Revista Plano Brasília Edição 53

Page 1

Ano 7/Edição 53 - Brasília R$ 5,00

ISSN 1807 - 5738 2ª quinzena i Junho - 2009

Estefânia Viveiros Ponto de vista

Agnelo Queiroz Entrevista








SUMÁRIO

Editorial 10 Cartas 12 Entrevista 13 Panorama Político 16 Política Brasília 18 Política Brasília II 20 Política Brasília III 21 Economia 22 Economia 23 Capa 24 Cidadania 28 Gente 30 Mercado Imobiliário 34 Educação 36 Tecnologia 38 Planos & Negócios 40 Automóvel 42 Cultura 44 Vida Moderna 46 Esporte 48 Trânsito 50 Personagem 52 Saúde 54 Moda 58 Comportamento 62 Gastronomia 64 Mundo Animal 66 Música 70 Propaganda & Marketing 72 Tá Lendo O Quê? 74 Frases 76 Justiça 77 Diz Aí Mané 78 Ponto de Vista 80 Charge 82

8

32 Opinião

56 Cidades - Planaltina

24 Jornalista Aprendiz



EXPEDIENTE

CARTA AO LEITOR DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex Dias

CHEFIA DE REDAÇÃO Letícia Oliveira Luciana Vasconcelos Reis DIRETOR DE FOTOGRAFIA Moreno GERENTE FINANCEIRO Elton Boulanger REVISÃO Mari Lúcia Del Fiaco PROJETO GRÁFICO Alexandro Sousa COLABORADORES Cerino, Mauro Castro, Romário Schettino, Tarcísio Holanda, Ana Helena Melo, Rafaella Ailgup, Newton Garcia, Roberto Policarpo, Mano Lima, Lívia Faria DISTRIBUIÇÃO EM BANCAS Distribuidora Jardim DISTRIBUIÇÃO POR MAILING Vip Logística IMPRESSÃO Prol Editora Grá ca TIRAGEM 60.000 exemplares CAPA Arte: Alexandro Sousa Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

10

Chegou o mês das férias e, nessa época do ano, as clínicas de beleza lotam. Um dos motivos é que a ausência de intensos raios solares, devido ao inverno, favorece vários tratamentos. Inclusive os tratamentos de clareamento de pele. Assim, o assunto principal da Plano Brasília desse mês é a cirurgia plástica. Um procedimento sério que não pode ser encarado como brincadeira, exige planejamento e sim, deixa cicatrizes. Além disso, falamos muito de cuidados com os dentes, com a boca em si, e com a crescente especialização de profissionais do setor. No campo da política, não podíamos deixar de falar na escolha do PT com o pré-candidato Agnelo Queiroz. A entrevista e a vida política de Agnelo falam por elas mesmas, mas talvez você se surpreenda com a determinação dele para a disputa ao GDF. Em paralelo, estamos de olho na confusão por qual passa uma das maiores instituições do nosso país, o Senado Federal. E também estamos de olho nos problemas que o maior partido brasileiro, PMDB, vem enfrentando no cenário do Distrito Federal. Os demais partidos também estão em nossa mira. No plano econômico, a Plano Brasília desse mês continuou percorrendo os efeitos que a crise econômica vem causando para os brasileiros. Embora, setores diversos sejam enfáticos ao dizer que Brasília não está sendo atingida pela crise e que as reduções de impostos têm aumentado a corrida às lojas – principalmente às automotivas. O setor imobiliário afirma que o problema não existe. Mas até o presidente Lula já reconheceu que seria melhor que esse dinheiro de redução fosse revestido para os mais necessitados de outras formas. Voltando à questão da capacitação, ela não é importante apenas em nível superior, mas também em nível técnico. Essa é uma preocupação do SENAI que, com ousadia auxilia os mais jovens a encontrar emprego e sucesso profissional. Nesse momento a Plano Brasília faz um grande desabafo: Sentimos muito o fim do diploma para a profissão de jornalista, pois essa é uma questão que, diferente do que muitos possam pensar, atinge a toda a democracia brasileira. No mais, você encontrará histórias sobre esporte e valorização da terceira idade e sobre o sucesso da Biblioteca Nacional de Brasília, a primeira grande biblioteca da língua portuguesa do século 21. O deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS), um pioneiro da cidade, nos contou histórias da cidade mais antiga do Distrito Federal, Planaltina. Há novidades no mundo da moda brasiliense, discussões sobre relacionamentos, visitas a restaurantes de sucesso de Brasília e revelações sobre aquarismo. Trouxemos uma jornalista aprendiz para escrever prá gente, fruto de uma parceria com o CEUB pela valorização do diplomas dos jornalistas. Um grande abraço!

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial; Sugestões e críticas às matérias; E-mail: redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora. www.planobrasilia.com.br Plano Brasília Editora Ltda. SCLN 116 Bl H sala 218 • CEP: 70773-580 - Brasília-DF Fones: (61) 3202.1257 / 3202.1357 revista@planobrasilia.com.br


COM VOCÊ POR UMA CIDADE MELHOR. COM VOCÊ POR UMA CIDADE MELHOR.

Câmara Legislativa Legislativa


CARTAS

Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para: SCLN 116 Bl H sala 218 Cep: 70773-580 - Brasília/DF Fones: (61) 3202.1357 / 3202.1257 revista@planobrasilia.com.br As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação. Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.

Gostei muito da revista, tem conteúdos tanto para pessoas mais letradas quanto para donas de casa e estudantes de ensino médio. Parabéns! Muito interessante a matéria de hipnose, o negócio parece bom, quem sabe não me ajudará a parar de fumar. Foi bom saber que a gente não vira zumbi. Valeu, continuem trabalhando por uma Brasília melhor. Leonardo Júnior - Park Way Olá, sou moradora do Lago Norte e acho a ideia de vocês muito boa, falam de política, mas não cam massi cando isso, já basta a ideia errada que o resto do Brasil tem de nós, aqui também tem trabalhadores e cabeças pensantes, gosto das seções de esporte e matérias de cidadania, precisamos mesmo de atitudes que façam a diferença. Chega de abaixar a cabeça e car alheio à realidade do povo brasiliense. Eliane Sanches - Lago Norte Pela primeira vez manuseio a revista Plano Brasilia, gostei muito. Matérias interessantes e bem estruturadas. È bom saber que Brasília tem algo mais a oferecer do que políticos corruptos e socialites metidas à besta. Parabéns pelo trabalho e espero que vocês não se vendam para essa corja que engole os meios de comunicação. Continuem apresentando um jornalismo social, comprometido e desmiti cador de tabus. Carlos Henning – Asa Norte Palmas para a edição que dedicou capa e matéria à hipnose. Inclusive desmisti cando esta ferramenta, cienti camente, super e caz na cura de diversos males humanos. A hipnose, aplicada com acerto, devolve saúde, logo, vida. Melhor, impossível! Parabéns pela abordagem. Dalce Maria, Jornalista ERRATA: Na edição #52, o número correto da Psicoterapia Hipnoterapia é (61) 9223.2330.

12


ENTREVISTA

Agnelo Queiroz pré-candidato ao governo do Distrito Federal, pelo Partido dos Trabalhadores

Isso porque, por lei, não se pode falar em candidatura fechada nesse momento: A de nição só pode ser feita em março de 2010. Todos o apoiam e a Plano Brasília, de certa maneira, esperava por isso! Assim fomos entrevistar o esperançoso médico que se formou na Bahia, fez pós-graduação em políticas públicas no Rio de Janeiro, é médico concursado do GDF. Já foi deputado federal e ministro dos Esportes entre 2003 e 2006. O objetivo é saber quais as ideias dele com a possibilidade de ser o governador da capital brasileira. Por Letícia Oliveira Fotos Jorge Campos

13


Plano Brasília: Em entrevista recente, o Sr. declarou que o seu nome uni ca o PT, mas, antes da decisão do partido sobre a sua pré-candidatura, muito se falou da clara disputa com o deputado federal Geraldo Magela (PT), inclusive sobre as bases de apoio. Gostaria que o Sr. falasse um pouco mais sobre o seu relacionamento com Magela... Agnelo Queiroz: O PT, consensualmente, tem a posição de que é necessário o palanque da Dilma em Brasília e para isso, eu possuo as melhores condições para cumprir esse programa nacional, acredito, com os nossos aliados. A ideia é ampliar nossas alianças, e isso é um fato concreto. O diretório nacional do PT resolveu apoiar a minha candidatura. Por isso, resolvemos fazer o lançamento da minha pré-candidatura, já que a legislação não permite que eu me lance candidato agora, e o apoio foi muito grande, no sentido da busca de uma unidade no PT. Praticamente, 90% das lideranças me apoiam – Arlete, os sindicatos, os ativistas do PT: com relação ao Magela, o PT continua fazendo o esforço por 100% da unidade, só falta mesmo o Magela, e a corrente dele, mas isso deve acontecer o mais rápido possível, 100% de apoio. Assim como o apoio das demais legendas políticas, os nossos aliados, PSB, PDT, PCdoB, PRP... Isso já está acontecendo naturalmente, com a autorização do partido. Nós já estamos em campo! Essa é a conclusão do partido. Ou a gente tem pré-candidatura agora e disputa para ganhar, ou nós não vamos brincar de fazer eleição! Nem entregar a vitória para os adversários.

Falando em composições, quais outras o Sr. e o PT pretendem fazer em prol da pré-candidatura. Existe possibilidade de atuar em conjunto com o PPS? E com o PDT de Cristovam Buarque? Existe com certeza! O Rodrigo Rollemberg, presidente do PSB no Distrito Federal já chegou a declarar o apoio a nossa candidatura. O PT já teve uma conversa muito positiva com o PDT, em prol da unidade e do projeto nacional. Vamos fazer todo o esforço pela nossa unidade em Brasília. Houve conversas também com o PCdoB. Tenho muita convicção que nós vamos retormar a unidade da esquerda no Distrito Federal para fazer esse enfrentamento com os setores mais conservadores e neoliberais que hoje estão no governo do Distrito Federal. Fiz a mesma pergunta para Magela e gostaria de ouvir o que o Sr. tem a falar de futuras alianças entre PT e DEM... Nenhuma possibilidade! A boa relação se explica pelo fato de termos o Presidente da República que temos em nível federal e um estadista em nível local. Há muito tempo não temos isso no Brasil: um presidente que se relacione muito bem com todos os governadores, de todos os estados. Se houvesse apenas um que a rmasse ter um relacionamento con ituoso... Mas não há! Lula é um presidente, presidente do Brasil, que governa para todos os governadores e que trata a todos de maneira respeitosa e com gentileza. Não seria diferente no Distrito Federal. O Arruda é apenas um adversário partidário para o presidente Lula. Mas Lula não tem a ideia

“Nós vamos resgatar os serviços públicos... Saúde, educação... A população precisa de cuidados!”

14

de prejudicar a população de Brasília, muito pelo contrário! Nunca o Distrito Federal teve tanto recursos, em todas as áreas, como agora! Mas o partido do atual governo do DF vota sistematicamente contra o PT no congresso, é quem faz a oposição, junto com o PSDB, mais sistemática, é justamente o DEM quem mais fomenta a CPI da Petrobras, algo que é absolutamente antipatriótico, pois a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo e que tem muita importância para o país. Assim, essa relação do presidente Lula com o governo local permanece sendo algo institucional, o que não indica que há alguma possibilidade de estarmos juntos. Isso é impossível! Temos projetos opostos, o projeto do PT é o projeto que o presidente Lula vem fazendo no plano federal e o que se aplica no DF é um projeto neoliberal, de privatização, que não apoia as políticas públicas, que não tem programas de diminuição das desigualdades. De concentração de renda, um projeto para poucos. O PT defende um projeto para toda a população! Qual será a sua principal linha de trabalho para a candidatura ao GDF? Quais são as prioridades de campanha? O projeto para Brasília está muito apoiado na concepção do PT de governar. Então, o que nós queremos é um projeto para população nos moldes do projeto do presidente Lula, em nível nacional. Nós queremos um governo que priorize as pessoas, a qualidade de vida, que olhe principalmente para a nossa gente, para o nosso povo! E isso deve presidir todas as nossas decisões, todas as nossas políticas públicas. Então nós vamos resgatar os serviços públicos – Saúde, educação. A população precisa de cuidados! Sem esquecer dos transportes, da segurança pública, do desemprego e ocupação – principalmente porque a média de desemprego no DF é o dobro da média nacional. Enquanto o Brasil diminui as desigualdades, o Distrito Federal aumenta essa questão, houve maior concentração da renda. O projeto de desenvolvimento do atual governo não possui uma linha, uma característica. Mas o principal objetivo é debater esse programa com a sociedade, nós temos uma visão, mas queremos debater isso com todos os setores organizados. É necessário o apoio dos partidos do bloco.


“É necessário manter o projeto político que o presidente Lula vem mantendo até agora”

Aplicar as políticas nacionais vencedoras do PT, no DF, essa é uma das suas intenções de acordo com declarações recentes. Considerando as políticas do governo atual, isso não pode causar uma ruptura que gere prejuízos, principalmente considerando o tempo de maturação de políticas? Agnelo Queiroz – Acredito que não. A população brasileira apoia, de maneira esmagadora, as políticas do governo Lula. Foram essas políticas uma das responsáveis pela migração de várias pessoas das classes E e D para as classes superiores. É isso que está dando condições para o Brasil enfrentar a crise atual e sair dela. Precisamos combater os desníveis de estudo, de abandono às crianças e promover a geração de renda, de trabalho. Assim combateremos o sucateamento do serviço público. E hoje em dia o público já está muito informado! É necessário manter o projeto político que o presidente Lula vem mantendo até agora. Retrocessos não podem ser admitidos, de estado mínimo, de privatizações... A possibilidade de não ter o PT no governo Federal a partir de 2010 o assusta em algum momento? Agnelo Queiroz: Isso não passa pela minha cabeça porque eu con o muito na sabedoria do povo brasileiro. O povo brasileiro optou pelo presidente Lula. Como o presidente não pode mais se candidatar, o partido precisa conduzir um projeto para a manutenção das políticas estabelecidas até então. Eu não tenho dúvidas de que esse projeto deve continuar... Eu não tenho dúvidas!

O atual governo vem fazendo tudo pela mudança de nitiva do Centro Administrativo para Taguatinga. Com tantos espaços menos saturados no DF para isso, o Sr. é favorável à mudança? No PT ainda não houve um debate consistente sobre essa questão. Mas, oportunamente, vou examiná-la do ponto de vista administrativo. Por isso não posso opinar sobre o assunto de forma contudente nesse momento! O Senado tem se tornado desinteressante para o Sr. Uma das causas seria a crise que o Congresso vem enfrentando com as denúncias recorrentes de corrupção do início do ano prá cá? Agnelo Queiroz: O motivo principal pela minha opção para a pré-candidatura é anterior à crise vivida atualmente pelo Congresso. Acredito que está no momento de a esquerda retomar o governo do Distrito Federal. Eu me sinto absolutamente preparado para poder governar. A minha candidatura consegue consolidar vários setores da sociedade e por isso, governar se torna a melhor forma pela qual eu posso representar a população em Brasília, até porque a minha vida política, na maioria, está no executivo.Tenho certeza e convicção de que as minhas propostas melhorarão a vida do povo do Distrito Federal com o um todo! Acredito em mais vida e em menos tijolo, cimento... Uma administração voltada para o nosso povo!

Sendo governador, a Copa de 2014 ocorrerá na sua gestão. Todos sabemos dos seus méritos quando da organização do jogos Pan-Americanos em 2007 e da sua paixão pelo esporte. Alguma ideia pontual, diferenciada? Agnelo Queiroz: Acredito ser um evento fabuloso para o Brasil, que vai mostrar o país para o mundo inteiro! Mostraremos o que é o Brasil no governo Lula, e no governo Dilma, por isso é um evento muito importante, inclusive para Brasília. Seremos uma das sedes. O diferencial vai ser a manutenção de uma infraestrutura que pretendo construir ao longo do governo 2010-2014. Vamos fazer uma grande revolução aqui no Distrito Federal! Teremos condições de aplicar as ideias que desenvolvemos no governo Lula e realizar uma mudança radical, principalmente no que se refere à quantidade e forma de investimentos no setor. Faremos do esporte aqui, mais do que uma política de governo, ele será uma política pública, de Estado, promovendo também outras instituições. O esporte é uma ferramenta de desenvolvimento humano pleno. Especi camente sobre a Copa, é necessário pensar na cidade por completo, para que as pessoas que venham a Brasília, a conheçam realmente e possam encontrar diversão, cultura, turismo serviços públicos e privados de qualidade, en m, a Brasília que o nosso governo pretende resgatar! Ainda há esperança para a nossa capital 15


PANORAMA POLÍTICO

Tarcísio Holanda

O governo terá de con ar nas próprias pernas, isto é, em sua própria base de apoio na Câmara, se quer patrocinar a votação da reforma tributária antes do recesso legislativo, o que terá início no dia 18. O líder do PSDB, José Aníbal (SP), já antecipou a posição de seu partido, ao advertir que os tucanos desistiram de aperfeiçoar a proposta de reforma tributária que o governo enviou ao Congresso. “O substitutivo se perdeu na medida em que o relator foi acolhendo reivindicações setoriais e se afastando dos conceitos que devem pautar uma reforma tributária. “Não vamos prosseguir com essa insensatez. Quem vai perder é o contribuinte”, acrescentou o líder do PSDB na Câmara. O líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), adota idêntica posição a de Aníbal, sustentando que uma mudança de tanta signi cação na vida do país não pode ser arquitetada ao nal de um governo. “Isso é coisa para início de governo. Ademais, a proposta não reduz a carga tributária, como reconhece o próprio ministro da Fazenda”. Pelo andar da carruagem, as lideranças da oposição não vão colaborar na votação da proposta.

Tudo indica que as lideranças oposicionistas vão marchar para promover a obstrução parlamentar, quando a proposta de reforma tributária for colocada na Ordem do Dia, no plenário 16

Foto: Luiz Alves

UM TESTE PARA O GOVERNO

QUEM TEM CACIFE O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), emprega linguagem conciliadora, ponderando que o governo vai buscar o entendimento com a oposição para fazer alguns ajustamentos no texto elaborado pelo deputado Sandro Mabel, o relator da matéria. “Se houver problemas, podemos negociar e chegar a um acordo” – disse Cândido Vaccarezza , para quem a reforma tributária deve se destinar a promover a justiça scal, desonerar a indústria e os demais setores produtivos e aumentar a carga tributária incidente sobre os capitais especulativos.

Para um dos tributaristas respeitados na Câmara, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), vice-líder da minoria, o substitutivo do deputado Sandro Mabel aprovado por Comissão Especial no nal do ano passado, não resolve um problema crucial, que é aliviar a carga tributária, acrescentando: “É mais do mesmo. O sistema tributário é caótico e vai continuar assim, se esse texto for aprovado”. O deputado José Aníbal acha que um dos maiores erros cometidos pelos formuladores do projeto foi punir o Estado de São Paulo. “É um delírio” – resumiu.


NÃO REDUZ A CARGA DE IMPOSTOS Só a reforma política suscita tanta controvérsia quanto qualquer proposta de reforma tributária. Os Estados, de modo geral, a encaram-no com reservas e descon anças. Ninguém quer perder nada. O ministro da Fazenda acaba de dizer que, sobre o ponto de vista de perdas, é neutra. Os governadores descon am. Se quer mesmo aprovar essa proposta, o governo terá de mobilizar a sua base de apoio, que, também sobre esse assunto, não se mostra coesa. O que parece bastante claro é que não é só São Paulo que se insurge contra esse projeto. Basta lembrar que, logo que o governo enviou a proposta ao Congresso, os governadores de São Paulo, José Serra, de Minas Gerais, Aécio Neves, do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, manifestaram -se contra os seus termos, alegando em especial a o seu caráter inoportuno em face dos impactos produzidos na economia brasileira pela crise internacional. Hoje, se sabe que os governadores de Estados, de modo geral, insurgem-se contra acabar com a guerra scal, pois não querem perder o poder de dar incentivos para atrair investimentos. As principais lideranças oposicionistas já deixaram claro que um dos objetivos essenciais de qualquer reforma tributária é reduzir a carga tributária, o que a proposta do governo não consegue. O líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja, mostra a resposta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a um requerimento de

informação formulado pelos oposicionistas. Em resposta a uma das perguntas mais objetivas da oposição, o ministro da Fazenda reconhece que a proposta do governo não reduz a carga tributária, sendo “neutra” a esse respeito. Mudar os termos da proposta apresentada pelo governo parece improvável. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, após se reunir com os líderes governistas na Câmara, declarou que o governo quer a aprovação da reforma tributária “sem mudanças que des gurem os seus termos”. Não há dúvida de que o governo dispõe de uma base parlamentar esmagadoramente majoritária na Câmara dos Deputados. O problema é que ninguém pode con ar na integridade dessa base de sustentação parlamentar, quando se trata de reforma tributária. Tudo indica que as lideranças oposicionistas vão marchar para promover a obstrução parlamentar, quando a proposta de reforma tributária for colocada na Ordem do Dia, no plenário. Então, aí será a hora de saber se o governo conseguirá mobilizar sua base de apoio, íntegra, para votar matéria tão polêmica. A menos que Lula e seus líderes na Câmara dos Deputados tenham escondido alguma carta para jogar à última hora sobre a mesa de negociação. O presidente é quem faz a maior pressão para que a matéria seja submetida à votação. O relator, deputado Sandro Mabel, acha que o texto está pronto para ser submetido a uma discussão necessária no plenário, mesmo porque a maioria

dos deputados, em seu entender, considera o assunto “árido”. Sandro Mabel quer iniciar uma fase de esclarecimento dos termos da proposta, esperando que, depois disso, seja possível levá-la à votação. Nesse sentido, o parlamentar do PR goiano fez uma verdadeira preleção a respeito da importância do diálogo e da conversa em política para ajustar posições às vezes as mais antagônicas. Ao longo da histórica republicana, poucas tentativas de reforma tributária tiveram êxito, sobretudo, nas fases de normalidade democrática, quando se torna mais intensa e difícil a discussão sobre os con itos de interesses entre os diferentes entes federativos. De 1946 para cá, a única reforma tributária efetiva que ocorreu no Brasil veri cou-se durante o regime militar, quando o então ministro da Fazenda, Del m Netto, aproveitou aquela oportunidade discricionária para viabilizar a proposta que havia formulado junto com seus assessores. Fora disso, tivemos remendos, alterações pontuais, mas não reformas tributárias. É preciso reconhecer que a proposta que o governo Lula enviou ao Congresso tem pontos positivos, como a cobrança de impostos no seu destino, e não na origem. Mas é justamente essa mudança de indiscutível importância que provoca reações violentas dos estados produtores, que perdem recursos, como o poderoso São Paulo, do governador José Serra, que ainda detém 38% do PIB brasileiro

Por residirem próximo ao Palácio da Alvorada, discutem política com tanta intimidade... 17


POLÍTICA BRASÍLIA

Romário Schettino

Carolas reclamam de artista Um painel pintado pelo artista plástico de Brazlândia, Francisco Galeno, na Igrejinha da 108 Sul, causou os mais variados protestos. As carolas mais conservadoras não aceitaram a imagem de Nossa Senhora sem rosto de nido. Os amigos e fãs do artista saíram em sua defesa dizendo que o trabalho é genial. Uma ocorrência parecida aconteceu após o término da construção da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. As autoridades eclesiásticas não permitiram, durante muitos anos, a consagração da Igreja, porque caram chocadas pela forma nada ortodoxa da construção de Niemeyer e contrariadas pelos desenhos, com temas religiosos, do pintor modernista Portinari. Em Brasília, os desenhos de Alfredo Volpi foram destruídos por um padre da mesma igrejinha. En m, a Igreja nunca se deu muito bem com os artistas e a natureza conservadora dos católicos permite essas confusões, mas a arte e a sociedade sempre saem ganhando, mais cedo ou mais tarde.

