Em Cartaz - Junho de 2018

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R E V I S TA D A S E C R E TA R I A M U N I C I PA L D E C U LT U R A

Junho 2018 Ediç ão 118

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Casas de Cultura e Teatro Flávio Império realizam festas juninas

´ MuSicA

Theatro Municipal apresenta Fellini & Nino Rota em Concerto e ópera O Cavaleiro da Rosa, de Richard Strauss

CoPa 1907 Esta edição da Em Cartaz tem a tabela dos jogos da Copa 2018 para você marcar os resultados emcartaz | junho 2018

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NOVO DICIONÁRIO DE RUAS Este site foi remodelado e permite que você conheça a história por trás dos nomes das ruas, avenidas e praças de São Paulo. Acesse e divirta-se: dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br

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editorial

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mês de junho chega com uma das comemorações mais populares, divertidas e aguardadas por todos: as festas juninas. Oficialmente criadas para celebrar os dias de Santo Antônio, São João e São Pedro, as festividades trazem muita música típica, danças e brincadeiras. E a Secretaria Municipal de Cultura não fica por fora dessa alegria. Casas de cultura e o Teatro Flávio Império realizam festas durante todo o mês. É uma oportunidade para os moradores das diversas regiões da cidade se divertirem nos espaços culturais próximos de suas casas. Federico Fellini e Nino Rota são, com certeza, o casamento perfeito entre cineasta e compositor. O universo felliniano não seria o mesmo sem as incríveis trilhas sonoras do músico. Junto com o maestro Roberto Minczuk, crei Fellini & Nino Rota em Concerto, espetáculo em que essa atmosfera mágica é retratada no palco do Theatro Municipal por meio de projeções em um telão, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica Municipal. Não posso deixar de destacar a estreia de O Cavaleiro da Rosa, de Richard Strauss. A grande montagem foi totalmente produzida pelo Theatro Municipal e é um programa obrigatório para os amantes do gênero. Estas são algumas das atrações que destacamos para o mês de junho. Para saber toda a programação, acesse cultura.prefeitura.sp.gov.br. Boa leitura! André Sturm Secretário Municipal de Cultura

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Às segundas-feiras, acompanhe o programa TV EmCartaz no Facebook e Youtube. emcartaz | junho 2018

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18 EM FOCO SUA AGENDA CAPA: FESTAS JUNINAS

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MÚSICA: BANDAS STROBO E STROMBÓLICA

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TEATRO: FESTA, A COMÉDIA TABELA DA COPA DO MUNDO 2018 junho 2018 | emcartaz

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XENIA FRANÇA

MÚSICA: ADRIANA SANCHEZ E

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Amarcord

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Laercio Luz

Xenia França

índice

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Olhar fixamente as estrelas | Carol Araujo

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MÚSICA: FELLINI & NINO ROTA EM CONCERTO ÓPERA: O CAVALEIRO DA ROSA TEATRO INFANTOJUVENIL: FEIRA DE TEATRO LAMBE-LAMBE DANÇA: 5DANÇAS NO MAPA DA CULTURA VEM AÍ NOSSOS ENDEREÇOS emcartaz | junho 2018

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em foco

ZONA LESTE EM FESTA Dia 16, a Casa de Cultura de São Miguel - Antonio Marcos festeja seus 26 anos e a de São Rafael faz seu 1º Encontro de Hip-Hop Em junho, a Casa de Cultura de São Miguel - Antonio Marcos completa 26 anos. Para festejar, foi elaborada uma programação especial, gratuita, com a presença da atriz e escritora Miriam Motta. Desde a época da colônia, o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste, é marcado por movimentos artístico-culturais. Para atender ao desejo da população local, foi criada esta casa de cultura em 1991, por meio da lei nº 11.325. Durante toda sua existência, o espaço tem sido responsável pela formação de atores, na criação de grupos de dança, artes plásticas e músicos. Sua função sempre foi a de valorizar e divulgar os artistas da região. A programação regular oferece oficinas gratuitas, shows, teatros, saraus e outras atividades. Em 2007, por meio da lei nº 14.702, foi acrescentado, ao nome Casa de Cultura de São Miguel, o do cantor e compositor Antonio Marcos (1945-1992), músico da Jovem Guarda nascido e criado no bairro.

PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO: Dia 16 14h: Grupo Batakerê - Danças Brasileiras Cortejo interativo ao som de tambores. 14h30: Cia. de Teatro Taty - O Gato Encrenqueiro Espetáculo infantil sobre uma senhora, sua gata de estimação e um gato invejoso. 16h: Érica Valéria - Dança Flamenca Apresentação de sevilhana, uma das vertentes do flamenco dançada por homens e mulheres em grupo. 16h30: Andressa Vieira - Zumba O público tem uma aula de zumba, mistura de passos de dança com exercícios aeróbicos. 17h: Ndee Naldinho - Show de Rap Apresentação de um dos pioneiros do hip-hop brasileiro (Veja mais informações na página 7). 18h: Medida Salvadora Composta por quatro integrantes, a banda mescla em suas apresentações reggae, soul, jazz e rock. 19h30: Encontro dos Sanfoneiros O cantor Bill Ramos apresenta o show O Melhor e Autêntico Forró Nordestino e convida sanfoneiros. | Grátis

1º ENCONTRO DE Hip-Hop A Casa de Cultura de São Rafael, na zona leste, realiza seu 1º Encontro de Hip-Hop, dia 16, a partir das 18h. Participam importantes representantes do movimento na região, entre 4

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eles os grupos Eterna Mentes e Monarckas, o artista Pobre Loko e o DJ Julião Armagedon, que refletem, em suas músicas, a situação do jovem na periferia. +16 anos. Grátis


O REI DA VELA dos Parlapatões

O icônico texto O Rei da Vela é considerado símbolo do Movimento Antropofágico de Oswald de Andrade. Em comemoração aos 27 anos dos Parlapatões, seu diretor Hugo Possolo fez uma adaptação hilária da peça, que ganhou direção musical de Fernanda Maia (Prêmio Shell de Música por As Troianas - Vozes da Guerra). A encenação é o 64ª trabalho do grupo, e enfatiza o caráter burlesco e festivo da obra em clima de cabaré abrasileirado, com forte influência do teatro de revista, do circo e do teatro épico de Bertolt Brecht. “O Rei da Vela é também um projeto de encenação que recoloca os Parlapatões diante da sua expressividade popular e cria um circo-teatro provocativo, desprendido do melodrama, para se lançar sobre um caráter épico em busca da festa e alegria como

prova dos nove”, explica Possolo, que também protagoniza o espetáculo. Conhecido como o Rei da Vela, Abelardo I, um empresário sem escrúpulos, aproveitase da crise econômica no país para extorquir dinheiro de quem lhe pede ajuda. Para inserir-se na alta-sociedade, casa-se com a filha de uma família falida quatrocentona, mas, ao submeter-se ao capital estrangeiro para ficar ainda mais rico, acaba engolido pelo sistema. Selecionado pelo 30º Programa de Fomento ao Teatro, da Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo está em cartaz no Espaço Parlapatões (Praça Roosevelt, 158) até dia 15/7. 6ª e sáb., às 21h; dom., às 19h. +14 anos. 85 min. Ingressos: R$ 30 (6ª) e R$ 40 (sáb. e dom.). emcartaz | junho 2018

