Revista Empresário Lojista de Novembro

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Uma vitória para o comércio

O

ano de 2015 está terminando sob o signo da incerteza. O Comércio, assim como tantos outros setores produtivos, tem sofrido as consequências da falta de perspectivas de melhora no cenário político e econômico a curto e médio prazos. Neste contexto, o Rio de Janeiro, em particular, é um dos estados mais atingidos pela atual situação. Se a recessão econômica é grave em todo o País, no Rio de Janeiro é ainda pior, pois a nossa economia é extremamente dependente dos royalties do petróleo e tem, como um dos seus alicerces, uma ampla cadeia produtiva vinculada à Petrobras e às suas subsidiárias. Assim sendo, nossa economia tem sofrido com os reflexos da Operação Lava-Jato. Neste rastro, inflação, desemprego, violência e outros males vêm tirando o sono dos cidadãos fluminenses, ameaçando conquistas recentes e lançando uma sombra sobre o futuro. Para vencer as dificuldades e os desafios que o momento impõe, o SindilojasRio e o CDLRio têm redobrado sua atuação na defesa de bandeiras fundamentais para o fortalecimento da atividade comercial no Rio Aldo Carlos de de Janeiro. Enquanto as tão esMoura Gonçalves, peradas e cobradas reformas Presidente do estruturais – política, trabalhisSindilojasRio ta, previdenciária e tributária – e do CDLRio não acontecem no ritmo desejado, o SindilojasRio e o CDLRio, irmanados com outras entidades representativas da sociedade civil, têm discutido suas propostas e reivindicações nas diferentes esferas do Poder Público, buscando avançar em uma pauta que resulte em um ambiente econômico mais favorável. A pesada carga tributária e o excesso de burocracia que oneram toda a cadeia produtiva, por exemplo, têm sido alguns dos fatores mais prejudiciais ao desenvolvimento da economia brasileira, inviabilizando investimentos e a abertura de novos negócios, levando ao fechamento de empresas e penalizando, como sempre, o consumidor final. Mudar este quadro tem sido a luta constante das nossas entidades. Uma das questões mais emblemáticas – e polêmicas – é a que se refere à cobrança do ICMS com o regime da Substituição Tributária (ST). Da pequena à grande empresa, todos perdem com a ST, inclusive os governos, pois estão “matando a galinha dos ovos de ouro”. Isto

vale principalmente para os micros e pequenos negócios, que inscritos no Simples Nacional, são injustamente sobrecarregados pela ST. Alguns projetos de lei em tramitação, que apoiamos, visando a ampliar o alcance e melhorar as condições do Simples, propõem que nenhuma atividade incluída no Simples Nacional seja submetida ao regime da Substituição Tributária. Diante do exposto, gostaríamos de destacar, nesta edição, a vitória que obtivemos em relação à cobrança da abusiva Substituição Tributária. Neste caso, uma vitória significativa para o setor de Brinquedos. Há alguns dias, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou Nota Técnica informando os segmentos e respectivas mercadorias e bens que, a partir de 1º de janeiro de 2016, poderão ser submetidos aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes. A boa notícia fica por conta dos segmentos excluídos, ou seja, que não serão mais atingidos pela Substituição Tributária. Dentre estes, está o setor de Brinquedos, um dos mais prejudicados pela ST. Desde o ano passado, quando o governo do Estado do Rio de Janeiro reajustou a Margem de Valor Agregado (MVA), que serve como base de cálculo do ICMS, acima do razoável e sem qualquer estudo que justificasse o aumento, o SindilojasRio e o CDLRio vinham lutando contra esta decisão. Com a Nota Técnica emitida pelo Confaz, o setor de Brinquedos se livrou, de vez, desta absurda taxação. Ainda não vencemos a “guerra”, mas vencemos mais uma batalha. Agora, o SindilojasRio, por meio de sua Assessoria Jurídica, está analisando a extensa relação de segmentos e respectivos produtos que foram incluídos na Nota do Confaz, para questionar o que for necessário e solicitar mudanças, sempre procurando avançar no sentido de diminuir não apenas a excessiva carga tributária que afeta a sociedade como um todo, como também a burocracia, que emperra nosso desenvolvimento. *** Neste mês de novembro, o CDLRio comemora os 60 anos de sua fundação. Apenas a responsabilidade é maior do que a honra de presidir o CDLRio, cuja trajetória de muito trabalho, lutas e conquistas tem sido vitoriosa graças, principalmente, à qualidade do seu quadro de diretores e colaboradores. Agradeço, por isso, a todos que contribuíram e contribuem para que o CDLRio seja e continue a ser sempre o porto seguro de seus lojistas associados. Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 |

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Presidente do SindilojasRio e do CDLRio Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Diretoria do SindilojasRio Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt Superintendente: Carlos Henrique Martins

Diretoria do CDLRio Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym

Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Ubaldo Pompeu Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Barbara Santiago Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE n° 7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretores: Santos: 21 98682-1128 Luciléa Rosário: 21 99639-9379 e 97904-8759 Revisão: Simone Motta Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Estagiário: Percy Carpenter Projeto Gráfico e Editoração: Márcia Rodrigues Leandro Teixeira Supervisão Gráfica e Criação de Capa: Roberto Tostes robertotostes@gmail.com Empresário Lojista: Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro - SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio

Versão Online: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br

MENSAGEM DO PRESIDENTE 1 - Uma vitória para o comércio

SUMÁRIO

MATÉRIA DE CAPA 4 - 60 anos do CDLRio: uma história de pioneirismo e inovação

MENSAGEM DA CNC 11 - Pioneirismo que transformou o varejo brasileiro

12 - CURIOSIDADES 13 - FUNDAÇÃO DO CDLRIO 14 - DICAS DE PORTUGUÊS COMPORTAMENTO 17 - Ansiedade - O mal do século

ARTIGO 27 - Especificidades de nossa periferia metropolitana 28 - Preço diferenciado entre loja física e on-line

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DIREITO 29 - Perguntas e Respostas

30 - LEGISLAÇÃO EM VIGOR GESTÃO 20 - Investindo em pessoas

EMPREENDEDORISMO 23 - Tornar-se empresário é o sonho de 31% dos brasileiros 25 - Emprego temporário e as suas vantagens 26 - Sobe o número de empresários

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OPINIÃO 36 - Por que um produto caro pode não ter valor?

34 - OBRIGAÇÕES HOMENAGEM

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15 - Homenagem à Aeronáutica

SINDICALISMO 13 - Novembro Azul – Campanha para prevenir o câncer de próstata 24 - CNC promove Sicomércio 2015 24 - Justiça confirma: lojas de artigos de informática e de telefonia estão no SindilojasRio

OS NÚMEROS DO VAREJO 31 - Termômetro de vendas 32 - Movimento de cheque 33 - Movimento de SCPC

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60 ANOS

Jesuíno Lourenço (1955/1956), Benedito Anselmo Pierotti Filho (1956/1960), Osvaldo Tavares (1961 a 1963), Waldemir Paula Freitas Santos (1964/1965), Jorge Franke Geyer (1966 a 1969), Edward Helal (1970/1973), Sylvio Cunha (1974/2002), Conrado Gruenbaum (2002/2006) e Aldo Carlos de Moura Gonçalves, atual presidente.

60 anos do CDLRio: uma história de pioneirismo e inovação

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undado em 7 de novembro de 1955, o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio tem uma história de pioneirismo e determinação de um grupo de empresários lojistas e se constitui em um dos exemplos bem-sucedidos entre as entidades de comércio, conhecida e reconhecida em todo o Brasil, colaborando decisivamente para o desenvolvimento e o crescimento do varejo. A data é um acontecimento que tem amplitude nacional porque está intimamente ligada à criação, na mesma data, do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, considerado um marco e uma verdadeira revolução do sistema de crediário no País. Ao longo desses 60 anos de existência, o CDLRio preparou-se 4

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para se adequar às exigências do competitivo mercado onde atua organizando uma eficiente infraestrutura, oferecendo um vasto portfólio de serviços inteligentes e produtos inovadores que visam a dar maior segurança na análise de crédito e gestão, fornecendo informações cadastrais de apoio à tomada de decisões em todas as etapas do ciclo de crédito, atendendo aos seus mais de 15 mil associados, que contam com acesso ao maior e melhor banco de dados sobre informações comerciais do País. Quando o Clube foi criado, o Rio de Janeiro era o principal centro de negócios do País. Viviam na cidade cerca de três milhões de habitantes e o comércio contava com um número aproxi-

mado de 36 mil estabelecimentos. Nessa época, o crescimento da economia refletia o progresso do pós-guerra. O Brasil importava de tudo, principalmente dos Estados Unidos, e os variados produtos eram expostos nas vitrines das lojas, encantando os clientes. Era um período de grande prosperidade para o varejo do Rio. Muitos lojistas cariocas viajavam constantemente para os Estados Unidos em busca de novidades. Para ficar mais perto desse mercado, se associaram à National Retail Merchandising Association – NRMA, hoje National Retail Federation NRF – que realiza anualmente, em Nova York, o maior evento do setor do mundo. Em uma dessas conven-