Parque do Guará em perigo O veto do governador José Roberto Arruda ao artigo 285 do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) foi derrubado na Câmara Legislativa. A comunidade do Guará está recorrendo agora ao Ministério Público para questionar a decisão na Justiça, pois não concorda com a manutenção dos posseiros no Parque Ecológico do Guará. Esses ocupantes não são bem vistos pelos defensores da preservação total do parque e contra a especulação imobiliária. 18

O blog da Petrobras e suas lições A imprensa brasileira esperneou, mas a Petrobras acertou em cheio ao divulgar as entrevistas, na íntegra, que concedeu aos jornalões. Ao alegar direito autoral sobre as perguntas, os jornalistas estariam admitindo direito autoral sobre as respostas? Discussão inútil. O fato é que as ferramentas da internet permitiram aos jornalistas da assessoria de imprensa se adiantar ao que seria publicado no dia seguinte - quem sabe, de maneira reduzida, incompleta e prejudicial aos interesses da empresa e da sociedade brasileira, que por nal é sócia majoritária dessa que é uma das maiores multinacionais do setor petrolífero no mundo. 40 horas semanais A jornada de trabalho de 40 horas é uma realidade em vários setores da vida produtiva brasileira, mas o assunto é polêmico no Congresso Nacional. A bancada empresarial rejeita a ideia para proteger os ruralistas e os comerciantes varejistas. As centrais sindicais estão unidas nessa briga. O Brasil só tem a ganhar com a redução da jornada e o resultado só pode ser mais empregos, mais produção, mais consumo, mais riqueza.

Brasília cinquentona Duas possibilidades internacionais para a festa dos 50 anos de Brasília: O grupo U2 e Paul McCartney. Paul, que completa em 2010 cinquenta anos de carreira, tem mais chance. A pergunta que não quer calar é: e os artistas de Brasília?


Comunicando...

Os problemas de Dutra O candidato do presidente Lula para presidir o PT nacional durante a campanha eleitoral de 2010 é o ex-senador e atual presidente da BR Distribuidora José Eduardo Dutra. Na disputa, estão José Eduardo Cardozo, pelo grupo Mensagem ao Partido, Geraldo Magela, pelo Movimento PT, e Valter Pomar, pela Articulação de Esquerda. Di cilmente Dutra ganhará no primeiro turno, situação desejada por ele que pretende também voltar ao Parlamento. Os problemas de Dutra são as disputas regionais com o maior aliado de Dilma Rousseff, o PMDB. Além disso, como Dutra não é paulista, a di culdade aumenta. No entanto, se se mantiver candidato, ganha. A Articulação, tendência de Lula, detem 70% dos votos no partido. Roriz procura abrigo no PSC O ex-senador e ex-governador Joaquim Roriz ainda não desistiu de sair candidato pelo PMDB, mas o problema é seu ex-aliado Tadeu Filipelli, que preside a legenda. Roriz já foi até ao presidente nacional Michel Temer, mas deu com a porta na cara. Roriz procurou então o nanico PSC, que já está sendo presidido por um obscuro rorizista. O difícil é saber quem negocia mais rápido: Roriz ou Filipelli?

Conferência Nacional de Comunicação O tempo está passando e a I Confecom não sai do lugar. Está marcada para ocorrer de 1 a 3 de dezembro deste ano em Brasília, mas o processo não deslancha. A Comissão Nacional nomeada para coordenar o evento não tem regimento e o dinheiro sumiu do orçamento do Ministério das Comunicações. Os empresários estão preocupados com os rumos da conferência e, por isso mesmo, a grande imprensa a ignora solenemente. Falta razoabilidade neste setor, como sempre. Retrocesso no STF O Supremo Tribunal Federal, com voto contrário do ministro Marco Aurélio, acompanhou a tese do ministro Gilmar Mendes, que considerou inconstitucional a exigência do diploma universitário para a obtenção do registro pro ssional de jornalista. Gilmar acendeu a chama da indignação: muitos protestos na rua. A categoria sentiu-se ultrajada com a comparação, aceita pela maioria dos ministros, segundo a qual não há diferença entre fritar um ovo e escrever uma matéria. Os sindicatos e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) estão mobilizados para retomar o assunto no Ministério do Trabalho e no Congresso Nacional. Esse retrocesso não será aceito passivamente.

Agnelo amplia apoios Enquanto o deputado federal Geraldo Magela insiste em dizer que as prévias não estão descartadas para a de nição do nome do PT que vai concorrer ao GDF, Agnelo Queiroz, pré-candidato lançado no último dia 20 de junho por grande parte dos petistas locais, vai ampliando apoios na base partidária. A de nição nal sairá assim que o PDT decidir o que vai fazer com o senador Cristovam Buarque, que pretende se reeleger. É melhor esperar mais um pouco. As vagas do Senado valem ouro.

Concessões no escuro A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) está se destacando na luta pela democratização da comunicação no Brasil. Segundo ela, “o Congresso se omite do papel de scalizar os processos de concessão e renovação das emissoras de rádio e TV e favorece grupos políticos e conglomerados de radiodifusão”. Em entrevista ao site Congresso em Foco, Erundina disse que os parlamentares aprovam as concessões e renovações às escuras, sem observar o cumprimento dos requisitos legais mínimos, como o desempenho da emissora, e legislam muitas vezes em causa própria. “São quatro, cinco grupos que detêm o oligopólio dessas concessões, com, evidentemente, a leniência e a conivência de quem concede, ou permite, ou fecha os olhos a essa concentração fantástica que controla os meios de comunicação”, diz Erundina.

Sarney, o velho Os escândalos no Senado não param de surgir. O velho José Sarney, cada vez mais enredado na parede, resiste. “Nada disso me diz respeito”, diz a velha raposa, “isso é uma crise do Senado”. Para que serve mesmo o Senado?

Reformas no campo e na mídia A deputada Luiza Erundina acredita que com a democratização dos meios de comunicação será possível transformar a sociedade brasileira e fazer a tão sonhada reforma agrária. “No dia que se concretizar esse processo de democratização e de controle da sociedade sobre esses meios, nós teremos condições políticas de fazer a reforma agrária e qualquer outra reforma que se precisa fazer neste país”. 19


POLÍTICA BRASÍLIA II

PDOT: Chacareiros cam e a polêmica permanece

Por Letícia Oliveira Fotos F. Ribas/CLDF Desde o último dia 23 de junho, os chacareiros que ocupam as Margens da Cabeceira do Córrego do Guará poderão dormir mais tranquilos. Na plenária da Câmara Legislativa eles comemoraram o fato de os deputados distritais terem derrubado, com 18 votos e seis ausências, o veto do governador contra o artigo 327, subitem 58 do Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT. Esse artigo garante a permanência dos chacareiros no local. Até mesmo os deputados que compõem a base do governo na Câmara foram contra o veto. Batista das Cooperativas (PRP), a rmou que os chacareiros já têm direito adquirido, a nal, são mais de 30 anos de ocupação. Geraldo Naves (DEM) abraçou a causa dos chacareiros e fez festa em plenário, mesmo sem ter nenhuma ligação direta com as demandas do Guará. Se isso representar especulações eleitoreiras, os chacareiros não se incomodam, eles sabem que atualmente são os únicos que realmente ainda cuidam um pouco da área. Isso foi lembrado pela oposição: Érika Kokai (PT) ressaltou a ajuda que as pessoas que lá habitam realizam, cuidando da preservação do meio ambiente na área. Alguns criticaram a decisão dos distritais, saindo em defesa do veto e da manutenção do Parque do Guará, declarando que o espaço foi criado para ser uma opção de lazer e prática de esportes na região. Porém, o deputado Cláudio 20

Abrantes (PPS), que optou por sair em defesa aos chacareiros, conversou com a Plano Brasília, “É necessário acabar com a política do Distrito Federal de criar parques apenas no papel, são tantos parques e nenhuma infraestrutura de fato. As áreas não são devidamente preservadas do ponto de vista sustentável e as populações locais não usufruem devidamente delas. O que iríamos fazer com aquela população que há tanto tempo já está ali estabelecida? Aquele parque nunca existiu”, enfatizou Cláudio que foi informado pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável, Ciência. O deputado também esteve no local e constatou a ausência de qualquer infraestrutura no parque - apenas lixo por toda a parte. O mínimo de organização – foi visto na área ocupada pelos chacareiros. Se o veto não tivesse sido derrubado, cada chacareiro teria direito a apenas 2 ha do parque. Os moradores que lá se encontram cultivavam grãos e criam animais e relatam que, se realmente houve vontade pública, nada impedirá o governo de cuidar da área. Deveria haver um trabalho integrado entre os chacareiros e o governo pela retirada do lixo que polui o Córrego do Guará, pela preservação das espécies exóticas do cerrado que lá podem ser encontradas e também pela manutenção das nascentes do local. Isso é sustentabilidade! Dessa forma, a preservação garantiria a geração de renda e, inclusive poderia abrir espaços para visitação da comunidade.

Não podemos também nos esquecer de outra questão séria que permeia a decisão refere-se à especulação imobiliária. Muitos temem que, futuramente, os chacareiros sejam assediados por grandes construtoras, para que a área seja dotada de infraestrutura. E até comenta-se que, por isso, vários segmentos do GDF nem caram tão chateados assim com a falta de apoio de seus pares e com a derrubada do veto. Para garantir o entretenimento, o Guará possui outras alternativas como melhorar os equipamentos das quadras, instalar ciclovias na cidade e investir nos parques já existentes, o Vivencial Denner e o JK. Parece que a discussão não se encerrará com a derrubada do veto, pois ainda existem setores mobilizados pela instalação do Parque que contam com apoios que não podem ser desconsiderados, como o administrador do Guará, Joel Alves. O administrador pretende reorganizar a população para lutar pela recuperação do parque. Além da derrubada desse veto, outros quatro também não foram aceitos pela Câmara Legislativa, entre os 58 que os deputados precisam analisar. Do contrário o PDOT não poderá ser aprovado. Dos impedimentos apresentados pelo Executivo local 14 foram apreciados

“Esse parque nunca existiu!” Dep. Cláudio Abrantes


POLÍTICA BRASÍLIA III

Mas a nal, o que está acontecendo no PMDB-DF? Apertado, pressionado, Joaquim Roriz conclama aliados e sai em defesa da história do partido que já assumiu estar em crise. Com medo da força de Arruda, alguns articulam composições entre o PT e o PMDB. O grupo rorizista rechaça: A sigla não pode ser um trampolim de cargos

Por Rafaella Ailgup Foto Fabio Pozzebom/ABr Para não deixar o PMDB-DF sem rumo, um nome vem ganhando destaque na defesa do partido, o do deputado federal Laerte Bessa. Como Roriz ainda luta para não deixar a sigla, o exgovernador convocou seus aliados que, conduzidos por Bessa, protocolaram ação na executiva nacional do PMDB no último 23 de junho. Isso porque esse segmento do partido não se conforma com a possibilidade de alianças com o Democratas, com o objetivo de conseguir cargos no Buriti, e também não se conforma com uma aliança com o PT, para estar forte na luta contra a reeleição de José Roberto Arruda. Muitos a rmaram que essa ação foi apenas mais uma cartada de Roriz, que o ex-governador só quer fazer barulho, mas a ideia, segundo ressaltou Laerte Bessa, é a de não admitir traição, “pedi a intervenção do partido, porque não podemos permitir que o nosso PMDB grande, histórico e respeitado, aceite que alguns membros na direção do DF maculem a memória e comprometam o desempenho eleitoral da sigla nas eleições de 2010, em troca de cargos e benesses do governo Democrata. O PMDB pode ter candidato próprio vitorioso e nada justi ca apoiar outro”, a rmou Bessa.

Como essa história começou... Quando Tadeu Filippelli a rmou, no nal do mês de maio, que para defender a população do Distrito Federal ele não apoiaria apenas o projeto político e pessoal de alguns, as bases do partido foram reviradas, entre outras coisas, já houve comentários de que Roriz se a liaria ao PSC – Partido Social Cristão. Mas não foi só isso, desde então o ex-governador vinha fazendo articulações para a intervenção no PMDB, o objetivo é investigar as ações de Tadeu Filippelli (DF) e também da presidente nacional em exercício na ocasião do pedido de intervenção, a deputada Íris de Araújo (GO). Ficaremos sabendo da real situação de Joaquim Roriz entre os peemedebistas depois que Filippeli se manifestar. Se a Executiva Nacional se convencer do quão forte Roriz ainda pode ser e aceitá-lo como pré-candidato para as eleições de 2010 pelo PMDB, é provável que Filippelli se afaste. Mas como em nível nacional, o partido não se mostra convencido dessa força rorizense, essa hipótese se consiste num argumento enfraquecido. E mesmo tendo o apoio de grandes nomes, como do presidente da Casa e senador José Sarney (AP) e do presidente da Casa e deputado Michel Temer (SP) pelo apoio ao ex-governador, o partido não con rma, nem descon rma nada sobre ser Roriz o nome para a corrida ao Palácio do Buriti. Por isso ele já tem plantado olhos por outros partidos, no PSC, emplacou o chefe de gabinete da lha, deputada distrital Jaqueline Roriz, Valério Neves. Se Roriz não se candidatar pelo PMDB, o partido pode perder nomes importantes, como o do deputado federal Laerte Bessa. De acordo com o deputado, cabe agora à Executiva Nacional apontar o caminho a ser seguido por todos os militantes, liados, parlamentares e homens públicos do PMDB-DF. A Executiva decidirá se o partido retornará á independência e à luta política que o levará ao governo do Distrito Federal, ou se permanecerá como um coadjuvante subserviente usando seu horário político para fazer propaganda de outros, apenas para manter cargos 21


ECONOMIA

Mauro Castro

O FIM DO IPI E DO QUE PODERIA TER SIDO O COMEÇO DE UMA ÉPOCA COM MENOS IMPOSTOS

Boa parte dos consumidores foram às compras na expectativa de encontrar produtos mais baratos, oportunidades únicas. A maioria não teve como comparar preços antes e depois da redução da alíquota do imposto, nem sequer soube se os preços tinham passado por um ajuste do fabricante. Imaginar que os produtos estavam naturalmente reduzidos era a certeza de cada brasileiro que se decidia pela compra. A verdade é que nem sempre ocorreu um bom negócio para todo mundo. Muitos compradores apressados, não compararam preços e entendiam muito pouco sobre o tipo de desconto que estavam levando. Isso, porque há uma variedade imensa de modelos, variações de lojas, condições de pagamento e vendas casadas com outros produtos. Perdidos entre ofertas em campanhas publicitárias, ameaças do término da redução do IPI e a inevitável pressão familiar para o consumo, muita gente se en leirou a espera de produtos. 22

Filas em razão da redução da produção que as indústrias preventivamente realizaram – com férias coletivas e crises nas matrizes internacionais. Filas na espera de um carro que ainda não estava no pátio, ou uma geladeira que não tinha na cor desejada.

60 dias para recebê-lo. Um atestado de medo em perder a oportunidade. Um exemplo típico de compra por impulso, sendo que, em muitos casos, houve uma troca injusta entre a redução do IPI e o aumento da taxa de juro com redução de prazos de pagamento.

O fato é que quanto mais la o consumidor encontrava mais acreditava tratar-se de um grande negócio. Uma oportunidade única. O resultado foi o aumento do endividamento do consumidor. O brasileiro comprou mais do que podia e do que devia. A inadimplência aumentou. As pessoas não conseguem arcar com todos os compromissos assumidos.

Agora o governo federal acena com a possibilidade de ir aumentando a alíquota do IPI de forma gradual. Uma ação lenta e sofrida, permanecendo por mais tempo a angústia do consumidor com relação a tomar uma decisão de não comprar mais e car pendurado por muitos meses com um carnê grosso e intimidador.

Tem pessoas que aceitaram comprar um carro – mesmo sem ter condições folgadas para isso – e esperar mais de

Bom mesmo é acabar com essa história de redução do IPI. Melhor ainda, acabar o IPI, e pronto

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O IPI (imposto sobre produtos industrializados) foi alvo da mídia – em matérias jornalísticas, campanhas publicitárias, conversas sobre orçamento doméstico e confusos bate-papos de bar. O fato é que o assunto é bem árido para qualquer cidadão, quando se fala em números. Saber de fato que impacto teve nos preços dos produtos no varejo é quase impossível.

Com a redução do IPI, o movimento nas concessionárias aumentou, estimulando muitas pessoas a comprar um carro zero quilômetro.


ECONOMIA II

DF discute crise econômica Presidente da CDL apresenta propostas para crise econômica em Comissão Geral da Câmara dos Deputados

E pediu também a regulamentação do setor de cartões de crédito, com consequente redução dos custos das empresas varejistas. As micro e pequenas empresas pagam mais por usar um cartão de crédito do que pagam na primeira faixa do Simples. Precisamos fazer alguma coisa para organizar este segmento”, a rmou. Fundo de Aval - O presidente da CDL defendeu ainda a criação de um Fundo de Aval para o setor. “Mais de 90% das empresas do varejo brasileiro são de micros, pequenas e médias empresas que precisam de crédito para crescer”, diz. O presidente da CDL, Vicente Estevanato, representou o varejo e apresentou sugestões do setor aos deputados Da Redação Fotos Cláudio Araújo A regulamentação do setor de cartões de crédito, a criação de um dispositivo de correção anual e automática do limite do Supersimples e a criação de um Fundo de Aval para as micro e pequenas empresas. Estas foram as propostas apresentadas pelo presidente da CDL e vice-presidente da CNDL, Vicente Estevanato. Ele falou na Comissão Geral, que se reuniu no dia 27 de maio, no Plenário Ulysses Guimarães, para discutir as sugestões das cinco comissões especiais criadas para analisar o impacto da crise mundial sobre a economia brasileira. A reunião contou com a participação de representantes de entidades do setor produtivo, entre outros, os presidentes da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro, da Ação Empresarial e do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrech.

Supersimples - Estevanato pediu aos parlamentares uma revisão do Supersimples. “Precisamos criar urgentemente um dispositivo que possa corrigir anual e automaticamente o limite do Supersimples, para que as micro e pequenas empresas não tenham de sair do regime e continuem gerando empregos”, comentou.

Segundo ele, quando os empresários buscam empréstimos nas instituições nanceiras, precisam apresentar garantias, que muitas vezes, eles não têm. “Nossa proposta é que o Congresso aprove o Fundo de Aval, com limite em torno de R$ 600 mil. Sem isso, caremos reféns das taxas de juros que são cobradas pelos bancos em curto prazo”, nalizou. Estevanato ainda parabenizou os deputados pela aprovação do Cadastro Positivo e pediu que ele seja implantado rapidamente

A reunião da comissão contou com representantes do setor produtivo nacional como CNI, Ação Empresarial e Gerdau 23


CAPA

Se a imagem refletida no espelho denuncia ou incomoda, não há nada errado em recorrer à cirurgia plástica

Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Alexandro Sousa Com a ditadura da beleza imposta e vendida pelos meios de comunicação, fica difícil estar 100% satisfeito com a própria imagem. São corpos divinamente esculpidos e rostos angelicais, todo esse apelo acaba por causar, em muitos casos, um desequilíbrio na autoestima. Hoje, é possível melhorar quase todas as áreas do corpo tanto daqueles que querem aperfeiçoar as formas quanto dos que sofreram algum tipo de acidente. Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha em janeiro deste ano, no Brasil são realizadas 629 mil cirurgias plásticas anualmente. Para se ter uma ideia, só entre os meses de setembro de 2007 e agosto de 2008, cada cirurgião realizou uma média de três a quatro cirurgias por semana, cerca de 15 por mês. Somente 27% são de caráter reparador, enquanto a estética corresponde a 73% do total. Nosso país é referência em resultados de cirurgia plástica, exporta profissionais e não fica devendo nada em qualidade de ensino. Os médicos que vão para o exterior o fazem em busca de facilidade para realizar pesquisa e encontrar mercado de trabalho, não para aprender. É comum as pessoas identificarem partes no próprio corpo que lhes desagradam e, na correria das grandes cidades, há pouco tempo para cuidar de si. Por isso, muitas optam pela cirurgia plástica, desejo de consumo de seis em cada 10 mulheres brasileiras. Mesmo sabendo que há muitas formas de alcançar o bem-estar, físico e mental, é comum querer mudar alguma coisa. 24


O que não dá para negar é que, no fundo, a maioria das pessoas gostaria de mudar algum detalhe do próprio corpo. A pesquisa do Datafolha revelou também que a maior parte das cirurgias estéticas é feita em pessoas na faixa etária que vai de 19 a 50 anos 72%, mais especificamente, 38% de 19 a 35 anos e 34% de 36 a 50 anos, isso na chamada população produtiva. Do percentual, 88% são mulheres contra 12% do sexo masculino. Outro dado relevante é que a maior parte das intervenções é de caráter privado, realizadas em hospitais particulares 58% e pagas pelo próprio paciente 82%.

Moreno

Segundo a pesquisa do Datafolha, a colocação de próteses de silicone nos seios lidera o ranking de plásticas com 21%, seguida da lipoaspiração com 20% e, em terceiro lugar, a estética de abdômen 15%. Sem dúvida, a aparência conta muito. Atualmente, a busca pelo corpo perfeito que determinadas roupas exigem e a constante divulgação de celebridades que assumem ter passado por plásticas aumentam consideravelmente o desejo de retirar gorduras, colocar silicone, esticar aqui, levantar ali... Não importa como, para quem decide fazer uma plástica o importante é harmonizar corpo e espírito.

