Ano 7/Edição 52 - Brasília R$ 5,00
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ISSN 1807 - 5738
HIPNOSE Para melhorar a qualidade de vida e potencializar a força existente dentro de cada ser humano
2ª quinzena Maio - 2009
Tadeu Filippelli Ponto de vista Geraldo Magela Entrevista
LEGENDA
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SUMÁRIO
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Editorial 10 Cartas 12 Entrevista 13 Panorama Político 16 Política Brasília 18 Política Brasília II 20 Política Brasília III 21 Economia 22 Capa 24 Cidadania 28 Gente 30 Mercado Imobiliário 32 Meio Ambiente 34 Educação 38 Planos & Negócios 40 Automóvel 42 Cultura 44 Vida Moderna 46 Esporte 48 Personagem 52 Saúde 54 Comportamento 56 Moda 58 Cotidiano 62 Gastronomia 64 Mundo Animal 66 Artes Plásticas 70 Propaganda & Marketing 72 Tá Lendo O Quê? 74 Frases 76 Diz Aí Mané 78 Justiça 79 Ponto de Vista 80 Charge 82
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24 Capa - Hipnose
Esporte - Pa-kua 40
44 Cultura - Canta e dança
EDITORIAL / EXPEDIENTE
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CARTA AO LEITOR Editora
DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex Dias
DIRETORA DE REDAÇÃO Luciana Vasconcelos Reis GERENTE FINANCEIRO Elton Boulanger PROJETO GRÁFICO Rodrigo Dias Alexandro Sousa COLABORADORES Cerino, Mauro Castro, Romário Schettino, Tarcísio Holanda, Letícia Oliveira, Ana Helena Melo, Sabrina Brito, Rafaella Ailgup, Amilton Coelho, Roberto Policarpo, Fábio André Ribeiro FOTOGRAFIA Moreno Jorge Campos DISTRIBUIÇÃO EM BANCAS Distribuidora Jardim DISTRIBUIÇÃO POR MAILING Vip Logística IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica TIRAGEM 60.000 exemplares CAPA Foto: Moreno Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. Matérias não solicitadas, fotografias e artes não são devolvidas.
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Plano Brasília desse mês entra na onda de uma letra da banda Jota Quest para implorar aos nossos políticos mais seriedade com a coisa pública: “Na moral, na moral... Só na Moral!” Daí trazemos uma entrevista com o deputado federal Geraldo Magela que, entre outras coisas, comprovou não estar envolvido com a farra das passagens aéreas e fala do trabalho que pretende fazer frente a relatoria geral da Comissão de Orçamento para 2010. Ainda no campo da política, falamos das apostas para a eleição no governo do Distrito Federal e sobre a briga no PMDB entre Roriz e Tadeu Filippelli. O principal tema discutido nessa edição é a hipnose. Ela tem sido usada cada vez mais para melhorar a qualidade de vida e potencializar a força e solução existente dentro de cada ser humano. Usada também para tratar ansiedade, reconstruir a autoestima, curar depressão, mudar hábitos, emagrecer... São várias as áreas, surpreenda-se! Trazemos novidades. A partir de maio, se você está indeciso sobre aquele evento, show, espetáculo... Não se preocupe mais! Para até 15 minutos antes, o Bilheteria Digital resolve o seu problema e manda o ingresso para o seu celular. Outras opções de diversão são o Calaf, o Gate’s e o Schloβ, confira na seção Cultura. No mundo das artes plásticas, André Cerino nos lembra que tudo o que existe hoje são reflexos da ousadia inicial de alguém. Em Automóvel, vibramos com o ícone de estilo que foi um marco do progresso no design dos utilitários, o Mercedes-Bens Classe GLX e, em mercado imobiliário, mostramos que a Mgarzon Eugenio aposta no crescimento do setor em 2009 e que o Distrito Federal está em uma situação privilegiada. Outro setor que está em franco crescimento é o da Gastronomia. Apresentamos alguns restaurantes e em Educação falamos dos cursos mais procurados para preparar nossos futuros chèfs e empreendedores. Hoje em dia não é mais vergonha dizer: Mamãe, eu quero ser cozinheiro quando crescer. Não nos esquecemos de falar daqueles que realizam projetos de inclusão social e de estímulo para a produção de capital em comunidades carentes de todo o país, como a Fundação Banco do Brasil. E se você quer mudar de vida, ser hoje melhor do que ontem, experimente o Pa-Kua, as oito mudanças em prol do bem-estar físico e mental. E não se esqueça também que estar na moda pode significar algo ecologicamente correto com a transformação do lixo em luxo. Abordamos também os altos índices de separação na terceira idade, sob a ótica da maior intolerância entre os casais da “melhor idade” e nos preocupamos com as inúmeras ocorrências de violência contra a mulher... Será a Lei Maria da Penha ineficaz? Leia.
REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial; Sugestões e críticas às matérias; @ e-mail: redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora. www.planobrasilia.com.br Plano Brasília Editora Ltda. SCLN 116 Bl H sala 218 • CEP: 70773-580 Brasília-DF Fones: (61) 3202.1257 / 3202.1357 revista@planobrasilia.com.br
CARTAS
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Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para:
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Cep: 70773-580 - Brasília/DF Fones: (61) 3202-1357 / 3202-1257 revista@planobrasilia.com.br As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação. Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.
Enfim, uma revista produzida em Brasília, com atitude crítica e ligada à realidade de quem aqui vive e trabalha. Estamos fartos de instrumentos semanais que só sabem “babar ovo” e “rasgar seda” aos que, imersos no mau gosto e na falta de ética, desfiguram a cidade e o país. Parabéns pela matéria sobre Reynaldo Jardim. Ele, com certeza, não roubou nem mentiu em nome da coisa pública. Viva! Nilceia D’Orazio Meu nome é Gustavo Araújo e gostaria de colocar alguns pontos sobre a revista de vocês. Espero poder ajudar. De começo quero elogiar a qualidade das matérias apresentadas. Dou parabéns. Assuntos interessantes e diversificados. Mas creio que o grande pecado da revista seja na diagramação. Gostei muito das matérias e gostaria de vê-las merecendo uma diagramação no mesmo nível. Gustavo Araújo - Gerente de Projetos Senhor Editor, gostaria de uma explicação para a crase em “Falta de educação traz prejuízo “à” Brasília, ...” Na verdade, não sei se vocês vão ter, o que é imperdoável, visto tratar-se de material de circulação pública. Pior mesmo que a crase, é a acentuação aguda sobre “tu”, na matéria em que estampa o rosto de Paulo Octávio. Aí, a questão é bem mais grave, por se tratar de palavra oxítona terminada em “u”, detalhe ensinado lá no ensino intermediário. Na condição de produtor de material para circulação pública, por favor, tenha mais cuidado, pois o nosso idioma já anda muito espezinhado pela essa coqueluche burra do uso do gerúndio. Por favor, cuide aí. Leitor atento. Carlos R. Carvalho Senhor Carlos, obrigada pela tentativa de nos auxiliar, porém, a crase referida é facultativa, pois “Patrimônio Cultural da Humanidade” está qualificando a palavra “Brasília”. Com relação ao caso do “Tu”, não foi encontrado registro de acento no pronome pessoal da norma culta da língua portuguesa. Atenciosamente, Revista Plano Brasília.
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ENTREVISTA
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Magela
Por um congresso mais transparente
Da Redação Fotos Arquivo
O deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) é um dos mais experientes políticos da Capital do país e, inclusive, já ocupou interinamente o Governo do Distrito Federal. Considerando a especulação sobre uma possível candidatura para as eleições de 2010, a Plano Brasília foi checar o trabalho que Magela vem realizando na atualidade e por isso escolheu o deputado para a entrevista do mês. Confira!
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Plano Brasília: Deputado, o senhor é conhecido por defender os assalariados, os interesses específicos do Distrito Federal e a área de habitação. Atualmente, quais são as principais ações do senhor nesse sentido? Geraldo Magela: Uma das minhas lutas na Câmara será pela aprovação da Medida Provisória que cria o plano habitacional “Minha Casa, Minha Vida” que pretende possibilitar a construção de mais de um milhão de moradias. Inclusive, já apresentei emendas ao projeto. Uma, que pede a inclusão no programa de todos os municípios brasileiros, já foi atendida. Também tenho trabalhado para trazer mais dinheiro para nossa cidade. Além disso, destaco e a honra de ter sido o relator da Lei que aumentou o salário dos servidores públicos federais. PB: Em março o senhor foi indicado relator-geral do Orçamento do Governo Federal para 2010. Qual a importância dessa empreitada e quais são as suas expectativas? Magela: Este é um grande desafio, pois estamos em período de crise, com contenção de gastos. Além disso, com as eleições do próximo ano, haverá uma pressão natural por mais gastos. Mesmo diante deste quadro, pretendo fazer um trabalho com os pés no chão. Não vou aceitar invenções com o orçamento, pois quanto mais real for a projeção de arrecadação, mais transparentes serão os gastos.. PB: O senhor já tem idéia de quais
serão as prioridades? Magela: Dentre as prioridades, está a inclusão da sociedade na elaboração dos investimentos a serem feitos. Quero dar total transparência às ações realizadas, divulgando-as na internet de forma clara e explicativa, possibilitando que qualquer pessoa entenda onde as verbas serão investidas. PB: O senhor apresentou um projeto prevendo um prazo máximo de oito meses para a Justiça Eleitoral decidir quem deve ser cassado ou não. Qual foi a motivação deste projeto? Magela: No início de abril, apresentei um Projeto de Lei que pretende alterar o Código Eleitoral para possibilitar uma atuação mais rigorosa contra crimes que maculam a democracia e o direito ao voto livre. A falta de um prazo máximo para julgamento definitivo da Justiça Eleitoral, em casos de perda de mandato, gera escolhas cínicas. Uma dessas escolhas é achar que mais vale cometer um crime eleitoral e governar por alguns anos do que perder a eleição. Por isso, defendo que o político que cometer crime eleitoral, e for eleito, não poderá permanecer no cargo por mais de oito meses, pois esse será o prazo máximo para o julgamento dos processos que versem sobre perda de mandato. Acredito que o gozo do poder por período tão curto não será tão atraente aos que cometem crimes eleitorais. PB: O FGTS é uma conquista consolidada do trabalhador brasileiro. Recentemente o senhor apresentou um
projeto autorizando o uso deste Fundo para compra de lotes residenciais de até duzentos metros quadrados. Este projeto foi alterado, ampliando a utilização para pagamento do FIES e para pagamento de prestações atrasadas do financiamento habitacional. Não há preocupação sobre o alargamento do direito de retirada do FGTS promover a má utilização do benefício? Magela: Certamente devemos ter cuidado e não utilizar o Fundo de Garantia para qualquer coisa. Mas, neste caso é justo. Quando fui Secretário de Habitação, percebi que os mais pobres, quando têm um lote, constroem sua casa aos poucos. Começam com um cômodo, depois constroem o segundo, aí vem o terceiro e daqui a pouco a casa tem mais de cinqüenta metros... Eu quero que o Fundo de Garantia atenda aos mais pobres, também... As emendas que foram apresentadas ao meu projeto o aperfeiçoam, pois, como posso explicar que um trabalhador tenha dívidas habitacionais com a Caixa Econômica e não possa usar o seu Fundo de Garantia, que está depositado na mesma Caixa Econômica, para pagar suas prestações? Isto não é compreensível... PB: O apoio que o senhor tem dado para a cultura, em todo o Distrito Federal, tem sido foco de atenção da mídia. O senhor acredita que, desse modo, a cultura local poderá garantir mais espaço no cenário nacional? Magela: Brasília ainda é uma cidade carente na área cultural. Tenho trabalhado para levar mais conheci-
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Quero dar total transparência às ações realizadas, divulgandoas na internet de forma clara e explicativa, possibilitando que qualquer pessoa entenda onde as verbas serão investidas
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mento para os jovens e incentivá-los a saber mais sobre o nosso país e sobre as oportunidades oferecidas a eles. Sou fundador e Vice-Presidente da Frente Parlamentar em defesa da cultura. Precisamos incentivar a produção artística local e buscar fazer a integração com a produção nacional. Temos qualidade para competir com os grandes centros culturais, como Rio de Janeiro e São Paulo. O que nossos artistas e produtores precisam é de apoio. Isto, eu faço com orgulho. PB: A pressão da opinião pública pela moralidade no Congresso Nacional é enorme. Sabemos que a postura de alguns parlamentares que dizem “estar
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tudo e todos. Quando um parlamentar fala uma besteira, passa-se a idéia que todos são irresponsáveis. Não há uma preocupação de separar o joio do trigo. São muitos os parlamentares compromissados com a democracia e com a população. As denúncias e veiculações divulgadas pela mídia precisam ser analisadas pelo leitor de forma mais crítica, para evitar a generalização e as injustiças. PB: A crise econômica mundial preocupa o deputado Geraldo Magela? A economia do Distrito Federal foi abalada e ainda corre riscos? Magela: A crise traz muitas preocupações, porque atinge todos os países.
Magela: Brasília nunca recebeu tantos recursos do Governo Federal como agora. Porém, esse capital tem sido investido apenas em obras. Elas são importantes, mas um governo não é feito só de obras. No DF, áreas como a saúde, educação, transporte e segurança pública estão em situações precárias. Acredito que o trânsito pode ser melhorado com maior organização e investimento no transporte público. A saúde precisa de uma administração competente, que realmente acredite no serviço público e não contrate empresas terceirizadas, como ocorreu no caso do Hospital de Santa Maria. A segurança pública precisa ser valorizada, com mais policiais nas ruas.
A saúde precisa de uma administração competente, que realmente acredite no serviço público e não contrate empresas terceirizadas, como ocorreu no caso do Hospital de Santa Maria
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se lixando” para o que pensam os cidadãos, não tem seu apoio. Recentemente o senhor falou sobre a responsabilidade da opinião pública com a apuração das informações veiculadas. Fale um pouco sobre essa questão? Magela: No Congresso, sou um representante da população. Preciso honrar o voto daqueles que aqui me colocaram. Por isso, a opinião pública é importante e essencial para um mandato que vise melhorias para a população, que tenha como objetivo trazer ganhos reais para aqueles que esperam de nós uma postura ética, digna e responsável. Todos nós devemos estar muito atentos ao que pensa a sociedade brasileira e somos obrigados a dar satisfação de tudo que fazemos na vida pública. Mas, infelizmente a imprensa mistura
Porém, no Brasil, ela veio com menor intensidade, graças às ações desenvolvidas pelo presidente Lula e sua equipe econômica. Ele agiu rapidamente, diminuiu impostos e fez a economia reagir. Já, no Distrito Federal, apesar de uma pequena queda na receita, a cidade está reagindo bem, uma vez que a renda per capita de Brasília é uma das mais altas do país e que o giro da economia tem grande influência no funcionalismo público. Este setor teve aumentos de salários, graças à política realizada pelo presidente Lula. PB: Quais são as maiores carências da população de Brasília, tanto no plano social, quanto no plano político? Como realizar o atendimento a essas carências?
PB: Por fim, o senhor vem dizendo que ainda não é o momento de se manifestar sobre as eleições de 2010, mas não há como especular sobre as notícias publicadas pela imprensa local, dando conta de uma possível parceria do senhor com o atual governador, José Roberto Arruda. Existe essa possibilidade: PT e DEM juntos? Magela: Sou pré-candidato ao governo do DF e pretendo concorrer ao cargo no próximo ano. Porém, tenho um objetivo maior que é eleger Dilma Roussef, Presidenta da República. O PT tem um plano maior que é a candidatura presidencial e é a partir dela que decidiremos os projetos estaduais. O governador Arruda é do DEM. No plano nacional, esse partido não é aliado do PT e não deverá ser em Brasília. ■
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PANORAMA POLÍTICO
■ Tarcísio Holanda
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A sucessão nos estados-chave
s sucessões governamentais em alguns Estados pode assumir importância singular no curso e no desfecho da disputa sucessória presidencial de 2010. Nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná, por exemplo, governo e oposição traçam planos para definir seus candidatos. Em São Paulo, acredita-se que o governador José Serra, o virtual candidato do PSDB a presidente da República, vai influir na escolha do candidato a governador, ele que tanto se empenhou em reeleger o prefeito Gilberto Kassab, afastando o correligionário e ex-governador Geraldo Alckmin, para garantir a aliança do DEM com o PSDB em torno de seu nome. Em Minas Gerais, há um quebracabeça tanto para o governo quanto para a oposição. Lá, o PMDB tem no senador e ministro das Comunicações Hélio Costa o candidato mais forte, porém o governador Aécio Neves ainda não abriu inteiramente seu jogo. Não se sabe se ele manterá a candidatura a governador de seu vice, Antonio Anastásia. No PT, os candidatos são o ex-prefeito Fernando Pimentel, com melhor posição na pesquisa, e o ministro da Ação Social, Patrus Ananias. O PMDB quer que Lula e o PT retirem seus candidatos e apóiem a candidatura de Hélio Costa. EM SÃO PAULO E NO RGS Em São Paulo, as pesquisas mostram o ex-governador Geraldo Alckmin com 60% das preferências. O PSB levanta a hipótese de lançar a 16
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candidatura de Ciro Gomes, que tem 16%, o mesmo que Marta Suplicy, do PT. Mas, entre os amigos do peito e aliados de José Serra, cogita da candidatura ao governo o secretário estadual e ex-deputado federal Aloysio Nunes Ferreira. Ou Serra vai intervir em favor do amigo e aliado ou vai preferir manter-se neutro em face da disputa para não dividir a seção paulista e ter condições de atrair o apoio de todos para a sua candidatura presidencial. No Rio Grande do Sul, o PMDB terá como candidato a governador o ex-governador Germano Rigotto ou o atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, agora que parecem remotas as chances da governadora Yeda Crusius, envolvida em um grande escândalo de corrupção, que estigmatizou seu governo. A pesquisa que acaba de ser divulgada dá 34% ao ministro da Justiça, Tarso Genro, do PT, enquanto Fogaça tem 28%. Em outro cenário, quando Germano Rigotto é o candidato do PMDB, o ministro Tarso Genro amplia sua vantagem, obtendo 40% contra 19% do peemedebista. BAHIA E PARANÁ A Bahia é outro espinho na garganta de Lula. O governador Jacques Wagner é candidato à reeleição, mas o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, do PMDB, continua inabalável na intenção de disputar o governo mesmo contra o PT. A alternativa do ministro e deputado Geddel Vieira Lima seria estabelecer uma aliança com o PSDB baiano, controlado pelo deputado
Jutay Júnior, que é, notoriamente, unha e carne com José Serra. Ainda não se imagina qual a carta que o presidente Lula tem debaixo da manga da camisa para resolver esse “imbróglio”. No Paraná, o governador Roberto Requião quer garantir a sua eleição para uma das duas vagas de senador, admitindo até mesmo uma aliança com os velhos adversários do PSDB, o prefeito atual de Curitiba, Beto Richa, e o ex-governador e senador Álvaro Dias, os dois aspirantes tucanos a candidato a governador. Nesse caso, Requião levaria o PMDB para a candidatura de José Serra, abandonando Dilma Rousseff, a candidata de Lula? É verdade que ainda há tempo para que o presidente Lula use suas cartas e faça o seu jogo. Mas os prazos não são longos. Lula terá que agir rápido. No caso da Bahia, parece dispensável dizer que o ministro Geddel Vieira Lima é também deputado federal e figura influente no PMDB, sendo ligadíssimo a um grupo que controla o partido há anos. O governador da Bahia, Jacques Wagner dificilmente desistiria de seu projeto de reeleição. Geddel ainda não definiu o seu destino, mas é sabido que ele será candidato a um cargo majoritário: governador ou senador. Lula e Jacques Wagner terão que se empenhar para encontrar um meio de contentar o deputado Geddel Vieira Lima para não sofrer decepções. Essa é uma pequena amostra dos problemas que se concentram em alguns dos Estados do país. Poderão surgir outros problemas relacionados com as sucessões governamentais em outros Estados. ■
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■ Romário Schettino 5 - O preferido de Lula
1 - PT esquenta as baterias O seminário sobre estratégias para 2010, realizado nos dias 25 e 26 de abril, no San Marco Hotel, serviu para esquentar as baterias dos petistas brasilienses. O principal debate girou em torno da necessidade de lançar um précandidato de consenso ao GDF até junho deste ano. O deputado Geraldo Magela resiste à antecipação, mas Agnelo Queiroz já obteve a maioria dos apoios no Diretório e é o pré-candidato mais provável. 2 - Prévias só em 2010, mas... O Diretório nacional do PT, reunido em Brasília na sexta (9/5), confirmou que prévias oficiais só em março de 2010. Os apoiadores de Agnelo ao GDF esperam convencer à turma do Magela de que a melhor opção é ele assumir uma das vagas do Senado. 3 - PT-DF terá novo presidente O certo mesmo este ano é a eleição da nova direção do partido em novembro no PED (Processo de Eleições Diretas). O provável candidato da tendência Articulação é Raimundo Júnior. Enquanto isso, o PT organiza sua militância para construir o programa de governo que oferecerá ao provável bloco de esquerda: PCdoB, PSB e PDT. O PPS já está fora, ou seja, está no colo do DEM.