60 ANOS ções em 1954, eles assistiram à apresentação de um Cadastro de Consumidores Inadimplentes que auxiliava as vendas a prazo no mercado americano. Saíram de lá convencidos que aquele modelo, com as modificações necessárias à realidade brasileira, seria ideal. Mesmo antes disso, um grupo de comerciantes, diretores e associados do Sindicato dos Lojistas do Rio de Janeiro – SindilojasRio - costumava se reunir em almoços no Restaurante Mesbla para compartilhar informações sobre as suas atividades e unir esforços para resolver questões relacionadas com a venda a crédito que já se praticava no Rio de Janeiro, uma das cidades precursoras dessa nova modalidade no País. A GRANDE REVOLUÇÃO Aos poucos, os lojistas foram abandonando a ideia de que o comerciante que vendia “fiado”

era malsucedido e o crédito ao consumidor era concedido mediante avaliação da idoneidade do comprador, atestada por informantes, pessoas físicas, contratados pelos lojistas. Devido a esse complexo processo de concessão de crédito, muitas vendas se perdiam, prejudicando os lojistas. Foi então que inspirados pela apresentação na Convenção da NRMA, em 1954, Alfredo Monteverde, fundador do Ponto Frio, liderou a iniciativa de se reunir com José Vasconcelos de Carvalho e José Luiz Moreira de Souza, das Lojas Ducal; Lauro Carvalho, da Exposição Modas, e Osvaldo Tavares, da Casa Tavares, também diretores e membros ativos do Sindicato dos Lojistas, para organizar e criar um cadastro centralizado para o registro dos consumidores inadimplentes com o intuito de dinamizar e viabilizar com segurança a venda a prazo. Na época, dominava o comér-

cio o conhecido lema de que “o segredo é a alma do negócio”. Ninguém repartia conhecimentos e informações da sua atividade. Mas, seria preciso mudar essa postura, partindo do pressuposto de que todas as lojas teriam que compartilhar experiências e dados sobre seus clientes, organizando um serviço de cadastro centralizado para agilizar a aprovação das propostas de crediário, reduzir o custo das informações e diminuir os riscos de inadimplência nas vendas a prazo. De posse desses dados, o grupo concluiu a organização e os fundamentos do primeiro Cadastro Central de Crédito – C.C.C. do País. Estava pronto o sistema que iria revolucionar o comércio e proporcionar um extraordinário impulso às vendas do varejo. Bastava instalar o serviço dentro das atividades operacionais do Sindilojas e colocá-lo em funcionamento. Mas, um dispositivo da Lei que regia o regulamento dos sindicatos não permitia ao Sindicato dos Lojistas assumir essa atividade de prestação de serviço cadastral remunerada para a concessão de crédito. A solução foi fundar uma entidade civil, sem fins lucrativos, com o objetivo de oferecer ao comércio os serviços do Cadastro Central de Crédito, para consulta na venda a prazo e registrar clientes em atraso. E, rapidamente, os comerciantes se uniram e, em 7 de novembro de 1955, simultaneamente, incorporaram o C.C.C. – Cadastro Central de Crédito ao domínio do Clube de Lojas a Varejo do Rio de Janeiro (atual CDLRio), entidade civil sem fins lucrativos criada para cumprir essa finalidade. Seu primeiro presidente foi o empresário Jesuíno Lourenço, que Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 |

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também presidia o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, o qual deu total apoio à iniciativa e colocou a sede da entidade à disposição do Clube. PRIMEIRO ENDEREÇO O primeiro endereço do CDLRio/SPC foi registrado em uma sala nas dependências do Sindicato dos Lojistas, localizado na Rua da Quitanda, 3, 10º andar. Logo cedo, o Clube de Lojas a Varejo do Rio de Janeiro conquistou a credibilidade, diante das vantagens e dos benefícios que o acesso às informações para a venda a crédito proporcionava. A agilidade e a confiabilidade do sistema atendiam, ao mesmo

Atual sede do CDLRio na Rua Primeiro de Março no Centro.

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tempo, e com rapidez, um número bem maior de lojistas e consumidores, contribuindo para o expressivo aumento do volume de vendas. Assim, nasceu a nova entidade de diretores de lojas que viria estabelecer um modelo de sociedade comercial para defender os interesses comuns da classe e da comunidade, fornecer informações para a venda a crédito, prestar serviços essenciais e representar legitimamente o setor perante os poderes públicos e civis. Já conhecido e aprovado por todo o comércio, em 24 de setembro de 1956, o Cadastro Central de Crédito – C.C.C. – trocou o nome para Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, que se tornou uma das marcas mais conhecidas do País. Em outubro desse mesmo ano, o SPC/CDLRio mudou-se para três salas na Rua Primeiro de Março, 7, 8º andar, com entrada pelo Beco dos Barbeiros. Por uma feliz coincidência, hoje, a atual sede do CDLRio ocupa um prédio de cinco andares na Rua Primeiro de Março, 13, ao lado da sede de origem. Em 9 de julho de 1958, o Clube de Lojas a Varejo do Rio de Janeiro passou a chamar-se Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, entidade pioneira que deu origem à atividade cedelista no Brasil. AS PRIMEIRAS AÇÕES Desde os seus primeiros anos de vida, o CDLRio logo percebeu o grande trabalho que tinha pela frente, entre eles o de disciplinar o comércio marginal e informal no Centro e nos bairros; de executar projetos e estudos para a redução dos tributos incidentes sobre o setor; de promover

Comércio informal no Centro do Rio.

a iniciativa de entendimentos e gestões perante os poderes públicos e a sociedade civil organizada para defesa dos interesses da classe e diversas atividades promocionais. Além dessas, a entidade realizou várias outras ações, que perduram até hoje, como a valorização e a promoção das grandes datas comemorativas, a qualificação de empresários e profissionais das lojas, com a aplicação de cursos de especialização em varejo. A primeira dificuldade enfrentada pelo SPC foi quando a Prefeitura quis cassar a licença de funcionamento do serviço concedido ao CDLRio, por considerar, na época, que uma entidade para funcionar na relação mercantil


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Sylvio Cunha na sala da presidência do CDLRio, onde dirigiu a entidade por 28 anos e teve uma atuação marcante.

entre o consumidor e o comércio, com avaliação do cadastro pessoal, deveria ser função do serviço público, no caso um órgão da própria Prefeitura e não uma sociedade civil. O CDLRio recorreu à Justiça e ganhou o direito de exercer plenamente a atividade. OS PRESIDENTES Ao longo desses 60 anos de existência, nove presidentes comandaram os destinos do CDLRio, sempre com muito empenho e dedicação. Todos eles respeitados líderes do comércio, empresários idealistas e inovadores, que tinham o mesmo ideal: o progresso e o desenvolvimento do varejo. O primeiro presidente foi Jesuíno Lourenço que ficou da fundação, em 1955, até a primeira eleição, em 1956. Depois, vieram Benedito Anselmo Pierotti Filho (1956/1960), Osvaldo Tavares

(1961 a 1963), Waldemir Paula Freitas Santos (1964/1965), Jorge Franke Geyer (1966 a 1969), Edward Helal (1970/1973), Sylvio Cunha (1974/2002), Conrado Gruenbaum (2002/2006) e Aldo Carlos de Moura Gonçalves, atual presidente, eleito para 2007 e reeleito para 2009, 2012 e 2015. O GRANDE LÍDER Um dos ícones do varejo nacional, Sylvio Cunha dirigiu o CDLRio por 28 anos e teve uma atuação marcante à frente da entidade. Nos meios empresariais, fez carreira no Rio de Janeiro. Presidiu o SindilojasRio e, sempre com destaque, passou por diversas entidades empresariais e participou de vários conselhos municipal e estadual. Mas, foi à frente do CDLRio que Sylvio Cunha teve destacada atuação. Durante a sua gestão, transformou a entidade em referência do

comércio, com forte influência sobre os mais variados setores da sociedade. Uma das suas marcas foi a modernização e atualização que impôs em 1975 ao SPC – Serviço de Proteção ao Crédito, transferindo-o para amplas e funcionais instalações no novo edifício do CDLRio na Rua da Alfândega, do número 101 ao 111, iniciando ali a grande revolução tecnológica na entidade. Sob a sua liderança, o CDLRio equipou-se com um avançado sistema de telefonia, dimensionado para um tráfego de 103 ligações simultâneas. Era a segunda maior central telefônica da cidade, superada apenas pela Bolsa de Valores. Nesta época, o sistema do SPC ainda era em fichas e ganhou uma extraordinária melhoria no tempo de resposta, que antes chegava a 24 horas e passou a uma média de dois minutos e

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com repercussões interna e externa, foi em 2013, com a mudança do CDLRio para a nova sede própria, localizada na Rua Primeiro de Março, nº 13, um endereço nobre no Centro da cidade. É um prédio com cinco andares, onde estão instalados todos os serviços. No lugar da tradicional sede, na Rua da Alfândega, em parceria com a João Fortes Engenharia, está sendo construído um moderno edifício comercial que se eleva sobre um valioso conjunto de lojas e sobrelojas, com 17 andares corporativos dotados de avançados recursos de tecnologia. Esse legado de valioso patrimônio para o CDLRio se perpetuará por todo o futuro, representando mais um marco da história da entidade. Aldo Carlos de Moura Gonçalves, atual presidente do CDLRio.

meio. Depois, implantou a completa informatização do cadastro do SPC, que foi fundamental para que a entidade prestasse um serviço de alta qualidade, reconhecido nacionalmente. Pelo seu espírito de liderança, pelas inúmeras conquistas para o setor do varejo, Sylvio Cunha se tornou uma figura nacional e foi, sem dúvida, um dos mais importantes nomes da história dos Clubes de Diretores Lojistas no Brasil. O CDLRIO HOJE Desde que assumiu em 2007 a presidência do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, Aldo Gonçalves tem trabalhado exaustivamente pelo fortalecimento da entidade no papel de representante do comércio lojista. Para isso, além das suas atividades institucio-

