O Poder do mercado de Aplicativos

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ANO 8 . N 92 . SETEMBRO/OUTUBRO 2012

R$ 11,90

Fonte de inspiração para os seus negócios

O Poder do mercado de aplicativos O que você precisa saber para não ficar de fora das atualizações no mundo dos apps

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EDITORIAL

A ficha caiu... Outro dia, quando surgiu a notícia de que deveríamos acrescentar o dígito 9 antes dos números de celular com DDD 11, eu já estava pronta para alterar manualmente todos os meus contatos de São Paulo. Prestes a iniciar minha árdua tarefa, um amigo disse “É só baixar o aplicativo”. A ficha caiu: tem aplicativo para tudo! Aliás, havia uns 10 aplicativos já disponíveis apenas para essa função. Baixei o mais bem avaliado e pronto, problema resolvido em segundos.

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Redação:

Se por um lado, enxergamos muitas necessidades satisfeitas por meio de aplicativos, por outro lado, vimos quantas ainda podem ser atendidas, de forma melhor, mais rápida, mais eficaz. Discutimos esse tema há pouco mais de um ano. Porém, naquela época, tratava-se de algo embrionário. Hoje, percebemos o quanto esses aplicativos se popularizaram, mas o mercado ainda está engatinhando. Por isso, resolvemos fazer nossa matéria de capa sobre como as empresas estão começando a explorar as oportunidades. Além dessa reportagem superinteressante, essa edição é muito importante para a Arteccom por outro motivo também... É hora de parabenizar todos os participantes do Peixe Grande (pág. 14)! Acompanhamos desde 2004 a produção de várias agências, profissionais e blogueiros, e o mais bacana é conferir a planilha de votação do júri e ver que alguns que participam do Prêmio há anos, com o tempo vão conquistando suas vitórias. Então, espero que o resultado desse concurso sirva também de aprendizado e inspiração para os leitores. Confiram que características serviram como diferenciais para os sites vencedores angariarem seus pontos. Que essa avaliação, feita pelos maiores especialistas do mercado, e suas dicas, sirvam para a criação e o desenvolvimento de outros grandes cases de sucesso no país. Então, parabéns aos vencedores e a todos os participantes! Para finalizar, um agradecimento especial ao Raphael Vasconcellos, que este ano integrou a equipe do Facebook e nos concedeu uma entrevista exclusiva. Acompanhamos há anos sua carreira, seus projetos e é um orgulho muito grande para nós, da Arteccom, saber que esse grande profissional vem crescendo cada vez mais, não deixando, porém, de disseminar seu conhecimento e inspirar outros profissionais. E espero vocês no #wob2012! www.facebook.com/wobconference

redacao@revistawide.com.br

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92 Direção Geral Adriana Melo

Direção de Redação Thiago Almeida Projeto Gráfico Tabaruba Design Direção de Criação e Ilustração Camila Oliveira Ilustração (colaboração) Carolina Vigna-Marú Publicidade Renato Maia Marketing David Costa Lima Tecnologia Neilton Silva Financeiro Geraldo Magela Eventos Karina Maury Revista Wide www.revistawide.com.br Versão para eReaders www.revistawide.com.br/ereader Arteccom www.arteccom.com.br CTP, Impressão e Acabamento IBEP Grafica www.ibepgrafica.com.br Produção digital www.kahek.com.br FC Comercial e Distribuidora S.A www.chinaglia.com.br

Boa leitura e bons negócios! Adriana Melo adriana.melo@arteccom.com.br

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A Arteccom, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com Certificação CERFLOR para impressão desta revista.


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CAPA

O mercado de aplicativos O que você precisa saber para não ficar de fora do mercado de apps

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E-MAILS E TWEETS > 06 Inovação & Negócios > 07 FIQUE POR DENTRO > 08 Notícias, Blogs, Métricas, Agenda, Livros, Direito na web, Internacional, Wide Thinking

Design > p. 14

Tecnologia > p. 58

Marketing > p.78

E-Commerce > p. 92

ESPECIAL > 14 PEIXE GRANDE Saiba quais são os melhores sites brasileiros de 2011

REPORTAGEM > 58 Brasil: cenário promissor para startups e investidores

REPORTAGEM > 78 Inovação em Marketing Digital nas agências e empresas brasileiras

ENTREVISTA > 92 Ideais e a sua experiência em e-commerce para grandes empresas

CAMPANHA> 84 Guaraná Antarctica e DM9DDB em ritmo de aplicativo “ex my-love”

OPINIÃO > 96 A Classe C descobre o e-commerce

ENTREVISTA > 34 Você é um líder criativo? Conheça o perfil desse profissional COLUNAS > 38 Aqui, ali, em qualquer lugar: Michel Lent, Internacional: Julius Wiedemann, Ilustração: Carolina VignaMarú, Design de interação: Amyris Fernandez,

ENTREVISTA > 66 Zeno Rocha, da norteamericana Liferay, revela o futuro da web com HTLM5 ESTUDO DE CASO > 70 Startup Dev: a experiência de seus negócios digitais em dois dias COLUNAS > 74 Segurança: Anderson Tamborim, Tableless: Diego Eis, Mercado de TI: Paulino Michelazzo

ENTREVISTA > 86 Raphael Vasconcellos, o novo diretor criativo do Facebook

ESPECIAL NATAL > 100 Grandes e-commerces brasileiros preparados para o Natal 2012

COLUNAS > 89 Web fora da caixa: René de Paula, Marketing de Conteúdo: Bruno Rodrigues

ENTREVISTA > 104 Walmart Brasil e o e-commerce: uma dupla de sucesso COLUNAS > 107 Web & Business: Roberto Wajnsztok e Rafael Esberard, E-commerce: Mariano Faria

Os links citados nesta edição estão reunidos na página principal do site da revista. Acesse www.revistawide.com.br. A Arteccom não se responsabiliza por informações e opiniões contidas nos artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Não é permitida a reprodução de textos ou imagens sem autorização da editora.

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E-MAILS [redacao@revistawide.com.br]

E-mails e Tweets

Primeiramente, como design gráfico, gostaria de parabenizar a revista Wide pela diagramação perfeita. Segundo, como gestor, gostaria de parabenizar pelo conteúdo incrivelmente interessante e variado, em um texto e linguagens jovens, dinâmicas e com vontade de ler tudo de uma vez. Agora não preciso mais comprar diversas revistas do meu interesse. A WIDE já tem tudo que procuro. BRUNO GOBBI WEB@MONDELUZ.COM.BR

Bruno, a equipe Arteccom agradece seu e-mail. Esse retorno é sempre muito gratificante. Vamos continuar no firme propósito de trazer sempre conteúdos ricos e relevantes a todos os nossos leitores.

W I D E I N D I C A I PORTFÓLIO FREELANCER

Quero parabenizar a equipe pelo excelente trabalho na publicação da revista. Conheci a Wide no início do ano e desde então virei leitor assíduo, assim como admirador do serviço incrível que vocês fazem. Somente uma empresa séria tem em sua missão compreender, informar e principalmente agir para sanar as necessidades de diferentes áreas do mercado nacional. Sou muito grato pela atenção e, principalmente, pela evolução e diferença que o conteúdo de vocês faz na minha vida profissional. NATAN TOMÉ NATAN.TOME@YAHOO.COM.BR

Palavras como as suas, Natan, nos inspiram todos os dias. Ficamos felizes por ter a confirmação de que nossa missão está sendo cumprida – que é ser fonte de inspiração para os seus negócios. A equipe Wide agradece o reconhecimento.

# WOB2012 NAS REDES SOCIAIS Jonathan Lamim Antunes Cada dia que passa sinto que o investimento a ser feito para participar do WOB 2012 vai valer a pena... Parabéns Arteccom pelo excelente trabalho que está sendo feito! Cristiano Santos E o #WOB2012 está tomando forma, e promete ser um graaaaaande evento. Centro de Convenções Sul América "vai ficar pequeno"!!! Bruno Pacheco O #WOB2012 será um sucesso! Nelson De Oliveira Neto Ihull! WOB - Wide Open Business Conference ai vou eu!!! ;D

NOME: BRENNER CRUVINEL EMAIL: BRENNERTALKS@GMAIL.COM SITE: WWW.IDEIAS.CC

Quer ter seu portfólio publicado e indicado pela Wide? Faça como Brenner Cruvinel, que cadastrou seu trabalho no site da revista: Menu/Cadastre seu portfólio. Aguardamos seus bons materiais!

Sugestões dadas por meio dos e-mails enviados à revista passam a ser de propriedade da Arteccom.

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I N OVAÇ ÃO & N EG Ó C I O S Alexandre Cezário Diretor Executivo da TV1.Com Formado em Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas, Pós-Graduado em Marketing na ESPM e especializado em Tecnologia da Informação na Fundação Getulio Vargas, Alexandre Cezário é Diretor Executivo da TV1.Com desde julho de 2011. Vindo da Propeg, onde ficou por dois anos ocupando o cargo de Diretor Digital, Cezário já havia trabalhado no Grupo TV1 de 2007 a 2009, como Gerente de Novos Negócios.

UNIVERSOS PARALELOS E O BIG-BANG DE IDEIAS Dentre os temas da atualidade, o que acho mais fascinante vem da física quântica, ciência que rompe velhos paradigmas da física tradicional e traz novas perspectivas sobre o nosso universo. A mais interessante é a Teoria-M, que unifica diferentes teorias e afirma que tudo, matéria e campo, é formado por membranas (ou “branas”), e que o universo flui por meio de 11 dimensões. Teríamos, então, quatro dimensões que entendemos facilmente – altura, largura, comprimento e tempo – e sete dimensões mais difíceis de compreender, atribuídas por outras propriedades, como massa e carga elétrica. Sendo assim, a ideia de que o universo que se pode observar é só uma parte da realidade física acabou dando luz à definição do conceito de multiverso.

aproximamos esses universos paralelos? Teremos justamente o mesmo fenômeno: primeiro um big crunch de visões, seguido por um big bang de ideias. E é nesse big bang que está o grande diferencial de nosso negócio – o enorme desafio de integrar da forma mais efetiva tantas áreas da comunicação. Fazer com que estas colisões sejam criativas, harmônicas e produtivas só é possível se desenvolvermos lideranças que tenham a consciência de que o aprendizado e a inovação estão no encontro destes múltiplos universos, ou no multiverso. Também é necessário entender que os velhos chavões herdados da economia industrial não servem mais, como por exemplo, “o bolo é um só, quando você leva uma fatia maior, outros levam fatias menores”. Quando as dimensões colidem, esta explosão é sinônimo de um universo em expansão, e neste novo paradigma o bolo não existe, o que existe são novas oportunidades onde todos, na verdade, podem ter quantos bolos quiserem. Neste novo cenário, com novos modelos que não surgem do dia para noite, devemos nos libertar cada vez mais de velhos comportamentos ao invés de sustentar um discurso repetitivo e mecânico. Isso significa que devemos buscar inovação ao invés de investir somente na segurança que os controles da empresa nos trazem, e devemos também aprender a avaliar os riscos das inovações que buscamos. Precisamos, ainda, mudar

Nessa teoria, o que mais me chamou atenção foi saber que a colisão de branas, sob o ponto de vista das quatro dimensões, tem a aparência de um big crunch seguido de um big bang. Mas o que tudo isso tem a ver com nossa coluna de Inovação e Negócios? Tem tudo a ver sim! Posso garantir que vejo múltiplos universos nos corredores do Grupo TV1, assim como há em quase todas as empresas, de qualquer setor de atuação e não apenas as de comunicação e marketing. Por aqui, existem profissionais especializados em audiovisual, relações públicas, publicidade, marketing, tecnologia, criação, redação, gestão de projetos, eventos, entre outros novos universos em ascensão, incluindo especialistas em redes sociais e especialistas em mensurar o desempenho de campanhas digitais. Ou seja, até aqui foi possível dar um exemplo de que nossa viagem pela Teoria-M tem um paralelo nesse ambiente em que convivo, dentro de uma agência digital: coincidentemente, citei 11 universos paralelos. E o que pode acontecer quando

a cultura e o clima da companhia e dos colaboradores por meio das lideranças, jogando fora as energias ultrapassadas da competição interna pela sobrevivência por uma renovada era de cooperação – tudo em busca das possibilidades que geram abundância e meritocracia. Nas salas da TV1.Com, por exemplo, promovemos grandes mudanças em pouco tempo. Alguns memes que lançamos em nossas reuniões foram “menos ego, mais trip” e “DesapEGO”, justamente para provocar essas colisões harmônicas e produtivas entre nossas diversas disciplinas. Quando você andar pelos corredores da empresa em que trabalha, observe essas dimensões, saia da primeira pessoa e tente ver estas dimensões invisíveis, analise mais sob a ótica da terceira pessoa e menos pelo ego, e vislumbre o multiverso de perfis de profissionais. Tenho certeza de que a saída para seus problemas está justamente no encontro delas. 92 > FRONT | WIDE |

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N OT Í C I A S

Fique por dentro

Espera pelo iPhone 5 faz ações da Apple dispararem Twitter vai abrir escritório brasileiro "Estamos realmente encantados com o mercado de lá. O mercado digital no Brasil está vivo de forma grandiosa". A afirmação é de Adam Bain, executivo encarregado da receita global do Twitter. Recentemente, Adam afirmou que planeja expandir os negócios comercialmente para outros mercados da região, como México e Chile. O executivo revelou que se já se reuniu com funcionários e clientes em potencial nas últimas duas semanas, sendo que enxerga eventos com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 como oportunidades no País. A empresa tem sedes nos Estados Unidos e Reino Unido, além de mais 200 escritórios comerciais em todo o mundo.

Na terceira semana de julho, a Apple divulgou um balanço financeiro referente ao seu último trimestre fiscal, e os números decepcionaram o mercado. Muitos investidores, então, resolveram passar suas ações adiante, mas parece que quem ficou se deu bem. Com o lançamento do iPhone 5, em setembro, os comerciantes se armaram para aguardar o novo smartphone. Por isso, as ações da companhia deram um salto, como mostra o Business Insider. É possível que as vendas dos modelos antigos do iPhone sejam desastrosas nos próximos dias, mas as baixas devem ser recuperadas logo nas primeiras semanas da nova edição do gadget.

As sete profissões do futuro Trabalhar com treinamento de funcionários, redes sociais, relações com a comunidade, com o governo, com novos projetos. Profissionais competentes para atuar nesses setores estão em alta no Brasil e no mundo, de acordo com pesquisa feita pela empresa de consultoria em Recursos Humanos Michael Page. E os salários podem chegar a R$ 45 mil por mês.

As sete novas carreiras apontadas pela consultoria já são realidade e terão cada vez mais demanda, segundo o diretor Augusto Puliti. As profissões são: gerente de treinamento em varejo, gerente de identidade visual, gerente de comunidade, gestor de reestruturação, gerente de projetos, gerente de relações governamentais e gerente de marketing online.

85%

4 bilhões

O domínio do Android e do iOS entre os smartphones já é tão grande que quase não sobra espaço para outras plataformas. No segundo trimestre deste ano os sistemas da Apple e do Google representaram, juntos, 85% de todos os telefones vendidos globalmente, de acordo com números da IDC (International Data Corporation).

A cada mês, internautas gastam mais de 4 bilhões de horas com vídeos do YouTube. Isso equivale a 456 mil anos de conteúdo ou, exemplifica Sam Laird, do Mashable, é como assistir ao vídeo original do Nyan Cat cerca de 66 bilhões de vezes. Os dados mostram a rapidez com que o YouTube tem crescido, pois em maio deste ano a empresa anunciou que eram consumidos mais de 3 bilhões de horas por mês.

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B LO G S D O M Ê S

Qualidade Simples A proposta do blog (www.blog. qualidadesimples.com.br) é falar de comunicação social, tecnologia, mídias sociais e assuntos relacionados de modo mais descompromissado. O site reúne pensamentos, ideias e opiniões sobre os temas citados. O nome veio da intenção de falar de comunicação de um modo abrangente, de certa forma com um viés cotidiano, mas com a liberdade de ir além. Quem assina o blog é o jornalista Bruno Chagas, que se considera um entusiasta de novas tecnologias e viciado em internet.

Finati Marketing Digital O blog (www.finatimarketing.com.br) discute assuntos como link patrocinado e SEO, E-commerce, marketing nas redes sociais, cursos (diversas modalidades), novidades e dicas quentes do mercado. O responsável pelo blog, Fernando Finati, possui larga experiência com consultoria e execução em marketing digital.

Conhece algum blog interessante focado em criação, tecnologia, marketing ou e-commerce? Envie sua dica para redacao@revistawide.com.br

240 bilhões Top10 O armazenamento de dados na nuvem nunca esteve tão em alta (salve o trocadilho). E vai subir ainda mais. De acordo com a Forrester Research, empresa especializada em análise de mercado, em 2020, o setor deve movimentar mais de 240 bilhões de dólares no mundo. No ano passado, já foram 41 bilhões de dólares. Bom para o consumidor.

Temple Run Brave; Draw Something Free; Song Pop; The Walking Dead – Episode 1: A new Day; The Dark Knight Rises; The Amazing Spider-Man; Lair Defense: Dungeon; Angry Birds Space; Ski Safari; e Mass Effect Infiltrator. Esses são os 10 melhores jogos disponíveis para tablets, segundo o site TechTudo.

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L I V RO S Design Thinking Brasil TENNYSON PINHEIRO E LUIS ALT

AG E N DA

Editora Elsevier www.elsevier.com.br

08 e 09/09 INSERT DESIGN Local: Rio de Janeiro www.insertbrasil.com Evento de design que visa estabelecer sua relação com a arte, tecnologia, moda e cinema. O objetivo do Insert é dar ao participante um olhar amplo sobre as multidisciplinaridades do design aplicadas ao mundo, e após ter experimentado o Insert, inspirar seu próprio trabalho e atitudes. Serão dois dias de ciclos de palestras, workshops, stands e exposições culturais.

19 a 21/09 ABC I X Local: São Paulo (Escola de Arte e Design Panamericana) www.centralpress.com.br O evento contará com a presença dos designers Luigi Colani e Ellen Lupton. Recomendado a estudantes, designers e interessados por arte e cultura, o mesmo encontro já recebeu profissionais do calibre de Stefan Sagmeister, conhecido pela criação de capas de álbuns das bandas The Rolling Stones e Aerosmith; e Javier Mariscal, que concorreu ao Oscar 2012 com a animação "Chico e Rita".

20 a 22/09 WOB 2012 - WIDE OPEN BUSINESS CONFERENCE Local: Rio de Janeiro www.wob2012.com.br O WOB é um evento internacional sobre Inovação com foco em Design, Tecnologia e

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Novas Mídias, que reunirá mais de 3.000 participantes, entre grandes pensadores, líderes, formadores de opinião e profissionais atuantes. São mais de 80 palestrantes, nacionais e internacionais, que se apresentarão para o público em formatos diferenciados. O evento acontecerá no Centro de Convenções SulAmérica, o mais moderno complexo de eventos do país, que conta com tecnologia de ponta e localização privilegiada: o Centro da cidade do Rio de Janeiro. O WOB 2012 é patrocinado pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, EXIN e Blackberry, com apoio da TV Globo e Rádio SulAmérica Paradiso.

29/09, 06/10 e 20/10 EDTED E-COMMERCE Locais: Fortaleza, Salvador e Recife www.edted.com.br A Arteccom, atenta às últimas mudanças do mercado, realiza seus dois últimos encontros do ano, o EDTED, que apresenta todo o conteúdo do evento FNEC – Fórum Nacional de E-commerce -, sucesso em suas quatro edições. Para acompanhar a velocidade desse mercado e esclarecer os constantes questionamentos desse público (agências e lojistas), o EDTED E-commerce aposta em grandes cases inovadores. Imperdível. Ingressos de R$ 56 a R$ 110.

Neste livro, Tennyson Pinheiro e Luis Alt da live-work, consultoria global de inovação e Design de Serviços, apresentam as raízes e razões de existir do Design Thinking, uma abordagem que permite que empresas coloquem as pessoas no centro de sua estratégia para cocriar com elas soluções de alto valor percebido. Os autores mostram que a empatia, a colaboração e a experimentação devem ser parte integrante da cultura de qualquer negócio que queira inovar e manter-se competitivo e relevante no atual cenário socioeconômico.

Fundamentos de Bancos de Dados com C# MICHAEL SCHMALZ Novatec Editora www.novatec.com.br Trabalhar com bancos de dados em C# pode ser assustador se estiver migrando do VB6, VBA ou Access. Com este guia prático, você encurtará consideravelmente a sua curva de aprendizagem enquanto aprende acessar, adicionar, atualizar e excluir dados com C# – habilidades básicas necessárias para quem pretende programar com essa linguagem.

Nos bastidores da Apple ADAM LASHINSKY

Editora Saraiva www.saraivauni.com.br O livro oferece informações sobre como a Apple usa o sigilo e sua peculiar estrutura de gestão para garantir que permaneça tão ágil quanto uma empresa em início de atividades. Revela também o que os executivos da Apple chamam de tempero secreto, como os sistemas e as estratégias que permitiram que Steve Jobs e sua empresa produzissem sucessos após sucessos e inspirassem seguidores quase de um ritual para seus Macs, iPods, iPhones e iPads.

O Olho do Fotógrafo MICHAEL FREEMAN Bookman www.bookman.com.br O design é o fator mais importante na criação de uma imagem fotográfica de sucesso. A habilidade de enxergar o potencial para uma imagem forte e depois organizar os elementos gráficos em uma composição atraente e eficiente sempre foi crucial no ato de fotografar. A fotografia digital trouxe um aspecto novo e motivador ao design, por sua resposta rápida e suas possibilidades de edição, e isso teve um efeito profundo no modo como os fotógrafos fazem suas fotos.


D I R E I TO N A W E B

I N T E R N AC I O N A L

Gilberto Martins de Almeida é advogado formado na PUC/RJ, com Mestrado na USP e cursos em Harvard e no M.I.T. Ex-Gerente Jurídico da IBM, onde trabalhou por 11 anos, no Brasil e nos EUA. Sócio de Martins de Almeida – Advogados, escritório especializado.

MONITORAMENTO NO TRABALHO

ESTADOS UNIDOS/ALEMANHA

Gilberto, trabalho em uma empresa onde o setor de TI filtra todas as informações virtuais. Porém, tenho autorização a usar email pessoal, logicamente com moderação. Porém, já vi muitos colegas terem problemas por trocarem mensagens por Skype, MSN, emails e outros. Quais são os riscos, possíveis problemas e o que posso fazer para reverter uma situação constrangedora, caso aconteça? Como conviver com o monitoramento no trabalho? FERNANDA RIBEIRO A Justiça decidiu que as empresas podem monitorar os funcionários, na proporção das necessidades dela, ou seja, com moderação. Significa que elas podem monitorar rotineiramente, de forma proativa, quando avisem antes aos funcionários sobre as regras do uso de ativos de informática e de comunicações e sobre o escopo do monitoramento. E podem monitorar emergencialmente, em caráter reativo, quando exista fundada suspeita de um ilícito. Conhecendo as regras que a empresa tenha divulgado (normalmente constantes na Política de Segurança da Informação), cada funcionário deve avaliar se pretende continuar a trabalhar naquela empresa, porque tais regras integram o contrato de trabalho e constituem condição de emprego. Somente se a empresa extrapolar dos limites de moderação na definição das regras ou da sua colocação em prática, é que o funcionário poderá alegar ilegalidade, opondo-se ao monitoramento. Preocupado com os riscos e consequências do monitoramento, o funcionário deve ter o direito de indagar quais são as regras da empresa a respeito do compartilhamento, uso e descarte do material colhido no monitoramento. Afinal, os dados pertencem à empresa, mas dizem respeito à imagem e privacidade do funcionário.

Estudo diz que não ter perfis em redes sociais é 'suspeito' para chefes

Quando o acesso e uso pelo funcionário ocorram fora das instalações da empresa e do horário da jornada de trabalho, a empresa não deve inserir redes sociais e serviços de mensagens instantâneas na programação regular e sistemática do monitoramento. Somente em situações excepcionais é que a empresa poderá rastrear o uso absolutamente pessoal (conta de e-mail pessoal, equipamento pessoal, ambiente pessoal do funcionário e tempo de lazer). O inverso também se aplica, ou seja: se o funcionário usar redes sociais ou SMS ou BBM durante a jornada de trabalho e/ou no ambiente da empresa, ela teoricamente terá a justificativa de monitorar o cumprimento do contrato de trabalho pelo funcionário verificando se ele está dedicando tempo demais a atividades pessoais, se ele está vazando informações que não devia, se ele está se expondo a risco de contágio de vírus por acesso a páginas suspeitas etc. Perguntando o que a empresa faz com o material extraído no monitoramento, e evitando acessar e usar aplicações pessoais durante a jornada e no ambiente da empresa, são cuidados que valem a pena ser tomados para uma convivência tranquila com as regras de monitoramento no ambiente de trabalho.

Via Daily Mail Estudos feitos nos Estados Unidos e na Alemanha provaram que grande parte das empresas acredita que a disseminação das redes sociais é tão grande que é até “suspeito” quando uma pessoa não participe delas - no âmbito profissional e pessoal. Na revista alemã Der Taggspiegel, os casos do atirador James Holmes - do cinema norte-americano onde era exibido o filme Batman - e do assassino Anders Behring, responsável por um atentado na Noruega em 2011, que não tinham perfis no Facebook, são usados como exemplos para justificar a teoria de que “pessoas comuns têm perfis em redes sociais”. A teoria tem como base o fato de que o candidato pode ser “tão ruim” ou ter tantas “coisas feias” em seu passado que ou ele prefere não revelar essas informações às pessoas ou chegou a ter que apagar suas contas em redes sociais. Além, é claro, do fato de ser mais complicado fazer uma pesquisa sobre a pessoa sem ver seu comportamento nos sites de relacionamento.

93% dos CEOs não estão no LinkedIn ESTADOS UNIDOS Uma pesquisa divulgada pela companhia americana de recrutamento CTPartners Executive Search revelou que 93% dos CEOs de grandes empresas não demonstram interesse em participar da rede social LinkedIn – considerada como o maior centro de contatos profissionais do planeta. O estudo aponta que os poucos executivos que frequentam o site são homens, e não estão ligados diretamente à indústria de tecnologia. A Ásia detém o maior número de CEOs conectados, com 3% de seus líderes na rede social. Os setores com maior presença no site são os de serviços financeiros, combustíveis e o automobilístico.

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WIDE THINKING João Batista Engenheiro Industrial, é titular da J2B Innovation, consultoria Business Branding. É fundador e diretor de Comunicação do RDI – Retail Design Institute – Chapter Brasil, entidade mundial de designers de varejo. Trabalhou na ONU como responsável pela Direção Geral do Fórum Global na Eco 92, no Rio de Janeiro. Com escritórios em São Paulo, a partir de 2001, atuou como Regional Manager para A. Latina da Divine Inc. e da FastComm. A J2B realizou vários eventos no Brasil e no exterior, dentre eles o Brasilshop de 2007 e 2008 para a Alshop, NRF2008 & Luxo em NY, NRF2010 & Design Estratégico para o Varejo e NRF2011 & Varejo 3.0, ambos em NY.

O GUARDANAPO E A INOVAÇÃO NO BRASIL No último artigo escrito para esta revista, sobre o Quilombo do Brasil, e pensando nesta circunstância, lancei uma 'sociedade dos guardanapos' sem explicações. Para mim era tão óbvio que me distraí. Então resolvi retomar a ideia exposta na expressão. Grandes ideias surgiram em mesas de bar e restaurante, e a maioria foi escrita em guardanapos. "As melhores inspirações são escritas em guardanapos de bares, cafés etc...não é verdade? Para aqueles que adoram rabiscar em guardanapos e concordam que grandes ideias surgem em momentos de ócio, o sketchbook pode ser muito útil." Um pedaço da história recente dos EUA (da desregulação do mercado que levou à crise global de 2008), escrito em um guardanapo de cocktail por Arhur Laffer : "Em setembro de 1974, Arthur Laffer, o professor de gestão da Universidade do Sul da Califórnia, tomou uma bebida em um restaurante de Washington D.C., com o seu amigo Donald Rumsfeld (então conselheiro do presidente Gerald Ford). A conversa foi sobre economia, impostos e sobre como ultrapassar a recessão. Laffer desviou o seu copo de vinho, tirou o guardanapo e desenhou um simples gráfico para ilustrar a sua ideia de que a certo ponto, o aumento de imposto resulta numa descida das receitas fiscais, devido à fuga ao fisco. O gráfico, conhecido como a “Curva de Laffer”, tornou-se depois a base para o programa econômico de Ronald Reagan.

anotações, rabiscos de explicações ganham vida naqueles papéis que desafiam a arte da escrita, melhor realizada apenas com canetas novinhas e boas de escrita desde há muito...As melhores são as roller, que eu carrego sempre comigo para estas situações de improviso criativo. Noutro dia, discutindo sobre Antropologia da Inovação com minha cúmplice Liv Soban, fizemos em co-criação um modelo incrível numa folha de suplá. Tão impressionante que vou usar para discutir a validade de nossas idéias com o Roberto DaMatta nesta semana que escrevo este artigo. Claro, confesso que eu também carrego comigo o meu sketchbook, neste caso o 'hours concours' Moleskine, que foi re-editado e cumpre o seu papel brilhantemente. Sempre anoto sobre reuniões, ideias...e ele fica concorrendo com o Notes do meu iPhone. Mas estou sempre armado para tomar um guardanapo e anotar o rascunho de uma ideia. Esta semana aconteceu. Ah! cabe uma puxada de orelha na galera que despreza o papel, pois um sketchbook afiado é imbatível. O que isso a ver com Inovação? Eu explico. O grande problema do processo de inovação é que as novas ideias, boas ou ruins, precisam ser registradas logo para driblar o esquecimento, ser compiladas, depois colocadas num grande mapa e discutidas com os outros colaboradores. Como inovar implica destravar a mente para deixar que ocorram pensamentos sobre produtos, serviços ou ambos (o que é melhor!) então não tem hora para acontecer, e "o onde registrar" é o que está disponível. No bar, restaurante ou lanchonete, churrasco ou feijoada, o guardanapo vai estar lá, imbatível.

(17/07/2012 | 13:00 | Dinheiro Vivo)

Guardanapos limpam lábios, manchas de cerveja e até óculos. Guardanapos são equipamentos obrigatórios nas mesas de bares e baladas. Guardanapos estão à mão nos restaurantes. Guardanapo é presença nas rodas de conversa, nas discussões de toda natureza. Fiquemos com o exemplo das interações que acontecem em torno do futuro, dos planos de carreira, nas "beer interactions" das startups etc. Letras de música, croquis, anotações de conversas, puta ideia. Tudo isso já enxertou nosso acervo de apresentações riquíssimas e, em algum momento, foram escritas nos guardanapos de bares, cafés, restaurantes, lanchonetes. Acrescente-se ainda os suplás, aqueles papéis que forram as bandejas das lanchonetes mais elaboradas, e restaurantes self-service. Nesta sociedade conectada, com tantos recursos para o registro de uma ideia, conversa, imagem, vídeo...a coisa parece ser menos usada? Não, os guardanapos estão lá, firme e fortes, nos lembrando que nos lugares de interação física, pequenas

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Para inovar é preciso estar aberto à diversidade, à relativização. Trata-se de um exercitar desta capacidade inata de acasalar e misturar as coisas, de abrir a mente eletrônica numa navegação inquietante, mas também à moda da chave antiga, trabalhada pelos anos, discutindo pontos de vista distintos. É a atividade relacional de ligar e descobrir um foco que iluminará o incremento adicionado de valor...a inovação. Melhor lugar? De frente para os comes e bebes. Na Arteccom, a Adriana promove, regularmente, cafés da manhã maravilhosos, em mesa com diferentes tipos de pessoas e sempre, mas sempre mesmo, ideias inovadoras surgem borbulhando das cabeças iluminadas. Tem que registrar, e eu já vi gente escrever no guardanapo embora tenha papéis na mesa...imaginem só o que acontecerá no WOB2012 nos intervalos dos cafés e lanches? Viva o Bar, viva o guardanapo!


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Peixe Grande O maior concurso de sites e blogs da internet brasileira apresenta seus vencedores da 8º edição Que o Prêmio Peixe Grande é um sucesso nacional, não é nenhuma novidade no meio tecnológico. O maior concurso de sites da internet brasileira, em sua 8º edição e promovido pela Arteccom, tem o objetivo de premiar os melhores projetos desenvolvidos no país e destacar anualmente no mercado as maiores agências, profissionais e blogs brasileiros. A Arteccom acredita que o reconhecimento é o verdadeiro estímulo para grandes jobs. E nesse grande celeiro de criatividade chamado mercado brasileiro, apresentamos a você, leitor, aqueles que puseram mãos à obra e se destacaram no ano de 2011. Foram 686 sites inscritos (167 na categoria agência, 77 na categoria freelancer e 442 na categoria blog). O site oficial (www.peixegrande.com.br) foi a principal porta de contato entre a organização e os profissionais inscritos. Destaque ainda para a composição do júri especializado, composto pelos seguintes profissionais: Adriana Melo (Arteccom); Alexandre Saddi (HUGE); Bruno Porto (Raffles Design Institute); Bruno Rodrigues (Petrobras); Fred van Amstel (Faber Ludens); Julius Wiedemann (Taschen); Luli Radfaher (USP); Marcio Bomfim (Opacity/Canadá); Paulino Michelazoo (pMichelazzo consultoria web) e Ricardo Landim (Goodby, Silverstein and Partners/EUA). Fotografia - Carolina Vigna-Marú 92 > DESIGN | WIDE |

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São grandes profissionais, reconhecidos no mercado nacional e internacional, que atribuíram notas para cada um dos sites finalistas, levando-se em consideração sete quesitos: originalidade, interatividade, usabilidade, aplicação de multimídia, conceito de design, tecnologia e público-alvo. Depoimentos de vencedores das edições anteriores são a comprovação do sucesso da premiação. Após participarem e se consagrarem vitoriosos, os profissionais contam sobre os diversos convites recebidos tanto para projetos quanto para empregos. Além disso, constam também o reconhecimento da excelência do Peixe Grande por parte das empresas, o crescimento das agências (expandindo serviços para fora de seus estados), novo networking, e a qualidade e seriedade da organização diante dos profissionais inscritos. Novos talentos também são revelados a cada edição. E a revista Wide, no intuito de divulgar o que há de melhor no mercado, que continua cada vez mais difundido no país, traz para seus leitores os grandes vencedores dessa oitava edição. Que as empresas fiquem atentas e vejam o que o mercado tem a oferecer entre os profissionais de web no Brasil.

