Revista da Secretaria Municipal de Cultura Junho 2017 Edição 106
alma à
venda
Neyde Veneziano dirige “Doutor Fausto”, adaptação da obra-prima de Goethe; espetáculo é encenado no Teatro Arthur Azevedo
palestras
Programa Biblioteca Viva convida as irmãs Klink para falarem sobre suas experiências na Antártica
música
Orquestra Paulistana de Viola Caipira apresenta o show “São Paulo, a Capital mais caipira do Brasil”
encontros
Centros culturais, bibliotecas e casas de cultura recebem saraus do programa Veia e Ventania emcartaz | junho 2017
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Toda semana, uma programação diferente. Salas com projeção digital e som dolby 5.1 • Sala Spcine São Rafael • Sala Spcine Aricanduva • Sala Spcine Quinta do Sol • Sala Spcine Parque Veredas • Sala Spcine Jambeiro • Sala Spcine Jaçanã • Sala Spcine Paz • Sala Spcine Meninos • Sala Spcine Três Lagos • Sala Spcine Caminho do Mar • Sala Spcine Feitiço da Vila • Sala Spcine Vila do Sol • Sala Spcine Butantã • Sala Spcine Perus • Sala Spcine Vila Atlântica • Sala Spcine Olido • Sala Spcine Centro de Formação Cultura Cidade Tiradentes • Sala Spcine Lima Barreto • Sala Spcine Paulo Emílio
Acesse o roteiro completo no site www.circuitospcine.com.br 2
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DE CARA NOVA A
revista Em Cartaz chega aos dez anos com um novo layout. Com matérias temáticas e as novas seções Sua Agenda e Vem Aí, além da já conhecida Em Foco, nossa publicação, agora, é mais enxuta –dá até para carregá-la no bolso!–, apresenta uma diagramação diversificada para cada matéria, ilustrada com mais imagens, e convida você a conhecer e consultar o site, acessando o endereço www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br. Nele, está a programação completa do mês realizada nos equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, além de todos nossos endereços. Boa leitura! Luiz Quesada
Acompanhe também nossas redes sociais www.facebook.com /SaoPauloCultura @revistaemcartaz @smcsp
índice
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Yara Camilo
Priscila Prade
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João Valério
índice
em foco
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sua agenda
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capa: doutor fausto e A Estrada de Wolokolamsk
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teatro infantil: Menino Coragem
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Sylvia Masini
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saraus - programa veia e ventania
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música: Orquestra Paulistana de Viola Caipira
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palestras: irmãs klink
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vem aí
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nossos endereços
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em foco
SONHO no parque
Ana Alexandrino
Selecionado pelo Prêmio Zé Renato de teatro, da Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo “Sonho no Parque”, da Cia. do Novelo, com direção de Pedro Granato, apresenta, ao ar livre, uma adaptação da comédia romântica “Sonho de Uma Noite de Verão”, de Shakespeare. Embalada por música ao vivo, a encenação acompanha os desencontros de dois casais apaixonados que se perdem em um bosque habitado por criaturas do universo fantástico, como fadas e elfos, que, por sua vez, também enfrentam situações inesperadas. Para que mais pessoas possam assistir e se divertir com a história, o espetáculo é encenado neste mês em três locais: na Casa de Cultura Hip-Hop Leste, no sábado, dia 10, às 11h, na entrada do Centro Cultural da Penha, no domingo, dia 11, às 16h, ambos na zona leste; e na Biblioteca Prefeito Prestes Maia, no domingo, dia 18, às 11h, na zona sul. Grátis 6
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BIG festival 2017
Claudio Rossi
único do gênero na América Latina, o Brazil’s Independent Games Festival é o primeiro e maior encontro de mercado com foco na produção independente de games do Brasil. A programação inclui atividades exclusivas para profissionais da área e outras abertas ao público. Com correalização da Secretaria Municipal de Cultura, o BIG acontece entre os dias 24/6 e 2/7, de 3ª a dom., a partir das 11h, no Centro Cultural São Paulo. Grátis
MAR
O Tucuruvi recebeu, no dia 28 de maio, a primeira ação do Museu de Arte de Rua - MAR, projeto que vai espalhar obras de graffiti pela cidade. Nesse dia, o Coletivo Olho da Rua deu início à ação chamada “Inclugraff” com cerca de dez artistas e outros colaboradores. Ao todo, oito projetos, entre 23 inscritos, foram selecionados pelo edital lançado pela Secretaria Municipal de Cultura em março. As pinturas chegarão a locais como Cidade Tiradentes, Aricanduva, Vila Mesquita, Jaguaré e Cidade Ademar. O investimento total na ação é de R$ 200 mil, e a Colorgin irá doar as tintas para o projeto.
