CAPA
Apesar da economia estável, lojistas continuam enfrentando obstáculos
O Brasil vive um dos melhores momentos de sua história. A estabilidade econômica, o desenvolvimento acelerado, os investimentos externos, o aumento da renda da população e o avanço da tecnologia vêm desenhando novo perfil nos mais variados segmentos de nossa economia, inclusive no comércio. Inúmeras mudanças estão acontecendo, fazendo com que o varejo se torne uma atividade cada dia mais dinâmica, moderna e profissional. A informatização das lojas, o e-commerce, a concorrência acirrada, são apenas alguns exemplos desse novo tempo. No caso específico do Rio de Janeiro, os mega eventos programados e o sucesso das UPPs também representam avanço importante que tendem a beneficiar o comércio de rua à medida que turistas e consumidores se sintam mais seguros para visitar à nossa Cidade ou sair de casa para fazer compras e se divertir.
No entanto, apesar de todo esse clima favorável, antigos problemas e dificuldades do dia a dia dos comerciantes continuam. Concorrência desleal de camelôs, invasão do mercado por produtos importados de preço baixo e qualidade duvidosa, carga tributária excessiva são apenas alguns dos muitos entraves que atrapalham a lucratividade dos negócios. Isso, sem falar que a profissionalização do varejo incrementada pela tecnologia e pela concorrência acirrada do setor está acarretando outro problema para os lojistas, especificamente os que investem em treinamento de seus funcionários. É o que revela o empresário Alain El Mann, proprietário da tradicional rede de calçados Pontapé, que esclarece por que o treinamento passa a ser um dos principais desafios enfrentados pelos lojistas de hoje.
- A retenção de talentos (nível de excelência de mão de obra qualificada) está cada vez mais difícil. Investimos nos funcionários através de treinamentos, oferecemos as melhores condições de trabalho, premiações, possibilidade de ascensão profissional e, mesmo assim, em pouco tempo, sem conversar conosco, recebemos o comunicado de que estão nos deixando para ir trabalhar em outra empresa. Calculo que cerca de 70% pensam e agem dessa forma, o que provoca enorme rotatividade no quadro funcional. Penso que isso seja em decorrência da realidade que vivemos hoje com o aumento da oferta de empregos aliado aos ganhos da indenização trabalhista e do recebimento do seguro-desemprego. O fato é que está muito difícil um funcionário permanecer dois, cinco, dez anos na mesma empresa, conforme acontecia antigamente, quando muitos até se aposentavam depois de trabalhar a vida inteira numa única empresa – explica, serenamente, o empresário.
- Com a pacificação dos morros e a consequente revitalização do comércio de rua, hoje um ponto em qualquer bairro está valendo tanto quanto em qualquer shopping center da Cidade. Creio que está havendo uma supervalorização por parte dos locadores que, esperamos, voltem em breve à realidade.
Além dessa dificuldade e de outros problemas como a elevada carga tributária, Alain El Mann cita outro obstáculo que contribui para tirar o sono dos lojistas: o alto custo de locação dos imóveis comerciais.
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Com lojas espalhadas por toda a cidade, Alain conhece bem os hábitos e gostos dos consumidores de praticamente todas as regiões do Rio, como a clientela da Zona Sul, onde a Pontapé abriu, há 27 anos, sua primeira loja. Segundo ele, embora hoje o consumidor de um modo geral seja exigente à qualidade dos produtos e ao atendimento, o público desta região ainda tem no consumo uma prática que vai além da necessidade. Para o dono da Pontapé, trata-se de um público que gasta por prazer, para se sentir bem, mas que não abre mão da qualidade e do atendimento personalizado, conforme ocorre também nas demais regiões de nossa Cidade. - É por isso que investimos bastante em treinamento. Mas não fazemos diferenciação dos produtos que são praticamente os mesmos em todas as lojas da rede, seja na Zona Sul, Norte, Oeste ou no Centro do Rio. Quanto ao treina-
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“No varejo, quem trabalha com dedicação e seriedade consegue vencer”
Alain El Mann, da Pontapé.
mento, é feito de forma conjunta e igualitária para todas as lojas, afinal, o cliente, seja ele de onde for, gosta e merece atendimento diferenciado e personalizado. E essa é uma de nossas preocupações: satisfazer a clientela em suas necessidades de consumo e de atendimento - completa Alain. Com 320 funcionários e 23 lojas, devendo inaugurar mais cinco filiais até o fim do ano, Alain explica que não existe uma receita básica para definir o sucesso de uma empresa, mas acredita nos pilares que sempre sustenta-
Com lojas no NorteShopping, Shopping da Gávea e na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, o empresário Eder de Lima Moraes assinala que independentemente do segmento em que atua, o lojista precisa fazer milagres para sobreviver. Proprietário de três lojas da marca Lupo, ele assinala que no varejo os desafios são diários, por isso, é preciso estar sempre atento às oportunidades para ser competitivo e fazer crescer os negócios. Entre os problemas que mais afligem os comerciantes, Eder destaca os prejuízos sofridos com a economia informal face à concorrência desleal dos camelôs. - A economia informal atrapalha demais os lojistas que recolhem corretamente seus impostos e agem conforme a Legislação Trabalhista, assinando a carteira de funcionários e recolhendo devidamente os encargos sociais. Seria saudável se o governo adotasse uma política de incentivos para as pessoas que agem fora da lei pudessem vender suas mercadorias decentemente, sem prejudicar os lojistas legalmente estabelecidos.
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ram e até hoje sustentam a Pontapé: muita seriedade no trabalho que desenvolve em todas as áreas da empresa.
Além do treinamento constante, o empresário revela que é fundamental ter foco no cliente e buscar incessantemente oferecer produtos de qualidade com preço justo.
- No varejo, quem trabalha com dedicação e seriedade
consegue vencer. Pensando assim é que estamos firmes no mercado, conquistando novos clientes e expandindo os negócios a cada ano que passa.
