Mensagem do Presidente
Enfrentar os desafios quase diários provocados por variáveis que impactam diretamente a atividade está exigindo dos empresários do comércio varejista uma nova filosofia de administrar, muito parecida com a que ensina a ficar com “um olho no peixe e outro no gato.” O pior é que, com a crise política e econômica atual, especialmente no Rio, o gato está mais rápido, tal a velocidade com que as mudanças acontecem no setor produtivo, atingindo em cheio o comércio. O estado geral da economia influencia o comportamento do consumidor, contribuindo para afetar seu otimismo e, consequentemente, sua disposição de compra. Segundo o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas (CDLRio) e diversos institutos especializados em análises do desempenho do setor, nos últimos anos houve uma acentuada queda das vendas, especialmente no Rio. Isso indica que nem mesmo as mais importantes datas comemorativas registraram números positivos, como foi o Dia das Mães. Isso pode ser debitado ao avanço do desemprego e ao crédito escasso e mais caro, que causam ainda mais retração no consumo. Estes problemas, aliados aos custos de operação cada vez maiores e à violência na cidade, vêm prejudicando bastante o comércio, influindo profundamente no comportamento do consumidor. Este, por um lado, fica com medo de sair de casa e, por outro, reduz seus gastos. Não é sem razão que mais de 9.100 estabelecimentos fecharam suas portas entre janeiro e dezembro na cidade em 2017, 31,7% a mais do
que no mesmo período do ano anterior, e mais de 21 mil em todo o Estado do Rio, 26,5% a mais em relação a 2016. Tais obstáculos convergem num conjunto que alguém já chamou de “circunstâncias malditas”, das quais se acham eventualmente isentos outros setores da economia. Está-se falando do ataque predador da informalidade que não cessa de avançar; está-se enfrentando uma organização urbana decididamente hostil pela proliferação da delinquência; está-se reclamando de uma carga tributária sem paralelo nas nações ditas civilizadas e compatíveis com a estatura do Brasil. O comércio sabe como poucos que as atividades econômicas, em regime de livre-iniciativa, são regidas por uma antiga e conhecida lei não decretada nem revogável — a da oferta e da procura — na qual o juiz é o consumidor. Dele emana o veredicto que sentencia o sucesso ou o fracasso. Os lojistas sabem disso. Só não podem ser surpreendidos com decisões que modifiquem de um dia para o outro leis e regulamentos estabelecidos que oneram seus custos e minam seus investimentos. A par de tantas dificuldades e dos percalços da economia, que penaliza duramente os setores produtivos, o comércio, como de vezes anteriores, vai encontrar uma nova saída e continuar se destacando como poderoso fator do desenvolvimento do país. Seja na criação de empregos, seja no recolhimento de impostos gerados pelo consumo, apesar de lutar diuturnamente contra a informalidade, que cresce a olhos vistos. *Publicado no Jornal O Globo em 16 de julho de 2018, Dia do Comerciante
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Os desafios do varejo*
Aldo Gonçalves Presidente do SindilojasRio e do CDLRio
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SUMÁRIO 8
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
DIA DO COMERCIANTE Para marcar a data, o SindilojasRio e o CDLRio promoveram a palestra “eSocial – Você está preparado?” com o empresário Hélio Donin Júnior, diretor do Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial do Ministério do Trabalho e Emprego.
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ESPECIAL
CADASTRO POSITIVO O Cadastro Positivo poderá facilitar o acesso ao crédito para mais de 20 milhões de pessoas quando funcionar plenamente no Brasil. Nesta edição, a Boa Vista SCPC, parceira do CDLRio, esclarece as principais dúvidas sobre o tema.
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
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HISTÓRIA E CURIOSIDADES DO COMÉRCIO
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PESQUISAS
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SAÚDE E BEM-ESTAR
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ARTIGO
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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS
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MERCADO E TENDÊNCIAS
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O LOJISTA RESPONDE
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SERVIÇOS PARA O LOJISTA
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OPINIÃO
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CAPA
O comércio do Rio pede socorro Os resultados negativos se acumulam, lojas fecham suas portas e demitem seus funcionários. Enquanto isso, mais de 70 mil camelôs, entre cadastrados e ilegais, prejudicam o comércio formal, que gera empregos e renda.
expediente Diretoria do SindilojasRio
Diretoria do CDLRio
O Lojista:
Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta Vice-Presidente de Patrimônio: Júlio Moysés Ezagui Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti Vice-Presidente de Produtos e Serviços Salomon Mordokh Dassa Superintendente: Carlos Henrique Martins
Presidente Aldo Carlos de Moura Gonçalves Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros Diretor de Operações: Ricardo Beildeck Diretor Jurídico: João Baptista Magahães Diretor de Associativismo: Jonny Katz Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym
Conselho de Redação SindilojasRio: Juedir Teixeira Carlos Henrique Martins Andréa Mury CDLRio: Abraão Flanzboym Lúcio Ricardo Editor Responsável: Luiz Bravo (Registro Profissional MTE nº7.750) Reportagem: Igor Monteiro Publicidade: (21) 2217-5000 Ramais 202, 272 e 273 Corretor: Santos: (21) 98682-1128
Revisão: Andréa Mury Lúcio Ricardo Fotógrafo: Arthur Eduardo Silva Pereira Secretário: Eduardo Farias Supervisão Gráfica e capa: Leonardo Lisboa Diagramação: Márcia Rodrigues Eduardo Farias Publicação bimestral do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio
Versão On-line: www.cdlrio.com.br e www.sindilojas-rio.com.br
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
Em noite de lançamento, o vice-presidente de Marketing do SindilojasRio autografa um exemplar
Gestão Estratégica de Negócios O livro do consultor de varejo Juedir Viana Teixeira foi lançado no dia 18 de agosto na sede do SindilojasRio
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Juedir, também vice-presidente de Marketing do sindicato, recebeu amigos, empresários e executivos no evento. Em seu livro, Gestão Estratégica de Negócios, ele aborda o grande desafio da gestão dos negócios, em um ambiente cada vez mais competitivo Ele fala sobre a necessidade de
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medir o desempenho das organizações, para saber onde está e aonde se pretende chegar, além do que é preciso fazer para melhorar cada departamento. No livro, encontram-se respostas para muitas questões em busca da melhoria da gestão dos negócios.
Reajuste Salarial dos Comerciários do Rio Prossegue a negociação do reajuste salarial dos comerciários do Rio (SECRJ). No dia 4 de maio, o presidente do SECRJ, Márcio Ayer, entregou ao presidente do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, a pauta de reivindicações da Convenção Coletiva de Reajuste Salarial da categoria. A seguir, no dia 11 de maio, a Assembleia Geral Extraordinária do SindilojasRio deu a conhecer aos lojistas a pauta de reivindicações do SECRJ. Também foram eleitos os integrantes da Comissão de Ne-
gociação dos Lojistas, composta por representantes das empresas associadas e do SindilojasRio. Reuniões continuam sendo realizadas com a Comissão de Negociação e com os representantes do SECRJ. A Secretaria Regional do Trabalho no Estado do Rio agendou, para o dia 21 de agosto, uma reunião de conciliação com representantes do SindilojasRio e do SECRJ.
Combate ao comércio ilegal A cada dia, mais e mais camelôs se espalham por todos os bairros, ocupando indevidamente o espaço público e favorecendo a desordem urbana, aí incluída a falta de segurança. Prejudicam o comércio formal, enquanto alimentam o crime organizado, comercializando mercadorias de procedência duvidosa e produtos falsificados. Além de denunciar e cobrar providências da prefeitura contra o co-
mércio ilegal, que toma conta das ruas da cidade, o SindilojasRio tem procurado o apoio de outras esferas do poder público em busca de solução para este grave problema, que afeta não apenas o comércio formal, mas toda a população. Com esta perspectiva, o vice-presidente de Associativismo do SindilojasRio, Pedro Conti, esteve reunido com o vereador Rafael Aloisio Freitas, que está em seu
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Pedro Conti e Rafael Freitas
segundo mandato e integra as comissões de Trabalho e Emprego e de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A reunião, ocorrida no dia 13 de junho, foi realizada no gabinete do parlamentar, na CMRJ. Na ocasião, o vice-presidente do SindilojasRio relatou problemas que os lojistas do Rio vêm enfrentando e solicitou o apoio da Câmara Municipal para coibir efetivamente o comércio ilegal.
