Rio de Janeiro
Editor // Vinicius Medeiros
Terça-feira, 1º de abril de 2014 • Jornal do Commercio • A-13
SINDILOJASRIO
IGREJA
Aldo Gonçalves toma posse para novo mandato
Dom Orani recebe homenagem na ACRJ
Para ele, apesar do cenário econômico instável, perspectivas são positivas no comércio carioca. Dirigente fica à frente da entidade no quadriênio 2014-2018 JORGE BATH/ESP P/ JCOM/D. A PRESS
» ANA PAULA SILVEIRA
O
combate à pirataria e à informalidade e o estímulo ao comércio de lojas de rua são algumas das metas do empresário Aldo de Moura Gonçalves, que tomou posse ontem como presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) para o quadriênio 2014-2018. Em cerimônia na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Gonçalves disse que a entidade vem se dedicando com afinco a estes e a outros objetivos e destacou que a capital fluminense oferece, neste momento, um ampla janela de oportunidades para negócios em diferentes setores, embora haja muitos desafios a serem vencidos. “O comércio tem contribuído positivamente para o dinamismo da economia carioca. É diante de grandes desafios que iniciamos mais uma gestão, para fazermos um mandato produtivo e pleno de realizações a favor do setor, dos empresários e de toda a sociedade”, ressaltou Gonçalves, que também comanda o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). Em seu discurso, o dirigente destacou que o cenário econômico atual no País é instável, mas que a capital fluminense, por conta das boas perspectivas geradas pelos grandes eventos esportivos e da pujância da indústria do petróleo e gás, cuja base de operações se concentra no estado, tem expectativa de um futuro promissor nos próximos anos. “É inegável que cidade e o estado apresentam boas janelas de oportunidades em diversos segmentos. Estes, por sua vez,
Gonçalves e Barros Leal: união de entidades em prol do comércio
geram empregos e pagam bons salários aos seus trabalhadores, ajudando a dinamizar o varejo”, afirmou Gonçalves, acrescentando que o comércio é responsável por 10% do PIB fluminense, além de criar 850 mil postos de trabalho. Gonçalves ressaltou ainda que a expectativa do setor é de que as vendas no comércio varejista carioca aumentem 7% em relação ao ano passado. “Será um ano atípico, com eleições e Copa do Mundo, mas esperamos continuar em um ritmo de expansão”, avalia. Desafios Apesar do cenário promissor, Gonçalves afirma que existem importantes desafios a serem superados. Ele defendeu também a união de forças entre entidades representativas do setor para que o mesmo se desenvolva de forma sustentada. “É preciso sinergia para passarmos pelas turbulências. É importan-
QGEP PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nº 11.669.021/0001-10 - NIRE: 33.300.292.896 EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA. 16 DE ABRIL DE 2014, às 10:00 horas. Ficam convocados os senhores acionistas da QGEP PARTICIPAÇÕES S.A. (“QGEPP” ou “Companhia”) para a Assembleia Geral Ordinária a realizar-se em 16 de abril de 2014, às 10:00 horas, na sede da Companhia, à Avenida Almirante Barroso, nº 52, 11º andar, na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (a) tomada das contas dos Administradores, exame, discussão e votação das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013, acompanhadas do Relatório da Administração e do parecer dos auditores independentes; (b) exame, discussão e votação da proposta da Administração para a destinação do resultado apurado no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013; (c) definição do número de membros do Conselho de Administração da Companhia; (d) eleição dos membros do Conselho de Administração da Companhia com mandato até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as contas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2015; e (e) exame, discussão e votação da remuneração global dos Administradores da Companhia a ser paga até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as contas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, no valor global de até R$2.903.522,00 (dois milhões, novecentos e três mil, quinhentos e vinte e dois reais). Os seguintes documentos estarão à disposição dos acionistas, na Gerência Jurídica da Companhia, localizada na Avenida Almirante Barroso, nº 52, sala 1301 (parte), na Cidade e Estado do Rio de Janeiro: (a) o Relatório da Administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do exercício social findo; (b) a cópia das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013; e (c) o parecer dos auditores independentes; bem como os demais documentos contendo todas as informações exigidas na legislação vigente. Os referidos documentos estarão também