SaĂşde | PB 2 www.saudepb.com.br
Editorial Out/Nov/Dez de 2012 - Ano 1 - N° 4
Nesta publicação, mais uma vez teremos diversos artigos e assuntos relacionados à saúde que são de fundamental relevância à sociedade, tais como hipertensão, Lupus Eritematoso Sistêmico, o Programa Brasil Carinhoso, informações sobre a Revista Radis (da Fiocruz) e Hospital Metropolitano de Santa Rita/PB. No quadro sobre alimentos e saúde os leitores poderão “consumir” uma deliciosa matéria sobre pimentas, saber sobre suas variedades, seus benefícios à saúde, além de conhecer dicas de como degustá-las e algumas receitas de como prepará-las. No destaque desta
Editor Emerson Caldas caldasdeandrade@gmail.com (83) 9901.3866 Editoria Técnica Dr ª.Alessandra Braz Emerson Caldas
Projeto gráfico Ramon Martins rmn.designer@gmail.com (83) 9673.2331 Diagramação Lamark Martins lamarkmartins@gmail.com (83) 9990-3091
Ed. associados nesta edição Dr. Leandro Tavares Raquel Guerra e Samuel Henriques
Colaboradores Kepler Wanderley Wilza Carla Adalberto Fulgêncio
edição, matéria de capa, um assunto muito interessante e atual: “ciclismo e saúde”. Nosso entrevistado principal deste número é o atual Diretor Nacional do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), o paraibano Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior. Aos leitores, colaboradores, apoiadores e empresas anunciantes, agradecemos pelo sucesso alcançado neste primeiro ano de existência, pois apesar das dificuldades que um veículo de comunicação dessa natureza apresenta, conseguimos cumprir o “papel” desejado, e, mais que isso pavimentar a sustentabilidade do periódico, que vem se consolidando como instrumento de disseminação de ações de saúde e como “ferramenta” de contra-partida e de responsabilidade social, contribuindo para o interesse coletivo. Emerson Caldas de Andrade Editor Chefe Revista SaúdePB
Jornalistas Emerson Caldas Jânio Araújo Simony Bezerril Contatos comercial Emerson Caldas (83)9901.3866 (83)9100.2028 Jânio Araújo (83) 9946.3361
Impressão Gráfica Moura Ramos ( João Pessoa - PB) Tiragem 5.000 exemplares Editora Astus Editora, Publicidade e Livraria Distribuição Mazureik e Modesto ECT Fotografia SaúdePB Google Imagens 3 Arquivo Bike Tech Pepe
Saúde | PB
A Revista SaúdePB “Comunicação e Saúde” nesta 4ª edição completa o seu primeiro ciclo, ou seja, fecha o quarto trimestre de existência e se consolida como instrumento de informação, disseminação das ações de saúde, educação e comunicação em saúde no Estado da Paraíba. Estamos todos de Parabéns!!!!
www.saudepb.com.br
Capa Revista SaúdePB 4ª Edição Criação Lamark Martins
05”Nossas Dicas” 08/11Entrevista Exclusiva 30/37Ciclismo 18/21Pimenta 50/52 Brasil Carinhoso 58Humor 08/11Entrevista
Saúde | PB
Com Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior diretor do Denasus
24/27 Hipertensão João Pessoa: média de mulheres hipertensas é superior a de homens
4 www.saudepb.com.br
18/21 Pimenta
Nutriente atua na proteção de alguns tipos de câncer e na redução do colesterol
30/37 Especial
Ciclismo e qualidade de vida: saiba os benefícios da prática de pedalar para sua saúde
40/43 Lúpus
53/54 RADIS
Pacientes diagnosticados com a doença podem e devem ter vida normal
Revista nacional referência na defesa de uma saúde pública de qualidade
Nossas Dicas DICAS DE SAÚDE – Saúde Bucal Chá-verde escurece os dentes? Mito.
– O chá verde, e também o chá preto, possuem muitos corantes e o ideal é não abusar desses produtos. Tomando de forma controlada e fazendo a escovação adequada, pode-se reduzir o escurecimento dentário. Para manter os dentes brancos é importante que se vá ao dentista regularmente e se faça a limpeza profunda periodicamente. Há também processos de clareamento que mantém o brilho e o branco dos dentes.
Cigarro causa gengivite?
Enxagüantes bucais podem substituir Verdade. – O cigarro possui grande quantidade de subs- uma escovação? tâncias e fumar aumenta a possibilidade de se causar gengivite e até a doença periodontal. É importante frisar que os fumantes devem ter maior cuidado com a saúde bucal para não terem problemas ainda mais graves, fazendo a limpeza periodicamente.
Mito. – A escovação e o fio dental são os métodos mais eficazes para a limpeza dental, os enxaguantes são usados apenas como complemento. Sozinhos, sem a escovação e o fio, eles não têm utilidade nenhuma.
Bicabornato de Sódio ajuda a clarear os dentes? Verdade. – Por ser uma substância abrasiva, o bicarbonato de sódio promove a limpeza na superfície do esmalte dos dentes e promove um ligeiro clareamento. Deve-se estar atento porque o bicarbonato de sódio não deve ser utilizado continuamente. Para manter os dentes brancos e saudáveis é importante a consulta a um profissional capacitado como forma de prevenção.
a sensibilidade, porém alguns dentes são naturalmente sensíveis devido à presença de trincas nas superfícies em casos que a raiz está exposta. Nessas situações o procedimento causará maior sensibilidade, por isso, antes de realizar o clareamento dental o paciente deve passar por uma avaliação para que o processo ocorra da melhor maneira possível.
Saúde | PB
Clareamento dental sensibiliza os dentes? Mito. – O clareamento dental em si não causa
5 www.saudepb.com.br
Espaço do leitor “Uma página com o intuito de proporcionar a interatividade entre os leitores e a Revista SaúdePB”
Onde vocês poderão enviar:
ELOGIOS, COMENTÁRIOS, OPINIÕES, SUGESTÕES, indicações de PAUTAS (sugestões de assuntos, notícias ou reportagens) para nossa equipe; CRÍTICAS; e, demais participações.
Aqui na Revista SaúdePB você também participa, escrevendo e publicando seus comentários. PARTICIPE!!!!
Saúde | PB Sáude
Mandando e-mail para: Emerson Caldas – Editor Chefe caldasdeandrade@gmail.com ou emerson@saudepb.com.br Sempre mencionando no ASSUNTO: Revista SaúdePB no “ESPAÇO DO LEITOR”
6 www.saudepb.com.br
Ou participe também pelas redes sociais. Seguindo-nos e participando No TWITTER - @SaúdePB ou pelo Facebook. Suas sugestões e avaliações são importantes para nós!
SaĂşde | PB 7 www.saudepb.com.br
Entrevista
Entrevista: Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior
Saúde | PB
N
osso entrevistado desta 4ª edição é o Senhor Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, atual Diretor do Departamento Nacional da Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O Sr. Adalberto Fulgêncio é servidor de carreira do Ministério da Saúde na Paraíba desde 1983, formado em Direito e em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com pós-graduação em Administração Pública, pela Universidade Fortium de Brasília – DF e mestrado em Organizações Aprendentes pela UFPB. Adalberto Fulgêncio dentre as várias atividades que já desenvolveu, destacou-se na direção da GEAP na Paraíba, como Secretário de Articulação Político-institucional do município de Cabedelo/PB (grande João Pessoa), e, ainda, como Coordenador Regional da Fundação Nacional de Saúde na Paraíba (Funasa/PB) durante os exercícios de 2003-2006, além de ter sido também o Coordenador Geral de Recursos Humanos da Presidência da Funasa, em Brasília/DF, em 2007-2008.
8 www.saudepb.com.br
Nos últimos tempos, foi nomeado Chefe da Ouvidoria Geral do SUS onde atuou por dois anos e mais recentemente em 2011 foi designado para exercer a função de Diretor do Departamento Nacional da Auditoria do SUS onde está até a presente data desempenhando suas atividades funcionais, tendo já representado o Ministério da Saúde no México, na Inglaterra e no Canadá, além de ter sido convidado pelo governo norte-americano para tratar de assuntos relacionados à saúde publica e às organizações de movimentos partidários e sociais. No Governo Dilma assumiu um dos principais Departamentos do Ministério da Saúde – o Denasus – atividade fundamental para o bom funcionamento do SUS. A revista SaúdePB teve a honra de entrevistá-lo.