A violência no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio motivou a realização de uma audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no dia 25 de junho passado. Na ocasião, autoridades da área de Segurança Pública e parlamentares se reuniram com representantes de entidades civis, como a Associação de Moradores e Amigos de Laranjeiras (AMAL) e o SindilojasRio, entre outras, para discutir medidas que possam conter a criminalidade no bairro.
para a área. Já o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (Botafogo), tenente-coronel Carlos Henrique Gonçalves, afirmou que a segurança no bairro registrou melhora em alguns índices, lembrando que o BPM recebeu mais viaturas e motos recentemente. A presidente da comissão, deputada Martha Rocha (PDT), ressaltou que é preciso melhorar o efetivo das polícias Civil e Militar, contando com o reforço da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) nas ruas próximas ao Palácio da Guanabara, sede do governo estadual.
Vice-presidente de Associativismo do SindilojasRio, Pedro Conti destacou que, além dos assaltos, a proliferação de camelôs ilegais é um dos fatores que contribui para o aumento da violência. Alexandre Braga, delegado titular da 9ª Delegacia de Polícia (Catete), responsável pela região, explicou que o número de policiais é insuficiente
Além do deputado Paulo Ramos (PDT), autor do requerimento que originou a audiência e membro da comissão de Segurança Pública da Alerj, participaram da reunião os deputados estaduais Waldeck Carneiro (PT) e Eliomar Coelho (PSol) e o deputado federal Ricardo Maranhão (PSB).
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SindilojasRio participa de audiência sobre segurança
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ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E PARCERIAS
Durante todo o dia, diretores e colaboradores assistiram a palestras e participaram de atividades na sede do sindicato.
XXII ENCONTRO DE COLABORADORES Diretores e funcionários participaram, em 27 de julho, do XXII Encontro de Colaboradores do SindilojasRio, em sua sede, no Centro do Rio. Com o tema "Vamos em frente", o treinamento teve o objetivo de aprimorar a representatividade, a prestação de serviços às empresas associadas e o congraçamento entre os colaboradores da entidade. O evento terminou com uma festa junina.
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O superintendente Carlos Henrique Martins fez a abertura do evento.
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O gerente-geral José Belém apresentou trabalho sobre a Fênix, a ave mítica que simboliza a renovação e fez uma analogia com o momento atual do comércio, no qual é preciso se reinventar a todo momento.
A gerente do Jurídico do SindilojasRio, Elizabeth Guimarães, falou sobre a importância do conhecimento para vencer, abordando aspectos da comunicação com os clientes e a necessidade de se estabelecer uma conexão. Fez também uma apresentação sobre todos os serviços oferecidos pelo SindilojasRio às empresas associadas e relatou os agradecimentos recebidos pelos bons serviços prestados.
Com o tema Superando Obstáculos, José Carlos Pereira Filho, gerente comercial do SindilojasRio, abordou a importância dos relacionamentos interpessoais, com foco no ambiente corporativo e deu 10 dicas de como alcançar um bom relacionamento no trabalho, ressaltando que uma boa convivência é a melhor política, sempre respeitando as diferenças.
O Caminho do Conhecimento foi o tema do trabalho em grupo, promovido pelo assessor da Diretoria, Luiz Bravo. Os colaboradores foram distribuídos em oito grupos e discutiram sobre a questão. Ao final, apresentaram conclusões sobre o que é o conhecimento, as formas e os caminhos para obtê-lo e sua importância.
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O gerente administrativo-financeiro do SindilojasRio, Valmir de Oliveira, abriu seu painel com a música Tempo Perdido da Legião Urbana. Depois falou sobre resiliência, a capacidade de enfrentar os desafios pessoais e profissionais. “Reprograme sua mente, seu coração, retome sua energia, busque a Deus e aqueles que você ama. Aprenda a capacidade de adaptar-se, ser flexível, sofrer a ruptura, mas não perder aquilo que você é porque com certeza todos somos capazes de sair de qualquer situação difícil e levantar de qualquer queda”, disse Thiago Rodrigo no vídeo apresentado sobre o tema. E encerrou com a música “Dias Melhores” do Jota Quest, convidando que todos se cumprimentassem.
A professora de Educação física da academia CityGym, Patricia Paiva, demonstrou os benefícios da pratica de atividades físicas e como elas podem ajudar na memória, potencializar o raciocínio, aliviar o estresse e melhorar a capacidade de aprendizado e concentração.
Marcelo Nascimento, da 2R Datatel e da Daggat, empresas da área da Tecnologia, apresentou a palestra Criatividade e Inovação. Ele falou das características das mentes criativas e citou os bloqueadores e o Ciclo da Procrastinação como fatores prejudiciais para o sucesso profissional. Por fim, apresentou exemplos práticos de inovação de algumas pessoas e empresas.
A vida é feita de escolhas: Qual a sua? Este foi o título da palestra motivacional de Alba Acioly Novaes, do Sebrae-RJ. Ela ressaltou o comprometimento como qualidade fundamental e que são as atitudes que mudam as pessoas e transformam pessoas e organizações. Alba falou também sobre a importância da comunicação em saber ouvir e falar.
O presidente Aldo Gonçalves encerrou o evento e falou sobre a satisfação da diretoria do SindilojasRio em realizar mais um treinamento interno com o objetivo de proporcionar sempre o melhor atendimento aos lojistas do Rio.
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O analista de comunicação digital do SindilojasRio, Igor Monteiro, especialista em Mídias Sociais, falou sobre o tema e da sua importância como ferramenta de marketing. Ele analisou a atual presença on-line do SindilojasRio e sugeriu oportunidades de melhoria para que os lojistas cada vez mais conheçam a gama de serviços oferecidos pelo sindicato. No final deu dicas de comportamento pessoal nas redes sociais.
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Dia do Comerciante Criado pela Lei nº 2048/1953, o Dia do Comerciante marca a data de nascimento do economista e político baiano José Maria da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, em 16 de julho de 1756, considerado o Patrono do comércio no Brasil.
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Para celebrar a data, no dia 17 de julho, o SindilojasRio e o CDLRio promoveram a palestra “eSocial – Você está preparado?” com o empresário da área contábil Hélio Donin Júnior. Ao abrir o encontro no SindilojasRio, o presidente das duas entidades, Aldo Gonçalves, destacou a importância do comércio para o desenvolvimento do País e recordou a trajetória do Visconde de Cairu, que exerceu inúmeros cargos públicos e foi um dos maiores propagadores do liberalismo econômico no Brasil. Em seguida, apresentou o presidente licenciado da Federação de Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro – FCDL , Marcelo Mérida, e o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói, Fabiano Gonçalves.
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Marcelo Mérida fez a saudação do Dia do Comerciante declarando que o momento atual exi-
ge que o comércio ajude a reconstruir a história do Brasil e do Rio de Janeiro. Lembrando que, se não fosse pela força e pela determinação dos comerciantes, a geração de empregos teria caído a um nível ainda pior, Mérida ressaltou que a luta pelo desenvolvimento e pelo fortalecimento do comércio lojista passa pela desoneração tributária, pela desburocratização e pela geração de empregos.
ESOCIAL - VOCÊ ESTÁ PREPARADO? Durante sua palestra, o diretor do Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial do Ministério do Trabalho e Emprego, Hélio Donin Júnior, apresentou breve panorama do eSocial (Escrituração Fiscal Social Digital), explicando sua estrutura e os benefícios que ele trará, os objetivos e os principais desafios dos lojistas para se adequarem ao novo modelo.
O restaurante japonês Kaiten, no centro do Rio, utiliza há mais de um ano o serviço de SMS do Instituto do Varejo (IVAR), do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro - CDLRio, para atrair novos consumidores e fidelizar aqueles que já são. O Kaiten está localizado no subsolo da Rua do Ouvidor, 77, sem visibilidade externa, por isso o serviço é essencial para a divulgação do negócio, de acordo com a empresária Monica Ibeas.