disponíveis em nosso site (www.qgep.com.br), e nos sites da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br) e da Comissão de Valores Mobiliários - CVM (www.cvm.gov.br). O percentual mínimo para adoção do processo de voto múltiplo para a eleição dos membros do Conselho de Administração é de 5% (cinco por cento), nos termos do artigo 1º da Instrução CVM nº 165/91, conforme alterada. Os Acionistas da Companhia poderão participar da Assembleia Geral Ordinária, ora convocada, por si, seus representantes legais ou procuradores, consoante o disposto no artigo 126 da Lei nº 6.404/76, portando os seguintes documentos: (a) se Pessoas Naturais: documento de identificação com foto (RG, RNE, CNH ou, ainda, carteiras de classe profissional oficialmente reconhecidas); (b) se Pessoas Jurídicas: cópia autenticada do último estatuto ou contrato social consolidado e da documentação societária outorgando poderes de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração), bem como um documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is); (c) se Fundos de Investimento: cópia autenticada do último regulamento consolidado do fundo e do estatuto ou contrato social do seu administrador, além da documentação societária outorgando poderes de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração com firma reconhecida), bem como um documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is). Todos os Acionistas deverão fornecer o comprovante da titularidade das ações de emissão da QGEPP, expedido por instituição financeira escrituradora e/ou agente de custódia datado de até 2 (dois) dias úteis antes da data de realização da Assembleia Geral Ordinária. O Acionista pode ser representado por procurador constituído há menos de 1 (um) ano, desde que este seja outro Acionista, administrador da QGEPP, advogado ou instituição financeira, cabendo ao administrador de fundos de investimento representar seus condôminos. As procurações lavradas em língua estrangeira, antes de seu encaminhamento à QGEPP, devem ser notarizadas, consularizadas e traduzidas para o Português. A fim de facilitar o acesso dos senhores Acionistas na Assembleia Geral Ordinária, a QGEPP iniciará seu cadastramento a partir do dia 01 de abril de 2014. Para tanto, solicita-se a entrega dos documentos acima mencionados, até o dia 15 de abril de 2014, na sede da Companhia, aos cuidados da Gerência Jurídica, ou cópias eletrônicas através do email ri@qgep.com.br. Rio de Janeiro, 31 de março de 2014. Sr. Antônio Augusto de Queiroz Galvão - Presidente do Conselho de Administração.
te lembrar que o comércio vem se sobressaindo na criação de empregos, além de ter importante contribuição na arrecadação de impostos”, comentou. Presente à solenidade, o presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal, endossou as palavras de Gonçalves. “Para continuar na busca pelas melhores condições para a classe empresarial, é preciso que as entidades representativas estejam fortalecidas. A continuidade de lideranças é importante nesta caminhada. É louvável a permanência da figura do Aldo à frente do SindilojasRio”, afirmou. O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Sylvio Capanema, também parabenizou o trabalho realizado pela diretoria da entidade no estímulo ao comércio carioca. “O varejo continuará sendo um dos pilares da brasilidade e o SindilojasRio tem grande contribuição nesse trabalho”, disse.
Já o presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), Jesus Mendes Costa, reafirmou a parceria com o SindilojasRio na busca pelo fortalecimentos do comércio. “É preciso unir forças para dar a volta por cima e melhorar as condições das micro e pequenas empresas. Uma questão chave, por exemplo, é a mudança para um sistema tributário mais justo”, disse Costa, que também preside a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj). Nova gestão Além de Gonçalves, tomaram posse os novos membros da diretoria do SindilojasRio. A equipe é formada pelo vicepresidente, Julio Martin Piña Rodrigues; o vice-presidente de relações institucionais, Roberto Curi; o vice-presidente de administração, Ruvin Masluch; o vice-presidente de finanças, Gilberto de Araujo Motta; o vice-presidente de associativismo, Pedro Eugenio Moreira Conti; o vice-presidente de marketing, Juedir Viana Teixeira; o vice-presidente de patrimônio, Julio Moysés Ezagui; e o vicepresidente de produtos e serviços, Enio Bittencourt. Participaram também da solenidade o diretor do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Sescon-RJ), Lúcio Fernandes; a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC), Vitória Maria da Silva; e os deputados federais Otavio Leite (PSDB) e Alessandro Molon (PT).