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nais, ampliou e desenvolveu a vocação da entidade como fórum de debates, reunindo, em torno de temas de interesse da Cidade e do Estado do Rio, governantes, ministros, autoridades dos três poderes das esferas federal, estadual e municipal, dirigentes sindicais, empresários e personalidades, que expuseram ideias e apresentaram programas e sugestões voltadas não só para as atividades específicas do comércio, mas também com foco no bem-estar de toda a sociedade. Preocupada em trilhar os caminhos da modernidade e da sustentabilidade, baseada na implementação de novos conceitos nas áreas comercial, organizacional e financeira, a atual administração tem feito uma série de ações que buscam atualizar a entidade e adequá-la ao dimensionamento do mercado. Uma delas,

PRODUTOS E SERVIÇOS Como parte dos seus objetivos institucionais e de apoio aos lojistas, o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro presta um leque de serviços aos seus mais de 15 mil associados, que representam cerca de 40 mil estabelecimentos comerciais, entre os quais o mais conhecido é o SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito, a maior base de dados comerciais sobre pessoa física do país. Oferece uma série de produtos como todo o tipo de informações cadastrais e de comportamento sobre empresas e pessoas, e sobre dados de veículos automotores e está apto para atualizar dados dos clientes ou prospectar novos. Com o uso de modelos analíticos, é possível identificar qual a propensão de consumo ou qual o grau de risco de crédito de uma carteira de clientes. Enfim, aliando dados, ciência, tecnologia e design e apoiados em mais de cinco bi-


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lhões de registros históricos, o CDLRio oferece soluções capazes de alavancar negócios, ampliar a visão de mercado, mapear riscos e oportunidades e aperfeiçoar e rentabilizar as operações dos lojistas. Preparada para atender os seus associados em todas as áreas em que atua, mantém, em parceria com o SindilojasRio, o IVAR – Instituto do Varejo, que é o viés cultural das duas entidades nas áreas de educação e capacitação para os profissionais do setor. Com o Ivar Contact Center, seu braço para soluções de relacionamento, tecnologia de informação e comunicação unificada, foi recentemente ampliado com a criação de mais 100 pontos de atendimento, novas estruturas e ferramentas que facilitam e inovam a prestação de serviços. Também mantém um moderno Centro de Estudos do Comércio, que produz análises e pesquisas, entre elas a mais conhecida é o “Termômetro de Vendas”, que mostra as tendências e os impactos econômicos no movimento do comércio, além de fornecer informações diversificadas aos associados, entidades coirmãs e governamentais, universidades, assessorias econômicas e à mídia, que tem dado grande divulgação ao material produzido pelo Centro de Estudos. O Departamento Jurídico é outro bom exemplo: está sempre na vanguarda da solução de conflitos, auxiliando o CDLRio a desenvolver as suas obrigações com excelência. CDLRIO/BOA VISTA A expansão do volume de crédito nos últimos anos, que exigiu de todos – empresários e entidades - a máxima atenção à redução de custos e à qualida-

Em 2011, o CDLRio associou-se, como acionista, à Boa Vista Serviços.

de das informações, é a grande oportunidade que mobiliza a estrutura de prestação de serviços neste novo cenário vivido pelo mercado. O CDLRio e a Associação Comercial de São Paulo – ACSP – responderam a essa necessidade com a elaboração de um sistema que permitia realizar consultas entre suas bases de dados, de forma automática e instantânea. O serviço evoluiu e as duas entidades, as maiores bases de proteção ao crédito do país da época, passaram a fornecer aos seus associados uma só

resposta, somando toda a praça de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em seguida, juntaram-se outras cidades, como Curitiba e Porto Alegre. Essa integração evoluiu e atingiu todo o país e deu origem à Rede de Informações de Proteção ao Crédito - RIPC, que mais adiante tornou-se a Rede Nacional de Informações Comerciais RENIC. Para enfrentar a forte concorrência, a permanência no mercado de crédito com novos serviços e poder diminuir as desvantagens competitivas, tornou-se necessário abordar comercialmen-

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te as diversas atividades de negócios e novos clientes, não só como entidade, mas com o formato de empresa. Foi assim que, depois de mais de quatro anos investidos em muitos estudos, pareceres técnicos e reuniões com os seus parceiros em 2011, o CDLRio associou-se, como acionista, à Boa Vista Serviços, resultado de união com a Associação Comercial de São Paulo, Associação Comercial do Paraná e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. A opção de associar-se à Boa Vista Serviços foi também a de participar de uma empresa com estrutura econômico-financeira mais forte e de capital genuinamente brasileiro. Os benefícios trazidos foram: banco de dados mais completo; respeito à terri-

No trabalho de equipe, o êxito do sucesso.

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torialidade; treinamento e desenvolvimento da força de vendas; preço mais competitivo e a melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços. Por tudo isso, a opção pela Boa Vista Serviços foi uma decisão acertada e que já está trazendo progresso e desenvolvimento para todos os que atuam no setor. O PATRIMÔNIO HUMANO Todo esse progresso e desenvolvimento do CDLRio não seria possível se não fosse a participação dos nossos colaboradores. Isto tem acontecido ao longo dessas seis décadas justamente pelo esforço e pela dedicação do seu contingente humano. Por isso há – e sempre houve – no CDLRio um respeito mútuo entre capital e trabalho, entre a enti-

dade e seu colaborador. Ela está, positivamente, incluída entre aquelas que bem compreendem o valor do trabalho de cada um como fonte de riqueza. Isto vem desde a sua criação, legado deixado pelos fundadores. Como tem afirmado o presidente Aldo Gonçalves: “o nosso maior patrimônio é o patrimônio humano, qual seja, o quadro de colaboradores. Por isso, faço sempre questão de enaltecer e agradecer o trabalho e a dedicação dos nossos conselheiros, diretores, superintendentes, gerentes e colaboradores, que têm sido incansáveis na tarefa de manter o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro na vanguarda das entidades representativas do comércio lojista do País”, conclui Aldo Gonçalves.


Mensagem da CNC

Pioneirismo que transformou o varejo brasileiro Antonio Oliveira

Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

O

Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro presta um inestimável serviço ao comércio da segunda maior cidade do País. Do ponto de vista econômico, isso já seria suficiente para um justificado orgulho de todos os que participaram dessa trajetória de 60 anos da entidade. Mas, há um dado de pioneirismo na criação do CDLRio que extrapola a importância local e repercute por todo o País. Estamos falando do fato de que o surgimento do CDLRio está estreitamente ligado à criação do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, que é considerado um marco e uma verdadeira revolução na história do sistema de crediário no Brasil. O crédito é fundamental para o comércio. Antes de 1955, a avaliação para a concessão de crédito no varejo brasileiro era feita com base em uma rede de informações que incluía o açougue, o armazém e a padaria do bairro, em um processo demorado e com um nível de segurança muito baixo. Era o tempo, por exemplo, das vendas fiadas registradas em cadernos ou cadernetas – daí a expressão “freguês de caderno”, que usamos até hoje no futebol. Com o SPC, o que levava cerca de 20 dias até a aprovação, hoje, leva segundos. Posteriormente, outros fatos

também contribuíram para a modernização e a massificação da concessão de crédito no Brasil, com o fortalecimento das empresas de financiamento, as chamadas financeiras. Mas, a iniciativa pioneira do CDLRio na criação do SPC foi um divisor de águas, logo imitada em todo o País. Hoje, a estrutura a serviço da

qualidade do crédito e da saúde operacional e financeira à disposição de seus mais de 15 mil associados contribui para a sustentabilidade dos negócios e ajuda os empresários lojistas cariocas a crescer, gerar empregos e renda. Esse compromisso com o desenvolvimento dos lojistas permanece muito presente no CDLRio, graças a seu atual presidente. Aldo Gonçalves é um líder do setor que conta com o respeito e o respaldo de seus pares e dos empresários que conhecem seu trabalho, não apenas à frente do CDL, mas também do SindilojasRio. A atuação sinérgica das entidades associativas e de representação sindical dos empresários do comércio é fundamental para que o setor terciário possa contar com um ambiente adequado ao desenvolvimento dos negócios. Lideranças que buscam a convergência, de olhos postos na melhoria contínua das condições das empresas e dos empresários, fortalecem também a posição das entidades que comandam. É assim, buscando o caminho da modernização constante em sintonia fina com seus associados, que vemos o CDLRio iniciar a trajetória de seus próximos 60 anos.

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CURIOSIDADES

CURIOSIDADES DO COMÉRCIO Barbara Santiago

1956

Criação da marca. Criação da marca implantada em setembro/1956.

1961

1ª Mudança de marca. 1961 – Mudança de marca implantada em junho/1961. Aparece uma nova logo com o nome: Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro. A partir daí, tem-se a Nau Fenícia, dento de um círculo: a Nau Fenícia seria a alusão ao primeiro povo comerciante e o círculo ao mundo.

1966

2ª Mudança de marca. Neste ano, a Nau torna-se vazada e o círculo cheio. O nome do Clube que antes vinha ao lado, agora vem abaixo e a logo em cima, ao meio.

1991

3ª Mudança de marca. Neste ano, com a modernização, o CDL mais uma vez troca a marca. Ela torna-se mais leve, o nome do Clube volta a ser grafado ao lado, mas em linha reta. Foram usadas as cores azul e preta.

