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Revista do Movimento Encontrão - Comunidade! Cristo+Bíblia+Ética - Edição 05 - Ano 2013
EDITORIAL
T
alvez você faça, quem sabe tenha alguma peça em casa, conhece alguém que faz ou só ouviu falar em patchwork. Esta é uma técnica em que
AGENDA
EXPEDIENTE
se unem tecidos de múltiplas cores e formatos com o objetivo de ter uma só peça. É um trabalho com retalhos. Esta revista está cheia de palavras que foram costuradas com a intenção de levá-lo a uma reflexão sobre o viver em comunidade. Tenho a impressão de que, ao terminar de lê-la, você irá agradecer pela sua, buscar por mudanças ou terá o desejo de fazer parte de uma mudança. Não apenas pelos relacionamentos, mas pela vida transformada, que o evangelho de Jesus nos apresenta, você perceberá que, como cristão, precisa fazer parte
Revista Movimento Revista de circulação interna do ME Edição 5 Ano 2013 Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição gratuita
29 e 30 de Março Assembleia Geral do ME CPM-Curitiba/PR
14 a 26 de Janeiro Projeto Missionário da MZ Juazeiro/BA
29 e 30 de Março Encontro de Ministros de Louvor com Marcell Steuernagel São Gabriel da Palha/ES
01 a 04 de Março Encontrões Regionais
12 e 13 de Abril Encontro de Líderes de Grupo de Casais com Claudio e Lorita Gernhardt Florianópolis/SC 24 e 25 de Maio Encontro de Lideranças Florianópolis/SC
à sua comunidade, a Cristo, à Bíblia e à ética, que precisa ser costurada de tal forma, que não venha a arrebentar pelos desejos e tentações de nosso contexto. Editorial Joana Bauer Wulff
Diretor Executivo ME: Airton Härter Palm Editorial: Joana Bauer Wulff Projeto Gráfico: Vagner Martins Revisão: Simony Ittner Westphal Diagramação: Vagner Martins
09 a 12 de Janeiro Escola de Missões Jovem Joinville/SC
10 a 14 de Fevereiro -Seminário Plantar Igrejas e Semana Acadêmica da FATEV com Ricardo Agreste CPM-Curitiba/PR
deste corpo. A partir do momento em que seu velho homem egoísta foi “descosturado”, para que Jesus costurasse um novo homem, que se relaciona como ele, você é desafiado a se dedicar ao ensino, à comunhão, ao partir do pão e às orações. Esquivar-se desse chamado é ter costura aberta. Leia a revista, aprecie as imagens, deixe-se envolver pelos desafios e, principalmente, esteja atento
18 a 21 de Agosto Encontro de Obreiros com Aurivan Marinho Florianópolis/SC 21 e 22 de Agosto Encontro Espírito Santo & Missão Florianópolis/SC 29, 30 e 31 de Agosto Encontro de Profissionais Liberais e Empresários Cristãos com Helmuth Mohr Florianópolis/SC
Movimento Encontrão Rua Francisco Caron, 630 CEP 82120-200 - Pilarzinho Curitiba/PR |41| 3302-5100 - me@me.org.br www.me.org.br
20 e 21 de Setembro Encontro de Líderes do Ministério Infantil CPM-Curitiba/PR 06 a 10 de Outubro 7º Congresso Brasileiro de Missões Águas de Lindóia/SP
Acompanhe a agenda atualizada em
www.me.org.br
REPARTIR O PÃO
AQUELE COM QUEM
SE REPARTE O PÃO Qual é o foco de nossas comunidades cristãs nos dias atuais? A que se dedicam?