Entrevista dos nos estados e nos principais e Revista SaúdePB: maiores municípios. Estruturados e Senhor Diretor, como paraibano que financiados pelos entes da federaés, primeiramente, gostaríamos de pedir que falasse aos nossos conterção e com equipes constituídas por servidores de carreira e de perfil râneos um pouco dessa sua trajetória multidisciplinar. Isso proporcionaria vitoriosa e como aconteceu sua inseruma programação de auditoria que ção neste universo da saúde pública? Adalberto Fulgêncio – cobrisse uma amostra significativa Sou funcionário de carreira do Minisdos nossos serviços, protocolos originários das políticas em exetério da Saúde há 28 anos. Participei cução e relatórios gerenciais que perifericamente nos anos de 1980 da retratassem a situação do objeto reforma sanitária. Sou trabalhador da saúde, fui dirigente sindical, fui conseauditado – a saúde pública brasileira, auxiliando os gestores em lheiro estadual de saúde e agora estou há uns dez anos como gestor do SUS. Já sua tomada de decisão. Revista SaúdePB: Como funtive experiências diversas relacionadas ciona o Departamento Nacional de à saúde no âmbito municipal, estadual e federal. Essa inserção deu-se com a Auditoria do SUS? Quais suas atividades e competências? Quais minha vida. Foi sendo moldada no coseus maiores desafios? tidiano da minha vida, como os versos Fulgêncio – de Carlos Drummond de Andrade, sem zação das nossas ações e programas. Adalberto maiores pretensões de considerar a A tarefa não é fácil. Primeiro, porque O DENASUS é o componente fedeminha vida uma poesia drumoniana.. a cultura no SUS descola um pouco a ral do Sistema Nacional de Audito Revista SaúdePB: Dire- elaboração de sua capacidade de ges- ria – SNA. Ele é o coordenador do tor, após quase dois anos de gestão tão, de execução; segundo, porque o sistema. É um Departamento do no Denasus, qual a avaliação do de- sistema é complexo, caracterizado Ministério da Saúde desconcensempenho no enfrentamento des- por relações federativas sem a cultura trado, ou seja, temos represense grande desafio de garantir o bom cooperativa entre os entes federados tação em cada uma das capitais funcionamento do SUS, evitar desvios, e com baixa capacidade de governança brasileiras, dando uma capilaridade desperdícios e de certa forma con- da esfera federal, pois quem executa muito boa para as nossas iniciatrolar um sistema tão complexo? são os municípios e os Estados, en- tivas de auditoria e facilitando a Adalberto Fulgêncio – O mo- tre outros aspectos. Por isso, que os nossa pronta resposta. Revista SaúdePB: Quais mento pelo qual passa o país exige resultados da gestão pública em todas as serviços de auditoria devem se organi- as principais demandas do Denasus atualmensuas esferas de governo. te e quais os avanIsso obriga os gestores a ...Auditoria como espécie instrumental desenvolver instrumenços que poderíamos de controle interno passa a ter uma imdestacar neste Detos de controle interno, portância estratégica para a condução da partamento tão de transparência, de importante e funresponsabilização e de boa prática das políticas públicas, especialdamental para o Minisbusca de atingimento de mente a saúde... tério da Saúde? metas. Nesse sentido, a Adalberto Fulgênauditoria como espécie instrumental de controle interno passa zar como espécie do controle interno, cio – O nosso planejamento está a ter uma importância estratégica para de maneira integrada com os demais voltado para auditar as marcas a condução da boa prática das políticas instrumentos como o monitoramento de governo e os programas dirigipúblicas, especialmente a saúde que e a avaliação, mas sem se confundir dos para o combate à miséria. Os tem a sua elaboração e parte significa- com os mesmos, principalmente sem principais programas do Ministétiva de seu financiamento pelo governo se confundir com a regulação do sis- rio estão sendo auditados, óbvio, federal, requerendo o desenvolvimen- tema. Tais serviços devem ainda se por amostragem. Além de outras to desses instrumentos de controle organizar como sistema, integrando ações desenvolvidas em conjunto interno na busca de combater o des- os componentes estaduais e munici- com a CGU, TCU, PF, MPF e MPE. perdício e evitar desvios de condutas pais de auditoria do SUS. Precisamos Como resultado, temos o aprimoe de recursos, ensejando maior otimi- ter serviços de auditoria organiza- ramento das normativas de alguns
”
Saúde | PB
“
9 www.saudepb.com.br
Entrevista
Saúde | PB
programas, como o Farmácia Popular, que ao longo de sua existência tem desenvolvido tecnologias de maior controle a partir dos nossos relatórios. Igualmente, os responsáveis pelos programas estão desenvolvendo a mineração de dados para combater desperdícios e desvios, entre outras ferramentas de monitoramento e de avaliação. O Ministro Padilha tem exigido o desenvolvimento dessas ferramentas. E ele acompanha semanalmente os principais programas. Revista SaúdePB: O Ministério da Saúde também integra programas do governo federal como o Plano Brasil sem Miséria e o Viver Sem Limite. Como o Senhor compreende a importância de tais iniciativas? Adalberto Fulgêncio – Sim. Estamos auditando o programa de combate à hanseníase, que é uma doença muito presente no plano de combate à miséria. De igual modo, vamos acompanhar as iniciativas do Ministério no Viver sem Limite, pois somente podemos auditar uma política quando ela se encontra madura, ou seja, somente podemos auditar algo quando esse algo está elaborado, financiado e executado. Revista SaúdePB: Além de garantir acesso e atendimento de qualidade aos usuários do SUS, o Denasus também tem se empenhado em combater o desperdício. Como aprimorar os mecanismos de combate à corrupção no SUS?
10 www.saudepb.com.br
Adalberto Fulgêncio – O Brasil tem ainda a maior concentração de renda, de terra urbana e rural e de meios de comunicação do mundo, por isso que eu não considero que a corrupção é o nosso maior problema, mas concordo que a percepção da maioria da população é essa, por isso precisamos combatê-la intransigentemente. De igual modo, estou convencido que o nosso sistema de saúde precisa de mais recursos, todavia precisamos melhorar a nossa capacidade de gestão, combatendo o desperdício. Nesse sentido, o Ministério da Saúde tem desenvolvido esforços, tecnologias e iniciativas almejando combater o desperdício e os desvios para dar mais acesso aos serviços de saúde. Para tanto, o Ministro Padilha está dando mais transparência ao repasse
“
de recursos por meio de um portal; disponibilizou todas as informações do Ministério à sociedade; obrigou saque e depósito eletrônicos nas contas receptoras de repasses federais; criou a carta SUS ao usuário que informa o procedimento e o valor pago pelo SUS pelo tratamento dispensado ao cidadão; focou uma programação de auditorias em programas estratégicos; desenvolveu tecnologias de rastreamento e cruzamento de dados para identificar indícios de desvios e desperdício e já foi proposto o descredenciamento de prestadores de serviço que descumpriram as normativas do SUS.
O Ministério da Saúde tem desenvolvido esforços, tecnologias e iniciativas almejando combater o desperdício e os desvios para dar mais acesso aos serviços de saúde...
”
Entrevista
Adalberto Fulgêncio – O nosso sistema de saúde tem um papel reservado aos estados que é a coordenação das redes, que devem estar inseridas no Contrato Organizativo de Ação Pública – COAP, também uma iniciativa do Ministério para organizar os serviços de saúde de maneira mais otimizada e a partir das necessidades de cada região de saúde, induzindo a um planejamento que venha de baixo para cima. Portanto, a todo gestor lhe é exigido atributos de conhecimentos, de habilidades e de atitudes, mas no caso da saúde se um gestor não desenvolver sua capacidade de articulação que gere resultados terá dificuldades para alcançar o desejado pela população e pelo seu chefe de governo, que trabalha com tempo definido de quatro anos com entregas obrigatórias em seu terceiro ano de mandato. Fico nessa fala geral porque não disponho dados e informações para montar um plano de gestão. Revista SaúdePB: Sr. Diretor, neste mesmo contexto, qual a sua opinião em relação à saúde de João Pessoa e o que pode e deve ser feito no âmbito municipal, principalmente se considerarmos este início de gestão municipal? O que fazer para melhorar as condições da saúde da nossa Capital? Adalberto Fulgêncio – O Município é o responsável pela coordenação da execução dos serviços. Uma cidade como João Pessoa precisa abrir diálogo com todos os municípios da região metropolitana. Igualmente, precisa dialogar com as outras áreas
“
da Prefeitura, pois a maior causa de morte entre jovens é devida a homicídios e acidentes de trânsito, isso já sugere uma política de desenvolvimento de uma cultura da paz que envolva escolas, igrejas, centros comunitários, clubes, sindicatos, operadores do transporte público, etc. Dialogar fortemente com os trabalhadores da saúde, respeitando suas peculiaridades e idiossincrasias. Dialogar com a Câmara Municipal ampla e antecipadamente. Ter uma estratégia de comunicação
voltada para um conceito amplo de saúde. E dar mais resolutividade à atenção básica. Portanto, muito diálogo, muito diálogo, sem perder de vista que quem faz gestão tem que entregar produtos, pois quem sabe faz e quem não sabe ensina. A secretaria municipal de saúde de João Pessoa esteve em boas mãos nos últimos oito anos. A secretária Roseane Meira fez uma boa gestão sob o ponto de vista técnico. Enfrentou muitos desafios e deixou uma saúde melhor do que ela encontrou em 2005, pelo menos esses são os dados disponíveis no Ministério. Ela cumpriu um papel importante na saúde pública pessoense. E acredito que o professor Lindemberg Medeiros saberá dar continuidade a esse trabalho e desenvolverá aprimoramentos onde for necessário. Estaremos no Ministério à disposição para contribuir com as políticas de saúde para o Município.
...acredito que o professor Lindemberg Medeiros saberá dar continuidade a esse trabalho e desenvolverá aprimoramentos onde for necessário. Estaremos no Ministério à disposição para contribuir com as políticas de saúde para o Município.
Saúde | PB
Revista SaúdePB: Sr. Adalberto, como o Senhor classificaria a situação atual da saúde no Estado da Paraíba e o que pode ser feito para melhorar as condições da saúde no nosso Estado?
11 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 12 www.saudepb.com.br
Artigo
FEBRE REUMÁTICA
A
febre reumática (FR) é forma mais comum de artrite da infância na população brasileira. Tem uma prevalência na população geral de mais de 15 milhões de doentes; 233 a 288.000 novos casos por ano (incidência) são descritos em países subdesenvolvidos, com uma mortalidade/ano superior a 230 casos. No Brasil, é a principal causa de cardiopatia crônica (doença valvular com seqüelas) adquirida em menores de 20 anos de idade.
O primeiro episódio ocorre em geral na faixa etária entre 5 e 15 anos, raramente antes de 3 anos e após os 25 anos. Caracteristicamente as crianças apresentam dor e inchaço em várias articulações (mais de cinco), que costuma deixar a criança acamada. Este quadro de artrite costuma evoluir para melhora em no máximo 3 semanas, muito raro quem tem FR permanecer com artrite por mais de 30 dias. Também podem apresentar alteração cardíaca, sendo a principal manifestação o surgimento de sopros auscultados pelo médico ao exame clínico; pode-se observar ao exame, nódulos subcutâneos, manchas avermelhadas pelo corpo, além de alterações neurológicas. Febre baixa e que dura poucos dias, além de dor articular sem artrite também são comuns.