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Sua Agenda O que você não pode perder neste mês! Lenise Pinheiro

1 Sexta 20h30 O Teatro Alfredo Mesquita inicia a temporada popular de Coriolano, da Cia. Ocamorana. Na história de William Shakespeare, o jovem general é expulso de Roma pelos tribunos e planeja vingar-se. Projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato, da Secretaria de Cultura. +12 anos. 6ª e sáb., 20h30. Dom. 19h. R$ 20

Juan Esteves

2 Sábado 11h A Casa da Imagem recebe o fotógrafo Juan Esteves para falar sobre o processo de trabalho que resultou na exposição e livro Campos Elíseos História e Imagem. Após receber a elite paulistana, o bairro atravessa um longo período de decadência. Vagas limitadas. Não é necessário fazer inscrição. Grátis

3 Domingo 16h

6 Quarta

10h30

A Casa de Cultura do Campo Limpo recebe apresentação da Poin (Pequena Orquestra Interativa). Em seu show, o grupo de música instrumental explora desde composições dos balcãs até valsas e sonoridades ciganas. O público participa de ações sobre ritmo e afinação, seguindo orientação do regente. Grátis 6

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Gal oppido

Eleguá, Menino e Malandro entra em cartaz no Teatro Cacilda Becker. Vencedor do Prêmio FEMSA na categoria Melhor Trilha Original, para Jonathan Silva, o espetáculo infantojuvenil acompanha um garoto príncipe esperto em uma viagem rumo ao amadurecimento. Até dia 10. Sáb. e dom., 16h. Grátis


Dennis Eduardo

9 Sábado 19h Ndee Naldinho se apresenta na Casa de Cultura Hip-Hop Leste. Considerado um dos mais importantes rappers brasileiros, junto com Thaíde, membros do RZO e do Racionais MC’s participou do surgimento da cena hip-hop no país. No dia 16, às 17h, ele também faz show na Casa de Cultura de São Miguel. Grátis

16 Sábado 16h No Teatro João Caetano, é a última apresentação do espetáculo infantojuvenil Os Criados do Barba Azul. Na história, a governanta e o mordomo de um casarão dizem a um misterioso intruso que o local, onde vivem há anos, pertence ao temido assassino Barba Azul. Até dia 16. Sáb. e dom., 16h. 5ª, 15h. R$ 16 Eduardo Petrini

17 Domingo 21h Na sala multiuso do Teatro Arthur Azevedo, acontece a última encenação de Nos Países de Nomes Impronunciáveis. Com direção de Magali Biff, a peça parte de cartas de despedida para tratar das adaptações por que passam as pessoas em terras estrangeiras. +14 anos. 6ª e sáb., 21h. Dom., 20h. R$ 20

30 Sábado 19h Na Casa de Cultura Hip-Hop Sul, o Sampa Crew faz um show com sucessos de seus 30 anos de carreira. O grupo estourou nas paradas com o sucesso Eterno Amor. O seu som mistura hip-hop, soul e pop. Lançado no ano passado, o álbum Sem Medo de Amar traz o romantismo dançante característico da banda. Grátis

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Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018

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TRAdiCao E ALegRia Neste mês, diversas casas de cultura e o Teatro Flávio Império celebram as festas juninas, uma das comemorações mais populares do calendário brasileiro; atrações reúnem música, gastronomia e tradição

Giovanna Longo

Ilustração: Maria Carolina Marchi

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s casas de cultura, que geralmente oferecem uma programação artística regular, além de oficinas e outras atividades de formação, são espaços marcados pelo convívio, que atendem diretamente aos moradores das regiões nas quais estão inseridas. É por isso que, em junho, esses locais, que já funcionam como polos de celebrações populares, recebem uma extensa agenda de festas juninas, com direito a quadrilhas e brincadeiras típicas. Localizado na zona leste, o Teatro Flávio Império também se junta às comemorações e oferece, na ampla área verde atrás junho 2018 | emcartaz

do edifício, barracas de comidas típicas e programação musical, como apresentações do grupo Bicho de Pé e de quadrilhas. As bebidas e comidas típicas das festas juninas são atrações à parte. Quentão, vinho quente, milho verde, pipoca, paçoca, pé de moleque, caldo verde e muitas outras delícias têm presença garantida nesta época do ano, acompanhando o clima de inverno. Nas Casas de Cultura do Butantã e Santo Amaro, os festejos são tradicionais e, por isso, oferecem uma ampla oferta de barracas com essas opções gastronômicas.


Dança Janjão com Raqué E eu com Sinhá Traz a cachaça, Mané! Que eu quero ver Quero ver paia avuar

Dança Joaquim com Zabé Luiz com Yaiá

“São João na Roça” Autor: Luiz Gonzaga, 1958

capa

A fogueira tá queimando Em homenagem a São João O forró já começou Vamos gente, rapa-pé nesse salão

O que vai ter em cada espaco: Casa de Cultura do Ipiranga Chico Science Apresentações das bandas Samba da Casa, Forro di Muié, Sarau da Música da Capoeira e convidados. Não haverá barracas típicas. | Dia 9, a partir das 13h

Casa de Cultura de São Mateus Show tradicional com a Banda Severina, que traz repertório autoral e clássicos da música nordestina. Não haverá barracas típicas. | Dia 9, a partir das 20h

Casa de Cultura de São Miguel Quadrilha da terceira idade comemora São João com forró pé de serra. Não haverá barracas típicas. | Dia 15, a partir das 14h

Teatro Flávio Império Apresentações de Domingos Sávio, Bicho de Pé, Veronica Ferriani e Swami Jr., além de quadrilhas. Haverá barracas típicas. | Dia 16, a partir das 14h30. Dia 17, a partir das 15h

Casa de Cultura do Campo Limpo Apresentação de quadrilha acompanhada de Marquinhos Jaca e Tribo Sonora. | Dia 30, a partir das 13h

Casa de Cultura do Butantã Apresentações das bandas Forrobodó do Jabah e da dupla Rony e Lucas. A programação conta também com quadrilha, teatro, brincadeiras e jogos tradicionais do mês de São João. Haverá barracas típicas. | Dia 23, a partir das 10h (véspera de São João)

Casa de Cultura de Santo Amaro Reunindo 25 barracas com comidas e bebidas típicas, além de artesanato e quadrilha, a celebração conta, ainda, com apresentações do Duo Rouxinóis do Sertão, Banda Caminho Livre, Manduka e sua Turma, Francisco Telles, Mario Alves, Antão Lopes, Escurinho do Acordeon, José Inácio e Dircinha. | Dia 23, a partir das 14h. Dia 24, a partir das 11h (véspera e dia de São João)

Casa de Cultura da Freguesia do Ó - Salvador Ligabue Quadrilha e cantigas temáticas são interpretadas pelos alunos das aulas de canto na casa de cultura. | Dia 24, a partir das 17h (dia de São João)


FESTA

JUNINA: VOCE SABIA?