ENCONTRO de cultura popular
Giovana Cirne
Selecionado pela 27ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, da Secretaria Municipal de Cultura, o premiado Núcleo Experimental (“Urinal, o Musical”) encena, no CCBB-SP, “Lembro Todo Dia de Você”, um oportuno musical que enfoca o preconceito em relação a um jovem portador do HIV. +16 anos. Até dia 26. 2ª, 6ª e sáb., às 20h; dom., às 19h. Rua Álvares Penteado, 112. Centro. Ingresso: R$ 20
Carlos Goff
MUSICAL fomentado
O Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes recebe no dia 24, a partir das 10h, o 1º Encontro de Maracatus, que reúne os grupos da zona leste: Baque CT, Agô Añama, Batuque Urbano e Porto de Luanda. Grátis
9º IN-EDIT Brasil
Com copatrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, o 9º IN-EDIT Brasil (Festival Internacional do Documentário Musical) acontece entre os dias 15 e 25. Criado na Espanha em 2003, o evento procura fomentar a produção e a difusão desse gênero cinematográfico. O Festival chega ao circuito Spcine. Mais informações: www.in-edit-brasil.com emcartaz | junho 2017
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Sua Agenda
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Maria Tuca Fanchin
O que você não pode perder neste mês! Quinta 20h
Cacá Bernardes
No Centro Cultural Olido, o 21º Cultura Inglesa Festival estreia “Égua”, duo coreográfico inspirado na música “Horses in My Dreams”, de PJ Harvey. +16 anos. Até dia 4/6. Grátis
9 Sexta 21h
9 Sexta 20h
Pena Filho
No Centro Cultural São Paulo, estreia “Boi Ronceiro - Uma Fábula de Horror”, de Ricardo Inhan, texto selecionado entre mais de 200 inscritos no 3º Edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos, do CCSP. Até dia 2/7. R$ 10
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Quinta 20h
No Centro Cultural Olido, o diretor Marcelo Lazzaratto e 45 atores da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico encenam “Diásporas”, espetáculo sobre os movimentos migratórios pelo mundo. +16 anos. Até dia 18. Grátis 8
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João Caldas Filho
No Centro Cultural Olido, entra em cartaz “Noite de Gala”, da Cia. Brasileira de Danças Clássicas, programa que reúne trechos de balés famosos. Até dia 11/6. Grátis
Sylvia Masini
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Sexta 20h
Daniel Varoni
No Theatro Municipal, o Balé da Cidade de São Paulo, com direção artística de Ismael Ivo, apresenta“Paraíso Perdido”, de Andonis Foniadakis, e “Cacti” (foto), de Alexander Ekman. Até dia 25/6. R$ 10 a R$ 100
25 Domingo 11h
Denis Flores
No Teatro Paulo Eiró, nova sede da Orquestra Filarmônica Santo Amaro, a maestrina Silvia Luisada rege um concerto eclético, que mistura “Concerto para Violino”, de Mendelssohn, e “Bohemian Rhapsody”, do Queen, com solo de guitarra. R$ 20
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Domingo 16h
Rita Araujo
Na Casa de Cultura de São Miguel Paulista, a Cia. Le Plat Du Jour encena o conto clássico dos irmãos Grimm, “Chapeuzinho Vermelho”. Grátis
30 Sábado 20h No Teatro João Caetano, a bailarina brasileira Ale Kalaf e a cantora espanhola Irene Atienza apresentam “Con Alma”, espetáculo de dança flamenca. Até dia 2/7. Grátis
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Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2017
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tempora 10
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capa
Teatros municipais recebem temporadas de espetáculos de sucesso e estreias a preços populares; “Doutor Fausto”, com direção de Neyde Veneziano, é o destaque deste mês Giovanna Longo
esde o início do ano, a programação dos teatros municipais passou por uma mudança significativa: a alta rotatividade de peças deu lugar a apresentações de montagens no modelo de temporada, permitindo que o público possa se programar para assistir a espetáculos teatrais que, agora, ficam em cartaz, em média, durante um mês. Variada, a programação tem como público alvo adultos e crianças.