Saúde | PB
O médico deve solicitar exames que avaliem a presença de inflamação no sangue, o comprometimento cardíaco além de investigar a infecção prévia pelo estreptococo. Unindo parâmetros clínicos e/ou de exames complementares, chega-se ao diagnóstico de febre reumática. Uma vez diagnosticada a doença, os pacientes receberão tratamento sintomático por cerca de 3 meses, além de antibióticos que devem ser usados por no mínimo cinco anos após o último episódio de crise aguda de FR.
Alessandra Sousa Braz Caldas de Andrade CRM PB: 4653. Profª. Drª. de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba.
O uso crônico de antibióticos, mais especificamente da benzilpenicilina injetável, é obrigatório nesse grupo de pacientes uma vez que episódios recorrentes de infecção pela bactéria podem ocorrer principalmente nos cinco anos subseqüentes ao primeiro surto. Nestes casos, se as válvulas cardíacas não tiverem sido atingidas anteriormente, pode acontecer de serem afetadas por falta de tratamento. Isto modifica a qualidade de vida e até pode trazer danos valvulares que necessitem de substituição de válvulas do coração ou mesmo provocar a morte de pacientes jovens. A FR é uma doença prevalente, associada com baixas condições sócio-econômicas, pouco diagnosticada ou às vezes diagnosticada erroneamente. É fundamental que um profissional qualificado faça o diagnóstico e terapia corretamente, pois o tratamento da febre reumática em tempo hábil muda a história da doença e até a história de vida de muitos jovens. Seu tratamento depende do uso de antibióticos, que administrados por via oral todos os dias durante anos, praticamente inviabiliza a terapia. Aliado a isso, mitos como os relacionados a alergias à benzilpenicilina retardam e prejudicam o tratamento. Reações alérgicas de qualquer tipo ocorrem em 3,2% dos casos, reações alérgicas graves, em menos de 0,2% da população, e reações que provocam mortes só em aproximadamente 0,001%. Os pacientes devem receber a medicação em ambiente hospitalar, sob prescrição médica adequada em relação à dose e intervalo de dias. Acompanhamento médico no mínimo a cada seis meses é importante no manejo positivo desta doença curável se diagnosticada e tratada adequadamente.
Saúde | PB
Ao contrário do que muitos afirmam, a febre reumática não é uma doença de origem autoimune nem costuma aparecer em maiores de 25 anos. Trata-se de uma doença inflamatória que acomete principalmente as articulações, além de poder afetar o coração, o sistema nervoso central, a pele e o tecido subcutâneo, em geral duas a três semanas após uma infecção da orofaringe causada por uma bactéria do grupo dos estreptococos: estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield - também chamada Streptococcus pyogenes. Portanto, para que uma pessoa desenvolva o primeiro episódio (ou surto) de FR, em geral é necessário que haja predisposição genética (história familiar é importante em 30% dos casos) e que alguns tipos de S. pyogenes (sorotipos virulentos e causadores da doença, mas não todos) provoquem uma infecção, seguida após semanas, por sintomas da doença – apenas 1 a 3% das faringoamigdalites provocadas por essa bactéria evoluem para FR.
www.saudepb.com.br 13 www.saudepb.com.br
13 www.saudepb.com.br
Artigo
Vida Ingrata Basta um olhar com maior sensibilidade e percepção para reconhecer um rosto sofrido e castigado pela vida. Vejo pessoas generosas que o destino não agiu da mesma forma com as suas vidas. Apesar da sabedoria do ditado popular que enfatiza que “cada um faz o seu caminho” e que, em alguns casos, isso é real, não temos o total controle de nossas vidas. São casos assim que lamento assistir a queda física e, muitas vezes, mental das vítimas de uma vida sofrida.
Raquel Guerra
Colunista Associada
O olhar é perdido e sem expressão, o riso é sem entusiasmo, o físico mostra claramente o cansaço da luta diária por uma luz, a pele não tem brilho, a postura é de um perdedor que segue como uma folha arrastada por um vendaval. Enfim, vive esperando um fim seja da sua vida ou dos seus problemas que não cessam nunca. Alguns justificam razões psicológicas para o comportamento do sofredor: fraqueza, covardia, omissão, passividade e tantas outras explicações que nem sempre são as verdadeiras razões para a mudança brusca daquele destino.
Resta-nos saber compreender e, quando solicitado, estender a mão, ouvindo com paciência a situação, nunca determinando o que tem a ser feito, porque a decisão só cabe a quem pertence o problema.
Saúde | PB
Saúde | PB
Às vezes as razões envolvem fatores de diversas ordens camuflados na história de vida . Só quem vivenciou, pode saber, não cabendo a mais ninguém julgar. Escolhas acertadas nem sempre são tomadas por impossibilidades de assim o fazer.
www.saudepb.com.br 14 www.saudepb.com.br
14 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 15 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB
Fisioterapia
16 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 17 www.saudepb.com.br
Alimentos
Notícias
Pimenta: nutriente atua na proteção de alguns tipos de câncer e na redução do colesterol
Com Simone Bezerrill
T
odos os dias, na hora do almoço, o paraibano João Silva, 52 anos, não abre mão da pimenta. Relata que o nutriente deixa sua comida mais saborosa e apetitosa. “Sem pimenta, a comida fica sem gosto”, disse. Parece que o sabor proporcionado pelo uso de pimentas não é preferência apenas do senhor João, pois, assim como ele, muitos brasileiros não dispensam aquele gostinho ardido em suas refeições diárias. As pimentas não apresentam apenas função nutricional, servindo para incrementar receitas gastronômicas, são importantes alimentos funcionais que trazem vários benefícios à saúde.
Saúde | PB
Embora a eficácia da pimenta no combate a algumas doenças tenha sido comprovada por recentes pesquisas científicas, não é de hoje que se propagam seus benefícios. Há milhares de anos, antigos povos das Américas já utilizavam o nutriente como analgésico e antiflamatório, para aliviar, por exemplo, sintomas de dores de estômago e dente. As pimentas detêm propriedades que lhes permitem ser utilizadas como medicamentos naturais. Apresentarem princípios ativos, como capsaicina e piperina, além de serem ricas em ácido fólico, zinco, potássio
18 www.saudepb.com.br
e em vitaminas A, E e C. Devido a esses compostos, facilitam a digestão dos alimentos, contribuem para reduzir os níveis de colesterol (fazem o organismo queimar gorduras) e atuam na proteção contra alguns tipos de câncer. De acordo com pesquisas científicas realizadas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o consumo da pimenta pode proporcionar a redução de até 45% do colesterol total, contribuindo para diminuir os riscos de doenças arterial coronariana ou aterosclerose. Segundo a especialista em Nutrição Clínica Wilza Carla Araújo do Amaral, pelo fato de desempenhar uma atividade antioxidante, a pimenta combate a produção excessiva de radicais livres, reduzindo, assim, a oxidação e o risco de doenças cardiovasculares mais graves. A nutricionista ressalta que a pimenta contém três vezes a mais vitamina C do que a laranja. Também destaca que quanto mais ardida, maior a concentração de capsaicina e maiores os benefícios à saúde. “A piperina, presente na pimenta do reino, e a capsaicina, na pimenta vermelha, são subs-
Alimentos diferentes, mas de formato similar, podem variar muito no grau de ardência na boca. Podem ser consumidas frescas ou secas e moídas. Constituem excelentes fontes de vitaminas A e C, além de combinarem com praticamente tudo”, Wilza Carla ainda adverte que o consumo exagerado de pimenta pode causar danos à saúde. “A pimenta tem o poder de irritar a mucosa, mas a capsaicina tem o poder de cicatrizar, o que vai desempatar essa ação é a quantidade ingerida, por isso deve ser consumida com moderação”, explicou.
Variedades Há mais de 50 tipos de pimentas existentes no mundo. Dentre as principais cultivadas no Brasil estão: malagueta, dedo de moça, biquinho, jalapeño, comari, bode e cambuci adocicada. Tais variedades podem ser encontradas em in natura, em pó, em flocos e em óleos. A nutricionista salienta que as pimentas vermelhas possuem um potencial antioxidante maior do que as verdes, além de conterem bioflavonóides que auxiliam na prevenção do câncer, principalmente o câncer de próstata. Já as pimentas pretas, ricas em piperina, que também é antioxidante, proporcionam uma melhor digestão. “A pimenta malagueta, a pimenta dedo de moça, assim como outras variedades de cores
Segundo pesquisadores, uma dose de três gramas de pimenta por dia contribui para acelerar o metabolismo e, consequentemente, para a perda de peso. Mas alertam que o consumo deve ser associado a atividades físicas e a alimentação balanceada. “Como coadjuvante, a pimenta ajuda na perda de peso, atuando no sistema nervoso, liberando catecolaminas, diminuindo o apetite. Também por conta de ser termogênica, acelera o metabolismo, libera endorfina, diminui a vontade de comer”, explicou Wilza, que é especialista em Obesidade e Emagrecimento.
Fica a Dica: Segundo a nutricionista, caso queira diminuir a ardência da pimenta utilize só a casca, já que a placenta e a semente são as responsáveis pelo ardor. Também
não se deve tomar água na intenção de diminuir o sabor picante na boca, pois a água acentua essa sensação. A especialista recomenda que é preferível tomar leite ou derivados, pois atuam na retirada da capsaicina dos receptores nervosos localizados na boca.