• As festas juninas têm origem na Europa e marcam o início do verão de lá. • A maior festa junina do Brasil ocorre na cidade paraibana de Campina Grande, reunindo milhares de pessoas todos os anos. • A quadrilha é uma dança que surgiu como forma de agradecimento a três santos católicos São João, São Pedro e Santo Antônio- pela colheita realizada. Os dias desses santos são, respectivamente, 13, 24 e 29 de junho.

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•Depois do Carnaval, a festa junina é a segunda festa tradicional mais popular do Brasil. •O milho é a base de muitas comidas das festas juninas, pois é neste mês que ocorre a sua colheita. • Para cada santo, existe uma fogueira diferente. As madeiras são posicionadas em formatos distintos, como, por exemplo, na de Santo Antônio, em formato quadrado.


capa Pra dançar quadría No sertão é mais mió Piriri, piriri, piriri Sanfoneiro e violeiro Toca o fole na paióça Tomam conta do forró Piriri, piriri, piriri Como é bom São João na roça Não precisa orquestra Pra animar a festa “Piriri” No fungado da sanfona Autor: João Silva e Albuquerque Vai-se até nascer o Sol Regravada por Luiz Gonzaga em 1965

Luiz Gonzaga e seu legado Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação “Asa Branca” Autores: Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 19�7

Ilustração: Maria Carolina Marchi

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econhecido como um dos artistas mais criativos da música brasileira, Luiz Gonzaga, nascido na cidade de Exu, em Pernambuco, é chamado de o Rei do Baião. O compositor, no entanto, contribuiu também para que outros gêneros típicos do Nordeste, como xaxado e xote, fossem conhecidos em todo o Brasil e em outros países. Tanto suas roupas como os passos de dança que ele arriscava nos palcos eram de sua autoria. Seu sucesso foi tão grande que, entre 1946 e 1955, Gonzagão, como também era conhecido, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, ultrapassando 80 milhões de cópias. Desta forma, é impossível hoje ir às festas juninas e não escutar uma de suas composições ou regravações. Dentre as canções mais

famosas de Gonzaga, está Asa Branca, que aborda a seca nordestina, temática presente em outras obras suas, como A Triste Partida. Contudo, boa parte do repertório do compositor dedica-se a temas mais dançantes e românticos, como é o caso de Olha pro Céu e Xote das Meninas. Em 2012, quando faria 100 anos, foi o grande homenageado das principais festas juninas do Nordeste, como em Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco.


MESCLAND Adriana Sanchez e Xenia França fazem shows de discos que valorizam a cultura regional Luísa Bittencourt

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os mais de 15 anos em que toca no grupo de música sertaneja Barra de Saia, a cantora e sanfoneira Adriana Sanchez construiu uma carreira em que misturar gêneros e estilos musicais tornou-se sua especialidade. Nas apresentações, ela explora tanto as diferentes vertentes da música brasileira, como interpreta e realiza parcerias com representantes da canção latina contemporânea. Mas foi com Salve Lua, seu primeiro álbum solo, gravado em 2015, que Adriana materializou seu talento em abarcar mundos diversos. O disco, um tributo a Luiz Gonzaga, faz uma homenagem ao mestre, unindo o toque paulistano com o ritmo tradicional do baião. “A proposta foi fazer uma releitura com a minha personalidade urbana e não algo caricato. Aos arranjos, coloco muito da minha sonoridade e personalidade”, conta a sanfoneira, que une, ao xote, batidas eletrônicas e, ao baião, pedais de efeitos na sanfona, além de utilizar sintetizador e ukulelê. “Mas é claro que preservando a raiz. O baião está sempre pulsando”, afirma. A cantora apresenta o show do disco no dia 30, na Casa de Cultura Chico Science. Entre outros sucessos de Gonzagão, Adriana interpreta Asa Branca, Assum Preto, O Xote das Meninas, Vem Morena e Qui Nem Jiló, todos presentes

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adriana sanchez


música

DO RITMOS

em Salve Lua. “Foi uma missão difícil selecionar o repertório, muita coisa ficou de fora. O que é normal para um artista que tem tantas composições”, reflete a cantora, que contou com direção musical de Bosco Fonseca e Edson Guidetti. “Para a seleção, passamos por vários momentos, sentimentos e emoções que cada canção retrata. O show é uma saga da vida e da cultura nordestina”, afirma.

Xenia França

Xenia França

Na mesma toada de mesclar gêneros musicais diversos e valorizar a cultura nacional, Xenia França, baiana radicada em São Paulo, faz uma série de shows de seu primeiro disco solo, XENIA, em diversos espaços culturais. Em junho, as apresentações ocorrem dia 7, às 21h, no Centro Cultural Tendal da Lapa; e dia 17, às 18h, na Casa de Cultura Hip-Hop Sul. A cantora, que ficou conhecida por seu trabalho na banda Aláfia, faz um resgate da cultura afro-brasileira, reverenciando as diversas tradições dessa música, misturadas a uma sonoridade pop com influência de música eletrônica, jazz, samba, reggae, rock e R&B.

A p rese n t ações

| Adriana Sanchez. Casa de Cultura Chico Science. Dia 30, 18h | Xenia França. Centro Cultural Tendal da Lapa. Dia 7, 21h; | Casa de Cultura Hip-hop Sul. Dia 17, 18h. | Grátis

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Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 13


SOM O T I U C R NO C I

Bandas Strobo e Strombólica fazem shows no Circuito Municipal de Cultura Aryanne Valgas

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m junho, duas bandas com os nomes estranhamente similares, mas com significados e estilos totalmente diferentes, apresentam-se no Circuito Municipal de Cultura: Strobo e Strombólica. O primeiro faz referência a um aparelho de iluminação que emite um efeito de flash, em que a luz fica piscando descontinuamente. Já o outro, origina-se de um espetáculo circense e lembra a antiga gíria “estrambólica”, que significa extravagante. Vinda de Belém do Pará, a Strobo utiliza da experimentação de equipamentos, como bateria eletrônica, synths ou sintetizador (uma espécie de teclado eletrônico) e samples, para compor 14

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músicas dançantes. Formada em 2011 pelo duo Arthur Kunz (bateria e programações) e Léo Chermont (guitarra e sintetizadores), a banda já lançou quatro discos. O mais recente, STROBO 4, tem coprodução e participação na música Vingativa da cantora Marina Lima e do cantor e compositor Lucas Santtana. Com uma pegada eletrônica, a canção conta uma história de teor erótico. Proporcionando uma viagem ilusória, Não!, Você me Traiu e My Name Is Bowie também são canções que compõem o repertório da banda. “Nós nos preocupamos muito com o significado imagético da nossa música”, afirmam os artistas.