D
Priscila Prade
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Com essa proposta, o Teatro Cacilda Becker recebe, a partir do dia 30, “Doutor Fausto”, montagem com direção da renomada encenadora Neyde Veneziano. O texto, adaptado por Calixto de Inhamuns à realidade brasileira, emcartaz | junho 2017 11
capa
aborda a dignidade e a fragilidade humanas, buscando referências nos clássicos “Fausto, uma Tragédia” e “UrFaust (Fausto Zero)”, de Goethe. Os ingressos custam R$ 20. Na história, o personagem-título, interpretado pelo ator Daniel Costa, está às voltas com um dilema: para recuperar sua sede de viver, ele faz um pacto com o demônio Mefistófoles, que lhe devolve a vida, mas cobra um
preço por isso, e as consequências são nefastas. A proposta de aproximar a história dos brasileiros não traz elementos regionalistas. “Ela será percebida nas metáforas e insinuações feitas nos diálogos dos personagens. O público poderá localizar situações que acenam para a realidade política e social no Brasil. Em cena, temos um conceito contemporâneo e cosmopolita”, ressalta a diretora.
o e r b o s ades d i s o i r Cu
o t s u F a de Goethe 2
Quando a vou um le e th primeira e o G ia o m foi v d o re c rí s e e p montage a, a longo Goethe , Complex é a p da r m ta ve e n da s aprese para escre 0 da parte n suas obra va u g e s e u q 6 e r, a s it to a d u u a a q d re ao an obra: pois ac o obra dem tinha a forma, anos. O conflito d na época iculdade if d que, dess a m to u x le o te o 80 anos, e te para ser autor com o process especial nte, nalmen e ra fi d e u vi e e por vo d ti ca a d fi cri encena a ara a o. Para eu aval p efeitos retudo, n s b s o o s d favorecid ta n o co nação. a tarefa, a parte d r d ce n n ta u e m u g e c e e ig s x e que ex estreia nha uma drama. tura Assim, a ele manti o” uma estru st a u lt a a “F a h u e in s n e ara va d p ri l c a s e foi especi u em 19 adrões O texto só to acontece a s o o , r 9 para os p lc a 2 a 8 p rn 1 to vado aos em seu neiro de le ja ca e o te. d p n é z ce , a n ve d eira schweig convi . Diz pela prim em Braun e d escritório is o p e ue foi ve o ator 20 anos d a lenda q uído, e te da que ido concl a s r rm is famoso te a fo m a dess ch ue, na ri q a in u o e s m H u s , e ve ca m épo ele escre e th e el de o p a G : p , obra época Marr, no o principal d r to . fosse dire imar, Mefistófeles “Fausto”. We Teatro de 12 junho 2017 | emcartaz nha. na Alema
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Ariel Borghi e Esther Góes | Gal Oppido
Em setembro, estreia em um dos teatros municipais o espetáculo “A Estrada de Wolokolamsk”, texto de Heiner Müller que aborda acontecimentos reais e imaginários do fim da Segunda Guerra Mundial. A narrativa é organizada em cinco momentos que mostram os fatos ocorridos no período em uma unidade militar russa. Com a proposta de abrir o processo de construção da
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montagem para o público, entre os dias 30 de junho e 2 de julho, o elenco, que conta com a atriz Esther Góes, apresenta a etapa inicial desse trabalho no Teatro Cacilda Becker, com ingressos a R$ 20. Além de Esther, que também dirige o espetáculo, participam os atores Marcelo Reis, Jean Dandrah, Leandro Bitar e Ariel Borghi (foto), filho da atriz.