Dedicação ao comércio de pimentas: Consumidor assíduo de pimentas, há dois anos, o analista de suporte na área de informática André Carvalho Barbosa de Oliveira se dedica ao comércio deste tipo de especiaria. “Sou louco por pimentas. Com as mais variadas espécies é possível sentir sabores e sensações de ardor inigualáveis. Consumo dia-
riamente e, com certeza, minha saúde é ótima devido a esse hábito alimentar”, enfatizou. Segundo André, os tipos de pimenta mais pro
Saúde | PB
tâncias responsáveis pelo sabor ardido. Têm grande potencial antioxidante, termogênico, analgésico, expectorante, digestivo, energético e vasodilatador”, disse a profissional.
19 www.saudepb.com.br
Alimentos
Saúde | PB
curados são malagueta, cheiro, dedo de moça e biquinho. Ele também comercializa outras espécies com clientes que gostam de variar os sabores, como as pimentas de origem indiana (Bhut jolokias e naga morich), mexicana (Jalapeno) e caribenha (Hbanero red, orange e chocolate). Além de pimentas, André oferece à sua clientela, cuja faixa etária varia entre 17 e 40 anos, uma diversidade de produtos que tem a pimenta como ingrediente principal, tais como biscoitos, geleias e chocolate. Normalmente, o analista fornece suas especiarias para restaurantes, bares e locais de venda de alimentos naturais. Também expõe seus produtos em eventos, tendo participado, por exemplo, das edições do Salão do Artesanato da Paraíba. Segundo ele, a lucratividade com as vendas ainda é pequena devido à baixa produção de pimentas no Nordeste.
20 www.saudepb.com.br
As principais pimentas Bode amarela, cultivadas no Brasil
Vermelha ou é indicada para caldos e molhos, especialmente aos que acompanham peixes.
Malagueta De cor vermelha ou verde, é muito Cambuci adocicapopular. Usada como tempeda - De cor verde, tem forro no prato arroz com feijão. mato de sino e se conserva melhor o frescor se acrescentaDedo de Moça - De cor da ao final do preparo dos pratos. vermelha, é a mais consumida no país. Devido apresentar um aroma suave, é bastante utilizada em doces cremosos e molhos. Biquinho – De cor vermelha, é ideal para proporcionar um gostinho todo especial em molhos de carnes e massas leves. Jalapeño – Verde ou vermelha, é considerada uma pimenta aromática. É a mais utilizada na culinária mexicana. Comari – Verde, vermelha ou amarela. Combina com molhos cozidos para carnes brancas
Alimentos Receita de azeite de oliva picante e pimenta dedo de moça: Porção para quatro pessoas: . 500ml de azeite de oliva extravirgem . 2 dentes de alho . 3 pimentas dedo de moça Preparo:
Geléia de Abacaxi com Pimenta Ingredientes: 01 abacaxi grande; 03 unidades de pimenta dedo de moça; 1/2 kg de açúcar demerara. Preparação: Descasque o abacaxi e retire o miolo. Em seguida, corte-o em pedaços e triture ou passe no liquidificador juntamente com as pimentas. Logo após, coloque tudo num panela, adicione o açúcar e cozinhe por 45 minutos. Dicas: Caso o fogo seja muito baixo e a geleia fique muito mole, ferva mais um pouco. Mas se o fogo for muito alto e secar rápido, adicione um pouco de água quente e dissolva fervendo um pouquinho mais.
Se desejar um sabor mais picante, basta aumentar a quantidade de pimentas e colocá-las em infusão picadas, em vez de inteiras. Lembre-se de que o gosto picante aumenta com o tempo de infusão. Caso deseje tornar o sabor mais suave, basta adicionar mais azeite.
Saúde | PB
Confira receitas, abaixo, nas quais a pimenta é o ingrediente principal:
Limpe cuidadosamente as pimentas com papel toalha e coloqueas numa garrafa de vidro. Acrescente o alho descascado e fatiado no sentido do comprimento, cubra com azeite e tampe a garrafa. Deixe o azeite picante em infusão por pelo menos uma semana antes de consumi-lo sobre brusquetas e torradas ou como tempero para massas, pizzas e outras preparações.
21 www.saudepb.com.br
Artigo
FRATURA DE PÊNIS
O
pênis é formado por três estruturas cilíndricas, sendo dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
A uretra passa dentro do corpo esponjoso. Estes “cilindros” são revestidos por um tecido semi-elástico chamado ALBUGÍNEA. Quando cheios de sangue, sofrem dilatação e provocam a ereção. Apesar de não ter estrutura óssea na sua constituição, o pênis pode sofrer fratura, que é definida como a ruptura da albugínea dos corpos cavernosos causada por trauma sobre o pênis em estado de ereção. Geralmente oco re durante relação sexual intempestiva, estando a mulher sobre o homem. Outros mecanismos de trauma mais raros são a masturbação, queda ou durante o sono, quando o indivíduo vira-se sobre o pênis ereto, dobrando-o e promovendo a sua fratura.
Saúde | PB
A razão pela qual a fratura ocorre durante a ereção é que a túnica albugínea fica cerca de cinco vezes mais fina neste momento e, portanto, mais vulnerável à ruptura. Os pacientes que procuram o atendimento médico relatam ouvir um “clic”, acompanhado de dor e perda imediata da ereção, seguida de aumento de tamanho e coloração arroxeada (hematoma) do pênis, podendo se estender até a região localizada entre o escroto e o ânus (períneo).Cercadeumterçodoscasostemlesão uretral associada, o que pode ser suspeitado pelo sangramento da uretra. O tratamento ideal da fratura peniana é cirúrgico e, se houver ruptura uretral associada, esta deverá ser reparada. Nestes casos, há necessidade de manter o paciente com sonda vesical por um período prolongado, de no mínimo uma semana, conforme as características da lesão.
Dr. Leandro Tavares Urologista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia CRM - 4633
Chama-se sonda vesical um conduto de látex ou silicone que é colocado dentro da uretra e vai até a bexiga para drenar a urina produzida, evitando o seu contato com a área comprometida. As complicações mais comuns são dor prolongada, cu vatura peniana, estreitameto da uretra e, mais raramente, impotência sexual. Quanto mais cedo o paciente procurar o atendimento médico e for realizada a cirurgia, menor será a incidência de complicações e mais rápida a recuperação. Os pacientes operados podem retornar às atividades sexuais após cerca de 30 dias.
www.saudepb.com.br 22 22 www.saudepb.com.br www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 23 www.saudepb.com.br
Notícias
João Pessoa: média de mulheres hipertensas é superior a de homens dos anos, observa-se, também, que em todas as faixas etárias o diagnóstico é mais comum em mulheres. A pesquisa ainda indicou que o nível de escolaridade influencia no diagnóstico da hipertensão entre a população feminina. Em relação às mulheres com até oito anos de estudos, 34,4% declararam ter diagnóstico médico de hipertensão arterial. O índice diminui para 14,2% entre as que têm nível superior de educação.
D
e acordo com os últimos dados levantados pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011, a hipertensão arterial sistêmica acomete 22,7% da população adulta do país, sendo mais frequente o diagnóstico em mulheres (25,4%) do que em homens (19,5%).
Saúde | PB
Na capital paraibana, a média de hipertensos chega ao índice de 21%. A pesquisa indicou que a cidade de João Pessoa apresenta um percentual elevado de mulheres diagnosticadas com a doença em comparação à incidência nos homens. O gênero feminino registrou 23,4%, enquanto o masculino 18,1%. Ainda segundo a pesquisa Vigitel, apenas 5,4% dos indivíduos entre 18 e 24 anos foram diagnosticados hipertensos. Já na faixa etária dos 55 anos, a porcentagem de hipertensos é 10 vezes maior, atingindo mais da metade da população brasileira: 50,5%. Entre os maiores de 65 anos, a proporção chega a 59,7%. Além da frequência da doença ser elevada entre os idosos, pois avança com o passar
24 www.saudepb.com.br
Entre as capitais brasileiras, Palmas é a que apresenta a menor proporção de pessoas com hipertensão arterial, com 12,9%. O maior índice de hipertensos foi registrado no Rio de Janeiro (29,8%), onde a proporção de idosos é maior. Saiba mais sobre a doença Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão acomete todos os gêneros e idades. Como tem relação com a força aplicada para que o sangue consiga circular por todo o organismo, a doença prejudica as artérias, cujo estreitamento faz com que o coração bombeie o sangue com mais intensidade. De acordo com os médicos especialistas, uma pessoa pode ser considerada hipertensa quando a pressão arterial permanece na maior parte do tempo igual ou maior a 140 por 90 (Essa leitura é medida em milímetros de mercúrio - mmHg). Ainda existe a categoria dos pré-diabéticos, quando a variação fica entre 130 e 80. Uma pessoa com pressão arterial normal apresen-
Notícias SUS amplia acesso a tratamento da hipertensão Segundo o Ministério da Saúde, o programa Saúde Não Tem Preço proporcionou avanços no controle e no tratamento da hipertensão arterial. Em um ano de distribuição gratuita de medicamentos nas farmácias populares e privadas de todo o país, 6,9 milhões de pacientes foram beneficiados com a ampliação no acesso ao tratamento da doença.
Causada pelo aumento na contração das paredes das artérias, que possibilita a circulação do sangue pelo corpo, a doença provoca um movimento que sobrecarrega alguns órgãos, como o coração, o cérebro e/ou os rins. Caso não seja tratada, uma pessoa hipertensa pode sofrer infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou comprometer a função renal. Cuidados Segundo os cardiologistas, os principais inimigos da pressão arterial estão relacionados às práticas alimentares, como dieta rica em sódio e gorduras, e ao estilo de vida sedentário dos indivíduos. Alguns cuidados devem ser seguidos pelos pacientes para que haja um controle da hipertensão: * Praticar atividades físicas; * Ter uma dieta saudável (rica em potássio e fibras); * Ingerir muito líquido; * Parar de fumar; * Reduzir a quantidade de álcool e sal; * Manter o peso equilibrado.