Dr. Carlos Carpaneda

INSATISFAÇÃO, DESEJO E... BISTURI Com o avanço da medicina e o aparecimento de novas técnicas, os resultados são cada vez melhores e em partes distintas do corpo. Quando bem orientada, a operação auxilia a pessoa a encontrar o equilíbrio emocional, como declara Carlos Augusto Carpaneda, um dos mais conceituados cirurgiões plásticos do Brasil: “A cirurgia estética não é um recurso a favor da vaidade, mas um recurso técnico a favor do equilíbrio psicossomático em prol dos pacientes.” Para Carpaneda, as pessoas que fundamentam sua autoestima apenas na aparência física acabam ficando obsessivamente autocríticas, o que pode levá-las à insegurança e a um modelo de beleza muitas vezes impossível de ser alcançado. “Cada pessoa possui, além de traços físicos peculiares, um perfil psicológico e a plástica procura deixá-la com uma aparência natural, dentro de suas características individuais.” Carpaneda reconhece o dinamismo da medicina e afirma que é necessário estar atento aos avanços das técnicas e das tecnologias aplicadas à plástica. “Procuro estar sempre atualizado com o que há de mais moderno em termos de avanços científicos da minha especialidade”, conclui o cirurgião. O médico admite que alguns profissionais não são éticos ao realizar cirurgias que comprometem a harmonia individual. “Acho que a ética profissional deve falar mais alto. Temos que prestar aos pacientes o máximo possível de informações. É importante ter uma conversa franca sobre o que é possível ser feito para que não existam falsas expectativas quanto ao resultado final.”

A colocação de próteses de silicone nos seios lidera o ranking de plásticas

O doutor que veio para a capital em 1971, cursar medicina na UnB, conquistou seu espaço e, depois de três décadas dedicadas à cirurgia plástica, colhe os resultados: dezenas de trabalhos publicados em livros e revistas científicas e reconhecimento internacional. Essa paixão acabou contagiando o filho, Erick, também cirurgião plástico, e a filha, Laísa, que herdou o gosto pelas formas e cursa arquitetura. A família, que teve início há 27 anos, é o porto seguro do profissional. Ele tem um casal de filhos e, nos braços da esposa e escritora, Isabella Carpaneda, encontra conforto em dias de correria e tensão. 25


CAPA

Entendendo a lipoaspiração A lipoaspiração é a retirada da gordura de regiões localizadas do corpo. O processo foi descoberto casualmente pelo francês Yves Gérard Illouz, quando tentava tirar lipomas (pequenos tumores gordurosos benignos) de uma de suas pacientes que queria cicatrizes mínimas e a partir daí evoluiu para as retiradas maiores e em diferentes partes do corpo. Depois essa gordura retirada passou a ser injetada em áreas onde se necessitava de preenchimento para melhor contorno e só então o nome evoluiu para lipoescultura. A essa técnica foram acrescidos outros aparelhos, bem como a injeção de soluções no tecido adiposo. Esses novos aparelhos acoplados às cânulas acrescentaram-lhes agentes físicos, tais como: ultra-som (lipoultrasônica), laser (laser lipólise) e a vibração (vibrolipo). Em contato com o tecido adiposo, esses agentes inicialmente destroem fibras e células e, em seguida, retiram-na por aspiração. Como é impossível aspirar tudo o que foi destruído, permanece na região parte do tecido lesado, o que dificulta o controle da forma na região tratada. Esse fator pode levar após a maturação das cicatrizes, que dura de seis meses a um ano, ao aparecimento de irregularidades e dobras na pele nas regiões corporais de flexão.

A anestesia é injetada nas partes marcadas, visando facilitar a sucção

Existem dois tipos de lipoaspiração: a úmida, também denominada tumescente e hiperinfiltrativa, e a seca – nesta não se infiltra solução no tecido adiposo. E na úmida, injeta-se algum tipo de solução. As técnicas que infiltram líquidos na gordura, por um lado, possibilitam um menor sangramento, mas por outro, podem dificultar a avaliação da forma da região durante a lipoaspiração, já que o tecido adiposo não lipoaspirado se encontra durante o ato operatório com seu volume aumentado. Apesar de a lipoescultura ser um procedimento aparentemente simples e seu princípio técnico ser aplicável em praticamente todas as regiões do corpo humano, ela consiste em introduzir, por um pequeno corte na pele, uma cânula com um furo na ponta (ou vários furos) que vai deslizar no interior do tecido gorduroso. Essa cânula é conectada a um sistema de pressão negativa (uma seringa ou um aparelho de sucção) e, através de movimentos, aspira fragmentos de tecido adiposo. Dessa forma, a região é remodelada e o corpo perde a capacidade de engordar seletivamente naquela área, modificando aquilo que é uma característica genética de cada um. Contudo, por ser aparentemente fácil, o método atraiu profissionais despreparados para realizar o procedimento, gerando uma série de complicações que foram atribuídos à técnica. Ainda que pareça simples, não é fácil. A técnica requer cirurgiões plásticos devidamente habilitados, com formação médico-cirúrgica especializada e total domínio na arte da Medicina e treinamento para praticar a lipoaspiração, pois retirar a gordura na quantidade exata exige perícia. Não podemos esquecer a necessidade de estrutura, de apoio de anestesistas, enfermeiros, equipamentos e local apropriado, conferindo segurança máxima ao paciente. 26

O médico utiliza a cânula de vibração para quebrar a gordura e iniciar a sucção

A paciente é colocada de lado para se obter uma lipoaspiração mais precisa


Moreno

“A cirurgia plástica é a área médica que mais lida com a parte psicológica” Dr. Carlos Carpaneda

Plástica programada e com segurança A escolha do cirurgião plástico é uma decisão muito importante, por isso você deve sempre escolher um profissional especializado em cirurgia plástica e hospitais com estrutura adequada. Existem alguns fatores no processo operatório que independem do cirurgião plástico, portanto não é possível garantir resultados. Por exemplo, a cicatrização, que, dependendo de questões hormonais e hereditárias do paciente, pode ter variações individuais de cor, textura e espessura. Apesar de muito difundida e largamente praticada no Brasil e no mundo, a plástica é um ato cirúrgico e não ocorre como nas ciências exatas, pode haver resultados inesperados com eventuais complicações. Ela não é milagrosa. Existem cicatrizes. É bom ressaltar que o médico opera tecidos vivos e não materiais inertes, por isso existem, além de limites nas mudanças das estruturas teciduais, fatores inesperados próprios de cada organismo. Segundo especialistas na área, os riscos sistêmicos inerentes à cirurgia estética não são menores

que os de outras cirurgias. Por ser uma conduta planejada, é possível esperar a oportunidade ideal para ser realizada. Existem inúmeros casos bem sucedidos. Como é o caso do senhor José Viera Barreto, de 54 anos, que sofreu um acidente há dois anos e precisou passar por uma rinoplastia, “procurei o doutor Carpaneda porque ele é bem conceituado e não queria me arriscar, pois uma cirurgia no rosto quando mal feita não dá para esconder, aproveitei e fiz o queixo e pálpebras, o resultado foi excelente”. Para Priscila Gonçalves Marques, de 24 anos, a lipoescultura foi a solução ideal para indesejáveis gorduras localizadas. Moradora de Taguatinga Sul, ela decidiu pela cirurgia há pouco mais de um ano, depois de ver o corpo de amigas que já passaram pela experiência. “Eu não estava gorda, mas precisava me livrar de gorduras em locais errados. No início, eu senti dores como se estivesse exagerado na malhação, mas tomei a medicação indicada, fiquei de repouso por 10 dias e agora me sinto muito mais bonita, com a autoestima lá em cima.”

É importante estar alerta quanto à escolha do profissional. “Com o avanço e aumento das cirurgias bariátricas, houve aumento das cirurgias plásticas, mas é importante que os pacientes sejam mais cuidadosos e deem preferência a médicos com adequada formação” ressaltou Carpaneda. Para o Conselho Regional de Medicina, só pode ser considerado cirurgião plástico quem, além dos seis anos de Medicina, tenha feito dois anos de residência em cirurgia geral, três anos em cirurgia plástica e ainda tenha sido aprovado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Só assim, o profissional obtém o título de especialista. A cirurgia plástica envolve riscos que, mesmo pequenos, não devem ser desprezados. Para não ser enganado e saber se o médico é mesmo um especialista, o paciente deve consultar a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no site www.cirurgiaplastica.org.br ou pelo telefone (61) 3346.2300 ou, ainda, ligar para o CRM - (61) 3322.0001. 27


CIDADANIA

INTEGRAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE Tratamento odontológico sem ns lucrativos Há cinco anos em Brasília, a escola de Pós-Graduação em odontologia , ou implesmente IBPG – Funorte, além de um sério trabalho de especialização de pro ssionais, presta serviços à comunidade com atendimentos a preço de custo e facilidades de pagamento

Por Letícia Oliveira Fotos Divulgação É mais do que notória a necessidade de cada vez mais especialização dos pro ssionais de qualquer setor. Nas áreas de saúde essa necessidade é mais do que urgente e, com relação à odontologia essa realidade não tem sido diferente: Conscientes de que a realização de cursos de pós-graduação traz valorização para suas carreiras, em Brasília, desde 2004 os dentistas podem contar com o IBPG para se especializarem nas áreas de Ortodontia, que é a correção ortodôntica por meio de aparelhos dentários e em Implantodontia, que é a substituição de perdas dentárias. Brevemente também o instituto contará com cursos na área de endodontia (tratamento de canal) , Periodontia ( tratamento Gengiva ) , Prótese Dentária ( Reabilitações ) , Dentística Restauradora ( Tratamento da Cárie ). O IBPG é administrado pelos sócios, doutores Igor César Martins de Oliveira e Douglas Resende Bastos e conta com a parceria institucional da Funorte, Faculdades Unidas do Norte 28

de Minas Gerais reconhecida pelo MEC. Na instituição, os cursos são realizados em módulos de quatro dias, ao longo de dois ou três anos. A preferência dada a aulas aos nais de semana, evita que os pro ssionais se afastem de seus consultórios. As aulas não são apenas teóricas sendo este um dos grandes diferencial da escola pois suas aulas práticas são realizadas em benefício da comunidade. Esse benefício à comunidade é uma preocupação constante do IBPG, principalmente para com os mais carentes, em todo o Distrito Federal. O atendimento clínico disponibilizado para as pessoas é realizado na própria estrutura da escola para todos que necessitarem e comprovarem não possuir condições nanceiras para tratar os dentes em consultórios particulares. E a importância desse trabalho não está voltada apenas para a saúde bucal. Cuidar dos dentes traz vantagens para o organismo como um todo, inclusive no plano psicológico, resgatando a autoestima das pessoas. Quem é atendido pelo IBPG paga apenas pelo material utilizado e contribui com uma taxa para manutenção da

escola, o que faz com que se possa dizer que o IBPG é realmente uma instituição sem ns lucrativos. Além desse tratamento, a escola disponibiliza palestras diárias, nos horários de 17h e 18h para orientar o cliente sobre a odontologia e sobre como é realizado o atendimento à população. São entre 60 e 80 vagas diárias. Existe uma preocupação de alguns, sobre o temor de está sendo uma espécie de experiência para os alunos do curso, cobaias. Mas as coisas não funcionam assim. Os alunos do IBPG são pro ssionais de carreira no Distrito Federal, inclusive há pro ssionais com mais de 20 anos no mercado. Sem contar com o corpo docente de mestres e doutores quali cados. Outro curso realizado pelo IBPG é o de secretariado para consultórios. Desse modo também quali ca os pro ssionais que auxiliam o preparo do paciente para o dentista. O treinamento é realizado em uma semana, no período noturno, tornando interessante o custo-benefício de ser um pro ssional com funções diferenciadas.


Como um adulto deve cuidar dos seus dentes? A boa higiene bucal é a condição essencial para manter um sorriso bonito e saudável durante toda a vida adulta. Os adultos também têm cáries e doenças gengivais que podem tornar-se problemas sérios. Durante toda sua vida de adulto é essencial que você continue a: • Escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia usando um creme dental com úor para remover a placa bacteriana, aquela película pegajosa que se forma sobre os dentes e que é a principal causa da gengivite e das cáries. • Usar o dental diariamente para remover a placa bacteriana que se instala entre os dentes e sob a gengiva. Se a placa não for retirada, pode endurecer e formar o tártaro, que só poderá ser retirado pelo dentista. • Limitar a ingestão de açúcares e alimentos que contêm amido, principalmente alimentos pegajosos. Quanto mais você come entre as refeições, maior a oportunidade dos ácidos da placa bacteriana conseguirem atacar o esmalte dos dentes.

Elza Fiúza/ABr

• Consulte seu dentista periodicamente para um exame pro ssional detalhado ou uma limpeza.

O INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO Nascido em 2004, o IBPG realizou parceria com a Funorte/Soebras, fundação presente nas melhores universidades do país. Centros Odontológicos de Excelência em todo o território brasileiro também são parceiros deste Instituto. A estrutura oferecida pelo curso possui salas de aula, laboratório, clínica operatória, biblioteca virtual, ambiente wireless, ambiente coffee break, sala de triagem, recepção confortável, ambiente climatizado, loja de produtos odontológicos, duas centrais de esterilização, espurgo, laboratório e sala de professores. O IBPG preocupa-se com a evolução do Brasil e busca preparar os pro ssionais para uma carreira promissora, no presente e no futuro. É uma forma de tornar o ensino acessível para todos. Todos os cursos ministrados no instituto são reconhecidos pelo MEC e pelo Conselho Federal de Odontologia. A escola formatou convênios com a Clínica Per l Odontologia e a IBPG - Clínica Ortodôntica para tratar os pacientes com necessidade de tratamentos não realizados pela escola a custos muito inferiores aos praticados pelo mercado. Inclusive utilizando o Pronto Socorro 24 horas, que a Clínica Per l oferece. Também temos a Orto Ponto Com (Dental), loja que viabiliza aos alunos a aquisição de materiais odontológicos com preços diferenciados e que permite a delização dos clientes, transformando compras em bônus.

Desde criança, a escovação é o método mais simples e e caz para conservação dos dentes, desde que diária e de maneira correta

Serviço: IBPG - Escola de Pós-Graduação em Odontologia SCS Qd. 06 – Bl. A – Ed. Sônia Sl. 601 – 6º Andar Tel: (61) 3322.8546 E-mail: ibpgcursos@yahoo.com.br

29


Edson Crisóstomo

PAPO DE FENÔMENOS

Valter Zica

Divulgação

GENTE

Um é fenômeno político. O outro, futebolístico. Em comum: o Timão!

HOMENAGEM A BRASÍLIA

Jorge Campos

Jorge Campos

GOURMET NA ROÇA... A OAB-DF chamou os melhores chèfs da cidade para preparar os quitutes juninos Estefânia Viveiros (presidente) era apenas sorrisos ao lado de Agnelo Queiroz, o précandidato do PT.

Os sambistas da Beija-Flor estiveram junto com Raul Faquini no Mercado Municipal para escrever o samba-enredo sobre os 50 anos de Brasília. Entre os convidados, Jorge Ferreira recebeu o carnavalesco Alexandre Louzada 1.

(Foto 1) e Graça Selligman (Foto 2).

Política

Caixa Rápido

DEBOCHE TOTAL O presidente do famigerado Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), é no mínimo muito engraçado, pediu ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI) que retirasse as credenciais dos humoristas do programa CQC, cá entre nós senador, o que o público/leitores, gostariam mesmo, era de ver políticos que mentem entregar o cargo por falta de decoro; que mentem em relação à verba indenizatória, com promessas que jamais cumpridas e que fazem do Senado extensão da vida privada.

FECHADO PARA BALANÇO Sem espaço para análises de catástrofe, os pessimistas de plantão estão fazendo novas previsões, acredite, com números positivos para o balanço do ano de 2009.

OBRA ENCALHADA Enquanto o livro A Origem dos Sonhos, de Barack Obama, é um bestseller entre os políticos de Brasília. Já Marimbondos de Fogo, de José Sarney, considerando as cenas dos últimos capítulos no Senado, nem com distribuição gratuita nas barbearias...

RECORDE GARANTIDO Com carga tributária de 45,8% do PIB em 2008, o Governo já sabe que as medidas adotadas para a desoneração farão um recuo na arrecadação. Somente até maio, R$ 11 bilhões, não entraram no caixa com a redução dos tributos para incentivar alguns setores.

Com a renovação de 70% em sua direção regional, o PPS apresenta Elaine Marinho para 1ª vice-Presidente e Cláudio Abrantes como secretário Geral. É 2010 batendo à porta! 30

2.


Telmo Ximenes

ENCANTAMENTO E REQUINTE Na inauguração da nova loja as melhores cozinhas foram apresentadas na 110 sul. Não havia quem não notasse o bom gosto do espaço. Mara Cevolo recepcionou Marcos Silva, Américo Silva, Aires Tavares, e Flávio Fatureto – da JC Gontijo (foto 1). E entre as lhas Helenice Silva e Heliane Gouveia, Irma Silva – presidente da Kitchens no Brasil (foto 2).

2.

TAJ MAHAL EM BRASÍLIA No mais novo espaço de eventos de Brasília Event Center Taj Mahal Brasil no último dia 30, promovido pela Empresária e Chef de cozinha Leninha Camargo (foto), contou com a presença de 900 convidados, entre eles, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), recepcionado por Leninha e o esposo Marcelo Rosas

Andréa Zayit

Telmo Ximenes

1.

Geléia Geral UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO É a missão do computador mais poderoso do Brasil atualmente, instalado no 5º subsolo do Banco Central. Com o nome de Mr. Hal, a odisséia do computador é a de scalizar todas as contas bancárias das 182 instituições. E o computador que custou R$ 20 milhões não para de trabalhar: já criou 150 milhões de pastas.

BATENDO CARTEIRA Para ter carro em Brasília, não é necessário apenas estar com dinheiro no bolso para abastecer, mas também para estacionar. No shopping Pátio Brasil o preço para estacionar na garagem privatizada subiu para R$ 6,00. No Brasília Shopping o preço também não deixa de assustar, até lojistas reclamam... R$ 4,00. COM A BOCA NO TROMBONE Com muita criatividade na utilização de instrumentos de sopro, o Escultor dos Ventos Carlos Malta vem se apresentando no Clube do Choro, em comemoração aos 10 anos de carreira solo. BIGODE EM BAIXA Já há avisos por todos os cantos do Congresso Nacional: Retirada de bigode apenas com hora marcada. Motivo, agendas lotadas... Alguém descon a dos motivos?

31


OPINIÃO

O m do diploma e a pro ssão do jornalista Por Romário Schettino Arte Alexandro Sousa

É falsa a a rmação de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não muda nada na pro ssão do jornalista. Assim como é falso o argumento de que o a decisão foi baseada na defesa da liberdade de expressão, como se essa estivesse ameaçada pelos jornalistas diplomados. Os cursos de jornalismo podem e devem até continuar existindo, mas é inegável que se para ser jornalista hoje o diploma especí co é desnecessário, melhor será investir tempo e dinheiro em algum outro curso superior (direito, por exemplo) e ingressar em uma redação amiga para “aprender” a ser jornalista. Como se jornalismo fosse apenas a emissão de opiniões e não, fundamentalmente, a apuração dos fatos com técnica e ética pro ssional. É verdade que qualquer pessoa com nível universitário terá mais chances nesse novo mercado de trabalho, mas isso não quer dizer, em absoluto, que

32

o jornalismo brasileiro será melhor, ou mais livre. Quem decide que expressão será divulgada não é o jornalista, mas o dono do negócio, ou seja, o empresário da comunicação.

ilustrador, que são examinados por uma comissão especí ca eleita em assembléia da categoria para atuar de comum acordo com as Superintendências Regionais do Trabalho (SRTs).

Outro aspecto da vida pro ssional do jornalista diz respeito às relações de trabalho e sindical. O Brasil ainda tem leis que regulamentam essas relações e o sindicato faz parte desse sistema, com prerrogativas legais importantíssimas, como: assinar Convenções e Acordos Coletivos, ingressar com dissídio na Justiça do Trabalho, receber o imposto sindical pago por todos os trabalhadores e representar seus liados com base no princípio da unicidade (ou seja, só é possível um sindicato por categoria na base territorial), dentre outras.

Se o Ministério do Trabalho e Emprego, que é o órgão governamental que emite os registros pro ssionais dos jornalistas, não disser que não só vai continuar emitindo registros como vai estabelecer novos critérios para essa emissão, teremos que pensar em alternativas para a continuidade do funcionamento do sindicato.

Essas relações caram descobertas para os jornalistas na medida em que, atualmente, só são liados ao sindicato os portadores de registros pro ssionais obtidos mediante apresentação do diploma de comunicação social, habilitação em jornalismo, à exceção dos casos previstos na lei para o repórter-fotográ co, repórter-cinematográ co, diagramador e

Devemos discutir com o sindicato patronal, por exemplo, a abrangência da nossa Convenção Coletiva àqueles que tiverem sido contratados tendo como base o reconhecimento do sindicato da sua condição de pro ssional. A nal, o sindicato é dos Jornalistas Pro ssionais do Distrito Federal e isso ainda não mudou. Com essas preocupações iniciamos o debate sobre o futuro do jornalista pro ssional, do sindicato, do jornalismo e da democracia brasileira



MERCADO IMOBILIÁRIO

MULTIPLICANDO AS POSSIBILIDADES DE NEGOCIAÇÃO...

IMEDIATAMENTE! Acompanhando uma evolução gradativa do mercado imobiliário, Brasília conta com a união das maiores e mais tradicionais imobiliárias do Distrito Federal: A Rede Brasília, que não acredita em crise, mas na necessidade de maior cautela com um setor que nos últimos anos vem recebendo um boom de investimentos

Por Rafaella Ailgup Fotos Moreno O crescimento do mercado imobiliário em Brasília está em plena aceleração. No país como um todo, apesar da crise econômica o setor é um dos mais seguros do mercado e não está sendo abalado com isso, principalmente na capital do país. Isso é o que contou a Plano Brasília Ovídio Maia, diretor de Marketing da mais nova proposta organizacional com a oferta das melhores oportunidades em compra, venda e locação de imóveis, a Rede Brasília Imóveis. Ovídio nos contou que a cidade que se destaca por ser um locus em que a prestação de serviços é o que mais aquece a economia - não teme a crise, também, porque há décadas vem se preparando para receber os investimentos que está recebendo nos últimos anos. “A velocidade da economia brasileira é muito grande e com a globalização, é lógico que o que acontece no restante do mundo, em Dubai, afeta o mercado em plano nacional, mas o Brasil está com esse setor consolidado, Brasília é o 3º pólo do Brasil no setor e com imenso potencial para alcançar o mercado do Rio de Janeiro”, comenta Ovídio. Especi camente com relação a vendas, o mercado se cercou, principalmente, de segurança judiciária para os investimentos por meio de legislação especí ca para o setor. Comprar imóvel no Brasil, mas do que a realização de um 34

sonho, deve ser derivado de um projeto pessoal, familiar, que necessita de muito planejamento. E os bancos compraram essa segurança realizando muitos investimentos. Apesar de o dinheiro circular com uma velocidade incrível, não há especulação, mas sim segurança. Mas também há problemas. Ovídio enfatizou a burocracia pela qual os projetos de investimento no setor passam ultimamente. Há poucos técnicos no setor governamental e com isso aprovar projetos leva pelo menos um ano. Mas ainda assim o setor não se abala. O próprio setor Noroeste é uma grande prova da solidez e maturidade do mercado imobiliário em Brasília. Mas se engana quem pensa que só há investimentos em áreas economicamente mais elevadas. O Distrito Federal é, atualmente, um imenso canteiro de obras. Há investimentos em Samambaia, Ceilândia, DF-140... “Só no Gama há 13 projetos aprovados, para a construção de empreendimentos com 221.000 m² de área privativa, somente em imóveis residenciais”. Toda a infraestrutura do setor está voltada para o consumidor nal – o grande bene ciado. O objetivo é que tanto os empreendimentos, quanto os pro ssionais tem a qualidade como principal meta, tudo é feito segundo recomendam as leis, fazendo com o setor seja conhecido pela consistência que possui.


