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16. Apotegmas eregras monásticas

Comofimdas perseguiçõesromanas aoscristãos, oCristianismo teveque buscar caminhos alternativos à santidade que não passassem pelo "martíriovermelho"ou"de sangue". Surge, neste contexto edeum modo cronológico ede crescente sociabilização comunitária, o eremitismo, o cenobitismo e, depois, o monasticismo, deondeproliferam ostextos de apotegmas e de regrasmonásticas.

Jáporseulado,asregras monásticas -deonde posteriormente surgirão asdemaisregras,ou constituições, de ordens econgregações religiosas posteriores à Idade Média - têm uma outra particularidade.

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Feitaabreve apresentação destes génerosliterários,pode-sereferenciar osseguintes exemplos característicos dos mesmos: História Lausíaca de PaládiodaGalácia (ca. 363-ca. 425),emqueesteautor discorre sobreavida dosprimeiros mongescristãos no Egipto; Regro deSão Bento, atribuída a BentodeNúrsia(ca. 480-ca. 547)eque é anorma daOrdemBeneditina; RegroLatino, atribuída a Bernardode Claraval (1090-1153) e Hugode Payens(ca. 1070-ca. 1136)que,inspiradaem textos de Agostinho de Hiponae na RegrodeSão Bento, foio código deconduta dos Templários. Fique-se aqui, e como meroexemplo ilustrativo, comumbreveapotegma (NICODEMOS O HAGIORITA - The Philokalia, ed. G.E.H. PALMER; Kallistos TimothyWARE, vol. 4. London: FaberandFaber,2010,292).

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Primeiraspalavras dotexto gregoda HistóriaLausiaca dePaládio daGalácia ecapa deuma recente edição inglesadestaobra.

"Umdiaperguntou-se 00 abade Agatão: «Oqueé melhor: a ascese corporal ouavigília interior?». Este respondeu: «Os homens assemelham-se àsárvores; o trabalho corporal éa folhagem ea vigília da mente éo fruto: ora,todas asárvores quenãodãofruto -está escrito - serão decepadas e atiradas aofogo. É evidente que toda anossapreocupação deve centrar-se nos frutos; isto é, guardar o nosso espírito. Todavia, também temos necessidade da sombra edabelezada folhagem, que representam aascesecorporal»".

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