Quando lemos o livro de Atos, percebemos que a igreja da primeira geração priorizava os relacionamentos. Focava o relacionamento com Deus, em Jesus Cristo, e o relacionamento com o próximo, o irmão com quem se reparte o pão (comunhão) e o não-cristão, que ainda precisava chegar à fé em Jesus Cristo (missão). Em Atos 2.42 nos é dito que a primeira comunidade cristã tinha seu foco em quatro aspectos fundamentais, aos quais se dedicava: a) “no ensino dos apóstolos”, ou seja, na pregação da Palavra e sua aplicação prática à vida daqueles que chegavam à fé em Jesus Cristo; b) “à comunhão”, isto é, davam prioridade fundamental ao convívio mútuo entre irmãos na fé; c) “ao partir do pão”, o que certamente incluía a celebração da Ceia do Senhor, mas com ênfase na ajuda mútua, em suas necessidades do dia a dia, e d) “nas orações”, orando uns pelos outros, pelos apóstolos e por aquelas pessoas de seu convívio que ainda não tinham chegado à fé em Jesus Cristo, visando à sua salvação. A última frase de Atos 2 diz que essa comunidade cristã crescia constantemente. Era uma igreja que fundamentalmente se reunia em pequenos grupos nas casas. Com exceção da igreja de Jerusalém, cuja primeira geração ainda podia ir até o pátio do templo para orar, as comunidades cristãs dos três primeiros séculos não possuíam templos, mas era uma igreja nas casas, em grupos pequenos. Era uma igreja sólida, que crescia e avançava missionariamente! No século 4, a igreja abandonou a vida em grupos pequenos e nas casas,
“
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Atos 2.42
”
indo para as catedrais, perdendo o foco da vida de comunhão próxima com aquele com quem se reparte o pão. Basicamente, é essa igreja que chegou até nós. Quando o Movimento Encontrão (ME) ainda era um movimento embrionário na IECLB, o Senhor nos abriu os olhos para revermos nossa visão de ser igreja. O ME nasceu focando o tripé: evangelismo, edificação e capacitação de lideranças, além de reunir os evangelizados em pequenos grupos ECO, focados nas Escrituras, na Comunhão e na Oração. Sinto-me feliz por estarmos retomando os pequenos grupos ou células nas casas. Por quê? Porque tem a ver com a visão de igreja que Jesus sonhou, na qual, o relacionamento com Deus é focado, assim como o relacionamento com aquele com quem se reparte o pão. As celebrações no templo (no atacado) nos ajudam na adoração e no ensino da Palavra, mas é no varejo, nos pequenos grupos nas casas, que a igreja se edifica e retoma o impulso missionário, no qual, o foco é a pessoa que vive ao nosso lado. Irno Prediger Pastor emérito - Castilho/SP
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CRUZ VAZIA
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CRUZ
VAZIA H
avia um tempo em que o crucifixo, objeto que representa Cristo na cruz, escandalizava algumas pessoas que, ao olhar para ele, diziam: “Jesus não está morto!”. É verdade, ele não está morto, pois ressuscitou e, com isso, tanto a morte quanto a ressurreição de Jesus de Nazaré são verdades históricas, nas quais, está alicerçada a fé cristã. Em alguns lugares, o crucifixo começou a dar lugar para a cruz vazia, que lembrava às pessoas dessa verdade, ou seja, que ele ressuscitou. A questão é que esvaziaram a cruz de tal forma que, hoje, não enxergam mais nada, fazendo dela apenas um objeto de decoração. Quando olhamos para a cruz, temos que enxergar o Senhor morto e o Senhor ressurreto, pois ambos falam da redenção. É necessário equilíbrio, e este, encontramos na igreja primitiva, pois ela entendia a morte e a ressurreição de Jesus como dois eventos históricos. Resta-nos a pergunta: como conseguir tal equilíbrio? Dedicando-se ao ensino dos
apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações.
Talvez você diga: “Ah! Mas naquele tempo era mais fácil!”. Será? A primeira comunidade vivia numa sociedade marcada por brigas religiosas, num país dividido em vários partidos políticos, e cada um deles representava uma forma de pensar e viver Deus, muito
“
Quando olhamos para a cruz, temos que enxergar o Senhor morto e o Senhor ressurreto...
”
parecido com o mundo no qual vivemos, não acha? E mesmo no meio disso tudo, nasce uma comunidade cristã. Uma comunidade que realmente se amava e que aprendeu a abrir mão dos seus direitos em benefício do outro, uma comunidade que estava unida, e porque estava unida, tinha a simpatia do povo. Penso que esse é um bom exemplo de comunidade, não é um modelo perfeito, mas parece estar o mais próximo daquilo que o Senhor espera. Uma comunidade que se amava e sentia prazer em estar reunida. Comunidade que tem consciência da ressurreição sabe que Cristo morreu na cruz, contudo, não ficou preso à cruz. Sabe que a cruz está vazia, mas não de significado, porque, quando olha para ela, conhece o seu valor e sabe que vivemos um novo momento, ou seja, é tempo de salvação e transformação, tempo de vitória sobre o pecado! E tantas outras vitórias, agora, são possíveis, afinal, Cristo
ressuscitou!
Elton Klein Pastor - Lucas do Rio Verde/MT
A BÍBLIA
Ainda há motivos para ler a Bíblia? E
stes dias, alguém perguntou: “Ainda há motivos para ler a Bíblia hoje em dia?”. A resposta parece tão óbvia que nós não deveríamos titubear diante de uma pergunta como esta. No entanto, será que todos nós estamos dando o tempo e a atenção que deveríamos às Sagradas Escrituras?