O Serviço de Mensagem Curta (SMS) é uma forma rápida, direta e eficaz de se comunicar com milhares de consumidores, através dos telefones celulares, direcionando as mensagens para uma base com perfil do público-alvo da marca, sem gerar grandes investimentos, tendo uma ótima relação custo-benefício. Além do serviço IVAR-SMS, o Kaiten possui uma forte presença nas mídias sociais, Instagram e Facebook, para manter relacionamento com seu público e divulgar a marca. E para fidelizar aqueles que já são clientes, possui o Clube Vip – um clube de vantagens que o cliente se cadastra e obtém uma pontuação a cada compra efetuada. E, depois, pode trocar conforme tabela disponível no site. Inaugurado em 2004, o Kaiten, que significa rolamento em japonês, é o primeiro restaurante com
o conceito de rodízio em esteiras no Rio de Janeiro. A ideia surgiu de visitas de Monica a outros locais em viagens pelo mundo, como Londres e Nova Iorque. “Sempre que viajo, procuro observar as tendências, não só internacionais, mas aqui no Brasil também, e ter ideias para implementar no meu negócio”, declarou. No cardápio, a culinária japonesa, com criativos toques ocidentais e influências asiáticas, combina a alimentação saudável e a delicadeza da apresentação oriental em pratos únicos. Além do rodízio na esteira, o restaurante oferece o rodízio tradicional, servido à mesa, e o menu à la carte, com combinados, pratos quentes especiais, temakis e sobremesas. O Kaiten atende também por entrega em domicílio e em diversos escritórios no Centro, atendendo muitos profissionais liberais. Com entrega própria, sendo o diferencial. Os pedidos podem ser feitos por telefone, pelo site da empresa ou também pelo aplicativo ifood. Recentemente, ampliou a entrega para a Zona Sul. Monica enfatiza que a comida japonesa se transformou em
tendência e caiu no gosto do brasileiro e ressalta que existe um controle de qualidade muito rigoroso e eficaz, que trabalha com insumos importados, que não são baratos, e que há um acompanhamento dos nutricionistas. Profunda conhecedora da área, é sócia também de outros dois restaurantes japoneses: Sushi Rio, no shopping Rio Sul, e Geisha, em Botafogo.
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“Tivemos uma ótima receptividade com esta ferramenta. Trabalhamos com datas pontuais, como o Dia dos Namorados ou a Copa do Mundo, com promoções específicas, duas ou três vezes por mês e oferecendo um flyer com desconto”, afirmou Monica.
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SMS como estratégia de Marketing para conquistar mais clientes
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A Fecomércio RJ é a representante do comércio de bens, serviços e turismo no Estado do Rio de Janeiro.
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www.fecomercio-rj.org.br
ATENÇÃO!
O eSocial é obrigatório para todas as empresas do país desde 16 de julho
Desde o dia 16 de julho, todas as empresas privadas do país, que possuem empregados, devem utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Os obrigados ao eSocial foram divididos em 3 grupos, e cada um passou a ser responsável pelo envio das suas informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias em fases, conforme abaixo:
1º GRUPO
2º GRUPO
3º GRUPO
FASE
Entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00
Demais empresas privadas do país - que possuam faturamento anual inferior a R$78 milhões, exceto as micro e pequenas empresas
Entes Públicos
1ª
8 de janeiro de 2018 e atualizados desde então
16 de julho de 2018 e atualizados desde então
14 de janeiro de 2019 e atualizados desde então
2ª
1º de março de 2018
1º de setembro de 2018
1º de março de 2019
3ª
1º de maio de 2018, referentes aos fatos ocorridos a partir dessa data (*)
1º de novembro de 2018, referentes aos fatos ocorridos a partir dessa data (*)
1º de maio de 2019, referentes aos fatos ocorridos a partir dessa data (*)
4ª
Janeiro de 2019
Janeiro de 2019
Julho de 2019
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Início da obrigatoriedade ao eSocial para cada grupo de obrigados
Para atendimento do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, estas empresas e o Microempreendedor Individual (MEI) estarão obrigados a ingressar no eSocial somente a partir do mês de novembro. No entanto, os empregadores deste grupo que tiverem interesse em ingressar no eSocial desde já, também terão 11 acesso ao sistema a partir do dia 16.07.2018.
CAPA
COMÉRCIO DO RIO EM CRISE
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PROBLEMAS DEMAIS E GESTÃO DE MENOS O comércio do Rio de Janeiro, que responde por quase um milhão de postos de trabalho formal e representa cerca de 10% do PIB fluminense, enfrenta um dos piores momentos da sua história. Os resultados negativos se acumulam mês após mês, enquanto os custos e as dificuldades operacionais cotidianas só aumentam. No rastro desta crise sem precedentes, o número de lojas que fecham suas portas aumenta sem parar – em 2017, mais de 21 mil estabelecimentos comerciais encerraram suas atividades em todo o estado, sendo quase a metade (9.121) na capital –, elevando ainda mais o índice de desemprego que, hoje, chega a 15% da população economicamente ativa, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na raiz dessa conjuntura cada vez mais hostil ao comércio está a prolongada crise financeira do estado. Mas, estão, também, a falta de segurança pública e a falta de gestão e de visão da atual administração municipal, que se omite diante da proliferação desenfreada de camelôs por toda a cidade.
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Além de pesquisas mensais para avaliar o desempenho do setor, o Centro de Estudos do Clube de
Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, com o apoio do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, realiza levantamentos em torno de temas relevantes para o comércio. Neste sentido, duas pesquisas recentes, uma sobre os gastos com segurança, feita com 750 lojas, e a outra sobre os principais problemas do setor, com 500 estabelecimentos, revelam os prejuízos, os temores e a indignação dos lojistas. No primeiro semestre deste ano, o comércio varejista carioca gastou R$ 900 milhões com segurança, quase 20% a mais do que no mesmo período de 2017. A pesquisa mostra que, entre os 750 entrevistados, 180 tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados, cerca de 15% a mais do que no mesmo período do ano passado. Do total dos gastos, R$ 610 milhões foram com segurança privada e vigilantes, R$ 250 milhões com equipamentos de vigilância eletrônica e R$ 40 milhões com gradeamento, blindagens, reforços de portas e vitrines e seguros. Um gigantesco montante de recursos que poderia ser investido na abertura de novos negócios, em treinamentos e capacitação profissional, em inovação e
Já a segunda pesquisa, que ouviu 500 lojistas, apontou a violência, a carga tributária alta e a burocracia, a desordem urbana e os milhares de camelôs ilegais como os principais problemas do comércio. A falta de segurança pública é o pior problema para 48% dos lojistas ouvidos, enquanto para 28% deles, a excessiva carga tributária e a burocracia representam um grande entrave. Para 14% dos entrevistados, a crise é alimentada pelo conjunto de fatores: violência, impostos e burocracia em excesso, camelôs ilegais e desordem urbana. Ao opinar sobre os serviços de conservação da cidade (limpeza das ruas e bueiros, iluminação, poda de árvores, etc.), 35,71% dos 500 lojistas entrevistados disseram que são péssimos, 33,33% os consideraram ruins, 16,67% acharam que são regulares, 11,91% acreditam que sejam bons e apenas 2,38% avaliaram como ótimos. A atuação da prefeitura também deixa a desejar em relação à fiscalização e à repressão para coibir o comércio ilegal nas ruas do Rio: é péssima para 36% dos lojistas ouvidos, ruim para 38%, regular para 19%, boa para 5% e ótima para apenas 2%. A respeito de quais devem ser as prioridades da prefeitura, visando à revitalização do comércio, em primeiro lugar ficou o combate aos camelôs ilegais com 29%, seguido pela conservação urbana com 26%. Transporte (14%) e assistência à população de rua (10%) também se destacaram. Já 21% dos lojistas apontaram o item “outras prioridades”, sendo que, destes, 62% apontaram como prioridade o conjunto das opções apresentadas, enquanto 38% citaram a diminuição de impostos. Além de atuar em várias frentes nas esferas municipal, estadual e federal, o SindilojasRio e o CDLRio têm denunciado exaustivamente a ocupação irregular dos espaços públicos e a intimidação a lojistas, exigindo ações que coíbam a atuação de ambulantes ilegais. As duas entidades, que juntas representam cerca de 25 mil empresas lojistas, também vêm tentando, sem sucesso, o diálogo com a prefeitura do Rio, cobrando maior transparência nas decisões que afetam não apenas o comércio, mas toda a sociedade. Por isso, o recente lançamento do programa “Ambulante Legal” pela prefeitura do Rio causou espanto e mais apreensão entre os comerciantes. Hoje, a estimativa é de que existam 56 mil ambulantes ilegais espalhados pelos bairros cariocas, somados aos 14.300
Para o presidente do SindilojasRio e do CDLRio e, também, diretor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, Aldo Gonçalves, ao faltar com a transparência e evitar o diálogo, a prefeitura demonstra indiferença às dificuldades enfrentadas pelo comércio, que gera empregos e renda, prejudicando não apenas o setor como toda a população. “Em 18 meses, mais lojas fecharão suas portas e demitirão seus funcionários. A violência, os camelôs e a desordem urbana afastam os consumidores e estão quebrando o comércio. É preciso dar um basta nesta situação de caos. E para que isto ocorra, são fundamentais vontade política e a ação integrada dos poderes públicos, com o apoio de toda a sociedade e de suas instituições representativas”, ressaltou o dirigente. “O SindilojasRio e o CDLRio continuarão denunciando os problemas e cobrando soluções, sempre pautados pela ética e pela defesa dos interesses do comércio e da sociedade como um todo”, acrescentou.