2005

4ª Mudança de marca. Abril de 2005: mais uma vez, o Clube inova e muda radicalmente a sua marca, a qual fica mais leve, com o círculo mais redondo e uma linha interna, deixa de ter o nome grafado ao lado, passando a usar a sigla CDLRio. Ela foi usada de duas formas: com e sem o nome do Clube grafado, embaixo da marca.

2005

- Em 2005, foi feita uma Logomarca Comemorativa Em novembro de 2005, foi feita uma logomarca comemorativa pelos 50 anos do CDLRio, que foi usada no período de um ano, após, voltou-se a usar a marca oficial.

2013

5ª Mudança de marca, em abril de 2013 - atual A estratégia dessa última mudança foi a necessidade de se fortalecer no mercado e, ao mesmo tempo, se modernizar. Dentro deste novo cenário, houve a necessidade de atualizar a logomarca do CDLRio para que ela pudesse ser utilizada em todo o seu material de divulgação. A atualização da nova identidade visual manteve os seus conceitos de tradição, missão, valores, credibilidade, lealdade e confiabilidade.

2015

Em comemoração aos 60 anos do CDLRio, foi feita uma logomarca, para uso na data.

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CDLRIO

A fundação do Clube de Diretores de Lojas a Varejo do Rio de Janeiro em O Lojista A revista O Lojista, do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio, publicou, em sua edição de junho de 1956, registro sobre a fundação do Clube de Diretores de Lojas a Varejo do Rio de Janeiro, inserindo foto de uma das primeiras reuniões-almoço da Diretoria do primeiro CDL do País. Da esquerda para direita: em primeiro plano, os srs. Pedro Nunes, da Casa José Silva; diretorsecretário José Vasconcellos Carvalho, da Companhia Brasileira de Roupas; vice-presidente Corominas Ruiz, da Mesbla S.A.; presidente Jesuino Lourenço, presidente do Sindicato dos Lojistas; diretor-tesoureiro Alfredo Monteverde, do Ponto Frio S.A. e diretor de relações públicas; Mendonça Ramos, da Casa Neno S.A.; de pé: o representante de Agostinho S.A. – O Camizeiro; Alfredo Lynch, da Casa José Silva; Levy Segadaes, de J. Segadaes; Tech da Mesbla S. A.;Fredérie H. Wanner e Afif Fiani, da Galeria Carioca de Modas; Dr. B. Pierrotti Jr., de “A Exposição-Modas S.A.”, e Guilherme A. V. Dias, do Sindicato dos Lojistas.

Novembro Azul no SindilojasRio

E

m outubro, as colaboradoras do SindilojasRio apoiaram a campanha de Outubro Rosa, movimento internacional que chama a atenção das mulheres para a prevenção do câncer de mama. Agora, é a vez de os colaboradores da Entidade apoiarem (foto) a campanha Novembro Azul, que objetiva a prevenção do câncer de próstata. Nas reuniões mensais dos funcionários do SindilojasRio, nos últimos dias de outubro, os participantes tiveram orientação de como se prevenir do câncer de próstata.

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PORTUGUÊS

DICAS DE PORTUGUÊS

Simone Motta, revisora da Empresário Lojista*

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Outras palavras que geram dúvidas: Com hífen

Sem Hífen

abaixo-assinado (documento, petição)

abaixo assinado (quem assina)

amor-perfeito (flor)

amor perfeito (amor sem defeitos)

mesa-redonda (reunião de pessoas)

mesa redonda (formato da mesa)

fio-dental (biquíni bem pequeno)

fio dental (fio para higiene bucal)

cabra-cega (jogo recreativo)

cabra cega (cabra que não enxerga)

caixa-preta (registro de dados de um avião) criado-mudo (mesa de cabeceira) dedo-duro (delator) ferro-velho (estabelecimento onde se guardam sucatas)

caixa preta ( caixa na cor preta)

criado mudo (empregado que não fala) dedo duro (dedo que não se move) ferro velho (ferro antigo)

e não ora o porquê d Entenderam ag e, ao ensar o hífen podermos disp é de uitos pensam, m e u q o d io contrár ibamos sidade que sa extrema neces a to, levantemos usá-lo? Portan ! re p ífen, sem bandeira do h

Crédito: freepik.com

H

oje, falaremos do tão temido “hífen”. Parece até existir certa resistência em pronunciá-lo! Chamado de “traço”, “tracinho” e outros nomes estranhos, a questão é: quando usá-lo? Mais do que decorar regras, o mais importante é que entendamos que o hífen é usado para dar um novo sentido às palavras. Vejamos em: cachorro quente X cachorro-quente. Se não utilizarmos o hífen, teremos então um “cachorro com calor ou assado”, certo? Porém, usando o hífen, temos um maravilhoso sanduíche. Esse é o ponto. Depende do que pretendemos dizer. Portanto, olha o perigo de se abrir um cardápio e encontrar a palavra “cachorro quente” sem hífen. Corra, porque não se trata de um sanduíche, ok? Compare: salário mínimo (sem hífen). E aí o leitor deve estar se perguntando o porquê de não usar o hífen se “mínimo” é um adjetivo como “quente” em cachorro-quente também o é. A diferença é que em salário mínimo não houve alteração de sentido do adjetivo que continua significando “pequeno”, o menor salário. Atenção: salário-maternidade (com hífen). Nesse caso, dois substantivos se juntam para formar uma nova palavra. Não é qualquer salário, mas o salário que a mãe recebe ao estar de licença-maternidade.

*Simone Motta é licenciada em Letras – Português e Inglês; formação em Revisão e Copidesque e atualização em Redação e Língua Portuguesa.


HOMENAGEM

O presidente Aldo Gonçalves entregou placa alusiva da homenagem dos lojistas à Aeronáutica ao major-brigadeiro-do-ar José Euclides da Silva Gonçalves.

Lojistas homenageiam a Força Aérea Brasileira

O

CDLRio e o SindilojasRio prestaram homenagem à Aeronáutica em comemoração à Semana da Asa, no dia 20 de outubro, com almoço do qual participaram oficiais das Forças Armadas e empresários do comércio do Rio. O presidente das duas entidades, Aldo Gonçalves, após o hino nacional, saudou o major-brigadeiro-do-ar José Euclides da Silva Gonçalves, Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional – 3º COMAR, estendendo a saudação aos presentes, e destacou: “Os aviadores do Brasil têm um lugar de destaque na galeria dos heróis do povo brasileiro. Alberto Santos Dumont, o notável Pai da Aviação, realizou um dos mais ambicionados sonhos da humanidade, voar. Esse gênio brasileiro possibilitou ao mundo abrir uma rota para a imensidão

dos céus, para as vias infinitas do espaço aéreo. Um feito de inestimável valor de contribuição para o progresso da moderna civilização.” Aldo Gonçalves mencionou ainda que, por meio do Centro Técnico Aeroespacial e da Agência Espacial Brasileira, se está investindo em um projeto de satélites geoestacionários brasileiros e está sendo criado um sistema com tecnologia totalmente nacional, único na América Latina. “Esse programa, que irá beneficiar diversas atividades civis, servirá para monitorar o vasto território brasileiro e permitirá que o Brasil futuramente deixe de usar o sistema GPS americano”, afirmou. Para finalizar, disse que a Aeronáutica tem consolidado sua parceria estratégica com o desenvolvimento econômico do Brasil.

Em nome da Aeronáutica, o brigadeiro-do-ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, subdiretor de Pessoal, agradeceu ao CDLRio e ao SindilojasRio a homenagem à Aeronáutica pela passagem da Semana da Asa 2015. Inicialmente, disse que: “Ao ter o idealismo como bússola e a coragem para dar asas a seus sonhos, principal objetivo do grupo que criou o primeiro serviço de proteção ao crédito no País, o insigne brasileiro Alberto Santos Dumont sonhou à frente de seu tempo e se tornou responsável por “dar asas”, literalmente, a um dos grandes sonhos da humanidade: voar”. Continuando a sua comparação, em outro trecho de sua saudação, o major-brigadeiro Medeiros declarou: “Assim como o CDLRio, que se tornou uma das mais representativas entidades a serviço do comércio brasileiro, foram as asas da FAB que promoveram a integração nacional e que levaram o progresso até os mais distantes rincões de nossa pátria”. Encerrando, agradeceu aos membros do CDLRio e do SindilojasRio “o carinho e apreço com que foram recebidos naquela tarde, assim como pela distinção desta homenagem ao comando da Aeronáutica”. No final da homenagem, houve troca de lembranças e foram entregues buquês de flores às oficiais da Aeronáutica, presentes. Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 15


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COMPORTAMENTO

Ansiedade – Como gerenciar e enfrentar o mal do século

E

ste foi o tema da palestra do psiquiatra, pesquisador e escritor Augusto Cury, no dia 22 de outubro, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, em evento organizado pelo Instituto de Aperfeiçoamento Pessoal e Profissional – IAPP, com apoio do SindilojasRio e do CDLRio. Augusto Cury considera a síndrome do pensamento acelerado o mal do século e explicou o porquê: “Essa síndrome diz respeito à construção do pensamento. Quando pensamos rápido demais ou em excesso, violamos o que deveria ser inviolável: o ritmo da formação de pensamentos. Isso gera consequências seriíssimas para a saúde emocional, como a ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 20% sofrem com a depressão. A ansiedade provavelmente é sentida por 80%, de crianças a idosos. Pensar é bom, pensar com consciência crítica é ótimo, mas pensar excessivamen-

te e sem gerenciamento é uma bomba para a saúde psíquica, para o desenvolvimento de uma mente livre e criativa. Toda vez que hiperaceleramos os pensamentos, a emoção perde em qualidade, estabilidade e profundidade. São necessários cada vez mais estímulos, aplausos, reconhecimento para sentirmos migalhas de prazer.” Em sua palestra, ensinou como cada um pode ser capaz de desacelerar seu pensamento, gerir sua emoção de maneira eficaz e resgatar sua Qualidade de Vida. Augusto Cury tem 25 anos de carreira e alcançou o reconhecimento nacional e internacional, tornando-se um dos autores mais lidos da última década, tendo alcançado a marca de mais de 24 milhões de exemplares vendidos apenas no Brasil e com publicação em mais de 70 países.