Nós sabemos que é por meio da Bíblia que Deus nos alcançou com o evangelho. E é na sua Palavra que ele nos quer ensinar o caminho por onde devemos andar. Ela é como uma carta de amor que nosso Deus nos escreveu. E quem de nós, mais velhos, não lembra de como ficávamos felizes quando vinha uma carta de nossa(o) querida(o). Eu, pessoalmente, lia tantas vezes as cartas que recebia de minha amada, que quase as sabia de cor no fim do dia! É verdade que a filosofia e o estilo de vida de nossos dias nos questionam quanto à relevância que as Sagradas Escrituras possam ter. A modernidade quer pôr na prateleira do esquecimento os valores e a proposta que Deus tem para nós. A agitação e as muitas coisas a fazer nos pressionam por todo lado, e o tempo fica tão escasso que, para Deus, parece que só sobra o tempo para um “Pai Nosso” no meio de um bocejo. E como resultado, nossa vida fica árida, confusa e perdida no meio da correria. Como diz um slogan que, estes dias, apareceu na internet: “Ler a Bíblia é como tomar banho.
cada dia é uma dose razoável, que me encoraja para dentro do meu dia e me dá uma boa perspectiva das prioridades que quero considerar. Estou consciente que é bem pouco. Dias atrás, recebi uma mensagem do pastor João Aamot, na qual, ele compartilhou sobre o pastor da comunidade em que ele e sua esposa Ruth congregam nos EUA. Escreveu que esse pastor leu a Bíblia sete(!) vezes no ano passado. E o pastor João fez um comentário interessante: “A vida e as pregações do nosso pastor demonstraram que ele estava andando com Deus”. Não há como escapar desta verdade, digam o que quiserem: quem quer andar com Deus e ser bem-sucedido, precisa tirar tempo e se debruçar diariamente sobre a Bíblia. Dela vem o sustento, a força e a alegria que precisamos para viver e permanecer em pé na presença de nosso Senhor. Quero encorajá-los e se juntarem a nós na grande campanha lançada pelo Movimento Encontrão, ou seja, “TODA A BÍBLIA, TODO O ANO”. Algumas centenas de pessoas já fazem parte dessa cruzada. Em 2014, queremos mobilizar 2000 ou mais leitores. Sergio Schaefer Evangelista e Discipulador - Butiá/RS
Se você perder o hábito, a sujeira logo prevalecerá”.
Eu aprendi esse hábito da leitura diária da Bíblia há muito tempo. E tomei o propósito de ler a Bíblia toda, todo ano, enquanto viver. Deus há de me ajudar nesse propósito até o fim. É uma experiência diária, que gosto de manter para a primeira hora do meu dia. A média de três capítulos
Acompanhe noticias e envolva-se em: http://todabibliatodoano.blogspot.com.br/ ou www.facebook.com/todabibliatodoano Além do folder encartado nesta revista.
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ÉTICA
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á um crescente clamor, em nosso país, contra a corrupção, exigindo que haja um maior compromisso ético no trato da causa pública. As pessoas têm se dado conta de quão danosa é, para toda a sociedade, abrir mão de uma ética que busque princípios e valores que estejam alicerçados na justiça e na verdade. No entanto, essa busca por um maior compromisso ético, lamentavelmente, não é um reflexo do crescente aumento do “povo evangélico” em nossa nação. Tratase, muito antes, de uma mera atitude de sobrevivência, extremamente egoísta. As pessoas têm percebido que toda essa corrupção tem trazido consequências que afetam diretamente o seu bem-estar social, em todas as áreas: educacional, saúde, mobilidade urbana, segurança, etc. E o pior de tudo é que essa falta de ética tem atingido até mesmo as fileiras religiosas e cristãs, das quais se esperava ouvir ainda uma voz e uma postura profética. Esse quadro não é nenhuma novidade. Aliás, já lá nos primórdios de Gênesis, vemos o diagnóstico: O SENHOR viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal (Gn 6.5). Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência (Gn 6.11). Se hoje muitos já erguem a sua voz contra a corrupção, por terem sido diretamente afetados pelo caos dela decorrente, quanto mais essa corrupção é evidente e profunda aos olhos do Eterno e Justo Deus!
!
Contudo, em meio a todo esse caos ético, naquele contexto, destaca-se a família de Noé: Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus (Gn 6.9). A justiça e a integridade desse homem procedem do temor de Deus. Constatamos aqui um princípio imutável: na proporção inversa em que cresce a falta de temor a Deus, desenvolve-se a corrupção e o consequente caos ético. Diz o tolo em seu coração: “Deus não existe”. Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem (Sl 14.1). Jesus, ao final do Sermão do Monte – uma espécie de “manual da ética cristã”, alerta-nos a respeito do falso e verdadeiro “testemunho” do evangelho, apontando para os frutos: “A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons” (Mt 7.18). Isso é assim porque nossas atitudes são diretamente derivadas da essência de nossa natureza. Nossa velha natureza terrena, marcada pelo pecado, não pode produzir uma ética verdadeiramente cristã, pautada na Justiça e Verdade provenientes do Senhor. Portanto, mais do que nunca, precisamos apontar para Cristo, que tem o poder de transformar-nos em novas criaturas, que se despem da velha natureza e se revestem da nova natureza, criada em Cristo, para ser semelhantes a Deus em justiça e em santidade, provenientes da verdade (ver Efésios 4.17-24). Jacson Homero Eberhardt Pastor - Florianópolis/SC
CUIDADO
?