INVESTIMENTO EM UM MERCADO MADURO E COMPETENTE Ovídio, ao longo da conversa, tocou num ponto muito importante: O governo precisa investir mais na questão do dé cit habitacional em que o Brasil se encontra atualmente e, para ele, a melhor saída é a redução da tributação do setor, de até 27,5%. “O mercado não comporta mais amadores, pois ele sabe aonde quer chegar”, declarou Ovídio. O governo deveria ser mais parceiro e compreender que investir no mercado imobiliário, automaticamente, implica em desenvolver os demais setores da economia. Ovídio Maia

Isso porque, uma pessoa que

O MERCADO DE TERCEIROS

consegue adquirir ou alugar um imó-

A Rede Brasília de Imóveis surgiu com base na experiência norte-americana de vendedores pro ssionais e teve o seus sistema operacional desenvolvido e implantado pela Rede Net Imóveis, há 15 anos, em Belo Horizonte. Para tanto, a rede possui um sistema formatado a partir de situações reais, possui código de ética e estatuto de funcionamento, além do suporte de empresas de RH para treinamento e aperfeiçoamento pro ssional e pessoal dos funcionários. A Rede Net de Imóveis atua também em São Paulo, Salvador, Vitória e Florianópolis. Tudo isso faz da Rede Brasília uma referência de venda, compra e aluguel de modo fácil, seguro e rápido, uma possibilidade de assessoria e consultoria para o seu investimento.

mercado de trabalho. Estar inserida no

Quanto mais benefícios, mais resultados. São 11 imobiliárias atuando

nesse cenário sem que o consumidor nal tenha custos adicionais. Ao con ar o seu imóvel a qualquer das imobiliárias da rede, automaticamente há a multiplicação das possibilidades de negociação em pelo menos 11 vezes. As imobiliárias credenciadas seguem um conjunto de procedimentos, padrão de atendimento e regras e negócio. O investimento é conjunto, o treinamento é contínuo e a atualização tecnológica uma preocupação constante, consagrando a qualidade de atendimento.

vel, com certeza estará inserida no mercado de trabalho faz reconhecer a necessidade de ampliar seus horizontes educacionais. Estar no mercado de trabalho também signi ca estar um pouco mais distante de questões que afetam à saúde e aumentam a criminalidade, o custo do Estado com saúde e segurança certamente diminuiria. Sem contar que o próprio setor em si é um dos que mais emprega no país, e não apenas no momento da construção. O mercado imobiliário também

E mais, quem opta pela Rede Brasília também encontra velocidade na venda acompanhada de facilidades e segurança para o consumidor nal, uma correta avaliação dos imóveis, pro ssionais motivados e comprometidos, contato apenas com o corretor escolhido por você e informações

aquece a economia a partir do fato de que, com o crescimento individual das pessoas, comprar e alugar imóveis pode ser um investimento, uma fonte de renda. Serviço Rede Brasília Imóveis www.redebrasilia.com.br 35


EDUCAÇÃO

As vantagens de fazer um curso técnico

Da Luciana Vasconcelos Reis Fotos Claudio R. Tavares

Ser ousado e buscar capacitação através de cursos técnicos é uma das formas de conseguir emprego e sucesso pro ssional

A proliferação de faculdades em todo o Brasil tem di cultado ainda mais a colocação do cidadão no mercado de trabalho. Já que boa parte da população não possui recursos nanceiros su cientes para pagar por uma quali cação superior. A saída é a pro ssionalização através de cursos técnicos - programas de educação pro ssional que habilitam para uma pro ssão. Estes cursos exigem autorização para funcionamento e conferem diploma mediante comprovação de conclusão do ensino médio. Com a maior rede de ensino pro ssionalizante do mundo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) dispõe de infraestrutura de o cinas, laboratórios e salas adequadas para

36

realizar um ensino pro ssionalizante de qualidade reconhecida mundialmente, atendendo ao setor produtivo e contribuindo para o crescimento do Brasil. A rede SENAI Brasil de Ensino proporciona o suporte necessário para a implementação da metodologia por competência, contida em sua proposta pedagógica. Esta metodologia baseiase na execução de projetos que permitem o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes. É o aprender pela prática. Parcerias com indústrias e instituições diversas fazem o diferencial no desenvolvimento dos cursos, com a realização de atividades complementares, tais como: visitas técnicas, palestras e aulas com professores convidados, divulgação dos projetos desenvolvidos pelos alunos, entre outras.


A capacitação é o diferencial no mercado de trabalho Não é nenhuma novidade falar que o mercado está cada vez mais competitivo e que as empresas estão cada vez mais seletivas na contratação de pessoas para o quadro de funcionários ou na contratação para a prestação de serviços. Romerito Carneiro Lima, coordenador de educação pro ssional do SENAIDF, a rma que na disputa pela vaga é preciso ser ousado e ter atitude.

lecionado, mas serão as competências como mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes, que vão permitir a contratação. “O SENAI trabalha dia a dia para a melhoria do processo de aprendizagem, é como bem colocou Rubem Alves - a escola deve devolver ao aluno a capacidade de sonhar” conclui Romerito.

“As empresas querem um pro ssional com algo mais além do saber fazer, elas querem pessoas que saibam a melhor forma de saber fazer, que trans ra conhecimentos para realização de outras atividades que possam surgir, ou seja, um pro ssional com iniciativa, com criatividade, com atitude empreendedora, além de outras características”, a rmou o coordenador.

Um detalhe não pode passar despercebido, existem cursos que surpreendem não só pela possibilidade de oferecer ao aluno capacitação, mas pelo fato de desmisti car algumas pro ssões, como é o caso do curso de manutenção automotiva, inicialmente voltado para o público masculino, “apesar de ser considerada pro ssão de homem, o curso é muito procurado pelas mulheres e elas têm se saído muitíssimo bem”, revelou o pro ssional.

Na hora de se apresentar ao mercado o currículo é importante para ser se-

Gratuidade O SENAI disponibiliza vagas de gratuidade por meio de processo seletivo destinado a pessoas de baixa renda. Para se candidatar aos cursos técnicos gratuitos é necessário ler as orientações constantes no edital para vagas de gratuidade e seleção para cursos de quali cação e habilitação pro ssional técnica de nível médio. O edital será publicado na primeira quinzena de julho/2009 no portal do Sistema Fibra, www.sistema bra. org.br, ou ainda buscar as informações contidas no edital que será disponibilizado nas escolas no mês de julho. Veja o endereço das escolas. Serviço: SENAI - Departamento Regional do Distrito Federal SIA Trecho 02, lote 1130 - Brasília Tel: (61) 3362.6003

37


TECNOLOGIA

Tecnologia gera renda e melhora a qualidade de vida A convergência das políticas públicas influencia decisivamente na inclusão social e no desenvolvimento sustentável

Da Redação Fotos Divulgação O projeto “Maria do Barro” criado pela secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (Secis/MCT) gera trabalho e renda, além da inclusão social nas regiões administrativas do Distrito Federal e entorno. O “Maria do Barro”, que recebeu mais de R$ 532 mil, conta com cerca de 300 artesãs de cidades como Planaltina, Sobradinho, São Sebastião, Itapuã, Paranoá e do entorno como Brasilinha. Financiado pela Secis/MCT e com a gestão do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB, o projeto ganha visibilidade com a confecção diária de variadas peças em crochê e fuxico. As tecnologias vão desde a utilização de os de bambu até softwares que reproduzem ores em 3D, permitindo melhor acabamento das peças. De acordo com o secretário da Secis, Joe Valle, o projeto, que está em andamento, visa valorizar as mulheres de baixa renda, capacitando para o trabalho diário, melhorando qualidade de vida e a autoestima, além de aumentar o poder aquisitivo dessas mulheres. 38

TECNOLOGIAS QUE BENEFICIAM TODAS AS CAMADAS SOCIAIS O uso de agrotóxicos em excesso e de tecnologias sem qualquer preocupação com o meio ambiente, o desmatamento de árvores, entre outras técnicas desenfreadas de crescimento humano, têm re etido no dia a dia da população do DF, que por estar exatamente ao centro do país, sofre drásticas conseqüências com as mudanças climáticas. Para promover uma vida mais saudável, amenizar os problemas sociais, gerar emprego e renda, o governo federal tem investido em projetos na Capital que vão melhorar a qualidade de vida dos brasilienses. O secretário da Secis/MCT, Joe Valle, explica como o governo pode auxiliar a população da capital a ter uma vida mais saudável. “Hoje ouvimos falar em vários termos, entre eles tecnologia social, que são técnicas e metodologias transformadoras aplicadas em interação com a população, quando essas metodologias são utilizadas, representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”, a rmou.

O uso de tecnologias sociais pode bene ciar de diversas formas o DF, como declara Joe Valle: “temos investido em vários projetos no DF voltados para tecnologias sociais, recentemente inauguramos com a Universidade de Brasília as hortas escolares em quatro escolas públicas. Essas hortas vão fazer parte das atividades escolares dos estudantes. Eles vão plantar, cuidar, manter e colher. Além disso, há a proposta da alimentação saudável: pois sem o uso de agrotóxicos, os alimentos farão parte da merenda escolar. Projetos assim precisam ser disseminados. Os estudantes levam o conhecimento para casa e estimulam os pais que também vão mudar os hábitos alimentares e, automaticamente, terão melhor qualidade de vida e amenizarão os problemas socioambientais”. Esses trabalhos também permitem amenizar a desigualdade social. “É exatamente isso! As tecnologias que utilizamos, por serem sociais, podem ser apropriadas. Por exemplo, com as hortas escolares, as tecnologias podem ser apropriadas pelos pais dos estudantes, que caso haja um pequeno terreno para plantar, podem fazer uma mandala e vender ervas, ou criar chás,


produtos para venda. São instrumentos que podem ser repassados, não é uma tecnologia limitada. As tecnologias sociais são inclusivas e não exclusivas”, ressaltou o secretário. O Distrito Federal adotou também a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, conhecida como Pais, montada ao redor de um sistema de anéis, cada um, destinado a uma determinada cultura, que complementa a que vem a seguir. O centro do sistema de agricultura familiar ecológica é utilizado para a criação de pequenos animais, como galinhas caipiras e patos. O esterco produzido pelas aves é utilizado para adubar a horta, o custo é baixo devido ao manejo orgânico da produção. Uma tecnologia branda, de baixo impacto, barata e que realmente faz inclusão social. A ideia é que essa tecnologia seja efetivamente transformada numa política pública. “Hoje, em parceria com diversos órgãos como Fundação Banco do Brasil, Sebrae, Ministério da Integração Nacional, Petrobras, entre outros, é possível potencializar recursos. Como no nosso país o que temos de escasso é recurso, então temos de fazer isso. Chega a ser uma obrigação do gestor público, buscar esse tipo de parceria, para podermos otimizar recursos”, concluiu o secretário.

“Se um produtor está bem, com a autoestima elevada, ele irá produzir um alimento seguro para ele mesmo e para os consumidores” Joe Valle

Segundo Joe Valle, a maneira que a Secis pretende atuar para que a utilização das tecnologias sociais seja ampliada entre os agricultores familiares, é trabalhar exatamente com essa disseminação. “Nos pontos de atuação, iremos chamar todas as partes envolvidas, todas as instituições participantes. Divulgar esse processo para fazer com que isso aconteça no campo. Nesse sentido, faz-se necessário que as pessoas saibam como funciona. Com a capilaridade dos disseminadores, certamente nós estaremos divulgando todo esse processo”. O País tem como pressuposto fundamental a agricultura ecológica, por isso a importância da iniciativa que resgata a cidadania e promove a consciência ecológica. Pois quem está trabalhando lá é o agricultor e ele passa a ter a noção da questão ambiental e da questão social. Além disso, ele aprende a trabalhar em harmonia com a natureza. Também é relevante para quem vai consumir esse produto, já que além da questão da segurança alimentar, a ideia é gerar renda para a família. Então o fato de se tratar de um produto orgânico tem um grande apelo para a sociedade que vai adquirir a produção. Hoje os produtos orgânicos se constituem num grande mercado, que cresce 30% a cada ano.

Quanto à conscientização do pequeno produtor brasileiro em relação a importância da agricultura ecológica, o secretário a rma que ele está quase consciente, “plenamente consciente eu não diria, mas o fato é que a agroecologia e a agricultura familiar fazem um casamento perfeito. Inclusive com resgate da autoestima do agricultor, que tem a valorização do produtor de alimentos. As pessoas que estão comprando passam a enxergar com outros olhos quem está produzindo e isso ajuda a resgatar a autoestima do produtor. Há também a questão da atuação em valores, existe um preço justo pelo produto, toda a cadeia produtiva é remunerada, o que bene cia a todos”. “Se um produtor está bem, com a autoestima elevada, trabalhando num processo que leva em consideração a sustentabilidade, o meio ambiente e as pessoas nele envolvidas, a consequência é que ele irá produzir um alimento seguro para ele mesmo e para os consumidores. Há também todo um trabalho da melhoria de qualidade de vida das pessoas, principalmente, onde elas moram, e, conseqüentemente, elas vão car naquele espaço, continuar ali, criar seus lhos ali, não vão migrar para a cidade. Deixam de buscar os grandes centros urbanos, que forçosamente, os empurraria para as favelas e periferias. Então, nós estaremos atuando na causa dos problemas”. Ressaltou Joe Valle 39


PLANOS & NEGÓCIOS

Alex Dias

Em Brasília, a Cinco Global vem auxiliando empresas a adquirirem capacidade de se desenvolver e de desenvolver em terceiros, por meio do coaching, um trabalho de excelente qualidade, focado nas necessidades das organizações. O coaching é uma das experiências mais profundas e mutuamente grati cantes que uma pessoa pode ter. Ele ajuda a pessoa que está sendo orientada a aprender, a crescer e a concretizar seus sonhos. É uma abordagem comportamental mutuamente bené ca para os indivíduos e as organizações nas quais trabalham ou com as quais se relacionam. Não é meramente uma técnica ou um evento que ocorre apenas uma vez; é um processo estratégico que agrega valor tanto às pessoas que estão sendo orientadas quanto ao resultado nanceiro nal da organização. Serviço: Cinco Gestão Estratégica Ltda. Brasília - DF FoneFax: (61) 3326.0040

40

DOT PAPER AMPLIADA A Dot Paper comemorou a expansão de sua loja no Gilberto Salomão com um charmoso chá da tarde para adultos e crianças no último dia 6 de julho. Na loja, que é um verdadeiro mundo de sonhos, as convidadas, eram todas “fãs roxas de papelaria”. Para comemorar o novo espaço de 225m², projetado pela arquiteta Karla Amaral, a proprietária Fabiani Barbosa convidou o cenógrafo Edgard Octavio, que preparou uma vitrine especial toda em tons de roxo. A Dot Paper é uma papelaria personalizada que a cada dia conquista mais os clientes de Brasília e até fora da capital. Com a ampliação, a nova loja cará com mais de 500m² de produtos de primeira linha que encantam tanto crianças quanto adultos. Serviço: Dot Paper SHI/SUL CC QI 5, Bloco A, Sobreloja 17, Gilberto Salomão Tel: (61) 3364.3012

Há 10 anos, depois de uma grande re exão sobre a própria vida, Amauri Nóbrega, Diretor Executivo da Cinco Global tentou buscar uma razão para estar aqui na terra. Dessa re exão saiu a Missão Pessoal. Entre várias coisas, uma delas é buscar incansavelmente o conhecimento nas suas mais diversas formas, seja pela leitura, experiências, etc., entretanto, também faz parte dessa missão, não guardar para ele próprio esse “patrimônio” a ser construído naquele momento. Depois de muitas “desculpas” de falta de tempo, há três anos começou a escrever textos e enviar para amigos próximos. Eram textos que expressavam o que ele acredita ser verdade para que as pessoas desenvolvam o seu lado pessoal e pro ssional com equilíbrio. Mas a mensagem criada era rica e que deveria ter um alcance maior. Assim, em janeiro deste ano, depois de muita pesquisa, Amauri resolveu se aventurar pelo mundo blogueiro e criou o Blog do Coach. Vale à pena visitar a página. Serviço: Blog do Coach www.blogdocoach.com.br Brasília - DF


A Vesta Arquitetura e Design surgiu da parceria das arquitetas Juliana Cas e Melissa Lopes e que já dura quatro anos. Elas têm passagens por grandes escritórios da capital e trabalhos desenvolvidos no exterior, em escritório de arquitetura e design de interiores de Londres. Entre os trabalhos mais importantes da dupla destaca-se a participação na Casa Cor Brasília 2008, com o projeto do banheiro público feminino – que chamou a atenção dos entusiastas por arquitetura e rendeu novos trabalhos à empresa, especializada em projetos de arquitetura comercial e residencial, design de interiores e iluminação. Serviço: Vesta Arquitetura e Design Tel: 8183.9381 / 8127.3776 Email: contato@vesta.arq.br Site: www.vesta.arq.br

ELEMENTO LUXO ACESSÓRIOS FEMININOS Para trazer tudo o que toda mulher gosta à capital, as empresárias Renata Dutra, Sandra Andrade e Vanessa Baldini juntaram o melhor do gosto feminino na nova loja inaugurada em Brasília, em dezembro de 2008: a Elemento Luxo Acessórios. Bolsas, brincos, anéis, lenços, pulseiras e uma seção de mimos com sandálias e caixas personalizadas, entre uma in nidade de produtos que se misturam com muito bom gosto e à moda de estilistas renomados como Fause Haten e Rogério Lima, Mônica di Creddo, Cláudia Arbex, que produz bolsas com sacos de cimento, uma forte tendência. A Elemento Luxo, num espaço físico de 37m², recheados de charme e bom gosto não tem muito tempo, mas o nome da mais nova loja de acessórios de Brasília apareceu há quase três anos, quando Vanessa e Renata buscavam uma identidade que unisse bom gosto e marcas exclusivas para mulheres bem-informadas que consomem e gostam de novidades. A mais charmosa de Brasília, preparou uma promoção especial de férias: nas compras acima de R$ 300,00, a cliente ganha um colar de pérolas e uma calcinha da marca Jogê, que também apoia a iniciativa. Um luxo que só a Elemento Luxo tem! Serviço: Elemento Luxo SCLS 303 Bloco B loja 01, Asa Sul. Tel.: (61) 3226.0224

Fundado em 1996, o Inob possui uma trajetória de sucesso. Ao elegermos a alta complexidade em oftalmologia como principal campo de atuação, estabelecemos um compromisso com a excelência e foi exatamente esse compromisso que conduziu o serviço à posição de referência. Nossa missão estabelece pilares sólidos, que norteiam todas as decisões e ações. Um deles é o alinhamento tecnológico com centros de referência no País. Paralelo a isso, possuímos um olhar aprofundado às necessidades humanas, com acolhimento e atenção total ao Cliente. A resolutividade e a ética nas relações complementam as bases que nos sustentam. INFRAESTRUTURA Com Valores de nidos, temos como principal resultado o estabelecimento de relações de longo prazo. Nossos Parceiros tornamse amigos e nossos Clientes sentem-se em casa. Em 2006, o Inob convidou o renomado arquiteto André Alf para assinar o projeto de reforma da Unidade Brasília. O espaço segue a linha contemporânea, destacando-se pela beleza, funcionalidade e conforto. Serviço: Instituto de Olhos e Microcirurgia de Brasília SHLS 716 Centro Clínico Sul Torre II Térreo Tel: (61) 3298.6060 E-mail: inob@inob.com.br

41


AUTOMÓVEL

CAPTIVA, Força e Beleza! Da Redação Fotos Divulgação

Como o mercado de automóveis está cada vez mais concorrido, a General Motors tem investido pesado no segmento de utilitários e, para abocanhar parte do mercado consumidor, a montadora entrou na briga trazendo do México o Captiva Sport 3.6. Marcos Munhoz, diretor geral de Marketing e Vendas da GM do Brasil, ressalta que o mercado de utilitários esportivos de luxo no Brasil vem registrando um forte cresci-

Estilo moderno é um dos pontos fortes do utilitário-esportivo que tem linhas robustas e características de crossover

42

mento nos últimos anos, o que justifica a decisão da empresa em importar o Captiva Sport. O veículo chegou para encarar principalmente os concorrentes coreanos e japoneses. O modelo tem como destaques o visual moderno e agradável. Bom espaço interno e acabamento de qualidade. Além do motor 3.6 com 261 cavalos de potência, cabeçote, pistões e bloco em alumínio, ele oferece o melhor tanto em performance quanto em desempenho e consumo mais baixo para um V6. Se beleza é fundamental, o Captiva está com tudo! O

utilitário-esportivo tem estilo imponente, com a frente robusta, marcada pela grade de moldura cromada com a gravata dourada da Chevrolet no centro. Na parte inferior do párachoque, estão os faróis de neblina e no centro está um prolongamento do peito de aço. Vincos salientes no capô acompanham o desenho da grade e os faróis de linhas retas são de dupla parábola. Nas laterais, um toque de esportividade, com saídas de ar sob os retrovisores e maçanetas cromadas. O párabrisa com inclinação acentuada e o teto arqueado conferem ao utilitário certa semelhança com crossover.


