média, 50%. Portanto vamos considerar o custo do consumo
Custo aquisição/ substituição das
Energética em Elevadores e Escadas Rolan-
lâmpadas (1.° ano)
energético como 50% do consumo anual em elevadores com luz de cabina Assumindo que em média o número de viagens num edifício residencial é de 300 000 viagens, vamos considerar que o número de vezes em que as lâmpadas ligam e desligam é 100 000. Desta forma verificamos que houve uma diminuição no custo da energia gasta anualmente, no caso das lâmpadas incandescentes e de halogéneo. Já as lâmpadas de LED, apesar de um baixo custo de consumo energético, acabam por ficar mais caros do que se tivermos as lâmpadas sempre acesas. Já as lâmpadas fluorescentes têm um aumento do custo enorme se compararmos com o custo das mesmas no caso em que elas ficam sempre acesas. Conclusões Podemos concluir que a utilização de lâmpadas do tipo LED, independentemente do tipo de utilização e tipo de instalação, é claramente mais vantajosa do que qualquer outro tipo de lâmpada conseguindo-se
Gráfico 1 Gráfico comparativo dos custos anuais.
assim, uma maior eficiência energética no que concerne a iluminação. se poder definir a percentagem de tempo em funcionamento e o número médio de viagens anuais. Eis dois exemplos: um elevador instalado num edifício residencial e outro num edifício de serviços. Elevador instalado num edifício residencial Segundo o estudo do “Projeto E4 – Eficiência Energética em Elevadores e Escadas Rolantes”, a percentagem do tempo de funcionamento de um elevador instalado num edifício residencial é, em média, 30%. Por-
«As reduções do consumo de energia através da eficiência da iluminação, podem ser significativas principalmente em elevadores residenciais que representam cerca de 70% do parque de elevadores a nível nacional.»
Em regra, desligar a iluminação quando o elevador está parado pode reduzir o custo mas está dependente do tipo de lâmpada e do tipo de utilização que o elevador tenha, pois os ciclos liga/desliga ganham maior relevância com o aumento de número de viagens. As reduções do consumo de energia através da eficiência da iluminação podem ser significativas, principalmente em elevadores residenciais que representam cerca de 70% do parque de elevadores a nível nacional. O payback do investimento
tanto, vamos considerar o custo do consumo energético como 30% do consumo
viagens, vamos considerar que o número
nas lâmpadas está também dependente do
anual em elevadores com luz de cabina
de vezes em que as lâmpadas ligam e des-
tipo de instalação que o elevador sirva.
permanente, mas tendo em atenção o nú-
ligam é 50,000. Desta forma verificamos
mero médio de viagens anuais e o número
que houve uma diminuição drástica no custo
Desta forma podemos concluir que é sem
máximo de ciclos liga/desliga.
da energia consumida anualmente no caso
dúvida alguma vantajoso apostar na re-
das lâmpadas convencionais. Nas lâmpadas
dução do custo energético do elevador
Assumindo que em média o número de via-
de baixo consumo também se verificou uma
através da melhoria da eficiência da sua
gens num edifício residencial é de 100,000
diminuição, se bem que mais pequena.
iluminação.
34
elevare
PUB
Entrevista
Instituto Português de Qualidade Organismo nacional de normalização por Helena Paulino
A entrada em vigor da Diretiva 2014/33/
Revista “ELEVARE” (RE): Que implicações
EU de 26 de fevereiro e as novas
para o setor traz a entrada em vigor da
Normas sobre ascensores criaram um
“Diretiva 2014/33/UE, relativa à harmoni-
novo paradigma para a atividade. A
zação da legislação dos Estados-Membros
revista ELEVARE conversou com Maria
respeitante a ascensores e componentes
João Graça, Diretora do Departamento
de segurança para ascensores” e das novas
de Normalização do IPQ, no sentido de
normas EN 81-20 e EN 81-50?
saber alguns dos impactos que podem
Maria João Graça (MJG): A Diretiva 2014/33/
advir para o setor.
UE resulta da necessidade de proceder à atualização da Diretiva 95/16/CE, sobre
lhora a consistência dos procedimentos de
ascensores, publicada há já 20 anos, refor-
avaliação da conformidade.
mulando-a e introduzindo agora alterações substanciais, na medida em que harmoniza
Para os operadores económicos, os impac-
conceitos, introduz melhorias ao nível da
tos são sobretudo ao nível da necessidade
avaliação, monitorização e coordenação
de (re)criar e implementar sistemas de ras-
dos Organismos Notificados, do reforço da
treabilidade de ascensores e componentes
vigilância do mercado na UE, criando con-
de segurança; fazer a monitorização das
dições para uma maior credibilização da
reclamações e não conformidades, avalian-
marcação CE. Finalmente, clarifica as obri-
do-as e propondo ações corretivas. Consi-
gações dos operadores económicos e me-
derando que a interoperabilidade entre os inúmeros sistemas de rastreabilidade das empresas é complicada, o ideal seria a criação de um repositório de dados nacional, eventualmente coordenado pela entidade de fiscalização/vigilância. Quanto às Normas EN 81-20 e EN 81-50, a sua revisão decorre da necessidade de consolidar centenas de novas interpretações e de integrar as várias emendas, entretanto elaboradas, resultantes dos contributos de organismos europeus representativos do setor e da própria Comissão Europeia, tendo em vista a necessária harmonização dos trabalhos a nível internacional e europeu. Em traços muito gerais, as novas normas dão resposta às novas tecnologias procedendo à atualização do estado da arte e, nesta medida, consubstanciando uma evolução relativamente às versões anteriores,
36
elevare
Entrevista na medida em que aportam um considerável aumento da segurança e da acessibilidade, quer para passageiros quer para técnicos/inspetores. Implícito tem também um maior esforço para os fabricantes ao nível da revisão/adequação do produto, que naturalmente terá algum impacto nos custos. RE: Qual a importância da normalização no âmbito das Diretivas Comunitárias e que vantagens podemos retirar daí? MJG: A referência à normalização nas Diretivas Comunitárias permite formas de legislar mais flexíveis e menos restringentes em áreas onde, de outra forma, cada detalhe teria de ser determinado pela legislação. O importante papel que a normalização europeia desempenha no desenvolvimento e consolidação do Mercado Único Europeu, e o suporte que dá às restantes políticas europeias, criaram uma forte ligação entre Aos produtos que cumpram as normas
normativos europeus e internacionais e pelo
atual avaliação do sistema europeu de nor-
harmonizadas é dada presunção da
ajustamento de legislação nacional sobre
malização.
conformidade com os requisitos essen-
produtos à legislação da União Europeia.
normalização e legislação que justificam a
>>
ciais das diretivas correspondentes; A definição de procedimentos de avalia-
No quadro das suas competências enquan-
va usada na área da livre circulação de mer-
ção da conformidade apropriados ten-
to ONN, o IPQ assegura a representação de
cadorias desde 1985. O aspeto inovador da
do em conta, designadamente, o tipo de
Portugal em inúmeras estruturas europeias
Nova Abordagem é o facto de ter por ob-
risco relacionado com os produtos em
e internacionais, designadamente, no Euro-
jetivo desenvolver legislação flexível e tec-
causa;
pean Committee for Standardization (CEN),
A Nova Abordagem é uma técnica legislati-
>>
A aposição da marcação CE, pela qual
no European Committee for Electrotechnical
sitos técnicos específicos relativos a cada
o fabricante declara a conformidade
Standardization (CENELEC), na International
produto, em favor da definição de requisitos
com os requisitos das diretivas aplicá-
Electrotechnical Commission (IEC) e na Inter-
essenciais para tipos de produtos. Devido à
veis, significando que o produto cum-
national Organization for Standardization (ISO).
sua flexibilidade, esta abordagem legislati-
pre os requisitos legais exigidos e que
va tem a vantagem de promover a inovação
tem condições para ser comercializado
A atividade de normalização em Portugal
e, portanto, a competitividade. Por outro
em todo o Espaço Económico Europeu
é realizada de forma descentralizada por
lado, o sucesso do modelo da normalização
(Estados Membros e países da EFTA,
Organismos de Normalização Setorial e
europeia e a eficiência do sistema servem
Islândia, Noruega, Liechtenstein, Suíça,
Organismos Gestores de Comissão Téc-
igualmente os interesses dos stakeholders
bem como na Turquia).
nica (OGCT), qualificados pelo IPQ para os
A obrigação de os Estados-Membros
mais diversos setores da economia e da
tomarem todas as medidas de fiscaliza-
sociedade.
nologicamente neutra, ao preterir os requi-
europeus e permitem a consolidação contínua do Mercado Único Europeu.