Além da camelotagem, Eder se queixa também dos preços altos dos aluguéis cobrados pelas administradoras dos shoppings, dos tributos altos e da falta de medidas eficazes do governo em relação ao varejo que possam ajudar as micro e pequenas empresas a manter seus negócios e gerar mais empregos. - Fazemos parte de uma realidade onde tudo é difícil. O lojista, para entrar em um shopping, tem que fazer malabarismo, pois os custos são altíssimos. Os impostos também são absurdos, como a alíquota de 19% de ICMS, que somos obrigados a recolher. Por que só beneficiam a indústria adotando medidas como redução de IPI de carros, geladeiras e não buscam implementar ações voltadas para o varejo que é o grande precursor do nosso País – questiona Eder.
Numa visão mais otimista, o empresário assinala que o comércio tem sido favorecido com o aumento de consumo das classes C e D, especificamente na Zona Norte onde se concentra grande número dessa clientela. São consumido-
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res, segundo Eder, de perfil decidido, que entram nas lojas, focados nos produtos que desejam, apesar de muitas vezes se seduzirem pelas compras por impulso. Para que isso aconteça com frequência, no entanto, Eder explica que procura investir em pequenos detalhes como vitrine sempre atualizada, arrumação adequada e uma boa iluminação.
- O lojista precisa estar atento sempre aos detalhes para atrair o consumidor. Por isso, outro diferencial que considero importante para chamar a atenção do consumidor para dentro da loja é ter funcionários uniformizados e vendedoras maquiadas. O cliente se sente mais importante e acaba gastando mais do que pretendia completa Eder.
“É preciso estar sempre atento às oportunidades para ser competitivo e fazer crescer os negócios
Eder de Lima Moraes, da Lupo
Tendo iniciado sua vida como lojista em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, João Sérgio Cardoso Pedreira é um entusiasta daquela região, atualmente uma das mais prósperas de nossa Cidade. Foi lá, no West Shopping, que em 1999, o ex-bancário João Sérgio, três anos depois do fechamento do Banerj, onde trabalhava, resolveu se tornar lojista, abrindo um quiosque. Assim, fundou a Bella Luna, iniciando uma história de sucesso no varejo que nem ele mesmo esperava. Hoje, a Bella Luna, empresa especializada em bijuterias finas, peças folheadas a ouro e acessórios femininos, é uma bonita loja naquele shopping, bem localizada, numa das principais entradas. Também está presente no Passeio Shopping, Carioca Shopping, Shopping Jardim Guadalupe e no NorteShopping. De acordo com Sérgio Cardoso, como é mais conhecido, o crescimento do comércio de Campo Grande tem sido bastante promissor, com a grande vantagem de que ainda hoje, apesar do farto comércio daquela região, ainda existe espaço para ser explorado. Prova disso é a inauguração em novembro de um outro shopping de grande porte, o Park Shopping, do grupo do BarraShopping. - Hoje ninguém precisa sair de Campo Grande para sa-
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tisfazer suas necessidades de consumo. O crescimento sócioeconômico da região está acontecendo de forma natural e planejada e atende a todos os públicos, independentemente de classe social. A própria autoestima dos moradores está mudando. Se antes muitos preferiam sair daqui para comprar ou se empregar no BarraShopping, mesmo enfrentando, muitas vezes, duas horas de trânsito, hoje a preferência, seja para trabalhar ou consumir, é dentro do próprio bairro. Sérgio acredita que a inauguração do Park Shopping vai consolidar a força comercial da Zona Oeste e colocá-la no mais elevado patamar da economia carioca.
- O Park Shopping, juntamente com o West Shopping e o Bangu Shopping vem para fechar um triângulo econômico da maior importância formado por esses três grandes templos de consumo.
O empresário destaca também como outro fator de contribuição para o desenvolvimento da região o aumento do poder aquisitivo em função da expansão imobiliária, que atraiu pessoas de outros bairros e de classes sociais elevadas para aquele lugar em busca de melhor qualidade de vida.
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“O comércio é uma atividade que vale a pena, apesar de todas as dificuldades”
Sérgio Cardoso, da Bella Luna
Depois de reclamar da carga tributária, do aumento incessante das obrigações acessórias, dos aluguéis e da difícil relação entre os lojistas de shoppings e os representantes desses centros comerciais, enfatizando que “as administradoras mandam e os lojistas só obedecem”, Sérgio afirma que para se alcançar sucesso como lojista só mesmo com muita coragem, audácia e “certas doses de teimosia e loucura”.
- O lojista é um eterno sofredor. A atividade é cansativa e exige demais de quem está à frente do negócio. Por isso, é preciso ser persistente, empreendedor, e ter muita vontade de trabalhar. Mas, para quem tem o comércio nas veias, é uma atividade que vale a pena, apesar de todas as dificuldades - finaliza Sérgio Cardoso.
EXPEDIENTE Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011030 - tel.: (21) 2217-5000 - e-mail: empresariolojista@sindilojas-rio.com.br - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio: Julio Moysés Ezagui; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; VicePresidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Sequeiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo Tel.: 2217-5000 - Capa,Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - (21) 8860-5854 robertotostes@gmail.com; Editoração CDLRio: (páginas 23 a 32) - Leandro Teixeira e Márcia Rodrigues - Revisão: Simone Motta. julho 2012
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Homenagem
16 de julho é o Dia do Comerciante Em 26 de outubro de 1953, o então Presidente da República Café Filho, assinou o Decreto nº 2040, estabelecendo o dia 16 de julho, a data em homenagem aos comerciantes brasileiros. O 16 de julho foi escolhido em vista de ser o dia de nascimento do Barão e Visconde de Cairu, Patrono do Comércio no Brasil. Um dos maiores economistas de sua época, José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, nasceu em Salvador em 16 de julho de 1756, falecendo no Rio, em 20 de agosto de 1835. Foi, ainda, jurista, publicista e político brasileiro, ativo na época da Independência. Deputado da Real Junta do Comércio, após a instalação da Corte Portuguesa no Rio, colaborou diretamente na redação dos decretos que
ditaram a abertura dos portos brasileiros e o levantamento da proibição de instalação de manufaturas no Brasil. A sua atitude favorável ao desenvolvimento econômico da colônia muito contribuiu para a criação de condições indispensáveis à independência política do Brasil, em 1822. Silva Lisboa por toda essa contribuição foi agraciado com o título de Visconde de Cairu por D. Pedro I. Apesar de ser, em seus escritos, um dos brasileiros mais liberais de sua época, o Visconde de Cairu foi no Parlamento, um dos mais calorosos defensores de D. Pedro I. Sylvio Romero referindo-se a José da Silva Lisboa, afirmou que o “Seu grande mérito é haver sido o primeiro a pregar, entre nós, as teorias inglesas sobre economia política, sobre o governo representativo e outras 20 matérias conexas”.