O ex-deputado Sigmaringa Seixas, do PT-DF, tem simpatia de Lula e de Dilma Rousseff para concorrer ao GDF ou ao Senado. Ele só precisa dizer o que quer. Depois tem que combinar com o partido. Sig gosta mesmo é de ser deputado federal.
7 - Gim Argello e Cristovam O senador Gim Argello, do PTB, também pode se apresentar para o cargo de governador do DF. Os problemas de Gim são vários. Tem pouco espaço com Roriz e muito menos com Arruda. Como o PTB é base do Lula, e ele tem mandato por mais quatro anos, pode ser que queira tirar casquinha de todos os lados para se cacifar. Gim vive elogiando Dilma, mas a verdade é que ninguém gosta de alimentar camaleões. Quanto a Cristovam Buarque, a situação é diferente. Cristovam tem espaço em vários setores arrudistas, mas perdeu entre os petistas. Sem os petistas, Cristovam não ganha eleição. Com Arruda, corre o risco de ficar de fora, tantos são os candidatos. Enfim, como se diz, Cristovam está no mato sem cachorro.
4 - Delúbio fica de fora O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ensaiou mas não deu certo. Na última hora retirou seu pedido de refiliação porque não encontrou eco na direção nacional. Delúbio foi expulso do PT por gestão temerária das finanças partidárias. Pelo menos por enquanto, se quiser ser candidato a deputado federal em 2010 terá que escolher outra legenda.
6 – De novo o terceiro mandato O estado de saúde da ministra Dilma Rousseff é preocupante. Apesar da calma do presidente Lula, o Palácio do Planalto se prepara para uma eventual alternativa. A continuação do projeto do governo petista não passa por entregar o comando ao PMDB. “Nem sonhando”, dizem os caciques do PT. Zé Dirceu, que esteve na abertura do 11º Congresso da CUT-DF é contra a proposta: “Não temos bala na agulha para uma aventura desse tipo”. 18
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9 - Brasília 50 anos Os artistas de Brasília estudam um troco ao governo Arruda, que os eliminou da programação dos 49 anos. Está sendo gestada uma programação paralela com apoio de entidades da sociedade civil. Quem viver, verá! BrasíliaTur e Silvestre Gorgulho que se cuidem.
11 - Confecom no DF Com a publicação do decreto do presidente Lula e da portaria do ministro das Comunicações, está aberto o processo da I Conferência Nacional de Comunicação (I Confecom). O comitê Pró-conferência do Distrito Federal já começou a se organizar com os sindicatos, associações de moradores e movimento cultural. A conferência de Brasília, a ser chamada pelo GDF e pela sociedade, pode ocorrer em agosto ou setembro. As Comissões dos Direitos Humanos e de Assuntos Sociais da Câmara Legislativa já foram convidadas a participar da organização. 12 - Confecom II 10 - A gripe suína Só faltava essa, depois da turbulência novaiorquina, vem a gripe suína para piorar o estado de saúde da economia mundial. O pânico ainda não se instalou, mas já causa estragos. Os papéis das empresas de carne de porco na bolsa de valores despencam e as viagens às zonas de risco caem. Tudo indica que não é apenas mais um pequeno resfriado. Só ganhou até agora a indústria dos remédios, o Ministério da Saúde adverte: evite a automedicação.
O decreto presidencial prevê que a I Confecom será realizada de 1º a 3 dezembro de 2009, em Brasília, após concluídas as etapas regionais, sob a coordenação do Ministério das Comunicações, com o tema: Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital. O ministro das Comunicações contará com a colaboração direta dos ministros de Estado chefes da Secretaria-Geral, Luiz Dulci; e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, na coordenação dos trabalhos. 14 - Nervosismo no Buriti
8 - Candidatos proporcionais A escalação do PT-DF, até o momento, é a seguinte, podendo haver mudanças, claro. Deputados Federais: Paulo Tadeu, Roberto Policarpo, Érika Kokay, Sigmaringa Seixas. Distritais: Arlete Sampaio, Cabo Patrício e uma série de Chicos: Vigilante, Pereira, Leite e Floresta, e muitos outros. Senadores: Magela, dependendo das nuvens. Outros nomes ao Senado: Cristovam Buarque, Augusto Carvalho, Jofran Frejat, Maria Abadia. À Câmara Federal e à Câmara Distrital: todos os atuais deputados em exercício e mais algumas dezenas de lideranças à esquerda e à direita.
13 - Vetos no PDOT O governador José Roberto Arruda conseguiu sancionar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) com 56 vetos, respaldado pela derrubada da liminar pelo STF. Um dos vetos atendeu aos moradores do Guará. Arruda vetou o artigo 285, que trata da ocupação de terras públicas no Guará. Apesar disso, a comunidade continua alerta, pois não foi marcado o prazo para a retirada nos invasores.
O governador Arruda caiu 11% nas pesquisas de opinião depois da greve dos professores. Errou feio quem apostou no desgaste do Sinpro-DF. Arruda está preocupado com os rumos do seu governo, as coisas não andam bem por lá. O governador está na rua procurando recuperar o estrago à sua imagem, provocado pelos professores e pelas trapalhadas de sua equipe. GDF e imprensa local aprenderam a lição?
15 - Rififi no STF O bate-boca no Supremo Tribunal Federal entre o presidente Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa rendeu muitas opiniões na imprensa brasileira. A chamada farra das passagens aéreas no Congresso, também. O Brasil está procurando um rumo político, mas ainda falta muito para uma verdadeira mudança e uma boa bandeira. Chega de saudades do Brasil udenista.
16 - Relator do Orçamento O deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) é o relatorgeral do Orçamento de 2010. Esse é o cargo dos sonhos de qualquer deputado, ganha prestígio entre os colegas e, se bem feito o relatório, ganha pontos junto ao Presidente da República. Magela está no melhor dos mundos para conquistar o coração de Lula e, quem sabe, ajudar Dilma no Senado.
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A Força de Roriz
Por Rafaella Ailgup Foto Divulgação
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a primeira semana de maio, Agnelo Queiroz anunciou estar fora da disputa para governador do Distrito Federal, deixando a pretensão para o atual deputado federal, Geraldo Magela (PT-DF). É uma decisão política apoiada pelo governo Federal, que vê em Agnelo uma grande força para a próxima legislatura do Senado a partir de 2010. Roriz é um nome muito forte para o comando do GDF, como mostra recente pesquisa do Instituto O&P e do DF Notícias, em Brasília. No en-
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tanto, não há que se descartar a força do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT. Em 2006, indo de encontro ao resultado de grandes institutos de pesquisa como o IBOPE, que mostrava 8% de preferência da população brasiliense pelo partido, as urnas declararam outra realidade. Mesmo com um PT fragilizado, a então candidata Arlete Sampaio, recebeu 20% dos votos da cidade. Mais 2 a 3% do eleitorado e haveria 2º turno no Distrito Federal. Assim, seria no mínimo estupidez, ou tentativa de manipulação, desconsiderar a força do partido dos trabalhadores na Capital Federal. Inclusive, especula-se até parceria do atual governo com o partido, embora Chico
Vigilante (PT-DF) tenha lembrado que é impossível uma parceria entre DEM (Democratas) e PT, o governo Lula vê a aliança com bons olhos, em prol da candidatura de Dilma Roussef. A pesquisa do Instituto O&P e DF Notícias (www.dfnoticias.com.br) diz que Roriz está à frente quando, em pesquisa espontânea, confronta nomes como o do próprio Arruda, Paulo Octávio, Agnelo ou Magela, caso as eleições fossem hoje, 29,5% do eleitorado estaria com o ex-governador. Ainda há mais uma questão a se considerar: talvez Roriz siga sozinho nessa empreitada. E como fica a situação do vice-Governador Paulo Octávio? Acreditamos que ele não queira o ostracismo político ao qual foram sentenciados nomes como Walmir Campelo, Maurício Corrêa e Maria de Lourdes Abadia. Esses estiveram tão perto, e agora estão tão longe do poder. Contudo, são apenas conjecturas, afinal, nada pode ser definido ainda, já que por determinação do governo Federal, os candidatos só poderão ser anunciados de fato no primeiro semestre de 2010. E também existem outros nomes que podem acalorar o pleito, como o dos senadores Gim Argello (PMDB-DF) e Cristovam Buarque (PDT-DF). A única coisa certa é que a disputa não será fácil. Roriz já declarou que tentará voltar. E ele tem quórum. Mas não se pode negar que o Senado cairia como uma luva para Roriz, ele poderia voltar de cabeça erguida e sem dispensar a atenção que sua amada Weslian e família, e fazendas, merecem. A Plano Brasília segue acompanhando■
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O curioso caso da criatura contra o criador
Por Letícia Oliveira Fotos Sheyla Leal
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PMDB-DF está rachado, não resta dúvidas. As baixarias, truculências e ameaças protagonizadas no final do mês de maio, quando do seminário do partido. Dois momentos foram pontuais e mostraram claramente os desentendimentos vividos pelos principais nomes na política do Planalto Central: o ex-governador Joaquim Roriz e o deputado federal Tadeu Filippeli. O primeiro já deixou claro que, pela quinta vez, tentará o governo da capital. O segundo não deixou os presentes esquecer que Brasília deve estar acima de qualquer projeto político pessoal. E foi nessa lembrança que registrou que a deputada distrital coaduana com o mesmo pensamento, estando na base dos projetos do governo Arruda (DEM-DF). Até Roriz não conseguiu ficar quieto e também chamou o quase ex-parente de “mentiroso”. Quase ex-parente porque Filippelli já foi casado com uma sobrinha da mulher de Roriz, Dona Weslian. Jaqueline não abandonou o pai. Na quarta-feira seguinte ao episódio do seminário, que tinha como objetivo maior discutir propostas para o futuro do país, a deputada distrital entregou os cargos que tinha direito a indicar e deixou de integrar a base do governo na Câmara. Como ela mesma disse, “é impossível servir a dois senhores...”. O PSDB entendeu a posição de Jaqueline, uma vez que Roriz saiu em defesa dela no congresso do PMDB. A situação ficaria insustentável. Contudo, entende-se que esse rompimento apenas será factível no âmbito da Câmara Legislativa. As pessoas nomeadas por indicação da tucana no GDF, como o administrador regional de Samambaia, não pretendem pedir exoneração coletiva. E o governador José Roberto Arruda teria dito, por sua vez, que não pretende fazer retaliações a deputada.
Por outro lado, Tadeu Filippelli já tinha a segurança resguardada quando do seminário. As ameaças já vinham do constrangimento que ele havia sofrido quando da inauguração do escritório político do ex-governador, em abril. Foram dez seguranças que garantiram que Filippelli não fosse agredido, embora eles não tenham impedido que o carro do deputado fosse arranhado. Filippelli declarou que não aceita que Roriz utilize reuniões do PMDB para agredi-lo, pois não pode permitir que uma legenda tão forte, com tanto renome, seja atropelada por quem tem interesses pessoais. São palavras do deputado, “quem tiver tais intenções que ponha a viola no saco e procure outro partido”, afirmou categoricamente Filippelli.
Do Buritinga, a notícia é a seguinte: o governador e a equipe dele acreditam que Roriz leve a candidatura até o final do ano, pois será nessa época que os partidos precisarão bater o martelo com relação aos nomes que realmente disputarão o governo. Não há temor ainda, por parte desse time, sobre uma aliança entre o ex-governador e o PT, mesmo com a proteção social promovida pelo governo Lula poderia trazer nomes das classes C e D, proteção essa que também é jargão de Roriz, o pai do povo! Roriz e a assessoria preferiram não se manifestar sobre o episódio. A única declaração do ex-governador é a de que ele é um homem de paz. No fundo, no fundo, o que se sabe é que a política no governo do Distrito Federal está completamente indefinida e que o racha no PMDB só tornam as coisas ainda mais complicadas■
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ECONOMIA
■ Mauro Castro
Um grande engano
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verdade é que ninguém tem mais paciência para ficar falando mais de Crise. O assunto parece que se esgotou. O fato é que nada tão grande apareceu para substituir esse tema na mídia. Por conta disso, ainda há um comentário ou outro falando sobre a crise econômica. Há oito meses discutiam os especialistas em economia se a crise que chegava ao Brasil se tratava de uma marola ou de um tsunami. Agora os fatos estão ficando mais claros, começou como um tsunami no hemisfério norte e terminou como marola abaixo da linha do equador. Para não ser tão simplista assim, é possível afirmar que houve muita preparação para pouca incomodação. O grande engano acabou por movimentar a economia. Foi uma febre de redução de IPI (imposto sobre produtos industrializados), aumento do prazo de pagamento do salário-desemprego e até uma acomodação das faixas de rendimento do Imposto de Renda. Imaginando pelo lado do consumidor, até que o grande engano foi positivo. Muita gente aproveitou para reformar a casa, comprar um carro e até pechinchar na loja por conta da crise. Um resultado animador para quem imaginava passar longos anos na penúria, ou pelo menos aguardando dias melhores. Outro fato é que hoje não se sabe se a crise chegou menos forte do que se esperava ou se as ações do governo resolveram de forma 22
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competente os efeitos da economia. Nesta questão existem diferentes frentes de entendimento. Há quem diga, inclusive, que foi uma ação conjunta: medidas mornas para uma crise sem muito tempero. Agora, o que fazer? Para quem ficou imobilizado durante os últimos meses, esperar um alerta oficial do governo declarando o final da crise. Para quem já gastou aproveitando o melhor do desconto tributário, esperar confiante por uma gradual redução do juro, para ajudar a pagar as contas que fez. O certo é que o cenário mudou. Juro SELIC reduzido. Caderneta de Poupança sob intensa análise para mudança. Bolsa d e va lo r e s d e volta aos patamares saudáveis. Dólar em recuo e os impostos alterados durante a crise de volta ao patamar anterior. Pa ra aqueles que gastaram mais do que deviam durante o engano da crise, fica a dica para reorganizarem os orçamentos e reduzirem os gastos até o limite do salário. É bem possível que as pessoas que decidiram
continuar gastando, mesmo com a crise, venham descobrir que passaram do limite. Para quem ficou com medo de gastar e deixou o dinheiro guardado, a dica é deixar guardado mais um pouco, há uma tendência de um esfriamento rápido na economia da cidade. Isso pode gerar um conjunto de boas ofertas no meio do ano. O grande engano passou. Agora fica a realidade. A economia segue com algumas escoriações, mas, com o ânimo de quem aprendeu uma boa lição■
CAPA
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hipnose
Experimente esse estado mental!
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 90% da população mundial pode ser hipnotizada
Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Alexandro Sousa
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egundo est udo publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial atingirá, neste mês de junho, a marca de 6,7 bilhões de pessoas. Com tanta gente e sabendo que a longevidade também aumentou, há que se esperar um relevante crescimento nos problemas econômicos, sociais e consequentemente psicológicos. Para melhorar a qualidade de vida e potencializar a força e solução existente dentro de cada ser humano, a hipnose tem sido usada com sucesso em diversos campos da psique, entre eles podemos citar a construção da autoestima; o tratamento da ansiedade; de medos e fobias; depressão e estresse; mudança de hábitos; perda de peso; problemas comportamentais em
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adultos e crianças; déficit de memória; bem como a possibilidade de preparar a pessoa para provas e testes profissionais; entrevistas de emprego e até mesmo para cirurgias e dependências fisico-químicas. Bom, você deve estar se perguntando o que é a hipnose, já que ela pode trazer tantos benefícios. É um estado da mente que todos nós experimentamos, naturalmente, ao longo de nossas vidas. Ao ler um livro, por exemplo, você pode não se lembrar que está no ônibus ou na sua cama, o que acontece é que você se desliga do resto do mundo. “O estado hipnótico natural acontece sempre que você se envolve de maneira automática e bloqueia as demais coisas à sua volta”, afirmou Olavo Dalcanale Rigon, psicólogo e hipnoterapeuta.
“Muitas pessoas chegam ao consultório achando que serão hipnotizadas e que os problemas serão resolvidos com um estalar de dedos, como se tudo fosse mágica”
Olavo Dalcanale Rigon é diretor do Instituto Milton Erickson do DF. A Instituição promove a educação continuada em hipnose clínica e divulga as abordagens Ericksonianas para as áreas de saúde e de educação, especialmente a hipnose e a psicoterapia. Olavo atua como psicólogo há seis anos e há quatro, trabalha com hipnoterapia em Brasília. Ele relata que ao contrário do que muitas pessoas pensam a hipnose não é fantasiosa como às vezes é mostrada na televisão. “Muitas pessoas chegam ao consultório achando que serão hipnotizadas e que os problemas serão resolvidos com um estalar de dedos, como se tudo fosse mágica”, ressaltou o especialista. Esse comportamento pode ser explicado desde a antiguidade, já que a indução de estados de ‘transe’ com efeitos curativos eram misturados com a magia ou com o misticismo. Já a hipnose utilizada cientificamente tem seu berço na tese de Mesmer, em Viena (1766), que induzia o estado de transe para curar diferentes transtornos psicossomáticos e também para entorpecer e aliviar a dor, uma analgesia e anestesia psicológica. A primeira evolução do mesmerismo (magnetismo) foi com o Abade Faria (1813) e depois com Braid (1854), eles acreditavam que o estado de transe era uma fadiga sensorial, que conduziria a um estado de ‘sono’ que Braid chamou de neuro-hipnotismo ou sono nervoso, não aceitavam que o ‘transe’ dependesse da existência de um fluido magnético. A discussão se estendeu até o século passado com o questionamento: é um fenômeno histérico ou fisiológico e sugestivo?
Olavo Dalcanale Rigon
Aula na Salpetrière, um dos hospitais mais famosos de Paris.
A história da hipnose Desde a antiguidade as técnicas hipnóticas têm sido usadas. Não se sabe ao certo onde tudo teve início. A certeza é que povos antigos como os maias, os astecas, os persas, os gregos e tribos indígenas mais remotas utilizavam a hipnose como meio de cura. Com a imposição das mãos ou rituais repletos de músicas e danças em ritmos monótonos, bruxos, homens de medicina, curadores, gurus, xamãs e sacerdotes, induziam a pessoa a um estado rotulado como ‘sono mágico’, uma espécie de letargia. Até hoje os xamãs utilizam técnicas de visualização para curar. Na Sibéria, a tribo Tungus, considera o Xamã como a pessoa que faz a viagem para a realidade incomum, num estado alterado de consciência. Lá também são usados como método para a indução da hipnose, cantos danças, sons de tambores, movimentos do corpo e até plantas psicoativas. Rituais semelhantes aos de algumas tribos brasileiras. O hipnotismo, considerado a base das ciências ocultas em países como a índia, Grécia e Egito, era utilizado em meados de 2.400 a.C. Na época, sacerdotes do antigo Egito, como os Caldeus, já aplicavam cura através de passes fluídicos. A descoberta de papiros datados de 1.552 a.C, por Ebers, em Tebas, só confirma a prática na antiguidade. Os papiros estão na universidade de Leipzip, na Alemanha. Para muitos, o estado hipnótico, que é diferente de indução hipnótica formal, sempre existiu. Alguns estudiosos fazem alusão às curas realizadas no tempo de Jesus com a imposição das mãos e ao toque real, como exemplos de sugestão. Na idade média, o rei Eduardo (1066), da Inglaterra, inseriu o toque real como forma de acabar ou minimizar as enfermidades.