Municipal de Cultura. “As pessoas podem esperar uma hora de muita sonoridade, de virtuosismo e de adaptação com o local onde a gente vive. Assim elas conhecem um pouco Belém e nós conhecemos um pouco de cada lugar aonde vamos. Nós estamos descobrindo São Paulo! A pesquisa é essa.”

música

“Gostamos de passar uma sensação de déjà vu, e essa soma de sons nostálgicos, com timbres mais futuristas, cria uma ambientação para aquele que ouve poder fazer sua própria viagem subjetiva.” Strobo promete um show dinâmico e diferente para cada apresentação no Circuito

Strombólica

Strombólica

Com mais de 250 apresentações pelo Brasil, a Strombólica juntou-se pela primeira vez em 2007, quando Daniel Xingu, Marcelo e Dworecki Nandinho Thomaz se uniram às companhias de teatro Pia Fraus

e Parlapatões para fazerem o espetáculo Stapafúrdyo, sob direção do cantor, compositor e ator André Abujamra. Um ano depois, a banda, que era apenas instrumental, ganha voz: Lia Bernardes. Hoje, o quarteto se consolida com quatro discos lançados emcartaz | junho 2018 15


e cria canções com liberdade e sem um gênero musical concreto. “Nós temos muita dificuldade em definir um estilo musical, estamos no Brasil e ouvimos de tudo, desde músicas tradicionais a músicas de rua. Temos influências do

rock brasileiro, do rock dos anos 70. Gostamos também de músicas da África, como Angola, Moçambique, África do Sul, e até da Europa”, explica Lia. A banda apresenta o repertório infantil do disco

Dudu Maroja

Strobo

Bichos do Mundo em Concerto, uma parceria com Beto Andreetta, criador e diretor da Pia Fraus. O álbum faz uma viagem pelo mundo dos animais, retratando personagens diversos, como o tubarão que 16

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sempre se dá mal na hora de procurar comida e o pinguim apaixonado por tudo que é preto e branco. Além de tocar, a banda interage com a plateia por meio de teatro de bonecos e números circenses.


Será que Strobo e Strombólica se conhecem? Os rapazes da banda Strobo não viram os Strombólicos, mas prometem procurar saber deles um pouco

mais: “A gente não tinha ouvido falar nessa banda, ainda. Não sabemos se eles têm uma sonoridade parecida com a nossa. Será? É instrumental também? Vamos procurar e conhecer um pouco mais, responde a dupla. Já Lia Bernardes não só

música

Strobo e Strombólica

Aprese nt ações STROBO Casa de Cultura de São Rafael. Dia 2, 18h Casa de Cultura Vila Guilherme - Casarão. Dia 23, 19h STROMBÓLICA Biblioteca José Paulo Paes. Dia 7, 15h Casa de Cultura da Brasilândia. Dia 29, 13h Grátis

sabe quem é o Strobo como o indica para crianças. “Eu conheço sim a banda. Os meninos são do Pará e eu curto muito esse som. Eu acho que a criançada vai adorar porque, no fundo, a gente tem essa ideia

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de que criança gosta só de músicas com letras direcionadas para o público infantil, e a gente vê que elas gostam de ritmo, de energia. Bota aí Strobo para criançada ouvir!”, ordena, divertidamente, a cantora.

Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 17


teatro

Éfesta NOS

S O C L PA Para comemorar os 30 anos de carreira, Maurício Machado apresenta espetáculo solo de comédia, interpretando seis personagens Juliana Pithon

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Eduardo Figueiredo, o espetáculo entra em cartaz, dia 8, no Teatro Arthur Azevedo. matéria segue na página 23

Laécio Luz

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ormalmente, aniversário de criança é sinônimo de muita diversão, não é mesmo? Doces, cachorro-quente e brincadeiras não podem faltar. Como você agiria se, chegando ao teatro, um palhaço te convidasse para trocar o programa por uma festa infantil? Essa é a história escolhida pelo ator Maurício Machado para comemorar 30 anos de carreira. De presente, ele ganhou dos autores Walcyr Carrasco, Alessandro Marson, Vincent Villari, Daniele Valente, Heloísa Perissé e Sill Esteves cinco textos curtos sobre aniversário. Juntos, resultaram na peça Festa, a Comédia. Com direção de


ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE

GRUPO A 14.jun 12h 15.jun 09h 19.jun 15h 20.jun 12h 25.jun 11h 25.jun 11h

Rússia Egito Rússia Uruguai Uruguai Arábia Saudita

x x x x x x

Arábia Saudita Uruguai Egito Arábia Saudita Rússia Egito

Marrocos Portugal Portugal Irã Irã Espanha

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Irã Espanha Marrocos Espanha Portugal Marrocos

França Peru França Dinamarca Dinamarca Austrália

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Austrália Dinamarca Peru Austrália França Peru

Argentina Croácia Argentina Nigéria Nigéria Islândia

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Islândia Nigéria Croácia Islândia Argentina Croácia

Moscou Ecaterimburgo São Petersburgo Rostov do Don Samara Volgogrado

GRUPO B 15.jun 12h 15.jun 15h 20.jun 09h 20.jun 15h 25.jun 15h 25.jun 15h

São Petersburgo Sochi Moscou Kazan Saransk Kaliningrado

GRUPO C 16.jun 07h 16.jun 13h 21.jun 09h 21.jun 12h 26.jun 11h 26.jun 11h

Kazan Saransk Ecaterimburgo Samara Moscou Sochi

GRUPO D 16.jun 10h 16.jun 16h 21.jun 15h 22.jun 12h 26.jun 15h 26.jun 15h

Moscou Kaliningrado Níjni Novgorod Volgogrado São Petersburgo Rostov do Don emcartaz | junho 2018 19

ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE


ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE

OITAVAS DE FINAL

FASES ELIM X

1º A

2º B

QUARTAS DE FINAL X

FIN X

1º C

2º D

SEMIFINAL X

1º E

X

2º F

X

TERCEIR X

1º G

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2º H

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ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE


ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE

OITAVAS DE FINAL

MINATORIAS X

1º B

2º A

QUARTAS DE FINAL X

NAL X

X

1º D

2º C

SEMIFINAL X

X

1º F

2º E

X

RO LUGAR X

X

1º H

2º G

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ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE


ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE

GRUPO E Costa Rica Brasil Brasil Sérvia Sérvia Suiça

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Sérvia Suíça Costa Rica Suiça Brasil Costa Rica

Alemanha Suécia Alemanha Coréia do Sul Coréia do Sul México

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México Coréia do Sul Suécia México Alemanha Suécia

Bélgica Tunísia Bélgica Inglaterra Inglaterra Panamá

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Panamá Inglaterra Tunísia Panamá Bélgica Tunísia

Polônia Colômbia Japão Polônia Japão Senegal

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Senegal Japão Senegal Colômbia Senegal Colômbia