QUANTO cuidar do outro
VALE ser cuidado
M
inha avó paterna exerceu o ofício de parteira por
muitas profissões se estabeleciam muito mais por vocação e missão do que por interesses próprios, como fama e dinheiro. Assim, nas quarenta anos, num tempo em que
frias noites do Rio Grande do Sul, ela atendia ao chamado de maridos ansiosos, que vinham lhe pedir que ajudasse o filho a nascer. Quanto ela ganharia por isso? Nem mesmo a justificativa da cavalgada em meio à geada, durante a madrugada gelada, poderia lhe garantir um digno salário pelo trabalho realizado. Às vezes, o que recebia passava longe de ser dinheiro. Poderia ser um presente vindo da produção caseira da família, como uma galinha ou um pouco de feijão. E muitos desses singelos presentes nem eram aceitos pela profissional parteira que, vendo a condição precária daquela família, devolvia-o para que o pagamento se transformasse na “canja” para alimentar a parturiente. Ao lhe perguntar por que fazia todo aquele esforço, a troco de pouca ou nenhuma vantagem financeira, ela tranquilamente afirmava: “Era meu trabalho, era minha missão fazer as crianças virem ao mundo”. A missão cristã, no mundo, deveria passar por este conceito também: fazer nascerem vidas para Cristo. E isso sob qualquer condição, agradável ou difícil. O pastoreio também poderia
assumir com lealdade o cuidado pelo outro, com a convicção de um chamado solene. incluir esta perspectiva:
Pastoreio e missão andam juntos. A missão é o chamado, e o pastoreio é o processo. Assim como um projeto, que exige eficácia e eficiência, que obtenha resultado e que seja bem feito.
No entanto, para quem é esse chamado? De quem é a missão e o pastoreio?
Todo crente é chamado à missão de fazer nascerem vidas para Cristo, e todo cristão é abençoado por Deus para ser um pastor de almas, um cuidador. Seja na vida ministerial, seja na vida comum do lar, seja no trabalho secular, todos somos chamados, continuamente, a levarmos a mensagem de Cristo e a cuidarmos de nosso próximo. Todavia, assumir uma missão e uma vocação como esta é para quem experimentou ser cuidado pelo maior e melhor dos pastores: o próprio Jesus Cristo. Ele enfrentou sua missão com extremo amor e cuidou das pessoas com o máximo de atenção e empenho. Como missão, foi para o Calvário, e como pastor, envolveu-se com o coração nas necessidades mais profundas do ser humano. Amou muito, e a todos. Inclusive o fez de graça, pois ninguém poderia pagar por tamanho benefício. Num mundo permeado pelo egoísmo e pela ansiedade com o dia de amanhã, parece não haver mais imitadores de Cristo. Alguém que entrega seu fardo e realmente descansa em Deus: Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês (1Pe 5.7). Contudo, aqueles que têm essa fé, que andam em confiança plena no Senhor, podem assumir a missão e o pastoreio. São servos que aprenderam a buscar o essencial, a exemplo da avó parteira, que tinha, no seu ofício, a missão do “pastorear” sua comunidade, com um trabalho que envolvia cuidado e compromisso irrevogável. “Era
meu trabalho, era a minha missão fazer as crianças virem ao mundo”. Assim, tudo o mais parecia secundário, pois
a vida estava nas mãos de Deus.
Iara e Ilson Barbosa Psicóloga / Pastor - Sidrolândia/MS
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PERSEVERANÇA
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O que os apóstolos ensinaram? A
o enviar seus seguidores para fazer discípulos, Jesus ordenou que ensinassem tudo o que ele lhes havia ordenado. Fortalecidos pelo Espírito Santo, anunciaram a boa notícia de que, por amor, Deus enviou seu Filho para tomar sobre si a nossa culpa. Jesus morreu na cruz
e ressuscitou vitoriosamente para nos salvar. O Novo Testamento descreve isso em múltiplos
enfoques. O ensino das cartas, os relatos dos evangelhos e o consolo do Apocalipse preservam, para todas as gerações futuras, o que as primeiras testemunhas presenciaram (1Jo 1.1-3).
Como perseveraremos nesse ensino?
Nosso desafio hoje é o perseverar nesse ensino. É um desafio, porque não basta apenas repetir as palavras. Três exemplos ilustram isso: ao etíope que voltava de Jerusalém (At 8), Filipe não precisou explicar quem era Deus, porque ele já o conhecia pelo povo judeu. Por isso, anunciou-lhe que Jesus era o Servo que Deus prometera enviar para tomar sobre si nossas feridas (Is 53). Quando o eunuco quis ser batizado, Filipe apenas lhe perguntou, se ele cria “de todo o coração”. A sua resposta foi uma confissão de fé curta e simples:
“Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”.