Palestra do psiquiatra, pesquisador e escritor Augusto Cury, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca.

A ansiedade provavelmente é sentida por 80%, de crianças a idosos

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 17


Cultura, educação, assistência, saúde, turismo social e esporte: esses são mais alguns benefícios que as empresas do comércio oferecem aos seus funcionários.

Leandro Mendes Prof. de Basquete do Sesc

É com a contribuição das empresas do comércio de bens, serviços e turismo que o Sesc Rio consegue transformar o jeito de viver das pessoas. Por isso, nada mais justo que seus funcionários aproveitem tudo que oferecemos. São 23 unidades fixas em 12 municípios do Estado do Rio de Janeiro e 12 unidades itinerantes, com centenas de profissionais com o mesmo objetivo: proporcionar experiências que difundam o conhecimento, ampliem horizontes, promovam o bem-estar, o indivíduo e a visão crítica. Conheça nossos serviços e estimule seus funcionários a aproveitarem todos esses benefícios.


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ATENDIMENTO

Investindo em Pessoas Gestão estratégica e inovadora do Atendimento é receita para o sucesso

E

ngenheiro mecânico formado pelo ITA, professor de Marketing de renomadas instituições como UFRJ, FGV-SP e ESPM, e sócio-diretor da Ponto de Referência, empresa que criou há 20 anos, Edmour Saiani é um dos consultores mais requisitados do mercado quando o assunto é Atendimento e Gestão estratégica de equipes. Autor dos livros “Loja Viva Revolução no pequeno varejo brasileiro” (Editora Senac) e “Ponto de Referência - como ser o nº 1 e não mais 1” (Editora Pearson), que sustentam a cultura e são a base conceitual do trabalho da Ponto de Referência, Saiani conversou com a Revista Empresário Lojista sobre a importância do atendimento na construção de marcas fortes, a partir do conceito de “marcas simbióticas”, título do ebook lançado recentemente pela Ponto de Referência. O ebook, de fácil leitura e com muitas informações relevantes, pode ser baixado gratuitamente: http://materiais.pontodereferencia.com.br/ebookmarcassimbioticas Revista Empresário Lojista (REL) – O que é uma marca simbiótica? Edmour Saiani (E.S.) – Simbiose é interdependência. Marcas predadoras, parasitas ou competitivas agem querendo vencer em detrimento de grupos com os quais convivem. Essas marcas têm dominado o mundo e já não fazem mais sucesso como antes. O mundo

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mudou. Marcas simbióticas não prejudicam nenhum dos grupos que constroem uma marca e não os privilegiam. Todos se integram para construir o sucesso da marca. E o sucesso é de todos que ajudam a construíla. Estas marcas crescem até 10 vezes mais do que as não simbióticas. REL – Você aponta quatro “R”s como a base de sustentação das marcas fortes. Pode explicar este conceito? E.S. – O primeiro “R” é o de Respeito, que é bom e de que todos gostam. Vou dar um exemplo recente de falta de respeito: a Volkswagen. Ela teve forte presença no período em que o nazismo

comandou a Alemanha e não foi punida por isto. Mas, burlar resultados de poluição emitida, hoje, é mais do que um crime. É desrespeito. O respeito é pré-requisito para a evolução da marca. Todos devem ser respeitados, do mais graduado ao mais humilde. O segundo “R” é o de Reputação: o fazer diferente a ponto de todos os clientes, acionistas, funcionários, comunidade e fornecedores falarem bem da marca, é o que a retira, definitivamente, do lugar comum – ter que cobrar barato. A margem aumenta. A preferência idem. A recompra é prolongada. Os elogios se multiplicam. A melhor comunicação, mais barata e mais crível, é o boca a boca que


ATENDIMENTO

a reputação constrói. O terceiro “R” é o de Relacionamento: o cliente, o acionista, a equipe, a comunidade e o fornecedor comparam as relações que têm com a marca com as que podem ter com outras. Não existe fidelidade por muito tempo, a não ser que a marca entregue tudo o que promete. Tudo o que a marca faz para garantir a continuidade do relacionamento é valorizado pelos grupos de construção da marca, que pagam um “dízimo” pelo que esta oferece. O relacionamento é o dízimo que todos pagam à marca que respeita seus parceiros e faz mais por eles. Já o quarto “R”, o de Resultado, é construído por aí. Gente que investe mais em uma determinada marca do que nas usuais se relaciona por mais tempo e o resultado é garantido. Marcas que tentam apenas construir resultado pelo resultado têm trilhado caminhos tortuosos e descendentes. REL – Quais os critérios e atitudes necessários para se ter uma equipe motivada e comprometida com o sucesso do negócio? E.S. – Gente é o patrimônio mais importante para a marca. Este jargão é corrente, mas, na prática, é quase inexistente na maioria das empresas. Marcas que realmente valorizam suas equipes entendem que são elas que entregam a promessa da marca. Se for tratada de acordo com sua importância, sendo ouvida sobre o que acha da marca, sendo contratada com muito cuidado para ter a “cara” da marca, sendo treinada continuamente e tendo autonomia, a equipe será mais

do que recurso humano. Será recurso estratégico, construirá a reputação da marca. Líderes de verdade entendem que têm que cuidar de suas equipes. Inspirálas. Não quero dizer com isso que o líder deve ser tolerante com equipes fracas ou não dedicadas. Ao contrário: apenas líderes justos e muito exigentes conseguem que suas equipes evoluam ao máximo que podem. Isto é bom, principalmente para cada membro da equipe, pois sua empregabilidade também aumenta. E é bom para a equipe, porque quando todos trabalham com competência, constroem um ambiente irresistível. De baixo turnover e com alto desempenho. REL – Diante das dificuldades que muitos lojistas estão enfrentando, principalmente os de menor porte, devido ao momento de instabilidade econômica, como é possível criar diferenciais que encantem o cliente? Como é possível integrar as diferentes áreas de uma loja, para que isto se reflita no atendimento?

E.S. – Minha mulher tem uma loja. Uma. Um antídoto para a crise, que não necessariamente resolve todos os problemas, é a presença na loja. O maior presente que o dono dá à loja é a sua presença. Se ele estiver na loja, vai ouvir constantemente o cliente, analisar o ambiente e ouvir a equipe. Outro antídoto é a coragem. Se o dono tiver coragem, vai arriscar tentativas de melhoria na experiência do cliente. Encontrar produtos que ninguém mais vende, construir conveniência que ninguém constrói, melhorar o design, inspirar atendimento, criar entretenimento, educar continuamente o cliente e repassar o carinho para a equipe que a repassará ao cliente. Do presidente ao atendente, que é quem está mais perto do cliente, todos ajudam todos para ajudar quem ajuda o cliente. Nem sempre é necessário, mas vamos dizer que a questão “Como Posso Te Ajudar?” (CPTA) é o espírito que o cliente mais valoriza na vida: atendimento! A porção da experiência que afeta o sexto sentido. A alma.

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22 | Revista Empresรกrio Lojista | Novembro 2015


EMPREENDEDORISMO

A

ideia de abrir negócio próprio é recorrente, mas muitas pessoas desistem por alegarem falta de capital, excesso de burocracia ou por não saberem por onde começar. No entanto, segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), três em cada dez brasileiros adultos, entre 18 e 64 anos, possuem empresa ou estão envolvidos com a criação de uma. O número de novos empreendedores está crescendo no País. Em dez anos, a taxa de empreendedorismo saltou de 23%, em 2004, para 34,5%, em 2014. Metade desse número corresponde aos negócios novos – com menos de três anos e meio de atividade

Tornar-se empresário é o sonho de 31% dos brasileiros – e a outra metade, aos donos de negócios já estabelecidos. Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, a análise demonstra que mais pessoas veem no empreendedorismo uma oportunidade de vida e vêm trabalhando para conquistar o sonho de serem seus próprios chefes. “Esse valor recorde pode ser atribuído, também, ao incremento do número de formalizações que temos presenciado nos últimos anos e às melhorias no ambiente legal, como por exemplo, a criação e ampliação do Supersimples”, afirmou. Ter o próprio negócio é o terceiro maior sonho dos brasileiros, com 31%, de acordo com o Sebrae. Os dois primeiros são: a aquisição da casa própria, com

42%, e viajar pelo Brasil, com 32%. O estudo também revela que a cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no país, 71 são motivados por uma oportunidade de negócio e não pela necessidade.