Lojistas do Rio comemorarão o Dia do Comerciante O Sindilojas-Rio e o CDLRio celebrarão o Dia do Comerciante na 2ª feira, 16 de julho, com a palestra do professor e advogado Sylvio Capanema de Souza sobre “Ação Renovatória de Locação Comercial”. O evento será às 9h30, no auditório do CDLRio, na Rua da Alfândega, 111, 1º andar, antecedido de café da manhã, a partir das 9 horas. Sylvio Capanema foi membro efetivo do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido, ainda, 1º vice-presidente deste Tribunal, professor titular de Direito Civil da Faculdade Cândido Mendes e de pós-graduação em Direito Civil da Universidade Estácio de Sá. É, também, professor emérito e titular de Direito Civil da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro. De 1970 a 1994, exerceu o cargo de consultor jurídico da Associação dos Proprietários de Imóveis do Rio de Janeiro e da Confederação das Associações de Proprietários de Imóveis do Brasil. Foi fundador, primeiro presidente e atualmente Presidente de Honra da Associação dos Advogados do Direito Imobiliário. Dentre os muitos livros publicados, Sylvio Capanema é autor de: “Da locação do imóvel urbano – Direito e Processo” e “Comentários à Lei do Inquilinato”. A palestra é aberta à participação, solicitando-se, contudo, que os interessados confirmem presenças até o dia 14, pelo e-mail secretaria@cdlrio.com.br ou pelos telefones (21) 2506-1253/1258, com as Sras. Ana Maria ou Rosane.
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SERVIÇOS
Curiosidades do Comércio
,
Barbara Santiago gerente do Centro de Estudos do CDLRio.
Desde que as sandálias havaianas foram criadas , em 1962, já foram vendidos mais de dois bilhões de pares em todo o mundo. É como se 30% da população mundial tivesse usado um par das “legítimas”. O case “havaianas” tem sido tema de dissertação de mestrado, de trabalhos de escola e de faculdades. Nestes trabalhos, busca-se desvendar as estratégias de marketing utilizadas para se transformar um produto popular em ícone da moda mundial. Na fábrica localizada na Paraíba, em Campina Grande, são fabricados cinco pares de sandálias por segundo, o que corresponde a 105 milhões de pares em um ano. Desconhecer as regras islâmicas pode aniquilar as suas negociações com os povos árabes. Portanto, nunca cruze as pernas, pois mostrar a sola do sapato que está usando a um negociador árabe, se constitui em grave insulto. Por ser a parte mais baixa do corpo e estar em contato com o chão, a sola do sapato é considerada impura. Também se considera “suja” a mão esquerda, pois esta é utilizada na higiene pessoal, conforme a tradição islâmica, portanto evite dar e receber presentes, cartões, cumprimentar, gesticular ou tocar um árabe com a mão esquerda.
A moda feminina do Brasil dos anos 50 é inspirada nas divas do cinema, como Grace Kelly, Marilyn Monroe, Ava Gardner e Rita Hayworth. São vestidos amplos, na altura dos tornozelos, com cintura bem marcada. Os sapatos têm salto alto. O visual é completado por uma série de acessórios, como chapéus, luvas e joias. Em julho de 1958, surge um novo movimento musical no Brasil: a Bossa Nova.
Em 1965, ancorado por nomes de prestígio na época, como Sears Roebuck, Lojas Brasileiras, Casa Masson, Casa Tavares e Cássio Muniz, inaugurava-se na Rua Dias da Cruz, no bairro do Méier, o primeiro Shopping Center do Brasil. Em 1967, surgiu o primeiro cartão de crédito private label, com pagamentos parcelados, iniciativa das Casas Tavares. Primeira manifestação comercial brasileira: a exploração do Pau-Brasil. Derrubado pelos indígenas, arrumado e depositado nas feitorias, era comercializado na Europa, propiciando a todos aqueles que o vendiam alta margem de lucro.
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PESQUISA
Desemprego e queda de renda: as principais causas da inadimplência no comércio do Rio
A recuperação dos índices de emprego formal e da renda ain-
to, os consumidores informaram que o fizeram através de cartão
semprego (35,7%) ao lado da queda da renda familiar (25,2%)
A pesquisa mostra que 3,5% têm prestações atrasadas no va-
da não se refletiu no déficit financeiro dos consumidores. O de-
de crédito, cartão de loja, cheque e carnê.
e do descontrole de gastos (23,1%) são as principais causas da
lor de até R$ 100,00, 9,1% até R$ 200,00, 4,2% até R$ 350,00, 2,8%
ças e avais (11,2%), doença em família (6,3%) e outras causas.
dividamento. Dos entrevistados, 53,1% pretendem quitar o dé-
inadimplência no comércio do Rio de Janeiro, seguidas por fian-
É o que mostra a pesquisa “Perfil do Inadimplente” feita pelo
Centro de Estudos do ClDLRio, que ouviu 800 consumidores que procuraram seus postos de atendimento durante os meses de abril e maio para regularizar o nome.
Dos entrevistados, 47,6% são homens e 52,4% são mulheres.
Dos homens, 25% têm entre 21 e 30 anos, 58,8% têm renda fami-
liar entre um e três salários mínimos, 35,3% têm o segundo grau
até R$ 500,00 e 3,5.% até R$ 1.500,00, além de outras faixas de en-
bito fazendo acordo com os credores, 45,5% usando recursos do próprio salário, 5,6% com empréstimo, além de outros recursos.