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CAPA
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Na verdade, não há consenso no conceito da hipnose. Ao longo dos anos muitas teorias e estudos foram desenvolvidos. Dicionários como Houaiss, Aurélio e Michaelis definem a hipnose como um estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente e no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às sugestões feitas pelo hipnotizador. Já para a American Psycological Association, a hipnose é uma técnica, durante a qual um profissional da saúde ou pesquisador sugere que o indivíduo, experimente mudanças nas percepções, sensações, pensamentos e até comportamentos. Franz Anton Mesmer (1734-1815), filósofo e médico, considerado o pai da fase científica da hipnose, foi quem deu iniciou a utilização sistemática da hipnose. Segundo Mesmer o magnetismo podia curar muitas doenças. Ele argumentava que, da mesma forma que a lua exerce um poder sobre os mares da terra, poderia influenciar nos fluidos do corpo humano e assim, restabelecer a saúde. Para ele, todos os indivíduos estavam sob o poder dos fluidos magnéticos e a doença era criada por um estímulo do organismo que poderia ser resolvida pela transmissão de ondas magnéticas. Apesar de contestado por algumas escolas de medicina, o sucesso alcançado por Mesmer em suas sessões de magnetismo foi tanto que muitas vezes não o permitia praticar o magnetismo na sua clínica, tal era o tumulto das pessoas. A solução encontrada por ele foi magnetizar uma árvore fora de sua consulta para que aos pacientes desfrutassem do magnetismo
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Franz Anton Mesmer 26
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O advento da Psicanálise de Freud, de um lado, e o aparecimento da anestesia química, de outro, relegaram a hipnose ao banco de reservas, ela caiu no esquecimento, só se mostrava em palcos, como shows circenses. Já na metade do século passado, considerado o pai da hipnose moderna, Milton Erickson iniciou os estudos e aplicações práticas da hipnose clinicamente e, foi quem acabou por difundir o seu uso também na psicoterapia. Seu papel científico foi consolidado em apenas oito anos pelos relatórios das associações: Médica Britânica, Americana, Psiquiátrica Americana e Canadense. Segundo o hipnoterapeuta Olavo, a intenção da terapia não é necessariamente reviver momentos, mesmo porque muitos deles trariam a dor e o sofrimento novamente, poderia retraumatizar, inclusive. “O que o processo de hipnoterapia faz é ajudar as pessoas a utilizar suas próprias memórias, associações mentais e potenciais de vida para alcançar seus objetivos. A sugestão hipnótica pode facilitar a utilização de capacidades e potenciais que a pessoa já possui”. Afirma Olavo. A hipnose sozinha nã o resolve, ela deve estar associada ao acompa n h a me nt o psicológico e em alguns casos ao uso de medicamentos indicados por especialistas. Em todos os casos é preciso um período de preparação durante o qual o terapeuta explora o perfil das experiências de vida do paciente e facilita a criação de padrões de referência construtivos para guiá-lo na direção da mudança/cura terapêutica. Um mito muito comum quando se fala em hipnose é de que a pessoa hipnotizada fará tudo que o terapeuta ou hipnotizador sugerir. “Isso não é verdade. Ela tem consciência do que se passa à sua volta, apenas bloqueia a interação por um momento determinado. Pois seu foco está voltado à busca de algo mais importante”. Declarou o especialista que desmente outro mito recorrente, o de que a pessoa pode ficar hipnotizada para sempre: “Se eu hipnotizar uma pessoa e sair do ambiente, ela ficará centrada em sua experiência por um tempo, depois ela perceberá que está só e sairá do transe”. O que acontece na hipnose é que vemos o mundo sem o filtro que nos tolhe que nos impede muitas vezes de agir como gostaríamos em determinados momentos.
ÍCONES E EPÓCAS MAIS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA HIPNOSE 2.400 a.C. 1529 1776-1779 1843
Milton Erickson “A hipnoterapia é utilizada para acelerar o processo de terapia e diminuir o tempo de tratamento. Buscando exatamente a força que nos falta para agir como é necessário. É claro que o tempo varia de pessoa para pessoa e de acordo com o problema tratado”, concluiu Dr. Olavo. O hipnoterapeuta procura compreender cuidadosamente a individualidade do paciente para determinar quais experiências, habilidades mentais e aprendizados vividos estão disponíveis para lidar com o problema. O especialista, então facilita uma abordagem, para que estas respostas internas, pessoais e únicas sejam alcançadas pela experiência de transe na qual o paciente encontre a mudança e as soluções para seus problemas, que é o objetivo da terapia. Outras áreas em que a hipnose demonstrou bons resultados são: síndrome do pânico, problemas de aprendizagem, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), anorexia nervosa, bulimia, compulsão alimentar, timidez, frigidez, impotência, DORT – Tendinite, dor, jogos de aposta, gagueira, insônia e sonambulismo■ Serviço: Psicoterapia Hipnoterapia (61) 9233.2320 E-mail: olavo.rigon@gmail.com www.mericksonbsb.com.br
Caldeus Antigo Egito; Tratamento pelo Imã Paracelso – Médico e Filósofo suíço; Magnetismo Animal Franz Mesmer – médico austríaco; Hipnotismo James Braid – Médico escocês;
1854-1890
Escola de Nancy Liebeault e Bernheim – médicos Franceses;
1901-1904
Escola da Reflexologia Ivan Pavlov – Médico;
1969-1973
Comportamento Cognitivo Theodore Barber;
1980
Atualidade
Abordagem Interativa Centrada no Paciente Milton Erickson – Médico americano; Programação Neurolinguística Richard Bandler (programador e matemático)e John Grinder (linguista) – estudo das técnicas de Erickson com o objetivo de decodificar a linguagem.
Richard Bandler
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CIDADANIA
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Geração de renda e solidariedade
Formatura da turma do BB Educar de Goiás
A Fundação Banco do Brasil realiza projetos de inclusão social e estimula a produção de capital em comunidades carentes de todo o país Por Ana Helena Melo Fotos Fundação BB
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o lado oposto ao corre-corre da vida econômica, executivos encontram tempo para trabalhos em instituições como a Fundação Banco do Brasil (FBB), que há 20 anos luta pela conquista dos direitos de pessoas economicamente menos favorecidas. Programas próprios, de firme estrutura e fundados em tecnologias sociais nas áreas de educação e de geração de trabalho e renda, com respeito às dimensões humana, econômica e ambiental são bases dos investimentos da Fundação. O propósito da institui28
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ção é promover parcerias, mobilizar pessoas e multiplicar soluções sociais, para que essas populações sejam protagonistas de sua própria transformação. Para elevar a capacidade produtiva e de participação social das comunidades, a Fundação BB investiu R$ 442 milhões, entre os anos de 2003 e 2008, sendo R$ 137 milhões em tecnologias sociais de educação e R$ 305 milhões na área de renda.
é o da Central das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop). Há um ano, a cooperativa foi presenteada com uma frota de 13 triciclos entregues pela Fundação Banco do Brasil aos
Uma idéia, 15 mil beneficiados Um exemplo bem próximo das ações da FBB
foto: Pricila Carvalho
catadores e circulou durante ato no centro da capital. Segundo o gerente de Trabalho e Renda da fundação, Mário Teixeira, os veículos aperfeiçoaram a coleta seletiva do lixo no Distrito Federal. À frente da iniciativa estão 12 cooperativas de um total de 17 ligadas à Centcoop, que congrega 3,5 mil catadores de materiais recicláveis e envolve 15 mil pessoas que vivem diretamente do recolhimento, triagem e comercialização de resíduos sólidos no DF. Jaqueline Sousa da Silva, 20 anos e grávida de seis meses, impressiona pelo jeito articulado e pela precocidade com que foi eleita para a presidência de uma das cooperativas, a Reciclo, do Pistão Sul em Taguatinga. “Tinha 16 anos e era uma das poucas que sabia ler e escrever”, revela Jaqueline. Para ela, os triciclos vão ajudar a reduzir o preconceito existente em relação aos catadores. “Nós que trabalhamos com carroças e carrinhos somos muito discriminados. Os triciclos vão ajudar a mudar essa realidade”, acredita. “E o melhor é que contemplam pessoas necessitadas e organizadas, que têm objetivos definidos”, afirma a jovem, que, atualmente, está tentando obter a carteira de habilitação da categoria B para dirigir o veiculo. Alfabetizados na cadeia Após curso de capacitação de 40 horas, ministrado por funcionários voluntários do Banco do Brasil, detentos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO) tornaram-se aptos a alfabetizar outros presos. As aulas foram ministradas nas celas – sob a supervisão de um coordenador pedagógico também voluntário do banco. Os alunos se formaram em junho do último ano e hoje possuem portas abertas em instituições de ensino conveniadas ao projeto. Exemplo de beneficiado é Donizeti Gomes da Silva, 27 anos, que cumpre pena em regime semi-aberto. Ele, que foi educador do Projeto BB Educar, agora é bolsista de uma universidade e está terminando o segundo período de pedagogia. No final do curso, em
junho de 2008, Donizeti foi homenageado junto com três colegas que também chegaram ao curso superior. Outros 222 concluíram o curso de alfabetização. O presidente, Jacques Pena, afirma que vai se esforçar para implantar nas unidades prisionais cursos voltados para a qualificação profissional, reforço para o aprendizado do BB Educar. Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009
disponível na internet no endereço www.fundacaobancodobrasil.org. br Este banco de dados é o principal instrumento utilizado pela FBB para disseminar e fomentar a reaplicação de tecnologias sociais. Além disso, o BTS organiza as informações das tecnologias e das instituições que as desenvolveram. Nas quatro edições anteriores do prêmio, foram certificadas um total de 451 tecnologias sociais relativas à educação, saúde, renda, água, alimentação, habitação, energia e ao meio ambiente. As inscrições para o Prêmio FBB de Tecnologia Social podem ser feitas pela internet, na página www.tecnologiasocial.org.br Podem participar instituições sem fins lucrativos como, empresas públicas, governos municipais e estaduais, instituições de educação, institutos e organizações não governamentais (ONGs), legalmente constituídas no país.
Para estimular o desenvolvimento de tecnologias sociais para a implementação de programas como o BB Educar, a FBB criou em 2001 o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. O conceito compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade que representem soluções efetivas de transformação social. Para este ano, a Serviço: expectativa é de que o número de ins- Fundação Banco do Brasil critos supere o do ano passado e que www.fundacaobancodobrasil.org.br surjam idéias inovadoras. “Temos a Tel: (61) 3310.1974 / 3310.1967 oportunidade de divulgar, reconhecer, certificar e premiar idéias simples que representam um conjunto de experiências vividas em todo o Brasil”, afirma o presidente da instituição, Jacques Pena. Além de reconhecida fonte de difusão de tecnologias aplicadas ao desenvolvimento social, o prêmio tem sido decisivo para pautar o conceito da tecnologia nas discusEntrega do prêmio FBB de Tecnologia Social sões e trabalhos de todos aqueles que se dedicam a construir uma sociedade melhor, mais justa e com igualdade de oportunidades, principalmente nos segmentos populacionais que estão na base da pirâmide social brasileira. O Banco de Tecnologias Sociais (BTS), também criado em 2001, é uma base de dados online
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GENTE
■ Edson Crisóstomo - crisostomo@planobrasilia.com
Foto: Ricardo Stuckert
BOA VIZINHANÇA Ele sai do Palácio e vai comer uma buchada lá na Vila Planalto. Por sua vez, Tia Zélia sai do seu restaurante e vai ao Palácio visitar seu mais ilustre cliente.
SUCESSO DE VERDADE...
Foto: Moreno
É o que vem fazendo Clóves Nunes nos cabelos das brasilienses, principalmente para casamentos Foto: Claudio Andrade e festas de 15 anos. Como cabelo e maquiagem são imprescindíveis para as ocasiões, a medida do sucesso está no comentário dos presentes e na agenda do sofisticado salão de Clóves. Foto: Moreno
MANDATO RENOVADO Roberto Policarpo teve seu prestígio confirmado nas últimas eleições do SINDJUS, tanto que na posse foi prestigiado pelo magnífico reitor da UNB, José Geraldo de Sousa Junior, e pelos deputados Erika Kokay e Agnelo Queiroz.
Política
Caixa Rápido
DEBOCHE TOTAL
2010 é HOJE
O presidente do famigerado Senado, senador José Sarney (PMDB – AP), é no mínimo muito engraçado, pediu ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI) que retirasse as credenciais dos humoristas do programa CQC, cá entre nós senador o que o público/ eleitores gostaria mesmo era de ver políticos que mentem entregar o cargo por falta de decoro, seja mentira em relação a verba indenizatória, promessas que jamais cumpridas. Etc... O público/ eleitor não suporta mais mentiras de político e nem políticos que mentem.
O PPS corre ao encontro das eleições e para isso, já está fortalecendo a sua musculatura, deu sinal verde para ampla renovação em todas as cidades de suas zonas, e claro, buscar novos quadros.
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TEM FUMAÇA, TEM FOGO Vai ganhando força a tese da permanência de José Serra (PMDB-SP) à frente do Governo paulista. Com o crescimento contínuo da popularidade de Dilma Roussef pode sobrar para Aécio neves (PSDB-MG) ir a guerra eleitoral.
EU TENHO A FORÇA! Com comercialização inferior a dois meses, foram fechadas as sete cotas de patrocínio para a Copa de 2010 ao custo médio de R$ 28 milhões para cada anunciante, que optou pelo pacote de 14 revistas e seus portais, é a Editora Abril comprovando a eficácia das revistas dentro da mídia impressa. Os compradores, claro, Itaú, Sadia e Volkswagen, que exerceram o direito de renovação, já eram parceiros na última copa e os outros são AMBEV, o Boticário e Procter & Gamble.
COMO NUM RELACIONAMENTO ENTRE PACIENTE E ANALISTA É assim que se mostra o trabalho do escultor Manuel Andrade, “Garimpos da Forma”. O artista, que expôs no mês de maio no museu do STJ, foi prestigiado pelo Diretor da galeria, Jaime Cipriani e por Ari Cunha, que dispensa apresentações!
Foto: Moreno
Foto: Moreno
HUM... CHEIA DE CHARME! Mesmo de pé quebrado, Estefânia Viveiros, presidente da OAB-DF, não perdeu o charme na posse da nova diretoria do SindJus em 2009. A primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Ordem no DF nunca perde a feminilidade!
Foto: Antônio Aguiar
Grupo Marcas Brasília ganhou uma das concessionárias de carro mais bem equipadas do País. A nova Nara Veículos foi inaugurada na último dia 7 de maio e o proprietário, Marcos Cardoso, recebeu convidados ilustres, entre eles Carolina Fernandes, Fernando Cardoso, João Bulcão, Mariana e Juliana Lamego e Keila Cardoso. Na oportunidade, Marcos anunciou a criação do Grupo Marcas, que reúne duas concessionárias Mitsubishi (Tokyo e Nara), a Soma Suzuki e a Vervain, especializada em roupas femininas.
Foto: Antônio Aguiar
Geléia Geral SAINDO DA UTI O Governo autorizou os bancos a devolverem dinheiro de ajuda ao sistema financeiro. Detalhe, o Governo e os bancos são americanos. No Brasil o PROER de socorro aos bancos tupiniquins continua na mesma. Na conta da viúva. OLHANDO PARA O RETROVISOR Com resultado de - 0,8% no último trimestre, bem melhor que as projeções que apontavam - 1,5%, o ministro Guido Mantega e os mercados, produtivo e especulativo já dão conta de um segundo semestre bastante favorável e com muito trabalho, chegando a 1% de crescimento para 2009.
DESCASO O fórum de cultura do DF e entorno aguardou o vice-governador Paulo Octávio (DEM), para dar respostas aos pleitos apresentados pelos artistas para a programação dos 50 anos, nem atrasado ele chegou, literalmente ignorou o fórum e seus participantes, como é de praxe, as coisas pelas bandas da BrasilTur em se tratando de artistas locais. GENTE QUE SABE FAZER MALABARISMO Brasiliatur recebeu a visita dos Harlem Globetrotters, na primeira semana de junho. Não seria mal se o maior time de basquete do mundo transitasse entre os partidos políticos da cidade para mos-
trar quem realmente sabe fazer malabarismos! É que se trata de demonstração de habilidade e disposição para jogar. HISTÓRIA CANDANGA SERÁ SAMBA ENREDO NA APOTEOSE CARIOCA A azul e branca de Nilopólis, mais conhecida como Beija-Flor, já tinha um projeto adiantado para homenagear o cinquentenário de Brasília e, bingo! Foi eleita! Mas bem que as cifras que ela receberá poderiam ser pelo menos mais próximas do solicitado... Apenas R$ 3 milhões? E olha que o carnavalesco Alexandre Louzada já começou a desenhar as alegorias e fantasias.
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MERCADO IMOBILIÁRIO
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Mgarzon Eugenio aposta no crescimento do setor em 2009
“O
setor de construção no Distrito Federal está a pleno vapor. Com a perspectiva do Noroeste e o crescimento de novas áreas de investimento, como Samambaia , Gama e Ceilândia, a expectativa é que a crise econômica não tenha grande repercussão no mercado imobiliário local”. É o que acredita o diretor da MGarzon Eugenio, Fabrício Garzon. Para ele, os mercados imobiliários nacional e regional também começaram a responder positivamente, em parte, por conta do recente lançamento do pacote habitacional do governo federal. O empresário, que também é diretor da Associação dos Dirigentes de Mercado Imobiliário (Ademi- DF), lembra que em 2008, o setor imobiliário do DF cresceu mais de 30% e, para este ano, a perspectiva é de continuar crescendo. “O Distrito Federal desfruta de uma situação privilegiaAllegro
Imobiliária expande atuação no Centro Oeste da, mesmo ainda em um cenário econômico turbulento no mercado internacional”, ressalta Garzon e completa: “não há grandes oscilações no mercado de imóveis, há uma excelente valorização imobiliária, a população tem uma renda per capita elevada, um bom nível de emprego e com uma crescente demanda por novas moradias, principalmente nas classes B e C. Estamos em fase de expansão, com investimentos importantes e constante geração de empregos”. A MGarzon Eugenio está preparada para a nova realidade e é uma das imobiliárias que mais crescem no DF. Além disso, conta agora com operações em outros estados, estando presente em Campo Grande, Cuiabá e Goiânia. De acordo com Fabrício Garzon, a expansão faz parte de um projeto ousado. “A parceria da MGarzon Empreendimentos Imobiliários com a Eugenio permitiu que nascesse a primeira empresa de inteligência imobiliária do país, que participa de todo o processo de lançamento de um imóvel. Esta experiência de sucesso tem tudo para conquistar outros estados, mas vamos caminhar passo a passo, entendendo primeiro os mercados mais próximos”, explica. O sucesso da empresa também se deve a ações inovadoras, desenvolvimento constante e estratégias de comunicação diferenciadas. Outro diferencial é o atendimento via web – a MGarzon Eugenio já conta com uma equipe especializada em vendas de imóveis pela internet na capital. “É um trabalho pioneiro em Brasília”, explica Fabrício Garzon, diretor da imobiliária. “Estamos apostando no enorme potencial do DF, que tem os mais altos índices de acesso à internet e de números de computadores pessoais do Brasil” afirma. Para 2009, a meta da empresa é atingir um Volume Geral de Vendas (VGV) de mais de R$ 700 milhões, sendo que desse montante 10% realizado via online. E, em 2010, o objetivo é ainda maior: chegar a 20% do VGV.
Empreendimentos comerciais e residenciais movimentam o mercado do DF Show de Morar - Depois do sucesso em Samambaia, a cidade de Ceilândia torna-se palco do novo empreendimento do Show de Morar da MB Engenharia, Empresa Brascan, 32
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Aquarela
comercializado pela MGarzon Eugenio. Com cerca de 400 unidades já vendidas, o empreendimento é sucesso desde o lançamento, em início de abril de 2009. Uma das atrações é o estande de vendas com quatro diferentes unidades decoradas, que tem sido visitado por mais de 300 pessoas a cada final de semana. Na melhor área de Ceilândia, numa região em plena expansão, o Allegro é um empreendimento inédito com 50.000 m2 de terreno, sendo mais da metade dele dedicada exclusivamente ao verde, à diversão e ao bem-estar dos moradores. Première Private Life - Muito mais que um residencial de alto padrão, é uma edificação memorável das boas coisas da vida. Impecável tanto na forma quanto no conteúdo, belo por fora e completo por dentro. Em uma região nobre de águas Claras, o Première fica próximo ao metrô, ao Shopping e ao lado do Parque Sul. São apartamentos com quatro suítes, terreno espetacular com 3.000 m²; e lazer magnífico, destaque para churrasqueira com forno de pizza, espaço zen e quadra de Badminton, entre outros. Um autêntico ícone de sofisticação.
Novos Parques Residenciais Com o excelente desempenho em Brasília, a MGarzon Eugenio está pronta para expandir suas operações para outros estados. Em Cuiabá e em Goiânia, já estão à venda apartamentos completos, que integram lazer e comodidade em um só lugar. Um novo conceito no jeito de morar Com localização próxima ao Shopping Pantanal em Cuiabá, o Bonavita é um empreendimento da MB Engenharia, Empresa Brascan. Formado por quatro torres, com apartamentos de três ou quatro quartos, que variam de 115 m² a 140 m². Um grande atrativo é a extensa área de lazer, que contém área de jogos, piscina, estação de ginástica, boxe, churrasqueiras e boulevard ecológico.
