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Ano XVII • Nº 208 • Dezembro 2016 • R$ 15,00
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ENTREVISTA Leonardo Castelo conta como a Ecoville usa embalagens para enfrentar as gigantes da limpeza
EQUIPAMENTOS Selmi investe em nova linha para sua fábrica de biscoitos
Possível fim do descarte Avançam pesquisas para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis e até mesmo comestíveis
DOCUMENTO ESPECIAL
CONHEÇA OS VENCEDORES DO PRÊMIO GRANDES CASES DE EMBALAGEM 2016
Editorial UMA CONVERSA COM O LEITOR
Também vamos em frente Todos os anos,
nesta época, as pessoas e as empresas costumam fazer balanços do que foram os doze meses anteriores e do que elas próprias fizeram e deixaram fazer, certo e errado. Fazem então projeções e planos para os doze meses que virão. Fazemos o mesmo, pois acreditamos sermos parte integrante do contingente considerado normal da Humanidade. Assim, como se usa dizer, vamos em frente. Primeiramente, desejamos a todos nossos leitores, amigos e apoiadores em geral que os 365 dias vindouros sejam plenos de alegrias no campo pessoal e no do trabalho, com votos de bons negócios, segurança e desenvolvimento. Fica aqui reiterada nossa disposição de ajudá-los em tudo que estiver a nosso alcance e, repetimos, para isso basta acionar-nos. Naturalmente, esperamos contar com igual disposição da parte de todos, pois sabemos que ninguém se basta a si mesmo. Dentro dessa aspirada harmo-
nia e do espírito de reciprocidade e entendimento que a nosso ver faz o mundo andar, aproveitamos este momento de abertura de intenções para adiantar a informação de que em breve teremos a apresentar novidades relativas a nosso trabalho. De modo geral, o que se pretende anunciar de forma consolidada refere-se à estruturação de instrumentos de comunicação mais abrangentes, complementares entre si e inovadores dentro de seu campo. Da mesma forma, serão apresentados ao mercado os pormenores de uma iniciativa direcionada ao domínio e à ampliação do conhecimento em sua inserção na cadeia de valor da embalagem. Também nesse terreno específico, como nos demais em que fazemos ações, temos por norte diferenciar como superior e eficaz aos negócios nossa oferta do que hoje é disponibilizado ao mercado. Até janeiro.
Wilson Palhares
“Seguindo nosso planejamento, em breve pretendemos anunciar de forma consolidada a estruturação de instrumentos de comunicação complementares entre si, mais abrangentes e inovadores dentro de seu campo”
Edição 208 • Dezembro 2016
Sumário 3 Editorial Em breve será anunciado o lançamento de instrumentos de comunicação complementares entre si e inovadores em seu campo
© foto de capa: © Olivier Le Queinec | Dreamstime.com
6 Painel SIG Combibloc implantará gradualmente novo laminado com maior resistência • Dow oferece evolução de família de resinas de polietileno • Segundo projeto de normas da ABNT está disponível para consultas • Suzano aposta em interatividade na nuvem • Os ganhadores do Tetra Pak Design Award
10 Equipamentos Selmi investe em nova linha para sua fábrica de biscoitos, amplia capacidade produtiva e projeta aumento de participação no mercado
Reportagem de capa: O possível fim do descarte Avançam pesquisas para o desenvolvimento de embalagens plásticas biodegradáveis Por Evanildo da Silveira
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16 Biodegradáveis Boas decisões para uso de bioplásticos dependem de informações corretas Por Marcos Palhares
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58 Entrevista Leonardo Castelo, diretor geral da Ecoville, conta como a empresa catarinense de produtos de limpeza triunfou com bom uso de embalagens em vendas diretas
61 Almanaque A primeira cervejaria das Américas • O primeiro medicamento registrado no Rio Grande do Sul • Assis Chateaubriand e os 50 palitos de fósforo
20 Especial Prêmio Grandes Cases de Embalagem Os trinta cases ganhadores de troféus na edição de 2016 do Prêmio que melhora constantemente mostram o alto nível da embalagem brasileira Liner para Vácuo....................19 Estomazil................................ 20 Vigor Minions......................... 21 Elysée.......................................22 Natural One............................23 Trezevit A/B.............................24 Quintal Terra de Cores.........25 Premier Pet.............................26 Best Beef................................ 28 Poëse.......................................29 Vigor Mix.................................32 Miss White...............................33 Bonafont Kids.........................34 Farinha Láctea Nestlé...........35 Glamour Amour.....................36
Linha Danúbio....................... 38 Rum Bacardi...........................39 Bovecto...................................42 Cremes Danúbio...................43 Luiz Valduga.......................... 44 Café Nostro............................45 Amó......................................... 46 Lindoya Verão Speciali.........47 Bí-O......................................... 50 Cerveja Von Borstel.............. 51 KitKat Rubies...........................52 Café Pelé.................................53 Olinda......................................54 Coca-Cola..............................55 Oxford Porcelanas................56
Empresas que anunciam nesta edição ARclad............................................ 15 Baumgarten........................ 40 e 41 Bemis.............................................. 27 Cryovac (Sealed Air)...........30 e 31
Designful........................................ 37 Indexlabel............................48 e 49 Innovia Films....................... 2ª capa Interpack.......................................... 9
Krones............................................59 PE Latina.......................................... 7 TPA.................................................. 57
Redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br • Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br • Comercial: comercial@embalagemmarca.com.br Diretor de comercial: Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br • Gerente comercial: Roberto Inson | roberto@embalagemmarca.com.br Arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br • Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br Eventos: Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br • Circulação e assinaturas: assinaturas@embalagemmarca.com.br
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Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
Edição: Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br
CARTONADAS ASSÉPTICAS
Resistência elevada Laminado de características aprimoradas será gradualmente implantado nas caixinhas da SIG Combibloc Um novo tipo de laminado será adotado para a formação das embalagens cartonadas da SIG Combibloc. Segundo a companhia, a estrutura, denominada combibloc RS, melhora a estabilidade do sistema durante o processamento, além de aprimorar o desempenho ambiental das embalagens. Em médio prazo, o novo composto será utilizado na confecção de todas as embalagens dos modelos combibloc e combifit para produtos lácteos líquidos (LD) e bebidas não carbonatadas (NCSD) envasados nas máquinas da fornecedora. A estrutura combibloc RS é constituída por seis camadas. Em sua composição, traz um novo material que otimizaria as propriedades do papel cartão (ver infográfico). Um
polímero não identificado pela fornecedora é aplicado em duas camadas internas, tendo a função de dar robustez à estrutura. A camada externa, que recebe impressão, e a camada interna, que trava contato com o produto, também teriam sido revistas, para garantir melhores condições de gravação (“printabilidade”) e melhor selagem.
“Para os clientes, o uso da nova estrutura combibloc RS significará melhoria na robustez do sistema”, declara Norbert Garitz, Head de Gerenciamento de Tecnologia de Produto da SIG Combibloc. “O menor uso de material também reduz o peso da embalagem, garantindo um desempenho ambiental ainda mais
positivo. A pegada de carbono de cada embalagem será reduzida em até 6% numa comparação com a estrutura anterior”. De acordo com Garitz, a qualidade e a segurança da solução serão mantidas, “assim como uma ótima relação custo-benefício”. Afora a maior resistência no processamento, a estrutura mais robusta asseguraria uma maior tolerância de ajustes de máquina durante o processo, especialmente nas etapas de selagem do topo e do fundo. “As principais vantagens são a redução de paradas da máquina (downtimes) e de geração de resíduos”, explica Jannis Ochsmann, líder global de projetos de tecnologia da SIG Combibloc.
A composição da combibloc RS
CAMADA EXTERNA DE PE PAPEL CARTÃO MATERIAL “OTIMIZADOR” ALUMÍNIO MATERIAL “OTIMIZADOR” CAMADA INTERNA DE PE
Close de embalagens préformadas feitas do novo laminado combibloc RS. Maior robustez melhoraria processamento em máquina
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CELULÓSICAS
Aposta em interatividade A Suzano Papel e Celulose quer mostrar na prática os benefícios do uso de seu papel cartão TP White Plus. Numa nova ação publicitária, criada pela Dim&Canzian, o material dá forma a caixas de perfume, bombons, medicamento e coloração para cabelo. Os recipientes contêm um dispositivo de som que convida o público a baixar um aplicativo, para smartphones e tablets, que fornece informações e estimula o relacionamento com a marca. O programa traz um recurso de realidade aumentada que permite interagir com as embalagens, apontando atributos do substrato. Oferece, ainda, uma calculadora de aproveitamento de papel. Embalagens com aviso sonoro levam a aplicativo para promover atributos de papel cartão
IMPRESSÃO
Mais uma em direta Vem do Japão mais uma solução para estimular a decoração direta de embalagens. A Mimaki anunciou o lançamento de periféricos que possibilitam que algumas de suas impressoras inkjet UV realizem gravações diretamente em objetos cilíndricos. Os acessórios, denominados Kebab MkII e Kebab MkII L, podem ser instalados nas impressoras UJF-3042MkII, UJF-6042MkII e UJF-7151 Plus, viabilizando a impressão digital de dados variáveis, em 360º, em garrafas de bebidas e em artefatos como tubos e velas. A área impressa pode ter altura máxima de 30 centímetros, no caso do Kebab MkII, ou de 60 centímetros, no caso do Kebab MkII L.
Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS
EMBALAGENS E DAS MARCAS
CARTONADAS ASSÉPTICAS
Manutenção a seco A Tetra Pak anunciou o lançamento de um kit de lubrificação a seco para correias transportadoras e equipamentos de movimentação de linhas de embalagem. A nova solução promete gerar economia no consumo de água e eletricidade, além de reduzir o tempo de manutenção de máquinas. “A lubrificação tradicional de transportadores utiliza grandes quantidades de água misturada a óleo, molhando equipamentos e o piso das fábricas. Com a nova solução, o processo
é praticamente seco”, diz a multinacional sueca. “Não há uso de água, apenas de um volume muito pequeno de óleo”. Segundo a Tetra Pak, o novo sistema permite a uma linha de enchimento dispensar, em média, o uso de 35 000 litros de água por ano. O sistema, totalmente automatizado, garantiria precisão e uma redução de 75% no tempo de intervenção em máquinas para manutenção. Apenas cinco minutos seriam necessários para a instalação do novo kit.
Novo sistema dispensaria o uso de milhares de litros de água na lubrificação de máquinas
RESINAS GENTE
Evolução com transparência A Dow, por meio de seu negócio de Embalagens e Plásticos de Especialidades, anuncia o lançamento de Dowlex GM. Trata-se de uma família de resinas de polietileno linear de baixa densidade que garantiria resultados aprimorados à produção de embalagens flexíveis e filmes industriais. Adriano Aun, gerente de marketing de Embalagens de Alimentos & Especialidades da Dow para a América Latina, diz que os novos polietilenos possibilitam a produção de filmes para laminação e empacotamento automático com melhores propriedades ópticas, como transparência e brilho. “Isso ajuda a posicionar
os produtos no varejo de maneira diferenciada, com melhor visualização, mais diferenciação na gôndola”, diz. Os filmes também exibiriam propriedade mecânica superior, ajudando na proteção de produtos com uma selagem de alto desempenho. A Dowlex GM também pode ser aplicada na produção de filmes stretch (esticáveis). Estes ganhariam capacidade de estiramento superior, além de maior resistência à perfuração, comparados aos filmes tradicionais. Resultado: redução tanto na quantidade de filme utilizado por pallet quanto no número de rompimentos do filme durante a unitização. Dowlex GM garantiria mais brilho e resistência a películas de embalagem
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Projetos variados A Kraft Heinz Company do Brasil ampliou seus quadros de pesquisa e desenvolvimento. Laurence Botinhon (foto) foi contratado como gerente de P&D de produtos, processos e embalagens. Botinhon acumula mais de vinte anos de experiência no campo do packaging, tendo trabalhado em indústrias usuárias como Unilever, Hypermarcas e Vigor. Na nova ocupação, lidará com projetos de inovação, aprimoramento de qualidade e redução de custos.
