Revista SaúdePB 2ª edição

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Editorial O editor também é militante nos dois campos de conhecimento há muito tempo, ou seja, há quase 20 anos, tanto na qualidade de jornalista, quanto como funcionário do Ministério da Saúde - Funasa/PB. Trata-se de uma publicação que pretende manter uma altíssima qualidade de conteúdo, impressa numa excelente gráfica e com uma tiragem inicial de 5.000 exemplares, em cores e em papel de excelente qualidade. Emerson Caldas de Andrade é formado em Comunicação Social (Jornalismo) na UFPB. Inscrito como jornalista no DRT/PB nº 1.672. Especialista com pós-graduação (especialização) em “Comunicação e saúde” na Fiocruz, no Rio de Janeiro/RJ. Dentre algumas das atividades já desenvolvidas pelo editor no serviço público destacamos que o mesmo foi Assessor-Chefe da Assessoria de Comunicação Social e Educação em Saúde e Editor-Chefe do Informativo Regional da Funasa/PB; Coordenador Regional Substituto da Coordenação Regional da FUNASA na Paraíba; Superintendente Estadual Interventor

Editor Emerson Caldas caldasdeandrade@gmail.com (83) 9901.3866 (83) 9100.2028

Projeto gráfico e diagramação Ramon Martins rmn.designer@gmail.com (83) 9673.2331 (83)9179.5566

Editoria Tecnica Dr ª.Alessandra Braz Emerson Caldas

Colaboradores Hosana Carneiro Wilza Carla Emellyne Mércia Maria

Ed. associados nesta edição Dr. Leandro Tavares Raquel Guerra e Silene Ximenes

da Coordenação Regional da FUNASA em Roraíma. (Após desencadeada a “Operação Metástase” da PF); Superintendente Estadual da Regional da FUNASA em Roraíma.; e, Superintendente Estadual da Funasa na Paraíba. Foi editor da “Revista KM Zero”, publicação do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais da Paraíba (SINPRF-PB); Redator-Jornalista e Diagramador da Revista FENAPRF Em Revista – de circulação nacional. Veículo de informação da Federação Nacional da Polícia Rodoviária Federal; Editor-Chefe da Revista PRÊMIO Seguros, Previdência e Capitalização – Veículo de informação do ramo de seguros, previdência e capitalização, publicado pela ASTUS Editora, Publicidade e Eventos Ltda.. Endereços e contatos: Rua Agente Fiscal Paulo Assis Soares, nº 55, 802 - Jardim Oceania - João Pessoa/PB. CEP: 58.037-535. Tel.: (083) 9901-3866 / 9100-2028. E-mail: caldasdeandrade@gmail.com e emerson.andrade@funasa.gov.br.

Jornalistas Emerson Caldas Jânio Araújo Simony Bezerril

Impressão Gráfica Moura Ramos ( João Pessoa - PB) Tiragem 5.000 exemplares Editora Contatos comercial Astus Editora, Publicidade e Livraria Emerson Caldas Distribuição (83)9901.3866 Mazureik e Modesto (83)9100.2028 ECT Fotográfia Jânio Araújo Arquivo SaúdePB (83) 9946.3361 Google Imagens 3 (83) 9108.0876 Arquivo Asas www.saudepb.com.br

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Nesta segunda edição da Revista SaúdePB temos vários assuntos relevantes e interessantes, tais como: o autismo, o alimento alho e seus benefícios, a asma e a distribuição gratuita dos medicamentos, o crack e seus desdobramentos e desafios, inclusive para a saúde pública, água e sua essencialidade à vida, tuberculose, dentre outras. Nesta publicação temos ainda vários artigos dos nossos colunistas especialistas e demais profissionais das mais diversas áreas de saúde. Além, é claro, de uma excelente entrevista exclusiva com a Professora Draª Margareth Diniz, recentemente eleita a primeira mulher e possivelmente encabeçará a lista tríplice de reitoraveis à UFPB, o que muito nos honrou nesta publicação. Diante de inúmeros pedidos, passamos então a demonstrar alguns aspectos sobre a editoria da revista. A publicação é pioneira, sendo a primeira revista específica da área no Estado. Além de que é editada pelo jornalista (UFPB) e especialista em Comunicação e Saúde (Fiocruz/RJ).


05”Nossas Dicas” 08/11Entrevista Exclusiva 28/35Autismo 18/20Alho 53/55Qualidade da Água 58Humor 18/20Alho

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Um dos 10 alimentos funcionais mais importantes para a saúde humana

24/25Asma

38/41Crack Paraíba contra o crack: plano de ação contra avanço da droga é lançado no Estado

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Agora: Farmácia Popular também disponibiliza remédios de graça para asma

28/35Especial

Autismo: entidade busca conscientizar sociedade sobre importância de conhecer a síndrome e combater os preconceitos

44/46Funasa

48/51Tuberculose

Seminário de Cooperação Técnica reúne prefeitos do interior do estado visando melhorar a execução dos convênios e das obras

Brasil reduz casos em 3,54% e PB tenta diminuir índices da doença


Nossas Dicas Fatos e mitos sobre a saúde e beleza da pele Para a barba não aumentar, não se deve raspar todo dia?

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ito. – Raspar a barba todo dia não vai estimular o crescimento de novos pêlos nem engrossar os que já existem pois isso não afeta a raiz do pêlo, responsável pelo seu desenvolvimento.

A alimentação tem influência sobre as espinhas?

Depilação com cera provoca flacidez na pele?

Mito – A retirada dos pêlos por depilação não interfere nas fibras colágenas e elásticas da pele e, portanto, não provoca a flacidez.

Fato – Apesar de não ser a causa das espinhas, estudos recentes comprovaram que a alimentação pode influir no curso da doença. É possível ocorrer uma piora das lesões com a ingestão de alimentos como: chocolate, leite e derivados, amendoins e dietas de alto teor glicídico (açúcares). No entanto, isso só vai acontecer nas pessoas que tem a predisposição genética para a doença. Portanto, se você percebe que suas espinhas pioram com determinados alimentos, evite-os. Saiba mais sobre a acne.

Usar boné faz cair os cabelos? Mito – O uso do boné não faz cair os cabelos mas pode, em algumas pessoas que não tiram o boné da cabeça o dia inteiro, agravar condições como a dermatite seborréica, favorecendo a queda dos cabelos.

O uso frequente de tintura pode estragar os cabelos? Fato – . O uso continuado de produtos químicos para o tingimento dos cabelos pode afetar a haste do fio causando a perda do brilho e da resistência.

Calvície tem tratamento? Fato - . Já existe um tratamento com resultados significativos para interromper a queda dos cabelos e, até mesmo, fazê-los crescer novamente. Leia sobre a finasterida.

Pintas e sinais podem virar câncer?

Fato – Alguns tipos de sinais, como os nevos pigmentados (sinais escuros), podem se transformar em um câncer da pele chamado de melanoma. Saiba quando devemos remover um sinal. Mito – Os cremes para estrias atualmente comercializados não acabam com as estrias porque elas são irreversíveis. Mesmo os cremes a base de ácidos, formulados pelos médicos, e que são mais ativos que as substâncias presentes nos cremes comerciais, tem apenas um efeito de melhora sobre o aspecto das estrias.

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Cremes para estrias funcionam?

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Fonte: Dermatologia.net


Espaço dos leitor “Uma página com o intuito de proporcionar a interatividade entre os leitores e a Revista SaúdePB”

Onde vocês poderão enviar:

ELOGIOS, COMENTÁRIOS, OPINIÕES, SUGESTÕES, indicações de PAUTAS (sugestões de assuntos, notícias ou reportagens) para nossa equipe; CRÍTICAS; e, demais participações.

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Entrevista

Entrevista :

Dra. Margareth Diniz

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Nossa entrevistada desta 2ª edição é a excelentíssima Professora Doutora e agora a primeira mulher eleita Reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A Dra. Margareth de Fátima F. M. Diniz é graduada em Farmácia Habilitação III (1981) e Medicina (1987) pela UFPB, mestrado e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela UFPB (2000) e pós-doutorado pela Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO. Atualmente é professora Associada III da Universidade Federal da Paraíba. Pesquisadora do CNPq. Pesquisa e orienta mestrado e doutorado na área de Farmacologia, com ênfase em Toxicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: plantas medicinais, fitoterapia, medicamentos, toxiicologia pré-clínica e Farmacologia clínica (fases I e II). Credenciada pelo Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Pós Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos, Tutora do Programa de Pós Graduação em Fármaco e Medicamentos da Uni8 versidade de São Paulo - USP, Membro do INCT - INOFAR-

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-UFRJ. Membro de câmara no julgamento de projetos de pesquisa da FAPEMIG; Membro da Câmara Técnica de Medicamentos Fitoterápicos da ANVISA - DOU Nº 19 de 28/01/2010. Membro da International Society for the Promotion of Health Technology Assessment -HTAi. É atualmente diretora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, foi diretora do Hospital Universitário Laureano Wanderley, foi Assessora de Extensão do CCS/UFPB. Instalou e fez funcionar o primeiro PET na UFPB, para os alunos de FARMÁCIA. Já orientou inúmeras teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de graduação. Leciona na graduação e na pós-graduação além desenvolver seus trabalhos científicos como pesquisadora com publicação em revistas científicas nacionais e internacionais. Foi eleita no último dia 06 de junho, para ser a primeira mulher reitora da Universidade Federal da Paraíba.

A revista SaúdePB teve a honra de entrevistá-la.


Entrevista qualificação no atendimento dos interesses da sociedade que patrocina o ensino público e gratuito. Revista SaúdePB: Como Diretora do Centro de Ciências da Saúde há vários anos, como a Senhora avalia os Projetos de Extensão da UFPB nos cursos da área de saúde? Qual a importância e quais as maiores conquistas desse tipo de projeto para a população? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Todos os projetos de extensão do Centro de Ciências da Saúde (CCS)

Milona ou Abuteira e como surgiu o interesse científico em estudá-la? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – A Milona como planta chegou na Universidade Federal da Paraíba para estudos em 1984. Eu viabilizei a coleta da planta e participei desde o início das pesquisas científicas, mas a origem das observações foram repassadas para mim, pelo Dr. Beltrão Castelo Branco, meu professor, que já vinha registrando o sucesso do uso dela em pacientes asmáticos.