CAPA
cadastrados. Além de não ouvir representantes dos ambulantes nem dos lojistas, a prefeitura alega que o programa levará até 18 meses para ser implantado.
O SindilojasRio e o CDLRio têm denunciado a ocupação irregular dos espaços públicos e a intimidação a lojistas
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tecnologia, o que geraria centenas de vagas formais de trabalho e renda, movimentando a economia e contribuindo para a recuperação social e econômica do estado.
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PESQUISAS
VENDAS DO COMÉRCIO CARIOCA RECUARAM 4,3% NO SEMESTRE As vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro recuaram 4,3% no acumulado do primeiro semestre do ano (janeiro/junho) em relação ao igual período de 2017. Os números são da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais da Cidade.
ano teve um baixo desempenho, influenciando significativamente no resultado do mês. “Este fraco desempenho mostra que o quadro atual da economia no Estado do Rio de Janeiro, com o desemprego em alta, a violência e o desenfreado crescimento da camelotagem tem influenciado o comportamento do consumidor, afetando a sua disposição de compra”, ressaltou ele.
No mês de junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas caíram 4,2%. É o sexto mês de resultado negativo (janeiro -3,7%, fevereiro -4,4%, março 3,6%, abril -3,5% e maio -3,2%).
A pesquisa mostra também que todos os setores do Ramo Mole (bens não duráveis) e do Ramo Duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos. Os que registraram as maiores quedas no faturamento no Ramo Mole foram tecidos (-9,1%), Calçados (-6,2%) e Confecções (-3,8%) e no Ramo Duro (bens duráveis) Móveis (-8,3%), Óticas (-8%), Joias (-6,1%) e Eletro (-4,2%). A venda a prazo foi a forma de pagamento preferida pelos consumidores.
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Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, o mês de junho, que sempre foi aquecido pelas vendas do Dia dos Namorados, uma das datas comemorativas mais fortes do comércio, este
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Termômetro de Vendas VENDAS ACUMULADAS COMPARADAS COM AS DO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
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PESQUISAS
SCPC Comércio registrou em julho a maior inadimplência do ano A Inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro aumentou 1,3% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior índice do ano, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio - Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, o índice de menos 6,9% nas Consultas mostra claramente o fraco desempenho do comércio. Ele voltou a citar a crise pela qual passa o Estado do Rio de Janeiro, como responsável pelo fraco desempenho das vendas no mês de julho.
As Consultas, índice que mostra o movimento do comércio, cairam 6,9% e as Dívidas Quitadas (que mostra o número de consumidores que colocaram suas dívidas em dia) aumentaram 1,8%.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano (janeiro/julho) em relação ao mesmo período de 2017, as Consultas recuaram 6,1% e a Inadimplência e as Dívidas Quitadas cresceram, respectivamente, 1% e 0,9%.
CONSULTAS
REALIZADAS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA
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REGISTROS INCLUÍDOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
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CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS
REGISTROS CANCELADOS EM NOSSO BANCO DE DADOS, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
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Movimentação - Janeiro a Julho de 2018 Segundo o LigCheque, registro de cadastro da entidade, em julho, em relação ao mesmo mês de 2017, as Consultas e as Dívidas Quitadas caíram, respectivamente, 9,9% e 1,8% e a Inadimplência cresceu 1,5%.
No acumulado dos primeiros sete meses desse ano (janeiro/julho) em relação ao ano passado, a Inadimplência aumentou 1,2% e as Consultas e as Dívidas Quitadas recuaram, respectivamente, 7,9% e 2,8%.
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AO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADAS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA
CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS
REGISTROS CANCELADOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
REGISTROS INCLUÍDOS NO CADASTRO DE CHEQUES, ACUMULADOS EM COMPARAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
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ARTIGO
ALDO GOLÇALVES
COMPETITIVIDADE: UMA MARCA DO COMÉRCIO
Presidente do CDLRio, SindilojasRio e diretor da CNC
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
Publicado no Jornal Monitor Mercantil em 22/6/2018.
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Tema apaixonante e de grande complexidade, a competitividade no comércio tem múltiplas facetas que merecem ser analisadas. Uma das atividades mais antigas do mundo, talvez seja a que mais transformações vem experimentando desde as suas mais remotas origens, avançando em direção a novos territórios na permanente busca de conquistar mercados e competir com novos produtos.
tor vem se modernizando. Investiu em treinamento, novas tecnologias, adotou melhores práticas e estratégias, redesenhou e tornou mais agradáveis e funcionais a apresentação das lojas, criou novos formatos e agilizou o sistema de crédito. Enfim, buscou melhorar o atendimento dos clientes, cada vez mais exigentes e informados, em sintonia com o consumo moderno que quer qualidade e preço.
Por isso está implícita na atividade a consciência da importância de competir, usando as ferramentas disponíveis em cada época. Foi assim que o comércio evoluiu acompanhando as tendências e os conceitos da modernidade para atender as expectativas dos consumidores e as exigências da economia de mercado, que não perdoa o amadorismo e pune a incompetência.
Para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada, inclusive com a participação de grandes conglomerados internacionais, as empresas não têm outra alternativa a não ser usar todos os recursos disponíveis para colocar seus produtos ou serviços no mercado. É aí que sobressai o papel da tecnologia e das comunicações, componentes imprescindíveis da competitividade no mundo dos negócios.
O comércio sabe como poucos que as atividades econômicas, em regime de livre iniciativa, são regidas por uma antiga e conhecida lei – a da oferta e da procura – onde o juiz é o consumidor. Dele emana o veredicto que sentencia o sucesso ou o fracasso de um produto ou de um serviço. Desde a época do Mercantilismo, na Antiga Grécia, esta verdade se faz presente em todos os momentos da História. Expondo as virtudes da racionalidade empresarial e a falência da concorrência predatória. No caso do varejo, por exemplo, especialidade com características específicas, a competição ganhou outra dimensão. É uma atividade que exige permanente investimento. Os empresários sabem disso. Para não ficar para trás, ganhar escala e enfrentar a concorrência o se-
O comércio varejista é caracterizado pelo uso intensivo de mão-de-obra e pela influência dos usos e costumes das comunidades que o cercam. Assim, as tecnologias de informação, a comunicação e as novas formas de organização são fundamentais para o desenvolvimento do setor. Por exemplo, a concentração de lojas nos primeiros centros comerciais e, hoje, nos modernos shoppings centers, onde o formato e a disposição dos estabelecimentos contribuem para o acirramento da competição, mostram que a competitividade sempre fez parte do negócio. Apesar de ser a mais antiga atividade do mundo, o comércio atualiza-se sempre, buscando as facilidades disponíveis em cada época e criando as suas próprias iniciativas, como foi o caso da instituição e a massificação das operações de compra e venda a
As fronteiras econômicas do Brasil foram abertas à competição internacional trazendo tecnologias e novos padrões de operação e eficiência, e obrigando o comércio varejista a se adequar às transformações. Com esse cenário e, também, para enfrentar a investida de fundos de investimentos na compra de tradicionais redes de lojas brasileiras, as empresas varejistas buscaram alternativas, concentrando seus esforços em parcerias e fusões. Mas, descobriram que precisavam ir além, que era fundamental qualificar a sua mão de obra, preparando-a para enfrentar os desafios atuais e do futuro. Conscientes, elas têm caminhado no rumo da profissionalização do varejo, incorporando conhecimentos técnicos, estratégicos e de gestão, trazendo consideráveis melhorias de eficiência para o setor, que poderiam ser bem maiores não fosse a carência de entidades de ensino preparadas para atender a estas inadiáveis exigências, com baixo custo de formação. Antes dessa verdadeira revolução, eram as instalações físicas o grande patrimônio das empresas. O diferencial competitivo era ter sede própria. Hoje, os ativos de maior valor são os colaboradores e a clientela. Para manter os clientes fiéis, a equipe precisa estar bem treinada. E isto só se consegue com o permanente investimento na capacitação das pessoas. Convém destacar que o comércio varejista de um modo geral vem se adequando às mutações do
PDV
mercado e acompanhando de perto as exigências do consumo de hoje, totalmente diferente do que acontecia até recentemente. Consumir deixou de ser necessidade para se transformar em prazer, na experiência de compra. Para atender a essas exigências, o comércio varejista tem se preocupado, mesmo que timidamente, com a capacitação de seus colaboradores, instrumentalizando-os para o uso de técnicas de vendas, com a utilização das modernas ferramentas de tecnologia e de organização, proporcionando um salto de qualidade na venda dos produtos. Um bom exemplo é a venda por correspondência e por catálogos, embrião da venda pela internet, cuja utilização nas atividades comerciais provocou o célere crescimento do e-commerce, tendo como consequência imediata as transformações nas formas de comercialização impulsionadas apela competição.