>>
>>
ção adequadas, incluindo vigilância do Poderemos identificar as seguintes princi-
mercado, para garantir que os produ-
O IPQ conta neste momento com uma rede
pais vantagens da Nova Abordagem:
tos não conformes sejam retirados do
de 60 ONS e OGCT, 170 Comissões Técnicas
>>
mercado.
e cerca de 3600 peritos que desenvolvem
A definição de requisitos essenciais obri-
e colaboram no desenvolvimento da ativi-
gatórios destinados a assegurar um ní-
>>
vel elevado de proteção do interesse pú-
RE: Qual o papel do IPQ no decorrer do pro-
dade de normalização em Portugal, com a
blico em questão, nomeadamente saúde,
cesso da Normalização em Portugal?
particularidade de se tratar de uma coope-
segurança, defesa do consumidor ou
MJG: Como Organismo Nacional de Normali-
ração no domínio estritamente voluntário.
proteção do ambiente;
zação (ONN), o IPQ coordena e promove a ela-
O facto de os fabricantes poderem es-
boração de normas portuguesas, garantindo
O ONS qualificado para a área dos “Ascen-
colher qualquer solução técnica apro-
a coerência e a atualidade do acervo norma-
sores e monta-cargas, escadas mecânicas
priada desde que respeite os requisitos
tivo nacional, sendo responsável pelos pro-
e tapetes rolantes” é a Direção Geral de
essenciais;
cessos de votação nacional dos documentos
Energia e Geologia (DGEG), que coordena
elevare 37
Entrevista a Comissão Técnica - CT 63 - “Elevadores,
Organismos Europeus de Normalização
O IPQ, enquanto ONN, está consciente das
escadas mecânicas e tapetes rolantes”, e
(CEN, CENELEC e ETSI) no âmbito de man-
suas obrigações, na promoção e na divul-
que vem acompanhando todo o trabalho
datos da Comissão Europeia e contam com
gação da atividade de normalização em
normativo europeu e internacional produzi-
a participação das entidades representa-
Portugal, e acionará os mecanismos ne-
do neste âmbito, nomeadamente a revisão
tivas dos agentes económicos e dos con-
cessários e todos os canais para que, de
destas normas.
sumidores dos Estados-Membros, através
forma atempada, os operadores económi-
dos ONN.
cos e as entidades responsáveis, em geral, tenham conhecimento das versões nacio-
O estatuto de norma harmonizada resulta,
nais das normas com a maior celeridade.
finalmente, da respetiva publicitação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE). No
RE: Sendo uma transição legal e normativa,
caso em apreço, as Normas EN 81-20 e EN
existem fatores de risco para as empresas
81-50 foram publicitadas no JOUE de 12 de
do setor de elevadores e ascensores?
dezembro de 2014, no âmbito da Diretiva
MJG: Qualquer mudança pode trazer riscos
dos ascensores.
se não forem tomadas as medidas adequadas de antecipação e que, de alguma
RE: Quais são os próximos passos quer
forma, previnem e evitem esses mesmos
da Diretiva 2014/33/UE, quer das Normas
riscos. Contudo, convém recordar que es-
EN 81-20 e EN 81-50?
tamos perante um procedimento já rotina-
MJG: Os Estados-Membros são responsá-
do e generalizado a outros âmbitos, pelo
veis pela transposição correta e atempada
que não constituirá novidade para os ope-
de diretivas adotadas pelas competentes
radores económicos, porquanto traduz as
instituições da UE. Neste caso, sendo a
regras e os mecanismos de funcionamen-
Direção-Geral de Energia e Geologia a enti-
to da União Europeia.
dade que tutela o setor, deverá assegurar a respetiva transposição para a ordem jurídi-
Assim sendo, continua a ser necessário que
RE: Sendo uma Diretiva aplicada à Comuni-
ca interna e contribuir para uma boa aplica-
as empresas estejam atentas e se prepa-
dade Europeia, Portugal é obrigado a adotar
ção do direito da UE.
rem para a mudança tendo em conta que,
as Normas Europeias de uma forma rígida?
apesar da obrigatoriedade das Normas a
Ou há alguma flexibilidade na aplicação das
A Diretiva 2014/33/UE entrará em vigor a 20
partir de 31 de agosto de 2017, as mesmas
Normas em Portugal?
de abril de 2016, pelo que até lá a sua trans-
são aplicáveis a instalações já muito tempo
MJG: Ao proceder à transposição de uma
posição terá de ser efetuada. Entretanto, os
antes contratadas (variável com a nature-
diretiva - um ato jurídico previsto no Tra-
Estados-Membros não podem impedir a co-
za e dimensão dos projetos). Este é o risco
tado da União Europeia - para o direito na-
locação em serviço de ascensores ou a dis-
maior, para o qual há que estar preveni-
cional, nos prazos estabelecidos, o Estado
ponibilização no mercado de componentes
do. A leitura da Diretiva 2014/33/UE e das
Português obriga-se ao seu cumprimento
de segurança para ascensores abrangidos
EN 81-20 e EN 81-50 e a sua implementa-
integral, bem como os restantes Estados-
pela Diretiva 95/16/CE que estejam em con-
ção rápida e adequada são, naturalmente,
Membros.
formidade com essa Diretiva e que tenham
indispensáveis.
sido colocados no mercado antes de 20 de Se é verdade que no processo da transpo-
abril de 2016. A transposição da Diretiva, vai
Face à eventual complexidade e às inúme-
sição de diretivas europeias é conferido aos
permitir o reconhecimento dos Organismos
ras alterações introduzidas, sobretudo nas
Estados-Membros a possibilidade de efetu-
Notificados e a definição da estrutura de vi-
Normas, aconselha-se, sempre que neces-
arem adaptações tendo em vista a imple-
gilância de mercado, sem os quais não será
sário, o esclarecimento junto das respeti-
mentação da legislação ao nível nacional,
possível a implementação da Diretiva.
vas Associações e a participação em se-
o mesmo já não sucede com as normas
minários e workshops, que um pouco por
europeias harmonizadas, porquanto são in-
Quanto às Normas EN 81-20 e EN 81-50,
dispensáveis à presunção da conformidade
elas foram elaboradas pelo Comité Eu-
dos produtos com os requisitos essenciais
ropeu de Normalização (CEN) e adotadas
Consciente da importância do tema, e pro-
de segurança ou saúde de uma determina-
como Normas nacionais, existindo de mo-
curando chamar a atenção dos operado-
da diretiva e condição para o seu reconhe-
mento apenas na versão francesa, inglesa
res económicos nacionais com sentido de
cimento pelos mercados, pelas entidades
e alemã, línguas oficiais do CEN. No entanto,
oportunidade, o IPQ realizou recentemente
fiscalizadoras e, finalmente, pelos consu-
a CT 63 já incluiu no seu plano de ativida-
- no passado dia 15 de junho - um seminário
midores no Espaço Económico Europeu.
des para este ano a elaboração da versão
sobre o tema, com um balanço final fran-
portuguesa destas duas Normas que, como
camente positivo e está disponível para
Deve ter-se em conta que as normas euro-
é consensual, são de extrema importância
retomar o tema com novas iniciativas no
peias harmonizadas são elaboradas pelos
para o setor.
futuro.
38
elevare
todo o país vêm sendo realizados.