O veículo oferece muito mais: console central com descansa-braço, porta-objetos e tomada de força (12V), porta-malas com 821 litros, rede de porta objetos, localizada no portamalas, no lado direito do painel de instrumentos e no banco do passageiro que aumentam o espaço interno, permitindo maior flexibilidade interna. O banco dianteiro é dobrável com amplitude de até 180º, em couro na versão (AWD), o banco do motorista possui regulagem elétrica, os dianteiros aquecimento (AWD), rádio com leitor de MP3 e entrada auxiliar (AWD), portacopos dianteiros e traseiros, portacartões e portamoedas que garantem conforto, espaço e flexibilidade interna. A traseira também é robusta, com lanternas de formato triangular e duas grandes saídas de escapamento cromadas. A chave tem telecomando para abertura das portas e do tanque de combustível e para o acionamento do alarme. Possui volante multifuncional, sistema de som com leitor de MP3, computador de bordo, piloto automático e banco do passageiro dianteiro dobrável. Equipada como airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, controle de tração TCS, programa eletrônico de estabilidade ESP e monitor de pressão dos pneus. O Captiva Sport é a melhor opção para os consumidores brasileiros neste segmento de utilitários-esportivos, um modelo moderno e com um forte apelo no que diz respeito à segurança e ao desempenho. Como itens de segurança, o novo Captiva possui suspensão independente nas quatro rodas, sistema de freios com ABS, sistema de controle de estabilidade ESP e airbags frontais, laterais e de cortina. De série, traz também um sistema de detecção de inclinação da carroceria, capaz de aplicar os freios às rodas automaticamente para manter o carro no chão.

A comodidade não para por aí, há ainda controle elétrico dos vidros no painel da porta do motorista com trava de segurança dos vidros laterais traseiros, desembaçador elétrico do vidro traseiro e direção hidráulica. Além de ar condicionado com controle eletrônico automático, display digital com temperatura e bússola, controlador de velocidade “Cruise Control” com controle remoto no volante de direção. Serviço: Jorlan Automóveis SIA Trecho 3 Lote 1130/1180 Brasília – DF Tel: (61) 2102.0101 / 2101.0015 Show Room Liberty SCN – Qd 3 Bloco ‘C’ loja 04 Brasília - DF Tel: (61) 2102.0101

O Captiva dá um banho em conforto. O painel de instrumentos oferece o máximo em modernidade, sofisticação e ergonomia, proporcionando um controle total do carro e o maior prazer em dirigir. Possui volante com controles, com apenas um toque você controla o som e o piloto automático. Isso representa muito mais segurança e comodidade, evitando distrações e aumentando o prazer em dirigir. 43


CULTURA

Biblioteca Nacional de Brasília, uma conquista após muito esforço Por Ana Helena Melo Fotos Gustavo Araújo Quem se desestimulou pelo fato de Biblioteca Nacional de Brasília ter sido inaugurada sem ser aberta ao público e assim ter sido mantida por dois anos leva um susto ao entrar hoje no prédio. Uma vitrine da tecnologia aplicada à difusão de conhecimento contemporâneo! Com uma estrutura de primeiro mundo, a biblioteca que tem o objetivo de primar pelo acesso de todos à tecnologia de ponta e a um amplo acervo, está funcionando a pleno vapor. Após uma série de complicações na estrutura do prédio e atrasos sucessivos na abertura dos setores da biblioteca à população, o grande desa o do grupo que leva a instituição à frente, (50 servidores e 24 estagiários), é fazer as modi cações necessárias com a instituição funcionando de domingo a domingo.

44

Com o que há de mais avançado em tecnologias da informação e comunicação, a BNB, transformou-se na primeira grande biblioteca da língua portuguesa do século 21

O projeto de construir uma biblioteca hightech em Brasília é antigo, vem de um decreto publicado em abril de 1962, da época de Tancredo Neves. E lá se vão 46 anos desde que o prédio foi pensado até que fosse aberto aos cidadãos. “Um dos grandes entraves para a construção da biblioteca foram as várias mudanças de governo. Isso emperrou o projeto por anos”, explica Fernando de Vasconcelos, bibliotecário à frente da administração da Biblioteca Nacional. Em relação ao acervo, que deveria ser constituído, paralelamente, à construção do edifício, o troca-troca de governo também gerou um impasse. “A ideia inicial de se constituir uma comissão para aquisição de acervo paralela à construção foi simplesmente esquecida durante os anos da construção. Resultado: inauguramos em 2006 uma biblioteca sem acervo”, conta Fernando.

O grande problema da instituição é o fato de o prédio não oferecer as condições de luz e temperatura ideais para a conservação do acervo. E isso é a única coisa a respeito da biblioteca que grande parte dos brasilienses se recorda. Para solucionar tal impasse, foram instaladas películas de proteção em todas as janelas do edifício. O sistema de incêndio do prédio, que é à base de aspersores de água teve de sofrer alterações na área dos acervos e ser trocado para um sistema a gás. Agora está tudo pronto para receber os livros catalogados. Em 2007 foi formada uma comissão com membros do governo do DF, dos ministérios da Educação, Cultura e Ciência e da Universidade de Brasília para adquirir o acervo da biblioteca, que hoje conta com 70 mil exemplares. São vários os doadores beneméritos que colaboram para a composição do acer-


Foto: Moreno

vo, como os senhores Aricy Curvello e Antônio Matias. As coleções de livros raros dos falecidos Dicamor de Moraes e Marly de Oliveira foram integralmente doadas para o acervo, que está em fase de catalogação, um processo que, segundo conta Fernando, começou há pouco menos de seis meses. Atualmente funcionam oito setores da instituição: auditório, balcão de atendimento, corredor digital, espaço clic, espaço para crianças, salas de estudo e leitura, salas de estudo em dupla e em grupo, hall de exposições e sala de cursos. Outros quatro setores que serão implementados até o m do semestre são - reprogra a, centro de criação digital, cafeteria e o de poltronas multimídia. “Todos esses setores estão equipados e prontos para o uso. Esperam apenas pequenos ajustes entre regulamentação de uso ou licitação para serem inaugurados”, a rma Fernando. As poltronas multimídia, estão instaladas e aguardam apenas novos ajustes nos softwares de aplicação dos conteúdos. Elas são equipadas com monitores e sistema de áudio acoplado para a utilização do acervo digital. Para o próximo ano, a meta é a implementar um setor de digitalização do acervo, que viabilizará a consulta e leitura dos títulos via internet em parceria com o Ministério da Justiça.

APESAR DE POUCO CONHECIDA, A BIBLIOTECA É BEM FREQUENTADA Por mais que o acervo da biblioteca não esteja disponível à consulta, o número de pessoas que procuram a biblioteca para estudar ou acessar a internet impressiona. Os cadastros de usuários dos serviços atingem a marca de 15 mil. Passa pela biblioteca uma média de 500 pessoas por dia, sem contar os turistas, uma média de 100, que por estarem visitando a instituição, não se cadastram. “Tem dias que a la de espera para uso das cabines lota o saguão de entrada e a biblioteca ca lotada”, comenta o bibliotecário. As salas e cabines de estudo, que hoje comportam 220 pessoas, podem ser utilizadas por até quatro horas, caso haja lista de espera. Sem ninguém na la, o estudante pode permanecer na cabine ou sala de estudos até a biblioteca fechar. Os estudantes reclamam: “acho que o horário de fechamento é muito cedo”. Declarou Antônia Maria de Castro, estudante de pedagogia que durante o período vespertino, utiliza a biblioteca. “Recebo inúmeros pedidos para estender o horário de funcionamento da biblioteca, que hoje é de 9 às 21 h nos dias úteis e de 9 às 18 h nos ns de semana”, conta. Os eventos realizados na biblioteca não param. Segundo Fernando, a procura pelo hall de exposições é bastante intensa, até por não haver muitos espaços em Brasília para divulgação destes trabalhos. Além deste hall, o quarto andar do prédio, que futuramente será destinado a novos acervos, está temporariamente alugado para realização de mostras. Os interessados nas exposições gratuitas que ocorrem na biblioteca podem acompanhar a agenda de eventos no site da instituição. Serviço: Biblioteca Nacional de Brasília Setor Cultural Sul, lote 2 Edifício da Biblioteca Nacional Tel: (61) 3325.6257 45


VIDA MODERNA

DEPILAÇÃO A LASER vantagens e desvantagens Cada vez mais as mulheres buscam a famosa depilação definitiva ou depilação a laser. O objetivo é ficar mais bonita para os homens, para obter uma aparência mais higiênica e para evitar o óbvio sofrimento da depilação com cera. Existem vários métodos atualmente. Uma vez realizada a aplicação, adeus pelinhos indesejáveis. Mas tudo na vida tem vantagens e desvantagens, prós e contras e com a depilação definitiva não seria diferente. Veja também como funciona essa depilação

46


FUNCIONAMENTO DO L ASER Por Rafaella Ailgup Arte Alexandro Sousa Ele elimina o pêlo porque a sua energia, em forma de luz, é atraída e captada pela melanina, pigmento presente na haste do fio e responsável pela sua coloração. Essa energia térmica destrói ou retarda a capacidade de o folículo produzir um novo fio. Os pêlos que não são eliminados na hora crescem lentamente, mais claros e finos. “Quanto mais escuro o pêlo, melhor ou resultado com o laser”, explica o dermatologista Eustáquio Filho, da clínica Aesthetic Form. Sobre a dor, ela depende da sua resistência. Se você aguenta firme a cera, não vai sofrer tanto assim com o laser. Mas saiba que há, sim, um desconforto em cada disparo. “A sensação de ardência varia conforme a sensibilidade de cada mulher, a área que está sendo depilada, o nível de stress e até o período do ciclo menstrual”, relata Eustáquio. “Quanto mais fina e sensível for a pele, maior é a sensação de desconforto”, complementa. O uso de anestésicos locais, como o Emla e o Anestop, tornam as sessões menos doloridas — principalmente em áreas mais sensíveis, como o buço, ou em sessões longas.

O local fica quente e vermelho. Eustáquio fala que o incômodo dura de duas a quatro horas em média e, posteriormente, algumas áreas podem escurecer um pouco e formar crostas, que desaparecem em questão de dias, mas todas as áreas do corpo respondem bem. Segundo a Sociedade Brasileira de Laser, o tratamento dura seis sessões, em média. A cada aplicação, muitos dos folículos pilosos são destruídos, não produzindo mais pêlos, enquanto outros são danificados, permitindo que os fios voltem a nascer. A cada sessão adicional, os sobreviventes vão diminuindo e, depois de quatro a seis aplicações, restarão apenas alguns pêlos na área tratada. As sessões devem ser realizadas a cada 30 dias para que possam atingir os pêlos nas duas fases. “Após a primeira aplicação, os resultados já são visíveis. O ideal é ficar umas três semanas sem tomar banho de sol antes de começar o tratamento e depois de cada sessão. Evite calor ou transpiração intensos e sol no local. É importante procurar um profissional, pois se a intensidade do aparelho não for bem calculada, podem ocorrer queimaduras de segundo grau, formação de bolhas em alguns pontos ou ainda o escurecimento temporário da região afetada.

No Brasil, a maioria das clínicas trabalha com o Quantum e o Light Sheer, ambos de diodo, que podem ser usados em todos os tipos de pele. Mas existem ainda o laser de Alexandrite (das máquinas Apogee, GentleLaser), outro laser de diodo (da Spatouch) e a luz intensa pulsada (da Quantum HR e Epilight). Só o médico especializado em laser sabe o que é melhor para você. Apesar de o laser ser atraído pela cor e de as negras possuírem maior quantidade de melanina (substância que dá o tom à pele), os aparelhos modernos, como o Quantum e o Light Sheer, apresentam um mecanismo de regulagem do comprimento e da intensidade da luz. Isso permite que mulheres de pele morena ou negra possam fazer a depilação sem o risco de manchar. A luz pulsada — diferentemente do laser — tem um comprimento de onda luminosa específico para reduzir o folículo de forma gradual. “Por ser mais suave, pode ser usada em peles morenas, negras e asiáticas, em qualquer coloração de pêlo (loiro, castanho, ruivo ou preto) e no corpo todo. Serviço: Consultório Dr. Eustáquio Centro Clínico Via Brasil, SEPS 710/910, sala 404 - Torre A Tel: (61) 3442.8404/3442.8454 E-mail: dreustaquio@hotmail.com

ATENÇÃO! Nenhum laser proporciona depilação definitiva, já que alguns pêlos podem voltar a nascer após algum tempo. É necessária uma manutenção anual, para o pêlo mais teimoso que possa surgir. Porém a associação da técnica certa com um bom profissional e um aparelho qualificado para o tipo de pele garante depilações duradouras 47


ESPORTE

CAPOTERAPIA A ginga dos mais vividos

Uma nova terapia, inspirada na gestualidade da capoeira, traz para a terceira idade benefícios físicos, sociais e emocionais Por Mano Lima Há 11 anos, o capoeirista brasiliense Mestre Gilvan constatou que havia uma escassez de políticas públicas e de atividades especí cas para a terceira idade. Nascia no Distrito Federal a capoterapia - capoeira adaptada para a terceira-idade - como modalidade lúdica, capaz de atrair pessoas e tirá-las do sedentarismo. “O trabalho com a capoterapia iniciado por Mestre Gilvan em nossa unidade de saúde, aliado a outras atividades que oferecemos como o tai chi chuan, a dança, as sessões de alongamento e a ‘terapia do abraço’ tem atraído muitos idosos para atividades que são fundamentais para o seu bem-estar físico e psíquico”, explica o coordenador de terapias corporais do Centro de Saúde nº 7 de Ceilândia, DF, Dr. Geovane Gomes da Silva. 48

Uma das diferenças da capoeira tradicional para esse novo método está no ritmo e na intensidade. Assim como na capoeira, na capoterapia há a ginga, movimento tradicional da capoeira, e os alunos têm pequenas noções da esquiva, que é o ato de se desviar de um golpe. Mas evidentemente não há saltos - nem golpes mais contundentes, que podem expor os idosos a acidentes e lesões. A capoterapia pode ser feita, inclusive, por cegos, pessoas com dé cit mental ou com sequela motora (cadeirantes). Apenas pessoas com doença cardíaca grave devem evitar, pois nestes casos qualquer esforço físico mais intenso é uma ameaça a sua saúde. Como a maioria dos grupos de capoeira funciona em centros de saúde, os próprios médicos alertam os pacientes sobre a viabilidade ou não de fazer a capoterapia. E, o que é mais importante, na capoterapia há o respeito ao ritmo de cada um e ninguém é obrigado a fazer senão aquilo que dá

vontade e prazer. “Conheci a capoterapia através do Centro de Saúde, nas atividades para os idosos hipertensos. Minha família concorda com qualquer atividade que eu faça e que me ajude na melhoria de minha saúde. Sempre z exercícios físicos, só que com menos frequência, depois me integrei ao grupo e tive vários benefícios, pois é muito bom estar em contato com outras pessoas. Minha vida era boa, só que como estava um pouco parada, o corpo estava travado. Quando a capoterapia apareceu, contribuiu ainda mais no meu desempenho físico. Espero que este programa voltado para os idosos não pare e dure por muito tempo.”, comenta Maria Ferreira de Sousa, 59 anos, que tem seis lhos, 12 netos e um bisneto. As vantagens para o público da terceira idade são inúmeras. Quanto aos benefícios físicos, ela diminui a dependência química de remédios


para hipertensão, diabetes, colesterol. Provoca, ainda, a recuperação do vigor, amplia a força muscular, ocasiona a amplitude dos membros inferiores e superiores e a traz tonicidade muscular. Entre os benefícios sociais da capoterapia estão à integração grupal e a ampliação do círculo de amizades. A “ginga dos mais vividos”, como é chamada a terapia, também é um auxiliar importante no combate à depressão e à solidão, despertando em seus praticantes a recuperação da autoestima e do prazer de viver.

trabalho e me considero feliz”, relata Antonia Lizarda, 66 anos.

os exercícios para os quais são orientados nas vivências de capoterapia.

Na prática, as aulas de capoterapia se iniciam com uma sessão de aquecimento e alongamento, para preparar a musculatura. Em seguida vêm às cantigas de roda, quando o grupo canta clássicos da música infantil, como “ciranda ciradinha” e da música popular “acorda Maria bonita, levanta vem fazer o café”. As atividades reproduzem rotinas domésticas, como lavar, passar ferro, estender a roupa no varal.

Dentro da capoterapia ainda acontecem algumas terapias como a “Campanha do Abraço”, em que se busca resgatar o senso de cordialidade e a descontração, estimulando as pessoas a trocarem o “calor humano”, em gestos afetivos, como instrumento de valorização do outro. Durante a “Terapia do abraço” ocorre a campanha “Você já abraçou seu lho, hoje?

“Conheci a capoterapia através da automassagem. Meus lhos gostaram, pois minha vida era triste, eu me sentia doente, sempre de baixo astral. Não me divertia, não tinha vontade de sair, na verdade não tinha mais vontade de viver e, graças a ela, nós temos uma vida melhor, fazemos sempre novas amizades e nos divertimos muito. Hoje, sou mais alegre, passeio bastante,

O ideal é que a capoterapia seja praticada de duas a três vezes por semana. Como a Associação Brasileira de Capoterapia ainda não dispõe de multiplicadores em número su ciente para atender todas as demandas que surgem, a entidade está oferecendo cursos para formar novos agentes do programa. Além disso, os idosos são estimulados a fazer em casa, sozinhos,

----------------------Saiba mais: Para conhecer melhor a capoterapia ou para receber em casa um exemplar do livro “A ginga dos mais vividos”, entre em contato com o autor pelo site: www.portalcapoeira.com ou pelo telefone: (61) 8407.7960.

49


TRÂNSITO

CMT, UMA NECESSIDADE!

Dos 300 agentes lotados no Detran, apenas 50 vão às ruas Por Délio Cardoso¹ Foto Rodrigues Pozzebom/ABr Você já deve ter ouvido falar da Companhia Metropolitana de Trânsito-CMT, cuja criação foi sancionada pelo Governador Arruda no nal de 2008. É preciso que você, amigo leitor, também entenda as razões que levaram à sua criação. O Detran-DF é o único do Brasil que tem a atribuição de scalizar o trânsito. Nos demais Estados da Federação esta missão cabe às Companhias de Trânsito, mais conhecidas por C.E.Ts, deixando aos Detrans a nobre função (prevista no Código de Trânsito) de controlar sua frota (licenciamentos, impostos, vistorias, etc) e de formar os seus condutores (exames escritos e práticos). Em Brasília prevalece o absurdo: o agente que multa é o mesmo que vai julgar o seu recurso! Além disso, 50

é importante frisar que, dos 300 agentes lotados nos quadros do Detran, apenas 100 cumprem sua missão de scalizar. Destes 100, em razão das escalas diurna e noturna, apenas 50 lutadores e abnegados vão às ruas no dia a dia. Esforçados, porém, ín mos 50, comparados com o número sugerido pela Comissão de Trânsito da ONU, que é de 1000 homens para uma cidade com 1 milhão de veículos (1 para cada 1000 veículos). Os outros 200 agentes existentes estão desviados de função no Sindicato, em cargos administrativos, em vistorias veiculares (impedindo, inclusive, os funcionários administrativos de fazê-las) e não querem ir para as ruas. A média salarial da categoria é superior a R$ 6 mil, bem maior que a dos policiais militares, médicos e professores. Mas não vale a pena entrar


no mérito destes valores e, sim, de que forma são pagos? Respondo: são pagos eventualmente por vc, eu e a população que é multada nas ruas diariamente. Isto porque, os salários e encargos destes agentes são retirados dos recursos arrecadados com as multas de trânsito, em agrante irregularidade e afronta ao art. 320 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina que estes recursos sejam aplicados “exclusivamente em educação, segurança e sinalização de trânsito”. Portanto, para pagá-los é preciso arrecadar cada vez mais, com multas e mais multas...! Uma ordem perversa, imoral e ilegal.

“A presença do scal, por si só, já inibirá as infrações. Não haverá a sanha arrecadatóia, pois seus salários serão pagos pelo erário”

Por que, então, a Companhia Metropolitana de Trânsito-CMT? Primeiro para cessar a irregularidade citada. Para poder contratar, por concurso público, 800 scais, nível médio, que ganhem bem menos, porém dignamente (em torno de R$ 1 mil), com recursos do Tesouro do DF e não das multas. Segundo, para poder oferecer à sociedade um guarda de trânsito presencial que coíba as irregularidades, que controle o trânsito em horários de pico, que iniba as infrações que o pardal não enxerga, tipo uso de celular, conversão proibida, estacionamento irregular em la dupla , tripla, em cima de jardins, calçadas, etc. A presença do scal, por si só, já inibirá as infrações. Não haverá a sanha arrecadatória, pois seus salários serão pagos pelo erário. Da mesma forma o salário do agente de trânsito, que será incorporado pela CMT, sem prejuízo de suas vantagens. Serão líderes dos scais! Qual o prejuízo que terão? Nenhum! Terão, apenas, de ir, todos, trabalhar nas ruas... ¹ Délio Cardoso é ex-Diretor do Denatran e do Detran DF

51


PERSONAGEM

MOURAD BELACIANO Embaixador da Saúde e da Educação de Profissionais de Saúde Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos Moreno

Na direção da Escola Superior de Ciência e Saúde de Brasília (ESCS), Mourad Ibrahim Belaciano tem in uenciado egressos, motivando os alunos a aperfeiçoar tanto as técnicas utilizadas na medicina, como a interação médico-paciente, médico-família e médico-comunidade. O imigrante nascido em 1948, em Beirute, no Líbano, chegou ao Brasil, em 1957 com toda a família, devido à difícil situação dos judeus nos países árabes depois da criação do Estado de Israel e da ascensão de Nasser no Egito. A decisão de vir foi do pai dele, que mesmo sem conhecer o país veio ‘de mala e cuia’ ao encontro de dois irmãos que não via há 30 anos. “O choque cultural foi inevitável, na época com nove anos, era difícil compreender tudo aquilo. No Líbano, a nossa língua materna era o árabe, mas na escola estudávamos três idiomas árabe, hebraico e francês, aí, chego aqui e tenho que enfrentar além da cultura, o clima e a língua que são muito diferentes”, a rmou Mourad que depois de tantos anos não possui sotaque. Com o verde e amarelo impregnados no coração, o doutor hoje vive em Brasília com a esposa e tem quatro lhos, dois deles moram na Capital, um se formou em biologia e outro em vigilância sanitária. Este ‘Titã da medicina’ é, por natureza, formador de opinião. Ele está há 17 anos trabalhando pela qualidade do ensino com formação pro ssional e atualmente é destaque no universo médico, em especial na educação médica. Sempre estudou em escola pública, se formou em faculdade também pública e prova com sua capacidade pro ssional que o ensino oferecido

O ser humano deve estar em constante processo de aprimoramento, na área técnico-profissional e principalmente, na área social 52


gratuitamente pode ser de qualidade. Engajado nas questões sociais e políticas do país desde muito novo, ele comenta a importância da educação na vida social e defende o ensino público até a última instância, “é possível produzir pro ssionais capacitados e ensino de qualidade, basta comprometimento dos docentes, interesse dos alunos e apoio incondicional do governo à educação”. O Código de Ética Médica em vigência diz em seu art. 1.º que “a medicina é uma pro ssão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza”. Mourad vestiu esta camisa desde 1977. Trabalhou como coordenador da rede básica e de oito hospitais em projetos da secretaria de Saúde da Paraíba, onde teve a oportunidade de visitar 151 municípios e implementar a primeira campanha de multivacinação do Brasil, em nome do ministério da Saúde. Além de procurar cada vez

mais se aprofundar, compreender e desenvolver programas e parcerias que trouxessem melhoria na qualidade de vida da população como um todo.

ganizações públicas governamentais e não-governamentais, das organizações privadas, exercendo a prestação de serviços e a ação educativa.