Serviço: MGarzon Eugênio SHC/SUL CR quadra 507 bloco C lojas 10/11 W3 Sul Tel: (61) 3442 5000 www.mgarzon.com.br
Duas unidades em Goiânia – As obras já começaram na capital de Goiás e os moradores poderão escolher entre dois residenciais com área de lazer completa e mobiliada. Lançadas pela MB Engenharia, Empresa Brascan, Aquarela e Paysage têm apartamentos de dois e três quartos, localizados no Sudoeste da cidade.
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MEIO AMBIENTE
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Créditos de carbono aquecem a economia A preocupação com o meio ambiente é assunto em todo o mundo. Os países que mais poluem querem ensinar às nações em desenvolvimento a reduzir a emissão de gases na atmosfera.
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Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Alexandro Sousa & Rodrigo Dias
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mercado de carbono integra os mecanismos de cooperação internacional que aquecem a economia. Os países que não se dispõem a reduzir a emissão de poluentes podem utilizar os Certificados de Emissões Reduzidas (CERs), para cumprir os compromissos estabelecidos no Protocolo de Kyoto. Já existem, inclusive, instituições internacionais que estão negociando esses créditos. A cotação do mercado de redução de gases do efeito estufa fica entre US$5 e US$15 por tonelada de carbono reduzido. Crédito de carbono é uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) que não é jogada no meio ambiente. A cada tonelada, é gerado um crédito de carbono. Esse crédito é negociado no mercado internacional. Há países que, mesmo depois de Kyoto, não conseguem reduzir a emissão e compram créditos de carbono para cumprir as exigências do documento. A Inglaterra, por exemplo, compra seus créditos na bolsa de valores. Desde 1997, quando o Protocolo foi implantado efetivamente, uma série de nações industrializadas se comprometeram em reduzir em 5,2% suas emissões de gases poluentes na atmosfera, em relação aos níveis de 1990. Segundo o acordo, esses países deveriam ter mostrado um progresso visível a partir do ano de 2005. As metas de redução de gases não iguais para todos os países há níveis diferenciados de redução para os 38 participantes que mais emitem gases. Para os países da União Européia, por exemplo, o protocolo prevê a diminuição da emissão de gases em 8%, já para os Estados Unidos em 7% e para o Japão em 6%. Países em franco de-
senvolvimento como Argentina, Índia, Brasil, México e principalmente a China, não receberam metas de redução, pelo menos por enquanto. No Brasil, a Comissão Interministerial para Mudança de Clima discute a regulamentação brasileira para os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL – e aponta que alguns projetos podem ser indicados à certificação, como o programa do álcool, os projetos relacionados à geração de energia a partir do bagaço de cana, novas tecnologias e fontes alternativas de energia. Hoje, o país vende seus créditos do carbono para a Alemanha. O Ministério da Ciência e Tecnologia reconhece que já existem diversos projetos sendo desenvolvidos para conseguir obter os CERs, principalmente nas áreas de siderurgia, papel, celulose, saneamento e recursos renováveis. Contudo, para que o projeto se concretize dentro das normas vigentes -jurídicas, financeiras e técnicas - é necessária a parceria entre empresas e diversas instituições de assessoria financeira, ambiental, contábil e jurídica. A Carbon Expo 2009 e o superaquecimento do mercado A Global Carbon Market Fair & Conference, nome completo da Carbon Expo, ocorrida no final de maio, em Barcelona, Espanha, concluiu que a solução mundial para as mudanças climáticas deve ser definida nos próximos anos. Com o objetivo de identificar o aporte financeiro e técnico brasileiro para abrigar o crescente mercado de créditos de carbono, um questionário foi aplicado aos participantes da feira pelo Brazilian Carbon Bureau (BCB), que analisa as perspectivas do Brasil nas oportunidades de negócios. A feira mostrou o papel-chave para financiar carbono no quadro mundial, que acontecerá depois de 2012. O evento contou com aproximadamente 3.000 participantes de 111 países, totalizando 276 empresas, 92% eram de fora da Espanha. O Brasil não se acovardou: enviou uma delegação com cerca de 40 representantes e dois expositores: o Brazilian Carbon Bureau e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para Julio Tocalino Neto, diretor do BCB, o evento foi bastante positivo. Ações em prol do mercado de carbono serão mais valorizadas e conquistarão um crescimento exponencial. “Os especialistas, bem como os organizadores do evento, acreditam que o mercado vai superaquecer pós 2012”, afirmou. O Brasil participou do painel que tratava a questão das dificuldades técnicas de se monitorar as emissões do setor de transportes. Fernando Antônio Fialho, diretor geral da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (ANTAQ), falou sobre as ações brasileiras como o etanol e os investimentos em mudança de modal. A ANTAQ sempre defendeu o meio ambiente e o transporte aquaviário por considerá-lo ecologicamente mais correto. O diretor da agência discorreu sobre como o setor de transporte pode contribuir para diminuir os efeitos da mudança climática ao transportar cargas por hidrovias, já que esse tipo de transporte emite menos dióxido de carbono na atmosfera. Logo, a geração de créditos de carbono será maior. Apesar da turbulência no mundo financeiro, dados do Banco Mundial apontam que o mercado internacional de emissões de créditos continua em rápido crescimento. Só em 2008 dobrou e agora totaliza US$126 bilhões. O relatório afirmou ainda que as projeções de longo termo para o mercado são fortes. Na feira, várias iniciativas foram apresentadas e discutidas em prol do mercado de carbono. Iniciativas como o aprimoramento dos atuais mecanismos de mercado de emissões de gases do efeito estufa e discussões em torno dos projetos florestais, podem ser impulsionadas de acordo com a disponibilidade do governo americano de incluir esses projetos nas visões de projetos aceitáveis em sua legislação do clima; identificar quais das ações implantadas funcionaram efetivamente para amenizar as emissões nas cidades; analisar como os financiamentos que envolvem os créditos de carbono, podem viabilizar medidas de redução nos níveis de emissão dos municípios, entre outros. ■
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EDUCAÇÃO
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Cada vez mais comer significa crescimento e engrandecimento de carreiras profissionais
Por Letícia Oliveira Fotos Moreno
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comidinha da mamãe, que antes compunha o refrão da música infantil, e o então título, tem adquirido novos significados atualmente. Ser gostosa, não é mais suficiente. Especializar-se em tipos de alimentos, em cortes específicos, em regionalismos, entre outros, vem ganhando a preferências dos jovens brasilienses. Brasília é o 3º pólo gastronômico do Brasil e, nesse esteio, estão os cursos de gastronomia. Hoje em dia, muito mais do que dom para cozinhar, o aprendizado de técnicas vem sendo valorizado. Não basta apenas aprender com a mamãe, é preciso fazer da cozinha um verdadeiro laboratório. Sabe-se que um profissional recém-formado possui salário inicial de R$ 800 e, para os chèfs, os salários podem chegar à R$ 20 mil.
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Para bem administrar restaurantes e afins... Essa é a proposta do Curso Superior de Tecnologia e Gestão em Gastronomia do Unieuro, q u e f u n c io n a na unidade da Asa Sul, desde 2005. João Vicente Roberto Duar te, de apenas 27 anos, é coordenador do curso e fala com autoridade do diferencial da grade curricular, “a maioria das pessoas que procura a Unieuro não vê a gastronomia como hobby, mas sim como uma profissão. Então precisamos aliar as partes práticas e teóricas do curso para fornecer também o ideal de saú-
de, nutrição e higiene, relacionado aos alimentos”, comenta. João Vicente é formado em Gastronomia pelo SENAC-SP desde 2004, já esteve na França fazendo estágios na área por três meses, em 2007 começou a atuar como instrutor e depois se tornou professor e coordenador. Ele ressalta que foi necessário abrir novas turmas, pois aumentou em 50% o número de inscrições, do semestre passado para cá. Cleomiro Pereira de Oliveira, o Miro, é um dos alunos da Unieuro e, mesmo antes de formar, já chefia o restaurante Mais Brasil, que funciona nas instalações do Tribunal Regional do Trabalho – TRT. Aos 39 anos ele se sente realizado e engrandece o trabalho da faculdade. “O curso é fantástico, abriu um imenso leque que me fez unir a minha experiência com mais conhecimento e técnicas. Os professores são excelentes e possuem muita experiência”, relata o eleito Chèf Revelação 2008-2009 por um dos periódicos mais conceituados do meio, a Revista Gula.
Para mexer com emoções, antes de mais nada... É cada vez maior a exigência do consumidor, e mais estreito é o relacionamento entre estômago e emoção, para combinar o prato certo com a ocasião perfeita. Quem for inquieto, perspicaz, criativo, ousado e não tiver medo de desafios, tem tudo para ser um profissional de gastronomia. E para isso, o IESB realizou uma importante parceria, com o Instituto Argentino de Gastronomia – IAG. Isso é o que nos conta o coordenador do curso, Sebastian Parasole, que veio do Instituto para conduzir a parceria. “O IESB trouxe profissionais para Brasília, tanto para a montagem quanto para a coordenação da escola. Desse modo, possui uma educação diferenciada, culinariamente falando. Não se fala mais somente na figura do chèf, apenas mais um no cenário de uma cozinha, todos os profissionais precisam estar sintonizados com a questão da higiene, da nutrição, das línguas estrangeiras, sendo o francês imprescindível,
e de empreendedorismo, no IESB o aluno encontra isso”, afirma. O perfil de alunos está mudando porque o cozinheiro agora tem lugar na sociedade e falar disso ao terminar o segundo grau não assusta mais aos pais e familiares. A gastronomia ainda é um ramo profissional novo no Brasil, por isso, o perfil dos alunos é o mais variado possível, ressalta Parasole que está há 15 anos no universo da gastronomia e já esteve em vários países da Europa, se reciclando. A especialidade dele é cozinha fria. Luiza Nakazato Andrade, de 20 anos, percebeu o quanto a escolha pela gastronomia pode ser uma grande conquista pessoal. Hoje conseguiu o respeito que precisava para levar a profissão adiante: “Faço o que gosto de fazer. A estrutura do IESB é excelente, desde os professores até os contatos que o curso propicia, estou muito satisfeita e vejo a satisfação de todos, principalmente com a nova disciplina de culinária brasileira, cuja riqueza a maioria desconhece”. Luiza já atuou como monitora e faz “freelas”, seja em eventos particulares, seja em restaurantes como o I Maestri, de Rodrigo Sanchez, conhecido pelo rigor de seleção do pessoal que trabalha com ele.
Serviço: Unieuro Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5, Brasília Tel: (61) 3445.5888/ 3445.5700 http://www.unieuro.edu.br Iesb Campus Edson Machado SGAS Qd. 613/614 – Lts. 97 e 98 Tel: (61) 3440.3747 www.iesb.br
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PLANOS & NEGÓCIOS
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Por Fábio André Ribeiro
Bobs e Spoleto A Empresa Brasília Restaurante Ltda. foi fundada para atender ao mercado de comida rápida fora de casa e, atualmente, trabalha como franqueada das marcas Bob’s e Spoleto. Detêm 90% dos pontos de vendas Bob’s e 50% dos pontos de vendas Spoleto no Distrito Federal. São treze lojas Bob’s e seis lojas Spoleto. Apesar dos altos e baixos do setor e da economia brasileira, Bolivar, sócio-diretor da Brasília Restaurante, continua acreditando muito no setor de alimentação e pretende abrir mais duas lojas (Bob’s e Spoleto) em 2009. E também apóia e incentiva a abertura de lojas Bob’s e Spoleto para outros franqueados, pois acredita que o Distrito Federal e Entorno têm espaços para montar mais de 50 novos pontos de vendas. Serviço: SHCS 408/409 Bl. “B” Lj.60. Tel/Fax: (61) 3381.5277 bolivar@bobsdf.com.br
Free Corner A marca Free Corner em Brasília é sinônimo de saúde, bemestar e bom gosto. Mas para atingir o sucesso, foram muitos anos de trabalho e de experiência. A Free Corner é líder de mercado no Centro Oeste em produtos de performance, com exclusividade e excelente qualidade, possui a virtude de ser uma loja brasiliense que conhece a fundo a necessidade e o gosto do jovem e do esportista da cidade. A empresa também é presença destacada na organização e no patrocínio de atletas e de eventos. Realiza há cinco anos o Circuito Brasília de Corrida de Ruas. Augusto Filho lembra que, na inauguração da loja Free Corner, no Park Shopping, em julho de 1991, eles tinham somente doze modelos de tênis e 144 pares no estoque vindos da Zona Franca de Manaus. Mas, para alegria dos brasilienses, hoje são oito lojas, sendo seis Free Corners, uma Free Corner Out Let e uma Free Corner Concept. Na Out Let (308 Sul), são comercializados produtos de ponta de estoque da rede Free Corner com ate 50% de desconto e, na Concept (304 Sul), o foco é a moda atual. A Concept trabalha com as marcas: Carmim, Doc Dog, Mandi, Fórum, Cavalera, ECO, Shop 126 e Convert. Serviço: CLS 304 Bl. “D” Lj. Tel/Fax: (61) 3223.6772 www.freecorner.com.br gutomoraes@freecorner.com.br 40
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Anfari – Agropecuária S/A Com a visão de que o setor do agronegócio no Brasil sempre foi importante para a economia brasileira, Antonio Fabio Ribeiro, montou a Anfari – Agropecuária S/A. Assim, nasceu a fazenda Mayara que persiste, até hoje, na criação de gado leiteiro das raças Girolando e Holandês para produção em larga escala de leite integral e para a produção de novilhas de leite com alto valor genético para melhoria do seu próprio rebanho e para a venda a terceiros. A Empresa Anfari destaca-se nessa área pelos elevados investimentos em genética de ponta, adquirindo vários plantéis de renome em Minas Gerais e em São Paulo. Em paralelo à atividade de leite, a Anfari desenvolve plantação de eucaliptos e de árvores de madeira de lei para a finalidade de corte de lenha e para a produção de madeira nobre. Arrenda também terras tanto para o plantio de Soja, como para a criação de gado de corte. Cria ainda vacas de corte para produção de bezerros. Para o consumo da fazenda, produz milho, milheto, cana e sorgo para alimentação das suas vacas de leite. Serviço: Rodovia GO 435 Km-32 Padre Bernardo/GO Tel/Fax: (61) 3364.3388 agropecuária@mestredarmas.com.br
Casa do Automóvel Fundada com o propósito de ser diferente. São 12 anos de mercado. Seu lucro principal está no relacionamento com seus clientes e na determinação de servi-los bem. Linei Fernandes, sócio-gerente da Casa do Automóvel, teve uma história de sucesso construída com muito esforço e trabalho. A Casa do Automóvel tem alguns diferenciais quando comparada com a concorrência. Entre eles, todos os seus veículos passam por um teste de inspeção veicular chamado “Car Test”, no qual são atestados todos os itens de mecânica e de segurança do carro a ser vendido. Há também a garantia total de até 90 dias após a venda. Serviço: SCIA Qd. 15 Conj. 7 Lote 7 Cidade do Automóvel Tel./Fax: (61) 3701.7300 www.cidadedoautomovel.com.br lineidf@gmail.com
Escola Francesa Há 20 anos em Brasília a Escola Francesa tem oferecido ensino bilíngüe de qualidade. Uma das propostas pedagógicas da Escola é “aprender a aprender”. Do maternal ao ensino médio, um programa, dois idiomas, uma dupla cultura com professores franceses ou formados à francesa. Os educadores adaptam suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno. Ressaltando que a escola atende não somente brasileiros, mas os que vêm de outros países, como filhos de embaixadores e de funcionários de multinacionais. O Lycée Français François Mitterrand constitui uma porta aberta sobre a continuidade educativa numa rede de 449 estabelecimentos escolares no mundo, sobre o acesso as universidades francesas e européias e a possibilidade de vivenciar uma dupla cultura tanto nos processos de aprendizagem quanto na vida cotidiana. A instituição, que em Brasília atende a 350 alunos, inicia ainda este ano a construção de uma nova Escola no Lago Sul, na QI 21 com capacidade para 700 discentes. Serviço: EQS 708/907 – s/nº Lote C Tel: (61) 3443.6464 / 3443.9125 E-mail: lfm@tba.com.br
Dog Way Pet Shop A Dog Way Pet Shop, que teve início em 2007 está sob nova direção: Kênia Silva, atual proprietária, tem investido alto para satisfazer o cliente, não só oferecendo produtos, mas também tirando dúvidas e trazendo novidades. A estrutura oferece ainda serviços de taxi dog, clínica veterinária com todo tipo de cirurgia, inclusive ortopédica, avicultura, agropecuária e medicamentos. Hoje a empresa é o verdadeiro recanto dos bichos! Lá, não só os animais ficam felizes, mas seus donos, que encontram de tudo para mantê-los saudáveis. Com os mais avançados conceitos no tratamento, embelezamento e alimentação para animais como, cães, gatos, peixes, roedores e pássaros, a empresa tem fidelizado seus clientes, pois trabalha com os melhores produtos do mercado pet. Serviço: Qd. 01 Lote 05 loja 03 Vargem Bonita – DF Tel: (61) 3380.3170
CasaPark: mais lojas, maior diversificação! O CasaPark apresenta suas novas lojas ao público: Formaplas, Evviva Bertoline, Sonotto e Novo Projeto. Líder no segmento de decoração em Brasília, as novas operações prometem abrilhantar o seleto mix do Shopping. O CasaPark é um shopping de decoração completo. Oferece opções de móveis e também todos os detalhes relacionados a arquitetura como revestimentos, acabamentos, acessórios com design e decoração. O shopping busca operações que tenham um histórico positivo no mercado, além, é claro, de lojas na área de decoração que podem ser chamadas de grifes, ou seja, operações que são referências para outras. Hoje, não há espaço disponível para novas lojas no CasaPark. Mas existe uma previsão de crescimento em função das mudanças que ocorreram no mercado e, principalmente, ao redor do shopping. Em breve, o CasaPark estará inserido dentro de um bairro residencial. O CasaPark é bastante admirado pelo mercado em função da referência de qualidade que conquistou junto ao público e pela seleção criteriosa das marcas que ocupam os espaços do shopping. Serviço: CGSV Sul Lt. 22 Tel: (61) 3403.5300 www.casapark.com.br
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AUTOMÓVEL
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Utilitário esportivo tem personalidade e estilo inconfundível Da Redação Fotos Divulgação
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s utilitários esportivos, também conhecidos como SUVs, do inglês, "Sport Utility Vehicles", são veículos fabricados a partir de chassis de caminhonetes. É um tipo de veículo especialmente popular nos Estados Unidos que combina bom espaço interno para passageiros com a versatilidade de carga de uma pickup. Com design que mescla o estilo consagrado da Classe G e a modernidade da linha de automóveis Mercedes-Benz, a Classe GLK oferece muita tecnologia, segurança e itens voltados à esportividade e ao universo fora de estrada.
A mistura de conceitos: tradição e robustez da Classe G com a sofisticação e modernidade de estilo dos automóveis Mercedes-Benz, deram origem à Classe GLK. Uma classe que estabelece novas linhas e tendências de conceito e design para o segmento de SUV. O modelo está disponível no mercado brasileiro na versão GLK 280, equipada com motor V6 a gasolina de 231 cv de potência O desenho combina ângulos com contornos marcantes e vincos acentuados. O propósito dos projetistas foi, realmente, criar um modelo que carregasse a essência da Classe G em seus contornos, conforme comenta o chefe de design, professor Peter Pfeiffer, "com a Classe G criamos um ícone de estilo que foi um marco de progresso no design de utilitários esportivos nos últimos 30 anos. A combinação deste marcante conceito com a linguagem do design recente da Mercedes-Benz tornou o GLK um veículo com personalidade única." O GLK se diferencia completamente de seus concorrentes.
GLK 280: O novo SUV compacto da Mercedes-Benz 42
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A linguagem do design de linhas alongadas e superfícies extensas é combinada com os aspectos típicos da carroceria de um veículo fora de estrada. Tais como balanços curtos, dianteira com silhueta verticalizada, colunas do teto delgadas, parabrisa com maior inclinação e capota de linhas limpas e estreitas. Além de criar um estilo, o design da carroceria permite que as vantagens típicas de um veículo desse segmento sejam introduzidas pela primeira vez na categoria de utilitários esportivos compactos, que, em geral, é mais orientada ao asfalto. Os ângulos de entrada e de saída, além da favorável distância do solo proporcionam "aventuras" seguras e prazerosas fora da estrada. A boa visibilidade oferecida pela ampla área envidraçada, combinada com a posição do assento, aumenta sua praticidade para a rotina diária e garante uma condução descontraída, mesmo no intenso trânsito urbano. Com personalidade marcante, o veículo oferece dimensões práticas tanto para quem passa a maior parte do tempo na cidade, quanto para aqueles que apreciam passar algumas horas fora delas. O modelo tem comprimento de 4.528 milímetros, largura de 2.016 mm (entre espelhos) e altura de 1.689 mm.