ARTIGO
crédito por meio de carnês, fórmula usada até hoje. Aqui, vale destacar que foi uma iniciativa dos empresários lojistas cariocas a criação, em 1955, do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que revolucionou o sistema de crediário no Brasil e que deu origem ao Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), que por sua vez originou novos CDLs por todo o país e, inclusive, às entidades estaduais como a FCDL-RJ e a própria CNDL.
O surgimento de plataformas cada vez mais diversificadas, com milhões de usuários mundo afora, como o Google, Facebook e blogs para citar apenas alguns, tem contribuído para o crescimento da competitividade entre as empresas comerciais. Não somente no comércio de bens, mas, também, de serviços. Como o Uber, que tem afetado profundamente o mercado de táxis, o serviço de locação de automóveis tipo Uber, de carros autônomos, que é um passo à frente do sistema do Uber; o mercado de seguros, que será afetado pelos carros autônomos na medida em que alguns fabricantes dão garantia que os carros não “batem”, etc. É a imaginação sem limites impulsionada pelo desenvolvimento tecnológico, produzindo uma série infindável de inovações. Tudo incentivado pela competitividade. A par de tantas dificuldades e dos percalços da economia, que penaliza duramente os setores produtivos, acreditamos num futuro promissor para o comércio. Que, apesar desse cenário, parecido com os de vezes anteriores, vai encontrar saídas e continuar, como no início da sua história, competindo sempre.
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ESPECIAL Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
Verdades e mentiras sobre o Cadastro Positivo
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Quando o Cadastro Positivo estiver funcionando plenamente no Brasil, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas terão acesso ao mercado de crédito. Segundo o superintendente de Serviços ao Consumidor da Boa Vista SCPC, Pablo Nemirovsky, mesmo pessoas que estão com o nome sujo poderão ser beneficiadas, ao contrário do que se acredita. “Quem está inadimplente enfrenta dificuldade para conseguir crédito e, quando consegue, o obtém com juros muito mais altos. Ao participar do Cadastro Positivo, essas pessoas poderão mostrar que pagam contas em dia e que têm capacidade de retomar o controle de suas finanças. Assim, construirão um histórico de pagamento, retomando seu acesso ao crédito”, explicou. O Projeto de Lei Parlamentar (PLP) 441/2017 que determina a inclusão automática dos consumidores no Cadastro Positivo – sem a necessidade de adesão – teve seu texto-base aprovado pela Câmara dos Deputados em maio, porém ainda falta concluir
a votação dos destaques, para que a matéria seja votada também no Senado. Para esclarecer dúvidas sobre o Cadastro Positivo, a Boa Vista SCPC, parceira do CDLRio, respondeu as questões mais recorrentes, que a revista O Lojista reproduz, a seguir:
O CONSUMIDOR SERÁ INCLUÍDO AUTOMATICAMENTE NO CADASTRO POSITIVO. VERDADE! O consumidor estará automaticamente incluso, mas poderá cancelar ou reabrir seu cadastro. Além disso, poderá acessar gratuitamente todas as suas informações, inclusive pontuação de crédito (score) e histórico de pagamentos existente no banco de dados; e abrir solicitação para correção de informações prestadas equivocadamente pelas fontes (credores).
RENDA E BENEFÍCIOS COMO APOSENTADORIA FARÃO PARTE DO CADASTRO POSITIVO.
MENTIRA!
MENTIRA!
O score só pode ser observado por empresas que estejam avaliando a concessão de crédito ou transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro. O histórico detalhado do tomador de crédito não estará disponível.
Nem informações de salário ou de aposentadoria, como dados de saldo em conta corrente, investimentos, pagamentos à vista e nem mesmo limite de crédito fazem parte do Cadastro Positivo. Esse tipo de informação não chega aos gestores de banco de dados, o que garante a privacidade dos consumidores.
MENTIRA! O Cadastro Positivo não afeta o sigilo bancário e muito menos invade a privacidade dos dados do cadastrado. Na hipótese de vazamento de dados do cadastrado, os envolvidos poderão ser punidos com reclusão de um a quatro anos e multa, conforme a Lei Complementar 105 (Lei do Sigilo Bancário). Além disso, o Cadastro Positivo respeita todas as salvaguardas para o consumidor previstas no Código de Defesa do Consumidor.
O CADASTRO POSITIVO INVADE A PRIVACIDADE DOS DADOS DOS CONSUMIDORES. MENTIRA! Não há invasão de privacidade porque não há quebra de sigilo bancário. A nova lei permite que os bancos, empresas de água, luz, telefone, varejo e outras enviem informações apenas do comportamento de pagamento das operações de crédito, dos serviços continuados (luz, água, telefonia fixa etc) e de telefonia móvel pós-paga. Os bancos não enviarão dados como saldo em conta corrente, extrato bancário, poupança, investimentos ou detalhes de compras feitas com cartões de crédito. Esses dados são protegidos pela Lei do Sigilo Bancário.
AS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E DE INVESTIMENTOS FARÃO PARTE DO CADASTRO POSITIVO. MENTIRA! Tanto a lei atual quanto o texto-base do PLP permitem apenas o compartilhamento de informações do histórico de pagamento das transações que envolvam risco financeiro, ou seja, operações de crédito e consumo, como datas de vencimento e de pagamento das faturas/parcelas e os valores dos mesmos. Dados que não estiverem vinculados à análise de risco de crédito ao consumidor e informações sensíveis, como as consideradas de origem social e étnica, à saúde etc, não entram no Cadastro Positivo.
O CADASTRO POSITIVO LEVARÁ A UMA SITUAÇÃO DISCRIMINATÓRIA. MENTIRA! Segundo estudos do Banco Mundial, feitos em diferentes países dos cinco continentes, um dos principais benefícios do Cadastro Positivo é justamente a inclusão no mercado do crédito.
O CADASTRO POSITIVO DIMINUIRÁ A ASSIMETRIA DOS DADOS E AUMENTARÁ A COMPETIÇÃO ENTRE OS BANCOS. VERDADE! Com o aumento significativo das informações relacionadas ao comportamento de pagamento, será menor a assimetria de informações que existe hoje entre os credores. Isso propiciará maior assertividade nas decisões de crédito e contribuirá para que mais empresas concorram com os grandes bancos para oferecer melhores condições ao consumidor ou às empresas. Os concedentes de crédito terão acesso ao score de crédito que considera o histórico de pagamento de todos os consumidores e não apenas daqueles que hoje são seus clientes, o que contribuirá para aumentar a competição entre bancos, fintechs, varejistas e financeiras na busca por novos clientes, com taxas de juros mais atrativas.