Ter o próprio negócio é o terceiro maior sonho dos brasileiros

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SINDICALISMO

Foto: Gregor / Pixabay

Lojas de artigos de informática e de telefonia estão na representação do SindilojasRio

CNC promoveu Sicomércio 2015 no Rio

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Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu de 28 a 30 de outubro, no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio (Sicomércio 2015). O evento reuniu dirigentes sindicais e federais do comércio do País e convidados especiais, para discutir temas relevantes do setor, como terceirização, produtividade, modernização das relações do trabalho e custos trabalhistas. A cerimônia de abertura foi na noite de 28, no Ribalta Eventos. O ministro Marco Aurélio Mendes de Mello fez a abertura do segundo dia (29). Em seguida, Fernando Teixeira, do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), deu início ao ciclo de palestras magnas com o tema Rotatividade e Produtividade. José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP), falou

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sobre A Modernização das Relações do Trabalho. Finalizando os trabalhos da manhã, o professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo Hélio Zylberstajn expôs sobre o Impacto do custo trabalhista na produtiva das empresas. O último dia do Sicomércio (30) iniciou-se com o ex-ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que abordou o tema sobre Desburocratização e empreendedorismo como alavancas do desenvolvimento. Em seguida, o jurista Ives Gandra Martins discorreu sobre o tema Substituição Tributária. A última palestra foi de Eduardo Moreira, sócio-fundador do Banco Brasil Plural, sobre Ação sindical e o foco em resultados. A parte da tarde dos dois dias do evento foi dedicada a debates com a participação das entidades sindicais, contando com mediadores convidados e tratando de outros temas relevantes para o setor, como Código Comercial, Simples Trabalhista e Negociação Coletiva.

C

onfirmado pela Justiça o enquadramento no SindilojasRio das lojas de artigos de informática e de telefonia, dentre outras, encerrando, assim, as ações movidas pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico do Município do Rio de Janeiro (SIMERJ) contra o SindilojasRio. As ações foram motivadas pela aprovação da Assembleia Geral dos Lojistas, em 2005, da ampliação das atividades representadas do comércio varejista, incluindo, entre outras, a de venda de artigos de informática e de telefonia. Para esclarecimento desta notícia, o leitor poderá acessar www.sindilojas-rio. com.br, informando-se acerca da questão da representação do SindilojasRio, inclusive o inteiro teor da certidão do Ministério do Trabalho e Emprego, relacionando as atividades econômicas representadas pelo SindilojasRio.


TEMPORÁRIOS

Emprego temporário e as suas vantagens

M

ais do que uma forma de ganhar dinheiro extra, as vagas de emprego temporário podem ser uma maneira de valorizar mais o currículo, com benefícios que se estendem para diferentes áreas e carreiras. Na avaliação da diretora geral da Jobplex Brasil e especialista em recursos humanos e contratações, Ana Paula Montanha, o emprego temporário é a chance para o candidato demonstrar bom trabalho através das suas qualificações. “Além de o profissional adquirir experiência em determinada área, ele pode se destacar, disputar e conquistar a vaga por definitivo”, disse. Essas vagas podem ser a chance de o candidato se firmar no mercado, mas o excesso de experiências curtas pode indicar instabilidade. “É preciso que a pessoa conheça a empresa, saiba se tem boa reputação e leve em

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conta se costuma contratar, pois normalmente esse é o principal objetivo daqueles que procuram oportunidade”, concluiu Ana. Ao todo, são três os principais critérios nos quais o profissional deve prestar atenção ao ser contratado temporariamente: proximidade com o que deseja fazer no futuro; vantagens e desvantagens do setor escolhido; e potencial da empresa. De acordo com a psicóloga e gerente de RH do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), Karolina Wolski, essa é uma oportunidade de recolocação no mercado. “O funcionário terá a chance de demonstrar na prática o empenho e se destacar, estimulando a possibilidade de sua contratação efetiva”, afirmou. PLANEJAMENTO Segundo a diretora da empresa Foreign Affairs, Vera Lorenzo, avaliar o perfil da empresa e dos

SEMANA DE NEGÓCIOS DO VAREJO DIGITAL

Noite 1 – 3ª feira, 24 de novembro

clientes, as oportunidades geradas e a localização do trabalho são questões fundamentais a serem pensadas ao procurar uma vaga. “A partir desse levantamento, o candidato deve definir a vaga que melhor lhe convém e que contribuirá efetivamente para a sua trajetória na carreira”, explicou. De acordo com dados levantados pelo coach de carreiras e psicólogo do Bê-á-bá do RH, Carlos Eduardo Pereira, em 2014, por volta de 35% dos temporários conseguiram efetivação. “Esse número só não foi maior porque os profissionais geralmente não se dedicam o bastante por acharem que não serão contratados”, disse. “A dedicação e aposta nessas oportunidades devem ser levadas a sério, pois além de uma renda para quitar as contas de fim de ano, o emprego temporário pode se tornar efetivo”, pontuou.

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ATENDIMENTO AO CLIENTE Dias: 24, 25 e 26 de novembro Horário: de 18h30min às 21h30min Carga horária: 4 horas/aula

PALESTRA: RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS Dia: 9 de dezembro Horário: de 18h30min às 21h30min Carga horária: 3 horas/aula

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 25


EMPREENDEDORISMO

Sobe o número de empresários com alta escolaridade

S

egundo o Sebrae, entre 2003 e 2013, o número de empresários com alta escolaridade subiu 59% no Brasil, passando para 15% do total. O perfil dos empreendedores do País rendeu três estudos publicados recentemente sobre escolaridade, renda e informatização. O levantamento usou informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE – principalmente a de 2013, a última disponível. Para identificar o grau de escolaridade dos donos de negócios, a PNAD os classificou em três grandes grupos: até ensino fundamental incompleto; ensino fundamental completo até o ensino médio completo; e ensino superior incompleto ou mais. A fim de simplificar, as três faixas foram denominadas, respectivamente, de “baixa escolaridade”, “média escolaridade” e “alta escolaridade”. Os empresários que se encaixaram no perfil de alta escolaridade ganham quase cinco vezes mais que os de baixa escolaridade. Eles começaram a trabalhar mais tarde, têm maior proporção de empregados e de serviços e se concentram, em sua maioria, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Cruzados, os dados das pesquisas fornecem um perfil detalhado do empreendedor brasileiro. Por exemplo: a proporção de mulheres entre os donos de negócio é maior na faixa de alta escolaridade, segmento que tem 26 | Revista Empresário Lojista | Novembro 2015

41% de presença. Já a informatização, como era de se esperar, aumentou expressivamente. A alta informatização cresceu 267%, o que significa que 14,3 milhões dos entrevistados tinham computador em casa e acessaram a internet nos últimos doze meses anteriores ao segundo trimestre de 2013 – em 2003, eram 3,9 milhões. De acordo com o coordenador da Unidade de Gestão Estratégica e coautor do trabalho, Marcos Aurélio Bedê, “os donos de negócios com alta informatização são mais escolarizados e jovens, têm um rendimento médio mensal 207% superior aos de baixa informatização, têm maior carga

de trabalho semanal e trabalham principalmente nos setores de serviços e comércio”. Já os de baixa informatização são mais velhos, têm menos anos de estudo e começaram a trabalhar mais cedo. Com forte presença nos setores agropecuário e de construção, têm menos acesso a recursos de telefonia e previdência. Os três estudos completos estão disponíveis no Portal Sebrae, na área de Estudos e Pesquisas.


Especificidades de nossa periferia metropolitana Mauro Osorio Economista e consultor do CDLRio

O

Brasil sofreu, principalmente entre as décadas de 1930 e 1970, um forte crescimento econômico, industrialização e urbanização. Nesse período, em média, o PIB brasileiro dobrava a cada década. O processo brasileiro de urbanização ocorrido nesse período foi um dos mais rápidos do mundo. Para se ter uma ideia, o Censo de 1872 apontava que a Cidade do Rio de Janeiro possuía em torno de 300 mil pessoas e a Cidade de São Paulo em torno de apenas 30 mil pessoas. Já o Censo de 2010 apontou a existência de 6.320.446 habitantes na Cidade do Rio e 11.253.503 habitantes na Cidade de São Paulo. Nesse processo, a Cidade do Rio de Janeiro também apresentou forte dinamismo econômico, até 1960, como capital do País, centro financeiro e cultural e sede de empresas privadas e públicas que atuavam no território nacional. Esse dinamismo econômico atraiu forte migração, não só para a Cidade do Rio de Janeiro, mas, também, para a periferia metropolitana do Rio de Janeiro, principalmente a partir de 1940. Entre 1940 e 1960, em Duque de Caxias, a população cresceu 722,7%. Em Nova Iguaçu, cresceu 507,8%. Já o conjunto dos 20 municípios da atual periferia metropolitana – todos os municípios da RMRJ, excluindo-se a

É importante constituir políticas metropolitanas em nossa região

Cidade do Rio de Janeiro – apresentou, nesse período, um crescimento de 224,3%. Muito maior do que o verificado para o conjunto da Região Sudeste, de 69,3%. Mesmo após esse período, a periferia metropolitana continuou a apresentar forte crescimento demográfico. Entre 1960 e 2010, o crescimento no conjunto da periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi de 249,5%, contra um crescimento no total da Região Sudeste de 158,7%. Este rápido crescimento demográfico na periferia metropolitana e a inexistência de planejamento e investimentos em infraestrutura e em políticas sociais geraram uma periferia metropolitana no Estado do Rio de Janeiro, particularmente precária, quando comparada com as periferias das Regiões Metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte. Exemplo disso é o resultado, divulgado recentemente, do Ín-

dice de Oportunidades da Educação Brasileira-IOEB (realizado pelo Centro de Liderança Pública, com apoio das Fundações Roberto Marinho e Lemann), que mostrou que, em um ranking dos 94 municípios das periferias das Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, 19 das 20 piores notas são ocupadas por municípios da RMRJ. Recentemente, o governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa a proposta de criação de uma Agência Metropolitana, com base no Estatuto das Metrópoles, aprovado pelo Congresso Nacional em 2014. É importante constituir políticas metropolitanas em nossa região. Só conseguiremos, por exemplo, despoluir a Baía de Guanabara quando houver universalização de saneamento nos municípios da periferia metropolitana que circundam a Baía. A criação da Agência Metropolitana obrigará as prefeituras da RMRJ e o governo do Estado a atuarem em conjunto para a resolução dos graves problemas sociais e de infraestrutura existentes. A sociedade carioca e fluminense deve tomar conhecimento dessa proposta e acompanhar e participar dos debates e audiências públicas que ocorrerão no âmbito da ALERJ, para discussão do formato que a Agência terá.