Quando, porém, saíram da Judeia para anunciar o evangelho, os missionários descobririam que perseverar na doutrina dos apóstolos acrescentava tarefas novas. Quando Pedro chegou na casa do comandante romano, em Cesareia, este se ajoelhou aos pés do apóstolo e começou a adorálo (At 10). Por isso, antes de falar-lhe de Jesus, Pedro teve que desfazer o equívoco de Cornélio. Disse-lhe: “Levante-se, eu sou homem como você”. No entanto, para poder desfazer esse equívoco pagão, o próprio Pedro precisou entender o que o Espírito Santo lhe havia ensinado em Jope. Então explicou a Cornélio que o Deus Eterno “não trata as pessoas com parcialidade”, mas que ama a todos por igual. Somente
depois de desfeita essa barreira, anunciou o evangelho, e este pôde ser entendido. O desafio ficaria ainda mais complicado, quando se passou a anunciar o evangelho a gentios, que criam nos mais diversos deuses. Não bastava dizer “Deus ama você” a quem adorava Zeus, Júpiter, Marte, Vênus ou Diana. Os gentios precisavam entender primeiro que seus deuses eram ídolos criados pela imaginação humana. Por isso, os missionários precisaram apresentar-lhes, primeiro, o Deus que criou todas as coisas. E, antes de aceitar Jesus, eles precisariam rejeitar seus ídolos e também confessar: “Creio
em Deus Pai, Todopoderoso, Criador de céus e terra...” Quem persevera evangelho
contextualiza
o
Nesses exemplos, podemos perceber que, para perseverar na doutrina dos apóstolos, precisamos aprender a levar em conta o que pensa a pessoa a quem anunciamos o evangelho. Hoje, muitos não nos entendem, quando lhes falamos da esperança da ressurreição, pois a confundem com reencarnação. Quem está acostumado a ter atendida a sua vontade, não sabe o que é submissão, e vai achar que Deus é obrigado a atender aos seus caprichos. Pensam que bênção é prosperidade e sucesso. Ainda outros pensam que Deus não existe. Por isso, para perseverar na doutrina dos apóstolos, precisamos aprender a detectar equívocos e dificuldades do nosso tempo. Só então, saberemos anunciar o evangelho de tal modo que as pessoas realmente venham a entender o que Jesus fez por elas. Que
o Espírito Santo nos ajude a sermos fiéis nesse aprendizado. Martin Weingaertner Diretor da FATEV - Curitiba/PR
...O eunuco respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Atos 8.37b
RUÍNAS
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As ruínas da comunidade: alertas da
Palavra de Deus para ter uma vida pessoal e comunitária saudável e edificante Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade (Ef 4.22-24).
N
o convívio comunitário, percebemos que, sempre de novo, há situações que envolvem divórcio, mentiras, intrigas, falta de perdão, álcool, drogas, pornografia, etc. Em meio a uma comunidade de fé, na qual se conhece a verdade, percebe-se o quanto é difícil seguir os princípios bíblicos, caminhando para a santidade. No Novo Testamento, há um chamado constante a mudanças, bem como ensinamentos para caminhar nelas. Conhecer
a verdade exige um caminhar para a santidade. Em Efésios 4.22-24, há um contraste entre o
velho e o novo homem. Há uma sequência de imperativos: despir-se, renovar-se, revestir-se. Despir-se indica a mudança de caráter. O velho homem indica a natureza humana nãoregenerada, anterior à conversão, aquilo que o ser humano é, enquanto Cristo não o transforma. A velha natureza deve ser despida a ponto de eliminar completamente a antiga forma de viver, criando um presente inteiramente
novo e diferente. Não deveríamos relutar para nos livrar dela, pois em nada nos é útil. O pecado parece oferecer os prazeres mais deleitosos, mas esses prazeres mostram ser destrutivos. Os desejos da carne acabam por trazer amarguras. O pecado deve ser somente um acidente na vida do cristão, pois se acontece de uma forma consciente, mostra o quanto não queremos andar no Espírito, pois o pecado impede que o Espírito Santo trabalhe em nós. O pecado leva à destruição da vida de fé, pessoal e comunitária. A renovação da mente é pensada de uma forma moral e deve acontecer progressivamente. O velho já foi despido, e o novo é continuamente restaurado, revestido. A
nova vida em Cristo é levada a manifestarse a cada dia. É um aprimoramento contínuo e a
renovação de uma nova condição. Na renovação, acontece a transformação, com a operação do Espírito Santo.