AS TAXAS DE JUROS PODERÃO DIMINUIR COM O CADASTRO POSITIVO. VERDADE! A experiência mostra que, nos países onde o Cadastro Positivo foi introduzido, os juros e a inadimplência recuaram e a facilidade na obtenção de crédito aumentou. Os juros recuam porque o aumento da quantidade de dados sobre o consumidor reduz o risco nas operações de crédito, e os concedentes têm mais condições de distinguir bons e maus pagadores. Essa redução dos riscos ajuda a derrubar os spreads e, consequentemente, os juros. Além disso, o Cadastro Positivo aumenta a concorrência entre os bancos, pelo fato de que mais agentes, como bancos menores e fintechs, terão acesso aos dados, hoje exclusivos dos grandes bancos. Fonte: Boa Vista SCPC
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
O CADASTRO POSITIVO QUEBRA O SIGILO BANCÁRIO E ELIMINA A RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
ESPECIAL
TODOS PODEM ACESSAR MINHAS INFORMAÇÕES DO CADASTRO POSITIVO.
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MERCADO E TENDÊNCIAS
FEIRA DE MODA ÍNTImA REUNIU 14 MIL PESSOAS EM NOVA FRIBURGO A 28ª edição da Fevest – Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima foi realizada entre os dias 4 e 8 de julho no Nova Friburgo Country Clube e reuniu, ao longo dos cinco dias de evento, cerca de 14 mil pessoas, entre compradores nacionais e internacionais, expositores e clientes, com estandes lotados, desfiles, palestras e muitas vendas. Segundo balanço do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região, o Sindvest, realizador da Fevest, a estimativa de geração de negócios a partir desta edição é de R$40 milhões. O evento contou com mais de 100 estandes, ocupados por confeccionistas e fornecedores do setor, e recebeu visitantes de 23 estados brasileiros, além de países como China, Estados Unidos, Peru, Bélgica, Suíça e Argentina. Um dos conceitos principais da Fevest, este ano, foram as ‘lingeries joia’, criação de peças íntimas conjugadas com acessórios, de valor agregado, que tiveram destaque nos desfiles de abertura. Os empresários investiram em peças com detalhes em ouro, sendo um conjunto com gargantilha de ouro fixada nas alças do sutiã, cobrindo os seios,
como a mais cara. O conjunto é avaliado em mais de R$21 mil. Mas não faltaram também outras criações em tecidos luxuosos, rendas e malharias, tecidos tecnológicos com estampas modernas, peças com sustentação de formas sensuais, lingerie estilo outwear e sport lingerie, corpets, tops e bodies aparentes com rendas importadas e microtules sofisticados. Para o presidente do Sindvest, Marcelo Porto, “a Fevest exige um trabalho contínuo, por isso falamos que ela dura um ano inteiro. Assim que termina a feira, os confeccionistas separam seus pedidos e começam imediatamente a trabalhar em novas produções, também em função da demanda a partir da Fevest. Temos os três dias dedicados a negócios, mas nos dois últimos, quando acontecem as vendas a varejo, os negócios continuam sendo gerados. Há pessoas que antes compravam para consumo ou para presentear, e agora veem no polo uma oportunidade de negócio, de fonte de renda. A Fevest é glamour, é negócio, é uma feira de relacionamentos, e também de aprimoramento, porque cada vez mais o mercado nacional exige".
2ª EXPO BRASIL RIO DE JANEIRO Os lojistas fluminenses terão pela segunda vez a Expo Brasil Rio de Janeiro. Será nos dias 10, 11 e 12 de setembro, no SulAmérica Centro de Convenções, na Cidade Nova, junto à estação do metrô do Estácio. A feira reunirá grande mix de variados segmentos da indústria nacional e importados voltados para lojistas.
O SindilojasRio, dando apoio à Expo Brasil, terá estande para prestar serviços aos lojistas cariocas. Acompanhe notícias da feira no portal www.sindilojas-rio.com e no informativo Notícias Expressas. Para receber, solicite-o pelo e-mail comunicacao@sindilojas-rio.com.br, informando nome e e-mail e nome e endereço da loja, no caso de ser lojista.
SERVIÇOS PARA O LOJISTA Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
Certificação Digital é no SindilojasRio
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O certificado digital é um documento eletrônico que identifica pessoas, empresas, sistemas e equipamentos no mundo digital. Sua função é garantir mais segurança nas transações eletrônicas e oferecer validade jurídica. Seu uso é incentivado por obrigatoriedades definidas por entidades como a Receita Federal do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O certificado digital é extremamente benéfico, uma vez que traz comodidade, praticidade e agilidade, além de garantir segurança, autenticidade e sigilo nas transações que praticamos pela internet. O SindilojasRio possui uma parceria com a CertifiqueOnline, especializada no ramo que vende e emite certificados digitais em todo território nacional e é credenciada na rede Certisign. Juntos garantem um atendimento diferenciado para os associados e para o
público em geral. Com vários pontos de atendimento, os clientes são recebidos em horários agendados, sem fila e com a emissão dos certificados na mesma hora. Os agendamentos podem ser feitos na sede do SindilojasRio, no Centro ou nas suas quatro delegacias de serviços: Barra da Tijuca, Campo Grande, Copacabana e Madureira. Os certificados digitais têm a garantia da Certisgn, maior autoridade da América Latina e a qualidade dos serviços da Certifique Online, líder do mercado no Rio de Janeiro. A parceria ajuda as pessoas, as empresas e a sociedade a adotarem a certificação digital como meio para aprimorar sua performance, aproveitar melhor seus recursos e garantir a sustentabilidade.
SERVIÇOS PARA O LOJISTA
ACERTE NAS VENDAS COM MELHORES RESULTADOS! Estamos vivenciando um mercado cada vez mais competitivo, num cenário atual de crise econômica e aumento de inadimplência. Por isso, é imprescindível termos análises inteligentes e robustas para tornar as vendas mais assertivas e as decisões mais seguras nos negócios. O CDLRio | Boa Vista SCPC está sempre inovando seu portfólio de serviços em busca de soluções e ferramentas que auxiliem sua empresa a identificar cada vez mais clientes potenciais no mercado. Pensando em manter o sucesso de suas vendas, oferecemos a solução ideal: o ACERTA CADASTRAL. O Acerta Cadastral integra todas as informações cadastrais relativas à Pessoa Física. Informações estas que você precisa no seu dia a dia, trazendo tranquilidade e segurança para o seu negócio e suas vendas.
Apresenta em seu relatório informações completas de identificação, como: localização, telefones vinculados ao documento, confirmação de endereço por telefone e muito mais. Acerta Cadastral é um relatório completo que ajuda sua empresa a validar e atualizar informações cadastrais de seus clientes, além de identificar e localizá-los por meio de dados de contato com informações declaradas no mercado. Reduz o risco de fraudes, aumentando a probabilidade de contatar a pessoa correta. Consegue localizar pessoas para prospecção, rentabilização e cobrança, permite validar e atualizar o cadastro dos clientes, com precisão e qualidade de dados. Agende uma visita com um de nossos consultores e conheça nosso portfólio de serviços. Contatenos pelos telefones 21 2506-1215 ou 3812-1500, ou pelo e-mail comercial@cdlrio.com.br. Nossos consultores estão aptos a oferecer o produto ideal para o seu negócio.
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HISTÓRIA DO COMÉRCIO
HÁ 95 ANOS NASCIA O CREDIÁRIO NO BRASIL
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O sistema de venda comercial em prestações teve início no Brasil no dia 23 de maio de 1923. A história começou com um cidadão português chamado Benfica, motorista particular, profissão na época mais conhecida como chauffeur. Ele tinha um sonho: poder adquirir um relógio com corrente de ouro. Certo dia, decidiu concretizá-lo. Foi à loja onde havia o desejado relógio, sendo atendido por um conterrâneo lusitano, Leopoldo Geyer, genro da família para quem Benfica trabalhava.
gios, joias e óculos que, mais tarde, se tornaria a Casa Masson. Fundado em 1871, em Porto Alegre, pelo relojoeiro gaúcho Reynaldo Geyer, pai dele, e pelo joalheiro carioca Leopoldo Masson, o estabelecimento exibia em sua vitrine o artefato que dava nome à loja: um relógio constituído somente por um mostrador de vidro transparente suspenso e dois ponteiros, muito moderno, considerado uma das atrações da cidade. No Rio havia uma filial da empresa lojista.