Dediquei assim toda a minha vida profissional somente à UFPB com a visão de fazer frutos para a sociedade e romper os limites da ciência pela ciência

da UFPB contemplam a sociedade, conforme as áreas de atuação que docentes/servidores técnicos administrativos e discentes atuam. Estão voltados a fazer chegar para a população aquilo que é trabalhado nas diversas docências e pesquisas para usufruto da população. Esse segmento das funções universitárias ainda é pouco contemplado no orçamento da UFPB com recursos para a sua operacionalização. Contudo, no CCS tem havido um esforço crescente de agigantá-lo haja vista ser ele a UFPB, abrindo portas para a sociedade e derrubando os muros que separam a ciência que produz para dar acesso. Assim mesmo na contramão histórica da extensão não ter recebido o mesmo destaque que a pesquisa recebe, entendo ser essa a grande frente para atrair iniciativas e recursos para a forma completa de uma Universidade, tanto na formação profissional dos nossos discentes, como por saber que pode e deve chegar até a população. Revista SaúdePB: Há quanto tempo vem sendo estudada na Paraíba a planta Cissampelos sympodialis conhecida como Orelha de Onça,

As primeiras raízes da Milona vieram da fazenda Riachão, de propriedade do meu avô Eládio Melo, aquele que me chamou atenção para o poder de cura das plantas, quando ainda menina. Trouxe na sequência as mudas para os canteiros do horto do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (extinto no atual reitorado). Mas o trabalho foi multiplicado por muitos outros pesquisadores, e a planta está sendo explorada também sob vários outros aspectos. Revista SaúdePB: Quais as principais ações farmacológicas e perspectivas terapêuticas dessa planta em nosso meio? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – A Milona já está perto de virar medicamento. Os testes apontam a eficácia da planta no tratamento da asma. Como já disse ao Globo Repórter em entrevista junto a outros pesquisadores envolvidos no estudo “essa planta tem um mecanismo de ação muito interessante do ponto de vista farmacológico/

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Revista SaúdePB: Dra. Margareth Diniz, como ocorreu sua trajetória profissional de estudante universitária até a eleição para a Reitoria da UFPB ? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Eu sou sertaneja, do município de Sousa, na Paraíba, vim de uma família onde o meu bisavô Antônio Marques da Silva Mariz já era médico e o meu avô Eládio Melo, trabalhava com plantas para a cura de doenças da população carente sousense. Minha mãe era professora e advogada, e a leitura e os estudos eram os exemplos. Através do rádio e de revistas como “O Cruzeiro” de circulação nacional à época o meu pai fazia a nossa sintonia com o mundo maior que o nosso semiárido paraibano. Foi desse ambiente familiar que o caminho universitário me foi sinalizado. O interesse pela área da saúde e a atenção para o significado curativo das plantas também. Assim me fiz farmacêutica e médica pela Universidade Federal da Paraíba. Sempre colocando os interesses acadêmicos e científicos com as possibilidades de dar sentido social aos seus usos. Quando me fiz docente da UFPB, por concurso, há 27 anos, resolvi por em prática essa junção entre a docência com a pesquisa e a extensão na direção de contemplar a população com resultados práticos que uma instituição como a Universidade pode oferecer. Fiz Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, sempre com essa intenção. Dediquei assim toda a minha vida profissional somente à UFPB com a visão de fazer frutos para a sociedade e romper os limites da ciência pela ciência. Daí exercer cargos administrativos – já referidos no início dessa entrevista (introdução) - ao tempo do desempenho das demais funções. A possibilidade de chegar a ser Reitora foi um reflexo de maior quilate desses simples e sinceros propósitos já vividos e na certeza de que eles podem ser ampliados na UFPB, pelos tantos outros docentes e demais membros da comunidade que já fazem seus trabalhos na busca de mais e maior

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Entrevista

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imunológico para a terapêutica da asma e tem um mecanismo de ação diferenciado dos medicamentos já existentes no mercado”. A curiosidade científica surgiu do uso da Milona, por moradores do interior da Paraíba, há muitas e muitas gerações. Era a raiz da planta que sempre usada no tratamento da asma e de outras doenças respiratórias. Mas a pesquisa permitiu que as raízes fossem poupadas, quando descobriu-se que as folhas contêm os princípios ativos semelhantes, com a vantagem de serem menos tóxicas que a raiz, além de assegurar a preservação da planta. Os estudos que já foram realizados para comprovar a sua eficácia terapêutica descobriram ainda, que a Milona, além de tratar os pacientes com asma, também é eficaz em estudos pré-clínicos (em animais de laboratório) no combate às úlceras gástricas, além de apresentar atividade antidepressiva em camundongos. Revista SaúdePB: Quantos pesquisadores estão envolvidos na pesquisa da planta e quais os principais resultados obtidos? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – São mais de 30 professores envolvidos com a pesquisa sobre a planta Milona. As explorações objetos de pesquisas abrangem aspectos botânicos, químicos, farmacológicos, toxicológicos, imunológicos e agronômicos entre outros. Existem mais de 20 teses de doutorados e mestrados do CCS/

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...nada se compara ao poder da planta para o tratamento da asma. A milona tem duas poderosas ações: é anti-inflamatória e antialérgica

UFPB sobre os resultados obtidos. Mas nada se compara ao poder da planta para o tratamento da asma. A milona tem duas poderosas ações: é anti-inflamatória e antialérgica – um alívio e tanto para os pacientes asmáticos, já que a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e, na maioria das vezes, é desencadeada por processos alérgicos. Outra constatação relevante e que abre novas perspectivas para estudos, quanto ao uso da Milona, é a observação de que seu extrato gera resultados melhores do que o uso de corticóides. Revista SaúdePB: Com relação à liberação da patente e comercialização da milona, quais as perspectivas?

Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Os estudos pré-clínicos já foram praticamente esgotados. Os estudos clínicos estão em curso. Espera-se a disponibilização até o final de 2012, no formato de sachês, para uso humano, através da UFPB, para quem já fizemos o depósito da patente. A indústria farmacêutica só poderá fazer uso a partir dos recursos que deverão passar para a UFPB. Revista SaúdePB: Em entrevista no Globo Repórter salientou-se os efeitos benéficos da milona, mas quanto aos efeitos colaterais esperados pelo uso da planta, quais os mais observados?


Entrevista Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Nenhum medicamento está isento de causar reações adversas. Até o momento está constatado o aumento transitório das transaminases. Essa comprovação tem provocado ainda mais estudos. A ideia é esgotar temas relacionados aos efeitos colaterais estimulando mais pesquisas sobre a Milona. Revista SaúdePB: Por fim, após eleita a primeira Reitora mulher da história da UFPB e como uma pessoa da área de saúde e de pesquisa, quais as perspectivas para a UFPB e para o Hospital Universitário, quais as principais ações e projetos na sua gestão? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – A pretensão é alcançar toda a UFPB com o propósito de elevar todos os indicadores que reflitam QUALIFICAÇÃO. A minha intenção é unificar o ensino, a pesquisa e a extensão para propiciar visibilidade e disponibilidade dos trabalhos dos nossos pesquisadores para a sociedade. Divulgar nossas pesquisas. Ativar simultaneamente as áreas tecnológicas e culturais para geração de produtos e ações a serem absorvidos pela sociedade. Associar essas iniciativas ao trabalho inadiável de conter a evasão de alunos, que é muito alta.

Quanto ao Hospital Universitário “Lauro Wanderley”, órgão suplementar da Reitoria, a realidade possível é a de um hospital escola com docência, pesquisa e extensão. O meu sonho é um hospital escola para nossos alunos, um hospital de assistência para nossa população mais carente e onde essas duas frequências passem por um só canal: o da excelência.

Fazer valer um novo Estatuto que atualize e facilite o funcionamento da instituição e que também permita o acesso de necessários parceiros, em todas as frentes carentes de ações de padrão universitário e que clamam por participação, apoio e orientação advindas da UFPB, na luta contra a pobreza e o atraso econômico do Estado da Paraíba.

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minha intenção é unificar o ensino, a pesquisa e a extensão para propiciar visibilidade e disponibilidade dos trabalhos dos nossos pesquisadores para a sociedade

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Artigo

Vale a pena repensar...

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Raquel Guerra Colunista associada sário, ressalta a importância de consumir com consciência somente aquilo de que realmente necessitamos. O carro que usa é o mesmo há mais de 10 anos, não troca de celular a cada lançamento, usa as mesmas roupas várias vezes e ainda as reforma. Tem uma conduta correta para com o planeta ajudando a preservá-lo agindo com equilíbrio sem se deixar seduzir pelo consumismo e os modismos que regem o modelo atual da vida moderna. As novidades e modernidades que a vida nos oferece são sim, de fundamental importância para o mundo em que vivemos. O que precisamos é encontrar um ponto de equilíbrio para não sermos reféns das mesmas. Saúde | PB

um bate-papo, lembrando-me de tempos atrás, de como a vida era mais simples, menos onerosa, mais tranquila, mais bem vivida, sem necessidade de tantas frescuras nas quais a maioria das pessoas de hoje se prendem e valorizam de forma inadequada. Observo o mundo e as atitudes de hoje com mega festas, onde se gastam exorbitâncias e seguem num mini show! Tempos atrás, com poucos recursos se fazia uma festa encantadora e todos saiam felizes... E as viagens? São excelentes, eu sou a primeira a defender que nada melhor do que uma viagem! Mas o que assistimos nos dias atuais são disputas de quem viaja mais e de quem gasta mais, mais, e mais... E depois? Alguns se endividam de tal forma que se desestruturam... E os carrões? Outra disputa de quem os tem maiores e melhores! As marcas de roupas, sapatos, bolsas precisam ser seguidas à risca. As crianças ainda pequeninas, já valorizam essas bobagens que não levam a nada, a não ser a futilidades que fazem a festa e enchem os bolsos dos lojistas, esvaziando os dos pais que entram numa roda viva para realizar a cada dia um desejo mais inusitado dos filhos. Temos de repensar sobre o atual modelo de vida que adotamos sem pensar e mudarmos para melhorar e deixarmos de ser escravos das eternas novidades e modismos que desgastam a todos, querendo muitas vezes alcançar metas inatingíveis, que trazem como resultado, altos níveis de estresses que servem apenas para deteriorar a saúde daqueles que lutam para se encaixar no padrão atual de vida ditado pelo modelo econômico. Em uma entrevista, a atriz Cristiane Torloni que é defensora da sustentabilidade, e consequentemente é contra o consumo exacerbado e desneces-