Para ter acesso aos medicamentos é necessário apresentar CPF, documento com foto e receita médica válida. O objetivo do MS é dar mais transparência e fortalecer o controle dos repasses realizados pelo ministério às farmácias privadas. Além disso, o cadastro evita a automedicação. Ações para promover a saúde Acordo com indústria alimentícia - Uma das ações que visam à diminuição dos fatores de risco para a hipertensão arterial diz repeito ao acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia brasileira. Desde 2011, a iniciativa vem proporcionando a redução dos níveis de sal em alimentos como o macarrão instantâneo, as bisnaguinhas e os salgadinhos prontos. Para se ter uma ideia, apenas com a redução prevista no pão francês, estima-se, até 2014, a retirada de 3.957 toneladas de sódio do mercado.
Saúde | PB
ta uma constante de 120 por 80 mmHg.
Além de hipertensos, diabéticos e asmáticos também são favorecidos pelo programa. Atualmente, são 14 medicamentos distribuídos nas 554 farmácias populares da rede própria e 20.374 da rede privada. Na Paraíba, existem 192 farmácias administradas pelo governo federal e 215 drogarias privadas credenciadas ao “Aqui Tem Farmácia Popular”.
25 www.saudepb.com.br
Notícias
Saúde | PB
Segundo o MS, o objetivo da parceria é reduzir, gradualmente, o uso do sódio em 16 categorias de alimentos (entre outros, batatas fritas e batata palha, pão, bolos prontos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos recheados) até 2014. Além de causar a hipertensão arterial, o consumo excessivo de sódio pode desencadear uma série de outras doenças crônicas, tais como complicações cardiovasculares, distúrbios renais e cânceres. Programa Academia da Saúde - O sedentarismo, que também é um dos fatores de risco para a doença, é combatido pelo programa Academias da Saúde, que prevê a criação de espaços equipados para a realização de atividades físicas, com acompanhamento profissional e em sintonia com as unidades básicas de saúde. Já são mais de sete mil propostas inscritas
26 www.saudepb.com.br
em todos os estados e no Distrito Federal. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que a disponibilidade de espaços públicos para a prática de exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas nestas comunidades. A finalidade do programa é reduzir em 2% ao ano o índice de mortes prematuras causadas por doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), cujas ocorrências são favorecidas pelo sedentarismo. Segundo o Ministério da Saúde, outra medida a ser atingida diz respeito à melhoria de indicadores relacionados ao consumo de álcool e tabagismo. Na Paraíba, 78 municípios devem ser beneficiados pelo programa. Ao todo, serão 82 academias construídas ao ar livre no estado.
Saúde | PB
Notícias
27 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 28 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB
Especial
29 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 30 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 31 www.saudepb.com.br
Especial
Ciclismo e qualidade de vida: saiba os benefícios da prática de pedalar para sua saúde Modalidade esportiva contribui para a prevenção de doenças e possibilita lazer.
Saúde | PB
D
Por Simone Bezerrill
izer que se exercitar diariamente traz vários benefícios à saúde não é novidade para ninguém. Mas modificar o estilo de vida, deixando para trás hábitos sedentários, não é uma tarefa fácil para muita gente que não consegue se adaptar à rotina das academias de ginástica. O que a maioria das pessoas deseja é associar uma atividade física ao lazer. Por isso, é cada vez maior o número de adeptos à prática de pedalar.
32 www.saudepb.com.br
Especial dar e trabalhar com mais intensidade) é em grau bem mais moderado”, disse Pollyana.
É o caso da funcionária pública Pollyana Fernandes de Melo, 29 anos. Preocupada com a saúde e o bem estar físico, há um ano ela vem se dedicando ao ciclismo, embora sem a frequência que gostaria. Pedala duas vezes por semana e, esporadicamente, se reúne com amigos para realizar passeios mais longos.
Depois de ter participado de várias competições e conquistado alguns prêmios, o ex-atleta paranaense Maykon Fischer pratica, hoje, o ciclismo apenas por lazer e diversão. Destaca que a modalidade tem grande importância para a saúde física e mental. “São várias as vantagens proporcionadas pela prática de pedalar. Além de expandir nosso ciclo de amizade, é inegável a contribuição do esporte na melhora da qualidade de vida: alívio do estresse do dia a dia, maior poder de concentração, equilíbrio, paciência e coordenação motora”, disse. De acordo com cardiologistas, além de fortalecer a musculatura, pedalar contribui para melhorar o sistema imunológico, evitar doenças cardiovas-
O uso regular da bicicleta está possibilitando uma melhora na qualidade de vida de Pollyana. Segundo ela, os resultados são notados até no trabalho, onde apresenta mais disposição e, consequentemente, mais rendimento. “Meu condicionamento físico melhorou bastante, e ainda perdi uns quilinhos. Aliás, tudo melhorou: o sono, o humor e o cansaço mental, pois percebo que quando surge (naqueles períodos nos quais tenho que estu-
culares, controlar a glicemia no sangue (reduzindo o risco da diabetes), reduzir problemas respiratórios e conter a obesidade.
Saúde | PB
“O interesse surgiu porque eu queria e precisava deixar minha vida sedentária e começar alguma atividade física, mas não apenas como obrigação, queria algo que me desse algum prazer. Como nunca gostei de academia, optei pelo pedal, que considero não apenas uma atividade física, mas uma opção de lazer também”, relatou.
33 www.saudepb.com.br
Especial
Saúde | PB
Os cardiologistas ainda ressaltam que o ciclismo é uma modalidade indicada para qualquer pessoa e idade, por não apresentar sobrecarga nas articulações. Também alertam que não é preciso horas de atividade ou treinamento pesado para obter bons resultados à saúde. É importante apenas fazer da prática uma rotina agradável no cotidiano. Alguns médicos salientam que as pessoas que têm o hábito de andar de bicicleta regularmente são menos frequentes nos consultórios, pois dificilmente apresentam dores lom-
34 www.saudepb.com.br
bares e doenças cardiovasculares. Além disso, pedalar contribui para reduzir o risco de infarto em até 50%. O ciclismo também é considerado um importante antidepressivo natural. Pesquisas comprovaram que pessoas que incorporaram o uso da bicicleta no seu dia a dia têm menos probabilidade de sofrerem problemas psicológicos, como a depressão, por exemplo. Segundo os especialistas, a prática do esporte favorece a liberação de endorfinas, também conhecidas como hormônios que geram a sensação de prazer
Especial Outros benefícios à saúde devido ao uso da bicicleta
objetivo bicicleta
• Diminui a pressão arterial; • Baixa o colesterol; • Melhora o alinhamento da coluna vertebral; • Previne o aparecimento de hérnias de disco; • Evita o desgaste articular e protege as rótulas; • Previne infecções.
Na Paraíba, encontra-se um dos melhores profissionais em bike fit do Brasil. Com mais de três décadas de experiência na modalidade esportiva, o pessoense Kepler W. Cruz Marques, de 47 anos, mais conhecido como Pepe, é especialista na área, com curso realizado em uma das escolas pioneiras na técnica, a Fit Kit Systems, além de ter vasta experiência pedalando e em equipamentos de ciclismo.
Bike Fit: técnica importante para uma boa pedalada Técnica desenvolvida por norte-americanos, que faz uso dos conhecimentos da Biomecânica (Ciência que estuda o movimento esportivo), o bike fit busca adequar a bicicleta ao corpo do esportista. Embora poucos saibam, o interessante é que tal técnica não é restrita a bicicletas de atletas. É essencial a qualquer um que adote a prática de pedalar, pois, além de propiciar um melhor desempenho do praticante, evita uma série de lesões no corpo.
sempre será adequadamente
regular a ao ciclista.
Pepe é proprietário de uma loja especializada no serviço, a Bike Tech Pepe, situada em João Pessoa. Segundo ele, a Fit Kit Systems desenvolveu um método próprio que permite ao profissional em bike fit estabelecer medidas ideais da bicicleta para o ciclista ao avaliar a proporcionalidade e a função corporal. De acordo com especialistas, um profissional respeitável na técnica deve ter bastante experiência com bike, entendimento de biomecânica e fisiologia, além de anos de atuação como bike fitter.
Para isso, são seguidas algumas etapas, como conversas com o praticante para a montagem de um perfil e medições do seu corpo e da bicicleta a ser utilizada. Para cada tipo de bicicleta, exigem-se diferentes posicionamentos. Entre outros fatores a serem levados em consideração pelo bike fitter, como tipo físico do praticante e flexibilidade, o
Saúde | PB
Deixar o ciclista ou iniciante corretamente posicionado sobre a bicicleta é o que objetiva o profissional em bike fit.
35 www.saudepb.com.br
Especial
SaĂşde | PB
Mural de Fotografias
36 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB
Especial
Fotos: Bike Tech Pepe
37 www.saudepb.com.br
Especial Confira, abaixo, uma entrevista exclusiva com Pepe, e saiba mais sobre a atuação desse profissional e a técnica do bike fit. 1. Há quanto se dedica profissionalmente ao ciclismo? Há 30 anos. Mas comecei a atuar como profissional em bike fit a partir de 2007. Trabalho com agendamento. Ao todo, são mais de 2.000 avaliações de bike fit realizadas. 2. Como funciona o bike fit? O procedimento começa com a explicação da metodologia, da sua importância, do material e do software a ser utilizado. Após essa fase, inicia-se uma entrevista com o cliente, buscando informações sobre suas características morfológicas, objetivos futuros e histórico de lesão. Em seguida, é feita a medição da bicicleta, com bastante cuidado, conferindo os resultados com a geometria informada pelo fabricante. Logo após, os dados coletados são passados para o software.