Inicialmente cursou medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com residência em pediatria e puericultura, mas para ele era muito pouco, havia muito a aprender para que o mundo fosse melhor, então partiu para a epidemiologia, as políticas úblicas e o serviço social, com o objetivo de supe-rar a ideologia do assistencialismo e de avançar nas lutas pelos direitos à saúde e pela cidadania, com o propósito de torná-los viáveis no âmbito das políticas sociais, concluiu o mestrado em 1988. Também fez especialização em epidemiologia e estatística de saúde, fez ainda o mestrado em bioestatística e em políticas públicas. O motivo que impulsiona este incansável doutor é a possibilidade de implementar políticas sócio-assistenciais no interior das or-

Como se tudo isso não fosse su ciente, além de ser professor universitário desde 1977, ele é presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) até 2010. Doutor Mourad tem contribuído substancialmente com a qualidade no ensino superior em saúde. Esse sim é um currículo de fazer inveja a muita gente! “Há anos eu lido com formação médica e recursos humanos em saúde e é uma contribuição para cidade, porque sempre me incomodou muito o fato da medicina de Brasília ser muito criticada e eu sabia que tinha valores aqui dentro, mas o que aparecia na imprensa era aquela história da ponte aérea, então eu queria resgatar essa imagem. Com a consolidação da ESCS isso foi possível”, conclui o doutor

53


SAÚDE

Fazendo as pazes com a boca Competência na gestão da própria saúde e estilo de vida deve fazer parte das prioridades de todos Por Luciana Vasconcelos Reis Fotos Divulgação Quem não quer ter qualidade de vida? Mas para viver bem é necessário mais do que ter uma boa saúde física ou mental. É preciso estar de bem com você mesmo, com o seu corpo, com o mundo à sua volta, en m, estar em equilíbrio. Se os órgãos do corpo estiverem funcionando em harmonia todo o organismo estará bem. É muito comum as pessoas reclamarem de dores na nuca, atrás da orelha, na face, dores nos olhos ou sensação de pressão nesta região e principalmente, dores de cabeça, que frequentemente são confundidas com enxaqueca. Identi car a causa da dor é imprescindível para alcançar a tão sonhada qualidade de vida. A Odontologia não está alheia a estes sintomas, pelo contrário, está cada vez mais atuante, não só no tocante à boca e os dentes, ela criou também uma especialidade que cuida da dor de cabeça relacionada à boca. A boca está entre as regiões mais ativas do corpo, trabalha até durante o sono e imprime uma força de 70 kg na mulher 54

e 90 kg no homem, indo até 150 kg nos rostos mais fortes. É, mas toda está força tem um preço: a mordida pode estar em desequilíbrio, desviando-se para frente, para trás ou para um dos lados. Isto pode afetar os músculos do pescoço, causando encurtamentos, compressões de vasos sanguíneos, nervos e vértebras. Podendo ainda, comprometer o ouvido através da Articulação Temporomandibular (ATM), desvios como estes podem causar sintomas como zumbidos, labirintite e dor. O que a odontologia busca é o equilíbrio funcional, detalhe importante que in uencia até na postura do corpo. A postura, quando alterada, re ete o mau funcionamento de funções aparentemente simples como respiração, mastigação, marcha (modo de pisar), postura ao dormir e postura no trabalho e lazer. Contudo, o que está relacionado à odontologia são a respiração e mastigação. Segundo o doutor Rosário, especialista em Dor Orofacial e Disfunção de ATM, Ortodontia e Ortopedia Facial, a respiração quando é feita pela boca, causa a anteriorização da cabeça,

logo, o corpo sofre compensação para se adaptar a esta situação: a pelve se projeta para frente e o tórax para trás. “A respiração bucal é tratada pela odontologia funcional através do fechamento espontâneo da boca, com isto a postura pode ser corrigida de nitivamente”, a rma Rosário. Realmente, a respiração pode ser o início de todos os problemas, por esta razão a odontologia tem se empenhado não só no tratamento e reposicionamento dos dentes, mas na arquitetura facial como um todo, além do estreitamento na relação com outras áreas voltadas à saúde. Para Rosário a união de pro ssionais além de um grande avanço para a ciência, pode garantir conforto para a sociedade. O avanço das tecnologias e da medicina permitiu que as ciências conversassem entre si, com isso, é possível acabar de uma vez por todas com incômodas sensações de desencaixe da boca ao abrir ou fechar, alterações posturais (ombros desnivelados, cabeça inclinada), alterações na fala e di culdade de mastigação, além do bruxismo e apertamento dos dentes.


Compromisso com a profissão e respeito com o paciente O paulista de 47 anos tem dois lhos e muita história de sucesso e transformação para contar. São 23 anos trabalhando com seriedade e preocupação com o bem estar do paciente: “O meu trabalho com a base funcional objetiva principalmente curar o organismo, regulando-o”. Dr. Rosário mostra as partes do corpo afetadas pela desarmonia do organismo

Conceituando a dor e tratando as queixas Segundo o doutor Rosário, existem dois tipos de dor: Dor Alarme e Dor Problema. Quando a dor é vista como problema, busca-se apenas eliminá-la sem compreender quais são os motivos reais. A dor alarme é vista como uma luz que direciona o pro ssional para buscar onde se encontra a disfunção orgânica que provoca a dor. Temos três características básicas de dor: Bioquímica causada por hormônios, alimento e medicamentos, neuropática, criada pelo próprio nervo, funcional causada pelas alterações funcionais do corpo, esta aparece em 85% dos casos e neste caso, a dor torna-se relevante para servir de orientação na busca da doença oculta. Dr. Rosário que é presidente da Academia Brasileira de Fisiopatologia Crânio-Oro-Cervical fala da importância do ‘clique’ da dor: “É bem verdade que sem as dores para nos despertar, iríamos ‘ao encontro da luz’ mais cedo, pois não perceberíamos os problemas”, declarou Rosário, que utiliza o tratamento funcional como base para a solução do problema. A ortodontia funcional apesar de muito recente, tem dado resultados expressivos. Na maioria dos casos, os resultados além de positivos, são

rápidos. O sucesso se dá pela comunicação entre especialidades, como é o caso da medicina interdisciplinar. Pode ser usada no auxílio do tratamento, a acupuntura a homeopatia e também a farmacologia. Quanto ao tempo de tratamento, é relativo em cada caso, mas é possível perceber mudanças em algumas semanas. “Não são raros os casos em que o paciente consegue se livrar da dor em apenas sete dias. É claro que o tratamento deve ter continuidade”, ressaltou Rosário. O diferencial no tratamento funcional é que ele é realizado sem nenhum uso de medicamento. Cabe destacar que o tempo varia de acordo com a região afetada, normalmente os problemas próximos a boca são sanados mais rápidos e os mais distantes, como dor nos ombros, nuca e pescoço levam mais tempo. Como o foco da ortodontia funcional é o equilíbrio como um todo, o que importa é entender a dor e o problema principal para eliminá-lo totalmente, garantindo conforto e saúde aos pacientes, sem se preocupar qual especialidade irá resolver a questão. “Não é uma briga de pro ssões ou de egos” rati cou o doutor.

É uma loso a mais complexa, não são todos que compreendem, mas é o que há de melhor e mais barato entre os tratamentos, por ser a única forma de se obter cura”, a rmou Rosário.Especialista em Dor Ortofacial e Disfunção de ATM, Ortodontia e Ortopedia Facial que se diz realizado. Para ele, trabalhar em Brasília é um privilégio. “A população da Capital é de alto nível cultural e valoriza mais a saúde”. Um dos meus trabalhos principais é realizado no Instituto Machado que estuda a face como um todo. Instituo um planejamento como uma verdadeira arquitetura da face, harmonizando todos os tratamentos em busca da saúde plena e também da estética. Como no caso da Miss Lago Sul 2009, Denise Aliceral de 19 anos, que ficou em 3° lugar no Miss Brasil. Ela chegou à clínica para resolver um problema fonológico, ao conversar com o Dr. Rosário todos os detalhes foram observados: “O doutor Rosário me mostrou alguns pontos de desequilíbrio no meu rosto que nem eu havia notado o tratamento que durou pouco mais de um ano”. Serviço: Instituto Machado SHN Quadra 02 - Bloco H Metropolitan Flat, Sobreloja 65 BRASÍLIA-DF Tel: (61) 3328.0313 / 3326.0083 55


CIDADE

P LANALTINA Orgulho de ser a história da Capital

Por Letícia Oliveira Fotos Jorge Campos

A mais antiga cidade do Distrito Federal reúne, em 150 anos, charme, história, beleza, o maior espetáculo teatral ao ar livre do Brasil e muita garra para resolver os problemas que enfrenta nos últimos anos

56

Você sabia que Planaltina é a cidade em que está localizado o primeiro monumento do Distrito Federal, a Pedra Fundamental da Capital Federal dos Estados Unidos do Brasil? Não?! Pois é, tem muita gente que desconhece essa informação por um simples motivo: A história da primeira cidade do Distrito Federal, Planaltina, precisa ser resgatada, investimentos são necessários em infraestrutura e em turismo. E a população local tem consciência e garra para isso! Uma das pessoas mais engajadas nesse

movimento, para sanar as carências de Planaltina é o deputado Distrital Cláudio Abrantes (PPS). Passeamos pela cidade com Cláudio e ele nos contou como a cidade está e o que precisa ser feito para esse resgate. Fundada em 1790, Planaltina possui 1.534 km², fica a 45 km de Brasília e possui 234 mil habitantes, segundo o último censo do IBGE de 2005. A história da cidade foi ligada à história de Brasília, definitivamente, a partir da vinda da Comissão Cruls, que realizou os primeiros estudos pela implantação da futura Capital no Planalto Central. A Pedra Fundamental foi então assentada, em 7 de setembro de 1922.


As várias carências de Planaltina são oriundas do estrondoso crescimento populacional que a cidade vem experimentando desde os anos de 1980. Em vinte anos a população da cidade praticamente triplicou, por isso faltam serviços públicos, emprego. Não houve um planejamento para isso, todos os serviços são deficitários. “Existe uma ou outra escola que é muito boa, por uma ação isolada e uma boa ideia de algum diretor específico, mas falta integração [...]. O bom é que o governo do Distrito Federal está atento a isso e tem mandado bastante recursos para cá, sobretudo para as áreas mais carentes, Arapoanga, Mestre D’Armas, Vale do Amanhecer”, nos disse Cláudio ao longo do passeio. O deputado afirmou que a infraestrutura é necessária, mas o mais importante é que seja realizado um planejamento em prol do desenvolvimento. A cidade precisa de asfalto, de sistema para captação de águas, de esgoto, de regularização fundiária. Especificamente sobre essa questão, Cláudio Abrantes possui um projeto pessoal em prol da questão, são muitos loteamentos irregulares, essas áreas precisam ser regularizadas. Essas áreas possuem ainda menos infraestrutura e empre-

Deputado Cláudio Abrantes: Sou de Planaltina e me orgulho disso!

Alunos brincando no Centro Histórico de Planaltina

go e isso desemboca no que a gente vê nas páginas dos jornais todos os dias: os problemas que a segurança pública enfrenta em todo o Distrito Federal. De 1971 até meados da década de 1990, Planaltina tinha apenas uma delegacia, e uma relativa tranquilidade, hoje em dia, as duas delegacias não estão dando conta da demanda. O aumento do número de policiais atuando, em Planaltina, é algo urgente, assim como a necessidade de postos policiais, para inibir a criminalidade.

Cláudio enfatizando ter feito a visita à cidade com recursos próprios, assim como abriu mão dos 14º e 15º salários e luta pela redução das férias na Câmara Legislativa. “Estive na cidade com representantes da cultura em Planaltina e vi os investimentos feitos pela preservação do patrimônio. A ideia é um grande patrimônio para identificá-lo em um grande tombamento. A UniEuro já está nos ajudando nisso, mas precisamos de apoio em nível federal e do GDF nessa empreitada”.

Mas a cidade preserva coisas muito boas, também. Uma delas é a Feira Alternativa que, uma vez ao mês, reúne por volta de seis a sete mil pessoas para comer, beber e realizar comércios diversos. É na cidade que acontece o maior espetáculo teatral ao ar livre do Brasil, a Via Sacra, que há 36 anos acontece na cidade às sextas-feiras santas. Uma curiosidade, por dez anos o papel de Jesus Cristo foi encenado por Cláudio Abrantes.

Planaltina é uma cidade belíssima, visitar a cidade e conhecer tudo o que ela tem a oferecer deveria ser uma obrigação de todos os moradores da Capital. E tem muita coisa para conhecer, belíssimas fauna e flora, cachoeiras, história. E Cláudio deixou um recado para toda a população: “Não tenham vergonha de bater no peito e dizer: Sim, sou de Planaltina e me orgulho disso!”.

Ainda assim, é necessário muito, mas muito, investimento para a conservação do patrimônio da cidade. Não há incentivos para a população para a preservação, por exemplo, das Casas Históricas, que eram por volta de 90 edificações, hoje temos apenas um terço disso. Não há tombamento dos bens! “É necessário seguir o exemplo de Pirenópolis”, comentou

Se você quer mais informações sobre a cidade de Planaltina visite o site: Mais sobre a história da cidade e do monumento podem ser obtidos no site institucional da cidade: www.planaltina.df.gov.br 57


MODA

Fernanda Ferrugem um caso de criatividade e visĂŁo HĂĄ mais de nove anos no mercado, a autĂŞntica e ousada grife Fernanda Ferrugem tem lugar certo nas passarelas da capital e do Brasil

Por Ana Helena Melo Fotos Moreno 58


A moda estava no sangue, a darling da moda de Brasília, como já foi nomeada por vários críticos, nasceu e foi criada dentro de um atelier – se não gostasse de roupas, as detestaria em sua mais rica essência. Com 32 anos, mãe de gêmeos, Fernanda Ferrugem segue o destino a ela entregue de surpresa: ser dona de uma marca sem ter se planejado para isso. “Comecei a fazer roupas apenas para ter um meio de renda enquanto eu estudava moda, não esperava que as roupas fizessem tanto sucesso e que me trouxessem à posição que estou”, afirma a estilista. A primeira vez que a etiqueta Ferrugem surgiu em uma roupa foi há nove anos, quando participou pela primeira vez da BSB Mix, a pioneira feira alternativa do Distrito Federal. De lá para cá, Fernanda, que se considera autodidata, aprendeu ainda mais sobre o segmento. Teve gêmeos, o que a influenciou a deixar de fazer roupa muito adolescente e ingressar em um universo de cortes e cores mais maduras. A grife Fernanda Ferrugem subiu às passarelas no Capital Fashion Week de 2005. Atualmente a artista compõe o grupo de desfiles do Brasília Fashion Festival, outro grande evento da moda na capital. Em pouco tempo veio o reconhecimento pelo trabalho não só em Brasília, mas por todo país, Fernanda abriu uma loja própria - o Espaço Ferrugem - e com outros três pontos de venda, chega a vender cerca de 300 peças

por mês. Ao longo de quatro anos, a loja trocou de lugar, a inauguração do novo endereço está prevista para este mês. Para ela, o grande impasse dos estilistas da capital está na falta de mão de obra especializada. “Quem tem uma boa equipe de costura deve saber valorizála, pois a oferta deste tipo de profissional em Brasília é pequena”, Revelou. Apesar das dificuldades, Fernanda elogia e possui muitas esperanças acerca da capital: “Já temos dois grandes eventos que movimentam e divulgam a moda na capital. O setor está se desenvolvendo depressa em Brasília”. Apesar de nunca se prender a tendências por achar que elas limitam muito a capacidade do estilista, Fernanda diz que as acompanha e dá diretrizes para a próxima estação. “A grande aposta para a primavera-verão está na cor nude, um tom próximo ao tom de pele – cor de nada”, fala entre sorrisos. A estilista antecipa ainda alguns detalhes: “As transparências com certeza virão com tudo, assim como cortes de quadril mais arredondados e calças mais soltas no estilo pijama”, conclui. Serviço: Espaço Ferrugem QE 19, conjunto J, casa 11, Guará II. Tel: (61) 3222.7441 59


CHEGOU O JORNAL DE BRASÍLIA FEITO POR VOCÊ.

Já nas bancas. Experimente, leia e surpreenda-se.

Leitores da Plano Brasília terão desconto na assinatura anual: São 10 parcelas de R$ 34,20 e a última é por nossa conta. Você só paga 9 parcelas. Ligue 3343-8127 e mencione o código PLANOBSB.

Baseado em estudos e pesquisas com os leitores, o Jornal de Brasília preparou novidades no editorial, projeto gráfico e formato, aplicando um novo jeito de fazer jornalismo voltado para você e para a sua realidade.



COMPORTAMENTO

Até que o divórcio vos separe Crescimento do divórcio no Brasil mostra fragilidade da instituição familiar e a falência do antigo sistema patriarcal no país

Por Mano Lima Arte Alexandro Sousa O mundo parecia cair aos pés da professora Alice Vasconcelos quando o seu casamento, de sete anos, chegou ao m. O término da união começa com uma sequência de brigas e desentendimentos. “O drama maior foi explicar isso aos nossos lhos e fazê-los entender que isto seria melhor para todos”, recorda Alice. Quando o divórcio chega, uma das maiores di culdades é lidar com a pressão da família e com a adaptação a nova realidade. De acordo com o psicólogo José Miranda Filho, especia0lista em terapias de casais, a separação é sempre traumática, mesmo quando se trata de uma decisão consensual tomada pelo casal. “Reconstruir uma vida, depois de um longo convívio, é uma experiência que exige muita maturidade e deixa sequelas afetivas”, explica Filho.

Para o psicólogo, o apoio dos amigos e da família é decisivo para dar suporte emocional aos descasados. “A disputa da guarda dos lhos e dos bens materiais é um dos problemas enfrentados durante a separação, o que exige muito bom senso a m de que haja um equilíbrio entre os ônus e os bônus da separação”, adverte Filho. A legalização do divórcio no Brasil e as mudanças na sociedade brasileira zeram aumentar o número de separações. O nosso país segue uma tendência mundial. Em nações europeias, como a França, ao contrário, o divórcio diminuiu, por uma razão irônica: diminuíram os casamentos e, com isso, as taxas de natalidade. Por isso, a população da terra da cantora Edith Piaf envelheceu: há muitos adultos e velhos e poucas crianças, o que causou desequilíbrios econômicos. Hoje a França tem muitos idosos e aposentados e poucas crianças. E

sua população economicamente ativa diminuiu, com claro impacto negativo sobre o sistema previdenciário. Quando se analisa o divórcio, outro fator a considerar é que o antigo sistema de família patriarcal e unicelular já não existe mais. Hoje muitos lares hoje são mantidos por mães solteiras ou divorciadas. É o caso da secretária administrativa Vanilda Lopes. Separada desde que o seu lho único completou dois anos de idade, ela optou por continuar solteira e tem receio de partir para outra relação conjugal estável. “A decepção que o meu casamento deixou e a revolta do meu lho com a indiferença que o pai dele demonstrou com ele deixaram marcas amargas em mim e não sei se quero repetir esta experiência negativa”, desabafa Vanilda. O casamento tradicional, de papel passado, parece estar se transformando numa instituição falida. As juras de amor e delidade durante as cerimônias matrimoniais já não convencem ninguém. No lugar delas, crescem as relações abertas e as uniões estáveis. Depois de duas separações e três pensões alimentícias no contracheque, o bancário José Eustáquio Rodrigues, resolveu mudar de estilo. “Eu e minha namorada chegamos à conclusão que o melhor jeito de união é aquele do ‘eu de cá você de lá’, pois isso diminui os con itos”, compara. Rodrigues mora sozinho com um amigo e a sua companheira voltou

62


“O m da união pôs m a uma seqüência de brigas e desentendimentos”

a morar com os pais depois que o marido a abandonou. “Viver em tetos diferentes pode até aumentar as despesas, mas com certeza reduz a tensão do cotidiano e o desgaste natural das relações”, completa Eustáquio. As transformações no campo social também estão forjando uma nova cultura jurídica e acabando com a tradição histórica de favorecer as mulheres nos litígios. Segundo o professor de Direito da Família da UniDF, Frederico Nunes Lemos, os magistrados estão se livrando de estigmas e preconceitos na hora de “dar a César o que é de César”. “Os homens estão disputando cada vez mais a guarda dos lhos, que antes era monopólio das mães e hoje já vários casos de mulheres que pagam pensão aos seus ex-maridos”, compara o professor. Diante da fugacidade que tomou conta das relações pessoais e da decadência da família enquanto instituição celular, muitas pessoas têm buscado refúgio nos relacionamentos virtuais. A Internet, assim, está cada vez mais sendo usada para armazenar e transmitir mensagens e aproximar pessoas. A comunicação virtual, porém, deu lugar a uma permissividade e a um voyerismo narcisista que transformou a rede mundial de computadores num espaço de convívio muitas vezes inseguro. No livro “Sexo e afeto na era tecnológica”, pesquisadores da UnB re etem sobre a força destas relações eróticas estabelecidas à distância. “Acobertados por nicknames, sem contatos visuais, os internautas podem entrar e sair das salas a qualquer momento, comunicando-se por meio de linguagem simbólica, e entregam-se a ousadia de criar quantos personagens povoem o seu imaginário”, a rma a publicação.