DESIGN
Cabernet consagrada Quatro projetos se destacaram na sexta edição do Tetra Pak Design Award, prêmio concedido pela Tetra Pak aos melhores trabalhos de design aplicados a embalagens de seu portfólio. O destaque ficou para a Cabernet Agency, que com o visual da linha de bebidas Soyos-Sufresh, venceu duas categorias. O prêmio outorga aos ganhadores um selo de Qualidade Gráfica. Este ano, 56 cases disputaram a certificação. Confira os premiados:
Ouro e Prêmio Design Desenvolvimento: Cabernet Agency Cliente: Wow Nutrition Produto: Soyos - Sufresh Embalagem: Tetra Brik Aseptic 1000 ml Square com tampa Helicap
Prata Desenvolvimento: Marcelo Damasceno Cliente: Lactalis Produto: Zymil Zero Lactotse Embalagem: Tetra Brik Aseptic 1000 ml Edge com tampa LightCap
Bronze Desenvolvimento: Mario Sérgio Bellintani Cliente: Liv Drinks Produto: Linha Liv Drinks Embalagem: Tetra Brik Aseptic 1000 ml Square com tampa Recap
Prêmio Solução Gráfica Desenvolvimento: CAUS Design Cliente: BiO2 Organic Produto: BiO2 Kids Embalagem: Tetra Brik Aseptic 200 ml Slim com canudo
equipamentos
Automação e produtividade para Selmi investe em nova linha da Bosch para sua fábrica de biscoitos, amplia ca
Em 1887, o Brasil ainda era uma monarquia. A economia do País passava por um bom momento, estimulada pela cultura do café. Era uma época em que nossos portos recebiam grande número de imigrantes em busca de uma vida mais próspera. Entre os muitos italianos que se dirigiram para o estado de São Paulo estava Adolpho Selmi, que em Campinas (SP) iniciou uma pequena fábrica de macarrão com o seu nome. Quase 130 anos depois, já rebatizada como Pastifício Selmi S/A, a antiga fábrica transformou-se numa das grandes empresas brasileiras de alimentos, hoje reconhecida não apenas por suas massas, mas também pela presença nos mercados de farinha, azeites, queijo ralado, mistura para bolo, bolos e biscoitos. Neste último, apesar de ainda dar os primeiros passos (os biscoitos da Selmi chegaram ao varejo em 2009), a empresa protagonizou, em 2016, um movimento ousado. “Instalamos a linha mais larga do mundo voltada à produção de biscoitos laminados do tipo cracker, aumentando consideravelmente nosso potencial de produção”, orgulha-se Ricardo Selmi, diretor geral da empresa, citando o forno italiano Imaforni de 2,06m de largura, para trinta fileiras de biscoitos. “E agora colocamos em funcionamento uma linha automatizada de embalagem, como parte de nossa estratégia de elevar a produtividade da fábrica.” A instalação em questão ocorreu na unidade de Sumaré (SP) – a Selmi possui outra planta em Rolândia (PR). Trata-se de uma solução da Bosch Packaging Brazil com capacidade para embalar aproximadamente 5 000 quilos de biscoito do tipo cracker por hora, em embalagens do tipo flow pack de 120g, que são agrupados em multipacks 10 | Dezembro 2016
com três unidades, totalizando 360g. A linha tem flexibilidade para formar também embalagens com 200g, vendidas individualmente. São, no total, nove estações formadoras de embalagens: seis para os pacotes individuais e três para os multipacks. “Nossos investimentos sempre buscam o máximo de automação, para reduzir a interferência humana no pro-
Equipamentos Bosch podem formar flow packs individuais e multipacks
cesso, como forma de garantir elevados padrões de qualidade e de produtividade”, conta Ricardo Selmi. “Optamos por essa linha pela credibilidade que a Bosch tem no mercado, depois de analisarmos fatores como custos de operação e de manutenção, além de aspectos como a qualidade do produto e a estética dos pacotes formados, que precisam valorizar a arte das embalagens e garan-
Linha da Bosch instalada na Selmi é dedicada à produção de embalagens laminadas para biscoitos
crescer
fotos: nathalie bohm
pacidade produtiva e projeta aumento de participação no mercado
As trinta fileiras de biscoitos dirigem-se a nove estações formadoras de embalagens. Seis destinam-se às embalagens individuais, e três às multipacks
tir boa exposição nas gôndolas.” Para Leandro Scaramuzzi, gestor de contas da Bosch Packaging Brazil, o equipamento instalado na Selmi é uma das maiores linhas de biscoitos laminados já fornecida pela empresa, adequado a grandes volumes, e traz ganhos adicionais de produtividade por ser totalmente servoacionada. “Com servomotores, os ajustes são feitos diretamente no painel de controle, e não dependem de intervenções nos mecanismos, o que dá maior flexibilidade à operação, acelera as trocas de serviços e reduz o número de elementos sujeitos a quebras.”
Outro ganho que a Selmi passa a ter com o uso de servomotores, de acordo com Scaramuzzi, relaciona-se com o desperdício de material de embalagens. “As embaladoras só funcionam quando há produto, acionadas por fotocélulas, enquanto as máquinas anteriores, mecânicas, eram programa-
das para formar os pacotes num ritmo pré-estabelecido, mesmo quando, por alguma falha no processo, não havia biscoitos a embalar.” Sobre a preferência da Selmi pelos pacotes flow pack, num mercado onde é comum encontrar embalagens tipo portfólio, a resposta está na experiência de consumo. “Nossas embalagens são herméticas, não deixam frestas para o ar passar”, explica Ricardo Selmi. “Biscoitos oxidam quando entram em contato com o oxigênio, mas a flow pack ajuda a preservar a qualidade e a crocância do produto por mais tempo.” O investimento feito pela fabricante de alimentos fundamentou-se na perspectiva de ampliação da participação da Selmi no mercado de biscoitos. Ainda muito jovem nesse segmento, a empresa detém hoje uma pequena fatia de cerca de 1,4%, considerando-se as três marcas do portfólio de vendas da empresa – Renata, Galo e Todeschini. “Esperamos triplicar esse número em Dezembro 2016 |
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breve. O mercado de biscoitos no Brasil é bom, com um consumo per capita na casa de 8,5 quilos por ano, mas ainda temos muito espaço para crescer, principalmente depois da instalação dessa nova linha”, projeta Ricardo Selmi. Para avançar, contudo, foi preciso preparar a fábrica para absorver a demanda pretendida. “Com a linha que foi instalada, incluindo o forno e a parte de embalagem, temos potencial para aumentar nossa capacidade de produção”, revela Cristian Villagra, gerente da fábrica de biscoitos e bolos da Selmi. “Villagra anima-se sobretudo com os avanços em termos de produtividade. Segundo ele, atualmente a Selmi produz cerca de 130kg/hora/homem, com a expectativa de, com alguns ajustes, atingir 140kg/h/homem. “Mas ainda podemos melhorar esses números.” O otimismo do gerente de fábrica está embasado nos planos, já anunciados pela empresa, de automatizar também a linha de encaixotamento. “Quando isso ocorrer, será possível elevar a produtividade para 220kg/h/ homem.” Como parâmetro de comparação, Villagra diz trabalhar com a referência de 120kg/h/homem a 130kg/h/ homem para uma linha de alta produtividade de biscoitos cracker”. Para ocupar a nova capacidade produtiva instalada na fábrica, a Selmi coloca fichas não apenas nas vendas locais. Mira, também, o mercado externo, para onde já destina cerca de 6% de sua produção de biscoitos, distribuídos em mais de trinta países, com perspectiva de expansão. Nesse ritmo, os crackers produzidos em Sumaré acabarão por fazer trajetória inversa à de Adolpho Selmi, chegando aos mercados italianos para conquistar seu espaço.
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Entenda a solução adotada pela Bosch Flexibilidade para produzir embalagens individuais e multipacks
Acesso a mercados externos fazem parte da estratégia de crescimento da Selmi Alimentos
A linha de embalagem fornecida pela Bosch Packaging Brazil para a Selmi começa pouco depois da saída do forno, com as calhas vibratórias. Automatizada e totalmente servoacionada, é destinada a qualquer tipo de biscoito laminado (cracker, Maria, maizena). Um sistema de transporte dos produtos recebe os biscoitos já empilhados, em seis vias, para que sejam direcionados às estações de embalagem propriamente ditas. Em posição vertical, os biscoitos passam para o carregador-porcionador da máquina, modelo ZHG5-FS, equipado com sistema de espadas que formam porções com comprimentos definidos para alimentação das embaladoras. Por meio de pás, os biscoitos são despejados na corrente transversal
que por sua vez, através de hastes, transportam as porções até um dispositivo de transferência a 90°, onde as porções são despejadas na corrente alimentadora das embaladoras Flow Pack 203ELS, configuradas para produzir embalagens finais (com filme impresso) de 200 gramas ou pacotes de 120 gramas formados com filme transparente, agrupados posteriormente, numa embaladora secundária modelo 203-E60, em multipacks com três unidades. Na Selmi foram instaladas seis máquinas para embalagem primária e três para multipacks. Nos momentos em que a linha está trabalhando apenas com pacotes individuais, os flow-packs são direcionados para uma esteira central, desviando da embaladora secundária.
REPORTAGEM DE CAPA » pesquisa
O possível fim do descarte Avançam pesquisas para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis e até consumíveis com o conteúdo, sem virar resíduos
Uma das maneiras mais tradicionais de conservar alimentos, principalmente frutas, legumes e carnes, o resfriamento ou congelamentos em geladeiras e freezer poderá um dia ficar para trás. Tecnologias surgidas nos últimos anos estão levando ao desenvolvimento de novas embalagens, biodegradáveis e algumas até comestíveis, que combatem bactérias, evitam a degradação e a oxidação dos produtos que acondicionam, além de manter seu sabor e suas características por mais tempo. Elas são feitas a partir de biopolímeros, plásticos semelhantes aos sintéticos derivados de petróleo, mas produzidos a partir ingredientes naturais e compostos extraídos de frutas e outros vegetais. Após o uso não mais se transformariam em resíduos, pelo simples fato de poderem ser consumidas junto com seu conteúdo, ou se esvanecerem no ambiente. Não há previsões sobre a consolidação desse avanço que eliminaria o
problema do descarte, mas conviria à indústria usuária de embalagens e às que estão sintonizadas com a crescente adesão das pessoas ao consumo sustentável ficarem atentas ao que ocorre nesse campo. No Brasil, há alguns grupos de pesquisa trabalhando naquela linha, tendo como resultado a criação de filmes e revestimentos que podem ser ingeridos e outros que se degradam quando descartados no ambiente. Um aspecto animador nesses trabalhos é que parecem ir além dos limites da chamada pesquisa pura, acadêmica, havendo a preocupação de quem delas participa em responder a questões ligadas à viabilidade prática, comercial, isto é, ao uso das embalagens, a seus custos e suprimento regular de matéria-primas necessárias a sua fabricação. O mais antigo desses grupos é coordenado por Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pesquisador da Embrapa Instrumentação, uma unidade da Empre-
sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, localizada em São Carlos (SP). Há vinte anos ele deu início a estudos com o objetivo de desenvolver produtos alternativos aos polímeros sintéticos. No começo, a ideia era utilizar materiais de fontes renováveis, em busca de alternativas aos polímeros sintéticos derivados do petróleo. “Começamos com o aproveitamento das sobras das indústrias de processamento de fibras naturais, como sisal, algodão, juta, fibra de coco e bagaço de cana”, conta Mattoso. “Nós as testamos na produção de plásticos biodegradáveis para aplicação, por exemplo em tubetes ou embalagens secundárias de alimentos.” O filme comestível poderia ser utilizado por restaurantes, para envolver sushis (substituindo algas), formar “falsos pastéis” ou mesmo para efeito decorativo de refeições. Além disso, a mistura em forma de pó, dissolvido em água, serviria para revestir frutas ou
ilustração: da matta 3d
Por Evanildo da Silveira
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outros produtos, que seriam imersos na dispersão filmogênica e secos para formação da película. Esta, transformada em revestimento após a secagem, agiria como barreira de proteção (uma espécie de casca fina), ajudando a aumentar a estabilidade da fruta (ou outro produto), tornando o produto mais atraente (pela incorporação de brilho à superfície). Outra possível aplicação é a produção de fitas de frutas que podem ser consumidos como snacks (veja exemplo em emb.bz/208snack).
ainda segundo Mattoso, a aplicabilidade dos plásticos comestíveis é uma das questões mais levantadas por pessoas interessadas nos trabalhos. Ele relata que pesquisadores norte-americanos parceiros da pesquisa já viabilizaram o uso de tais filmes em restaurantes de comida japonesa. Alguns clientes são alérgicos à alga utilizada por esse ramo da culinária oriental. Os filmes a substituem, sem perda do sabor e da qualidade. Entre outras possibilidades cogitadas por interessados, as aplicações dependem de imaginação e criatividade. Como os filmes são obtidos de soluções, cujo solvente é a água, seria possível produzi-los com “sabor tempero”, para adição aos pratos. Outra ideia, aliás mostrada em reportagem da EPTV, afiliada da Rede Globo em São Carlos (SP), seria produzir sacos de plástico comestível com diversos temperos e embuti-los no interior de frango em preparo, por exemplo.
© DIVULGAÇÃO EMBRAPA
Filmes coloridos, à base de frutas, no laboratório da Embrapa
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Ao levar essa embalagem ao forno, a evaporação da água do alimento solubiliza o filme, de forma a fragmentá-lo, e assim, tempera a iguaria durante o cozimento. Outra alternativa seria produzir filmes com sabores para ser aplicados em recheios de bolos e salgados. “É possível listar mais de dez outras aplicações para tais filmes”, afirma o pesquisador da Embrapa. Goiabadas acondicionadas em plásticos feitos de goiaba, perus em sacos feitos de laranja que vão direto ao forno e geleias naturais com formatos de animais são algumas possibilidades imaginadas pela equipe de Mattoso para as aplicações da nova tecnologia. Mais recentemente, o pesquisador e sua equipe desenvolveram filmes feitos basicamente de polissacarídeos derivados de vegetais, como amido, pectina e hidroxipropil metilcelulose, e polpa (ou purê) de frutas (goiaba, mamão, maracujá, banana, açaí, kiwi, pêssego) ou legumes (beterraba, cenoura). A fórmula também inclui nanopartículas de celulose, que reforçam a estrutura do conjunto. “Nosso produto tem características semelhantes à dos plásticos sintéticos, como propriedades mecânica, textura, resistência e flexibilidade”, diz Mattoso. “Entre as diferenças, além de ser comestível e biodegradável, ele tem as características nutricionais, a cor e o sabor dos vegetais dos quais foram feitos.” De acordo com o pesquisador, as aplicações dos novos plásticos são muitas e variadas.
Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pesquisador da Embrapa Instrumentação
Mattoso acredita que o plástico comestível também poderá contribuir para reduzir outro problema: o desperdício de alimentos. Além de descarte ou rejeito em condições de uso que a indústria alimentícia não utiliza, há muitos vegetais que deixam de ser comercializados por não apresentar bom aspecto visual mesmo estando em condições de consumo. “Esses vegetais que iriam estragar na prateleira podem ser matéria-prima para a embalagem comestível”, acredita o especialista, que já tem encaminhados inícios de parcerias entre empresas do ramo, não citadas, para que os resultados alcançados em laboratório sejam desenvolvidos como produtos comerciais. Quanto ao suprimento regular de matéria-prima, uma hipótese contemplada como fonte é a de um mercado em franca expansão, o de alimentos prontos. Mattoso lembra ser esse um ramo que produz muitos resíduos, como cascas e sobras de frutas e legumes. E cita como exemplo as chamadas cenouretes, que são esculpidas em pequenos pedaços de cenoura. Para o especialista, as quebras desse processo, que podem chegar a 40%, podem virar matéria-prima para plástico. O grupo da pesquisadora Florencia Cecília Menegalli, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por sua vez, segue outra trilha.
Resíduos vegetais podem ser aproveitados como matériaprima de bioplásticos
ram artigos publicados em periódicos científicos, mas até agora nenhuma patente. Apesar disso, alguns plásticos estão praticamente prontos para ser transformados em produtos comerciais. É o caso dos biopolímeros criados por Mattoso. “Já realizamos a prova de conceito, desenvolvemos várias formulações de embalagens com propriedades muito promissoras e um processo em escala piloto”, conta. “Até o momento, sete empresas já entraram em contato com a Embrapa Instrumentação, interessadas nos filmes comestíveis, e estamos em negociação com alguma delas.” As pesquisas não abordam uma importante questão que permeia o assunto e que poderia ser uma das causas da aparente demora das empresas contatadas para se decidirem pelas novas embalagens: quais seriam os custos da eventual substituição de embalagens convencionais pelas do tipo das contempladas pelos estudos? “É muito difícil quantificar preços”, reconhece Mattoso. “Isso depende da formulação, da escala, do tipo de biopolímero; seria necessário computar inúmeros outros custos, entre eles os de processo e produtividade. . .” Pode-se imaginar que, respondidas dúvidas como essas, o interesse da indústria pelas embalagens alternativas poderá vir a se transformar em negócios.
© Graham Corney | Dreamstime.com
Usando como matéria-prima amido de banana verde da variedade Terra, ao qual foram acrescentadas nanopartículas lipídicas contendo antioxidante (ácido ascórbico), ela, junto com sua aluna de doutorado Tanara Sartori, desenvolveu uma cobertura e um filme que evitam a oxidação de frutas minimamente processadas. “Anteriormente havíamos utilizado o amido de banana para o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis, e decidimos adicionar compostos para torná-lo ativo e inteligente”, explica Tanara. “Surgiu então a ideia de adicionar antioxidantes à formulação.” Em seu formato final e aparente, a cobertura é um líquido viscoso. As frutas a ser protegidas devem ser imersas nele e retiradas em seguida para secagem. Depois disso, forma-se sobre elas uma película protetora. A solução também se presta à formação de um filme. Para tanto, é necessário derramar o líquido sobre uma superfície plana e deixá-lo secar. Depois disso, o que se obtém é um plástico, que pode ser usado para embalagens de alimentos. Segundo Tanara, resultados mostram efetiva preservação da cor de maçãs sobre as quais a cobertura foi aplicada. “A adição das micropartículas lipídicas às frutas promoveu também melhora nas suas propriedades de barreira (isolamento do ambiente), devido a fração hidrofóbica (lipídios) das nanopartículas.” Não é de hoje que Florencia e seu grupo trabalham nessa linha de pesquisa. Nos últimos anos, os estudos realizados pela equipe têm como objetivo a exploração sustentável da biodiversidade sul-americana como fonte de matérias-primas para a produção de embalagens biodegradáveis. Entre algumas de origem vegetal estudadas estão o amaranto, o biri, a quinoa, a canihua, de origem andina, além da mandioca e da banana-da-terra. Com algumas delas foram testados o uso de nanocompostos, com base na montmorilonita, uma argila mineral presente no subsolo de algumas regiões de Minas Gerais. Os trabalhos desses grupos gera-
reportagem de capa » bioplásticos
Nem tudo que reluz é ouro Quando a pressão por práticas sustentáveis bate à porta, é preciso buscar informações corretas para tomar boas decisões Por marcos palhares
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próximas do que se costuma chamar de greenwashing do que de caminhos concretos. E, no meio de tudo isso, há aquelas que realmente devem ser olhadas como rotas interessantes. Difícil é, para os profissionais de embalagem que lidam com demandas (muitas vezes antagônicas) das áreas de marketing, suprimentos, compras, produção e logística, entender os prós e os contras do que se lhes oferece. EmbalagemMarca elaborou esta reportagem especial para trazer a seus leitores um breve resumo dos tipos de resinas associadas ao termo bioplástico que são oferecidas para a produção de embalagens: os polímeros de fonte renovável, os oxibiodegradáveis e os compostáveis. São soluções diferentes, que não poderiam ser tratadas de forma indistinta pelo grande público, e muito menos pelos profissionais dessa cadeia de valor. Os plásticos “convencionais” são derivados de fontes fósseis não renováveis. Sabendo da pressão e das incertezas sobre disponibilidade e preços futuros desse recurso, há alguns anos as petroquímicas estudam diferentes rotas para a produção de polímeros a partir de fontes vegetais. O Brasil destaca-se no cenário global com o Plástico Verde da Braskem, um polietileno que tem como base o etanol da cana-de-açúcar. Com propriedades semelhantes às dos polietilenos de origem fóssil, essa resina traz como principal vantagem a retirada de gás carbônico da atmosfera, pelo processo de fotossíntese realizado nas plantações. Sem nenhuma restrição, podem ser recicladas com itens produzidos a partir de resinas fósseis, usando a mesma estrutura de coleta e reprocessamento já existente no país. Crescem, a cada dia, os usos desse material, percebido por muitos consumidores e brand owners como uma alternativa ambientalmente mais saudá-
vel do que as matérias-primas de origem não renovável. Essa imagem positiva, diga-se de passagem, já extrapolou fronteiras, e hoje o produto é usado por grandes marcas em diferentes países, identificado pelo selo “I’m green”, usado como elemento de criação de valor para os produtos que o carregam. Recentemente, O Boticário recebeu uma premiação na França (Sustainable Beauty Awards) pelo uso da resina em itens da linha Cuide-se Bem.
Mudando o foco para os chamados plásticos oxibiodegradáveis, é necessário que se faça uma ressalva: a característica propagada da oxibiodegradação nada tem a ver com a fonte da qual se originam os polímeros. Biodegradação é a quebra de cadeias químicas do polímero pela ação de micro-organismos, em condições favoráveis de temperatura, umidade, níveis de acidez e exposição ao oxigênio, processo que
Polietileno de cana de açúcar está em todas as embalagens Tetra Pak feitas no Brasil
fotos: divulgação
As últimas décadas vêm sendo marcadas por muitas evoluções na área de embalagens. Poucos temas, no entanto, ganharam o mesmo protagonismo da sustentabilidade. Inicialmente dominada pela preocupação malthusiana de que os recursos naturais se esgotariam pelo excessivo consumo nas sociedades industrializadas, a discussão ganhou tons menos românticos – e mais promissores – quando as empresas passaram a olhar as restrições cada vez mais pesadas impostas por legisladores (e pelas preferências dos consumidores) como um novo e fértil campo de oportunidades. Nesse contexto, proliferam as pesquisas nas universidades e nos laboratórios das grandes corporações em busca de alternativas que tragam alívio aos sistemas de coleta e tratamento de resíduos pós-consumo. Vale lembrar que quando o assunto é gestão do lixo urbano as embalagens desfrutam de status pouco edificante no imaginário das pessoas, estejam elas no papel de legisladores ou simplesmente de consumidores. Não à toa, empresas que são grandes usuárias de embalagem se animam com o anúncio de cada nova solução trazida pelos cientistas. Os chamados bioplásticos (termo que costuma incluir diferentes materiais, mesmo aqueles que não apresentam nenhuma característica que justifique o uso do prefixo “bio”) costumam causar grande frisson, não faltando notícias nos veículos de grande circulação sobre incríveis descobertas que prometem ser uma grande alternativa ao uso do plástico “convencional”. Mas, como diz o ditado, nem tudo que reluz é ouro. . . Há muitas pesquisas que jamais conseguirão sair dos laboratórios, porque não se tornarão técnica ou economicamente viáveis em grande escala. Outras, que vingam, mostram-se mais
Selo que identifica resina de origem vegetal da Braskem é cada vez mais visto nas embalagens
pode ocorrer tanto nos plásticos de origem fóssil quanto nos de origem vegetal. Os plásticos oxibiodegradáveis não são, a princípio, mais biodegradáveis do que qualquer outro plástico. Eles se desmancham porque são fragmentados em minúsculas partículas, pela ação de aditivos que, na prática, são agentes que aceleram o processo de oxidação. Transformam-se, então, em pó. Não são vistos a olho nu, o que não significa que se tenham degradado. É certo que, como os outros plásticos, se encontrarem condições propícias para tal, irão degradar-se no longo prazo. Nas mesmas décadas ou séculos que os demais plásticos. Há, por isso, quem se refira a tais aditivos simplesmente como oxifragmentadores. Eduardo Van Roost, diretor superintendente da Res Brasil, empresa que comercializa no Brasil o aditivo d2w, voltado para esse fim, contesta tal afirmação. “Sem a fragmentação não vai existir a biodegradação, assim como ocorre com uma folha caída de uma árvore.” Segundo ele, o termo oxibiodegradável é definido em norma na União Europeia, e os plásticos oxibiodegradáveis certificados atendem os ensaios previstos em normas internacionais. Para serem considerados biodegradáveis, tais plásticos precisariam, de acordo com essas normas, degradar-se (e não fragmentar-se) em período inferior a 180 dias. “Os ensaios previstos nas normas de oxibiodegradação preveem as provas de degradação, biodegradação e a ausência de resíduos nocivos”, detalha. Os plásticos compostáveis, por sua vez, são aqueles que, após se degradarem, podem ser transformados em nutrientes para o solo (a compostagem é, na prática, um processo de biodegradação controlado, destinado à produção de um insumo para o cultivo do solo). O grande expoente nessa área é o composto Ecovio, da Basf, concebido para ser combinado com o copoliéster Ecoflex, fornecido pelo mesmo fabricante. Para aumentar a rigidez, a Basf propõe diferentes formulações combinadas com o PLA (ácido polilático), uma resina biodegradável e compostável proveniente do milho, o que viabiliza aplicações em filmes e em embalagens rígidas produzidas em processos de injeção e termo-
Resina compostável da Basf encontra boas aplicações na agricultura e no manejo de lixo orgânico doméstico
formagem. No caso desse tipo de resina, a degradação realmente ocorre em prazos curtos, o que a torna atraente para uma série de aplicações, como os “mulch films” usados na cobertura de canteiros. “O Ecovio tem uma vocação natural para a agricultura, pois ao final de seu ciclo de vida transforma-se em água, gás carbônico e adubo, enriquecendo o solo e eliminando o risco de resíduos sólidos que podem ficar quando se usam plásticos convencionais”, detalha Mario Cerqueira, coordenador responsável pelos negócios de biopolímeros da Basf na América do Sul. “Usar esse tipo de material na agricultura é uma opção inteligente”, elogia Guilherme Brammer, fundador da WiseWaste, empresa especializada em soluções de logística reversa e de engenharia circular, que consiste basicamente no desenvolvimento e na fabricação de novos produtos a partir de resíduos pós-consumo.