Condução confortável, dinâmica de direção e desempenho fora de estrada A suspensão Agility Control da Classe GLK demonstra alto nível de flexibilidade e resolve um conflito comum dos utilitários esportivos, para os quais os projetistas de chassi desejam criar um veículo que seja tanto ágil do ponto de vista esportivo quanto confortavelmente suave e que ainda possa enfrentar terrenos fora de estrada. Nesse caso, a solução está presente no sistema Agility Control, que controla o amortecimento dependendo das condições do piso e do estilo de pilotagem. Quando se conduz com tranquilidade por estradas sinuosas ou durante manobras lentas fora de estrada, o sistema responde com suavidade, aumentando o nível de conforto dos ocupantes e a capacidade do veículo em trilhas. 4MATIC: tração integral com sistemas de comando sofisticados A tração 4Matic que equipa a Classe GLK é um dos sistemas mais eficientes disponíveis no mercado. Capaz de transferir, automaticamente, a força de tração para qualquer uma das rodas, de acordo com a situação de aderência no momento. Tudo sem que nenhum comando tenha que ser dado pelo motorista, garantindo máxima segurança e conforto em situações fora de estrada. Além disso, os sistemas dinâmicos de condução ESP®, ASR e ABS/ BAS atuam em conjunto para garantir segurança e dinamismo, além da melhor estabilidade de direção, garantida tanto no asfalto, quanto fora dele. O consumo de combustível é compatível ao dos automóveis que circulam na cidade, enquanto os níveis reduzidos de vibrações e de ruído equivalem ao dos carros mais luxuosos. A embreagem de múltiplos discos do diferencial central controla o sistema de tração se o atrito entre os pneus e a superfície estiver muito baixo, por exemplo, sobre areia ou lama. Nessas situações, o sistema controla a distribuição de tração para manter o alto nível de estabilidade direcional.
fixação para bancos de crianças ISOFIX; Indicador de uso do cinto pelos passageiros do banco traseiro no painel de instrumentos e BAS - Brake Assist System (Sistema de Assistência de Frenagem). Interior amplo, requintado e funcional
Motor V6: desempenho aliado a emissões e consumo reduzidos O GLK 280 está equipado com o eficiente propulsor V6 de 231 cv de potência e 300 Nm de torque, movido a gasolina. Além de oferecer alto desempenho, o motor da Classe GLK se caracteriza pelo reduzido consumo de combustível, o que também ocorre com o nível de emissões. Além disso, o modelo está equipado com a transmissão automática 7G-Tronic, de sete marchas e trocas sequenciais. Porém, o desempenho e o baixo consumo de combustível não se devem apenas à eficiente combinação entre motor e transmissão de alta tecnologia. O baixo peso e a aerodinâmica excepcional para um veículo com esse tipo de design também ajudam no desempenho. Amplo pacote de segurança para a proteção dos ocupantes O espaço interno do GLK 280 tem uma base muito eficiente para os sistemas de proteção dos ocupantes. Esses sistemas incluem airbags de dois estágios para o motorista e o acompanhante; airbags laterais nos bancos dianteiros; airbags de janela a partir da coluna A até a coluna C; proteção para a cabeça Neck-Pro, que suaviza os efeitos de uma colisão traseira para o motorista e o passageiro do banco da frente; cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes; tensor e limitador de força adaptável do cinto de segurança para o motorista e o passageiro do banco da frente; tensor e limitador de força do cinto de segurança para os assentos laterais do banco traseiro; sistema de
A aparência distinta da carroceria tem continuidade na parte interna do GLK. O tratamento contemporâneo das superfícies traz o mais recente estilo de design Mercedes-Benz para o modelo. Além disso, oferece um interior muito confortável, com materiais de alta qualidade. O painel é dominante e se prolonga para as portas, dando a impressão de que o espaço interno é ainda mais amplo. Os instrumentos possuem desenho moderno e computador de bordo integrado no quadro de instrumentos, com tela de cristal líquido, que se destaca no painel. A versão GLK 280 é equipada com acabamentos internos em alumínio nos painéis das portas. O descanso de braços para o motorista, com porta objetos, traz o seletor de controle localizado ergonomicamente na posição ideal entre os bancos dianteiros. O controle dos menus segue a lógica intuitiva usada na Classe S e Classe C. Em termos de espaço interno os arquitetos de interior da MercedesBenz conseguiram chegar a dimensões internas e nível de conforto que se equivalem ao que é oferecido pela Classe M, um veículo muito maior que o GLK 280. O compartimento de bagagem, que inclui uma área para carga adicional abaixo do assoalho, acomoda no mínimo 450 litros. Quando os bancos traseiros, com divisão 1/3 - 2/3, são dobrados para frente, a capacidade de armazenamento chega ao limite de 1.550 litros - o compartimento de carga possui 1.674 mm de comprimento Serviço: Brasília Motors Trecho Epia, SAIS, Lote B Saída Sul Núcleo Bandeirante - Brasília - DF (61) 3301.9900
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CULTURA
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Canta e Dança a Jovem Senhora Candanga
Por Letícia Oliveira Fotos Moreno & Divulgação
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onhecida por ser uma cidade sem esquinas e por ter setor para tudo: É setor bancário, setor comercial, setor daquilo... Ufa! Com a entrada do século XXI, os brasilienses, pressionados pela paz aos moradores, viram muitos de seus lugares fecharem as portas, pois não
Calaf Há 20 anos em Brasília, além de conhecido como roteiro gastronômico devido à feijoada e a cozinha espanhola, o Bar do Calaf tem mais alguns segredos, o samba, o serviço e a perseverança. Foi o que nos contou Venceslau Calaf, dono do estabelecimento e que há anos se consolida como um dos grandes empreendedores da Capital.
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encontravam espaços para seus artistas, seus músicos. Os empresários do setor tiveram que, literalmente, sambar para oferecer música aos seus clientes. É que a maioria dos locais de música ao vivo da cidade se situavam nas comerciais das entre quadras. Com a proximidade dos prédios residenciais, a chuva de reclamações era tórrida. Muitos locais não resistiram, porém, outros aproveitaram de suas localizações e investiram em projetos diversos. A Plano Brasília visitou alguns deles para convidar você a cantar, dançar e se divertir.
O sucesso da cozinha se juntou ao fato de a localização do Bar, num dos endereços centrais de Brasília, o Setor Bancário Sul, permitir a seus clientes um excelente local para happy hour. E foi em 2000 que o Calaf começou a investir em música. Venceslau Calaf conta que “tudo começou com o grupo Samba Choro, às sextas e sábados, e foi crescendo aos poucos, sem contar o fato de não incomodar a ninguém, recebo uma média de 200 a 300 clientes durante a semana, chegando a 600 pessoas nos dias de maior movimento”. O couvert artístico – com valores entre R$ 5 e R$ 30 - é exclusivo dos músicos. Nos finais de semana, o samba reina e, durante a semana, tem música para todos os gostos. Às segundas, a festa é da música negra, com o grupo
Criolina, para quem curte samba, sambarock, soul e hip-hop. Nas terça, a vez é do projeto Adora a Roda, com os clássicos do samba, desde Paulinho da Viola até Dona Ivone Lara. Às quartas ficaram em aberto no mês de maio, mas junho já tem previsão de uma programação voltada para o Jazz. Grande sucesso na cidade, o grupo Salve Jorge, é quem dita o ritmo nas quintas e recebe convidados diversos para tocar Jorge Bem, Tim Maia, Djavan, Chico Buarque, entre outros. Nas sextas, MPB com Tino Freitas, que também toca composições próprias. Serviço: Bar do Calaf SBS - Edifício Empire Center Térreo Tel: (61) 3325.7408 calaf@brturbo.com.br www.calaf.com.br
Gate’s Pub Viajando na música Para os que gostam de um lugar mais fechado, também na cidade desde o final dos anos 70, o Gate’s Pub é um dos consagrados lugares de Brasília para quem gosta de música ao vivo e, também, de discotecagem. Essa idéia começou quando a casa já tinha dez anos e foi vendida para Sérgio Resende e Rubens de Carvalho que introduziram uma proposta musical com o melhor do jazz, blues, rock, MPB, trilhas sonoras, bossa nova, música instrumental brasileira e até música clássica. Em 1989 o Gate’s foi reformado para proporcionar um espaço desenhado para quem gosta de dançar e apreciar boa música, o Gates também está na relação entre os melhores lugares da cidade para tal feito. Um dos grandes sucessos da casa é Schloβ Taberna alemã em Brasília Desde 1989, o Schloβ é um sucesso em Brasília e foi um dos lugares que resistiu à pressão dos moradores para levar boa música aos clientes. São os dias em que a Casa garante o maior movimento. O gerente da Casa, Marconi de Abreu, conta que atualmente o carro chefe da casa é o Grupo Satisfaction, que todas as quintas reúne gente bonita e leva o melhor do pop rock nacional e internacional aos clientes. Nesses dias, chegar cedo é imperativo para conseguir um bom lugar. Toda terças tem sempre um
o projeto Dancing Gate’s, que desde o reveillon de 1990 bota a juventude para ouvir o melhor do pop rock nacional e internacional. O responsável pelo projeto Dj Marcelo nos conta que, às terças e domingos a Casa lota. “A noite já passou por vários estilos, numa época foi 100% rock’n roll, e aos poucos coisas mais modernas foram inseridas, como Acid Jazz e Ragga. Na atualidade, o show especial e aos sábados a casa também está aberta para projetos diversos. E para acompanhar a boa música, o cardápio possui várias opções de salsichões, linguiças, lombinho, chucrute, pernil e eisbein. A cerveja gelada, o ambiente e a meia luz consagram o lugar como um dos grandes points das terças-feiras. Outro sucesso é o Clube do Whisky, com diversos rótulos e ótimos preços. O couvert artístico da casa, em dias de música, é de R$ 6.
forte tem sido a música eletrônica e o hip hop. Já é a terceira geração do projeto, sem nunca deixar para trás a tradição”. Nesses dias, a entrada do lugar fica entre R$ 10 e R$ 20. Além do Dancing Gate’s, o Pub recebe músicos da cidade e músicos de referência no cenário nacional, promovendo uma excelente integração entre artistas e público. O Gate’s realizou quatro festivais: o “Brasília Blues Festival”, em 1993; o “Gate’s Blues Festival”, em 1998; o “Festival da Cultura Calango”, em 1999; e o “Brasília Jazz Festival”, em 2006. Serviço: Gate’s Pub SCLS 402/403, Bloco “B” Loja 34 Tel: (61) 3225.4576 www.gatespub.com.br
Serviço: Schloβ SCLN 308/309 Bloco B Lojas 6/12 Tel: (61) 3033.1766
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VIDA MODERNA
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Esqueci os ingressos. E agora? Brasília já conta com tecnologia para compra de ingressos via internet
Por Ana Helena Melo Foto Moreno
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arece até saído de algum desenho dos Jetsons, a família futurística que possuía aparelhos e tecnologias de fazer inveja a qualquer um. Faltando 15 minutos para o show da banda favorita, o brasiliense, indeciso se vai ou não, pode a partir de agora acessar o site da Bilheteria Digital de dentro do carro, via celular e emitir o ingresso que será enviado como código de barra via torpedo. Feito isso, ele pode ir direto para o portão de entrada onde um sensor lerá o código de barras recebido na mensagem SMS, no visor do aparelho telefônico e liberar a entrada. Uma operação rápida, prática e ecológica, uma vez que não há gasto de papel. A Bilheteria Digital, empresa que traz a tecnologia para Brasília e entorno, oferece ainda outra opção aos clientes nos cinco pontos fixos de venda de ingressos que a empresa já possui. O interessado pode comprar o seu bilhete direto na máquina de cartão de crédito e no final da operação escolher se quer emitir um comprovante com o número do ingresso ou se prefere receber via mensagem no celular. 46
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Responsável pelo setor de tecnologia da empresa, Paulo André Ferreira, afirma que a novidade já é um sucesso em outras regiões do país. “Fizemos um grande trabalho no carnaval, no camarote da Band. As pessoas, que saíam de um show e iam para outro não precisavam carregar mais um ingresso”, conta Ferreira. Para as empresas de promoção que se interessam pela tecnologia é necessário um contato prévio com até 15 dias antes do início das vendas. O prazo é considerado curto devido à automatização do sistema da empresa. “Essa é uma das vantagens de todo o processo ser digital. De um evento para outro, pouca coisa precisa ser ajustada”. Outro benefício dado aos produtores é o controle em tempo real do número de ingressos vendidos. No caso de roubo ou extravio do celular a empresa recomenda comunicação imediata à central de atendimento, de preferência com cinco horas de antecedência ao evento, que irá resgatar as informações e emitir novo bilhete para outro aparelho. A preocupação com a clonagem do ingresso não foi esquecida, como afirma Paulo: “o sensor não lerá apenas o código de barras, o que inviabilizaria a clonagem”. Segundo a empresa ao efetuar a compra, o número e o modelo do aparelho celular para o qual foi gerado o código de barras ficam gravados no sistema da empresa.
Paulo André
Serviço: Bilheteria Digital Tel: 3248 5000 www.bilheteriadigital.com.br
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ESPORTE
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Pa-Kua:
Eu, hoje, melhor do que ontem... Conheça as oito mudanças que estão se consolidando na Capital Federal e que buscam agregar valor à vida dos praticantes. Por Letícia Oliveira Fotos Arquivo
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á é bem sabido por aqui no ocidente que as filosofias orientais atuam em prol do bem-estar físico e mental. E essa é a ideia do Pa-Kua (que significa oito mudanças), sempre trocando experiências para estar cada vez melhor. Na primeira aula aberta de Brasília, ocorrida no Parque da Cidade no último dia nove de maio, foi possível perceber que o conhecimento milenar a serviço do homem moderno, atende a crianças, jovens, adultos e também à terceira idade. Mas o que é Pa-Kua? Com mais de cinco mil anos de existência, o objetivo principal do Pa-Kua é aliar disciplinas orientais com o objetivo de fazer os praticantes crescerem pessoalmente: se auto-conhecerem, adquirirem boas práticas de saúde e alimentação, melhorarem o condicionamento físico e ter uma vida mais harmoniosa. A Escola Pa-Kua de Conhecimentos em Artes Orientais tem mais de 40 anos e não existe apenas no Brasil, como também na Argentina, EUA e em diversos países europeus. No Brasil já possui 20 anos de existência. Essas disciplinas eram, até pouco tempo, sete: Yoga, Tai-Chi, Artes Marciais, Reflexologia, Ritmo, Acrobacia e Espada. Recentemente, mais uma disciplina foi agregada, a do Pa-Kua Energia que fecha o ciclo das oito maestrias pre48
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vistas para as oito mudanças, “é um sem fim de atividades teóricas e práticas que visam equilibrar a saúde, alimentação, vias de energia e muito mais”, explicou o mestre Vitor Hugo. Para mais informações, entre no site da Liga Internacional, www.pa-kua.com.br. Além disso, o Pa-Kua também oferece técnicas terapêuticas capazes de prevenir e tratar doenças diversas. Tudo isso por meio da medicina tradicional chinesa como a acupuntura, massagens, reiki, moxabustão, reflexologia e auriculoterapia. Outro detalhe da atividade é que nela não há competições ou exames que discriminem melhores e piores, mas sim a busca pelo constante crescimento de cada pessoa, individualmente. Para obter tais benefícios, não é necessário que o praticante realize as oito modalidades, ele deve apenas se voltar para as atividades com as quais melhor
se identifica. Atualmente as aulas são ministradas no Parque da Cidade, próxima do Lago dos Patos, ao custo mensal de R$ 35,00. É possível também ser um mestre em uma das disciplinas de Pa-Kua, o que exige um treinamento diferenciado. E para a maior consolidação da escola em Brasília, a formação de mais mestres é imprescindível. Você pode ser um mestre, informe-se. A Aula Aberta À beira do Lago dos Patos, que ora insistia em refletir tons dourados do beijo dos raios solares no espelho d’água, ora mostrava as sombras das nuvens em tons prateados, algumas pessoas se reuniram, a maioria iniciantes, para a I Aula Aberta de Brasília. Participaram os mestres Vitor Hugo – 4º grau, Linha
Cleber Sousa
Dourada; e John Lenon – 2º grau, vindos de Uberlândia, e Flávio Oliveira – 2º grau, o curitibano que está aproximando a atividade dos brasilienses. Durante o evento alguns alunos também receberam faixas, Fabrício e
Cleber receberam a faixa laranja em artes marciais e as alunas Tassyla e Fernanda, faixa amarela no caminho para a graduação em Yoga. Ao final, o mestre Flávio também foi graduado com distintivos em formação marcial (preta, 2º grau) e armas de corte (vermelha). Entre os novatos, era notório o brilho do olhar a cada movimento aprendido, realizado, embora muitos parecessem meio desajeitados, via-se satisfação quando um dos mestres se aproximava e declarava, “muito bem, o movimento está correto”! Pura superação! Enir Mota de Souza e Igor Aires Gomes, iniciantes, se uniram para aprender os movimentos do Pa-Kua. Detalhe que, embora mestre Flávio tenha manifestado a necessidade de montar turmas específicas para crianças, os 39 anos de Enir, face aos treze de Igor, não representaram impedimento. “Eu fiquei muito interessada, gostei muito e olha que eu não gosto de nenhuma atividade física e me interessei”, falou entusiasmada Enir. O tímido Igor apenas concordou. Já mais sintonizado com o Pa-Kua,
Cleber Sousa, 28 anos se prepara para ser mestre em formação marcial e relata, “para mim, os benefícios do Pa-Kua não se resumem apenas no físico, mas sim em absorver todo um conhecimento oriental que me ajuda a refletir sobre questões práticas do dia a dia, melhorando a minha capacidade de observar, raciocinar, memorizar, focar e executar... Já sinto essas diferenças nas relações com as pessoas seja em âmbito pessoal ou profissional”. Depois de todo o aprendizado, houve uma avaliação da atividade pelos mestres e praticantes, sobre o que mais gostaram e desempenho que tiveram. Foi prometido que a Escola em poucos meses estará consolidada. Todos se mostraram muito empolgados e satisfeitos e disseram que voltarão. Inclusive, essa repórter! ■ Serviço: PA-KUA Lago dos Patos – Parque da Cidade, próximo ao estacionamento 10. Mestre Flávio Oliveira Tel: (61) 8431.9760
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PERSONAGEM
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Falar de profissionalismo e garra é falar do farmacêutico
Rogério Tokarski Para se manter no mercado é necessário mais do que força de vontade, é necessário conhecimento técnico
Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos Telmo Ximenes
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ogério, catarinense de Canoinhas, nasceu para desbravar. Filho de pais exigentes e família numerosa, 11 irmãos. Orgulha-se ao lembrar que, desde menino, trabalhou e contribuiu com as tarefas da família. “Meus pais sempre cobravam que tínhamos de estudar e sempre procurei fazer o melhor por mim e por minha família”. A paixão pela botânica e química vem de longe. O contato com as ervas medicinais iniciou-se com a tradição da família. Estudar no Colégio Agrícola de Ponta Grossa-PR, só potencializou o interesse dele. Em 1969, quando ainda nem era universitário, foi selecionado e convidado a participar do Projeto Rondon. Desde então sua vida tornou-se um desafio. Ingressou na faculdade de farmácia com louvor, sendo o 1º colocado no vestibular. Mas sua vida de conquistas foi além, percebeu que não bastava apenas estudar para se tornar um grande profissional, mas lutar para resgatar a atuação do profissional farmacêutico. Mostrar ao mundo a importância desse profissional para a sociedade e para a medicina. “O farmacêutico é o principal elo entre o paciente e o médico. Enquanto o médico prescreve a 52
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receita, o farmacêutico assessora o médico orientando seus pacientes”, enfatiza Rogério. Foi também o primeiro farmacêutico brasileiro a fazer pós-graduação em Farmácia Clínica no Chile. Foi fundador e presidente da Anfarmag, atuou no Conselho Regional e Federal de Farmácia. A paixão e ousadia dele pela profissão continuam, hoje é conselheiro do Conselho Nacional de Saúde, Conselheiro do SESC e Membro do Sindicato Varejista. Tudo para poder contribuir com a valorização do profissional Farmacêutico na sociedade. A história do “R” começou desde cedo. Rogério identificava todo o seu material escolar com suas iniciais, um “R” grafado com um “t” diagonal à letra. Seu professor, observando que a sua assinatura parecia muito com o símbolo da Farmácia Antiga chamoulhe a atenção para a coincidência em relação à profissão escolhida. O “ ” é uma invocação a Júpiter, planeta que protege os enfermos. Coincidência ou não, o “R” tem marcado sua história e tem sido sua marca registrada... Rogério, Rondonista, Rotaractiano, Romelita, e por fim, a marca R. Farmacotécnica, que está mais que difundida e consolidada. A alquimia não tomou conta apenas de sua cabeça, também contagiou seu coração. Casou-se em 1976 com Romelita Milagres com quem pode compartilhar dos mesmos ideais. Farmacêutica especialista em Manipulação Magistral Alopática, fundou em 1992 a divisão de cosméticos da Farmacotécnica, a R.Kosmein, marca genuinamente brasiliense, que prioriza a utilização de matérias-primas nobres e alta tecnologia na produção de seus cosméticos. Quem trabalha com tanto afinco e responsabilidade merece reconhecimento. Hoje a Farmacotécnica é ícone em precisão e confiabilidade. Afinal, são mais de 33 anos de existência, dedicados a dar opções aos médicos de prescreverem o medicamento sob medida e na dose