Apresentaç õ es
Esther Góes em processo criativo no Cacilda Becker Doutor Fausto. Teatro Arthur Azevedo. De 2 a 25. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. +14 anos. R$ 20
A Estrada de Wolokolamsk
(processo de criação). Teatro Cacilda Becker. De 30/6 a 2/7. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. +10 anos. R$ 20
Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br
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AVENTUR NA FLORESTA
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RAS
teatro infantil
João Valério
Espetáculo com bonecos da Cia. Articularte estreia no Teatro Cacilda Becker Giovanna Longo
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uem não gosta de Pinóquio, o famoso boneco de madeira que, por um passe de mágica, adquire vida, para alegria de seu criador, o marceneiro Gepetto? Quando você assiste a um espetáculo de teatro de animação, uma das coisas mais fascinantes que acontece é poder ver seres e objetos inanimados se moverem. No próximo dia 3, às 16h, a Cia. Articularte, especializada nessa técnica, estreia “Menino Coragem”, no Teatro Cacilda Becker. A encenação faz parte da nova política da Secretaria Municipal de Cultura de oferecer temporadas de espetáculos nos teatros municipais. emcartaz | junho 2017 15
João Valério
A montagem foi selecionada pelo Programa de Fomento ao Teatro e celebra os 18 anos de fundação da Cia. Articularte. Em cena, quatro atores-animadores, Surley Valério, Gabriela Zenaro, Renato Bego e Flávio Borzi, “dão vida” a 12 bonecos. A história se baseia nas aventuras do menino Zaki e sua irmã, que se perdem da família e precisam atravessar uma floresta escura, habitada por seres fantásticos. Os irmãos chegam a um povoado e precisam se adaptar a uma nova 16
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realidade. “Concebemos essa trama a partir das recentes histórias de refugiados e imigrantes que chegam a um novo país e precisam se adaptar a uma nova realidade”, explica Dario Uzam, que dirige o espetáculo. Colocando no foco da história duas crianças corajosas que encontram situações divertidas em seu percurso, a companhia põe a arte a serviço do aprendizado e da convivência. “Entendemos as crianças como cidadãos. Elas são espertas e surpreendentes”, resume
Apresentaç õ es
o diretor. Além dos pequenos, os pais também podem se preparar para muita diversão. “Não deixamos ninguém dormir. Toda a família se envolve.” Teatro Cacilda Becker De 3 a 24. Sáb. e dom., 16h. +4 anos. R$ 10
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teatro infantil
Cia. Articularte: 18 anos de história Ao falar sobre a história da companhia, Dario Uzam orgulha-se tanto de sua origem quanto da trajetória. Ator, formado por diretores importantes como Antonio Abujamra e Antunes Filho, se uniu à arte-educadora e bonequeira Surley Valério para fundar a Cia. Articularte há 18 anos. Na época, Surley trabalhava numa produtora criando bonecos. Um dia, ela e Uzam visitaram uma exposição de Tarsila do Amaral e, influenciados pelas figuras retratadas pela artista, que, para eles, lembravam bonecos, resolveram se aventurar por uma área que era, até então, totalmente nova para ambos: o teatro de animação. De lá para cá, o diretor lembra com carinho especial da trilogia de espetáculos que criaram, inspirados nos modernistas: “Portinari Pé de Mulato”, “A Cuca Fofa de Tarsila” e “Trenzinho Villa-Lobos”. Além de teatros, a Articularte se apresenta em escolas de educação infantil, levando sua arte para todas as regiões do Brasil.
Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br
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SARAUS
PELA CIDADE
Circuito de saraus chega às casas de cultura, bibliotecas públicas e centros culturais Gabriel Fabri
Sarau Enconto de Utopias | Yara Camilo
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encontros música
“O
sarau foi o começo de tudo”, afirma Djalma Pereira da Silva, um senhor de 67 anos que, em 2013, já aposentado, conheceu o Sarau do Binho por acaso, em uma praça do Campo Limpo, bairro da zona sul da cidade. Nesse local, ele declamou, pela primeira vez, poesias suas que estavam engavetadas desde que começou a escrever, quando ainda era adolescente. “O sarau me modificou”, conta o ex-metalúrgico da Paraíba. “Eu era um pouco tímido, mas ganhei mais coragem, mais vontade de conviver com as pessoas. Já preparando seu segundo livro de poesias, Djalma é, segundo Binho –poeta e criador do sarau que leva seu nome desde 2004–, um exemplo de
como esses encontros literários impactam na vida das pessoas. “Ele não aceitava o seu cabelo até que começou a frequentar os saraus”, explica. Compartilhar a sua obra e, de quebra, levar adiante uma transformação pessoal é o que faz dos saraus uma experiência única para quem declama e para quem assiste. Com a história de Djalma, fica fácil perceber que a experiência pessoal influencia a criação artística. E o inverso também se aplica. Por meio da arte, o poeta reconhece que transformou a sua própria forma de enxergar-se enquanto ser humano. Ao compartilhar no sarau sua história de vida, percebeu que seu cabelo era bonito. “A gente tem que ser nós mesmos”, sintetiza. emcartaz | junho 2017 19
Sarau do Binho | João Claudio de Sena
Cultura das bordas Djalma é apenas um dos exemplos da importância que os saraus exercem na vida de seus frequentadores. Essa atividade, que consiste em um encontro para as pessoas apresentarem seus trabalhos artístico-literários e trocarem experiências, é de suma importância nos bairros periféricos. Por isso, a Secretaria Municipal de Cultura publicou em abril um novo edital do programa Veia e Ventania, para fomentar e fortalecer ainda mais a atividade desses coletivos. Além disso, diversos saraus, como o do Binho, circulam 20
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Sarau Poetas do Tietê
em junho por equipamentos municipais, como casas de cultura, bibliotecas públicas e centros culturais. Neste mês, se apresentam os saraus Batuque a Cidade, Perifatividade, Os Conversadores, Clamarte, D’Quilo, Poetas do Tietê, Preto no Branco, Encontro de Utopias, Bodega do Brasil, da Praga, Elo da Corrente, A Voz do Povo e Filhos de Ururaí. Para Binho, a itinerância dos saraus enriquece a troca de experiências proporcionada por esses encontros. “Tem esse intercâmbio de áreas geográficas, mas ainda é tudo a mesma periferia, ou
encontros Sarau Os Conversadores | Sumaya Fouad
melhor, são todos seres humanos que estão nas bordas”, explica. “É um encontro humano, de potencialidades, de criatividade”. É importante ressaltar que, em cada edição, a diversidade de atrações vai muito do tipo de público, não se limitando à literatura, mas também incluindo canto, dança, ciranda, entre outras manifestações. Todas elas são bem-vindas, pois nenhum sarau é igual ao outro.”