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Artigo

Gota: artrite associada com elevação de ácido úrico

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gota é uma patologia causada por um distúrbio do metabolismo do ácido úrico que, elevado no sangue por períodos variáveis, pode ser depositado nos tecidos na forma de cristais. Acomete especialmente articulações, tecido celular subcutâneo e os rins. Em consequência, podem ocorrer ataques recorrentes de artrite inflamatória aguda, acúmulos de cristais em regiões do corpo formando nódulos principalmente embaixo da pele, no tecido subcutâneo (chamados de tofos), que podem provocar deformidades e destruição nas articulações próximas. Também podem ocorrer cálculos renais. Os níveis de ácido úrico são considerados normais até 6 mg/dL nas mulheres e até 7 mg/dL nos homens. Nas mulheres, os valores se mantêm baixos em geral até a menopausa (o estrógeno aumenta a eliminação de ácido úrico pelos rins), tendendo a igualar aos homens após a menopausa; nas mulheres as manifestações clínicas costumam ser menos acentuadas. Mais de 10% da população ocidental tem ácido úrico acima dos limites normais (chamado de hiperuricemia), embora menos de 3% destes desenvolvam gota clínica. 95% dos casos de gota ocorrem em homens entre 30 a 60 anos, e 10 % a 30 % dos pacientes com gota ou hiperuricemia têm outros casos na família. A quantidade de purinas (proteínas) no corpo depende do equilíbrio entre o que a pessoa ingere, do que produz e como elimina (excreta). A gota pode ser causada por situações clínicas que aumentam a produção do ácido úrico (alteração do metabolismo de proteínas/purinas ou sem causa definida) em 5 % a 10% dos casos, e/ou decorrer da redução da excreção do ácido pelos rins (90% dos casos). Dietas ricas em purinas incluem carnes, vísceras (ex. fígado), crustáceos (ex. camarão) e bebidas fermentadas, especialmente a cerveja. As purinas ingeridas são convertidas em ácido úrico no intestino e no fígado, e a maioria (2/3) é excretada pelos rins. Algumas situações aumentam os níveis de ácido úrico como traumas, ingestão de álcool (consumo de Wisky contaminado por chumbo e consumo de cervejas - ricas em purinas), medicações como diuréticos e anti-inflamatórios, níveis elevados de triglicerídeos, neoplasias em tratamento com imunossupressores, entre outras. Os pacientes podem ter só ácido úrico elevado sem apresentar sintomas (hiperuricemia assintomática), podem desenvolver quadros agudos de artrite surgindo em geral à noite e/ou ao amanhecer, após dias de excessos de bebida ou dietas ricas em proteínas. As crises ocorrem tipicamente nos pés/tornozelos/joelhos, com quadros agudos repenti-

Alessandra Sousa Braz Caldas de Andrade CRM PB: 4653. Profª. Drª. de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba.

nos, explosivos, pele quente e vermelha na articulação, extremamente dolorosos, levando o paciente a procurar uma urgência/emergência hospitalar. Passada a fase aguda, pode descamar a pele onde a inflamação ocorreu. As crises em geral duram poucos dias, mas com o passar do tempo e sem tratamento adequado, casos graves podem durar semanas e tornarem-se crônicas. Após anos de doença ou de elevação de ácido úrico no sangue, formas crônicas da doença ocorrem com a formação dos tofos pelo corpo, chamada de gota tofácea crônica. O diagnóstico de gota é estabelecido através da comprovação da presença de cristais de ácido úrico no líquido sinovial (líquido que preenche as articulações) ou nos nódulos de acúmulo de ácido úrico (tofos). Alterações típicas também podem ser vistas através de radiografia das regiões afetadas. O tratamento da doença inclui controle da dieta e da obesidade, evitar uso abusivo do álcool, ingestão de 2 a 3 litros de água diariamente, além do uso de medicações prescritas por um reumatologista. O tratamento da fase aguda inclui anti-inflamatórios e colchicina e, após os primeiros 15 dias do início da crise, normalizadores dos níveis de ácido úrico são prescritos. A gota é uma doença metabólica que, apesar de afetar mais notadamente as articulações, se não tratada de forma adequada, pode evoluir de forma agressiva, deformando articulações e trazendo malefícios à qualidade de vida das pessoas, além de vir associada com doenças renais e cardiovasculares. É, portanto, mandatório que diante de um paciente com quadros agudos, de evolução repetida nos membros inferiores e com relato prévio de hiperuricemia, um reumatologista seja consultado visando prevenir danos futuros irreversíveis.

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Odontologia ORTODONTIA: O FUTURO É HOJE - Mostre seu sorisso, não o aparelho!! Aparelhos ortodônticos praticamente invisíveis

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om o objetivo de atender as expectativas dos seus clientes por estética, conforto e eficiência na correção dos dentes, uma nova realidade começa a adentrar o mundo da Ortodontia. Com a preocupação em atingir a excelência estética e funcional, o Esthetic Aligner® foi desenvolvido incorporando técnicas já existentes com ferramentas laboratoriais de alta precisão e materiais importados de qualidade clinicamente testados, proporcionando resultados excelentes com mais conforto e higiene ao paciente. O tratamento se inicia com uma moldagem de alta precisão para a produção das placas transparentes. O paciente então, recebe um conjunto de aparelhos removíveis (placas transparentes) sequênciais, onde gradualmente estarão incorporadas ativações para que os dentes sejam corrigidos. A melhora do sorriso é acompanhada visivel-

mente pelo paciente. É indicado para qualquer fase da dentição, de crianças a adultos. Um bom tratamento ortodôntico pode transformar sua vida! Um sorriso bem alinhado traz beleza e equilíbrio ao rosto, transformando profundamente a fisionomia. Ademais, dificuldades de fala, mastigação e respiração, ou mesmo alguns tipos de dores de cabeça reincidentes, são exemplos de casos em que a Ortodontia pode atuar, melhorando sua qualidade de vida. Mais do que a percepção externa, um sorriso bonito é o final de um projeto que proporciona ao indivíduo uma boa mastigação, saúde dos dentes e

Erivaldo F. Lopes CRO/PB 2452 Professor/Doutor de Especializações em Ortodontia UNICSUL – Recife/Caruaru/PE Ortofaz – João Pessoa/PB

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tecidos de suporte (gengival, periodontal e esqueletal), fonação adequada, trituraçãode alimentos nas dimensões adequadas que favorecem a digestão. Até mesmo a postura do indivíduo pode melhorar com a correção dentária. Muitos são os benefícios de um tratamento ortodôntico, mas aliar a isso um aparelho praticamente invisível, que não ofusca o sorriso, não altera a fala, não fere lábios ou gengivas e pode ser removido durante a alimentação e higienização e ainda é capaz de corrigir diversos problemas dentários de forma rápida e eficiente, induvidosamente é a proposta do aparelho ortodôntico transparente - Esthetic Aligner®


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Alimentos

Notícias

Alho:um dos 10 alimentos funcionais mais importantes para a saúde humana

Com Simone Bezerrill

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ão é de hoje que se propagam os benefícios que o alho proporciona à saúde humana. Alguns povos da Antiguidade, como os egípcios e os gregos, já acreditavam na ação profilática e terapêutica desse nutriente, mesmo sem saberem o alcance de seus benefícios e a maneira mais eficaz de aproveitá-lo. Considerado um dos alimentos mais prescritos pelos naturalistas e um dos condimentos mais populares da cozinha brasileira, o alho, denominado cientificamente Allium sativum, é tido como um excelente auxiliador na manutenção da saúde e na prevenção de algumas doenças, sendo uma das poucas plantas que apresentam um composto de propriedades saudáveis. Segundo a nutricionista Wilza Carla Araújo do Amaral, o alho é considerado um dos dez alimentos funcionais mais importantes, pois possui propriedades antiaterosclerótica, imunoestimulante, anticancerígena, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiasmática, antitér-

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mica e expectorante natural. Especialistas garantem que o alho reduz a pressão arterial e a taxa de colesterol, além de combater germes e infecções. Outros benefícios obtidos com o consumo do alho refere-se ao fato do ingrediente possuir qualidades antioxidantes, que permite o ataque aos radicais livres, retardando o envelhecimento precoce. Wilza Carla ainda cita outras doenças que podem ser combatidas pelo alho: “O nutriente age no tratamento de parasitoses, desconfortos gastrintestinais, dislipidemias, verminoses intestinais, doença hipertensiva (tem efeito hipotensor), cardiovascular, câncer, diminuindo coágulos na corrente sanguínea (previne agregação plaquetária), tem efeito fungicida”, disse. Durante o Simpósio Internacional da Terapia do Alho, realizado em Berlim, a eficácia deste vegetal pôde ser comprovada através de pesquisas apresentadas por mais de 150 cientistas oriundos de aproximadamente 20 países. A maioria dos estudos apontou a contribuição do alho no tratamento das dislipidemias e doenças cardiovasculares. Outros estudos, realizados em conjunto pela Embrapa e pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), comprovaram que um composto ativo do alho nas espécies brasileiras, chamado alicina, pode reduzir o colesterol e diminuir os riscos de infarto


agudo no miocárdio. Entre as ações do alho, as mais importantes e específicas, apontadas pelas pesquisas, são suas capacidades de melhorar as condições cardíacas, anticance-

Alimentos

“Relata-se que as substâncias presentes no alho podem melhorar a liberação de insulina que em conjunto com a ação antioxidante teria um efeito positivo no diabetes. No câncer os compostos sulfurados reduziriam ou inibiriam a proliferação de tumores, como os do tratointestinal, da próstata, do rim, da mama e os do sistema endócrino. Julga-se que o alho tem a propriedade de baixar a pressão arterial. Um especialista da Universidade de Genebra declarou que o alho provoca a dilatação rígenas e germicidas. Já dentre os dos vasos sangüíneos, reduzindo componentes sulfurados do alho, assim, a pressão no interior deles”, os que mais se destacam como esclareceu Wilza Carla. benéficos à saúde e que o diferencia de outros vegetais do gênero Allium são: aliina, alicina e dialisulfeto. Aliás, são essas propriedades as responsáveis pela produção daquele odor característico. “O alho é composto por aminoácidos sulfurados: Alicina, Ajoeno, Aiina, que tem ação antioxidante, reduzindo LDL, triglicerídeos e oxidação de radicais livres. Possui uma grande quantidade de princípios ativos, também contém minerais e vitaminas do complexo B, principalmente B6, além de ser rico em germânio, que é um elemento condutor de oxigênio com ação revigorante e rejuvenescedora. Ainda contém selênio, que é um micronutriente protetor do coração”, explicou Wilza. Entretanto, a nutricionista ressal- Recentemente, pesquisadores ta que não há comprovação cien- norte-americanos, da Washington tífica quanto à eficácia do alho no State University, declararam que o combate ao câncer e diabetes. alho apresenta um composto com

cem vezes mais eficácia contra a bactéria Campylobacter jejuni, causadora de doenças intestinais, do que antibióticos comuns, como eritromicina e ciprofloxacina. Essa mesma bactéria ainda provoca uma doença rara paralisante, conhecida como síndrome de Guillain-Barré. Por sua vez, buscando avaliar a contribuição do alho para a prevenção de doenças cardiovascular, cientistas argentinos fizeram uma pesquisa minuciosa para entender a melhor forma de prepará-lo. Descobriram que moer o alho antes do cozimento pode reduzir a ação de suas propriedades antiplaquetárias. No entanto, alertam que essa perda pode ser minimizada com o aumento da quantidade de alho consumido. O biólogo Thiago Manzoni Jacintho, em artigo publicado no portal educação, cita um estudo realiza-

do por pesquisadores chineses, os quais constataram que o consumo de alho e de outros nutrientes do mesmo gênero (como cebola,

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cebolinha e alho poró) reduz o risco de câncer de próstata independentemente do peso corporal, ingestão total de calorias e de outros produtos alimentícios. Ainda constataram maiores efeitos em homens com câncer de próstata avançado. O consumo médio de alho foi de cerca de dois dentes por semana. Os benefícios para saúde advindos pelo consumo do alho podem ser obtidos por meio de receitas de cozinha, na preparação de pratos, ou médica, através de extratos e formulações de laboratório. De acordo com Wilza Carla, o alho cru apresenta efeito mais satisfatório do que o cozido no que se refere à prevenção de algumas doenças. “Ao triturar ou mastigar o alho ocorre a ativação de uma substância bioativa. Por outro lado, quando dourado ou cozido perde parte de suas propriedades. O alho envelhecido tem uma grande concentração das substâncias ativas”, explicou.