PUB
Informação técnico-comercial
Portugal aposta no cumprimento da Norma Europeia EN 81.28 através da Nayar Systems Nayar Systems
A empresa internacional Nayar Systems é
Pelas palavras de José Luis Sanchis, Dire-
uma empresa de engenharia de telecomuni-
tor de Marketing e Vendas da Nayar Sys-
cações espanhola com uma ampla trajetória
tems, “Apenas apostando num investimento
profissional, que se ergue como pilar de três
constante de grande calibre em investigação
marcas comerciais: 72horas, Advertisim e
e desenvolvimento, assim como planea-
Net4machines. Fundada há 8 anos, com um
mento cuidadoso das campanhas de co-
modelo de gestão baseado na inovação e
municação realizadas, pode-se ser líder do
qualidade, com uma firme aposta de inves-
mercado!”
timento em novos desenvolvimentos tecnológicos, permitindo-lhe, assim garantir uma
Além disso, os parceiros estratégicos e o
ampla expansão a nível nacional e interna-
capital humano com que conta a empre-
72horas é a única plataforma que cumpre
cional. Portugal converteu-se num mercado
sa, são duas das suas grandes fortalezas.
escrupulosamente com a normativa euro-
potencial onde a empresa tem a sua força co-
Nayar Systems é atualmente parceiro
peia EN 81.28, sendo que a chamada de voz
mercial no Porto, e assim, a Nayar Systems
global de grandes empresas internacio-
deve ser sempre feita pelo telealarme ao
consegue responder com prontidão e rapidez
nais como é o caso da Telefónica, multi-
sistema para comprovar que realmente fun-
às tarefas necessárias no mercado luso.
nacional espanhola de telecomunicações
ciona, e não o software à cabine.
mais importante da Europa com presença em mais de 20 países, com Portugal entre
Segundo as palavras de Fernando Sarrión,
eles. Da sua parte, o investimento cons-
Diretor de Vendas da Companhia, “sentimo-
tante em recursos humanos possibilita
-nos orgulhosos de que todas as empresas
que a equipa se incrementasse anualmen-
que dia a dia confiam em nós possam dormir
te com novas e talentosas incorporações.
tranquilas e dedicar-se ao que realmente lhes importa, que é fazer a manutenção adequa-
Pelo que se refere às marcas comerciais,
da dos elevadores”. O objetivo primordial
Cabe destacar que a empresa, atualmente,
cabe destacar 72horas, de momento a
da 72horas é facilitar a vida aos seus cien-
investe 80% dos seus benefícios no Depar-
única das marcas já implantadas em Por-
tes e por isso brindá-los com o serviço de
tamento de I&D, contando com acordos glo-
tugal. 72horas é a marca líder dentro da
Echo Test, que evita responder a milhares
bais com empresas líderes em telecomuni-
empresa, dedicada exclusivamente ao se-
de chamadas de comprovação a cargo dos
cações e oferecendo os seus serviços a mais
tor dos elevadores e inscrita na Comissão
técnicos, gravando a locução e registando a
de 130 países por todo o mundo. Uma das
de Mercado das Telecomunicações. 72 ho-
que dia e a que horas foi realizado a revisão
vantagens competitivas da Nayar Systems,
ras é a principal empresa de Espanha es-
pelo técnico. O departamento de pós-venda
prende-se em brindar os seus clientes com
pecializada em comunicação M2M- Machi-
da 72horas gere mais de 450 chamadas diá-
o controlo total da sua informação e disposi-
ne to Machine- para o sector da elevação.
rias de técnicos para programar os telealar-
tivos, mas estes, por sua vez, encontram-se
A marca conta com mais de 500 clientes
mes e os módulos GSM à distância graças à
salvaguardados pela segurança e experiên-
em toda a Europa, destacando o merca-
plataforma 72horas, reduzindo em todos os
cia que lhes proporciona a empresa espa-
do português como um nicho altamente
momentos o tempo que os técnicos levaram
nhola.
potencial.
a fazer as suas revisões.
elevare 41
Informação técnico-comercial nhecer as importantes novidades que se desvendarão na Feira. Todos os clientes da empresa comprovarão que o compromisso com a empresa durante todos estes anos valeu a pena, apresentando algo totalmente único e inovador. Tal como foi indicado anteriormente, apenas a marca 72horas da empresa Nayar Systems está presente de momento em Portugal. Não obstante, esta situação mu72horas não vende apenas SIMS. Vende se-
da Europa, oferecendo garantia vitalícia do
dará num futuro muito próximo. No dia 1 de
gurança, legalidade e tecnologia. A empre-
material vendido. Deste modo, 72horas é a
setembro de 2015 apresentou-se no mer-
sa dá a mão aos seus clientes brindando-
opção mais segura, profissional e econó-
cado luso Advertisim, uma revolução tec-
-os com uma cobertura legal, demons-
mica do mercado, emergindo como uma
nológica que já não é de uso exclusivo do
trando que se fez uma chamada de voz
referência na segurança.
mercado dos elevadores. Convertendo-se
real desde o elevador que gerou um con-
num ecrã multimédia também válido para
sumo, e protegendo os seus clientes as-
E como a empresa é líder no setor do ele-
receções, salas de congressos e qualquer
censoristas. Devido à plataforma Web, a
vador, voltará a estar presente na Feira In-
cabine móvel. Hardware e software com
cada três dias 72horas conhece o estado
terlift 2015, que se celebra em Augsburg-
excelente qualidade que se unem a pres-
dos telefones e reduz os prazos de falha,
Alemanha-, de 13 a 16 de outubro. Trata-se
tações de gestão e controlo total dos con-
evitando as queixas dos operadores e dos
de um evento que acontece a cada 2 anos
teúdos por parte do utilizador, revolucio-
utilizadores. E assim mesmo, encarrega-
sendo a feira mais importante a nível mun-
nando a comunicação entre passageiro e a
se de enviar o material em 24 horas e de
dial de elevadores, que terá importantes
empresa onde se encontre implementada.
o repôr por adiantado em caso de avaria
inovações no setor. Nayar Systems esta-
Um investimento de 750 000€ num pro-
em 24 horas. A marca também paralisa o
rá presente no Hall 3 Stand 3142, com um
jeto que já é uma realidade em Espanha,
número do cartão SIM dos seus clientes
espaço expositivo maior do que nos anos
e que num futuro não muito longínquo o
que tenham perdido a manutenção até que
anteriores e com uma equipa ampla que
será também em Portugal.
o técnico a volte a instalar, e apenas traba-
terá todo o prazer em atender todas as
lha com os melhores fabricantes de GSM
pessoas que desejem aproximar-se e co-
«72 horas é a única plataforma que cumpre escrupulosamente com a normativa europeia EN81.28, sendo que a chamada de voz deve ser sempre feita pelo telealarme (...)»
42
elevare
Seja Bem-vindo à conetividade!
Case study
Deveres e direitos das autarquias para uma boa gestão das inspeções 1.ª Parte Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores
Nos artigos publicados nos números
No passado mês de janeiro decorreu no
tente na área territorial de cada concelho.
anteriores da revista ELEVARE
ISEP - Instituto Superior Técnico do Porto a
Este dever mexe com o quotidiano de todos
abordaram-se os temas relacionados
3. edição das Jornadas Técnicas sobre ele-
os munícipes por garantir a segurança de
com a gestão e controlo das inspeções
vadores. Este ano, foi incluído no programa
todos os utilizadores dos equipamentos em
de equipamentos de elevação que as
das Jornadas uma componente dedicada
questão.
Autarquias devem observar, bem como
às Autarquias. Estas instituições públicas
o tema de uma gestão para a qualidade.
já mereciam um espaço de debate público
Nas 3.as Jornadas Técnicas tive oportunida-
Neste artigo irei abordar o tema Deveres
sobre a área, que desde o ano 2002 têm o
de de explanar o que considero ser os deve-
e Direitos das Autarquias no âmbito das
dever de realizar as inspeções obrigatórias
res principais e os direitos das Autarquias
inspeções.
a todos os equipamentos de elevação exis-
no âmbito das inspeções.
a
Como deveres principais das Autarquias podemos catalogá-los em 4 categorias: Cadastro, Garantir a Segurança, Inspeções e, por fim, Gestão de Qualidade. Dever – Cadastro Nesta categoria, temos que salientar que para o sucesso de uma boa gestão na área das inspeções é dever da Autarquia manter atualizado o cadastro informático de todos os equipamentos existentes na área geográfica do Concelho. Para tal como base de trabalho há que haver condições de obter respostas concisas às seguintes questões: >>
Quantos equipamentos existem no Concelho?
>>
Quantos equipamentos estão imobilizados?
>>
Quantos equipamentos estão selados?
>>
Qual a validade dos equipamentos?
O gestor responsável pela área das inspeções deverá ter a consciência que sem as respostas a estas questões a gestão fica difícil. A solução passa por ter uma base de dados eficaz e devidamente bem desenvolvida, com o objetivo de ajudá-lo © Zorana Godosev
42
elevare
a obter resultado com vista a uma gestão eficaz.
Case study Dever - Garantir a Segurança A segurança de todos os utilizadores dos equipamentos de elevação deverá ser o dever principal para o qual qualquer Autarquia se deve esforçar. Atualmente existem duas formas de garantir a segurança. Uma delas é a selagem efetiva de equipamentos e a outra forma é a realização de inspeções. No que respeita à 1. a forma, compete às Autarquias a selagem dos equipamentos com base do DL 320/2002 de 28 de dezembro. Esta selagem deverá ser feita em duas situações distintas: quando os equipamentos estão fora de validade, não se tendo verificado intenção por parte dos proprie-
entramos na 3. a categoria de deveres das
nível da gestão de condomínios, os 30 dias
tários procederem ao pedido de inspeção,
Autarquias.
previstos no referido decreto-lei não são
de elevação está sem empresa de manu-
Dever - Inspeções
nião de condóminos, à luz da lei de condo-
tenção a cargo da assistência.