Saúde | PB
Concluída a etapa anterior, é explicado ao cliente como a geometria do quadro da bicicleta interfere no ato de pedalar. Vale salientar que cada fabricante possui uma geometria específica. Também é importante que se entenda, embora muita gente desconheça, que a geometria é a alma da bicicleta. Após medir detalhadamente a bike, o passo seguinte refere-se à medição do corpo e ao teste de flexibilidade voltado para o posicionamento na bicicleta. Em seguida, é confrontada a geometria da bike, com as medidas, o teste de flexibilidade e o objetivo do ciclista. Todos os dados são transferidos para o computador. Dessa maneira, é criada uma bicicleta virtual pelo software, permitindo ao especialista em bike fit avaliar tanto a proporcionalidade e função corporal quanto estabelecer medidas ideais da bike para o ciclista.
38 www.saudepb.com.br
Especial O procedimento chega ao fim com a realização de um teste no simulador com o ciclista em ação na sua própria bicicleta, depois de feitas as modificações. O objetivo dessa especialidade é prevenir lesões, melhorar o conforto e aumentar o desempenho do ciclista por maior tempo possível. 3. Quais os benefícios do ciclismo para a saúde? Além de ser a maneira mais eficiente de locomoção humana, andar de bicicleta é um dos melhores exercícios físicos que possibilitam benefícios a nossa saúde. Pode-se apontar as seguintes vantagens aos que aderem à prática de pedalar: diminuição de doença cardíaca, fortalecimento dos músculos, queima de calorias, cintura mais fina, habilidade e coordenação motora, saúde mental, cura de depressão, fortalecimento do sistema imunológico e, lógico, aumento do ciclo de amizade.
6. Quais são os requisitos básicos para quem iniciar no ciclismo? Primeiramente, é preciso dispor de uma bicicleta que ofereça praticidade ao ciclista: com quadro e garfo com medidas e componentes tecnicamente sem restrições. Depois, é necessário ter os itens que garantam conforto e segurança, tais como: capacete, luvas, bermuda com acolchoado, camisa de tecido seco, caramanhola, tênis (de preferência rígido) ou sapatilha de ciclismo. Outra dica indispensável é sempre praticar o ciclismo em locais específicos: ciclovia ou ciclofaixa, respeitando as regras do trânsito.
4. Muita gente pensa que o bike fit é realizado apenas em bicicleta de competição e de atletas, o que não é verdade. Então, pergunta-se: qual a importância da técnica para quem quer iniciar a prática do ciclismo? Além de todos os benefícios acima citados, o iniciante bem orientado não sofrerá consequências negativas, pois não memorizará os vícios adquiridos pelo mal posicionamento de movimento e postura. Já avaliou atletas?
Sim. Já trabalhei com ciclistas, triatletas, bikers amadores, enfim, com profissionais de níveis regional, nacional e internacional. A exemplos: o ciclista olímpico Márcio May e o triatleta Cid Florence.
Saúde | PB
5.
39 www.saudepb.com.br
Notícias
LÚPUS: Pacientes diagnosticados com a doença podem e devem ter vida normal Com Simone Bezerrill
Lúpus vem do latim e significa “lobo”, Eritematoso, do grego, significa “vermelho”. A doença recebeu este nome devido à observação da presença de uma erupção cutânea na face de pacientes doentes, semelhante às marcas brancas no focinho de um lobo, sendo que vermelhas – também chamado de lesão em asa de borboleta - característico do Lúpus Eritematoso. Fonte: imunovet5.blogspot.com
D
Saúde | PB
epois da repercussão, entre os leitores, do artigo publicado pela médica Alessandra Sousa Braz Caldas de Andrade, professora de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobre o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a doença inflamatória autoimune volta a ser debatida nesta edição da SaúdePB. A retomada do assunto deve-se ao fato de que as pessoas ainda têm pouca ou nenhuma informação sobre a doença. Com isso, muitos pacientes diagnosticados com LES têm problemas no trabalho e acabam se isolando, pois são alvos de discriminação. É
40 www.saudepb.com.br
necessário saber que embora se trate de uma doença grave, sobretudo se ocorrerem lesões renal e cerebral, uma pessoa diagnosticada com o distúrbio pode e deve levar uma vida normal, desde que tenha acompanhamento médico e hábitos saudáveis de vida. De acordo com os especialistas, o início da doença é mais comum em mulheres na faixa etária entre 15 e 30 anos. Dificilmente acomete adolescentes que ainda não menstruaram. Segundo a reumatologista Alessandra, o LES costuma se apresentar em formas de dores nas articulações e man-
Notícias
ACOMETIMENTO ESPECÍFICO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS. chas na pele. Ainda ressalta que o lúpus pode atingir outros órgãos, como rins e cérebro.
os rins, derrame no pulmão e/ou coração, convulsões, distúrbios psiquiátricos, anemia entre outros”, explicou a médica.
“As manifestações mais comuns do lúpus são as do aparelho locomotor, ou osteomioarticulares, como dores articulares (artralgias) com ou sem artrite (presença de dor, inchaço, calor e limitação dos movimentos articulares); e as de pele, como o surgimento de manchas relacionadas à exposição solar ou contato com radiação ultravioleta sem fotoproteção ou ainda manchas que deixam cicatrizes. Também podem aparecer sintomas relacionados com o processo inflamatório generalizado nos órgãos, como
Em relação ao diagnóstico do Lúpus Eritematoso Sistêmico, havia muita confusão na identificação dos sintomas até que a Sociedade Americana de Reumatologia estabeleceu, em 1971, 11 critérios, revistos em 1982 e 1997. A reumatologista destaca alguns deles ao explicar que o LES pode ser diagnosticado, entre outras situações clínicas, mediante à presença de sinais e sintomas sistêmicos em pacientes jovens, principalmente mulheres, com dores articula-
Saúde | PB
Fonte:www.nlm.nih.gov/esp_imagepages
41 www.saudepb.com.br
Notícias res, febre, perda de peso, alterações de pele supracitadas, alteração da função renal, queda considerável de cabelo. “Existem critérios que classificam uma pessoa como portadora da doença. No Brasil seguem-se os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (1997). Destes, dois incluem a pesquisa de autoanticorpos. Os autoanticorpos (proteínas) são produzidas pelo organismo e dirigidos contra suas próprias células. Agem contra estruturas encontradas no interior das células, especialmente no seu núcleo, e são chamados de anticorpo anti-nuclear (AAN) ou fator anti-nuclear (FAN) presentes em 95% a 98% dos pacientes doentes. Apesar de importantes para o diagnóstico da doença, não são específicos para LES. Além do FAN, outros anticorpos específicos são solicitados. Recentemente (2012), foram sugeridas modificações nos critérios do ACR, porém ainda precisam de mais estudos para verificar se vão substituir os critérios utilizados há 15 anos”, esclareceu.
uma pessoa diagnosticada com a doença deve adotar práticas saudáveis de vida, pois tão importante quanto o tratamento medicamentoso, são os cuidados terapêuticos não farmacológicos: buscar apoio psicológico, usar protetor solar, aderir a uma dieta balanceada, evitar o tabagismo, controlar o peso, entre outras situações que possam interferir direta ou indiretamente na resposta do distúrbio ao tratamento e na sua evolução a longo prazo. “Os pacientes podem e devem realizar atividades físicas de baixo a moderado impacto, desde que não se exponham excessivamente ao sol ou que sobrecarreguem seus órgãos. Devem evitar o uso de anticoncepcionais à base de estrógeno e frequentar regularmente seu reumatologista para monitoramento tanto da terapia quanto do quadro clínico”, salientou a doutora Alessandra.
Saúde | PB
No que concerne ao tratamento, inicialmente, pacientes com LES devem receber medicações que controlem os eventos principais da doença: inflamação e alteração da imunidade. De acordo com o tipo de envolvimento orgânico, alguns necessitam de internação para receber medicação por via endovenosa e podem precisar tomar medicações durante longos períodos. “Utiliza-se de rotina em todo paciente com diagnóstico recente de LES anti-inflamatórios hormonais – os glicocorticóides, além de imunomoduladores e/ou imunossupressores”, disse a reumatologista. Embora não tenha cura, o LES pode ser controlado, o que possibilita ao paciente ter uma vida normal. Para isso, os médicos ressaltam que, aliados aos medicamentos,
42 www.saudepb.com.br
ALOPECIA: QUEDA IMPORTANTE E REVERSÍVEL DE CABELOS EM PACIENTES COM LES
Saúde | PB
Notícias
43 www.saudepb.com.br
Saúde | PB
Notícias
44 www.saudepb.com.br
Saúde | PB
Notícias
45 www.saudepb.com.br
Notícias
Acesso à saúde deverá ser ampliado com construção de Hospital Metropolitano de Santa Rita
E
Saúde | PB
m breve, os cidadãos de Santa Rita serão beneficiados com a construção de um importante complexo hospitalar. Trata-se do Hospital Metropolitano que será construído pelo governador Ricardo Coutinho. O anúncio da abertura do processo de licitação para a edificação da unidade foi publicado em novembro de 2012. Em março do ano passado, o governador e o superintendente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Elan Miranda, assinaram o convênio de R$ 43,95 milhões para a construção do Hospital Metropolitano. Segundo a Assessoria de Comunicação do Estado, serão investidos R$ 100 milhões na saúde do município. A verba será destinada à construção de uma unidade voltada para o atendimento ambulatorial, urgência e trauma. Além disso, a população contará com o apoio ao diagnóstico e terapia.
46 www.saudepb.com.br
De acordo com o projeto, a instalação contará com consultórios de ginecologia, obstetrícia, pediatria e enfermagem. Os santaritenses também terão acesso a uma farmácia popular, a serviços de nutrição e dietética. Em relação ao setor de atendimento ambulatorial, está previsto a construção de salas de curativos, inalação, aplicação de medicamentos e de espera, destinados a pacientes e acompanhantes.
Notícias hospitalar contemplará uma área para estocagem de hemocomponentes, com refrigerador para hemácias e freezer para plasma.