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“Deve ser consumido com moderação ou em alguns casos evitado por indivíduos que usam anticoagulantes e antiplaquetários. Gestantes, crianças até quatro anos de idade, pacientes em pré e pós cirurgias, também devem evitar, pois tem efeito antiplaquetário”, salientou.

DICA: Saiba como disfarçar o hálito após o consumo do alho. Segundo a nutricionista Wilza Carla, o composto de aminoácidos sulfurados do alho (Alicina, Ajoeno, Aiina) promove o odor característico, podendo ser exalado por até 72 horas após a ingestão. Ela ressalta que embora seja desagradável ao paladar, age como desinfetante estimulando a secreção salivar e o suco gástrico. Para melhorar a halitose após o uso do alho, a nutricionista recomenda ingerir suco de limão ou laranja. Outra forma de disfarçar o odor é: mastigar por algum tempo alface, salsa, aipo, erva-doce, Questionada se há uma quantida- grãos de coentro e casca de maçã. de ideal de alho que deva ser con- sumida, a profissional relatou que para uma ação preventiva e cura- Receitas saudáveis tiva a recomendação diária é de A revista SaúdePB solicitou 500 a 600 mg (equivalentes a dois à nutricionista Wilza Carla que disdentes de alho na forma natural). ponibilizasse aos leitores algumas “A indicação para se ter o melhor receitas a base de alho cru. Confiaproveitamento do alho é cru, ra: mas também existe a oferta dele em cápsula, em forma de Óleo de Alho prensado a frio, que pode AZEITE DE ALHO ser prescrito pelo nutricionista ou médico”, explicou Wilza Carla. Ingredientes: - 200ml de azeite 0.7 de acidez; A nutricionista alerta que consu- - 10 dentes de alho. mido de maneira excessiva ou em dosagens elevadas, o alho pode Preparo: causar má digestão e irritabilidade - Esterilizar a garrafa escolhida; da mucosa gástrica.

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- Descascar os alhos, cortar ao meio e retirar o gomo axial; - Juntar na garrafa os alhos e encher com azeite; - Se quiser pode acrescentar alecrim, pimenta dedo de moça e outras especiarias. SARDINHA COM ALHO E TOMATES Ingredientes: - 24 tomates-cereja com o cabinho; - 4 dentes de alho; - Alguns ramos de tomilho; - Raspas de limão-siciliano; - Uma pitada de flocos de pimenta; - 2 colheres (sopa) de azeite; - Sal e pimenta do reino moída na hora; - 4 sardinhas limpas com pele (120-150g cada). Preparo: 1. Pré-aqueça o forno a 200 °C. Coloque os tomates, o alho e o tomilho numa assadeira. Salpique as raspas de limão e os flocos de pimenta. Regue com azeite e tempere com sal e pimenta. Leve ao forno por 10 minutos, até os tomates começarem a enrugar. 2. Retire e coloque as sardinhas sobre os tomates. Cubra com papel alumínio e leve de volta ao forno por 10 a 15 minutos, até as sardinhas assarem por inteiro. Sirva quente com salada ou pão. CHÁ DE ALHO Ingredientes: - Um dente de alho; - Uma xícara de água; - Uma colher de mel. Preparo: - Amasse o alho e acrescente uma colher de mel em uma xícara. Depois despeje a água em ponto de fervura


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Artigo

Câncer de próstata: importância do exame anual

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tualmente, o Câncer de Próstata (CaP) é a segunda causa de óbitos por câncer em homens, sendo superado apenas pelo de pulmão. Estima-se a ocorrência de 47.280 casos novos deste tipo de câncer. Segundo pesquisa norte-americana publicada no New England Journal of Medicine, a chance de um homem ter câncer de próstata gira em torno de 25%, ou seja 1 em cada 4 homens terá a doença no decorrer da sua vida. Este dado, associado a outros da literatura médica, por si só já mostra a importância e a gravidade com que esta patologia afeta todos nós homens. Como acontece na maioria das neoplasias malignas, não sabemos ainda a causa exata do CaP, mas identificamos alguns fatores de risco, tais como: dieta rica em alimentos gordurosos e pobre em selênio e licopeno, substâncias encontradas em frutas e verduras que tenham cor avermelhada, principalmente o tomate e a pitanga. Além desses, destaca-se ainda como fator de risco, principalmente, a hereditariedade, ou seja, aqueles homens que têm ou tiveram algum parente direto com CaP possuem maior chance de desenvolver a doença.

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Baseado nisto, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todo homem acima de 45 anos e aqueles acima de 40 anos, que possuam parentes com câncer de próstata na família ou sejam da raça negra, devem procurar seu Urologista de confiança para realizar o exame de rotina que precisa ser feito anualmente. Infelizmente, ainda não existe uma maneira de prevenir o CaP, mas a única medida que possibilita a cura é a realização do exame urológico anual de rotina, que consiste na consulta com um Urologista e na realização do PSA (exame de sangue), ultrassonografia e do toque retal, exame indolor, rápido e que é capaz de identificar a maioria dos cânceres de próstata no seu início.

Dr. Leandro Tavares Médico Urologista, CRM/PB nº 4633. Professor UFPB Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia

Se diagnosticarmos essa doença no início, teremos 80% a 90% de chance de deixarmos nossos pacientes curados e vivendo com excelente qualidade de vida. Porém, se a doença já estiver alastrada, apenas poderemos oferecer medidas paliativas e de suporte clínico até que a evolução natural leve o paciente à morte. Portanto, devemos nos conscientizar, cada vez mais, de que temos nas nossas mãos a chance de salvar muito mais vidas se realizarmos uma Medicina Preventiva com maior intensidade e, que no caso do CaP, requer apenas uma visita anual ao médico e a realização dos exames básicos. Só depende de você.

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Agora: Farmácia Popular também disponibiliza

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remédios de graça para asma

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partir de maio, o programa federal “Saúde Não Tem Preço” disponibiliza mais três remédios gratuitos à população. Os novos beneficiados são os que apresentam os sintomas da asma. Agora, são 14 medicamentos distribuídos nas farmácias populares de todo o Brasil, levando em consideração os

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remédios para diabéticos e hipertensos que já vinham sendo ofertados. Na Paraíba existem 192 farmácias administradas pelo governo e 215 drogarias privadas credenciadas ao “Aqui Tem Farmácia Popular”. A inciativa deverá beneficiar aproximadamente 800 mil pacientes por ano. Até então, 200 mil pessoas vinham sendo favorecidas com a aquisição de medicamentos para o tratamento da asma por meio de descontos que chegavam a 90% nas redes de farmácias populares e privadas vinculadas


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para reduzir o número de internações e de óbitos que ainda existem. Nós não só estamos salvando vidas, mas estamos também estimulando melhor o desenvolvimento”, disse o ministro. A incorporação dos remédios contra a asma ampliará o orçamento atual do “Saúde Não Tem Preço” em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é de R$ 836 milhões. No país, existem 554 farmácias populares da rede própria (administradas e montadas pelo governo) e 20.374 da rede privada.

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ao programa federal. A estimativa do Ministério da Saúde é que este número possa quadruplicar – como ocorreu com os medicamentos para hipertensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa, iniciado em fevereiro de 2011. De acordo com o Ministério da Saúde, a inclusão dos medicamentos para asma no programa de distribuição gratuita aconteceu devido ao crescimento das vendas de tais remédios nas farmácias populares, chegando a 322% de aumento entre fevereiro de 2011 e abril de 2012. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que a ação tenha impacto positivo, especialmente na saúde infantil. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença. Em entrevista para a Agência Saúde, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da inclusão dos medicamentos no programa. “Estamos dando um passo importante

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Engelselt

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Artigos

Podiatria

tratamento especializado para os seus Pés

A Podiatria é dividida em três grandes áreas. Quiropodologia - Área podiatrica na qual se realiza tratamentos conservadores, calos, helomas, patologia da pele e unhas. Or topodologia/Biomecânica - área podiatrica que actua em alterações congénitas e/ ou adquiridas do tipo morfológico, Áreas de Intervenção da Podiatria: Alterações da Pele: - Calosidades - Micoses (ex: pé de atleta) - Úlceras, feridas, gretas, verrugas (olho de peixe) - Rachaduras - Excesso de transpiração Alterações das Unhas: - Unhas encravadas - Unhas com micose - Unhas grossas - Tratamento Laserterapia Alterações da Marcha: - Apoio incorrecto no pé - Pés Planos - Pés Cavos - Pé Pronado (caído para dentro) - Pé Supinado (caído para fora) - Caminhar incorrecto e/ou com dor - Deformidades nos dedos (Joanete) - Dismetrias (pernas de diferentes tamanhos) - Neuroma de Morton - Metatarsalgias - Esporão de calcâneo

estrutural e funcional aplicando tratamentos correctivos, compensativos ou paliativos mediante realização e aplicação ou prescrição de ortopróteses ou ortóteses. Ortesiologia - A aplicação de ortóteses digitais e metatársicas são realizadas directamente sobre o pé do paciente, permitindo manter o segmento afectado em posição correcta e funcional. As ortóteses plantares, digitais e metatársicas são de importância extrema, atendendo à sua funcionalidade e também porque é um tratamento imediato, permitindo minimizar uma sintomatologia dolorosa após a sua colocação. - Fasceíte Plantar - Dor nos Joelhos, Quadril e Coluna - Correcção com Suportes Plantares Personalizados Pé Adulto: - Pé Reumático - Pé Vascular - Pé Neurológico - Pé do Idoso - Compensação com Suportes Plantares Personalizados Pé Diabético: - Feridas e Úlceras Tipícas - Alterações estruturais - Pé Charcot - Suportes Plantares Personalizados, Preventivos Pé da Criança: - Apoio incorrecto dos pés - Juntar e/ou afastar Joelhos - Cansaço excessivo dos pés - Dores generalizadas - Suportes Plantares Personalizados correctivas/compensatórias Pé do Desportista: - Lesões e traumatismos (Entorses)

- Periostite (Canelite) - Fractura por stress Exames: - Avaliação Biomecânica - Avaliação computorizada da marcha em estática e dinâmica (Único em JP) - Outros

Dr. Pedro Coutinho Licenciado em Podiatria pelo I. P. de Saúde - Portugal Director clínico da PodoMedic

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Podiatria é uma área da medicina como ciência, e o Podiatra como profissional especializado na investigação, prevenção, diagnóstico e tratamento das afecções e deformidades dos pés, como tratar as alterações das extremidades inferiores, utilizando métodos científicos mais actuais e equipamento mais sofisticado.