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Programa Veia e Ventania surgiu como forma de estimular a leitura e a produção literária por meio da contratação de saraus, para que o público produza e compartilhe seus próprios textos. Cada sarau recebe R$ 5 mil para o desenvolvimento das ações selecionadas pelo edital.
Veja programação completa dos saraus na seção Encontros do site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br
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EXALT a CULTUR Orquestra Paulistana de Viola Caipira apresenta show “São Paulo, a Capital mais caipira do Brasil” em sete espaços culturais Letícia Chiantia
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e você pensa que uma apresentação de viola caipira é um programa só para seus avós, esta é a sua chance de se surpreender ao descobrir a sonoridade que esse instrumento pode produzir, especialmente quando tocado em grupo. Neste mês, a Orquestra Paulistana de Viola Caipira leva o show “São Paulo, a Capital mais caipira do Brasil” para quatro casas de cultura, dois centros culturais e ao Teatro Leopoldo Fróes. A série de apresentações especiais e gratuitas faz parte do objetivo da Secretaria Municipal de Cultura de proporcionar um intercâmbio entre artistas renomados e locais, promovendo a circulação de todos pela cidade.
Repertório eclético Sob a regência do maestro e fundador Rui Torneze, a Orquestra Paulistana de Viola Caipira é 22
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música música
TAÇÃO RA CAIPIRA formada exclusivamente por violas caipiras de dez cordas. Em suas apresentações, os músicos transitam por um repertório eclético, que vai desde a música sertaneja de raiz, passando pela MPB até chegar a inusitados arranjos de música erudita. “Nossos espetáculos são sempre uma grande surpresa por conta da abordagem que criamos. O público acaba saindo presenteado e se identifica de uma forma ou de outra”, afirma Torneze.
Sylvia Masini
Orquestra Paulistana de Viola Caipira lançou cinco álbuns e dois DVDs, um deles gravado ao vivo durante uma turnê em Portugal Neste show, o grupo toca somente canções caipiras de raiz, e o diferencial da apresentação fica por conta do formato. “A música caipira tem ritmos específicos. Então, nós vamos fazer uma mostra de cada um deles e explicar, para o público presente, de onde eles vêm e como se formaram. Ou seja, é uma apresentação de cunho cultural”, explica o maestro. emcartaz | junho 2017 23
Sylvia Masini
“A Majestade, o Sabiá”, de Roberta Miranda; “Meu Reino Encantado”, de Valdemar Reis e Vicente Machado; são algumas das canções do repertório escolhido, que conta também com o “Hino Nacional Brasileiro”, sempre presente nas apresentações. A Orquestra faz questão de tocá-lo por se identificar com sua letra. “Em nossos shows, falamos muito da coisa da Terra, algo bem patriótico. Além disso, a obra emociona muito as pessoas quando tocada na viola”, comenta Torneze. Para o maestro, o “Hino” é um bom 24
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comparativo para definir a música caipira. “Ela tem a introdução, em seguida a parte cantada, depois o início outra vez e continua com o canto. Na música caipira, é igualzinho. É como se fosse uma receitinha de bolo. Ela sempre começa com uma parte instrumental.” Sonhos e realidade A Orquestra lançou cinco álbuns e dois DVDs, um deles gravado ao vivo durante uma turnê em Portugal. Ao longo de sua trajetória de 20 anos, o grupo já teve alguns de
Sylvia Masini
Apresentaç õ es
seus sonhos realizados. Dentre eles, as participações especiais de vários artistas de sucesso da música sertaneja e popular brasileira em seus shows, como Sérgio Reis, Chitãozinho e Xororó, Renato Teixeira, Vanessa da Mata, Frejat e Tiê. Além disso, o grupo conta com músicas suas presentes em trilhas sonoras de novelas e com aparições na televisão.