certa de acordo com as necessidades de seus pacientes. Rogério revela que mesmo com o crescimento da indústria farmacêutica, ainda há uma necessidade de profissionais em farmácia em todos os níveis da sociedade. “Tenho orgulho de ser um dos profissionais que lutou muito para que fosse criado o curso de farmácia na UNB e ter difundido o interesse da sociedade por esse profissional”. Hoje, no Brasil, são 306 cursos de Farmácia. O experiente farmacêutico afirma ainda que no passo que vai, Brasília se tornará um centro de referência em farmácia, já que a cada dia aumenta a necessidade de se produzir medicamentos na quantidade certa e suficiente para cada paciente, “a profissão de farmacêutico é milenar e continuará sendo a profissão do futuro”, concluiu Rogério. De fato, cada pessoa tem necessidades únicas, pois possui estrutura corporal diferente, o que demanda doses e princípios ativos diferenciados. Rogério é um profissional ávido por tecnologias que ofereçam além de comodidade e qualidade de vida, precisão nas dosagens para atender com segurança às necessidades individuais. Suas farmácias são equipadas com laboratórios de última geração. A estrutura conta com farmacêuticos especializados em manipulação, credenciados pela Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfar-
mag), sem contar que estão em contínuo processo de aperfeiçoamento, tudo para dar confiança ao cliente. A Farmacotécnica não só manipula seus produtos e medicamentos. Desde a sua criação ela mantém o cultivo próprio de ervas medicinais na Chácara 21 em Vargem Bonita. São cerca de 30 espécies cultivadas e processadas em aparelhos de alta tecnologia, utilizados para secar as ervas. Os laboratórios são equipados com câmara exaustora, balança de precisão e controle de umidade, sempre visando a qualidade e segurança das ervas embaladas. Detalhes que fizeram da empresa um referencial internacional em técnicas de plantio, colheita e secagem. A excelência da Farmacotécnica pode ser conferida também em sua preocupação socioambiental e educacional, que há oito anos mantém um projeto de responsabilidade social - o Projeto Preservar – que nasceu de uma parceria com o Centro de Ensino Fundamental da Vargem Bonita. O Projeto visa estimular a preservação do meio ambiente e resgatar o conhecimento popular sobre ervas medicinais. Anualmente, o Projeto atende a mais de 1.500 crianças. “Além de fugir do conteúdo programático das escolas, o projeto permite que os alunos tenham contato com novos conhecimentos, preservando as tradições sobre o uso das ervas medicinais”, destacou Rogério. ■
Rogerio Tokarski entre as mulheres de sua vida: Romy, Romelita e Rogy
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SAÚDE
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Tecnologia aliada à saúde bucal A cultura da beleza, trazida pela globalização, atingiu também à estética bucal
Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos Arquivo Pessoal
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s aparelhos ortodônticos fazem parte da vida do brasileiro há pelo menos 30 anos. Eles, que já foram os vilões da beleza, motivo de vergonha e, muitas vezes, causadores de apelidos nada agradáveis como boca de ferro e sorriso de aço, agora fazem parte do passado. O mercado consumidor tem gosto, preço e está em constante mutação. A busca para corrigir a posição dos dentes e dos ossos maxilares aumentou consideravelmente no Brasil e, principalmente, no DF. De uns anos para cá, exibir um sorriso
metalizado deixou de ser feio e passou a ser ‘normal’. Hoje, é comum entre adultos, jovens e crianças a exposição de um brilho fashion proporcionado pelos aparelhos. O fenômeno é observado também entre as celebridades que passaram a usálos, influenciando a forma de pensar das pessoas. Mas ainda há os que resistem, mesmo precisando ou querendo mudar a posição dos dentes. A questão não é só estética. Incômodos, tratados inicialmente como se fossem problemas neurológicos e ortopédicos, podem trazer dores e perda na qualidade do sono e de vida, como afirma o Dr. Sidney Gomes Medeiros, especialista em ortodontia: “quanto mais cedo for detectado o problema, melhor para iniciar
o tratamento e evitar uma série de transtornos, inclusive, doenças que a princípio aparecem sem uma razão visível, como dores de cabeça, no ombro e pescoço, problemas de respiração, apnéia e ronco”. O erro no diagnóstico, além de adiar o tratamento, pode agravar a questão. Se você tem algum tipo de travamento para abrir a boca, se seus maxilares estalam ao mastigar, ou se sente alguma dor na face ou têmporas, pode ser que você tenha uma DTM - Desordens Temporo Mandibulares. Ou seja, um mau funcionamento das Articulações Temporo Mandibulares (ATMs). Outros problemas causados pelo mau funcionamento das articulações são o apertamento diurno e o bruxismo, nesses Dr. Sidney
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além de poder sorrir sem medo. Mas as novidades não param por aí, a tecnologia avançou e atingiu em cheio a boca dos brasilienses. Problemas como a mordida cruzada, sobremordida, mordida aberta, desvio de linha mediana, diastema e apinhamento, são casos de posição incorreta dos dentes e podem ser facilmente resolvidos com o estudo e tratamento ortodôntico adequado. Rozana Dr. Sidney, ortodontista há 20 anos, fala das vantagens dos casos, os músculos se mantêm contraídos aparelhos ortodônticos: "O uso dos aparepor muito tempo. No bruxismo, o próprio lhos pretende corrigir a posição da arcada barulho dos dentes rangendo é percebido e promover a saúde bucal, mas muitos pelas pessoas da família, também é co- outros problemas podem ser eliminados", mum a pessoa acordar pela manhã com afirmou. a musculatura da face dolorida. A última novidade é o aparelho InviHoje, os pacientes contam também salign, uma nova tecnologia que promete com dispositivos ortodônticos bastante corrigir os dentes de forma quase invisíeficientes e quase invisíveis, como o vel, mais confortável e mais saudável, pois chamado aparelho fixo transparente. não utiliza fios metálicos nem braquetes. A indústria de materiais ortodônticos A novidade é importada dos Estados adotou a cerâmica como principal cons- Unidos e utiliza jogos de alinhadores tituinte dos aparelhos fixos estéticos, já transparentes feitos sob medida. O novo que esse material resiste melhor às forças método também promete diminuir o temproduzidas pelo fio e é mais resistente às po de correção da arcada dentária em pelo manchas. O aspecto é mais agradável, menos 10%, pois não há o risco de que
os famosos “braquetes” se soltem. Com ele é possível escovar os dentes e passar o fio dental normalmente, não mudando em nada a vida social das pessoas. De acordo com Dr. Sidney cada pessoa tem um tratamento específico. Os dentes vão se movendo aos poucos, já que a cada duas semanas são trocados os alinhadores. Os resultados aparecem entre seis meses e um ano, dependendo do caso. O sucesso do novo aparelho é comprovado por Annabel Castagnolli Ferreira, publicitária de 38 anos. Ela fala da comodidade do aparelho: “Percebi a diferença em poucos meses, com ele a comodidade é total, facil de limpar e é praticamente invisível, sem contar que reposicionam os dentes passo a passo para conseguir um sorriso que deixa qualquer um orgulhoso. Sem dor, nem trauma”, completa a publicitária. ■ Serviço: ORTOBRASÍLIA SCN Qd. 05 Bl. “A” sala 907 Brasília - DF (61) 3328.3904 ortobrasília@gmail.com.br www.ortobrasilia.com.br
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COMPORTAMENTO
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E vos declaro:
Se a intolerância entre os jovens é grande, entre os casais da chamada melhor idade é ainda maior Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Rodrigo Dias
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esquisas recentes do IBGE mostram que houve um aumento considerável na taxa de divórcio entre os casais na faixa dos 60 anos. O índice chega a ser 38% maior do que no restante da população. E como fica aquela famosa e linda frase, serão felizes para sempre? Não fica. Ao que parece, nem mesmo os mais experientes acreditam que seja verdadeira. Afinal, não existe uma receita pronta para o relacionamento entre duas pessoas. Alguns psicólogos acreditam que a independência da mulher tenha influenciado no comportamento, já que hoje elas não precisam e não se sujeitam mais às vontades e tutela dos maridos. Antes, era comum su-
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portarem traições e até maus-tratos para manter as aparências ou em nome dos filhos... Eram poucas as pessoas que achavam que valia à pena se separar na terceira idade. Outro fator apontado é a maior expectativa de vida. Vivendo mais e com mais qualidade, os idosos não se contentam em fazer crochê, sentar na varanda e sentir a brisa passar, ou ainda brincar com os netinhos. A melhor idade descobriu a noite, as baladas, as academias, os clubes e até as faculdades. Derrubaram definitivamente as fronteiras. Agora, a idéia largamente propagada é que ainda se pode fazer muita coisa depois dos 60 anos. Voltar a estudar, realizar desejos simples como, viajar em uma excursão com amigos, praticar esportes e até namorar são atividades realizadas sem maiores dificuldades, pelos mais novos solteiros. Como explica
Divina Oliveira da Paz, de 63 anos. “Eu achei que não ia viver até os 40, era muito dependente, mas hoje eu penso que ainda vou realizar muitos sonhos, como dirigir um carro, por exemplo”. A felicidade cabe em qualquer etapa da vida. “Não é porque me separei que o mundo vai acabar”, declarou Divina, que está divorciada há dois anos. Em alguns casos o dito popular cai como uma luva, “é melhor só do que mal acompanhado”. Muitas vezes a separação serve até como estímulo para que os mais experientes se redescubram, sejam mais independentes, ativos e satisfeitos com a vida que levam, tanto homens quanto mulheres. Mas como nossa sociedade é machista e patriarcal, no caso das mulheres há maior dificuldade em encontrar um novo companheiro. O IBGE aponta que para cada três
homens com mais de 60 anos que se casam, apenas uma mulher nessa faixa de idade assina o papel. Normalmente, o homem se casa com mulheres mais jovens. Outro fato que também é assunto entre os psicólogos é a crise do ninho vazio, quando os filhos se casam e saem da casa dos pais. O casal deixa de ter objetivos comuns para a vida e a falta de objetivos pode ser o início do fim do relacionamento. Alessandra Regina Rodrigues, especialista em psicolog ia compor t amental cognitiva, trabalha há 14 anos em Brasília e diz que tem aumentado consideravelmente a procura por ajuda psicológica nessa faixa etária. “Na terceira idade há uma dif iculdade muito
maior de se separar, de assumir esta separação. As pessoas com mais experiência, ainda que assumam não amar mais o cônjuge, têm respeito, gostam da companhia, do carinho e pensam no cuidado que se dá, mas que também é recebido. Eles entram em conflito com eles mesmos. Existe uma história de vida que implica muito na questão emocional”, afirmou a Dr. Alessandra. A verdade é que toda separação deixa cicatrizes, por mais que a família se sinta forte, diante de uma separação é difícil encarar a ruptura e fazer de conta que nada aconteceu não resolve. A melhor forma de encarar a situação é se ocupar e, se possível, procurar ajuda de um profissional. Serviço: Clínica Integrar Cognitiva SEPS 714 / 914 Ed. Porto Alegre, sala 311 Brasília - DF alessandraintegrar@gmail.com (61) 3245.1160 / 3245.1050
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MODA
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Estar na moda é reler e reaproveitar materiais desvalorizados Moda ecologicamente correta é o que artesãs do Paranoá e proximidades aprendem diariamente: transformar lixo em luxo!
Por Ana Helena Melo Fotos Divulgação
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ão é apenas mais uma cooperativa que gera renda com artesanato. As meninas da Paranoarte, Rede Solidária de Artesanato e Cultura Popular, têm visão de posicionamento na indústria da moda e estão sempre em estágio de capacitação. São poucas as associações de corte e costura que sabem o quanto são importantes os trabalhos feitos à mão, durante meses, são únicos. E esse é seu papel no mundo fashion. Motivadas por esta certeza, as artesãs promovem, desde 2007, em parceria com o governo do Distrito Federal e do SEBRAE coleções maravilhosas e feitas de uma matéria prima diferenciada: lixo. No último 22 de abril, a ONG apresentou, na Finnar 2009, um desfile fashion e ecologicamente sustentável. Os looks dessa coleção, que foi apresentada em 2008 no Brasília Fashion Festival, foram confeccionados com a técnica de tecelagem de lonas plásticas provenientes de banners de propaganda descartados. Uma das diretoras da associação, Helenice Bastos, enfatiza a preocupação da ONG com o uso de matérias primas recicla58
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das: “A intenção é contribuir com a preservação do meio ambiente até que encontremos uma solução mais eficiente para a substituição desses materiais por outros que não causem tanto dano”. Outra produção que o público conferiu na passarela foram as bolsas criadas com canudinhos de papel jornal. Toda a produção e estilização dos looks apresentados foram criadas sob a consultoria do famoso estilista mineiro, Ronaldo Fraga. A ONG desenvolve trabalhos de inclusão social e geração de renda por meio de programas de capacitação e organização de grupos de produção artesanal. Atualmente, tem com parceiros os núcleos de capacitação, treinamento e produção, no Paranoá, Itapoã, Varjão, Gama, Santa Maria e Lago Azul. As principais atividades oferecidas são oficinas artesanais, cursos de capacitação, treinamento e orientação sobre reaproveitamento de resíduos têxteis, gar rafas pets, jornais e revistas, sementes e lonas plásticas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Outra frente de trabalho é o apoio a grupos de jovens de baixa renda no programa Primeiro Emprego e incentivo a cult ura popular de rua com grupo de hip hop (break).
A primavera/verão 2010 promete Todos os anos, as turmas de artesãs da Paranoarte formadas pelo SEBRAE têm como projeto final a apresentação de uma coleção para a próxima estação. Para o ano que vem, a promessa é de uma coleção irreverente assinada pelos traços firmes da arquiteta e designer de moda Vanessa Matos. A designer, que teve seu primeiro contato com a Cooperativa nos preparativos para o desfile no Brasília Fashion Festival de 2008, atua na criação de croquis inspirada em tiras, enfeites e tecidos que as artesãs já tenham desenvolvido. “As diretoras da Paranoarte chegaram até mim, por seus filhos que são meus amigos de escola. Daí então surgiu a parceria”, conta Vanessa. Ela ainda promete que, para o próximo ano, a tendência é a de manter a pegada artesanal da Cooperativa, associando tecidos planos com as cores branca, turquesa, coral e jade. ■
Serviço: Paranoarte www.paranoarte.com.br paranoarte@yahoo.com.br (61) 9274.8908 - Helenice (61) 9925.8945 - Marina (61) 9983.3458 - Aida
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COTIDIANO
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Lei Maria da Penha parece não surtir efeito Em 2008, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher chegou a registrar mais de 2.900 casos Por Sabrina Brito Arte Alexandro Sousa
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egundo a Sociedade Mundial de Vitimologia da Alemanha, a cada quatro minutos uma mulher é agredida no Brasil, o que corresponde a 23% delas. As estatísticas mostradas pela Instituição afirmam ainda que o Brasil é um dos países que mais sofre com a violência doméstica, perdendo cerca de 10% do seu PIB em decorrência do problema. Em Brasília, índices apontam cerca de 10 ocorrências por dia. Somente em 2008, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – DEAM – chegou a registrar mais de 2.900 casos dentre os quais 2.598 inquéritos foram instaurados. Mais de 58% das violências resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, amarramentos, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos. Em segundo lugar, com 18%, as mulheres relataram que sofreram violência psicológica e moral, enquanto 17% afirmaram terem sido vítimas de todas as formas de violência. Dados do Data Senado de 2007 revelam que os motivos principais da violência, segundo as entrevistadas são o uso do álcool (45%) e o ciúme dos maridos (23%). A submissão feminina ainda assume confins de uma realidade constante, automática, histórica e biológica. É neste contexto de “normalidade” das relações de poder entre os sexos, de naturalidade da vida sob a proteção "do pai da casa" que tem lugar a violência doméstica. Em decorrência de uma circunstância de proximidade, dependência econômica e/ou emocional e a própria convivência, a violação aos direitos da mulher nem sempre é compreendida enquanto ato de violência. Isso porque em virtude de certos comportamentos serem considerados "normais" na vida de um casal, sua ocorrência ajusta-se no senso comum social como algo corriqueiro e sem relevância. 62
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A violência contra a mulher é violação aos direitos humanos, à Constituição Federal e, é por si, uma violação que acarreta sérios danos à saúde física e psíquica. A Lei nº. 11.340/06, também conhecida como "Lei Maria da Penha", é um instrumento normativo que tem por escopo oferecer atendimento integral à mulher vítima de violência doméstica, contemplando também medidas protetivas à vítima, familiares e eventuais testemunhas. Antes da publicação da lei, as vítimas agredidas podiam representar e retratar o delito nas delegacias especializadas por inúmeras vezes até o oferecimento da denúncia ao Ministério Público, porém, com a nova lei, esta sequência de retratações, muitas vezes influenciadas em virtude da dependência emocional ou econômica, já não são mais possíveis. Uma vez que noticiado o crime, a vítima somente poderá se retratar perante o juiz em audiência para esta finalidade. Neste caso, os únicos tipos de renúncia permitidos são os crimes de injúria e ameaça, mas não o de lesão corporal. Este procedimento rigoroso da Lei Maria da Penha garante punibilidade aos agentes agressores. De acordo com a Lei, em seus artigos nove e 11 entre as medidas de assistência oferecidas à vítima pelo SUS, pela Segurança Pública e pelos Juizados Especiais, compreendem o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento tecnológico e científico, incluindo serviços de
contracepção de emergência, profilaxia de DST e AIDS e outros procedimentos médicos admissíveis nos casos de violência sexual, além das demais providências legais cabíveis, tais como: Garantia de proteção policial, comunicação ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, encaminhamento da ofendida ao IML, oferecer à ofendida e seus dependentes, transporte e abrigo em local seguro. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local e informá-la quanto aos seus direitos. Após a denúncia do crime, se a vítima manifestar a vontade de continuar com o processo é acompanhada se for o caso, por um defensor público. Ao agressor, a lei prevê pagamento de multa, indenização ou prestação de serviços à comunidade. A violência contra a mulher deve ser entendida como problema de caráter público para todos, e não de cunho estritamente individual. São problemas para os quais cabem ações públicas e políticas sociais apropriadas, como programas de esclarecimentos públicos, campanhas antiviolência em meios de comunicação social, além de programas de apoio e instituições de assistência, como aponta o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde publicado pela Organização Mundial de Saúde. Entre as diversas formas de atendimento e apoio estão as próprias delegacias além do Núcleo de Atendimento à Família e Autores de Violência Doméstica e Sexual – NAFAVDS, atendimento psicológico, fisioterapêutico, jurídico e social, individual ou em grupo.
Lei Maria da Penha Esta lei cria mecanismos para coibir a prevenir a violência contra a mulher em âmbito doméstico e familiar. Violência doméstica e familiar é qualquer ação ou omissão baseada na: morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial e, ainda, relação íntima de afeto no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida (independentemente de coabitação). Vale lembrar que o amparo garantido pela Lei Maria da Penha exige dois requisitos: agressões cometidas por conjugues ou companheiros, ascendentes, descendentes ou irmãos, cometidas necessariamente em âmbito familiar ou doméstico.