17.jun 09h 17.jun 15h 22.jun 09h 22.jun 15h 27.jun 15h 27.jun 15h

Samara Rostov do Don São Petersburgo Kaliningrado Moscou Nijni Novgorod

GRUPO F 17.jun 12h 18.jun 09h 23.jun 12h 23.jun 15h 27.jun 11h 27.jun 11h

Moscou Nijni Novgorod Sochi Rostov do Don Kazan Ecaterimburgo

GRUPO G 18.jun 12h 18.jun 15h 23.jun 09h 24.jun 09h 28.jun 15h 28.jun 15h

Sochi Volgogrado Moscou Níjni Novgord Kaliningrado Saransk

GRUPO H 19.jun 09h 19.jun 12h 24.jun 12h 24.jun 15h 28.jun 11h 28.jun 11h 22

Moscou Saransk Ecaterimburgo Kazan Volgogrado Samara

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ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE ENCARTE ESPECIAL DA COPA 2018 - DESTAQUE


o maior desafio dessa empreitada, o ator destaca dois elementos fundamentais nesse processo: a identidade visual de cada papel e o cenário em que estão inseridos. Outros grandes achados da montagem são os figurinos de Marcio Vinicius e as caracterizações criadas pelo visagista Anderson Bueno, pois ambos têm de ser trocados rapidamente. Para Machado, “interpretar pessoas com personalidades tão diferentes é como ter uma paleta de infindáveis cores para escolher e pintar uma tela em branco. Quando o corpo, pensamento, voz, musicalidade, tônus e energia de cada personagem se definem e se encaixam, o trabalho flui. A ideia é que, por meio da interpretação, o público se esqueça de que existe um único ator por trás de cada papel”, conclui. O espetáculo tem como principal função divertir. Para o diretor, “o texto causa uma identificação imediata na plateia e, além de fazer rir, também faz refletir. Por mais difícil que seja a construção de uma comédia, a recompensa do público é tão grande que vale a pena participar dessa festa”, finaliza Figueiredo.

teatro

Entre situações corriqueiras, episódios bizarros e divertidos que nunca deveriam acontecer em uma típica festa infantil, Machado interpreta seis personagens, tanto femininos quanto masculinos, com muito humor e singularidade. Os papéis são inspirados em arquétipos da sociedade e, por serem retratados de maneira exagerada, tornam-se engraçados. Dentre eles estão, o protagonista mirim, Miguel, que guarda um segredo revelado apenas no fim da festa; sua mãe, uma socialite viciada em plásticas, viagens e remédios tarja preta; um palhaço alcoólatra e a atendente da carrocinha de cachorro quente, amante do pai de Miguel. Quando questionado sobre a criação de cada personagem e

Aprese nt ações

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| Teatro Arthur Azevedo. +12 anos. De 8 a 17. 6ª e sáb., 21h e Dom, 19h. R$ 20 Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 23


LA DOLCE MUSICA Orquestra Sinfônica Municipal interpreta músicas icônicas que Nino Rota compôs para os filmes de Fellini, entre eles A Doce Vida Gabriel Fabri

V

encedor do Oscar pela trilha sonora de O Poderoso Chefão II (1974), de Francis Ford Coppola, Nino Rota compôs também a música da maior parte dos grandes filmes de Federico Fellini, diretor responsável por clássicos como A Doce Vida (1960) e Oito e 1/2 (1963).

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Nos dias 29 e 30, o palco do Theatro Municipal será tomado por toda a atmosfera felliniana para receber Fellini & Nino Rota em Concerto, uma homenagem aos dois mestres italianos. Com direção musical do Secretário Municipal de Cultura, André Sturm, o projeto traz algumas das


música maiores composições de Rota, interpretadas pela Orquestra Sinfônica Municipal (OSM), sob a regência de seu maestro titular, Roberto Minczuk. No repertório do concerto, além de A Doce Vida e Oito e 1/2, estão as trilhas dos clássicos: Abismo de um Sonho (1952), Amarcord (1973), Os Boas-Vidas (1953), Ensaio de Orquestra (1978) e A Estrada da Vida (1954). A seleção representa um panorama abrangente da carreira de Fellini que, como poucos, misturou lembranças, imaginação e realidade, criando uma estética onírica e particular. Essa característica já pode ser vista em seu primeiro

filme, Abismo de um Sonho, no qual uma jovem em lua de mel foge para encontrar o ídolo de sua fotonovela favorita. Tais traços foram acentuados ao longo da carreira do diretor, atingindo o ápice da criatividade em Oito e 1/2. No longa-metragem, Marcello Mastroianni interpreta um cineasta em crise, alter ego de Fellini. O longa-metragem ocupa o décimo lugar da lista de melhores filmes da história, elaborada pela revista inglesa Sight and Sound. No palco do Municipal, trechos emblemáticos dos títulos selecionados são projetados, acompanhados pela OSM. emcartaz | junho 2018 25


A música de Nino Rota Ao longo da trajetória de Fellini, Nino Rota foi um parceiro fiel, tendo composto a trilha de todos os seus filmes no período entre Abismo de um Sonho e Ensaio de Orquestra, lançado, em 1979, um ano antes do músico morrer. O

Nino Rota

Federico Fellini

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autor também se destacou pelas trilhas de O Leopardo (1963), de Luchino Visconti, e Romeu e Julieta (1968), de Franco Zeffirelli. Para Minczuk, a música do compositor é um elemento fundamental na obra do cineasta. “São melodias inesquecíveis, composições geniais”, elogia o maestro. “Evidentemente que se os filmes se tornaram famosos e cativaram o público,


música

Oito e 1/2 a música tem parte essencial nisso”. Como todos os outros grandes compositores de cinema, Rota soube entregar o que cada cena demandava, com originalidade. Um exemplo de suas inovações é a inclusão de instrumentos incomuns na música erudita, como o bandolim. O resultado é uma mistura de sons clássicos e de melodias populares, evidente nos acordes circenses de Oito e 1/2 e nos elementos de rock e twist de A Doce Vida. Outra característica importante é interromper a orquestra com solos. “Ele utiliza uma orquestra enorme e, de repente, reduz a música a uma coisa muito singela, delicada, que é um solo de violino, de piano ou de clarinete”, explica Minczuk. Esse é um aspecto que, segundo o maestro, foi depois incorporado por outros

compositores, como Ennio Morricone, em Cinema Paradiso (1988), com direção de Giuseppe Tornatore; e Nicola Piovani, em A Vida é Bela (1997), de Roberto Benigni. Piovani, inclusive, orquestrou alguns filmes de Fellini após a morte de Nino, como Ginger e Fred (1986) e A Voz da Lua (1990). O maestro explica que o estilo de Rota bebe na fonte da música erudita italiana e seus grandes mestres, como Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini. Escritor de óperas-bufas, entre elas O Barbeiro de Sevilha, Gioachino Rossini é uma de suas principais influências. “Essas obras deixaram marcas que inspiraram todos os compositores depois de Rossini, é uma música muito italiana, alegre, divertida e criativa”, finaliza Minczuk.

Apresentações

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| Theatro Municipal de São Paulo. Dia 29, 20h. Dia 30, 16h30. R$ 12 a R$ 40

Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 27


Coisas que

não são faladas

O Cavaleiro da Rosa, ópera cômica de Richard Strauss, é encenada no Theatro Municipal

C

Gabriel Fabri

onhecida como Marechala, a princesa de Viena tem um caso extraconjugal com um jovem nobre, Octavian. Para não serem pegos em flagrante pelo Barão Ochs, primo dela, o amante se esconde no guarda-roupa do quarto onde se encontram e, de lá, sai vestido como “Mariandel”, criada da princesa. Surpreso, o Barão propõe à “moça” que leve uma rosa para a mulher que ele ama, Sophie, pedindo-a em casamento. Mas Octavian e Sophie se 28

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apaixonam à primeira vista. Essa é a premissa de O Cavaleiro da Rosa, ópera de Richard Strauss que estreia dia 15 no Theatro Municipal. A direção cênica é de Pablo Maritano, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência do maestro Roberto Minczuk. Nesta montagem, a ação é ambientada em 1911, época da estreia da obra, retratando o fim da belle époque antes da I Guerra Mundial.