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Especial

Autismo:

entidade busca conscientizar sociedade sobre

importância de conhecer a síndrome e combater os preconceitos Com Simone Bezerrill

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ificuldades para se relacionar é um dos principais sintomas apresentados pelos portadores do autismo, doença ainda pouco conhecida no Brasil, embora muito mais comum do que se imagina. Como recentemente foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a revista SaúdePB traz uma reportagem especial sobre a doença, alertando sobre a importância da identificação precoce da síndrome, que, nas crianças, chega ser mais frequente do que as incidências de aids, câncer e diabetes. Aproximadamente 400 pessoas se mobilizaram para comemorar a data em João Pessoa. A iniciativa partiu da Associação de Pais, Amigos e Simpatizantes do Autista (Asas) no último dia 2 de abril. Segundo a diretora da entidade, Hosana Carneiro, o mo-

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vimento teve o objetivo de despertar a atenção dos pessoenses para o problema, por meio da informação. “Nossa meta era justamente conscientizar a população e chamar a atenção dos entes públicos para a problemática do autismo. Conseguimos uma boa repercussão da iniciativa na imprensa local e nas redes sociais”, disse Hosana Carneiro. Criada em 2009, a entidade surgiu da iniciativa de um grupo de pais de autistas em busca de atendimento educacional, terapêutico, clínico e assistencial às pessoas portadoras do autismo. Sem fins lucrativos e sobrevivendo de doações, a Asas, que conta com seis funcionários e alguns colaboradores, disponibiliza um serviço de qualidade e de forma gratuita. “A associação surgiu a

Depoimento Emocionada, Elisa relata os progressos do neto Vinícius após quatro anos de acompanhamento. Vinícius chegou à entidade com apenas dois anos de idade. “Graças ao trabalho desenvolvido pelas profissionais que trabalham na Asas, o Vinícius hoje leva uma vida praticamente normal, já se relaciona com outras pessoas, fala bastante, atende aos comandos, conhece todos os números e letras, etc...”, salientou.


partir de reuniões de pais que se realizavam semanalmente na residência de uma mãe de autista. Nosso objetivo era dar qualidade de vida aos nossos filhos através de tratamentos multidisciplinares gratuitos”, explicou a diretora da Asas. A falta de informação pode ser considerada a principal dificuldade enfrentada pelos pais cujos filhos apresentam alguns dos sintomas do autismo. Segundo a psicóloga e psicopedagoga Emellyne Lima, essa realidade tem mudado consideravelmente na Paraíba, tendo em vista a atuação de muitas mães que lutam pela causa da inclusão, pela participação de seus filhos em diferentes contextos, como, por exemplo, em escolas regulares. Com um neto que apresenta os sintomas do autismo, a senhora Elisa Aragão Vieira começou a procurar outras famílias que também estivessem vivenciando os mesmos problemas. Desta maneira, conheceu alguns pais de autistas, que, posteriormente, decidiram criar um grupo no intuito de trocarem experiências. Assim, a partir desse convívio, da troca de incentivos e da procura por ajuda, foi que surgiu a Asas. “O meu neto Vinícius, praticamente foi um dos fundadores da Asas, pois foi em decorrência da suspeita de que ele era autista, que comecei a procurar pessoas relacionadas ao assunto, sendo a partir daí, desse grupo de famílias de autista, o qual eu me incluo, que se criou a Asas-PB”, explicou. Elisa relata que a principal dificuldade enfrentada por ela e pelo grupo era a falta de informação sobre o tema e tampouco acerca das formas de tratamento existentes. “Como avó de um autista, só tenho a agradecer muito a ASAS pelo trabalho desenvolvido, não apenas com o meu neto, mas com todas as outras crianças autistas que são atendidas lá”, expressou. Segundo Hosana, estima-se que existam 60 mil autistas na Paraíba. Em relação aos tratamentos

disponibilizados pela rede pública, ela relata que o serviço é prestado unicamente pela Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), mas ressalta que a capacidade de atendimento da unidade é precária. “O atendimento é absolutamente insuficiente, sem contar a carência de até um ano entre o início da triagem e o começo do tratamento. A capacidade de atendimento da entidade resume-se a 50 usuários. Ainda por cima, este atendimento não possui a qualidade desejada devido à deficiência/inexistência de capacitação e supervisão”, disse. A Paraíba dispõe de uma legislação estadual que assegura o atendimento aos portadores de autismo, disponibilizando serviços de saúde, educação, assistência social, informação e cadastro. Criada em 2 de abril de 2009, a lei 8.756 instituiu o Sistema Integrado de Atendimento ao Autista. Dentre os direitos assistidos, está incluso o diagnóstico precoce nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). Entretanto, segundo Hosana Carneiro, a lei ainda não trouxe avanços porque possui eficácia contida. Apenas após a regulamentação seus efeitos poderão ser avaliados. “Minha esperança, como a de todos que estão na Asas e dos que aguardam uma oportunidade para entrar lá, é que os nossos governantes façam a sua parte e cumpram a Lei 8.756/2009. Isso já vai nos ajudar muito. Além disso, é preciso que as escolas acordem para o problema da inclusão, pois para a maioria, inclusão é colocar mais uma cadeira em sala de aula para uma criança “especial” sentar”. No estado, apenas a Funad e a Asas prestam atendimentos gratuitos. Existem outras duas entidades particulares, a Associação de Pais e Amigos do Autista na Paraíba (Ama/PB) e o Espaço Terapêutico Mundo Autista (Etma), além da Clínica de Neuroatividade (também particular).

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Especial

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Especial

Saiba mais sobre a síndrome que afe-

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ta 70 milhões de pessoas no mundo

Quando se fala em autismo pensa-se logo nos seguintes estereótipos: pessoas que não interagem com outras, que vivem isoladas e têm aversão ao toque ou contato. Por outro lado, devido à falta de informação sobre o transtorno, é comum taxar uma criança que apresenta a doença como mal educada quando, por exemplo, pega um objeto de maneira abrupta ou se joga no chão. Para ajudar os autistas é preciso entender essa doença que atualmente atinge 70 milhões de pessoas no mundo, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com Emellyne Lima, que há sete anos se dedica a tratar de crianças com autismo, existe uma variabilidade na manifestação dos sintomas comportamentais apresentados pelos autistas, em diferentes graus e áreas. A psicóloga explica que há sintomas considera-

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dos leves, moderados e intensos. “Quanto aos níveis, existem instrumentos que ajudam a avaliação classificando o autismo entre leve, moderado e severo. Quanto aos tipos, estes constam nos Manuais de Diagnósticos CID 10 e DSM IV contemplando os chamados transtornos do “Espectro autista” que abrange o Autismo, a Síndrome de Asperger e os Transtornos do desenvolvimento sem outra especificação”, relatou. Embora exista uma grande variabilidade em relação aos sintomas, a psicóloga relata que a linguagem e a socialização são as áreas mais afetadas pela síndrome do autismo. “De maneira geral, estão presentes prejuízos ou particularidades na interação social, na comunicação, nos comportamentos e interesses, caracterizados por restrição, estereotipia e repetição. Também são

observadas nestas pessoas dificuldades sensoriais que exacerbam os comportamentos autísticos”, esclareceu. A especialista ainda ressalta que embora o autismo não tenha cura, as pessoas acometidas com a síndrome podem levar uma vida normal, como qualquer outra que não apresenta tal doença. A psicóloga alertou que nos casos de diagnósticos precoces os tratamentos são mais eficazes e, consequentemente, as crianças portadoras do distúrbio poderão ter melhor rendimento na escola, com chances consideráveis de chegarem à universidade. “Assim como os deficientes físicos precisam de adaptações, as pessoas com autismo também precisam para que levem uma vida melhor. As famílias, as escolas e a sociedade precisam aceitar as diferenças; entender que todos têm necessidades


Especial norte-americana, onde a cada 88 crianças uma nasce com a síndrome, segundo dados divulgados, recentemente, pelo governo dos Estados Unidos. Devido ao surto de diagnósticos, a Associação Americana de Psiquiatria deverá concluir, até o final de 2012, uma nova definição do autismo e de outras doenças do mesmo espectro.

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distintas e que ao serem atendidas muitos problemas serão minimizados ou mesmo evitados, mas isso remete à temática inclusão, que é uma outra longa conversa”, ressaltou. Emellyne ainda chama a atenção para a necessidade de um conhecimento pediátrico mais aprofundado sobre o autismo, pois, segundo ela, muitas vezes, crianças consideradas autistas podem não ser adequadamente diagnósticas nos consultórios médicos. Ela explica que os distúrbios comportamentais do autismo costumam ser identificados numa criança antes dos três anos de idade, por isso da importância do diagnóstico precoce para iniciar o tratamento. “Acho que estas informações precisam chegar aos pediatras os profissionais que lidam diretamente com as crianças desde a mais tenra idade. Muitas das vezes, as mães identificam características como atraso na linguagem ou pouca interação, por exemplo. Mas, alguns desses profissionais, pouco preparados nesse sentido, acabam atribuindo a questões de personalidade ou ao ritmo de cada criança e orientam colocar a criança na escola. Entretanto, na fase inicial de aparecimento de sintomas, nem todas as características e comportamentos autísticos estão totalmente instalados”, disse. Para a psicóloga, a interação entre diversos profissionais da saúde (psicólogos, fonoaudiólogos, educadores físicos e terapeutas sensoriais) e a orientação às famílias são fundamentais tanto para o sucesso no tratamento dos sintomas como para a prevenção de problemas de comportamento, além de outras dificuldades relacionadas ao autismo. Estima-se que o autismo afeta mais de dois milhões de indivíduos no Brasil, embora ainda seja desconhecido o número exato de pessoas que apresenta o transtorno devido à inexistência de uma pesquisa de prevalência. O país adota o índice de incidência do distúrbio na população

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Especial

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Conhecimento, inclusĂŁo e combate ao preconceito!

* Todas as fotos foram disponibilizadas pela Asas/PB. 32 www.saudepb.com.br


Especial

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Conscientização, respeito e sucesso!

Todas as fotos foram disponibilizadas pela Asas/PB.