Quando tiveram seus nomes negativados, 31,9% trabalhavam no
comércio, 14,2 eram prestadores de serviços, 7,1% trabalhavam na indústria, 7,1% na construção civil e em outras atividades.
Dos 800 consumidores ouvidos, 47,6% disseram que a sua si-
tuação financeira melhorou em relação ao ano passado, 39,2%
concluído, e 14,7% têm curso superior completo. Das mulheres,
que está igual, 11,2% responderam que piorou e 2% não respon-
e três salários mínimos, 36% têm o segundo grau concluído e 8%
ram que pretendem voltar a fazer compras nos próximos meses,
33,3% têm entre 21 e 30 anos, 57,3% têm renda familiar entre um têm o curso superior completo.
Em comparação com a pesquisa do ano passado, os entrevis-
tados tiveram o perfil modificado quanto ao grau de instrução e também uma acentuada mudança na faixa etária dos inadim-
deram. Após quitarem a dívida, 42,7% dos entrevistados disse-
principalmente eletrodomésticos, roupas e calçados, móveis, alimentos, celular, automóvel e restabelecer seus cartões de crédito, além de outros bens.
Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, as lojas de
plentes. Aumentou o número de consumidores a partir de 21
roupas, calçados, móveis e de eletrodomésticos que vendem com
Eles foram incluídos no cadastro por dívida contraída junto
“Mas a boa notícia é que além do crescimento das vendas no co-
anos e diminuiu o número de incluídos a partir de 60 anos.
a empresas de cartão de crédito (30,8%), compras no comércio
(23,8%) especialmente de roupas, calçados e eletrodomésticos; bancos, financeiras, empresas prestadoras de serviço e financia-
mento imobiliário. A pesquisa mostra que ao adquirirem o crédi-
“ 8
prazos mais longos são as que mais sofrem com a inadimplência. mércio, as dívidas quitadas e as consultas cresceram, respectiva-
mente, 6,1% e 3%, e a inadimplência cresceu 2%”. “Isso mostra que os lojistas têm sempre uma boa proposta de renegociação dos débitos, reduzindo a inadimplência”, concluiu.
As lojas de roupas, calçados, móveis e de eletrodomésticos que vendem com prazos mais longos são as que mais sofrem com a inadimplência
Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio,
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Memória
Reedição de livro homenageará o primeiro presidente do Sindilojas-Rio Como parte da comemoração dos 80 anos da fundação do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro-Sindilojas-Rio, em dezembro de 2012, será reeditado o livro “História de um Comerciante”, impresso em 1955. Trata-se da autobiografia do empreendedor Milton de Souza Carvalho, um dos fundadores do Sindilojas-Rio, seu primeiro presidente e sócio número um. A reedição do livro é uma homenagem que os atuais dirigentes do Sindilojas-Rio prestam àqueles que deram início à história do primeiro sindicato patronal do Brasil. Em cerca de 180 páginas, Milton de Carvalho, cearense nascido na cidade de Ipu, e que veio para o Rio ainda adolescente, narra sua história de vida de empresário. No início do século passado, tornou-se um dos expressivos lojistas do Rio. Preocupado com o desenvolvimento do comércio, reuniu colegas-lojistas e fundou o primeiro sindicato patronal do comércio no País, o Sindicato do Comércio Lojista do Rio de Janeiro, hoje conhecido como Sindilojas-Rio. Acabar com as famigeradas cobranças de luvas foi uma de suas preocupações como dirigente sindical. E com esta liderança, foi eleito deputado federal pela bancada classista no comércio brasileiro. Seu primeiro negócio de varejo no Rio foi a Camisaria Especial, na Rua do Ouvidor. E a partir daí, não parou mais de abrir lojas. Influenciado pelo que viu em suas viagens aos Estados Unidos, inaugurou no País, o sistema de vendas pelo crediário. A Exposição e a Ducal foram os dois grandes empreendimentos lojistas criados por ele.
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Em seu livro, Milton de Carvalho informa
como venceu no comércio, oferecendo sugestões para os seus colegas lojistas. Faz um retra-
to do comércio no Rio nas primeiras décadas do século XX. Para ele, o melhor local para se ter loja era em esquina, escolha que sem-
pre fazia na aquisição ou montagem de loja.
Também oferece recomendações aos empregados para vencerem no comércio.
Milton, entretanto, não se limitou ao co-
mércio, seu espírito empreendedor se estendeu ao sistema bancário, com a criação
do Banco Cruzeiro do Sul; e ao mercado imobiliário com o lançamento de diver-
sos loteamentos. Nesta área econômica, a
sua maior realização foi no município fluminense de Petrópo-
lis, na localidade de Nogueira, cuja área denominou de Bom Clima. Não apenas abriu ruas, urbanizando-as, mas também construiu o Hotel Promenade que, por muitos anos, foi o ho-
tel de lua de mel de casais cariocas. Há alguns anos, o antigo hotel foi transformado no Clube Promenade.
Casado com Maria do Carmo Herbster de Souza Pinto,
veio a falecer no Rio, em 8 de novembro de 1962.
A homenagem do Sindilojas-Rio através de seus diretores,
colaboradores e associados ao reeditar seu livro, não é apenas um gesto de gratidão, mas ainda de reconhecimento a Milton
de Souza Carvalho por seu esforço de reunir colegas varejistas
para darem os primeiros passos na criação do Sindilojas-Rio.
É ainda um tributo aos seus colegas fundadores e aos que lhes seguiram na administração do primeiro sindicato patronal do País no decorrer dos 80 anos de sua história.