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Nas próximas páginas você verá soluções inovadoras, eficazes, interativas...Enfim, vamos aos vencedores!


Finalistas do Júri Técnico da 8º edição do Concurso Peixe Grande! CATEGORIA AGÊNCIA www.antoniobernardo.com.br www.atmosferagentil.com.br www.avonmaquiagem.com.br/simulador/ www.biamar.com.br www.biruta.com.br/#/intro www.cidadereclama.com.br www.ecovillasvaleverde.com.br www.espro.org.br www.fishy.com.br www.fulldesign.com.br www.kleitonekledir.com.br/parouimpar www.lacca.com.br/lacca/index.php www.mandi.net/index.php www.moringadigital.com.br www.mymag.com.br www.planobprodutora.com.br/ www.reservamini.com.br www.restaurantekinoshita.com.br www.wicssa.com/pt viagemdossonhos.jellyweb.com.br CATEGORIA FREELANCER www.aquinoweb.com www.circovoador.com.br www.compreienaovou.com.br www.corporastreado.com.br www.flaviasoufer.com www.imgweb.com.br/_projetos/bra... www.oteatromagico.mus.br www.suzukimotos.com.br www.terapiadaalegria.com.br/2012 www.tilles.com.br CATEGORIA BLOG www.designontherocks.xpg.com.br www.mmamagazine.com.br www.popverso.com.br www.revistacliche.com.br www.tableless.com.br

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA VENCEDOR GERAL E QUESITO APLICAÇÃO DE MULTIMÍDIA

Webcomtexto CASE WWW.PLANOBPRODUTORA.COM.BR O site vencedor na categoria Geral é o www.planobprodutora. com.br e ao se consagrar como o grande campeão, confirma que o sucesso pode chegar para empresas que não estão localizadas no ‘famoso’ eixo Sul/Sudeste. O case, desenvolvido pela Webcomtexto Comunicação, tinha o objetivo de apresentar ao cliente um site de qualidade e que o surpreendesse. Com essa missão, foi desenvolvido algo considerado extremamente simples, porém muito bem executado, super focado no objetivo do cliente, com conteúdo relevante e pertinente para quem procura os seus serviços. Um fator determinante para o sucesso do projeto foi, sem dúvida, a liberdade criativa dada pelo cliente. Os criadores defendem a ideia que projetos que chegam já formatados e engessados dificilmente têm o resultado final tão positivo. Matheus Moraes, Manager Web da Webcomtexto, destaca ainda o comprometimento da equipe e a busca por conhecimento e atualização constantes – fatores que segundo ele, fazem toda a diferença. “Trabalhamos em um ambiente extrovertido e com bastante liberdade, o que favorece o entrosamento da equipe, a diversão e a criatividade, itens essenciais para um trabalho como o nosso.”

“A agência defende a ideia que projetos que chegam já formatados e engessados dificilmente têm o resultado final tão positivo”

Comissão julgadora avaliou:

“Perfeita apresentação do conteúdo para o público com bom uso da tecnologia. A interação é primorosa e permite o usuário ficar um bom tempo vendo as peças.” WEBCOMTEXTO

SITE: www.webcomtexto.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 2003

EMAIL: contato@webcomtexto.com.br

CIDADES SEDE: CUIABÁ (MT)

TWITTER: @webcomtexto

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA QUESITO ORIGINALIDADE

Fishy CASE WWW.FISHY.COM.BR O novo site da Fishy tinha o objetivo não só de transmitir o conceito de uma forma leve e divertida, como também convidar o usuário a interagir e fazer parte daquele universo. Irving Suna, diretor de criação da Agência Fishy, conta que “optaram por explorar uma série de recursos que pudesse envolver o visitante, como o de geolocalização - onde podemos identificar a cidade do visitante e podemos consultar a hora e o tempo daquela região e reproduzi-las no site, além da navegação tipo parallax e animações utilizando SVG e JS”. O diretor conta que o site possui ainda uma espécie de brincadeira, onde o visitante pode fazer login com sua conta do Facebook e ter seu avatar no rosto do mergulhador em meio ao site, além de publicar uma imagem no seu álbum de fotos na plataforma. O site foi desenvolvido com HTML5 e CSS3 e possui três possibilidades de navegação, sendo por meio da barra de rolagem, menu clássico e setas do teclado. “Originalidade é, sem dúvida, um dos grandes desafios no processo criativo e de inovação de qualquer indústria. Vencer nesse quesito é realmente uma grande satisfação e só confirma que estamos no caminho certo”, diz Irving Suna.

“Originalidade é, sem dúvida, um dos grandes desafios no processo criativo e de inovação de qualquer indústria”

Comissão julgadora avaliou:

“Muito bom, ótima aplicação de recursos” AGÊNCIA SIRIUS INTERATIVA FISHY

SITE: SITE: www.fishy.com.br www.sirius.com.br

ANO ANO DE DE FUNDAÇÃO: FUNDAÇÃO: 2008 1994

EMAIL: E-MAIL:fale@fishy.com.br contato@sirius.com.br

CIDADES CIDADES SEDE: SEDE: RECIFE/PE Rio de Janeiro (RJ)

TWITTER: TWITTER: @fishybr @falasirius

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA QUESITOS INTERATIVIDADE E TECNOLOGIA

Princi Agência Web CASE WWW.CIDADERECLAMA.COM.BR A motivação da equipe vencedora nesses quesitos partiu do fato de que a cidade de Campinas/SP vive um momento de diversos problemas urbanos, sobretudo por conta dos problemas de gestão sofrida nos últimos anos. Pensando em sanar esses desafios, a agência responsável pela criação do site www.cidadereclama. com.br fez um trabalho de mapeamento urbano que permitiu a divulgação e fortalecimento das reclamações nas mídias sociais. “Criamos então o Cidade Reclama, integrado com o Google Maps e com as redes sociais, e muitos cidadãos de diversas cidades do Brasil têm utilizado a ferramenta para divulgar suas insatisfações até chegar aos meios públicos. Estamos muito felizes com o sucesso do projeto e o reconhecimento, porém o que mais destacamos é que criamos uma ferramenta de apoio ao cidadão”, garante Eric Nishimura Princi. Ele conta que o objetivo com o projeto Cidade Reclama era criar uma ferramenta criativa, e que se tornasse popular, e somente com usabilidade, ou seja, facilidade de interação, daria resultados. “Vencer nesses quesitos é comemorar os objetivos que definimos no inicio do projeto. Uma vez ouvi uma frase que dizia que inovação é criatividade com resultados. Sem resultados não é inovação. Ver as reclamações crescendo, a mídia fortalecendo a

ideia e a população participando são os resultados que autenticam a inovação que buscávamos.” Com sede em Campinas/SP, a Princi Agência Web nasceu a partir da Princi Informática, que está há 16 anos no mercado de TI, e atua desde 1999 no desenvolvimento e criação de sites. O crescimento do departamento de internet da Princi Informática fez com que a ideia de agência de internet tomasse forma em 2007. Hoje, já consolidada, a agência conta com uma experiência em mais de 200 projetos e vem crescendo tanto em tecnologia como em qualidade; desenvolvendo e mantendo projetos de sites dinâmicos com criatividade, alinhados a um planejamento estratégico bem definido.

“Estamos muito felizes com o sucesso do projeto e o reconhecimento, porém o que mais destacamos é que criamos uma ferramenta de apoio ao cidadão”

Comissão julgadora avaliou:

“Bom uso da tecnologia, ferramental, funcional...”

PRINCI AGÊNCIA WEB

SITE: www.princiweb.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 1997

EMAIL: contato@princiweb.com.br

CIDADES SEDE: CAMPINAS/SP

TWITTER: @agenciaweb

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA QUESITO APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE DESIGN

6D CASE WWW.ANTONIOBERNARDO.COM.BR “Antonio Bernardo é um caso antigo. Assim como nós, o Antônio é também um apaixonado por design e o aplica de forma intensa em seus produtos, lojas e também em suas peças de comunicação”. A declaração é de Tola Faria, um dos sócios da Agência 6D, responsável pelo site vitorioso no quesito design. E o layout/design do site não se limitou à estética e à forma. Ele foi aplicado também na função e no desenho de toda sua estrutura de informação e sistemas. “Criamos e desenvolvemos de forma completa e totalmente customizada às necessidades do cliente, um sistema robusto de e-commerce, além de toda a plataforma de CMS e o resultado está no ar, um website bonito, com formas simples, mas sofisticadas como as joias do Antonio e um sistema que permite o uso fácil de qualquer pessoa. Pensar design é conhecer e entender seus clientes, valores e posicionamentos, suas necessidades, seu mercado e público e aplicar este conhecimento da melhor forma em suas peças e/ou campanhas. Aliar forma e função na medida certa, sem sobrar ou faltar”, conta o diretor. A equipe é formada por aproximadamente 30 profissionais e já produziu soluções visuais para diversos projetos, do planejamento ao monitoramento de campanhas digitais, da pré-produção à finalização de peças digitais ou analógicas. Constam nessa lista ainda direção de DVDs, comerciais de TV e abertura de novelas; elaboração de sites, logomarcas, branding e impressos; animações 3D e vídeo grafismos; cenografia de shows, peças e desfiles de moda; capas de discos, videoclipes e websites.

“Pensar design é conhecer e entender seus clientes, valores e posicionamentos, suas necessidades, seu mercado e público e aplicar este conhecimento da melhor forma em suas peças e/ou campanhas”

Comissão julgadora avaliou:

“O site transmite uma sensação de sofisticação e exclusividade, o que reflete perfeitamente a marca.” AGÊNCIA 6D

SITE: www.6d.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 2003

EMAIL: estúdio@6d.com.br

CIDADES SEDE: RIO DE JANEIRO (RJ)

TWITTER: @6D_estudio

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA QUESITO ADEQUAÇÃO AO PÚBLICO-ALVO

Deen Marketing Digital CASE WWW.BIAMAR.COM.BR Felipe Gubert, diretor de negócios da Deen, agência criadora do site www.biamar.com.br sabe do grande desafio que tinha: o cliente possuía um vasto conteúdo produzido ao longo dos últimos meses e era necessário levar esse material de forma inteligente ao site. Como se trata de um cliente de moda, a tendência de sites em página única pareceu extremamente interessante, tendo em vista que proporcionaria uma experiência diferente aos clientes. Combinado a isso, a Deen Marketing Digital pensou no projeto de uma forma que ela pudesse ser vista com toda a riqueza também em dispositivos móveis, recurso muito utilizado pelos consumidores da empresa. “Tínhamos uma expectativa muito grande por parte do cliente, justamente pelo fato da grande quantidade de material que deveria constar no site. Foram algumas semanas de trabalho duro, mas que realmente valeram a pena, pois deram projeção mundial - tanto para a marca Biamar quanto para a Deen”, afirmou Gubert.

“Como se trata de um cliente de moda, a tendência de sites em página única pareceu extremamente interessante, tendo em vista que proporcionaria uma experiência diferente aos clientes”

Comissão julgadora avaliou:

“Site original com visual sofisticado e tipografia e cores muito bem resolvidas” DEEN MARKETING DIGITAL

SITE: www.deen.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 2011

EMAIL: contato@deen.com.br

CIDADES SEDE: CAXIAS DO SUL/RS

TWITTER: @deenmkt

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA AGÊNCIA QUESITO USABILIDADE

Fulldesign CASE WWW.FULLDESIGN.COM.BR Para o case vencedor no quesito usabilidade, a FullDesign buscou integrar as demandas dos seus diversos públicos com tendências de design, arquitetura de informação e usabilidade. O objetivo foi criar uma hierarquia visual para sempre expor de forma simples, funcional e interativa seus projetos, clientes e conteúdos relacionados. E com um detalhe muito importante: em todas as plataformas digitais de forma otimizada, inclusive com técnicas de SEO. O site é um apanhado de comunicação com unidade entre texto e imagem, técnica e criatividade, dinamismo e estratégia. Fernando Portela, diretor de criação da FullDesign Comunicação Integrada, comemora o resultado. “Pesquisas recentes apontam que mais de 40% dos usuários brasileiros de internet assistem TV ao mesmo tempo que navegam, grande parte comentando e gerando conteúdo nas redes sociais sobre os programas em tempo real. Criar um site que atende esse público em eterna mudança e ainda ganhar um prêmio por isso nos deixa muito envaidecidos. Porém, temos que continuar

inovando para fidelizarmos e ampliarmos esse público. Isso só se faz com muita pesquisa e dedicação para entender as novas tendências de uso e de consumo, como os usuários se relacionam com seus smartphones, tablets, computadores pessoais e outros aparelhos em seu dia a dia. O usuário mudou, temos que acompanhá-lo sempre. Vimos nos últimos anos o acréscimo de tempo dedicado ao acesso de redes sociais e percebemos que tínhamos que incorporar essa mentalidade em nosso site, providenciando mecanismos com a mesma dinâmica para comentários e compartilhamento de conteúdo. O projeto tem ainda toda identidade visual integrada à papelaria e peças impressas da agência. Assim expomos nosso conceito de comunicação integrada para a fácil percepção e materialização do cliente de nossa proposta”, diz o diretor.

“O usuário mudou, temos que acompanhá-lo sempre”

Comissão julgadora avaliou:

“Perfeito para o público-alvo e na interação. Adequado ao produto e bom uso do sistema visual.” FULLDESIGN

SITE: www.fulldesign.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 2003

EMAIL: contato@fulldesign.com.br

CIDADES SEDE: BRASÍLIA

TWITTER: @fullDesign

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA FREELANCER VENCEDOR GERAL

Vinicius Malvão CASE WWW.CIRCOVOADOR.COM.BR Recompensa. Assim Vinicius Malvão define o case vencedor geral da categoria Freelancer. Ele assegura que foram anos de dedicação atuando no mercado publicitário, produtoras e estúdio de design. O site é o cartão de visitas do Circo Voador, onde o público procura suas atrações. Por isso, explica Malvão, foi pensado no site como uma malha que se adapta a qualquer resolução. Tinha que ser algo prático, refinado, organizado e que possibilitasse expor suas principais atrações, sem nenhum clique. Tanto no site convencional quanto no site para mobile. “O site do Circo Voador foi um dos projetos mais bem executados que já trabalhei, tanto que acompanho seu crescimento de perto. O número de acessos cresceu 500%, o tempo que os usuários navegam pelo site cresceu 300% e os acessos para o site mobile crescem a cada dia. Maylor Bax e Roger Santos foram os responsáveis por desenvolver o Frontend em AS3 e o sistema de gerenciamento de conteúdo que possibilitou todo o suporte para o cliente controlar o site. Criamos uma área de administração onde o cliente pode atualizar as atrações e dar destaque ao evento que ele deseja. O cliente pode desenhar a malha da home e assim deixar a página principal dinâmica, mas sem perder sua identidade. Ele pode criar promoções, atualizar fotos, adicionar ou remover eventos, mudar o background das páginas internas, cadastrar vídeos do Youtube e criar uma galeria de vídeos para o público já ir sentindo

a atmosfera do show, gerar relatórios detalhados mostrando os acessos de cada evento - dando assim uma possibilidade maior de métrica para o setor de comunicação do Circo Voador lançar suas campanhas nas redes sociais. Importante dizer que ao criar um evento automaticamente, você cria o mesmo evento para o site mobile que é um espelho da home do site.”

“Tinha que ser algo prático, refinado, organizado e que possibilitasse expor suas principais atrações, sem nenhum clique”

Comissão julgadora avaliou:

“Sensacional. Interação levada ao extremo. Simplesmente perfeito”.

VINICIUS MALVÃO E-MAIL: vmalvao@gmail.com

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA FREELANCER QUESITO USABILIDADE

Cleber Glenyo da Rocha CASE WWW.SUZUKIMOTOS.COM.BR Faturar o Peixe Grande tem um significado diferente e importante para a carreira de Cleber Glenyo Chagas da Rocha, com o case www.suzukimotos.com.br. “Eu adoro IHC (Interação Humano Computador) e realizei muita pesquisa, fato fundamental para o desenvolvimento do projeto. Quando recebi o briefing da reformulação do site da Suzuki Motos, logo visualizei o projeto, pensei na quantidade de clientes que acessam o site todos os dias, e quis fazer um site que fosse agradável para se navegar, que o cliente encontrasse o conteúdo que procura sem esforço algum, no máximo que usasse três cliques. Um prêmio como o Peixe Grande é uma conquista de respeito e credibilidade. Ganhar o prêmio me fez pensar muito e agora pretendo fazer mestrado e me aprofundar em conceitos de Interação Humano Computador.”

“Ganhar o prêmio me fez pensar muito e agora pretendo fazer mestrado e me aprofundar em conceitos de Interação Humano Computador”

Comissão julgadora avaliou:

“Imagens grandes mostram bem os detalhes das motos e tornam a página atraente visualmente...”

CLEBER GLENYO CHAGAS DA ROCHA EMAIL: cleber.glenyo@hotmail.com

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA FREELANCER QUESITO INTERATIVIDADE

Olivar Alves Menegildo CASE WWW.IMGWEB.COM.BR/_PROJETOS/BRASTEMP_SPLIT “O prêmio representa a certeza que o trabalho foi realizado com sucesso e foi bem visto aos olhos de pessoas que prezam por qualidade, seriedade e competência”. A definição é de Olivar Alves, Motion Designer da IMGWEB, ao contar que a ideia inicial do projeto era fazer com que o usuário tivesse a nítida impressão de como poderia ficar o ar condicionado em seu próprio escritório, quarto ou sala. “Com isso, a transição entre os cenários e os detalhes refinados com informações de cada ambiente foi imprescindível para passar ao usuário essa sensação”, explica. O projeto foi considerado extremamente desafiador, uma vez que o objetivo foi levar interação entre os ambientes e o conhecimento de um novo produto no mercado, dando assim maior visão aos clientes dos benefícios oferecidos pelo produto, tanto na parte funcional quanto em seu design.

Comissão julgadora avaliou:

“Um benchmark por excelência: todo hotsite de produto deveria ser simples, objetivo e clean como este”. OLIVAR ALVES MENEGILDO E-MAIL: olivar@imgweb.com.br

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA FREELANCER QUESITO APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE DESIGN

Tiago de Barros CASE WWW.TILLES.COM.BR Tiago de Barros Hillesheim fez questão de ressaltar a alta qualidade do Júri Técnico. Seu portfólio www.tilles.com.br foi o preferido no quesito de aplicabilidade dos conceitos de design. “Fiquei muito honrado, pois são profissionais que atuam no mercado digital e trabalham em empresas de destaque. Minha ideia inicial era fazer um portfólio online, que fosse em si, um exemplo do que eu poderia oferecer para os meus clientes. Como a maioria dos meus trabalhos é de sites em flash, gastei tempo para criar animações, transições e interações mais personalizadas e diferentes.” O profissional explica cada processo de sua criação. “A inspiração do motion é o próprio ‘ambiente digital’, por isso fiz vários efeitos com pixels que aparecem durante a navegação. Na seção de ‘trabalhos’, coloquei um filtro por tags, para o usuário ver rapidamente que tipo de trabalho posso realizar e também para facilitar a busca de alguma coisa específica que o cliente necessita no momento. Para dar um toque mais pessoal, achei que seria legal incluir um pouco do meu hobby no site, que é a fotografia. Usei no background um slideshow com umas mais abstratas e na seção ‘sobre’, carrego as imagens do meu Flickr. O site é muito convidativo, dá vontade de explorar os shows, fotos, clicar nas

outras seções. Sempre gostei de imagens grandes e coloridas, com pouco texto – acredito que transmite a alegria e diversidade do local, o que traduz bem o perfil do cliente. Apesar de ter bastante conteúdo, a usabilidade está boa e o flash também está bem acabado”, avalia.

“Sempre gostei de imagens grandes e coloridas, com pouco texto – acredito que transmite a alegria e diversidade do local, o que traduz bem o perfil do cliente”

Comissão julgadora avaliou:

“Muito bonito e bem-acabado. Bem distribuído e de fácil acesso aos elementos e informações”. TIAGO DE BARROS EMAIL: contato@tilles.com.br

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA BLOG VENCEDOR GERAL E QUESITO APLICAÇÃO DE CONCEITOS DE DESIGN

Jose Henrique Fernandes (extensivo a Hugo L. Pizaia, Thiago Grossman e Raphael Inoue). CASE WWW.REVISTACLICHE.COM.BR Qualquer reconhecimento, desde um comentário no blog até um prêmio, é como ganhar o dia para o vencedor José Henrique Fernandes, conhecido como Zeh Fernandes. O Peixe Grande, segundo ele, é um selo de que estão fazendo um trabalho efetivo, visto que o blog tem menos de um ano. “O portal nasceu com o intuito de gerar conteúdo original nas diversas áreas do design. Além de inspiração, o blog tem como função servir como um referencial teórico cultural, na tentativa de incitar o debate sobre o design brasileiro. Contamos com uma excelente equipe de colaboradores que sempre escreve e procura assuntos do passado, do presente e do futuro do design”, afirma Zeh Fernandes. O blog tem um feedback positivo. Sua equipe preza pelos comentários, iniciativas construtivas, além das opções “gostei” e “parabéns”. E a qualidade do público leitor satisfaz os vencedores. “Somos fortes em Curitiba e somos reconhecidos pessoalmente. Queremos manter esse ritmo de contato com os leitores,

sobretudo atualmente, pois estamos aumentando a abrangência para todo o Brasil.” A dica dos vencedores é: “nessa Era onde todos podem construir e disponibilizar conteúdo, prezem por qualidade, autenticidade e periodicidade, nesta ordem. Qualidade em qualquer material que forem trazer, autenticidade no comentário e no texto que forem escrever, e a periodicidade dosada de acordo com seu público e com o buzz.

“Nessa Era onde todos podem construir e disponibilizar conteúdo, prezem por qualidade, autenticidade e periodicidade, nesta ordem”

Comissão julgadora avaliou:

“Conteúdo completíssimo, excelente navegabilidade.” JOSE HENRIQUE FERNANDES SITE: www.importzehdesign.com

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI TÉCNICO CATEGORIA BLOG QUESITO CONTEÚDO

Diego Eis CASE WWW.TABLELESS.COM.BR “Ganhar um prêmio assim demonstra que estou no caminho certo. É uma espécie de termômetro de qualidade. Ele me mostra que tenho feito um bom trabalho.” As palavras são de Diego Eis, vencedor na categoria Blog, quesito conteúdo. A principal ideia do Tableless.com.br é mudar o mercado de desenvolvimento web nacional. Diego Eis reconhece que existem ótimos desenvolvedores no Brasil, porém grande parte ainda não sabe onde está mexendo, não sabe como melhorar suas skills ou simplesmente não tem nenhuma curiosidade sobre a própria profissão. “Nossa ideia é aumentar a capacidade dos desenvolvedores que realmente querem melhorar o mercado nacional e, consequentemente, seu conhecimento técnico”, afirma. Interação é um dos pontos fortes do blog. Nele, são dadas valiosas dicas e sugestões. “Discutimos, debatemos, concordamos, discordamos e tudo mais. Tudo é muito aberto e recebemos bem qualquer crítica ou elogio que os leitores nos façam. É muito importante saber quando estamos no caminho errado e como podemos resolver isso. Muitos leitores nos ajudam com pautas e interagindo nas nossas comunidades do Facebook e Twitter. Há também aqueles que merecem nossa mudez, mas faz parte do jogo.”

Para os futuros blogueiros, o vencedor dá uma importante dica: “Não importa qual seja o assunto do seu blog, contanto que você blogue com um sorriso estampado, interesse e paixão. Também não importa a quantidade de leitores. Se você estiver ajudando uma pessoa, seu blog já está cumprindo com o seu papel.”

“Não importa qual seja o assunto do seu blog, contanto que você blogue com um sorriso estampado, interesse e paixão. Também não importa a quantidade de leitores. Se você estiver ajudando uma pessoa, seu blog já está cumprindo com o seu papel”

Comissão julgadora avaliou:

“Nada melhor! Exemplifica bem o que defende.” DIEGO EIS E-MAIL: diego@tableless.com.br TWITTER: @tableless /@diegoeis

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Fotografia - Carolina Vigna-Marú

CLASSIFICAÇÃO JÚRI POPULAR A preferência do público é um termômetro importante e decisivo: ele aponta se o seu site é bem visto, tem uma visitação frequente, se interage com seu público. Em 2011, três sites consagraram-se campeões na classificação do Júri Popular em cada uma das categorias (Agência, Freelancer e Blog). Conheça, a seguir, os sites campeões de votos da 8º edição do Peixe Grande. 30

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI POPULAR CATEGORIA AGÊNCIA VENCEDOR CATEGORIA AGÊNCIA

Agência Aira CASE WWW.DOCEBELEZA.COM.BR O case vencedor é o Doce Beleza - www.docebeleza.com.br, e a agência Aira atende o e-commerce há três anos. A agência foi responsável pelo re-design do e-commerce, que tem como objetivo rever e melhorar a reformulação do design do e-commerce, site ou hotsite. O resultado final, além de eliminar falhas, criou uma nova identidade visual da marca, que hoje vive uma fase mais madura, e uma experiência mais rica ao usuário.

prêmio pelo voto popular mostra que o internauta está cada vez mais interessado e preocupado não somente com o custo-benefício, mas também com a maneira como as empresas apresentam visualmente sua marca, sua identidade visual, seu produto e, sobretudo, seu conceito.”

O reconhecimento pelo Prêmio Peixe Grande representa uma nova fase de amadurecimento da Agência Aira de Comunicação e Design no mercado de comunicação digital. Essa é a definição de seu sócio-diretor, Rafael Ramos. Fundada há quatro anos, a agência atende todo tipo de necessidade de empresas no âmbito da comunicação digital e impressa, otimizando e auxiliando na divulgação do negócio.

“Ganhar o prêmio pelo voto popular mostra que o internauta está cada vez mais interessado e preocupado não somente com o custo-benefício, mas também com a maneira como as empresas apresentam visualmente sua marca, sua identidade visual, seu produto e, sobretudo, seu conceito”

Faturar o Prêmio Peixe Grande com esse projeto é o reconhecimento de que a identidade visual e design são elementos importantes para o sucesso da comunicação e do recall da marca. Para o sócio-diretor e diretor de criação Rafael Ramos, “ganhar o

AGÊNCIA AIRA

SITE: www.agenciaaira.com.br

ANO DE FUNDAÇÃO: 1997

EMAIL: aira@airacomunicacao.com.br

CIDADES SEDE: OSASCO/SP

TWITTER: @agencia_aira

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CLASSIFICAÇÃO JÚRI POPULAR CATEGORIA FREELANCER VENCEDOR CATEGORIA FREELANCER

Wesley de Souza Binatti CASE TERAPIADAALEGRIA.COM.BR O trabalho realizado pelo Terapia da Alegria é um grande sucesso, e para sempre apresentar um conteúdo de qualidade, houve a necessidade de reformular a ideia inicial e ter um site dinâmico, com as principais informações sobre como fazer doações ao projeto, depoimentos, vídeos e um diário que pudesse contar um pouco de cada visita aos hospitais. O briefing colhido pela H3X Tecnologia foi de suma importância no momento da criação. O vencedor Wesley Binatti conta que com todas as informações em mãos, teve início o desenvolvimento do design da página e revela o sucesso e entusiasmo nos momentos que passou criando o site. “Lembro que realizei diversos testes de curvas e imagens até chegar na ideia final. A cor vermelha era certa por se tratar da cor padrão do projeto. O site tinha que ser clean, mas ao mesmo tempo que chamasse a atenção para certos pontos, e com isso trabalhei com cores suaves e pontos fortes em vermelho. A aprovação foi unânime. Todos que passavam e olhavam para a tela do computador no momento da criação do layout do site me elogiavam e diziam o trabalho estava belíssimo”, conta o designer.

WESLEY BINATTI E-MAIL: wesleybinatti@hotmail.com

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“Houve a necessidade de reformular a ideia inicial e ter um site dinâmico”


CLASSIFICAÇÃO JÚRI POPULAR CATEGORIA BLOG VENCEDOR CATEGORIA BLOG

Daniel Perrone CASE GLOBOESPORTE.GLOBO.COM/PLATB/DANIELPERRONE/ No voto popular, o gol foi de placa. Daniel Perrone, com seu www. globoesporte.globo.com/platb/danielperrone goleou seus adversários e foi o preferido dos internautas na votação popular. Perrone, que é sócio e diretor de criação da Diretta desde 1999, tendo passado por agências como a DPZ, McCann Erickson e Foote, Cone & Belding, explica que o projeto dos blogs de torcedores do Globoesporte.com é formado por publicitários torcedores para vender o “peixe” de seus clubes do coração. “Além da paixão torcedora, procuro passar uma opinião mais realista do momento do time, além de informações exclusivas dos bastidores. O leitor me considera um elo entre ele e a diretoria do clube”, afirma, demonstrando a seriedade de seu trabalho à frente do blog.

“Além da paixão torcedora, procuro passar uma opinião mais realista do momento do time, além de informações exclusivas dos bastidores”

Daniel Perrone comenta que a forma estética do site é de fácil usabilidade e isso acaba gerando pontos positivos, não só em concurso, mas também junto ao usuário, que é o objetivo final do projeto. “É um orgulho receber esse prêmio, pois é um dos mais importantes da internet brasileira. E desta vez a alegria foi maior ainda, pois sequer fiz campanha de voto. Foi algo reconhecido pelo trabalho e dedicação”, finaliza.

DANIEL PERRONE E-MAIL: daniel.perrone@diretta.com.br TWITTER: @danielperrone

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Como ser um líder criativo? “A essência da comunicação não mudou. Errar rápido, aprender rápido e consertar rápido. O consumidor está mudando. Não desistir no primeiro obstáculo, nem no segundo, nem no terceiro... Não adianta você comunicar se o consumidor não ouvir, não entender, não passar adiante o que você falou.” As dicas são de Hugo Rodrigues, COO&Chief Creative Officer das agências Publicis Brasil, Salles Chemistri e Publicis Dialog, que concedeu entrevista exclusiva à Wide. Com seu jeito carismático e dinâmico de comunicar, ele deu importantes dicas para os profissionais de criação, publicidade, líderes e gestores da comunicação. Confira.

WIDE: O perfil dos profissionais de criação vem mudando em um ritmo acelerado. Como você avalia este cenário? HUGO: Na verdade quem está mudando é o consumidor - que ganhou voz nas redes sociais, maior acesso às informações e está mais exigente. Por isso, não só os profissionais de criação, mas de todas as áreas de uma agência, precisam se adaptar à nova realidade. Como as mudanças ainda estão acontecendo, ninguém tem a receita do que dá certo ou errado. É como se todos tivessem a chance de começar do zero. Por isso, digo sempre para a minha equipe: “erre rápido, aprenda rápido e conserte rápido”. Uma vez vi uma frase pichada em um muro que guardo comigo: “quando tínhamos todas as respostas, mudaram as perguntas”. É para essa realidade que temos que nos preparar todos os dias quando saímos da cama.

WIDE: Quais são as principais características de um líder criativo e como aprimorá-las? HUGO: Não importa a posição em que você está, é preciso vestir a camisa da empresa e, no caso de uma agência, vestir também a camisa do cliente. Um criativo da publicidade não pode pensar como um artista, ou um intelectual, mas sim como um vendedor, comprometido sempre com resultados. Ser objetivo. Ter planejamento. Traçar e cumprir metas. Ter proatividade e ser inovador. Não desistir no primeiro obstáculo, nem no segundo, nem no terceiro...Tem que estar sempre pronto para aprender, todos os dias, com diferentes pessoas e situações. Aceitar os erros e fazer diferente. Já vi mais gente disciplinada com sucesso do que gente talentosa com sucesso. A não ser que você seja extraordinariamente genial, a obstinação, a humildade de querer aprender e a persistência dão mais garantias do que o talento inato.

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“A tecnologia dá as pessoas um poder que pode ser perigoso. Estamos acostumados a pensar em tecnologia quando falamos em inovação. Mas às vezes é uma ideia simples que faz a diferença e muda a vida das pessoas” WIDE: Vocês inovaram ao encontrar uma forma mais dinâmica de fazer comerciais de varejo. Qual é o segredo desse sucesso? HUGO: Sempre defendi que propaganda não tem segredo, ela tem que vender. Publicitário é um vendedor. Vamos construir marca? Vamos. Vamos fazer algo que toque o consumidor? Vamos. Mas tem que vender. No Brasil, convencionou-se que propaganda de varejo é ter pessoas gritando ofertas, mas nunca acreditei nisso. Em 2004 nós mudamos a forma de fazer varejo, investindo em qualidade e em uma comunicação que o consumidor gosta de ver e que deixa um residual de marca. Hoje, graças a Deus, tem muita gente fazendo um varejo apaixonante, envolvente e eficaz. Em 2007 criamos uma campanha que passou pela aprovação dos estúdios de Steven Spielberg e Michael Bay. E era uma campanha de varejo, para a GM/Chevrolet. Eu tenho muito orgulho de ter vindo do varejo.