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Especial

Entrevista:

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Hosana Carneiro

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m entrevista exclusiva à SaúdePB, Hosana Carneiro esclarece algumas dúvidas referentes ao autismo. “O objetivo é levar informação àqueles pais que possam estar enfrentando o problema em casa ou mesmo ainda não tenham percebido alguma variação no comportamento dos seus filhos”, relatou. Segundo Hosana, a Asas recebe, diariamente, visitas de famílias interessadas em iniciar o tratamento de seus filhos. De acordo com ela, a entidade atende treze famílias cujas crianças apresentam o transtorno do autismo. A entidade, criada há quase três anos, também promove eventos sobre o tema e capacita agentes pedagógicos e terapêuticos. O atendimento na Asas acontece todos os dias, nos seguintes horários: das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Mais informações: asas.pb@hotmail.com telefone 8766-8041 Confira, abaixo, a entrevista com Hosana, que há mais de um ano coordena as atividades desempenhadas pela Asas. 1. Como começou sua história com a entidade? HC - Sou mãe de autista e participante de primeira hora das reuniões que resultaram na fundação da Asas. Na condição de sócia fundadora, participei ativamente do dia a dia da instituição e, por ocasião da vacância do cargo de presidente, fui eleita para co-

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mandar a entidade. 2. Como mãe de autista, que mudanças a Asas trouxe para a sua vida? HC - A principal mudança foi a oportunidade de dividir meus temores e angústias com outras mães. Além disso, passei a acreditar em possibilidades concretas de evolução do meu filho a partir da troca de experiências e da observação de outras situações, nos mais variados graus de complexidade. 3. Que contribuição o grupo de pais autistas e o apoio da Asas proporcionaram ao seu filho? HC - Para o meu filho, foi estabelecida uma rotina de atendimentos e desenvolvida toda uma sistemática de abordagem do problema. Ele começou a receber atendimento por volta de cinco anos e hoje tem sete anos, recém-completados. 4. Que melhoras você poderia observar no desenvolvimento do seu filho? HC - Apresentou melhoras na comunicação e progressos visíveis na socialização. Adquiriu várias habilidades visuais e motoras, sendo capaz de

identificar figuras e símbolos relativos a coisas e animais. Dá para observar, ainda, sinais evidentes de felicidade. 5- Que comportamentos podem ser identificados como possíveis sintomas do autismo? HC - Apresentar acentuada hiperatividade e falta de noção de perigo; não responder a ordens verbais; agir como se fosse surdo e muitas vezes demonstrar hipersensibilidade auditiva. Além disso, não mostrar interesse em conhecer pessoas, chorar, gritar ou rir sem motivo aparente


Especial ou momentos de extrema tristeza e apatia. Sua capacidade para imitar e imaginar pode ser nula. Apresenta movimentos estereotipados, retardamento ou ausência da fala, que, consequentemente, compromete a comunicação. É comum, ainda, a presença da ecolalia (repetição de palavras). Por último, têm muita dificuldade na interação social. 6 - O que os pais devem fazer se perceberem alguns desses sintomas em seus filhos? HC - Procurar um neuropediatra ou um psiquiatra infantil especialista em autismo e buscar ajuda nas entidades assistênciais especializadas. Mesmo que não seja possível iniciar o atendimento imediatamente, as entidades poderão franquiar informações importantes e orientações a cerca das opções de tratamento existentes na cidade.

9- E na escola, como os professores e colegas devem agir para ajudar uma criança autista? HC - Instruções devem ser simples e diretas, com frases curtas. Falar com calma e ter paciência. Recorrer a estímulos visuais e aceitar que a pessoa autista precisa de algum tempo a sós. 10 - Adultos com autismo podem ter sucesso profissional? HC- Alguns autistas com

grau leve do transtorno poderão ser capazes de despenhar alguma atividade profissional, mesmo assim enfrentarão muitas dificuldades de comunicação e socialização. Às pessoas com autismo de grau médio a severo, que apresentam dificuldades para atender comando verbal ou escrito, além de não fazer uso adequado da imaginação, que correspondem a 70% dos casos, com o atendimento precário oferecido na Paraíba, seguramente não conseguirão desempenhar uma atividade profissional convencional.

7 - Como ajudar uma criança autista? HC - Respeitar o seu jeito de ser e de se comportar já é um bom começo. Coopere, dê amor e carinho. Tenha força de vontade para ajudar e acredite que a pessoa com autismo tem capacidades. O autismo não tem cura, mas tem possibilidades de desenvolvimento com os tratamentos oferecidos.

HC - Incentivá-lo a interagir com outras pessoas e expô-lo gradativamente a algumas situações diante das quais ele apresente alguma dificuldade.

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8 - Que estímulos são considerados importantes para propiciar a socialização de uma criança autista?

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Fisioterapia

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da Coluna Vertebral (ITC Vertebral), comandado pelo Fisioterapeuta Jailson Ferreira, é o procedimento da fisioterapia no qual ocorre uma descompressão entre as vértebras. Durante esse processo, as dores causadas pela compressão de nervos, ossos, artérias, discos e articulações da coluna são amenizadas. Antigamente a tração da coluna era feita sem critérios e sem parâmetros, o que

36 R. Walber Belo Rabelo, 181, Sala 8, Manaíra Fone: (83) 3043-3352 www.saudepb.com.br

causava até mesmo piora no estado de alguns pacientes, por isso a técnica foi deixada de ser utilizada durante muitos anos. Hoje em dia, a tração da coluna é criteriosa e controlada pelo fisioterapeuta em uma unidade computadorizada de tração da coluna. O perfil do paciente é analisado e são determinados a carga ideal, o tempo de tração e quantas sessões são necessárias.

Jailson Ferreira Fisioterapeuta - CREFITO 50.901-F Mestre em Fisioterapia (UFRN) Osteopata e Posturoterapeuta (ATMS-Bélgica) Professor de Especializações em Fisioterapia Manipulativa (PB, RN, AL, SE)

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ocê sente que a sua dor na coluna poderia diminuir se houvesse uma forma de descomprimi-la? Instintivamente algumas pessoas sentem a necessidade de se “esticar” para fazer as dores da coluna amenizarem. Essas pessoas chegam no consultório e perguntam: “Doutor, isso faz sentido?” A resposta está neste artigo. Tração da Coluna, que faz parte do programa de tratamento especializado do Instituto Tratamento

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Notícias

Paraíba contra o crack: plano de ação contra avanço da droga é lançado no Estado

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m dos principais problemas enfrentados dentro de casa e nas escolas diz respeito ao crescente consumo de drogas. Segundo dados divulgados, no ano passado, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), a Paraíba possui 35 mil usuários de crack. Deste total de dependentes identificados, 62% estão na faixa etária entre 10 e 18 anos. Visando combater o aumento do percentual de viciados jovens, que em números significa 21,7 crianças e adolescentes usuários de drogas, foi elaborado o primeiro Plano Estadual de Enfretamento ao Crack e outras Drogas, cujo lema intitula-se “União pela Vida”. Dividido em três eixos estratégicos, o plano enfatiza as seguintes ações: prevenção, reinserção social e repressão qualificada. De acordo com o governo, objetiva-se a formação de uma rede de articulação de serviços entre diversas áreas (social, educacional e saúde), no intuito de combater não só o crack, como também o consumo de outras drogas. A iniciativa partiu de uma comissão

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organizadora formada por representantes do governo, de instituições públicas, da sociedade civil e de organizações não governamentais (ONGs). A responsabilidade pela aplicação e acompanhamento das metas será de um Comitê Gestor, do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas e dos fóruns de discussão

em sociedade. De acordo com publicações veiculadas no site oficial do Governo do Estado, as ações do plano serão desenvolvidas junto às escolas tendo os professores como multiplicadores no trabalho de prevenção e de aplicação dos próprios conteúdos programáticos. Outra meta destacada diz respeito à inserção dos usuários de drogas em processo de recuperação nos cursos profissionalizantes de curta duração, que deverão ser disponibilizados pelo Estado. Ações educativas – A secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Aparecida Ramos, destacou, em matéria publicada na imprensa oficial, que o governo já vem desenvolvendo ações no enfrentamento ao consumo de drogas, com o aumento do número de leitos, a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a formação de 360 profissionais na área de assistência e de saúde para o tratamento aos usuários de crack e outras drogas. Programa “Crack, é possível vencer” investe na instalação de

CAPS na PB A problemática das drogas entre os jovens também preocupa o governo federal. Com o lema “Crack, é possível vencer”, a presidenta Dilma Rousseff lançou, em dezembro de 2011, um programa que visa o internamento involuntário de usuários. O investimento aplicado foi de R$ 4 bilhões. Embora a internação compulsória já seja realizada, a medida não se tratava, até então, de uma política pública de combate às drogas. Segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, estão sendo criados 308 “Consultórios de Rua”, com médicos, psicólogos e enfermeiros. A equipe fará busca ativa de dependentes e deverá avaliar a necessidade de internação voluntária ou compulsória dos usuários. Em maio deste ano, o Ministério da Saúde (MS) habilitou 22 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em oito estados brasileiros, dentre quais está a Paraíba, que, agora, dispõe de aproximadamente 50 unidades de tratamento contra as drogas. Os municípios de Santa Luzia e Rio Tinto foram contemplados com a instalação de um CAPS I. Já Sapé e João Pessoa com uma unidade do CAPS AD, sendo a terceira na capital. Ao todo, o estado será beneficiado com uma quantia superior a R$ 2 milhões. O aumento dos números de CAPS no Brasil faz parte das ações do programa “Crack, é possível vencer”. Atualmente são 1.742 em todo país. O MS visa investir, até 2014, o valor de R$ 400 milhões para implantação de 134 CAPS AD 24 horas e construção de outros 41 novos centros de reabilitação social.


Notícias

Sinais da dependência: como identificar se uma pessoa próxima está usando drogas De acordo com especialistas, o dependente de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Os sintomas mais comuns são: redução drástica do apetite; acentuada perda de peso; fraqueza; desnutrição e aparência de cansaço físico. Os psiquiatras ainda alertam sobre os seguintes efeitos: o usuário tem insônia enquanto dura o efeito da droga e sonolência nos períodos de abstinência. Em entrevista ao portal Agência Saúde, a coordenadora

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do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB), Fátima Sudbarck, destacou que “também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”.

Sudbrack são: isolamento, conflito familiar, furto para comprar drogas e variação do humor.