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E-COMMERCE
Projeto facilitará aos lojistas a venda pela web
Visando capacitar e qualificar os lojistas dos mais variados segmentos para as vendas na internet, o Conselho Empresarial de Inovação e Tecnologia da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) em conjunto com o Sebrae/RJ, lançaram no dia 5 de junho, o projeto “Inovação Tecnológica do Comércio da Cidade do Rio de Janeiro”. A iniciativa conta com a parceria do Sindilojas-Rio e do CDLRio, e tem como objetivo promover o aumento da competitividade das micro e pequenas empresas, bem como expandir e fortalecer suas marcas através do comércio eletrônico. Dividido em três fases, o projeto será implantado no segundo semestre e se estenderá até dezembro de 2014. O lançamento do projeto, na sede da ACRJ, contou com as presenças do presidente do Conselho de Inovação e Tecnologia, Fernando Baratelli; da gestora do Sebrae, Margareth Carvalho; do consultor do Sebrae, Rafael Leonardo; da empresária Rafaella Roque, dona da rede de lojas de brinquedos Rozenlândia, e do assessor do CDLRio, Fernando Mello, que representou o presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves.
Primeira etapa Na primeira etapa do projeto (um ano), serão realizados, gratuitamente, cursos de melhoria de gestão, de profissionalização do atendimento e de acesso à inovação tecnológica com o desenvolvimento de serviços como automação comercial, meios eletrônicos de pagamento e canais de vendas. Já na segunda fase, tanto o Sebrae quanto as demais entidades envolvidas darão feedback e o suporte necessário para o desenvolvimento das ações. Nesta etapa, o Sebrae assumirá 80% dos custos operacionais e as empresas 20%. A última etapa compreende um planejamento de marketing e de bonificação ao cliente, gestão
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e avaliação de todas as fases do projeto e implementação dos negócios. A gestora do Sebrae, Margareth Carvalho, falou dos benefícios que os empreendedores terão ao aderirem ao projeto. Segundo ela, um dos principais diferenciais é que o lojista poderá ampliar seu público alvo em potencial, não ficando restrito somente ao bairro onde seu estabelecimento está localizado. Também destacou a importância das parcerias com a ACRJ, Sindilojas-Rio e CDLRio, uma vez que essas entidades conhecem bem o mercado carioca. Na avaliação de Margareth, em função do consumidor atual buscar rapidez no acesso aos produtos e à informação, hoje a inovação é uma necessidade para as empresas.
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Na internet, desenvolvemos outros mercados, e mesmo que sua marca seja sucesso na sua região, o Brasil não a conhece.
- Queremos agregar não só no faturamento destas empresas, mas também ajudar em sua divulgação. Com as oficinas e seminários previstos, vamos poder viabilizar o crescimento dessas lojas. A proposta visa beneficiar, a princípio, cerca de 80 empresas, localizadas no Centro e Zona Sul - enfatizou Margareth.
A assessoria Já o consultor Rafael Leonardo chamou a atenção para a importância da assessoria de um bom profissional, desenvolvedor de sites. Segundo ele, não há nenhuma outra maneira da loja ser vista na internet, caso não seja encontrada nos buscadores, se o empreendedor não procurar banners de anunciantes ou links patrocinados. Outra questão, na opinião do consultor do Sebrae, é entender e monitorar o comportamento do empresário na web antes de decidir prestar a consultoria de gestão. - Quanto mais cedo o empresário enxergar a internet como importante canal de vendas, melhor será o desenvolvimento das estratégias de expansão. Para isso, no entanto, os objetivos devem ser claros e o público alvo precisa ser bem definido. Hoje, mais do que nunca, o lojista precisa entender que a sua marca tem que estar nas redes sociais como facebook e twitter, em blogs e nos sites de pesquisas – assinalou o consultor do Sebrae, Rafael Leonardo. A sócia da rede de lojas Rozenlândia, Rafaella
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Rafaella Roque, da Rede de lojas Rozenlândia Roque, falou das enormes dificuldades que teve de enfrentar até conseguir ser bem sucedida com as vendas de brinquedos pela internet. Há 10 anos no e-commerce, a empresária explicou que por falta de conhecimento e premissas equivocadas em relação ao comércio virtual, chegou a investir muito dinheiro em duas lojas virtuais que não deram certo. A estratégia de traçar um planejamento para saber como seria a presença de sua empresa na Web foi fundamental e lhe mostrou a maneira correta de como seus produtos poderiam ser vendáveis no e-commerce. Dessa forma, somente há três anos, com base em ações de um planejamento bem elaborado, sua loja virtual alcançou os resultados almejados. - Quanto mais se conhece as barreiras, mais chances se têm de nos darmos bem. Na internet, desenvolvemos outros mercados, e mesmo que sua marca seja sucesso na sua região, o Brasil não a conhece. Portanto, é necessário buscar uma plataforma, um modelo, que mostre como você poderá estar na internet. Entre outras coisas, é importante definir o seu posicionamento, trabalhar o nicho de mercado, identificar para quem você quer vender e saber o tamanho que você quer ser. Por isso, o lojista precisa aproveitar chances como esta que o Sebrae e as entidades parceiras estão oferecendo. Se eu tivesse tido esta oportunidade, com certeza, não teria dado tantas cabeçadas, quando ingressei no comércio virtual - sentenciou Rafaella Roque.
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PERGUNTAS E RESPOSTAS
PERGUNTE! Empresário Lojista responde Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas. O empregado que fica afastado por doença durante 08 meses dentro do período aquisitivo, perde direito às férias? Conforme dispõe o art. 133 da CLT, não terá direito às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de seis meses, mesmo que seja descontínuo. Iniciará um novo período aquisitivo, quando o empregado retornar ao serviço. Cumpre esclarecer que se o empregado tiver mais de 32 faltas injustificadas perderá também o direito às férias. O empregado perde o direito às férias devido ao excesso de faltas injustificadas. Neste caso a empresa pode anotar na CTPS daquele o motivo da perda das férias? Não. O art. 29 da CLT, parágrafo 4º estabelece que é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua carteira de trabalho. Portanto, o empregador não pode efetuar nenhuma anotação da perda das férias devido às faltas na carteira de trabalho do empregado. A empresa deve apenas anotar o motivo na ficha ou livro de registro de empregados, para fins de fiscalização. O exame médico demissional é obrigatório?