Este dever da Autarquia é deveras impor-
mínios, quanto mais para a realização de
ou quando se verifica que o equipamento
suficientes para a marcação de uma reu-
tante não só pelo mencionado no ponto
uma reinspeção. Após uma reprovação
No que concerne ao tema das selagens,
anterior bem como por demonstrar a ca-
há orçamentos que devem ser analisados
tem-se verificado que ainda há municípios
pacidade da autarquia em cumprir com o
pelos condóminos para tomadas de posi-
que não têm esta prática, pondo em risco
estipulado no DL 320/2002 de 28 dezem-
ções, em prol da resolução dos problemas
a segurança dos munícipes e aumentando
bro, no que concerne à obrigatoriedade em
verificados na inspeção. Findas as reuniões
assim a responsabilidade para a Autarquia
realizar as inspeções.
necessárias para aprovação do orçamento
em caso de acidente. Algumas razões po-
apresentado pela EMIE, há ainda o tempo
dem ser apontadas para esta inércia, sen-
de realização dos trabalhos por parte da
do uma delas por questões políticas da Administração da Autarquia, que não quer ver privada a utilização dos equipamentos por partes dos munícipes. Outra razão para a ineficácia das selagens poderá passar também pela má informação existente ao nível do cadastro, por não serem observadas as questões do dever da Autarquia em
«A troca de partilha de experiências entre Autarquias é deveras importante. Só desta forma o setor fica mais forte, evitando desigualdades (...)»
manter o cadastro atualizado, levando o
mesma. Com esta pequena descrição do que atualmente acontece na maioria dos condomínios existentes por este país fora, levanta-se uma questão: porque razão não se dilata o prazo para que a Administração possa pedir a reinspeção, tendo tempo suficiente para que os trabalhos de repara-
gestor desta área a não agir face a equipa-
ção sejam realizados?
mentos que estejam fora de validade sem
Neste âmbito, e no que diz respeito aos
o devido conhecimento da Autarquia.
prazos de realização das inspeções, com-
Atualmente há municípios que tomaram a
pete à Autarquia saber adaptar-se à reali-
decisão de dilatar este prazo para no má-
Outra forma de garantir a segurança dos
dade do mercado do setor e que envolve
ximo de 180 dias. Este prazo tem-se mos-
munícipes é criar as condições necessárias
não só as empresas de manutenção bem
trado suficiente para a execução dos tra-
para que os equipamentos sejam inspe-
como as Administrações de Condomínio.
balhos e a realização da reinspeção. Esta
cionados de forma atempada e em prazos
dilatação de prazo vem igualmente faci-
razoáveis após a solicitação por parte dos
O Decreto-Lei 320/2002 de 28 dezembro
litar a gestão ao nível do serviço respon-
proprietários dos equipamentos.
determina que uma reinspeção a um equi-
sável dentro da Autarquia, porque evita os
pamento que tenha sido reprovado com
pedidos de adiamento devido a obras.
Mais uma vez, e no que concerne a este
cláusulas C2 deva ser efetuada num prazo
ponto, tem-se verificado uma diferença de
de 30 dias. Tive oportunidade de demons-
Outro ponto importante a ter em conta no
atuação entre alguns municípios que, por
trar que tal prazo previsto no decreto-lei
dever das Autarquias ao nível das inspe-
não realizarem atempadamente as inspe-
com quase 15 anos de existência está to-
ções é a capacidade de realização de ins-
ções aos equipamentos, estão a colocar
talmente desfasado da realidade atual.
peções urgentes. Estas inspeções devem
em risco os seus utilizadores. E é aqui que
Atualmente com as exigências legais ao
ser utilizadas em casos muito específicos,
elevare 43
Case study
como numa situação em que um determina-
urgente e selagens e outros municípios
Estas comunicações devem ser encaradas
do equipamento estava selado e os proprie-
que demoram, no pior dos prazos, quase 2
como alertas em relação aos términos de
tários solicitaram a inspeção. Ter a capaci-
anos para a realização de inspeções. Por-
datas de validades dos equipamentos, por
dade de realizar estas inspeções num prazo
que razão alguns municípios conseguem a
forma a serem tomadas medidas para evi-
reduzido até 10 dias vem demonstrar uma
eficácia desejada e outros não? A respos-
tar selagens. Manter estes laços estreitos
eficácia de execução, aumentando, assim,
ta a esta pergunta compete aos decisores
de cooperação no seio do setor vem au-
os níveis de qualidade de serviço público
políticos em analisar o que está mal no seu
mentar a eficácia e a gestão de qualidade,
prestado e também satisfazer a vontade
concelho e criar condições para que o pro-
que por sua vez se traduz em maior receita
dos munícipes em querem colocar em fun-
blema seja resolvido.
para o município e, consequentemente, um
cionamento equipamentos que estavam selados.
aumento da segurança. O Decreto-Lei 320/2002 de 28 dezembro concede um prazo até 60 dias para a reali-
Conclusão
Ainda no âmbito das inspeções, é dever da
zação da inspeção após o pedido por parte
Estas 4 áreas de atuação ao nível dos deve-
Autarquia fazer cumprir os prazos previsto
dos proprietários. Porque razão não reduzir
res das Autarquias são, a meu ver, os princi-
na circular n.° 1 da DGEG. Esta circular con-
esse prazo para 45 dias? Alguns municípios
pais para que a gestão nesta área ganhe um
cede aos proprietários o prazo de 90 para
têm feito esforços nesse sentido obtendo
impulso considerado, trazendo dividendos
a entrega da documentação do equipamen-
uma elevada taxa de sucesso de eficácia.
para o próprio município. Tendo como pano
to quando essa entrega não se verificou
de fundo a segurança de todos os utiliza-
em sede de inspeção. Findo o prazo de 90
Porque razão não executar inspeções ur-
dores dos equipamentos, estas medidas,
dias, o equipamento deverá ser selado pela
gentes num prazo até 10 dias e a selagem
a serem implementadas, irão trazer igual-
Autarquia.
de equipamentos até um prazo máximo de
mente proveitos do foro financeiro à autar-
15 dias?
quia por ver maior rendimento de execução
Dever - Gestão de Qualidade
do serviço.
Cada vez mais, o serviço público de qua-
Este pequeno ajustes nos prazos de execu-
lidade deve ser uma bandeira ao nível de
ção vem aumentar a eficácia para um ver-
A troca de partilha de experiências entre
gestão das Autarquias. Ter a população
dadeiro serviço público de qualidade.
Autarquias é deveras importante. Só desta
satisfeita com a qualidade e eficácia de
forma o setor fica mais forte, evitando desi-
execução do serviço ao nível das inspe-
Outro ponto que o gestor desta área deverá
gualdades de tratamento entre municípios
ções tem sido um dos objetivos a que me
ter em conta ao nível da Gestão de Quali-
para situações idênticas.
tenho debruçado nos últimos 2 anos. É
dade é a comunicação constante com todas
incompreensível ver uma disparidade de
as partes envolvidas no processo das ins-
No próximo artigo falarei dos direitos das
ação entre municípios capazes de realizar
peções, as EMIEs e as Administrações de
Autarquias ao nível das inspeções de equi-
atempadamente as inspeções, inspeções
Condomínio.
pamentos de elevação.