“Queres um relógio?” – perguntou Leopoldo. E Benfica respondeu: “Querer eu quero, mas não posso pagar!” O vendedor, colocando o relógio na mão do chauffeur, disse: “É seu! Vai me pagar em 12 meses”. Benfica chegou a chorar de emoção. E, assim, Leopoldo Geyer deu início à primeira venda à prestação no Brasil.
Em 1923, a situação da economia no País era uma das piores. A cotação do dólar havia sofrido uma violenta alta, saltando de 3 mil réis para 9.300 réis/1 dólar. Em consequência, as lojas que vendiam objetos importados viram seus clientes diminuírem, como ocorreu com a “Pêndula Misteriosa”.
Na ocasião, Leopoldo já trabalhava há 20 anos na “Pêndula Misteriosa”, loja especializada em reló-
Então, para reverter esta situação e continuar a vender seus artigos importados, Leopoldo Geyer,
Leopoldo persistiu com seu plano para aumentar as vendas, em um período de recessão econômica, apostando que sua ideia poderia salvar o seu negócio. E a sua proposta tornou-se vitoriosa. Naturalmente, o setor de crédito da Casa Masson enfrentou muitas dificuldades. As pessoas que desejavam comprar a crédito não queriam fornecer seus dados pessoais. Por outro lado, era difícil saber quem era bom ou mau pagador. Leopoldo colocou, então, seus funcionários para percorrer armazéns,
açougues e outras lojas, para saber quem eram aqueles que costumavam não pagar as suas compras no fim do mês. Em pouco tempo, identificou muitos caloteiros, que ficavam, por isto, impedidos de ter crédito na Masson. Leopoldo Geyer estava no caminho certo. Quando o chauffeur Benfica pagou a 12ª prestação, a Casa Masson já contava com 250 fichas de bons pagadores. Nesta história do varejo no Brasil há uma interessante coincidência. O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, o primeiro a ser criado no País, foi fundado para ser um sistema de vendas a crédito em loja. A semente se desenvolveu e se espalhou, com a criação de CDLs em todo o país. E a coincidência: um dos presidentes do CDLRio foi o empresário Jorge Franke Geyer, filho do homem que teve a ideia de criar o sistema de venda a crédito para o comércio lojista.
HISTÓRIA DO COMÉRCIO
em um gesto audacioso, declarou que passaria a conceder crédito. Muitos de seus colegas lojistas consideraram-no um louco: “Agora mesmo é que a “Pêndula” vai parar! ”, diziam, porque nenhuma loja vendia a prazo, apenas à vista. Somente os negociantes de secos e molhados e açougues vendiam a crédito, anotando no caderno as compras de cada freguês, saldadas sempre no fim no mês.
CURIOSIDADES
CURIOSIDADES Caneta quebrada
Um dos maiores sites de leilão do mundo, o eBay, foi fundado em 1995. O primeiro produto vendido pelo site foi uma caneta laser quebrada, arrematada por US$14,83. A caneta foi vendida pelo próprio criador do eBay, Pierre Omidyar. Achando a venda curiosa, ele entrou em contato com o comprador para certificar-se se ele sabia que a caneta estava quebrada. O comprador não só sabia como era um colecionador de canetas lasers quebradas. Isso fez com que Omidyar percebesse que qualquer coisa poderia ter chance de ser vendida em seu site.
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Vendendo a alma
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No início era possível vender de tudo no eBay. E quando dizemos de tudo, é tudo mesmo! Em 2007, um usuário de Madrid chamado Pablo Peñalver decidiu vender a sua alma no eBay. Sim, a alma! E ele conseguiu a façanha de vender a sua alma por €47,51. No anúncio, ele dizia que a alma era “certificada e estava com todos os papéis em dia”, além de ter várias finalidades como “jogar poker, fazer um pacto com o diabo ou brincar com as crianças”.
O lucro da Amazon
A Amazon também foi fundada em 1995 e o seu lema sempre foi vender produtos a preços baixos. Porém, esse lema fez com que a empresa demorasse a colher os frutos das suas vendas. Um dos fatos curiosos sobre a Amazon é que registrou lucro, pela primeira vez, em 2003, fechando o ano no azul. Atualmente, a Amazon é uma das maiores empresas de e-commerce do mundo e chega a vender mais de 300 produtos por segundo, no período das festas de fim de ano.
Compras coletivas
A ideia de compras coletivas surgiu a partir do comportamento de alguns consumidores chineses. Eles se juntavam e iam até as lojas para realizar compras em grandes quantidades e negociar descontos. Esse tipo de venda foi migrado para a internet, em 2008, com a criação do Groupon, um dos maiores sites de compra coletiva do mundo. O modelo de compra coletiva tornou-se muito popular e a empresa chegou a receber propostas de compras de até US$ 6 bilhões. A empresa recusou todas as ofertas de compra e atualmente o seu valor é estimado em US$4,5 bilhões.
As melhores cores
Há muitos estudos sobre o efeito das cores no nosso cérebro. Dizem que o vermelho é a melhor cor para ser relacionada com comida, por isso vemos muitos restaurantes e lanchonetes usando-o na sua identidade visual. E o e-commerce também conta com algumas cores estimulantes. Estudos apontam o azul e o verde como as melhores cores para uma loja on-line. O azul dá sensação de clareza, simplicidade e eficiência. Enquanto o verde traz esperança e positividade, motivando o cliente a finalizar a compra.
O leitor tem algum fato curioso para compartilhar com a gente? Se a resposta for sim, envie-nos por e-mail, para lojista@sindilojas-rio.com.br
Doenças perigosas estão de volta e podem até matar. Crianças, adultos e idosos precisam se proteger.
De acordo com o ministério da Saúde, a campanha tem como objetivos: vacinar quem nunca tomou a vacina; completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas; dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção). Este ano, a campanha tornou-se ainda mais importante devido ao retorno da circulação do sarampo no território brasileiro, à ameaça da poliomielite e à constatação de que a queda nas coberturas vacinais, em todo o país, vem aumentando desde 2016. Doenças já erradicadas voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro são alguns dos estados que já confirmaram casos de sarampo este ano. Em mais de 300 municípios, menos de 50% das crianças foram vacinadas contra a poliomielite. Ninguém deve deixar de se vacinar porque perdeu a carteira de vacinações. Embora o registro
seja importante para o controle individual e, também, para não dispender recursos públicos com vacinas repetidas, não há prejuízo à saúde de tomar o imunizante novamente. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) alerta que essas doenças e, ainda, outras como rubéola, difteria e caxumba podem voltar a circular no Brasil caso a cobertura vacinal, sobretudo entre crianças, não aumente.
VACINA CONTRA A GRIPE
Apesar da vacina contra a gripe ainda estar sendo ofertada, mais de seis milhões de pessoas do público prioritário deixaram de se proteger contra a doença este ano. Gestantes e crianças continuam sendo os que menos procuram as salas de vacinação.
E a região Sudeste é a que segue com a menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento. Boletim do ministério da Saúde apontou que, até o início de julho, foram registrados 4.226 casos de influenza em todo o país, com 745 óbitos. Do total, 2.538 casos e 495 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 889 casos e 127 óbitos. Além disso, foram 317 registros de influenza B, com 44 óbitos e os outros 482 de influenza A não subtipado, com 79 óbitos. Ou seja, a vacina contra a gripe pode evitar mortes. Saiba mais sobre a campanha de vacinação, acessando: http://portalarquivos.saude. gov.br/campanhas/vacinareproteger
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Vai até o dia 31 de agosto a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo, visando imunizar 11,2 milhões de crianças. Crianças entre 1 e 5 anos podem ser levadas a um dos mais de 36 mil postos de saúde espalhados pelo país para receber vacina, independentemente de já terem tomado o imunizante ou não (com exceção para quem tomou a vacina nos últimos 30 dias).
SAÚDE E BEM-ESTAR
Vacinar é preciso!
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LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS
Obrigações dos Lojistas Agosto e Setembro de 2018 1/08 3/09
DCT - Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.