Deus tem um propósito eterno para conosco, por isso, creio que Deus nos chamou para
mudanças. Ele espera que o conhecimento de sua vontade nos leve a um processo em que nosso comportamento se ajuste a esse conhecimento. Precisamos ser sábios, aproveitando todo tempo para buscar conhecer e nos ajustar à vontade de Deus, contando com a ação do Espírito Santo, que nos convence do pecado, quebranta, leva ao arrependimento, à confissão e ao perdão. O Espírito Santo enche a nossa vida à medida que louvamos a Deus e somos gratos (cf. Ef 5.15-20). Que nossa comunidade de fé lembre e reviva, a cada dia, o que acontecia na igreja primitiva: Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações (At 2.42). Buscando a renovação da mente, busquemos o aprofundamento no conhecimento da Palavra, na comunhão e na oração. Tudo isso irá nos fortalecer para não cairmos em
Que Deus nos abençoe nesta caminhada de imitação a Cristo. armadilhas do inimigo.
Marceli Winkel Pastora - Presidente Getúlio/SC
TESTEMUNHOS
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Uma história de vida Com 55 anos de vida, posso dizer que hoje tenho uma experiência maravilhosa com Deus. Essa história começou cheia de dificuldades, marcada por uma doença iniciada em 2005. Naquele ano, descobri que era portadora do vírus da hepatite “C” crônica. No início, confesso, parecia não ter forças diante da notícia. Fiz dois tratamentos com medicamentos considerados fortes. No segundo tratamento, para piorar o drama, ainda tive uma reação alérgica tão grande que não consegui ir até o fim. Quase morri. Precisei de muita ajuda. Chegava a tomar oito banhos por dia, aplicando compressas permanentemente a fim de suportar a dor, que parecia fazer queimar meu corpo. Mais adiante, outra notícia: estava com um tumor no fígado, e teria de fazer um transplante. Imaginem o que passei diante de tudo isso! No entanto, não desanimei. Entreguei TUDO nas mãos de Deus, como a Palavra desafia: “Por isso não tema, pois estou
com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa” (Is 41.10). Em meio a tudo isso, descobri
Viver Comunidade E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns (At 4.32). Nós experimentamos um pouco desse viver comunidade em São Gabriel da Palha/ES. Em especial, de sermos carregados em um momento de dificuldade. Em março de 2009, quando esperávamos gêmeos, e a gravidez já estava no sexto mês, no dia 15, a “Gra” começou a passar mal, e os gêmeos nasceram naquela manhã. O Felipe faleceu no mesmo dia, o Gabriel ainda ficou na UTI por mais seis dias, e também faleceu. Quando recebemos a notícia de que o Gabriel também havia falecido, nós perdemos o chão,
O que é comunidade para mim? Grupo de pessoas que vivem em conjunto. Talvez essa teria sido a minha resposta alguns anos atrás. Hoje percebo que é mais profundo que isso. É o cuidar dos interesses do outro (Fp 2.3-4). Uma atitude que, se não estiver enraizada no amor de Cristo, não dura mais do que alguns minutos. A Palavra de Deus me confronta o tempo todo, impulsionandome a ser comunidade, servir sem medo de, até mesmo, ser humilhada; sem desejar receber elogios ou aplausos.
o valor de ter pessoas ao meu lado. As pessoas de minha comunidade foram maravilhosas, estando sempre comigo e colocando-se ao lado do meu esposo Elemar. A igreja trouxe consolo e ânimo. Muitos oraram por mim e comigo. Confesso que, se não fossem os irmãos na fé, certamente teria sucumbido. Jamais deixei de crer na fidelidade de Deus. Depois de nove meses de espera para fazer o transplante, algo maravilhoso aconteceu. À porta do bloco cirúrgico, um médico veio a mim dizendo que não poderia realizar o procedimento devido a uma incompatibilidade sanguínea. NAQUELA NOITE, PUDE TER A CERTEZA DE QUE DEUS HAVIA ME CURADO. Sabia que não era um acaso. Ainda mais depois de tudo o que foi enfrentado. Vieram outros exames e, com eles, a notícia trazida pelo médico de que não encontrava mais nenhum nódulo. Minha reação foi de silêncio, perplexidade e alegria. Chorei muito, por entender e crer que Deus havia feito um milagre na minha vida. “Não havia mais o tumor, que alegria!”. O médico podia não ter palavras para descrever o que estava acontecendo, mas eu sabia: DEUS É FIEL! Iracema Roloff Müller Camaquã/RS
onde iríamos nos segurar? A reposta logo veio, de que não precisaríamos nos segurar, pois a multidão dos que criam estava nos segurando. Romanos 12.15 diz: chorai com os que choram; os irmãos da comunidade choraram conosco, oraram por nós, e isso não nos deixou cair. A comunidade também é para os bons momentos. Romanos 12.15 diz ainda: Alegrai-vos com os que se alegram. Nossa maior alegria como casal veio em 22 de setembro de 2010, e ela se chama Isabel. Pudemos vivenciar essa alegria de forma compartilhada com a comunidade. Foram quase nove meses em que os irmãos estiveram grávidos conosco. Foi um tempo muito bom! O Senhor falou muito conosco. Thiago e Graciela Ost São Gabriel da Palha/ES