WIDE: Você acha que as novas gerações são melhores fazendo design e criação? HUGO: Não diria melhores e sim diferentes. É impossível comparar uma geração que nasceu com todas as ferramentas digitais a de criativos que desenhavam tudo à mão. Ou então uma geração que só tinha acesso ao que acontecia ao seu redor e a geração atual, que tem acesso a tudo em um único clique. Tem muita coisa boa sendo feita, mas é preciso ter cuidado. A tecnologia dá as pessoas um poder que pode ser perigoso. Estamos acostumados a pensar em tecnologia quando falamos em inovação. Mas às vezes é uma ideia simples que faz a diferença e muda a vida das pessoas.

WIDE: Em sua opinião, como foi o desempenho do Brasil no último Festival de Cannes?

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HUGO: O Brasil já tem tradição no festival e este ano não foi diferente. Conquistou 79 Leões. Em 2011 foram 68. Também acho importante ver agências conquistando Leões em diversas categorias. Mostra que o país está atento aos inúmeros pontos de contato com o consumidor. Porém, não devemos nos pautar apenas em Cannes para avaliar a eficácia da nossa criatividade. O consumidor é o principal jurado de cada trabalho que colocamos na rua. Campanhas de sucesso que podem não ser premiadas em Cannes também devem servir de termômetro sobre o que é bom, pois foram bem avaliadas pelo consumidor, para quem a propaganda é feita.

WIDE: Você acredita que a propaganda é a última grande arma ou foi a maior arma do capitalismo até hoje? HUGO: A propaganda assegura o direito de escolha do consumidor – principalmente hoje, quando todos têm acesso a muita informação e com tantas opções disponíveis. A propaganda faz a economia girar. Quando a crise mundial se agravou, por exemplo, a GM também entrou em crise globalmente. Porém, no Brasil, a montadora conseguiu a façanha de se tornar a operação mais rentável de todo o mundo. As condições do Brasil ajudaram, é claro, mas a propaganda foi um dos fatores essenciais para garantir o bom resultado e temos orgulho de ter participado disso com a Salles Chemistri, agência de varejo da Chevrolet no Brasil.

WIDE: O Brasil sempre foi considerado um país do futuro, sobretudo na Era digital. Esse “futuro” chegou? HUGO: Sempre fui cauteloso com profecias. Acredito na dedicação, na persistência, na consistência e no planejamento. Tenho lido muito que o Brasil está bem porque as potências mundiais estão em crise. Acredito que o país está se desenvolvendo, mas ainda tem um longo caminho a ser percorrido. Não está pronto, mas amadurecendo. O que já é um ponto positivo. Mas temos que ser realistas e entender que ainda temos problemas de estrutura, de educação, de saúde... E trabalhar com essa realidade. Mas trabalhar muito, que um dia a gente chega lá.

WIDE: A palavra comunicação hoje cabe em tantos lugares e coisas. Como você define hoje o seu trabalho e o da Publicis? HUGO: A essência da comunicação não mudou: ela existe quando uma mensagem é transmitida. O que fazemos é levar a mensagem do anunciante para o consumidor. A diferença é que hoje há inúmeros pontos de contato e você precisar saber qual o melhor lugar e momento para falar com ele e chamar sua atenção. Não adianta você comunicar se o consumidor não ouvir, não entender, não passar adiante o que você falou. Nosso maior desafio é transformar o consumidor na mídia da mensagem que queremos transmitir. É pensando nisso e medindo os resultados que trabalhamos todos os dias.


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Aqui, ali, em qualquer lugar Michel Lent

**Getting down to business** A nova era de startups é muito animadora, mas o desafio da monetização continua imenso. O sucesso astronômico do Angry Birds, a venda do Instagram por USD 1 bi para o Facebook e mais uma série de ‘histórias de sucesso’ que a imprensa tem noticiado nos últimos meses trouxe de volta um frenesi inegável para o mercado de tecnologia. A história não chega a ser inédita. Quem já estava por aqui em 1999 se lembra das loucuras que rondavam o então mercado. COM, onde qualquer empresa de tecnologia ganhava investimentos fartos e pagava salários absurdos em busca do sonhado IPO e da chance de fazer milionários. Muita gente se beneficiou nesta ciranda que era então, basicamente financeira. Porque apesar de toda a promessa do incrível mundo que a tecnologia podia fazer, havia verdadeiramente pouca massa crítica de usuários de internet naquela época, 360 milhões de usuários em todo o mundo, sendo que pouco mais de 5 mihões no Brasil e o número de empreendimentos de internet acabava sendo completamente desproporcional aos usuários disponíveis. Doze anos depois a realidade é completamente diferente. Mais de 1/3 da população mundial já acessa a internet por meio de computadores, 1 bilhão em uma única rede social (Facebook), mais de 90 milhões de usuários de internet no Brasil, e quando incluímos nesta conta os usuários de telefone celular que começam a acessar a internet através de seus dispositivos móveis, chegamos a números verdadeiramente astronômicos. É verdade. Hoje é possível se construir um serviço digital e tê-lo acessado rapidamente por milhões de usuários em todo o mundo. Algo que você cria em sua casa com um grupo de amigos pode ter uma popularidade astronômica. Escolhi a palavra ‘popularidade’ de propósito. Em um mundo com bilhões de usuários de internet, ter algo popular, se você for parar para pensar, é algo até bastante simples

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de acontecer. Inventar algo que é popular é muito bacana e recompensador do ponto de vista pessoal, mas a popularidade em nada garante seu sucesso financeiro. Os modelos de receita baseados em publicidade se mostraram insustentáveis. Se o New York Times tem dificuldade em viabilizar sua operação online com publicidade, é sinal de que o modelo apresenta problemas e a reposta para isso é simples: as propriedades digitais em busca de publicidade aumentaram exponencialmente nos últimos anos enquanto o número de grandes anunciantes permaneceu o mesmo, ou diminuiu (face às consolidações das empresas). E ter o sucesso financeiro, não baseado em publicidade, de um Instagram ou de um Angry Birds, não tem nada de simples. A Rovio, empresa que criou o Angry Birds, já existia há mais de 10 anos e havia lançado 52 jogos antes de acertar a mão com os pássaros zangados. E o Instagram estava no lugar e na hora certa na negociação financeira feita com o Facebook. Mérito da Rovio e do Instagram? Sem dúvida. A questão é que para cada caso de sucesso há dezenas de milhares de outros casos de fracasso. Muitos fracassos podem ser atribuídos à falta de sorte. Sim, por mais que você se esforce e faça seu trabalho, a sorte é ainda assim um fator importante em todo caso de sucesso. Mas a grande maioria dos casos de fracasso, nada tem a ver com a sorte. Tem a ver simplesmente com a falta de definição clara do modelo de negócios que não seja baseado em publicidade. A pessoa tem a ideia e ela pode ser até bem popular e ganhar milhões de usuários, mas acha que vai ganhar dinheiro com propaganda. A receita de publicidade pode até ser suficiente para um indivíduo sozinho, mas dificilmente irá sustentar uma empresa. Portanto, se não houver outro modelo de receita e de negócios claro, basicamente estamos falando de algo que está fadado a se tornar insustentável em longo prazo.


“O sucesso astronômico do Angry Birds, a venda do Instagram por USD 1 bi para o Facebook e mais uma série de ‘histórias de sucesso’ que a imprensa tem noticiado nos últimos meses trouxe de volta um frenesi inegável para o mercado de tecnologia”

Ao longo dos últimos anos tive o privilégio de receber dezenas de empreendedores iniciando suas startups com ideias muito bacanas, mas a pergunta que sempre fazia na mesa depois de assistir ao ‘pitch’ inicial era: “Ok, mas como é que isso vai dar dinheiro?” e quando a resposta era “Com publicidade”, sempre acabávamos voltando para a estaca zero. Se você está no momento de empreender, aproveite a boa onda e o bom momento. Suas chances de sucesso são sim imensas, desde que você não deixe de ‘get down to business’ logo no primeiro momento.

Michel Lent Schwartzman Designer gráfico pela PUC-Rio e mestre em Telecomunicações Interativas pela New York University. Em 2002, fundou a 10’Minutos, agência que juntou suas operações com o grupo Ogilvy, em 2009, passando a funcionar sob a bandeira OgilvyInteractive Brazil, empresa da qual Michel foi gerente geral e vice-presidente de criação. Em 2011, assumiu a vice-presidência estratégica do Grupo Pontomobi/RBS, empresa líder em mobile marketing no país. Ao longo de mais de quinze anos de carreira, foi premiado nos principais festivais internacionais, com trabalhos vencedores em Cannes, Clio, Art Directors, One Show, London Festivals, FIAP, El Ojo de Iberoamérica, entre outros. Twitter: @lent E-mail: lent@pontomobi.com.br

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Internacional Julius Wiedemann

A nova bonanza de empresas da internet O fenômeno “on demand” não para de crescer na internet. Cada vez mais exigimos que as informações sejam atualizadas em tempo real. E mais e mais queremos que os produtos sejam também feitos para nós. A revolução começa com a informação, que está hoje na nuvem. Quem viaja mesmo não tem como viajar sem a internet, e provavelmente também não dá mais sem o celular. Parece óbvio, não é? Está tudo agora ficando cada vez mais digital.

Agora no verão europeu marquei uma viagem com a minha irmã e com todos os nossos filhos. Assim que chegamos na Alemanha, ela me presenteou com um lindo livro/guia de viagem em português, como referência para as nossas viagens. Ele foi pra prateleira e de lá não saiu até hoje. Passei por ele ontem e cheguei até a me sentir mal. Mas não tem jeito mesmo, não tem volta. Em toda a nossa viagem, o que eu precisava era informação sob demanda. Todos os hotéis e rotas que fizemos estavam online. Era mais prático, mais rápido e também mais barato. Em maio desse ano, a Nielsen fez um relatório constatando que os usuários americanos têm em média 41 apps nos celulares. E 4 de 5 dos mais populares pertencem ao Google. Eu tenho 7 do Google no meu celular. E uso principalmente o Google Local várias vezes ao dia. Como a quantidade de decepções é muito pequena, eu continuo usando. Não é propaganda, é apenas a constatação de que as informações estão agora na nuvem, e que o caminho mais rápido para pedir uma pizza não é mais o livro de endereços, e sim a internet (foi o que fiz ontem, já que acabei de me mudar e não conheço a vizinhança). Tudo isso, organizando informação. O modelo que a Apple usa, por exemplo, baseado geralmente no controle absoluto do conteúdo pode não durar mais muitas décadas. Os modelos vão se abrir, e a informação vai transitar mais livre, mais atualizada, e em real time. Esta semana tive uma outra experiência excelente. Vi um anúncio na televisão da empresa Shirtinator, que faz camisetas e casacos sob demanda com a estampa que você quiser, e te entrega em poucos dias.

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“Uma nova onda de investimento está acontecendo. Apesar de estarmos visualizando valores altíssimos, vivemos uma racionalização muito maior nos modelos de negócio”

Meus filhos Pedro e Joana sentaram à mesa e no computador “trabalharam” durante uns 30 minutos e montaram suas estampas. Estavam felizes, pois acreditavam que era algo para eles mesmos, e que seria exclusivo. Até impressão em dourado é permitido. É mais um exemplo de serviço customizado que vai se expandir. Fazendo uma pesquisa, vi que a empresa já está na Bolsa desde 2007. Estamos vivendo uma nova bonanza de empresas na Internet. Com as recentes aquisições de organizações como Instagram, uma nova onda de investimento está acontecendo. Apesar de estarmos visualizando valores altíssimos, vivemos uma racionalização muito maior nos modelos de negócio. Desde o ano passado, o Google já comprou mais de 30 empresas, para citar um exemplo apenas. Recentemente também vimos um salto na adoção de leitura eletrônica nos Estados Unidos (as pesquisas geralmente vem de lá), o que indica que a competição pelos leitores nos seus aparelhos vai começar de verdade agora, já que o mercado ainda não atingiu em média nem 30% de leitores digitais. A indústria de livros é uma indústria curiosa, e eu sempre falo disso aqui na coluna. Apesar do declínio do impresso (diga-se de passagem, um declínio lento), os livros ainda podem ser uma fonte de lucros grande para quem vende (e revende) conteúdo. Só o mercado de auto-publicações é estimado entre U$ 13 e 17 bilhões nos EUA. O mercado é gigante, e leitura é uma atividade ativa (e não passiva, com ouvir música ou ver um filme). Isso tem vantagens e desvantagens, mas estamos no momento em que podemos reconstruir completamente a ideia de leitura. Autores vão sempre existir. Tenho visto uma quantidade grande de plataformas de livros para tablets e celular sendo desenvolvidas. O pulo do gato vai ser mesmo quando tudo funcionar na nuvem. Agora que todo mundo (ou quase todo mundo) se registra com o login no Facebook, vamos ver a empresa ganhar mais e mais poder. Mesmo com o baixo preço das ações na bolsa, o Facebook navega hoje sozinho. Isso sempre pode mudar, mas não de uma hora para outra. A quantidade de informações dos usuários que eles podem gerenciar dentro do bando de dados deles só cresce. Por outro lado, ele também acaba sendo um novo catalizador de criação de empresas (sem contar que

eles também compraram outras 18 empresas desde 2011). O mesmo acontece com o iOS, que se transformou num fenômeno em catapultar empresas, tais como Rovio, que agora já entra na área de filmes. Tudo isso para dizer que mesmo com a recessão seriamente afetando o mundo todo, estamos vivendo uma fase de grandes possibilidades. Talvez até mesmo pela situação econômica não muito favorável, as oportunidades criadas hoje sejam muito mais consistentes e focadas em reais necessidades. Há alguns anos conheci uma executiva americana que colecionou durante anos os planos de negócios de empresas de internet que faliram na bolha dos anos 90. O que mais impressionava era que as pessoas recebiam quantidades de dinheiro absurdas por ideias tão absurdas quanto. Isso quase não acontece mais hoje. Para todos os programadores de mão cheia, essa é uma boa hora de colocar aquela ideia na rua e ver no que dá.

Julius Wiedemann Diretor de publicações digitais da editora alemã Taschen (www.taschen. com), além de editor-chefe das áreas de design e pop culture. Julius viaja 70% do seu tempo, dividindo residências entre o Rio de Janeiro, Cambridge, no Reino Unido, e Colônia, na Alemanha. E-mail: letschat@juliuswiedemann.com

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Ilustração Carolina Vigna-Marú

Vai, Carlos! Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem na sombra / disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. (trecho inicial de Poema de sete

Recebo para ilustrar uma muito bem-humorada crônica sobre o gauchês, dialeto do Rio Grande do Sul, em um arquivo intitulado “gauches.doc”. Bati o olho no anexo do email e, antes de ler, estava convencida tratar-se de gauches – “gôxes” –, como o esquerdo do poema do Drummond. Passei o dia rindo desta minha esquerdice.

faces, Carlos Drummond de Andrade, 1930)

Meu CPF tem um monte de zeros e uns. Aqui em São Paulo existe a tal da Nota Fiscal Paulista (google it). Repito várias vezes o número para a atendente de um café, contra quem o sistema da Prefeitura estava brigando. Um amigo carioca me pergunta se estávamos conversando em binário. Uma oferta de emprego aparece em uma lista de discussão. Endereço: “Frei Caneca, número tal”. Um dos membros, com razão, pergunta “Frei Caneca, onde? Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus, Díli, Bissau?”. Mergulho desde muito nova. Sou rescue diver pela PADI. O sinal para “vamos subir” é o polegar para cima. Preciso controlar meus impulsos de olhar na direção do gesto toda vez que alguém me faz o sinal de “legal”. Já tenho fama de maluca, não preciso de mais esta esquisitice no meu currículo. Tive um Celta preto que ganhou o apelido de “vai chover” (o céu tá preto). Não por conta do trocadilho infame, mas graças a um ouvido ainda mais distraído que o meu. Obras na minha casa (socorro, socorro!). O pedreiro me pergunta se uma determinada coisa era “de uma fieira só”. Levei um tempo absurdo para entender que informação era esta de que ele precisava e, confesso, até hoje tenho minhas dúvidas se sei mesmo o que vem a ser uma fieira. Alguém diz “influência de Freud”. Eu automaticamente associo ao Lucien Freud, um dos meus pintores prediletos. Claro que o Freud em questão era o Sigmund e eu, mais uma vez, fiquei lá com aquela cara de screensaver. Durante os intermináveis anúncios no cinema, alguém vestindo moleton (vergonha alheia) me diz sorrindo com um produto na mão “este eu recomendo” e em seguida faz uma piadinha. Todos riem. Até hoje não sei de quem se trata e não

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“Sempre medimos o mundo a partir do nosso repertório. Não tem jeito: mesmo os mais atentos acabam, vez ou outra, escorregando em seu próprio umbigo”

entendi a piada. Tampouco guardei qual era o produto, então, obviamente, eu não era o público-alvo. Tudo bem, história da minha vida. Todos casos reais. Tenho muitos outros, mas paro por aqui antes que o pessoal da Wide mande me internar. Sempre medimos o mundo a partir do nosso repertório. Não tem jeito: mesmo os mais atentos acabam, vez ou outra, escorregando em seu próprio umbigo. Construímos nosso entorno a partir do “maquinário” que temos. Como temos olhos com um campo de visão restrito em aproximadamente 100o, moramos em cubos, estranhamos ambientes arquitetônicos com angulações muito diferentes de 90o e temos uma tendência a naturalmente andarmos em linha reta (sóbrios, pelo menos). As abelhas , a título de comparação, enxergam 280o, moram em poliedros que lembram prismas hexagonais e voam por trajetórias nem um pouco lineares. Tudo é narrado, medido e compreendido a partir dos nossos referenciais. Se as abelhas estivessem no topo da cadeira alimentar, o mundo certamente seria muito diferente. Não falo apenas de ergonomia, mas sim da nossa compreensão de mundo.

máquinas, tendo por modelo seu próprio corpo, depois tomou as máquinas como modelo do mundo, de si próprio e da sociedade. Mecanicismo. No século XVIII, portanto, uma filosofia da máquina teria sido a crítica de toda ciência, toda política, toda psicologia, toda arte. Atualmente, uma filosofia da fotografia deve ser outro tanto. Crítica do funcionalismo.” (FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Trad. do autor. Rio de Janeiro : Relume Dumará, 2002, p. 73) Outro dia rolou no Facebook uma dessas imagens metidas a engraçadas que mostrava um desenho de óculos redondos e dizia algo mais ou menos assim: “se você tem mais de 30 anos, este é o John Lennon; se tiver menos de 20, este é o Harry Potter” (e pessoas entre 20 e 30 não existem?). Besteiras à parte, o fato é que quanto mais repertório você tiver, mais totalflex o seu cérebro será e mais chance de acerto você terá. A não ser, claro, que você seja como eu, um gauche na vida. Neste caso, desapega: nada nos salva.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ cientistas-demonstram-como-as-abelhas-enxergam-o-mundo

Este entendimento do que nos cerca é muito complexo e envolve também a cultura onde estamos inseridos, a época, o idioma, a história geral, a de nossa família, a nossa individual, além de fatores terrivelmente variáveis como crenças, status social ou nível econômico. Contei os casos acima para demonstrar que não existe uma única forma de compreender algo. É, portanto, quase impossível garantirmos que um determinado ícone será eficaz, ou que uma interface terá navegabilidade. Precisamos dar razão ao pessoal do W3C e lembrar de colocar texto alternativo em tudo (sim, eu sei que o atributo alt tem originalmente outra função). Isso vale não só para web, naturalmente. “A tese não é muito nova. Sempre se supôs que os instrumentos são modelos de pensamento. O homem os inventa, tendo por modelo seu próprio corpo. Esquece-se depois do modelo, ‘aliena-se’, e vai tomar o instrumento como modelo do mundo, de si próprio e da sociedade. Exemplo clássico dessa alienação é o século XVIII. O homem inventou as

Carolina Vigna-Marú é designer e ilustradora das antigas, do tipo que raspou fotolito com gilette e fez separação de cores no papel vegetal, mas que não é saudosista e acha tecnologia o máximo. Trabalhou com multimídia e foi SysOp de BBS. Desenvolve sites desde 1996, especializando-se em CMS e em SEO com tableless e CSS. Começou em uma editora pequena em 1982 e nunca mais parou. Gosta muito de ilustração vetorial, mas não dispensa um bom papel e lápis. Fotógrafa amadora e apaixonada por tudo o que é gráfico. Estuda Artes Visuais no Centro Universitário Belas Artes SP E-mail: vignamaru@gmail.com

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Design de interação Amyris Fernandez

Design Thinking, UX y otras cositas más Estamos com a 4ª edição do Interaction South America, um evento híbrido, onde acadêmicos e profissionais de mercado podem compartilhar conhecimento, trocar experiências, questionar metodologias e jeitos de trabalhar.

Na edição de 2011, muitos dos palestrantes falaram de como usaram o Design Thinking para resolver os mais variados problemas: de interfaces à pobreza nas ruas. Ao meu lado, alguém disse em tom irônico: “o design thinking acha que vai salvar o mundo”. Essa frase foi tão forte que, já se passou quase um ano e eu ainda me lembro desse momento. O Design Thinking não vai salvar o mundo, mas certamente vai ajudar os designers a trabalhar olhando menos para a tela e mais para o mundo, o usuário e seu contexto. Por quê? Pois bem, acho que vale fazer uma pequena viagem por outras disciplinas que fizeram o mesmo caminho que hoje o Design está trilhando. Vejamos o marketing. Nos anos 50 e 60 consolidou-se a ideia de que era impossível dissociar a oferta da comunicação, da distribuição e do preço, e que era a cada dia mais arriscado ir ao mercado sem saber o que consumidor pensava do produto, quais coisas desejava e ainda não tinha. Nesse momento, com sede de entender o consumidor de maneira científica, mas útil sob o ponto de vista da empresa, os pesquisadores começaram a usar com mais ênfase conhecimentos vindos da psicologia. Estudar o comportamento sob essa luz deu às empresas que investiram uma vantagem considerável. Com os insights dessas pesquisas foi possível criar produtos inovadores e já desejados. Também diminuía a margem de erro nos lançamentos. Nada de críticas mordazes ou grandes perdas. Anos depois, com o aumento da sofisticação do consumidor, os pesquisadores procuraram o apoio das metodologias vindas de sociologia e antropologia, observando tendências de

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“O Design Thinking não vai salvar o mundo, mas certamente vai ajudar os designers a trabalhar olhando menos para a tela e mais para o mundo, o usuário e seu contexto “

consumo enquanto as mesmas se delineavam. Pois bem, hoje a ciência do consumo tem um corpo de conhecimento bastante significativo. São anos e anos de trabalhos científicos. Com menos anos de estrada temos a Interação Humano-Computador e o Design, lembrando que muitos designers olham para si mesmos como craftsmen ou alguém que faz artefatos. Portanto, não é de se estranhar que as pessoas de ciências da computação debruçaram-se sobre as questões de interface usando técnicas de psicologia cognitiva e que os designers procuraram o apoio das ciências sociais para entender o contexto e as necessidades de artefatos para fazer as coisas. Parece natural buscar em outras ciências conhecimento e técnicas para lidar com os novos desafios. A questão é que as consultorias precisaram empacotar essas soluções para vendê-las para seus clientes. Testes de Usabilidade nada mais são que testes de produtos. Ok, ok, são produtos mais complexos em ambientes digitais e o desafio é entender o repertório de cada usuário para lidar com aquele elemento em tela: link, ícone, feature. Design Thinking é pesquisa de mercado usada para tomada de decisão estratégica, cujo resultado é a criação ou alteração

de todo um composto de produto: atributos, preço, forma de colocá-lo no mercado. Esse produto pode ser uma solução para um problema, mas tem que ser embalado em todo um discurso estratégico. Sei que vou causar momentos de ira com essas colocações e, mais uma vez, quero ser a pessoa que incomoda por fazer refletir. O que um problema precisa é de Design Thinking ou de uma solução? Pense nisso.

Amyris Fernandez é consultora em Design de Interação, membro do IxDA (Interaction Design Association) e ministra aulas de Usabilidade e Design de Interação. É doutora em comunicação pela Universidade Metodista, com “bolsa sanduíche” na Universidade de Koenhagen, Dinamarca, e mestre em Comércio Eletrônico, pelo Rochester Institute of Technology, EUA. E-mail: amyris@usabilityexpert.com.br

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Estima-se que até 2014, teremos mais pessoas acessando a internet por um dispositivo móvel do que em um computador convencional. Ou seja, os usuários de tecnologia estão migrando de um celular mais básico para um smartphone para se comunicar e usar outras funções cada vez mais avançadas. É aí que entram os aplicativos (apps), uma verdadeira febre entre os consumidores

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Confira nesta reportagem o que você precisa saber para não ficar de fora das atualizações no mercado de apps

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s aplicativos já podem ser considerados como a revolução da comunicação móvel. De acordo com a empresa de pesquisas de mercado In-Star, em 2015, lojas de aplicativos, como a App Store, da Apple, e o Android Market, do Google, serão responsáveis por até 48 bilhões de downloads. Nas pesquisas de preferência e buscas por apps, Games é a categoria de maior sucesso, seguida por Previsão do Tempo, Redes Sociais e Mapas. Uma vez que os Games dominam o mercado de apps, pode-se pensar que este é o único tipo de aplicativo pelo qual as pessoas estariam dispostas a pagar. E uma curiosidade: os cinco apps pagos mais baixados são de games, enquanto os cinco gratuitos mais baixados possuem função mais utilitária. Atentas ao mercado, grandes empresas fazem suas apostas e investem. Diego Higgings, diretor de mobile do Yahoo!, acredita que as principais novidades do momento são as inovações cross-devices e multi-screens. Segundo ele, a convergência entre as mídias vai fazer com que os apps se tornem mais relevantes e interativos para os usuários. Já de olho nessa demanda, o Yahoo! lançou no fim de 2011 o INTO NOW, aplicativo que reconhece filme, seriados e programas de TV, convergindo o Smartphone/Tablet e a TV. “Outra novidade são os aplicativos para TV conectadas. O Yahoo! é o pioneiro neste segmento com a sua plataforma de distribuição de apps chamado Yahoo! Connected TV. Esta plataforma será lançada no Brasil ainda este ano”, garantiu. O diretor do Yahoo! explica que investir em aplicativos hoje é uma das ferramentas que a empresa pode usar para obter um forte retorno no mobile. Mas é necessário cautela diante dos desafios para que o seu aplicativo não vire apenas mais um nas lojas de apps.

“A convergência entre as mídias vai fazer com que os apps se tornem mais relevantes e interativos para os usuários” DIEGO HIGGINGS

Aproveite as dicas do Yahoo!: 1) Foque em usabilidade e relevância para o usuário - Não crie um aplicativo apenas para ele ver a sua marca e seus produtos, crie algo que interaja com o usuário e faça-o querer usá-lo frequentemente – quanto mais o cliente usar o aplicativo, mais vezes a sua marca irá impactá-lo. 2) Trabalhe para que os usuários baixem o app – Não se esqueça de sempre comunicar o app nos sites móveis, redes sociais e outros meios de comunicação. 3) Invista na usabilidade - O app deve ter uma interface simples e conteúdos atualizados. 4) Outro desafio das empresas ao criar aplicativos são os diferentes sistemas operacionais (Android, iOS, BADA, Windows Mobile etc) dos smartphones e diferentes telas e resoluções - Uma solução para esta portabilidade poderia ser criar os aplicativos em HTML5 (veja página 66).

No Brasil, o Yahoo! já criou a campanha Yahoo! Social Bike, lançada no Dia Mundial sem carro. A campanha contava com o aplicativo de iPhone chamado ‘Social Bike’, no qual os ciclistas podiam mapear suas rotas preferidas e compartilhá-las nas redes sociais. O projeto ainda contou com uma página informativa dentro do portal com dicas de saúde, trânsito-mobilidade e outros temas relacionados. Com a plena ascensão do setor, uma grande estrutura de mobile foi criada no Yahoo!. Times de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, marketing, editorial, produto e desenvolvimento de negócios estão espalhados em todo o mundo. No Brasil, a equipe mobile é focada em desenvolvimento de negócios e gerenciamento de produtos locais tendo como objetivo desenvolver e distribuir os melhores conteúdos e serviços para a plataforma móvel, entendendo as necessidades dos usuários e anunciantes, tornando a marca cada vez mais relevante em seu dia-dia. 92 > CAPA | WIDE |

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“Sabemos que a maneira como os usuários interagem com os conteúdos no celular é muito diferente do que no PC ou em outras telas. Esta diferença de comportamento do usuário também é clara entre os diferentes tipos de celular. Portanto, temos o cuidado de oferecer a melhor experiência e conteúdo para todos os nossos usuários. Para entender esta demanda e criar a nossa estratégia, realizamos pesquisas e estudos periodicamente no Brasil e no mundo. Estamos finalizando um estudo neste momento para entender como os brasileiros estão interagindo com os smartphones e a internet móvel e esperamos obter dados importantes para aprimorar nossos serviços e produtos. Com essas valiosas informações, criamos e lançamos produtos inovadores como o INTO NOW e aprimoramos nossos produtos como o Flickr”, finaliza. Adriana Mazarino, gerente de Planejamento e Mídia da Enken Comunicação Digital, explica que o mercado de apps possui hoje diversas vertentes, tais como: Guias Gastronômicos; Dicas de etiqueta e boas maneiras para crianças; Dicas de alimentação saudável, alívio do stress e atividades físicas para quem busca qualidade de vida; Guias culturais para museus, cinemas, teatros; Dicas fashion com tendências para coleções primavera/ verão e outono/inverno (cores, acessórios, estilos) e make up; Guias de viagens, com reservas de hotéis; Dicas para ter relacionamentos de sucesso; Como projetar sua imagem profissional no buscador do Google; Um monitor dos ciclos do sono que influencia diretamente nos sonhos; Oferecer uma cerveja ao seu networking via Twitter. “Acredito que ao desenvolver um aplicativo, a empresa deve, além de contemplar os sistemas Android, iOS e Windows Phone, trabalhar conteúdo como prestação de serviço e promoção da marca e dos produtos/serviços que comercializa, planejando de forma contínua a atualização deste conteúdo, tornando-o assim, um app funcional. Desta forma, o branding da marca será contínuo (presença) e o serviço oferecido agregará valor ao produto. É importante destacar também que os apps de prestação de serviços atrelados a uma marca devem ser gratuitos, pois a predisposição em se pagar pelo serviço é menor do que a de se pagar por games. Entretenimento ainda é um grande e talvez o maior apelo”, acredita a gerente, chamando atenção de como utilizar o potencial dos apps para obter retorno para a empresa. Uma pesquisa realizada pela Flurry apontou que o crescimento da Apple Store e do Android Market em quantidade de aplicativos atingiu, no final de 2011, 500 mil e 350 mil respectivamente, além dos números de downloads mensais das duas lojas, que somaram 2,6 bilhões no mesmo mês. “Geralmente, em toda novidade há um ‘boom’ na adesão motivada pela ‘curiosidade’. A questão é que se o conteúdo do app não tiver funcionalidade e atualização constante, acaba caindo no esquecimento, e o valor investido acaba se tornando custo. O share do Android é o maior de todas as plataformas, mas a Apple ganha em diversidade; em contrapartida, o público Apple gasta mais tempo jogando; os games correspondem a mais de 60% dos apps baixados na plataforma mobile. Diante deste cenário, é importante que as empresas tenham bem alinhado o comportamento do uso de apps por parte de seu público, para que analisem qual a melhor forma de se

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relacionar com ele, considerando este universo”, orienta. A Enken Comunicação, por exemplo, procura estar sempre atenta quanto ao uso de apps com vistas a realizar ações de marketing de sucesso. A especialista destacou os apps que são desenvolvidos para a Gafisa em iOS; Android e Windows Phone estão em desenvolvimento.

iPAD/iPhone Informações completas e detalhadas, inclusive fotos e plantas de todos os empreendimentos da incorporadora, sendo possível armazenar informações sobre os imóveis de preferência do usuário, fornecidos pela Gafisa ou mesmo novos, inseridos por ele. Ao visitar uma obra ou apartamento decorado, é possível tirar fotos e adicioná-las à ficha do empreendimento, além de complementar informações como metragem, quantidade de dormitórios, telefone do corretor, data da visita ou mesmo realizar gravações de voz, com impressões e comentários sobre cada imóvel visitado. Ferramentas assim permitem mais praticidade para comparar empreendimentos, e ainda enviam uma espécie de resumo de toda esta pesquisa para o e-mail pessoal do usuário. Além de levantar e armazenar informações dos imóveis de interesse, este aplicativo possui contato integrado e direto com os corretores para ajudar na pesquisa e negociação. Há também acesso ao Guia Rápido da Compra Segura: um guia feito pela Gafisa com as principais perguntas que devem ser feitas antes da compra de um imóvel.