Na área de bens de consumo, no entanto, ainda há alguns passos a ser trilhados. O principal deles refere-se à ausência de uma simbologia própria para a reciclagem, fazendo com que itens produzidos com esses plásticos precisem ser classificados como “outros” (número 7). Como o copoliéster é incompatível com as poliolefinas, as embalagens produzidas com essas resinas não podem ser misturadas no processo de reciclagem. O fato de a estrutura para compostagem no Brasil ainda ser pequena imporia, para as cooperativas que fazem a triagem de
resíduos pós-consumo, dificuldades na destinação dos materiais. “O Ecovio não é para ser reciclado, mas sim compostado”, explica Cerqueira. “São cadeias diferentes de gerenciamento de resíduos sólidos”, continua o executivo, que afirma que a Basf tem em seu portfólio materiais que podem ser compostados nas residências dos consumidores. Para Brammer, no entanto, a questão da logística reversa merece atenção. “No Brasil, o processo de reciclagem passa necessariamente pelas cooperativas de catadores, e qualquer processo que exija separação especial pode prejudicar sua eficácia e afetar os custos envolvidos”, pondera. “Tudo o que puder ser feito para facilitar a triagem do material de forma mais simples e menos custosa ajuda a termos uma matéria-prima mais sustentável, que voltará para a sociedade ao invés de ir parar nos aterros sanitários.” A destinação para a cadeia de reciclagem seria, na opinião de Cerqueira, uma exceção. “Nosso material é uma opção para embalagens atualmente produzidas com polietileno, principalmente sacos e sacolas, com o objetivo de ajudar na destinação de resíduos sólidos orgânicos”, detalha o executivo, que cita avanços nesse sentido já registrados na Europa. Com seus prós e contras, os bioplásticos estão aí. Cabe, a cada empresa interessada em utilizá-los, avaliar os benefícios potenciais. E, claro, ajustar os aspectos comerciais. Afinal, como todos sabem, a dimensão econômica é parte fundamental no tripé da sustentabilidade. Dezembro 2016 |
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documento especial
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Melhor, mas ainda em aperfeiçoamento As descrições dos cases ganhadoras de troféus mostram o alto nível da embalagem brasileira e diferenciais da premiação, que é melhorada constantemente
Nas próximas
páginas são apresentadas as descrições dos processos e conceitos que, no entendimento dos jurados responsáveis pelo julgamento dos cases concorrentes a troféus na décima edição do Prêmio Grandes Cases de Embalagem, mereceram ser homenageados. Além dos detalhes dos desenvolvimentos dos cases, mostrados apenas em parte por limitação de espaço, é importante ressaltar o consenso dos julgadores a respeito da alta qualidade das embalagens apresentadas e descritas pelos candidatos nas fichas de inscrição. Ao mesmo tempo, registraram eles o fato de que embalagens inscritas que primam pela excelência e que poderiam ser premiadas deixaram de ser classificadas como ganhadoras devido a falhas nas inscrições, que não atenderam a determinados itens do Regulamento. De qualquer forma, cabe ressaltar que a adequação e a qualidade das descrições apresentadas vem melhorando ano a
ano, tornando o Prêmio não só uma homenagem e um incentivo ao desenvolvimento do packaging no Brasil. Grandes Cases é também uma oportunidade de integração e reflexão sobre o trabalho das empresas e dos profissionais da cadeia de valor de embalagem. Os organizadores acreditam que, não por outra razão, aumentam a cada edição dessa iniciativa os elogios a seu formato e a sua imparcialidade, bem como outras premiações tentam adotar seu modelo abrangente, totalmente diferenciado entre os similares. Nem por tudo isso a organização do Prêmio entende que esteja completo. Por isso, com base na experiência de dez edições e na opinião colhida junto a milhares de pessoas que delas participaram ao longo do tempo, vem estudando formas de valorizar não só as marcas que conquistam troféus, mas o maior número possível das que aspiram por eles e possivelmente merecem ganhá-los.
Veja as fotos da cerimônia de premiação no endereço emb.bz/fotos2016
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GRANDES CASES DE EMBALAGEM
LINER A VÁCUO
Como o urucum saiu do frio Big bag com bolsa interna de filme com barreira ao oxigênio elimina necessidade de refrigeração das sementes
Usadas em
produtos para fins medicinais e alimentícios, as sementes de urucum são colhidas em tempo concentrado (poucas semanas) durante o inverno, porém seu processamento e sua comercialização têm demanda constante durante o ano. Para prevenir a perda de qualidade e a contaminação dessa matéria-prima, a indústria utilizava a cadeia do frio, arcando com os custos decorrentes. Para substituir a refrigeração seriam necessárias embalagens com barreira ao oxigênio, para proteção dos óleos essenciais e dos pigmentos. A New Max Industrial, de Americana (SP), especializada na produção de aditivos, ingredientes e corantes naturais, eliminou esse problema com a adoção de um big bag de ráfia para transporte com capacidade de conteúdo de 900 quilos, dotado em seu interior de uma bolsa plástica com propriedade de barreira ao oxigênio. O sistema, produzido pela Embaquim, tem instalada uma válvula a vácuo para extração do ar presente entre as sementes, a fim de retardar ainda mais o processo de oxidação. Essa válvula foi equipada com um filtro para barrar a entrada de sementes ou galhos que impediriam seu acionamento. A embalagem é valvulada, permitindo o envasamento rápido pela abertura, com diâmetro de 400 milímetros. Para completar a proteção ao conteúdo, a embalagem recebeu laminação interna com filme de polietileno preto que veda a entrada de luz. Por ser de ráfia, a estrutura da embalagem, que o fabricante denomina Liner para Vácuo 900kg, garantiria significativa resistência mecânica durante o transporte e o armazenamento. Ao final de um ano de armazenamento a temperatura ambiente foi
FORNECEDOR CITADO
Embaquim
registrada redução de 8% na perda do teor de óleos e corantes das sementes em relação ao sistema refrigerado, limitando a oxidação a níveis próximos a 4%. Essa solução de embalagem, considera o fabricante, seria eficaz para outras indústrias do setor alimentício que trabalhem com grãos e pós, como as de café e de leite. emb.bz/liner Dezembro 2016 |
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GRANDES CASES DE EMBALAGEM
estomazil
Projeto de amplo espectro Frasco do antiácido Estomazil resulta de considerações tecnológicas, ergonômicas, visuais e ambientais
Com seu
antiácido efervescente da tradicional marca Estomazil acondicionado apenas em sachês laminados, ao longo dos anos a Hypermarcas conseguiu conquistar expressiva fatia de mercado no segmento. Ao decidir ampliar a linha do produto com o uso de nova embalagem, a empresa consolidou em março de 2016 projeto que apresentava uma série de desafios aos prestadores de serviços e fornecedores. Ocorre que antiácidos granulados e em pó são higroscópicos, isto é, propícios a “empedrar”, devido à penetração de umidade nos recipientes que os contêm. A meta do projeto foi adotar uma embalagem com fechamento hermético eficaz, sem necessidade de lacre interno, e que tivesse linguagem formal atualizada. Vale dizer, “um projeto de amplo espectro”, ou seja, que considerasse aspectos tecnológicos, ergonômicos, visuais e ambientais. Contratada pela Hypermarcas, a Charge ID, instalada em Nova York, desenvolveu o projeto estrutural do frasco (de 100 gramas de capacidade de
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conteúdo), respondendo também pela pesquisa e adequação da rotulagem em filme termoencolhível, desenvolvida pela Matriz Desenho, de São Paulo. O ponto central foi obter atuação integrada do frasco e da tampa, ambos feitos de polietileno de alta densidade (PEAD), obtendo-se assim fechamento preciso, de modo a evitar a entrada de umidade. Esse sistema permitiu eliminar o uso de discos de vedação, trazendo a vantagem adicional de, no retampamento, vedar hermeticamente o recipiente e assegurar a preservação do conteúdo. A linguagem formal do frasco possui atributos de ergonomia favoráveis a usuários com dificuldade de pega e giro da tampa de objetos do porte do produto Estomazil: as ranhuras na região inferior da embalagem possibilitam
uma pega mais eficaz e garantem firmeza no momento de fechar. Soprado a partir de preformas injetadas, o frasco tem boca com 30 milímetros de diâmetro, o que permite introduzir colher medidora ou simplesmente derramar o pó no momento de consumir. Com tampa de perfil mais baixo que o usual, economizou-se, em proporção não informada pelo fabricante, resina na produção da tampa, a custo que seria menor do que os de produtos concorrentes. A rotulagem abrange a tampa, funcionando como lacre antiviolação, graças à perfuração microsserrilhada abaixo da tampa, que facilita o rompimento do filme. Como o produto tem apresentação recente, a Hypermarcas ainda não fornece dados de desempenho. emb.bz/estomazil
FORNECEDORES CITADOS
Charge ID Matriz Desenho Gerresheimer Uniflexo
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
VIGOR MINIONS
Otimização em larga escala Vigor faz mudança macro em seu Leite Fermentado Minions
Em meados deste ano o departamento de embalagens da Vigor Alimentos foi colocado ante a necessidade de estabelecer uma nova abordagem na categoria de leite fermentado, onde está presente com frascos de 75 gramas de conteúdo. O objetivo era revitalizar a embalagem do produto, com foco então apenas no ajuste da decoração, e aumentar a participação da marca na categoria. Os profissionais da casa foram além. Estabeleceram para si mesmos que os recipientes deveriam ser atraentes e diferenciar-se expressivamente no mercado. Mas isso deveria ser feito sem causar impacto no desempenho da produção tanto no fornecedor das embalagens quanto nas linhas da empresa. Inicialmente foi cogitado o caminho de fazer o frasco com relevos, estereotipando os personagens licenciados Minions, da Universal Pictures. A ideia foi descartada, pois sua prática engessaria a troca dos personagens e criaria um ponto crítico no processo de enchimento, dada a necessidade de evitar danos nos relevos. Também foi afastada a alternativa de aplicar rótulo termoencolhível no frasco acinturado então utilizado. A rota encontrada foi simplificar o perfil do frasco, sintonizando-o com o formato dos personagens. Optou-se pela decoração com filme termoencolhível, de modo que a mudança na arte final seria facilitada, além de atender de forma rápida alterações exigidas pela licenciadora. Em contato com os fornecedores foi ajustada a confecção dos shapes e das quantidades de filmes
de agrupamento. A gráfica conseguiu uma composição em que foram obtidos seis personagens diferentes por ciclo de impressão flexográfica. A formação dos shrinks é randômica, e assim a composição dos packs é aleatória. Outra premissa do projeto era mudar o perfil da embalagem sem afetar a velocidade do processo e sem ter de investir na envasadora. Foram então confeccionados dois jogos de doze cavidades piloto nas enchedoras, já que a mudança de formato impediria sua utilização em linha. Mas isso só foi possível com investimento na adaptação
da ordenadora de frascos, trocando-se as canecas devido ao novo formato da embalagem. Dentre os resultados positivos da mudança a Vigor cita um aumento de 35% nas vendas e a possibilidade de dobrar a produção em comparação com o cenário da embalagem anterior. A empresa lembra que a tecnologia e a versatilidade de decoração permitem atender ampla gama de personagens e a exploração quase total do espaço visual da embalagem.
FORNECEDORES CITADOS
Flexoprint Plastirrico M Design Zaraplast
emb.bz/minions Dezembro 2016 |
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GRANDES CASES DE EMBALAGEM
ELYSÉE
Perfume que lembra uma joia Frasco de Elysée, do Grupo Boticário, é resultado de engenharia e criatividade
O projeto do frasco de vidro do perfume Elysée, do Grupo Boticário, exigiu grande trabalho de engenharia e criatividade. Para isso foi preciso sustentar o peso do fundo grosso sobre a base abobadada e ainda revelar a existência de pequenas esferas estampadas em baixo relevo, sem deformações e sem trincas, cujo surgimento é um risco no processo de resfriamento da massa incandescente do material. O recipiente, seu sistema de fechamento e sua decoração foram desenvolvidos sob a decisão de alcançar um formato de joia, proporcionando um diferencial que transmitisse às consumidoras a percepção de valor adicionado ao produto. Trata-se de uma embalagem com design clean, nas quais materiais usuais foram empregados de forma a explorar suas características físicas como diferenciais. O frasco é gravado apenas com a marca, sem pinturas ou acabamentos superficiais, facilitando a inspeção e a padronização em escala industrial, pois não há desvio de cores nem são demandados processos adicionais que necessitam de testes de resistência. O recipiente lembra um cristal, devido a seu formato trapezoidal e ao fundo em
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abóbada com pequenos relevos. Essa sensação é reforçada pela invisibilidade do pescante da válvula e pela tampa de surlyn, que cria um efeito multifacetado de lapidação. A tampa foi desenvolvida para facilitar o processo de reciclagem: é composta por duas peças plásticas sem lastro metálico interno, o que reduz a quantidade e o peso de materiais. Tanto essa peça quanto a sobretampa e o ombro são fornecidos encaixados, prontos para ser acoplados sobre a válvula recravada, reduzindo-se assim a quantidade de resíduos gerados na linha de produção. O “efeito joia” é reforçado pelo cartucho de papel cartão, feito com múltiplos acabamentos, incluindo texturas especiais, hotstamping na cor bronze,
laminação de efeito metalizado e mix de vernizes fosco, brilho e perolado. Com fundo automático, de fácil montagem, a embalagem secundária leva um berço para acondicionar o frasco com firmeza. emb.bz/elysee
FORNECEDORES CITADOS
Albéa Pochet Group Centdegres Agence de Creation Antilhas Embalagens WestRock
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
NATURAL DA FAZENDA
Pouco perceptível mas eficaz Mudanças feitas em frascos do suco de laranja da Natural One trazem diferentes tipos de ganho
Implementos imperceptíveis num exame visual das embalagens podem muitas vezes significar importantes ganhos industriais e mercadológicos. É o caso da extensão de linha dos Sucos Natural da Fazenda, registrada em junho de 2016, com o lançamento do suco de laranja em garrafa de PET de 900 mililitros, em acréscimo à já consagrada marca Natural One. Nessa ação, foi desenvolvida uma preforma 15% mais leve – 28 gramas contra 33 da versão anterior. Mesmo com esse aliviamento, foram mantidos os níveis de estiramento da garrafa e seu desenho, ao mesmo tempo em que melhorou o desempenho no manuseio, no armazenamento e no transporte. O gargalo de 50 milímetros de diâmetro não tem borda interna e é asséptico, o que levou à eliminação do selo de vedação por indução. A conjugação desses dois fatores tornou mais fácil a dispensação do conteúdo ou seu consumo direto da garrafa. O processamento do produto prescinde da conservação em cadeia fria, possibilitando ao consumidor encontrá-lo nas prateleiras convencionais dos supermercados. É um ganho que a Natural One aponta como ambiental, na medida em que não consome energia elétrica para refrigeração.