44
elevare
PUB
Case study
elevare 45
Ascensores com história
O elevador histórico do Curia Palace Hotel António Vasconcelos Engenheiro Especialista em Transportes e Vias de Comunicação (OE)
Este histórico Hotel foi inaugurado a 25 de
A 30 de maio de 2008 o renascido Curia
julho de 1926 com 400 quartos sendo, na
Palace Hotel reabriu as suas portas, apre-
época, o maior de Portugal e um dos maio-
sentando-se sempre com o mesmo gla-
res da Europa. Situado nas conhecidas
mour dos anos 20, com 100 quartos mo-
Termas da Curia, e após a remodelação
dernizados.
efetuada em 2008, é atualmente o melhor Hotel destas termas, quer pelo seu impo-
Passamos a porta de entrada do Hotel e
nente edifício, quer pela decoração, estilo
entramos no amplo vestíbulo conservado
Arte Nova com modernos quartos e ins-
ao pormenor no grande hall de entrada. Ra-
talações anexas: jardins, piscina exterior,
pidamente avistamos entre os balcões da
campo de ténis e um moderno SPA, com
receção e do bar, a cabina de um elevador
piscina interior.
construído pela empresa alemã Maschinenfabrik Wiesbaden em 1926, certamente um
Em 2002, este Hotel fechou para uma com-
dos mais antigos de Portugal e com carate-
pleta remodelação preservando a sua alma
rísticas únicas.
e identidade, nunca descurando os traços do projeto de 1926 de Norte Júnior, grande
A sua bela cabina é construída em madeira e
arquiteto português, baseando-se numa
vidro biselado com proteções em ferro for-
ideia de Alexandre de Almeida (fundador da
jado e capacidade para 10 pessoas, 750 kg,
e com uma caraterística inusual: um ban-
empresa e do grupo hoteleiro).
tendo funcionado sempre com ascensorista
quinho onde os passageiros tinham a opor-
Figura 2 Contrapeso.
tunidade de descansar enquanto faziam a viagem de elevador. A velocidade é estimada em 0,6 m/s. As duas portas da cabina são também em madeira e as portas de patamar são em ferro forjado. Na porta do piso de entrada e a da mezzanine pode-se ver um elemento decorativo constituído por um pequeno vitral colorido com decoração Arte Nova, com um motivo relacionado como o emble-
«A sua bela cabina é construída em madeira e vidro biselado com proteções em ferro forjado e capacidade para 10 pessoas, 750 kg, tendo funcionado sempre com ascensorista (...)» Figura 1 Cabina.
46
elevare
Ascensores com história
Figura 5 Hall de entrada.
Figura 3 Indicador de posição.
Figura 6 Chapa de características.
ma do Hotel. A arcada do elevador é em fer-
situação muito invulgar. Dispõe de 5 pisos
suspensos sobre o pavimento axadrezado
ro e está suspensa por 2 cabos de aço.
com um curso aproximado de 12 metros,
em mármore róseo e branco.
É de referir que a máquina elétrica de tra-
lógica da localização da cabina efetuada por
ção situa-se na parte inferior do piso térreo,
uma espécie de relógio, onde um ponteiro
razões de segurança desde 2002 e substi-
com acesso por um alçapão. Curiosamente
acionado por um cabo indica a posição da
tuído por um moderno elevador com portas
alguns contactores do comando elétrico
cabina.
automáticas e capacidade para 8 pessoas.
Este Hotel e uma referência nacional dos
O autor agradece ao Dr. Alexandre Almeida,
sendo muito interessante a sinalização anaEste elevador histórico foi desativado por
estão fixados à caixa redutora. Hotéis de Termas dos anos 20, que nos
Presidente do grupo Thema Hotels & Re-
escada em caracol alcatifada, encostada
remetem para um passado de luxo, com
sorts, proprietário deste Hotel, não só as in-
a uma parede semicircular. Desta maneira
vitrais Arte Nova originais, no relógio Paul
formações técnicas recolhidas, assim como a
o contrapeso move-se no exterior dessa
Garnier de Paris com toda a sua elegância,
autorização para o autor fotografar os aspe-
parede, protegido por uma caixa metálica,
na mezzanine, nos candelabros em ferro
tos mais notáveis deste elevador.
A caixa do elevador é rodeada por uma
Figura 4 Edificio.
elevare 47
Figuras
Resumo biográfico de João Pedro Mota e Melo José Pirralha Presidente da CT 63
O autor deste texto trabalhou com o Engº Mota e Melo na CT 63.
final do estágio a temperatura baixou até aos 26° negativos.
Esta nota biográfica é uma singela homenagem, que entendo de toda a
É nesta empresa, que fundada na Suíça em
justiça e é ao mesmo tempo a expressão
1874, viria a instalar-se em Portugal em
do reconhecimento pelo muito que
1948 que o Eng.° Mota e Melo viria a fazer
aprendi com o Engº Mota e Melo.
todo o seu percurso, tornando-se um dos
Bem haja!
técnicos mais reputados no setor, nacional e internacionalmente.
«(...) considera-se um privilegiado porque passou parte significativa da sua vida a ser desafiado, a aprender e a ensinar (...) »
Nascido em Lisboa nos anos 30, numa altura em que em Portugal, e depois da grande
Nos 45 anos que dedicou à Schindler (a sua
depressão de 29, se ensaiavam os primeiros
mulher “acusava-o” de ter casado com a em-
Com o seu saber, contribui decisivamente
passos para a industrialização do país, João
presa), o Eng.° Mota e Melo foi uma testemu-
para a melhoria da segurança e da funcio-
Pedro Mota e Melo é uma figura incontorná-
nha privilegiada relativamente à evolução do
nalidade dos ascensores, influenciando o
vel nos elevadores em Portugal.
estado da arte nos elevadores na segunda
legislador no sentido de se repercutir sobre
metade do século XX.
os elevadores existentes os mais avançados
Após estudos secundários no Liceu Camões,
critérios de segurança para passageiros e
onde pontificava a figura do Professor Ró-
Desde os avanços da mecânica - dos pára-
mulo de Carvalho (Poeta António Gedeão),
quedas aos sistemas de abertura de por-
ingressou no Instituto Superior Técnico onde
tas, passando pelos significativos avanços
Na fase final da sua carreira, ainda na Schin-
viria a licenciar-se em Engenharia Eletrotéc-
na tecnologia de tração - dos sistemas
dler mas a que viria a dar continuidade fora
nica com elevada classificação, em meados
Ward-Leonard
aos
desta empresa dedicou os últimos anos aos
da década de 50.
conversores de frequência e chegando aos
temas da Qualidade, terminando a sua ati-
sofisticados sistemas de controlo a micro-
vidade profissional na SGS ICS como perito
Recorda, entre outros, alguns dos seus mes-
processador, tudo isto o Eng.° Mota e Melo
técnico em auditorias de extensão à Diretiva
tres no Técnico: o ilustre matemático Prof.
acompanhou, estudou e aplicou no terreno.
Ascensores.
Mira Fernandes, e o grande impulsionador da industrialização do país e por muitos considerado o mentor do setor elétrico – Prof. Ferreira Dias. Nada mais terminar o curso entra no mundo dos elevadores de onde já não sairá. Inicia a sua atividade profissional na SCHINDLER com um estágio de 1 ano na Suíça, mais exatamente em Lucerna. Desses tempos, guarda uma memória viva dos trabalhos que realizou, das secções por onde foi passando, com uma precisão de "relógio suíço", mas lembra-se sobretudo do mês de fevereiro de 1956 em que já na fase
48
elevare
(Corrente
Contínua)
técnicos.
PUB
Organizado, metódico e extremamente rigoroso, o biografado teve, desde muito cedo, a perceção da importância da Normalização no setor e viria a ter uma participação decisiva na formação da Comissão Técnica CT 63.
Esta Comissão Técnica, inicialmente designada como CT 63 – Aparelhos de Elevação viria a ter a sua primeira reunião constitutiva a 12 de fevereiro de 1979. Participante desde a 1.a hora, numa altura em que as tarefas de normalização se focavam na criação de Normas Portuguesas (NP), o Eng.° Mota e Melo viria a ser o seu Presidente entre 1996 e 2002. Como perito indicado pelo IPQ - Instituto Português da Qualidade, integrou ainda o CEN/TC10-WG02 Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes e participou em reuniões da EFLA - o Fórum Europeu das Associações de Elevadores, predecessora do que viria a ser a ELA - European Lift Association. Uma carreira tão longa e vivida de forma tão intensa é certamente marcada por muitos episódios, alguns dos quais são recordados com muita emoção, tal o desafio e o esforço de superação a que obrigaram. Alguns casos são recordados ao longo da conversa que previamente tivemos com o Eng.° Mota Melo, estando sempre presente nesses casos o desafio, o extremo cuidado com que se estudavam todas as hipóteses e a avaliação de riscos que sempre estava presente. Arrojo sim, aventura não. De entre os casos de maior relevo, merecem destaque desde logo os ascensores do Hotel Ritz, o ascensor da Sociedade Central de Cervejas em Vialonga, que tinha a particularidade de subir à sala das caldeiras onde o acesso só poderia ser feito por alçapão e a remodelação nos anos 80 dos ascensores do edifício Mobil, em que numa bateria triplex o “velho" WardLeonard foi substituído, não se interrompendo o serviço. Hoje, do alto dos seus mais de oitenta anos, o Eng.° Mota e Melo considera-se um privilegiado porque passou parte significativa da sua vida a ser desafiado, a aprender e a ensinar, guardando de toda a sua carreira uma grata recordação e uma enorme saudade dos tempos de vida ativa. O vírus em definitivo não tem antídoto!