Teatro Leopoldo Fróes Dia 9, 20h Centro Cultural Olido | Sala Olido Dia 10, 19h Centro Cultural do Grajaú | Palhaço Carequinha Dia 11, 19h30 Casa de Cultura de São Miguel Paulista Dia 17, 19h30
Torneze confessa que, para completar a lista de desejos, só falta uma coisa, por enquanto: “Queremos tocar no Brazilian Day, em Nova York. Já fizemos grandes eventos aqui. Lá, seria uma coisa interessante porque nunca se apresentou nenhum grupo que tocasse, definitivamente, a música caipira de raiz.”
Casa de Cultura Chico Science Dia 24, 16h Casa de Cultura Raul Seixas Dia 25, 16h Casa de Cultura da Brasilândia Dia 30, 19h
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Veja a programação completa no site www.emcartaz. prefeitura.sp.gov.br
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IrmĂŁs Klink da esq. para dir.: Marininha, Tamara e Laura
LITERA
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palestras
ATURA DO MAR
Irmãs Klink falam sobre as experiências adquiridas durante as sete viagens à Antártica que deram origem a um livro infantil Luísa Bittencourt
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O
viajar pelos mares não é só uma paixão de Amyr Klink, o mais importante navegador da América do Sul. Suas filhas Laura, Tamara e Marininha herdaram o mesmo entusiasmo do pai e hoje –também com o apoio da mãe, Marina–, já contam com sete viagens feitas somente ao Polo Sul, que resultaram no livro infantil “Férias na Antártica” (Editora Peirópolis). A obra reúne histórias de algumas dessas experiências, além de um site com relatos de outras viagens realizadas em família (http://www. irmasklink.com.br/).
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Integrando em junho o programa Biblioteca Viva (veja box), da Secretaria Municipal de Cultura, as jovens navegadoras compartilham suas experiências de viagem a bordo de um veleiro, em encontros que acontecem aos fins de semana, em seis bibliotecas públicas. Sem utilizar projetores, elas recorrem a fotos do acervo pessoal e estimulam o empréstimo de todos os livros da família que pertencem ao acervo das bibliotecas, entre eles relatos do pai e livros de fotografias da mãe (veja box).
palestras
O que é Biblioteca Viva O programa Biblioteca Viva revitaliza as bibliotecas municipais de São Paulo, apostando no papel cultural do livro e na importância do incentivo à leitura na formação dos cidadãos. O público, agora, tem mais facilidades para acessar os livros de seu interesse, conta com um horário de funcionamento mais amplo nas unidades, tem acesso a wifi livre e a uma programação cultural regular, especialmente nos fins de semana.
Confira abaixo a conversa com as três irmãs. Qual foi a primeira viagem que vocês fizeram?
qualquer coisa que desse errado seria culpa dele.
Laura: Foi em 2007. No começo, nosso pai achava que éramos muito pequenas para viajar. A gente sempre ficava na areia da praia dando tchau e permanecíamos meses sem ver ele. Crescemos e, um dia, nossa mãe falou: “está na hora de elas irem junto”.
E de onde surgiu a ideia de promover encontros para falar sobre as viagens?