Imagem meramente ilustrativa
Os serviços disponibilizados se estendem ao setor de emergência. Pacientes contarão com salas de triagem, exames, suturas, raio-x. Ainda serão feitos dois ambientes de observação materna e um de observação pediátrica.
Em 2011, a rede de hospitais da Paraíba, formada por 31 unidades, realizou 1,9 milhão de atendimentos. Deste total, 1,2 milhão se referem a procedimentos clínicos e 282 a realização de cirurgias, conforme indicou o Datasus. De acordo com o governo, a meta é aumentar o número de atendimentos e facilitar o acesso à saúde através do investimento em novas instalações médicas no Estado.
No que se refere ao setor de apoio ao diagnóstico e terapia, os cidadãos serão contemplados com laboratórios de hematologia, parasitologia e urinálise, assim como salas de lavagem, preparo e esterilização de material.
A assessoria ainda destacou a atuação do hospital metropolitano na oferta dos serviços de diálise. A agência transfuncional da unidade
Saúde | PB
De acordo com matérias publicadas no site do Governo do Estado, o complexo hospitalar terá cinco salas de cirurgias, ficando o centro cirúrgico equipado com posto de enfermagem, sala de recuperação pós-anestésica, espaços para funcionários e armazenamento de equipamentos e materiais especializados.
47 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 48 www.saudepb.com.br
Saúde | PB
Notícias
49 www.saudepb.com.br
Notícias
Brasil Carinhoso: MS amplia distribuição de suplementos nutricionais à população infantil
Histórico preocupante em relação à saúde na infância levou o Governo Federal a tomar providências importantes em prol do bem estar da população infantil. Através do Ministério da Saúde (MS), ampliou-se o programa de distribuição de suplementos nutricionais para os menores de seis anos de idade, pois 20,9% das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos possuem deficiência de ferro e 17,4% apresentam carência de vitamina A, segundo apontou a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada pela última vez em 2006.
Saúde | PB
A iniciativa faz parte das ações promovidas pelo programa que visa elevar, de imediato, a qualidade de vida de 62% de um total de 2,7 milhões de crianças que vivem em condições precárias e têm até seis anos de idade. Lançado em maio do ano passado, o “Brasil Carinhoso” atenderá cerca de 40% dos 16,2 milhões de pessoas, ou seja, dois milhões de famílias, que se encontram em extrema pobreza (com renda mensal inferior a R$ 50,00), segundo indicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O programa foi criado para atuar, principalmente, em três vertentes: educação, saúde e vida social. Para isso, o MS promoveu a ampliação do Bolsa Família, o aumento do número de creches no país e intensificou a distribuição de medicamentos para as crianças nas redes hospitalares.
50 www.saudepb.com.br
De acordo com o MS, R$ 30 milhões serão investidos para combater a anemia nutricional infantil. A verba será aplicada em campanhas de vacinação para distribuir a dose de vitamina A para crianças de seis meses a cinco anos de idade, em 2.755 municípios. A meta do governo é promover a ação em todas as cidades brasileiras até 2014. A iniciativa também prevê a garantia de acesso ao sulfato ferroso em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país para crianças de seis a 18 meses. Com essas ações, o Ministério da Saúde pretende reduzir em 10%, o índice de casos de anemia na primeira infância e, em 5%, o percentual de deficiência de vitamina A. Em entrevista ao portal da Agência Saúde, o ministro Alexandre Padilha, ressaltou que a medida vai proporcionar a redução da mortalidade infantil. “Vamos fazer por meio das campanhas de vacinação a busca ativa das crianças que não receberam a dose de vitamina A. Temos que enfrentar esse problema crônico da anemia e a falta de vita-
mina A, que pode ter um impacto muito grande na mortalidade infantil”, avaliou o ministro. Segundo os médicos, a principal causa da anemia na infância está relacionada a uma alimentação deficiente em ferro. Uma criança
Notícias anêmica tem seu desenvolvimento cognitivo prejudicado, problema que não pode ser revertido com tratamento. A incidência da doença acontece até os 24 meses de vida. A carência de vitamina A ocasiona a cegueira e reduz a imunidade nas crianças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a suplementação adequada do nutriente reduz em
Todos os estudantes atendidos pelo Programa Saúde na Escola passam por avaliações clínicas. São beneficiados com consultas antropométrica, oftalmológica, auditiva, nutricional e odontológica. Além disso, recebem outros cuidados, como: calendário vacinal atualizado, detecção precoce de hipertensão e de agravos de saúde negligenciados (prevalentes na região: hanseníase, tuberculose, malária etc.). O PSE ainda realiza capacitações de profissionais de saúde e educação. Medidas de prevenção nas escolas
Saúde na Escola amplia atendimento Outra ação que integra o “Brasil Carinhoso” diz respeito à expansão do Programa Saúde na Escola (PSE). Voltado para creches e pré-escolas, tal projeto visa ampliar o acesso à saúde na primeira infância e reduzir a vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens. O PSE, que anteriormente atendia alunos de 5 a 19 anos, passa, agora, a priorizar também os menores de cinco anos de idade. Para a ampliação do PSE, o Ministério da Saúde aplicará o recurso de R$ 68 milhões. Até 2014, o governo tem como meta atingir em 100% o número de atendimento nas creches e nas pré-escolas dos municípios que já aderiram às ações e que tenham mais de 50% de crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Segundo o MS, o investimento será repassado pelo governo federal aos municípios para a realização de algumas medidas, tais como: possibilitar a redução e o controle da obesidade, levar às crianças uma alimentação saudável e promover a prevenção do risco de acidentes.
Em 2012, ano em que foi trabalhado o tema obesidade com mais de cinco milhões de alunos durante a realização da primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, o Ministério da Saúde também estabeleceu uma parceria com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) para disseminação de orientações sobre a oferta de alimentos mais saudáveis nas cantinas das escolas particulares. Mais ações do Brasil Carinhoso: medicamentos gratuitos para a asma Mais uma ação do “Brasil Carinhoso” traz benéficos para a saúde infantil. Através do programa, o Ministério da Saúde disponibiliza, à população, três medicamentos para a asma. Os remédios fo-
Saúde | PB
24% o risco de morte infantil e em 28% a mortalidade por diarreia.
As escolas devem adotar medidas de prevenção para assegurar o desenvolvimento saudável dos alunos. Dentre as ações estão: -Possibilitar uma alimentação saudável; -Disponibilizar atividades de educação física e práticas corporais; -Traçar orientações de uma educação voltada para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/Aids; -Fazer campanhas de prevenção contra o consumo de álcool, tabaco e outras drogas; - Promover a cultura de paz; -Inibir a violência; -Orientar sobre a importância da saúde ambiental e do desenvolvimento sustentável.
51 www.saudepb.com.br
Notícias ram incluídos, desde maio de 2012, no programa “Saúde Não Tem Preço”, que também facilita o acesso a outros 11 medicamentos para hipertensão e diabetes nas 554 farmácias populares da rede própria e nas 20.374 da rede privada de todo o país. Segundo o MS, a asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença. Os medicamentos para a asma faziam parte do programa “Farmácia Popular”, por meio do qual eram comercializados nas drogarias com até 90% de desconto. Agora, com a incorporação deles no “Saúde Não Tem Preço”, o valor de referência, que é fixado pelos laboratórios produtores, será mantido, mas o governo assumirá a contrapartida que antes era paga pelo cidadão. O MS estima que com a gratuidade do três remédios para a asma, disponibilizados em dez apresentações, expandirá o atendimento do número de pacientes. Eram 200 mil beneficiados pelo programa “Farmácia Popular”. Hoje, acredita-se que se chegará a 800 mil pacientes contemplados. Elevada procura pelos medicamentos
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022”. Quem pode ser beneficiado pelo Brasil Carinhoso? As famílias enquadradas na categoria de pobreza extrema receberão uma quantia de R$ 70,00 para complementarem a renda do mês. Para saber se tem direito ao benefício, divida a renda total da família (incluindo o Bolsa-Família) pelo número de integrantes que residem na mesma residência. Caso o valor atingido seja menor que R$ 70,00, você terá direito a receber a complementação do Brasil Carinhoso. Para receber o benefício é necessário estar cadastrado no Programa Bolsa Família. O valor será sacado no mesmo cartão e no calendário de pagamento já estabelecido. Procure a Secretaria de Ação Social do seu município.
Outro fator que possibilitou a implantação da medida de inclusão refere-se ao fato de que a asma está entre as doenças crônicas não transmissíveis com ações previstas no “Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das
Saúde | PB
Chegando a um índice de 322% de aumento, a venda de medicamentos para a asma apresentou o maior crescimento nas farmácias populares após a gratuidade dos remédios para hipertensão e diabetes. Mediante o caso, o MS decidiu promover a inclusão dos remédios no “Saúde Não Tem Preço”.
52 www.saudepb.com.br
Notícias RADIS: revista nacional referência na defesa de uma saúde pública de qualidade Com Simone Bezerrill Programa RADIS de Comunicação e Saúde Trata-se de um programa nacional e permanente de jornalismo crítico e independente em saúde pública. Criado em 1982, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), o projeto inicial dava primazia aos objetivos que se revelavam nas iniciais da própria denominação: reunião, análise e difusão de informação sobre saúde. Além disso, o programa inovava por adotar um conceito ampliado de saúde, incluindo os termos qualidade e condições de vida.