A força do público feminino Sabe-se que o público feminino já é uma grande aposta do mercado. Uma recente pesquisa da Sophia Mind revelou que, hoje, 46% das mulheres já são usuárias de games mobile, o que é um grande passo para o uso de aplicativos, com um crescimento de 12%, se comparado a 2009. Para Adriana Mazarino, é necessário pensar nesse público com atenção e com diferenciais estratégicos. “Se observarmos a pesquisa, veremos que as mulheres aderiram aos jogos online com objetivos de diversão e entretenimento, e não com forte apelo em competição, diferentemente dos homens. Elas preferem os casuais games ou então os simuladores de estabelecimentos ligados à saúde, bem-estar e beleza. Percebe-se que o objetivo é muito mais um passatempo, do que propriamente, competitividade. Acredito que os apps devam contemplar conteúdos (guias, dicas, simuladores) ligados a esses temas citados, agregando carreira, maternidade e moda. “Patrocinar” esse tipo de iniciativa, considerando linguagem e


“É importante destacar também que os apps de prestação de serviços atrelados a uma marca devem ser gratuitos, pois a predisposição em se pagar pelo serviço é menor do que a de se pagar por games” ADRIANA MAZARINO

O Portal Minha Vida

universos distintos para classes e realidades diferentes dentro público feminino, pode ser um excelente ponto de contato e relacionamento contínuo”, garante. O Portal Minha Vida (minhavida.com.br), um dos maiores sites de saúde e bem-estar do Brasil com mais de 11 milhões de usuários, é a prova da força do sexo feminino inserido no meio dos apps. O portal lançou um aplicativo de metas de vida onde as pessoas podem se auto-gerenciar. Entre as principais funções, o app manda lembretes que ajudam a manter o foco em objetivos relacionados à saúde e bem-estar estipulados pelo próprio usuário. O aplicativo “Metas de Vida” tem o objetivo de impulsionar a adesão de metas que, quando alcançadas, favorecem um estilo de vida mais saudável: beber mais água, fazer atividades físicas diárias, emagrecer, parar de fumar ou até mesmo ingerir mais alimentos verdes e frutas durante as refeições estão entre as opções de metas que podem ser escolhidas (e seguidas) com a ajuda do aplicativo mobile. Ao avaliar o cenário crescente de aplicativos, Eduardo Toniolo Bozzetto, sócio-fundador da How Mobile, acredita que as empresas já visualizam a força e o retorno que os apps podem trazer para dentro de suas organizações. Bozzetto afirma que trata-se de

um movimento natural do mercado, tendo em vista que vários fatores colaboram para essa ascensão: maior oferta de smartphones com preços atraentes e diversidade de modelos; ampliação e melhoria dos canais de dados para celular; e menores custos para aquisição de planos de dados, inclusive para pré-pagos. “Esse novo cenário, que evolui constantemente, modificou a forma de consumo de conteúdo digital e criou novos hábitos e canais de interatividade com os usuários. Diante dessas condições, empresas anunciantes vêm utilizando as diversas ferramentas oferecidas pelos smartphones para estabelecer uma comunicação direta com seus consumidores, de forma mais interativa, seja por meio de mobile sites ou por aplicativos.” O diretor dá dicas para as empresas sobre como investir nesse mercado (levando sempre em consideração a necessidade de se adequar de acordo com suas necessidades). Vale lembrar que a diversidade de funções que os mais de 500 mil apps mobile da Apple e os mais de 350 mil apps mobile do Google Play oferecem são enormes; vão de simples jogos casuais até ferramentas que podem auxiliar no desenvolvimento de uma atividade profissional. • Para empresas que visam utilizar a loja de aplicativos com o objetivo de estabelecer um novo canal de comunicação com seu público, o retorno pode ser medido pelo número de acessos ao App e, principalmente, pela quantidade de interações que é efetivada; • Para outras empresas, o ganho pode estar no melhor desempenho de uma tarefa operacional, seja ela enviar um pedido de vendas em deslocamento por parte de sua equipe externa ou monitorar algum indicador; • Já olhando sob a ótica de empresas que objetivam um retorno financeiro, os modelos de monetização utilizados são: Paid Download, método mais tradicional em que o usuário paga pela aquisição do app; IAP, In-APP-Purchase, nesse modelo o usuário 92 > CAPA | WIDE |

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Mobits paga por virtual goods dentro da aplicação. Quando utilizado em aplicativos que são ofertados gratuitamente, recebe o nome de freemium (free + premium). Outro método de monetização é o Advertising, que pode explorar uma base consolidada de anunciantes de rede de Adnetworks, seja no formato de blind media ou media premium, quando o anunciante escolhe em qual app ele quer fazer o seu anúncio. E há ainda um modelo de monetização baseado em assinatura. A Mobits (mobits.com.br) é uma das empresas pioneiras no desenvolvimento de aplicativos e soluções móveis no Rio de Janeiro. A sócia-fundadora, Hildi Medeiros, conta que na época já existiam muitas empresas que desenvolviam para web, porém a Mobits queria inovar. Perceberam que a área de desenvolvimento para celular era pequena, mas bem promissora. “O número de celulares no mundo mostrava sinais de crescimento e a chegada do iPhone trazia junto um novo tipo de negócio: a distribuição de aplicativos por uma loja no próprio celular. Antes, a distribuição de aplicativos era feita apenas pelas operadoras. Aliado a isso, já tínhamos feito uma matéria nos tempos da faculdade (UFRJ) sobre desenvolvimento de aplicativos e dois de nossos sócios (Karin Rocha e Felipe Barreto) fizeram o projeto final de curso também na área. Esses fatos acadêmicos também colaboraram muito, pois nos aproximaram da área naquele momento”, explica. Com o passar do tempo, a Mobits cresceu e hoje a principal novidade é a aplicação voltada para os shoppings centers, o Mobits Plaza. “Trata-se de uma plataforma flexível e totalmente personalizável para shoppings que desejam ter sua marca no mundo móvel com um app oficial, compatível tanto com iPads quanto com iPhones/iPods touch - e em breve com Android. As vantagens são que o seu desenvolvimento é muito mais rápido do que partir de algo do zero, além de ter custo mais acessível”. Para entender, aplicativos desenvolvidos com o Mobits Plaza

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podem ter a sua identidade visual totalmente personalizada pelo cliente e seu conteúdo integrado com bancos de dados já existentes, com uma ferramenta exclusiva de gerenciamento — administradores dos shoppings e os próprios lojistas têm controle sobre todos os dados do app, online. Os usuários podem então ter facilmente acesso às principais informações do shopping, navegar por lojas e até cardápios de restaurantes e vitrine das lojas, conferir a programação sempre atualizada do cinema e receber alertas de promoções e eventos do shopping. O carioca Botafogo Praia Shopping já usa a plataforma (migre.me/9VcyR). Ao falar sobre o acirrado mercado e sua concorrência, Hildi lembra que hoje já existem diversas empresas que desenvolvem para celular, e algumas grandes empresas optam por ter uma equipe interna cuidando disso. Para ela, isso representa uma ameaça e, para manter-se diferenciada, a Mobits mira na realização de projetos com qualidade, desde o atendimento inicial até a entrega do projeto. Ela assegura que a melhor percepção que tem da qualidade dos projetos é o retorno dos clientes, uma vez que vários já desenvolveram mais de um projeto com a empresa, além de sempre a indicarem. “Além disso, para se manter diferenciado no mercado mobile é imprescindível que os projetos sejam inovadores, que agreguem valor ao usuário final. Hoje, existe um grande número de aplicativos disponíveis ao público e para ter sucesso é preciso se destacar nesse mar de apps, não basta apenas estar presente nas lojas de aplicativos para ser visto, é preciso inovar e criar um diferencial.” Hildi Medeiros tem certeza que a mobilidade veio para ficar. Segundo ela, as pessoas estão cada vez mais conectadas aos seus smartphones. “E elas usam para tudo: para navegar na internet, para jogar, para ver previsão do tempo, enviar emails, ouvir música, conhecer pessoas e até telefonar. Os aplicativos são importantes, pois conseguem participar da rotina do usuário de uma forma mais fluida e menos burocrática que tende a ser.


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O evangelista da Blackberry orienta desenvolvedores para criarem aplicativos para o BB10 a começarem por desenvolvimento de apps para o PlayBook, o tablet da BlackBerry que já está no mercado – ele garante que apps que rodam no Tablet OS vão rodar com excelente usabilidade no BB10. Todas as informações (exemplos de código, SDKs, downloads e documentação) estão disponíveis no (developer.blackberry.com).

Para criação de apps, a Blackberry oferece quatro formas principais: 1) C/C++, com SDK nativo para PlayBook e BB10, além do framework de UI chamado Cascades (disponível apenas para BB10); 2) HTML5: Nesse caso, fica a cargo do desenvolvedor o que utilizar (Sencha, jQuery Mobile, bbUI.js, Zepto, Three.js, Alice. js, Enyo, Dojo etc), disponível para PlayBook e BB10; 3) Adobe AIR: Possibilita que Flash e Flex developers possam criar aplicativos de alta qualidade com acesso a diversas APIs nativas, disponível para PlayBook e BB10; App Celebration Weekend 2012

Creio que eles ganham da web, pois permitem uma experiência mais rica com o usuário, já que pode fazer uso dos recursos da plataforma, como função de geolocalização (GPS), acelerômetro, bússola, armazenamento de dados offline, interface multi-touch, fotografia e muitas outras. E pode oferecer isso tudo ao usuário mesmo sem acesso à internet.” A Research in Motion, empresa canadense responsável pelos produtos BlackBerry (smartphones, tablets, BBM), conhece o potencial do mercado de aplicativos em todo o mundo. A organização atravessa um momento de reestruturação de grandes proporções, e no início de 2013 apresentará ao mercado sua nova plataforma, a BlackBerry 10. Nessa jornada, a empresa defende que os desenvolvedores são peças-chave, pois são os grandes responsáveis por fazer da App World (loja da apps da Blackberry) um ecossistema de aplicativos de qualidade. “Nossa ideia é mostrar de forma clara que existe uma oportunidade de negócios no BB10. Para tanto, estaremos muito próximos de cada desenvolvedor para maximizar as chances de sucesso de cada um. Exemplo disso é o BlackBerry 10 Jam World Tour, onde estamos rodando 23 cidades ao redor do mundo com palestras ministradas por especialistas e fornecendo de forma gratuita uma versão alpha (protótipo BlackBerry Dev Alpha) do nosso smartphone BB10. Serão 100 milhões de dólares investidos na relação com os desenvolvedores até o lançamento do BlackBerry 10”, garante Demian Borba, BlackBerry Developer Evangelist.

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4) Android/Java, onde com apenas uma linha de código é possível converter APKs (aplicativos Android) para BARs, disponível para PlayBook e BB10.

Além disso, a empresa contribui e apoia diversas iniciativas Open Source como Apache Cordova, WebKit, WebWorks etc. Nos eventos do BB10 Jam World Tour, desenvolvedores criam ou portam aplicativos em menos de duas horas, rodando perfeitamente no Dev Alpha. “Diferente de outras plataformas, o desenvolvedor BlackBerry não tem custo nenhum para criar e publicar apps na App World, e não precisa ter que aprender uma nova linguagem do zero. Estamos trabalhando intensamente para garantir que cada um possa se manter em sua zona de conforto e tenha o menor trabalho possível ao portar seus apps para o BB10.” No passado, a RIM (Research In Motion) teve uma dificuldade de aceitação em relação às plataformas antigas, sobretudo o BB7. Porém a palavra-chave do momento é reposicionamento. “Este é nosso maior desafio: mudar a percepção dos desenvolvedores em relação à Research in Motion. Temos plena consciência que desenvolver para o BB7, BB6, BB5 é realmente desafiador. Por isso, estamos nos esforçando ao máximo para suportar as plataformas mais populares da atualidade, trabalhando dia e noite, focando no que é melhor para o desenvolvedor. Além disso, estamos inseridos em grandes eventos da BB10 Jam World Tour, que passou pelo Brasil - em São Paulo no dia 21 de Agosto. No Rio de Janeiro,


“Não basta apenas estar presente nas lojas de aplicativos para ser visto, é preciso inovar e criar um diferencial” HILDI MEDEIROS

em setembro, teremos o BlackBerrry Jam Sessions (os hackathons), dentro do WOB – Wide Open Business Conference - (www. blackberryjamworldtour.com)”, revela Demian Borba. Para entender melhor a proposta da Blackberry, o evangelista explica que o objetivo é representar a mobilidade de forma completa, rodando de forma integrada em tablets, smartphones e até mesmo automóveis. Ele, porém, lembra que criar uma nova plataforma do zero leva anos. “Estamos trabalhando diuturnamente para o lançamento do BB10 no início do ano que vem, com a proposta de ser um sistema inovador e que atenda as necessidades dos consumidores atuais - que focam em eficiência e necessitam de uma experiência fluída de alta performance - conectada às mais diversas redes sociais e que ofereçam extensões como NFC e Bluetooth. Demian Borba acrescenta que para uma melhor compreensão de como a empresa chegou até aqui, pode citar a aquisição por parte da RIM de diversas empresas ao longo dos últimos anos, como por exemplo QNX (sistema operacional real time super maduro e estável, que roda em sistemas críticos como usinas nucleares, automóveis de guerra, hospitais etc), Torch Mobile (um dos maiores contribuidores do WebKit, engine dos principais browsers da atualidade) e TAT (empresa líder em experiência de usuário, com projetos de UI a frente do nosso tempo). “Penso que a principal mensagem é que não estamos indo contra as outras marcas. Estamos focando todas as nossas energias em atender uma fatia de mercado específica: adolescentes e adultos que focam em ser altamente eficientes, conectados e produtivos. Essa é a proposta da RIM com a plataforma BlackBerry 10.” O crescimento do mercado é tão evidente, que no início de 2012, o grupo .Mobi, controlado pelo Grupo RBS, adquiriu a empresa de desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis Aorta. O valor da aquisição foi mantido em sigilo pelas companhias. A Aorta, que possui sede em Belo Horizonte e escritório em São Paulo, é a maior empresa da área de desenvolvimento de aplicativos e plataformas para dispositivos móveis do país.

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“Às vezes questões triviais como uma simples conversa com os amigos podem gerar excelentes ideias para novos aplicativos” MARCEL COHN Marcelo Giannini, sócio da Loja Comunicação, acredita que em qualquer “boom” tecnológico existe uma palavra importante para separar aqueles que realmente obtém retorno daqueles que vão desaparecer: relevância. Obter retorno no universo das Apps é juntar relevância e oportunidade, segundo ele. “Estamos vivendo uma ‘explosão’ de aplicativos e, é normal, com todo o foco voltado para esta temática, que tenhamos um crescimento tão acentuado nesta curva. A tendência é obviamente uma desaceleração deste crescimento no médio prazo a partir do momento que o mercado fique mais maduro e a penetração dos smartphones e pads fique um pouco mais saturada”, acredita. Na Loja Comunicação, o investimento é todo pensado em APIs que gerem relevância e retorno para os clientes. “Já fizemos soluções mais completas, como o sistema de Assinaturas Digitais da revista Ciência Hoje, que está sendo implementado em API nativas para Android de Iphone a soluções mais simples e divertidas, como a API para a A2.” Uma dica que o especialista dá para desenvolvedores estarem sempre atentos é a capacitação contínua. “Aqui incentivamos a aprendizagem constante: enviamos nossos desenvolvedores para cursos, eventos, palestras. Temos uma grande listagem de sites e blogs de tecnologia que somos leitores e colaboradores e, acima de tudo, não nos intimidamos com a novidade, a mudança. Quem trabalha com tecnologia tem que se acostumar a viver estudando. Não existe outro caminho”, alerta. Giannini aposta que não se pode ser especialista em todas as linguagens e técnicas de desenvolvimento, porém, também não é possível ignorar o processo como um todo, deixar de enxergar o “big picture”. “A resposta está no equilíbrio. Na especialização e na pluralidade. O profissional ideal é aquele que é altamente especializado em alguma etapa do processo, porém, também tem algum domínio das demais etapas. Ele tem que entender e participar do processo como um todo.” Marcel Cohn é sócio da empresa Mapcontrol, que desenvolve soluções utilizando tecnologias de geolocalização e gamificação. À frente de diversos projetos na área digital, ele lembra que diferenciação e inovação são essenciais para se manter competitivo. “Uma tecnologia inovadora que utilizamos no desenvolvimento de nossos apps é a Gamificacão que, como o próprio nome diz, é a utilização de estratégia de games para criar um ambiente de competição entre usuários. Esta competição naturalmente gera um engajamento dos usuários do app, além de um ampla divulgação

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em seu ciclo de amizades.” A empresa desenvolve apps nos mais diversos segmentos, desde petroquímico, construtoras – e em julho estreou com chave de ouro no Celebration Weekend 2012. O app do CW foi desenvolvido baseado em três pilares: diversão, interatividade e agilidade. A ideia era criar uma experiência única e customizada para cada cliente, desde o momento da pré-festa, onde ele teve a possibilidade de fazer a compra do seu convite por meio do aplicativo, saber o line-up do evento com todos os horários e locais onde aconteceram, acessar o soundclound de todas as atrações confirmadas, além de um quiz virtual com perguntas sobre o evento e sobre musica eletrônica que premiava o usuário com maior pontuação. “Desenvolvemos uma estratégia integrada às ações de marketing já feitas pelo cliente. Fizemos uma ampla pesquisa para detectar quais eram as principais funcionalidades que o nosso aplicativo deveria ter para que o usuário interagisse mais com a marca. No caso do Celebration Weekend, todas as funcionalidades foram pensadas para que o usuário do app pudesse aproveitar ao máximo a festa, seja tirando uma foto personalizada, sendo avisado quando seu DJ preferido fosse tocar ou sabendo o melhor caminho para transitar nos vários ambientes da festa”, comenta Marcel Cohn. O empresário assegura que, por ter uma equipe multidisciplinar, consegue obter as mais variadas informações, o que facilita muito na hora de planejar um novo projeto. “Costumo sempre fugir do senso comum de só ler revistas de tecnologias para buscar inspiração e estar bem informado sobre o mercado. Ora, às vezes questões triviais como uma simples conversa com os amigos podem gerar excelentes ideias para novos aplicativos. Além disso, engana-se quem acha que para entrar no mercado de apps é necessário saber apenas programação. Claro que esse conhecimento é fundamental para que o negócio aconteça, mas no mercado já existem diversos e excelentes programadores que poderão ser parte da sua equipe ou seus concorrentes, porém o que irá diferenciar sua empresa são três habilidades que toda empresa de qualquer segmento deve possuir: boa gestão, adaptabilidade ao seu cliente e à sua demanda e, a principal, sempre surpreender positivamente o seu cliente, obtendo o diferencial do encantamento, do inesperado, aquele pequeno detalhe que ele não estava esperando, mas, que se adicionado ao projeto, faz toda a diferença”, revela.


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Prepare-se para a primeira edição do WOB 2012, congresso internacional sobre inovação com foco em Design, Tecnologia e Novas Mídias facebook.com/wobconference WOB 2012 - Wide Open Business Conference Centro de Convenções SulAmérica - 20, 21 e 22/09/2012 - RJ


WOB 2012 Rio de Janeiro 20, 21 e 22/09

Confira alguns temas: Criando Serviços Inovadores por meio do Design Thinking Blind to consumers: neuromarketing Aproveitando a melhor década da história Inovação e crowdsourcing Consumer Experience Design O poder da inovação aberta O Design na era da economia criativa Design Thinking para Startups E-commerce, Gameficação e tendências


tecnologia

STARTUPS +

INVESTIDORES =

“Inovação é o que distingue um líder dos demais” – Steve Jobs. A frase do homem que inovou a inovação nunca esteve tão em alta. Basta olhar ao seu lado o cenário de startups no Brasil e a veia empreendedora que o país adquiriu nos últimos anos. A reportagem de tecnologia desta edição traz à tona este tema para dar dicas e tirar suas dúvidas no momento de criar uma startup. Boa leitura!


C

assio Spina coordena a Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como objetivo fomentar o investimento anjo para apoio ao empreendedorismo de inovação. A meta, segundo ele, é criar grandes empresas com investimento anjo-brasileiro. E revela que para isto são necessárias duas linhas de ação: a primeira é a disseminação de conhecimento sobre investimento anjo tanto para empreendedores quanto para investidores; a segunda é estabelecer conexão entre empreendedores e investidores para auxílio na efetivação dos negócios. Spina lembra que a Anjos surgiu no momento que começou a realizar apresentações sobre o tema e lembrou da dificuldade encontrada em conseguir outros investidores anjos para troca de oportunidades, com vistas a efetivar co-investimentos. “Por ser empreendedor há 25 anos, fundando minhas empresas do zero, tenho ciência do quanto é difícil construir sozinho novos negócios, e tive que aprender apenas pela tentativa e erro. Sendo assim, identifiquei a necessidade de se desenvolver a atividade de investimento anjo no Brasil.” Em relação aos principais desafios de estruturar um negócio para fomentar o ambiente empreendedor no Brasil, Spina afirma que existem diversas dificuldades, a começar pela pouca disseminação do conhecimento sobre o processo de criação de negócios de alto potencial e de como o investimento anjo é fundamental para isto. “Além disto, o Brasil é um país de dimensões continentais e tendo mais de 20 milhões de empreendedores conforme pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) - o tamanho do desafio para a disseminação destes conhecimentos é imensurável. Paralelamente, as condições para exercício do empreendedorismo ainda precisam de uma evolução significativa, em especial com relação à desburocratização, bem como pelo lado do investimento-anjo, pois não existem políticas de proteção e estímulo. Nos EUA e na Europa esses estímulos foram decisivos para o desenvolvimento.” Nesse sentido, a Anjos do Brasil busca oferecer o maior leque possível de ferramentas para capacitação dos empreendedores de startups, seja pelo site (www.anjosdobrasil.net) com artigos, links para sites com informações relevantes, vídeos, contatos e em especial recebendo e encaminhando projetos de empreendedores para investidores. Algumas dicas podem ser decisivas no momento de criar uma startup, segundo Cassio Spina. Ele acredita que o fator mais importante para uma startup é o time, ou seja, as pessoas que fazem parte dela - tanto os fundadores quanto eventualmente colaboradores que fazem parte da startup, pois “são eles que vão transformar a ideia em algo concreto que irá ter valor, sendo assim, avaliamos principalmente a capacidade de execução deste time, se ele tem as competências necessárias para o negócio e se tem dedicação total ao mesmo.”

Por outro lado, uma das falhas mais frequentes é o empreendedor focar na ideia e esquecer que o mais importante é avaliar o que o mercado pensa dela, quem são os concorrentes que atendem de alguma forma a necessidade que eles pretendem suprir e como irão fazê-lo. “Antes de começarem a desenvolver seus projetos, sempre recomendo aos empreendedores conversarem com potenciais clientes e descobrirem quem são seus concorrentes reais e conhecê-los muito bem, para avaliar realmente se sua ideia terá valor”, aconselha.

CENÁRIO NO BRASIL Cassio Spina lembra que o investimento anjo no Brasil como ação proativa é muito recente, mas o país possui um longo histórico de empresários e executivos que investem e ajudam startups quando são procurados, isto é, receptivamente. Neste sentido, o desafio é identificar estas pessoas e conectá-las para que passem a exercer isto de forma ativa, bem como também incentivar e a capacitar outros que tenham potencial para tornarem-se investidores anjos. Para quem quer criar uma startup ou ainda buscar investidores, as orientações do fundador da Anjos do Brasil são fundamentais. “O empreendedor deve buscar capacitação em desenvolvimento de negócios de alto potencial, além de investimento anjo, conhecendo todo processo de criação de empresas de alto valor e obtenção de investimento para o seu negócio. A Anjos do Brasil possui várias ferramentas para isto, como os artigos, vídeos e links contidos em nosso site, o livro “Investidor-Anjo – Guia Prático para Empreendedores e Investidores” (www.investidoranjo.net) , cursos de capacitação, além de realizar a aproximação dos empreendedores junto a nossa rede de investidores, por meio do encaminhamento de seus projetos sem qualquer custo.” Eduardo LHotelier é co-fundador e CEO do GetNinjas, um marketplace online de tarefas de compras e vendas de serviços na web, que tem como foco oferecer oportunidades dentro do conceito de 2side online marketplace. O site oferece oportunidades de trabalhos rápidos com retorno financeiro imediato e ajuda as pessoas que buscam por serviços com conveniência e praticidade a encontrarem aqueles que estão dispostos a realizá-lo. A empresa recebeu um aporte de capital da Monashees Capital, em agosto de 2011. O empresário dá valiosas dicas para não cair em armadilhas. “Os fundamentos que definem um bom negócio são imutáveis: Um potencial fluxo de caixa consistente e crescente. O que vemos de tempos em tempos é uma excitação exagerada em relação ao valor futuro de um ativo (como aconteceu na mais clássica bolha, a Mania das Tulipas - Holanda 1637). O investidor deve analisar os fundamentos dos ativos e não o preço que o investidor do lado acabou de pagar”, alerta. 92 > TECNOLOGIA | WIDE |

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TECNOLOGIA

O receio de compartilhar ideias criativas com outras pessoas é um dos erros por parte daqueles que idealizam criar startups. Segundo o CEO do GetNinjas, as pessoas tem medo de terem suas ideias “roubadas”. “Ao dividir a ideia, os benefícios de receber bons feedbacks, costurar sociedades e parcerias são maiores que a potencial possibilidade de alguém pegar sua ideia. No dia que o site for lançado, um concorrente pode começar o mesmo negócio, porém mais importante do que a ideia é a execução. E o principal erro de quem já iniciou uma startup é ficar preso ao seu plano de negócio inicial e não acompanhar as constantes mudanças do público consumidor.” Quando questionado se é preciso ser um empreendedor para ser inovador, Eduardo é direto: “Não há relação direta entre inovar e empreender. Um médico pode desenvolver uma nova terapia e ser inovador sem ser necessariamente um empreendedor, assim como um empreendedor pode criar negócios sustentáveis sem serem necessariamente inovadores. Conheço alguns franqueados que são ótimos empreendedores, mas não estão inovando. Porém, quando a inovação encontra o empreendedorismo, a química é mágica e você vê surgimento de empresas como Ford, Google, Apple e outras”, garante. Para ver seus projetos dando certo na web, Eduardo LHotelier recomenda construir um time fantástico em sua volta. “Ora, grandes empresas são feitas de pessoas e é muito difícil criar algo grandioso sozinho. Depois, desenvolva um produto que seja amado pelos seus clientes, que resolva um problema real. Em seguida, procure investidores com experiência comprovada que, além do capital, irão agregar conhecimento e contatos. E, por fim, divirta-se! A jornada é intensa e se você não ama o que faz dificilmente irá aguentar.”

SAMI HADDAD, CEO DA IDEIASNET, APOSTA NOS BONS E VELHOS FUNDAMENTOS QUE COSTUMAM SER INFALÍVEIS PARA EVITAR SURPRESAS DESAGRADÁVEIS. SÃO ELES:

Verificar que a equipe de gestão (empreendedores) é qualificada, motivada e, principalmente, unida e comprometida com o projeto; Verificar que o modelo de negócios da startup é construído com base em uma proposta de valor real, mercado real, atratividade para empresas ou consumidores; Cuidar do caixa obtido com os primeiros investimentos como se amanhã fosse o “fim do mundo”. Alguns erros também podem ser evitados, segundo Haddad. Ele afirma que muitos pecam simplesmente por “copiarem” modelos bem sucedidos de outros mercados sem ao menos adaptá-los às particularidades do Brasil. Outra falha bastante cometida é se preocupar muito em uma saída com cash-out, além de aplicar valores irreais à empresa (mesmo em estágio de startup), novamente partindo de um princípio simplista em que

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os tamanhos dos mercados no Brasil e nos EUA são parecidos. “O jovem empreendedor deve estar atento a realizar uma boa governança (adequada ao tamanho da empresa), porém sempre respeitando as obrigações trabalhistas, fiscais, legais e societárias. Além disso, é importante alinhar e formalizar os interesses entre investidores empreendedores e pessoas chaves da empresa por meio de mecanismos claros como Stock Option Plans, mecanismos de saída, recompra de ações, busca de outros investidores, entre outros.” Quando questionado se as startups precisam se preocupar menos com capital e mais com qualificação, Sami Haddad explica que ambos são importantes, porém em proporções diferentes ao longo da vida da startup. “Os riscos associados aos ‘primeiros passos’ são mais elevados e o ‘valuation’ da empresa deve refletir isto. Já a qualificação da equipe empreendedora é demonstrada ao longo do primeiro ciclo de execução (12-18 meses). Na medida em que o risco diminui, a equipe comprova capacidade de execução, a empresa cresce e dá para ‘comandar’ valores mais elevados. Por isto é recomendado planejar várias rodadas sucessivas de capitalização”, alerta.

DIFERENÇAS ENTRE SILICON VALLEY (SV) X BRASIL (BR) PARA UMA STARTUP O empresário acredita que a similaridade entre as culturas (hábitos, consumo, liberdade de expressão) entre BR e EUA faz com que os modelos de negócios e hábitos “cybernéticos” sejam similares e aplicáveis em ambos os mercados. “Os dois mercados têm tamanhos e dinâmicas diferentes, regras de funcionamento e custos que precisam ser levados em consideração. O mercado investidor no SV é bastante maduro, iniciou-se nos anos 70 e se beneficia de um expressivo número de investidores para todos os tipos de empresas, de empreendedores e funciona como um ‘clube’ onde os investimentos são consorciados em grupos de Venture Capitalists, que compartilham investimentos, riscos, sucessos e prejuízos. No Brasil, a atividade está em sua infância, esta colaboração ainda não aconteceu, o que aumenta consideravelmente o grau de risco que precisa ser tomado.” Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech, eleita a única empresa B2B pela Business Insider como uma das “10 principais startups brasileiras” em 2011, é outro visionário. Ao falar sobre o atual momento, o empresário lembra que hoje já somos o 3º país em número de empreendedores, fato que mostra uma mudança de comportamento e mentalidade no sentido de arriscar e abrir o próprio negócio. E segundo ele, o momento não poderia ser melhor. “Há ampliação do acesso à internet e banda larga, aumento da classe C e investimentos para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Nunca antes vimos tantas empresas de Venture Capital abrindo escritórios no país e querendo gastar seus dólares em empresas nacionais. Claro que o risco existe, ainda mais em mercados incertos como o da maioria das startups. Mas para diminui-lo, empresas de fundo de


investimento têm que analisar diversos fatores, destacando (i) Equipe, que tenha profissionais com perfis complementares e que demonstrem confiança e paixão pelo negócio; (ii) Mercado, empresa inserida em um universo maior tem mais chance de lucrar; (iii) Curva de crescimento, quanto mais rápido a empresa crescer, mais rápido ela vai atingir o breakeven e começar a lucrar ou achar uma saída; (iv) Diferencial competitivo, mercados e produtos inovadores levam vantagem; mesmo se for um clone de uma outra empresa, é preciso achar algo que vai diferenciá-la no mercado.”

CONFIRA, A SEGUIR, AS PRINCIPAIS DICAS DE GUSTAVO PARA AQUELES QUE BUSCAM SE DESTACAR NO MERCADO:

1) Foco: Foque em um grande mercado ou em um nicho promissor. Especialize-se em algo que ninguém faz e que, preferencialmente, grandes empresas não tenham interesse no momento. Com isso, você vai surgir como líder e tirar proveito disso. No entanto, é importante desenhar uma linha na areia e reconhecer os limites: quem faz tudo, não faz nada. 2) Flexibilidade: Adaptar-se ao mercado é essencial. Existe uma lei do exército canadense que diz: “entre o mapa e o terreno, fique com o terreno”. Ou seja, se você tem o mapa do tesouro com a descrição de um rio no exato lugar em que está e não há nenhum rio de fato, acredite no que está vendo. Trazendo esse conceito para o mundo dos negócios, foque nas tendências de mercado e adapte sua empresa e plano de negócios para crescerem.

Especialistas acreditam que a febre de investimentos em empresas de comércio eletrônico e internet representa uma primeira fase no amadurecimento do mercado, uma vez que já existem sinais de maturidade para o empreendedorismo – fato que criará um portfólio amplo de inovação. Há companhias que já veem esse potencial de inovação aflorando. A aceleradora de negócios 21212, com sede no Rio de Janeiro e em Nova York, já investiu em 10 startups no Brasil. A companhia adotou um modelo de negócios novo por aqui: compra 20% de participação em diversas startups, com aportes inferiores a US$ 40 mil, e ajuda na profissionalização do negócio para acelerar sua expansão. Rafael Duton, fundador da 21212, avalia que os investidores estão muito mais maduros com relação ao investimento em startups que pareçam promissoras. Ele relata que cada vez mais se vê esses investimentos ocorrendo quando a startup já comprovou que identificou um modelo de negócios robusto e com claros indícios de que pode crescer em escala. “Mas antes disso, a etapa mais importante é a estruturação de um time completo e comprometido com os enormes desafios que surgirão durante um bom tempo. Muitas startups não chegam ao modelo de negócios por não terem passado por isso. E consequentemente, não conseguem investimento.”