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O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: a) 135 dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4; ou b) 90 dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4. O aposentado que continuar trabalhando deve contribuir para o INSS? Sim. O aposentado pelo Regime Geral da Previdência Social que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este regime fica sujeito às contribuições para o custeio da Seguridade Social. A empresa pode fornecer benefício por meio do PAT apenas para os trabalhadores que não tiverem faltas, atrasos e atestados médicos? Não. É vedado à empresa beneficiária do PAT suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a título de punição ao empregado. O décimo terceiro salário referente ao período da licença-maternidade pode ser deduzido na Guia da Previdência Social (GPS)? Sim. O décimo terceiro salário correspondente ao período da licença-maternidade, pago pela empresa, poderá ser deduzido quando do pagamento das contribuições sociais previdenciárias devidas, exceto das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos. Quantos dias o empregado pode se ausentar do serviço em virtude de casamento?
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O empregado pode deixar de comparecer ao serviço, em virtude de casamento, sem prejuízo do salário, por até três dias consecutivos. O Vale-Transporte pode ser substituído por dinheiro? Não. Ao empregador não é permitido substituir o Vale-Transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento. Entretanto, no caso de falta ou insuficiência de estoque de Vale-Transporte, necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, o empregado arcará com o pagamento das passagens, e o empregador o ressarcirá da parcela que lhe couber, na folha de pagamento imediata. O salário-maternidade pago à empregada segurada depende de carência? Não. O salário-maternidade não depende de carência para ser concedido às seguintes seguradas: a) empregada; b) empregada doméstica e c) trabalhadora avulsa. O empregador pode descontar do salário dos empregados cheques devolvidos de clientes? Se o empregado não cumprir as normas da empresa (que deverão estar por escrito e com a ciência de todos os empregados) para recebimento de cheques, poderá ser descontado dele o valor do cheque sem fundo recebido. Caso contrário, o risco é do empregador.
Dirigentes do Sindicato dos Comerciários visitam o Sindilojas-Rio
NOTAS
O vice-presidente Raimundo Ferreira Filho e o gerente geral de Negociações e Acordo Carlos Américo F. Pinho do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro visitaram o Sindilojas-Rio, no dia 26 de maio. Recebidos pelo presidente Aldo Gonçalves e demais vice-presidentes, participaram do almoço com os diretores. Na oportunidade, o presidente Aldo Gonçalves agradeceu a visita e ressaltou que, mais uma vez, a convenção coletiva que tratou do reajuste salarial dos comerciários do Rio, chegou a bom termo. Disse que a negociação demorou mais de dois meses, mas chegou-se ao bom termo, dado bom senso dos representantes de ambos os sindicatos. O vice-presidente Raimundo Ferreira Filho ao agradecer a recepção, justificou a ausência do presidente Otto Mata Roma, que havia assumido compromisso de importância para os comerciários cariocas. Na foto, à direita do presidente Aldo Gonçalves, na cabeceira da mesa, o vice-presidente Raimundo Ferreira Filho e o gerente-geral Carlos Américo F. Pinho, com os diretores do Sindilojas-Rio.
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RECURSOS HUMANOS
Elogio e Crítica Nós que trabalhamos em RH não podemos estacionar nos tradicionais conceitos. Até podemos, mas não devemos proceder assim, sob pena de sermos engolidos pela evolução natural da modernidade tecnológica e a própria e natural mudança dos costumes. Dia desses, fomos convidados a fazer parte de uma seleção de candidatos muito rigorosa, pois se tratava de cargos diretivos para uma grande empresa. Ultrapassada a fase dos testes psicológicos e conhecimentos gerais, chegou a hora da avaliação da personalidade e nos foi solicitado um tema para os candidatos fazerem uma redação. Já que os três selecionados iriam trabalhar diretamente com pessoas, pensei em dois temas importantíssimos na nossa convivência diária, em forma de contraponto: “Efeitos Colaterais do Elogio e da Crítica”. O resultado foi surpreendente e a melhor redação vai transcrita a seguir. “Analisando friamente, poucos estão preparados tanto para receber elogios quanto críticas. No primeiro momento, o elogio é ótimo: falar bem, aplaudir, incentivar, concordar, demonstrar aceitação integral pelo que foi dito ou pelo que foi feito. Enfim, a plena satisfação do ego. Porém, seus efeitos podem ser danosos mais à frente. Criar um filho elogiando tudo que ele faz é correto? Não, pois quando chegar à idade do discernimento, na primeira crítica recebida, haverá um descontrole emocional intenso. Lógico, não conhecendo o outro lado da moeda, ficará espantado. Sempre levando em consideração as exceções, no âmbito das empresas, quando se toma a decisão de diferenciar determinado empregado, seja de que nível for, pode ocorrer a profecia da “tragédia anunciada”. O escolhido vai inchando, inchando, até se transformar em “Sissi”(se sente, se acha) como canta Alexandre Pires. Esse funcionário, antes cordial, gentil e educado, passa a ser pedante e fica muito metido. Os outros que foram relegados a segundo plano ficam com vontade de se aproximar dele e, numa só voz, bradar a célebre frase do comediante Tião Macalé: “-Nojento!”. Realmente, há uma constatação de que quase todos os elogios ou são falsos ou não atingem o objetivo. Exemplos:
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Valmir de Oliveira gerente Administrativo/Financeiro do Sindilojas-Rio
“- Puxa, bonitinho.” É, mas o “bonitinho” pode ser um “feio arrumadinho”. Mais: “De motivação verbal, meu ego está cheio; eu quero mesmo é motivação financeira.” Acontece. É a expressão máxima da materialidade. Afinal, pessoas são pessoas. Portanto, quem elogia tem que tomar certas precauções para não influenciar a personalidade alheia e quem recebe o elogio deve tomar cuidado para não ser envolvido pela vaidade. E a crítica? Ah, a crítica já entra em campo perdendo de um a zero. Quem gosta de ser criticado? Toda crítica deveria ser uma apreciação minuciosa, buscando uma discussão elucidativa, melhor dizendo, uma crítica construtiva, apontando os defeitos, censurando, mas também mostrando os atalhos em busca de um resultado melhor, que seria o acerto personificado. Mas não é assim que o assunto é tratado. Na maioria das vezes, a crítica é uma apreciação desfavorável, uma censura mordaz, venenosa, sem fundamento, patrocinada pelo prazer de magoar, machucar e Na maioria das desestabilizar. É a famosa crívezes, a crítica tica destrutiva. é uma apreciação Ocorre que a crítica, mesmo com esse conteúdo de desfavorável negatividade é desafiadora. Os críticos azedos não vão se transformar de uma hora para outra. Mas quem é criticado deve olhar essa atitude por um outro ângulo. Vejam bem: será que todo crítico quer o nosso mal? O que será ele? Somente um crítico feroz ou um “amigo instigante”? Assim, ao recebermos uma crítica de um grande amigo, devemos valorizá-la, pois grande parte dos amigos de fé, chamados irmãos camaradas, passam a mão na nossa cabeça e não nos alertam a respeito das nossas falhas para não nos aborrecer.” Só nos resta parabenizar o candidato e parodiar um “slogan” muito conhecido: “- Esse cara é bom!” Sugestões: rh@sindilojas-rio.com.br
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EVENTO
Lojistas apoiam primeira edição do Business Fest O Sindilojas-Rio e o CDLRio participaram da primeira edição do Business Fest – Encontro de Negócios e Expansão de Relacionamentos, evento realizado no dia 27 de junho, no Citibank Hall, na Barra da Tijuca. A iniciativa teve como principal objetivo prospectar novos colaboradores e expandir a rede de contatos das empresas e instituições participantes. A programação foi marcada por mostra empresarial composta de lounges ambientados e integrados, além de rodadas de negócios, exibição de vídeos institucionais e premiações. O presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, prestigiou o evento.