» ALANA GANDRA DA AGÊNCIA BRASIL
Em alusão aos 50 anos do golpe de 1964, celebrado ontem, e a ditadura militar no Brasil, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, salientou que “toda questão da violência, que está no coração do homem, seja lá de que lado ele estiver da sua ideia de poder, sempre é muito ruim”. A afirmação foi dada ontem, durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde dom Orani foi homenageado. “Nós fomos criados para a paz, para o entendimento. E quando vemos guerras, brigas, revoluções, não nos entendemos. É muito ruim para todos”, disse o cardeal arcebispo do Rio no encontro. “Acho que cabe a nós aprendermos com as lições do passado - todas elas e tentarmos trabalhar para que a paz aconteça”, acrescentou. Referindo-se à ocupação do Complexo da Maré, ocorrida no domingo, o cardeal avaliou que esse é um primeiro passo para que as pessoas possam começar a pensar em dar outros passos de desenvolvimento, de escolaridade, de saúde, de trabalho. “Enfim, todo um trabalho muito grande que se tem pela frente, porque, evidentemente, a ocupação faz com que o território volte ao Estado, mas, sem dúvida, tem toda uma questão, que as pessoas que lá estão necessitam ser promovidas, escutadas.” Nesse sentido, dom Orani sugeria ao governo fluminense que escute o povo que mora na Maré para saber quais são suas necessidades, seus problemas e desejos. “Para poder ir ao encontro da vontade deles e das suas necessidades”, disse. O cardeal comentou que já está mantendo conversas a respeito com as pessoas responsáveis da gestão do governador Sérgio Cabral. “Inclusive, já pedi às paróquias de lá para fazer esse trabalho, para poder reunir as pessoas e ouvi-las. O povo dizer o que ele precisa, o
que ele quer, o que é melhor para ele”. Ele ressaltou a importância desse diálogo porque, “às vezes, nós pensamos que as pessoas querem uma coisa e, na verdade, elas querem outras coisas”. JMJ No dia 6 de abril, em sua primeira viagem ao exterior, já como cardeal do Brasil, o arcebispo do Rio de Janeiro vai entregar os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora – à cidade de Cracóvia, na Polônia, que sediará o próximo encontro da juventude com o papa Francisco. Nos três dias que antecedem o Domingo de Ramos – 10, 11 e 12 de abril –, o arcebispo participará do encontro do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), órgão na Santa Sé responsável pela JMJ, no qual dom Orani Tempesta apresentará um relatório do evento ocorrido no Rio, em julho do ano passado. Haverá representantes dos jovens católicos do mundo inteiro, que falarão de sua experiência na capital fluminense. O cardeal não quis, entretanto, abordar como está a dívida remanescente da JMJ no Brasil. As estimativas apontam que, depois da doação de R$ 11,7 milhões do papa Francisco, a dívida está abaixo de R$ 30 milhões. No Domingo de Ramos, dom Orani receberá a Igreja Santa Maria Mãe da Providência, situada no bairro de Monteverde, em Roma, que terá o seu brasão e a sua foto. É tradição que quem é nomeado cardeal passe a ser titular de uma igreja, na capital da Itália. Segundo dom Orani, o fato de ter um cardeal a mais no Brasil significa um olhar do papa para o País, e o incentiva a respeitar cada vez mais as diferenças com outras culturas e religiões e a trabalhar para que tudo ocorra dentro de um ambiente de harmonia e convivência.