Reportagem
III Jornadas Técnicas – Elevadores: o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal Rosário Machado
Atendendo ao sucesso e aceitação das duas anteriores Jornadas Técnicas – Elevadores realizaram-se no passado dia 30 de janeiro de 2015, no Auditório Magno do ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto, as III Jornadas Técnicas sobre Elevadores, o maior e mais importante fórum de discussão do setor em Portugal. Reunindo a parceria entre o ISEP, a OE – Ordem dos Engenheiros da Região Norte e a revista ELEVARE, em destaque, estiveram temáticas como a mudança dos referenciais normativos, a publicação e a previsão
empresas do setor para que apoiassem o
de uma nova legislação associada à revi-
projeto.
são do Decreto-Lei n.°230/2002 de 28 de dezembro, as perspetivas de evolução do
Revisão do Decreto-Lei n.° 320/2002
mercado, a eficiência energética nos ascen-
O Eng.° Filipe Pinto, enquanto membro da
sores, o papel dos consumidores e dos mu-
DGEG - Direção-Geral de Energia e Geologia,
nicípios face às perspetivas futuras foram
dirigiu o seu discurso para a apresentação
tema de debate durante o encontro.
desta entidade, focando as suas competências. Enquanto serviço central da adminis-
O professor Doutor José António Beleza de
tração direta do Estado, a DGEG tem como
Carvalho iniciou o evento, dando as boas-
missão contribuir para a conceção, pro-
vindas a todos os participantes e agrade-
moção e avaliação das políticas relativas à
cendo a presença e participação dos orado-
energia. Neste contexto, entre outras com-
res. O Eng.° José Manuel Freitas agradeceu
petências, cabe à DGEG concebe a legislação
de igual modo ao importante apoio dado
e regulamentação relativa ao licenciamen-
pelos patrocinadores – ISEP, OE da Região
to das infraestruturas ligadas à produção,
Norte e da revista ELEVARE, que permiti-
transporte, distribuição e utilização de ener-
ram que o evento se realizasse com forte
gia elétrica, bem como da responsabilidade
adesão e sucesso. Por fim, o Eng.° Maurício
técnica e à segurança técnica e de abasteci-
Dias, diretor da revista “ELEVARE”, apresen-
mento, e zelar pela aplicação das respetivas
lamentadas aos preceitos da Lei n.° 9/2009 e
tou o projeto “ELEVARE”, enquanto única re-
disciplinas de exercício das atividades. Sa-
do Decreto-Lei n.° 92/2010. Neste contexto,
vista na área da elevação em Portugal, em
lientou ainda que durante o processo de re-
surge a necessidade de proceder a uma re-
formato digital, estando assim disponível a
visão do Decreto-Lei 320/2002 se verificou
visão da legislação até então vigente, origi-
toda a gente. Por fim, dirigiu um apelo às
a necessidade de adaptar as profissões regu-
nando a Lei n.° 65/2013 de 28 de agosto que
50
elevare
Reportagem implementa o Regime de reconhecimento das entidades e profissionais do setor das instalações de elevação. Papel das associações. Problemas e desafios O Eng.° Iñaki Aranburu, da ELA – European Lift Association debateu o papel das associações e da administração pública na manutenção e segurança dos equipamentos de elevação após a venda, baseando a sua comunicação no desempenho da ELA. Recorrendo à importância assumida pela SNEL – Safety Norm for Existing Lifts, abordou a atualização, extensão e aplicação comparativa da Norma entre países europeus, nomeadamente Espanha e França.
O Eng.° Carlos Schurman, da ANIEER – Asso-
dico legal do setor de elevação em Portugal.
ciação Nacional dos Industriais de Elevado-
Assim, a necessidade de uma conclusão da
A Dra. La Salete Silva, por parte da AIECE
res e Escalas Rolantes debateu os desafios
publicação da legislação em falta, com audi-
– Associação dos Industriais e Entidades
da indústria de elevadores num contexto de
ção efetiva das associações representativas
Conservadoras de Elevadores, apontou os
crise. Após caracterizar o mercado de equi-
das empresas; a existência de alterações
desafios que se colacam hoje às pequenas
pamentos de elevação em Portugal e de o
legislativas inovadoras sobre as àreas contí-
e médias empresas – PME´s - do setor até
enquadrar a nível sócioeconómico, apre-
guas à atividade do setor, a problemática da
2020. A necessidade de uma legislação
sentou os principais desafios/problemas
política de reabiltação urbana em considerar
integrada, de uma adequada governança
do setor da elevação: a necessidade de uma
a importãncia dos elevadores, assim como
– permitindo uma boa regulamentação,
nova legislação, de uma forte tutela e de um
a criação de incentivos financeiros e fiscais
inspeção e julgamento, o papel da Admin-
corpo associativo, um novo método de orga-
para financiamento de obras destacaram-se
tração Pública na criação de incentivos às
nização assim como um plano de ação. Por
no conjunto de reflexões debatidas.
empresas, a audição permanente das asso-
fim, reforçou o importante papel que a SNEL
ciações representativas das PME, a neces-
desempenha na segurança dos utilizadores.
sidade de rigor e pertinência nas bases de
O Dr. Adalberto Costa dirigiu a sua comunicação para o contrato de manutenção de
dados do setor, assim como a cooperação
Direitos e deveres das EMIE,
ascensores. A indicação dos sujeitos e ob-
entre entidades de setores de conhecimen-
dos proprietários e dos municípios
jeto do contrato, o início e duração, os tipos
to diferenciado apresentaram-se como os
O Professor Doutor Nandin de Carvalho ini-
de contrato, a periodicidade das inspeções,
desafios principais na estruturação e de-
ciou este segundo período de debates pro-
a atividade de manutenção de ascensores,
senvolvimento do setor da elevação.
pondo uma reflexão relativa ao quadro jurí-
a problemática da falta de contrato, a na-
«(...) a cooperação entre entidades de setores de conhecimento diferenciado apresentaram-se como os desafios principais na estruturação e desenvolvimento do setor da elevação.»
elevare 51
Reportagem tureza jurídica do contrato de manutenção de ascensor, nomeadamente a prestação de serviços ou empreitada, e as vicissitudes existentes à volta do contrato de manutenção foram os apontamentos feitos pelo Dr. Adalberto Costa em relação ao Regime Jurídico do Decreto-Lei n.° 320/2002, de 28 de dezembro. Pedro Paulino, gestor de Serviços de Inspeção de Elevadores, apontou os Deveres e Direitos das Autarquias para uma boa gestão das inspeções, onde as entidades devem assegurar o cadastro, selando os equipamentos, garantir a segurança dos equipamentos e respetivos utilizadores, realizar inspeções e garantir a gestão da qualidade. No incumprimento ou na aplicação das normas de segurança , as entidades autárquicas têm o direito de aplicar taxas. Normalização, novos desafios. Revisão da Diretiva Ascensores O Eng.° Miguel Franco deu seguimento ao conjunto de debates, focando a sua comunicação na eficiência energética e as normas em vigor. Neste contexto, apontou a precária legislação específica sobre a temática quer a nível nacional quer a nível das diferentes diretivas europeias. Salienta ainda que na legislação nacional apenas a portaria 349-D/2013, de 2 de dezembro impõe um conjunto de regras que os ascensores têm de cumprir em termos de eficiência energética. Finalizando o painel de comunicações da iniciativa, o Eng.° José Pirralha, membro da Comissão Técnica 63 - Elevadores, escadas mecânicas e tapetes rolantes, debateu a revisão da Diretiva Ascensores e as novas normas EN 81-20/50, defendendo a harmonização de conceitos nela presentes, a melhoria de avaliação e monitorização dos Organismos Notificados, o reforço da vigilância do mercado na União Europeia, assim como credibilizar a marcação CE. Um encontro técnico com as empresas do setor (nacionais ou estrangeiras), projetistas, tutela, municípios, entidades fiscalizadoras, construtores e proprietários, tendo como palavras-chave a discussão e a troca de conhecimentos entre os diferentes participantes no setor de elevação, as III Jornadas Técnicas – Elevadores relançaram o seu sucesso e importância no setor da elevação.