Marininha: Nunca tinha passado pela cabeça dele levar a gente para uma viagem mais longa. Acho que nossa mãe sentiu um pouco do que a gente passava quando ele ia embora nas suas viagens. No começo, ele não gostou, ficou muito preocupado porque
Laura: Fizemos uma viagem que teríamos que faltar um mês na escola, a gente ia repetir de ano. Então nossa mãe fez um acordo de que faríamos uma apresentação para mostrar para os alunos o que a gente aprendeu na viagem. Fizemos para nossa sala e depois para outras turmas, e isso foi crescendo. Percebemos que de nada adiantaria fazer essas viagens se não as compartilhássemos com outras pessoas. emcartaz | junho 2017 29
Como surgiu o livro “Férias na Antártica”? Tamara: Minha mãe exigia que fizéssemos um diário de bordo para ter nossa própria soma de relatos pessoais. O registro de viagem é o papel central de todas as experiências; se a gente se propõe, todo dia, a sentar, escrever e desenhar, a gente para e pensa no que está ao nosso redor. Laura: A mãe falava: “vocês podem escrever em tópicos, fazer desenhos, registrar de modo que se lembrem de tudo o que aconteceu
Você encontra em nossas bibliotecas Mar sem Fim | Amyr Klink (Companhia das Letras) As Janelas do Paratii | Amyr Klink (Companhia das Letras) Paratii – entre Dois Polos Amyr Klink (Companhia das Letras) Cem Dias entre Céu e Mar Amyr Klink (José Olympio) Linha D’Água – entre Estaleiros e Homens do Mar | Amyr Klink (Companhia das Letras) Férias na Antártica | Laura, Tamara e Marininha Klink (Editora Peirópolis) Antártica - a Última Fronteira | Marina Bandeira Klink (Editora Brasileira) Alguns títulos também estão disponíveis em audiolivro. Encontre essas obras na biblioteca mais próxima: http://bibliotecacircula. prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/
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naquele dia”. Quando a gente lê os diários, refletimos sobre o que aprendemos. Foi por causa desses registros que conseguimos fazer o livro. Como vocês fazem as divisões de tarefa no barco? Laura: Num barco, se você não contribui, acaba se tornando um peso morto. Cada um ali é capaz de ajudar, mesmo que seja inábil em um aspecto, é hábil em outro. A gente começou com tarefas mais fáceis, como limpar o barco, fazer comida, depois pilotar, ficar na cabine de comando com o meu pai, e isso foi aumentando a cada viagem, a responsabilidade foi crescendo. Só que um barco não é uma casa flutuante, porque se acontece um problema, não tem como chamar um eletricista, por exemplo. Temos que conhecer o barco ao máximo e isso é uma responsabilidade. Marininha: A gente foi se colocando em situações em que desenvolvemos muita autonomia. Conforme as viagens passavam, fomos percebendo que num barco não tem como ficar passivo, o tempo inteiro coisas precisam ser feitas para que a organização seja mantida. Tamara: Os compartilhamentos são com as pessoas que estão contigo, não tem internet. Lá só tem a gente;
E como foi a viagem para a Antártica? Laura: Já fomos sete vezes para lá. Na primeira, não sabíamos muito o que esperar, estávamos bem curiosas. Até fizemos uma aposta de quem via o primeiro iceberg e, quando a gente viu, foi muito emocionante. De repente, começamos a ver baleias, um grupo de oito orcas acompanhou o barco, pinguins... Qual foi um grande aprendizado da Antártica? Laura: Uma das coisas é não chamar os animais de “fofinhos” ou “bonitinhos”, porque assim você se torna cega à biologia do ambiente, não entende o lugar em que está. Então tem que chamar pelo nome das espécies. Mudamos para algo como: “Nossa, que pinguim interessante!”. De que adianta ir até um lugar onde você não conhece as espécies? São muitos detalhes que se tornam aprendizados. Marininha: Todo mundo respeita muito aquele ambiente. É um lugar em que se consegue ver quão facilmente o ser humano impacta a natureza, pois é um local muito intocado, isolado. O impacto gerado fica muito evidente.
palestras
É um aprendizado para a vida? Tamara: Apesar da Antártica parecer distante, o aprendizado não está longe do que vivemos, as coisas que temos que resolver têm a ver com a dinâmica das pessoas. Laura: As viagens não precisam acabar quando a gente chega em casa, elas podem continuar, levando as experiências para outras pessoas. É importante entender o que a gente ganhou com aquilo e pensar em como passar isso para os outros. Fora que a gente percebe nosso impacto no ambiente e precisamos contribuir para que nossa influência seja boa.
Palestras
se tem oito pessoas, essas são as oito pessoas mais importantes do mundo. E todos dependem de todos.