20/08 SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIO20/09 NAL – Pagamento do DAS referente
3/08 4/09
ISS – Recolhimento do imposto. O prestador deverá gerar no sistema o documento de arrecadação relativo às NFS-e emitidas. Lembrete: os prestadores de serviços devem recolher o ISS no terceiro dia útil de cada mês, conforme Dec. nº 44.030 de 07/12/17.
20/08 INSS- Recolher a contribuição previ20/09 denciária referente ao mês anterior
ICMS – Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados ao anexo único do Dec. nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior.
24/08 COFINS - Recolher 7,6% para empre25/09 sas tributadas no lucro real.
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7/08 6/09
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7/08 6/09
FGTS – Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.
7/08 6/09
CAGED – Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês anterior. IR/FONTE – Referente a fatos gerado-
10/08 res ocorridos no mês anterior. 10/09
ICMS - Empresas varejistas e atacadistas
10/08 devem efetuar o recolhimento do tributo 10/09 apurado relativamente ao mês anterior.
15/08 14/09
PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos geradores ocorridos na 2a quinzena do mês de julho/agosto-18 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).
ao período de apuração do mês anterior. Julho/agosto18).
24/08 COFINS - Recolher 3% sobre a receita 25/09 do mês anterior, exceto as empresas tributadas no lucro real.
24/08 PIS - Recolher 0,65% sobre as opera25/09 ções do mês anterior. PIS, COFINS, CSLL – Referente a fatos
31/08 geradores ocorridos na 1a quinzena 28/09
do mês de agosto/setembro/18 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL). IR/PJ - Empresas devem efetuar o re-
31/08 colhimento do tributo incidente so28/09 bre o período de apuração do mês anterior.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - Empresas
31/08 tributadas com base no lucro real, 28/09
presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.
O LOJISTA RESPONDE
Pergunte!
De acordo com a Lei nº 8006/18, quando as sociedades comerciais e os empresários titulares de estabelecimentos comerciais localizados no Estado do Rio de Janeiro deverão substituir os sacos ou sacolas plásticas descartáveis pelas sacolas reutilizáveis/ retornáveis de trata a referida Lei?
As sociedades comerciais e os empresários, de que trata o art. 966 do Código Civil, ficam proibidos de distribuírem (gratuitamente ou cobrando) sacos ou sacolas plásticas descartáveis, compostos por polietilenos, polipropilenos e/ou similares, devendo substituí-los em 18 meses, a contar da entrada em vigor da Lei, ou seja desde 25/06/18, para as sociedades e os empresários classificados como microempresas e/ou empresas de pequeno porte e 12 meses, a contar da entrada em vigor da Lei (25/06/18), para as demais sociedades e empresários titulares de estabelecimentos sujeitos à referida Lei.
A empregada que engravidar durante o contrato de experiência terá direito à estabilidade provisória?
Sim. Com a alteração da súmula 244 o TST passou a entender que a empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno será computado na jornada de trabalho?
Não. Conforme dispõe a Lei nº 13.467/17, o tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser considerado tempo à disposição do empregador.
A duração diária do trabalho pode ser acrescida de quantas horas extras?
O art. 59 da CLT dispõe que a duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Qual o valor da multa para o empregador que mantiver no seu estabelecimento empregado não registrado?
De acordo com o art. 47 da CLT, o empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 por empregado não registrado, acrescido de valor igual em cada reincidência. Quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 por empregado não registrado. Deve ser observado ainda, a obrigatoriedade de as informações constarem no e-social, pois sua omissão também acarretará multas.
A quem cabe a higienização do uniforme estipulada pela empresa?
Conforme art. 456-A, parágrafo único da CLT, a higienização do uniforme é de responsabilidade do empregado, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.
Ocorrendo a extinção da empresa, o empregado tem direito ao recebimento do aviso prévio?
Sim. O aviso prévio é devido integralmente na extinção da atividade da empresa, conforme Súmula nº 44 do Tribunal Superior do Trabalho: “SÚMULA DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) Nº 44 AVISO PRÉVIO - Res. nº 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio”.
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
DÚVIDAS JURÍDICAS Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias pelo tel. 2217-5062, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do SindilojasRio, e suas respostas.
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OPINIÃO
Os tempos mudaram e os relacionamentos pioraram, sobrando agressividade e desrespeito por todos os lados. Nos dias de hoje, com um simples clique, em segundos, a remessa é feita e o protocolo de entrega vem logo a seguir. Até o extrato de uma conta corrente, seja de pessoa física ou jurídica, pode ser extraído nos caixas eletrônicos ou em um computador habilitado.
VALMIR DE OLIVEIRA
Gerente Administrativo/Financeiro do SindilojasRio
Hora de rever conceitos É preocupante a distância que surgiu entre a evolução tecnológica e a involução no relacionamento entre nós, pessoas. Com as facilidades da alta tecnologia, esperava-se que as pessoas se aproximassem mais umas das outras e que a educação desse um salto de qualidade nos dois sentidos: cultural e pessoal.
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
Infelizmente, os papéis se inverteram e não fomos capazes de aproveitar a velocidade de aprendizagem que a ciência nos proporcionou com a quantidade de informações oferecidas, até nas redes sociais, diariamente.
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Hoje, praticamente, faz-se tudo pela internet: consultas, envios de relatórios obrigatórios aos órgãos federais, estaduais e municipais, compras, namoros virtuais, lemos notícias em tempo real e tantas outras ações com abrangência nacional e internacional. Apenas como exemplo, nas décadas de 70/80, enfrentávamos filas quilométricas para entregar um balanço contábil ao Ministério da Fazenda, uma lei de 2/3 ao Ministério do Trabalho ou um simples arquivamento na Junta Comercial. Sem apelarmos para o saudosismo, quantas amizades se concretizaram na recepção dos documentos e nas filas. As pessoas se respeitavam e sobrava ternura no tratamento entre elas.
Provavelmente, em razão dessa evolução, uma vez que não é mais necessário o contato físico, nos distanciamos uns dos outros e nos tornamos rudes. Ficou fácil ser grosseiro. Em qualquer instância o relacionamento deu uma caída. O vocabulário empobreceu, o jeito de falar endureceu e quem é educado sofre críticas. Os brutos estão na mídia e se multiplicam. Dá uma dor no coração! Lembram da Susan Boyle? De origem humilde, fez sucesso em um programa de calouros na televisão, foi apresentada a milhões de pessoas em um pedestal, não suportou a pressão e sucumbiu. No outro dia manchetes preconceituosas espelhavam, sem o menor senso de solidariedade: “A feiosa da Susan Boyle foi parar numa clínica psiquiátrica”. Falta de respeito, perseguição descabida, enfim, perversidade pura. Seguindo a mesma linha, em um jornal de grande circulação, bem no meio de uma coluna social, foi escrito que uma conceituada joalheria estava oferecendo aos clientes um saco plástico preto, sem identificação, como os das “lojinhas da Saara”, para que eles levassem, com discrição e segurança, as joias compradas lá. Primeiro, faltou habilidade. Segundo, expôs os clientes a furto ou roubo, pois quem saísse da loja portando os tais sacos pretos seria abordado na primeira esquina, com toda certeza. Terceiro, as “lojinhas da Saara” são lojas como quaisquer outras, não merecendo serem depreciadas. A característica do ambiente Saara, digamos assim, é oferecer produtos com seus preços convidativos a uma clientela que se sente bem e à vontade para ir lá fazer compras. Qual é o problema? Afinal, o direito de ir e vir é constitucional! Por tudo isso, é nítida a necessidade de treinar e exercitar o modo de falar com os nossos semelhantes, rever conceitos e zelar pela escrita elegante que não gere interpretações dúbias. Há que se ter respeito e bom senso, educação e racionalidade em todos os nossos atos, mesmo porque depois de Deus as pessoas mais importantes na nossa vida são os outros! Contato: rh@sindilojas-rio.com.br
CENTRO DE TREINAMENTO DO SINDILOJASRIO
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O Centro de Treinamento Presidente Aldo Gonçalves é o espaço destinado a treinamentos, recrutamento e seleção, reuniões e eventos, com toda a infraestrutura necessária à realização dessas atividades. Para seus próximos eventos, consulte-nos e conheça as vantagens de alugar um espaço no Centro de Treinamento do Sindilojas.
Revista O Lojista | Julho e Agosto de 2018
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