52
elevare
Ca endár o de eventos fe ras DES GNAÇÃO
TEMÁT CA
LOCAL
5th Symposium on Lift
Fe a de Espec a s as da Á ea
No hamp on
& Escalator Technologies
de T anspo e Ve
Re no Un do
NAEC S 66th Annual Convention & 20 5 Exposition
ca
ExpoElevador
EE Expo 20 6
C BSE L
se emb o
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sympos um o g
20 5
www
sympos um o g
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Na ona Assoc a on
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se emb o a o E eva o Con ac o s
os P ofiss ona s da E evação
EUA
0 ou ub o
n o@naec o g
20 5
www naecconven on com
de Cons ução e Tecno og as de E evado es
Liftech Expo
CONTACTO
23 a 24
Fe a n e nac ona pa a
Fe a n e nac ona nterlift
DATA
Ausbu g A emanha
Fe a de Comé c o Reg ona de
Ca o
E evado es e Escadas Ro an es
Eg o
Expos ção de Tecno og as
São Pau o
sob e T anspo e Ve
B as
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Expos ção de Equ pamen os
Mumba
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nd a
3a 6
AFAG Messen und Auss e ungen GmbH
ou ub o
n o@a ag de
20 5
www a ag de
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LTF Lead T ade Fa s
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eg com
20 6
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Ca doso A me da Even os
u ho
n o@expoe evado com
20 6
www expoe evado com
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V go Commun ca ons And Exh b ons
ma ço
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20 6
www eeexpo com
Formação e even os DES GNAÇÃO
TEMÁT CA
LOCAL
Soldadura
Fo mação na Á ea
Po o
Multiprocessos
da So dadu a
Po uga
Fo mação na Á ea
G ó
da So dadu a
Po uga
Aperfeiçoamento
Fo mação na Á ea
G ó
em Soldadura
da So dadu a
Po uga
Manobrar com Segurança
Fo mação na Á ea
Plataformas Elevatórias
na Segu ança de P a a o mas
niciação à Soldadura
DATA
CONTACTO
6 se a 06 CENF M novemb o
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20 5
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22
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Pa me a
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ATEC – Academ a de Fo mação
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ATEC – Academ a de Fo mação 09 a 2 Pa me a ......................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... Fo mação Avançada na Á ea da ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... novemb o n opo o@a ec p Pneumática Avançada e Po o ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... Pneumá ca ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ......................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................................... www a ec p 20 5 Po uga 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Bibliografia
Válvulas: Industriais, Segurança e Controle - Tipo, Seleção, Dimensionamento - 2.a edição Conteúdo: Após o sucesso da primeira edição de Válvulas: Industriais, Segurança e Controle, a Artliber Editora lançou a 2.a versão revista e ampliada deste livro, de autoria de Artur Cardozo Mathia. Com 552 páginas (88 páginas a mais do que na primeira edição), ele é dividido em três partes. Na primeira, há uma 59,00 € −20% 47,92 € Autor: Artur Cardozo Mathias ISBN: 8588098415 Editora: ARTLIBER Número de Páginas: 552 Edição: 2014 (Obra em Português – do Brasil) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
introdução ao tema, com explicações dos termos utilizados, além de detalhes que se aplicam a todos os tipos de válvulas. Nela também são abordados os principais tipos de válvulas industriais disponíveis no mercado (gaveta, globo, retenção, esfera, borboleta e tipo macho). As válvulas de segurança ganharam um capítulo à parte, no qual são explorados os tipos utilizados em caldeiras; as válvulas de segurança e/ou alívio para processos (válvulas de pressão e tubulações) e as de segurança e alívio piloto-operadas. A terceira parte do livro foi reservada exclusivamente para as válvulas de controle. Neste caso são apresentados os diferentes tipos de internos, as caraterísticas de vazão mais aplicadas, os atuadores disponíveis, além das equações utilizadas para os cálculos de seleção. Com isso, o autor fornece subsídios suficientes para que o leitor identifique a válvula ideal para a necessidade das instalações industriais como um todo, evitando paragens imprevistas da produção, o que se reverte em despesas extras. Aqui, vale mencionar que as válvulas representam, em média, 15% das despesas com instalações industriais, montante este que só tende a aumentar quando a especificação do produto é incorreta. Portanto, evite prejuízos, compre hoje mesmo e garanta o seu exemplar de Válvulas: Industriais, Segurança e Controle. Índice: Introdução às Válvulas. Válvulas gaveta. Válvulas globo. Válvulas de retenção. Válvulas de guilhotina. Válvulas diafragma. Válvulas esfera. Válvulas borboleta. Válvulas macho. Atuadores elétricos. Válvulas de segurança. Válvulas de segurança e alívio. Válvulas de alívio. Mola. Bocal e disco. Válvulas de segurança e alívio piloto-operadas. Fenómenos operacionais. Instalação e inspeção. Dimensionamento de válvulas de segurança. Válvulas de controle. Características de vazão. Atuadores. Dimensionamento de válvulas de controle. Ruído. Instalação e seleção. Cavitação e flashing em válvulas.
ANÁLISE DE CIRCUITOS E DISPOSITIVOS ELETRÓNICOS - 2ª EDIÇÃO Conteúdo: Esta obra apresenta os principais conteúdos básicos da área de Eletrónica, recorrendo a uma linguagem simples e clara, sem descurar, simultaneamente, o rigor técnico e científico que uma obra deste tipo exige. No final de cada capítulo, apresenta-se ainda um conjunto de exercícios resolvidos que permitem ao leitor aplicar os conhecimentos apreendidos. O livro subdivide-se em quatro capítulos interdependentes. No primeiro capítulo abordam-se alguns 22,20 € Autor: Acácio Manuel Raposo Amaral ISBN: 9789897230868 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 315 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
conceitos básicos de eletricidade, como a definição das principais grandezas elétricas e suas unidades de medida, apresentam-se os elementos básicos ideais mas também se introduzem alguns conceitos importantes relacionados com a análise de circuitos elétricos. No segundo capítulo introduzem-se algumas técnicas de análise e teoremas de simplificação de circuitos elétricos. O terceiro capítulo introduz um dos componentes fundamentais de Eletrónica, o díodo. Para melhor compreender o seu princípio de funcionamento apresentam-se alguns conceitos importantes. Após uma breve introdução teórica analisam-se alguns dos circuitos onde habitualmente este elemento é mais utilizado, aplicando-se várias metodologias de análise aos referidos circuitos. O quarto capítulo, à semelhança do antecessor, procura introduzir um novo componente fundamental em Eletrónica, o transístor. Nas primeiras secções introduzem-se alguns conceitos teóricos que permitem compreender o princípio de funcionamento do transístor para, de seguida, se iniciar o estudo de diferentes circuitos com transístores, empregando-se sempre várias metodologias de análise. Índice: Introdução. Análise de Circuitos em Corrente Contínua. Díodos. Transístores Bipolares de Junção (BJT)
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Bibliografia
Introdução à Engenharia Mecânica - Sua Relevância na Sociedade e na Vida Contemporânea Conteúdo: O principal objetivo de elaborar este livro digital foi o de suscitar a curiosidade pela Engenharia Mecânica e disponibilizar informação básica sobre as suas múltiplas áreas de intervenção, potencialidades e desafios. A inclusão de três capítulos não técnicos, (‘Revoluções Tecnológicas e Sociais’, 39,00 € −10% 35,10 € Autor: António Barbedo de Magalhães, Abel Dias dos Santos, João Falcão Cunha ISBN: 9789897231049 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 630 Edição: 2015 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
‘Desafios do Século XXI e Papel do Engenheiro Mecânico no Futuro’, ‘A Evolução dos Modelos Educativos e a Formação de Engenheiros-Cidadãos para o Mundo’) visa enquadrar a evolução científica e tecnológica no quadro da evolução da humanidade e destacar as relações entre engenharia, cultura, sociedade e educação numa visão mais ampla de interação entre estas realidades e os vetores de desenvolvimento. Responder às necessidades humanas, sociais e ambientais, de forma sustentável e equilibrada, é o desiderato último deste livro. Índice: Introdução. Revoluções Tecnológicas e Sociais. Mecanismos e Órgãos de Máquinas. Energia. Materiais e Estruturas. Experimentação em Engenharia, Medições e Ensaios. Processos de Fabrico. Sistemas Automáticos. Biomecânica. Química Física da Vida: Fotossíntese, Energia, Mecanobiologia, Microfluídica e Membranas. Gestão Industrial. A Matemática e a Engenharia Mecânica. Simulação em Mecânica Estrutural e Processos. Projeto e Desenvolvimento de Produto. Desafios do Século XXI e Papel dos Engenheiros Mecânicos no Futuro. A Evolução dos Modelos Educativos e a Formação de Engenheiros-Cidadãos para o Mundo.