Como ajudar um dependente O usuário necessita de atenção especializada e integral em relação à saúde física e mental. Segundo especialistas, um usuário de droga precisa, primeiramente, de ajuda profisMudança no comporta- sional. Mas salientam que é funmento damental para o sucesso do tra Algumas mudanças de tamento o apoio familiar e social. comportamentos são sintomas notados nos usuários de drogas, Causas e feitos: físicos tais como: falta de atenção e con- centração; deixar de cumprir ativi- Sabe-se que a fumaça dades rotineiras, como frequentar tóxica do crack causa um imtrabalho e escola ou conviver com pacto devastador no organismo. a família e amigos; além de mentir Entre as principais consequêne ter dificuldades de estabelecer cias físicas condicionadas pelo relações afetivas. consumo da droga estão: doen Ainda segundo declaração ças pulmonares, cardíacas, sinda coordenadora do Prodequi, o tomas digestivos, e alterações dependente também pode sofrer na produção e captação de neuuma paranoia de alucinações e rotransmissores. sensações de perseguição. Outros comportamentos apontados por Saúde | PB

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Na Paraíba, o Ministério Público se encarregará de fiscalizar todas as prefeituras que dispõem de políticas públicas de combate e tratamento às drogas e que receberão recursos federais em virtude da adesão ao Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. O governo federal ainda busca implantar um trabalho de prevenção juntamente com as escolas e comunidades, com o objetivo de evitar a ampliação do número de usuários. De acordo com o MS, a meta é capacitar, no período de quatro anos, 210 mil educadores através do Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola. Além disso, prevê a capacitação de 3,3 mil policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas. Facilitar o acesso por meio do telefone a informações sobre drogas também é outra meta traçada pelo programa federal de combate às drogas. O novo número telefônico de atendimento telefônico VivaVoz, que auxilia e orienta usuários e familiares de dependentes, passará de 0800 para 132.

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Seminário de Cooperação Técnica reúne prefeitos do Funasa: interior do estado visando melhorar a execução dos convênios e das obras

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nasa, Gilson Queiroz; da superintendente da Funasa no estado da Paraíba, Ana Cláudia Nóbrega Vital do Rêgo; de vários parlamentares federais e estaduais e várias outras autoridades, além, é claro, da presença maciça dos prefeitos de municípios do interior da Paraíba.

bém a importância de eventos como este, uma vez que inúmeros esclarecimentos foram prestados aos gestores sobre os mais diversos temas relacionados aos convênios, o acompanhamento das obras de saneamento ambiental e suas prestações de contas.

O seminário foi realizado em duas etapas; pela manhã as autoridades presentes ressalta O evento contou com a ram a presença do presidente da presença do presidente da Fu- Funasa na Paraíba, como tam-

Durante o evento, também foi ressaltada a relevância da integração que deve existir entre a Funasa e os municípios que possuem convênios com a Instituição, além do benefício que

Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio de sua Superintendência no Estado da Paraíba (Suest/PB), promoveu em março, uma grande reunião, denominando-a “Seminário de Cooperação Técnica – Ações da Funasa para 2012”, no Teatro Armando Monteiro, situado no edifício do SESI, na capital paraibana.

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a população paraibana está re- Durante o evento, foram cebendo, fruto das ações da Fu- realizadas pela equipe técnica da Funasa, explanações sobre nasa no Estado. temas específicos: Análise Téc O presidente Gilson Quei- nica dos Projetos de Engenharia; roz fez uma apresentação sobre Acompanhamento Gerencial de a situação das obras no estado e Fiscalização de Obras; Serviço de as ações da Funasa para 2012, Convênios; Prestação de Contas; destacando o Plano Municipal de Plano Municipal de Saneamento Saneamento Básico, as ações Básico e Controle de Qualidade da Funasa nos assentamentos e da Água, com a finalidade de gacomunidades quilombolas, o Pro- rantir aos gestores informações grama Brasil sem Miséria – Água desde a elaboração do projeto Para Todos, e ainda discorreu so- até à fase de prestação de conbre a política dos resíduos sóli- tas dos convênios e termos de compromisso. dos.

São muitos recursos disponibilizados pelo Governo Federal, visando financiar ações de saneamento ambiental, por meio de convênios celebrados entre as Prefeituras e a Funasa, porém, os gestores se queixam muito que ainda encontram muitas dificuldades em executar às obras e principalmente prestar contas, devido ao pouco conhecimento técnico e a carência de mão de obra especializada nos pequenos municípios.

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Em abril:

Funasa libera mais de R$ 6,6 milhões para municípios paraibanos

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Só em abril a Funasa, por meio da Superintendência Estadual na Paraíba (Suest/PB) liberou um total de R$ 6.678.931,03 para 24 municípios do estado. A importância refere-se ao pagamente de parcelas para a execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e convênios (CV) entre a Funasa e as prefeituras municipais. Os recursos destinam-se a obras de Sistema de Abastecimento de Água (SAA), Sistema de Esgotamento Sanitário (SES), Melhoria Habitacional para Controle da Doença de Chagas (MHCDC) e Melhorias Sanitárias Domiciliares (MSD). Essas ações atingirão uma população de mais de 52 mil pessoas beneficiando mais de 13 mil famílias. Nestas liberações foram contemplados os seguintes municípios: Bom Sucesso, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cacimba de Areia, Carrapateira, Conceição, Curral de Cima, Juru, Lastro, Livramento, Mãe D’ Água, Pilões, Pirpirituba, Quixaba, Santo André, São Bentinho, São João do Cariri, São José de Piranhas, Sapé, Serra Branca, Serra Grande, Tenório, Triunfo e Vista Serrana.

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A Fundação Nacional de Saúde tem sua atuação voltada, especialmente, para municípios com menos de 50 mil habitantes, nos quais trabalha para melhorar, cada vez mais, a saúde pública da população paraibana. Também desenvolve suas atividades junto às comunidades quilombolas e ribeirinhas.


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Tuberculose:

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Brasil reduz casos em 3,54% e PB tenta diminuir índices da doença

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ela primeira vez, o Brasil conseguiu reduzir o número de casos de tuberculose a uma marca inferior a 70 mil. Nos últimos dez anos, a taxa de incidências caiu 15,9% e a de mortalidade apresentou redução ainda maior: 23,4%. O Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Clementino Fraga, referência no tratamento da tuberculose na Paraíba, registrou uma redução de 2% no índice de novos diagnósticos registrados na unidade, mesmo assim ocorreram 700 novas infecções em 2011. Entretanto, segundo da-

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dos divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado foram notificados 1.087 novos casos de tuberculose em todo o estado, com o índice de 8% de abandono de tratamento. Um percentual maior do que o apresentado no ano anterior, quando foram detectados 1.074 casos novos, com 7,8% dos portadores da doença abandonando o tratamento. Uma das políticas públicas lançadas para minimizar essa realidade está sendo aplicada por meio da SES, que desenvolve um trabalho para detectar o risco de infecção da tuberculose em

unidades prisionais. Os detentos que apresentam tosse há mais de três semanas – um dos sintomas da doença – são submetidos a exame de escarro e raio-x de tórax, além do teste tuberculínico, que identifica pessoas que já foram infectadas pelo bacilo da tuberculose. No Brasil De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos verificados no último ano sofreu uma queda de 3,54%: foram 71.790 (2010) contra 69.245 (2011). Na última década, o Brasil


Notícias de pessoas infectadas pelo HIV. O maior percentual de pacientes tuberculosos e portadores do vírus da aids (a chamada coinfecção) foi notificado na região Sul, onde a marca chegou a 18%. Durante o evento em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose (23 de março), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou que: “É importante fecharmos o ano, pela primeira vez, com menos de 70 mil casos. Os dados que temos apontam a redução da taxa de incidência. Mostra que o caminho está correto e que a tuberculose foi elencada como tema prioritário”. O ministro ainda salientou que o governo federal ampliou o investimento em ações de con-

os pacientes com a doença. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 10% dos casos registrados em 2010 era

trole contra a doença nos últimos nove anos. Os recursos destinados ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose passa-

ram de US$ 5,2 milhões, em 2002, para US$ 74 milhões em 2011. Diminuição por região Entre 2011 e 2010, a região Nordeste registrou uma redução de 36.9 casos de tuberculose para 35, 9, em relação a cada 100 habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram pequenas variações: 0,2 e 0,6, respectivamente. O Norte, com maior índice de contágio, permaneceu com o mesmo índice nos últimos dois anos: 45,2. Situação mundial Apesar do declínio dos números de incidências de tuberculose e mortes causadas pela doença, o percentual atual ainda é preocupante. Para se ter uma ideia, 8,8 milhões de pessoas foram diagnosticadas com tuberculose e 1,4 milhão morreram devido à doença, em 2010. Embora, aproximadamente um terço da população do planeta seja infectado com a bactéria da tuberculose, que destrói o tecido pulmonar, apenas uma pequena parcela chega a apresentar a doença. Segundo especialistas, uma pessoa com tuberculose que não se submete ao tratamento adequado pode infectar, em média, de dez a 15 pessoas por ano. Os contingentes que apresentam os maiores surtos de tuberculose estão na América Latina, África, Ásia, Europa Oriental e Rússia. O Brasil está entre os países que demonstraram avanços no combate à doença. Grupos considerados vulneráveis As pessoas que vivem em condições precárias de moradia e

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registrou uma redução de 15,9%. Em 2001, foram notificados 42,8 casos de incidências de tuberculose para cada 100 mil habitantes, número que caiu para 36 casos da doença em 2011. Mais positivo foi a diminuição do índice de mortalidade. Na década analisada ocorreu uma queda de 23, 4%, sendo 3,1 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, em 2001, passando para 2,4, em 2010. Embora tenha ocorrido reduções, a tuberculose está em quarto lugar no ranking de mortes causadas por doenças infecciosas no país, sendo a primeira entre os pacientes com aids. Para enfrentar a situação o Ministério da Saúde recomenda que seja realizado o teste anti-HIV em todos

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Notícias alimentação estão mais propícias a contrair a doença. Outros dois grupos considerados vulneráveis à tuberculose são as pessoas com sistema imunológico deficiente e as que não têm acesso aos serviços de saúde. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose, vinculado ao Ministério da Saúde, definiu como prioritário as populações em situação de rua, a carcerária, os indígenas e as pessoas contaminadas pelo vírus da aids.

tuberculose atinge principalmente os pulmões, porém pode afetar em outras partes do corpo, tais como: ossos, rins e meninges. A tuberculose é detectada através de um exame denominado baciloscopia. O paciente em processo de tratamento não é transmissor da doença. As crianças podem ser imunizadas por meio da vacina BCG.

Outra ação desenvolvida refere-se ao projeto de diagnóstico de tratamento da tuberculose entre pessoas que vivem com o HIV. O projeto está sendo realizado em 13 municípios brasileiros onde mais de 20% dos pacientes com tuberculose estão infectados pelo HIV.

Diagnóstico precoce: medida importante

Como identificar a doença

Traçar ações que visem evitar o abandono do tratamento e diagnosticar a doença precocemente pode contribuir bastante para a redução dos atuais índices de mortalidade em relação à tuberculose. Dentre as ações em andamento, o Ministério da Saúde destacou a expansão do tratamento oferecido por mais de 70% dos Programas de Saúde da Família e a ampliação do número de equipes dessas unidades. No ano passado, 56,3% dos casos de tuberculose notificados foram diagnosticados em avaliações realizadas nas unidades básicas de saúde.