ópera

Um século depois Maritano conta que a ação foi transposta do século XVIII para o início do XIX, pois a ópera fala, de maneira nostálgica, sobre um mundo que está desaparecendo. “O uso das valsas traz esse caráter melancólico, de uma realidade que estava sumindo e já tinha data para acabar”, explica o diretor. Na história, essas músicas também têm um caráter dramatúrgico. “Sempre que há uma valsa, alguém está sendo enganado”, revela. Já Minczuk explica que as valsas eram algo bem contemporâneo àquele momento. “Strauss fez uma coisa muito original, pois a ópera se passava no século XVIII, na época de Mozart, mas a valsa só se tornaria símbolo de Viena um século depois”, explica. A montagem,

portanto, transpôs a ação para o período em que esse gênero estava no auge. “A valsa de Viena é muito sofisticada, trata-se de uma música leve e perfeita para esse enredo”, completa o maestro. O autor do libreto, Hugo von Hofmannsthal, já tinha trabalhado com Strauss em outra ópera, Electra (1909). Em O Cavaleiro da Rosa, se as valsas fazem parte do enredo, as palavras também são de suma importância – boa parte do humor da obra vem delas. “Cada palavra tem um sabor bem particular, mas muita coisa não está falada”, conta Maritano. “Os personagens pensam de um jeito, mas falam de outro”. A partir dessa reflexão, o diretor sintetiza a sua visão sobre o espetáculo: “É a ópera das coisas que não são faladas.”

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Luisa Francesconni é Octavian, o Cavaleiro da Rosa

A

provável fonte de inspiração para a criação de um homem travestido é a ópera As Bodas de Fígaro (1786), de Wolfgang Amadeus Mozart. Na história, cabe ao pajem Cherubino fingir-se de mulher. Em O Cavaleiro da Rosa, quem interpreta o jovem Octavian é a mezzo-soprano Luisa Francesconi. A escolha de uma solista para o papel faz parte da tradição desta ópera, que já estreou com uma mulher como intérprete. “A partir do romantismo, no início do século XIX, papéis masculinos foram designados para mulheres com o intuito de mostrar a juventude do personagem, apresentando uma voz mais aguda”, explica a cantora. Essa é a nona vez que Francesconi interpreta um papel masculino, dentre eles Cherubino. “Acho fascinante construir esse tipo de personagem, corporal e 30

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psicologicamente”, afirma. “Eu acabo me sentido poderosa, com um corpo mais livre”. O desafio está em transmitir uma masculinidade sem cair no exagero ou no caricato. “Essa masculinidade vem de estereótipos da sociedade, como sentar com a perna mais aberta ou não quebrar muito as gesticulações com o pulso”, conta a solista. “São diversos detalhes corporais que ajudam a construir esse homem.” Entre vários momentos da ópera, Luisa destaca o trio final, no qual ela canta com as outras duas solistas principais: Carla Filipcic Holm (Marechala) e Elena Gorshunova (Sophie). “Strauss se superou nesse trio, é uma música muito bonita”, afirma. O maestro concorda com ela: “É o sonho de todas as cantoras de ópera fazer um desses três papéis, tamanha a beleza dessa música. É arrebatadora”, conclui Minczuk.


ópera

O Cavaleiro da Rosa e o Municipal: • Esta montagem inédita foi totalmente produzida pelo Theatro Municipal. Figurinos e cenários foram confeccionados na Central de Produções Chico Giacchieri, do Municipal. • A ópera de Richard Strauss estreou no Königliches Opernhaus, em Dresden (Alemanha), no mesmo ano em que o Theatro Municipal de São Paulo era inaugurado: 1911 (foto). • A ópera foi encenada uma única vez no Municipal em 1959.

Quem faz O Cavaleiro da Rosa Roberto Minczuk - direção musical Pablo Maritano - direção cênica Naomi Munakata - regente titular do Coral Paulistano Italo Grassi - cenografia Fábio Namatame - figurinos Caetano Vilela - iluminação Elenco Marechala: Carla Filipcic Holm Octavian: Luisa Francesconi Barão Ochs: Dirk Aleschus Faninal: Rafael Thomas Sophie: Elena Gorshunova e outros.

Aprese nt ações

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| Theatro Municipal de São Paulo. Dias 15, 19, 21, 23, 25, 20h. Dia 17, 18h. R$ 40 a R$ 150 Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 31


TEATRO EM CAIXAS Coletivo dos Caixeiros leva a Feira de Teatro Lambe-Lambe a dez bibliotecas Elaine Ignatti

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ara que serve uma caixa? Para guardar ou transportar objetos, certo? Não necessariamente. Ela também pode conter histórias que ‘ganham vida’ por meio de bonecos. Neste mês, o programa Biblioteca Viva oferece ao público a oportunidade de tomar contato com uma forma de teatro de animação curiosa e genuinamente brasileira, conhecida como lambe-lambe.

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A técnica surgiu na década de 80, no Brasil, e resume-se no seguinte: um caixote serve como palco para a apresentação de uma peça de teatro em miniatura. De um lado, fica o artista-manipulador dos bonecos e objetos, do outro, o espectador. Normalmente, ambos permanecem com as cabeças cobertas e os ouvidos protegidos por fones, assim nem a luz nem os sons externos interferem no


teatro espetáculo. Dessa forma, pela proximidade, prestar atenção no olhar de quem assiste permite que o ator possa dosar sua energia e agir para tornar essa experiência teatral única e intimista. O nome faz referência ao fotógrafo ambulante conhecido como lambe-lambe. A partir do início do século XX, ele levava sua máquina-caixote com tripé aos parques, praças e jardins para fazer retratos dos frequentadores. Segundo relatos da época, costumava “lamber a chapa de vidro da câmera para saber qual dos lados continha a emulsão sensível à luz, em seguida, capturava a imagem e a transferia para o papel”. A

máquina funcionava também como um laboratório portátil, assim os clientes podiam receber as cópias no local. Neste mês, o Coletivo de Caixeiros leva a dez bibliotecas a Feira de Teatro Lambe-Lambe. A apresentação é composta por sete caixas independentes que recebem encenações simultaneamente, utilizando diversas técnicas de animação. O público pode escolher uma das caixas distribuídas no local, todas apresentando histórias variadas. O grupo surgiu em 2012, em Ribeirão Preto, e serve como centro de estudos, pesquisas e difusão do teatro lambe-lambe na América Latina.