Automação Pneumática - 3.a edição Conteúdo: Este livro é o resultado de um trabalho desenvolvido pelos autores ao longo de vários anos de ensino na área de Automação e, talvez por isso, o seu carácter fundamentalmente didáctico. Destinase, pois, particularmente a alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Electrotecnia, a profissionais na 23,95 € −10% 21,56 €
Autor: Adriano Manuel de Almeida Santos, António José de Sousa Ferreira da Silva ISBN: 9789897230721 Editora: PUBLINDÚSTRIA Número de Páginas: 340 Edição: 2014 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
área da Automação Pneumática, bem como a todos aqueles que, de algum modo, estão ligados à área da pneumática. Neste livro são focadas as principais técnicas de comando de sistemas pneumáticos, recorrendo sempre que possível a software de simulação, de forma a tornar mais simples e atractiva a sua completa compreensão. São ainda abordados temas relacionados com a produção, tratamento e distribuição do ar comprimido. O dimensionamento de redes de ar comprimido, de cilindros e geração de vácuo não foram descorados nesta nova edição. Como incentivo ao fortalecimento da componente prática na área da pneumática, os autores disponibilizam uma série de exercícios resolvidos em: www. publindustria.pt/autop/problemas_ap_3aed.pdf Índice: A Pneumática – Nota histórica. Produção e tratamento de ar comprimido. Distribuição do ar comprimido, dimensionamento de redes. Atuadores pneumáticos. Dimensionamento de atuadores pneumáticos. Válvulas. Ttécnicas de comando pneumático. Técnicas de comando elétrico. Anexo A – Estimativa de consumo de ar para os cilindros pneumáticos. Anexo B – Comprimentos equivalentes em metros. Anexo C - Diâmetros comerciais de tubos (DIN 2440). Anexo D - Diagramas de encurvadura, Critério de Euler. Anexo E - Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC. Anexo F - Tabelas comerciais, cilindros normalizados FESTO. Anexo G - Força de reação das molas cilindros simples efeito, SMC. Anexo H - Seleção do diâmetro, amortecimento, SMC. Anexo I - Tabela de Ventosas Planas PFYN (Schmalz). Anexo J - Tabela de Geradores de Vácuo (Schmalz). Anexo L - Diagrama Pressão - Força, FESTO. Anexo M - Diagrama de encurvadura, FESTO. Anexo N - Densidades dos materiais. Anexo O - Fator de Simultaneidade. Anexo P - Simbologia pneumática. Bibliografia. Índice Remissivo.
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Consultório técnico
Consultório Técnico Eng.o Eduardo Restivo Diretor Técnico da Entidade Inspetora do GATECI – Gabinete Técnico de Certificação e Inspeção, Lda.
Em sede de inspeção periódica foi
que se trata da validação de um modelo
agora em diante designados por instala-
identificada uma Não Conformidade
e não daquilo que pode ser interpretado
ções, após a sua entrada em serviço, bem
de tipo C2 (por exemplo, inexistência
como uma deficiência.
como as condições de acesso à atividade de manutenção e de inspeção.
de comunicação bidirecional a partir da cobertura da cabina e do poço).
Um aparelho de elevação, designado
Trata-se de um elevador modelo possuidor
correntemente por monta-cargas,
A questão tem sido formulada amiúde pelo
de certificado CE de Tipo que já foi alvo
plataforma, monta-autos ou monta-pratos
facto do n.° 2 deste mesmo artigo fazer re-
de uma análise de risco e respetiva validação
de 100 kg, com velocidade de deslocação
ferência ao Decreto-Lei n.° 295/98 de 22
por parte de um Organismo Notificado que é
de 0,15 m/s, cabinado ou não é sujeito
de Setembro ao excluir do âmbito da apli-
simultaneamente responsável pela aplicação
a inspeção periódica pelo Decreto-lei
cação Decreto-Lei n.° 320/2002, as insta-
da Diretiva 95/16/CE. Como resolver esta
n.° 320/2002?
lações identificadas no n.° 2 do artigo 2.° do
Não Conformidade?
Sim. Pelo Decreto –Lei n.° 320/2002 ape-
Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Setembro.
Reportando-nos ao exemplo apontado, está
nas se excluem do âmbito da aplicação do
em causa o cumprimento do disposto nos
mesmo diploma as instalações identifica-
Ora, tendo este n.° 2 do artigo 2.° do Decre-
pontos 5.10 e 14.2.3.3 da Norma EN 81-1
das no n.° 2 do artigo 2.° do Decreto –Lei n.°
to-Lei n.° 295/98 de 22 de Setembro sido
(2000) que constitui o Regulamento de Se-
295/98 de 22 de Setembro, bem como os
alterado pelo Decreto - Lei 176/2008 de
gurança de Ascensores Elétricos, desde a
monta-cargas de carga nominal inferior a
26 de Agosto, fazendo incluir as escadas
entrada em vigor da Portaria n.° 376/91 de
100 kg. Ora este monta-cargas tem a car-
mecânicas e tapetes rolantes na enume-
2 de Maio.
ga exata de 100 kg, pelo que se encontra
ração das instalações excluídas do âmbito
no âmbito do Decreto-Lei n.° 320/2002 de
do Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Setem-
28 de Dezembro.
bro, alguns interpretaram que as mesmas
Se existe perigo de encarceramento de pes-
seriam igualmente excluídas do âmbito do
soas trabalhando no interior da caixa, sem estar prevista saída através da cabina ou
Muito embora tenha havido, pelo Decreto
Decreto-Lei n.° 320/2002. Somos de opi-
pela caixa, deve instalar-se um sistema de
- Lei 176/2008 de 26 de Agosto, uma al-
nião que isso não faria sentido pelas se-
alarme nos locais onde esse risco existe.
teração posterior do n.° 2 do artigo 2.° do
guintes razões:
Decreto – Lei n.° 295/98 de 22 de Setem-
1. Terem, o Decreto-Lei n.° 320/2002 e o
O inspetor verifica se se consegue estabele-
bro, em que foram incluídos os aparelhos
Decreto-Lei n.º 295/98 de 22 de Setem-
cer a referida comunicação bidirecional, se
de elevação cuja velocidade de deslocação
não, regista a cláusula. Aparentemente não
seja igual ou inferior a 0,15 m/s, considera-
2. A referência do Decreto-Lei n.° 320/2002
foram cumpridos os pontos já mencionados.
se a carga, única característica constan-
ao Decreto-Lei n.° 295/98 de 22 de Se-
te no Decreto-Lei nº 320/2002 de 28 de
tembro para nele incluir as exclusões
Torna-se necessário evidenciar, junto do
Dezembro, a característica da instalação
deste nas suas exclusões, não deve ter
inspetor por via documental, qual a forma
prevalecente e a ter em conta. Na res-
outras implicações do que as de excluir
como foi concebido e aprovado o cumpri-
posta à pergunta 3 apresentam-se mais
das inspeções periódicas os ascensores
mento dos pontos em causa pelo Organis-
justificações.
bro, objetivos e âmbitos distintos;
fora do âmbito da Diretiva 95/16/CE. 3. O facto de não ter havido nenhuma al-
mo Notificado. As escadas mecânicas e tapetes rolantes
teração nem revogação de partes do
O ascensor modelo pode ter sido aprovado
não estão sujeitas a inspeções periódicas
Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28 de De-
sem necessidade de ter a comunicação bidi-
pelo Decreto-Lei n.° 320/2002 de 28
zembro e o Decreto - Lei 176/2008 de
recional na cobertura da cabina e no poço,
de Dezembro?
26 de Agosto ser posterior a este.
devendo o inspetor ter conhecimento da al-
Sim. O ponto n.° 1 do artigo 1.° do Decreto-
ternativa que foi encontrada para o cumpri-
Lei n.° 320/2002 de 28 de Dezembro, diz
Estas razões justificam igualmente o facto
mento dos pontos em causa.
expressamente, que o diploma estabelece
de na resposta anterior se ter considerado o
as disposições aplicáveis à manutenção e
monta-cargas dentro do âmbito das inspe-
Só mediante a apresentação dessa docu-
inspeção de ascensores, monta-cargas,
ções periódicas, mesmo sendo de velocida-
mentação é que o inspetor pode assumir
escadas mecânicas e tapetes rolantes, de
de de deslocação de 0,15 m/s.
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elevare
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