“A porcentagem da empresa que investidores e fundos costumam levar varia muito. Anjos podem trabalhar entre 5% e 20%. Fundos, não menos que 10% (neste patamar apenas para empresas já bem avançadas, com faturamento robusto) chegando a 40%.” RAFAEL DUTON, 21212

RECONHECIMENTO Alguns projetos vêm sendo reconhecidos por se destacar entre startups. É o caso da Ledface, tecnologia de crowdsourcing, modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas e criar conteúdo, voltado para usuários de redes sociais, como Facebook, Twitter e LinkedIn (ledface.com). O fundador Horácio Poblete ficou em segundo lugar no Prêmio RBS de Empreendedorismo e Inovação, e recentemente a tecnologia ganhou também o Brazil Startup Awards da TNW, na categoria Melhor Experiência de Usuário (UX). Ao comentar o amadurecimento desse mercado, Horácio não tem dúvidas que o ecossistema do empreendedorismo digital cresce a largos passos. “Tanto empreendedores quanto investidores, passando pelas aceleradoras, todos já entendem que somos parte de um ecossistema, somos interdependentes. Há um boom de aceleradoras no mercado. Mas o que uma aceleradora faz? O nome já diz, ela acelera. O que o empreendedor faria sozinho em um ano, com a ajuda de uma boa aceleradora ele consegue fazer em muito menos tempo. O problema é que não há mágica: ou a aceleradora conhece a fundo o mercado e como funcionam as startups ou ela não conseguirá agregar valor. E há pouquíssimas pessoas no mercado que realmente entendem do assunto e podem efetivamente acelerar o sucesso de uma startup”, diz. Segundo o fundador da Ledface, as principais dificuldades enfrentadas por ele, no caso da startup, estão ligadas à captação de recursos, de investimento. “Interessante que todo mundo fala em inovar, mas os investidores querem modelos de negócio provados. O velho dilema do ovo ou da galinha: uma startup inovadora precisa de dinheiro para validar seu modelo de negócios e conseguir bons números de tração. No entanto, precisa mostrar boas métricas e ter um modelo de negócio validado para conseguir dinheiro.” Ele acredita que o que falta no ecossistema é o investimento-anjo. Mas ele chama atenção para “anjo” de verdade, como sempre foi no Vale do Silício. Ou seja, o investidor investe no 92> TECNOLOGIA | WIDE |

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empreendedor, na ideia e em sua capacidade de execução. Ele faz a ponte entre o dinheiro familiar e os fundos de capital de risco. No Brasil, a grande maioria dos “anjos” fazem exigências que matam a inovação.

o negócio e crescer; Caso sejam negativos, fazer o pivot e pensar em outra coisa o mais rápido possível.” VINICIUS ROVEDA, COFUNDADOR E CEO DO CONTA AZUL

CONSELHOS DE UMA STARTUP VENCEDORA:

“Ter uma startup é algo fascinante. Ter a possibilidade de criar, construir, gerar valor a partir do zero é algo absurdamente motivador. Mas também é um teste de paciência e perseverança. É preciso ter em mente que o segredo do sucesso da noite para o dia...é que muitas vezes ele demora anos para chegar! Foque em ter um excelente produto, ouça seus usuários e clientes, tenha especial carinho pela usabilidade, pela facilidade que os usuários devem ter na hora de utilizar seu produto ou serviço. Por fim, não mire no dinheiro. Mire acima, em fazer algo absurdamente bom e interessante. O dinheiro virá, será consequência.” HORÁCIO POBLETE

OPINIÃO DE STARTUPEIROS:

“Quando falamos de startups, falamos de ambientes de extrema incerteza, isso é fato. Tão fato como a relação de risco com o ganho. Quanto mais arriscamos, maior pode ser nosso ganho. A peça-chave quando olhamos para uma startup é o time, muitos investidores consideram que 90% dos critérios utilizados para definir um investimento são relacionados à capacidade do time executar o negócio. Acredito que o fator time pode neutralizar bastante o risco. Em segundo lugar, o foco em mercados grandes e produtos que podem ser distribuídos em larga escala. Startup nada mais é do que um grupo de pessoas em um ambiente de extrema incerteza buscando juntas resolver um problema. Todas as hipóteses de solução precisam ser testadas e validadas o mais rápido possível para aí então estruturar o negócio. Basicamente o trabalho é: 1) Validar o problema e as possíveis soluções; 2) Criar o chamado MVP (Minimum viable product); Basicamente, é o mínimo de produto necessário para resolver a principal dor do mercado que buscamos atender; 3) Validar os canais de distribuição, entendendo o comportamento e o custo de cada um deles; 4) Se os resultados forem positivos é apertar os cintos, estruturar 62

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“O impacto das incertezas na economia é sim relevante para o mercado de startups, entretanto, não acredito que seja o fator mais crítico para o sucesso. Toda startup nasce sob um ambiente de alto risco por procurar comprovar um modelo de negócios novo e que ainda não foi testado. Dessa forma, independente da situação macroeconômica, o maior desafio de uma startup é comprovar seu modelo de negócios o mais rápido possível, antes que acabe com seu fluxo de caixa. Um cenário econômico complicado, como o que estamos vivendo, tende a impactar o consumo em diversos setores e a quantidade de investimento disponível, o que dificulta sem dúvida startups. Acredito que a melhor forma para evitar armadilhas é ter um modelo de negócios muito bem definido, com métricas sólidas, capacidade de ligar o survival mode (diminuir custo ao máximo pelo maior tempo possível) rapidamente e ‘pivotar’ mesmo que com pouca informação, caso o consumo seja impactado de forma drástica. Dessa forma, quando o cenário melhorar, a empresa já terá ‘pivotado’ algumas vezes e poderá entregar um produto muito melhor e em um mercado mais receptivo.” RODRIGO TERNI, CEO DA MEIVOX

“Há duas coisas distintas no mercado. Uma é a aposta em empresas ou produtos com a expectativa de sucesso. A outra, a que gera a bolha, carrega uma expectativa de sucesso muito elevada. No primeiro caso, embora ainda continue existindo risco, as análises das empresas são bem feitas e é atribuído a elas um valor que está ligado ao risco de não dar certo ou ao grau de inovação. No caso das empresas que recebem investimento no Brasil, de maneira geral, trazem um modelo de negócios ainda bem pouco inovador, repetindo fórmulas já testadas e bem sucedidas em outros mercados. É o caso do e-commerce, que após


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se consolidar em outros mercados como o europeu e o norte-americano, experimenta altas taxas de crescimento em países em desenvolvimento, como Índia e Brasil, por exemplo. A avaliação das empresas nesse segmento é bastante realista, pois leva em conta um histórico de receitas e não uma promessa de sucesso de um conceito inovador que ainda precisa ser aceito.”

ALGUNS NÚMEROS SOBRE EMPREENDEDORAS BRASILEIRAS:

CELSO VISTRA, GERENTE DE MARKETING DA DOCE BELEZA

• No Brasil, são 27 milhões de empreendedores, ou 27% da população adulta, com idade entre 18 e 64 anos;

“Primeiramente, é preciso identificar uma necessidade no mercado, e para isso deve-se olhar o macro cenário. Porém a ação deve ocorrer sobre uma necessidade de micro nichos (por exemplo, tentar resolver um problema de uma outra empresa quando essa passa por dificuldades decorrentes de uma mudança de mercado, como uma alteração nas regras de impostos ou tarifas cambiais e/ou tecnológicas, identificar gargalos de produtividade e produzir uma solução para isso). No macro cenário é provável que algum grande player já esteja atuando. Após identificada uma necessidade no micro cenário, o passo seguinte é criar uma solução. Tem que se ter em mente a regra da eficiência: É preciso fazer mais barato, mais rápido e com melhor qualidade (ao menos duas dessas premissas devem ser atendidas, senão você não terá a mínima chance de dar certo). Nesse passo você irá descobrir se sua ideia é boa ou não. O terceiro passo é usar a solução desenvolvida em um outro cliente validador com necessidades semelhantes e verificar se houve a mesma reação (ou seja, descobrir se seu produto resolve um problema comum ao mercado) e qual a percepção de valor que esse cliente deu à sua solução. O quarto passo é criar um produto padrão (baseado na solução aplicada aos clientes validadores) que possa ser aplicado em escala, definir um plano de ação bem simplificado e iniciar uma ação comercial para fechar contratos com os primeiros clientes pagantes - nesse momento você vai descobrir qual é o preço que o mercado está disposto a pagar e quanto seu produto pode ser rentável. Se conseguir isso, e ainda assim precisar de dinheiro para alavancar sua empresa, é provável que você consiga um investimento.” CEO DA MAGTAB, RICARDO HOLTIMANN

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• O número é 28,5% maior do que o registrado em 2010. Com a melhora no ambiente econômico e diminuição do desemprego, o empreendedorismo passa a ser uma opção por oportunidade e não necessidade; • Em 2011, para cada empresa aberta por necessidade (devido à perda de emprego, por exemplo), outras 2,24 foram abertas porque o investidor enxergou uma oportunidade de negócio; • Em 2002, essa proporção era inversa: para cada negócio aberto por necessidade, 0,77 era por oportunidade. Os dados fazem parte da 12ª edição da GEM (Global Entrepreneurship Monitor), feita pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade.

OPORTUNIDADE NO WOB2012 Inscreva sua startup até o dia 15 de setembro pelo site www.geeksonbeer.com e tenha a oportunidade de apresentar seu projeto dentro do Geeks on WOB, no espaço “Empreendedorismo & Startups”, e receber feedback de uma banca composta por investidores e especialistas do mercado digital. Os três melhores projetos receberão diversos prêmios.


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O futuro da web com

HTML 5

Que o padrão HTML5 veio para ficar, não há dúvidas. Com ele, melhorias no dinamismo e na segmentação das páginas são comprovadas no dia a dia. Mas fica no ar uma questão: qual o futuro da web com HTML 5? Quem esclarece essa e outras questões é Zeno Rocha, Front-end Engineer na empresa norte-americana Liferay.

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ENTREVISTA

Zeno Rocha Front-end Engineer na empresa norte-americana Liferay

WIDE: Porque HTML 5? ZENO: A web foi concebida para ser livre e, independentemente

de tudo, acessada por todos. Por isso, tecnologias que não são acessíveis por pessoas com deficiência devem ser abolidas. O HTML5, com seu grande guarda-chuva de novas tecnologias, proporciona um futuro destinado à construção de aplicações muito mais ricas, livres de qualquer plugin proprietário e acessível a todos. As possibilidades são intermináveis, especialmente se tratando de dispositivos móveis, e suas limitações vão até onde a criatividade dos desenvolvedores permitir. WIDE: A cada mês novas aplicações utilizam os recursos do HTML 5 para tornar as páginas mais ricas. Especialistas acreditam que em 2015, cerca de 50% das aplicações para dispositivos móveis usarão HTML 5. O que você pensa sobre isso? ZENO: HTML5 e Mobile são dois tópicos que deixaram de ser aposta há muito tempo, eles são realidade e com um potencial incrível pela frente. Hoje em dia, a vida de um desenvolvedor de aplicações nativas para dispositivos móveis é complicada, tendo em vista que ele precisa aprender a linguagem Objective-C para lançar um aplicativo na App Store, loja de aplicativos para iOS, e precisa aprender a linguagem Java para lançar um aplicativo na Google Play, loja de aplicativos para Android. Além desses, temos outros ambientes como BlackBerry. Não seria ótimo se pudéssemos desenvolver utilizando apenas uma linguagem? Exatamente por isso o HTML5 vem como uma excelente opção multiplataforma. Por padrão ele não tem acesso às funcionalidades do aparelho como acelerômetro, câmera, bússola, contatos, arquivos, notificações etc. Contudo, é possível utilizar esses recursos utilizando as APIs de serviços como PhoneGap e Titanium, lançando aplicativos para diversas plataformas usando apenas uma linguagem. O mundo está convergindo para o consumo a partir de dispositivos móveis e com HTML5 é completamente possível aproveitar essa tendência. WIDE: Quais são as novidades do HTML 5? ZENO: Foram muitas as novidades, com relação à estrutura do documento, antes tínhamos uma sopa de tags <div> por todo

nosso HTML e agora temos diversas tags estruturais muito mais semânticas como <header>, <section> e <footer> que realmente significam algo. Para formulários, novos tipos de campos foram apresentados, como o tipo de pesquisa, cor, data, numérico, entre outros. Além disso, as APIs JavaScript introduzem diversos recursos interessantes. Antes tínhamos que recorrer aos cookies para armazenar dados localmente na máquina do cliente, agora com a API Web Storage é possível fazer isso de forma extremamente simples com ainda mais espaço que os cookies. Aplicações multimídia agora não dependem de plugins proprietários para serem feitas, é possível utilizar recursos de áudio e vídeo usando apenas HTML. O mesmo vale para recursos gráficos, com as APIs de Canvas é possível realizar todo tipo de desenho e animação. Já com CSS3 pode-se aplicar degradês, sombras, fontes personalizadas, bordas arredondadas, transformações 3D e animações. E isso é só um pouquinho do que o HTML5 pode fazer. WIDE: Na edição 90 da revista Wide, a seção “Opinião de Design” promoveu debate com a seguinte questão: qual o futuro do flash? O então CEO da Apple, Steve Jobs, inclusive

“O HTML5, com seu grande guarda-chuva de novas tecnologias, proporciona um futuro destinado à construção de aplicações muito mais ricas, livres de qualquer plugin proprietário e acessível a todos” 92 > TECNOLOGIA | WIDE |

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“Ainda estamos engatinhando, até porque dá para contar na mão jogos famosos feitos em HTML5” foi autor da polêmica afirmação de que ninguém vai mais usar o Flash. O mundo está se movendo para o HTML 5. Em sua opinião, qual o futuro do flash? ZENO: É muita pretensão achar que ninguém mais vai utilizar o Flash. Minha aposta é que essa tecnologia se volte cada vez mais para determinados nichos do mercado, tais como desenvolvimento de jogos ou aplicações multimídia. Mesmo com todas as críticas, hoje ele ainda é a tecnologia mais barata para se desenvolver algumas coisas. Coloque ao seu lado um desenvolvedor ActionScript (Flash) e outro desenvolvedor JavaScript para ver quem consegue criar um jogo mais rápido, ou simplesmente quem consegue criar um banner animado mais rápido. A realidade é que o ecossistema e as ferramentas existentes favorecem muito o desenvolvimento usando Flash, e não existe a preocupação de incompatibilidade entre os navegadores. Mas, é claro, esse cenário está em mudança, sem falar em todos aqueles problemas do Flash que já conhecemos - não funciona em alguns dispositivos móveis e não é nada acessível. Eu acredito sim que ele vai ser pouco utilizado, até porque estamos caminhando para um mundo de padrões abertos. Não se trata só de rapidez ou acessibilidade, e sim de filosofia. Penso que mais importante do que o futuro do Flash, é o futuro da Adobe. A empresa finalmente entendeu o potencial do mundo open source e tem investido pesado no desenvolvimento de ferramentas voltadas para desenvolvimento em HTML5. No fim do ano passado, as aquisições que a Adobe fez de empresas como a TypeKit, conhecida por servir fontes armazenadas na nuvem para serem utilizadas por meio da propriedade @font-face do CSS3, e da empresa Nitobi, responsável pelo desenvolvimento do PhoneGap, uma ferramenta que permite criar aplicações móveis em HTML, CSS e JavaScript e implantá-las para IOS, Blackberry, Android, Windows Phone, Symbian e WebOS, já davam o sinal do que estava por vir. Isso sem falar nas iniciativas por trás dos produtos Adobe Shadow, Adobe Edge e o mais recente Brackets, um projeto open source que apresenta um editor de código feito em HTML, CSS e JavaScript. Ou seja, vem muita coisa legal por aí. WIDE: Como utilizar o poderoso trio HTML5, CSS3 e JS para desenvolver hoje a nova geração de aplicações web?

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ZENO: Com responsabilidade. Muitos recursos foram incorporados, mas nem por isso você deve sair por aí utilizando todos de uma só vez. Só porque você pode fazer animações com CSS3 não quer dizer que você vai animar tudo o que vê pela frente. Só porque você pode armazenar dados localmente com JavaScript não quer dizer que você vai armazenar tudo o que puder no lado do cliente. Enfim, é preciso ter responsabilidade não só com o que utilizar, mas sim sobre como utilizar. É sempre bom lembrar que muitas dessas funcionalidades não são compatíveis com navegadores antigos, portanto escolher qual recurso utilizar e como prover um conteúdo alternativo para usuários que não tem suporte é muito importante. WIDE: Quais são as principais referências literárias que você indica para os leitores da Wide que desejam se aprofundar no assunto HTML 5 e suas APIs? ZENO: Para uma leitura mais densa e completa sobre o assunto, recomendo “HTML5: Up and Running” da editora O’Reilly e escrito por Mark Pilgrim. Para uma leitura mais rápida e prática, recomendo os livros “HTML5 For Web Designers” e “CSS3 For Web Designers”, ambos da editora A Book Apart. Porém, se você não se sente confortável com a leitura em outro idioma, o famoso Maurício Samy Silva, mais conhecido como Maujor, escreveu o livro “HTML5 - A linguagem de marcação que revolucionou a web” da editora Novatec, que é sem dúvida a principal referência sobre HTML5 no Brasil. Agora, se você prefere um e-book, pode ficar com o “HTML5 e CSS3 com farinha e pimenta”, uma produção independente escrita por Diego Eis e Elcio Ferreira, outra ótima referência. Livros são excelentes recursos de aprendizado e eu recomendo que você leia os indicados, mas para estar atualizado com cada novidade do HTML5 nada melhor do que a internet. WIDE: E em relação aos jogos baseados em HTML 5? Como fica o universo da gamificação? ZENO: O HTML5 traz consigo APIs JavaScript muito poderosas e que caem como uma luva para o ambiente de jogos, uma delas é o Canvas, que fornece diversos métodos de desenho 2D, e a outra é o WebGL, que permite a renderização de gráficos 3D. Muita coisa tem sido feita em torno dessas tecnologias, mas a verdade é que ainda estamos engatinhando, até porque dá para contar na mão jogos famosos feitos em HTML5. Destacam-se até então as versões de Angry Birds e Cut the Rope que rodam no navegador, mas produções feitas por brasileiros ainda são muito escassas. Aos poucos o assunto vem ganhando destaque entre os desenvolvedores e com isso algumas conferências foram surgindo pelo mundo, como a New Game, em São Francisco (EUA) e a OnGameStart em Varsóvia (Polônia) para debater esse assunto. Outro ponto importante que tem alavancado esse meio são as bibliotecas voltadas para jogos que estão sendo lançadas e que facilitam muito a vida dos desenvolvedores. Nesse quesito podemos destacar a MelonJS, LimeJS e EaselJS. Os motores estão esquentando, mas o futuro é, sem dúvida, promissor e divertido.


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Startup Dev

Negócios digitais em 48 horas Montar um protótipo completo e funcionando no sistema em dois dias, garantindo ao empreendedor a possibilidade de testar o conceito do seu negócio e ter algo mais substancial para mostrá-lo a potenciais clientes e investidores. Estamos falando do Startup Dev, fundado por Rafael Lima e Sylvestre Mergulhão, programadores com ampla experiência em desenvolvimento para web. 70

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Para saber mais sobre esse projeto, conversamos com os dois empresários. Saiba como e quando investir em trabalhos desafiadores. WIDE: Transformar uma ideia que só existe no papel em protótipo em apenas 48 horas. Como e onde surgiu essa ideia? SYLVESTRE: Uma característica comum de muitos programadores é a procrastinação. Eles se perdem em pensamentos durante o dia de trabalho, viajam no Facebook e em posts de blogs e ao final muito pouco foi realmente realizado no dia. Outra característica comum entre programadores são as ideias e a força de vontade de ter muitas iniciativas, mas, infelizmente, poucas “acabativas”. Ou seja: existem as ideias e o esforço para se começar um projeto novo, mas no final há pouco resultado, pois esforço insuficiente é destinado à finalização desses projetos. É como se ficasse sempre trabalho pela metade. Dado esse contexto geral, existem programadores que ganham mais visibilidade do que outros - exatamente por terem aguçado esse poder da acabativa. Já tinha montado a HE:labs e trabalhava com projetos de software e um dia o Rafael Lima, atualmente meu sócio, me ligou propondo trabalharmos juntos para vender software de uma maneira diferente. Por conta da minha experiência como programador e empresário, naquela única conversa entendi o valor da ideia, gostei da proposta e topei fazer um teste. A base da proposta era uma fórmula “mágica”: 1 ideia + equipe + 48h + preço fixo = aplicativo online funcionando. Foi tudo muito rápido, abrimos um documento online onde jogamos nossas ideias em forma de brainstorm e na mesma semana nos reunimos para decidir como poderíamos iniciar este trabalho. Nesta mesma semana que conversamos pela primeira vez, marcamos um dia para realizar um projeto piloto com o objetivo de validar se era possível desenvolver um aplicativo funcional em tão pouco tempo. Colocamos online um site para divulgar a fórmula e enquanto desenvolvíamos o primeiro projeto fizemos um buzz por meio dos nossos Twitters e Blogs. Antes mesmo de finalizar o projeto, recebemos um contato da pessoa que veio se tornar nosso primeiro cliente. A partir daí fomos aprimorando o modelo e pensando juntos nas otimizações e em como poderíamos evoluir o Startup DEV até onde ele chegou hoje. WIDE: Quais são as evoluções conquistadas ao longo desse tempo pelo Startup DEV? SYLVESTRE: Os dois primeiros projetos que fizemos no Startup DEV contavam apenas comigo e com o Rafael. Nós somos programadores experientes, mas não tão bons em design. Logo sentimos falta de um designer integrando a equipe. E assim

ESTUDO DE CASO

convidamos o Ramon Bispo para integrar o time. O Ramon, além de toda bagagem técnica que carrega, é um designer prático. Ele consegue desenvolver ótimos projetos com boa usabilidade em curto espaço de tempo. Ele prepara um guia de estilos para o projeto e implementa as telas direto no código, sem uso de Photoshop. Foi o encaixe perfeito que precisávamos. Em um ano de existência do Startup DEV, já realizamos 25 projetos. Nenhum projeto foi igual ao outro. Já fizemos ferramenta de SEO, ferramenta de suporte a programas de emagrecimento, sistemas de e-commerce, rede social, portal para adoção de animais, aplicativos corporativos e até um aplicativo de segurança contra bioterrorismo. Outra conquista relevante foi o reconhecimento do mercado em relação à qualidade do nosso trabalho. No decorrer de um ano de existência nós triplicamos o preço praticado. Percebemos que começamos com um preço muito abaixo do que valia o nosso trabalho. Hoje existem investidores que pedem para que seus proponentes antes de tudo realizem uma rodada de Startup DEV. Esse é um grande reconhecimento também. Temos diversas parcerias com pessoas e empresas do mundo das startups, incluindo investidores, aceleradoras e organizadores de eventos. WIDE: Quais são os principais diferenciais do Startup DEV? RAFAEL: O Startup DEV é um modelo único de trabalho. Ele não foi baseado em nenhum outro modelo existente. Logo no primeiro contato, os clientes percebem que nosso processo de comercialização é diferente de qualquer produto/serviço que ele já comprou antes. O principal diferencial é que o cliente tem a segurança de que vai ter o projeto entregue dentro da data combinada. Temos casos de clientes que estavam com o projeto em desenvolvimento por mais de seis meses, já tinham contratado mais de duas equipes diferentes e não tinham conseguido chegar ao final. Após nos contratar eles conseguiram ter o sistema funcionando. Já conseguimos fazer em dois dias o que outras equipes não conseguiram durante meses.

“Desenvolver software é um processo de descoberta, então a melhor coisa que se pode ter é a possibilidade de fazer escolhas sobre o que será desenvolvido após usar uma parte do sistema” 92 > TECNOLOGIA | WIDE |

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TECNOLOGIA

+ conteúdo para tablets

Nós gostamos de entregar software e isso faz diferença no resultado final. Nossa equipe é especialista no desenvolvimento de aplicativos e sistemas. Por fim, o modelo de contratação do Startup DEV reduz o risco de quem está contratando. Após um dia de trabalho da nossa equipe com o cliente, nós definimos o escopo ideal para o projeto que o cliente deseja desenvolver. No final desse dia, se ele não ficar satisfeito com o resultado, ele pode cancelar o projeto e não fazemos o desenvolvimento. Dessa forma, o cliente vai tomando a decisão conforme já tem algum resultado do trabalho que realizamos. WIDE: Em

sua avaliação, quais são as áreas mais aquecidas para começar uma startup hoje e por quê? RAFAEL: Se eu soubesse o segredo estaria fazendo uma nesta

área. A grande dificuldade de um “Startupeiro”, como são chamados os empreendedores que montam Startups, é descobrir os mercados virgens de soluções para os problemas reais. Um empreendedor que tem uma ideia de negócio ou percebe uma oportunidade deve sempre realizar experimentos para validar se os elementos da sua visão estão coerentes com a realidade de mercado. Quem consegue validar, se dá bem. Para se dar bem, ele tem que assumir que precisa aprender sobre o mercado que está querendo explorar e deve entrar em um processo de busca de um produto que seja a real solução

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para o problema que está querendo resolver. Essa busca deve culminar em um modelo de negócios que vá transformar sua startup em um negócio consolidado. A busca termina quando se encontra um alinhamento entre o produto que está sendo desenvolvido e o mercado. Após encontrar este alinhamento, que é chamado de Product x Market Fit, o empreendedor pode se preocupar em executar o seu modelo de negócio, ou seja, abrir efetivamente a empresa, montar escritório, montar as áreas e times, investir pesado em marketing, divulgação etc. WIDE: Como você avalia o mercado de desenvolvimento atualmente? STARTUP DEV: Imaturo. Existe um problema grave no mercado: As empresas que vendem software o realizam de uma forma que é prejudicial para o cliente e para elas próprias. No processo tradicional o cliente exige que sejam fornecidos um prazo e um preço, a partir de uma lista de requisitos que definem o escopo do projeto. Nesse modelo é comum o fornecedor apresentar a proposta baseada em premissas que ele mesmo definiu a partir do seu próprio entendimento do que foi escrito no escopo. É comum que algumas dessas premissas estejam erradas, já que existem diversas formas de se implementar uma mesma funcionalidade. É importante deixar claro que nenhum ser humano é capaz de prever de antemão e com exatidão, o que


será necessário desenvolver em um software que demandará mais de três meses de desenvolvimento. Qualquer tentativa de elencar tudo que é necessário desenvolver é em vão. É como pedir para uma criança de seis anos de idade escrever em uma folha de papel em branco, ou apenas dizer, tudo que ela vai precisar para a vida dela inteira. Ela não tem a mínima noção, pois ainda não explorou a vida. A pior coisa que se pode fazer na contratação de um software é determinar um escopo e fechar um contrato no qual o cliente fica preso e não pode decidir o que desenvolver posteriormente. Desenvolver software é um processo de descoberta, então a melhor coisa que se pode ter é a possibilidade de fazer escolhas sobre o que será desenvolvido após usar uma parte do sistema. Apenas depois de experimentar na prática uma parte do sistema, é que as pessoas têm condição de definir o que é mais importante desenvolver naquele momento e dessa forma interativa, reduzir o desperdício. WIDE: Como orientar empreendedores a aplicar metodologias e práticas ágeis para criar um negócio de internet? SYLVESTRE: Adotando um processo de educação no qual explicamos a vantagem de contratar um projeto baseado nas metodologias ágeis e os riscos que ele corre em pedir uma proposta com preço e prazo fechados para um escopo determinado. Existem duas perguntas clássicas feitas pelas pessoas que entram em contato conosco para saber mais informações sobre o Startup DEV. A primeira pergunta é: “Eu tenho que pagar um sinal sem saber se vou fazer meu projeto?”. O modelo do Startup DEV envolve uma reunião de trabalho e dois dias de desenvolvimento. O escopo real do projeto só é definido nessa reunião de trabalho. Para realizarmos a reunião o cliente precisa ter pago um sinal. No final da reunião, o cliente pode optar por continuar ou não o projeto. Caso o cliente opte por não continuar, o sinal fica como pagamento pelo dia da reunião de trabalho. Vale ressaltar que nenhum cliente desistiu após a reunião até hoje. WIDE: Por fim, quais são os próximos planos da empresa? O que vem de novidades por aí? RAFAEL: Estamos com muitas iniciativas no forno. Para os desenvolvedores, a super novidade é o Startup DEV Rumble, que será uma competição online de criação de aplicativos web em dois dias. Times de todo o Brasil poderão participar independente da linguagem de programação que usam. O objetivo será criar um aplicativo funcional e colocá-lo no ar em 48h, assim como fazemos no Startup DEV. Esta competição vai fazer parte do evento Rio Info (http://www.rioinfo.com.br/), que a HE:labs patrocina este ano. Outra novidade é uma nova linha de trabalho chamada Digital Business DEV, que é um modelo de trabalho similar ao Startup DEV, porém adaptado para as características das empresas maiores e será focado no mercado corporativo. Neste modelo trabalharemos com parceiros e representantes de venda, e no momento estamos conversando com pessoas interessadas em trabalhar conosco na captação de novos clientes. 92> TECNOLOGIA | WIDE |

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Segurança Anderson Tamborim

VULNERABLE WEB APPLICATIONS - SIMULAD Hoje não há o que discutir quando o assunto é a segurança das aplicações desenvolvidas para a web em sua corporação, ou então as que são disponibilizadas para usuários. Apesar do grande número de técnicas e estratégias para aumentar a segurança existente, a última grande camada, que irá de fato aumentar a segurança da aplicação, é sem dúvida o próprio desenvolvedor.

Ainda hoje, apesar de a segurança ter se tornado uma matéria interdisciplinar e estar presente em todos os ambitos onde hajam profissionais de tecnologia, existe uma lacuna gigantesca entre o que é preciso fazer para de fato aumentar a segurança e o que é possivel fazer levando em conta o cronograma onde os projetos são desenvolvidos, e onde muitas vezes por falta de planejamento estratégico adequado do Core Team, a segurança é relegada a pequenos aspectos, que muitas vezes são apenas o início de todo o trabalho. Muitas vezes durante os estudos fica difícil para iniciantes conseguir aplicar e visualizar alguns conceitos de vulnerabilidades e ataques em aplicações web, e isso acaba tornando a experiência algo difícil de ser absorvido. Pensando nisto, resolvi publicar um artigo voltado a alguns frameworks para estudo e simulação de explorações de vulnerabilidades em aplicações web. Com estes frameworks você poderá ver na prática o efeito das principais vulnerabilidades, suas contra-medidas, assim como abrir a mente no que diz respeito a possíveis formas de mitigação destes tipos de ataque. Utilizando uma plataforma das 3 que irei falar abaixo, certamente você verá que o entendimento destes tópicos se tornará muito mais interessante (e divertido).

DVWA (Damn Vulnerable Web Application) – Este framework consiste basicamente em uma aplicação vulnerável em PHP/MySQL onde você pode testar suas habilidades em SQL Injection, XSS, Blind SQL Injection, etc. O DVWA é desenvolvido por Ryan Dwhurst e faz parte de um projeto OpenSource da RandomStorm. http://www.dvwa.co.uk

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Hackxor – É um web application hacking game. Neste game o jogador precisa localizar e explorar vulnerabilidades para progredir através da história do jogo, como se fosse um hacker contratado para rastrear outros hackers, usando todos os meios necessários. Elecontem scripts vulneráveis a Cross Site Scripting (XSS), Cros Site Request Forgery (CSRF), Structured Query Language Injection (SQLi), Remote Command Injection (RCE) e muitos outros. http://sourceforge.net/projects/hackxor

WebGoat – É um projeto da OWASP (Open Web Application Security Project) onde você possuirá uma interface deliberadamente insegura disponibilizada em J2EE, onde você encontrará diversas lições e exercícios, onde poderá aprender de forma bem didática, com exemplos e exercicios de diversos niveis de dificuldade. O mais legal dessa web application é que ela permite ao usuário demonstrar seu entendimento de uma determinada falha de segurança explorando uma vulnerabilidade real em cada lição. http://code.google.com/p/webgoat

Todas são geralmente muito simples de utilizar e começar a brincar. Acredito que é sempre bom deixar bem claro aqui que, obviamente a segurança dessas aplicações é algo praticamente inexistente, sendo assim, não hospedem estes recursos em servidores de produção (nunca é demais lembrar eheh), pois fatidicamente vocês serão hackeados e não será apenas de brincadeira. :)

Anderson Tamborim Security Engineer da TrustSign e In2Sec: Intelligence to Security - possui mais de 12 anos de experiência em segurança da informação. Focado em penetration Testing, análise de Malwares e Advanced Threats, engenharia social e desenvolvimento de aplicações para testes de segurança. E-mail: anderson.tamborim@in2sec.com LinkedIn: /atamborim

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Tableless Diego Eis O CAMINHO É A MELHOR PARTE DA VIAGEM “Um corvo estava pousado no galho de uma árvore sem fazer nada. Um coelhinho apareceu e perguntou: – Posso ficar com você e não fazer nada? O corvo respondeu: – Claro, sem problemas. O bichinho se sentou debaixo da árvore e ficou descansando. De repente, uma raposa apareceu e comeu o coelho.” A história aparentemente infantil oferece um importante ensinamento a quem quer sobreviver em uma empresa: para passar o dia sentado sem fazer nada, é preciso estar num lugar bem alto! E para chegar lá você tem que saber escalar e sobreviver na selva corporativa.” E foi assim que sem pensar eu comprei esse livro. O livro em questão se chama <i>Era uma vez uma empresa</i>. Assim que li os prágrafos acima vi que esse livro me ajudaria no meu plano. Plano? Sim, plano. Eu tive uma empresa durante alguns bons 6 anos. Era meu sonho. Eu consegui conquistar muitos objetivos com ela. Foi ótimo enquanto durou e eu recomendo a qualquer um abrir uma empresa. Mas tem que abrir uma de verdade. Sair da sua zona de conforto e se arriscar. Não adianta ficar no seu trabalho e ir tocando aos poucos uma empresa por fora. Se você quer uma empresa série, você precisa dedicar tempo. Saia do seu emprego e abra uma empresa. Eu confesso que não fiz isso. Na verdade, comigo aconteceu ao contrário. Geralmente na área de web e em outras também, alguém inicia a sua carreira como funcionário e depois, com o know-how adquirido e uma grana guardada, você abre sua empresa. Eu nunca havia trabalhado em uma empresa até então. Eu simplesmente abri. Um amigo meu me chamou e bumba, abrimos uma empresa de desenvolvimento web. De uma hora para outra estávamos atendendo outras grandes empresas que queriam consultorias ou sistemas. Foi maravilhoso durante um tempo, mas eu sentia que faltava alguma coisa. Eu percebi depois de uns anos que apesar de eu ter aberto uma empresa bacana, reconhecida pela comunidade web, que atendia clientes interessantes com uma equipe de ponta, faltava alguma coisa. Eu nunca havia precisado lutar por um cargo, eu era o dono. Muito diferente da fábula no começo deste artigo, apesar de eu estar no topo da hierarquia empresarial, eu trabalhava como um camelo. Ok, talvez por conta do tamanho da empresa. Tínhamos por volta de 25 funcionários e mesmo assim sobrava trabalho. Quem abre uma empresa descobre que ter coragem é a parte

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fácil. O difícil é você pagar imposto, salário, gerenciar expectativas de clientes, se preocupar com a vida dos seus funcionários, entender como a carreira deles pode melhorar, saber movimentar a empresa para o lugar correto no mercado e além de tudo isso não tirar os olhos do fluxo de caixa. É aí que você aprende a diferença entre ser empreendedor e ser empresário. Eu achava isso o máximo. O seu ego vai lá pra cima. É gostoso responder quando alguém te pergunta o que você faz ou no que você trabalha. A resposta vem pronta e ensaiada: “Sou empresário. Tenho uma empresa de desenvolvimento de Internet. Atendo clientes como XKPPYZ, XPTO e etc…” Coisa linda, sabe? A partir daí eu comecei a traçar um plano. A primeira atitude foi largar minha empresa. Obviamente existiam diversos outros motivos, que somados com esse, me fizeram tomar essa decisão. Não foi fácil, mas foi instrutivo. Aprendi bastante no processo e isso me fez entender uma série de coisas. A minha segunda atitude seria tentar ir para uma empresa onde eu pudesse mudar alguma coisa. Não adianta ganhar dinheiro se você não está fazendo algo que seja realmente útil. Na verdade adianta, mas não conte isso para as crianças. O terceiro passo foi entender em que ponto eu me encaixava no mercado. Foi aí que decidi que eu não queria mais codificar mas dirigir uma equipe. Existem muitos profissionais melhores que eu no mercado. Seria estupidez tentar fazer algo que eu sei que outro faria melhor. Tomar todas essas decisões é fácil. Se acostumar que você não é mais dono mas um funcionário e que tem outras pessoas acima de você é que é muito difícil. Para mim é tudo muito novo. Atender uma empresa grande é uma coisa, trabalhar em uma é outra. Você entende o que é politicagem. Você vê pessoas guardando seus cargos como se fossem ouro e dispostos a comer teu fígado se você ousar pensar em chegar perto. É divertido apesar de assustador. A dica que eu te dou é a seguinte: Preste atenção no caminho. O caminho é a melhor parte dessa viagem. http://bit.ly/parteviagem.