FORNECEDOR CITADO
Amcor Rigid Plastics
emb.bz/naturaldafazenda
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TREZEVIT PEDIÁTRICO
Berço menor, vendas maiores Ao mudar embalagem de transporte de frascos de remédio, Inpharma reduz custos e ganha mercado
Criar uma nova embalagem secundária foi a saída que a Inpharma Laboratórios, de Barueri (SP), encontrou para enfrentar a queda de vendas causada a seu polivitamínico Trezevit AB Pediátrico pela entrada de um novo concorrente no mercado. Além disso, precisava resolver um problema logístico causado pelo formato desatualizado das embalagens do produto, indicado para terapia nutricional parenteral e prevenção de deficiências vitamínicas e de uso restrito a hospitais. A embalagem de transporte é feita para abrigar cinquenta frascos-ampolas de vidro âmbar, divididos igualmente (25/25) para as partes A e B do medicamento, que precisam ser conservadas sob refrigeração, a temperaturas entre 2oC e 8oC. Ocorria que os estojos ocupavam muito espaço nas câmaras frias dos clientes e apresentavam histórico de quebra dos frascos-ampolas no trans-
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porte e na armazenagem do produto. Nos estudos para a mudança, os profissionais de embalagem da empresa concluiram que não deveriam ocorrer quebras, pois as caixas eram construídas com papel cartão de 315g/m2, bem resistente. Descobriram que durante o transporte o berço dos recipientes de vidro se movimentavam, saiam dos vãos e se chocavam, daí decorrendo as quebras. O berço foi então substituído por uma colmeia que possibilitou reduzir em 57% as dimensões da embalagem (de 264mm x 138mm x 52mm para 215mm x 107mm x 52,5mm) e em 13% a gramatura (para 280g/m2). Para abater ainda mais os custos e o impacto ambiental no descarte, o verniz brilho UV foi substituído por verniz brilho à base de água. Isso não prejudicou a alta proteção da impressão ao submeter-se as embalagens aos níveis de refrigeração exigidos. As artes finais dos cartu-
chos foram incrementadas, melhorando-se a visibilidade das informações destinadas aos usuários. A impressão offset plana e a aplicação de filme de polietileno de baixa densidade no verso da embalagem foram mantidas. Os resultados das mudanças foram redução de 44% no custo da embalagem e aumento de 36% nas vendas entre abril e junho de 2016, na comparação com igual período do ano anterior. Em comparação com o primeiro trimestre de 2016 o crescimento foi de 18%. emb.bz/trezevit
FORNECEDORES CITADOS
Mácron WeilBurger
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QUINTAL TERRA DE CORES
Ferramenta que transmite valor Feito Brasil usa com eficácia a embalagem para ganhar o varejo de luxo Com a
introdução de nova linha – Quintal Terra de Cores – em seu portfólio, a Feito Brasil, fabricante de cosméticos naturais e veganos de Mandaguaçu (PR), pretendia surpreender o mercado. A estratégia para consolidar essa frente dermocosmética da empresa, composta por quatro tratamentos faciais (regenerador, clareador, antiacne e antissinais), exigia que suas embalagens conquistassem clientes sofisticados, transmitindo a ideia de valor adicionado e utilizando a informação como elemento de convencimento. Um objetivo adicional era estimular as vendas de kits compostos por máscara facial de argila e fluido finalizador. O uso de cores vibrantes e o formato da face superior dos estojos, angulado em 30 graus, diferenciam fortemente as variantes e causam
impacto visual nas lojas. O design gráfico utiliza fontes e diagramação inspiradas em antigos livros de química. O objetivo é informar o consumidor nos mínimos detalhes sobre cada ingrediente, efeito, indicação e modo de uso, valorizando inclusive o código de barras como símbolo informativo na face principal da caixa. Um QR code com vídeo explicativo reforça a interatividade na comunicação com o público alvo. Os frascos standard dos produtos são rotulados com autoadesivos de elevada qualidade gráfica e seguem a diagramação dos estojos de papel cartão. As embalagens foram decisivas para a penetração da marca no varejo de luxo, com as vendas de kits superando em 56% as vendas em relação aos itens individuais e, segundo testemunho de
revendas em 50% o faturamento relativo a produtos da Feito Brasil – que define a embalagem como sua “expressão primordial”.
FORNECEDORES CITADOS
Avery Dennison HP Emphasys Master Print Neoprint Tsubaki
emb.bz/quntal
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Premier Gatos
Para sobressair no campo das rações Premier Pet substitui estojo por pouch para diferenciar alimento para gatos no varejo
Para destacar-se dos produtos concorrentes no varejo e para tornar mais prático o ato de servir a ração Premier Gatos, a Premier Pet recorreu à diferenciação da marca utilizando-se da reformulação das embalagens do produto. Os cartuchos de 500 gramas e de 1,5 quilo com saco interno, utilizados desde o lançamento da marca, foram substituídos em maio de 2016 por um pouch com quatro soldas laterais, duas no topo e fundo retangular sem dobras. Dotado da propriedade de manter-se em pé no ponto de venda, o recipiente, de formato incomum na categoria, além de ser mais leve que o anterior tem sistema de abertura fácil e é resselável por zíper após o primeiro uso. O sistema de fácil abertura é feito por corte a laser que dispensa o uso de tesouras ou outros utensílios. A estrutura laminada com filme de alta barreira foi desenvolvida para proteger o conteúdo e garantir a qualidade e a crocância dos grãos. A simples eliminação da embalagem externa gerou redução no consumo de materiais e simplificação do processo logístico. Voltado ao segmento de maior valor, contudo, o produto não poderia perder em sofisticação. Para isso, a empresa recorreu a um filme de alto brilho com acabamento metalizado, e apostou na experiência de uso melhorada. emb.bz/premiergatos
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Fornecedor citado
Bemis
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Carne Porcionada Best Beef
Bifes como convém Apresentação inovadora de carne atende expectativa dos consumidores e amplia vendas de frigorífico
A exigência
dos consumidores em termos de conveniência de uso, garantia de procedência e qualidade intrínseca dos alimentos é hoje uma tendência crescente no mundo, incluindo o Brasil. Com a meta de expandir seus negócios do mercado do Sul do País para outras regiões, reforçada no início de 2016 com a implantação de nova, moderna e automatizada planta, o Frigorífico Silva encontrou no diferencial de apresentação da carne comercializada nos supermercados uma forma inovadora de atender a essa expectativa do público. Para levar cortes frescos, já porcionados e resfriados ao varejo, em janeiro deste ano essa tradicional empresa de Santa Maria (RS) adotou um sistema de embalagens prontas para exposição nas prateleiras, com garantia de origem. Inovador para o segmento, o sistema é composto por uma bandeja de poliestireno expandido de alta barreira e boas propriedades de selagem, fechada com filme termoencolhível de alta barreira, elevado grau de brilho e transparência e característica antiembaçamento. Os cortes de carne vermelha, acondicionados nessa embalagem com atmosfera de proteção, não escurecem mesmo em contato com o filme. Com isso, o frigorífico trabalha com bandejas mais rasas e acondiciona mais unidades por caixa de transporte. No varejo, isso permite a inclusão de mais bandejas na prateleira, com o benefício adicional de viabilizar a exposição na vertical. Herméticas, as embalagens preservam o frescor da carne por até catorze dias, contra uma vida útil de três dias nas embalagens convencionais com filme de PVC. Isso tem reduzido o desperdício no varejo para menos de 2%, ante as perdas de 5% a 10% tradicional-
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mente registradas por descoloração ou validade vencida. A identificação é feita com rótulo autoadesivo. Inicialmente, com a compra da produção da nova fábrica garantida por um varejista parceiro, o Frigorífico Silva ampliou o atendimento para outras redes, distribuindo atualmente para cerca de trinta lojas de diferentes redes do Sul e do Sudeste
do País. No entendimento da empresa, a diferenciação da carne por ela processada – das linhas Angus e Hereford – reforça a confiabilidade de clientes constantes e amplia as possibilidades de expansão de mercados tradicionalmente atendidos por cortes zebu. emb.bz/bestbeef
FORNECEDORES CITADOS
Bizerba Ishida Sealed Air Food Care Sulmaq
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
POËSE
Diamante para minipicolé Embalagem de sorvete Poëse, de Los Paleteros, tem formato inusitado mas fácil de fazer e de usar
Criar uma embalagem cujo formato ninguém ainda tivesse visto, fosse fácil de ser utilizada e rica ao ser apreciada e aberta e, além disso tudo, pudesse ser produzida por qualquer gráfica no mundo – em papel cartão plastificado ou outro substrato, com inúmeras possibilidade de acabamento e enobrecimento. Esse foi o desafio que a Los Paleteros colocou a fornecedores e desenvolvedores para acondicionar seu inovador sorvete produto Poëse, um minipicolé de creme com recheio de paleta e cobertura de chocolate. Foi concebido a partir de contatos com consumidores que manifestaram em grande número a ideia de que “uma refeição só termina depois de um doce”. Uma paleta mexicana, especialidade da empresa, seria muito grande para isso, daí a criação da bola de creme, com 23 gramas, dotada de um palito. A embalagem do produto, batizada de PXL Pack, resultou da ação de escritórios de criação no Brasil e no exterior. Consiste numa caixinha de papel cartão formada por pirâmides opostas que lembra um balão, ou um diamante. É definida na empresa, que a patenteou, como “embalagem cartesiana”, com seis vértices tridimensionais que evitam a transferência térmica das mãos e do ambiente para seu interior, o que preserva a temperatura gelada do produto. Do ponto de vista logístico não implicou aumentos de custos, pois não foi preciso fazer ajustes para alterar as caixas de transporte nem as dimensões dos freezers de armazenamento. É competitiva em termos de custos e fácil de ser fabricada, o que abre o leque de possíveis fornecedores. A montagem tanto pode ser automática quanto
manual, e o setup é descrito como “mínimo” por Los Paleteros. O ato de abrir a embalagem é elementar, bastando afastar as pontas em pontos indicados. Nos freezers de pontos de venda comporta múltiplas combinações de painéis de layout, dado o grande número de faces que oferece. Na face interna foram inseridas frases, citações e haicais (poemas curtos), e o nome – Poëse – alude a esse formato de arte literária. É, segundo a empresa, uma forma de estimular o aspecto lúdico da caixinha, levando os consumidores a abri-la e fechá-la. A embalagem marca o início de uma fase de diversificação na estratégia comercial da Los Paleteros e pode ser licenciada para projetos de outros produtos. emb.bz/poese
FORNECEDORES CITADOS
Kennsünn Nordson Serzegraf Valente Branding Tropical Engenharia
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GRANDES CASES DE EMBALAGEM
VIGOR MIX Manteiga e margarina
Destaque para a manteiga-margarina Vigor Mix, produto inovador da Vigor, se diferencia pelo formato e pela decoração das embalagens
Composto meio a meio por manteiga e margarina, Vigor Mix é classificado pelo fabricante como produto premium que se destaca na categoria por sua qualidade e seu sabor, superiores, como o preço, em relação à margarina. Todavia, nos pontos de venda essa condição precisava sobressair para que o produto não fosse confundido com as gorduras alimentícias 100% vegetais, em cujos locais de exposição não havia diferenciação notável entre as embalagens, tanto em formatos quanto em elementos gráficos em geral. O projeto do lançamento da Vigor Alimentos atendeu a essa necessidade. O formato do pote de polipropileno, produzido pelo processo de injeção, se destaca pelas curvas suaves, o 32 | Dezembro 2016
que lhe confere atributos ergonômicos positivos. A área do recipiente possibilita grande aproveitamento gráfico, com rotulagem em sistema IML (in mold label), de alta qualidade na reprodução de detalhes e imagem fotográfica. O uso de resina PET para confecção da sobretampa resulta em alto brilho e transparência. Os potes têm duas versões, de 250 gramas e 500 gramas, mas as dimensões dos bocais são iguais, permitindo o uso de sistema único de envase para os dois tamanhos. Empilhadas nas gôndolas refrigeradas, duas embalagens menores ficam com a mesma altura da embalagem maior.A abertura do selo de vedação é feita pela lateral do pote, o que facilitaria essa ação pelo consumidor.