As formas de violência amparadas pela Maria da Penha Violência física que ofenda à integridade ou saúde corporal. Violência psicológica que cause dano emocional, diminuição da autoestima, que prejudique seu desenvolvimento ou vise degradar ou controlar seu comportamento mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, perseguição, chantagem, limitação do direito de ir e vir, isolamento, etc. Violência sexual que constranja a manter ou presenciar relação sexual não desejada. Que a impeça de fazer uso de métodos contraceptivos ou que a force ao matrimônio, a gravidez, ao aborto ou a prostituição mediante coação, ameaça intimidação ou uso de força, chantagem, suborno ou manipulação. Violência patrimonial que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, valores, documentos, bens e tudo aquilo capaz de satisfazer suas necessidades. Violência moral que configure calúnia, difamação ou injúria.
Em Brasília, são 10 ocorrências por dia.
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GASTRONOMIA
■ Letícia Oliveira
O 3º pólo gastr onôm ico do B rasil deu u m g bem comer no ra nde pra zer ao per íodo de 29 s amantes do de abril a 31 d e maio de 20 09. cuito de 10 0 es Com u m ci rtabelecimento s de Brasília, o Gastronom ia B IV Festival de rasil Sabor Bra sília foi também de con fr ater n u m mot ivo ização. Vi am igos fa zendo desfr ut ar dos agend as par a d iver sos sabor es, relacionan e emoções, se do estômago reencont ra ndo e celebra ndo. Ent re ta ntos ev entos si mu lt ân si mpat ia e hu eos, destaco aq mor com que ui a fu i recebid a p Bot ti no, que es or Rodolfo teve na cid ade no d ia 27 de ab d ar o pont apé ril par a no Festival co m o espet ácu lo O sotto, realizad o no Ter raço S R ihoppi ng. O ator me contou qu e ch e o èf tema d a peça como todos pen não é a v id a d sa m. Bot ti no é el e, as coisas si mpl u m ca ra que n es d a v id a, com ão d ispen sa e banana cr u a, o u m ar roz co como u m bom m fe ij ão , b at ca rioca. Depoi at as-f rita s cipantes puder s de mu it as pi am exper imen ad as, os par tita r o risotto. A partir desse mês quero apro ximar os aman comida em si, tes da gastrono mas também d mia, não só da as pessoas que es Então, vamos tão por trás de lá! Esse mês vi la em Brasília. sitei o Kosui, L agash e Villa T evere.
O Segredo do Lagash Manter um restaurante em Brasília por mais de 20 anos não é uma tarefa fácil. Tanto que, se você for procurar por aí quantos há na cidade, é provável que sobrem dedos nas mãos. Mas entre eles, não se pode deixar de falar do Restaurante e Empório Lagash, conduzido pela mão forte de Maria de Fátima Hamú. i no u q o r r Ela se sente orgulhosa por manter a o Ma Corde i r Casa aberta por 22 anos e por ser um dos primeiros restaurantes a servir o Cordeiro Marroquino (foto), o prato mais antigo do cardápio, por R$ 43,90. Diariamente, o restaurante serve pratos executivos, selecionados de acordo com o dia da semana, por R$ 25,90. Também é possível encontrar uma deliciosa sequência árabe, com homus, coalhada, babaganuch, kibe, charuto de repolho, de parreira, cafta, arroz alitria, o carneiro e pão. A diferença do Lagash é que os pratos não ficam prontos, mas sim são preparados de acordo com o apetite do cliente, por R$ 39,60. Por essas e outras, o Lagash é vencedor do prêmio Quatro Rodas, Guia Brasil desde 1992 e recebeu o 1º lugar na categoria Cozinha Étnica da Revista Gula, em 2008. 64
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Serviço: Restaurante e Empório Lagash SCLN 308 Bl. “B”Lj. 11/17 Tel: (61) 3273.9208
Competência, amor e carinho... ...eis a cozinha do Villa Tevere Uma aula de dedicação e um sabor inigualável... O prato de inverno que será incluído no cardápio do Villa Tevere, uma polenta recheada com queijo suíço e ragú de linguiça de javali (foto), foi um presente para o paladar e de leveza ímpar. Criado com exclusividade para Polenta Recheada a Plano Brasília. Mas o que dizer da simpatia, seriedade e do valor que Suzana Leste confere à sua equipe? Numa conversa muito franca, provavelmente inspirada pela rusticidade chique e encantadora do local, ela nos disse coisas importantes: ensinar, acompanhar, cobrar e verificar é essencial para um trabalho de equipe, um time e, o Villa Tevere é uma casa de bandeira italiana, mas que não dispensa as origens brasileiras e mineiras de Suzana. Um exemplo, o bobó de camarão com risotto de côco flambado na cachaça que já compôs o cardápio. Suzana tem na mãe dela, professora de culinária em BH há 50 anos, uma inspiração. Assim, profissionalmente, Suzana já está com 35 anos de cozinha. Por todo esse tempo ela luta para estar entre os melhores, pois, ser o melhor, nem sempre significa estar no lugar ideal. Ela acredita que o seu senso nato de organização e a motivação fornece para as pessoas crescimento pessoal e profissional e que estes são ingredientes do sucesso do Villa Tevere. Ela frisa que uma maior capacitação, para o setor, no Distrito Federal, faria com que o desemprego não fosse tão alarmante. Com mais educação, numa perspectiva global, haveria mais oportunidades. O prato de inverno será encontrado em preço promocional R$ 35,00, entre outras promoções de inverno e tradicionais da Casa, que valem à pena serem apreciadas. Recentemente, Suzana descobriu o valor do “meio prato”, é que o Villa faz de tudo para receber o cliente da melhor maneira. Outro exemplo, a ficha de satisfação com o serviço da Casa, sempre à disposição para atender às expectativas. Sobre a polenta, hum... Você precisa experimentar para sentir o que eu senti! É a minha sugestão. Serviço: Villa Tevere CLS 115 Bl. “A”Lj. 02 Tel: (61) 3345.5513 www.villatevere.com.br villatevere@terra,com.br
e y Ric Curr
Em nome da tradição, pratos autenticamente japoneses Você sabia que existe um prato no Japão que é mais popular do que o famoso sashimi? Não? Pois é, no país do sol nascente, em estações de trem, em versões instantâneas e o prato mais pedido pelas crianças é o Curry Rice (foto), e o que os brasileitos imaginam. Ele é simplesmente uma explosão de sabor! Por ser picante, exige um paladar apurado, mas é tão saboroso e tão perfumado que encanta. A chèf Alice Yamanishi realizou o avant première do Curry Rice no Dia das Mães e, a partir de junho, ele já poderá ser encontrado no Cardápio do Kosui. A base do prato é o arroz japonês e o creme de curry. Como acompanhamento, frutos do mar, filé mignon, frango ou apenas legumes para os vegetarianos. O Curry Rice é leve e junto a ele encontramos uma saladinha, alho frito, tomatinhos, fukin-tzuke – o picles japonês, ovos de codorna e o Rakyo – uma cebolinha em conserva com azeite doce. Tudo isso por R$ 50,00 por pessoa. O belo Kosui, na Academia de Tênis é marcado pela variedade dos pratos, com os mais variados preços. Além da simpatia de Alice... Especialista em pratos quentes, presente no restaurante todas as noites. Serviço: Kosui Academia de Tênis de Brasília Tel: (61) 3316.6900 / 3316.6899
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MUNDO ANIMAL
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Um gesto de amor
Está se sentindo sozinho, pensando que ninguém o ama e ninguém o quer? Saiba que você não é o único... Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos www.proanima.org.br
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ssim como você deseja companhia, um cão é um ser altamente social e também precisa de amigos. Ao contrário do que se pensa, não é de grandes espaços para correr que a maioria dos cães precisa, mas sim de carinho e atenção. No DF existem aproximadamente 30 mil animais abandonados. Segundo a ProAnima, muitos desses animais chegam até eles em estado deplorável. Alguns são atacados pelas pessoas com pedras, paus e outros chegam mutilados. São vítimas de maustratos, abandono ou atropelamentos. Marina Corbucci, diretora geral da Associação Protetora dos Animais no Distrito Federal, afirma que o trabalho de conscientização é o mais importan-
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te, “as pessoas precisam saber que são responsáveis pelo animal para o resto da vida”, concluiu a diretora. Marina afirma que o Programa pelos Amigos é pequeno para que seja exemplar. “Não temos abrigo, para que não se torne mais um depósito”. Por respeito a eles, os animais, a ProAnima não possui abrigo e é contra sua existência. Já que no Brasil há uma superpopulação e que cresce vertiginosamente o abandono de animais domésticos. “A disponibilidade de abrigos seria um verdadeiro chamariz, funcionaria como um incentivo ao abandono e potencializaria ainda mais a falta de responsabilidade do ser humano com os animais”. Em se tratando do melhor amigo do homem, o cão, é de cortar o coração saber que muitos destes animais abandonados, em outros momentos, trouxeram alegria a seus donos. O abandono é uma atitude que comprova traição e uma verdadeira crueldade, já que eles
são totalmente dependentes. Apesar de o abandono ser um crime previsto na Lei Distrital nº 2.095 de 1998, cães e gatos são largados à própria sorte em ruas, parques e até condomínios da capital, principalmente animais doentes e fêmeas prenhas. A ProAnima é uma associação sem fins lucrativos, de caráter socioambientalista, que atua no DF desde 2003 e é associada à Sociedade Mundial de Proteção aos Animais (WSPA) e ao Fórum e ONGs no DF. Com a missão de promover a harmonia nas relações entre homens e animais, a associação é um exemplo de entidade que ajuda os animais abandonados a encontrar um lar, com pessoas que os ame de verdade. A questão é que as pessoas se esquecem que ter um bicho de estimação exige planejamento e responsabilidade, não é só por um dia ou algumas horas, é até que ele morra. O que pode durar de oito a treze anos, no caso dos cães.
"Manter um animal de estimação custa caro e demanda cuidados diários, no caso da fêmea, se não for esterilizada, pode reproduzir até duas vezes por ano", declarou a criadora Maria Cesária de Souza, que há dez anos iniciou a criação de cães de raça como forma de terapia ocupacional e para se livrar da síndrome do pânico. Hoje, Maria fornece animais para todo o Brasil e participa de feiras na capital. A criadora fica revoltada quando ouve sobre abandono de cães: “Eu acho um absurdo abandonar os bichinhos que só dão carinho, sem pedir nada em troca”. O canil Mary César é especializado em raças como bassethound, lhasa apso, shih-tsu, yorkshire, pequinês, pinscher e chihuahua. Se de um lado há pessoas que vendem e ainda acreditam na criação responsável, por outro há aqueles que sabem que na prática isso não funciona como ressalta a diretora da ProAnima, “reproduzir cães para venda é também uma causa da superpopulação e, consequentemente, do abandono destes animais, que acabam chegando em entidades como a nossa e sendo encaminhados para adoção. Uma coisa leva a outra! Pela ProAnima já passaram animais de diversas raças, inclusive bassethound e pinscher, raças exploradas por ‘criadores de nome’, e, que um dia foram vendidos, comprados, tiveram um lar e posteriormente foram abandonados. Sem falar que, quando a pessoa compra um animal, deixa de adotar outro que poderia ter sido salvo de uma situação de abandono, maus-tratos, ou mesmo morte”. Apesar de o Brasil dispor de diversos abrigos para cães abandonados, ele tem o triplo de cães nas ruas, isso graças aos donos que muitas vezes fazem o animal se reproduzir e o abandonam por motivos fúteis. A ProAnima crê que o movimento de proteção animal precisa
ir além da dinâmica desesperada de recolhimento de animais, dia após dia. É necessário arquitetar ações estratégicas de longo prazo. Mas... Enquanto a família definitiva não aparece, os bichos são tratados, alimentados, recebem carinho e ficam à espera de uma nova chance. Eles são acolhidos em lares temporários (casas de voluntários) onde são tratados, avaliados e preparados para adoção depois de esterilizados e vacinados. A guarda temporária de animais apreendidos por uma situação de maus-tratos, só é possível porque a associação conta a parceria de determinadas ações de autoridades policiais, ambientais, administrativas e clínicas veterinárias parceiras. Todos os animais são avaliados por veterinários, fazem exames laboratoriais, inclusive, sorologia para Leishmaniose no caso de cães e são encaminhados para adoção, esterilizados, vacinados e vermifugados e ainda usam coleiras repelentes do transmissor da Leishmaniose e plaquetas de identificação. Todos os cães são vacinados com óctupla, antirábica e Leishmune. E no caso dos gatos, são vacinados com quíntupla e anti-rábica. A atitude de adotar pode minimizar o sofrimento dos indefesos e também abandonados gatos e cachorros. Há pessoas interessadas em adotar um animalzinho. Porém não basta ser bom samaritano, é necessário ter condições para dar refúgio aos animais. As pessoas não podem se isentar de suas responsabilidades éticas, principalmente quando se trata da vida de cada animal, independentemente da condição de sua espécie: numerosa, rara ou em extinção. Para o veterinário Joel Barbosa Ribeiro é preciso praticar a posse responsável. “Ou seja, só ter a quantidade de animais que você pode cuidar. Ter animais nas ruas é um problema, mas recolher os que existem sem poder criálos é ainda pior. É preciso ter condições
para mantê-los". Ressaltou. Até os psicólogos concordam que ter um animal de estimação faz bem à saúde e aumenta a autoestima. Alessandra Regina, especialista em psicologia comportamental cognitiva, declara que é muito saudável ter animais em casa, “eles servem de companhia, trazem bem-estar aos que convivem com eles e muitas vezes ajudam na terapia. Pois precisam de atenção e carinho e este tratamento traz relaxamento e segurança aos pacientes que sofrem de depressão, por exemplo”. Os cachorros são sociáveis, vivem em grupo. Por isso é necessário ter cuidados e manter a vacinação em dia e o ambiente onde vivem limpo. "A falta de cuidados pode gerar zoonoses, doenças de animais transmissíveis ao homem". Concluiu o veterinário Joel. ■ Serviço: ProAnima SHCN CL 214 - Bloco C Loja 56 - Subsolo Asa Norte - Brasília - DF (61) 3032.3583 proanima@proanima.org.br www.proanima.com.br Clínica Integrar Cognitiva SEPS 714 / 914 Ed. Porto Alegre, sala 311 Brasília - DF (61) 3245.1160 / 3245.1050 alessandraintegrar@gmail Dog Way Pet Shop Qd. 01 Lote 05 Loja 03 Vargem Bonita - Park Way Brasília – DF (61) 3380.3170 Canil Mary César Q.03 Conjunto ‘G’ casa 04 Sobradinho – DF (61) 3591.5415
ARTES PLÁSTICAS
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A alma e a leveza do artista nunca envelhecem No mundo das artes, a experiência não é sinal de ferrugem, mas de autoconhecimento e personalidade na criação
Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos Arquivo Pessoal
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rtista plástico? Fala sério! Descrever André Cerino é como falar de um conjunto de profissionais compactados em um só. Ele é artista plástico e gráfico, cartunista, chargista e também webdesigner. Talentoso desde sempre, o autodidata se descobriu artista ainda pequeno. Com lápis na mão, desenhando o cotidiano, o observador não consegue ver a vida sem arte: ”desde os nove, dez anos, eu disse que queria fazer arte e vivo dela até hoje”. As cores pintadas pelo artista fluem naturalmente. Diante da tela branca, ele vê possibilidades infinitas de deixar sua marca e expressar a riqueza do
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inconsciente do homem. É bem verdade que seus riscos e traços trazem, além de beleza, uma reflexão singular, que não conhece limite e onde não há fronteiras. “Tudo o que existe hoje são reflexos da ousadia inicial de alguém”, afirma Cerino. Para o criador, tudo o que há hoje são releituras construídas em algum momento da história com pessoas diferentes e num contexto diverso. Tanto nas telas como nas charges, Cerino se supera e se descobre uma criança, e diante do novo consegue articular coisas, palavras e sentimentos inovadores sintonizados com o mundo à sua volta. Mesmo que ainda não conheça o que está produzindo, a mente fértil do artista
passeia pela paleta de cores e se materializa de forma única. Repleto de nostalgia, Cerino fala da veia de criatividade herdada da família, que também exala arte: a mãe desenhista, o pai fotógrafo e o avô arquiteto. “Foi por meio do meu avô que eu passei a me interessar mais pela questão dos materiais, das tintas”. Sua obra de caricatura, embora traga alegria para os que vêem, não é uma homenagem aos políticos corruptos, como podem pensar alguns deles; na verdade é uma forma de protesto e indignação de como muitas coisas são conduzidas na Capital. Ele discorda da máxima de que não se consegue construir o novo: “O que acontece é que as pessoas hoje não estão preparadas como as pessoas de antigamente para vivenciar a arte”. Cerino
Obra: Sangrando
afirma ainda que antes, para se conhecer a história da arte, era necessário ir a uma biblioteca, ter contato com os livros, sentir o cheiro deles, se aventurar na pesquisa e ter a chance de se apaixonar pela obra de determinado artista. As pesquisas eram feitas in loco, nos livros e, hoje, parte dessa rica cultura foi esquecida, talvez por preguiça ou até mesmo pela facilidade de informação da internet. As pessoas meio que se perdem e não conseguem ler, perceber a arte produzida no País. “Tenho saudade da biblioteca, aquela coisa do tempo, você tinha o prazer de sentar e pesquisar”, lembra Cerino. Com uma mente supercriativa, onde as ideias fervilham, André Cerino, um recifense de 44 anos, escolheu Brasília para expor sua arte. Na cidade desde 1983, o artista mostra que sua alma não é pequena e que no seu universo abstrato e imaginário ainda há uma infinidade de temas a serem explorados. “Gosto de pensar em minhas obras como uma celebração, e não uma forma de consumismo”. Sabe aquele desejo quase incontrolável de rir quando alguém cai? Essa vontade é semelhante à dos cartunistas no momento em que reproduzem, cheios de graça e com muita propriedade, fatos do cotidiano através das imagens e do uso de um texto curto e sugestivo. O artista comenta que não gosta de ser estigmatizado. “Não gosto do rótulo de cartunista ou chargista. Sou um criador, tenho muito a contribuir com a cultura e com a história da arte”. Nos últimos 25 anos, além de se dedicar à pintura, Cerino tem ilustrado livros, jornais e revistas do País. Já participou
e foi premiado em diversas exposições coletivas, individuais e salões de artes e de humor no Brasil e no exterior. Nos anos 80, como artista plástico, foi premiado ao se destacar pintando 13 telas nas 90 horas de pintura contemporânea - a maior maratona de artes plásticas realizada no País. Cerino é tão intenso em suas obras que, ao expor uma tela semelhante à pele de uma vaca holandesa no III Salão Nacional de Artes Plásticas no Iate Clube, em 1998, ele conseguiu mais do que chamar a atenção do público; faturou o 1º lugar da exposição. O quadro era tão realista que, quando foi exposto pela primeira vez, os visitantes sentiam a necessidade de tocar a tela. A situação acabou por danificar a arte, que foi alterada pelo autor e exposta no Salão. Durante a exposição causou um frenesi geral. “Eu tive que interagir para tirar a impressão de couro de vaca. É uma arte contemporânea, precisa apresentar coisas novas”. A falsa pele foi transformada em outra obra, recebeu uma espécie de sangria com tinta vermelha e imagens de animais como jacarés, macacos e pássaros. Tudo para que as pessoas acreditassem que não era pele animal.