Diego Eis Criador do site Tableless (www.tableless.com.br), palestra sobre padrões web e jogador compulsivo de XBOX. E-mail: diego@tableless.com.br Twitter: @diegoeis


Mercado de TI Paulino Michelazzo CARREIRA DIFÍCIL A escolha de uma profissão aos 17 anos é das tarefas mais ingratas possíveis. O jovem que está saindo da puberdade é pressionado pela sociedade e família para estudar e “ser um homem de bem”. E o cenário fica ainda pior se o jovem tiver queda para alguma profissão menos “gloriosa” que as tradicionais “engenharia-medicina-direito” pois, inevitavelmente, ouvirá os comentários de que “vai passar fome” ou “vai viver na miséria”. Se não bastasse a pressão, os dias atuais trazem uma outra variável à equação sociedade+família+glória+fome: a quantidade de novas profissões criadas pela tecnologia. Em um mundo totalmente conectado e com crescimento vertiginoso de adeptos de tecnologias, é normal a criação de novas funções (não profissões) na velocidade da luz. Ontem eram webmasters, hoje especialistas em redes sociais e amanhã, sabe-se Deus o que será. Esta farta criação laboral é também a algoz dos jovens que chegam na encruzilhada de escolher o que fazer quando saírem da faculdade. Atraídos por sonhos de enriquecer rápido (ou, como queira, de vida fácil), se dedicam a cursos de fundo de quintal que pouco lhe dão conhecimento para profissões que certamente estarão obsoletas ou não mais existirão quando receberem seus certificados. Além do tempo perdido, dinheiro jogado fora. Então, qual caminho seguir num mar de incertezas como esse? A dica é: o caminho daquilo que realmente gosta de fazer ou ainda “siga seu coração”. Claro, isso pode parecer clichê, mas muitos perdem anos de estudo em cursos que realmente não desejam ou que não possuem a menor aptidão para descobrirem a besteira que fizeram. Depois, tornam-se profissionais frustrados, cansados e atribuem estas sensações ao way of life de nossa sociedade. Ledo engano. O problema começou muito mais cedo no momento da escolha do que fazer, acreditando que o mais importante seria agradar departamentos de recursos humanos de empresas ou mesmo seus pais. Para não cair nessa armadilha, é preciso entender a diferença entre profissão e função antes de fazer uma escolha. Profissão é aquilo que lhe dará base para seguir qualquer função a desempenhar. É muito melhor ter um médico como administrador de um hospital que um administrador que não conhece a área médica.

A profissão: médico. A função: administrador. Uma pequena nuance que faz muita diferença. Não se deixe iludir. Muitas das boas empresas procuram bons profissionais que possam exercer funções diferentes ao longo da carreira e não pessoas monolíticas que não conseguem sair da caixa. Gosta de redes sociais? Que bom. Veja que o fundamento para melhor entender redes sociais é conhecer o ser humano, e não tecnologia. Assim, ser sociólogo é melhor que ser técnico em informática nestas horas. O mesmo pode ser aplicado, por exemplo, para cursos técnicos. É preferível ter como profissão a pedagogia que o desenvolvimento de software. E não se preocupe em agradar os outros. Dentro de alguns anos todos vão esquecer o que disseram sobre “ser um homem de bem” e sobrará para você, aquele gosto amargo da frustração por não ter seguido seus instintos que poderiam lhe dar aquela função interessante de trabalho num lugar paradisíaco.

“Não se deixe iludir. Muitas das boas empresas procuram bons profissionais que possam exercer funções diferentes ao longo da carreira e não pessoas monolíticas que não conseguem sair da caixa”

Paulino Michelazzo Possui quinze anos de experiência em internet e atua como consultor web em todo o mundo. Palestrante costumeiro de eventos de tecnologia, é coautor de três livros na área de internet e software livre e escreve regularmente sobre empreendedorismo e desenvolvimento em seu site: www.michelazzo.com.br E-mail: paulino@michelazzo.com.br Twitter: @pmichelazzo

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marketing

Inovação em Marketing Digital

Ao longo dos anos, diversas mudanças ocorreram no ambiente do marketing digital. Uns defendem que o grande “boom” aconteceu logo após a crise global, em 2008. O cenário era trágico, diversas empresas de todos os portes começaram a buscar a web como nova opção de comunicação e marketing a custos baixos e também como um novo canal de comercialização para seus produtos e serviços.


O “oceano azul”, onde os pequenos empreendedores dominavam e conseguiam ótimos resultados, começou a se transformar em um “oceano vermelho”, tomado por tubarões decididos a dominar também este ambiente. O livro “A Estratégia do Oceano Azul”, de W. Chan Kim e Reneé Mauborgne, fala justamente sobre este cenário: em vez de competir, torne a concorrência irrelevante. Confira, a seguir, o que as empresas estão realizando de inovação em marketing digital.

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Zarabatana Digital (zarabatanadigital.com.br) é uma empresa que tem inovado em marketing digital. A organização acredita que as estratégias não devem se prendem apenas ao online, mas também são complementadas pelas experiências offline, agregando valor e completando um processo que começa na internet e termina na experiência real do consumidor, a ponto de fazer parte do conceito de uma marca. Um case interessante e recente é o da marca Andarella. A agência tinha o desafio de rejuvenescer o público da marca e a internet surgiu como a primeira opção. Assim, surgiu a ideia de lançar a “Andarella feita por você”, um hotsite onde era possível criar o sapato ideal e concorrer a diversos prêmios, caso o modelo fosse escolhido por votação online. O publicitário Sergio Akash, CEO da empresa, explica que a ideia da campanha era mobilizar o público e proporcioná-lo uma experiência diferenciada com o produto. Para isso, a Zarabatana integrou o ambiente online com o offline, provocando o público a se sentir parte da Andarella, já que participou ativamente do design da coleção. O resultado da campanha foi a conquista de clientes mais jovens, além de um grande banco de dados sobre as preferências e estilos das clientes. Sergio Akash lembra que explorar a inteligência estratégica no ambiente digital é uma das metas da empresa, que já atendeu clientes como Rio Design Leblon, Universal Channel, L’Oreál Paris, Burn, entre outros. “Selecionamos ferramentas ideais nos meios digitais para obter o melhor desempenho por meio de consultoria, planejamento e ações de comunicação e publicidade nas plataformas digitais”, explica Sergio. Em meio às facilidades da Internet para divulgar produtos, os

micro e pequenos empresários podem ser os próprios facilitadores e colaboradores do negócio, com o mínimo de gasto possível, e com retorno garantido. Na internet há sites e blogs que mostram como divulgar sem gastar muito, como o Inside Adwords (adwords.blogspot.com) e o Conversion University (google.com/ support/conversionuniversity/), porém há algumas ferramentas que otimizam o alcance do anúncio ao público.

POR TRÁS DE UM CURTIR: A ENGRENAGEM QUE MOVE LIKES E SHARES Você já ouviu falar de “Brand Persona”? A estratégia acontece quando uma marca assume, na internet, traços próprios de personalidade, reações diferentes em cada situação, estilo próprio, gostos e preferências musicais. É como uma pessoa que pode ser reconhecida e com quem um fã estabelece um relacionamento por identificação, assim como faz com seus amigos nas mídias sociais. Para dar a luz a essa pessoa, nasce um novo profissional, que não só concebe, mas mantém o perfil dela funcionando de maneira coerente. É uma mistura de jornalista, publicitário e ator, como definem os sócios da Movimento Comunicação (movimentocomunicacao.com), Felipe Novaes e Franklin Costa. A empresa gerencia o perfil de grandes marcas, como Mundo Oi, Schweppes, Kuat, Burger King e Unilever. O mix começa com o cuidado na hora de escolher as fontes certas e de fazer apuração, cercando o assunto sob vários pontos de vista, mas sempre atento na maneira como apresentar o conteúdo. O texto precisa ser atraente e cada palavra tem uma razão para estar lá. Os empresários explicam ainda que não vale falar por eles, mas em nome de uma marca. E quem é ela? É a hora de o personagem entrar em cena. 92 > MARKETING | WIDE |

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“É como construir uma pessoa em quatro etapas. O brand persona envolve um mapa que não só define a personalidade, como simula reações em situações de tensão, tranquilidade e contextos inusitados, associando cada um deles a sentimentos, atitudes, fala e aparência próprios. Em seguida, hora de fazer associações concretas com imagens, citações, vídeos ou qualquer forma de expressão que ilustre essas dimensões. A partir da personalidade desenhada, é criado um estímulo no sentido de chegar a diversas situações para descrever como essa Brand Persona reagiria.” Para aqueles que desejam atuar no marketing hoje em dia, permeado pela presença das redes sociais, Felipe Costa adianta que é fundamental ter muito jogo de cintura. E ele avisa que não é apenas para treinar uma equipe (que vem com a cabeça do offline ou crua das faculdades), mas também para se adaptar às aceleradas mudanças do universo digital. “O mindset muda a cada atualização do Facebook, do Google, da Apple, da Adobe e por aí vai. Nosso guru Brian Solis apresenta o conceito de “digital darwinism” em seu último livro “The End Of Business As Usual”. O termo traduz esse novo fenômeno em que a tecnologia e a sociedade evoluem mais rápido do que a nossa capacidade de adaptação. E nessa a gente tem que rebolar”, afirma. Felipe Costa diz que um dos grandes desafios da Movimento Comunicação é filtrar tanta novidade – e não mais estar por dentro de todas. O empresário conta que são centenas de novas redes sociais crescendo pelo Mashable, diversas ferramentas de monitoramento apresentadas pelo Hubspot. “A nossa missão hoje é desenvolver processos de adesão a novidades que não gerem angústia e conhecimentos superficiais que não levam a nada. Essa é a nossa grande novidade.” Quando questionado sobre o que ele considera inovação no marketing digital, Felipe ressalta que depende do briefing, do cliente e com quem você vai falar. “De um modo geral, inovar para uma senhora de 60 anos recém-chegada na era digital é completamente diferente do conceito de inovação para um garoto de 15 anos, que já viu de tudo na web. Inovar é apresentar o caminho mais simples para o seu usuário alcançar o seu

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objetivo, desejo ou necessidade. Essa foi a conclusão de uma palestra dos CEOs do Forecast, RedRover, Ditto e Whim no SXSW 2012”, lembra. Para uma empresa realizar uma ação de sucesso no universo digital, o empresário defende que o primeiro passo é entender o problema do cliente e do target. “Perca boa parte do seu tempo desvendando por que o seu cliente precisa dessa ação de comunicação, qual a relação do target com a marca, porquê esse relacionamento precisa ser refinado e para onde vai dar continuidade. Ou seja, encontre a pergunta certa para achar a resposta exata. A partir disso, mergulhe nas ferramentas digitais e monte seu case”, orienta. Recentemente, as mídias sociais foram apontadas pelas empresas de comunicação como as principais áreas de investimento nos próximos cinco anos e que mais da metade dos entrevistados no estudo ‘World Newsmedia Innovation Study’ pretende fazer investimentos financeiros nas mídias sociais até 2017. Ao comentar o resultado da pesquisa, o outro sócio da Movimento, Franklin Costa, garante que é relevante para as empresas estarem presentes onde seu público está, mas faz um alerta importante. “Mais importante do que investir em redes sociais é dar um passo para trás e questionar o propósito de sua marca estar ali, a natureza das mídias sociais e da relação que você vai ter com seus fãs. Muitas marcas abrem uma página no Facebook sem uma estratégia definida, sem produção de conteúdo relevante, sem atualizações, ou ainda perfis no Twitter que existem apenas para duplicar os posts da fanpage. É um desperdício de energia”, acredita. Franklin compara o cenário do marketing digital brasileiro a um “oceano azul” de oportunidades. Ele conta que existem diversas iniciativas que procuram se estabelecer como fontes confiáveis de informações, mas ainda acredita que existe um longo caminho até este mercado se estruturar e amadurecer. “O problema é o tal ‘Darwinismo Digital’ que Brian Solis cunhou: as inovações digitais são muito mais aceleradas que a nossa capacidade de processar. Por isso vivemos na ‘era da prototipagem’. Não existe mais tempo


“Mais importante do que investir em redes sociais é dar um passo para trás e questionar o propósito de sua marca estar ali” Franklin Costa - pelo menos no marketing digital -, para pensar em planejamento e execução como etapas separadas de um processo. É preciso agir, testar e ajustar ao longo do processo. Claro, dentro de uma estratégia ‘macro’ que contemple diversos cenários.” Entre as tendências relevantes que devem perdurar em 2013, o empresário destaca: a crescente popularização da internet móvel (mais pessoas, mais velocidade); o estudo da segunda tela (como a TV e tablets/smartphones interagem); o amadurecimento do ROI digital; a maior preocupação com a qualificação das comunidades de fãs; redes sociais mais segmentadas etc. “Em minha opinião, o que deu certo este ano e que continuará com força serão os investimentos em conteúdo relevante. A maioria das empresas começou a entender que redes sociais e plataformas de conteúdo proprietários não existem para serem válvulas de escape de estratégias de marketing tradicional. A forma como elas se relacionam com o público neste meio é radicalmente diferente e exige um pensamento igualmente fora da caixa.” Em relação às diferenças de ações executadas entre pequenas e grandes empresas, Franklin Costa explica que o maior diferencial que uma empresa pequena pode ter diante das grandes é a relevância de seu conteúdo. “Para estratégias de SEO, ter um bom conteúdo, com as palavras chaves adequadas, consistência editorial e call to actions bem planejados podem ser sinônimo de bons resultados em buscas orgânicas, retenção, empatia e, por fim, ‘ação’ (compras). Grandes empresas estão preocupadas com números exorbitantes. Pequenas empresas podem se dar ao luxo de crescer com seus gestores ‘colocando a barriga no balcão’, isto é, gerenciando com cuidado os detalhes de sua estratégia, fazendo os ajustes necessários com velocidade e, muitas vezes, imprimindo um tom editorial próprio, reflexo da personalidade de seus fundadores ou principais gestores”, orienta. Nino Carvalho, coordenador dos Programas de MBA e PósMBA em Marketing Digital da FGV no Brasil, faz um alerta importante aos profissionais de comunicação e empreendedores na hora de atuar no chamado marketing moderno. Ele orienta que é necessário ter uma visão irônica do que acontece hoje. “Pela primeira vez e graças ao marketing na web e seus impactos, temos presenciado empresas não só pregar, como também praticar o que o marketing, de fato, sempre se propôs a oferecer, que é você se colocar no outro lado do balcão, ouvir o seu cliente, atender sua necessidade, colocá-lo em primeiro lugar.” O especialista cita o case da Mehant Rede de Hotéis, que utiliza uma forte estratégia de marketing focada nas mídias. Ele aconselha que o profissional de marketing digital deve entender bem o que é pensamento estratégico, conhecer e trabalhar a gestão de

marca e branding, marketing de relacionamento e de serviços. O mkt móvel (mobilidade) é a grande aposta e dica de Nino Carvalho. Ele explica que dentro do universo do marketing digital, uma parcela bem pequena utiliza internet nos dispositivos móveis como as empresas gostariam. Segundo ele, as pessoas aumentaram o consumo, porém em jogos e redes sociais. E é nesse quesito que ele chama atenção. “Infelizmente ainda dispensamos pouca atenção em relação ao benefício, que é o potencial da internet como ferramenta de inteligência competitiva. É preciso mostrar aos colaboradores que as ferramentas do mkt digital são aliadas para toda a organização, e não somente de promoção e comunicação, como muitos pensam. A internet, com sua possibilidade longínqua de, por exemplo, garimpar o perfil de um comportamento do cliente, permite nutrir toda a empresa sobre que tipo de produto deve ser lançado e em qual praça posso ter sucesso com determinado produto”, alerta. Ao falar de inovação, o coordenador de Marketing Digital da FGV garante que o assunto não pode competir a uma determinada área da empresa. Inovação, em sua visão, tem que estar entranhada no DNA da empresa. “Inovação no mkt digital é um processo muito mais lógico e racional do que soa. Nada mais é do que criar formas, utilizar a internet para entregar valor para o cliente de maneira que só a rede permite, de forma simplória. Se ofereço a possibilidade de um SAC ou de uma loja 24h, por exemplo, estou inovando, pois utilizo algo que só a internet pode me dar. Estou falando de conveniência, é pensar: como consigo levar mais valor e entregar mais.”

CENÁRIO NO BRASIL O especialista acredita que há muito a se descobrir ainda no país em relação a uma verdadeira experiência de mkt digital. Ele ressalta que o mercado brasileiro é extremamente imaturo.“O Brasil tem alcançado sucesso ao utilizar o potencial de comunicação, estamos conseguindo promover nossas marcas, somos reconhecidos por muitas delas, porém ainda estamos engatinhando no relacionamento. As empresas nem começaram a utilizar as informações que coletam no mundo digital para transformá-las em realidade. E isso é um problema, pois se eu não utilizo essa informação que tenho em mãos, como vou satisfazer a vontade do meu consumidor?”, questiona. As PMEs estão no caminho certo, na visão de Nino Carvalho. Elas já conseguem competir mais, possuem olhar correto, foco no cliente, mais agilidade na produção e entrega e adaptação às mudanças. “Outro ponto favorável é que se elas focam no cliente e no relacionamento, o alcance e impacto na internet são imediatos, pois estamos falando de propaganda espontânea e disseminação da informação. O relacionamento com a comunidade é imprescindível. Além disso, outros fatores contribuem para o sucesso das PMES, tais como a capacidade de começar quase do zero, a facilidade de não ter um legado problemático oriundo do offline etc.” Martha Terenzzo é especialista em inovação e marketing digital e defende que o foco do marketing moderno deve ser o mesmo do marketing clássico - atender e encantar as pessoas. Ela revela que estamos cada vez mais descrentes de marcas e empresas 92 > MARKETING | WIDE |

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e explica que a presença nas redes sociais não é marketing, é apenas presença, pois poucas se relacionam de fato estreitando laços com as pessoas. “Existe uma diferença entre inovar e ter novidades. Todos os dias teremos novidades, possibilidades de uso de QRcode cada vez maior, aplicativos integrados com mobile e Ipads/ notes/tablets. A tecnologia não vai parar, está em evoluindo a uma velocidade maior do que as pessoas podem absorver. Os aplicativos que auxiliam as pessoas a ganhar tempo e resolver problemas cotidianos são os grandes players do futuro. Diante desse cenário, é preciso separar Inovação tecnológica de Gestão da Inovação. A gestão para inovar pode ser feita desde a implantação de um atendimento melhor ao consumidor a uma nova tecnologia highend. Acredito que a inovação virá das empresas que souberem conjugar comportamento humano e inovação de processos”, afirma. Quando questionada sobre o que de fato é preciso para se realizar uma ação no universo digital, “Open Mindset” é o primeiro conceito que vem à mente da especialista. “Não estamos falando de um universo digital apenas, estamos lidando com novas formas sociais de relações e até antropológicas. As pessoas terão que mudar o mindset, pois estamos vivendo o início de uma nova Era. Como no passado vivemos a Revolução Industrial, agora estamos vivendo a Era digital. É apenas o começo, não acredito nos modelos de comunicação e marketing existentes simplesmente adaptados para o universo digital. Isso não existe, não estamos tratando de GRP’s, muito menos de custo por mil”, acredita. Segundo ela, a saída é pensar em influenciadores, evangelistas, engajamento, tempo, atenção etc. A visão de Martha é que uma ação para dar certo antes de tudo tem que se fortalecer como marca, pois há muito desperdício de investimento com ações spot que não engajam e se perdem em poucos dias. Sobre o modelo de investimento em mídias sociais praticado no Brasil, Martha Terenzzo diz que ainda vivemos a dicotomia de falar e fazer, e que por aqui ainda é pior, pois temos um sistema de comunicação na mão de três emissoras, as duas maiores editoras de revistas no poder de duas grandes corporações que detém também outras mídias. Lembra também que o Brasil ainda possui algumas agências de comunicação com modelos antigos de remuneração e que nos EUA isso pode e deve acontecer, inclusive pelo momento que o país vem passando, porém não é algo que aconteça com frequência em outros locais da Europa.

EXPERIÊNCIA EM MARKETING DIGITAL NO BRASIL A especialista é bem crítica à palavra experiência. Ela acredita que temos bons profissionais de marketing, que entendem de marcas e suas empresas, e que o meio digital é um mercado que crescerá de acordo com o cenário de comunicação no Brasil. Mas faz duras críticas em relação à gestão brasileira. “Enquanto tivermos quase um monopólio nas emissoras de TV e com grandes ‘espetáculos’ que entretém metade da população, seguiremos fazendo o ‘arroz e feijão’. Temos bons técnicos e bons profissionais de marketing - seja digital ou não -, mas os comandos na maioria das empresas praticam o tradicional. Gosto da série Mad Men, que demonstra um pouco como não

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mudamos muito, mudaram os meios de propagar, mas ainda praticamos a venda pela venda, o resultado pelo resultado, sem avaliar o verdadeiro share of heart e engajamento de cada pessoa. E sabemos fazer isso, porém infelizmente poucas empresas praticam o tema.” A Coca Cola é um dos cases preferidos de Martha. Segundo ela, a marca sabe lidar com o digital e é referência para inovar, sempre uma trendsetter. “Ela trata o tween digital com game, o esportista nos eventos, a massa na TV, o first adopter em meios diferentes como mobile e redes sociais para jovens de 10-14 anos. Ou seja, sempre vejo ações assertivas que envolvem e engajam. Já as mais novas, vejo algumas empresas brasileiras ingressando de forma positiva no e-commerce, a exemplo da Arezzo, que sequer tinha seu site ou presença em redes sociais etc. Porém, há casos desinteressantes também. Recentemente reclamei no Facebook com uma marca que estava literalmente ‘maltratando’ o consumidor. Nada aconteceu, sequer houve resposta. De que adianta estar nas redes se você não se relaciona? Isso que está acontecendo é péssimo para o mercado, para todos os negócios, é como possuir diversos ícones mostrando: olha, nós somos modernos, até Twitter já temos”, ironiza. Em relação às tendências para 2013, ela aposta em neuromarketing, netnografia e storytelling como temas macro para as empresas se relacionarem no universo digital. Martha acredita que a inclusão digital continuará crescendo e teremos mais pessoas acima de 40 anos usando tecnologia ao longo dos próximos anos. “Como nossa pirâmide de faixa etária vai se alterar, invertendo o padrão de consumo, é importante pensar no básico também, ou seja, quem serão as pessoas que usarão o e-mail? Não acredito que ele morra, acredito que ele mude de mãos. Outro fator que deve continuar e aumentar é a educação a distância (EAD), as escolas públicas começaram a se adaptar com tablets e notebooks. Hoje é possível ter métodos como Khan aqui no Brasil, simples, gratuito e traduzido”, finaliza.


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Ex-Lover Blocker “Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitirine, ele nem vai valer R$ 1,99...” (Trecho da música Ex my Love, da cantora Gaby Amarantos) A DM9DDB é uma das maiores e mais premiadas agências do Brasil. Recentemente, a campanha “Ex-Lover Blocker”, do Guaraná Antarctica, protagonizou verdadeiro sucesso nas redes sociais, mídias interativas e em sua plataforma mobile. A criação do aplicativo contra recaídas amorosas – repleta de promoções no Facebook e merchandising na TV com muito bom humor e originalidade atingiu bem o seu jovem target. 84

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CAMPANHA

+ conteúdo para tablets

Para a equipe de criação da DM9DDB, o maior desafio foi criar um aplicativo divertido e que envolvesse os amigos ao mesmo tempo. Todas as áreas foram envolvidas e a equipe trabalhou em conjunto para que o aplicativo funcionasse da melhor maneira possível. A estratégia da DM9DDB foi seguir a característica da marca: ajudar os amigos. A agência entende que cada vez mais marcas procuram explorar o mercado de smartphones para marcarem presença nessa vertente que já faz parte do cotidiano da população e conseguiu excelente retorno em suas ações.

O aplicativo funciona assim:

Sobre a DM9DDB Presidida por Sergio Valente, são dela quatro títulos de Agency of The Year, 2 Grand Prix e mais de 100 Leões do Festival Internacional de Cannes. Com destaque em todas as premiações nacionais e internacionais, está entre as cinco maiores agências do País. Aliada a seu alto potencial criativo, tem como marca a busca por resultado do cliente com as melhores ações on e offline. A agência possui 300 funcionários no Brasil, é integrante da holding ABC de Comunicação e faz parte da DDB Worldwide, que tem mais de 200 escritórios distribuídos por 90 países trabalhando em sinergia para uma carteira de clientes diversificada. Seu trabalho reconhecido permite aliar sucessos de público e crítica em campanhas para clientes como Amanco, Brastemp, C&A, Cia Athletica, Consul, Guaraná Antarctica, Brinquedos Estrela, Intel, Itaú, Sadia, Terra, Vivo, Tok&Stok.

1. Você escolhe o contato da sua ex na agenda e bloqueia; 2. Escolhe até 5 amigos para ficarem de olho em você; 3. Se tentar desbloquear o contato da ex, o aplicativo impede a ligação e manda um aviso para seus amigos, que têm 2 minutos para ligar para você; 4. Se você não atender a ligação dos seus amigos e ligar para o ex mesmo assim, o app publica seu erro no Facebook.

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Raphael Vasconcellos: o diretor criativo do Facebook Raphael Vasconcellos é um profissional reconhecido no mercado publicitário brasileiro, que tem formado e revelado grandes especialistas. Nesta entrevista, ele fala sobre o desafio de deixar a AgênciaClick após 12 anos e integrar o Facebook, seu novo escopo de trabalho, preparação de jovens para o atual mercado digital, inovação nas campanhas, cenário criativo, entre outros assuntos. Confira! 86

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MARKETING

WIDE: Como foi encarar o desafio de deixar a AgênciaClick e aceitar o convite de ser o novo diretor do time de creative solutions do Facebook na América Latina?

internacionalmente. Como preparar melhor esses jovens que ingressam nas universidades em busca de grandes cargos e reconhecimento mundial?

RAPHAEL: Confesso que no início senti frio na barriga, mas aprendi que isso é um bom sinal, pois você está saindo da zona de conforto e se desafiando a ser uma pessoa e profissional melhores. O Facebook já era uma empresa que admirava e depois que passei a enxergá-lo por dentro, o admiro ainda mais, me sinto abençoado por ter essa chance de colaborar com um projeto tão ambicioso.

RAPHAEL: Vejo dois caminhos: estudando e experimentando. Como área do conhecimento, a comunicação digital ainda é muito nova, com pouca fundamentação teórica, pouca pesquisa e poucos trabalhos de laboratório. Quem trabalha – ou quer trabalhar nessa área – deve estudar sempre, buscar diferentes opiniões sobre “as verdades” da área e exercitar a crítica. A maior armadilha para esse novo profissional é se acomodar junto com a tecnologia: quando você acha que domina a tecnologia, ela fica obsoleta e você corre o risco de também ficar junto com ela. E o segundo caminho é o da experimentação: acredito no poder das ideias realizadas. Não existe melhor caminho para o jovem que busca ser um profissional de sucesso do que tirar suas ideias do papel – ou do PPT – e colocá-las para enfrentar a vida real. Cargos e sucesso devem ser a consequência dessa busca e não uma busca cega.

WIDE: Como é o seu escopo de trabalho no Facebook? Ele é muito diferente do que você vinha desenvolvendo nas agências? RAPHAEL: O que faço agora no Facebook é só um pouco diferente do que fazia, pois continuo trabalhando com construção de marcas no ambiente digital, que é o que gosto de fazer. Uma grande mudança é que agora estou focado em uma única plataforma. Isso me dá a chance de explorar melhor o Facebook, entender suas nuances e estudar os detalhes do design e da propaganda social – demandas que não conseguia tocar na agência, já que lá eu estava focado em encontrar uma melhor composição criativa de todos os canais que o digital oferece.

Logo quando você anunciou sua ida para a empresa de Mark Zuckerberg, você disse que acreditava que a Organização era um território meio verde (pelo lado da criatividade). Sua avaliação mudou? WIDE:

RAPHAEL: Ao chegar ao Facebook, minha avaliação inicial se confirmou: a empresa ainda tem muito espaço para a realização de um bom trabalho publicitário. Como o Facebook é muito dinâmico e a plataforma muda com muita velocidade, sempre existe oportunidade para se entender as novas funcionalidades e conceitos da rede social e criar ideias para as marcas.

WIDE: Segundo Fábio Coelho, presidente do IAB e do Google Brasil, as 100 maiores empresas do país investem 13,4% de suas verbas publicitárias no meio digital. Como profissional atuante em comunicação digital, como você analisa esse mercado hoje? RAPHAEL: Vejo as marcas amadurecendo sua atuação no cenário digital, realmente tudo ainda é muito novo, mas quem faz um trabalho sério nesse meio já começa a colher os bons resultados. Como estamos caminhando, como sociedade, para um mundo cada vez mais digital, essa relação com o meio – junto com seu investimento de marketing – só tende a crescer. WIDE: Está mais do que provado que o mercado publicitário brasileiro conta com profissionais reconhecidos nacional e

WIDE: Você faz parte da chamada quarta geração de líderes criativos que ganhou visibilidade, que é composta ainda por grandes nomes como Mauro Cavalletti, PJ Pereira e Ricardo Figueira. Como é estar nesse patamar de reconhecimento? RAPHAEL: Desafiador, pois não consigo enxergar esse sucesso todo: continuo tentando me motivar todos os dias a fazer um trabalho melhor, em ser uma pessoa melhor e em me sentir mais realizado. Meu maior desafio é alcançar meu próprio nível de exigência: nem sempre consigo. Tive a sorte de trabalhar com esses grandes criativos, mas o melhor é que ainda hoje nos falamos frequentemente. Há algumas semanas visitei o PJ em São Francisco, tomei um café com o Mauro na semana passada e acabo de falar com o Ric pelo Facebook. Talvez ter acesso a essas pessoas e a tantas outras pessoas geniais que estão hoje no mercado, seja o que você chama de reconhecimento.

“A maior armadilha para esse novo profissional é se acomodar junto com a tecnologia: quando você acha que domina a tecnologia, ela fica obsoleta e você corre o risco de também ficar junto com ela” 92 > MARKETING | WIDE |

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MARKETING

WIDE: Você já foi palestrante do EDTED e rodou 10 capitais com a Arteccom, sempre falando sobre tendências relacionadas à Comunicação Interativa. De lá para cá, quais são as evoluções dessa comunicação e o que você considera que precisamos evoluir para, de fato, vivenciarmos uma comunicação de interação?

WIDE: Com a multiplicação de plataformas, vivenciamos um processo em que os profissionais de tecnologia nas agências são também tomadores de decisões. Nesse sentido, qual a importância de equipes integradas com especialistas técnicos e com conhecimento avançado de software, preparados para conceber as campanhas?