O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, foi bastante elogiado pelo presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Antenor Barros Leal, que lhe entregou o Prêmio Excelência em Planejamento e Aplicação de Recursos Públicos.
Após a solenidade de premiação, o presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, cumprimentou o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Antenor Barros Leal, e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
O CDLRio apoiou o evento com o objetivo de expor seus serviços e expandir o relacionamento entre clientes, colaboradores e parceiros de negócios.
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O gerente comercial do Sindilojas-Rio, José Carlos Pereira Filho e as colaboradoras Mariana Pontes e Janaina Garbeloto, da delegacia de serviços da Barra da Tijuca, mostraram as vantagens e os benefícios que o Sindilojas-Rio oferece às empresas associadas.
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Aspecto entre o ambiente das rodadas de negócios e o salão principal onde se discutiu as principais ofertas, demandas e expectativas das empresas e instituições participantes.
A presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF-Rio) e diretora executiva da Megamatte, Fátima Rocha, foi agraciada pelo presidente da Federação das Associações Comerciais do Rio de Janeiro (Facerj), Jésus Mendes Costa, com o Prêmio Exemplo de
Ronaldo Acher representou a empresária e produtora de eventos, Roberta Medina, agraciada com o título Mulher Empresária 2012 pelo projeto Rock In Rio. Ele recebeu a premiação das mãos do presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal.
Empreendedorismo 2012.
André Martins, presidente da J-Lide e sócio do Grupo VB recebeu o prêmio Jovem Empreendedor 2012 das mãos do presidente da CONAJE (Confederação Nacional dos Jovens Empresários), Marduk Duarte.
O vice-presidente de Empreendedorismo da ACRJ e coordenador geral do Business Fest, Eduardo Machado, entregou o Prêmio Inovação e Globalização 2012 ao diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger.
O presidente da Philips América Latina, Marcos Bicudo, recebeu o Prêmio categoria Sustentabilidade das mãos do vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Teixeira.
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TREINAMENTO
Gerente capacitado é vantagem competitiva para o negócio Sem a menor sombra de dúvida que a confiança depositada na pessoa do gerente é o primeiro passo para o sucesso de qualquer negócio. Porém não é tudo! Tenho observado no transcorrer de minha jornada como consultor e professor do Curso Básico de Gerente que muitos profissionais já atuam na posição gerencial, mas sem a menor visão sistêmica do respectivo negócio. Pensam eles que o simples fato de já estarem atuando em algum estabelecimento é o suficiente para respectiva atuação. Ledo engano! Gerência respaldada somente com prática é como um barco sem rumo. Necessário, portanto, é que o profissional mantenha tais atributos, porém respaldado com a teoria de gestão, pois é a partir daí que ele passa a conquistar uma coerente visão estratégica da organização. Hoje, com a acirrada competitividade em face da globalização, não há mais espaço para anúncios exigindo somente a prática. Não cabe aqui dizer que o pretendente ao cargo de gerência ou o ge-
Prof. Jorge Roberto* consultor Empresarial em Inteligência Competitiva rente formado, na prática, tenha que fazer cursos de MBA, aportando polpudos investimentos, nem sempre condizentes com a sua condição econômica. O que pretendo recomendar é que se faça, pelo menos, um curso livre com um conteúdo abrangente dos conceitos, princípios, técnicas e ferramentas de gestão, para que o profissional atue alinhado com as exigências de novos paradigmas de mercado. Por fim, é aconselhável que o gerente que pretenda ser eficiente e eficaz passe a ter noções de empreendedorismo estratégico, assim como de gestão empreendedora , concepção de valor e organização das empresas: visão e missão, princípios administrativos. Liderar, dirigir e tomar decisões para alavancar os negócios: produção; conduta estratégica na prestação de serviços é o carro chefe. Bem! Aí estão os temas que entendo como relevantes para os novos profissionais ou candidatos a gerente, seja na área produtiva ou comercial.
* membro efetivo da ABRAIC – Associação Brasileira de Analistas de Inteligência Competitiva, pós-graduado, especialização em Planejamento e Gestão Estratégica, FGV/EBAPE/EPGE; professor da Fundação Getulio Vargas, FGV/EBAPE/Cademp; coordenador acadêmico. MBA. Pós-graduação em Direito Econômico e Empresarial, 1997/98, FGV/EPGE; E-mail: joroberto2010@gmail.com
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RECURSOS HUMANOS
Questões polêmicas do aviso prévio proporcional
José Belém gerente-geral do Sindilojas-Rio Resumo da palestra apresentada na reunião dos consultores jurídicos - 28º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio em Natal (RN) - 16 a 18/05.