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 27


Preço diferenciado entre loja física e on-line não é prática abusiva Alexandre Lima

Advogado do CDLRio

A

o revés do que se imagina, vender um produto pela Internet com valor menor que o anunciado na loja física não configura prática abusiva. Esse foi o entendimento da 3ª Turma Recursal dos Juizados Cíveis do Distrito Federal ao manter sentença que negou dano moral a uma consumidora que comprou máquina de lavar em loja comercial e depois viu o mesmo produto, só que mais barato, no site da empresa. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o colegiado entendeu que não havia indício de constrangimento ou de prática abusiva ou agressiva em desfavor da consumidora, não havendo, portanto, fundamento legal para cancelar a compra e conceder indenização por danos morais. A autora ajuizou ação contra o comércio alegando que comprou em uma de suas lojas físi-

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Os preços para venda on-line costumam ser inferiores aos praticados em loja, além de serem acrescidos de despesas com frete no momento do fechamento do contrato

cas uma máquina de lavar roupas no valor de R$ 3.599,00 com desconto. Posteriormente, encontrou o mesmo produto no site da empresa por um valor menor. Na Justiça, pediu o cancelamento da compra, alegando ter sofrido

danos morais pela prática de comércio abusivo e pelo constrangimento sofrido. O pedido liminar foi indeferido. Na sentença de primeira instância, a juíza do 2º Juizado Especial Cível e Criminal de Samambaia julgou os pedidos improcedentes. A fundamentação se deu que a insurgência da autora não merecia seguimento já que o documento de prova adunado referia-se à promoção conhecida por ‘Black Friday’. Em grau de recurso, a turma manteve por unanimidade o mesmo entendimento, sob o fundamento de que os preços para venda on-line costumam ser inferiores aos praticados em loja, além de serem acrescidos de despesas com frete no momento do fechamento do contrato, de sorte que não desponta total desproporcionalidade nos valores praticados (alguns, inclusive promocionais), conforme decidido no processo 20140910281790.


Pergunte! Empresário Lojista Responde

É devida a homologação na rescisão do contrato de trabalho em razão de morte do empregado? Sim. Na ocorrência de morte do empregado, a assistência na rescisão contratual é devida aos beneficiários habilitados perante órgão previdenciário, reconhecidos judicialmente ou previstos em escritura pública lavrada, desde que nela constem os dados necessários à identificação do beneficiário e à comprovação do direito. Quais são os exames médicos ocupacionais obrigatórios? Conforme Norma Regulamentadora nº 7, os exames médicos obrigatórios são: exame admissional; exame periódico; de retorno ao trabalho; de mudança de função e o exame demissional. O empregador pode cancelar as férias do empregado? Sim. O início das férias só poderá ser cancelado ou modificado pelo empregador desde que ocorra necessidade imperiosa, e ainda haja o ressarcimento ao empregado dos prejuízos financeiros por ele comprovados.

Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao SindilojasRio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 2217-5000, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.

As faltas autorizadas por lei podem ser descontadas para o cálculo do período de férias? Conforme entendimento cristalizado na súmula nº 89 do TST, se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias. Qual é o prazo que o empregador tem para devolver ao empregado a carteira de trabalho que tomou para anotações? O empregador tem o prazo, improrrogável, de 48 horas para fazer anotações necessárias e devolver a CTPS. Esse prazo começa a ser contado a partir do momento da entrega da carteira, que deve ser devolvida mediante recibo do empregado. Qual o prazo que o empregador tem para efetuar o pagamento da diferença da 2ª parcela do 13º salário para os empregados que percebem a base de comissão? O prazo para o pagamento da diferença, conforme previsto no parágrafo único do artigo 2º do Decreto nº 57.155/65, deverá ser feito até 10 de janeiro do ano seguinte. Como deve ser calculada a média salarial do empregado comissionista para pagamento do 13º salário? Para o pagamento do 13º Salá-

rio do empregado que percebe a base de comissão deve ser realizada a média do período considerando, para tanto, os meses compreendidos de janeiro a dezembro do ano-calendário. Até quando o empregado pode solicitar a conversão de 1/3 de suas férias em abono pecuniário? O empregado que desejar converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário deverá requerê-lo ao empregador, por escrito, até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Existe carência para o pagamento do salário-maternidade para as empregadas seguradas? Não. Para as empregadas com vínculo empregatício, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas não existe carência para a percepção do salário-maternidade. Até quando o empregador poderá conceder a folga indenizatória referente aos domingos trabalhados no mês de dezembro? Excepcionalmente no mês de dezembro, a folga indenizatória referente ao domingo trabalhado poderá ser concedida ao empregado até o último dia do mês de janeiro do ano seguinte, conforme estipulado no § 1º da cláusula décima quarta da Convenção Coletiva para Trabalho aos Domingos 2014/2016.

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 29


Legislação em vigor

FEDERAL Ato CAIXA s/n° de 28 de setembro de 2015 (DOU: 28.09.2015) FGTS – MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE RECOLHIMENTO Estabelece os procedimentos referentes à obrigatoriedade de recolhimento do FGTS pelo empregador doméstico e divulga a versão 2 do Manual de Orientação ao Empregador - Recolhimentos Mensais e Rescisórios ao FGTS e das Contribuições Sociais. Circ. CAIXA nº 692 de 30 de setembro de 2015 (DOU: 02.10.2015) MANUAL FGTS Publica o Manual FGTS - Movimentação da Conta Vinculada, como instrumento disciplinador do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Conv. ICMS 93 de 17 de setembro de 2015 (DOU: 21.09.2015) ICMS – OUTRA UNIDADE FEDERADA - Dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços ao consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada. Inst. Normativa RFB nº 1.587 de 15 de setembro de 2015 (DOU: 18.09.2015) DIRF 2015 - Dispõe sobre a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, relativa ao ano-calendário de 2015, sobre situações especiais 30 | Revista Empresário Lojista | Novembro 2015

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado e da Cidade do Rio de Janeiro. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio pelo telefone 2506-1234.

ocorridas em 2016 (Dirf 2016) e sobre o Programa Gerador da Dirf 2016 (PGD Dirf 2016).

Serviços de Qualquer Natureza não inscritos em dívida ativa, e dá outras providências.

ESTADUAL

Dec. nº 40.688 de 29 de setembro de 2015 (DOM: 30.09.2015) IPTU – PARCELAMENTO E CRÉDITO - Regulamenta o art. 2º da Lei nº 5.965 de 22 de setembro de 2015, que institui remissão parcial e parcelamento especial, relativos a créditos tributários do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, inscritos ou não em dívida ativa, nos casos de imóveis enquadrados nas alíneas “y” ou “z” da Tabela III-B, anexa à Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984.

Dec. nº 45.381 de 22 de setembro de 2015 (DOE: 23.09.2015) NOTA FISCAL AVULSA ELETRÔNICA – NFA-e - Institui a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica - NFA-E e dá outras providências. Lei nº 7071 de 5 de outubro de 2015 (DOE: 06.10.2015) ICMS – OUTRAS UNIDADES FEDERADAS - Promove alterações na Lei n° 2.657/96, que dispõe sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, em decorrência da promulgação da Emenda Constitucional n° 87/15. Res. SEFAZ nº 931 de 21 de setembro de 2015 (DOE: 23.09.2015) ECF – DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA - Altera os Arts. 36 e 37 do Anexo XIII, da Parte II, da Resolução SEFAZ nº 720, de 04 de fevereiro de 2014, que disciplinam os procedimentos para devolução de mercadorias por pessoas não obrigadas à emissão de documento fiscal.

Dec. nº 40.709 de 8 de outubro de 2015 (DOM: 09.10.2015) LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTO - Simplifica os procedimentos relativos ao licenciamento de estabelecimentos no Município do Rio de Janeiro.

MUNICIPAL

Dec. nº 40.712 de 8 de outubro de 2015 (DOM: 09.10.2015) LETREIROS - Simplifica os procedimentos relativos à exibição de letreiros indicativos em estabelecimentos no Município do Rio de Janeiro.

Dec. nº 40.670 de 25 de setembro de 2015 (DOM: 28.09.2015) ISS – PARCELAMENTO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO – Dispõe sobre o parcelamento e o reparcelamento de créditos tributários relativos ao Imposto sobre

Dec. nº 40716 de 8 de outubro de 2015 (DOM: 09.10.2015) LICENCIAMENTO DE INSTALAÇÕES COMERCIAIS - Simplifica os procedimentos relativos ao licenciamento de instalações comerciais.