APRESENTAÇÕES NAS BIBLIOTECAS Vicente Paulo Guimarães. Dia 7, 11h Jamil Almansur Haddad. Dia 8, 14h Marcos Rey. Dia 9, 14h Padre José de Anchieta. Dia 12, 10h G ilberto Freyre. Dia 13, 14h

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Vicente de Carvalho. Dia 15, 14h Brito Broca. Dia 16, 11h Menotti Del Picchia. Dia 19, 10h José Mauro de Vasconcelos. Dia 20, 14h30 Afonso Schmidt. Dia 21, 14h | Grátis

Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 33


LUIZ QUESADA

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uando se assiste a um espetáculo de dança, todos os olhos se voltam, naturalmente, aos intérpretes. Estes trazem ao palco, por meio de sua técnica e expressão, o resultado da somatória de trabalhos desenvolvidos por diferentes profissionais. Pensado em uma forma de ampliar as funções do bailarino, Cesar Dias Cirqueira e Ângela Pereira, integrantes da Cisne Negro Cia. de Dança, idealizaram e criaram, em 2015, o projeto 5danças, que teve sua primeira edição ainda nesse ano. “A ideia é permitir que o dançarino tenha contato direto com outras áreas que formam um espetáculo, como concepção de coreografias, assistência coreográfica, figurino, iluminação, sonoplastia e

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cenografia”, diz o idealizador do projeto. “É uma forma de ampliar e proporcionar novas oportunidades ao criador emergente”, completa. Agora, com direção exclusiva de Cesar Dias, o projeto 5danças chega em junho à sua segunda edição. As apresentações ocorrem entre os dias 15 e 17, na Sala Paissandu do Centro Cultural Olido. “São sete coreografias, uma delas inédita, em que os bailarinos, todos integrantes da Cisne Negro, se dividem em várias funções, inclusive a de manipular os equipamentos de luz”, revela o diretor. O programa reúne os espetáculos: In-sólido, Sphaeram, Solus, Vou Te Dar uma Cipoada, Olhar Fixamente as Estrelas, Pra Tu, Visse e a estreia de VOID.

Pra Tu, Visse | Leandro Fukusawa

In -Sólido | Carol Araujo

Com apoio da Cisne Negro Cia. de Dança, projeto 5danças amplia a oportunidade de criação dos bailarinos da companhia


dança

SPHAERAM

SOLUS

VOU TE DAR UMA CIPOADA

VOID (ESTREIA)

OLHAR FIXAMENTE AS ESTRELAS

Coreógrafo: Cesar Dias. A coreografia aborda a repressão e a rejeição por que pode passar uma pessoa para se sentir inserida em um grupo social.

Coreógrafo: André Santana. O coreógrafo relembra seu convívio com a avó, desde quando fugiu da escola para seguir o sonho de dançar até a repreensão por parte dela, que o ameaçava com cipós de goiabeiras.

Coreógrafa: Isabelle Dantas. Em latim, sphaeram significa “aura”. A coreografia enfoca os sentimentos que formam a aura humana, como amor, medo, angústia, tristeza e paixão.

Coreógrafos: Isabelle Dantas e Felipe Silva. O estado void é o espaço vazio, o vácuo, o sentimento de algo que falta. O duo busca a compreensão do void que habita em cada pessoa.

PRA TU, VISSE

Coreógrafo: André Santana. Ao som da música Beija Eu, de Marisa Monte, o solo fala de amor e sua entrega, mesmo quando não o esperamos ou desejamos.

Coreógrafo: Willian Gásparo. Em busca do amor, as pessoas passam por diversas experiências, muitas delas bem incomuns. A coreografia aborda essa procura em contraponto à escolha pela solidão.

Vou Te Dar uma Cipoada | Carol Araujo

Olhar Fixamente as Estrelas | Reginaldo Azevedo

IN-SÓLIDO

Coreógrafa: Clarissa Braga. A partir de uma perda importante na vida da coreógrafa, foi criado este solo que expressa, ao som de Wish You Were Here, do Pink Floyd, o sentimento de vazio que uma ausência pode provocar.

APRESENTAÇÕES

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| Centro Cultural Olido – Sala Paissandu. Dias 15 e 16, 20h. Dia 17, 19h. Grátis Veja a programação completa no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2018 35


NO MAPA DA CULTURA

Conheça Viviane Lopes VIVI - MUITOS TALENTOS NUMA PESSOA SÓ! André Sturm

Sylvia Masini

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uando iniciei meu trabalho na Secretaria, eram muitas pessoas para conhecer. Uma das equipes com quem tinha mais contato era a de comunicação, especialmente com os que cuidam da assessoria de imprensa. Aos poucos, fui conhecendo o restante dos integrantes. Decidi incrementar nossa comunicação e passei a fazer reuniões com todos, semanalmente. Havia uma moça muito calada e discreta, que finalmente falou numa reunião sobre sugestões de design para a Virada Cultural 2017. Foi quando conheci melhor a Vivi. Já estava na equipe há algum tempo, mas sempre tímida e longe das “luzes”. A partir desse momento, passamos a conversar mais, e ela sempre trazendo lindas ideias. Descobri que tinha na equipe uma profissional muito,

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mas muito talentosa. Capaz de apresentar boas sugestões e desenvolver belos trabalhos. Além disso, sempre estava muito empolgada com os novos projetos e programas. Não descansava enquanto não entregava o que havia prometido. Numa manhã, ela veio me mostrar um trabalho, como combinado. Reparei que estava tensa. Elogiei o resultado, como quase sempre acontecia. Ela sorriu timidamente, feliz. Só soube depois, por uma colega, que a Vivi havia passado quase toda a noite em claro, pois não tinha ficado satisfeita com a primeira versão e decidira fazer algo novo e não descumprir o prazo. Portanto, além de talentosa, ela é comprometida. Então veio mais uma descoberta. Uma de suas colegas me contou que Vivi, aquela moça tímida e discreta, é também cantora


quem é vivi Cidy Dionísio

numa banda. Perguntei a ela, que desconversou. Fui investigar e encontrei um vídeo do grupo ao vivo, com ela cantando. Que surpresa. Uma transformação. Cheia de carisma e excelente intérprete! O “golpe final” foi quando, numa de nossas reuniões semanais, ela chegou com um novo corte de cabelo que a deixou muito parecida com a minha personagem favorita do cinema, a inesquecível Amélie Poulain. Não resisti e propus uma foto, na qual ela posou, interpretando. Todos os meses, temos um colaborador da Secretaria em destaque aqui neste espaço. Há algum tempo que eu tentava convencer a Vivi a aceitar. Como sempre, tímida e discreta, ela não concordava. Precisei vencer um desafio para ela finalmente aceitar. Fiz, então, questão eu mesmo de escrever este texto.

Formada em Desenho Industrial em 2003, Vivi, como é carinhosamente chamada por todos, atua na área de design há 16 anos em diferentes segmentos: livro, revista, embalagem, identidade visual, cenário, exposição e ilustração. Integrando a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Cultura desde 2012, ela coordenou toda a equipe de criação da identidade visual da Virada Cultural, um dos maiores eventos da Secretaria e um dos mais importantes da cidade. Além de desenvolver o material gráfico de diversas programações e elaborar identidades visuais para outros projetos, diagrama a revista Em Cartaz, distribuída mensalmente pelos espaços culturais da cidade. Vivi divide seu tempo de designer com as apresentações das bandas Laikabot e Mariachis Marcianos, das quais ela é a vocalista.