A expectativa da Vigor Alimentos com esse lançamento é elevar em 10% a 20% suas vendas na categoria das margarinas. A empresa relata ter obtido com seu uso melhor aproveitamento na área de palete e estabilidade no consumo de matéria-prima para confecção das embalagens. emb.bz/vigormix
FORNECEDORES CITADOS
HP Embalagens Jaguar Plásticos Selimpack
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MISS WHITE BRAZILIAN CACHAÇA
Sinergia para posicionar branquinha Embalagem sofisticada de cachaça Miss White leva a obter exposição privilegiada entre bebidas importadas Desenvolvida
com foco no mercado premium, que ainda não está suficientemente maduro em seu processo de valorização, a cachaça Miss White, da Aguardente Guaraciaba, tradicional fabricante da bebida na cidade mineira de mesmo nome, decidiu que a embalagem do produto deveria ser o principal instrumento para o êxito do lançamento. Destinada ao preparo de caipirinhas e outros aperitivos, a bebida, classificada na categoria das brancas, tinha por foco o público jovem e moderno, cujo interesse deveria ser atraído pela garrafa, que deveria ser nobre, delicada e sofisticada. Decidida a adoção do recipiente, de origem francesa, foi iniciado um trabalho em que prevaleceu total sinergia e permanente troca de informações entre a empresa usuária, a agência de design contratada e a indústria gráfica fornecedora dos rótulos autoadesivos. A aplicação destes exigiu especial tra-
balho de desenvolvimento, visto que a garrafa, longilínea, não apresentava um painel de rotulagem adequado. Era fundamental evitar bolhas e levantamento das bordas. A decoração consiste de quatro peças – rótulo, contra-rótulo, lacre e neck label – aplicadas em pontos específicos do recipiente. Foram feitos com materiais distintos a partir de facas especialmente desenvolvidas. O rótulo frontal é impresso em polipropileno branco com uma combinação de verniz tátil (relevo) e verniz fosco, alternativa mais barata do que papel com textura. Na impressão recorreu-se aos processos de flexografia, offset, serigrafia e aplicação de hot-stamping. O contrarrótulo foi desenvolvido com efeito de lente, obtido com laminação de duas estruturas autoadesivas e combinação de flexografia e offset. Foi inserida ainda pequena área com reserva de verniz para possibilitar a inserção de informações variáveis. Foi desenvolvido também um neck label com o logotipo de Miss White, em material ultra transparente, impresso em hot-stamping prata e finalizado com verniz brilho. Para completar foi acrescentado um lacre de polipropileno no gargalo, com picote para facilitar a abertura. Segundo a Guaraciaba, a garrafa e seu sofisticado sistema de decoração permitiram à marca conquistar lugar privilegiado no varejo de bebidas de alto nível, ao lado de grandes vodcas, uísques, conhaques, tequilas, espumantes e saquês importados. emb.bz/misswhite FORNECEDORES CITADOS
CCL Label Labrenta Verallia VY2 Studio Design
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Bonafont
Versatilidade no marketing, eficiência operacional Com molde único e rótulos termoencolhíveis, Bonafont Kids Mascote visa ganhar público infantil para água
Bebida
geralmente sem muito apelo emocional quando se trata de crianças, a água foi apresentada em outubro de 2015 com muita criatividade pela Danone Waters, através da linha Bonafont Kids Mascote, direcionada ao público infantil. O lançamento foi feito de forma a atender às demandas do marketing por versatilidade e da área industrial por eficiência operacional. Uma garrafa com shape único transforma-se em personagens do universo infantil graças à aplicação de rótulos termoencolhíveis cuidadosamente elaborados de modo a resultar em ilustrações adequadas ao formato do recipiente. Das sete figuras do filme
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“Vingadores” que compuseram a linha no lançamento, foram mantidas as quatro mais populares, as quais ganharam a companhia de três itens da franquia Frozen. Assim, com um único molde e sem interferências nas linhas de envase, as garrafas chegam às gôndolas com apelos para diferentes públicos (incluindo os adultos), e com o potencial de fácil alteração para atender novas campanhas. O produto ganhou o apelo de brinquedos colecionáveis, e uma embalagem display estimula a compra de mais unidades da bebida. emb.bz/bonafont
FORNECEDORES CITADOS
Emibra Fly Jabuti XYPD
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Pack Promocional Farinha Láctea Nestlé
Apelo à interatividade Ação integrada entre fornecedores possibilitou a consumidores desenhar em latas da Farinha Láctea Nestlé
Na esteira da febre dos livros de colorir, a Nestlé decidiu usar o conceito na lata de um de seus mais tradicionais produtos, a Farinha Láctea, numa ação promocional limitada que leva à interação com consumidores infantis e seus familiares. Foi necessário desenvolver um verniz fosco especial para uso em litografia, que tornasse possível o uso de lápis de cor ou giz de cera para colorir a superfície da lata, pois os produtos existentes não traziam resultado satisfatório para essa finalidade. Para isso, a interação começou em casa: toda a cadeia de fornecedores foi envolvida em conversas com representantes das áreas de embalagem, marketing e identidade de marca da empresa de alimentos. O tempo de desenvolvimento técnico do verniz foi de 160 horas e envolveu o trabalho de dois profissionais químicos. Não houve alterações nos processos de fabricação e impressão da lata. O kit promocional trazia uma lata para colorir, uma caixa de lápis de cor e três pouches de Farinha Láctea. Feito de papel cartão com janelas para visualização dos brindes, o cartucho era envolvido por filme termoencolhível para assegurar a sua inviolabilidade. A ação, criada em 2015, foi tão bem sucedida que foi repetida neste ano. Ao todo, foram criadas oito artes diferentes e colecionáveis. emb.bz/farinhaláctea FORNECEDORES CITADOS
Gráfica 43 Klabin Metalúrgica Mococa O Maquinário Laboratório Criativo PPG Packaging Coatings Sweety & Co.
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Glamour Amour
Impulso com pérolas Com ação promocional de ocasião, O Boticário eleva vendas de perfume
Para o setor de perfumaria e cosméticos, o Dia das Mães é uma data que, no calendário das boas vendas, fica atrás somente do Natal. Escolhida para ser protagonista de O Boticário na ocasião em 2015, a marca Glamour Amour chegou às lojas da franquia com a adição de um cordão com réplicas de pérolas, concebido para ser reutilizado como pulseira. O fio de silicone que une as joias – únicas que dispensam lapidação – tem a flexibilidade necessária e facilita a retirada do colar do frasco. O adorno foi a forma encontrada para conferir sofisticação à fragrância sem que houvesse investimentos em molde para o recipiente de vidro, que ganhou pintura perolizada em degradê. Com simplicidade estrutural, para atender as metas de custo, o cartucho simula um colar de pérolas, gravadas em relevo e destacadas com verniz localizado. O visual delicado é completado pela tonalidade dourada, com brilho metalizado suave, e pela aplicação da marca em hot stamping. Mesmo com toda a sofisticação, o projeto contribuiu para que Glamour Amour chegasse às gôndolas com preço competitivo, ajudando a impulsionar as vendas do produto para patamares elevados. emb.bz/glamour
FORNECEDORES CITADOS
Aptar Group Box Print Hills Lumen Design Wheaton
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Linha Danúbio
Reposicionamento com transparência Percepção dos consumidores influiu na reformulação da linha Danúbio, da Vigor
A transparência
foi um dos pilares do redesenho das embalagens da linha Danúbio no processo de reposicionamento da marca. Uma pesquisa etnográfica com consumidores dessa linha de produtos da Vigor Alimentos identificou aspectos percebidos e valorizados pelos consumidores. Qualidade e frescor estavam entre os quesitos principais, o que direcionou a aposta na transparência, explorada sempre que a embalagem permitia. Onde a translucidez não era viável, coube ao design minimalista transmitir esses valores. Essa abordagem exigiu mudanças na decoração dos itens, e o objetivo do projeto foi implementá-las com o menor impacto possível na cadeia de fornecimento e nas linhas produtivas. Nos potes de requeijão, o rótulo frontal branco foi substituído por rótulo e contrarrótulo autoadesivos com filme transparente, criando o efeito no-label look, pouco usual na categoria. O
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destaque fica por conta das embalagens do queijo frescal. A luva usada na versão anterior foi eliminada, simplificando a operação de envase e reduzindo o tempo de resfriamento necessário. As caixas de embarque foram redimensionadas, permitindo a colocação de 35% a mais de unidades por palete. Com essas mudanças, a Vigor projeta uma redução no consumo anual de papel cartão da ordem de 50 toneladas, e de 10 toneladas de papelão ondulado. Os potes de polipropileno termoformados impressos em dry offset deixam o produto à mostra. As tampas, injetadas no mesmo material, formam uma queijeira para facilitar o consumo, e foram ajustadas para que não se soltassem no transporte sem a proteção antes dada pela luva. Também receberam em relevo o carimbo SIF, liberando espaço na área de rotulagem. emb.bz/danubio
FORNECEDORES CITADOS
Bemis Flexcoat Ibéria Oz Estratégia + Design Rojek Selimpack
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Rum Bacardi Carta Blanca e Carta Oro
Mudança para mostrar herança Novas garrafas e novos rótulos do Rum Bacardi vão além dos aspectos estéticos Empenhada em evidenciar ao consumidor sua herança histórica, a Bacardi promoveu uma transformação nas embalagens do Rum Bacardi Carta Blanca e Carta Oro que envolveu mais do que aspectos estéticos. A garrafa, comum às duas variantes da marca, foi redesenhada para que se encaixasse de forma mais anatômica às mãos, e teve o peso do vidro distribuído de forma mais homogênea ao longo de seu corpo, facilitando o manuseio no momento de servir a bebida. A nova pega foi pensada também para facilitar o preparo de drinks pelos barmen nos pontos de dose, um dos alvos da mudança, já que a empresa queria aumentar a presença de seus runs nesses locais, além de incrementá-la nos pontos de dose. Assim, houve modificações também no rótulo autoadesivo, impresso em filme produzido a partir de cana de açúcar. Estes são disponibilizados em liner PET, em vez de liner de papel siliconizado, e portanto com menor geração de resíduos após a aplicação. Os diversos acabamentos empregados têm a função de melhorar não apenas o apelo visual, mas de trazer experiência tátil ao consumidor. O morcego, as medalhas e a assinatura, ícones da marca, foram repaginados para rejuvenescer a identidade visual sem quebrar o vínculo com a herança histórica da bebida. Após a mudança, as vendas do produto cresceram 14%. emb.bz/bacardi Fornecedor citado
Baumgarten
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Bovecto
Inovação em saúde animal Frasco do produto veterinário Bovecto permite aplicação em ângulo de 90 graus Frascos dosadores não são exatamente uma novidade nos segmentos de saúde animal, limpeza e outros, mas a Ipanema Indústria de Produtos Veterinários, de Araçoiaba da Serra (SP), fez uma ação inédita ao adotar para o Bovecto, um produto veterinário de sua fabricação, uma embalagem inovadora no mercado brasileiro. Mas este é o primeiro frasco do tipo que permite a aplicação com ângulo de 90 graus. O primeiro gargalo é usado no envase. O segundo serve para o momento do uso. O mecanismo é engenhoso, mas de simples utilização. Basta virar a embalagem, e o líquido se movimenta do compartimento principal para o dosador, permitindo a máxima utilização do conteúdo. A posição do duto na parte superior impede o retorno à câmara principal mesmo durante a aplicação do produto, facilitada pelo posicionamento da alça. Alinhados, os gargalos aumentam a resistência mecânica no empilhamento. Com isso, foi possível aliviar o peso da embalagem. A embalagem é fabricada internamente, em máquina de sopro de última geração, com aumento de produtividade de 20% em relação ao processo convencional. O produto é decorado com rótulo autoadesivo. emb.bz/bovecto FORNECEDORES CITADOS
Braskem Poly-Blow
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Cremes de Queijo Danúbio
Abrangência com mira na fidelização Potes dos Cremes Danúbio, da Vigor, contemplam soluções nos aspectos visual, processual e logístico
Nos parâmetros da estratégia de inovar permanentemente a fim de estar sempre presente na mente dos consumidores e manter sua fidelidade, em janeiro de 2016 a Vigor Alimentos mudou a identidade visual de três novos SKUs: Creme de Ricota 200g, Creme Frescal 200 e Creme Cottage 200g. Incorporados à linha de produtos Danúbio, no reposicionamento da marca as embalagens desses cremes de queijo, direcionados sobretudo ao público jovem e moderno, segui-
ram o conceito de design limpo e sem excessos de comunicação, num projeto abrangente. A linha de preparação e envase do produto foi projetada especialmente para o lançamento dos cremes. Com boca ampliada em relação ao usual na categoria, os potes injetados em polipropileno trazem formato que facilita o consumo do conteúdo. Facetados, possibilitam a exposição em diferentes posições nas gôndolas refrigeradas do varejo, apelo que é reforçado pelo uso
de uma cor para cada variedade do produto. A decoração, feita com rótulos in-mold (IML), explora as faces do pote e a área da sobretampa, também injetada em polipropileno. O selo é de alumínio. No quesito logística, o design exclusivo da embalagem mostrou-se eficiente, ao proporcionar uma ocupação superior a 97% da área do pallet.