Como medida para buscar reverter a situação atual dos índices de tuberculose, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou que uma das metas a serem cumpridas deve ser identificar 70% dos casos de tuberculose e curar, no mínimo, 85% das incidências. Entretanto, o percentual de cura continua abaixo da meta estipulada pela OMS, pois o maior índice alcançado até agora foi de apenas 73,5%, em 2009. O pior é que o percentual de cura decresceu para 70,3%, em 2010. Embora o Brasil tenha aumentado o indicador de cura entre o período de 2001 a 2004, houve uma pequena redução a partir de 2005: a taxa passou de 73, 5%, em 2009, para 70,3%, em

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Segundo os médicos, o principal sintoma da tuberculose é a persistência da tosse por mais de três dias, com ou sem secreção. As pessoas que apresentam tal sintoma deverão procurar uma unidade do Programa de Saúde Familiar (PSF), onde será realizado o diagnóstico. O tratamento é disponibilizado, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser iniciado imediatamente após a confirmação da doença, durante seis meses e sem interrupção. Causada por uma bactéria conhecida como Bacilo de Koch, a

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Metas traçadas pela OMS


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Água:

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elemento essencial à manutenção da saúde e sobrevivência do homem

para o consumo diário. Assim, procurando evitar o crescimento de doenças causadas pela ingestão de água contaminada, a Suest promoveu um trabalho preventivo por meio de ações desenvolvidas pela Unidade Regional de Controle da Qualidade da Água (URCQA). Além de realizar a inspeção técnica em Sistema Público de Abastecimento de Água (SAA), a URCQA, que é vinculada ao Serviço de Saúde Ambiental (Sesam) da Suest, apoia projetos de pesquisas, atua em situação de emergência e desastre ambiental, além de garantir suporte técnico às Vigilâncias Sanitária e Ambiental. A Suest ainda conta com

uma Unidade Móvel de Coleta de Água e de uma Unidade Móvel de Controle de Qualidade da Água (UMCQA), o que torna muito mais ágil e hábil as intervenções e ações corretivas para a melhoria da qualidade de água. Assim, a UMCQA beneficia diversas famílias no interior do estado. Para se ter uma ideia, no ano passado, a unidade visitou mais de 39 municípios, onde foram realizados diagnósticos para saber a situação da água consumida pela população. Após as visitas, os resultados das análises foram encaminhados a cada prefeito para que fossem tomadas as devidas providências. A nova unidade móvel está com serviços disponíveis desde

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m b o r a dois terços do planeta terra seja composto por água, menos de 1% deste total pode ser encontrado próprio para o consumo humano. Mesmo assim, o líquido, considerado fundamental à sobrevivência de todas as espécies, continua sendo utilizado de maneira exagerada. Diante dessa realidade, a criação de uma data especial para a conscientização mundial se tornou uma iniciativa de grande importância. Criado pelas Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março, objetiva reforçar a importância da preservação do mineral e promover a elaboração de medidas práticas que possibilitem soluções para ajudar a minimizar o desperdício desse recurso natural. Medidas aplicadas na Paraíba No último dia 22 de março, a Superintendência Estadual da Funasa na Paraíba (Suest), promoveu uma exposição de banners e a distribuição de material educativo à população. A inciativa ainda contou com mostras de vídeos sobre a importância da água. Outra problemática diz respeito à péssima qualidade de água disponível nas residências

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novembro de 2011, quando chegou a Suest. A UMCQA, que custou R$ 269.500,00, está capacitada para realizar 25 parâmetros (exames) de análise físico-químicos, quatro parâmetros de análise bacteriológicas e, ainda, tem capacidade de fazer coleta para identificação e contagem de cianobactérias — em grande quantidade na água ocasiona desinteira — em mananciais superficiais. Outro fator preocupante diz respeito à inexistência de saneamento básico na maioria das residências brasileiras. Atualmente, 53% da população brasileira não dispõem de saneamento nem água tratada. Pesquisas apontam que para cada R$ 1 investido em saneamento, o governo deixaria de gastar R$ 4,00 em serviços de saúde. Medidas que possibilitariam qualidade de vida e menos gastos públicos.

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Importância da água para a saúde Estudiosos asseguram que a água é fundamental no auxílio à prevenção das doenças, dentre as quais podem ser destacadas: cálculo renal e infecção de urina. Além disso, é considerada essencial para o rejuvenescimento do organismo, que é composto por 80% de água O Brasil é privilegiado em relação à disponibilidade de água. O país apresenta 53% do manancial de água doce da América Latina e


Curiosidades

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possui o maior rio do mundo, o amazonas. No entanto, segundo o geógrafo Wagner de Cerqueira, a água doce disponível no território brasileiro está distribuída irregularmente: aproximadamente 70% dos mananciais estão presentes na região amazônica, restando 27% para a região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste. É importante salientar que o consumo irresponsável da água pode gerar consequências graves e irreversíveis em um futuro próximo.

• Banhos rápidos (economiza água e energia); • Manter a torneira fechada enquanto escova os dentes ou faz a barba; • Consertar vazamentos de canos e torneiras; • Apertar a descarga apenas por tempo necessário; • Acumular roupas para lavar e passar; • Não usar mangueira para lavar calçadas e carro (utilize vassoura para a calçada e balde para o carro).

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Você pode economizar água. Confira as dicas:

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Artigo

Etnobotânica e conservação dos recursos florísticos

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prefixo etno caracteriza o sistema de conhecimento e cognição de uma determinada cultura (Sturtevant, 1964). Para estudar os saberes de populações humanas sobre os processos naturais e o conhecimento acerca das diferentes percepções do ambiente, as etnociências estão entre os enfoques que mais têm contribuído. Juntamente com suas implicações sociais, ideológicas e éticas possibilitam aumentar a representatividade das comunidades estudadas nos processos de tomada de decisão formais, em relação aos recursos que utilizam. Dentre os diversos usos das plantas pelo homem, destaca-se a utilização com propósitos de tratamento e cura de doenças e sintomas. Esse uso dos recursos florísticos vem se perpetuando e, atualmente, desempenham um papel essencial na assistência à saúde. Em muitos países em desenvolvimento, grande parte da população, especialmente em áreas rurais, depende principalmente da medicina tradicional para os cuidado básicos com saúde. Com estudos etnobotânicos é possível compreender as sociedades humanas, passadas e presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com plantas (Alves et al, 2007). Em adição, analisar o emprego de plantas medicinais por comunidades humanas pode contribuir com estudos fitoquímicos, agronômicos e farmacológicos sobre essas plantas (Amorozzo, 1996). A conservação de recursos biológicos de importância medicinal usados popularmente gera questões relevantes com respeito à sustentabilidade. Estudos junto a comunidades tradicionais, por propiciarem a descoberta de fontes terapêuticas potencialmente detectáveis e manipuláveis para síntese farmacológica, podem viabilizar o interesse na proteção dos recursos. Muitos estudos etnobotânicos têm demonstrado que as pessoas afetam a estrutura de comunidades vegetais e paisagens, biologia e evolução de espécies não só de forma negativa, mas também beneficiando os recursos (Albuquerque & Andrade, 2002). O treinamento das comunidades para proteção das coleções florísticas com ações terapêuticas torna-se imprescindível (Shinwari & Gilani, 2003), favorecendo a continuidade do aproveitamento das potencialidades medicinais pelas gerações futuras. O uso duradouro dos recursos está condicionado a sua proteção. Isso leva o conhecimento tradicional a constituir-se numa ferramenta para o planejamento e manutenção dos recursos naturais locais. O uso dos recursos florísticos torna-se ainda mais importante em áreas como o semi-árido nordestino, onde predomina o Bioma Caatinga, no qual vivem cerca de 15% da população brasileira, mais de 25 milhões de pessoas (Mittermeier et al, 2002) e é um bioma considerado hoje de especificidade brasileira. As interrelações apresentadas pelas comunidades com o meio em que vivem, tanto pelo uso intensivo ou não dos recursos como pelas diferentes formas de manejo que a valo-

Silene Ximenes Mestre - Farmacêutica /Bioquímica

rização concedida por elas pode oferecer ao mesmo meio, propiciou o reconhecimento da importância da sua participação nos projetos de gestão e conservação dos recursos naturais e sustentabilidade, sendo demonstrada no vigésimo segundo princípio da Declaração sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento do Encontro das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 1992, assim exposto: “As populações indígenas e suas comunidades, bem como outras comunidades locais, têm papel fundamental na gestão do meio-ambiente e no desenvolvimento, em virtude de seus conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer e apoiar de forma apropriada a identidade, cultura e interesses dessas populações e comunidades, bem como habilitá-las a participar efetivamente da promoção do desenvolvimento sustentável.” (ONU, 2001) Com base no que foi exposto, a pesquisa intitulada “Plantas utilizadas como medicinais em uma comunidade rural do semiárido da Paraíba, Nordeste do Brasil” foi desenvolvida e publicada na Revista Brasileira de Farmácia em março deste ano (Santos et al, 2012). Na referida publicação constam as plantas utilizadas localmente, forma de preparo e doenças para as quais são prescritas. Enfatiza-se que as indicações são baseadas em conhecimentos tradicionais, passadas de geração em geração, e que a comprovação de efeitos benéficos ou maléficos devem ser confirmados com estudos farmacológicos. Foi observado no estudo que existe um rico conhecimento local e que as práticas medicinais estão agregadas a diversidade e acessibilidade dos recursos. E, acima de tudo que, qualquer estratégia de conservação da flora deve considerar as necessidades locais de forma a manter preservados os recursos e a cultura, contribuindo com a saúde em todos os aspectos. Para ver Referências: contactar autora silene.santos@funasa.gov.br

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Humor

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A Dor Sumiu Aquela senhora, asmática, numa consulta de retorno. — A senhora está se sentindo melhor? — pergunta o médico. — Não, senhor! — A senhora seguiu a minha recomendação de dormir com a janela aberta! — Sim, doutor! — E a dor no peito não sumiu? — Não, senhor! Mas sumiu a televisão, o dvd e o home theater! Enchente no Hospício Exame de rotina no hospício, para ver se havia algum louco que poderia ser liberado. Assim que foi dado o sinal, todos os funcionários saíram gritando: — O hospício está inundando... O hospício está inundando! Imediatamente os loucos se atiraram no chão e começaram a nadar freneticamente. Ao ver um que continuava sentado num banco, com ar sossegado, um dos médicos se aproximou dele e perguntou: — Por que você não está nadando? — Tá pensando que eu sou bobo? “Hummm, esse daí já deve estar curado!”, pensou o médico. Aó o louco emendou: — Humpf! Vou esperar a lancha!

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Bebedeira O médico alerta o paciente: -Puxa, meu amigo, não consigo encontrar a razão das suas dores. Só pode ser por causa da bebida. - Não se preocupe não, doutor. Eu retorno amanhã, quando o senhor estiver mais sóbrio! Tratamento adequado O médico recebe a cliente com um sorriso bem largo nos lábios: - Minha amiga, tenho ótimas notícias para contar pra senhora. - Senhora, não, doutor. Eu sou uma senhorita. - Senhorita, eu tenho péssimas notícias para contar pra você.


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