É um desafio maravilhoso! Cada vez que penso em mim, o Senhor me lembra de que faço parte de um corpo: Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1Co 12.26). Temos vivido isso em nossa comunidade: esse amor que faz de muitos um só. Marina Vieira Ferreira Teresina/PI
COMUNHÃO
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~ ´ “Depois eles vão embora. Desisti de gastar tempo e energia em conhecer as pessoas e fazer amizades.” Era um encontro do nosso grupo caseiro da Igreja Internacional de Oslo (OiC). Oskar (Suécia) estava contando sobre um amigo que mora na Suíça e trabalha em uma universidade. O fluxo semestral de alunos internacionais o havia deixado desestimulado e sozinho. A história surgiu como um contraste à realidade da OiC e dos grupos caseiros, nos quais, gente de todo canto do mundo, muitos com um prazo definido de estada na Noruega se encontram nas casas uns dos outros, toda semana, compartilham vida, comida, Palavra e oram uns pelos outros. No culto seguinte, pelo qual o grupo era responsável, Timo e Jez (Malásia) compartilharam sobre a
importância de sermos generosos com nosso tempo, sentimentos e pertences, especialmente, no contexto da igreja. Em Atos, lemos dos primeiros cristãos, que se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações (2.42). O verbo na frase é fundamental. Eles não apenas se encontravam, eles se dedicavam à comunhão e ao ensino! Muitas vezes, pensamos na comunidade apenas como um desdobramento da vida cristã. Entregamos nossa vida a Cristo e aí vamos encontrar outras pessoas que fizeram o mesmo. No entanto, o evangelho fala de comunidade
em termos muito mais profundos, desafiadores e enriquecedores. O novo
homem, do qual somos chamados a revestir-nos, em Efésios
(4.22-24), dedica-se à comunidade porque pertence a ela. O eixo de Efésios, aliás, é a unidade em Cristo, e Paulo nos chama para a vida em comunidade, que é testemunho vivo dessa unidade. Nas culturas crescentemente não apenas individualistas, mas individualizantes, nas quais vivemos, a vida em comunidade é, ao mesmo tempo, lugar de acolhimento e um testemunho. Ela tem de ser voz profética a anunciar que Deus nos criou para
o relacionamento profundo com ele e uns com os outros, e que os muros que o pecado havia construído, Cristo derrubou.
Nesse chamado, precisamos viver comunhão para além dos nossos cultos dominicais, raramente estruturados para desafiar nosso individualismo. É necessário não apenas ter comunhão nas casas e em pequenos grupos, mas entender que nosso lar e nossas vidas não podem ser excluídos da comunhão de Cristo e daqueles que, na sua Graça, ele chamou para si.
Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus. (Ef 2.19)
Maicon Steuernagel Missionário da Missão Zero – Oslo/Noruega
COMUNIDADE
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COMUNIDADE VIVA em ORAÇÃO e MISSÃO Em diferentes artigos desta revista, somos lembrados dos sinais de uma comunidade viva, assim como aprendemos em Atos 2, versículo 42.
Perseverar no ensino dos apóstolos nada mais é do que perseverar naquilo que eles tinham aprendido de Jesus. Eles foram perseverantes no partir do pão, a Ceia do Senhor. Nela somos lembrados do amor de Deus e de que Cristo está conosco. Também dos nossos pecados e de que, diante de Deus, nada temos a oferecer. E ainda, que tudo isso acontece em comunhão. Os primeiros cristãos também eram muito disciplinados nas “horas de oração” em suas casas. E, em Atos 4, fica mais
após ser reprimida e perseguida, a comunidade se reúne para buscar coragem e força na oração e na Bíblia, para continuar sendo fiel claro que,
àquilo que Deus quer dela. Perseguições e injustiças sempre atingiram os fiéis. No entanto, aquela comunidade não pede pelo fim da perseguição, nem para que os inimigos fossem destruídos, mas por força para continuar na caminhada. O livro de Atos também registra outros momentos de oração constante dos discípulos (12.5; 1.14; 13.1-3). Missionários como Carey, Judson e Taylor se empenhavam continuamente em oração. George Muller orou e alimentou milhares de órfãos, orou e enviou missionários até os confins da terra, orou e distribuiu Bíblias, livros e tratados aos milhares, recebendo milhões de dólares, sem jamais haver pedido um centavo a alguém; experimentou o que é esperar no Senhor. Sejamos honestos ao examinar o nosso coração. Não é verdade que, frequentemente, oramos só por obrigação? Deus está mais disposto a nos ouvir do que nós estamos a orar. E o fato de orarmos pouco, mostra que somos cristãos preguiçosos, indiferentes, com pouco amor pela obra de Deus. Somos cristãos gordos, bem alimentados, indolentes e indiferentes. O ensino, a comunhão, a Ceia do Senhor e as orações eram os pilares na primeira comunidade. Uma comunidade sem ensino, em que a Bíblia não é estudada com perseverança, está condenada a morrer. E, precisamos investir tempo onde se pode ouvir a voz do Pai, onde se recebe a sabedoria do alto, a energia divina e a unção do Espírito. Desse jeito, o Senhor acrescentava diariamente os que iam sendo salvos (2.47b) a essa primeira comunidade.