RAPHAEL: Desde minha participação no EDTED, muita coisa mudou. Não dá pra medir a relevância dessas mudanças apenas nos números de anos que se passaram, mas sim na profundidade que as mudanças tiveram na vida das pessoas: a tecnologia móvel, as redes sociais, o número de pessoas conectadas, a convergência entre os meios realizada pelas mãos das pessoas - são tantas as mudanças que não consigo montar uma lista completa, mas essa pequena relação que acabo de fazer já demonstra que nossa maior virtude para viver nesse tempo deve ser a constante capacidade de nos adaptar ao que vier por aí.

RAPHAEL: Nesse mundo digitalizado em que vivemos, o profissional de tecnologia já é fundamental para fazer ideias circularem. Eles sempre foram tomadores de decisões, profissionais fundamentais para chegarmos onde estamos e por quem eu tenho grande admiração. Sempre que posso, convido meus colegas da tecnologia a refletirem se – assim como os criativos passaram a entender um pouco mais da tecnologia para realizar seu trabalho – eles também poderiam melhorar sua capacidade de comunicação e transmissão das suas ideias dentro das empresas em que atuam. Veremos profissionais de tecnologia em cada vez mais diferentes tipos de organizações e acho que sua importância no sucesso dessas empresas exigirá que saibam traduzir sua arte em uma linguagem que mais pessoas entendam.

WIDE: Você foi um dos convidados do painel “Criatividade: ei, ela está em todas as partes”, no Wave Festival 2012. Lá, mencionou que a publicidade não deve se contentar com a série de “nãos” que podem surgir nas diversas etapas do processo criativo. Como pensar, “quebrar a cabeça” e se reinventar para colocar na rua campanhas que mexam com o consumidor? RAPHAEL: Procurando entender esse mundo louco pelo olhar do consumidor. É ele quem faz a revolução, quem cria os hábitos, quem decide que uma rede social deve morrer e outra deve prosperar – não os publicitários. Nosso papel é observar, analisar, experimentar e criar. Temos nossos pré-conceitos, nossas prioridades, vaidades e também somos consumidores, mas mexer com o consumidor começa com um exercício de desapego e depois de generosidade, em dar o melhor do seu trabalho em favor do outro.

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WIDE: Em relação à inovação, estamos no caminho certo ou ainda falta muito para alcançarmos o status de país inovador em criação? RAPHAEL: Temos o talento, mas não a estrutura, que começa no ensino de qualidade, passa por uma cultura que valoriza o conhecimento, terminando em um mercado extremamente profissional. Teremos sempre alguns indivíduos inovadores e criativos, mas ser um país inovador exige mais da nossa coletividade. Temos que continuar buscando a inovação, por mais distante que ela pareça estar.


Web fora da caixa

René de Paula Jr.

Como ter dez anos a menos Essa história de ter quarenta e tantos (ou quase oito, no meu caso) é bem arriscada. Se eu por acaso estiver me sentindo meio esquisito e abrir meu coração por aí, vou ouvir um pouco de tudo: vai ter gente jurando que eu pre-ci-so ou de uma Harley, ou de viagra, ou de yoga, ou de uma bike, ou de viagens, ou de “viagens”, ou de um mapa astral, ou de botox, ou de um cartão platinum, ou de um mini-cooper, ou de uma periguete, ou de saltar de para-quedas, ou de fazer o caminho de Santiago, ou de fazer uma tatoo, ou de fazer mais sexo, ou de fazer menos sexo... Em suma: se eu der ouvidos a cada um deles fico louco (e pobre). Se eu escolher um conselho só, também estou frito (e pobre). Meiaidade é um perigo, meus caros, por isso sou meio velho desde pequeno e, juro, juro, juro, estou achando legal ficar grisalho. Clientões estão numa situação parecida. Tenho conversado com vários e o perigo é parecido: todos querem se sentir mais joviais e inovadores e sexy e “aggiornati” etc etc etc, mas dependendo de quem consultarem vão acabar parecendo o Zé Bonitinho. (Ok, Ok, entreguei a idade de novo). A coisa é séria, problemática mesmo, e está piorando de uma maneira muito...criativa (como sempre, somos criativíssimos para manter as coisas rigorosamente na mesma). Se você se lembrar dos meus artigos mais recentes (e não se avexe caso não lembre, eu também não lembro nada), a tônica era mais ou menos a mesma: o digital se fragmentou, quebrou em pedaços e especialidades e cada um vai vender o que lhe rende mais grana, sem levar em conta o problema de negócios de quem paga a conta. Esse meu discurso ficou velho (well, eu também). A moçada descobriu que outra maneira de fazer grana era fazer muito barulho, e já que não ligavam mesmo pro ROI (Return Over Investment), partiram pro BOI (Buzz Over Investment) e saem por aí com vários cases espalhafatosos pendurados no pescoço. Pronto, fez-se a confusão. Comparando com a balada (ouvi dizer, um amigo foi, eu não frequento, tenho medo inclusive), é difícil saber quem ali está procurando um relacionamento longo e construtivo e quem, well, é do milenar segmento do on-demand/ instant-gratification/ what-you-see-is-what-you-get/ pagou-levou/toma-lá-dá-cá. Batendo o olho, não dá pra distinguir. Ainda mais no escuro com luz piscando (vi na TV um dia). O que salva a pátria é uma das poucas coisas que melhoram com a idade: o papo. Se o primeiro assunto for quanto você tem para gastar, corra, você tem muito a perder, pois bons parceiros perguntam primeiro o que o outro deseja, o que o outro precisa, o

que o outro quer ganhar. Ok, eu percebi, ficou meio melosa essa história, parece papo de aranha, mas o que clientes e consumidores e cidadãos precisam é disso, de relacionamentos que constroem, que crescem e tal. Precisamos do que tem futuro. Pegação e aventuras são legais quando você é moleque, e isso dura pouco. Pense bem: depois dos 25 você vai passar uns bons 60 anos como ex-jovem ;) E falando como ex-jovem assumido, talvez seja a hora de todos assumirmos que essa pegada for-ever-young não vai levar o mundo muito longe. Eu sei que a palavra sustentável já virou chiclete velho de tanto ser mascada sem ninguém engolir, mas o único aspecto sustentável dessa levada teen-geração-Ymillennial é que é fácil ser aventureiro quando papai sustenta. Tirando esse 1% com pai-trocínio, os outros 99% têm que pensar como gente grande. Quer um exemplo? Acabamos de passar quase 10 anos como o país mais sexy, promissor e bacana do planeta. O mundo inteiro se encantou conosco, fomos capa de revista e tudo. Não sei se você lê jornal (o tiozinho aqui lê todo dia), mas os bons tempos passaram. Literalmente, temos hoje 10 anos a menos. Aproveitamos a oportunidade? Não. A única coisa que todo mundo fez foi dívidas, mas pelo menos crediário e cartão e cheque sem fundo são problemas pessoais. O que me preocupa mesmo é nossa dívida com o futuro, com os próximos jovens que vão olhar pra trás (e pra mim e pra vocês) e vão dizer: onde vocês estavam com a cabeça pra deixar pra gente um mundo zoado? Por que vocês gastaram tanto tempo e dinheiro com coisas descartáveis, questionáveis, esquecíveis, imperdoáveis? Os lixões do mundo estão aí pra provar: nada dura mais do que o descartável. E se você acha que fazer coisa descartável em digital é diferente porque formatou, tá novo, pense duas vezes: tempo não tem refil e oportunidade perdida não é reciclável. E pra quem depende de campanhazinhas e açõezinhas e buzz e piruetas e promoções e sorteios, fica a dica: viagra é poderoso, mas só por duas horas e pode dar uma dor de cabeça danada. Ouvi dizer, claro.

René de Paula Jr. É profissional de internet desde 1996 e passou pelas maiores agências e empresas do país: Wunderman, AlmapBBDO, AgênciaClick, Banco Real ABN AMRO, Microsoft Brasil. É criador da “Usina.com”, portal focado no mundo online, e do “Radinho de pilha” (www.radinhodepilha.com), comunidade de profissionais da área. Atualmente, trabalha na CUBOCC como diretor de new business. E-mail: renedepaula@gmail.com

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MARKETING

Marketing de conteúdo Bruno Rodrigues

A consistência do conteúdo A relação do redator com a escrita deve ser como a de um casamento que deu certo: o cônjuge é o mesmo ao longo dos anos, mas a própria relação, assim como o casal, muda a cada dia. Para manter a ‘chama acesa’ é preciso acompanhar a roda do tempo, correr atrás das transformações e se adaptar.

ISSO, CLARO, SE VOCÊ DESEJA MANTER A RELAÇÃO.

Para muitos redatores, redigir é quase como criar literatura, e para estes um texto só é texto se tem estilo, marca, emoção e impacto. E ponto final. Se um texto não é assim, não é texto. A questão central, aqui, é que um texto, veículo de uma informação, deve se adaptar a cada mídia, e a mídia digital nunca foi, desde o início, lugar para ‘literatura’ - salvo, óbvio, quando o conteúdo em questão é um livro. Ano a ano, bem sabemos, o usuário exige cada vez mais objetividade, informação certeira, conteúdo sem rodeios. Consistência, portanto. O redator que deseja ter sucesso com conteúdo na web precisa entender que a paixão, aqui, deve ser pela própria informação, seja ela texto ou itens listados em uma página. A transformação é esta: entender que a missão de comunicar e persuadir por meio da palavra continua intacta, mas o mundo mudou, o público também, e a mídia pede que você mude junto. Se o redator conseguir imprimir estilo, marca, emoção e impacto ao texto, é consequência – e prova de experiência. Bingo! Mas ser consistente, na mídia digital, é antes de mais nada oferecer mais com menos – o que é bem diferente do papo clichê de mesa de chope de que ‘texto na web tem que ser curto’. Nada mais velho, ultrapassado, antigo – o buraco é tremendamente mais embaixo e não tão simples assim. COMO SER CONSISTENTE, ENTÃO?

. Atenda às exigências de Experiência do Usuário (User Experience) Criar uma informação para um site é trabalhar para que ela faça parte das ações que garantem ao usuário a melhor experiência possível – as famosas recomendações de User Experience, portanto. Pensar bem a boa usabilidade de um texto é indispensável, e tornar sua leitura confortável é o ponto de partida. Para

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“A missão de comunicar e persuadir por meio da palavra continua intacta, mas o mundo mudou, o público também, e a mídia pede que você mude junto”

começar, crie tópicos quando a informação for uma lista, não a enumerando em um texto corrido; desmembre o que seria um parágrafo em dois – trabalhe a ideia de chunks, pedaços; grife em negrito a palavra-chave, a expressão-chave ou o trecho-chave de um parágrafo para facilitar a indexação (pelos olhos e o modelo mental). Estas dicas compõem apenas o capítulo 1 das técnicas de redação utilizando recursos de legibilidade em tela que têm origem no design. Há muito mais, vale procurar. . Atenda às exigências do Google Precisa explicar o por quê? Você já sabe, e por isso valorizar mais a escolha da palavra certa do que a elaboração de uma bela frase é ponto pacífico: os buscadores só irão encontrar seu texto e indexá-lo corretamente se você ajudar. Pesquise, antes de tudo, se o título do texto é único na web, e se não for, torne-o; cerque o universo semântico do assunto em questão e use e abuse de sinônimos de amplo conhecimento; continue a grifar em negrito os elementos-chave de cada parágrafo – como você pode ver, recurso útil tanto em usabilidade como para SEO. Recusar-se a se adaptar às exigências do Google pode ser até romântico – algo como ‘resistir, sempre!’ -, mas não ajuda em nada na encontrabilidade do conteúdo. Aliás, a grande maestria em webwriting é conseguir produzir um ótimo texto (com estilo, emoção & cia) que atenda a maioria dos parâmetros dos buscadores. . Atenda às exigências do que, de fato, é informação O mais terrível dos enganos é um redator ter certeza de que entende o que é informação – ao achar, por exemplo, que informação é sinônimo de dado. A saber: a um conjunto de dados dá-se o nome de informação, e justamente pela junção de dados que se constrói a contextualização da informação. Não é difícil de entender, só é preciso se dispor a parar e pensar – e não achar que o que se tem a fazer para entender mais sobre informação é apenas escrever. Além disso, o redator – ou gestor da informação digital, já que informação é mais que texto – deve ter noção de seu papel de ‘agulha’ no processo de elaboração da ‘tapeçaria’ que é o conhecimento, sendo ‘conhecimento’ a junção de informação + informação a partir da necessidade do usuário. ‘Precisa saber disso tudo?’ – sim, precisa.

. Atenda a exigências Regras: é bom ir se acostumando a segui-las. Na busca da consistência do conteúdo são elas a dar as cartas. Sejam de Usabilidade, SEO, Teoria da Informação ou Acessibilidade – ou você não irá se preocupar em tornar a informação acessível aos deficientes visuais e auditivos? -, as regras norteadoras do conteúdo vieram para ficar. Afinal, o que queremos não é focar no usuário? Em duas décadas de web, já sabemos que esse é o segredo do sucesso. Então, una o conhecimento de regras ao seu talento e siga em frente – sempre sabendo que, ali na esquina, surgirão novas ideias, novas descobertas e, claro, novas regras.

Para conhecer mais sobre meu trabalho, meus livros, cursos e treinamentos para empresas, visite www.bruno-rodrigues. blog.br; para me seguir no Twitter, sou @brunorodrigues; no Facebook estou em www.facebook.com/brunorodrigues.fb. Se ainda não conhece, vale a pena checar o padrão brasileiro de redação online que elaborei para o Governo Federal: ‘Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação Web’. O material é gratuito e está na web, basta checar no Google.

Bruno Rodrigues Consultor de Informação e Comunicação Digital, autor do primeiro livro brasileiro e terceiro no mundo sobre conteúdo online, Webwriting – Pensando o texto para a mídia digital (2000), de sua continuação, Webwriting – Redação & informação para a web (2006), e de Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação Web (2010), padrão brasileiro de redação web. Já ministrou treinamentos em Webwriting e Arquitetura da Informação para mais de trinta empresas do Brasil e do exterior. Site: www.bruno-rodrigues.blog.br E-mail: bruno-rodrigues@uol.com.br Twitter: @brunorodrigues

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e-commerce

Excelência em

E-commerce O ano era 2003 e nascia a Ideais. Com uma proposta muito simples conceitualmente, porém ambiciosa na prática, a empresa vem ganhando espaço e destaque pela prestação de serviços de TI em alto nível de qualidade e desempenho. Para falar sobre esse case de sucesso, convidamos João Machado, sócio-fundador e diretor de Tecnologia da Ideais. Na oportunidade, ele falou sobre a experiência em e-commerce adquirida ao longo dos últimos anos e com grandes empresas, cenário atual, diferenciais e desafios.


E-COMMERCE

WIDE: A equipe da Ideais participou do desenvolvimento dos maiores e-commerces do Brasil como Americanas.com, Shoptime e Submarino. Conte-nos como surgiu a oportunidade de atendê-los. JOÃO MACHADO: Tudo começou há mais de seis anos, quando a Americanas.com resolveu modernizar sua base tecnológica, fazendo sua migração para ferramentas mais atuais, basicamente Java J2EE. A Ideais tinha domínio da tecnologia escolhida para tal modernização e, junto com outros fornecedores, fomos escolhidos para prestar alguns serviços. Começamos bem pequenos e fomos crescendo ano após ano com uma estratégia clara de nos consolidarmos dentro do cliente. Nesse meio tempo a Americanas. com adquiriu o Shoptime e depois fez a fusão com o Submarino, originando a B2W. Todos esses acontecimentos geraram oportunidades e ficamos sempre muito atentos a elas. O nosso grande diferencial dentro da B2W sempre foi procurar sermos mais do que uma fábrica de software. Queríamos realmente entender do negócio. Assim, a cada job fomos aprendendo mais sobre como funciona o e-commerce na prática, diretamente na “fonte” e com os melhores “professores” do mercado.

ENTREVISTA

tradicional, no e-commerce a TI não pode ser vista como commodity em hipótese alguma. Ela precisa ser levada a sério com investimentos qualificados e pessoas capacitadas. Com isso, teremos sistemas que atendam as necessidades das equipes comerciais, marketing, logística etc. Por outro lado, a TI deve entender que seu papel é fornecer subsídios para que a loja consiga trabalhar de forma a maximizar as vendas e impulsionar seu crescimento. A relação entre TI e outras áreas das empresas sempre foi complicada, mas, para que se obtenha sucesso no segmento de e-commerce, é vital que esse equilíbrio seja atingido. Sobre o mercado brasileiro, existe um processo de ascensão e amadurecimento. O mundo já olha para cá e vê grandes oportunidades de negócio pelo momento que o país vive e pela inserção do consumidor no mundo digital – onde se inclui o comércio eletrônico. Por outro lado, sobretudo no mercado brasileiro, cabe a nós olhar um pouco mais para o que acontece lá fora, especialmente o que ocorre no mercado norte-americano, e acelerar esse amadurecimento. Além da pulverização e verticalização citadas anteriormente, tendências como Flash Sales, modelos de assinaturas, entre outros, devem começar a crescer aqui no Brasil.

“Sabemos que a tendência do mercado é a verticalização das lojas e pulverização do market share, assim como ocorre nos EUA”

WIDE: Como foi o desafio de colocar o conhecimento adquirido ao longo de anos e adaptar o que existe de melhor para os pequenos e médios varejistas? JOÃO MACHADO: Depois desses anos trabalhando com marcas tão expressivas criamos a nossa própria base de conhecimento sobre e-commerce e sobre o papel que podemos desempenhar no setor. Nossa estratégia de entrar no mundo do cliente (fazemos isso em todos os nossos clientes) nos deu um know-how que dificilmente uma empresa de TI, com mais de 100 desenvolvedores, possui. Aliado a isso sempre observamos o mercado brasileiro e ficamos atentos ao crescimento das vendas online. Sabemos que a tendência do mercado é a verticalização das lojas e pulverização do market share, assim como ocorre nos EUA. Juntando tudo isso, identificamos uma enorme oportunidade e há um ano começamos a desenvolver a nossa própria ferramenta para atender aos varejistas. WIDE: Em todo este tempo, quais foram os principais ensinamentos que obtiveram e como está o mercado de comércio eletrônico no Brasil atualmente? JOÃO MACHADO: Ao longo desses anos tivemos vários ensinamentos, mas talvez o principal deles seja que lugar a TI deve ocupar dentro do comércio eletrônico. Diferente do varejo

WIDE: Logo quando o comércio eletrônico começou a aparecer com mais destaque, especialistas acreditavam que o e-commerce substituiria as vendas em ambientes físicos. Porém, outros defendiam que o setor não se sustentaria, uma vez que o consumidor gosta de ir às compras, de experimen-

tar as sensações, tocar, sentir e tomar posse. Você acredita que hoje há um certo equilíbrio entre esses dois cenários? JOÃO MACHADO: Existe espaço para os dois modelos e esse tipo de equilíbrio pode variar de acordo com as tendências de cada momento. Por exemplo: tempos atrás, muitos (inclusive eu) achavam que vender roupas pela Internet seria algo bem complicado. Assumíamos que o cliente gostava de experimentar, sentir a roupa ou calçado antes de efetivar a compra. Esse tipo de premissa não se concretizou e hoje temos visto muitas lojas de roupas do varejo tradicional indo para o mercado online. Empresas como a Zappos, nos EUA, e NetShoes, no Brasil, mostraram que é possível vender roupas e acessórios com sucesso e abriram caminho para outras marcas. Mas o comércio online nunca vai acabar com os shopping centers e o prazer de comprar pessoalmente. Entendeu-se que esses mercados não são nem precisam ser excludentes entre si. Pelo contrário, serão mais efetivos se reforçarem-se mutuamente. 92 > E-COMMERCE | WIDE |

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E-COMMERCE

WIDE: Outra questão bastante comentada é a dificuldade de encontrar bons profissionais de e-commerce no mercado. Como vocês preparam internamente esses colaboradores? JOÃO MACHADO: Acho que é um problema mais abrangente do que simplesmente no e-commerce. Toda nossa área sofre com a dificuldade de encontrar bons profissionais no mercado e mais ainda se forem especializados. O que optamos foi por formar as pessoas. Contratamos os profissionais mais “crus” e os treinamos para exercer suas funções em alto nível. Vejo o mercado, de uma forma geral, preocupando-se mais em contratar pessoas formadas ao invés de investir na sua formação. Essa é uma tendência que precisa ser revertida em todas as áreas. Só assim o mercado vai crescer e acompanhar o ritmo que se espera do país. Quanto mais profissionais qualificados, melhor para todos. WIDE: E a questão do marketing para o e-commerce, como ele deve ser planejado para que as vendas se concretizem? Que recursos/ ferramentas trazem melhores resultados?

WIDE: Ao utilizar o conceito de Responsive Design, maior atenção à usabilidade e front-end, a empresa mostra que está atenta às tendências, que se preocupa em manter-se em constante evolução. Quais são outras técnicas/metodologias | WIDE | 92 > E-COMMERCE

JOÃO MACHADO: Sim, estamos atentos. Como dito anteriormente, é preciso prestar atenção no consumidor, e é isso que estamos fazendo quando temos esse tipo de preocupação. Vivenciamos a transição dos sites em tabelas para os web standards, a tentativa de se criar uma padronização de semântica por meio de microformatos, o surgimento de conceitos como AJAX, Web 2.0. Mais recentemente, incorporamos à nossa rotina de trabalho iniciativas como HTML5, CSS3, RDFa, processadores de CSS etc. No que diz respeito à usabilidade, utilizamos técnicas como card-sorting, avaliações heurísticas e entrevistas com usuários. Também temos uma preocupação grande com a acessibilidade de nossos projetos, o que nos leva frequentemente a realizar testes em dispositivos dos mais variados tipos, alguns deles bastante limitados, tais como leitores de tela e navegadores de texto.

“O que optamos foi por formar as pessoas. Contratamos os profissionais mais “crus” e os treinamos para exercer suas funções em alto nível”

JOÃO MACHADO: A melhor estratégia vai depender de uma série de fatores a serem considerados, como: o que e para quem se vende, budget disponível, penetração da marca etc. Recursos como Search Engine Optimization (SEO) e Search Engine Marketing (SEM) tendem a ser bem escaláveis e a ter um bom retorno na geração de fluxo para o lojista, com uma relação custo x benefício bastante interessante. Funcionam muito bem na atração de público, mas por outro lado, não ajudam muito no que diz respeito à fixação da marca. As redes sociais, por serem pulverizadores de imagem de marca e até mesmo de prestação de serviços, também são ótimos recursos. Com essas mídias a todo vapor, fortalecendo e ampliando o poder da opinião do indivíduo e com a mídia cada vez mais pulverizada, acredito até que a propaganda tenda a perder importância para a publicidade espontânea. Seja na construção de uma boa ou de uma má reputação de marca. Assim, acredito que o ponto de partida de qualquer estratégia de marketing, seja ela online ou offline, deve estar no desenvolvimento de um ótimo produto ou serviço e no estabelecimento de uma relação aberta com o consumidor por meio de uma clara proposta de marca. Não existe bom marketing sem um bom produto. É preciso prestar atenção no consumidor e aproveitar todas as oportunidades (que no meio digital, sem os recursos do contato pessoal, são mais escassas) de encantá-lo.

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que a Ideais utiliza em seu escopo de trabalho?

WIDE: Muitos dizem que as plataformas open source são “grátis” e, por isso, são uma boa opção para uma pequena empresa iniciar no e-commerce. Isso é verdade ou é necessário desmistificar a cultura do “é fácil” e do “basta um clique e pronto”?

JOÃO MACHADO: As plataformas open source não possuem custo de licença, mas estão longe de serem grátis. Muitas vezes produtos assim possuem um custo final até maior, pois precisam de profissionais de TI que cuidem das customizações necessárias, além do investimento relativo ao DataCenter onde a loja virtual ficará hospedada. Soluções open-source podem ser boas para empresas maiores que possuem departamento de TI atuante. Para empresas menores e novos entrantes no mercado, recomendo o uso de soluções SaaS (Software as Service) especializadas em e-commerce. Tipicamente esse tipo de solução possui um custo inicial menor e pode ajudar o lojista a experimentar seu mercado sem grandes investimentos que sejam difíceis de se recuperar. Chamo esse caminho de Lean E-Commerce (seguindo a tendência do Lean Startup), onde o lojista começa a testar sua loja e suas hipóteses comerciais de forma rápida e com pouca injeção de capital. À medida que sua loja vai dando certo ele aumenta o nível de investimento, eventualmente alterando suas ideias iniciais. WIDE: Especialistas e consultores costumam dizer que uma plataforma de e- commerce deve ser flexível, o que significa isso? JOÃO MACHADO: A flexibilidade tem a ver com a necessidade de cada loja se diferenciar no mercado de alguma forma. E aí voltamos ao que foi dito anteriomente de que não existe fórmula pronta para um site de e-commerce. É preciso respeitar particularidades. Além disso, faz parte da nossa crença a premissa de que os desenvolvedores de plataforma, como nós,


não conhecem todas necessidades do lojista, uma vez que não enxergam o negócio de dentro para fora. Assim faz parte da nossa metodologia apresentar opções para que ele escolha o melhor caminho para o negócio dele naquele momento. Existem vários pontos de flexibilização: desde o layout, até a escolha dos tipos de pagamento ou das formas de entrega. Existem negócios, por exemplo, onde faz mais sentido só aceitar cartão de crédito e outro que não consegue entregar pelos correios, pois seus produtos são muito grandes. Uma plataforma deve estar preparada para todos esses cenários. WIDE: Para finalizar, o que cada perfil de loja precisa levar em conta na hora de escolher uma plataforma? JOÃO MACHADO: Acho que para quem está iniciando, minha dica seria: comece pequeno. Formule ideias e hipóteses e teste antes de investir muito. O seu caminho pode mudar e isso pode ser frustrante se você gastou muito. Siga o padrão das técnicas Lean. Evite desperdícios. Há alguns anos era muito caro abrir uma loja online, mas com a queda dos preços e a maturidade das plataformas faz sentido começar pequeno e ir crescendo aos poucos. Além disso, use uma plataforma que te ajude no dia-a-dia. As operações diárias em uma loja são necessárias, pois a loja não vive sozinha. O operacional precisa ser simples e rápido. A plataforma precisa te ajudar em questões como precificação, promoções, alterações de produtos etc. Finalmente, escolha a ferramenta que te dê mais segurança em relação ao seu crescimento futuro. Não adianta o lojista começar pequeno e depois, quanto tudo der certo, identificar que a plataforma não suporta mais o seu negócio. A ideal será aquela que consiga sustentar sua loja em todo o ciclo de crescimento.

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E-commerce apresenta seu novo público: a cla$$e A revista Wide mergulha no mundo da classe C. É fato que o comércio eletrônico definitivamente decola como atraente opção de negócio no Brasil. O crescimento desse setor tem muito a ver com a melhora no poder de compra da população brasileira. Porém, junto com a euforia das melhores condições de vida e o maior poder de consumo, vêm também as dívidas. 96

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E-COMMERCE

OPINIÃO

Segundo dados da consultoria e-bit, dos atuais 11 milhões de e-consumidores, 5 milhões pertencem à classe C, a atual menina dos olhos do consumo brasileiro. Ou seja, é fato que a classe C está comprando mais pelo e-commerce. Porém, será que esta euforia e expectativa por parte das empresas não devem ser tratadas com atenção e cautela?

Alvaro Furtado Presidente do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo) Os últimos anos tem sido de euforia para o varejo, com o acesso de pelo menos 20 milhões de brasileiros da classe C ao mercado de consumo. Comprar produtos antes considerados luxo tornou-se realidade, de um simples iogurte a automóvel, computador, smartphone (sim, não basta ter “apenas” um celular para fazer ligações), além de TV de plasma, só para citar alguns itens. Sem falar na possibilidade de, a partir do computador de casa, comprar tudo isso com apenas um clique, por meio do e-commerce. Tudo garantido por crédito abundante e nem sempre tão barato quanto parecia, já que bastava que as parcelas coubessem no bolso, independentemente da taxa de juros cobrada, muitas vezes estratosférica. Como se vê, com o tempo, a auto-estima em alta, resultado dessa inclusão, foi se transformando em preocupação e ameaça à saúde financeira das famílias. Nossa sociedade de consumo ainda é um embrião e por isso a maioria não consegue diferenciar consumo de consumismo, controlando o impulso de comprar hoje, sem saber se poderá pagar amanhã. Grande parte dos consumidores só se deu conta dos juros impagáveis do cartão de crédito, por exemplo, quando as faturas atrasadas foram dobrando de tamanho com o passar dos meses, a uma velocidade muito maior que o salário. No Brasil, a inserção da sociedade de consumo veio desacompanhada da compreensão de que nem sempre querer é poder. A população em geral não sabe lidar com o dinheiro, porque não teve nem na escola, tampouco em casa, orientação para evitar a tentação de gastar demais e abusar do crédito. Não é só matemática, mas comportamento. A maioria dos brasileiros dá mais status ao celular da moda que a poupar para garantir independência financeira ou tranquilidade na velhice.

Mas, se por um lado, a classe C foi atropelada pelo consumismo, é a que mais tem receio de perder crédito, já que foi tão difícil conquistá-lo. Acreditamos que este é um momento de transição, em que as famílias vão aprender a se reorganizar e lidar melhor com o dinheiro. Depois disso, o crédito deve passar por um novo ciclo de crescimento no Brasil. E com mais responsabilidade.

“Nossa sociedade de consumo ainda é um embrião e por isso a maioria não consegue diferenciar consumo de consumismo, controlando o impulso de comprar hoje, sem saber se poderá pagar amanhã” 92 > E-COMMERCE | WIDE |

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E-COMMERCE

Alexandre Soncini Diretor de Vendas e Marketing da VTEX A classe C no Brasil se tornou o novo centro de gravidade da economia nacional, principalmente pela forte ascensão social do país nas últimas décadas. Com a melhoria na distribuição da renda, hoje a classe C já abrange 55% da população brasileira, ou seja, mais de 100 milhões de pessoas, e com previsões de chegar a 60% até 2014. De acordo com um estudo da FecomercioSP, o consumo per capita das famílias das classes C e D deve crescer quase 50% até 2020. Atualmente, o consumo das famílias da classe C já corresponde à metade do consumo de toda população do país, sendo superior a soma do consumo das famílias das classes A e B. Enquanto muitos países ainda enfrentam a crise, o Brasil está se tornando uma das grandes economias globais e o centro das atenções para as oportunidades de se fazer negócio. Como o e-commerce está sendo considerado a bola da vez, os holofotes do mundo se viram para esse canal ainda pouco explorado por aqui. Com números de crescimento acima de outros segmentos do varejo, o e-commerce vem crescendo a passos largos, principalmente pela entrada de novos e-consumidores que acabam atraindo novos varejistas a se aventurarem no mundo virtual e trazerem seus clientes, o que cria um círculo virtuoso.

O potencial da classe C já é uma realidade não somente para o e-commerce, mas para todos os segmentos da economia, portanto, cada vez mais os varejistas precisam direcionar o seu negócio para atender essa fatia da população, que é a mais representativa. A chave para o sucesso é direcionar parte dos esforços atendendo a demanda da classe C, oferecendo produtos e serviços adequados ao perfil desse consumidor sempre com o objetivo de aumentar as taxas de conversão da loja virtual. Uma boa estratégia é criar hotsites direcionados, com mix de produtos, comunicação e usabilidade adequadas para atender o tráfego gerado por campanhas específicas para atingir essa fatia do mercado. A classe C no e-commerce já é uma realidade e você pode usar isso ao seu favor para ter sucesso em seu negócio.

“Atualmente, o consumo das famílias da classe C já corresponde à metade do consumo de toda população do país, sendo superior a soma do consumo das famílias das classes A e B”

Eduardo Benjamin Galanternick Diretor de E-commerce do Magazine Luiza A nova classe média brasileira deverá ser o grande motor de crescimento para as empresas de e-commerce nos próximos cinco anos. Se considerarmos que temos 80 milhões de internautas e apenas pouco mais de 20 milhões de e-consumidores, haverá um grande fluxo de novos consumidores que manterão as taxas de crescimento de mercado que vimos observando nos últimos anos. Mas quem vai ganhar estes novos consumidores? Engana-se quem acredita que apenas o componente preço será o fator decisivo para ganhar o coração desses novos clientes. A estratégia de apostar em produtos de baixo preço e qualidade inferior utilizada em larga escala pelo varejo físico nos últimos 10 anos não terá o mesmo impacto se utilizada no e-commerce. Isso em virtude de dois fatores: em primeiro lugar, esses novos clientes do e-commerce já compraram nos últimos anos uma quantidade razoável de produtos duráveis, se endividaram e levaram, muitas vezes, produtos de baixa qualidade atraídos somente pelo preço. Temos observado, diariamente, em clientes de todas as classes sociais, uma maior exigência em relação à qualidade e marcas reconhecidas.

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Em segundo lugar, o e-commerce, por sua natureza, transfere poder para o consumidor. Com a facilidade de trocar de loja com um clique, de pesquisar sobre produtos, preços e buscar referências da loja vendedora no conforto do seu sofá, lojas que não zelarem por um elevado padrão de qualidade, tanto nas mercadorias vendidas como no pós-venda, não estarão aptas a conquistar esses novos consumidores. Assim, as empresas que entenderem esse novo fluxo de poder entre consumidores e lojas e valorizarem a experiência total da compra, ganharão o coração e o bolso dos milhões de novos e-consumidores.