Video completo da entrevista www.youtube.com/user/smcsaopaulo emcartaz | junho 2018 37


vem aí

vem Aí

em julho

DE PALCO EM PALCO O novo projeto da Secretaria Municipal de Cultura realizará o intercâmbio entre artistas das diversas regiões da cidade que se apresentam nas casas de cultura. Assim, quem mora em um determinado bairro poderá conhecer a arte que vem de outros locais.

A partir de 1º de julho

EXPOSIÇÃO SOBRE MONTEIRO LOBATO Com curadoria de André Sturm e Marko Brajovic, a exposição terá o padrão das grandes mostras da cidade de São Paulo e ocupará o primeiro andar da Biblioteca Monteiro Lobato.

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gostou da programação? Veja onde vai acontecer

BIBLIOTECAS PÚBLICAS Biblioteca Afonso Schmidt Av. Elísio Teixeira Leite, 1.470, Freguesia do Ó/Brasilândia. Zona Norte | tel. 3975-2305 Biblioteca Brito Broca Av. Mutinga, 1.425, Pirituba. Zona Norte | tel. 3904-1444 Biblioteca Gilberto Freyre R. José Joaquim, 290, Jardim Grimaldi. Zona Leste | tel. 2143-1811 Biblioteca Jamil Almansur Haddad R. Andes, 491-A, Guaianases. Zona Leste | tel. 2557-0067 Biblioteca José Mauro de Vasconcelos Pça. Comandante Eduardo de Oliveira, s/nº, Parque Edu Chaves. Zona Norte | tel. 2242-8196 Biblioteca José Paulo Paes Lgo. do Rosário, 20, 1º andar, Penha. Zona Leste | tel. 2295-0401 Biblioteca Marcos Rey Av. Anacê, 92, Jardim Umarizal. Zona Sul | tel. 5845-2572 Biblioteca Menotti Del Picchia R. São Romualdo, 382, Bairro do Limão. Zona Norte | tel. 3966-4814 e 3956-5070

Biblioteca Padre José de Anchieta R. Antônio Maia, 651, Perus. Zona Norte | tel. 3917-0751 Biblioteca Vicente de Carvalho R. Guilherme Valência, 210, Itaquera. Zona Leste | tel. 2521-0553 Biblioteca Vicente Paulo Guimarães R. Jaguar, 225, Vila Curuçá. Zona Leste | tel. 2035-5322 e 2034-0646 CASAS DE CULTURA Casa de Cultura da Brasilândia Pça. Benedicta Cavalheiro, s/nº, Brasilândia. Zona Norte | tel. 3922-9123 Casa de Cultura do Butantã Av. Junta Mizumoto, 13, Jardim Peri Peri. Zona Oeste | tel.: 3742-6218 Casa de Cultura do Campo Limpo R. Aroldo de Azevedo, 100, Campo Limpo. Zona Sul | tel. 5841-8164 Casa de Cultura da Freguesia do Ó Salvador Ligabue Lgo. da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 215, Freguesia do Ó. Zona Norte | Tel.: 3931-8266 Casa de Cultura do Ipiranga - Chico Science Av. Tancredo Neves, 1265 - Moinho Velho. Zona Sul | Tel.: 2969-7066

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Casa de Cultura Hip-Hop - Leste Av. Sarah Kubitschek, 165, Cidade Tiradentes. Zona Leste. Casa de Cultura Hip-Hop - Sul R. Sant’Ana, 201, Vila São Pedro. Zona Sul | Tel.: 5631 0740 Casa de Cultura de Santo Amaro Pça. Floriano Peixoto, 131, Santo Amaro. Zona Sul | tel.: 5523-6455 Casa de Cultura de São Mateus R. José Francisco dos Santos, 502. São Mateus. Zona Leste | tel.: 3793-1071 Casa de Cultura de São Miguel Paulista – Antonio Marcos R. Irineu Bonardi, 169, Vila Pedroso. Zona Leste | tel.: 2297-9177 Casa de Cultura de São Rafael R. Quaresma Delgado, 376, Parque São Rafael. Zona Leste Casa de Cultura da Vila Guilherme - Casarão Pça. Oscar Silva, 111, Vila Guilherme, Zona Norte CASA HISTÓRICA Casa da Imagem R. Roberto Simonsen, 136-B. Centro | tel. 3241-4238

CENTROS CULTURAIS Centro Cultural Olido Av. São João, 473, Centro | tel. 3331-8399 e 3397-0171 Centro Cultural Tendal da Lapa R. Guaicurus, 1.100, Lapa. Zona Oeste | tel.: 3862 1837 TEATROS MUNICIPAIS Teatro Alfredo Mesquita Av. Santos Dumont, 1.770, Santana. Zona Norte | tel. 2221-3657 Teatro Arthur Azevedo Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste | tel. 2604-5558 Teatro Cacilda Becker R. Tito, 295, Lapa. Zona Oeste | tel. 3864-4513 Teatro Flávio Império R. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba. Zona Leste | tel. 2621-2719 Teatro João Caetano R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino. Zona Sul | tel. 5573-3774 e 5549-1744 Theatro Municipal de São Paulo Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro | tel. 3053-2090

A relação completa dos espaços culturais está no site: www.cultura.prefeitura.sp.gov.br 40

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expediente

R E V I S TA D A S E C R E TA R I A M U N I C I PA L D E C U LT U R A

Junho 2018 Ediç ão 118

E

NOiTe dE

SaO s

Secretário de Cultura André Sturm

s

JOAo

Secretária adjunta Marilia Barbour Chefe de Gabinete Juliana Velho

Redação

Editor-chefe Luiz Quesada Editora-assistente Giovanna Longo Redação Aryanne Valgas Carolina Bressane Cidy Dionisio (+redes sociais) Elaine Ignatti Gabriel Fabri Gilberto De Nichile Isabela Almeida (audiovisual) Juliana Pithon (redação) Luísa Bittencourt Projeto gráfico e design Viviane Lopes Isoda Fotografia Sylvia Masini

Casas de Cultura e Teatro Flávio Império realizam festas juninas durante o mês

FESTA JUNINA Ilustração: Maria Carolina Marchi

´ MuSicA

Theatro Municipal apresenta Fellini & Nino Rota em Concerto e ópera O Cavaleiro da Rosa, de Richard Strauss

CoPa 1907 Esta edição da Em Cartaz tem a tabela dos jogos da Copa 2018 para você marcar os resultados

@mcthingz

Secretária de redação Ivani Yara dos Santos Estagiários Isabel Sachetti (audiovisual) Maria Carolina Marchi (design) Paulo Vinícius (design) Impressão QuadBR Tiragem 60.000 exemplares Em Cartaz é uma publicação da Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo Endereço: Av. São João, 473 10º andar. São Paulo | SP CEP. 01035-000 Tel: 3397-0000 | Fax: 3224-0628 e-mail leitoremcartaz@prefeitura. sp.gov.br Site da Secretaria Municipal de Cultura www.cultura.prefeitura. sp.gov.br

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