Angústia Genética Hoje em dia os casamentos acabam por qualquer motivo: intromissão da sogra, problemas nanceiros, ignorância da sogra, falência afetiva, desaforo da sogra, incompatibilidade sexual, presença da sogra, etc. Com a bancária Ana e o marceneiro Gustavo foi diferente. A união de quatro anos se desfez depois de uma longa crise conjugal. O casal não conseguia procriar e, por isso, as desavenças cresceram e as brigas se multiplicaram. Ana fez de tudo para ter um lho. O tratamento hormonal e a inseminação arti cial não deram resultado. o casal peregrinou durante três anos por ginecologistas, psicólogos e urologistas. Pediram a benção do padre, recorreram ao espiritismo, participaram de uma sessão de descarrego numa igreja pentecostal. Nada. Um alarme falso soou quando o ciclo menstrual de Ana atrasou dois dias. Mas a gravidez não veio. Gustavo, nordestino, não aguentava mais a chacota dos colegas da o cina: “se precisar de uma força, estamos aí”, diziam os debochados amigos. A avó de Ana – com aquela sensibilidade de elefante na aula de balé – dizia que a neta era uma árvore que não dava frutos. E se gabava dos 15 lhos – mataram um e ela adotou outro para não desinteirar. No dia das mães, era aquele sofrimento. O casal não ia aos almoços da família, aos domingos, porque nesta ocasião a tristeza aumentava, ao ver os sobrinhos correndo pela casa. Tomaram a decisão: o divórcio foi selado em 1998, numa quarta-feira chuvosa, no Fórum do Guará. Venderam o apartamento do casal, no Lúcio Costa. Com o dinheiro, Ana comprou um Gol Bola e Gustavo montou uma pamonharia em Goiânia, para onde se mudou. Ana foi morar com uma prima divorciada. Continuaram amigos. No mês passado, enquanto o Jornal Nacional exibia uma reportagem sobre as novas descobertas da Engenharia Genética, Ana abria correspondências diariamente. No meio delas, uma carta do Gustavo convidando para o batizado do Michael, seu primeiro lho, que nasceu robusto – mais de quatro quilos, o danado – e com a cara do pai. A ex-esposa não teve dúvidas: pegou o telefone sem o e ligou para Gustavo, parabenizando-o pelo bebê. Ana agradeceu o convite e lamentou não poder ir à festa, pois no mesmo dia teria que comparecer à 7a. consulta do seu pré-natal. No dia seguinte, despachou por sedex um sapatinho para o pimpolho e o livro “Sem tesão não há solução”, do Roberto Freire, que Gustavo até hoje não terminou de ler, porque de dia o movimento na pamonharia é muito grande e à noite Michael não pára de chorar. (*) O autor é jornalista e autor do livro “Deuses de Acrílico”

63


GASTRONOMIA

Letícia Oliveira

Brasília, cidade sede da Copa

Daí você certamente vai me perguntar que raios essa colunista de Gastronomia está querendo dizer? O que a Copa do Mundo tem a ver com isso? Muito, caro leitor, e já vou explicar. A Copa de 2014 promete não só esquentar os caldeirões dos estádios, mas também aquecer a gastronomia no Brasil, pelas cidades em que passar. Isso porque, há algum tempo, o governo federal vem desenvolvendo parcerias para que os roteiros turísticos passem pelos Caminhos do Sabor. Com isso, o foco principal é a capacitação dos profissionais para que os nossos turistas possam ser atendidos o melhor possível, uma vez que já possuímos variedade, qualidade, ambientes de requinte e simpatia e preços que atendam a todos os bolsos. Isso porque não haverá jogos todos os dias e precisaremos ter atrações para reter esses turistas na cidade. Nada como pegá-los pelo estômago, não é? Nesse mês continuei meu passeio pelas Casas da cidade. Fui ao Don’ Durica, para resgatar o melhor da comida mineira e trouxe uma deliciosa receita de galinha caipira. Também estive no belíssimo Oliver do Clube de Golfe, uma casa jovem que conta com a maturidade dos seus sócios para oferecer excelentes serviços para Brasília e no Mercado Municipal, com Jorge Ferreira. 64

Don’ Durica, porque a cozinha do interior tem muito valor! A cozinha do Don’ Durica é aquela cozinha mineira tradicional, em que o tempero é um item muito bem cuidado. A maior realização da chèf Ângela Matias, há 11 anos como gastrônoma, é ver o cliente satisfeito no dia a dia. A Casa, que tem oito anos e, atualmente, só abre para almoços. O serviço de buffet, à vontade, que inclui saladas, pratos quentes, massas e sobremesas, está R$ 36,90 de segunda à sexta, em promoção aos sábados, R$ 28,50 e aos domingos, por R$ 38,80. Ângela nos passou a receita de um dos pratos do interior de Minas, mais apreciados no restaurante, o Frango Caipira (foto). É comum saboreá-lo aos domingos com arroz branco, quiabo e milho refogado bem fresquinho. Para fazer, lave e pique o um frango caipira, ou semi caipira, ou até de granja, nas juntas e o peito em quatro pedaços. Tempere com o sumo de um limão grande, cubra com água fria e deixe de molho por meia hora, depois, escorra bem e reserve. Leve ao fogo, numa panela de ferro ou alumínio de fundo grosso, três colheres de sopa de óleo, deixe aquecer e acrescente duas cebolas cortadas em cubos pequenos. Em fogo moderado deixe a cebola refogar lentamente até dourar por igual, mexendo sempre. Acrescente uma colher de sobremesa rasa de açafrão da terra. Salgue o frango com uma colher de sopa rasa de sal e acrescente ao refogado de cebola, refogue por alguns minutos, abaixe o fogo, tampe e deixe a carne de frango liberar seus sucos. Deixe cozinhar até secar todo o caldo, mexendo, espere refogar sem pressa, vá virando os pedaços até que todos estejam bem corados. Acrescente água quente aos poucos sempre ao lado da panela, nunca em cima do frango para não lavar o tempero. Deglaceie todo o fundo da panela, deixe reduzir o caldo até o ponto desejado, certi que se o frango ngo está cozido, se precisar acrescente um pouco co mais de água e aguarde o caldo engrossar novamente. Corrija o sal. Coloque pimenta ta do reino moída na hora, se desejar. Acrescente ente quatro colheres de sopa de salsinha namente picadas já com o fogo desligadoo e abafe por alguns minutos. Bom apetite! e! Serviço: Don’ Durica CLN 201 Bl. “A” - Asa Norte Tel: (61) 3326.1045 www.dondurica.com.br


O paladar é influenciado por um bom lugar: Oliver - Música, Arte e Cozinha A beleza bel do Oliver, no Clube de Golfe de Brasília, in uencia uenc sim no paladar! te Não tenha dúvidas disso. Clu é belíssimo, o O Clube ambie ambiente do restaurante s sticado, mas de é so man maneira simples e ino inovadora, a decoração fe feita com obras de a artesanais. E os arte p pratos, um espetáculo à parte, isso porque na Casa também são desenvolvidos pro projetos culturais. Tradição nas massas, bacalhaus, camarões, salmões e atuns, risottos, é o que encontra o cliente no Oliver. O prato da foto é o Risotto Cítrico – R$ 49,00 o prato inteiro e R$ 32,00 o meio prato -, um dos carros chefe da Casa, ideia do franco e honesto Chéf Executivo, Rosenilson Favacho, o Nilson, que saiu de Belém e em 11 anos de gastronomia é um dos responsáveis pelo sucesso do restaurante. O casamento das raspas de limão siciliano somadas aos camarões vergê que envolvem o risotto feito com arroz italiano carnaroli é um presente para os cinco sentidos, entontece. Rodrigo Freire me contou que além do sucesso do Risotto Cítrico, preferido das mulheres, outro prato que sai com maior frequência é o Bacalhau à Zé do Pipo (de Waldomiro Ribeiro) – R$ 65,00/R$ 44,00 -, preferido pelos homens, o Oliver pretende fazer mudanças no cardápio a partir de t selado l d com spaghetti h i de d agosto. Uma das novidades seráá o atum pupunha e vinagre de tomate, com azeite trufado. Rodrigo acredita que a satisfação dos clientes é algo inspirado pela so sticação do local. Desde o primeiro ano de funcionamento o Oliver recebe prêmios. Os meios pratos são um diferencial do restaurante e um resgate da tradição européia de uma alimentação que vai do antepasto a sobremesa, passa pelas saladas e pelo primeiro e segundo pratos e se tornam uma opção excelente também para o bolso. Serviço: Oliver Brasília Golf Center Tel: (61) 3323.5961 www.restauranteoliver.com.br

Em busca da eternidade: Mercado Municipal Nessa edição decidimos não deixar de conversar com um dos principais investidores do setor, o revolucionário e instintivo Jorge Ferreira. E entre as 19 Casas de Jorge pela Cidade, optamos em falar do Mercado Municipal um espaço de nido por Reynaldo Jardim em que a relação é afetuosa e nostálgica, mas contemporânea. Há três anos o espaço concentra vários atrativos: O Bar do Mercado, onde a noite é puro agito e a cozinha é honesta, com o tradicional chopp do Ferreira; o Espaço Gourmet, com uma seleção de 800 rótulos dos melhores vinhos do mundo e opção para convidar amigos e reservar o espaço para uma festa fechada; a Padaria Gille, recentemente ampliada e com 109 anos de experiência; a Loja de Panelas Dona Rita, de 74 anos de tradição; o Açougue do Mercado, com carnes Premium selecionadas na origem e cuidadosamente escolhidas; a Floricultura do Trole, estacionada numa charmosa charrete do século XIX; a Banca do Manel Xicote, com cortes especiais de bacalhau de qualidade; a também ampliada Quitandinha, que possui produtos orgânicos e frutas diferenciadas; a Peixaria da Galiléia, abastecida às segundas e quintas com uma rica opção de peixes e mariscos; a simpática lojinha Tempero do Giba, com centenas de ervas que encantam os amantes da cozinha; o café de Cristina; e a Dona Flor Tabacaria. Conversando com Jorge, ele me disse do prazer de resgatar as compras em feiras, desde o tomate adequado para aquele molho, até um açafrão especial; das variedades de arroz selvagem de Olivier Anquier até as mais diversas carnes defumadas; azeites, azeitonas. En m, comprar pode deixar de ser um tédio. Com atendimento personalizado. Além do mote cultural a Casa é uma viagem de sabores. ores. E detalhe, é no Bar do Mercado que você encontra ra os autênticos sanduíches de mortadela e de pernil, nil, iguais aos que podem m ser saboreados noo Mercado Municipal de São Paulo. Serviço: Mercado Municipal W3 Sul, Quadra 509 Tel: (61) 3244.0639 65


MUNDO ANIMAL

A mania que não incomoda! Nem ao vizinho... Silenciosos, pequenos e coloridos, os peixes ornamentais de água doce trazem a alegria em qualquer idade e classe econômica

Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Alexandro Sousa Brasília é uma das cidades brasileiras que tem o m² mais valorizado, principalmente no Plano Piloto, onde os espaços residenciais são em sua maioria apartamentos. Essa redução no espaço físico e a vida corrida dificultam a criação de animais. A solução encontrada por muitos é o aquarismo. Ter um ou mais peixinhos pode ser mais simples do que você imagina. Já que, no caso de alguns peixes, como o beta, basta um recipiente apropriado e água para ter um aquário. Mas é necessário procurar orientação profissional para que o animalzinho não morra. Um erro muito comum é mandar fazer o aquário em vidraçarias, é mais barato, mas a cola utilizada é tóxica para os peixes. Logo o barato vai sair caro! Cristy Andros Juscelino, de 20 anos, morador de Sobradinho e técnico em informática, é aquarista há cinco anos. Ele conta como teve início sua paixão: “ganhei um peixinho em uma gincana, como ele veio num saco plástico, precisei comprar um aquário, de lá para cá não parei mais. Eu comecei com um, em pouco tempo eram dois. Resolvi parar no terceiro aquário. Criar peixes é como um vício, você sempre quer mais um pouco, sem contar a terapia que fazemos ao ficar ali parado, só observando

66

o impecável balé dessas criaturinhas”. O jovem gostou tanto da experiência que passou a dar nomes aos peixes. “Eu tive um que era especial, da espécie ‘molinésia balão’, o nome dele era Bolinha”. A criação de peixes tem sido usada como terapia, mães com filhos hiperativos ou muito agitados costumam comprar aquários, pois, apesar do aspecto frágil do objeto, a simples presença dele no ambiente desperta curiosidade e, consequentemente, a diminuição de atividades barulhentas ou bruscas. Como relata Sonia Augusta Sanches, moradora do Lago Norte e mãe de Rogério Silva Sanches, de nove anos: “meu filho era uma espoleta, eu até pensei que ele iria quebrar o aquário, mas me surpreendi. Ele ficava mais de meia hora olhando os peixes. Acho que esse hábito ajudou no comportamento, pois ele parou de gritar e não corre tanto como antes”.

O aquarismo, além de uma atividade divertida e relativamente de baixo custo, não incomoda aos vizinhos, pois não tem barulho, não deixa sujeira nas calçadas e também não solta pêlos. É ideal para quem tem alergia e não tem muito tempo, pois hoje existem equipamentos que administram tanto a iluminação como a alimentação dos peixes, como explica Fabrício Fernando Zaia, proprietário da Zaiaquários. “A tecnologia avançou muito e, no aquariofilismo, não é diferente, hoje temos dispositivos que permitem que o criador viaje e fique fora até um mês, sem se preocupar com seus animais”. Segundo o profissional, que também é criador, as pessoas têm uma idéia equivocada sobre como cuidar de peixes. “Muitos acham que se viajarem, os animais vão morrer, não é assim, basta ter os equipamentos necessários para a manutenção”. Em Brasília há


pouco mais de meia dúzia de lojas com credibilidade e muitos anos no mercado de peixes ornamentais. “A confiança do cliente é conquistada aos poucos, eles vêm, olham, namoram, aí, quando resolvem comprar, querem a garantia de que o animal não vai morrer, por isso trabalhamos com bons fornecedores e matrizes de primeira qualidade”, afirmou Fabrício. É importante ressaltar a existência de um órgão que regula e fiscaliza a venda de peixes, o Ibama. Fabrício, que compra de São Paulo ou do Rio de Janeiro, afirma que assim que os animais chegam ao aeroporto, os fiscais da Receita Federal e do Ibama já abrem as caixas para conferir se não há irregularidades, como peixes que têm a venda proibida. “É mais fácil para o comprador estrangeiro comprar peixes proibidos, como o cascudo tigre da Amazônia, do que nós aqui do Brasil, porque a fiscalização é ferrenha e a multa é alta se tentarmos comercializar a espécie”. Parece simples, mas o mercado de peixes no Distrito Federal e no Brasil, de um modo geral, é concorrido. Algumas espécies são mais valorizadas e têm sua cotação e venda acompanhadas de perto pelos órgãos competentes. “É importante esse acompanhamento, porque existe muita gente irresponsável que só visa o lucro, aí o cliente, que é um leigo no assunto, vê um aquário montado, aparentemente saudável e bonito, compra e, pouco tempo depois, vê seu dinheiro ir pelo ralo. Os peixes morrem, pois são animais com um nível de estresse alto, comumente expostos a condições inadequadas, como excesso de luz, temperatura imprópria e sem procedência definida, não raramente, doentes”, conclui Fabrício.

UM HOBBY QUE QUASE SEMPRE VIRA MANIA No início é só um hobby e aos poucos vai se transformando em uma mania. Fabrício fala desse comportamento: “a criação alcança estágios comuns em qualquer faixa etária, desde a criança até os mais vividos. A maioria começa com um pequeno aquário, entre 30 e 50 litros. Normalmente, são aquários comunitários – abrigam várias espécies de peixes”. Fabrício, que também é aquariofilista, iniciou seu empreendimento na área de produtos agropecuários há 26 anos, como a procura pelos animais se tornou expressiva, o jeito foi se especializar ainda mais. “Os peixes são a melhor alternativa para famílias que não têm tanto espaço, mas é importante ter alguns cuidados como não comprar por impulso, só misturar espécies que têm o mesmo tipo de comportamento, escolher um local adequado para o aquário, ter uma boa bomba, que hoje também são filtros, e de preferência usar plantas naturais”. O criador fala também da evolução natural que ocorre com o aquariofilista. “A criação normalmente nasce pelo encantamento, mas aos poucos se transforma em paixão. “As pessoas vêm aqui sem saber o que querem, como a variedade de peixes é grande, ficam ‘doidas’, desejam colocar vários peixes juntos e, por não entenderem, às vezes querem misturar espécies que vivem em águas com PH diferente, aí cabe a nós orientá-los corretamente”.

FIQUE LIGADO! O recomendável é que o aquário seja um recipiente de vidro transparente para facilitar a visualização. Ele deve ser montado em cima de um móvel sólido, de preferência em local que não tome luz solar direta e a uma altura do chão que seja agradável de olhar. Quanto maior o aquário, mais caro ele vai custar e também o equipamento que vai dentro dele. Mas, quanto maior o aquário, mais fácil estabilizar sua biologia. Já um aquário pequeno é mais fácil de limpar. A primeira compra é sempre cara, mais ou menos R$ 300. Os produtos para manutenção da água duram meses, já a ração, dependendo do tamanho e quantidade de animais, dura um mês. Os peixes de água doce, dependendo da escolha das espécies, podem custar entre R$ 4 e R$ 40 o casal. Serviço: Zaiaquarios SHCGN, 710 Bl. G Lj. 63 Asa Norte - Brasília - DF Tel: (61) 3033.3323/3033.2313 www.zaiaquarios.com.br

As pessoas começam a criar os peixes, aí o interesse aumenta, logo estão pesquisando sobre o assunto, melhorando seus equipamentos e conseguem até a reprodução de seus peixes. Como relata Fabrício, “espécies como guppyes, molinésia e platis se reproduzem com facilidade; eu tenho clientes que me vendem peixes”.

67


JORNALISTA APRENDIZ Por Lívia Faria Fotos Paula Biasi

um s que i a m sília é bem a r l a B g e m l ais e ade i At i v i d a p r o f i s s i o n ar bico p

68

Brasiliense é vitima da ação dos cambistas no Distrito Federal, a prática ilegal acontece tranquilamente na entrada da maioria de eventos como shows e jogos de futebol da cidade. Muitas vezes, mesmo com policiamento no local, não há nenhum tipo de fiscalização, a maioria dos vendedores clandestinos consegue esgotar os ingressos até o início dos eventos. A fiscalização deveria ser feita pela Agefis (Agência de Fiscalização do Distrito Federal). Felipe da Costa, 23 anos, é estudante do último semestre de marketing e atua como cambista há 14 anos. Também trabalha como gerente de uma empresa e confessa que sabe que a prática é ilegal, mais trabalha na venda de ingressos para ajudar a sustentar a família. “Consigo os ingressos comprando na bilheteria ou antecipado, por exemplo, no primeiro lote compro por R$ 25 e no dia do show ou do jogo vendo por R$ 40 reais, é assim que nós fazemos dinheiro”, afirma. Felipe conta que muitas vezes consegue ingressos com funcionários que trabalham na Câmara dos Deputados, “eles ganham os ingressos de empresas e vendem para nós. Reclamam do nosso trabalho, mas nos acostumam assim”. Grande parte desses vendedores trabalha sozinho, ou no máximo em grupos de três, o investimento é com o dinheiro obtido e o lucro varia de R$ 500 a R$ 2 mil reais, dependendo do evento. Em entrevista, muitos confessam que exercem outras profissões e atuam como cambista para ajudar no orçamento.


“Aqui não existe nenhuma fiscalização. No Rio de Janeiro e em São Paulo a polícia chega, bate e leva dinheiro. A polícia de Brasília é muito educada, eles até compram ingressos com a gente” Afirmam ainda que hoje o lucro no câmbio ilegal é bem menor, muita gente começou a trabalhar nesse ramo depois que foi proibida a circulação de vans em Brasília, anunciada pela secretaria de Transporte do Distrito Federal, parte das pessoas que vendiam vale transporte ou atuavam como cobradores, agora trabalham como cambistas. Os vendedores clandestinos chegam a fazer de três a quatro eventos por semana. “Aqui não existe nenhuma fiscalização. No Rio de Janeiro e em São Paulo a polícia chega, bate e leva o dinheiro. A polícia de Brasília é muito educada, eles até compram ingressos com a gente,” relata Felipe. Em projeto de lei para o Estatuto do Torcedor, assinado dia 13/03/2009 pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, está previsto que revender ingressos por preço superior ao normal é crime. Os cambistas poderão pegar de um a dois anos de prisão e ainda pagar multa. Para o assistente de produção João Felipe Alves, representante

da empresa Monday Monday o destino dos ingressos é incerto. “Não há controle da polícia na ação dos cambistas, até porque onde eles costumam atuar é área pública, não sabemos ao certo os pontos de vendas feitos por eles.” A empresa garante que tenta algumas alternativas para evitar a ação dos vendedores clandestinos, faixas com alerta são fixadas próximo a bilheteria, assim tentam evitar a compra de ingressos nas mãos dos cambistas. A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 3755/08, do deputado Deley (PSC-RJ), que tipifica como crime contra a economia popular a prática de venda de ingressos para eventos esportivos ou culturais por preços superiores aos fixados pelas entidades promotoras. As penas previstas vão variar de um a quatro anos de prisão ou multa que corresponde a 100 vezes o valor do ingresso. O secretário da Ordem Pública e Social, Roberto Giffone, esclarece que a inspeção está centralizada dentro da Agência de Fiscalização Econômica, “hoje

nós não temos ainda uma ação que tenha sido definida para coibir esse tipo de prática, começamos a montar essa estratégia agora a partir da criação da secretaria de Estado e Ordem Publica Social e também de uma força de trabalho que está definindo a formatação para a repressão desse tipo de procedimento,” destaca. Giffone garante que nunca ouve um combate efetivo, mas que com a abertura da nova secretaria o governo vai tomar medidas para restringir a venda dos ingressos de forma clandestina principalmente pela vinda da Copa de 2014. Enquanto o governo se articula para tomar providências, várias pessoas já foram prejudicadas, ou por terem que pagar mais caro pelo ingresso ou até mesmo pela compra de ingressos falsificados, é o caso da estudante de fisioterapia Ludymilla Mendes, “comprei um ingresso na porta do show do Cesar Menotti e Fabiano, quando entrei os seguranças me avisaram que meu ingresso era falso e que eu não poderia entrar no show, tentei pegar meu dinheiro de volta com o cambista, mas não adiantou. Fiquei no prejuízo.” Serviço: Uniceub Coordenador Responsável: Manoel Henrique T. Moreira Campus CEUB, SEPN 707/907 Asa Norte, Brasília - DF Tel: (61) 3966.1385/3966.1384

69


MÚSICA

Levar a vida cantando. Está é a receita para retardar o envelhecimento e conservar a saúde na melhor idade Por Luciana Vasconcelos Reis Arte Alexandro Sousa A sociedade contemporânea vive numa época conturbada, o que dificulta ouvirmos nossa “orquestra” interior: os sons produzidos através da nossa respiração, batimentos cardíacos, nossos sons viscerais. Uma verdadeira sintonia dos mais variados ritmos. Carmela Rebuá de Mattos com certeza tem sensibilidade e talento para ouvi-los. Aos 82 anos, lançou seu primeiro CD, mas não pense que foi uma aventura como a de tantos que não têm talento. Muito pelo contrário. O coração da nova cantora é embalado por ritmos e notas musicais desde a infância. Aos quatro anos de idade ela já era influenciada pela família, a mãe tocava bandolim e piano, e o pai era clarinetista. Sem contar o avô italiano, que importava de Buenos Aires óperas escolhidas a dedo só para ouvir a neta treinar a voz. Nascida em Miranda, Mato Grosso do Sul, a cantora que é católica praticante, respira melodia: “sempre cantei nos corais das igrejas; só parei quando casei e tive filhos”, relatou. Carmela sempre gostou de cantar valsas e cantigas, entrou ano, saiu ano e ela firme nas vibrantes sete notas. Como diz o dito popular ‘recordar é viver’. E reviver boas lembranças e músicas de um passado artístico é o que Carmela faz brincando, quer dizer, cantando. O lançamento do CD no mês de junho foi um sucesso! Duzentos convidados foram ouvir a firme e marcante voz da matriarca da família Dó Ré Mi, que aprendeu a tocar violão aos 14 anos, com seu tio Nicola Canale. “Tocar me proporcionou grande desenvolvimento no canto, pois passei a me acompanhar” afirmou.