O artista, que tem espírito ativo e alma irrequieta, está sempre com novos projetos. Atualmente, prepara caricaturas em argila de personagens que fizeram e fazem história no mundo. A coleção, batizada por ele de “Carisculturas”, será exibida até o fim do ano. Num projeto inédito, Cerino pretende expor pelo menos 80 bustos e uma pequena biografia dos personagens retratados. Entre as caricaturas já produzidas estão Madre Tereza de Calcutá, Beethoven, Chaplin, Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Santos Dumont, Einstein, Fernando Pessoa e Ghandi. Realmente, capturar momentos e traduzir em telas, imagens ou textos não é para qualquer um. É antes de tudo, propor uma releitura do passado que retome ou promova uma comparação com a vivência do presente. Nesse ponto, Cerino está na vanguarda da história da arte e se recusa a realizar trabalhos em que seus ideais não sejam expressos livremente. “Não tenho contrato de exclusividade com nenhum veículo de comunicação. Gosto de ter minha mente livre para criar”, confirmou. O artista lança também este ano um livro de humor que conta a história dos seus 25 anos como chargista e cartunista. Vale à pena esperar! ■ Serviço: Ateliê do Artista Centro Empresarial Barão de Mauá SIG Qd.04 lote 25 Sala 17 Brasília - DF (61) 3344.0330 www.cerino.com.br
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PROPAGANDA & MARKETING
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Você ainda acredita em propaganda? Por Amilton Coelho Foto Arquivo pessoal
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alma lá. Antes que hordas de publicitários venham bater em minha porta, esclareço. A propaganda mudou muito. Do reclame aos dias atuais, a propaganda passou por transformações naturais, como toda a sociedade. A propaganda começou como uma forma de amplificar um produto. E aí, dá-lhe informação sobre como era feito tal produto, a forma de usar. Afinal, alguns produtos estavam surgindo junto com a propaganda. Tinha que se explicar detalhe por detalhe, com raio x dentro do produto, como ele funcionava. A máquina de lavar tinha que ser explicada tim tim por tim tim como a dona de casa fazia para lavar a roupa naquele tanque elétrico. Eu, que sou bem antigo, lembro de um comercial famoso do peru da Sadia em que tinha um dispositivo que avisava quando ficava pronto. Mas, era um simples display que pulava pra fora quando o peru ficava pronto. Para ilustrar melhor, a agência colocou um barulho sonoro, um plin, quando o dispositivo pulava no comercial. Imaginem os olhos crédulos e pouco treinados das donas de casa da época.... Compraram o tal peru e foram tocar a vida, esperando o dispositivo apitar. Só que era apenas um truque no comercial para destacar mais o dispositivo. Na vida real, ele não apitava. Pronto, milhares de perus foram queimados e a Sadia teve recorde de cartinhas reclamando que o dispositivo estava estragado. Tiraram o produto da prateleira. E, na nossa história da evolução da publicidade, temos casos e mais casos de "truques" para maquiar a realidade que fizeram estragos na vida da gente. Carros que voavam por valas gigantescas pra mostrar a potência do motor, kichutes comprados aos borbotões porque na propaganda o menino que calçava kichute chutava mais forte, corria mais rápido e pulava abismos incríveis. Depois disso, ficamos mais conscientes e fomos conscientizados que não devemos modificar a realidade do produto. A propaganda está mais
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responsável com os benefícios que promete porque o consumidor cobra mesmo. De verdade. Contudo, um fenômeno ainda me assusta. O do ator (global ou não) vendendo determinado produto. Porque insistimos em acreditar que aquele sujeito realmente usa aquele xampoo, aquele desodorante, anda naquele carro, tem aquele celular? Pior são os que vêm até aqui falar de um produto ou serviço local. Uma coisa me intriga: o cara não mora aqui, não vive aqui, conhece a nossa cidade só de passagem, mas se arvora em dizer que tal loja é melhor do que a outra e que ele recomenda. Pombas, mas ele não é daqui. Aquela atriz global usa aquela roupa da loja de varejo? Aquele ator usa aquele sapato que não tem nada a ver com ele? E porque as pessoas ainda acreditam nisso? Outro dia vi uma atriz conhecida fazendo comercial de uma loja de roupas de Goiânia. Ela teve o desplante de dizer: eu fico mais linda e sempre uso as roupas da loja tal.... Loja popular, classe C. E a classe C acredita que ela usa mesmo. E corre na loja pra comprar. A propaganda evoluiu muito, mas esse recurso sobrevive e eu não sei como nem por que. Falo tudo isso, pra contar um causo. Eu tive que modificar um roteiro inteiro a pedido de uma grande emissora que se recusou a veicular um comercial em que se falava justamente isso. Um ator falava o seguinte: “eu sou ator, se pagarem pra falar eu falo. Mas eu não uso, não conheço esse produto”. Alegação da emissora: você está denegrindo a profissão, você está ridicularizando os atores que topam fazer esse tipo de comercial. Ora, ora. Quem está denegrindo ou ridicularizando é ele, é a fórmula, é o discurso que não bate com a realidade. A publicidade precisa continuar evoluindo. Acho que atores falando de um produto que tem a ver com eles, que eles realmente conheçam, que se envolvam com o produto, tudo bem. Agora, não me venham usar o artifício do belo pelo belo. Quero a verdade na propaganda. Quero voltar a acreditar nela. Como todo mundo. Por isso o varejo está como está. Cheio de fórmulas que se repetem.
A propaganda hoje tende a ser colaborativa, ou seja, feita com a participação de gente normal, como eu e você, leitor. A propaganda tende a ser menos informativa e mais conteudista. Ela deve me levar informação, sim, mas deve me divertir, me provocar, permitir que eu aja, atue, modifique o que está sendo dito. Ela deve ser customizada por mim e para mim. Eu não quero atores falando o que eu devo usar. Eu quero saber o que aquele produto vai fazer por mim, como ele vai atuar em minha vida. É isso que me interessa. A credibilidade da propaganda está em mim. Em eu olhar para o que estão falando e saber: isso foi dito para mim. Isso me serve. Ok, eu concordo com isso. E a partir daí eu decido comprar ou não. A internet, as mídias sociais, tudo tende para que o produto chegue até mim já com o aval dado por mim ou por quem me conheça. Eu só vou receber, assistir e ouvir o que me interessa. O que não me interessa nem vai chegar perto de mim. As empresas precisam aprender a se comunicar com essa nova era, com esse novo consumidor, que já tem todas as informações do produto no desktop dele. E aí, ator nenhum vai convencê-lo de que aquele produto é bom ou ruim. Porque a informação e o poder estão com ele. E ele acredita em propaganda, sim. Desde que ela seja do jeito que ele pensa e do jeito que ele imagina. E que não menospreze a inteligência dele. ■
TÁ LENDO O QUÊ?
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Amauri Pessoa
Genivaldo Salgado
Iroito Nakao
Robson Rodovalho
Secretário de Formação Política do PPS em Brasília
Proprietário do Obcursos
Executivo na área de Tecnologia
Secretário de Estado de Trabalho
Daquilo que eu sei – Tancredo e a transição democrática Autor: Fernando Lyra Ed. Iluminuras
Turbine seu cérebro Autora: Nanci Azevedo Cavaco Ed. Ferreira
O segredo Autora: Rhonda Byrne Ed.: Ediouro
A origem dos meus sonhos Autor: Barack Obama Ed: Gente
Como não se interessar pelo intenso processo pacífico de transição do regime militar para o regime democrático dos anos 80, que teve como um dos seus maiores nomes o ex-presidente Tancredo Neves? E se essa história for contada por uma das testemunhas mais oculares do processo, o ex-ministro da Justiça no período e ex-deputado federal Fernando Lyra? Essa foi a minha grande motivação para a leitura de “Daquilo que eu sei – Tancredo e a oposição democrática”. Uma das coisas que mais me encantou foi o relato de Lyra sobre a maneira como ele aprendeu a construir, no dia a dia, um novo dia, especial e único. O registro fotográfico do livro também é algo esplêndido, mostra que o processo de redemocratização foi de todos os brasileiros e representa essa mudança tal qual como ela foi.
Estou na área de concurso público há 30 anos. Como missão, tenho trabalhado para ajudar as pessoas a conseguir realizar seus sonhos profissionais. Estou lendo o livro “Turbine seu Cérebro”, de Nanci Azevedo Cavaco, da Editora Ferreira, para que eu possa conhecer as novas descobertas da neurociência. Neste livro, podemos aprender a desenferrujar o cérebro e estimulá-lo para ganhar agilidade de raciocínio, melhorando o aprendizado e disciplinando os estudos. Nele, há também coisas simples e importantes, como: “O melhor momento para estudar”, “O melhor momento para parar de estudar”, “Cronograma de estudos”, “Aprender a utilizar o que você tem de melhor”, e o mais importante: “Como lidar com a ansiedade e o estresse”.
O livro reafirma de forma interessante o que muitos de nós já sabemos: na vida de cada pessoa nada vem ao acaso, tudo tem uma razão e o detalhe é que nós somos responsáveis por isso. O livro explica o poder que temos de atrair ou repelir as coisas. Uma explicação simples e fácil das leis físicas que cercam as nossas vidas e o universo. A obra conta ainda que os fragmentos do grande Segredo foram encontrados nas tradições orais, na literatura, nas religiões e filosofias ao longo dos séculos e que pela primeira vez, todas as peças se juntam, numa revelação incrível que promete transformar a vida de todos que a vivenciarem. Como ainda estou lendo, espero de fato, entender o poder oculto e inexplorado dentro de mim.
O livro fala do maior fenômeno da vida pública norteamericana desde John Kennedy: Barack Obama. São revelados detalhes de sua vida que mostram como um adolescente nascido da miscigenação de raças e culturas, com mãe branca norte-americana, pai negro africano e padrasto asiático pôde se transformar na grande esperança de renovação da maior potência global. O autor consegue descrever de maneira contundente e persuasiva o fenômeno de pertencer a dois mundos diferentes e, consequentemente, não pertencer a nenhum deles. Barack Obama é visto por muitos como um líder unificador, alguém que consegue transpor a barreira racial, animar os eleitores e ainda oferecer uma nova liderança. Ele revela ainda sua história e a de sua família e a forma como ele vê e encara o mundo.
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FRASES
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Minha receita para enriquecer? Acorde cedo, trabalhe muito, descubra petróleo. J. Paul Getty
Um banco é um estabelecimento que nos empresta um guarda-chuva num dia de sol e o pede de volta quando começa a chover. Robert Frost
A crise está tão feia que estou latindo no quintal para economizar cachorro. Marinho Chagas
Uma amizade verdadeira é como uma alma em dois corpos. Aristóteles
Não gosto de saber o que as pessoas dizem pelas minhas costas. Posso ficar vaidoso. Oscar Wilde
Vivemos numa época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar-se a si mesmo. Albert Schweitzer
Deus é realmente um artista: inventou a girafa, o elefante e o gato. Não tem um estilo próprio. Apenas segue em frente, inventando coisas. Pablo Picasso
Você sabe que está ficando velho quando as velas começam a custar mais caro que o bolo. Bob Hope
Uma igreja é um lugar onde senhores que nunca estiveram no Céu dizem maravilhas a respeito dele para pessoas que nunca irão pra lá. H. L. Mencken
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Viver é desenhar sem borracha. Millor Fernandes Tudo que um homem pode imaginar outros homens poderão realizar. Júlio Verne
Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu. Albert Einstein
DIZ AÍ MANÉ
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Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.
Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
O nervo ótico transmite idéias luminosas.
A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.
A principal função da raiz é se enterrar. O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado.
Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor. O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades.
A insônia consiste em dormir ao contrário.
O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água.
O sol nos dá luz, calor e turistas.
O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.
O vento é uma imensa quantidade de ar.
Péricles foi o principal ditador da democracia grega.
A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.
A harpa é uma rosa que toca.
O Chile é um país muito alto e magro.
A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário.
As aves têm na boca um dente chamado bico.
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JUSTIÇA
■ Roberto Policarpo
A solidariedade como instrumento de unidade dos trabalhadores
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solidariedade é uma das maiores virtudes sociais, pois ocupa um papel central no desenvolvimento da civilização e do próprio ser humano. Ao longo da história, as sociedades foram marcadas pela divisão de classes e a força de trabalho foi submetida à exploração pelas classes dominantes. Numa reação contrária a essa lógica, os trabalhadores passaram a promover os valores da solidariedade classista. Essa solidariedade combateu, em âmbito local, nacional e internacional, o individualismo predatório propagado por regimes de exploração, como o neoliberalismo, contribuindo para o fortalecimento do eixo de lutas operárias. Enquanto a luta de classes prima pela competição dos trabalhadores, a solidariedade motiva-os à união contra todas as formas de injustiça, a exploração e a opressão social, política, econômica, religiosa ou cultural. Dessa forma, os trabalhadores reagiram ao capitalismo e, através da luta coletiva - cerne da solidariedade, impuseram limites à exploração de classes. Os sindicatos, como entidades classistas, foram criados como instrumento desta luta, com a função de unificar os trabalhadores e trabalhadoras nas batalhas contra a exploração. A solidariedade dos trabalhadores com seus semelhantes motivou e motiva uma série de lutas, como pela redução da jornada, por melhores condições de saúde e de trabalho, por maiores salários, pelos direitos humanos, pela democracia, pela igualdade, pela paz, por justiça, por dignidade. Com a ação dos sindicatos, a solidariedade classista foi se consolidando como espírito de luta, buscando sempre a humanização das relações trabalhistas e sociais. Com a ascensão do “novo sindicalismo”, marcada pela criação da CUT, a solidariedade classista voltou a ser vista como um dos principais instrumentos da luta trabalhadora. Uma das medidas desse novo sindicalismo era a solidariedade. Em períodos de greve, os filiados pagavam uma taxa extra para garantir
o salário dos grevistas demitidos. Essa prática sustentou muitos movimentos, resultando em avanços e conquistas importantes para a classe trabalhadora. E isso não é uma prática distante ou ultrapassada. No mês de abril de 2009, o Sindifisp-MG descontou no contracheque de seus filiados (os Auditores-Fiscais da Receita Federal) a importância de R$ 287,00. Desse total, o valor de R$ 80,00 é referente à mensalidade do mês de abril e R$ 207,00 diz respeito ao fundo de corte de ponto aprovado em Assembléia Nacional Unificada. Essa contribuição será destinada, exclusivamente, ao ressarcimento dos filiados que sofreram corte de ponto em seus contracheques. Os descontos atingem todos os filiados, ativos, aposentados e pensionistas, de todo o Brasil. A solidariedade classista não compreende apenas o público interno. A experiência sindical cutista oferece-nos um conjunto de exemplos de construção de liberdade, de solidariedade e de democracia. Em 2007, a CUT conclamou seus representantes estaduais, ramos e todos os sindicatos filiados a organizarem coletas de doações nos locais de trabalho (fábricas, órgãos públicos, bancos, escolas, lojas, supermercados e shoppings) e outros locais de grande fluxo de pessoas para o envio de água, roupas e medicamentos às vitimas do terremoto no Peru. Os trabalhadores atenderam ao chamado colaborando para o amparo das vítimas. Ações como essas não decorrem somente de grandes sindicatos ou centrais. O Sindicato dos Curtidores de Ivoti, uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, passou por forte crise financeira em 2007. Só foi possível mantê-lo graças à unidade e solidariedade de classe. O Sindicato dos Sapateiros da mesma cidade manteve-o financeiramente e, com isso, puderam garanti-lo politicamente junto à categoria. E esse comportamento é histórico. Desde a criação do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, além do tradicional embate capital-trabalho por melhores
salários e condições de trabalho, os companheiros começaram a se preocupar com questões gerais, como por exemplo, externar a solidariedade aos operários espanhóis durante a Guerra Civil de 1936-1939. Em 1943, o Sindicato esteve à frente do movimento pela decretação da guerra contra o nazi-fascismo, arrecadando fundos para as famílias dos expedicionários que foram combater na Europa. Graças à solidariedade classista, os trabalhadores podem se unir em defesa de causas mundiais, como, por exemplo, no caso da soberania do Haiti, da retirada das tropas americanas do Iraque e da paz na Faixa de Gaza. Com esse espírito, além da defender os interesses específicos de sua categoria, o Sindjus sempre está na linha de frente da solidariedade de classe, acompanhando, apoiando e participando das lutas gerais da classe trabalhadora, como agora, que promove a campanha “SOS NorteNordeste, contamos com você”, na qual convoca os trabalhadores a se solidarizarem com as vítimas das chuvas intensas que afetaram essa região. A criação dessa campanha só foi possível pelo retrospecto positivo de outras ações de sucesso, como o de incentivo à prática do voluntariado, de recolhimento de alimentos para o Natal dos menos favorecidos e de livros para um projeto cultural. O Sindjus tem lançado as sementes que, unidas às outras atitudes positivas do movimento sindical, fortalece a solidariedade frente à luta de classes, promovendo uma sociedade sustentável. Dando continuidade à construção do sindicalismo do terceiro milênio, devemos conferir prioridade à proposta de agregar organizações sindicais e movimentos sociais na construção de um espaço capaz de reunir o mais amplo leque de forças que atuam em favor da solidariedade. * Roberto Policarpo é coordenadorgeral do Sindjus e autor do blog www. blogdopolicarpo.com.br/
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PONTO DE VISTA
■ Tadeu Filippelli *
MP 449: quem ganhou foi o Brasil
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o último dia 7 de maio, tive a satisfação de protagonizar um dos instantes mais importantes vividos pelo Congresso Nacional nos últimos anos. Naquela data, foi aprovado, em caráter definitivo, o Projeto de Conversão de minha autoria à Medida Provisória 449, de 2008, que estabeleceu novos critérios para o refinanciamento dos débitos fiscais junto à União. O Poder Executivo teve o mérito de provocar o assunto ao enviar aquela medida ao Parlamento, mas o que deve ser ressaltado, nessa oportunidade, foi o intenso trabalho legislativo, de todos os partidos políticos, da base de sustentação do governo e da oposição, para produzir um texto o mais consensual possível, capaz de incorporar, como incorporou, justas e legítimas aspirações de segmentos sociais e de classe, aprimorando, inexoravelmente, a proposta original. Nesse ponto, cabe destacar o papel do Legislativo. Do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, que não podem ser tornar meros organismos homologatórios das matérias encaminhadas pelo Executivo, especialmente quando se trata de uma medida provisória. A MP foi encaminhada ao Congresso ainda no final do ano passado e, só agora, meses depois, aprovamos o projeto de conversão. Todo esse tempo foi necessário e indispensável por se tratar de uma matéria que continha várias complexidades e contraditórios. No caso das discussões em torno da MP 449, estou absolutamente convencido de que o que prevaleceu foi o interesse nacional. O interesse de um grande contingente de empresários honestos, de trabalhadores, de profissionais liberais, entre outros segmentos, de honrar os seus compromissos e de buscar uma situação em que possam continuar trabalhando, produzindo, gerando empregos e renda em nosso
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país. Posso assegurar que, em nenhum momento, houve atendimento a interesses de grupos econômicos isolados. Creio que o que foi agregado pelo Congresso Nacional ao texto original permitirá um avanço espetacular no processo de refinanciamento dessas dívidas. Ressalto alguns aspectos que considero mais relevantes. Acertamos, sim, no momento em que tiramos a tributação sobre determinados tipos de leasing para financiamentos, que restringia o crédito de mercado para empresas brasileiras e para pessoas físicas. Temos que entender que, em 2008, o leasing foi responsável por 42% de todo o crédito utilizado na compra de caminhões e demais veículos. Em todas as empresas brasileiras, quase metade dos financiamentos foi executado através desse mecanismo. E, de forma equivocada, tributava-se o leasing com o IOF, diminuindo a oferta de crédito num momento de crise que, no Brasil, quase não se traduziu em crise de consumo, mas de crédito. Conseguimos isso ao eliminar o dispositivo que impedia que as empresas tivessem o direito de compensar o crédito tributário mediante pagamento do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A MP permitirá a milhões e milhões de brasileiros regularizar sua situação enquanto pessoa física; e a milhares e milhares de empresas readquir a plenitude de sua operacionalidade. Estou convicto, também, de que se produzirá, com esse projeto, a recuperação de crédito porque nenhum mecanismo da MP tem o condão de beneficiar quem deixou de pagar. Ao contrário, se observarmos os principais dispositivos que estimulam a adesão à recuperação de crédito, veremos que quem pagou no momento certo fez o melhor negócio. Quem pagar agora terá a dívida consolidada através da correção pela SELIC, como queria o Poder Executivo.
Destaco também as contribuições oferecidas pelo senador Francisco Dornelles, relator no Senado e profundo conhecedor da matéria. Registro, pela importância desses segmentos, a decisão de prorrogar o IPI para taxistas e portadores de necessidades especiais até 2014, bem como a extensão do prazo, novamente, de adesão à antiga Lei da Timemania para as santas casas, os clubes esportivos e os clubes sociais, propostas que partiram do Senado. Outro aspecto importante aprovado foi a extensão do prazo para as Zonas de Processamento de Exportação. Friso, que o projeto finalmente votado, ao contrário do que alguns propalaram, em nenhum aspecto facilita ou beneficia os sonegadores. O sonegador, pela sua natureza, não declara imposto, não faz absolutamente nada. É um sonegador. Ao contrário da grande maioria dos empresários brasileiros, composta por pessoas sérias, trabalhadoras e cumpridoras de suas obrigações fiscais. A exceção, sim, é o mau pagador. Por fim, destaco o papel desempenhado ao longo desse processo pelo meu partido, o PMDB, o papel de todas as lideranças partidárias e do governo, bem como do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. Todos foram fundamentais para essa conquista. Mas o maior vitorioso foi o Brasil e os brasileiros que passaram a contar com uma legislação realista, justa e factível, que permite a recuperação fiscal e do crédito, e que devolve a milhões de pessoas a tranquilidade necessária para continuar contribuindo com o desenvolvimento de nosso país. (*) Deputado Federal pelo PMDBDF e presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados.
Charge
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