Fornecedor citado
São Bernardo
emb.bz/cremedanubio
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Luiz Valduga
Tradição firma-se no luxo Garrafa e estojo de vinho top que homenageiam patriarca da Casa Valduga se firmam no nicho premium
As 3 000 unidades numeradas que compuseram o lote especial do vinho Luiz Valduga, lançado em junho de 2016, são uma homenagem ao patriarca da família que desde 1875 comanda a vinícola gaúcha e têm na embalagem a consolidação da imagem de alta qualidade do produto. A embalagem traz simbolismos que aludem à história da Casa Valduga Vinhos Finos Ltda., e cumpre a função de posicionar a empresa também no mercado de produtos de luxo. O topo levemente mais amplo que a base traduz a imponência e a sofis-
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ticação da bebida, que levou cerca de dez anos para ser elaborada e é considerada internamente como o vinho mais expressivo já desenvolvido pela vinícola. O rótulo, desenvolvido com ferro, pedra e madeira busca representar o legado de Luiz Valduga e a sua perpetuação no futuro. O metal simboliza a força e a perseverança do patriarca. A madeira, revestida de grúpula (cristais formados pela maturação do vinho) foi retirada de barricas de carvalho que abrigavam o tinto e visou simbolizar a essência e inspiração da Famiglia Val-
duga, que está em sua terceira geração. A pedra foi esculpida em basalto, minério presente no solo do Vale dos Vinhedos, onde os Valduga se estabeleceram. A garrafa é acondicionada em uma caixa que traz no fechamento o símbolo da família. Seus membros decidiram que jamais poderia ser comercializada sem esse estojo altamente atraente. O lote foi todo vendido em cerca de um mês. Cada unidade foi comercializada por cerca de 400 reais. emb.bz/valduga
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Nostro Café
Atraente e funcional em casa e no PDV Embalagem das cápsulas de Café Nostro tem impressão esmerada e é utilizável depois de aberta
Com a crescente oferta de cápsulas de café compatíveis com as máquinas domésticas, a embalagem passa a ter papel cada vez mais importante na diferenciação entre as marcas. Por isso, a Café Pacaembu se esmerou nos acabamentos gráficos da linha Nostro, e escolheu um formato de cartucho que fosse funcional tanto no varejo quanto nos domicílios dos compradores. Nos pontos de venda, a embalagem pode ser exposta na horizontal ou na vertical. Sobre o fundo com cores
escuras e laminação fosca, destaca-se a marca gravada em hot stamping, com registro. As variedades são identificadas por cores. Do ponto de vista do consumidor final, a faca desenvolvida para o sistema de abertura possibilita utilizar o cartucho como um prático porta cápsulas, que pode ser fechado novamente, ajudando a organizar o armazenamento e a manter o aroma do café. Quando aberta, a embalagem deixa à mostra a impressão interna e revela
uma nova aplicação de hot stamping, elevando a percepção de valor. Para reforçar este aspecto, o design utiliza ilustrações em 3D, letras manuais exclusivas, harmonia de cores e laminação fosca. emb.bz/nostrocafe
FORNECEDORES CITADOS
Antilhas Embalagens Fly Jabuti Design
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Amó Natura
Relação incrementada com sutileza Natura redesenha frascos do perfume Amó para aumentar percepção pelos dois sexos
Amplamente conhecida pelo público, a linha de perfumes Amó, da Natura, vinha apresentando significativa redução na intenção de compra, devido a um fator ligado às embalagens. Os frascos de vidro, idênticos em formatos para as duas fragrâncias do produto, prejudicavam a percepção de direcionamento de cada um por parte dos consumidores: a forma, demasiado neutra, não despertava interesse de homens nem de mulheres.
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O redesenho das embalagens, efetuado em setembro de 2015, trouxe para os recipientes o perfil dos corpos feminino e masculino com sutileza. Lado a lado, as embalagens se complementam e formam um conjunto harmônico. Com a adoção do novo formato, as duas versões foram diferenciadas entre si, pois a fabricante apurou que a forma neutra e única da embalagem antiga prejudicava a percepção por parte do público. A masculina, maior, tem curvas
menos acentuadas que a feminina. Juntas, encaixam-se com suavidade, sugerindo o relacionamento entre um casal. A transparência dos frascos foi substituída por pintura esmaltada, mantendo o código de cores adotado anteriormente. Com a mesma identidade visual, os cartuchos também exploram o conceito de complementaridade que permeia todo o projeto. emb.bz/amo
Fornecedor citado
Questto Nó
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Lindoya Verão Speciali
Sofisticação em água mineral Lyndoia Verão Speciali tem layout de embalagens incrementado para alcançar estabelecimentos de renome
Concebida para
ser uma linha premium para bares, restaurantes e hotéis, a água mineral com gás e sem gás Lindoya Verão Speciali ousou, em seu lançamento, ao apostar em garrafas PET num terreno dominado pelo vidro. A proposta do redesenho da embalagem foi sofisticar a apresentação. Para isso, os rótulos termoencolhíveis deram lugar a autoadesivos com efeito no-label look e detalhes metalizados. A ênfase foi dada à transparência da decoração, de modo a deixar transparecer o grafismo prata ao fundo do rótulo. O nome adotado para o produto traduz a intenção de ressaltar o foco desejado para a cmercialização: clientes e ocasiões especiais. A imagem da paisagem característica da marca foi estizada, com simplificação do padrão cromático, tornando a embalagem mais elegante. Com paredes paralelas e diâmetro reduzido, as garrafas têm ótimo desempenho no processo de paletização e na ocupação dos refrigeradores dos clientes. A Lindoiano Fontes Radioativas, engarrafadora do produto, relata ter aberto novos e expressivos pontos de venda nas redes hoteleiras, em bares e restaurantes renomados após as mudanças. emb.bz/lindoya
FORNECEDORES CITADOS
Bericap Clariant Indexlabel
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Bí-O
Racionalização para ajustar Nova embalagem de desodorante da L’Oréal busca adequar-se à percepção do consumidor Desde o lançamento do desodorante bí-O, em 2008, a L’Oréal adotou a política de fazer novos lançamentos para ampliar a gama de seus produtos. Em 2016, colocou-se o desafio de redesenhar a embalagem tipo roll-on do produto, levando em conta a opinião e a percepção dos consumidores da marca. Em março, estreou a inovação. Mais longilíneo e com melhor pega que a versão anterior, o novo frasco do desodorante tem diâmetro semelhante na base e no topo da tampa, que apesar de côncava tem as bordas no mesmo plano. Isso confere estabilidade à embalagem também em posição invertida, permitindo o consumo total do conteúdo. Moderno e ergonômico, o novo formato trouxe também benefícios no processo de envase. Estável, o frasco elimina a necessidade de copos na linha de produção, permitindo maior número de embalagens por metro linear na esteira, o que aumenta a produtividade. Antes composta por três peças – frasco, esfera e tampa – a embalagem de bí-O ganhou um quarto componente: um porta esferas, que por ser injetado tem dimensional mais controlado, garantindo melhor estanqueidade quando o frasco está fechado, e melhor dispersão do produto durante a aplicação. O antigo rótulo termoencolhível foi substituído por autoadesivos, facilitando a aplicação e a centralização da arte. O do painel traseiro, tipo bula, traz as informações legais. Como benefício adicional, o briefing para o redesenho da embalagem sugeria o apelo de ser mais sustentável que a versão anterior. Na solução adotada, A quantidade
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de frascos por pallet aumentou 57%, enquanto o peso da embalagem foi reduzido em mais de 20%. Os produtos passaram a ser agrupados apenas com shrink, sem necessidade de bandeja ou caixa de transporte. emb.bz/bio
FORNECEDORES CITADOS
Braskem Flexcoat Plastek UPM Raflatac
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Cerveja Von Borstel
Na medida desejada Garrafa única no mundo permite controlar a quantidade de espuma no ato de servir cerveja O segmento de cervejas especiais vem crescendo significativamente no Brasil nos últimos anos, mas o mercado é caracterizado por muitas variantes de produto e lotes moderados de produção. Nesse quadro, fabricantes em geral têm dificuldades para lançar embalagens inovadoras. Por isso, a cervejaria paranaense Von Borstel, de Londrina, não desperdiçou a oportunidade de adotar uma embalagem standard especialmente desenvolvida para esse segmento, e até então inédita no Brasil. A garrafa de vidro âmbar, de 500 mililitros, com gargalo diferenciado foi projetada para controlar o nível da espuma na hora de servir a cerveja, atributo essencial para os apreciadores da bebida. Quando o canal é posicionado para cima, o colarinho fica mais estreito. Ao virá-lo para baixo, o fluxo do líquido no copo produz mais espuma. Segundo o fabricante, é a única embalagem no mundo que proporciona o controle da quantidade de espuma da cerveja. Com a embalagem pioneira, as duas variantes da marca destacam-se das concorrentes nas congestionadas prateleiras destinadas às cervejas artesanais, o que está ajudando a fabricante a conquistar novos mercados, ampliando sua atuação geográfica. emb.bz/vonborstel
Fornecedor citado
Owens-Illinois
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Kit Kat Rubies
Lapidados como rubis Minibombons Kit Kat remetem à ideia de pedras preciosas num estojo
KitKat Rubies
foi uma ação especial alinhada à estratégia da Nestlé de posicionamento mais premium da marca. Lançada pouco antes da Páscoa, consistia em um estojo de papel cartão com duas gavetas termoformadas que acomodavam vinte unidades do minibombom e acondicionadas em flow packs individuais. O formato da embalagem foi inspirado em uma caixa de joias, transmitindo para o chocolate a ideia de valor. O nome do produto inspirou os grafismos da caixa, que simulam um rubi lapidado, criando um efeito facetado graças às diferentes intensidades do
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calço branco sobre o fundo metalizado em que foi feita a impressão. Hot stamping e relevo dão um toque final de sofisticação ao estojo, reforçando o aspecto premium pretendido pela marca. Os acabamentos diferenciados foram adotados pela primeira vez por Kit Kat no Brasil. emb.bz/kitkatrubies
Fornecedor citado
CBA B+G
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Café Pelé
Como o jornal do dia Café Pelé acondicionado como capa de O Estado de S. Paulo impacta no ponto de venda
Para mostrar
aos consumidores o frescor de seu Café Pelé, a Cacique deu roupagem ousada a um lote de embalagens usado numa ação promocional inédita no Brasil. No dia 8 de abril, o produto chegou a um ponto de venda em São Paulo com o mesmo leiaute da capa do jornal O Estado de S. Paulo daquela data. O objetivo central da ação foi chamar a atenção para o fato de que o produto é acondicionado diariamente. Posicionados ao lado da edição impressa do veículo de comunicação, os pacotes despertavam a curiosidade dos consumidores. Uma sobrecapa de papel cartão
explicitava a novidade, entregue também a assinantes do jornal. A arte foi impressa digitalmente sobre a estrutura pronta da embalagem a vácuo do café, composta por camadas de poliéster, alumínio e polietileno, com aplicação de verniz de proteção. Graças à agilidade proporcionada pela tecnologia de impressão, o lote foi produzido em apenas quatro horas e obteve ampla repercussão em mídia. emb.bz/cafepele FORNECEDORES CITADOS
Camargo Embalagens HP
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Olinda
Com a ginga do frevo Linha Olinda da L’Occitane au Brésil faz sucesso junto ao público
Com embalagens
inspiradas no regionalismo brasileiro, a linha Olinda foi muito bem recebida pelo público, chegando a atingir 6,5% de participação em vendas dentro do portifólio da L’Occitane au Brésil. Para a Deo Colônia foi desenvolvido um frasco curvilíneo alusivo ao movimento do frevo e às curvas femininas. Com formato ergonômico, encaixa-se nas mãos para facilitar a aplicação do perfume. O cartucho com cores vivas
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tem ilustração da artista Joana Lira. É a mesma identidade visual do sabonete perfumado que integra a linha. Para esse item, o desafio foi trazer uma embalagem mais sofisticada que as usadas por produtos concorrentes. A viabilidade do projeto passava por desenvolver um fornecedor que produzisse uma estrutura especial em lotes relativamente pequenos, mantendo os custos em patamares competi-
tivos. A solução foi adotar um papel monolúcido com aplicação de verniz a frio, que é ativado termicamente no momento da selagem, num processo de embalamento automático. A L’Occitane au Brésil relata que o desenvolvimento da embalagem para o sabonete e o sucesso de suas vendas viabilizaram o lançamento de novos produtos com a mesma embalagem. emb.bz/olinda
FORNECEDORES CITADOS
Aptar Congraf Lamine Vitro
GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Coca-Cola Edição Histórica
Parte da história de um ícone Réplicas de garrafas de Coca-Cola do passado agradam consumidores e repercutem na mídia
No aniversário de 100 anos do lançamento de sua inconfundível garrafa Contour, a Coca-Cola Brasil lançou um pack promocional para celebrar, através do design, um pouco da história desse que é seu principal ícone. Seis réplicas diferentes de embalagens históricas, com os tamanhos originais, foram acomodadas num cartucho com visual retrô. Os anos de lançamento de cada modelo foram 1899, 1900, 1905, 1913, 1915 e 1923. Como cada formato tinha suas particularidades e a capacidade volumétrica variava de uma versão para a outra, as garrafas de vidro foram produzidas em duas plantas diferentes do fornecedor. Para que se enquadrassem na legislação vigente sobre rotulagem sem impactar o visual original, as réplicas foram comercializadas apenas agrupadas, e as informações foram todas gravadas na embalagem secundária, reforçando seu apelo de kit presenteável e colecionável. Essa primorosa ação de reforço de marca teve enorme impacto junto aos consumidores da marca, com grande repercussão nas mídias sociais. A iniciativa teve também ampla divulgação nos meios tradicionais de comunicação. emb.bz/cocacolahistorica
FORNECEDORES CITADOS
Ibratec Owens-Illinois
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GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Oxford Daily e Oxford Porcelanas