5. Aplicabilidade da faculdade de
A Constituição Federal de 88 previu, no inciso XXI
do artigo 7º, o aviso prévio proporcional ao tem-
trocar redução de jornada por dias
po de serviço.
de ausência;
No ano de 1989, seguinte ao da pro-
6. A eficácia da lei no tempo (Lei
mulgação da Constituição, foi apresen-
de Introdução);
tado no Senado Federal, pelo Senador
7. Hipóteses de retroatividade da
Carlos Chiarelli, o Projeto de Lei nº
lei do aviso prévio proporcional;
3941/89, regulamentando o aviso prévio
8. Aplicabilidade da nova lei aos
proporcional. Neste mesmo ano, o Senado aprovou
empregados domésticos;
o Projeto e o enviou à Câmara dos Deputados, onde dormitou por 22 anos, sendo aprovado em 2011, ano em que
foi sancionado pela Presidente da República. A Câmara só colocou o Projeto na pauta após ameaçada pelo Supremo
Tribunal Federal, em razão de diversos Mandados de Injunção.
Sobre a nova lei, o Desembargador José Geraldo da
Fonseca, do TRT do Rio, assim se manifestou:
“Pobre de conteúdo e rica de silêncios perigosos, nas-
ceu polêmica e já desafia a nossa argúcia”.
O exemplo mais expressivo das divergências sobre a
nova lei está no fato de que a Secretaria de Relações do
Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, nas Orien-
9. A computação do próprio período estendido de aviso prévio para fins de definição da duração do aviso prévio proporcional. A análise da nova lei exige, além da sua própria interpretação analógica, literária e histórica, o estudo da correta aplicação da Constituição Federal, principalmente do inciso XXI do artigo 7º;
Pobre de conteúdo e rica de silêncios perigosos, nasceu polêmica e já desafia a nossa argúcia.
da Consolidação das Leis do
tações baixadas sobre a aplicação da nova lei para uso das
Trabalho (CLT), capítulo VI (artigos 487 e 488), que trata
orientação da Consultoria Jurídica do próprio Ministério.
reito Brasileiro (antiga Lei de Introdução ao Código Civil)
MICAS decorrentes da aplicação da nova lei:
rídico perfeito.
Superintendências Regionais, só parcialmente adotou a
do aviso prévio e da Lei de Introdução às Normas do Di-
Resumimos, a seguir, as principais QUESTÕES POLÊ-
no que respeita à vigência das leis e ao respeito ao ato ju-
1. Aplicabilidade da norma em benefício do empregador;
O tempo e as leis: o alcance e a interpretação desta lei
2. Momento para o primeiro acréscimo proporcional de
só serão definidos pela jurisprudência dos tribunais, ne-
3. A proporcionalidade do aviso prévio;
sibilidades em curto/médio prazo, conforme a disposição
3 dias;
4. Aplicabilidade da redução da jornada de trabalho no
aviso prévio proporcional; julho 2012
cessariamente em longo prazo, ou por lei nova, com posdo Congresso de superar sua histórica inapetência legislativa.
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COMÉRCIO
Dia dos Pais: Como Aproveitar as Oportunidades de Venda? Pelas informações que se tem a respeito, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida. Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a ideia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos, sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, em vez de John Bruce Dodd. O primeiro Dia dos Pais foi comemorado pelos americanos em 19 de junho de 1910. No Brasil, a ideia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering, diretor de Publicidade de O Globo e alguns dizem que foi atribuída ao jornalista Roberto Ma-
Juedir Teixeira, vice-presidente de Marketing do Sindilojas-Rio
rinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, de seu jornal e foi festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953,dia de São Joaquim, completando exatos 59 anos em 2012. Posteriormente, por motivos comerciais, a data foi alterada para o segundo domingo de agosto. Atualmente o dia dos pais é o quarto em termos de oportunidade de venda para o varejo em geral, perdendo apenas para o Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Logicamente que para quem trabalha com produtos destinados ao público masculino esta é a segunda melhor data de venda, perdendo apenas para o Natal. E você que trabalha com esse tipo de público, já estabeleceu as suas estratégias para aproveitar esta ótima chance de vender mais? As ações a seguir mencionadas, se adotadas com a devida antecedência, poderão melhorar o resultado do seu negócio:
1. Preparar um mix de produtos com ofertas especiais, montagem de kit e outros atrativos para chamar a atenção de seus clientes e conquistar novos consumidores;
2. Elaborar uma vitrine atrativa e vendedora, com as principais ofertas, para chamar a atenção do público passante;
3. Fazer um trabalho de telemarketing, com a devida antecedência, comunicando aos seus clientes as principais ofertas da loja a sua disposição;
4. Preparar a sua equipe de venda com as melhores práticas de abordagem, sondagem, demonstração e fechamento de venda, para não perder nenhuma oportunidade de transformar um passante em comprador;
5. Se a sua equipe der um show de encantamento, esta será uma grande oportunidade para fidelizar os seus clientes, inclusive os novos, aumentando a sua carteira de clientes satisfeitos;
6. Pesquisar os principais concorrentes para identificar as ofertas deles e contra-atacar com alternativas de maior atratividade;
7. Cadastrar os novos clientes para que possam ser realizadas ações de pós-venda, para torná-los clientes cativos da sua marca;
8. Após a data, avaliar os resultados obtidos, comparando-os com anos anteriores, anotando o que deu certo e o que não foi tão bem, para que possa ser corrigido no ano seguinte ou em outros eventos da mesma natureza. Agindo dessa forma, você estará fazendo o que se chama no mundo corporativo, notadamente na
9. s grandes empresas, de gestão do conhecimento.
As ações propostas certamente aumentarão as vendas de sua loja nessa data comemorativa e poderão aumentar as vendas nos meses subsequentes, com o aumento da sua base de cliente.
Juedir Teixeira. www.juedirconsultor.com.br; juedir@juedirconsultor.com.br
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