Biblioteca Pública Raul Bopp. Dia 3, 11h Biblioteca Pública Viriato Corrêa. Dia 3, 15h Biblioteca Pública Roberto Santos. Dia 4, 11h Biblioteca Pública Padre José de Anchieta. Dia 10, 11h
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Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso - Biblioteca Pública Jayme Cortez. Dia 10, 15h30 Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato. Dia 11, 11h Grátis
Veja a programação completa no site www.emcartaz.prefeitura.sp.gov.br emcartaz | junho 2017 31
vem aí
vem Aí
em julho KUBRICK EM CONCERTO, NO MUNICIPAL
Programas
Autor de clássicos inesquecíveis do cinema, o diretor nova-iorquino Stanley Kubrick também é conhecido pela sofisticação de suas trilhas sonoras. Em julho, o Theatro Municipal de São Paulo apresentará três programas especiais com as músicas presentes nos filmes “2001, uma Odisseia no Espaço”, “Barry Lyndon” (trilha ganhadora do Oscar) e “Laranja Mecânica”. Vá ao Municipal para ouvir obras de compositores como Richard Strauss, Händel e Beethoven, interpretadas pela Orquestra Sinfônica Municipal. Programação obrigatória para cinéfilos e apreciadores da boa música.
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2001, uma Odisseia no Espaço Regência: Roberto Minczuk. Participação: Coral Paulistano. Regência: Naomi Munakata. Dias 7, às 20h, e 8, às 16h30
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Barry Lyndon Regência: Gabriel Rheim Schirato. Dias 14, às 20h, e 15, às 16h30
Laranja Mecânica Regência: Abel Rocha. Dias 21, às 20h, e 22, às 16h30 Ingressos R$ 10 a R$ 100
gostou da programação? Veja onde vai acontecer
Biblioteca Pública Roberto Santos | Sylvia Masini
BIBLIOTECAS
CASAS DE CULTURA
Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato R. General Jardim, 485, Vila Buarque, Centro. | tel. 3256-4122 e 3256-4438
Casa de Cultura da Brasilândia Pça. Benedicta Cavalheiro, s/nº Brasilândia. Zona Norte. | tel. 3922-9123
Biblioteca Pública Padre José de Anchieta R. Antônio Maia, 651, Perus. Zona Norte. | tel. 3917-0751
Casa de Cultura Chico Science Av. Tancredo Neves, 1.265 Moinho Velho. Zona Sul. | tel. 2969-7066
Biblioteca Pública Prefeito Prestes Maia Av. João Dias, 822, Santo Amaro. Zona Sul. | tel. 5687-0513 Biblioteca Pública Raul Bopp R. Muniz de Sousa, 1.155, Aclimação. Centro. | tel. 3208-1895 Biblioteca Pública Roberto Santos R. Cisplatina, 505, Ipiranga. Zona Sul. | tel. 2273-2390 e 2063-0901 Biblioteca Pública Viriato Corrêa R. Sena Madureira, 298, Vila Mariana. Zona Sul. | tel. 5573-4017 e 5574-0389
Casa de Cultura Raul Seixas (Parque Raul Seixas) R. Murmúrios da Tarde, 211, Cohab 2 José Bonifácio. Itaquera. Zona Leste. | tel. 2521-6411 Casa de Cultura São Miguel Paulista - Antonio Marcos R. Irineu Bonardi, 169, Vila Pedroso, São Miguel Paulista. Zona Leste | tel.: 2297-9177 Casa de Cultura Hip-Hop Leste Av. Sarah Kubitschek, 165, Cidade Tiradentes. Zona Leste.
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CENTROS CULTURAIS
TEATROS MUNICIPAIS
Centro Cultural da Penha Lgo. do Rosário, 20, Penha. Zona Leste. | tel.2295-0401
Teatro Arthur Azevedo Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste. | tel. 2604-5558
Centro Cultural São Paulo R. Vergueiro, 1.000, Paraíso. Centro. | tel. 3397-4001 e 3397-4002
Teatro Cacilda Becker R. Tito, 295, Lapa. Zona Oeste. | tel. 3864-4513
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes R. Inácio Monteiro, altura do nº 6.900, Cidade Tiradentes. Zona Leste. | tel.: 3343-8900 Centro Cultural Olido Av. São João, 473. Centro. | tel. 3331-8399 e 3397-0171 Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte. | tel. 3984-2466 Centro Cultural do Grajaú Palhaço Carequinha R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252 Capela do Socorro. Zona Sul | tel.: 5925-4943
Teatro João Caetano R. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino. Zona Sul. | tel. 5573-3774 e 5549-1744 Teatro Leopoldo Fróes R. Antonio Bandeira 114, Santo Amaro. Zona Sul. | tel. 5541 7057 Teatro Paulo Eiró Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro. Zona Sul. | tel. 5546-0449 e 5686-8440 Theatro Municipal de São Paulo Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro. | tel. 3053-2090
Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso | Sylvia Masini
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Redação
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