PESQUISA

Comércio vendeu menos 5,1% em setembro

A

s vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro registraram queda de 5,1% em setembro, em comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do CDLRio, que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado dos oito meses do ano (janeiro/ setembro), ante o mesmo período do ano passado, a queda nas vendas foi de 1,5% e, em comparação ao mês anterior (julho), a queda foi de 3,7%. A pesquisa mostra também que todos os setores do Ramo Mole (bens não duráveis) registraram vendas negativas de 6% e de 4,9% no Ramo Duro (bens duráveis). Os setores que registraram as maiores quedas no faturamento no Ramo Mole foram Calçados (-7,2%), Tecidos (-6,4%) e Confecções (-5,9%). E,

no Ramo Duro (bens duráveis), Joias (-7,6%), Móveis (-6,8%), Óticas (-5,5%) e Eletrodomésticos (-4,8%). Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, o desempenho negativo das vendas do mês de setembro continua refletindo a crise econômica que o País atravessa, com desemprego em alta e falta de crédito, o que tem inibido as compras do consumidor. Em relação às vendas conforme a localização dos estabe-

lecimentos comerciais, no Ramo Mole (bens não duráveis), as lojas da Zona Sul tiveram resultado positivo de vendas em mais 3,6%, as lojas do Centro venderam menos 12,1% e as da Zona Norte menos 10,5%. No Ramo Duro (bens duráveis), as lojas do Centro venderam menos 9,8%, as da Zona Norte menos 5,4% e as da Zona Sul menos 0,8%.

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Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 31


PESQUISA

Movimento de cheque

S

egundo o LIG Cheque, registro de cadastro de cheques do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro-CDLRio, em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado, as consultas diminuíram 7,6%, a inadimplência aumentou 0,5% e as dívidas quitadas caíram 0,3%. Comparando-se setembro com o mês anterior (agosto), as consultas diminuíram 17% e a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 6,6% e 2,7%. No acumulado dos nove meses do ano (janeiro/setembro), em relação ao mesmo período do ano passado, as consultas caíram 5%, a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 1% e 0,8%.

TERMÔMETRO

DE VENDAS

Caso sua empresa se interesse em participar desta estatística, contate o Centro de Estudos do CDLRio pelo telefone: (21) 2506-1234 ou e-mail: estudos@cdlrio.com.br

32 | Revista Empresário Lojista | Novembro 2015


PESQUISA

Movimento de SCPC Consultas ao Comércio caíram 4,1% em setembro

A

s consultas, item que indica o movimento do comércio, caíram 4,1% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado, apesar do apelo das vendas estimuladas pelo Dia das Crianças, uma das datas comemorativas mais importantes para o comércio. Os dados são do registro do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio. A inadimplência e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 0,6% e 0,2%. Comparando-se setembro com o mês anterior (agosto), as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 4,3 %, 2 % e 12 %. No acumulado dos nove meses do ano (janeiro a setembro), em comparação com o mesmo período do ano passado, as consultas caíram 1,7% e a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,4 % e 1,5%.

Pesquisas & Análises Acompanhe em nosso site todo o comportamento do comércio do Rio de Janeiro. www.cdlrio.com.br Centro de Estudos do CDLRio Telefone: (21) 2506-1234 e-mail: estudos@cdlrio.com.br

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 33


OBRIGAÇÕES DEZEMBRO DE 2015 1 DCT – Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

7 ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Decreto

nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior. FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. CAGED – Cadastro de Empregados: Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários, ocorridos no mês anterior.

10 IR/FONTE – Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

ISS – Recolhimento do imposto: o prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: o recolhimento do imposto relativo às NFS-e deve ser realizado até o dia 10 do mês seguinte à emissão. ICMS – Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

15 PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de

NOVEMBRO/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL )).

18 SUPERSIMPLES / SIMPLES NACIONAL – Pagamento do DAS referente ao período de apuração do

mês anterior (NOVEMBRO/2015). INSS – Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do D.O.U em 17/11/08). DCTF – Mensal – Deverão apresentar as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime, mesmo que estejam sujeitas ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

24 COFINS – Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tributadas no

lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25, pela Medida Provisória nº 447, publicada no D.O.U em 17/11/08). COFINS – Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08). PIS – Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no D.O.U em 17/11/08).

31 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS – Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos

empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de DEZEMBRO/2015 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)). IR/PJ – Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

34 | Revista Empresário Lojista | Novembro 2015


OBRIGAÇÕES

PISOS SALARIAIS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO A PARTIR DE 01/05/2015

PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (PSPS)

1ª Faixa (empacotador, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de escritório, estoquista, repositor, auxiliar de depósito)

R$ 965,00

2ª Faixa (vendedor, balconista, operador de caixa e pessoal escritório)

R$ 976,00

Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015.

Operador de Telemarketing (telefonia e similar)

R$ 981,00

Comissionistas (puros e mistos)

R$ 1.062,00

Contrato de Experiência (máximo 90 dias)

Para os empregados admitidos após 1º de maio de 2014, o reajuste de salários será proporcional aos meses trabalhados (em duodécimos).

1

11/12

2, 3 e 4

14/12

5

15/12

6

16/12

7

17/12

8

18/12

9e0

21/12

**Plano Simplificado – Lei complementar 123 de 14/12/2006.

IRRF - ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto em (R$)

-

Isento

De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65

7,5%

142,80

De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05

15,0%

354,80

De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68

22,5%

636,13

Acima de R$ 4.664,68

27,5%

869,36

Base de cálculo mensal em (R$) Até R$ 1.903,98

INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL Segurados, empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos. Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2015. Salário de contribuição (R$)

20%

*Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do segurado Facultativo Baixa Renda que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência – Lei 12.470 de 31 de agosto de 2011 – DOU de 01/09/11.

Salários superiores a R$ 4.700,00, o excedente será objeto de livre negociação entre empregadores e empregados;

Referente ao mês 11/15

11%**

de 788,00 (valor mínimo) até 4.663,75 (valor máximo)

Salários até R$ 4.700,00: A partir de 1º de maio de 2015, reajuste de 8,34% sobre os salários de 1º de maio de 2014;

Último nº da raiz do CNPJ do estabelecimento

5%*

788,00 (valor mínimo)

R$ 791,00

GIA / ICMS - 12/2015

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Salário de contribuição (R$)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até R$ 1.399,12

8%

De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88

9%

De R$ 2.331,89 até R$ 4.663,75

11%

SALÁRIO-FAMÍLIA A PARTIR DE 01/01/2015 Remuneração

Valor da Quota (R$)

Até R$ 725,02

R$ 37,18

De R$ 725,03 até R$ 1.089,72

R$ 26,20

Acima de R$ 1.089,72

Sem direito

A partir de 01.01.2015, conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 09 de Janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015, passa a valer tabela acima, conforme o limite para concessão da quota do SalárioFamília por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.

Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 de janeiro de 2015, publicada no DOU de 12/01/2015.

Revista Empresário Lojista | Novembro 2015 | 35


Opinião

Por que um produto caro pode não ter valor? Luiz Bravo Editor da Empresário Lojista

R

ecentemente, o Jornal do Commercio, do Rio, inseriu oportuno artigo sobre vendas: “Por que um produto caro pode não ter valor?”. Seu autor é o Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas. No primeiro parágrafo declara: - Certa vez, ouvi de um vendedor que o seu produto era de grande valor. Quando terminou de falar, eu tive de lhe dizer: “Seu produto não tem valor nenhum para muita gente”. Prosseguindo, face ao espanto do vendedor, o autor do artigo disse-lhe que o produto tinha características que poderiam significar potenciais benefícios, mas seria necessário que os benefícios fossem considerados pelos clientes e não por quem vende o produto. Para o autor, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o valor não está no produto ou no serviço, criado pelo vendedor, pela loja ou empresa. É um presente dado pelo cliente – daí a expressão “ele deu valor” -, um embrulho bonito, com um laço vermelho, que traz um voucher escrito “Cobre-me mais por isso”. Mas quando o produto pode ter o preço aumentado?

36 | Revista Empresário Lojista | Novembro 2015

Ele só pode ser mais caro que a média do mercado ao se tornar reconhecido e valorizado

E a resposta do Carlos Cruz: -Ele só pode ser mais caro que a média do mercado ao se tornar reconhecido e valorizado, pois é apenas quando consegue enxergar o valor, que o cliente tem a sensação de que a aquisição, independentemente do preço, é um bom negócio. Essa é a situação em que o vendedor precisa cobrar mais pelo serviço e, se não cobrar, acaba se desvalorizando. Continuando, Cruz comenta: “Isso explica por que muitos produtos que entram em circulação

com um preço baixo acabam não dando certo: mesmo sendo os mais baratos do mercado, o vendedor não conseguirá vendê-los se o comprador não perceber o valor”. Por outro lado, informa o Cruz, há produtos que atendem plenamente às necessidades do cliente e, mesmo assim, alguns vendedores destroem o valor ao baixarem o preço desnecessariamente. É nesse momento que o vendedor passa a ter uma enorme importância. Saber conquistar o valor do cliente é algo fundamental para o vendedor profissional. O segredo é entender que as pessoas não entram em uma loja ou em uma reunião para comprar simples produtos, mas o que esses produtos representam, às necessidades que podem atender e os desejos que podem realizar. E o nosso cronista conclui o seu artigo: - O bom vendedor precisa ser investigativo, saber ouvir o comprador, identificar as necessidades e, então, descobrir como o produto pode servi-lo ou ajudá-lo. O bom atendimento é o melhor caminho para se conquistar valor!


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