N
esta edição, a SaúdePB homenageia umas das mais premiadas revistas na área de saúde pública no Brasil. É notório que a Radis não é uma simples revista especializada na divulgação de conteúdos jornalísticos. Sua peculiaridade está no fato de que é portadora de uma consciência cidadã, pois entende que
Lançado em 2002, o periódico confere espaço à sociedade, tratando de temas relevantes a partir da interlocução estabelecida com os leitores. Também investe na discussão e veiculação de registros históricos que refletem os avanços das políticas de saúde e na capacitação crítica de profissionais para atuar neste campo interdisciplinar. A revista integra o Programa Radis de Comunicação e Saúde, iniciado em 1982, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). Segundo a editora da Radis, a jornalista Eliane Bardanachvili, o periódico tem como objetivo o desenvolvimento de um jornalismo crítico e independente, cuja prática se pauta não só pela transmissão de informações, mas, principalmente, pela construção de um espaço de diálogos e co-produção de sentido em consonância com os princípios da Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde (SUS). Com tal dinâmica, busca desempenhar um papel significante no processo de efetivação da cidadania, defendendo o direito a uma saúde de boa qualidade para todos os brasileiros.
Saúde | PB
o direito à saúde, previsto na Constituição Brasileira, não se dá sem o direito à comunicação.
53 www.saudepb.com.br
Notícias “São observados critérios rigorosos desde a definição das matérias até a produção e a edição, isto é, a inserção dos conteúdos nas páginas, aí incluídos não só os textos, mas as fotos e demais elementos visuais. O trabalho se orienta por uma apuração que é cuidadosa, redação clara e percepção crítica do campo da saúde, com suas políticas e forças em disputa. Ao mesmo tempo, somos parciais na defesa da Saúde universal, integral e equânime, e na consolidação do SUS”, enfocou a editora. A revista mantém contato direto com os leitores pelo site do Programa Radis (www.ensp.fiocruz. br/radis). A página eletrônica permite o envio de sugestões de pauta, a solicitação de assinaturas e a postagem de comentários. Através desse canal, a Radis estimula o protagonismo do leitor, que é responsável por boa parte das pautas do periódico. Ainda de acordo com Bardanachvili, a produção da revista procura estimular o diálogo entre as mais diversas vozes (usuários, trabalhadores, profissionais, gestores e pesquisadores), buscando equilíbrio na divulgação de cada uma delas. “Pelo teor das mensagens recebidas, o corpo de leitores da Radis recebe com grande satisfação a revista e cria com ela uma relação afetiva, o que nos deixa muito satisfeitos”, disse.
Design dinâmico
Saúde | PB
Em comemoração aos 30 anos do programa Radis, festejado em agosto de 2012, a revista recebeu um novo projeto gráfico. A ideia era tornar o periódico mais dinâmico. A nova capa permitiu valorizar o nome da revista e o número de cada edição, além de conferir novos espaços para as chamadas, fotos e informações adicionais. Desde 2002, ano em que foi lançada, a Radis passou por pequenas mudanças. Em 2005, com a aquisição de máquinas fotográficas, foi possível a confecção de fotos direcionadas especialmente para as matérias produzidas. Já a partir da
54 www.saudepb.com.br
edição de número 35, a revista ganhou cor, deixando de ser confeccionada em preto e branco. Outras modificações foram realizadas ao decorrer do tempo. De acordo com os organizadores da revista, as transformações gráficas não poderiam mudar a essência do periódico. Assim ressaltam que embora esteja de cara nova, a Radis continua a priorizar a prática de um jornalismo crítico em prol dos interesses coletivos, se consolidando como um suporte de comunicação mobilizadora. “Desempenhar um jornalismo crítico e independente é uma conquista histórica do Programa Radis que precisa ser cuidadosamente garantida a cada dia. E isso se faz atuando-se de forma construtiva e mantendo-se um foco: a defesa do Estado, do SUS e da saúde coletiva. A revista atua com base na garantia desses direitos. Assim, com voz e informação à sociedade age na definição dos próprios caminhos”, ressaltou a editora. Atualmente, a revista é composta por uma equipe de cinco jornalistas (editora, subeditor e repórteres), dois profissionais de arte e dois estagiários — um de reportagem e outro de design. O periódico é coordenado pelo jornalista Rogério Lannes. A produção conta, ainda, com o suporte dos setores de Administração e de Documentação, que completam o Programa Radis.
Saúde | PB
Notícias
55 www.saudepb.com.br
Artigo
Turismo de Saúde
E
stimados leitores, É com enorme prazer que iniciamos esta série de artigos falando sobre um tema muito especial: Turismo de Saúde. Todos nós temos um gosto especial pelo turismo, todos nós gostamos de viajar, conhecer o mundo, explorar novos horizontes. Ao mesmo tempo, todas as pessoas se preocupam com o seu bem estar físico e emocional. O Turismo de Saúde reúne estes dois temas em um só, o que torna tudo muito mais interessante! Samuel Henriques samuel.jpa@almeidaviagens.com.br
O que é o Turismo de Bem-Estar? O Turismo de bem-estar constitui-se por atividades turísticas motivadas pela promoção e manutenção da saúde, ligando isso a atividades de lazer e recreação, parte integrante da vida humana. O momento de lazer que nos direciona ao relaxamento e recuperação física também é o momento de novas descobertas e de novas experiências, momento que pode representar um crescimento pessoal. Nessa busca que o sujeito é capaz de transformar seu tempo de lazer na busca de algo que possa garantir o retorno de prazer e excitação, da vivência de emoções diferentes daquelas impostas pelo trabalho e que transmita a sensação do uso diferenciado desse tempo, mas acrescido de algo extraordinário, capaz de mudar sua realidade pessoal e melhorar a sua saúde.
Saúde | PB
São realizados tratamentos acompanhados por equipes de profissionais de saúde especializados, que visam a diminuição dos níveis de estresse, e fomentam a aprendizagem e manutenção de uma vida saudável e equilibrada e até mesmo a prevenção de algumas doenças. Geralmente este tipo de turismo tem início numa clínica ou hospital, para que um médico possa passar um atestado ao paciente, autorizando a realização de determinado tratamento. Este procedimento é muito usado na busca de tratamentos para doenças ósseas (muitas vezes feitos em termas) ou mesmo doen-
ças
respiratórias,
cutâneas,
entre
outras.
Estes tipos de tratamentos de Bem-Estar, encontram-se disponíveis em diversos sítios, geralmente em hotéis encontramos excelentes SPA (palavra abreviada de Sanus Per Aquam - saúde pela água), ou em Centros Termais, que muitas vezes são especializadas na prevenção de doenças específicas associadas ao tipo de água existente nessa região. Os centros termais são reconhecidos no mundo não só pelas propriedades das suas águas, mas também pela beleza das paisagens onde estão localizadas, entre o mar e as montanhas, em ambientes naturais privilegiados que convidam ao descanso e ao relaxamento, através dos diversos tratamentos com águas termais. Mais recentemente, começamos a assistir ao crescimento a nível mundial dos chamados Resorts, onde encontramos tudo em um só lugar, tratamentos de relaxamento, seja nos seus SPA, seja através dos diversos tratamentos de relaxamento Orientais, ou outros, os Resorts aliam a isso uma excelente unidade Hoteleira, normalmente em lugares que privilegiam outras atividades ao ar-livre (praia ou campo) complementando assim esses tratamentos de Bem-Estar. Aliado a isso, ainda podemos falar sobre os tratamentos estéticos. Falaremos destes em outra edição. Não percam na próxima edição, a apresentação de alguns dos melhores locais no Brasil para fazer Turismo de Bem-Estar.
www.saudepb.com.br 56 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 57 www.saudepb.com.br
Humor
Saude Perfeita Os três velhinhos contando vantagem num banco da pracinha.Dizia o primeiro: - Apesar dos meus setenta e cinco anos, a minha saúde está ótima. Só o estômago já não é mais o mesmo, ontem comi uma feijoada no almoço e passei a tarde toda me sentindo meio pesado... E o segundo: - Eu também estou ótimo, apesar dos meus setenta e oito anos. Só as minhas pernas não andam grande coisa. Ontem passei a tarde jogando futebol e hoje elas estão um pouco doloridas... E o terceiro: - Eu só tenho uma reclamação a fazer dos meus oitenta e cinco anos: a minha memória já não é mais a mesma! Ainda ontem, em plena madrugada, eu bati na porta do quarto da empregada, ela acordou assustada e me disse: “Mas o que é isso, seu Juvenal? Outra vez?”.
na sala do médico de plantão, Ele lhe disse: — Pode ir, amigo! Deixa comigo! O outro médico foi pra casa feliz da vida, dando graças a Deus por seu plantão ter terminado duas horas antes. Os pacientes ficaram esperançosos com a chegada do novo médico. (Eles estavam há três dias na fila e nunca tinham visto um médico!) Então o primeiro paciente entrou na sala. Um homem paraplégico em sua cadeira de rodas. Quando o viu, Jesus falou: — Levanta-te e anda! E o paraplégico, quer dizer, ex-paraplégico saiu da sala empurrando sua cadeira. Rapidamente os seus colegas da fila (ou melhor, em três dias de fila, eles já ficaram amigos íntimos!) perguntaram: — E aí? Como foi? Esse médico é bom? — Mais ou menos! — respondeu o ex-aleijado. — Ele é que nem os outros... Nem examina a gente!
Sono pesado
Saúde | PB
Jesus no SUS Penalizado com a insatisfação dos brasileiros com o sistema de saúde pública no país, Jesus resolveu vir à Terra como médico do SUS. Escolheu um hospital público bem fuleiro e desceu, de avental e tudo. Passando pela imensa fila no corredor e chegando
58 www.saudepb.com.br
Um homem foi ao médico acompanhado da esposa. - Doutor. Estou com um problema muito sério! Todos os dias eu urino as 6 da manhã, religiosamente, e faço coco às 7 horas, pontualmente! - Eu não vejo problema nenhum - diz o médico - Aliás, isto significa que o seu organismo está muito bem regulado. - O problema doutor - intervém a esposa, com uma expressão constrangida - é que ele só acorda às 8!
SaĂşde | PB 59 www.saudepb.com.br
SaĂşde | PB 60 www.saudepb.com.br