Supertubos
Uma quadra Mostrados os desenhos todos do barco canto modo longe no embalo da vaga saber onde fica onde inventar a praia esse tal pau na quadra levantado
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A marcha Vinha curvar o corpo na bicicleta e a caixa do poema que trazia se borracha boa muito cara tinha dito de letra marinheira A minha amizade bate na estrada super nesses empinados cumes onde em alegre mudança de passeio somamos mais nomes do nosso É nome nosso por nome dos outros uma caixa de castigo para o poema e eu vejo o sol tão transporte no mar empresto gramática por viagem
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hugo milhanas machado
Manda teu aquele sossego vidro laço e corpo demora a voltar tudo eu penso chão penso no ombro ombro em ti chega quando chegava Em passo a árvore é mesmo corpo e no resto o acontecer firme da gente é um peito é céu de boca e branco céu de boca no acorde da noite Se mexe tem estrela tem pretas o anjo vai começar a dançar e o mexer da planta já mexe quando o amigo vem sentar
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Agora e no entusiasmo são já as tuas coisas sozinhas nós estamos e metemos força e é hoje são roupas um pé Que o almocinho é quente nobre ainda o café à mesa e o rigor do propósito tão valente como certa alegria no cansaço São os corredores são as estradas saber a gente na passagem e então enchemos uns nos outros e são já só as tuas coisas sozinhas
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hugo milhanas machado
O passo ĂŠ o bater do bom dia luz toda na amizade dessa cara que passando ĂŠ veloz mais veloz o desfazer de volta no caminho Eu tenho o gosto nas madeiras repousadas ver palavras inchar passo de longe nos bons dias e o castigo faz coisas de guitarra Eu meto o gosto das madeiras duro para sempre nessas praias de brutas batalhas e desforras e chego a gostar nos bons dias
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Mora som da língua comandante e se falamos lá por alto fora de nós e nas curvas mais esquinas de chegar encostamos loucos no falar Sabe doce esse brinquedo vibrar que acama a dor num hospital é pujante esse ir para a frente em que comidos acampamos Mordia a madeira mordia marinha luz a vontade da nossa tem família e um desporto ligeiro e grosso de sermos nós nesta maneira
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hugo milhanas machado
Há aquele braço nas pedras de colo parado da paisagem quando é voz percebemos quase corpo e agasalha se torna a escutar Faz um espelho do mais longe esse cavalo em tentar de passagem que faz belo e faz do meio modo pequenino de explicação Mas é um espelho tão torto já agiganta doido aquele cavalo a voz parando no topo do braço é um touro que então lá vem
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É um remador e ajuda a ficar se pedra vai bebendo na nave o sulco grande e altão das águas e nós só nós pequenos ficando Empurra no travo de um pão ele baixa escuro e sal por nós o calo que remando é o crescer e em flor somente não vai chegando Lá do alto já não é azul e a fábrica do gosto enche na paz que o maduro canto vai povoando ele junta mundo nas velocidades
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hugo milhanas machado
Sobe frouxo o brinquedo vibrar e mais tu danças mais ele sobe peça nação é aconchego de regresso esse estar em casa lá de casa Um pau erguido no passo da quadra que batendo em balanço do fole nos ensina a respirar sozinhos sem pau erguido no passo da quadra Hoje vi de longe onde vamos ficar e como só já dormisse na espera ergue lavado um novo e branco dia e escangalhados sempre repousamos
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Vem no toque espraiado da luz esse rigor do lugar imaginado que no gesto é clara devolução e só segura quando se dá falar O bailado que se faz na sala responde contente uns nos outros e a luz que é pátio de folas carbura assobio na emoção Mas uma vez disse sou só campista e figurado meu modo de ficar poupo na sílaba que recortando nos ensina no uso das figuras
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hugo milhanas machado