Força na simplicidade Soluções lógicas de embalagens resultam em bons resultados para Porcelanas Oxford
A reestilização das embalagens dos produtos da Oxford Porcelanas, de São Bento do Sul (SC), é um exemplo de projeto em que se ganha destaque no ponto de venda mesmo com a simplificação do sistema. O que separava a linha Daily, mais acessível, da mais sofisticada, daquela empresa era basicamente a cor das caixas de papelão que as acondicionava. O baú de madeira com alça de sisal e enchimento de palha, considerado um clássico da marca, era usado para colocar as peças em kits presenteáveis. No redesenho, a diferenciação entre as linhas foi reforçada em cores e ícones. Daily passou a ser mais suave, enquanto Oxford tornou-se mais intensa. As etiquetas adesivas com dados variáveis tornaram-se mais impactantes e funcionais, e passaram a custar 10% a menos que as usadas antes. O destaque ficou para o projeto de substituição do baú. O antigo foi transformado num caixote tipo gaveta, que eliminou a tampa e incorporou alças plásticas injetadas coloridas, aumentando o apelo de reaproveitamento pelo cliente final. Com o novo caixote, a Oxford dobrou a velocidade de montagem das embalagens, e ainda teve ganhos na gestão de estoque. Antes da mudança, as porcelanas de kits presenteáveis eram inseridas apenas nos baús, sem as caixas, que eram usadas nas vendas regulares. Isso exigia previsões de vendas para as duas situações e um constante trabalho de reembalagem. Agora, todos os kits são acondicionados em caixas, que são facilmente inseridas nos caixotes de acordo com a demanda. A mudança propiciou maior versatilidade de exposição no varejo. emb.bz/oxford
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FORNECEDORES CITADOS
Cartonagem Batistense Cartonagem Jauense Cartonagem Puel Grossplast Lumen Design Sulimar
entrevista
Inspirada no que fazem diversas
Desvios e espelhos Empresa catarinense avança no Brasil com uma tática incomum em produtos de limpeza: fabricação e venda direta, em embalagens típicas dos grandes players. Leonardo Castelo, diretorgeral da Ecoville, detalha o modelo de negócio
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grifes de cosméticos, a Ecoville ruma para se consolidar como um fenômeno no mercado brasileiro de produtos de limpeza doméstica e automotiva. A empresa, fundada em 2007 em Joinville (SC), vem se destacando pela aposta na fabricação e venda direta de mais de 250 itens através de lojas próprias, do porta a porta e, de alguns meses para cá, também por meio de franquias. É uma rede que no Brasil já conta com 200 pontos de venda, espalhados por dez Estados, e que em 2015 fez girar 130 milhões de reais. Não obstante o modelo particular de negócio, a companhia se preocupa em oferecer produtos com apresentações similares às das marcas líderes do setor, cativas do atacado e varejo. “Sem boas embalagens, não conseguiríamos convencer o consumidor e obter boas margens”, explica Leonardo Castelo, diretor-geral e um dos fundadores da Ecoville – ao lado do irmão, Leandro, e do pai, José Edmar. O empresário conversou com EmbalagemMarca sobre packaging e planos para o futuro. A venda direta é incomum no mercado de produtos de limpeza doméstica. O que levou a Ecoville a apostar nesse modelo? Desde o início quisemos desviar do varejo tradicional. Enxergamos uma oportunidade em criar um modelo profissionalizado para a venda porta a porta de produtos de limpeza, aquela feita em automóveis e que é muito comum em quase todas as cidades brasileiras, porém feita de maneira amadora, informal. Foi um estalo, mesmo, não tínhamos conhecimento de quem fizesse algo similar no Brasil ou lá fora. Montamos uma pequena indústria e uma equipe de comércio ambulante bem treinada, uniformizada. Para essa venda porta a porta, nos inspiramos bastante na sistemática de trabalho da Natura, da Avon. Muita coisa das empresas de cosméticos formou nossa base. Quando foram instituídas as lojas? Pouco tempo após o início (em junho de 2007). A venda porta a porta fez sucesso e os revendedores vinham muitas vezes coletar produtos na indústria. Tivemos necessidade de ter um canal de
atendimento melhor para essa força de trabalho. A primeira loja que montamos, em Joinville, foi para atender os revendedores. Mas decidimos abri-la também ao público. Acabou funcionando muito bem e fomos replicando o conceito. Os consumidores abraçaram o projeto pelo aspecto da venda consultiva, pelos vendedores explicando os atributos e benefícios dos produtos. Mais recentemente, entramos no mercado de franquias. A resposta foi fantástica. Já temos mais de duzentos contratos assinados. Até o final de 2016, cerca de cinquenta lojas franqueadas deverão estar funcionando. Que diferenciais os produtos da marca oferecem em relação aos dos players tradicionais, escoados no grande varejo? Sempre tivemos produtos com preços 30% menores, em média, que os dos similares das marcas líderes. Esse é um apelo importante, mas também temos produtos diferenciados em desempenho, em satisfação. A venda direta traz para nosso negócio uma coisa que as grandes empresas às vezes não conseguem com a mesma facilidade ou intensidade, que é pesquisa de mercado constante. As vendas porta a porta e o atendimento nas lojas nos dão um canal para filtrar muitas informações diárias, de necessidades e vontades do consumidor. Isso nos permitiu lançar alguns produtos realmente inovadores no mercado, como nossas linhas de produtos para limpeza de piso antiderrapante, para limpeza de porcelanato, para limpeza de epóxi... Acabamos nos tornando uma empresa dedicada a resolver problemas da dona de casa, focada em especiarias. Esse foi um fator de impulsão muito forte. Pudemos abdicar do pensamento de varejo, de desenvolver itens para serem colocados na gôndola e serem sucessos de venda. O senhor falou do apoio dos vendedores no comércio direto. Isso diminui a importância da apresentação dos produtos? Não, e digo isso por experiência. Começamos de forma bastante modesta, com embalagens e rótulos simples, para não dizer feios (risos). Tudo dentro das normas, mas sem aparência. Logo decidimos adotar embalagens mais bonitas, sem par na concorrência, porque mesmo
tendo vendedores treinadíssimos, você não consegue agregar valor ao produto. Queríamos que nosso produto fosse desejado, assim como um cosmético da Natura, da Avon. Nos últimos anos, passamos a trabalhar com embalagens de características alusivas aos dos líderes de cada segmento. Percebemos, por exemplo, que a cor tem grande influência no convencimento do consumidor, por associação ou outro motivo. Se a embalagem do meu limpador multiuso tem
formato e cor parecidos ao do líder de mercado, a dona de casa tende a acreditar que o produto é bom. Então, isso demonstra que a apresentação do produto é um critério significativo. Essa disposição em seguir padrões de embalagem não pode prejudicar a comunicação dos diferenciais dos produtos e uma ascensão maior da marca? Foi uma tática de primeiro momento. Deu certo. Éramos pequenos, não podí-
amos ficar inventando muita coisa, sob o risco de não ter força mercadológica para implantar. Agora estamos numa segunda fase, de empresa média, e estamos empenhados em inovar. Mas ainda não é fácil. Para mudar uma embalagem, tenho de investir, chutando, quase meio milhão de reais. Temos de manter a embalagem por certo período. Estamos entrando agora, de forma gradativa, com uma embalagem inovadora, com alça lateral, nos moldes do que fazem grandes players do mercado, como Unilever e P&G. Na medida do possível, vamos compor esses diferenciais de apresentação, que são importantes. Até porque não é bom para a venda você ficar muito tempo com uma mesma embalagem. O cliente quer ter a percepção de que a empresa está se mexendo o tempo todo. O nome da empresa remete à sustentabilidade, e sabe-se que as fórmulas biodegradáveis são um apelo forte da marca. Já foi cogitada a ideia de reforçar essa imagem por meio de embalagens ambientalmente mais corretas? Ainda não produzimos nossas próprias embalagens. Nesse campo, nossa principal fonte é a Greco & Guerreiro. Temos uma boa parceria com eles, mas ainda não fomos atrás de soluções nesse sentido. No entanto, cerca de 40% da resina utilizada em nossos frascos é reciclada. O fato de os produtos da marca serem também comercializados no porta a porta, por meio de veículos, implica algum cuidado quanto à resistência no desenvolvimento das embalagens? Sim. Projetamos embalagens com peso um pouco maior, mais espessas, pelo atrito que acabam sofrendo dentro dos veículos. Também utilizamos rótulos com impressão interna, diferentemente da maioria das empresas do nosso meio. O custo é um pouco maior. Não é uma diferença muito grande em se tratando de unidade, mas em grande escala, é. Além disso, dispensamos muito treinamento ao pessoal de porta a porta, para que tenham cuidado no transporte e no manuseio dos produtos. É importante que o produto entregue ao cliente tenha uma boa aparência, sem amassados, com rótulo legível.
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A propósito, como são projetadas as embalagens da empresa? A Ecoville possui em seus quadros profissionais de embalagem ou contrata agências? Temos um departamento de marketing muito bem formatado. Dentro dele, temos uma equipe interna de criação, responsável pela criação dos visuais dos produtos. Também há um profissional dedicado à pesquisa, desenvolvimento e inteligência de mercado. Ele fica o tempo todo estudando embalagem, rotulagem, lançamentos de novos produtos, produtos que podemos homologar para o trabalho de nossa rede, subprodutos que estão se destacando, questões de fragrância. . . Nessa nossa transição de empresa regional para nacional, estamos de olho em qual tipo de embalagem é o mais adequado para cada região do Brasil. Queremos pensar mais em inovação. A Ecoville conta com fábricas,em Joinville e em Belo Horizonte. Essas plantas abrigam todas as operações de acondicionamento de produtos? Nós mesmos envasamos 80% dos produtos. Os outros 20% são envasados por terceiros. E existe uma tendência de terceirizar cada vez mais. O custo de indústria é muito caro. Nos lançamentos de produtos, muitas vezes é preciso investir em maquinário, o que não é simples.
E hoje temos a informação, se não me engano da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), de que cerca de 30% das linhas de produção e envase de artigos de limpeza no Brasil são ociosas. Então, por que investir alto se há um monte de indústrias querendo produção? Com parcerias, podemos trabalhar volume para alavancar boas negociações e conseguir margem. Essa é a linha de raciocínio. Muitos players grandes terceirizam. De vez em quando, nós mesmos somos procurados para produzir para grandes players, mas é uma vertente do negócio com a qual não trabalhamos. A empresa tem focado sua expansão pelo interior dos Estados. Por quê? Nosso planejamento de expansão sempre foi em espiral. Sempre pelo interior, porque é mais difícil entrar numa capital sem ser de uma vez, sem ter muita força de marca. No interior, a mobilidade é mais fácil, a logística é mais fácil, os investimentos de marketing são menores. Mas não ignoramos as capitais. Em outubro, fechamos 45 contratos de franquia no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, estamos com 39 contratos fechados. Já temos cinco lojas no Mato Grosso. Estamos presentes em dez Estados, mas queremos em breve estar no Brasil todo. E estaremos.
Embalagens “um pouco mais espessas” são utilizadas para suportar a venda nas ruas. Visual procura seguir equities da categoria
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Almanaque Primeira cervejaria das Américas Em termos de realizações pioneiras, Maurício de Nassau não é responsável apenas pela construção da primeira ponte e do primeiro observatório astronômico do Brasil. Quando chegou a Recife, em 1637, o príncipe invasor holandês trouxe consigo não só sábios, cientistas, astrônomos e pintores. Em 1640 desembarcou na cidade que se tornaria o principal porto da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil o cervejeiro Dirck Dicx (16031650), com uma planta de cervejaria e os componentes para montá-la. Foi a primeira fábrica de cerveja das Américas.
Essência de Vida “Olina – Essência de Vida” foi o primeiro medicamento registrado no Rio Grande do Sul. O remédio começou a ser produzido em 1911 pelo imigrante alemão João Wesp. Ele já fabricava o produto, à base de ervas medicinais, em sua terra natal, segundo fórmula do Dr. J. Spanger, com quem trabalhara. Inicialmente, o produto era fabricado artesanalmente e envelhecido em barris de carvalho. Junto com sua esposa e filhos, Wesp acondicionava o produto em frascos de vidro na própria residência e saía percorrendo colônias alemãs no interior do estado. Olina era oferecida de casa em casa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em 1916, João Wesp fundou o Laboratório Wesp, em Porto Alegre. Em 1919 teve de
registrar o produto com nome comercial, e não apenas com o adjetivo de essência de vida. Resolveu então colocar um nome de mulher muito comum na Alemanha naquela época, Olina, muito semelhante ao nome de sua irmã mais nova, Lina. João Wesp faleceu em 1966. O Laboratório Wesp continua funcionando até hoje em Canoas, e Olina é seu principal produto.
João Wesp e a evolução das embalagens de olina - essência de vida
Chatô e a média dos fósforos Em meados do século passado, o “Roberto Marinho da época”, isto é, dono do maior império de comunicação no Brasil (emissoras e Diários Associados, TV Tupi, a primeira do País), era Francisco de Assis Chateaubriand, o Chatô. Ele não hesitava em usar esse poder para obter vantagens para seus negócios, sobretudo anúncios. Em uma palavra, chantagem. Por não simpatizar com o magnata, um grande fabricante de fósforos de São Paulo recusava-se a anunciar. Chatô não deixou por menos: comprou um monte de caixas de fósforos, cujo
dirck dicx, em pintura do belga frans hals, de 1639
rótulo dizia conter 50 palitos, e mandou o pessoal da redação do Diário da Noite contar o conteúdo de todas elas. Continham menos – algumas 47, outras 38, outras 45, e assim por diante –, e a notícia, repetida vários dias com grande estardalhaço, falava em “logro”, “escândalo” etc. Os anúncios choveram – e a partir de então os rótulos das caixinhas passaram a dizer: “Contém em média 40 palitos”. (Essa história e outras, engraçadíssimas, são contadas em pormenores no livro Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando Morais)
graças a chantagens de assis chateaubriand, caixas de fósforos passaram a trazer a média de palitos