“A estratégia de apostar em produtos de baixo preço e qualidade inferior utilizada em larga escala pelo varejo físico nos últimos 10 anos não terá o mesmo impacto se utilizada no e-commerce”


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Ilustração - Carolina Vigna-Marú

Grandes e-commerces se preparam para

o Natal 2012... 100

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Com a proximidade do Natal, a Wide se antecipa e prepara um guia especial das principais empresas de e-commerce do país. Saiba as previsões e como os sites de comércio eletrônico estão se preparando. Todo ano é a mesma coisa. O Natal continua sendo a data mais importante para o comércio e este ano não será diferente. Com o objetivo de evitar problemas de armazenamento e entregas no final do ano – sobretudo em função do grande volume de vendas e de acessos esperados nos sites das empresas atentas ao e-commerce – as grandes redes como Nova Pontocom, Walmart, Magazine Luiza e o Boticário sempre aumentam seu quadro de funcionários, além de renovarem a frota de caminhões e ampliarem os chamados centros de distribuição (CDs). Ao que tudo indica, as redes sociais serão os grandes trunfos do Natal 2012. Confira as estratégias de cada empresa e atualize-se.

NOVA PONTOCOM A Nova Pontocom, que opera os sites CasasBahia.com.br, Extra.com.br e Pontofrio.com, operou diversas mudanças no último natal para atender a demanda cujos pedidos puderam ser feitos até 22 de dezembro, com entrega garantida antes do dia 25. Divididos basicamente em quatro frentes de atuação: atendimento, gente, tecnologia e logística, a ideia para o ano de 2012 é ampliar ainda mais seu diferencial de nível de serviço para o cliente. No e-commerce, o grupo vai presentear seus consumidores com um Natal prático e seguro, segundo seus executivos. A relevância do site Pontofrio.com neste meio foi reconhecida com o prêmio #EPIC, criado durante o último Social Media Week para reconhecer as melhores práticas e iniciativas de publicidade em mídias sociais, o que comprova a irreversibilidade dessa tendência. Vencedor da categoria ‘Melhor uso do Twitter por uma marca em uma campanha publicitária’, o @Pontofrio foi lembrado por seu desempenho diário. Além de responder a uma média de mais de 300 interações de seguidores por dia, o perfil no Twitter lança mão de memes e termos atuais para divulgar seus produtos.

MAGÊ-MALIEN

CRIANÇAS QUE BRILHAM Este projeto destina-se a buscar, através da prática da capoeira, a realização de sonhos, ideias e expressões do indivíduo. É destinado aos grupos menos favorecidos: população carente, jovens de rua, infratores, abandonados, entre outros. COORDENAÇÃO Jorge Marinho (Mestre Bode) PATROCINADORES

PARA AJUDAR ENTRE EM CONTATO:

arteccom@arteccom.com.br

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E-COMMERCE

WALMART

MAGAZINE LUIZA

No Walmart, a rede já começa a se organizar para a realização de diversas ações com vistas a não deixar de lucrar na principal data do e-commerce brasileiro. E o objetivo é fato: o gigante espera aumentar em 100% suas vendas até a chegada do Papai Noel. Para que esta ambição se torne realidade, a empresa investe todos os anos na expansão de itens em sua famosa loja virtual, com novas categorias sendo lançadas. Ainda para este ano, o Walmart vem realizando grandes investimentos em tecnologias e logística. É esperado um aumento significativo da área de armazenagem, capacidade de recebimento e expedição. Sua estrutura de servidores, telecomunicações e plataforma, também estão sendo preparados para suportar o aumento da demanda neste final de ano. Como se vê, a preparação para as vendas de Natal acontece com bastante antecedência na varejista. Para se ter ideia do sucesso, a unidade on-line já superou o plano inicial em market share, vendas, lucro e faturamento. A campanha “O Natal que eu quero” é outra ação estratégica. A proposta é reunir o que os internautas procuram com base nos itens mais comentados no Facebook, Twitter e comentários postados no blog Mundo Walmart . Para participar, o internauta deve seguir um desses perfis, e, ao postar seu comentário sobre o que quer de Natal, utilizar a hashtag #ONatalQueEuQuero. Uma equipe do Walmart avalia a “lista de desejos” dos usuários e com base nela, cria condições especiais para a compra de alguns produtos mencionados, que são divulgadas às segundas, quartas e sextas-feiras nas redes sociais e no site.

Para o comércio eletrônico, a rede Magazine Luiza também reforça seu quadro e sua estrutura em épocas como o final de ano. Hoje, a rede conta com um site mais moderno para atender melhor seus clientes. Uma das ideias para este ano é apostar novamente em ouvir o consumidor para ir direto ao desejo de compra. A experiência deu certo no ano passado, onde a varejista ofereceu uma oferta mais assertiva, considerando ser o primeiro natal chamado de colaborativo. A ação consiste em focar no Twitter e agora com mais ênfase no Facebook, tentando assim consolidar seu slogan do menor preço também nas redes sociais. Por ser um cenário dinâmico, a empresa se reinventa a cada seis meses nas redes. A varejista já apostou em parcerias com sites de compras coletivas, empresas de cartão de crédito e fornecedores para intensificar as vendas pelas mídias sociais. Atualmente, foca na interação com os usuários. Um guia de compras no Facebook, por exemplo, ajuda o internauta a encontrar o computador ideal e depois o resultado é compartilhado com os amigos na rede. A meta é alcançar uma integração total entre sites de busca e plataformas colaborativas, ou seja, um ambiente em que o consumidor encontra, compara e compartilha informações. Ao aderir às plataformas colaborativas, o Magazine Luiza conquistou melhorias significativas - demandas que não eram supridas por outras ações. A estruturação interna foi a primeira conquista. Com ela, foi criada um processo de monitoramento de todas as citações da marca, além de um sistema de cadastramento e atualização do status do pedido. Além disso, a varejista montou recentemente uma nova área, chamada Operação 2.0, que faz a ponte entre o marketing e o atendimento e ajuda a garantir uma solução definitiva para a reclamação.

“O Natal faz as vendas de final de ano crescerem no e-commerce brasileiro. A demanda de compras do período natalino gera necessidade de planejamento e investimento em estrutura e logística, por parte dos e-lojistas” 102

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O BOTICÁRIO Com foco no Natal, a marca continua seu forte trabalho de expansão no Brasil. De olho nos consumidores que desejam presentear amigos e parentes no fim de ano, o Boticário oferece opções exclusivas para a data. As ativações da marca se iniciaram no ano passado com o lançamento de um filme comercial e anúncios em revistas e rádio. Nos corredores dos shoppings onde está presente, a empresa também instalou estandes interativos que exibem as novidades da empresa. Neste ano, o Boticário vai apostar em ações na internet para apresentar suas novidades aos consumidores. No Facebook, é possível enviar cartões postais virtuais para os amigos e encontrar um aplicativo com sugestões da marca para presentear, segundo as características de quem vai receber o agrado. O e-commerce é apontado como forte resultado dentro da empresa. Seu site, com layout bem definido, explicativo e colorido, demonstra ao cliente a qualidade da marca. Para se ter ideia, o ano de 2011 foi considerado como o da consolidação da empresa como marca corporativa, com reformulação do logotipo da companhia e o crescimento de 12% acima da média do mercado, registrado nos últimos seis anos.

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Walmart Brasil e o E-commerce: a dupla que deu certo Flávio Dias é vice-presidente do E-commerce Walmart Brasil. Em entrevista à Wide, o executivo revelou algumas estratégias do grupo e comentou os principais desafios para atrair os clientes, além de outras questões como mercado aquecido, mobile commerce, classe C, varejo 2.0, entre outros assuntos. Confira, a seguir, o bate-papo com o VP Flávio Dias. 104

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ENTREVISTA

WIDE: Em 2011 (e pelo segundo ano), os consumidores elegeram Walmart.com.br a melhor loja de internet, prêmio concedido pela e-bit. A votação levou em consideração critérios como processo de compra, prazo de entrega e atendimento ao cliente. O que isto representa para vocês? FLÁVIO: É um reconhecimento muito importante, pois indica que estamos no caminho certo. O reconhecimento nos revela que apesar de ainda termos muito que melhorar, conseguimos em pouco tempo conquistar um espaço importante e fazer valer nossos diferenciais em um mercado altamente competitivo. O cliente é a nossa razão de ser, servi-lo com excelência é uma meta diária de toda a nossa equipe e sabemos que nunca seremos bons o suficiente. É preciso evoluir continuamente.

WIDE: Com base no posicionamento da marca, quais são as principais táticas de e-commerce do Walmart? FLÁVIO: Nossa proposta de valor se sustenta em três principais pilares: vender por menos (preço baixo todos os dias), melhor sortimento de produtos (maior variedade e produtos exclusivos) e experiência de compra superior (simplicidade da compra, velocidade da entrega, serviço pós-venda).

para qualquer smartphone. Como o Walmart enxerga o desafio de estar presente em celulares e tablets? FLÁVIO: Sem dúvida nenhuma o acesso via dispositivo móvel no Brasil vai tomar proporções bem diferentes do que vemos hoje e esse processo ocorrerá de forma bem acelerada. O nosso esforço é fazer com que prevaleça a nossa proposta de valor, independentemente de como o cliente deseja se relacionar conosco. Temos que oferecer a melhor experiência de compra sempre. Contamos com uma parceria importante com nosso time de engenheiros nos Estados Unidos que certamente estão na vanguarda da tecnologia mobile e, consequentemente, aprendemos muito com eles.

“Cuidamos para atender o cliente da melhor forma possível, que no final das contas acaba sendo a nossa melhor propaganda”

WIDE: A empresa preza pela fidelização dos clientes. Como é a tarefa diária de atrai-los e mostrar que estão fazendo um ótimo negócio, sobretudo diante de um mercado aquecido como o atual? FLÁVIO: Apesar de termos uma marca forte, nossa presença no varejo físico do Brasil se dá por meio de diferentes marcas para cada região. Na internet decidimos explorar todo o território nacional debaixo da marca Walmart. Isso dificulta um pouco a atração orgânica (espontânea) de visitantes para o nosso site, situação bem diferente que temos nos Estados Unidos, por exemplo. Mas a força da nossa marca na Internet está se fortalecendo de forma considerável. Nossa estratégia de atração baseia-se muito em mídias com alta performance de conversão, tais como buscadores, sites de comparação de preços e programas de parcerias/afiliados. Confiamos muito no boca a boca, que potencializamos por meio das redes sociais, e cuidamos para atender o cliente da melhor forma possível, que no final das contas acaba sendo a nossa melhor propaganda.

WIDE: De olho nos novos hábitos do consumidor, as redes varejistas já lançaram suas plataformas de mobile commerce

WIDE: Com o crescimento do consumo da classe C, as empresas em geral estão buscando formas de conquistar esses clientes. Um exemplo disso é oferecer como bônus créditos para celulares pré-pagos, uma vez que atualmente, 148,8 milhões de brasileiros têm um pré-pago, o que corresponde a 82,36% da base de assinantes móveis. Como surgiu a ideia de apostar em compras que valem ligações e torpedos?

FLÁVIO: Por ser uma empresa que oferece preços baixos temos que ser necessariamente uma organização que opera com custos baixos. Isso exige que o time seja altamente criativo e busque alternativas para fazer mais com menos. Cientes da importância da base de celulares pré-pagos no Brasil e da crescente importância da classe média, inclusive no consumo on-line, decidimos buscar parceiros que pudessem viabilizar uma oferta para esse cliente.

WIDE: Ainda sobre a Classe C, temos presenciado que a economia brasileira continua avançando. Para o varejo, isso significa uma constante transformação na forma e no conteúdo da comunicação. Como o Walmart procura acompanhar os avanços dos consumidores, ou seja, como a empresa entende as necessidades e desejos do ‘novo’ cliente e, consequentemente, evolui em suas lojas, campanhas e relacionamento? FLÁVIO: O Walmart chegou onde chegou, nos seus 50 anos de história, devido à sua vocação de vender por menos para as pessoas venderem melhor. Assim como nossa missão, nossos princípios básicos como a busca pela excelência, o atendimento ao cliente e o respeito ao indivíduo, são atemporais e se encaixam perfeitamente aos anseios e interesses dessa classe emergente. Na internet, temos o desafio adicional de superar a barreira da inclusão digital e do receio que algumas pessoas ainda têm de concluir sua compra no meio virtual. A credibilidade da nossa

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empresa e nosso histórico de respeito ao cliente também contribuem para que o walmart.com.br seja o site escolhido por muitas dessas pessoas para fazer a sua primeira compra on-line. Também levamos em consideração a importância da classe C ao definirmos nossa estratégia de merchandising, canais de marketing e aspectos de usabilidade e funcionalidades do site (incluindo meios de pagamento).

WIDE: Em sua opinião, quais são os grandes segredos do “varejo 2.0”? FLÁVIO: O segredo é conseguir ser relevante para o cliente. A colaboratividade pretendida pelas funcionalidades 2.0 de nada adianta se não servi-la ao interesse do cliente. Ela deve ajudá-lo a solucionar o seu problema, achar o produto certo e adquirir a confiança para comprá-lo. Melhor ainda, deve encorajá-lo a compartilhar sua experiência também com os outros, gerando um processo onde todos saem ganhando.

WIDE: Como aproveitar a força dos serviços e dos relacionamentos virtuais e conquistar mais clientes? FLÁVIO: Quem conhecer melhor o seu cliente e por meio desse conhecimento se relacionar de forma efetiva, além de servir de maneira mais abrangente a diferentes demandas vai vencer na internet. Isso inclui não só produtos como também serviços. A ampliação desses produtos e serviços, acompanhada de uma estratégia bem executada de CRM, é parte fundamental do nosso próximo ciclo de crescimento e tenho certeza que vai diferenciar

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ainda mais o Walmart em sua participação dentro do cenário do comércio eletrônico brasileiro. WIDE: Você acredita que o ano de 2012 já apresenta alguns estágios de maturação? FLÁVIO: Sem dúvida estamos evoluindo muito, dos dois lados. Ainda há um longo caminho a percorrer e nosso ambiente regulatório e disponibilidade de infraestrutura não ajudam muito. Acho que as redes sociais e o ganho do poder por parte do consumidor forçaram uma evolução natural do mercado e está ficando cada vez mais difícil para os oportunistas e aventureiros encontrarem espaço. Imagino que quando tivermos legislações mais adequadas bem como melhores condições estruturais, principalmente de malha logística e conectividade, teremos outro patamar de relevância dentro do mercado. Ainda estamos longe de alcançar nosso potencial e isso nos motiva ainda mais para trabalhar todos os dias.

“A colaboratividade pretendida pelas funcionalidades 2.0 de nada adianta se não servi-la ao interesse do cliente”


Web & business Roberto Wajnsztok

Ser fácil: um dos pilares de negócios vitoriosos na Web Basta entrar no site da Apple Store, navegar e ver uma emblemática mensagem: “Queremos que a compra de nossos produtos seja tão fácil quanto usá-los”. Se você já comprou em alguma loja online ou física da Apple, salvo raras exceções, você já experimentou concretamente a proposta acima. E centenas de milhões de consumidores fizeram o mesmo nos últimos anos, não à toa, não por curiosidade, mas porque é fácil consumir Apple! E quanto mais fácil, mais consumimos! Duvida? Falemos do consumo de sucos no Brasil há 10 anos, quando eram as raras as garrafas de sucos prontas para beber, e prevaleciam as garrafas de concentrado, que demandavam ser preparadas com açúcar e água. Com a chegada intensa de sucos prontos para beber Del Valle, Sufresh e outras, impulsionados pelas suas indústrias, esse mercado voltou a crescer dois dígitos recorrentemente nos últimos cinco anos...porque está muito mais fácil consumir. Fácil como um refrigerante, a bebida dominante até então. Quando nos referimos a ser fácil na Internet, não estamos fazendo uma apologia ao Google, ou a sua simplicidade quase onipotente, mas nos referindo a tudo que é acessível, viável, próximo, fácil e rápido de ter contato e consumir. E quanto mais fácil mais gera interação, visitas e geração de conteúdos, o que enriquece ainda mais o banco de dados desse site e sua relevância juntos aos buscadores e agregadores, assim começa o círculo virtuoso dos sites de sucesso. Quem não quer navegar em um site fácil? Quem não gosta de compartilhar como foi fácil resolver tal coisa na internet? Em um mundo tão acelerado, a facilidade de comprar e consumir se tornou um diferencial de mercado, quem o faz com excelência sem comprometer a experiência vence no seu segmento. Mas aí que está o x da questão: como ser fácil, sem ser pobre ou simplista? como ser simples, sem ser ineficiente ou incompleto? Não é um exercício trivial, nem temos uma receita de bolo, mas vamos tratar alguns aspectos que estão por trás dessa estratégia. Sim, ser fácil é um diferencial estratégico, não tático ou pontual ou isolado das demais partes do seu negócio. Esse é o primeiro ponto a ficar claro: faça da facilidade de comprar/consumir um dos seus pilares estratégicos, os clientes vão agradecer muito! O que seria o Kindle, o Ipad ou o Iphone se não viabilizadores de compras e consumo? Aproximando o consumidor ao produto final, e criando uma plataforma de compras na sua mão, existe algo mais fácil de adquirir do que os aplicativos, do que os conteúdos digitais, do que serviço mobile? E o segredo é igualmente simples, pense no produto e pense quais mecanismos

tornariam possível seus clientes adquirirem aquele produto ou serviço, trabalhe fortemente na construção desse viabilizador. O desenvolvimento dos chamados plug & play nunca foi tão requisitado, a conexão entre as redes sociais nunca foi tão importante, e o varejo de produtos e serviços nunca esteve tão próximo do momento do cliente. Ser fácil significa ser assertivo, mas abrir espaço para ser abrangente, caso a assertividade não se comprove. Sites como Pinterest e Go.com, sites entre os 20 maiores da internet americana são exemplos eficientes disso. Muitos sites apresentam conteúdo diverso sem antes perguntar o básico: o que você quer saber? O que é relevante pra você? Ou sites que escondem o conteúdo pelo flow, dificultando o acesso ao visitante. Como usar a facilidade para gerar receitas em seu site? Diminua ao máximo os steps entre a entrada e resultado final do propósito do seu site, seja vender, cadastrar ou se informar. Faça estudos no seu site questionando a exaustão se o visitante está encontrando fácil o que quer. Partindo do princípio que você tem um “produto” desejável, lembre-se quanto mais fácil for o processo de consumo, mais recorrente ele se torna. Todos os sites brasileiros de crescimento recente aqui no Brasil, a exemplo do comércio eletrônico do Walmart, possuem conexões automáticas com as redes sociais. Ou seja, sem ter que se cadastrar, o cliente só precisar dar um ok para conectar seu cadastro de alguma rede social ao cadastro da empresa, e o processo continua normalmente. Isso é ser fácil, e adesão dos usuários a isso é quase que natural. Saibam que tudo pode ficar ainda fácil, só estamos começando...

Roberto Wajnsztok Graduado em Publicidade e Propaganda pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - RJ, e MBA em Gestão pela ESPM - RJ. Professor de Marketing das Faculdades Integradas Hélio Alonso, Universidade Gama Filho, ESPM - SP, Curso Internet Innovation, Faculdade Impacta de Tecnologia. Gerente de Internet no Shoptime.com, Comprafacil.com, e atualmente Diretor de Marketing e Business Development do Walmart Brasil. Especialista em Consumidor, Marketing Estratégico e Ebusiness. E-MAIL: rwajnsztok@gmail.com

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E-COMMERCE

Web & business Rafael Esberard

Tecnologia Nunca é Custo. Mito? Para quem trabalha com tecnologia, o título deste artigo soa como música para nossos ouvidos. Gostamos de ouvir essa frase e muitas vezes adoramos repeti-la para nossos clientes, amigos, parceiros etc. Afinal, quem trabalha fornecendo ou vendendo algo que não é um custo para a outra parte, é provavelmente alguém muito feliz e realizado, pois com certeza está com muitos clientes, todos extremamente felizes, muito dinheiro em caixa de ambos os lados, onde todos saem sempre lucrando em um mundo de duendes, coelhinhos da páscoa e papai noel. Calma! Não estou querendo dizer que tecnologia é custo. Ironias à parte, eu acredito que tecnologia não deva ser custo. Então, vamos começar a desconstruir este mito?

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Até este momento, apenas na introdução deste artigo, eu já usei a palavra tecnologia e custo diversas vezes. E, como estaremos falando bastante destas duas coisas, nada melhor do que começarmos entendendo o que é, na verdade, a tecnologia e o custo a que nos referimos. Não sou do tipo que fica buscando significado das coisas ao pé da letra, ou da etimologia das palavras para definir o mundo a minha volta, mas o termo tecnologia é quase autoexplicativo. Buscando a sua origem grega, é formada por tekne (técnica ou ofício) e por logos (saber ou conhecimento), sendo então o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem aproveitar conhecimento para se atingir um objetivo. Falando agora de custo, eu gosto de uma definição “curta e grossa”, que pode parecer óbvia, mas esconde muitos segredos: custo é o esforço econômico que se deve realizar para atingir um objetivo. Somado a isso, afirmo que o resultado final desta ação irá transformar a palavra custo em despesa, se o resultado der prejuízo, ou em investimento, caso dê lucro. Então como podemos perceber, até mesmo em sua concepção mais básica, tanto tecnologia como custo estão focados em algum objetivo ou resultado. Ou seja, não existe tecnologia que não tenha um objetivo como foco. Da mesma forma, não há ideia de custo que não vise atingir alguma meta. Essa mera semelhança, porém, não coloca tecnologia e custo como variáveis semelhantes e nem mesmo como coisas separadas para se chegar a algum lugar. Apenas nos leva a entender como os objetivos que temos para nossos negócios se inserem neste contexto. Bem, segurem-se em suas cadeiras agora, pois lamento informar que tecnologia é resultado de custo. Isso mesmo, não existe e nunca existiu uma tecnologia que não envolva inicialmente algum custo, mesmo para que ela seja pensada, projetada, desenvolvida, testada, implantada, corrigida, evoluída, analisada etc. Os verbos que envolvem tecnologia poderiam continuar por mais algumas linhas, e como você pode perceber eles têm um grande sentido de custo por consumirem tempo, de alguém ou de alguns, e assim chegamos ao importante conceito, que é o de Custo da Tecnologia. Neste momento definimos duas coisas: tecnologia e custo, entendendo como elas se relacionam inicialmente gerando o Custo da Tecnologia, mas agora vamos evoluir a ideia, e chegar a segunda fase do que queremos entender: como os mercados e os negócios se relacionam com isso, e, principalmente, quem será responsável por arcar com o Custo da Tecnologia envolvida


“Não existe tecnologia que não tenha um objetivo como foco. Da mesma forma, não há ideia de custo que não vise atingir alguma meta”

nos objetivos de todas as pessoas e empresas pelo mundo afora. No que diz respeito aos mercados, sempre existem muitas particularidades envolvidas que me obrigam a ser mais genérico, já que modelos de negócios, estratégias empresariais, planejamentos comerciais, e todo um universo da gestão corporativa está mudando radicalmente no meio desta revolução que estamos vivendo. E, acredite, o setor mais sensível que precisa se adaptar mais rápido a todas estas mudanças será sempre o comercial. É uma área que lida diretamente com o cliente, sendo a linha de frente para se relacionar com a expectativa do mundo externo sobre a empresa. Nos negócios, logicamente, nunca queremos prejudicar ou fazer algum lado sair perdendo. Nosso objetivo é sempre atingir uma meta onde os dois lados saiam ganhando. E é justamente neste campo de batalha amigável que dois lados entram para decidir um resultado que deverá satisfazer a ambos, no qual basearemos nossa análise. Ainda que ambas as partes sejam diferentes em muitos aspectos, mesmo as duas querendo estar ali, uma delas já entra perdendo e a outra entra neutra. Não é difícil entender que quem está de frente para um cliente já traz consigo o Custo da Tecnologia que sua empresa teve ou terá para chegar à solução que ele precisa. Neste momento, este agente terá a oportunidade de fazer com que o Custo da Tecnologia seja transferido para o cliente interessado, logicamente somado a outros custos, margens, valores agregados etc... chegando ao montante de todos estes fatores que chamamos de Preço. Bem, se você está deste lado da mesa, o da empresa de tecnologia, a frase “Tecnologia Nunca é Custo”, para você isso é mito. E então como evitar que isto não seja um mito para seu cliente, que é o que mais interessa? Já respondo. Vamos agora pular para o outro lado da mesa da negociação. Sua empresa está precisando de uma tecnologia X e na sua frente está um representante de uma das mais conceituadas empresas que fornece exatamente o que seu negócio precisa. Minutos após a uma boa conversa, chegamos ao valor Z pela tecnologia desejada. Neste exato momento, Z é custo para a parte interessada, e não existe nada no mundo que faça nesse momento Z deixar de ser um custo apresentado. A sala esfria, o ar pesa, e um silêncio toma conta do ambiente. Mas deste momento em diante, Z passa a ter vida própria, dependendo de todos envolvidos neste processo, para descobrir se esse custo irá crescer como despesa ou investimento. Logicamente se a empresa que está contratando percebe que

a implantação da tecnologia fará com que ela economize ou lucre 20 vezes o Z, no segundo seguinte que teve seu preço anunciado, será visto por esta empresa como investimento. Por outro lado, se a empresa percebe que o preço da tecnologia representa mais do que a economia ou lucro que ela terá com sua implantação, será percebido imediatamente como despesa/prejuízo. E se a empresa não consegue perceber, analisar, estudar ou fazer qualquer tipo de avaliação frente ao valor do objetivo que ela busca, contratando determinada tecnologia, este continuará sendo custo por muito tempo até descobrirem o resultado. Moral da história: em uma negociação/contratação, a tecnologia representará um custo somente se a empresa interessada não souber exatamente o que a tecnologia pode fazer por ela. Quando ela atingir a maturidade e conhecimento de como este recurso pode ajudá-la, a tecnologia nunca mais será um custo, e sim uma opção de investimento. Levando-se em conta que as empresas de tecnologia cumprem o que estão propondo, está nas mãos das contratantes fazer com que a tecnologia não seja apenas um custo e sim uma forma de investimento. No dia em que o mercado entender todas as possibilidades que a tecnologia pode lhe oferecer, ela nunca será um custo! Mas por enquanto...permanece um mito para a maioria das empresas de um mercado atrasado como o do Brasil.

Rafael Esberard Trabalha há 15 anos com internet, é consultor de novos negócios para grandes e médias empresas com foco na estratégia de novos empreendimentos no mundo digital, em específico e-commerces. Fundou a AWM Interactive há 10 anos, empresa especializada em desenvolvimento de e-commerce, e, em 2010, fundou a Hubee, empresa de consultoria com foco no preparo, ROI e melhoria de empreendimentos de e-commerces. Possui graduações e pós nas áreas de Gestão da TI, é palestrante e professor de pós-graduações nas áreas de negócios e estratégias na web. E-MAIL: rafael@hubee.com.br TWITTER: @rafaelesberard

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E-COMMERCE

E-commerce Mariano Faria

2017 news: Facebook e Wordpress se tornam os maiores marketplaces do mundo Fazer previsões é a maneira mais certa de se extrapolar quando se está no papel de ser colunista. Porém, a vida já tem certezas demais para sermos conservadores. Vou me arriscar. Assim como Diogo Mainardi, que se auto intitulou “o oráculo de Ipanema”, me arrisco a fazer algumas previsões do mercado de comércio eletrônico para os próximos 5 anos.

Que a Amazon está entrando no Brasil todos já sabem. Que o custo de marketing (ROI) de mídias conhecidas (Google, Buscape, Terra, Uol, Globo.com etc) está cada vez mais caro, também. Ou seja, qual o futuro dos varejistas online? Se o custo de marketing cresce pela escassez de inventário de mídia online, se o custo logístico cresce porque os Correios estão deixando escapar a chance de atender a escala (sai PMDB), se contratar pessoas qualificadas está cada vez mais difícil, naturalmente a margem do varejista está em risco. Será a morte dos varejistas?! Obvio que não. O mundo se arbitra. Quando se está ganhando demais em um mercado, um movimento de arbitragem ocorre e por muitas vezes quando estes mercados são constituídos de poucas empresas, estes movimentos de dinâmicas bem complexas são realizados de forma “disruptiva”. No varejo do mundo físico foi assim, quando os bancos começaram a ganhar muito com adiantamento de crédito do varejo, os varejistas se transformaram em bancos. Assim ocorrerá com o mercado de comércio eletrônico. Os varejistas descobrirão outras formas de rentabilizar o seu maior ativo (ser dono da confiança do cliente final). Varejistas se tornarão geradores de leads, varejistas se tornarão bancos, varejistas se tornarão empresas de logística, varejistas se tornarão prestadores de serviço, e por aí vai. Parece uma previsão muito distante? Parece retrato de um futuro incerto ou fotografia de um passado disruptivo? Estou falando do que será a realidade dos maiores varejistas do Brasil ou estou falando do que é a Amazon? É isso, meus amigos. Prever o passado é fácil. Chego a conclusão então que de oráculo do Brooklin sou um bom observador dos fatos. Destas previsões só há uma incerteza: quando e como este processo irá ocorrer. Não tenham dúvida, os maiores varejistas eletrônicos do Brasil se tornarão: 1) BANCOS – associações de varejistas com adquirentes ocorre-

rão, varejistas vão virar adquirentes, varejistas serão prestadores de serviço de gateway e antifraude, varejistas disponibilizarão checkout. 2) GERADORES DE LEADS – Por que Walmart, Nova.com (Ponto frio, Extra, Bahia, Pão de Açúcar etc), B2W, Compra Fácil, Magazine Luiza, Máquina de Vendas (Ricardo Eletro e suas marcas) vão

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“Esta nova fase geopolítica do e-commerce brasileiro está em seu primeiro degrau”

pagar preços exorbitantes aos geradores de leads? Não vão. O fazem por um período de tomada de mercado e um pouco de pavor. Mas isso passa. E quando a cabeça pensar com mais calma, todos chegarão a conclusão (ops, ou já chegaram) que ter conteúdo, comparadores de preço ou instrumentos de busca são necessários para rentabilizar a atividade do comércio eletrônico. Esta nova fase geopolítica do e-commerce brasileiro está em seu primeiro degrau. E a escada é longa. O primeiro passo que virá a tona mais cedo que muitos esperam é a criação de marketplaces (as Amazon). Todos os 10 maiores varejistas do Brasil serão marketplaces. Você que é proprietário em Itanhaém (sempre citam esta cidade, mas não conheço) de um comércio eletrônico de flores poderá vendê-las, além de Google e Buscapé, no Pão de Açúcar, no Submarino, no Walmart, no Extra, no Ponto frio etc. Assim como na Amazon e no Rakuten. Ou seja, em vez de pagar hoje a comissão de venda (este é o termo correto) para Google e irmãos, vocês poderão optar por pagar tal comissão por venda a demais players. Isso é fantástico!! Regra básica: quanto mais opções, menor o preço. A previsão do título entra aqui. Se todos os lojistas receberão pedidos de marketplaces, por que não receber também pedidos do Blog da Lala (não a conheço, mas todas as mulheres que eu conheço, conhecem), ou por que não comprar a TV indicada pelo Rafinha Bastos pelo Facebook dele, ou ainda por que não comprar uma camisa igual a que a Paola de Oliveira postou no Facebook? Um mundo onde lojistas se tornarão “bilheteiros” (termo inventado para aqueles que só existem para emitir pedidos e entregar), todos poderão vender qualquer tipo de mercadoria. Eu posso virar uma mega loja com mais de mil opções de TVs, pois na verdade apenas estarei sendo o blog de venda para um ou mais lojistas. É por isso que Pinterest, Ahalife e demais valem o que valem. Pois agrupam objetos de desejos e comunicam com milhões de pessoas. Quantos televisores um grande varejista vende por dia? Mil? Imaginem quantos televisores serão vendidos se a banda Restart colocar no blog deles a opção de compra da televisão que eles gostam? Estaremos em uma nova era da comunicação e da publicidade. Qual a conclusão mais óbvia: Facebook e Wordpress são plataformas que hoje controlam por meio de terceiros (no Face, através das páginas das pessoas e no Wordpress através de blogs de terceiros) a totalidades dos

usuários conectados. Por consequência natural, são estas as plataformas que se transformarão nos maiores geradores de leads do varejo. Wordpress e Facebook serão os maiores marketplaces do mundo, pois nestas plataformas estão concentradas, de longe, o maior tempo que os usuários gastam na web. 3) EMPRESAS DE LOGÍSTICA – as margens líquidas de um varejo

atualmente estão próximas de 1%. O custo logístico pode representar algo em torno de 5%. As empresas de varejo se tronarão grandes centros de logística. Concentrando com eles efetivamente todos os pontos de contato com o cliente. As empresas de logística serão para os e-commerces o que é a compra de terreno para um varejista. É uma questão estratégica controlar o ponto de contato com o usuário. Se o usuário não vai mais a uma loja, quem deve entregar é um funcionário do varejo. Por quê? Porque as empresas de logísticas podem se tornar tão poderosas que um dia podem resolver fazer o seu próprio marketplace. Por que não comprar uma TV no shopping dos Correios? Será que a entrega seria mais confiável? Enfim. Muitas previsões cataclísmicas. Parece loucura?! Relaxem. São apenas previsões de um modesto morador da Rua Geórgia, do bairro do Brooklin. No dia que pagarem no checkout do Ponto Frio, ou se afiliarem ao gateway do Walmart, ou contratarem a anti-fraude da B2W, ou contratarem a logística da Americanas, ou simplesmente venderem uma roupa no Blog da Lala. O movimento que se aproxima é o maior movimento da Internet no Brasil depois do boom do ano 2000. Estaremos em um novo boom. Tenham certeza disso. E vamos que vamos....porque na vida já temos certezas demais para sermos conservadores.

Mariano Gomide de Faria Diretor executivo da empresa de tecnologia Vtex, membro do conselho de administração do E-commerce Summit e presidente do conselho da Estação do Vinho. E-mail: mariano@vtex.com.br

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