Tendo a comunidade viva de Atos 2 em mente, como Movimento Encontrão: Afirmamos o serviço missionário e diaconal como forma de viver e proclamar o evangelho integral. Ao vivermos a nossa vocação no âmbito da IECLB, percebemos sinais que nos preocupam e para os quais queremos chamar a atenção. Ainda que inconformados com isso, reiteramos nosso compromisso com o testemunho de fé dos reformadores (Catecismo Menor e Confissão de Augsburgo). Queremos buscar por espaços para viver essa convicção de fé e chamar a igreja a voltar para ela. Entre as nossas preocupações, destacamos os seguintes aspectos: 1. Vivemos numa igreja que está se apequenando e se tornando irrelevante no contexto religioso e social brasileiro; 2. Estamos preocupados com a aceitação do ensino de que muitos caminhos levam a Deus, ou seja, que nega a exclusividade de Cristo; 3. Percebemos que se vivencia hoje, na igreja, uma relativização da autoridade das Escrituras; 4. Apontamos também para a relativização da ética que desestrutura e desfigura especialmente a família. Esse cenário gera posições confusas e até ambíguas na IECLB quanto à sexualidade humana. Estas, por sua vez, refletem-se na insegurança e incapacidade de comunidades e ministros tratarem a crise do casamento e da família; 5. Experimentamos um desempoderamento das nossas comunidades locais e, ao mesmo tempo, uma centralização que coloca as comunidades a serviço da estrutura e as cerceia, bem como seus ministros, em torno de uma uniformidade de atos, gestos e ritos; 6. Inquieta-nos a crise vocacional e missionária na igreja. À luz desses sinais preocupantes, que descaracterizam nosso próprio jeito histórico de ser igreja evangélica, reafirmamos a nossa fé e gestamos um renovado compromisso ao sermos CHAMADOS À FIDELIDADE AO EVANGELHO. Airton Härter Palm Diretor Executivo do ME PS: Convoco a todos a se integrarem na Rede de Oração do ME e, o que está em itálico faz parte de um manifesto que você pode conferir na íntegra. Para os dois casos, acesse
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TRANSFORMAÇÃO
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Qual o produto que nós geramos? Administrar uma organização sem fins lucrativos é um grande desafio. Os recursos
são geralmente escassos e, por fim, não são nossos, são confiados a nós por pessoas que acreditam em nossa missão e, dessa forma, têm participação ativa no desenvolvimento dos nossos projetos. Peter Drucker, conhecido como o pai da Administração Moderna, investiu alguns anos de sua vida em organizações sem fins lucrativos e, em um dos seus livros¹, escreve que o
“produto” gerado por essas organizações é “um ser humano mudado”, “toda uma vida transformada”. No Movimento Encontrão,
nossa tarefa não é diferente. Somos uma organização sem fins lucrativos e, em última análise, podemos dizer que nossa missão se resume em transformação de vidas, e cremos que isso só é possível, de forma efetiva, no encontro real com nosso Deus e na caminhada com ele. Para que nossa missão ocorra na prática, nossos projetos precisam de recursos financeiros para serem realizados, e nossa responsabilidade como administração do ME é zelar pela correta aplicação desses recursos (em sua grande maioria, provindos de doações), utilizando-os
de forma eficiente e eficaz, de maneira que possibilite o desenvolvimento das atividades, bem como viabilize a construção de novos projetos. Precisamos ser éticos e transparentes, não esquecendo de que, sendo filhos de Deus, somos chamados à justiça e retidão em todos os âmbitos, prestando conta do que fazemos a ele e a todos os demais envolvidos em nossa causa, sejam nossos colaboradores, doadores, parceiros, governo, etc., dando a cada um o que lhes cabe (informação, balanços, obrigações, fidelidade, etc.). Obrigada a você que já investiu ou que investe com
Sem sua ajuda, seria impossível ver tantas vidas transformadas, em tantos lugares nos quais Deus nos tem permitido chegar! Continue nessa caminhada conosco. regularidade em nossos projetos.
Tatiane Betat Kohlrausch Administradora Financeira do ME - Curitiba/PR
¹DRUCKER, Peter Ferdinand, Administração de Organizações Sem Fins Lucrativos: Princípios e Práticas, São Paulo: Cengage Learning, 2012.
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