70


Foto: Moreno

A melodia exala dos poros dessa mulher que, ainda na infância, tinha sede pelos acordes. Quando não estava cantando ou tocando, estava encenando. Aos sete anos, Carmela já era protagonista de peças de teatro promovidas por sua irmã “Quiqueta” (Maria Henriqueta), que na época tinha apenas 12 anos. A cantora que não conseguia viver sem a música arranjou logo um par sob medida para levar a vida nos embalos sinfônicos, o pianista Joaquim Francisco de Mattos. Recém chegado à cidade de Miranda, ele, sem opção para fazer o que mais gostava: tocar piano, encontrou na casa de Carmela o refúgio e reforço desejado; pois além de a casa ser de musicistas, tinha uma bela e talentosa jovem. A partir daí o sentimento só se intensificou, resultando em casamento, é claro! “Na primeira vez que ele esteve na minha casa, abriu o piano e tocou A Maré Encheu de Villa- Lobos”, recorda Carmela. Ela, que é de uma grande família, também optou por ter uma família grande. Casou-se com Joaquim aos 24 anos e teve sete filhos. Imagine qual a profissão deles? Simplesmente, três pianistas, uma violinista, um violoncelista, um flautista e o caçula? Ele não fugiu à regra: comanda o violino. Agora, depois que deram frutos, ela realiza seu sonho: gravar um CD com músicas tradicionais dos lugares por onde passou antes de chegar a Capital. Vale ressaltar que apesar da pequena pausa para que os filhos crescessem um pouco mais, Carmela não deixou de cantar nas igrejas e hospitais e de tocar um dos três pianos existentes em sua casa no Lago Norte. A residência já teve suas portas abertas para grandes saraus com apresentações dos músicos da família. O imóvel, repleto de partitura e instrumentos musicais, combina com esta doce senhora, que parece bailar regida pela atenta e ritmada baqueta do maestro. Sem dúvida, a casa tem a cara dos donos, que nunca saem do ritmo. Foi pensando em ritmo, lembranças e talento que Alda Mattos, filha mais velha de Carmela, incentivou sua mãe e companheira de canto nas apresentações no Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte, a gravar as músicas que além de reviver lindas lembranças, regatam históricas canções, quase esquecidas em nossos dias.

Só no HUB Carmela cantou por cinco anos. Nas igrejas ela é figura carimbada. E este foi o local escolhido para lançar seu trabalho. Armada com microfone e munida com afinada voz, ela deu um show na igreja Nossa Senhora do Lago, apresentando algumas das 16 músicas do CD. Ao longo de quatro anos foram gravadas 37 canções, o difícil foi escolher quais iriam para o CD, já que todas fazem parte do repertório de Carmela há décadas. Para chegar à perfeição, leva tempo! A cantora optou por gravar músicas que estão se perdendo na memória popular. “A primeira música que aprendi no violão foi Sertaneja, que hoje quase ninguém sabe mais”, afirmou. A família investiu pesado na realização do projeto. Compraram mesa de gravação, cantaram e tocaram em frente! Até o neto Camillo Righini contribuiu, fez uma arte especial para o encarte do CD. Cada música evoca uma lembrança, como, por exemplo, a valsa Pisando Corações, que remete à Copa do Mundo de 1938. Com seu tio Nicola Canale Carmela iniciou o dedilhar no violão, nessa época, ela tinha seus 14 anos. A experiência proporcionou grande desenvolvimento no canto, pois passou a se acompanhar. E hoje, apesar da ‘maior idade’, Carmela continua sentindo prazer em cantar, é como uma ‘cigarra’ leva a vida cantando, isto é, sem medo de errar, uma de suas atividades preferidas. Atualmente, ela treina a voz no coral da paróquia Pai Nosso, no Lago Norte e se apresenta com o grupo em missas especiais. A obra Enquanto Houver Saudade tem um repertório que faz parte tanto da história da música brasileira popular, quanto da musica semierudita. Há sucessos como Na Serra da Mantiqueira, Deusa do Maracanã, Devolve, Pisando Corações, Minha Canção de Amor e Meus Amores, Noite de São João, Minha Terra, Uirapuru e Tamba-Tajá, Minha Terra Tem Palmeiras, Azulão, Casa de Caboclo, Na Minha Terra Tem. São canções compostas em sua maioria na década de 30, quando os temas eram o amor e suas desilusões ou o ufanismo típico da época. A coletânea foi baseada na partitura original para canto e piano e procurou reportar uma época em que o piano era o principal instrumento musical. O intuito foi reviver a acústica dos ambientes daquele tempo. E-mail: carmelarebuademattos@gmail.com

71


PROPAGANDA & MARKETING o objetivo de fomentar a exportação brasileira nas regiões da Europa, América e Ásia, além de ser coordenada por uma Federação, a FENADVB. Com sede em São Paulo, a federação foi criada com o objetivo de congregar, fortalecer e contribuir com as atividades das ADVBs a liadas, integrando e difundindo as melhores práticas.

ADVB-DF incentiva o desenvolvimento das empresas de Brasília Por Newton Garcia Fotos Acervo A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil chegou a Brasília em 2007, com o objetivo de investir em capacitação de pessoal para empresas da região do Distrito Federal e entorno, além de criar rede de relacionamento e fomentar novos negócios. Toda a diretoria da ADVB-DF sempre esteve empenhada a construir não apenas mais uma associação, mas sim um legado para a cidade de Brasília, estimulando as empresas a se aperfeiçoar e ser tão competitivas como as grandes companhias brasileiras. O incentivo criado pela ADVB foi premiar os melhores cases do DF, com isso houve a integração de dois prêmios, o Top de Vendas e o Top de Marketing, e foi lançado o prêmio Top de Vendas e Marketing 2009. 72

Esta premiação é muito importante para o empresariado de Brasília. Consagraremos as melhores estratégias de marketing e vendas de empresas da cidade, mostrando outros setores da capital além da política. Aqui temos um polo empreendedor muito forte e competitivo. O Top de Vendas e Marketing contribui para que os nomes dessas instituições conquistem mercados cada vez mais amplos. A iniciativa estimula a produção de cases do Distrito Federal e entorno, por meio de ação e divulgação daqueles que demonstram ter utilizado, com maior propriedade, todas as ferramentas de vendas e marketing. O prêmio busca reconhecer empresas que superam suas metas e transformam-se em casos de sucesso, com grandes exemplos para o mercado. Atualmente, a Associação possui 17 entidades com representações no território nacional, e ainda, sedes em Portugal, Estados Unidos e Japão, com

Marketing e vendas estão atrelados em ações de toda empresa, e a sua sobrevivência depende de boas ações destas áreas. A ADVB-DF agrega pro ssionais de diversas áreas e segmentos, (indústria, comércio ou serviços). A ADVBDF tem desenvolvido fóruns, palestras, Workshops, além de promover vários debates com temas relevantes como sustentabilidade, turismo etc., e sempre reúne pessoas representativas de todos os segmentos, mostrando ao mercado que essas iniciativas são importantes para o aprimoramento pro ssional dos seus associados e pro ssionais. Já está planejado, para o segundo semestre, aqui em Brasília, o 2° Fórum As Grandes Sacadas de Marketing, uma iniciativa do Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam), presidido pelo administrador de empresas e consultor Lívio Giosa. Esse prêmio tem como objetivo apresentar as empresas que se destacaram no mercado e divulgar as melhores estratégias de marketing. A organização do Fórum é da ADVB-DF.

“Marketing e vendas estão atrelados em ações de toda empresa, e a sua sobrevivência depende de boas ações destas áreas” Newton Garcia Presidente da ADVB-DF



TÁ LENDO O QUÊ?

Anapaula Cunha Gerente de Marketing do Brasília Shopping

Chico Leite Deputado Distrital (PT-DF)

Sandra Costa Sócia Diretora Técnica do Laboratório Sabin

José Luiz da Silva Valente Secretário de Estado da Educação do Distrito Federal

Tenho o hábito de ler vários livros simultaneamente. Acabo de nalizar a leitura de um que me chamou muito a atenção: O menino do pijama listrado. No livro, o holocausto é contado por um menino de nove anos. Os personagens históricos são descortinados lentamente, de maneira indireta.

A obra apresenta, em narrativa não linear, os primeiros 33 anos de vida do primeiro negro a tornar-se presidente dos EUA. O livro, escrito em meados da década de noventa, revela o lado mais humano de Obama e começa com um telefonema informando a morte de seu pai em um acidente de carro no Quênia. “Naquele momento, o meu pai ainda permanecia um mito para mim”. Obama não era um político famoso na época em que escreveu o livro. Talvez por isso tenha podido falar mais abertamente sobre a relação com seus pais separados, a maneira como foi criado pelos avós maternos e irmãos quenianos. A vida de Obama é inspiradora não somente por retratar um exemplo de carreira política, mas por revelar com franqueza a personalidade do homem mais poderoso do mundo, suas inseguranças, fragilidades, medos e virtudes. A origem dos meus sonhos Autor: Barack Obama Editora: Gente

O livro de negócios que li recentemente e recomendo é o Se Disney Administrasse seu Hospital, do autor Fred Lee, que reúne sua experiência como executivo em hospitais e uma passagem pelas organizações Disney. O autor conseguiu, com um enorme senso de observação, mostrar que as empresas que prestam um atendimento atencioso e singular geram lealdade e admiração por parte dos clientes. Ao traçar este paralelo, ele mostra que, independentemente do negócio, as pessoas querem ser tratadas de forma atenciosa e única e sempre darão o retorno às organizações que lhes dedicarem este comportamento tão escasso hoje em dia. Nenhum grupo projeta e treina baseado nas necessidades e desejos individuais melhor do que a organização Disney e nada melhor do que trazer este modelo para nossas empresas.

Estou com dois livros em destaque no momento. Um por interesse pro ssional e outro por deleite pessoal. Um deles é o Da Violência, de Hannah Arendt, uma das mais importantes pensadoras do século XX. De família judia nascida na Alemanha, se radicou nos EUA com a ascensão do nazismo. Este é uma investigação sobre a natureza e as causas da violência. Apesar de escrito em 1968, sua atualidade é inquestionável. Trata do caráter instrumental da violência, que junto a poder e autoridade formam conceitos essenciais para compreensão da política.

O autor reserva várias surpresas ao longo da trama para mostrar a rixa entre judeus e arianos de maneira suave e infantil. Apesar de relatar um período já superado da nossa história, o livro faz com que re itamos sobre as divergências entre raças e povos. Vivemos, ainda hoje, tempos de desencontros e de desrespeito para com o próximo. A discussão proposta pelo livro permanece mais do que atual. O Menino do pijama listrado Autor: John Boyne Tradutor: Augusto Pacheco Calil Editora: Companhia das Letras

74

Se Disney Administrasse seu Hospital Autor: Fred Lee Editora: Bookman

Elegi este livro para saber mais sobre os tempos atuais sob a égide do terrorismo e, também, para melhor empreender a Política de Cultura da Paz que desenvolvemos junto às escolas do DF . Da Violência Autor: Hannah Arendt Editora: Editora da UnB



FRASES

“Uma das coisas mais sensuais que já passou na televisão era aquela bispa da Igreja Renascer (Sônia Ernandes). Em suas pregações usava um vestido vermelho, extremamente decotado e parecia que estava tendo um orgasmo. Ela trepava com Deus ao vivo e a cores”.

“O presidente Sarney tem duas escolhas: romper com essa gente ou cair com essa gente”. Arthur Virgílio “Uma das atitudes da águia, utilizadas durante o vôo e que pode ser aplicada em sua vida é possuir senso de oportunidade para perceber o momento certo”. Amauri Nóbrega “Dupla delícia. O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. Mário Quintana “Aquele que comete loucuras de amor jamais merecerá um manicômio, pois estará gozando de saúde e da mais plena consciência”. Ivan Teorilang

76

A maior vantagem da comida macrobiótica é que, por mais que você coma, por mais que encha o estômago, está sempre perfeitamente subalimentado”. Millôr Fernandes “No Brasil, a in delidade partidária não tem motivação ideológica. Pior: é 100% nanciada pelo dé cit público”. Josias de Souza “Em casa de enforcado, não se fala em corda (...)”. Fernando Henrique Cardoso, em sua primeira visita ao Senado, pós-mandato presidencial. “É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar”. Jean Jacques Rousseau


JUSTIÇA JUSTIÇA

Roberto Policarpo

Clube do Servidor, um espaço à cidadania No mês de junho, o Sindjus recebeu, ao lado da Advocacia-Geral da União, a cessão para administrar o Clube do Servidor, um dos locais mais badalados de Brasília na década de 80. Só que há mais de dez anos o local que foi palco de grandes nomes da nossa música e de eventos políticos e sociais de grande repercussão foi entregue ao descaso. A estrutura se deteriorou com a falta de manutenção, a ação elétrica não existe mais, as in ltrações destruíram parte do telhado, vidros foram quebrados, quadras e piscinas foram destruídas. O glamour cedeu espaço ao mato e à sujeira. Querendo colocar um basta nessa situação de abandono, desde o ofício nº 135, de 03 de março de 2005, encaminhado ao ministro Interino do Planejamento e Gestão, Nelson Machado, o Sindjus lutou pela administração do clube. Participar dessa administração faz parte do projeto de valorização permanente do servidor público desenvolvido pelo sindicato, objetivando a formação de uma cultura voltada ao universo do funcionalismo. E essa cultura é forjada a partir da sedimentação de atividades de caráter social, aperfeiçoamento pro ssional e cultural para os servidores públicos. Esta cessão em muito contribuirá para esse projeto no intuito de que permitirá a recuperação do espaço físico, envolvendo muitas obras que possibilitarão transformar esse ambiente em um clube recreativo, em um pólo cultural e em um centro de treinamento

de servidores. Deste modo, o trabalhador poderá repousar, divertir-se, recrear-se, entreter-se e aprimorar sua formação num mesmo espaço. Vivemos hoje em um mundo resignado, sem autocrítica, habituado a um ritmo de velocidade em que não há tempo para re exões. A vida transcorre num regime apressado, com atividades cronometradas. Neste contexto, o ócio deve trazer uma percepção de realidade, pensado como uma questão de autoconhecimento e autodeterminação. O Sindjus, por meio da recuperação deste clube, quer consolidar o direito que os servidores têm de usufruir de um espaço para preencher seu tempo livre, para conviver com sua comunidade, para se desenvolver física e intelectualmente. Sendo assim, o Clube do Servidor será voltado para a fomentação da cidadania a partir de seus freqüentadores. Embora o nosso sindicato atue em favor dos trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal, está em estudo um modelo de gestão que democratize o acesso ao clube para diversas categorias de servidores, abrangendo um público de 130 mil pessoas. O clube passa a ser visto como um espaço transformador, um espaço de desenvolvimento humano, um espaço à cidadania. A expectativa é de que o projeto não mude somente esse clube, mas a vida esportiva, cultural e social de Brasília.

Não tenho dúvida de que a partir da solenidade, que reuniu representantes do Poder Público e da sociedade civil, deu-se início ao aprimoramento da qualidade de vida dos brasilienses. A nal, temos consciência da importância que o Clube do Servidor pode assumir na construção de relações sociais mais saudáveis e humanas, tornando-se um importante instrumento de democratização do direito ao esporte, ao lazer, à cultura, à saúde, à formação. Brasília tem um clima favorável à cultura dos clubes e um povo plenamente identi cado com os valores intrínsecos ao universo que este tipo de espaço permite. Contudo, há um longo caminho a percorrer. Além dos espaços destinados ao lazer, ao ócio, ao entretenimento, precisamos criar uma estrutura adequada para promover atividades que visem à valorização e a digni cação da função pública e do servidor público; desenvolvendo um programa permanente de formação do servidor público, no qual se faça presente a atualização e especialização das mais diversas categorias. Às vésperas do cinqüentenário da capital da República, a revitalização do Clube do Servidor, pensada a partir de uma cultura de cidadania, pode ser encarada como a retomada da identidade de Brasília, edi cada no servidor público. Policarpo, é coordenador-geral do Sindjus e autor do blog www.blogdopolicarpo.com.br 77


DIZ AÍ MANÉ!

ou... coisas do “outro mundo...” ”O pai de D. Pedro II era D, Pedro I e de D. Pedro I era o Dom Pedro Zero” “Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe econômica” “O índice de fecundidade deve ser igual a 2 pra garantir a reprodução das espécies pois precisa-se de um macho e uma fêmea pra fazer o bebê. Pode ser até 3 ou 4, mas bastam 2 “Em 2020, a previdência não terá mais dinheiro para pagar os aposentados graças à quantidade de velhos que se recusam a morrer”

78

“Quando o olho vê ele num sabe

“Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros”

o que tá vendo, ele manda uma foto

“O teste do carbono 14 nos permite saber se antigamente alguém morreu”

“Uma linha reta deixa de ser reta

“Nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, vermelhos e até verdes” “O metro é a décima milionésima parte do quarto do meridiano terrestre e pro cálculo dar certo arredondaram a Terra” “O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe porque não escuta mais nada”

elétrica pro cérebro que explica pra ele”

quando pega uma curva” “Lenini e Stalone eram grandes guras do comunismo da Rússia” “O sul foi colocado embaixo do norte porque é mais cômodo” “Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes”



PONTO DE VISTA

Estefânia Viveiros

Em defesa da cidadania e do Poder Judiciário Em campanha publicitária lançada recentemente, a Ordem dos Advogados do Brasil faz uma indagação: “Nós estamos fazendo nossa parte. E você?”. A frase está estampada no alto de um cartaz com a foto de uma multidão reunida na Esplanada dos Ministérios. A imagem foi feita no dia 6 de maio deste ano, durante a Marcha em Defesa da Cidadania e do Poder Judiciário, movimento organizado pela OAB contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 351/09 (antiga PEC 12). A chamada “PEC do Calote” foi aprovada pelo Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta xa um limite anual para o repasse devido por estados e municípios para o pagamento de precatórios, aquelas dívidas reconhecidas pela Justiça de quem ganhou ações movidas contra o poder público e ainda não recebeu. Pelo projeto, o pagamento caria limitado a 2% da receita líquida para estados e 1,5% para municípios. Essa limitação praticamente inviabilizaria o pagamento das dívidas, daí o apelido de proposta caloteira. Hoje, o Executivo é obrigado por lei a destinar, no mínimo, 1% da receita corrente líquida para quitar os precatórios. Mesmo assim, nenhum estado ou município paga mais do que 1%. Sem contar com os que simplesmente não pagam. No Distrito Federal, leva-se em média duas décadas para se receber um precatório vencido. A dívida bruta do Executivo local já está em R$ 2,7 bilhões e condena ao esquecimento 40 mil credores. São, na maioria das vezes, funcionários públicos, pessoas de idade, aposentados e pensionistas, gente que não tem tempo a perder. Para se ter uma idéia do abuso sugerido na PEC, imagine a seguinte situação: Um carro o cial acidentalmente bate no veículo de um cidadão comum. Este, para 80

ter os seus direitos garantidos, ajuíza uma ação na Justiça em busca da reparação dos danos. O Poder Judiciário decide favoravelmente ao cidadão comum. Sabe quando ele receberá a indenização? Em um período entre 70 e 100 anos, segundo cálculos feitos pela OAB com base na verba repassada pelos estados. Ou seja, o cializa-se o calote. O Executivo assume institucionalmente uma posição voltada a di cultar ainda mais o recebimento das dívidas contraídas. Está correto o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, quando culpa o Estado por aumentar o risco do País na captação de investimentos. “Qual investidor estrangeiro acreditaria em um país em que o calote é o cializado e previsto na Constituição?”, questionou Britto, durante a marcha realizada em 6 de maio. Vale a pena destacar: estamos falando do mesmo Estado implacável no recebimento do que lhe é devido quando está na posição de credor. Outro mecanismo nocivo presente na proposta é a realização de leilões de deságios, onde são pagos em primeiro lugar os credores que oferecerem os maiores descontos em suas dívidas. Ora, a Ordem dos Advogados do Brasil não pode aceitar qualquer procedimento dessa natureza. Além de desmoralizante para o Poder Judiciário, pode ser alvo de novos questionamentos judiciais, atrasando ainda mais a la de dívidas contra o Poder Público. Criar condições para os credores aceitarem descontos na esperança de receberem logo o dinheiro chega a ser desumano. O presidente da Comissão de Precatórios da OAB/DF, advogado Marcos Resende, tem conhecimento de causa quando diz que o número de pessoas que morrem na la dos precatórios

sem receber é muito grande. “Isso é uma violência que chega a resvalar na questão dos Direitos Humanos”, a rma. Por essas razões, a Ordem faz a provocação: “Nós estamos fazendo nossa parte. E você?”. Trata-se de um convite para sociedade brasileira se juntar a nós nesse movimento contra a “PEC do Calote”. Convença o seu deputado federal a votar contra ela. A OAB/DF está fazendo a sua parte. Promovemos uma audiência pública sobre a questão, auxiliamos a organizar a marcha nacional contra o calote e, em abril e maio, realizamos quatro reuniões na tentativa de solucionar o pagamento das dívidas dos credores brasilienses. A solução pode estar em um acordo intermediado por nós com representantes da Justiça, instituições nanceiras e Governo do Distrito Federal, que tem mostrado vontade política para resolver o problema, diga-se de passagem. A ideia em discussão é que os bancos antecipem aos credores os valores devidos e tenham a garantia do ressarcimento por meio de um convênio rmado entre o GDF e os tribunais. Seriam objeto do convênio precatórios expedidos entre 1995 – onde a la está hoje – e julho de 2007. O governo do DF faria o repasse dos recursos para os tribunais – 1% da receita líquida – e os tribunais ressarciriam os bancos pela antecipação do valor do precatório aos credores. Diante da segurança jurídica da negociação, as instituições nanceiras poderiam praticar juros mais baixos do que os disponíveis no mercado para emprestar o dinheiro. Seria uma forma de garantir ao cidadão o que lhe é devido. O nosso interesse é resolver essa situação e fazer com que as decisões judiciais sejam efetivamente cumpridas. Nos ajude, juntos podemos vencer esse desa o.



CHARGE

Eixo Monumental FĂşria Alvinegra

82



Para chegar aonde quer seu filho precisa dar os passos certos.

www.inei.com.br

Lago Sul SHIS QI 07 conj. 17 lote F CEP: 71615-370 Tels: (61) 3248-2450/3248-2600 Fax: (61) 3248-2450

Asa Norte SGAN Quadra 606 Módulo A Área Especial CEP: 70840-060 Tels: (61) 3349-7666/3349-1088 Fax: (61) 3340-4094


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.